Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

SUMÁRIO 
1. Noções preliminares ................................................................................................................................... 2 
2. Conceito de tributo ..................................................................................................................................... 4 
3. Competência tributária ............................................................................................................................... 7 
3.1 Competência privativa ....................................................................................................................... 10 
3.2 Competência residual ........................................................................................................................ 10 
3.3. Competência comum ........................................................................................................................ 10 
3.4 Competência extraordinária .............................................................................................................. 10 
4. Espécies de tributos .................................................................................................................................. 10 
4.1 Impostos ............................................................................................................................................. 11 
4.1.1 Impostos residuais ..................................................................................................................... 11 
4.1.2 Imposto extraordinário de guerra ............................................................................................. 12 
4.2 Taxas ................................................................................................................................................... 12 
4.3 Contribuição de melhoria .................................................................................................................. 19 
4.4. Empréstimo compulsório .................................................................................................................. 21 
4.5 Contribuições sociais, econômicas e corporativas ............................................................................ 23 
5. Outras classificações ................................................................................................................................. 35 
DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO ............................................................................................... 52 
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA ............................................................................................................................. 52 
 
 
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 
 
1. Noções preliminares 
 
A disciplina jurídica dos tributos, antes compreendida pelo direito financeiro, constitui hoje um campo 
específico da ciência jurídica. 
 
Dado o extraordinário desenvolvimento do direito dos tributos, ganhou autonomia o conjunto de 
princípios e regras que disciplinam essa parcela da atividade financeira do Estado, podendo falar hoje em um 
ramo autônomo da ciência jurídica, apartado do direito financeiro. Essa divisão é evidenciada pela própria 
organização da nossa Constituição Federal (Título VI “Da Tributação e do Orçamento”). 
 
Assim, diz-se que o direito tributário é a disciplina jurídica dos tributos, compreendendo todo o 
conjunto de princípios e normas reguladores da criação, fiscalização e arrecadação das prestações de natureza 
tributária. 
 
*(ATUALIZADO EM 27/01/2024) 
#REFORMATRIBUTÁRIA 
EC 132/2023 
A EC 132/2023 é a chamada Reforma Tributária. Trata-se de uma ampla alteração em todo o sistema 
constitucional tributário que terá profundos reflexos nos próximos anos e que ainda serão analisados e 
discutidos pela doutrina e jurisprudência.1 
 
CF, Art. 145.(...) 
§ 3º O Sistema Tributário Nacional deve observar os princípios da simplicidade, da transparência, da justiça 
tributária, da cooperação e da defesa do meio ambiente. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 132, de 
2023) 
§ 4º As alterações na legislação tributária buscarão atenuar efeitos regressivos. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023) 
 
#SELIGA! Alguns dispositivos só entrarão em vigor em 2027, outros em 2033. 
 
1 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
 
 
Além das regras previstas no próprio Texto Constitucional, as normas gerais sobre Direito Tributário 
estão na Lei n. 5.172/66, o Código Tributário Nacional. 
 
O CTN é formalmente uma lei ordinária, mas com a entrada em vigor da Constituição Federal de 1988, 
as normas gerais sobre Direito Tributário passaram a sujeitar-se a uma reserva de lei complementar. Por isso, o 
CTN foi recepcionado pela nova ordem constitucional como lei complementar. 
 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: 
 
2. Conceito de tributo 
 
O artigo 3º do Código Tribunal Nacional nos apresenta o conceito mais completo de tributo, definindo-
o como “toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não 
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada.” 
 
A doutrina destrincha esse conceito para analisar cada um de seus elementos da seguinte forma: 
 
a) Prestação pecuniária: significa afirmar que o tributo corresponde a um pagamento em moeda pelo 
contribuinte, não entrando nesse conceito o pagamento in natura ou mediante a prestação de serviços (in 
labore). Embora o art. 3º se refira a essa característica, a Lei Complementar 104 de 2001 alterou o art. 156 do 
Código Tributário Nacional para incluir como causa de extinção do crédito tributário a dação em pagamento, 
que corresponde à entrega, pelo contribuinte, de bens imóveis no lugar da prestação devida via tributo. Além 
disso, é preciso ressaltar que o CTN admite o pagamento do tributo em cheque (art. 162, inciso I). 
 
Art. 162. O pagamento é efetuado: 
I - em moeda corrente, cheque ou vale postal; 
II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico. 
 
#ATENÇÃO: Conforme ensina a doutrina, a dação em pagamento é admitida como forma de extinção do crédito 
tributário desde que preenchidas três condições: a) existência de lei específica autorizando; b) haja manifesto 
interesse do fisco no bem; c) o bem oferecido seja imóvel. Não é possível a dação em pagamento de bens 
móveis porque isto representaria uma violação aos princípios constitucionais da isonomia e necessidade prévia 
de licitação. 
 
#DEOLHONAJURIS: O Tribunal julgou procedente pedido formulado em ação direta ajuizada pelo Governador 
do Distrito Federal para declarar a inconstitucionalidade da Lei distrital 1.624/97, que dispõe sobre o pagamento 
de débitos das microempresas, das empresas de pequeno porte e das médias empresas, mediante dação em 
pagamento de materiais destinados a atender a programas de Governo do Distrito Federal. Entendeu-se que a 
norma impugnada viola o art. 37, XXI, da CF, porquanto afasta a incidência do processo licitatório, por ele 
exigido, para aquisição de materiais pela Administração Pública, bem como o art. 146, III, da CF, que prevê caber 
à lei complementar o estabelecimento de normas gerais em matéria de legislação tributária, eis que cria nova 
causa de extinção de crédito tributário. ADIn 1.917/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 26-4-2007. 
 
b) Prestação compulsória: o caráter obrigatório dos tributos possui fundamento no princípio da 
legalidade (insculpidode diferimento e desoneração em regimes aduaneiros especiais e zonas de processamento de 
exportação. 
Outro ponto relevante é o "cashback" da CBS, que será regulamentado por lei ordinária, conforme o art. 
195, § 18, da Constituição, uma vez que não consta expressamente lei complementar. Este mecanismo visa 
devolver parte do imposto pago, com o objetivo de reduzir desigualdades de renda. 
Por fim, a CBS e o IBS compartilham aspectos de administração tributária, incluindo a troca de 
informações fiscais e esforços para harmonizar normas e procedimentos, como indicado no art. 156-B, §§ 6º e 
7º da Constituição. Há também a possibilidade de integração do contencioso administrativo relativo a ambos os 
tributos, conforme o art. 156-B, § 8º. 
 
*(ATUALIZADO EM 24/04/2024) 
CONTRIBUIÇÕES – DIREITO TRIBUTÁRIO 
DIREITO TRIBUTÁRIO – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL; PIS; COFINS; LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS E IMÓVEIS; BASE DE 
CÁLCULO; FATURAMENTO; RECEITA BRUTA 
PIS e COFINS: incidência sobre os valores recebidos a título de locação de bens móveis e imóveis - RE 599.658/SP 
(Tema 630 RG) e RE 659.412/RJ (Tema 684 RG) 
 
Tese fixada: 
“É constitucional a incidência da contribuição para o PIS e da COFINS sobre as receitas auferidas com a locação 
de bens móveis ou imóveis, quando constituir atividade empresarial do contribuinte, considerando que o 
resultado econômico dessa operação coincide com o conceito de faturamento ou receita bruta, tomados como 
a soma das receitas oriundas do exercício das atividades empresariais, pressuposto desde a redação original do 
art. 195, I, da Constituição Federal.” 
 
Resumo: 
O texto constitucional autoriza a incidência do PIS (Programa de Integração Social) e da COFINS (Contribuição 
para o Financiamento da Seguridade Social) sobre as receitas obtidas por meio da locação de bens móveis ou 
imóveis e decorrentes da atividade empresarial do contribuinte, pois essa operação enseja resultado econômico 
coincidente ao conceito de faturamento ou receita bruta. 
O conceito de faturamento não se limita às vendas acompanhadas de fatura, pois abrange todos os valores 
recebidos em razão de atividades tipicamente desenvolvidas pela empresa, ainda que não se trate de venda de 
mercadorias ou prestação de serviços, de modo que nele também estão incluídos os montantes auferidos a 
título de locação de bens móveis ou imóveis. Ademais, a atividade não precisa constar expressamente no objeto 
do contrato social da pessoa jurídica, desde que seja por ela desempenhada de modo habitual. 
A redação original do texto constitucional legitimava a cobrança de PIS e COFINS sobre a atividade típica da 
empresa (1). Com o advento da EC nº 20/1998 — que deu nova redação ao art. 195, I da Constituição Federal 
de 1988, para incluir na alínea “b” o vocábulo “receita” (2) —, ampliou-se a incidência de PIS e COFINS para 
abarcar a totalidade das receitas obtidas pelas empresas, mesmo que não decorram da sua atividade 
empresarial. 
No caso do RE 599.658/SP, o TRF da 3ª Região decidiu ser indevida a cobrança do PIS sobre os valores recebidos 
com a locação de imóveis próprios de uma indústria moveleira local. Já no caso do RE 659.412/RJ, o TRF da 2ª 
Região assentou a incidência do PIS e da COFINS sobre as receitas provenientes da locação de bens móveis de 
uma empresa do ramo de aluguel de contêineres e equipamentos de transporte. Diante dessas decisões foram 
interpostos recursos extraordinários pela União e pelo contribuinte, respectivamente. 
Com base nesses e em outros entendimentos, o Plenário, em julgamento conjunto, por maioria, (i) ao apreciar 
o Tema 630 da repercussão geral, deu provimento ao recurso extraordinário da União para reconhecer a 
incidência das contribuições para o PIS e da COFINS sobre as receitas obtidas pela empresa com locação de bens 
imóveis próprios; e (ii) ao apreciar o Tema 684 da repercussão geral, para que não ocorra reformatio in pejus, 
negou provimento ao recurso, mantendo o direito de a empresa contribuinte proceder à compensação dos 
valores indevidamente recolhidos, na forma do § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/1998 (3), conforme reconhecido 
pelo Tribunal a quo. 
RE 659.412/RJ, relator Ministro Marco Aurélio, redator do acórdão Ministro Alexandre de Moraes, julgamento 
finalizado em 11.04.2024 (quinta-feira) INFO 1132 – STF 19-04-2024 
 
#ATENÇÃO: Por força do art. 195, § 4º, da CF, a criação de novas fontes de custeio da seguridade deve obedecer 
aos seguintes condicionamentos: a) competência exclusiva da União; b) necessidade de lei complementar; c) 
vedação de edição de medida provisória para tal finalidade; d) o tributo deve ser não cumulativo; e) não pode 
ter fato gerador ou base de cálculo já utilizados para arrecadação de outra contribuição já existente. 
 
#JÁCAIU: 
(TJSP 188, 2019) Com relação às contribuições sociais, pode-se afirmar que constituem espécie de tributo e 
diferem dos impostos pela destinação do produto da arrecadação. 
 
b) Contribuições para intervenção no domínio econômico 
 
São tributos federais utilizados pela União como ferramenta de regulação sobre setores estratégicos 
da economia. Submetem-se às duas anterioridades (anual e nonagesimal). 
 
Existem atividades econômicas que necessitam sofrer intervenção do Estado Federal, de modo a se 
provocar ora um controle fiscalizatório, regulando o fluxo de produção, ora uma atividade de fomento, tendente 
à melhoria do setor beneficiado, pontualmente selecionada. Assim, as CIDEs devem ter as finalidades ligadas às 
disposições constitucionais relativas à ordem econômica e financeira, sob a égide do art. 170, I a IX e seguintes 
da CF. 
 
Segundo as regras constitucionais específicas, não incidirão sobre receitas decorrentes de exportação; 
incidirão sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; poderão ter alíquotas: a) ad valorem 
(variáveis conforme o valor do bem): tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, 
no caso da importação, o valor aduaneiro; b) específica: tendo por base a unidade de medida adotada. 
 
#DEOLHONAJURIS: A contribuição destinada ao SEBRAE possui natureza de contribuição de intervenção no 
domínio econômico (art. 149 da CF/88) e não necessita de edição de lei complementar para ser instituída. STF. 
Plenário. RE 635682/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 25/4/2013. (Info 703) 
 
*(Atualizada em 07/12/2020) #DEOLHONAJURIS: As contribuições devidas ao Sebrae, à Apex e à ABDI com 
fundamento na Lei nº 8.029/90 foram recepcionadas pela Emenda Constitucional 33/2001. STF. Plenário. RE 
603624/SC, rel. orig. Min. Rosa Weber, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 23/09/2020 
(Repercussão Geral – Tema 325) (Info 992). 
 
#DEOLHONASÚMULA: 
Súmula 499-STJ: As empresas prestadoras de serviços estão sujeitas às contribuições ao Sesc e Senac, salvo se 
integradas noutro serviço social. 
 
*#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO #STJ: As entidades dos serviços sociais autônomos não possuem 
legitimidade passiva nas ações judiciais em que se discute a relação jurídico-tributária entre o contribuinte e a 
União e a repetição de indébito das contribuições sociais recolhidas. Os serviços sociais são meros destinatários 
de subvenção econômica e, como pessoas jurídicas de direito privado, não participam diretamente da relação 
jurídico-tributária entre contribuinte e ente federado. O direito que tais entidades possuem à receita decorrente 
da subvenção não gera interesse jurídico a ponto de justificar a ocorrência de litisconsórcio com a União. O 
interesse dos serviços sociais autônomos nesta lide é reflexo e meramente econômico. STJ. 1ª Seção. EREsp 
1.619.954-SC, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 10/04/2019 (Info 646). 
 
*(Atualizado em 20/06/2020) #DEOLHONAJURIS O Regulamento das Telecomunicações Internacionais - RTI não 
desobriga que as empresas de telefonia do Brasil retenham IRPJ e CIDE incidentes sobre os valores remetidos 
ao exteriore destinados ao pagamento de serviços prestados por empresas em outros países O Regulamento 
das Telecomunicações Internacionais - RTI só alcança os tributos incidentes sobre serviços importados, não 
determinando a exclusão de outros tributos sobre a remessa do pagamento, como o IRPJ e a CIDE. STJ. 1ª Turma. 
REsp 1.772.678-DF, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 05/03/2020 (Info 667). 
 
c) Contribuições no interesse de categorias profissionais ou econômicas 
 
São tributos destinados ao custeio das atividades das instituições fiscalizadoras e representativas de 
categorias econômicas ou profissionais, que exercem funções legalmente reputadas como de interesse 
público. Também chamadas de contribuição-anuidade, buscam prover de recursos os órgãos controladores e 
fiscalizadores das profissões, ou seja, os Conselhos Regionais de Fiscalização, como o CREA, CRM, CRC, CRE, 
entre outros, cujas atividades são legalmente entendidas como de interesse público. Esses órgãos são, 
geralmente, pessoas jurídicas de direito público. Estão submetidas à anterioridade anual e nonagesimal. 
 
O fato gerador dessas contribuições reside no exercício, pelo contribuinte, de determinada atividade 
profissional ou econômica, a que se atrelam as funções de interesse público exercidas pela entidade credora das 
contribuições (fiscalização, representatividade, defesa de interesses etc.). 
 
As entidades profissionais exercem a atribuição administrativa de cobrar o tributo, podendo também 
aplicar os recursos arrecadados em suas finalidades, mas a instituição e regramento normativo da contribuição 
constituem competências indelegáveis da União. 
 
#OLHAOGANCHO: São compatíveis com a Constituição Federal os dispositivos da Lei nº 13.467/2017 (Reforma 
Trabalhista) que extinguiram a obrigatoriedade da contribuição sindical e condicionaram o seu pagamento à 
prévia e expressa autorização dos filiados. No âmbito formal, o STF entendeu que a Lei nº 13.467/2017 não 
contempla normas gerais de direito tributário (art. 146, III, “a”, da CF/88). Assim, não era necessária a edição de 
lei complementar para tratar sobre matéria relativa a contribuições. Também não se aplica ao caso a exigência 
de lei específica prevista no art. 150, § 6º, da CF/88, pois a norma impugnada não disciplinou nenhum dos 
benefícios fiscais nele mencionados, quais sejam, subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de 
crédito presumido, anistia ou remissão. Sob o ângulo material, o STF afirmou que a Constituição assegura a livre 
associação profissional ou sindical, de modo que ninguém é obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato 
(art. 8º, V, da CF/88). O princípio constitucional da liberdade sindical garante tanto ao trabalhador quanto ao 
empregador a liberdade de se associar a uma organização sindical, passando a contribuir voluntariamente com 
essa representação. Não há nenhum comando na CF/88 determinando que a contribuição sindical é 
compulsória. Não se pode admitir que o texto constitucional, de um lado, consagre a liberdade de associação, 
sindicalização e expressão (art. 5º, IV e XVII, e art. 8º) e, de outro, imponha uma contribuição compulsória a 
todos os integrantes das categorias econômicas e profissionais. STF. Plenário. ADI 5794/DF, Rel. Min. Edson 
Fachin, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgado em 29/6/2018 (Info 908). 
 
É inconstitucional, por ofensa ao princípio da legalidade tributária, lei que delega aos conselhos de fiscalização 
de profissões regulamentadas a competência de fixar ou majorar, sem parâmetro legal, o valor das contribuições 
de interesse das categorias profissionais e econômicas, usualmente cobradas sob o título de anuidades, vedada, 
ademais, a atualização desse valor pelos conselhos em percentual superior aos índices legalmente previstos. 
STF. Plenário. RE 704292/PR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/10/2016 (repercussão geral) (Info 844). 
 
A Lei nº 12.514/2011, que trata sobre as contribuições (anuidades) devidas aos Conselhos Profissionais, é 
constitucional. Sob o ponto de vista formal, esta Lei, apesar de ser fruto de uma MP que originalmente dispunha 
sobre outro assunto, não pode ser declarada inconstitucional porque foi editada antes do STF declarar ilegítima 
a prática do “contrabando legislativo” (ADI 5127/DF). Ainda quanto ao aspecto formal, esta Lei não trata sobre 
normas gerais de Direito Tributário, motivo pelo qual não precisava ser veiculada por lei complementar. Sob o 
ponto de vista material, a Lei respeitou os princípios da capacidade contributiva, da vedação ao confisco e da 
legalidade. STF. Plenário. ADI 4697/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 06/10/2016 (Info 842). 
 
c) Contribuição para iluminação pública 
*(ATUALIZADO EM 27/01/2024) 
#REFORMATRIBUTÁRIA 
ANTES DA EC 132/2023 DEPOIS DA EC 132/2023 
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão 
instituir contribuição, na forma das respectivas leis, 
para o custeio do serviço de iluminação pública, 
observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002) 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da 
contribuição a que se refere o caput, na fatura de 
consumo de energia elétrica. 
Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal 
poderão instituir contribuição, na forma das 
respectivas leis, para o custeio, a expansão e a 
melhoria do serviço de iluminação pública e de 
sistemas de monitoramento para segurança e 
preservação de logradouros públicos, observado o 
disposto no art. 150, I e III. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 132, de 2023) 
 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da 
contribuição a que se refere o caput, na fatura de 
consumo de energia elétrica. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 39, de 2002) 
 
A competência constitucional para a instituição da contribuição de iluminação pública (COSIP) foi 
deferida aos Municípios e ao Distrito Federal.5 
 
Para a criação da COSIP, basta a edição de lei ordinária municipal, não sendo necessário atender ao 
disposto no art. 146, III, “a”, da CF/88. Quer dizer, não seria necessária a edição de lei complementar nacional 
que trace normas gerais sobre a exação. 
 
Segundo o STF, é constitucional a aplicação dos recursos arrecadados por meio de contribuição para o 
custeio da iluminação pública na expansão e aprimoramento da rede (STF. Plenário. RE 666404, Rel. Marco 
Aurélio, Relator(a) p/ Acórdão: Alexandre de Moras, julgado em 18/08/2020 (Repercussão Geral - Tema 696). 
 
Assim, já entendia o STF que o constituinte não pretendeu limitar o custeio do serviço de iluminação 
pública apenas às despesas de sua execução e manutenção. Pelo contrário, deixou margem a que o legislador 
municipal pudesse instituir a referida contribuição de acordo com a necessidade e interesse local, conforme 
disposto no art. 30, I e III, da CF. 
 
Dessa forma, o que a EC 132/2023 trouxe foi apenas a ratificação do entendimento do STF quanto à 
destinação da COSIP para a “expansão e melhoria do serviço de iluminação pública”, alargando também para as 
hipóteses de “sistemas de monitoramento para segurança e preservação dos logradouros públicos”, como por 
exemplo, a instalação de câmeras e a criação das cidades inteligentes. 
 
Criada pela Emenda Constitucional 39/2002, atribui competência aos Municípios e ao Distrito Federal, 
em razão da declaração de inconstitucionalidade pelo STF da antiga taxa de iluminação pública. 
 
#DEOLHONASÚMULA: 
Súmula vinculante 41: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. 
 
 
5 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. EC 132/2023: Altera o Sistema Tributário Nacional. Buscador Dizer o Direito, 
Manaus. Disponível em: 
. 
Admite-se a cobrança da Cosip na fatura da energia elétrica (o valor do tributo pode ser exigido junto 
coma conta de luz). Sua instituição deve observar a anterioridade anual e nonagesimal. 
 
5. Outras classificações 
 
Os tributos dizem-se federais, estaduais ou municipais, conforme correspondam à competência 
tributária da União, dos Estados, ou dos Municípios. Os tributos estaduais são também conferidos ao Distrito 
Federal e, nos Territórios Federais, à União. Os impostos municiais são igualmente atribuídos ao Distrito Federal 
e, nos Territórios Federais, à União. 
 
a) Tributos federais: art. 153, art. 154, I (impostos residuais), art. 154, II (imposto extraordinário de 
guerra), art. 148 (empréstimos compulsórios), art. 149 e 195 (contribuições especiais), todos da CF; além de 
taxas e contribuições de melhoria. 
*(ATUALIZADO EM 27/01/2024) 
#REFORMATRIBUTÁRIA 
ANTES DA EC 132/2023 DEPOIS DA EC 132/2023 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais 
ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou 
relativas a títulos ou valores mobiliários; 
VI - propriedade territorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei 
complementar. 
 
 Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais 
ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou 
relativas a títulos ou valores mobiliários; 
VI - propriedade territorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei 
complementar. 
VIII - produção, extração, comercialização ou 
importação de bens e serviços prejudiciais à saúde 
ou ao meio ambiente, nos termos de lei 
complementar. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023) 
 
Art. 154. A União poderá instituir: Art. 154. A União poderá instituir: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
I - mediante lei complementar, impostos não 
previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de 
cálculo próprios dos discriminados nesta 
Constituição; 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, 
impostos extraordinários, compreendidos ou não em 
sua competência tributária, os quais serão 
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de 
sua criação. 
 
I - mediante lei complementar, impostos não 
previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de 
cálculo próprios dos discriminados nesta 
Constituição; 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, 
impostos extraordinários, compreendidos ou não em 
sua competência tributária, os quais serão 
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de 
sua criação. 
 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, 
poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, 
decorrentes de calamidade pública, de guerra 
externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter 
urgente e de relevante interesse nacional, observado 
o disposto no art. 150, III, "b". 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos 
provenientes de empréstimo compulsório será 
vinculada à despesa que fundamentou sua 
instituição. 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais 
ou econômicas, como instrumento de sua atuação 
nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 
146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 
195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude 
o dispositivo. 
 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, 
poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, 
decorrentes de calamidade pública, de guerra 
externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter 
urgente e de relevante interesse nacional, observado 
o disposto no art. 150, III, "b" 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos 
provenientes de empréstimo compulsório será 
vinculada à despesa que fundamentou sua 
instituição. 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais 
ou econômicas, como instrumento de sua atuação 
nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 
146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 
195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude 
o dispositivo. 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda 
a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos 
da lei, mediante recursos provenientes dos 
 Art. 195. A seguridade social será financiada por toda 
a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos 
da lei, mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes 
contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela 
equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do 
trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à 
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem 
vínculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
II - do trabalhador e dos demais segurados da 
previdência social, não incidindo contribuição sobre 
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral 
de previdência social de que trata o art. 201; 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou 
de quem a lei a ele equiparar. 
 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes 
contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela 
equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do 
trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à 
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem 
vínculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
II - do trabalhador e dos demais segurados da 
previdência social, podendo ser adotadas alíquotas 
progressivas de acordo com o valor do salário de 
contribuição, não incidindo contribuição sobre 
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime 
Geral de Previdência Social; 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, 
ou de quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) (Vide Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023) Vigência 
V - sobre bens e serviços, nos termos de lei 
complementar. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023) 
 
 
*(ATUALIZADO EM 27/01/2024) 
#SELIGA! 
#REFORMATRIBUTÁRIA! 
• IMPOSTO SELETIVO6 
 
6 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. EC 132/2023: Altera o Sistema Tributário Nacional. Buscador Dizer o Direito, 
Manaus. Disponível em: 
. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art22
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art22
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art23
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
A recente reforma tributária trouxe uma inovação significativa ao introduzir no art. 153 da Constituição 
o inciso VIII, que cria um novo tipo de imposto sob competência da União. Este imposto é denominado 'imposto 
seletivo' (IS) ou popularmente conhecido como 'imposto sobre o pecado'. Ele é aplicável a bens e serviços que 
são considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. 
 
 A ideia por trás deste imposto é desencorajar o consumo desses produtos por meio de uma tributação 
específica. Essa característica é dotada de 'extrafiscalidade', ou seja, o imposto tem um primordial além da 
simples arrecadação: influenciar comportamentos. 
 
A ideia inicial era que o IS substituísse por completo o IPI, de maneira que será implementado apenas 
em 2027, quando o IPI terá a sua alíquota zerada, entretanto, as alíquotas do IPI não serão zeradas em relação 
aos produtos que tenham industrialização incentivada na Zona Franca de Manaus[12], conforme critérios 
estabelecidos em lei complementar. 
 
 Importante notar que, embora a ideia inicial do IS seja substituir completamente o IPI, existem 
diferenças fundamentais. Vejamos: 
 
1) Tributação atual com o IPI: No sistema tributário atual do Brasil, o IPI é usado para tributar produtos 
industrializados, incluindo aqueles considerados prejudiciais à saúde, como cigarros, bebidas alcoólicas e armas. 
O IPI permite aplicar alíquotas maiores a esses produtos, resultando em uma carga tributária significativa sobre 
seu preço final. 
 
2) Novidade do Imposto Seletivo: A proposta do Imposto Seletivo, trazida pela reforma tributária, 
difere do IPI principalmente no critério utilizado para determinar as alíquotas. Enquanto o IPI baseia-se na 
"essencialidade" dos bens (por exemplo, alíquotas zero para alimentos essenciais), o imposto seletivo focaria 
em tributar bens e serviços considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente. Assim, a ideia do IS é desencorajar 
o consumo desses produtos através da tributação. 
 
 Agora, sobre a forma como esse imposto será instituído: a Constituição menciona que ele será 
estabelecido 'nos termos de lei complementar'. Isso significa que a lei complementar definirá o que são 
exatamente 'bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente'. No entanto, a instituição do imposto 
em si pode ser feita por uma lei ordinária. 
 
Vejamos alguns aspectos práticos desse Imposto Seletivo: 
 
file:///C:/Users/mathe/Downloads/Encarte%20do%20Vade%20Mecum%20-%20Principais%20Novidades%20Legislativas%202023.docx%23_ftn12
1) Ele incidirá sobre atividades de produção, extração, comercialização ou importação desses bens e 
serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. 
2) Ele incidirá apenas uma vez sobre o bem ou serviço, ao contrário do IPI, que é plurifásico. 
3) Não será incluído em sua própria base de cálculo, mas fará parte da base de cálculo de outros 
impostos como ICMS, ISS (enquanto existirem), IBS e CBS. 
4) As alíquotas podem ser fixadas por lei ordinária e podem ser específicas (por unidade de medida) 
ou ad valorem (percentual sobre o valor). 
5) O IPI apresenta exceção à anterioridade de exercício para alteração da alíquota. Já o IS deverá 
observar a anterioridade de exercício e a anterioridade nonagesimal. 
6) O IPI não incidirá de forma cumulativa com o IS (alínea b do inciso III do art. 126 do ADCT). 
 
Especificamente na extração, o Imposto Seletivo terá uma alíquota máxima de 1% do valor de 
mercado, com foco nos impactos ambientais locais. 
 
Por fim, o Imposto Seletivo não incidirá: 
1- sobre as exportações (à exceção da extração de bens); 
2- sobre as operações com energia elétrica e com telecomunicações; e 
3- sobre os bens ou serviços cujas alíquotas sejam reduzidas nos termos do § 1º c/c § 9º do art 9º da 
EC, dentre os quais se destaca: 
i) produtos agropecuários, aquícolas, pesqueiros, florestais e extrativistas vegetais in natura - que 
podem incluir defensivos agrícolas; 
ii) insumos agropecuários e aquícolas; 
iii) alimentos destinados ao consumo humano a serem definidos em lei complementar (inciso I do § 6º 
do art. 153 c/c § 9º do art. 9º da EC). 
 
#IMPORTANTE! Em resumo, o imposto seletivo é uma ferramenta tributária inovadora introduzida pela reforma 
tributária, visando regulamentar o consumo de produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente. Ele se destaca 
pela sua natureza extrafiscal e por suas regras específicas de aplicação. 
 
b) Tributos estaduais: art. 155, art. 149, §1º, da CF, além de taxas e contribuições de melhoria. 
*(ATUALIZADO EM 27/01/2024) 
#REFORMATRIBUTÁRIA 
ANTES DA EC 132/2023 DEPOIS DA EC 132/2023 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal 
instituir impostos sobre: 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer 
bens ou direitos; 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e 
sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação, 
ainda que as operações e as prestações se iniciem no 
exterior; 
III - propriedade de veículos automotores. 
 Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal 
instituir impostos sobre: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer 
bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e 
sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação, 
ainda que as operações e as prestações se iniciem no 
exterior; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
III - propriedade de veículos 
automotores. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
§ 1º O imposto previsto no inciso I: (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
I - relativamente a bens imóveis e respectivos 
direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou 
ao Distrito Federal 
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, 
compete ao Estado onde era domiciliado ode cujus, 
ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito 
Federal; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023) 
III - terá competência para sua instituição regulada 
por lei complementar: 
a) se o doador tiver domicilio ou residência no 
exterior; 
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou 
domiciliado ou teve o seu inventário processado no 
exterior; 
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado 
Federal; 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
V - não incidirá sobre as doações destinadas, no 
âmbito do Poder Executivo da União, a projetos 
socioambientais ou destinados a mitigar os efeitos 
das mudanças climáticas e às instituições federais de 
ensino. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
126, de 2022) 
VI - será progressivo em razão do valor do quinhão, 
do legado ou da doação;(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023) 
VII - não incidirá sobre as transmissões e as doações 
para as instituições sem fins lucrativos com 
finalidade de relevância pública e social, inclusive as 
organizações assistenciais e beneficentes de 
entidades religiosas e institutos científicos e 
tecnológicos, e por elas realizadas na consecução 
dos seus objetivos sociais, observadas as condições 
estabelecidas em lei complementar. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) 
 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais 
ou econômicas, como instrumento de sua atuação 
nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 
146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 
195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude 
o dispositivo. 
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições 
para custeio de regime próprio de previdência social, 
cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e 
dos pensionistas, que poderão ter alíquotas 
progressivas de acordo com o valor da base de 
contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de 
 Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais 
ou econômicas, como instrumento de sua atuação 
nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 
146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 
195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude 
o dispositivo. 
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições 
para custeio de regime próprio de previdência social, 
cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e 
dos pensionistas, que poderão ter alíquotas 
progressivas de acordo com o valor da base de 
contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de 
pensões. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc126.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc126.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
pensões. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) (Vigência) 
§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição 
ordinária dos aposentados e pensionistas poderá 
incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria 
e de pensões que supere o salário-mínimo. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019) (Vigência) 
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida 
prevista no § 1º-A para equacionar o deficit atuarial, 
é facultada a instituição de contribuição 
extraordinária, no âmbito da União, dos servidores 
públicos ativos, dos aposentados e dos pensionistas. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019) (Vigência) 
§ 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 
1º-B deverá ser instituída simultaneamente com 
outras medidas para equacionamento do deficit e 
vigorará por período determinado, contado da data 
de sua instituição. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) (Vigência) 
 
§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição 
ordinária dos aposentados e pensionistas poderá 
incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria 
e de pensões que supere o salário-mínimo. 
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida 
prevista no § 1º-A para equacionar o deficit atuarial, 
é facultada a instituição de contribuição 
extraordinária, no âmbito da União, dos servidores 
públicos ativos, dos aposentados e dos 
pensionistas. 
§ 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 
1º-B deverá ser instituída simultaneamente com 
outras medidas para equacionamento do deficit e 
vigorará por período determinado, contado da data 
de sua instituição. 
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no 
domínio econômico de que trata o caput deste 
artigo: 
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de 
exportação; 
II - incidirão também sobre a importação de produtos 
estrangeiros ou serviços; 
III - poderão ter alíquotas: 
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a 
receita bruta ou o valor da operação e, no caso de 
importação, o valor aduaneiro; 
b) específica, tendo por base a unidade de medida 
adotada. 
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de 
importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, 
na forma da lei. 
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as 
contribuições incidirão uma única vez. 
 
 
 
c) Tributos municipais: art. 156, art. 149, §1º, da CF, além de taxas, contribuição de melhoria e 
contribuição de iluminação pública. 
*(ATUALIZADO EM 27/01/2024) 
#REFORMATRIBUTÁRIA 
ANTES DA EC 132/2023 DEPOIS DA EC 132/2023 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos 
sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por 
ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou 
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, 
exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a 
sua aquisição; 
III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e 
gasosos, exceto óleo diesel; 
§ 1º - O imposto previsto no inciso I poderá ser 
progressivo, nos termos de lei municipal, de forma a 
assegurar o cumprimento da função social da 
propriedade. 
§ 1º-A O imposto previsto no inciso I do caput deste 
artigo não incide sobre templos de qualquer culto, 
ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de 
que trata a alínea "b" do inciso VI do caput do art. 150 
desta Constituição sejam apenas locatárias do bem 
imóvel. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
116, de 2022) 
§ 2º O imposto previsto no inciso II: 
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos 
incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em 
realização de capital, nem sobre a transmissão de 
bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, 
cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses 
casos, a atividade preponderante do adquirente for a 
 Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos 
sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por 
ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou 
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, 
exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a 
sua aquisição; 
III - serviços de qualquer natureza, não 
compreendidos no art. 155, II, definidos em lei 
complementar. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) (Vide Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023) Vigência 
IV - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 3, 
de 1993) 
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que 
se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto 
no inciso I poderá: 
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e 
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a 
localização e o uso do imóvel. 
III - ter sua base de cálculo atualizada pelo Poder 
Executivo, conforme critérios estabelecidos em lei 
municipal. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 132, de 2023) 
§ 1º-A O imposto previsto no inciso I do caput deste 
artigo não incide sobre templos de qualquer culto, 
ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de 
que trata a alínea "b" do inciso VI do caput do art. 150 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc116.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc116.htm#art1https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art22
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art22
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art23
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art6
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art6
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
compra e venda desses bens ou direitos, locação de 
bens imóveis ou arrendamento mercantil; 
II - compete ao Município da situação do bem. 
§ 3º O imposto previsto no inciso III, não exclui a 
incidência do imposto estadual previsto no art. 155, I, 
b, sobre a mesma operação. 
 § 3.º Em relação ao imposto previsto no inciso III, 
cabe à lei complementar: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
I - fixar as suas alíquotas máximas e 
mínimas; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 37, de 2002) 
II - excluir da sua incidência exportações de serviços 
para o exterior. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
III - regular a forma e as condições como isenções, 
incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e 
revogados. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 3, de 1993) 
 
desta Constituição sejam apenas locatárias do bem 
imóvel. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
116, de 2022) 
§ 2º O imposto previsto no inciso II: 
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos 
incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em 
realização de capital, nem sobre a transmissão de 
bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, 
cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses 
casos, a atividade preponderante do adquirente for a 
compra e venda desses bens ou direitos, locação de 
bens imóveis ou arrendamento mercantil; 
II - compete ao Município da situação do bem. 
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III 
do caput deste artigo, cabe à lei 
complementar: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 37, de 2002) (Vide Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023) Vigência 
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; 
II - excluir da sua incidência exportações de serviços 
para o exterior. 
 III – regular a forma e as condições como isenções, 
incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e 
revogados. 
§ 4º (Revogado pela Emenda Constitucional nº 3, 
de 1993) 
 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais 
ou econômicas, como instrumento de sua atuação 
nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 
146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 
195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude 
o dispositivo. 
 Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais 
ou econômicas, como instrumento de sua atuação 
nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 
146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 
195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude 
o dispositivo. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc37.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc37.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc116.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc116.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc37.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc37.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art22
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art22
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art23
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art6
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art6
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições 
para custeio de regime próprio de previdência social, 
cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e 
dos pensionistas, que poderão ter alíquotas 
progressivas de acordo com o valor da base de 
contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de 
pensões. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) (Vigência) 
§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição 
ordinária dos aposentados e pensionistas poderá 
incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria 
e de pensões que supere o salário-mínimo. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019) (Vigência) 
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida 
prevista no § 1º-A para equacionar o deficit atuarial, 
é facultada a instituição de contribuição 
extraordinária, no âmbito da União, dos servidores 
públicos ativos, dos aposentados e dos pensionistas. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019) (Vigência) 
§ 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 
1º-B deverá ser instituída simultaneamente com 
outras medidas para equacionamento do deficit e 
vigorará por período determinado, contado da data 
de sua instituição. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) (Vigência) 
 
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições 
para custeio de regime próprio de previdência social, 
cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e 
dos pensionistas, que poderão ter alíquotas 
progressivas de acordo com o valor da base de 
contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de 
pensões. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) (Vigência 
§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição 
ordinária dos aposentados e pensionistas poderá 
incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria 
e de pensões que supere o salário-
mínimo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019) (Vigência) 
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida 
prevista no § 1º-A para equacionar o deficit atuarial, 
é facultada a instituição de contribuição 
extraordinária, no âmbito da União, dos servidores 
públicos ativos, dos aposentados e dos 
pensionistas. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) (Vigência) 
§ 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 
1º-B deverá ser instituída simultaneamente com 
outras medidas para equacionamento do deficit e 
vigorará por período determinado, contado da data 
de sua instituição. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) (Vigência) 
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no 
domínio econômico de que trata o caput deste 
artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
33, de 2001) 
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de 
exportação; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art36ii
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art36ii
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art36ii
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art36ii
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
II - incidirão também sobre a importação de produtos 
estrangeiros ou serviços; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
III - poderão ter alíquotas: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a 
receita bruta ou o valor da operação e, no caso de 
importação, o valor aduaneiro; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
b) específica, tendo por base a unidade de medida 
adotada. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 33, de 2001) 
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de 
importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, 
na forma da lei. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as 
contribuições incidirão uma única vez. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
 
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão 
instituir contribuição, na forma das respectivas leis, 
para o custeio do serviço de iluminação pública, 
observado o disposto no art. 150, I e III. 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da 
contribuição a que se refere o caput, na fatura de 
consumo de energia elétrica. 
Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal 
poderão instituir contribuição, na forma das 
respectivas leis, para o custeio, a expansão e a 
melhoria do serviço de iluminação pública e de 
sistemas de monitoramento para segurança e 
preservação de logradouros públicos, observado o 
disposto no art. 150, I e III. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 132, de 2023) 
 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da 
contribuição a que se refere o caput, na fatura de 
consumo de energia elétrica. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 39, de 2002) 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art1
Conforme o sujeito ativo da obrigação tributária seja ou não o Estado (aqui compreendendo União, 
Estados-membros, DF e Municípios), o tributo diz-se fiscal ou parafiscal. 
 
Segundo o objetivo visado pela lei de incidência seja: (a) prover de recursos a entidade arrecadadora: 
ou (b) induzir comportamentos, diz-se que os tributos têm finalidade arrecadatória (ou fiscal) ou finalidade 
regulatória (ou extrafiscal). A extrafiscalidade, em maior ou menor grau, pode estar presente nas várias figuras 
tributárias. 
 
Outra classificação dos tributos, que os separa em reais ou pessoais, depende de se verificar se 
predominam características objetivas ou subjetivas na configuração do fato gerador. Se o tributo leva em 
consideração aspectos pessoais do contribuinte (nível de renda, estado civil, etc.), ele se diz pessoal. Real será 
o tributo que ignore esses aspectos. 
 
Os tributos podem, ainda, ser vinculados ou desvinculados (tributos bilaterais ou unilaterais). 
Vinculados são aqueles que pressupõem uma atividade estatal a ser por eles remunerada. Os desvinculados 
independem de uma atividade estatal relativa ao contribuinte. 
 
Uma classificação, de fundo econômico, mas com reflexos jurídicos, é a que divide os tributos em 
diretos e indiretos. Os primeiros são devidos, ‘de direito”, pelas mesmas pessoas que, “de fato”, suportam o 
ônus do tributo (exemplo clássico é o Imposto de Renda). Os indiretos, ao contrário, são devidos, “de direito”, 
por uma pessoa (dita “contribuinte de direito”), mas suportados por outra (“contribuinte de fato”): o 
“contribuinte de direito” recolhe o tributo, mas repassa o respectivo encargo financeiro para o “contribuinte de 
fato”. Exemplo clássico dessa última divisão são os impostos que gravam o consumo de bens e serviços (IPI, 
ICMS e ISS). 
 
Consoante grave apenas uma das fases do processo produtivo, ou mais de uma delas, o tributo diz-se 
monofásico (exemplo: IOF) ou plurifásico (exemplo: IPI e ICMS). 
 
A classificação dos tributos em cumulativos e não cumulativos diz respeito à técnica de aplicação dos 
tributos multifásicos; os cumulativos incidem em várias fases de circulação do bem, sem se computar ou sem se 
deduzir o valor que já incidiu nas fases anteriores. Não cumulativo é o tributo que, em cada fase, incide apenas 
sobre o valor que nela se agregou, ou grava todo o valor acumulado do bem, descontando-se, porém, o valor 
que já gravou as fases anteriores (exemplo: IPI e ICMS). 
 
*(Atualizado em 14/09/2020): #DEOLHONAJURIS: O termo inicial da correção monetária de ressarcimento de 
crédito escritural excedente de tributo sujeito ao regime não cumulativo ocorre somente após escoado o prazo 
de 360 dias para a análise do pedido administrativo pelo Fisco (art. 24 da Lei nº 11.457/2007). STJ. 1ª Seção. 
REsp 1.767.945-PR, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 12/02/2020 (Recurso Repetitivo – Tema 1.003) (Info 
670). 
 
Os tributos podem, ainda, ser progressivos ou não progressivos; seletivos ou não seletivos. Os tributos 
progressivos têm alíquotas graduadas conforme a capacidade econômica do contribuinte. Os tributos não 
progressivos são cobrados de modo uniforme em relação a todos os contribuintes, sem levar em consideração 
a capacidade econômica de cada um. Os tributos seletivos têm sua força econômica graduada conforme a 
relevância social do produto ou do serviço. Os tributos não seletivos são cobrados sem levar em consideração 
a importância social do objeto tributado. 
 
#OUSESABER: Havendo tredestinação da receita de tributos vinculados, como as contribuições sociais, cabe ao 
contribuinte o direito à repetição do montante correspondente ao percentual indevidamente aplicado? 
Resposta: NÃO. A tese dos contribuintes era a de que o desvio na aplicação da receita de tributos com destinação 
vinculada configuraria inconstitucionalidade a macular a própria exação fiscal, cuja cobrança tornar-se-ia 
indevida, havendo direito à repetição. O STF, contudo, ao analisar a questão sob a sistemática da repercussãogeral (RE 566.007), decidiu que só caberia a restituição do tributo pago se este fosse declarado inconstitucional, 
situação diversa da inconstitucionalidade decretada na aplicação da receita correlata. Nesse sentido, o tema 277 
da Repercussão Geral no STF: Tema 277 da Repercussão Geral no STF: I - A eventual inconstitucionalidade de 
desvinculação de receita de contribuições sociais não acarreta a devolução ao contribuinte do montante 
correspondente ao percentual desvinculado, pois a tributação não seria inconstitucional ou ilegal, única 
hipótese autorizadora da repetição do indébito tributário; II - Não é inconstitucional a desvinculação, ainda que 
parcial, do produto da arrecadação das contribuições sociais instituídas pelo art. 76 do ADCT, seja em sua 
redação original, seja naquela resultante das Emendas Constitucionais 27/2000, 42/2003, 56/2007, 59/2009 e 
68/2011. 
 
*(Atualizado em 10/04/2024) 
#FAZOLINK Repartição de Receitas Tributárias conforme a #REFORMATRIBUTÁRIA: 
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS 
ESTADOS E DF 
(CF, Art. 157) 
O produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer 
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas 
autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; 
 
20% do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da 
competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I. 
 
#FAZOLINK 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que 
sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos 
discriminados nesta Constituição; 
 
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS 
MUNICÍPIOS 
(CF, Art. 158) 
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer 
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas 
autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; 
 
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a 
propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a 
totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; (50% - ITR) 
 
III - 50% (cinquenta por cento) do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a 
propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios e, em relação a 
veículos aquáticos e aéreos, cujos proprietários sejam domiciliados em seus 
territórios; #NOVIDADE (50% - IPVA) 
 
IV - 25% (vinte e cinco por cento): #NOVIDADE 
 
a) do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à 
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 132, de 
2023) (Vide Emenda Constitucional nº 132, de 2023) Vigência (50% - ICMS) 
b) do produto da arrecadação do imposto previsto no art. 156-A distribuída aos 
Estados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) 
 
§ 1º As parcelas de receita pertencentes aos Municípios mencionadas no inciso IV, "a", 
serão creditadas conforme os seguintes critérios: #NOVIDADE 
 
I - 65% (sessenta e cinco por cento), no mínimo, na proporção do valor adicionado nas 
operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas 
em seus territórios; (ICMS) 
 
II - até 35% (trinta e cinco por cento), de acordo com o que dispuser lei estadual, 
observada, obrigatoriamente, a distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais 
com base em indicadores de melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da 
equidade, considerado o nível socioeconômico dos educandos. 
 
§ 2º As parcelas de receita pertencentes aos Municípios mencionadas no inciso IV, "b", 
serão creditadas conforme os seguintes critérios: #NOVIDADE 
 
I - 80% (oitenta por cento) na proporção da população; #NOVIDADE 
 
II - 10% (dez por cento) com base em indicadores de melhoria nos resultados de 
aprendizagem e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico dos 
educandos, de acordo com o que dispuser lei estadual; #NOVIDADE 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art22
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art23
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
III - 5% (cinco por cento) com base em indicadores de preservação ambiental, de acordo 
com o que dispuser lei estadual; #NOVIDADE 
 
IV - 5% (cinco por cento) em montantes iguais para todos os Municípios do 
Estado. #NOVIDADE 
 
#ABREOVADE! 
 
Art. 159. A União entregará: (Vide Emenda Constitucional nº 55, de 2007) 
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos 
industrializados (IPI) e do imposto previsto no art. 153, VIII, 50% (cinquenta por cento), da seguinte 
forma: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) 
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Distrito 
Federal; (Vide Lei Complementar nº 62, de 1989) (Regulamento) 
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios; (FPM) (Vide Lei 
Complementar nº 62, de 1989) (Regulamento) 
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, 
Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos 
regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados 
à Região, na forma que a lei estabelecer; (Regulamento) 
d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de 
dezembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007) 
e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês 
de julho de cada ano; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 84, de 2014) 
f) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês 
de setembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 112, de 2021) Produção de efeitos 
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados e do imposto previsto no art. 153, 
VIII, 10% (dez por cento) aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas 
exportações de produtos industrializados; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) 
III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 
29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observadas as 
destinações a que se referem as alíneas "c" e "d" do inciso II do referido parágrafo. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023) 
§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela 
da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I. 
§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a que 
se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido, em 
relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc55.htm#art2
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp62.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7827.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp62.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp62.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7827.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7827.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc55.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc84.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc112.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc112.htm#art3
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios 25% (vinte e cinco por cento) dos recursos que 
receberem nos termos do inciso II docaputdeste artigo, observados os critérios estabelecidos no art. 158, § 1º, 
para a parcela relativa ao imposto sobre produtos industrializados, e no art. 158, § 2º, para a parcela relativa ao 
imposto previsto no art. 153, VIII. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) 
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão 
destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
Art. 159-A. Fica instituído o Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, com o objetivo de reduzir as 
desigualdades regionais e sociais, nos termos do art. 3º, III, mediante a entrega de recursos da União aos Estados 
e ao Distrito Federal para: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) 
I - realização de estudos, projetos e obras de infraestrutura; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 132, de 
2023) 
II - fomento a atividades produtivas com elevado potencial de geração de emprego e renda, incluindo a 
concessão de subvenções econômicas e financeiras; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) 
III - promoção de ações com vistas ao desenvolvimento científico e tecnológico e à inovação. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 132, de 2023) 
§ 1º É vedada a retenção ou qualquer restrição ao recebimento dos recursos de que trata o caput. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) 
§ 2º Na aplicação dos recursos de que trata o caput, os Estados e o Distrito Federal priorizarão projetos que 
prevejam ações de sustentabilidade ambiental e redução das emissões de carbono. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023) 
§ 3º Observado o disposto neste artigo, caberá aos Estados e ao Distrito Federal a decisão quanto à aplicação 
dos recursos de que trata o caput. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) 
§ 4º Os recursos de que trata o caput serão entregues aos Estados e ao Distrito Federal de acordo com 
coeficientes individuais de participação, calculados com base nos seguintes indicadores e com os seguintes 
pesos: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) 
I - população do Estado ou do Distrito Federal, com peso de 30% (trinta por cento); (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023) 
II - coeficiente individual de participação do Estado ou do Distrito Federal nos recursos de que trata o art. 159, 
I, "a", da Constituição Federal, com peso de 70% (setenta por cento). (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
132, de 2023) 
§ 5º O Tribunal de Contas da União será o órgão responsável por regulamentar e calcular os coeficientes 
individuais de participação de que trata o § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) 
 
#ABREOVADE! 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta 
seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos 
a impostos. 
§ 1º A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de 
recursos: (Renumerado do Parágrafo único pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021) 
I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
29, de 2000) 
II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
29, de 2000) 
§ 2º Os contratos, os acordos, os ajustes, os convênios, os parcelamentos ou as renegociações de débitos de 
qualquer espécie, inclusive tributários, firmados pela União com os entes federativos conterão cláusulas para 
autorizar a dedução dos valores devidos dos montantes a serem repassados relacionados às respectivas cotas 
nos Fundos de Participação ou aos precatórios federais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021) 
 
Art. 161. Cabe à lei complementar: 
I - definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, § 1º, I; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023) (Vide Emenda Constitucional nº 132, de 2023) Vigência 
II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os critérios de 
rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e 
entre Municípios; 
III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação das participações 
previstas nos arts. 157, 158 e 159. 
Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos de 
participação a que alude o inciso II. 
 
 Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o último dia do mês subseqüente 
ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de 
origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio. 
Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado e por Município; os dos 
Estados, por Município. 
DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO 
 
DIPLOMA DISPOSITIVO 
Constituição Federal Art.145 a 149-A, art. 195 
Código Tributário Nacional Art. 2º a 8º, art. 16, art. 77, a 82 
 
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc113.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc29.htm#art4
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc113.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art22
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art23
 
Manual de Direito Tributário – Alexandre Mazza (2018). 
 
Manual de Direito Tributário – Ricardo Alexandre (2017). 
 
Direito Tributário Essencial – Eduardo Sabbag (2018). 
 
Direito Tributário Brasileiro – Luciano Amaro. 
 
Cavalcante, Márcio André Lopes, Informativos esquematizados do Dizer o Direito.no art. 5º, II, da Constituição Federal), e na supremacia do interesse público – que orienta 
e limita a atuação estatal nos ramos do Direito Público brasileiro. O contribuinte, enquanto tal, não pode optar 
por não pagar o tributo (essa situação somente pode advir de ato de vontade estatal, manifestado pelos meios 
legais adequados – ex.: isenção). 
 
c) Prestação que não constitui sanção de ato ilícito: tributo não é a mesma coisa que multa. O dever 
de pagar tributo surge da realização de um ato conforme ao direito (fato gerador), ao passo que a obrigação 
de pagar uma multa nasce como resposta do ordenamento jurídico à prática de um ato ilícito (infração). Disso 
decorre que é proibido ao Poder Público valer-se das chamadas sanções políticas para impor o pagamento de 
obrigação tributária. 
 
*#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO #STF: A Lei 13.155/2015 institui o PROFUT (Programa de modernização 
da gestão e de responsabilidade fiscal do futebol brasileiro). Essa lei alterou o Estatuto do Torcedor (Lei nº 
10.671/2003) para incluir entre os critérios técnicos, além da colocação obtida em campeonato anterior, a 
apresentação de Certidão Negativa de Débitos Federais, de certificado de regularidade de contribuição ao Fundo 
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e comprovação de pagamentos de obrigações previstas nos contratos 
de trabalho e nos contratos de imagem dos atletas. Assim, por força da Lei nº 13.155/2015, um clube de futebol 
da série “A” (“1ª divisão”) do Campeonato Brasileiro caso não cumprisse os requisitos de regularidade fiscal, 
regularidade com o FGTS e com os salários dos atletas seria rebaixado para a série “B”. Para o STF, a exigência 
da regularidade fiscal fere a autonomia das entidades desportivas em relação à sua organização e seu 
funcionamento (art. 217 da CF/88) e constitui forma indireta de coerção estatal ao pagamento de tributos. A 
retirada do clube do campeonato pelo não pagamento de tributos ou do FGTS é medida gravíssima, que 
demonstra falta de proporcionalidade e razoabilidade, além de configurar uma sanção política. Com a exclusão 
automática do campeonato, o clube jamais conseguiria pagar tributos e refinanciamentos, trazendo prejuízos à 
União, aos atletas, aos funcionários e à ideia de fomentar o desporto. Resultado: foi declarada a 
inconstitucionalidade do art. 40 da Lei nº 13.155/2015, na parte em que altera o art. 10, §§ 1º, 3º e 5º da Lei nº 
10.671/2003, mantendo-se a vigência e eficácia de todos os demais dispositivos impugnados. STF. Plenário. ADI 
5450 MC-Ref/DF, rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 18/12/2019 (Info 964). 
 
#DEOLHONAJURIS: Supremo Tribunal Federal, tendo presentes os postulados constitucionais que asseguram a 
livre prática de atividades econômicas lícitas, de um lado, e a liberdade de exercício profissional, de outro – e 
considerando, ainda, que o Poder Público dispõe de meios legítimos que lhe permitem tornar efetivos os 
créditos tributários -, firmou orientação jurisprudencial, hoje consubstanciada em enunciados sumulares, no 
sentido de que a imposição, pela autoridade fiscal, de restrições de índole punitiva, quando motivadas tais 
limitações pela mera inadimplência do contribuinte, revela-se contrária às liberdades públicas ora referidas. O 
Estado não pode valer-se de meios indiretos de coerção, convertendo-os em instrumentos de acertamento da 
relação tributária, para, em função deles – e mediante interdição ou grave restrição ao exercício da atividade 
empresarial, econômica ou profissional –, constranger o contribuinte a adimplir obrigações fiscais 
eventualmente em atraso. Exemplo de sanção tributária claramente desproporcional em sentido estrito é a 
interdição de estabelecimento comercial ou industrial motivada pela impontualidade do sujeito passivo 
tributário relativamente ao cumprimento de seus deveres tributários. Embora contumaz devedor tributário, um 
sujeito passivo jamais pode ver aniquilado completamente o seu direito à livre iniciativa em razão do 
descumprimento do dever de recolher os tributos por ele devidos aos cofres públicos. O Estado deve responder 
à impontualidade do sujeito passivo com o lançamento e a execução céleres dos tributos que entende devidos, 
jamais com o fechamento da unidade econômica. RE 550.769/RJ. 
O Estado não pode adotar sanções políticas para constranger o contribuinte ao pagamento de tributos em 
atraso. STJ. 1ª Turma. RMS 53.989-SE, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 17/04/2018 (Info 626). 
 
Por outro lado, e é preciso que não se confunda, o Poder Público pode se valer de instrumentos 
tributários com efeito sancionatório (não são sanções políticas, portanto) para estimular ou desestimular 
determinado comportamento do contribuinte. Exemplo bastante comum adotado pelo Fisco é a tributação 
progressiva sancionatória, manifestação própria de uma característica de alguns tributos: a extrafiscalidade. 
 
Art. 153, CF. Compete à União instituir impostos sobre: 
VI - propriedade territorial rural; 
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: 
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades 
improdutivas; 
 
Art. 182, CF. § 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano 
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não 
utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: 
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; 
 
d) Prestação instituída por lei: tal característica está intimamente ligada ao caráter compulsório do 
tributo. Somente a ordem legal pode impor o pagamento de tributos, de maneira que a vontade dos particulares 
é inócua frente ao poder de império do Estado. O princípio da legalidade tributária exige que todos os aspectos 
da hipótese de incidência tributária (aspectos pessoal, material, territorial, temporal e quantitativo) estejam 
definidos em lei. Somente após a definição legal desses cinco aspectos considera-se instituído o tributo. 
 
Art. 114, CTN. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à 
sua ocorrência. 
 
e) Prestação cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: significa afirmar que 
a atividade Estatal, prestada mediante seus servidores e membros, que visa a cobrança e arrecadação aos cofres 
públicos, não é uma escolha discricionária. E essa atividade administrativa plenamente vinculada a que se 
refere o art. 3º do CTN corresponde exatamente ao LANÇAMENTO do tributo. 
 
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, 
assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação 
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito 
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
 Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de 
responsabilidade funcional. 
 
#OLHAOGANCHO: Qual a natureza jurídica da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais 
(CFEM)? A resposta ainda não está consolidada nem na jurisprudência, nem na doutrina. Certo é que a CFEM 
não constitui tributo. Com previsão no art. 20, §1º, da CF, a CFEM consiste em um instrumento de 
contraprestação pela exploração financeira de recursos minerais e riquezas do solo. Para a 1ª Turma do STJ, a 
CFEM tem natureza jurídica de preço público (REsp 756.530/DF). Já a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal 
vem se posicionando no sentido de que a exação seria uma simples “participação no resultado da exploração” 
(RE 228.800/DF). 
 
3. Competência tributária 
 
Competência tributária é a aptidão para criar tributos. Todos os entes federativos –União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios – têm, dentro de certos limites, o poder de criar determinados tributos e definir 
seu alcance, obedecidos os critérios de partilha de competência estabelecidos pela Constituição. 
 
Sendo uma competência legislativa, a competência tributária é atribuída exclusivamente pela 
Constituição Federal, inexistindo qualquer possibilidade de ser conferida ou modificada por leis, constituições 
estaduais ou qualquer outro veículo normativo. 
 
A Constituição Federal não cria tributos; ela outorga competência tributária, ou seja, atribui aptidão 
para criar tributos. 
 
Como regra, a lei ordinária é o veículo idôneo à criação ou instituição do tributo, e, por consequência, 
à sua eventual modificação ou revogação (como regra). Por isso, a competência tributária implica a 
competência para legislar, inovando o ordenamento jurídico, criando o tributo ou modificando sua expressão 
qualitativa ou quantitativa, respeitados os limites fixados na Constituição. 
 
A competência tributária é indelegável. Ao seu destinatário é dado não exercê-la, ou fazê-lo 
parcialmente, mas não lhe é permitido transferir a competência. O princípio da indelegabilidade da competência 
tributária está previsto no CTN: 
 
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, 
ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa 
jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. 
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito 
público que a conferir. 
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público 
que a tenha conferido. 
§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da 
função de arrecadar tributos. 
 
Como visto, a titularidade da competência tributária é exclusiva de pessoas jurídicas de direito 
público integrantes da Administração Direta. Não se deve confundi-la, no entanto, com a capacidade tributária 
ativa, que corresponde à aptidão, de natureza administrativa, de cobrar ou arrecadar tributos aos cofres 
públicos. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm#art18%C2%A73
 
Embora a competência tributária seja indelegável, nada impede a delegação legal da capacidade 
tributária ativa, e isso ocorre por meio da denominada parafiscalidade.2 
 
#SELIGA: A parafiscalidade é, pois, a delegação, por meio de lei, da capacidade tributária ativa. Exemplo típico 
é a arrecadação de contribuição pelos conselhos de fiscalização. Esse instituto, no entanto, não pode favorecer 
empresas privadas voltadas à obtenção de lucro, porque seria uma forma de violar a isonomia e a livre 
concorrência. 
 
Além de indelegável, a competência tributária é: 
 
a) Privativa: a competência atribuída a determinada entidade federativa exclui seu exercício pelas 
demais pessoas políticas. 
 
b) Facultativa: o legislador não está constitucionalmente obrigado a criar os tributos de sua 
competência. 
 
#ATENÇÃO: Parte da doutrina defende a inconstitucionalidade do art. 11 da Lei Complementar 101/2000, a Lei 
de Responsabilidade Fiscal, o qual dispõe: 
Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva 
arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. 
Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto 
no caput, no que se refere aos impostos. 
 
c) Irrenunciável: a entidade federativa não pode abrir mão definitivamente de sua competência 
tributária. 
 
d) Imprescritível: a falta de uso não faz a competência tributária desaparecer nem ser transferida a 
outra entidade. 
 
Art. 8º, CTN. O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa 
daquela a que a Constituição a tenha atribuído. 
 
 
2 Não confunda com a extrafiscalidade. 
A doutrina costuma identificar quatro modalidades de competência tributária: privativa, residual, 
comum e extraordinária. 
 
3.1 Competência privativa 
 
Atribuída com exclusividade a determinado ente político. Exemplo: o Imposto de Importação é de 
competência privativa da União. 
 
3.2 Competência residual 
 
Atribuída à União para instituir, por lei complementar, impostos não previstos na Constituição 
Federal e novas fontes de custeio da Seguridade Social. 
 
3.3. Competência comum 
 
Atribuída a todos os entes políticos. Exemplo: taxas e contribuições de melhoria. 
 
3.4 Competência extraordinária 
 
Conferida à União, no caso de guerra externa ou sua iminência, para instituição de impostos 
extraordinários de guerra. 
 
4. Espécies de tributos 
 
A Constituição Federal atribui à lei complementar a função de conceituar tributo e suas espécies. O 
Código Tributário Nacional, ainda na vigência da Constituição de 1946 e da Emenda 18/65, cuidou dessas 
definições, com algumas deficiências. 
 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta 
Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
 
A Constituição não se preocupou em definir as espécies de tributos nem em classificá-las, limitando-
se a indicar os impostos, as taxas, a contribuição de melhoria, os empréstimos compulsórios, as contribuições 
sociais, as contribuições de intervenção no domínio econômico, a contribuição para custeio do regime 
previdenciário e a contribuição para custeio do serviço de iluminação pública. 
 
Sempre existiu grande controvérsia acerca de quantas espécies tributárias são admitidas no Direito 
brasileiro. Muitas são as teorias, mas vamos nos ater às mais cobradas em provas (e, portanto, mais relevantes): 
a teoria tripartite e a teoria quinquipartida. 
 
A primeira, teoria tripartite (ou tricotômica), foi a adotada expressamente pelo CTN, que considera 
como tributos apenas os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria. Para essa teoria, os empréstimos 
compulsórios e as contribuições especiais não configuram espécies autônomas de tributos, mas se encaixam 
dentro da classificação já existente (ou são taxas, ou impostos, ou contribuições de melhoria). Essa, porém, é a 
concepção minoritária. 
 
A segunda, a teoria pentapartida (ou quinária), é a teoria adotada pelo Supremo Tribunal Federal (RE 
138.284 e RE 146.733) e, segundo a Corte, pela Constituição Federal, e identifica a existência de cinco espécies 
tributárias: os impostos, as taxas, os empréstimos compulsórios, as contribuições especiais e as contribuições 
de melhoria. 
 
4.1 Impostos 
 
Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer 
atividade específica relativa ao contribuinte. 
 
Art. 16, CTN. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
 
O fato gerador do imposto é uma situação que não supõe nem se conecta com nenhuma atividade do 
Estado especificamente dirigida ao contribuinte. Portanto, para que o Estado exija do contribuinte certo 
imposto, não é preciso que ele, Estado, lhe preste algo determinado em troca. Para tanto, o legislador deve 
escolher determinadas situações materiais que evidenciem a capacidade contributiva do indivíduo (e essas 
situação serão tipificadas como fatos geradores da obrigação tributária). 
 
4.1.1 Impostos residuais 
 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde quesejam não-cumulativos e 
não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
 
Trata-se da chamada competência impositiva residual, isto é, da competência para instituir impostos 
novos ainda não previstos entre os atualmente atribuídos pela Constituição às entidades federativas. Os 
requisitos são: 
 
- Instituição pela União; 
- Por meio de lei complementar; 
- Devem ser não cumulativos; 
- Não podem gerar situação de bitributação. 
 
4.1.2 Imposto extraordinário de guerra 
 
Art. 154. A União poderá instituir: 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua 
competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
 
Trata-se de tributo de emergência, razão pela qual a Constitucional autoriza sua cobrança incidindo 
em bitributação, isto é, recaindo sobre base de cálculo ou fato gerador de imposto já existente (ainda que 
estadual ou municipal). 
 
4.2 Taxas 
 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos 
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
 
As taxas são tributos cujo fato gerador é configurado por uma atuação estatal específica, referível ao 
contribuinte, que pode consistir no exercício regular do poder de polícia OU na prestação ao contribuinte, ou 
colocação à sua disposição, de serviço público específico e divisível. O Estado, pois, exerce determinada 
atividade e, por isso, cobra a taxa da pessoa a quem dela se aproveita. 
 
Art. 77, CTN. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito 
de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, 
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto 
nem ser calculada em função do capital das empresas. 
 
As taxas são criadas e disciplinadas sempre por meio de lei ordinária editada pela entidade federativa 
competente para sua instituição. A sua base de cálculo é o custo da atividade estatal a ser remunerada pela 
cobrança do tributo. Deve haver uma necessária correlação lógica entre a base de cálculo da taxa e sua hipótese 
de incidência. Por isso, também, a CF e o CTN preceituam que as taxas não podem ter base de cálculo ou fato 
gerador idêntico ao de imposto (e evita a bitributação). 
 
#DEOLHONASÚMULA: 
Súmula vinculante 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base 
de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra. 
 
#DEOLHONAJURIS: 
*(Atualizada em 07/12/2020): A atividade desenvolvida pelo Estado no âmbito da segurança pública é mantida 
ante impostos, sendo imprópria a substituição, para tal fim, de taxa. STF. Plenário. ADI 4411, Rel. Marco Aurélio, 
julgado em 18/08/2020 (Info 992 – clipping). 
É inconstitucional taxa de combate a sinistros instituída por lei municipal. A prevenção e o combate a incêndios 
são atividades desenvolvidas pelo Corpo de Bombeiros, sendo consideradas atividades de segurança pública, 
nos termos do art. 144, V e § 5º da CF/88. A segurança pública é atividade essencial do Estado e, por isso, é 
sustentada por meio de impostos (e não por taxa). Desse modo, não é possível que, a pretexto de prevenir 
sinistro relativo a incêndio, o Município venha a se substituir ao Estado, com a criação de tributo sob o rótulo 
de taxa. Tese fixada pelo STF: “A segurança pública, presentes a prevenção e o combate a incêndios, faz-se, no 
campo da atividade precípua, pela unidade da Federação, e, porque serviço essencial, tem como a viabilizá-la a 
arrecadação de impostos, não cabendo ao Município a criação de taxa para tal fim.” STF. Plenário. RE 643247/SP, 
Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 1º/8/2017 (repercussão geral) (Info 871). 
*(Atualizado em 25/03/2024) - #DEOLHONAJURIS #OLHAOGANCHO São inconstitucionais — por ofensa ao art. 
145, II e § 2º, da CF/1988 — normas municipais que disciplinam a cobrança de taxas relativas à prevenção e 
extinção de incêndio (“serviço de bombeiros”) e à emissão de guias para a cobrança de IPTU (“prestação de 
serviços”). (INFO 1128 – STF) 
 
a) Taxa de polícia: é cobrada em razão da atividade do Estado, que verifica o cumprimento das 
exigências legais pertinentes e concede a licença (ou o ato administrativo correspondente); são instituídas pelo 
ente político a que couber a atribuição. 
 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, 
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente 
à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito 
à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão 
competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei 
tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. 
 
Ao contrário das taxas de serviço, que podem ser cobradas pela utilização efetiva ou potencial, as 
taxas de polícia só podem ser arrecadadas se o Estado tiver efetivamente realizado a atividade de polícia. Não 
se admite cobrança de taxa por fiscalização potencial ou posta à disposição do contribuinte. 
 
#OUSESABER: O STF, em diversos julgados, tem aceitado a PRESUNÇÃO do exercício do poder de polícia, para 
fins de cobrança de taxa, quando EXISTENTE O ÓRGÃO FISCALIZADOR, mesmo que NÃO seja comprovada a 
realização de fiscalização individualizada no estabelecimento de cada contribuinte. Ressalte-se que, com esse 
entendimento, não foi dispensada a exigência de EFETIVO exercício do poder de polícia, legitimadora da 
cobrança da taxa respectiva. Houve apenas uma presunção desse exercício pela Suprema Corte, a qual 
entendeu SUFICIENTE a manutenção de um órgão de controle em devido funcionamento pelo sujeito ativo do 
tributo, dispensando a vistoria “porta a porta” (que não mais se coaduna com a realidade atual) (AgRg no Ag 
1320125/MG, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/11/2012, DJe 
27/11/2012). 
 
b) Taxa de serviço: tem por fato gerador uma atuação estatal consistente na execução de um serviço 
público, específico e divisível, efetivamente prestado ou posto à disposição do contribuinte. Serviços divisíveis 
são aqueles suscetíveis de ser fruídos por cada usuário. Serviços indivisíveis, portanto, não comportam taxação. 
 
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: 
I - utilizados pelo contribuinte: 
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade 
administrativa em efetivo funcionamento; 
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de 
necessidades públicas; 
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. 
 
A utilização do serviço público, para que a taxa seja devida, pode ser efetiva ou potencial. Ocorre que 
a disponibilização de um serviço público tem um custo e, mesmo que o contribuinte decida não utilizar, o 
prestador pode exigir um valor fixo mínimo somentepelo fato de o serviço estar disponível para utilização a 
qualquer momento. 
 
*(Atualizado em 28/12/2021) #DEOLHONAJURIS É admissível o cálculo das custas judiciais com base no valor 
da causa, considerando que se respeita a correlação com o custo da atividade prestada, e desde que haja a 
definição de valores mínimo e máximo 
É legítima a cobrança das custas judiciais e das taxas judiciárias tendo por parâmetro o valor da causa, desde 
que fixados valores mínimos e máximos. 
A fixação desses valores mínimos e máximos deve ser feita para se atender ao entendimento sumulado do STF: 
Súmula 667-STF: Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre 
o valor da causa. 
STF. Plenário. ADI 5688/PB, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. Dias Toffoli, julgado em 22/10/2021 
(Info 1035). 
 
*#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO #STF: O STF declarou a inconstitucionalidade de Lei do Estado do Amapá, 
que instituiu a Taxa de Controle, Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Exploração e 
Aproveitamento de Recursos Hídricos (TFRH). A Corte entendeu que o valor cobrado é muito superior em 
relação ao custo da atividade estatal relacionada (fiscalização das empresas que exploram recursos hídricos). 
Logo, não há proporcionalidade entre o custo da atividade estatal e o valor que será pago pelos particulares pela 
taxa. Isso viola as características da taxa, que é um tributo orientado pelo princípio da retributividade e que 
possui caráter contraprestacional e sinalagmático. Além disso, a lei previa que apenas 30% dos valores 
arrecadados com a taxa seriam utilizados em atividades relacionadas com a política de recursos hídricos e os 
70% restantes iriam para a conta única do Tesouro Estadual. Isso demonstra o caráter arrecadatório desta taxa. 
Por fim, ao onerar excessivamente as empresas que exploram recursos hídricos, a referida taxa adquiriu feições 
verdadeiramente confiscatórias, dificultando, ou mesmo inviabilizando, o desenvolvimento da atividade 
econômica. Houve, portanto, violação ao que prevê o art. 150, IV, da CF/88, que proíbe que os tributos sejam 
utilizados com efeito de confisco. STF. Plenário. ADI 6211/AP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 4/12/2019 
(Info 962). 
 
#DEOLHONAJURIS: As taxas municipais de fiscalização e funcionamento não podem ter como base de cálculo o 
número de empregados ou ramo de atividade exercida pelo contribuinte. STF. 2ª Turma. ARE 990914/SP, Rel. 
Min. Dias Toffoli, julgado em 20/6/2017 (Info 870). A taxa de fiscalização e funcionamento pode ter como base 
de cálculo a área de fiscalização, na medida em que traduz o custo da atividade estatal de fiscalização. STF. 1ª 
Turma. RE 856185 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 04/08/2015. 
 
Em um determinado Município, foi instituída uma taxa de localização e funcionamento de estabelecimento 
industrial e comercial. Assim, os estabelecimentos comerciais e industriais eram obrigados a pagar uma taxa ao 
Município por conta da fiscalização que ele exercia nesses empreendimentos (taxa de poder de polícia). 
Comumente, era conhecida como “alvará de funcionamento”. Ocorre que a lei municipal previu que a base de 
cálculo dessa taxa seria o número de empregados da empresa. Assim, quanto mais trabalhadores, maior a base 
de cálculo. Esse critério escolhido é constitucional? NÃO. O STF entendeu que o número de empregados não 
pode ser utilizado como base de cálculo para a cobrança da taxa de localização e funcionamento de 
estabelecimento industrial e comercial. O legislador municipal, ao escolher o número de empregados para fixar 
a base de cálculo, levou em consideração qualidades externas e estranhas ao exercício do poder de polícia, sem 
pertinência quanto ao aspecto material da hipótese de incidência. A taxa é tributo contraprestacional 
(vinculado), usado na remuneração de atividade específica, seja serviço ou exercício do poder de polícia e, por 
isso, não pode fixar a base de cálculo usando como critério os sinais presuntivos de riqueza do contribuinte. O 
valor das taxas deve estar relacionado com o custo do serviço que as motiva, ou com a atividade de polícia 
desenvolvida. STF. 1ª Turma. RE 554951/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 15/10/2013 (Info 724). 
 
Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato normativo infralegal fixar o valor 
de taxa em proporção razoável com os custos da atuação estatal, valor esse que não pode ser atualizado por ato 
do próprio conselho de fiscalização em percentual superior aos índices de correção monetária legalmente 
previstos. STF. Plenário. RE 838284/SC, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/10/2016 (repercussão geral) (Info 
842 e 844). 
 
A isenção do recolhimento da taxa para emissão, renovação, transferência e expedição de segunda via de 
certificado de registro de arma de fogo particular prevista no art. 11, § 2º, da Lei nº 10.826/2003 não se estende 
aos policiais rodoviários federais aposentados. STJ. 1ª Turma. REsp 1530017-PR, Rel. Min. Regina Helena Costa, 
julgado em 21/09/2017 (Info 612). 
 
O valor cobrado pelo Tribunal de Justiça para que o interessado possa desarquivar autos de processos findos 
possui natureza jurídica de TAXA. As taxas somente podem ser instituídas por meio de lei em sentido estrito 
(princípio constitucional da legalidade tributária). Se essa taxa de desarquivamento é instituída por Portaria do 
TJ, é inconstitucional. STJ. Corte Especial. AI no RMS 31170-SP, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em 
18/4/2012. 
 
A concessionária de água e esgoto pode cobrar “tarifa de esgotamento sanitário” mesmo na hipótese em que 
realiza apenas a coleta e o transporte dos dejetos sanitários, sem fazer o tratamento final dos efluentes. Assim, 
é legal a cobrança de tarifa de esgoto na hipótese em que a concessionária realize apenas uma — e não todas 
— das quatro etapas em que se desdobra o serviço de esgotamento sanitário (a coleta, o transporte, o 
tratamento e a disposição final de dejetos). STJ. 2ª Turma. REsp 1330195-RJ, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 
6/12/2012 (Info 514). STJ. 1ª Seção. REsp 1339313-RJ, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 12/6/2013 
(recurso repetitivo) (Info 530). 
 
*(Atualizado em 09/10/2022) #DEOLHONAJURIS - É válida a cobrança das custas judiciais e emolumentos 
tendo por parâmetro o valor da causa ou do bem ou negócio objeto dos atos judiciais e extrajudiciais, desde 
que definidos limites mínimo e máximo e mantida uma razoável e proporcional correlação com o custo da 
atividade. Na linha da jurisprudência desta Corte, essa forma de cálculo é plenamente admitida, visto que os 
parâmetros fixados não constituem a base de cálculo da taxa respectiva, mas apenas um critério para a sua 
incidência, haja vista ser impossível aferir, em cada caso, o efetivo custo do serviço (1). Ademais, inexiste 
violação à garantia constitucional de prestação jurisdicional e ao acesso à Justiça, visto que a lei permite ao juiz, 
em cada caso concreto, verificar a necessidade da concessão do benefício da justiça gratuita e, 
consequentemente, isentar a parte do pagamento das custas judiciais. Com base nesse entendimento, o 
Plenário, por unanimidade, julgou improcedente a ação para declarar a constitucionalidade da Lei 1.286/2001 
do Estado do Tocantins. (1) Precedentes citados: ADI 3826; ADI 3887; ADI 1948 e RE 177835. ADI 2846/TO, 
relator Min. Ricardo Lewandowski, julgamento virtual finalizado em 13.9.2022 (Info. 1.067) 
 
*(Atualizado em 05/11/2022) #DEOLHONAJURIS - É inconstitucional a cobrança de taxa de segurança para 
eventos, visto que a segurança pública deve ser remunerada por meio de impostos, já que constitui serviço 
geral e indivisível, devido a todos os cidadãos, independentemente de contraprestação. O serviço de 
segurança pública tem natureza universal e é prestado a toda a coletividade, mesmo na hipótese de o Estado sever na contingência de fornecer condições específicas de segurança a certo grupo. Como a sua finalidade é a 
preservação da ordem pública e da incolumidade pessoal e patrimonial (CF/1988, art. 144), é dever do Estado 
atuar com os seus próprios recursos, ou seja, sem exigir contraprestação específica dos cidadãos. Nesse 
contexto, é inviável remunerá-lo mediante taxa, sob pena de violar disposição constitucional expressa que 
preceitua a possibilidade desse tributo ser cobrado em virtude do exercício do poder de polícia ou da utilização, 
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua 
disposição (CF/1988, art. 145, II). Com base nesse entendimento, o Plenário, por unanimidade, julgou 
procedente a ação para declarar a inconstitucionalidade da Lei 1.732/1997 e, por arrastamento, do Decreto 
19.972/1998, ambos do Distrito Federal. STF, ADI 2692/DF, relator Min. Nunes Marques, julgamento virtual 
finalizado em 30.9.2022 (Info. 1070). 
 
*(Atualizado em 19/08/2023) #DEOLHONAJURIS É inconstitucional norma municipal que institui taxa em 
razão da fiscalização da ocupação e da permanência de postes instalados em suas vias públicas 
É inconstitucional lei municipal que, sob o fundamento do exercício do poder de polícia, institui taxa em razão 
da fiscalização da ocupação e da permanência de postes instalados em suas vias públicas. 
Essa norma viola a competência privativa da União para legislar sobre energia (art. 22, IV, CF/88) e a 
competência exclusiva da União para fiscalizar os serviços de energia e editar suas normas gerais sobre sua 
transmissão (arts. 21, XII, “b”; e 175, CF/88). 
STF. Plenário. ADPF 512/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 22/05/2023 (Info 1095). 
 
#DEOLHONASSÚMULAS: 
Súmula 407-STJ: É legítima a cobrança da tarifa de água fixada de acordo com as categorias de usuários e as 
faixas de consumo. 
Súmula 412-STJ: A ação de repetição de indébito de tarifas de água e esgoto sujeita-se ao prazo prescricional 
estabelecido no Código Civil. 
 
#SELIGA: Existe diferença entre taxa e preço público? A taxa é um tributo, sendo, portanto, objeto de uma 
obrigação instituída por lei; já o preço é obrigação contratual, assumida voluntariamente – ao contrário da taxa, 
que é imposta pela lei a todas as pessoas que se encontrem na situação de usuários (efetivos ou potenciais) de 
determinado serviço estatal. 
 
E a tarifa? 
A tarifa, uma espécie de preço público, é o preço de venda do bem, exigido por empresas prestacionistas de 
serviços públicos (concessionárias e permissionárias), como se fossem vendedoras. 
Segundo Eduardo Sabbag, “a característica essencial que deve diferenciar taxa de preço público está na 
inerência ou não da atividade à função do Estado. Ou seja, se houver notória vinculação do serviço com o 
desempenho de função estatal, teremos a taxa. Por outro lado, se houver desvinculação deste serviço com a 
ação estatal, inexistindo óbice ao desempenho da atividade por particulares, teremos a tarifa. Nesse passo, 
ressalte-se que, hodiernamente, o critério considerado importante para distinguir tais institutos não é o de saber 
se o pagamento é voluntário ou compulsório, mas, sim, de averiguar se a atividade concretamente executada 
pelo Poder Público configura um serviço público ou não. Nesse passo, sempre que o serviço, específico e 
divisível, deva ser prestado pela Administração Pública diretamente, por ordem constitucional ou legal, o regime 
será o de taxa, mesmo que a lei adote outro. Nos casos em que a realização do serviço puder ser delegada a 
outra entidade, pública ou privada, o legislador poderá escolher entre o regime de taxa e o de tarifa (sobre este 
tema, ver julgado, da lavra do Ministro Carlos Velloso, no RE 209.365-3/SP).” 
 
E o pedágio? 
Conforme entendimento do STF (ADI 800), o pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas 
pelo Poder Público, cuja cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final, do art. 150 da Constituição de 1988, 
não tem natureza jurídica de taxa, mas sim de preço público, não estando a sua instituição, consequentemente, 
sujeita ao princípio da legalidade estrita”. 
 
*(Atualizado em 09/02/2023) #DEOLHONAJURIS É possível a cobrança da tarifa de esgotamento sanitário ainda 
que não haja o cumprimento de todas as etapas do serviço. Ag 1.308.764-RJ, Rel. Ministro Francisco Falcão, 
Segunda Turma, por unanimidade, julgado em 16/8/2022, DJe 22/8/2022. (Info Ed. Esp. 8- STJ) 
 
4.3 Contribuição de melhoria3 
 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
 
Esse tributo, a exemplo das taxas, conecta-se com determinada atuação estatal, qual seja, a realização 
de uma obra pública de que decorra, para os proprietários de imóveis adjacentes, uma valorização de suas 
propriedades. 
 
São, pois, tributos vinculados de competência comum entre União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, cobrados quando a realização de uma obra pública causa acréscimo no valor do imóvel localizado 
nas áreas beneficiadas direta ou indiretamente pela obra. Assim, a melhoria decorre diretamente da obra, 
sendo diretamente proporcional essa correspondência. 
 
#ATENÇÃO: A contribuição de melhoria não se legitima pela simples realização da obra. 
 
 
3 O Decreto-lei n. 195/67 define o devido processo legal para cobrança da contribuição de melhoria. 
A doutrina aponta que o fundamento último para a instituição dessa espécie tributária é evitar o 
locupletamento injustificado de proprietários favorecidos por obras públicas. 
 
A grande semelhança entre serviços públicos e obras públicas vem criando dificuldades para identificar 
se, em face de uma determinada atividade estatal, o tributo correto a ser cobrado seria taxa ou contribuição de 
melhoria. Para o Direito Administrativo, a diferença entre obra e serviço deve ser feita com base no critério da 
preponderância. Se em determinada atuação prepondera o resultado final sobre a atividade, trata-se de uma 
obra pública. É o caso do asfaltamento de rua (pavimentação), verdadeira obra pública ensejadora, se valorizar 
imóvel particular, da cobrança de contribuição de melhoria. 
 
#ATENÇÃO: “A realização de pavimentação nova, suscetível de vir a caracterizar benefício direto a imóvel 
determinado com incremento do seu valor pode justificar a cobrança de contribuição de melhoria, o que não 
acontece com o “mero recapeamento de via pública já asfaltada”, que constitui simples serviço de manutenção 
e conservação.” RE 116.148, STF. 
#ATENÇÃO: Decisão: Vistos. Município de Tupã interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea 
“a”do permissivo constitucional, contra decisão que negou provimento aos embargos infringentes, 
consignando que: “(...) No caso vertente, é pressuposto do tributo, portanto, que o imóvel beneficiado tenha 
seu valor aumentado em razão da obra. No entanto, o bem pertencente ao contribuinte, conforme restou 
provado no autos, já era servido por pavimentação asfáltica, de forma que o mero reparo, ainda que sob a 
forma de recapeamento, não é capaz de trazer ao imóvel nem uma sensível valorização. Nenhum imóvel 
vale mais ou menos porque o asfalto passa em sua frente está em bom ou mau estado de conservação. Com 
efeito, não havendo sequer sensível valorização do bem, é manifestamente ilegal a cobrança do tributo, 
mormente na forma que lhe é peculiar, ou seja, contribuição de melhoria. E diga-se de passagem, mesmo 
que no caso fosse possível a cobrança por meio de taxa, o recapeamento asfáltico não guarda a 
característica de ser divisível, indispensável à espécie. O asfalto que passa pela frente de um imóv el 
beneficia a população de um modo geral, ou seja, é ‘uti universi’, por natureza imensuráveis 
individualmente, insuscetível portanto de ser cobrado por meio de taxa (…)”.Alega o recorrente violação 
dos artigos 30, III, e 145, II, da Constituição Federal, uma vez que: “A r. Sentença dos Embargos Infringentes, 
prolatada pelo MM Juízo de primeira instância às fls. 54/58, e manteve a r. sentença de fls. 39/43, negando 
provimento, julgou ilegal a taxa de pavimentação (melhoria asfáltica), quando, na verdade, através de tais 
normas nada mais se fez do que se exercitar a competência municipal, assegurada pela própria Lei Maior”. 
Contra-arrazoado, o recurso extraordinário foi admitido. Decido. Não merece trânsito o apelo extremo. 
Verifico que o art. 30, III, da Constituição Federal carece do necessário prequestionamento, sendo certo que 
não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na 
espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ademais, o Plenário desta Corte, no julgamento do RE nº 
140.779/SP, Relator o Ministro Ilmar Galvão, entendeu pela impossibilidade da remuneração do serviço de 
pavimentação asfáltica por meio de taxa, já que o tributo tem por fato gerador benefício resultante de obra 
pública, próprio de contribuição de melhoria. O julgado restou assim do: “EMENTA: TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO 
DE SANTO ANDRÉ/SP. TAXA DE PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA. LEI Nº 3.999/72, ART. 244. 
INCONSTITUCIONALIDADE. Tributo que tem por fato gerador benefício resultante de obra pública, próprio de 
contribuição de melhoria, e não a utilização, pelo contribuinte, de serviço público específico e divisível, 
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Impossibilidade de sua cobrança como contribuição, por 
inobservância das formalidades legais que constituem o pressuposto do lançamento dessa espécie tributária. 
Inocorrência da alegada afronta ao art. 18, II, da EC 01/69. Inconstitucionalidade, que se declara, do art. 276 
da Lei nº 3.999, de 29 de dezembro de 1972, do Município de Santo André/SP. Recurso não conhecido” (DJ 
de 8/9/95). No mesmo sentido: RE nº 579.574/RJ, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 2/4/12. Ante o 
exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso 
extraordinário. Publique-se. Brasília, 17 de dezembro de 2012.Ministro Dias ToffoliRelatorDocumento 
assinado digitalmente. (STF - RE: 704954 SP, Relator: Min. DIAS TOFFOLI, Data de Julgamento: 17/12/2012, 
Data de Publicação: DJe-023 DIVULG 01/02/2013 PUBLIC 04/02/2013) 
 
O valor exigido do sujeito passivo a título de contribuição de melhoria encontra dois limites 
estabelecidos pela legislação: a) limite total; b) limite individual. O limite total ou global é a despesa realizada 
(custo da obra). O limite individual está vinculado à condição de cada imóvel isoladamente analisada. 
 
Art. 81, CTN. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de 
que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o 
acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
 
4.4. Empréstimo compulsório 
 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua 
iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto 
no art. 150, III, "b". 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa 
que fundamentou sua instituição. 
 
Art. 15, CTN. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios: 
I - guerra externa, ou sua iminência; 
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários 
disponíveis; 
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. 
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, 
no que for aplicável, o disposto nesta Lei. 
 
Corresponde ao ingresso de recursos temporários nos cofres do Estado, gerando, em sequência, a 
obrigação do Estado de restituir a importância auferida. Os recursos arrecadas devem ser destinados ao 
atendimento das despesas que fundamentaram a instituição do empréstimo. A competência para instituição 
dos empréstimos compulsórios é exclusiva da União. 
 
Sua instituição ocorre por meio de LEI COMPLEMENTAR. Assim, é uma exceção à regra de que os 
tributos em geral são instituídos por lei ordinária. 
 
A Constituição Federal prevê a instituição de empréstimos compulsórios pela União em duas situações: 
a) despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública e de guerra externa efetiva ou 
iminente; 
b) investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. 
 
#NÃOCONFUNDA: A Constituição Federal não indica quais os possíveis fatos geradores dos empréstimos 
compulsórios. Ela apenas define situações (guerra externa ou sua iminência, calamidade pública, investimento 
público urgente e relevante) que condicionam o exercício da competência tributária e direcionam a aplicação 
do produto da arrecadação. À lei complementar que instituir o empréstimo compulsório caberá definir-lhe o 
fato gerador 
 
A calamidade pública deve corresponder a uma situação emergencial transitória provocada pela ação 
humana ou evento da natureza e cujo enfrentamento exija uma captação extraordinária de recursos pelo Poder 
Público junto à iniciativa privada. Embora a competência para instituição de empréstimos compulsórios seja 
exclusiva da União, a calamidade pública não precisa ser de proporção nacional, podendo ter seu alcance restrito 
ao âmbito territorial até mesmo de um único Município. Nesse caso, o empréstimo compulsório é de cobrança 
imediata, não se sujeitando nem à anterioridade anual, nem à nonagesimal, podendo ser cobrado no dia 
seguinte ao da publicação da lei complementar. 
 
Não existe qualquer possibilidade de criação de empréstimo compulsório para custear guerra interna, 
civil ou de secessão. Nesse caso de guerra externa ou sua iminência, o empréstimo compulsório também será 
cobrado imediatamente (não precisar observar a anterioridade). 
 
Por outro lado, no caso de investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional 
predomina amplamente a orientação segundo a qual deve observar simultaneamente a anterioridade anual e 
nonagesimal. 
 
#ATENÇÃO: O art. 15, III, do CTN foi tacitamente revogado pela Constituição de 1988 na medida em que as 
únicas hipóteses de empréstimo compulsório para despesas extraordinárias são aquelas previstas no art. 148, I, 
do Texto Maior (calamidade pública e guerra externa). 
 
A lei complementar de criação dessa espécie tributária sempre deve declarar para qual finalidade a 
exação está sendo instituída. 
 
#DEOLHONAJURIS: Segundo o STF, a restituição precisa ser efetuada na mesma espécie em que o tributo foi 
recolhido (isto é, se foi pago em dinheiro o resgate deve ser em dinheiro). RE 175.385/CE. 
 
*#STJ: No empréstimo compulsório sobre energia elétrica, são devidos juros remuneratórios sobre a diferença 
de correção monetária não paga nem convertida em ações, no percentual de 6% ao ano, nos termos do art. 2º 
do Decreto-Lei nº 1.512/76. STJ. 1ª Seção. EDv nos EAREsp 790.288-PR, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 
12/06/2019 (Info 656). 
 
4.5 Contribuições sociais, econômicas e corporativas 
 
O art. 149 da Constituição Federal agrupa três figuras indicadas como “contribuições”: 
 
- Contribuições sociais; 
- Contribuições de intervenção no domínio econômico; 
- Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas. 
 
Todas elas são de competência da União, que deve utilizá-las como instrumento de sua atuação nas 
respectivasáreas. 
 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico 
e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas 
áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, 
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições para custeio 
de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que 
poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de contribuição ou dos proventos de 
aposentadoria e de pensões. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (Vigência) 
§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição ordinária dos aposentados e pensionistas poderá incidir 
sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões que supere o salário-mínimo. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (Vigência) 
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § 1º-A para equacionar o deficit atuarial, é facultada 
a instituição de contribuição extraordinária, no âmbito da União, dos servidores públicos ativos, dos aposentados 
e dos pensionistas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (Vigência) 
§ 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-B deverá ser instituída simultaneamente com outras 
medidas para equacionamento do deficit e vigorará por período determinado, contado da data de sua 
instituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (Vigência) 
 
#ATENÇÃO: O §1º do art. 149 determina que a União, aos Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituam 
contribuições, cobráveis de seus funcionários, para o custeio, em benefício destes, de sistema previdenciário. 
Essas exações participam da natureza das contribuições sociais, destinadas à seguridade social, embora atuem 
no âmbito restrito do funcionalismo público dos Estados, DF e Municípios. 
 
#OLHAOGANCHO #DEOLHONAJURIS: A partir de 14/4/2010 deve ser reconhecida a natureza contratual da 
relação firmada entre os servidores do Estado de Minas Gerais e o IPSEMG, instituída pelo art. 85 da Lei 
Complementar Estadual nº 64/2002, sendo garantida a restituição de indébito somente àqueles que, após essa 
data, não tenham aderido expressa ou tacitamente aos serviços de saúde disponibilizados. STJ. 1ª Seção. REsp 
1348679-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 23/11/2016 (recurso repetitivo) (Info 604). 
*(Atualizado em 30/01/2021) #DEOLHONAJURIS As receitas decorrentes das operações de vendas de 
mercadorias destinadas à Zona Franca de Manaus devem ser excluídas da base de cálculo da contribuição 
previdenciária sobre a receita bruta (CPRB) A Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) é uma 
contribuição social, de competência da União, destinada a custear a Previdência Social. Foi instituída pela MP 
540/2011, convertida na Lei nº 12.546/2011. Inicialmente, esta Contribuição foi prevista para perdurar até 
31/12/2014, mas acabou sendo prorrogada até que, a partir do advento da MP 651/2014, ela se tornou 
definitiva. O art. 9º, II, “a”, da Lei nº 12.546/2011 afirma que a receita bruta decorrente de exportações está 
excluída da base de cálculo da CPRB. O art. 4º do Decreto-Lei nº 288/1967 diz que, se uma mercadoria é vendida 
para a Zona Franca de Manaus, isso é como se fosse uma exportação, ou seja, uma venda para o exterior. Em 
razão disso, entende-se que as vendas de mercadorias para a Zona Franca de Manaus são alcançadas pela regra 
do art. 9º, II, da Lei nº 12.546/2011. Logo, as receitas decorrentes das operações de vendas de mercadorias 
destinadas à Zona Franca de Manaus devem ser excluídas da base de cálculo da contribuição previdenciária 
sobre a receita bruta (CPRB). STJ. 1ª Turma. REsp 1.579.967-RS, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 08/09/2020 
(Info 681). 
 
*(Atualizado em 17/12/2021) Os valores recolhidos a título de CPRB integram a base de cálculo do PIS e da 
COFINS. Os valores recolhidos a título de Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta - CPRB integram a 
base de cálculo do PIS e da COFINS. STJ. 1ª Turma. REsp 1.945.068-RS, Rel. Min. Manoel Erhardt (Desembargador 
convocado do TRF da 5ª Região), julgado em 05/10/2021 (Info 712). 
 
Contribuições especiais são, portanto, tributos finalísticos qualificados pela destinação. Em regra, 
compete à União instituir contribuições especiais, com exceção daquelas previstas nos arts. 149, §1º, e 149-A, 
da CF. 
 
a) Contribuições destinadas à seguridade social (ou contribuições sociais) 
**(ATUALIZADO EM 27/01/2024) 
#REFORMATRIBUTÁRIA 
ANTES DA EC 132/2023 DEPOIS DA EC 132/2023 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda 
a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos 
da lei, mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes 
contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 
20, de 1998) 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela 
equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 
1998) 
a) a folha de salários e demais rendimentos do 
trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à 
 Art. 195. A seguridade social será financiada por toda 
a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos 
da lei, mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes 
contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional 
nº 20, de 1998) 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela 
equiparada na forma da lei, incidentes 
sobre: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
a) a folha de salários e demais rendimentos do 
trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art12
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art12
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem 
vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
20, de 1998) 
II - do trabalhador e dos demais segurados da 
previdência social, podendo ser adotadas alíquotas 
progressivas de acordo com o valor do salário de 
contribuição, não incidindo contribuição sobre 
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime 
Geral de Previdência Social; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou 
de quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem 
vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 1998) 
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (Vide 
Emenda Constitucional nº 132, de 2023) Vigência 
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 20, de 1998) 
II - do trabalhador e dos demais segurados da 
previdência social, podendo ser adotadas alíquotas 
progressivas de acordo com o valor do salário de 
contribuição, não incidindo contribuição sobre 
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime 
Geral de Previdência Social; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.IV - do importador de bens ou serviços do exterior, 
ou de quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) (Vide Emenda Constitucional nº 132, 
de 2023) Vigência 
V - sobre bens e serviços, nos termos de lei 
complementar. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 132, de 2023) 
 
 
Esse rol não é exaustivo, pois o art. 195, §4º, da CF abre a possibilidade de a lei instituir outras fontes 
destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social. É uma disciplina análoga à da 
competência residual conferida à União para a criação de novos impostos. Mas essas novas contribuições não 
poderão ter natureza cumulativa nem fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos já discriminados 
na Constituição Federal. 
 
As contribuições sociais devem respeitar a regra da anterioridade nonagesimal. 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art22
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art22
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art23
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art22
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art22
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art23
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
Art. 195, CF. § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos 
noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o 
disposto no art. 150, III, "b". 
 
É importante não confundir contribuições sociais, que são todas aquelas voltadas genericamente ao 
custeio da Seguridade Social (Previdência + Assistência + Saúde), com contribuições previdenciárias. 
Contribuições previdenciárias são somente aquelas especificamente destinadas a custear benefícios 
previdenciários, devidas pelos segurados e pelas empresas. 
 
Segundo o STF, entendem-se como “contribuições sociais” as (I) contribuições sociais gerais (aquelas 
não destinadas à seguridade), as (II) contribuições de seguridade social e as (III) outras contribuições sociais. 
 
As “contribuições sociais gerais” são de competência da União e estão regradas pelo mesmo regime 
jurídico das demais contribuições previstas no art. 149 da CF. Sujeitam-se integralmente ao regime 
constitucional tributário, sem comportar nenhuma exceção. Além disso, são instituídas por lei ordinária e 
observam o princípio da anterioridade comum. 
 
As “contribuições sociais gerais” são a contribuição ao salário-educação (art. 212, § 5.º, da CF) e as 
contribuições ao Sistema “S” (art. 240 da CF). 
 
Já as contribuições para a seguridade social possuem quatro fontes de custeio, previstas no art. 195, I 
a IV, da CF: o importador (art. 195, IV, da CF); a receita de loterias (art. 195, III, da CF); o trabalhador (art. 195, 
II, da CF); o empregador e empresa (art. 195, I, da CF). 
 
Por fim, o STF associa as “outras contribuições” às que podem ser criadas no plano da competência 
residual da União, conforme se prevê no art. 195, § 4.º, da CF. 
#REFORMATRIBUTÁRIA – Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS)4 #AJUDAMARCINHO! 
*(ATUALIZADO EM 27/01/2024) 
CF, Art. 195 (...) 
V - sobre bens e serviços, nos termos de lei complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 132, de 
2023) 
 
4 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. EC 132/2023: Altera o Sistema Tributário Nacional. Buscador Dizer o Direito, 
Manaus. Disponível em: 
. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc132.htm#art1
A Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) é incorporada no art. 195, inciso V da Constituição Federal. 
Esta inclusão indica que a sua regulamentação e implementação devem ocorrer através de lei complementar, 
uma abordagem que se diferencia da norma geral para outras contribuições, as quais normalmente não exigem 
lei complementar para sua instituição. 
 
Isto porque, o Supremo Tribunal Federal(STF) entende que a maioria das contribuições pode ser 
instituída por lei ordinária, com exceção de novas contribuições da seguridade social. 
#DEOLHONAJURIS! 
“À lei ordinária compete dispor sobre fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes quanto à espécie 
tributária das contribuições, não sendo exigível a edição de lei complementar para a temática, ex vi do art. 146, 
III, alínea ‘a’, da Constituição. 2. A extinção de contribuição pode ser realizada por lei ordinária, em paralelismo 
à regra segundo a qual não é obrigatória a aprovação de lei complementar para a criação de contribuições, 
sendo certo que a Carta Magna apenas exige o veículo legislativo da lei complementar no caso das contribuições 
previdenciárias residuais, nos termos do art. 195, § 4º, da Constituição.” (...) 
(ADI 5794, Relator(a): EDSON FACHIN, Relator(a) p/ Acórdão: LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 29-
06-2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-083 DIVULG 22-04-2019 PUBLIC 23-04-2019) 
Entretanto, a CBS inova ao exigir lei complementar para sua criação e para estabelecer os parâmetros 
gerais de sua aplicação. 
A alíquota de referência será fixada por Resolução do Senado Federal, observadas a forma de cálculo e 
os limites previstos em LC, nos termos do art. 130 do ADCT, sendo facultado à União, entretanto, fixar a sua 
própria alíquota por meio de lei ordinária (art. 195, V e § 15 da CF c/c o art. 130 do ADCT). 
A CBS compartilha diversas regras com o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), incluindo princípios como 
neutralidade, incidência sobre operações de bens e serviços (tanto materiais quanto imateriais, incluindo 
direitos), além de regras sobre importação e exportação de produtos. 
A Constituição estabelece que o valor da CBS deve ser especificado nos documentos fiscais, assim como 
ocorre com o IBS. Além disso, a CBS não será incluída em sua própria base de cálculo nem na base de cálculo de 
outros impostos e contribuições, com exceções especificadas no art. 195, § 17. 
Em relação ao sujeito passivo da CBS, a lei complementar poderá definir que seja a pessoa que participa 
do pagamento da operação, mesmo que esteja no exterior. Essa disposição busca facilitar a administração 
tributária, especialmente em operações digitais ou na economia digital. 
Além disso, a CBS será regulamentada por um conjunto de regras que inclui regimes específicos de 
tributação para determinados setores, conforme estipulado no art. 156-A, § 6º da Constituição. Isso inclui 
combustíveis, lubrificantes, serviços financeiros, entre outros. A lei complementar também será fundamental 
para estabelecer as regras de compensação da CBS, incluindo as condições para o aproveitamento de créditos 
e a possibilidade

Mais conteúdos dessa disciplina