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CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Disciplina: APURAÇÃO E ANÁLISE DE CUSTOS RELAÇÃO: CUSTO – VOLUME - LUCRO Anápolis – 2014-01 Profº . M.e José Fernando Muniz Barbosa Associação Educativa Evangélica Manter as cores, letra, tamanho e diagramação 1 LAYOUT DE ALGUM EVENTO DO CURSO PARA SER DIVULGADO Associação Educativa Evangélica Ex.: Com Vocação, Jornada, Simpósios, Congresso, CIPEEX, etc Caso não haja evento no curso ou Institucional, este não deve existir. 2 CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Disciplina: APURAÇÃO E ANÁLISE DE CUSTOS RELAÇÃO: CUSTO – VOLUME – LUCRO OBJETIVOS: Observar os conceitos de Custo – Volume - Lucro Identificar a relação Aplicar os lançamentos de forma correta Associação Educativa Evangélica Colocar quantos objetivos específicos forem necessários ao tema. 3 REFERÊNCIAS: CREPALDI, S. Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2010. LEONE, S. G. George. Curso de contabilidade de custos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial: Texto, 17ª edição. CURSO DE ADSMINISTRAÇÃO Disciplina: CONTABILIDADE DE CUSTOS RELAÇÃO: CUSTO – VOLUME – LUCRO Associação Educativa Evangélica Colocar quantos objetivos específicos forem necessários ao tema. 4 Associação Educativa Evangélica CONTABILIDADE DE CUSTOS A análise do custo-volume-lucro é um estudo financeiro que demonstra a taxa de lucratividade da empresa sobre o aspecto da produção, ou seja, é uma análise que demonstra a lucratividade do negócio baseado no volume produzido e o montante de custos totais necessários para a produção de determinado lucro. Livre 5 Custos (e despesas) fixos: São os custos (e despesas) que não dependem do volume de mercadorias produzidas em determinado período. Ex: matéria-prima , materiais diretos... Custos (e despesas) variáveis: São os custos (e despesas) que variam de acordo com o volume de produção. Ex: Aluguel da fábrica, salário do chefe de produção... Não existem custos ou despesas eternamente fixos Por exemplo: O custo com a supervisão da fábrica pode manter-se constante até que ela atinja uma determinada capacidade de produção, a partir do qual precisará de um acréscimo para desempenhar bem sua função. Os custos e despesas são fixos dentro de certos limites de oscilação da atividade a que se referem, sendo que, após tais limites, aumentam, mas não de forma exatamente proporcional eles tendem a aumentar em degraus.. Ponto de Equilíbrio (ou Ponto de Ruptura ou Break-even Point) É o ponto que define o momento em que a empresa está tendo lucro zero, ou seja, a soma dos custos e despesas é igual a soma das receitas a empresa está “empatando”. Até esse ponto, a empresa tem mais custos e despesas do que receita está no “prejuízo”. Acima deste ponto, a empresa tem mais receitas do que custos e despesas está no “lucro”. Associação Educativa Evangélica Essa análise é baseada em alguns fatores: a) O preço de venda do produto, ou do serviço prestado, não se altera em função da quantidade que foi vendida; b) A análise é baseada como se a empresa trabalhasse com um único produto; c) Para tal análise, é necessário que os custos sejam divididos em custos fixos e custos variáveis d) É preciso que a quantidade vendida seja sempre igual à quantidade produzida, ou seja, não são considerados os possíveis estoques. Livre 10 Dentro desse contexto, o item de mais destaque é o chamado ponto de equilíbrio, ou breakeven, que corresponde ao valor quantitativo que a empresa necessita produzir e vender para conseguir cobrir todos os custos, tanto os custos fixos, como os custos variáveis. No ponto de equilíbrio, a empresa não produz nem lucro, nem prejuízos. Nesse contexto, para que a empresa possa fazer uso da ferramenta de análise do custo-volume-lucro e poder encontrar qual é o seu ponto de equilíbrio, torna-se necessário conhecer outra ferramenta de análise financeira, que é à margem de contribuição. A margem de contribuição é o resultado financeiro obtido por meio do cálculo da subtração do preço de venda unitário de um produto, ou serviço, do seu respectivo custo variável unitário. Por preço de venda unitário entende-se o valor de uma unidade de um produto ou serviço e custo variável unitário por aquele custo variável para se produzir uma unidade de um produto ou serviço. Assim sendo, o valor da margem de contribuição será usado pela empresa para pagar os custos fixos e o lucro. No caso de uma frota, ou de uma empresa de transporte, pode-se dar o exemplo de preço unitário de venda como o valor do frete por tonelada transportado, ou o valor do frete por quilômetro rodado. O custo variável unitário é o valor obtido para transportar uma tonelada de carga da origem ao destino, por exemplo, ou para transportar uma carga por quilômetro rodado. Assim sendo, quando se fala que uma empresa cobra R$ 25,00 por tonelada de soja para transportá-la de Ribeirão Preto a Santos, está se referindo ao preço de venda unitário. Quando se fala que para transportar uma tonelada dessa soja se gasta com os custos variáveis (combustível, pneus, manutenção, lubrificantes, remuneração, etc.) o valor de R$ 15,00, está expondo-se o custo variável unitário. Percebe-se que para o produto A o preço de venda por unidade é de R$ 10,00 e o Custo variável por unidade é de R$ 6,00. Fazendo-se o cálculo da margem de contribuição, vê-se que a mesma é de R$ 4,00, ou seja, R$10,00 menos R$ 6,00. Transformando-se em valores percentuais, obtém-se que a margem de contribuição desse produto é de 40%. Semelhantemente para o produto B, percebe-se que a sua margem de contribuição é de R$ 10,00 (R$ 20,00 menos R$ 10,00) e o percentual é de 50%. Margem de contribuição é o termo que designa a diferença entre as vendas e os respectivos custos e despesas variáveis do período: MC = Vendas - (Custos e Despesas Variáveis) MC% = MC/Vendas Exemplo: Vendas no período: R$ 100.000,00 Custos das Mercadorias vendidas: R$ 50.000,00 Tributos sobre Vendas: R$ 30.000,00 MC = R$ 100.000,00 - (R$ 50.000,00 + R$ 30.000,00) MC = R$ 20.000,00 MC% = R$ 20.000,00/R$ 100.000,00 MC% = 20% De posse dessas informações, pode-se expor que o cálculo do ponto de equilíbrio pode ser realizado de três formas: Ponto de Equilíbrio Contábil Ponto de Equilíbrio Econômico Ponto de Equilíbrio Financeiro a) Ponto de Equilíbrio Contábil: é aquele que considera a quantidade de produtos ou serviços que são necessários à empresa comercializar para conseguir arcar com todas as obrigações, ou seja, considera qual o valor de receitas totais que a empresa necessita obter para cobrir os custos totais. A empresa obterá seu Ponto de Equilíbrio quando suas Receitas Totais forem iguais aos seus Custos e Despesas Totais: Receitas Totais = Custos e Despesas Totais Exemplo: Preço de Venda = $ 500/un Custos + Despesas Variáveis = $ 350/un Custos + Despesas Fixos = $ 600.000/mês Cálculo do Ponto de Equilíbrio em quantidade vendida Receitas Totais = Custos e Despesas Qtde x $ 500/un. = Qtde x $ 350/un. + 600.000/mês Qtde x $ 500/un. – Qtde x $ 350/un. = 600.000/mês Qtde x 500 – Qtde x 350 = 600.000 Qtde (500 – 350) = 600.000 Qtde x 150 = 600.000 Qtde = 600.000/150 Qtde = 4.000 unidades Para obter o Ponto de Equilíbrio em Receita Total, basta multiplicar a quantidade obtida pelo preço de venda unitário: 4.000 unid/mês x $ 500/um = $ 2.000.000 De fato, a empresa precisa de uma Receita de $ 2.000.000,00 para “cobrir” os custos e despesas totais Custos Variáveis: 4.000 un. x $ 350/un. = $ 1.400.000 Custos Fixos: = $ 600.000 TOTAL: = $ 2.000.000 A partir da unidade 4.001, cada margem de contribuição unitária ($ 500 – $ 350 = $ 150) que até aí contribuía para a cobertura dos Custos e Despesas Fixos passa a contribuir para a formação do lucro. Por exemplo: se a empresa vender 4.100 unidades, as 100 unidades que ultrapassar o ponto de equilíbrio, formará o lucro do período ReceitasTotais: 4.100 unidades x $ 500/un. = $ 2.050.000 (-) Custos e Despesas Variáveis: 4.100 x $ 350/un. = $ 1.435.000 (-) Custos Fixos = $ 600.000 (=) Lucro = $ 15.000 MCU do excedente ao Ponto de Equilíbrio: 100 um x $ 150 = $ 15.000 Fórmula para obter o Ponto de Equilíbrio Ponto de Equilíbrio = Custos + Despesas Fixas / Preço de Venda Unitário – CDV unit. Ponto de Equilíbrio = Custos + Despesas Fixas / Margem de Contribuição Unitária Ponto de Equilíbrio = $ 600.000 / $ 150 = 4.000 unid Margem de Segurança é a quantidade de produtos que a empresa está vendendo acima do seu ponto de equilíbrio. Exemplo: Um disk água apresentou os seguintes dados em um determinado período: Custos e Despesas Variáveis: $ 1,80 por galão (de 20 litros); Custos e Despesas Fixos: $ 5.500 por mês; Preço de Venda: $ 4,00 (entrega em casa); Quantidade vendida no mês: 3.000 galões. Ponto de equilíbrio = $ 5.500 / $ 2,20 = 2.500 galões Margem de Segurança = 500 galões Margem de Segurança = 500 / 3.000 = 16,67% das vendas b) Ponto de Equilíbrio Econômico: é o cálculo que considera além da quantidade de receitas totais produzidas para poder pagar todos os custos totais, também o valor da atualização monetária, ou juros de um período. O Ponto de Equilíbrio Econômico leva em consideração, além dos custos e despesas totais, o custo de oportunidade do capital próprio. O PEE define o momento em que a receita da empresa está cobrindo todos os seus custos e despesas fixos e variáveis e também o custo de oportunidade. O custo de oportunidade do capital próprio pode ser obtido pela multiplicação do patrimônio líquido da empresa pelo retorno exigido pelo dono da empresa. Exemplo: os seguintes dados foram levantados em uma fábrica de computadores: Custos e Despesas Variáveis: $ 400/unid. Custos e Despesas Fixos: $ 310.000/mês Preço de Venda: $ 700/unid. Patrimônio Líquido: $ 2.500.000 Custo do capital próprio; 2% ao mês Exemplo de cálculo do Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE): PEE = Custos e Despesas Fixas + Custo do Capital Próprio / Preço de Venda Unitário – CDV unit. PEE = $ 310.000 + (2.500.000 x 0,02) / $ 700 - $ 400 PEE = $ 360.000 / $ 300 = 1.200 computadores c) Ponto de Equilíbrio Financeiro: este cálculo considera também outros valores que estão intrínsecos na análise financeira, como o valor da depreciação. O Ponto de Equilíbrio Financeiro leva em consideração as entradas e saídas de dinheiro em caixa. O PEE define o momento em que a receita da empresa está cobrindo todos os seus custos e despesas fixos desembolsáveis no período. Para se obter o PEF têm que ser retirado dos custos e despesas totais aquilo que não envolveu a saída de dinheiro, como por exemplo, a depreciação. Os seguintes dados foram levantados naquela mesma fábrica de computadores: Custos e Despesas Variáveis: $ 400/unid. Custos e Despesas Fixos: $ 310.000/mês Preço de Venda: $ 700/unid. Depreciação das máquinas $ 10.000 Depreciação do prédio da fábrica $ 15.000 PEF = Custos e Despesas Fixas – Depreciação total / Preço de Venda Unitário – CDV unit. PEF = $ 310.000 – 10.000 – 15.000 / 700 – $ 400 PEF = $ 360.000 / $ 300 = 950 computadores RETOMADA DOS OBJETIVOS: Observar os conceitos de Custo – Volume - Lucro Identificar a relação Aplicar os lançamentos de forma correta CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Disciplina: APURAÇÃO E ANÁLISE DE CUSTOS RELAÇÃO: CUSTO – VOLUME – LUCRO Associação Educativa Evangélica Momento final da aula para retomada dos objetivos e mostrar que todos os objetivos da aula foram abordados 37 image1.png image2.png image3.png