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CENTRO UNIVERSITÁRIO 
SUDOESTE PAULISTA
CAMILA DE CÁSSIA PIOVEZAN
ELIZABETE SILVA DE ALMEIDA
RAYSSA DE LARA PEDROSO
VITÓRIA VICENTE PEREIRA
Doma de Equinos: Implicações para o
Bem-Estar e Falta de Bem-Estar
AVARÉ
2024
Sumário
INTRODUÃO.................................................. 1 
 BEM-ESTAR ANIMAL E OS EQUINOS.................................................. 3
 DOMA TRADICIONAL.................................................. 3
 FALTA DE BEM-ESTAR NA DOMA: IMPACTOS FISIOLÓGICOS E PSICOLÓGICOS.................................................. 4
 IMPACTO NO COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR............................... 5
 FOI DESENVOLVIDA UMA TÉCNICA CHAMADA HORSEMANSHIP................................................. 6
 PROMOVENDO O BEM-ESTAR NA DOMA: PRÁTICAS HUMANIZADAS................................... 7
PENSANDO COMO UM CAVALO.............................................8
 CONCLUSÃO .............................................9
Introdução:
 A doma de equinos é uma prática essencial para o manejo e utilização de cavalos em diversas atividades humanas, como esportes, lazer e trabalho. No entanto, o processo de doma pode ter implicações diretas no bem-estar desses animais, dependendo das técnicas utilizadas e da relação estabelecida entre o treinador e o cavalo. Historicamente, as práticas de doma variaram desde métodos mais tradicionais e coercitivos até abordagens modernas, que privilegiam a comunicação e o respeito ao comportamento natural dos equinos. O conceito de bem-estar animal tem ganhado cada vez mais destaque, influenciando a adoção de técnicas mais humanizadas que minimizam o estresse e o sofrimento durante o treinamento. A doma moderna ou racional consiste num processo de amansamento e socialização do cavalo, adotada no mundo inteiro. A doma é a tentativa de estabelecimento de uma linguagem de comunicação entre homem e cavalo, através de sinais comportamentais. Os cavalos são animais que quando bem cuidados e adestrados fornecem ao homem força de trabalho específica, que pode beneficiá-lo em vários momentos. Qual o objetivo do trabalho??
 A relação entre humanos e cavalos, conforme apontam os estudos históricos, iniciou-se cerca de 32.000 a 12.000 a.C., na condição de predador e presa. Em um segundo momento, vieram as tentativas de domesticação por volta de 5.500 a.C., nesse período os cavalos representavam “símbolo de status e da guerra”. Com a domesticação, passaram a ser usados também para montaria, meio de transporte e no pastoreio de animais.
Historicamente, os domadores de cavalos eram chamados para lidar com problemas frequentes entre as pessoas e seus animais. Como a força bruta era frequentemente usada no treinamento tradicional, é provável que muitos cavalos teriam aprendido evasões e resistências. Também se acreditava que o domínio humano e a submissão dos equinos eram críticos para o sucesso, o que seria um fator para criar comportamentos problemáticos (2).
Na domesticação do cavalo, nem sempre houve a preocupação com o bem-estar. Algumas técnicas aplicam-se punições ao animal e não se respeita seu comportamento natural, chegando até a utilização de métodos cruéis, como o “ensacamento” e “bridão amarrado à cauda”, que promovem terror e pânico ao animal, o qual passa a obedecer por medo (1,3). Segundo Monty Roberts, o controle dos cavalos pelo homem deve acontecer sem uso da força (Vasconcelos 2024).
 O equino, a ser observado até os dias atuais, passou a ser um importante instrumento para o ser humano, quer seja para o trabalho, práticas esportivas, lazer e até em tratamentos de saúde, como a equoterapia. Sendo assim, com a finalidade de incorporar ao comportamento do animal o que ele precisa fazer para realizar as funções que o homem propõe, a partir da sua domesticação, a comunicação entre o homem e cavalo vem sendo aprimorada pelos séculos, tendo o intuito de transpor a barreira natural que divide essas duas espécies e fazer com que o treinador/instrutor conquiste o respeito e a adesão, de modo a induzi-lo a fazer o que deseja que ele faça, sem descuidar, contudo, do seu bem-estar.
Por doma racional entende-se a técnica de interação homem/cavalo, na qual não se utilizam métodos de dominação do animal pela dor, medo ou terror, e sim uma comunicação, sobretudo pela linguagem corporal, toque e através de uma sequência de exercícios, que promove entendimento, interação, respeito, adesão e vontade de cooperar por parte do cavalo. Ao contrário da doma tradicional que consiste em atos de violência e dominação do animal, provocando traumas físicos e psicológicos.
Diante disso, compete ao médico veterinário zelar pelo bem-estar animal e identificar as causas de estresse e tentar minimizá-las, e quando as mesmas forem causadas pelas práticas aplicadas pela doma tradicional, estimular a utilização da doma racional, explicando ao proprietário do animal os benefícios dessa prática para o cavalo. Tornando importante a realização de mais estudos sobre esse tema. Para a realização de uma doma racional é preciso tempo para observar o comportamento do cavalo. Se conectar ao animal é o melhor caminho para fazê-lo se sentir seguro e confortável, isso é uma chave para destravar tudo o que será preciso para que o animal o compreenda e dê sempre o seu melhor. Além disso, para promover a doma racional tem que conquistar o respeito, a adesão e confiança do cavalo para que assim ele coopere com a doma, atingindo os resultados esperados. (Vasconcelos2024).
 Bem-Estar Animal e os Equinos
 O bem-estar animal é definido por organizações como a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) com base nas “Cinco Liberdades”, que incluem a liberdade de fome e sede, de desconforto, de dor e doença, de expressar comportamento natural, e de medo e angústia. Em relação aos equinos, essas liberdades são especialmente importantes durante a doma, quando o cavalo é exposto a novos estímulos e interações com seres humanos.
 O bem-estar de um cavalo durante o processo de doma depende de como essas liberdades são respeitadas. Um cavalo submetido a um treinamento que respeita seus limites físicos e psicológicos tem maior probabilidade de desenvolver um relacionamento saudável com os humanos e apresentar uma performance mais consistente e duradoura. Por outro lado, a falta de consideração ao bem-estar pode resultar em cavalos traumatizados, agressivos ou submissos, com consequências negativas para sua saúde a longo prazo.
 Técnicas de Doma e Suas Implicações para o Bem-Estar
 As técnicas de doma podem ser amplamente categorizadas em dois grupos: as tradicionais e as modernas. As práticas tradicionais, muitas vezes baseadas na coerção e submissão, tendem a causar maior estresse nos cavalos. Essas técnicas podem incluir o uso excessivo de embocaduras, chicotes, cordas ou outros dispositivos coercitivos, que, além de causarem dor física, geram um ambiente de medo e ansiedade para o animal.
 Estudos sobre os impactos fisiológicos da doma coercitiva mostram que cavalos submetidos a esse tipo de treinamento apresentam níveis elevados de cortisol, o hormônio do estresse, além de aumentos na frequência cardíaca e em sinais comportamentais de desconforto, como orelhas para trás, resistência à montaria e até comportamentos evasivos como tentativas de fuga.
 Em contraste, as técnicas de doma moderna, como a doma racional ou natural, e o uso de reforço positivo, procuram entender o comportamento natural dos equinos e utilizam métodos que priorizam o aprendizado por meio da confiança e cooperação. Essas práticas promovem um ambiente de baixa pressão, onde o cavalo é encorajado a participar ativamente do processo de aprendizagem. Nesses métodos, o foco está na comunicação eficaz, na observação dos sinais sutis de desconforto ou tensão do cavalo, e na adaptação do ritmo de treinamento às necessidades do animal.
DOMA TRADICIONAL
 Historicamente, a doma tradicional é aplicada com características bastante específica em várias regiõesdo Brasil, e está relacionada à poder, força, destemor e determinação. A doma corresponde a um processo de dominação e subordinação aplicados por meio de ações que garantam a o cavalo se submeta os interesses humanos. Na doma tradicional, na maioria das vezes, é composta por métodos cruéis e traumáticos para o animal, que é submetido até mesmo a punições.
 A doma tradicional ainda é bastante difundida no meio rural no território brasileiro e o cavalo é abordado como um animal selvagem que deve ser subjugado pelo medo, sofrimento e exaustão. A iniciação do cavalo na doma tradicional é desconfortável e violenta, onde o animal é laçado, levado ao chão, em alguns casos, tem suas orelhas e lábio superior torcidos com instrumentos específicos para isso.
 Esse processo, em média, começa com os potros em idade de dois a três anos, com a utilização de cabrestos nesses animais e amarrados em mourões ou palanques, são selados e preparados para a montaria. Neste momento, muitos animais ficam extremamente assustados e estressados, pulam, resistem e até se machucam ou são machucados. Esse processo é repetido ao longo das semanas e passam a andar com um torque que mantém suas cabeças baixa.
A doma tradicional não é considerado é um método árduo, fatigante e pouco eficaz, tendo em consideração que os prejuízos físicos e comportamentais que os cavalos podem sofrer. Famer-Sougan e Dougan explicam que a relutância por parte de domadores e vaqueiros em aderir a táticas menos agressivas perpasse pelo fator cultural ligados à força bruta e coragem que lhes são atribuídas pela capacidade de dominar os equinos como demonstração de soberania e poder. (obs: revista onde foi tirado1999)
 A doma tradicional se sucede com uma sequência de ações em que o resultado final é a aceitação do cavalo a submissão controle humano. A força bruta se destaca durante o aprendizado do animal como traço habitual na história da humanidade que personifica a dominância humana sob outros animais (DOUGAN, 1999). Esse tipo de doma consiste em duas etapas: “doma de baixo”, na qual o cavalo é forçado a aceitar o cabresto e aproximação humana com a higiene corporal e escovação e a “doma de cima”, que obriga o animal a receber os arreios de montaria assim como o humano em seu dorso, com o emprego de diferentes punições diante das tentativas de fuga do animal, sendo este o cerne desta doma. É esperado que o cavalo submetido a utilização de equipamentos e a transportar um humano contra sua vontade resista de forma agressiva, buscando fugir. Isso porque seu comportamento habitual e modo de vida é infligido, não havendo, comumente, o cuidado com seus aspectos psicológicos, e em alguns casos físicos.
 O uso de corda, espora, arreios, e chicotes por exemplo, são empregados com o objetivo de dominar o animal representam ferramentas comuns neste tipo de atividade. A ideia é levar o cavalo ao esgotamento físico para que dessa forma ele aceite as ordens do treinador. Essa prática pode ser acompanhada de ações como laçar o animal, puxá-lo pelo pescoço ou suas patas.
Na visão de um domador tradicional, o cavalo está apto para a montaria quando não apresenta nenhum traço de resistência. Do ponto de vista comportamental, sendo assim, o cavalo estaria preparado para ser montado quando o desamparo aprendido estivesse estabelecido por completo (DOUGAN, 1999).
 Atualmente, via de regra, este tipo de doma, é bastante contraditado por muitos estudiosos e escritores que dominam o assunto. Farmer-Dougan e Dougan (1999), e Greindl (2014, p. 12) que aplicação dessas técnicas tradicionalistas podem gerar uma sensação de desamparo aprendido, um comportamento em que o animal coagido a sujeitar-se a estímulos tão agressivos e aversivos tornam-se inabilitados a evitá-los, passivos diante do sofrimento e assim sendo, não se contrapõem mais a estímulos abusivos. 
Essa teoria do desamparo abarca a perspectiva de que a depressão clínica e transtornos mentais são fruto da falta de autonomia percebida diante da repercussão de uma ação em determinado contexto. Aqueles que apresentando mais insensibilidade na deliberação de tais consequências do seu comportamento passam a ser considerados acometidos por desamparam adquirido (Hunziker, 1997)
 Como pode-se perceber, a doma tradicional é um processo extremamente severo, onde o cavalo é domado de forma rápida e abrupta. Sem levar em conta os danos comportamentais ou bem-estar animal. Devido a influência da doma racional, já é possível perceber a adoção de uma técnica mesclada com a doma racional que será melhor explicada adiante.
 
 Falta de Bem-Estar na Doma: Impactos Fisiológicos e Psicológicos
 A falta de bem-estar na doma de equinos pode resultar em uma série de efeitos adversos, tanto no curto quanto no longo prazo. Fisiologicamente, o estresse crônico pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo úlceras gástricas, perda de apetite, e diminuição da imunidade, tornando os cavalos mais suscetíveis a doenças. Psicologicamente, cavalos que experimentam altos níveis de estresse durante a doma podem desenvolver comportamentos de defesa, como morder, chutar ou relutar em cooperar com o treinador.
 Além disso, a submissão forçada pode levar a uma condição conhecida como “aprendizado de impotência”, onde o cavalo, após repetidas experiências negativas, torna-se apático e deixa de reagir a estímulos externos, perdendo sua capacidade de aprendizagem e adaptação a novas situações. Esse fenômeno é prejudicial não só para o bem-estar do cavalo, mas também para seu desempenho em atividades futuras. 
 Métodos Tradicionais de Doma A doma tradicional inclui uma série de etapas que visam adaptar o cavalo a situações de montaria, obediência e trabalho. Entre as técnicas, destacam-se o uso de cabrestos, rédeas, freios e esporas, que exercem pressão sobre o animal para desencorajar comportamentos indesejados e reforçar respostas condicionadas (Williams et al., 2017). Estudos indicam que métodos de pressão intensa, como a restrição e o uso de contenção, podem gerar níveis elevados de estresse, levando o animal a desenvolver comportamentos estereotipados, como o “tic de urso” (movimento repetitivo de balanço) e o “tic aéreo” (movimento de mastigação sem estímulo alimentar) (Fureix et al., 2011).
 Impacto no Comportamento e Bem-Estar
 O impacto da doma tradicional no comportamento dos cavalos é significativo, uma vez que a repetição de estímulos punitivos pode gerar respostas de medo e agressão (McGreevy & McLean, 2010). Essas respostas comportamentais indicam um estado de desconforto, associado ao sofrimento psicológico causado pelo treinamento rígido. Cavalos submetidos a técnicas de doma tradicional apresentam maior propensão a desenvolver comportamentos estereotipados, que são considerados indicadores de estresse crônico (Fureix et al.,2011).
Foi desenvolvida uma técnica chamada Horsemanship
 A técnica Horsemanship, também conhecida como doma de cavalos avançada, é um método inovador de adestramento de cavalos. E que tem se tornado popular pois não requer o uso da força, da coação e de maus tratos aos animais.
 Essa técnica trabalha através do desenvolvimento de um relacionamento de confiança entre domador e cavalo. Os cavalos adestrados por meio dessa técnica aprendem por meio de sugestões de palavras-chaves e exercícios repetitivos.
 Ao invés da forma de doma tradicional, que usa de força, coação e muitas vezes maus tratos aos animais. Na Horsemanship é trabalhada e criada a relação de confiança entre o domador e o cavalo, o aprendizado por meio de palavras-chaves e a doma do animal não só é possível, como é muito mais fácil e rápido do que através da doma que usa de força. Isso porque a horsemanship promove uma verdadeira interação entre homem e cavalo.
 Quando eles se sentem parte do processo de vitória passam a obedecer aos comandos de maneira mais inteligente. A forma como essa doma é realizada está baseada no entendimento dos instintos dos animais.Os instintos de movimentos podem ser conduzidos através de indicações de palavras-chave. Esse tipo de doma é realizado através do reforço de ideias, ou seja, de repetir sempre ações acompanhadas de palavras.
Promovendo o Bem-Estar na Doma: Práticas Humanizadas
 Para garantir o bem-estar dos equinos durante a doma, é fundamental que os treinadores adotem práticas humanizadas e baseadas em ciência. O uso de reforço positivo, como recompensas alimentares e estímulos agradáveis, pode ajudar a construir uma relação de confiança entre cavalo e treinador. Além disso, o respeito ao tempo de aprendizado do cavalo, sem pressões excessivas ou prazos rígidos, contribui para um ambiente de baixa ansiedade, no qual o cavalo pode aprender de maneira mais eficiente e sem medo.
 O monitoramento constante do comportamento do cavalo também é crucial para identificar sinais de estresse ou desconforto. A observação atenta de indicadores comportamentais, como expressões faciais, movimentação corporal e respostas a comandos, pode ajudar o treinador a ajustar suas técnicas e a criar um ambiente mais favorável ao aprendizado. 
Pensando como um Cavalo
Cavalos têm pensamentos baseados nas imagens que são visualizadas por eles.
 Cada imagem que eles observam são capazes de influenciar o seu comportamento. Além disso, para entendermos melhor o comportamento equino, temos que entender as importantes características quanto aos seus CINCO SENTIDOS: 
 Audição: A audição dos cavalos é privilegiada, permitindo que consigam ouvir ruídos a distância, conseguindo distinguir a diferença nos sons e qual a direção dos mesmos.
Essa característica leva ao animal apresentar uma característica bastante observada por nós humanos, que é a movimentação da orelha de modo específico para cada tipo de ruído, tons e direções, permitindo com que possamos identificar se o animal está se assustando ou familiarizando com o som que está ouvindo.
 Olfato: Possuem um olfato atenuado para reconhecimento de outros animais, como suas presas, reconhecimento de ambiente e de pessoas com as quais eles convivem. 
 Visão: A sua visão diurna e noturna é boa, porém existe uma susceptibilidade quanto a variações bruscas no contraste de luz (claro e escuro).
Os olhos de um cavalo são posicionados nas laterais da cabeça, dando a eles uma visão 180°, permitindo ver quase tudo à sua volta enquanto pastejam.
 Paladar: São capazes de reconhecer sabores e sentir texturas. Os cavalos são herbívoros e preferem alimentos mais adocicados durante sua alimentação. Porém, alimentos salgados são importantes devido a fisiologia animal e perda de sais minerais que acontece por meio de sua intensa sudorese.
 Tato: O tato nos equinos é muito mais apurado do que nos humanos. Acontece pela percepção cutânea e pela sensibilidade dos cascos e vibrissas, também conhecidas como bigodes.
Os animais utilizam do tato para comunicação com outros cavalos, outras espécies e para sentir o ambiente em que vivem.
 Conclusão: 
 A doma de equinos pode ter implicações profundas para o bem-estar dos animais, dependendo das técnicas utilizadas. Métodos coercitivos e baseados na submissão geram altos níveis de estresse e comprometem a saúde física e psicológica dos cavalos. Por outro lado, práticas humanizadas e baseadas em reforço positivo promovem um ambiente de aprendizado seguro e eficaz, que respeita o comportamento natural dos equinos e minimiza o sofrimento. Assim, é fundamental que a comunidade envolvida com o manejo de equinos adote técnicas que priorizem o bem-estar animal, garantindo que a doma seja um processo benéfico tanto para os cavalos quanto para os seres humanos.
 Referências bibliográficas :
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