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1 (Mat.10. Dir. do Trabalho - II– 5º/6º Per. Dir. Prof. Léo Bifano – 2024) 10 – FORMA DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS COLETIVOS Leia a Lei: Art. 5º XVII e XX; 7º, VI, XIII, XIV, XXVI, 8º, 9º, 11, 37, VII, 114, § 2º, CF/88; arts. 511-625, CLT; Lei nº 7.783/89; arts. 1º e 2º da Lei nº 11.648/2008. Inicialmente, é fundamental a diferenciação, em termos doutrinários, de conflito, controvérsia e dissídio. O conflito é apontado como a divergência, no plano social, em decorrência da luta por melhoras condições de trabalho, verificada no âmbito das relações sindicais, ao passo que a con- trovérsia, de modo mais particular, verifica-se quando o mencionado conflito coletivo de traba- lho é encaminhado para ser solucionado por mecanismos diversos. Por fim, o dissídio é específi- co com relação a controvérsia encaminhada para a solução ao Poder Judiciário. Outrossim, é de extrema relevância a classificação dos conflitos coletivos de trabalho em: econômicos e jurídicos. Na primeira modalidade está aquele conflito relacionado com a fixa- ção de condições de trabalho, v.g., reajustes e jornada. Já o conflito coletivo de natureza jurídica tem como finalidade a interpretação de disposição normativa específica da categoria. Os conflitos coletivos poderão ser solucionados das seguintes formas: autodefesa, autocomposição, heterocomposição. Abaixo, cada uma dessas modalidades será devidamente analisada. 10.1 – AUTODEFESA Na autodefesa, as próprias partes procedem à defesa de seus interesses, sendo que uma delas impõe sua vontade a outra. Exemplos: Greve e “lockout” (quando o empregador impede que os seus em- pregados, total ou parcialmente, adentrem nos recintos do estabelecimento empresarial para laborar). 10.1.1 – Greve O direito do trabalho surgiu exatamente em função da paralisação dos trabalhadores em busca de melhoras condições de trabalho. A evolução histórica do instituto da greve, demonstra que de “delito”, esse instituto evoluiu para um conceito de “liberdade” e, posteriormente, para a condição de “direito”, como se verifica nos regimes democráticos. Assim também se verificou no Direito Brasileiro, com desta- que para a concepção da greve, inicialmente, como delito (Código Penal de 1890), passando por um tímido reconhecimento desse direito na Constituição Federal de 1988. A natureza jurídica da Greve é a de um direito social, de ordem fundamental e com as- sento na Carta Magna, sendo mecanismo máximo de autodefesa dos trabalhadores. É um direito do trabalhador que consiste na suspensão coletiva do trabalho, de forma pacífica, em caráter temporário, total ou parcial, como instrumento de reivindicação sala- rial ou de reivindicação do cumprimento de outros direitos trabalhistas. 2 A greve, em verdade, é uma forma de pressionar os empregadores para que atendam aos pedidos de melhoria de condições de trabalho ou aumentos salariais dos trabalhadores. As- sim, parcela da doutrina defende que a greve não é rigorosamente uma forma de solução do con- flito coletivo de trabalho, mas sim um mecanismo de pressão para tal. Pode ser exercida como mecanismo de negociação ou reação ao não-cumprimento de disposições legais ou convencionais. Logo, não são admitidas greves por solidariedade ou políti- cas. O direito de greve é regulado pela Lei nº 7.783/89. Tratando-se de suspensão, não há pagamento de salário, salvo acordo em sentido contrário. É garantido ao empregado o retorno ao posto de serviço ocupado antes da causa sus- pensiva. Ainda por tratar-se de suspensão, o empregado não pode ser despedido sem justa causa. Nada impede que o próprio empregado se demita ou seja despedido por prática de falta grave durante essa suspensão. “Lockin” é o movimento grevista com ocupação dos locais de trabalho. A atual lei não faz qualquer referência ao “lockin”. Não há proibição, mas não pode provocar danos ao patrimô- nio da empresa. 10.1.2 – Características A greve tem as seguintes características: a) Coletiva: Deve decorrer de um ato de interesse coletivo, com força de promover a rup- tura da normalidade da produção. A greve pode não englobar todos os trabalhadores, caso em que será parcial. Quando alcançar todos os trabalhadores será total. É indispensável que essa paralisação seja de trabalhadores. b) Pacífica: as armas da greve são unicamente a paralisação coletiva do trabalho com pro- pósito de turbar a normalidade produtiva e o diálogo, a proposta para restabelecimento da nor- malidade. A greve realizada fora desse limite será considerada abusiva. c) Temporária: Ainda que a greve seja deflagrada por prazo indeterminado, é necessário que tenham uma finalidade e, portanto, deve ser provisória. Essa indeterminação sinaliza a para- lisação das atividades até que alguma proposta seja oferecida. 10.1.3 – Possibilidade de contratação de trabalhadores O empregador não poderá contratar trabalhadores durante a greve, exceto nas se- guintes hipóteses: 1) quando o empregador não conseguir formar acordo com a entidade sindical ou a comis- são de negociação no sentido de ver assegurada a prestação dos serviços capazes de evitar preju- ízo irreparável pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos ou ainda, pela ausência de ajuste capaz de dar manutenção aos serviços essenciais à retomada das atividades da empresa quando da cessação do movimento grevista; 2) quando a greve for considerada abusiva pelo judiciário. 3 10.1.4 – Formalidades A lei estabelece alguns requisitos para a validade do movimento grevista. Tais exigên- cias não se chocam com a garantia do exercício de greve, apenas o regulamentam, devido ao im- posto social que causa. 1) Real tentativa de negociação coletiva – fase antecedente e necessária da greve. Não é admitida greve quando houver acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa em vigor sendo cumpridos. Excepcionalmente a greve é admitida quando houver substancial modificação nas condições de fato. 2) Convocação pelo sindicato de empregados de assembleia geral que deverá definir as reivindicações da categoria e deliberar sobre a paralisação. O estatuto do sindicato deverá tratar das formalidades de convocação, quórum para deliberação e etc. 3) Aviso prévio ao empregador com antecedência mínima de quarenta e oito horas e seten- ta e duas horas em serviços e atividades essenciais. É necessário registrar que o aviso prévio não prejudica a liberdade sindical, pois cumpre um aspecto de comunicação da existência da greve. Tem como objetivo evitar que a gre- ve seja deflagrada de surpresa, sem que o empregador possa tomar as medidas de prevenção necessárias. 4) Atendimento às necessidades inadiáveis quando tratar-se de greve em serviço ou ativi- dades essenciais. Consideram-se atividades essenciais: tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; assistência médica e hospitalar; distribui- ção e comercialização de medicamentos e alimentos; funerários; transporte coletivo; captação e tratamento de esgoto e lixo; telecomunicações; guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; controle de tráfego aéreo e navegação aérea; compensação bancária; atividades médico-periciais relacionadas com o regime geral de previdência social e a assistência social; atividades médico-periciais relacionadas com a caracterização do impedimen- to físico, mental, intelectual ou sensorial da pessoa com deficiência, por meio da integração de equipes multiprofissionais e interdisciplinares, para fins de reconhecimento de direitos previs- tos em lei, em especial na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiên- cia); outras prestações médico-periciais da carreira de Perito Médico Federal indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade e atividades portuárias (art.10 da Lei nº 7.783/89). 10.1.5 – Greve no serviço público Outro tema polêmico em relação a greve é o seu cabimento no serviço público. Aos militares é expressamente vedado o exercício da greve pelo art. 143, § 3º, IV, da CF/88. Aos empregados públicos das sociedades de economia mista e subsidiárias que exer- çam atividade econômica aplica-se a Lei de Greve. 4 Os servidores públicos da administração pública direta, fundacional e autárquica, es- tão sujeitos ao art. 37, VII, da CF/88, que exige lei regulamentadora. O STF, em diversas decisões, entendeu ser incabível o exercício do direito de greve pelos servidores públicos pela ausência de lei que o regulamentasse. Em 2007, no julgamento dos mandados de injunção nº. 670, 708 e 712, o STF, final- mente, entendeu pela aplicabilidade da Lei de Greve aos Servidores Públicos, naquilo que não colide com a natureza estatutária de seus vínculos. 10.1.5 – “Lockout” O “lockout” corresponde à greve patronal, que se verifica quando o empregador para- lisa as atividades visando frustrar a negociação coletiva ou dificultar o atendimento das reivindi- cações dos trabalhadores. O “lockout” é vedado. Caso ocorra é considerado interrupção do contrato, asseguran- do aos trabalhadores a remuneração do período. Essa conduta do empregador poderá acarretar a rescisão indireta do contrato de tra- balho, tendo em vista o descumprimento de uma das obrigações contratuais, qual seja, fornecer trabalho ao empregado. 10.2 – AUTOCOMPOSIÇÃO A autocomposição é a solução dos conflitos pelas próprias partes, sem a intervenção de terceiros. É a forma ideal de solução dos conflitos coletivos de trabalho porque permite que os próprios atores sociais, conhecedores de sua realidade, resolvam os litígios e estabeleçam condi- ções de trabalho mais adequados. A solução dos conflitos coletivos por autocomposição se dá através da negociação co- letiva, ou seja, através da criação dos acordos coletivos e convenções coletivas. 10.2.1 - Mediação Mediação é o método de resolução de conflitos, em que um terceiro oferece a propos- ta de conciliação aos envolvidos, que não são obrigados a aceita-la. No âmbito trabalhista, a mediação passou a ser disciplina pelo Decreto nº 1.572/95. No referido diploma legal ficou estabelecido que, frustrada a negociação direta, na respectiva data-base anual, as partes poderão escolher, de comum acordo, mediador (independentemente de deter conhecimentos jurídicos), ou solicitar à Secretaria Especial da Previdência e Trabalho e Emprego que o designe. O mediador terá o prazo máximo de trinta dias para a conclusão do processo de nego- ciação, salvo acordo expresso com as partes interessadas. Não alcançado o entendimento, lavrar-se-á ata contendo as causas motivadoras do conflito e as reivindicações de natureza econômica. 5 10.2.2 – Negociação Coletiva A solução dos conflitos pela autocomposição se dá pela negociação prévia, denomina- da negociação coletiva. Trata-se de procedimento em que a empresa ou sindicatos econômicos e sindicatos profissionais, sujeitos do conflito, mediante contemporização, alcançam como resultado uma convenção ou acordo coletivo. A negociação coletiva tem como função gerar normas jurídicas, pacificando os confli- tos coletivos de trabalho. Tem importante função política e social, fomentando o diálogo na soci- edade e harmonizando o ambiente de trabalho. E ainda, cumpre função econômica, estabelecen- do normas específicas, de acordo com as características regionais. A atuação sindical na representação da classe profissional é obrigatória na negociação coletiva. Logo, se não houver a interveniência do sindicato profissional não se trata de negocia- ção coletiva, e se dessa negociação resultar algum instrumento este não terá caráter normativo e sim contratual, sujeitando-se as regras do art. 468 da CLT (proibida alteração contratual que tra- ga prejuízos ao empregado). Assim, por exemplo se uma associação de empregados (não formalizada como sindi- cato) firma um instrumento com o sindicato de empregadores, estabelecendo condições de tra- balho, esse instrumento não será reconhecido como convenção coletiva porque não teve partici- pação do sindicato dos empregados. Apesar disso, aquelas regras terão natureza contratual e não poderão ser alteradas pelo empregador, se da alteração resultar prejuízos ao empregado (art. 468 da CLT). Os sindicatos têm legitimidade privativa para a negociação coletiva. Isso significa que as associações sindicais de segundo grau (federações ou confederações) somente podem realizar a negociação coletiva quando inexistente sindicato. Nesse contexto, as negociações coletivas produzem efeitos meramente locais. Essa previsão legislativa brasileira contraria a Recomendação nº 163 da OIT, que su- gere a diversidade de organizações sindicais com capacidade de negociar coletivamente. Há presunção que na negociação coletiva exista simetria entre as partes, ou seja, que não exista mais a hipossuficiência tão presente nas relações individuais. A boa-fé, enquanto princípio norteador de qualquer negócio jurídico, é também prin- cípio informador da negociação coletiva e se caracteriza pela lealdade e transparência nas trata- tivas. Portanto, é vedado o exercício de greve quando estiver vigendo norma coletiva. Os instrumentos normativos originados na negociação coletiva foram analisados em tópico próprio, no material 8. 10.3 – HETEROCOMPOSIÇÃO A heterocomposição é a solução dos conflitos imposta por terceiros, independente da aceitação das partes. Arbitragem e jurisdição são as formas de heterocomposição. 6 10.3.1 – Arbitragem A arbitragem é um meio extrajudicial de solução de controvérsias, onde as partes contratantes escolhem um terceiro (árbitro) para resolver o litígio. O art. 114, § 1º, da CF/88 estabelece que “frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros”. No ordenamento jurídico brasileiro, a arbitragem é prevista para solução de diversos conflitos coletivos, tais como a participação nos lucros ou resultados da empresa (Lei nº 10.101/2000, art. 4º, II) ou a própria greve (Lei nº 7.783/89, art. 3º). Conforme a Lei nº 9.307/1996, que regulamenta a arbitragem, esta pode ser de direi- to, escolhendo as partes livremente as regras jurídicas que serão aplicadas (desde que não vio- lem os bons costumes e a ordem pública) ou de equidade, definindo que se realize com base nos princípios gerais do direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio. Proferida a sentença arbitral (no prazo máximo de seis meses, não tendo sido con- vencionado tempo maior), dá-se por finda a arbitragem, devendo o árbitro ou o presidente do tribunal arbitral enviar cópia da decisão às partes, por via postal ou por qualquer outro meio de comunicação, com comprovação de recebimento, ou, ainda entregando-a diretamente às partes, mediante recibo. A decisão arbitral não se sujeita a recursos ou homologação pelo Poder Judiciário e produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença judicial (sendo conde- natória, constitui, inclusive, título executivo). 10.3.2 – Jurisdição A jurisdição como meio de solução dos conflitos coletivos tem espaço quando o confli- to é levado ao judiciário trabalhista, através do ajuizamento de dissídio coletivo, sendo resolvido pela sentença normativa. Na forma do art. 114, § 2º, da CF/88: “recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente”. 10.3.2.1 – Poder normativo da justiça do Trabalho A jurisdição será exercida pelo Estado, através de sentençanormativa, exarada em dissídio coletivo, criando, modificando ou extinguindo condições de trabalho. Trata-se do cha- mado poder normativo. Em outras palavras, é a possibilidade dos Tribunais Trabalhistas de criarem normas para determinada categoria, através do julgamento dos dissídios coletivos (sentenças normati- vas). O poder normativo dos tribunais trabalhistas existe somente no Brasil, sendo dura- mente criticado pela doutrina. Isso porque, o poder normativo desestimula o desenvolvimento 7 de um sindicato autêntico, ao atribuir ao Estado a solução dos conflitos que poderia ser realizado somente pelas partes ou com a intervenção de mediadores e árbitros. A resolução dos conflitos coletivos de trabalho deve ficar a cargo dos atores sociais, porquanto eles têm mais condições de identificar e solucionar suas demandas. A interferência do Estado nessas relações sociais desestimula a autocomposição. Com a Emenda Constitucional nº 45/2004, alterou-se a redação do § 2º do art. 114 da Constituição Federal para constar a exigência prévia de comum acordo entre as partes, antes da provocação do poder normativo. Muito se discutiu de início, se a redação do parágrafo transcrito seria o fim do poder normativo, e ainda, se a exigência de propositura de comum acordo, afrontaria o inciso XXXV do art. 5º da própria Constituição, violando a possibilidade de acesso ao poder judiciário. Hoje as discussões arrefeceram, embora se aguarde julgamento de ADI junto ao STF. O TST tem se posicionado no sentido de que a exigência de comum acordo não viola o acesso ao poder judiciário, já que o poder normativo não se caracteriza rigorosamente como ju- risdição, mas sim como uma função anômala criadora de normas jurídicas. Lado outro, basta o comum acordo tácito para que o dissídio coletivo seja apreciado. Assim, os dissídios subscritos por apenas uma das categorias não tem sido rejeitados de plano, aguardando-se a manifestação da parte contrária, que caso não se oponha expressamente, en- tende-se como concordância. 10.3.2.2 – Dissídio Coletivo Os dissídios coletivos são ações propostas à Justiça do Trabalho por pessoas jurídicas (Sindicatos, Federações ou Confederações de trabalhadores ou de empregadores) para solucio- nar questões que não puderam ser solucionadas pela negociação direta entre trabalhadores e empregadores. Os dissídios coletivos podem ser de natureza econômica ou jurídica. Os de natureza econômica criam normas que regulamentam os contratos individuais de trabalho. Exemplos: Cláusulas que concedem reajustes salariais ou que garantem esta- bilidades provisórias no emprego. Os dissídios de natureza jurídica, conhecidos também como dissídios coletivos de di- reito, visam a interpretação de uma norma legal preexistente que, na maioria das vezes, é costu- meira ou resultante de acordo, convenção ou dissídio coletivo. Os dissídios coletivos têm competência originária nos Tribunais Regionais do Traba- lho. Ou, se a base territorial do sindicato exceder a jurisdição de um TRT, a competência originá- ria será do Tribunal Superior do Trabalho. (art. 678, I, “a” e art. 702, I, “b”, ambos da CLT). O ajuizamento do dissídio coletivo tem como pressupostos processuais específicos: tentativa de negociação prévia, autorização da assembleia, inexistência de norma coletiva em vigor e observância de época própria para o ajuizamento (sessenta dias anteriores ao termo final da norma coletiva vigente). 8 Os sindicatos são os legitimados ativos por excelência. Na ausência de sindicato, a fe- deração poderá suscitar o dissídio e, na falta desta, a confederação. Poderão ser legitimadas ativas as empresas envolvidas num conflito a elas limitado ou quando da ausência de entidade sindical que as represente. O Ministério Público também detém legitimidade ativa para propor o dissídio coleti- vo, nas causas em que houver interesse público, mormente nos conflitos em que haja greve nos serviços essenciais. Todas as entidades que têm legitimação ativa, com exceção do Ministério Público, po- dem figurar no polo passivo. No dissídio interposto pelo Ministério Público do Trabalho, ambas as partes conflitan- tes figurarão no polo passivo.