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POLÍCIA MILITAR
Centro de Ensino, Formação e Aperfeiçoamento de Praças
MATO
GROSSO
DO SUL
CONCEITOS E PRINCÍPIOS
CB. KEILA
DIREITO PROCESSUAL PENAL
AÇÃO PENAL
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL
O acesso ao Poder Judiciário é direito humano fundamental, 
dispondo o art. 5.º, XXXV, da Constituição Federal, que “a lei não 
excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a 
direito”, assegurando-se a todo indivíduo a possibilidade de 
reclamar do juiz a prestação jurisdicional toda vez que se sentir 
ofendido ou ameaçado.
Por outro lado, o inciso LIX, do mesmo artigo constitucional, preceitua que 
“será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for 
intentada no prazo legal”, demonstrando que, a despeito de a ação penal, na 
esfera criminal, ser da titularidade de um órgão estatal (Ministério Público), é 
natural que, não agindo o Estado, quando lhe competir fazê-lo, resta ao 
particular-ofendido (ou seus sucessores, conforme prevê o art. 31, CPP) 
ingressar em juízo, pois nenhuma lesão será excluída da apreciação do 
magistrado.
CPP - Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por 
decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao 
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
CONCEITO DE AÇÃO PENAL
É o direito do Estado-acusação ou do ofendido de ingressar em 
juízo, solicitando a prestação jurisdicional, representada pela 
aplicação das normas de direito penal ao caso concreto. Por meio 
da ação, tendo em vista a existência de uma infração penal 
precedente, o Estado consegue realizar a sua pretensão de punir o 
infrator. Trata-se do “poder jurídico de promover a atuação 
jurisdicional a fim de que o julgador se pronuncie acerca da 
punibilidade de fatos que o titular da demanda reputa constitutivos 
do delito”. 
Segundo Fernando Capez a Ação Penal é o direito de pedir ao 
Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo a um caso 
concreto. É também o direito público subjetivo do 
Estado-Administração, único titular do poder-dever de punir, de 
pleitear ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo, com a 
consequente satisfação da pretensão punitiva.
Do crime nasce a pretensão punitiva estatal (direito material), mas 
não o direito de ação (direito processual), que preexiste à prática 
da infração penal, aliás, como demonstra o direito constitucional 
(art. 5.º, XXXV, CF). 
CF, Art. 5º, XXXV — a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito;
É justamente a pretensão (tender à atuação de um direito) de punir 
do Estado que fará movimentar a ação penal.
Entretanto, não há possibilidade de haver punição, na órbita penal, 
sem o devido processo legal, isto é, sem que o Estado ou a parte 
ofendida, exercitando o direito de ação, proporcione ao acusado o 
direito ao contraditório e à ampla defesa.
Até mesmo quando a Constituição autoriza a possibilidade de 
transação, em matéria penal, para as infrações de menor potencial 
ofensivo, pode-se falar em direito de ação, tendo em vista ser o 
fato criminoso levado ao conhecimento do Poder Judiciário, 
necessitando da homologação de eventual proposta de acordo 
feita pelo Ministério Público ao infrator.
Além disso, há a fiscalização do cumprimento do acordo, 
representando, também, a movimentação persecutória do Estado. 
Em última análise, nos casos encaminhados ao Juizado Especial 
Criminal, satisfaz o Estado a sua pretensão punitiva, pois o autor de 
crime ou contravenção termina respondendo pelo que realizou 
ilicitamente, causando lesão ou ameaça a direito de terceiro.
ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL
A classificação mais comum das ações penais se faz com base na titularidade 
do seu exercício, pois é dessa forma que o Código Penal cuida do assunto. No 
art. 100, estabelece a regra (a ação penal é pública), bem como a exceção (a 
ação penal é privativa do ofendido quando a lei expressamente indicar). No § 
1.º do mesmo artigo, fixa a subdivisão das ações públicas, indicando a regra (a 
ação será promovida pelo Ministério Público independentemente de qualquer 
autorização da parte ofendida ou de outro órgão estatal), bem como a exceção 
(a ação será promovida pelo Ministério Público caso haja autorização do 
ofendido ou do Ministro da Justiça).
CP, Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a 
declara privativa do ofendido. 
§ 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, 
quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do 
Ministro da Justiça.
§ 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido 
ou de quem tenha qualidade para representá-lo.
§ 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, 
se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal.
§ 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por 
decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao 
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
Em suma, pode-se dizer que as ações são:
a)públicas, quando promovidas pelo Ministério Público, subdivididas em:
a.1) incondicionadas, quando propostas sem necessidade de representação ou 
requisição;
a.2) condicionadas, quando dependentes da representação do ofendido ou de 
requisição do Ministro da Justiça.
A petição inicial da ação penal, quando proposta pelo Ministério Público, 
chama- se denúncia;
No caso de se tratar de ação penal privada, proposta pelo ofendido, 
denomina-se queixa (art. 100, § 2.º, CP).
CPP - Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia 
do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do 
Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver 
qualidade para representá-lo.
§ 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão 
judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, 
descendente ou irmão.
§ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou 
interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. 
Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não 
for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, 
repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do 
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no 
caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá 
intentar a ação privada.
 Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por 
decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao 
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que 
comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para promover a ação penal.
§ 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover às despesas do 
processo, sem privar-se dos recursos indispensáveis ao próprio sustento ou da 
família.
§ 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado da autoridade policial em 
cuja circunscrição residir o ofendido.
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou 
retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses 
deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador 
especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo 
juiz competente para o processo penal.
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu 
representante legal, decairá no direito de queixa ou de 
representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, 
contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, 
no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o 
oferecimento da denúncia.
CLASSIFICAÇÃO DA AÇÃOPENAL
PÚBLICA:
•Incondicionada – de exclusividade do MP (independe de manifestação de outrem).
•Condicionada – de iniciativa do Ministério Público, mas depende de representação do ofendido 
ou de requisição do Ministro da Justiça.
• PRAZO PARA A DENÚNCIA:
• Prazos comuns (art. 46 CPP)
Réu solto 15 dias.
Réu preso 05 dias Prazos Especiais
Crimes de Drogas (Lei 11.343/06), eleitoral (art. 357 Código Eleitoral): 10 dias, réu 
preso ou solto;
Crimes contra a Economia Popular: (art. 10, § 2º, Lei nº 5.521/51) 2 dias, réu 
preso ou solto;
Crime de Abuso de Autoridade (art. 13, Lei 4.898/65) 48 horas.
PRIVADA:
•Principal - iniciativa para promover a Ação Penal pertence, ao ofendido ou a seu representante 
legal.
•Personalíssima – ocorre quando somente a vítima, e mais ninguém, pode propor a ação penal 
(art. 236, CP – ocultação de impedimento para contrair casamento).
•Subsidiária da Pública – a legitimidade surge para o ofendido em razão de inércia do MP em 
promover a ação penal no prazo legal (art. 5º, LIX, CF e art. 29 CPP).
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO DE AÇÃO PENAL
Considerada a ação penal um direito, suas principais características são:
 
Direito público: a atividade jurisdicional que se pretende provocar é de natureza pública. Daí 
se dizer que a ação penal é um direito público. Mesmo nas hipóteses em que o Estado 
transfere ao ofendido a possibilidade de ingressar em juízo (v.g., em regra, nos crimes contra a 
honra), tal ação continua sendo um direito público, razão pela qual se utiliza a expressão ação 
penal de iniciativa privada – vide exemplo do art. 100, §§ 2º e 3º, do CP. Além disso, como o 
direito de ação é dirigido contra o Estado-Juiz, costuma-se usar, na peça acusatória, a 
expressão “vem oferecer denúncia em relação a Tício”, ao invés de se usar a expressão “vem 
oferecer denúncia contra Tício”. 
Direito subjetivo: o titular do direito de ação penal pode exigir do 
Estado-Juiz a prestação jurisdicional, relacionada a um caso concreto;
 
Direito autônomo: o direito de ação penal não se confunde com o 
direito material que se pretende tutelar;
 
Direito abstrato: o direito de ação existe e será exercido mesmo nas 
hipóteses em que o juiz julgar improcedente o pedido de condenação 
do acusado. Ou seja, o direito de ação independe da procedência ou 
improcedência da pretensão acusatória;
Direito determinado: o direito de ação é instrumentalmente conexo a 
um fato concreto, já que pretende solucionar uma pretensão de direito 
material;
 
Direito específico: o direito de ação penal apresenta um conteúdo, 
que é o objeto da imputação, ou seja, é o fato delituoso cuja prática é 
atribuída ao acusado.
CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL
Assim como ocorre no processo civil, também a ação penal está subordinada 
ao preenchimento de determinadas condições – são as chamadas condições da 
ação. Sem elas a inicial acusatória não poderá conduzir à instauração da relação 
processual-penal, devendo ser rejeitada de plano pelo judiciário. Neste sentido, 
dispõe o art. 395, II, do CPP que a denúncia ou queixa será rejeitada quando faltar 
condição para o exercício da ação penal. As condições da ação classificam-se em 
duas ordens:
a) Condições gerais ou genéricas;
b) Condições especiais ou específicas.
DENÚNCIA
A denúncia é a peça acusatória inicial da ação penal pública, incondicionada ou condicionada. 
Consiste em uma exposição escrita do fato caracterizado como infração penal. Dirigida à 
autoridade judiciária competente, deve ser confeccionada de forma objetiva, nela 
consignando-se a imputação de um fato típico àquele que, presumidamente, seja o responsável 
pela sua prática.
De acordo com o art. 395, I, do CPP, a denúncia será rejeitada quando for inepta. Segundo 
entendimento consolidado na doutrina e na jurisprudência pátria, inepta é a inicial que não 
contém os elementos que demonstrem a sua regularidade formal. Dessa forma, seu 
oferecimento pressupõe a observância das condições previstas no precitado art. 41 do 
Estatuto Processual, as quais consistem em:
a) Descrição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias: Como circunstâncias 
obrigatórias, reputam-se as seguintes: quando o fato foi praticado, onde ocorreu, quem o 
praticou, o motivo que o ensejou (se conhecido), os meios utilizados, o modo como foi 
cometido o delito, o malefício causado e, por fim, a explicação quanto ao contexto no qual 
perpetrado.
b) Qualificação do acusado ou elementos pelos quais se possa identificá-lo: Uma qualificação 
completa deve incorporar o prenome e o nome do acusado, sua alcunha, data de nascimento, 
nacionalidade, naturalidade, estado civil, profissão, filiação, lugar de sua residência e local de 
trabalho.
c) Classificação do crime (tipo penal infringido): A classificação do delito (ou capitulação, 
definição jurídica, artigo) deverá estar presente na denúncia, não apenas porque o art. 41 do 
CPP assim estabelece, mas também para demonstrar o enquadramento da conduta narrada a 
uma norma penal incriminadora, atendendo-se ao princípio da reserva legal (art. 1.º do CP e 
art. 5.º, XXXIX, da CF).
d) Rol de testemunhas: O rol de testemunhas, assim como a classificação do crime, é elemento 
acidental, cuja ausência não importa qualquer vício, até porque há delitos cuja prova é 
eminentemente documental.
e) Outros requisitos da denúncia: Consistem nas seguintes formalidades: A indicação do juiz ou 
Tribunal a que está sendo endereçada; O requerimento de citação do acusado para ver-se 
processar; O pedido de condenação ou de pronúncia, conforme se trate de crime de 
competência do juiz singular ou do tribunal do júri, respectivamente; O local e a data em que a 
denúncia está sendo ofertada; e A assinatura do órgão do Ministério Público que a está 
deduzindo.
QUEIXA-CRIME
A queixa-crime é a inicial da ação penal privada, seja ela exclusiva, 
personalíssima ou subsidiária da pública. Em geral, segue os 
mesmos requisitos atinentes à denúncia oferecida pelo Ministério 
Público na ação penal pública, os quais foram examinados no tópico 
anterior. Tanto que o art. 41 do CPP, ao referir-se aos requisitos 
formais da inicial do processo criminal, aduz que “a denúncia ou 
queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas 
circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos 
quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando 
necessário, o rol das testemunhas”. Na mesma linha é o disposto no 
art. 395 do CPP quando relaciona as hipóteses de rejeição da inicial 
acusatória.
Não obstante essa semelhança formal, existem algumas características que 
peculiarizam a queixa-crime e que deverão ser observadas pelo querelante por 
ocasião do ajuizamento. Consistem em:
a) Subscrição pelo próprio ofendido: possuindo capacidade postulatória (advogado 
regularmente inscrito na OAB), o ofendido pode exercer o direito de queixa 
pessoalmente.
b) Procuração com poderes especiais: fazendo-se representar por advogado, 
deverá o ofendido outorgar-lhe procuração com poderes especiais.
c) Necessidade de referência a eventuais circunstâncias agravantes: Considerando 
que o precitado dispositivo do Código de Processo Penal é limitativo aos delitos de 
ação penal pública, deduz-se, a contrario sensu, que, no caso de crime de ação 
penal privada, o reconhecimento de agravantes exige referência na queixacrime, 
sob pena de não poder o juiz considerá-las por ocasião da fixação da pena.
d) Valor da causa: ao contrário do que ocorre na denúncia oferecida pelo Ministério Público em 
relação aos crimes de ação penal pública, quando se trata de queixa-crime (salvo a subsidiária, 
pois, neste caso, está o particular atuando no lugar do Ministério Público, que não ofereceu 
denúncia no prazo legal), deve o querelante consignar o valor da causa, o que releva para fins 
de cálculo das custas. Cabe lembrar que o art. 806 do CPP, ao tratar da ação penal privada, 
estabelece que, salvo no caso de pobreza do querelante, “nenhum ato ou diligência se realizarásem que seja depositada em cartório a importância das custas”.
CONDIÇÕES GERAIS DA AÇÃO
São aquelas que devem estar presentes em qualquer ação penal, independente 
da natureza ou tipo legal infringido. Consistem em:
Possibilidade jurídica do pedido: A possibilidade jurídica do pedido 
corresponde à viabilidade de procedência da ação penal. Para tanto, é necessário 
que a conduta imputada na inicial acusatória seja descrita em lei como crime ou 
contravenção penal. Logo, esta primeira condição da ação penal exterioriza-se 
por meio da imputação de um fato típico.
Interesse de agir: O interesse de agir concerne à presença dos elementos 
mínimos que permitam ao juiz, ao refletir sobre o recebimento da denúncia ou 
queixa, concluir no sentido de que se trata de acusação factível. Tais elementos 
consistem nos indícios de autoria de que o imputado realmente é autor ou 
partícipe do fato descrito, bem como na prova da existência do crime imputado.
Legitimidade “ad causam” ativa e passiva: É necessário que a propositura da 
inicial acusatória (denúncia ou queixa) seja patrocinada pelos respectivos 
legitimados ativos – Ministério Público, ofendido ou pessoas do art. 31 do Código 
de Processo Penal conforme o caso. Lembre-se de que a legitimação ativa para o 
ingresso da ação penal possui embasamento constitucional. A Carta Política 
estabelece a legitimação privativa do Ministério Público para o ingresso da ação 
pública, nos termos da lei (art. 129, I). Entretanto, na inércia injustificada do 
promotor em ajuizar a ação penal no prazo legal, permite-se ao ofendido o ingresso 
da ação penal privada subsidiária da pública, caso em que o titular será o particular 
(art. 5.º, LIX, da CF), sem embargo da possibilidade de o Ministério Público retomar 
o polo ativo na hipótese de negligência do autor. 
 Tratando- se de ação privada, a legitimidade para dedução da ação penal será da parte 
ofendida, de quem legalmente a represente ou, no caso de ausência ou morte, de seu 
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (art. 31 do CPP), inexistindo a possibilidade de 
ser o Ministério Público autor dessa ordem de demanda. Em qualquer caso, ausente a 
legitimidade ad causam ativa, a consequência deverá ser a rejeição da denúncia ou da 
queixa pelo juiz, com fundamento no art. 395, II, do CPP (“falta de pressuposto processual 
ou condição para o exercício da ação penal”).
Por outro lado, será imprescindível, também, a existência de legitimação passiva, 
condição esta que se refere, substancialmente, ao requisito da imputabilidade 
penal no enfoque etário (idade). Destarte, apenas os maiores de 18 anos à época 
da infração penal poderão ser sujeitos passivos de um processo criminal. Os 
menores de 18 anos estão protegidos pelo art. 27 do CP e pelo art. 228 da CF. São 
objetivamente inimputáveis, sujeitando-se às medidas estabelecidas pelo Estatuto 
da Criança e do Adolescente, não lhes cabendo a imposição de penas. Note-se que 
a eventual ausência de indícios de autoria não reflete na órbita da legitimação 
passiva, e sim no âmbito interesse de agir. Da mesma forma, a questão da 
inimputabilidade por doença mental ao tempo do fato ou ao tempo da denúncia ou 
queixa não torna o denunciado parte ilegítima na ação penal, pois esta matéria é 
afeta à culpabilidade e jamais impedirá o ajuizamento da ação penal, embora possa 
interferir no prosseguimento do processo ou na natureza da sentença a ser 
prolatada.
Condições especiais da ação ou condições de procedibilidade
São aquelas que devem estar presentes em determinadas ações penais, não 
possuindo, portanto, caráter geral. Trata-se de condições específicas, de 
natureza eminentemente processual, que vinculam o próprio exercício da 
ação penal e que são exigidas em determinados casos a partir de previsão 
legal expressa.
Exemplos: Condicionamento da ação penal à prévia representação da vítima 
no crime de ameaça (art. 147, parágrafo único, do CP); Exigência de 
requisição do Ministro da Justiça para o ingresso de ação penal por crimes 
contra a honra do Presidente da República (art. 145, parágrafo único, do CP); 
Ingresso no território nacional do indivíduo que praticou crime no exterior 
(art. 7.º, § 2.º, “a”, do CP).
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL:
 
Rege-se a ação penal pública pelos seguintes princípios:
 
Princípio da obrigatoriedade: havendo indícios de autoria e 
prova da materialidade quanto à prática de um fato típico e não 
se fazendo presentes causas extintivas da punibilidade (v.g., 
morte do agente, prescrição etc.), não pode o Ministério Público, 
em tese, deixar de ajuizar a ação penal.
O conceito do princípio da obrigatoriedade da ação penal pública 
encontra-se no artigo 24 do Código de Processo Penal, e diz que o 
Ministério Público tem o dever de promover a ação penal tão só 
tenha ele notícia do crime e não existam obstáculos que o impeça 
de atuar. Assim, verificando ser a conduta típica, ilícita e culpável, o 
Ministério Público estará obrigado a oferecer a denúncia. Este 
princípio funda-se na ideia latina “nec delicta maneant impunita”, ou 
seja, nenhum crime deve ficar impune.
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por 
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o 
exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do 
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
Princípio da indisponibilidade: uma vez ajuizada a ação penal 
pública, dela não pode o Ministério Público desistir, consoante 
previsão expressa do art. 42 do CPP. Como regra, também não 
pode o promotor transigir quanto ao seu objeto. Diz-se “como 
regra” porque, assim como ocorre no tocante ao princípio da 
obrigatoriedade da ação penal pública, também o princípio da 
indisponibilidade, excepcionalmente, pode ser flexibilizado. 
Como exemplo, a proposta de suspensão condicional do 
processo, viabilizada ao Ministério Público por ocasião do 
oferecimento da denúncia, quando presentes as condições do 
art. 89 da L. 9.099/1995.
Em decorrência deste princípio, temos o princípio da 
indisponibilidade, sendo que, uma vez oferecida a denuncia 
o Ministério Público não poderá dispor da mesma, 
conforme positivado no artigo 42 do Código de Processo 
Penal;
Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.
Princípio da oficialidade: a ação penal pública incondicionada 
será deflagrada por iniciativa de órgão oficial, o Ministério 
Público, independentemente da manifestação de vontade 
expressa ou tácita de qualquer pessoa.
Excetua-se este princípio na faculdade conferida ao ofendido 
pelo art. 29 do CPP e pelo art. 5.º, LIX, da CF no sentido de ajuizar 
a ação penal privada subsidiária da pública, quando inerte o 
Ministério Público em oferecer denúncia no prazo legal.
Este princípio estabelece que o Estado tem o dever 
soberano de agir e de determinar as normas de conduta 
delituosa bem como a sanção penal correspondente, 
estando inicialmente relacionado com os princípios da 
legalidade e da obrigatoriedade. A diretriz da oficialidade 
funda-se no interesse público de defesa social.
Princípio da divisibilidade: havendo mais de um suposto autor 
do crime, nada impede que venha o Ministério Público a ajuizar a 
ação penal apenas em relação a um ou alguns deles, relegando a 
propositura quanto aos demais para momento posterior. Esse 
procedimento pode justificar-se tanto na necessidade de serem 
buscados maiores elementos para amparar o processo penal em 
relação aos investigados que não constaram no polo passivo da 
inicial, como em questão de estratégia processual. De qualquer 
modo, havendo vários indiciados no inquérito e nem todos sendo 
denunciados, esse procedimento deve ser justificado pelo 
promotor no momento do oferecimento da denúncia.
Esse princípio autoriza que, já havendo uma ação penal pública em 
face de determinado réu, será sempre possível que o MP intente 
outra ação pelo mesmo fato em face de outro acusado.
Ainda em razão do mesmo princípio, é possívelque o processo seja 
desmembrado em tantos quantos forem os réus, não sendo 
necessária a persecução penal através de uma única ação.
A posição dominante na doutrina é que à ação penal pública 
aplica-se o princípio da divisibilidade, pois o Ministério Público pode 
eleger processar apenas um dos ofensores, optando por coletar 
maiores evidências para processar posteriormente os demais.
Princípio da intranscendência: a ação penal será ajuizada, 
unicamente, contra o responsável pela autoria ou participação no 
fato típico, não havendo de incluir, obviamente, corresponsáveis 
civis, cuja ação do ponto de vista penal foi irrelevante. Decorre da 
garantia constitucional estatuída no art. 5.º, XLV, da CF, no 
sentido de que nenhuma pena passará da pessoa do condenado.
Por força do princípio da instranscendência, entende-se que a 
denúncia ou a queixa só podem ser oferecidas contra o provável 
autor do fato delituoso. A sentença penal condenatória não pode 
passar da pessoa do suposto autor do crime para incluir seus 
familiares, que nenhuma participação tiveram na infração penal. 
Aplica-se também especialmente à pena.
O Direito Penal trabalha com uma responsabilidade penal subjetiva e, 
por tal motivo, não se permite admitir a instauração de processo 
penal contra terceiro que não tenha contribuído, de qualquer forma, 
para a prática do delito, conforme preceitua o art. 29, do Código 
Penal: "Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas 
penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade".
Questões
Ano: 2024 Banca: IVIN Órgão: Prefeitura de Curuçá - PA Prova: IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Guarda Municipal
Tibúrcio saiu embriagado de um bar e passou a dirigir seu Corcel II 1979 com som em alto volume pela avenida principal de 
sua cidade. Alguns quilômetros à frente, Tibúrcio avistou Henry, um cidadão inglês desafeto seu, transitando por uma 
calçada e, com o intento de tirar-lhe a vida, acelerou e jogou o carro contra o homem, que veio a falecer três horas depois, 
no hospital, em decorrência das lesões do impacto. 
De acordo com as disposições do Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta: 
a) Em razão do falecimento de Henry, o direito de representá-lo passará ao seu cônjuge, ascendente, 
descendente ou irmão. 
b) Caso o Ministério Público não promova a ação penal contra Tibúrcio no prazo legal, aquele a quem 
couber representar Henry poderá promover ação privada no prazo de 2 (dois) anos, a contar do dia em que 
se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. 
c) Uma vez iniciada a ação penal contra Tibúrcio, cabe ao Ministério Público decidir se a continua ou dela 
desiste a qualquer momento. 
d) É vedado o arquivamento do inquérito policial, em qualquer hipótese. 
e) Tibúrcio poderá ser beneficiado por acordo de não persecução penal, pois este tipo de acordo pode ser 
realizado sempre que o Ministério Público entender conveniente, independente do crime praticado.
Ano: 2024 Banca: IVIN Órgão: Prefeitura de Curuçá - PA Prova: IVIN - 2024 - Prefeitura de Curuçá - PA - Guarda Municipal
Tibúrcio saiu embriagado de um bar e passou a dirigir seu Corcel II 1979 com som em alto volume pela avenida principal de 
sua cidade. Alguns quilômetros à frente, Tibúrcio avistou Henry, um cidadão inglês desafeto seu, transitando por uma 
calçada e, com o intento de tirar-lhe a vida, acelerou e jogou o carro contra o homem, que veio a falecer três horas depois, 
no hospital, em decorrência das lesões do impacto. 
De acordo com as disposições do Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta: 
a) Em razão do falecimento de Henry, o direito de representá-lo passará ao seu cônjuge, ascendente, 
descendente ou irmão. 
b) Caso o Ministério Público não promova a ação penal contra Tibúrcio no prazo legal, aquele a quem couber 
representar Henry poderá promover ação privada no prazo de 2 (dois) anos, a contar do dia em que se 
esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. (O ofendido tem 6 meses)
c) Uma vez iniciada a ação penal contra Tibúrcio, cabe ao Ministério Público decidir se a continua ou dela 
desiste a qualquer momento. 
d) É vedado o arquivamento do inquérito policial, em qualquer hipótese. O arquivamento do inquérito policial é possível e 
comum, geralmente ocorrendo por decisão do Ministério Público e homologação do juiz, nos casos em que não há suficiente base para a acusação.
e) Tibúrcio poderá ser beneficiado por acordo de não persecução penal, pois este tipo de acordo pode ser 
realizado sempre que o Ministério Público entender conveniente, independente do crime praticado. O crime não 
pode te sido praticado com violência ou grave ameaça; e a pena mínima deve deve ser inferior a 4 anos 
.
Ano: 2024 Banca: IBFC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: IBFC - 2024 - TRF - 5ª 
REGIÃO - Residência Judicial
A ação penal pública possui características e princípios próprios. Sobre o 
assunto, assinale a alternativa que apresente corretamente um princípio das 
ações penais públicas
a) Princípio da oportunidade
b) Princípio da oficialidade
c) Princípio da conveniência 
d) Princípio da disponibilidade
.
Ano: 2024 Banca: IBFC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: IBFC - 2024 - TRF - 5ª 
REGIÃO - Residência Judicial
A ação penal pública possui características e princípios próprios. Sobre o 
assunto, assinale a alternativa que apresente corretamente um princípio das 
ações penais públicas
a) Princípio da oportunidade
b) Princípio da oficialidade
c) Princípio da conveniência 
d) Princípio da disponibilidade
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Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Oficial de 
Justiça
Assinale a alternativa correta no que concerne à ação penal, segundo o Código de 
Processo Penal (CPP, art. 24 a 42)
a) Nos crimes de ação pública condicionada, esta será promovida por queixa do 
ofendido. 
b) Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou 
interesse da União, Estado e Município, dependerá de requisição do órgão 
ofendido.
c) A representação será retratável a qualquer momento.
d)No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, 
o direito de representação se extingue.
e) Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério 
Público.
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Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Oficial de 
Justiça
Assinale a alternativa correta no que concerne à ação penal, segundo o Código de 
Processo Penal (CPP, art. 24 a 42)
a) Nos crimes de ação pública condicionada, esta será promovida por queixa do 
ofendido. Art. 24.  Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da 
Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
b) Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou 
interesse da União, Estado e Município, dependerá de requisição do órgão 
ofendido. Art. 24. § 2 Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública.
c) A representação será retratável a qualquer momento. Art. 25.  A representação será irretratável, depois de 
oferecida a denúncia (na Lei Maria da Penha é possível a retratação até o RECEBIMENTO da denúncia)
d)No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, 
o direito de representação se extingue. Art. 24. § 1   No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o 
direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
e) Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério 
Público.
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Ano: 2023 Banca: Quadrix Órgão: CRM-TO Prova: Quadrix - 2023 - CRM-TO – 
Advogado
Em relação ao direito penal e ao direito processual penal, julgue o item:
Na ação penal privada e na pública condicionada à representação, ocorre a 
perempção, se não for promovido o andamentodo processo durante trinta dias 
seguidos.
Alternativas
Certo
Errado
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Ano: 2023 Banca: Quadrix Órgão: CRM-TO Prova: Quadrix - 2023 - CRM-TO – 
Advogado
Em relação ao direito penal e ao direito processual penal, julgue o item:
Na ação penal privada e na pública condicionada à representação, ocorre a 
perempção, se não for promovido o andamento do processo durante trinta dias 
seguidos.
Alternativas
Certo
Errado
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Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: TJ-SE Prova: FGV - 2023 - TJ-SE - Técnico Judiciário - Especialidade - Área Administrativa – 
Judiciária
João, maior e capaz, vítima do crime de estelionato, comparece à Delegacia de Polícia e exerce o direito de 
representação. Assim sendo, a autoridade policial dá início às investigações, logrando identificar o responsável pela 
prática da infração penal. Em seguida, os autos são remetidos ao Ministério Público, que oferece denúncia em face do 
suposto autor do fato.
A peça acusatória é recebida pelo juízo competente e o processo segue o curso natural. Por ocasião da audiência de 
instrução e julgamento, o ofendido afirma que gostaria de se retratar da representação outrora oferecida.
Nesse cenário, considerando a manifestação da vítima e as disposições do Código de Processo Penal, é correto afirmar 
que o processo: 
a) será extinto, em razão da retratação do direito de representação, a qual pode ocorrer até o trânsito em julgado da 
sentença penal condenatória;
b) será extinto, em razão da retratação do direito de representação, a qual pode ocorrer até o encerramento da 
instrução processual;
c) prosseguirá, considerando que a representação é irretratável, depois de recebida a denúncia;
d) prosseguirá, considerando que a representação é irretratável, depois de oferecida a denúncia;
e) prosseguirá, considerando que a representação, uma vez exercida, é irretratável.
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Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: TJ-SE Prova: FGV - 2023 - TJ-SE - Técnico Judiciário - Especialidade - Área Administrativa – 
Judiciária
João, maior e capaz, vítima do crime de estelionato, comparece à Delegacia de Polícia e exerce o direito de 
representação. Assim sendo, a autoridade policial dá início às investigações, logrando identificar o responsável pela 
prática da infração penal. Em seguida, os autos são remetidos ao Ministério Público, que oferece denúncia em face do 
suposto autor do fato.
A peça acusatória é recebida pelo juízo competente e o processo segue o curso natural. Por ocasião da audiência de 
instrução e julgamento, o ofendido afirma que gostaria de se retratar da representação outrora oferecida.
Nesse cenário, considerando a manifestação da vítima e as disposições do Código de Processo Penal, é correto afirmar 
que o processo: 
a) será extinto, em razão da retratação do direito de representação, a qual pode ocorrer até o trânsito em julgado da 
sentença penal condenatória;
b) será extinto, em razão da retratação do direito de representação, a qual pode ocorrer até o encerramento da 
instrução processual;
c) prosseguirá, considerando que a representação é irretratável, depois de recebida a denúncia;
d) prosseguirá, considerando que a representação é irretratável, depois de oferecida a denúncia;
e) prosseguirá, considerando que a representação, uma vez exercida, é irretratável.
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Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: TJ-ES Prova: FGV - 2023 - TJ-ES - Juiz Substituto
Luís foi denunciado pelo Ministério Público em razão da prática do delito de roubo agravado 
pelo uso de arma. Contudo, a denúncia não expôs a conduta criminosa de Luís com todas as 
suas circunstâncias, tampouco especificou a arma utilizada para o cometimento do delito.
Diante desse cenário, é correto afirmar que a denúncia deve ser:
a) recebida pelo juiz, devendo o Ministério Público emendá-la após a instrução;
b) rejeitada parcialmente, podendo o juiz emendá-la na decisão de recebimento;
c) recebida pelo juiz, devendo o Ministério Público emendá-la logo após a resposta do 
acusado;
d) rejeitada liminarmente pelo juiz, em razão de sua manifesta inépcia;
e) rejeitada parcialmente, podendo o juiz emendá-la quando da prolação da sentença.
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Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: TJ-ES Prova: FGV - 2023 - TJ-ES - Juiz Substituto
Luís foi denunciado pelo Ministério Público em razão da prática do delito de roubo agravado 
pelo uso de arma. Contudo, a denúncia não expôs a conduta criminosa de Luís com todas as 
suas circunstâncias, tampouco especificou a arma utilizada para o cometimento do delito.
Diante desse cenário, é correto afirmar que a denúncia deve ser:
a) recebida pelo juiz, devendo o Ministério Público emendá-la após a instrução;
b) rejeitada parcialmente, podendo o juiz emendá-la na decisão de recebimento;
c) recebida pelo juiz, devendo o Ministério Público emendá-la logo após a resposta do 
acusado;
d) rejeitada liminarmente pelo juiz, em razão de sua manifesta inépcia;
e) rejeitada parcialmente, podendo o juiz emendá-la quando da prolação da sentença.
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Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: TJ-ES Prova: FGV - 2023 - TJ-ES - Juiz Substituto
Paolo ajuizou ação penal de iniciativa privada em face de Franco. Após regular instrução 
criminal, em suas alegações finais, Paolo deixou de formular o pedido de condenação em 
face de Franco, fazendo apenas um breve relato dos fatos. 
Na hipótese, é correto afirmar que ocorreu:
a) a decadência do direito de queixa, com a consequente extinção da punibilidade de Franco;
b) o perdão tácito, com a consequente extinção da punibilidade de Franco; 
c) a renúncia tácita, não se verificando a extinção da punibilidade de Franco;
d) a renúncia expressa, não se verificando a extinção da punibilidade de Franco;
e) a perempção, com a consequente extinção da punibilidade de Franco.
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Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: TJ-ES Prova: FGV - 2023 - TJ-ES - Juiz Substituto
Paolo ajuizou ação penal de iniciativa privada em face de Franco. Após regular instrução 
criminal, em suas alegações finais, Paolo deixou de formular o pedido de condenação em 
face de Franco, fazendo apenas um breve relato dos fatos. 
Na hipótese, é correto afirmar que ocorreu:
a) a decadência do direito de queixa, com a consequente extinção da punibilidade de Franco;
b) o perdão tácito, com a consequente extinção da punibilidade de Franco; 
c) a renúncia tácita, não se verificando a extinção da punibilidade de Franco;
d) a renúncia expressa, não se verificando a extinção da punibilidade de Franco;
e) a perempção, com a consequente extinção da punibilidade de Franco.
CENTRO DE ENSINO, FORMAÇÃO 
E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS
CEFAP

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