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Luiz Gonzaga de Mello Belluzo 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CONJUNTURA DA OBRA: 
“VALOR E CAPITALISMO: UM ENSAIO SOBRE A ECONOMIA POLITICA” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SÃO PAULO 
2023 
 
 
 
 
Ciências Econômicas – Noturno. 
UNIP - Chácara Santo Antônio - Campus III. 
Turma: CE1P40 
Fernanda de Souza Silva – N862769. 
Raony Santos – G092180. 
Sthephany da Silva Marinho dos Santos – N869674. 
Vinicius Raiel – T919JDO. 
 
 
Luiz Gonzaga Mello Belluzo 
 
 
 
VALOR E CAPITALISMO: UM ENSAIO SOBRE A ECONOMIA POLITICA 
 
 
 
 
Atividade Pratica Supervisionada 
apresentado a universidade paulista – UNIP – 
como parte dos requisitos para a obtenção do 
título de bacharel em economia 
 
Orientador: Prof. Regiane Wochler 
 
 
 
 
 SÃO PAULO 
2023 
 
 
 
 
SUMARIO 
 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 4 
2 RELAÇÃO DA TEORIA DO VALOR DE ADAM SMITH, DAVID RICARDO E KARL 
MARX DISCORRIDA POR BELLUZO NO LIVRO “VALOR E CAPITALISMO: UM 
ENSAIO SOBRE A ECONOMIA POLITICA” ............................................................ 5 
2.1 Adam Smith ............................................................................................................ 5 
2.2 David Ricardo ......................................................................................................... 6 
2.3 Karl Marx .................................................................................................................. 8 
CONCLUSÃO.............................................................................................................9 
BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, economista e professor brasileiro nascido em 
1942 na cidade de Campinas - SP, é uma figura notável no cenário acadêmico e político 
do Brasil. Ao longo de sua carreira, Belluzzo desempenhou papéis significativos, 
incluindo a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
(BNDES) e diversos outros cargos no governo federal. No entanto, ele se destaca não 
apenas por suas realizações institucionais, mas também por sua visão econômica 
heterodoxa e crítica em relação às políticas neoliberais, que influenciou profundamente 
o entendimento do desenvolvimento econômico e inclusão social no Brasil. Belluzzo não 
hesita em apresentar insights filosóficos e quânticos em suas obras como nos livros: 
 "Desenvolvimento e Crise no Brasil" (1980): que aborda a economia brasileira, 
suas crises e desafios de desenvolvimento. 
"Ensaios sobre o Capitalismo no Século XX" (1999): Analisa o capitalismo no 
século XX, incluindo globalização e financeirização. 
"O Príncipe Moderno" (2006): Explora a relação entre Maquiavel e economia, 
destacando a interligação entre política e economia. 
Belluzzo está sempre questionando as verdades estabelecidas em nosso mundo 
sociopolítico e como essas crenças moldam as nossas vidas. 
Este estudo de conjuntura visa explorar o contexto histórico no qual Luiz Gonzaga 
Belluzzo escreveu a sua obra: "Valor e Capitalismo: Um Ensaio sobre Economia 
Política."(1980. Vol 01). Que explica a compreensão da realidade social, no que cerne ao 
comportamento mental e emocional nas relações humanas examinando a profundidade 
de sua reflexão filosófica e econômica e os impactos delas no cotidiano. 
Embora tenhamos selecionado um de muitos outros seus livros para análise, 
reconhecemos que a riqueza de sua carreira acadêmica oferece um amplo campo de 
exploração. Nosso estudo se concentra na teoria do valor, citada em sua obra, 
explorando suas influências, notadamente aquelas advindas dos pensadores 
econômicos Adam Smith, David Ricardo e Karl Marx, cujas ideias de Belluzzo integram 
 
 
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em seu pensamento crítico. Um tema de grande importância que ilumina as complexas 
relações entre o comportamento humano e a economia. 
Assim, o objetivo deste estudo de conjuntura consistirá na análise do contexto 
histórico e intelectual que moldou o pensamento de Luiz Gonzaga Belluzzo e sua visão 
econômica crítica. Dessa forma, esse estudo também proporcionará uma compreensão 
mais profunda das raízes teóricas que norteiam o pensamento de Luiz Gonzaga na 
economia política. 
 
2 RELAÇÃO DA TEORIA DO VALOR DE ADAM SMITH, DAVID RICARDO E 
KARL MARX DISCORRIDA POR BELLUZO NO LIVRO “VALOR E CAPITALISMO: UM 
ENSAIO SOBRE A ECONOMIA POLITICA” 
 
2.1 Adam Smith 
 
Com o intuito de fazer jus as nossas promessas, discorreremos sobre as 
influências filosóficas que contribuíram para a formação da teoria do valor do trabalho. 
Adam Smith foi o primeiro pensador clássico que voltou sua atenção para as nuances 
das divisões do trabalho e como isso poderia impactar no enriquecimento das nações. 
Esse pensamento não só o colocaria em uma posição única, como fez com que seus 
sucessores se debruçassem em estudos profundos sobre o tema, que perduram até hoje. 
Considerando o legado ou os rastros que o feudalismo e o mercantilismo nos 
deixaram, Smith se persuadiu a considerar que o processo de produção poderia ser 
reduzido a uma série de esforços humanos e que o único ativo do trabalho é sua mão de 
obra. Além disso, constatou que a riqueza de uma pessoa estava intrinsecamente ligada 
à quantidade de trabalho que ela poderia realizar ou à sua capacidade de adquirir bens 
por meio do trabalho de outras pessoas. Ele enfatizava que o valor de troca de todos os 
tipos de bens trabalho estava fundamentado na quantidade de trabalho envolvida em sua 
produção. Portanto, quanto mais trabalho alguém pudesse realizar ou trocar por bens, 
mais rico ele seria. 
Dedicou-se em explicar que o valor de troca de todos os tipos de bens se baseava 
na quantidade de trabalho envolvida na produção e que seria necessário considerar a 
 
 
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mão de obra direta- que produz o produto final- e indireta- que produz o maquinário. 
Portanto, defendia a importância da divisão do trabalho e da troca de produtos como 
elementos essenciais para atender às necessidades de todos na sociedade. Ele via na 
especialização das tarefas a maneira de aumentar a eficiência produtiva e, por 
consequência, a prosperidade de uma nação. 
O economista propunha que quando os produtores excediam sua própria demanda 
de produtos, poderiam estabelecer trocas com outros produtores. Essas transações 
ocorreriam em um ambiente de mercado livre, no qual as forças de oferta e demanda 
determinariam os preços dos produtos. Smith salientava a importância da competição e 
da busca pelo lucro como impulsionadores do desenvolvimento econômico. Essa 
doutrina desempenha um papel crucial na teoria econômica denominada como 
liberalismo clássico, que teve influência significativa na formação das bases econômicas 
das sociedades industriais contemporâneas. Além disso, é relevante ressaltar que atrelou 
os salários, os lucros e as rendas das terras a fontes de valor agregado. O pensador via 
o lucro como uma recompensa justa pelo risco e esforço dos empresários. Para ele, o 
lucro desempenhava um papel fundamental na promoção da atividade econômica, 
incentivando os empreendedores a investir, inovar e expandir seus negócios. 
Em resumo, as ideias de Adam Smith enfatizam a importância do trabalho, da 
especialização, da troca e do lucro como elementos centrais para o crescimento 
econômico e a criação de riqueza em uma sociedade. 
 
2.2 David Ricardo 
Neste tópico, examinamos a influência de David Ricardo na teoria econômica, com 
ênfase em sua concepção do valor-trabalho. Ricardo fundamenta sua abordagem na 
ideia de que o valor de uma mercadoria é determinado pelo tempo de trabalho necessário 
para produzi-la, introduzindo o conceito de "trabalho socialmente necessário."Ao 
analisarmos esta teoria, identificamos diversos tipos de excedentes associados à visão 
de Ricardo, como o excedente do valor na renda diferencial da terra, o excedente do 
produtor e consumidor, e o excedente do comércio internacional. 
 
 
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David Ricardo, em sua visão clássica, deixou uma contribuição substancial para a 
teoria econômica, destacando-se o conceito central do valor-trabalho. Dentro dessa 
teoria, podemos identificar aspectos relacionados a distintos excedentes. 
A teoria de Ricardo, que se baseia no tempo de trabalho necessário para a 
produção de mercadorias, implica que o excedente do valor representa a diferença entre 
o valor de troca de uma mercadoria no mercado e o tempo de trabalho socialmente 
necessário para sua produção. A especificidade desse excedente é notória na teoria da 
renda da terra, onde Ricardo argumenta que terras mais férteis geram um excedente de 
valor na forma de uma renda superior para os proprietários. 
Ao considerarmos a relação entre produtores e consumidores, o excedente do 
valor também se manifesta nos conceitos de excedente do produtor (diferença entre 
preço de mercado e custos de produção) e excedente do consumidor (diferença entre 
valor percebido e preço de mercado). 
Na visão de Ricardo, o excedente do valor se reflete no benefício que os países 
obtêm ao se envolverem no comércio internacional. Mesmo que um país seja menos 
eficiente na produção, ambos podem experimentar um excedente ao se especializarem 
nas áreas em que têm vantagens comparativas. 
Mesmo que o termo "excedente do valor" possa não ser utilizado por Ricardo, a 
análise destes conceitos dentro do contexto de sua teoria econômica identifica áreas em 
que excedentes possam ocorrer. Esses excedentes sejam na renda diferencial da terra, 
na produção, ou no comércio internacional, estão ligados às ideias fundamentais de 
Ricardo sobre o valor na economia. 
Em resumo, a análise dos diversos excedentes na teoria de David Ricardo 
proporciona uma compreensão ampla dos benefícios nas interações econômicas. Os 
conceitos explorados evidenciam a relevância constante da teoria “Ricardiana” no 
pensamento econômico contemporâneo, especialmente no contexto da distribuição de 
renda, formação de preços, e comércio internacional. Nesse estudo destacamos a 
complexidade e interconexão das ideias de Ricardo, enriquecendo nossa compreensão 
das dinâmicas econômicas. 
2.3 Karl Marx 
 
 
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Por fim, temos as influências de Karl Marx, que acreditamos ser a ideologia que 
mais cativou Belluzzo. Para Marx, o trabalho é uma substancia social e o valor de uma 
mercadoria é determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário para produzi-
la. Partindo do pressuposto que a mercadoria é o centro de todas a relações sociais 
Marx, se mostrando contrário aos seus antecessores, verificou que havia um novo 
valor, pois se pegássemos qualquer meio de produção e incidisse nele outra mercadoria 
(A força de trabalho medida em tempo) teríamos ao fim do processo uma mercadoria 
com mais valor do que no início. Sendo assim, a lógica do lucro do capitalista era injusta, 
pois a resultante era que o tempo de trabalho se decompunha em duas partes: pelo qual 
o capitalista paga um equivalente, o salário, e outra que o trabalhador entrega, uma 
gratuitamente, e que constitui o lucro. Ou seja, o lucro ou o tempo de trabalho daquela 
mercadoria não era repassado para o trabalhador. 
Podemos afirmar de modo superficial que Marx considerava que valor de trabalho 
era soma dos valores de tudo que você precisava para existir e considerando que o 
trabalhador tem participação ativa nos meios de produção, deveria obter participação dos 
lucros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
CONCLUSÃO 
 
Conclui-se que ao examinar as contribuições de Adam Smith, David Ricardo e Karl 
Marx à teoria do valor-trabalho, podemos identificar uma evolução notável no 
pensamento econômico, especialmente quando consideramos a perspectiva 
apresentada por Luiz Gonzaga Belluzzo em sua obra "Valor e Capitalismo: Um Ensaio 
sobre a Economia Política". A análise de Belluzzo, em relação a estes três pensadores, 
amplia a compreensão das dinâmicas econômicas, fornecendo uma base sólida para a 
reflexão contemporânea. 
Adam Smith, com seu enfoque nas divisões do trabalho, especialização e lucro, 
desenha as bases para o entendimento moderno da economia de mercado, um ponto 
crucial que Belluzzo explora em seu trabalho. A ênfase de Smith na importância do 
trabalho e na competição, como impulsionadores do desenvolvimento econômico. 
David Ricardo, como apresentado por Belluzzo, traz uma abordagem mais 
refinada ao introduzir o conceito de "trabalho socialmente necessário" e explorar diversos 
excedentes associados. A complexidade dessas ideias destaca a riqueza analítica que 
Belluzzo pode explorar em seu ensaio, iluminando facetas importantes da teoria 
econômica “Ricardiana”. 
A influência de Karl Marx, como interpretada por Belluzzo, destaca a crítica 
contundente ao sistema capitalista, enfatizando a exploração inerente ao processo 
produtivo. As reflexões de Marx sobre o valor do trabalho e a injustiça do lucro capitalista 
oferecem um contraponto crucial nas análises de "Valor e Capitalismo". 
Dentro do contexto da obra de Belluzzo, a convergência e divergência entre esses 
pensadores clássicos ressoam, proporcionando uma rica tapeçaria de ideias. A 
interconexão entre as teorias de Smith, Ricardo e Marx, tal como abordadas por Belluzzo, 
continua a moldar os debates econômicos contemporâneos, destacando a relevância 
contínua desses fundamentos na compreensão do capitalismo e da dinâmica econômica. 
 
 
 
 
 
 
10 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
Livro: BELLUZO, LUIZ. Valor e capitalismo: Um ensaio sobre a economia política. 
3 ed. Campinas,SP. UNICAMP. IE. 1998. 
Gonzaga Mello Belluzo, Luiz. Entrevista com Luiz Gonzaga Mello Belluzo. 
Eco,unicamp São Paulo. Disponivem em: . Acesso em:11 de 
novembro de 2014

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