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Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ SUMÁRIO LÍNGUA PORTUGUESA.............................................................................................................................4 1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS....................................................4 1.1 Conceitos Básicos..................................................................................................4 1.2 Análise de Figuras de Linguagem..........................................................................5 1.3 Sentido Conotativo e Denotativo..........................................................................12 QUESTÕES E GABARITO 1.................................................................................................16 2 TIPOLOGIA TEXTUAL..................................................................................................21 2.1 Introdução............................................................................................................ 21 2.2 Tipos de Texto...................................................................................................... 21 2.3 Características e Estrutura de Cada Tipo de Texto..............................................22 2.4 Funções de Linguagem........................................................................................23 3 ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA................................................. 29 3.1 Acento Agudo (´).................................................................................................. 29 3.2 Acento Circunflexo (^).......................................................................................... 29 3.3 Acento Grave (`)...................................................................................................29 3.4 Acento Diferencial................................................................................................ 29 3.5 Acento em Hiatos................................................................................................. 30 3.6 Trema................................................................................................................... 30 3.7 Palavras Oxítonas................................................................................................ 30 3.8 Palavras Paroxítonas........................................................................................... 30 3.9 Palavras Proparoxítonas...................................................................................... 31 3.10 O uso dos porquês............................................................................................. 31 4 EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE......................................................... 35 4.1 Introdução............................................................................................................ 35 4.2 Regras Básicas de Emprego da Crase................................................................ 35 5 EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS................................................................ 44 5.1 Substantivo:..........................................................................................................45 5.2 Adjetivo:................................................................................................................46 5.3 Artigo:................................................................................................................... 47 5.4 Pronome:..............................................................................................................48 5.5 Verbo:................................................................................................................... 52 5.6 Advérbio:.............................................................................................................. 60 5.7 Preposição:.......................................................................................................... 62 5.8 Conjunção:........................................................................................................... 63 9. Interjeição:..............................................................................................................67 10. Numeral................................................................................................................68 Sintaxe da Oração:.....................................................................................................73 Análise da Sintaxe:.....................................................................................................74 Sintaxe do Período:....................................................................................................77 Período Composto..................................................................................................... 79 Orações Subordinadas Adjetivas............................................................................... 81 2 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ E por fim, temos as Orações Subordinadas Adverbiais:............................................85 Orações Coordenadas............................................................................................... 88 Introdução.................................................................................................................. 97 Regras básicas para o uso correto da vírgula............................................................98 Ponto e vírgula......................................................................................................... 100 Concordância verbal................................................................................................ 107 Lista de regência dos verbos mais cobrados em provas......................................... 121 Regência nominal.....................................................................................................124 Introdução................................................................................................................ 130 Denotação e Conotação...........................................................................................130 Polissemia e Homonímia..........................................................................................130 Sinonímia e Antonímia............................................................................................. 131 Campo Semântico e Campo Lexical........................................................................ 131 Introdução................................................................................................................ 140 Princípios Fundamentais da Redação Oficial.......................................................... 140 Estrutura dos Documentos Oficiais.......................................................................... 141 Características e Padrões de Linguagem................................................................ 141 Tipos de Documentos Oficiais..................................................................................141 3 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ LÍNGUA PORTUGUESA 1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. Importância da Compreensão e Interpretação de Textos em Concursos Públicos: A habilidade de compreender e interpretar textos é crucial para o entendimento das questões epara a produção de respostas precisas. Além disso, a comunicação eficaz é uma competência essencial no ambiente profissional, sendo frequentemente avaliada em concursos. 1.1 Conceitos Básicos Compreensão vs Interpretação: Compreensão refere-se à apreensão do sentido literal do texto, enquanto interpretação envolve a análise crítica, considerando o contexto e as intenções do autor. 1.1.1 Tipos de Textos: ● Narrativo: Conta uma história. ● Descritivo: Detalha características de algo. ● Argumentativo: Defende uma tese. ● Expositivo: Apresenta informações de forma objetiva. 1.1.2 Elementos Estruturais dos Textos: ● Introdução, desenvolvimento e conclusão. ● Parágrafos e suas funções. ● Pontuação e sua influência na compreensão. 1.1.3 Estratégias de Leitura Eficiente Leitura Global e Leitura Detalhada: A leitura global fornece uma visão geral, enquanto a leitura detalhada destaca elementos específicos. Identificação de Palavras-Chave: Destacar termos essenciais para a compreensão do texto. 4 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ Uso de Subtítulos e Títulos: Auxiliam na identificação do tema central. 1.1.4 Habilidades de Leitura Identificação de Ideias Principais e Secundárias: Essencial para a compreensão hierárquica do texto. 4.2 Reconhecimento de Conectores Textuais: Pontes entre as ideias, facilitando a coesão textual. 4.3 Inferência e Pressuposição: Capacidade de deduzir informações não explicitamente fornecidas. 1.2 Análise de Figuras de Linguagem 1.2.1 Figuras de Linguagem: 1.2.1.1 Metáfora: Definição: A metáfora é uma figura de linguagem que consiste na transferência de significado de uma palavra para outra, estabelecendo uma relação de semelhança entre elas. Exemplo: Seu sorriso é um raio de sol. (A comparação entre o sorriso e um raio de sol sugere a ideia de luminosidade e alegria.) 5 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 1.2.1.2 Metonímia: Definição: A metonímia é uma figura de linguagem em que há uma substituição de um termo por outro com o qual mantém uma relação de proximidade, seja de causalidade, parte-todo, entre outros. Exemplo: O Brasil venceu a partida. (Nesse caso, "Brasil" substitui a seleção brasileira de futebol.) 1.2.1.3 Ironia: Definição: A ironia é uma figura de linguagem em que se expressa uma ideia contrária àquilo que se pretende comunicar, geralmente de forma sarcástica. Exemplo: Que maravilha! Perdi a chave do carro bem na hora de sair. (A expressão "Que maravilha" é usada ironicamente para expressar uma situação desagradável.) 1.2.1.4 Hipérbole: Definição: A hipérbole é uma figura de linguagem que consiste na ampliação exagerada de uma ideia, visando enfatizar ou intensificar a mensagem. 6 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ Exemplo: Estou morrendo de sono. (A expressão "morrendo de sono" é uma hipérbole que enfatiza o cansaço.) 1.2.1.5 Aliteração É a repetição intencional e artística de sons consonantais iguais ou semelhantes no início de palavras próximas ou em sílabas adjacentes, usada para criar um efeito sonoro específico, reforçar o ritmo ou enfatizar uma ideia. Exemplo: "Vovô viu a uva" (repetição do som "v"). 1.2.1.6 Polissíndeto Consiste no uso repetido de conjunções coordenativas (como "e", "mas", "ou") para ligar orações ou termos da mesma oração, dando uma sensação de acúmulo, ênfase ou intensidade. Exemplo: "E chora, e ri, e sofre, e desabafa." 7 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 1.2.1.7 Elipse É a omissão de um termo ou de uma palavra que é facilmente subentendida pelo contexto, mas não é explicitamente mencionada, visando à concisão ou ao dinamismo da frase. Exemplo: "Naquele momento, silêncio; ninguém falou nada." (omissão do verbo "havia" antes de "silêncio"). 1.2.1.8 Hipérbato Refere-se à inversão da ordem direta dos termos na oração ou das orações no período, alterando a sequência convencional de sujeito, verbo e complementos para produzir um efeito estético ou enfático. 8 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ Exemplo: "Das profundezas da terra, o grito dos sem voz se ouvia." 1.2.1.9 Silepse É uma figura de construção que ocorre quando a concordância é feita com a ideia que se tem em mente, e não com as palavras que estão escritas ou pronunciadas, podendo ser de gênero, número ou pessoa. Exemplo: "Os brasileiros somos otimistas por natureza." (silepse de pessoa). 1.2.1.10 Anacoluto Caracteriza-se pela interrupção da sequência lógica da frase, deixando uma estrutura frasal incompleta ou abandonada, seguida pelo retomada do pensamento de maneira diferente. Funciona como uma quebra na construção gramatical que expressa hesitação, emoção ou enfatiza uma ideia. Exemplo: "Essa sua amiga, não sei não, parece suspeita." 9 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 1.2.1.11 Pleonasmo Trata-se do uso redundante de palavras ou expressões com o objetivo de reforçar uma ideia, seja por ênfase ou clareza. Pode ser considerado um vício de linguagem quando involuntário, mas é frequentemente utilizado como recurso estilístico. Exemplo literário: "Vi commeus próprios olhos." 1.2.1.12 Eufemismo O eufemismo é a substituição de uma expressão ou palavra considerada desagradável, rude ou indelicada por outra mais suave ou menos impactante. É usado para abordar temas delicados de forma mais leve. Exemplo: Dizer "Ele faleceu" em vez de "Ele morreu". 10 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 1.2.1.13 Prosopopeia ou Personificação A prosopopeia, também conhecida como personificação, consiste em atribuir características, ações ou sentimentos humanos a animais, objetos inanimados ou ideias abstratas. É utilizada para criar imagens poéticas ou dar vida a elementos não humanos. Exemplo: "O vento sussurrava segredos entre as árvores." 1.2.1.14 Catacrese A catacrese é uma figura de linguagem que consiste no uso de uma palavra em um contexto que não corresponde ao seu significado original, geralmente por não existir um termo específico para aquela situação ou objeto. Funciona como uma metáfora desgastada pelo uso. Exemplo: "Pé da mesa" (onde "pé" é usado fora de seu contexto original, pois mesas não têm pés biológicos). 1.2.1.15 Litotes Litotes é uma figura de linguagem que utiliza a negação do contrário do que se quer afirmar, servindo como uma forma de subentendimento ou ironia suave. É uma maneira de expressar uma ideia deforma indireta, através da afirmação de seu oposto negativo, muitas vezes para suavizar uma declaração. 11 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ Exemplo: "Não é nada mau" para indicar que algo é bom. 1.3 Sentido Conotativo e Denotativo CONOTAÇÃO: 12 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ DENOTAÇÃO: 13 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ Questões É preciso voltar a gostar do Brasil Muitos motivos se somaram, ao longo da nossa história, para dificultar a tarefa de decifrar, mesmo imperfeitamente, o enigma brasileiro. Já independentes, continuamos a ser um animal muito estranho no zoológico das nações: sociedade recente, produto da expansão européia, concebida desde o início para servir ao mercado mundial, organizada em torno de um escravismo prolongado e tardio, única monarquia em um continente republicano, assentada em uma extensa base territorial situada nos trópicos, com um povo em processo de formação, sem um passado profundo onde pudesse ancorar sua identidade. Que futuro estaria reservado para uma nação assim? Durante muito tempo, as tentativas feitas para compreender esse enigma e constituir uma teoria do Brasil foram, em larga medida, infrutíferas. Não sabíamos fazer outra coisa senão copiar saberes da Europa (...) Enquanto o Brasil se olhou no espelho europeu só pôde construir uma imagem negativa e pessimista de si mesmo, ao constatar sua óbvia condição não-européia. Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse. Porém, só na década de 1930, depois de mais de cem anos de vida independente, começamos a puxar consistentemente o fio da nossa própria meada. Devemos ao conservador Gilberto Freyre, em 1934, com Casa-grande & Senzala, uma revolucionária releitura do Brasil, visto a partir do complexo do açúcar e à luz da moderna antropologia cultural, disciplina que então apenas engatinhava. (...) Freyre revirou tudo de ponta-cabeça, realizando um tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios dentro da formação social brasileira. (...) A colonização do Brasil, ele diz, não foi obra do Estado ou das demais instituições formais, todas aqui muito fracas. Foi obra da família patriarcal, em torno da qual se constituiu um modo de vida completo e específico. (...) Nada escapa ao abrangente olhar investigativo do antropólogo: comidas, lendas, roupas, cores, odores, festas, canções, arquitetura, sexualidade, superstições, costumes, ferramentas e técnicas, palavras e expressões de linguagem. (...) Ela (a singularidade da experiência brasileira) não se encontrava na política nem na economia, muito menos nos feitos dos grandes homens. Encontrava-se na cultura, obra coletiva de gerações anônimas. (...) Devemos a Sérgio Buarque, apenas dois anos depois, com Raízes do Brasil, um instigante ensaio - "clássico de nascença", nas palavras de Antônio Cândido - que tentava 14 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ compreender como uma sociedade rural, de raízes ibéricas, experimentaria o inevitável trânsito para a modernidade urbana e "americana" do século 20. Ao contrário do pernambucano Gilberto Freyre, o paulista Sérgio Buarque não sentia nostalgia pelo Brasil agrário que estava se desfazendo, mas tampouco acreditava na eficácia das vias autoritárias, em voga na década de 1930, que prometiam acelerar a modernização pelo alto. Observa o tempo secular da história. Considera a modernização um processo. Também busca a singularidade do processo brasileiro, mas com olhar sociológico: somos uma sociedade transplantada, mas nacional, com características próprias. (...) Anuncia que "a nossa revolução" está em marcha, com a dissolução do complexo ibérico de base rural e a emergência de um novo ator decisivo, as massas urbanas. Crescentemente numerosas, libertadas da tutela dos senhores locais, elas não mais seriam demandantes de favores, mas de direitos. No lugar da comunidade doméstica, patriarcal e privada, seríamos enfim levados a fundar a comunidade política, de modo a transformar, ao nosso modo, o homem cordial em cidadão. O esforço desses pensadores deixou pontos de partida muito valiosos, mesmo que tenham descrito um país que, em parte, deixou de existir. O Brasil de Gilberto Freyre girava em torno da família extensa da casa-grande, um espaço integrador dentro da monumental desigualdade; o de Sérgio Buarque apenas iniciava a aventura de uma urbanização que prometia associar-se a modernidade e cidadania. BENJAMIN, César. Revista Caros Amigos. Ano X, no 111. jun. 2006. (adaptado) Como esse assunto é cobrado em concursos? QUESTÕES E GABARITO 1 01) Segundo o texto, o "...tremendo resgate do papel civilizatório de negros e índios dentro da formação social brasileira." (l. 29-30) refere-se: a) à influência das culturas indígena e negra na civilização ibérica. b) à influência destas etnias na constituição da cultura brasileira. c) às interferências ibéricas na formação destas etnias. d) às dificuldades que estes povos criaram para a formação social brasileira. 15 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ e) ao massacre sofrido por estes povos no processo colonizador. 02) O autor enaltece as teorias de Freyre e Buarque "mesmo que tenham descrito um país que, em parte, deixou de existir." (l. 69-70). Segundo o texto, o país, em parte, deixou de existir em virtude de: a) diferentes colonizações na sua história. b) erros na decifração do enigma brasileiro. c) inevitáveis mudanças ao longo da história. d) equívocos na construção da cultura. e) dificuldades encontradas pelos antropólogos. 03) Para Sérgio Buarque, "as massas urbanas" (l. 61) representam o(a): a) sinal de liberdade dos senhores locais. b) empecilho à decifração do enigma brasileiro. c) resultado da colonização de raízes ibéricas. d) produto de transformações feitas pela "nossa revolução". e) demonstração do autoritarismo em voga na década de 30. 04) O termo destacado em "...um espaço integrador dentro da monumental desigualdade;" (l. 71-72) faz contraponto com o(a): a) processo autoritário de modernização. b) contraste econômico entre o campo e a cidade. c) comunidade doméstica patriarcal. d) estratificação social da casa-grande. e) construção da cidadania decorrente da urbanização. 05) O fragmento "somos uma sociedade transplantada, mas nacional, com características próprias." (l. 56-58) sinaliza uma oposição. Assinale a opção em que os termos demonstram, respectivamente, esta oposição. a) Independente / insubmissa. 16 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ b) Colonial / singular. c) Única / igualitária. d) Livre / original. e) Peculiar / específica. 06) A compreensão do Brasil foiretardada pela existência de: a) uma família patriarcal que se opôs ao trabalho civilizatório das instituições formais. b) uma sociedade que continuou mercantilista até a independência. c) um enigma que só pôde ser decifrado com os ideais republicanos. d) muitos dados que enredaram a nossa cultura. e) aspectos que levaram à formação de uma identidade nacional contraditória. 07) É CONTRÁRIA ao texto a seguinte afirmação: a) Sérgio Buarque não considera a passagem para a modernidade um processo lesivo aos interesses nacionais. b) Gilberto Freyre e Sérgio Buarque compartilham o sentimento pelo ocaso da sociedade agrária. c) Gilberto Freyre, conservador, faz uma releitura do Brasil que não se restringe ao elemento europeu. d) O dualismo vivência rural e vivência urbana é cotejado por Sérgio Buarque em sua obra. e) O ponto de contato entre o pensamento dos dois autores consiste na investigação do que há de específico na brasilidade. 08) O aspecto enigmático da sociedade brasileira consiste: a) em se desvendar a razão de não se gostar muito do Brasil. b) na fragilidade do olhar investigativo dos estudiosos. c) na ineficácia dos esforços de se entender o Brasil em decorrência de sua situação geográfica. d) na incapacidade brasileira de copiar os saberes europeus. 17 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ e) nas contradições existentes mesmo em etapas diferentes de sua constituição política. 09) Assinale a opção em que o conjunto destacado NÃO atribui ao texto a ideia de FINALIDADE. a) "Muitos motivos se somaram, (...) para dificultar a tarefa de decifrar, (...) o enigma ..."(l.1-3) b) "concebida desde o início para servir ao mercado mundial," (l.5-6) c) "(...) as tentativas feitas para compreender esse enigma (...) foram, (...) infrutíferas." (l.13-15) d) "Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse." (l. 20-21) e) "experimentaria o inevitável trânsito para a modernidade urbana ..." (l. 47-48) RECOMEÇAR! "Começar de novo, e contar "comigo", vai valer a pena, ter amanhecido..." *Ivan Lins* Ter coragem de recomeçar a cada vez...fácil de dizer, difícil de fazer. Todas as manhãs pelo mundo afora, pessoas acordam com essa meta, esse desejo de recomeço, enfrentando o dilema: Por onde e como encontrar forças pra recomeçar. É preciso enlaçar as tristezas, num laço apertado, e jogá-las no desfiladeiro, que só tem o eco como companheiro. É preciso enfrentar o inimigo maior, nosso eu interior, e torná-lo nosso cúmplice. É preciso que nos tornemos perdoadores de nós mesmos. Nosso eu é nosso carrasco maior, na maioria das vezes. Ninguém nos poderá ajudar nessa tarefa! É uma incumbência que só podemos delegar a nós mesmos. É preciso achar o trilho perdido, nesta nossa vidinha de cada dia, de estradas nem sempre tão planas, nem sempre bem sinalizadas, que se repartem em múltiplos caminhos sem setas de chegada. É necessário, muitas vezes, juntar os cacos partidos de um coração que de alguma forma foi estraçalhado. Abrir a janela e perceber que o sol brilha a cada manhã, não apenas por nossa causa, mas apesar de nós. Saber que a vida continua, quer queiramos ou não! estejamos alegres, ou estejamos tristes... A vida caminha, esteja nossa alma leve ou pesada! Estamos vivos e enquanto houver vida dentro de nós...temos de ter coragem e esperança de... começar de novo, ainda que comigo, vai valer a pena, ter amanhecido!!... 18 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ POLLICE, Ercilia de Arruda(adaptado). 10) Assinale a ideia que o texto NÃO apresenta. a) Muitas vezes, a causa do insucesso está em nós mesmos. b) A cada situação de insucesso, nova tentativa torna-se necessária. c) A coragem e a esperança são sentimentos fundamentais para se recomeçar. d) A vida é sempre um vir a ser. e) A vida se delineia por caminhos bem definidos. GABARITO NA PRÓXIMA PÁGINA 19 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 2 TIPOLOGIA TEXTUAL. 2.1 Introdução Definição de Tipologia Textual: Tipologia textual refere-se aos diferentes tipos de textos que podemos encontrar, cada um com características específicas quanto à estrutura e ao propósito comunicativo. Importância no Contexto de Concursos Públicos: A compreensão da tipologia textual é crucial para a interpretação correta de enunciados de questões, sendo essencial para o sucesso em concursos públicos que exigem habilidades de leitura e escrita. 2.2 Tipos de Texto Narrativo: A principal característica de uma narração é contar uma história, ficcional ou não, geralmente contextualizada em um tempo e espaço, nos quais transitam 20 GABARITO 1) B 2) C 3) D 4) E 5) B 6) D 7) B 8) E 9) E 10) E Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ personagens. Os gêneros que se apropriam da estrutura narrativa são: contos, crônicas, fábulas, romance, biografias etc. Descritivo: Os textos descritivos têm por objetivo descrever objetivamente ou subjetivamente coisas, pessoas ou situações. Os gêneros que se apropriam da estrutura descritiva são: laudo, relatório, ata, guia de viagem etc. Também podem ser encontrados em textos literários através da descrição subjetiva. Dissertativo/Argumentativo: O texto dissertativo-argumentativo é um texto opinativo, cujas ideias são desenvolvidas através de estratégias argumentativas que têm por finalidade convencer o interlocutor. Os gêneros que se apropriam da estrutura dissertativa são: ensaio, carta argumentativa, dissertação-argumentativa, editorial etc. Injuntivo ou Instrucional: Os textos injuntivos têm por finalidade instruir o interlocutor, utilizando verbos no imperativo para atingir seu intuito. Os gêneros que se apropriam da estrutura injuntiva são: manual de instruções, receitas culinárias, bulas, regulamentos, editais etc. 21 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ Expositivo: Tem por finalidade apresentar informações sobre um objeto ou fato específico, enumerando suas características através de uma linguagem clara e concisa. Os gêneros que se apropriam da estrutura expositiva são: reportagem, resumo, fichamento, artigo científico, seminário etc. 2.3 Características e Estrutura de Cada Tipo de Texto 2.3.1 Elementos do Texto Narrativo: ● Personagens ● Enredo ● Tempo ● Espaço 2.3.2 Aspectos do Texto Descritivo: ● Detalhes sensoriais ● Organização espacial ● Características específicas 2.3.3 Estrutura do Texto Dissertativo: ● Introdução ● Desenvolvimento ● Conclusão 2.3.4 Características do Texto Injuntivo ou Instrucional: ● Verbos no imperativo ● Uso de ordens e instruções 2.3.5 Elementos do Texto Argumentativo: ● Tese ● Argumentos ● Contra-argumentos 22 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________2.3.6 Estrutura do Texto Expositivo: ● Apresentação de informações objetivas ● Organização lógica 2.4 Funções de Linguagem 2.4.1 Função Referencial ou Denotativa Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere. 2.4.2 Função Expressiva ou Emotiva Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação. 2.4.3 Função Apelativa ou Conativa Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. 2.4.4 Função Poética É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade. 23 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 2.4.5 Função Fática Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares. 2.4.6 Função Metalinguística Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem. Como esse assunto é cobrado em concursos? QUESTÕES E GABARITO 2 24 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 01) Em qual sequência é caracterizada uma descrição? a) "Leves, classudos, num tom esportivamente escuro, cada lente com uma sombra que subia de baixo para cima," (L. 1-3) b) " 'Pois é, mas eu estava com a vista cada vez mais cansada, até que fui ao oculista...' " (L. 5-7) c) "Mês depois, encontrei uma amiga cujo pai é oftalmologista." (L. 11-12) d) "ela me contou que um curioso cliente do pai havia pedido ummodelo de óculos sem grau." (L.12-14) e) "É, era ele mesmo - o editor." (L. 14) 02) Qual a sequência que configura a fala do personagem (editor)? a) "...nunca o tinha visto de óculos." (L. 5) b) " 'Pois é, mas eu estava com a vista cada vez mais cansada,' " (L. 5-6) c) "compungiu-se, o olhar vago, empurrando o par de lentes nariz acima..." (L. 9-10) d) "Vivemos tempos curiosos." (L. 15) e) "somos expostos aos corpos mais perfeitos," (L. 16-17) 25 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 03) No trecho do Texto II “não deve mudar no futuro, ou seja, a água como um todo não vai acabar” (l. 4-5), a expressão em destaque foi utilizada para a) alterar o tema que estava sendo desenvolvido. b) concluir o tema da água e iniciar outro. c) dar humor ao texto uma vez que o problema é sério. d) incluir uma dúvida ao tema. e) explicar de outra forma algo do que já foi dito. 04) De acordo com o Texto II, é hora de planejar situações de emergência e de criar condições de enfrentar a possível falta de água. Que trecho do texto apresenta a sugestão para enfrentar esse problema? a) “O engenheiro Léo Heller, da Universidade Federal de Minas Gerais, explicou que a quantidade de água no planeta é a mesma nos últimos milênios”. (l. 1-3) b) “a quantidade de água no planeta é a mesma nos últimos milênios e não deve mudar no futuro” (l. 2-4) c) “Ele conta que as mudanças no clima do planeta geram secas, enchentes e outros eventos que causam impactos nos rios e lagoas que abastecem as cidades” (l. 9-12) 26 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ d) “Pouca coisa tem sido feita a respeito”. (l. 12) e) “Se cada um fizer sua parte, o desperdício de água será cada vez menor”. (l. 17-18) 05) No trecho do Texto II “Ele conta que as mudanças no clima do planeta geram secas” (l. 9-10), a palavra ele, assinalada na frase, refere-se ao a) engenheiro Léo Heller b) planeta Terra c) clima do planeta d) autor do texto e) consumo humano 06) A referência a um artigo de jornal está de acordo com a ABNT em a) SILVA, A.C. Os melhores locais para trabalhar. Jornal do Futuro, Rio de Janeiro, 28 mar. 2014. Seção de Economia, p.14. b) SILVA, A.C. (2014) Os melhores locais para trabalhar. Jornal do Futuro, Rio de Janeiro, 28 de março, Seção de Economia, p.14. c) A.C. SILVA. Os melhores locais para trabalhar. Jornal do Futuro, Rio de Janeiro. Seção de Economia, p.14, 28 mar. 2014. d) SILVA, A.C. Os melhores locais para trabalhar. Jornal do Futuro, Rio de Janeiro, p.14, 28 de março de 2014, Seção de Economia. e) Os melhores locais para trabalhar, de A.C. SILVA. Jornal do Futuro, Rio de Janeiro, 28 mar. 2014, Seção de Economia, p.14. GABARITO NA PRÓXIMA PÁGINA 27 GABARITO 1) A 2) B 3) E 4) E 5) A 6) A Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 28 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 3 ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA A ortografia em português refere-se às regras estabelecidas para a escrita correta das palavras nesse idioma. A normatização da ortografia busca padronizar a grafia das palavras, facilitando a comunicação escrita e garantindo a compreensão entre os falantes da língua. Abaixo estão algumas regras ortográficas com exemplos: 3.1 Acento Agudo (´) Vogais tônicas abertas (é, ó) em palavras paroxítonas não são mais acentuadas em determinadas situações, como em "ideia" (anteriormente "idéia") e "joia" (anteriormente "jóia"). Palavras oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em, ens, recebem acento agudo, como em "café", "você", "alguém", "parabéns". Ditongos abertos ei, oi(em palavras paroxítonas) não são mais acentuados, como em "assembleia" e "ideia". 3.2 Acento Circunflexo (^) Usado em vogais tônicas fechadas (ê, ô) em palavras paroxítonas e oxítonas, como "você", "pôde" (passado), "pôr" (verbo). Diferenciação de homógrafas, como em "pôr" (verbo) e "por" (preposição), "pôde" (passado do verbo poder) e "pode" (presente do verbo poder). 3.3 Acento Grave (`) Indica a crase, fusão da preposição "a" com o artigo feminino "a(s)" ou com o "a" inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo: "à", "às", "àquele(s)", "àquela(s)", "àquilo" 3.4 Acento Diferencial Algumas palavras mantêm o acento diferencial para distinguir homógrafos, como "pôr" (verbo) e "por" (preposição), "pôde" (passado) e "pode" (presente). O acento diferencial em "pêra" (fruta) foi eliminado, mas é opcional em "pelo" (preposição + artigo) e "pélo" (forma do verbo pelar), e em "pára" (forma do verbo parar) e "para" (preposição). 29 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 3.5 Acento em Hiatos Mantém-se o acento no "i" e no "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior e estão sozinhos na sílaba ou seguidos de "s", como em "Saúde", "raíz". 3.6 Trema O trema (¨) foi completamente abolido do português de Portugal e do Brasil, exceto em nomes próprios estrangeiros e seus derivados. As classificações de palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas na língua portuguesa referem-se à posição da sílaba tônica (ou seja, a sílaba mais forte ou enfatizada na pronúncia) dentro da palavra. O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa não alterou as definições dessas classificações, mas padronizou a ortografia em países lusófonos. A classificação é crucial para entender as regras de acentuação gráfica. Vamos definir cada uma delas: 3.7 Palavras Oxítonas São aquelas em que a sílaba tônica é a última. A regra de acentuação para as oxítonas determina que se acentuam as terminadas em a(s), e(s), o(s), em, ens. Por exemplo: Café (a última sílaba "fé" é a tônica e termina em "e", portanto é acentuada) Parabéns (termina em "ens" e tem a última sílaba como tônica) 3.8 Palavras Paroxítonas São palavras em que a sílaba tônica é a penúltima. A maioria das palavras da língua portuguesa é paroxítona, e a regra geral é que elas não são acentuadas, exceto em casos específicos, como quando terminam em l, n, r, x, ps, ã(s), ão(s), um(uns), on(s), i(s), us, ou ditongos (crescente ou decrescente), entre outras exceções. Por exemplo: Árvore (a penúltima sílaba "ár" é a tônica e termina em "r", portanto é acentuada) Júri (a penúltima sílaba "jú" é a tônica e termina em "i", portanto é acentuada) 30 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 3.9 Palavras Proparoxítonas São as palavras em que a sílaba tônica é a antepenúltima. Todas as proparoxítonas são acentuadas, sem exceção. Esse acento serve para marcar claramente a pronúncia enfática da sílaba tônica. Por exemplo: Lógica (a antepenúltima sílaba "ló" é a tônica e, como todas as proparoxítonas, é acentuada) Matemática (a antepenúltima sílaba "ma" é a tônica e, seguindo a regra, é acentuada) 3.10 O uso dos porquês 31 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ Como esse assunto é cobrado em concursos? QUESTÕES E GABARITO 3 01) Algumas formas verbais na 3ª pessoa do plural terminam com êm conforme o exemplo destacado no trecho do Texto II “A maior parte dos sabores que sentimos ao provar alimentos industrializados não vêm de ingredientes de verdade." (L. 1-3) Um verbo que também apresenta essa grafia na 3ª pessoa do plural é a) crer b) ler c) manter d) prever e) ver 02) O acento diferencial é aquele utilizado para distinguir certas palavras homógrafas, ou seja, que têm a mesma grafia. 32 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ Ocorre esse tipo de acento em: a) é b) está c) fórmula d) pôr e) análise 03) No verso “Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado,” ( l. 17), o uso do acento circunflexo no verbo se justifica porque a) “burrinhos” ( l. 12) está no plural. b) “madrugada” ( l. 13) está no singular. c) “miséria” ( l. 14) está no singular. d) “carvoeirinhos” ( l. 15) está no plural. e) “cangalhas” ( l. 20) está no plural. 04) A ausência do sinal gráfico de acentuação cria outro sentido para a palavra: a) trânsito. b) características. c) inevitável. d) infrutíferas. e) anônimas. 05) As palavras que se acentuam de acordo com as mesmas regras por que são acentuadas "difícil" e "através" são, respectivamente: a) análise e também. b) família e diagnóstico. c) satélite e líder. d) crítico e convés. e) fácil e transformá-lo. GABARITO NA PRÓXIMA PÁGINA 33 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 34 GABARITO 1) C 2) D 3) D 4) A 5) E Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 4 EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE. 4.1 Introdução Conceito de Crase: A crase é a fusão da preposição "a" com o artigo definido feminino "a". Indica a necessidade de usar o acento grave (`) sobre a vogal "a" em determinadas situações. Importância do Emprego Adequado em Concursos Públicos: O conhecimento correto do uso da crase é crucial para evitar erros gramaticais e garantir a clareza e precisão na redação, aspectos valorizados em concursos públicos. 4.2 Regras Básicas de Emprego da Crase 4.2.1 Casos de Obrigatórios: 35 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 4.2.2 Casos de Proibidos: 4.2.3 Casos de Facultativos (ATÉ SUA MARIA) depois de até; diante de pronome possessivo/feminino singular; (sua, nossa, minha) Ex.: Refiro-me à minha amiga (facultativo) Refiro-me às minhas amigas (obrigatório) diante de nomes próprios femininos; (maria) 36 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 4.2.4 Situações Específicas de Crase 4.2.5 Expressões que Exigem Crase: ● Àmedida que ● À proporção que ● Àmedida que ● À vista de 4.2.6 Uso com Pronomes Demonstrativos: ● A crase ocorre quando há a combinação da preposição "a" com os pronomes demonstrativos femininos "aquela(s)", "aquele(s)", "aquilo". 4.2.7 Locuções Prepositivas e Conjuntivas: ● Ocorrência de crase em locuções como "à medida que", "à medida que", "à proporção que".4.2.7.1 Exemplos de Locuções Femininas: Joaquim saiu à francesa; Às vezes, estudo crase; Ela fez um jantar à luz de velas; Ele adora bife à milanesa; À medida que trabalhamos, ganhamos experiência. 37 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 4.2.8 Exemplos de uso correto da crase: 4.2.8.1 Vou à escola todos os dias. ● Uso correto: "à" indica a combinação da preposição com o artigo antes do substantivo feminino "escola". 4.2.8.2 Ela se referiu à Maria durante a reunião. ● Uso correto: "à" indica a combinação da preposição com o artigo antes do nome próprio feminino "Maria". 4.2.8.3 Entreguei o presente à professora. ● Uso correto: "à" indica a combinação da preposição com o artigo antes do substantivo feminino "professora". 4.2.8.4 Vamos à festa de aniversário da Ana. ● Uso correto: "à" indica a combinação da preposição com o artigo antes do nome próprio feminino "Ana". 4.2.8.4 Agradeço à oportunidade de participar do evento. ● Uso correto: "à" indica a combinação da preposição com o artigo antes do substantivo feminino "oportunidade". Lembre-se de que a crase não ocorre antes de verbos, pronomes pessoais, numerais e diante de palavras masculinas. O seu uso é específico em situações que atendam às condições mencionadas anteriormente. 38 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ Como esse assunto é cobrado em concursos? QUESTÕES E GABARITO 4 01) Em “quando bateram à porta” (l. 27-28) verifica-se o respeito à norma-padrão quanto ao uso do acento indicativo de crase. Em qual das frases o uso do acento indicativo de crase também segue a norma-padrão? a) O homem chegou montado à cavalo. b) Ela não podia contar do tapete à ninguém. c) A mulher deu à ele tudo o que queria. d) O tear pertencia à moça tecelã. e) O homem levou a moça à uma sala secreta. 02) De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o sinal indicativo de crase está corretamente empregado em: a) Braille foi forçado à superar sua cegueira. b) O professor referiu-se à um aluno brilhante: Braille. c) Braille não foi reconhecido até que se consolidasse à oficialização de seu método. d) Ele queria ensinar à todos os alunos o seu sistema de escrita. e) Todos estavam à espera de que o valor de Braille fosse reconhecido. 03) A crase é o fenômeno da contração de duas vogais iguais, e essa contração é marcada pelo acento grave. O acento grave indicativo da crase está corretamente empregado em: a) É preciso estar atento às coisas boas da vida. b) Gostaria de poder viver melhor o meu dia à dia. c) As decisões às quais citei vão transformar a minha vida. d) O parque ecológico localiza-se à três quilômetros daqui. e) À partir de hoje, não acumularei mais produtos supérfluos. 39 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 04) De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o uso do acento grave indicativo da crase é obrigatório na palavra destacada em: a) A capacidade criativa do brasileiro é um privilégio que leva soluções favoráveis a empresas de diferentes setores. b) A segurança em saúde e a violência são temas que a maioria da população considera como os maiores obstáculos a serem superados. c) As ações de inclusão social colocaram o nosso país em um patamar superior em relação a outros países, em diferentes épocas. d) O objetivo das instituições que se preocupam com o bem-estar de seus funcionários é ajudá-los a cuidarem de sua saúde. e) Os empresários passaram a dar mais atenção a função que sua organização desempenha na sociedade. 05) O uso do acento grave indicativo da crase atende às exigências da norma-padrão da língua portuguesa em: a) A possibilidade de pagar, transferir e receber dinheiro por meio do Pix renovou o sistema bancário brasileiro porque facilitou o acesso à diversas funcionalidades. b) A implantação de uma nova modalidade de transferência bancária está relacionada à dupla preocupação do governo com a agilidade das movimentações e o progressivo processo de redução da desbancarização da população. c) Com o crescimento da implantação da tecnologia nos serviços bancários, as empresas começaram à valorizar mais efetivamente os funcionários que possuem maior domínio desses meios. d) Os gerentes responsáveis por comandar o sistema bancário correspondem à uma categoria muito qualificada de funcionários, porque precisam ter uma formação atualizada na área tecnológica. e) Os limites de valores a serem estabelecidos para à abertura de contas bancárias foram ampliados, garantindo maior facilidade para as pessoas que têm menos recursos disponíveis. 06) Indique a opção em que o sinal indicativo de crase está corretamente usado. a) Essa proposta convém à todos. b) O governo aumentou à quantidade de subsídios. c) A empresa considerou a oferta inferior à outra. d) Ele está propenso à deixar o cargo. 40 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ e) Não vou aderir à modismos passageiros. 07) Em qual dos pares de frases abaixo o a destacado deve apresentar acento grave indicativo da crase? a) Sempre que possível não trabalhava a noite. / Não se referia a pessoas que não participaram do seminário. b) Não conte a ninguém que receberei um aumento salarial. / Sua curiosidade aumentava a medida que lia o relatório. c) Após o julgamento, ficaram frente a frente com o acusado. / Seu comportamento descontrolado levou-o a uma situação irremediável. d) O auditório IV fica, no segundo andar, a esquerda. / O bom funcionário vive a espera de uma promoção. e) Aja com cautela porque nem todos são iguais a você. / Por recomendação do médico da empresa, caminhava da quadra dois a dez. 08) Considere as frases abaixo. I - O texto faz alusão __________ inúmeras invenções rejeitadas pelo avô. II - O velho Ubaldo não conseguiu adaptar-se __________ progresso todo. III - Ele tinha aversão ____________ mecanismos elétricos. Completam as frases, respectivamente, as formas a) às - aquele - à. b) às - aquele - a. c) às - àquele - a. d) as - aquele - à. e) as - aquele - a. 09) Em que sentença o sinal indicativo da crase está empregado de acordo com a norma-padrão da língua? a) O elevador entrará emmanutenção à partir das oito horas. b) Depois de aposentado, ele começou à se dedicar ao canto. c) O menino assistiu à toda a peça sem se mexer na cadeira. d) Ela venceu na vida à custa de muito esforço e dedicação. 41 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ e) Ele entregará a encomenda à quem estiver na portaria. 10) Observa-se o uso adequado do acento grave no trecho “estamos nos referindo à não ativação de elementos” (L. 18-19). Verifica-se um DESRESPEITO à norma-padrão quanto ao emprego desse acento em: a) O professor se reportou àquele texto de Machado de Assis. b) Sonhamos em viajar à terra de Gonçalves Dias. c) Ele sempre fazia alusão à palavras de seu poeta favorito. d) Os alunos compreenderam o poema à custa de muitoempenho. e) Prefiro as poesias de Drummond às de Olavo Bilac. GABARITO NA PRÓXIMA PÁGINA 42 Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com PDF123 Língua Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________________________ 43 GABARITO 1) D 2) E 3) A 4) E 5) B 6) C 7) D 8) C 9) D 10) C Licenciado para - ALANA NEVES ALCANTARA | neves.alanaalcantara@gmail.com | 06383778544 - 06383778544 - Protegido por Eduzz.com