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Urgência: Agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. Emergência: Constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo portanto, tratamento médico imediato. Níveis de gravidade: Vermelho: emergência - necessidade de atendimento imediato 1. Alteração ou perda da consciência; 2. Dificuldade respiratória; 3. Dor no peito; 4. Arritmias cardíacas; 5. Crise hipertensiva arterial; 6. Reações alérgicas; 7. Reações à superdosagem das soluções anestésicas locais; 8. Convulsões; 9. Intoxicação acidental aguda pela ingestão de flúor. Laranja: muito urgente - atendimento praticamente imediato. Amarelo: urgente - necessita de atendimento rápido, mas pode esperar. Verde: pouco urgente - pode aguardar atendimento ou o encaminhamento para outros serviços de saúde. Azul: não urgente - pode aguardar atendimento ou o encaminhamento para outros serviços de saúde. RECOMENDAÇÕES BÁSICAS NAS SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA 1. Manter a calma; 2. Pedir ajuda; 3. Estar treinado em SBV (suporte básico de vida) e RCP (reanimação cárdiopulmonar). Sinais vitais: Adulto: - Frequência respiratória: 14 a 18 FR por minuto. Em crianças, aumenta. - Pulso (radial ou carotídeo): 60 a 100 bpm. Obs: Bradicardia: batimentos a menos de 60. Já a Taquicardia, batimentos a mais de 100. - Oximetria de pulso: a hemoglobina (+ saturada) com O2 absorve + luz infravermelha, e a hemoglobina sem O2, absorve + da luz vermelha. - Pressão arterial: hipertensão estágio 1 a partir de pressão sistólica a 140 e pressão diastólica 90 mmHg (140/90). Obs: sístole - contração do coração para levar sangue às veias. Diástole: relaxamento do coração para se abastecer de sangue. Respiração de Kussmaul: É um tipo de padrão respiratório. Quadros de CETOACIDOSE diabética. • Respiração rápida e profunda, hálito cetônico, náusea. Lipotímia x Síncope Lipotímia: palidez, visão turva, zumbido no ouvido. Síncope: perda momentânea da consciência causada pela súbita ↓ do fluxo sanguíneo. Há também… A Hipotensão ortostática (postural), que é a perda momentânea de consciência, normalmente ao se levantar rápido, e ocorre muito em idosos e gestantes. A compressão da veia cava inferior leva à diminuição do débito cardíaco por causa da obstrução do retorno venoso. Ocorre principalmente em gestantes em posição de decúbito dorsal → posição ideal: decúbito lateral esquerdo. Crise convulsiva Probabilidade de o paciente aspirar conteúdo (por ex. vômito). Colocar o paciente no solo, sempre protegendo a nuca, e virar a pessoa de lado, sobre uma mão, para evitar a aspiração. Em seguida, sempre chamar a ambulância. Trendelemburg Aumento da perfusão sanguínea cerebral. A parte superior do dorso é abaixada e os pés, elevados. Sedação: Mínima: paciente permanece acordado e responsivo. Benzodiazepínicos. Início de ação preferencialmente rápido e meia vida curta. O + adequado é Midazolam. - Dormonid 7,5 mg (receita tipo B - azul) - Receita azul acompanhada da simples Óxido nitroso: controla a intensidade e a duração da sedação. - Tem analgesia relativa, porém não dispensa o uso de anestesia local em procedimentos mais invasivos. Protocolo de atendimento: RCP: Avaliar a responsividade; - Estímulo físico e verbal para avaliar o grau de consciência. Perguntar “você está bem?” e estímulo no esterno com o punho cerrado (provoca dor). Monitorar os sinais vitais; - Checar respiração e pulso. FAZER AMBOS EM 10 SEGUNDOS enquanto outra pessoa chama a ambulância Liberar vias aéreas; - Inclinar a cabeça e elevar o queixo. Ventilação; - Com o AMBU (bolsa-válvula-máscara) na frequência de 2 ventilações a cada 30 compressões. - Compressão de alta qualidade: Posição de joelhos (sem apoio sentado), braços esticados, dedos entrelaçados e usar a base da mão. O local de compressão é 2 dedos abaixo da linha das axilas, afundando o tórax cerca de 5cm em cada compressão. Deve ser realizada entre 80-100 compressões por min. - Em crianças e bebês é diferente: usar só 2 dedos e comprimir o tórax 4 cm. DEA (desfibrilação). - Ritmo chocável é em arritmia (FV/TV). - GEL e não tocar no indivíduo durante o choque único. - Assistolia é compressão cardíaca (não dá choque). - FV: fibrilação ventricular. - TV: taquicardia ventricular sem pulso. Manobra de Heimlich: No caso de crianças acima de 7 anos e adultos. Compressão abdominal: para dentro e para cima, ao mesmo tempo, enquanto abraça a pessoa pelas costas. No caso de crianças abaixo de 7 anos. TAPOTAGEM, bater 5 vezes nas costas da criança, com as mãos em concha. Seguido de 5 compressões torácicas, com 2 dedos sobre o esterno. Repetir até que o objeto seja expelido ou até a irresponsividade - RCP. O tempo de reação deve ser rápido em caso de obstrução aguda das vias aéreas por corpos estranhos. Têm-se 5 minutos até ocorrer danos cerebrais. AVC: derrame Um lado do rosto não se movimenta como o outro, fala arrastada e cefaléia por mais de 2 dias. - Isquêmico (insuficiência vascular, por trombose, por ex.) ou Hemorrágico (malformações de vasos sanguíneos, como HAS ou aterosclerose, por ex.). - Prevenção: com consultas curtas e no período da manhã. - Episódios recentes: procedimentos eletivos de emergência. - somente administrar oxigênio se o paciente estiver com dificuldade respiratória, pois a oxigenação pode aumentar a área de isquemia (por vasoconstrição cerebral). Hiperventilação: Sensação de sufocamento, alteração ou perda da consciência. Não tem cetoacidose. Asma: Extrínseca (com histórico familiar ou alérgico, ocorre mais em adolescentes) e Intrínseca (forma crônica, + velhos). Cuidados medicamentosos: - Auxilia: corticóide (ex. dexametasona ou busonid, que é um corticóide nasal) e bombinha (salbutamol). - Saber se há histórico de alergia à sulfitos; Não usar anestésicos locais que contenham vasoconstritores adrenérgicos, tal como a epinefrina, norepinefrina, corbadrina e fenilefrina. Obs: usar Felipressina no lugar. - Nunca AINES ou AAS. Possui atividade intensificadora à ação de leucotrienos, ocorre o risco de precipitação de crise asmática nesse tipo de paciente. Obs: Leucotrienos são broncoconstritores, que ↑ a hiperresponsividade brônquica, a produção de muco e o edema de mucosa. - Evite dor→ sedação. Pode evoluir para uma crise aguda, que não responde à terapêutica habitual (oxigênio, broncodilatadores e corticóides). ✓ Ter no consultório broncodilatador (Salbutamol) e aparelho portátil de administração de O2 (6-10 litros/min). Odontologia hospitalar: Área física e instalações: - Livre de ruídos ou poluição, próximo à emergência, ao centro cirúrgico e à farmácia hospitalar; cada leito deve ocupar uma área mínima de 7,5m², leitos isolados uns dos outros, janelas de vidro para evitar claustrofobia e cada leito deve dispor de 10 tomadas elétricas com ligação ao gerador hospitalar. Critérios de internação na UTI: - Respiratório, cardiovascular, renal, risco cirúrgico alto, neurológico, outro; - Obstrução aguda de vias aéreas, após ressuscitação cardiopulmonar, TCE, insuficiência renal aguda, escala de Coma de Glasgow ≤ 8 (abaixo de 8, entubar)...etc Obs: Exames de sangue - sangue venoso. Gasometria - sangue arterial. Segurança do paciente: - IDENTIFICAÇÃO CORRETA DO PACIENTE (precauções para contato - inclui paciente que veio do homecare ou de outro hospital - até a cultura. Necessita de distância mínima 1m², uso individual de EPIs e equipamentos como o estetoscópio) (precauções para aerossóis - ex. varicela ou herpes. Quarto privativo fechado obrigatório, N95, ventilação com pressão negativa) (precauções para gotículas, diferente do aerossol, não precisa de máscara N95, somente a normal) (precauções padrão, uso de aventais descartáveis ao contato com fluidos corporais, uso normal de EPIs). - Por quanto tempo devem ser mantidas as precauções e isolamento? Precauções padrão: durante todo o período de internação do paciente. Baseadas na transmissão (contato, gotículas e aerossóis):durante todo o período de transmissibilidade do microrganismo - Correta prescrição, armazenamento e administração dos medicamentos; - HIGIENIZAR AS MÃOS; - Prontuário NÃO entra no box do paciente; - Reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão: mudar sempre decúbito!! Infecções hospitalares (IH): Modos de transmissão: direta (contato, respiração e exposição a fluidos) e indireta (vetores/superfícies). - Adquirida após a admissão do paciente. Multirresistência: Bactéria é considerada multidrogas resistente, quando é resistente a duas ou mais classes antimicrobianas Cardiopatas: Hipertensão arterial sistêmica, Cardiopatia isquêmica, Arritmias cardíacas, Insuficiência cardíaca, Endocardite bacteriana. NUNCA usar AINES em HEPATOPATAS, HIPERTENSOS E ASMÁTICOS. obs: Trombo → coágulo. Aneurisma → bolha na artéria. HAS: Hipertensão arterial sistêmica: - causas: sal (hipervolemia - ↑ líquido), estresse, obesidade, hereditário. - Predominante acima de 65 anos. - Lesão nas artérias e músculo cardíaco. - SINAIS E SINTOMAS: dor no olho, dores de cabeça persistentes, respiração curta, não urina frequente… Se apresentar sinais e sintomas, deixar a cadeira odontológica em posição confortável, chamar a ambulância e monitorar a PA. - Insuficiência renal, aterosclerose, aneurismas… - Tratamento não medicamentoso: atividades físicas regulares, controle de peso, dieta rica em frutas, vegetais e alimentos com baixa densidade calórica e baixo teor de gorduras saturadas e totais, redução do consumo de sal (6g/dia) e de álcool. - “ medicamentoso: losartana, hidroclorotiazida... - Crise hipertensiva é a ↑ preocupação. Pode desencadear AVC, por conta do ↑ das catecolaminas endógenas em resposta ao estresse e ansiedade. - Lidocaína 2% e epinefrina 1:100000. Obs: MAPA é a monitoração da PA 24h. Se der anormal→ inicia tratamento. Cardiopatia isquêmica: Dedos em baqueta de tambor; Falta de aporte sanguíneo. Privação de O2 por causa do fluxo sanguíneo reduzido de uma parte do ♥. - Aterosclerose, AVC… - Obesidade, diabete melito, resistência à insulina, HAS, dislipidemia (colesterol alto). - Predominante dos 35 aos 44 anos: risco 5 vezes maior para homens que mulheres. - Dor breve (5 a 15 min), aperto, uma pressão dolorosa, pesada, constritiva na região torácica central (tamanho do punho). - Angina estável (dor reproduzível e consistente ao longo do tempo) aparece dor após ESFORÇO. TRATA COM REDUÇÃO DOS FATORES DE RISCO, MODIFICAÇÃO DO ESTILO DE VIDA E MEDICAMENTOS (tal como os betabloqueadores, bloqueadores de canal de sódio e a AAS/agentes antiplaquetários). - Angina instável (dor crescente em frequência, mais intensa) ocorre em REPOUSO. Causada pela obstrução de uma artéria coronária. TRATA COM REVASCULARIZAÇÃO. - IAM (infarto agudo do miocárdio) • Taquicardia • Síncope • Dispnéia, edema,fadiga, fraqueza… - Se apresentar sinais e sintomas, deixar a cadeira odontológica em posição confortável, administrar um VASODILATADOR CORONARIANO por via sublingual, administrar OXIGÊNIO (3L/min) por máscara facial, se após 5 minutos persistir, pode administrar novamente o vasodilatador (2 vezes máximo). Continuou mesmo depois? Chamar a ambulância. DIAGNÓSTICO POR CORONARIOGRAFIA IAM: Infarto agudo do miocárdio; Oclusão da artéria coronária, através da formação de um coágulo ou placa de ateroma, diminuindo o fluxo sanguíneo e levando parte do miocárdio a um processo de necrose. - causas: idade, colesterol alto, diabetes, tabagismo, obesidade e fatores hereditários. - SINAIS E SINTOMAS: + comum é dor torácica persistente, de início súbito e forte intensidade, localizada sobre a região do esterno com irradiação para o braço esquerdo e mandíbula. - SEMPRE AFERIR OS SINAIS VITAIS, CONSULTAS CURTAS E MATINAIS, EVITAR DOR OU ESTRESSE (óxido nitroso ou anestesia com técnica perfeita). - Medicações: Oxigênio (aumentar a saturação no sangue e manter a sobrecarga cardíaca mínima), sedação oral com MIDAZOLAM 0,25 mg na noite anterior e 1 hora antes da consulta, drogas antiarrítmicas. - Marcapasso (lesão miocárdica grave e IC). - Se apresentar sinais e sintomas, deixar a cadeira odontológica em posição confortável, falar com o paciente para que ele mantenha a calma, administrar AAS: 2 a 3 comprimidos amassados ou para mastigar, manta ou cobertor para evitar gasto energético, administrar OXIGÊNIO (3L/min) por máscara facial, para limitar lesão isquêmica, chamar a ambulância e monitorar os sinais vitais enquanto isso. Não realizar tratamento odontológico Menos de 6 meses de IAM • Menos de 6 meses de AVC • Episódios diários de angina pectoris • Arritmias persistentes após tratamento cardiológico. EVITAR ADRENALINA, QUE PODE AUMENTAR A ARRITMIA! • Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 é opção segura até 2 tubetes, complementar com lidocaína 2% sem VC (vasoconstritor). Arritmias cardíacas: Qualquer variação do batimento ♥ normal. - Sinal: pulso muito rápido, lento ou irregular. - ECG: exame para diagnóstico. - Tratamento: Drogas antiarrítmicas, anticoagulantes (ex. VARFARINA), implanta marca-passo permanente, cardioversão e desfibrilação. - Relação de confiança, consultas curtas matinais, posição confortável da cadeira, sedação pré-operatória (benzodiazepínico de ação curta na noite anterior e/ou 1 hora antes da consulta), anestésico local com vasoconstritor epinefrina 1:100.000: 2 tubetes, pode usar Felipressina. - Marca-passo: Profilaxia antibiótica não é recomendada. - Evitar uso de bisturi elétrico, localizadores apicais e estimulação elétrica transcutânea. Aparelhos de ultrassom e laser podem ser usados. Insuficiência cardíaca: Pode resultar de qualquer distúrbio cardíaco estrutural ou funcional que prejudique a capacidade do ventrículo de se encher de sangue ou de ejetá-lo. - Causas: endocardite infecciosa, hipertensão pulmonar, embolia pulmonar, hipertireoidismo, diabete - Complicações: parada cardíaca, AVC, infarto do miocárdio (durante o tratamento odontológico). - Dispnéia ao esforço ou noturna, edema vespertino bilateral de tornozelo, palpitações, fadiga e fraqueza, sensação de desmaio. - Não são candidatos a tratamento odontológico eletivo. Adiamento até a realização de uma consulta médica. - Consultas curtas, sem estresse, cuidado com posição supina da cadeira, evitar epinefrina (pode desencadear arritmias). - Se necessário: 2 tubetes de lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000. Cuidado para evitar injeção intravascular. Evitar fio de retração gengival impregnado com epinefrina!!!! Endocardite bacteriana: EI (endocardite infecciosa). Infecção microbiana da superfície endotelial do coração ou das valvas cardíacas. Bactérias introduzidas na circulação se ligam às válvulas ou ao tecido ♥. - Ocorre mais em homens de meia idade e idosos. - Febre reumática: vilosidades no ♥, bactérias se aderemmelhor. - SINAIS E SINTOMAS: Febre, sopro cardíaco e hemocultura positiva (apresentação clínica variável). - Intervalo entre o suposto início da bacteremia e o início dos sintomas de EI é estimado como sendo menor que 2 semanas. - Bactéria mais comum: aeróbia, STREPTOCOCCUS (aeróbia) e, em seguida, a anaeróbia VAIONELLA (anaeróbia). - PROFILAXIA ANTIBIÓTICA: Amoxicilina 2g (adulto) 1 hr antes do procedimento Azitromicina 500mg (adulto) 1 hr “ . PAV: Pneumonia associada à ventilação mecânica - comum em pacientes que estão respirando por aparelhos na UTI (ventilador mecânico). - É causada pela aspiração de secreções da VAS (via aérea superior) ou pelo refluxo. - PREVENÇÃO: Elevação da cabeceira da cama, interrupção diária da Sedação (“despertar diário”), higienização das mãos, HIGIENIZAÇÃO BUCAL, profilaxia de úlcera péptica. Trombose associada ao COVID: Presença de trombos multifocais e microtrombos capilares alveolares. Observações: **Infecções fúngicas: antifúngico oral FLUCONAZOL 150mg. **Manobras hemostáticas locais, PDT e laserterapia. Superdosagem: Ocorre quando há um nível plasmático elevado dos anestésicos locais (injeção intravascular ou doses excessivas). - Injeção intravascular:início de reação rápido (segundos). Prevenir com aspiração prévia e injeção lenta. - Dose elevada: início da ação 3-5min Prevenir com doses mínimas. - Absorção rápida: início da ação 3-5min. Usar vasoconstritores. - Biotransformação lenta: início da reação 10-30 min. Prevenir com a anamnese. - Eliminação lenta: poucos minutos e até horas. Prevenir com anamnese. Sinais e sintomas: estimulação por ansiedade (inquietação, confusão mental, convulsões…), depressão do SNC (sonolência, depressão respiratória, zumbidos no ouvido, calafrios…), sistema cardiovascular (bradicardia, hipotensão, arritmias ou parada cardíaca). Vasoconstritores: *Interromper o procedimento, colocar o paciente em posição sentada (reduzir a pressão intracraniana e a sobrecarga cardíaca), tranquilizar o paciente, monitorar os sinais vitais, administrar oxigênio 5-6L/min e encaminhe-o para a avaliação médica caso haja alterações significativas no pulso ou na pressão (esteja pronto para RCP). - contra-indicação vasoconstritores: hipertensos (pressão ↑ 160-100), hipertireoidismo não controlado, AVE recente (menos de 6 meses), arritmias instáveis (mesmo sob tratamento), angina instável, IAM recente (menos de 6 meses). - PARABENOS causam as reações alérgicas. Metemoglobinemia: - A Metemoglobina é a forma oxidada da hemoglobina. Ela não se liga ao oxigênio. Paciente que possui metemoglobinemia ou qualquer outra condição que leve a uma oxigenação deficiente, NÃO usar PRILOCAÍNA. - Em pacientes gestantes, a prilocaína também é contra indicada. Seu vasoconstrictor, a felipressina, pode levar a uma contração intra uterina. E, pode provocar a metemoglobinemia no feto. Articaína (também tem potencial de metemoglobinemia) e Mepivacaína (não apresenta uma boa metabolização pelo fígado do feto) também não são indicadas. - Sinais e sintomas: cansaço, pele de cor branca acinzentada, dificuldade respiratória, mucosa bucal e leito das unhas cianóticos (azulado/má oxigenação). Diabetes: É uma doença crônica ocasionada pela ausência de produção ou ação da insulina, resultando em hiperglicemia. RISCO DE INFECÇÃO AUMENTADA Glicemia periférica: glicosímetro. Antiglicemiantes? Insulina? - Complicações: nefropatia, retinopatia, neuropatias. - Não marcar o paciente na hora que faz hipoglicemia de rotina. - Identificar a gravidade e o nível do controle glicêmico, como a presença de complicações provenientes da doença para poder tratá-lo adequadamente. Tipo I: geralmente adquirida na infância. Defeito funcional das células Beta do pâncreas com deficiência absoluta de insulina (paciente normalmente mais magro). - Juvenil. Insulino-dependente!!! - Fraqueza, polidipsia (muita sede, principalmente à noite), polifagia (aumento de apetite), poliúria (urina aumentada). - Pode fazer CETOACIDOSE (hálito cetônico). - Faz muito choque insulínico (hipoglicemia em níveis extremos). - Tratamento: insulinoterapia obrigatória por via subcutânea. Tipo II: resistência/produz insulina, mas ela não consegue degradar corretamente a glicose. - Adulto. Não insulino-dependente. - Paciente mais sedentário/acima do peso. Assintomáticos por anos. - Distúrbio gastrointestinal, alterações de visão, impotência, hipotensão postural e urina frequente à noite. - Tratamento: anti glicemiantes orais (aumentar a secreção de insulina, estimulando as células beta do pâncreas), por ex. METFORMINA. Gestacional: pico glicêmico durante a gestação, pode continuar após ou não. - Diminuição na tolerância à glicose. Resolução espontânea (normal). Exames laboratoriais: - Glicose em jejum: 8 horas de jejum. Normal: 70-99 mg/dl; Intolerância à glicose: 100-125 (pré-diabetes); Diabete: > ou = a 126 mg/dl. Atenção para o nível de controle glicêmico em caso de cirurgias complexas! Glicose sanguínea em jejum menor do que 206 mg/dl, não há riscos, enquanto que maior do que 230, há um risco 80%maior de infecções. - Hemoglobina glicada: pedir antes de procedimentos invasivos. Mede a quantidade de glicose armazenada dentro da hemácia, revelando o controle do DM nos últimos 3-4 meses. Normal: 4-6%. DM controlado menor que 7%. Quanto maior a %, maior o risco de complicações. - Glicemia capilar: Controle diário (4 a 6 x/dia, antes e após 2 horas das refeições). Controlados: Jejum ≤ 120 mg/dl Pós-prandial (pós-alimentação) de 2 horas ≤ 150 mg/dl. **Complicações microvasculares (necroses, principalmente nos pés) e macrovasculares (ateroscleroses). Consultório Ter sempre fontes de glicose (suco, refrigerante, carboidrato/bolachas) disponíveis e administrados se houver sintomas de hipoglicemia. Solicitar sempre um parecer médico e contatar o endocrinologista e o nutri. *****Anestésicos locais com epinefrina 1:100.000 são bem tolerados (3 tubetes por paciente), porém tem efeito oposto ao da insulina, aumentando a glicemia. Ou Felipressina (bastante seguro e não altera glicemia, frequência cardíaca e PA). ****Glicemia capilar e pressão arterial no início de cada consulta! Não há evidência científica que indique profilaxia antibiótica. Necessária a terapêutica: para operar o paciente com uma cobertura antibiótica (7 dias, normal), pode indicar que se inicie um dia antes da cirurgia! Observações: *Pacientes que não são insulino-dependentes podem ter a necessidade do uso de insulina. *Doença periodontal pode descompensar diabetes (principalmente tipo 1). O quadro é agravado devido à presença de citocinas inflamatórias. Resposta inflamatória sistêmica *Pré-diabéticos: boca sempre em condição ruim. DM não controlado: Se sintomático (por ex. abscesso grande): atender o paciente de IMEDIATO. Se não estiver seguro para atendê-lo em nível ambulatorial, encaminhá-lo (internar para o atendimento em nível hospitalar. FOCOS de infecção PRECISAM ser resolvidos. Assintomático: encaminhar para o médico e controlar para possibilitar o seu atendimento de rotina. Manifestações bucais *Xerostomia, Infecções bacterianas, virais e fúngicas (candidíase, herpes…), cicatrização deficiênte (alterações microvasculares), Incidência e gravidade aumentada das cáries (altas concentrações de glicose na saliva), Ulcerações bucais (úlceras traumáticas, líquen plano), Síndrome da ardência bucal (Glossodinia - não tem cura, medicação controlada, protetor gástrico e laserterapia), abscesso periapical e hiperplasias gengivais. Crise hipoglicêmica *Paciente fica ansioso previamente ****Como contornar a crise? Meia lata de refrigerante (coca-cola). Medir a glicemia capilar após 15 minutos. Glicemia >60 mg/dl: ingerir refeição ou lanche com carboidrato e proteína (apenas carboidrato levará a nova crise) - barra de cereal ou bolacha. **Paciente inconsciente: sachê de glucose na boca (deve recobrar a consciência em 15 a 20 minutos). NÃO DÁ LÍQUIDOS!! Ocorrência: Bebidas alcoólicas (dificultam a liberação de glicose pelo fígado); Jejum intermitente; Esforço físico (músculos consomem glicose); Medicamentos (aspirina, anti-inflamatório não esteroides e betabloqueadores). PREVENÇÃO: Histórico; Exames laboratoriais; Medicação; Consultas curtas e matinais, interação multidisciplinar. Nefropatias: Paciente com hipervolemia: pressão maior na parede dos vasos sanguíneos. Os rins controlam a pressão sanguínea. URINÁLISE: - Oligúria: excreção de pouca urina (3000 ml/24h); - Polaciúria: aumento do número de micções com volume reduzido de urina; -pouca urina cada vez que vai ao banheiro- INFECÇÃO URINÁRIA. - Enurese: micção involuntária (sem controle do esfíncter da uretra). Hematúria: presença de hemácias na urina; coloração avermelhada. Hemoglobinúria: presença de hemoglobina na urina; coloração avermelhada. Bilirrubinúria: presença de bilirrubina na urina; coloração escurecida. Glicosúria: presença de glicose na urina. Proteinúria: presença de quantidade elevada de proteínas na urina; geralmente mede a albumina. Cetonúria: presençade cetonas na urina. Lesão renal aguda: IRA é definida como a redução aguda da função renal em horas ou dias. Refere-se principalmente à diminuição do ritmo de filtração glomerular e/ou do volume urinário, porém, ocorrem também distúrbios no controle do equilíbrio hidro-eletrolítico e ácido-básico. - Hemodiálise ou diálise caso seja necessário (remover toxinas), sendo que a eficiência em ambos os casos é semelhante e são indicados em caso de Insuficiência Renal Aguda ou Crônica. - Exames iniciais: uréia e creatinina, se der alto, pede a Taxa de Filtração Glomerular (TFG). As faixas normais para a TFG Homens: 90 a 120 mL/min. Mulheres: 80 a 110 mL/min - Hemodiálise: punciona 2 vezes. Não há uma presença de cateter permanente! O prognóstico é recorrente grave por ser uma doença inicialmente silenciosa. Oligúria, falência de múltiplos órgãos e sepse. Manifestações ORAIS: Palidez da mucosa oral; ➢ Hemorragias gengivais, petéquias e equimoses; ➢ Xerostomia; ➢ Halitose; ➢ Erosão dentária; ➢ ESTOMATITE urêmica (associada ao excesso de uréia); ➢ CANDIDÍASE pseudo, por ser uma condição oportunista e são pacientes imunossuprimidos. CLEARANCE DE CREATININA: solicita ao médico, pois influencia para dimensionar a dose de antibiótico a se prescrever - rim comprometido. NÃO tem indicação de profilaxia antibiótica, mas sim de terapêutica. Horário de medicação: sempre depois (horário da diálise). ANTES DA PUBERDADE: ✓Hipoplasia do esmalte ✓Manchas nos esmalte (marrom escuro) ✓Crescimento alterado da maxila e mandíbula ✓Mal oclusão ✓Erupção retardada APÓS A PUBERDADE: ✓Reabsorção óssea ✓Migração ✓Mobilidade (doença periodontal presente) ✓Palidez na mucosa (anemias) ✓Gosto ruim e halitose (amônia) ✓Xerostomia✓Perda do dente ****Após o transplante: o paciente deverá fazer o USO DE IMUNOSSUPRESSORES, de maneira que o organismo não encare-o como corpo estranho! Ex. Ciclosporina - hiperplasia gengival, infecções oportunistas (candidíase). Estomatite: corticóide. Herpes: antivirais. Leucoplasias: remoção cirúrgica. Candidíase: antifúngico tópico ou sistêmico. Antiinflamatórios e Tetraciclinas não são indicados! Oncologia: Câncer: desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. DIAGNÓSTICO: - Citologia esfoliativa, biópsia incisional, exame de imagem. TRATAMENTO: - Cirurgia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia. EFEITOS SECUNDÁRIOS: - Mucosite, • Xerostomia; • Cárie de radiação; • Vômitos/náusea; • Osteorradionecrose ou osteonecrose. CEC: carcinoma espinocelular Mais comum após a quarta década de vida; • Afeta mais o gênero masculino; • Fatores de risco: fumo (substâncias cancerígenas como o alcatrão), álcool (aldeídos promovem lesões celulares), dieta (deficiência nutricional pode causar alterações epiteliais), agentes biológicos (associado ao HPV, por ex.), radiações (UV: tempo de exposição, intensidade e quantidade de pigmentação do tecido), fatores ocupacionais (pesticidas - trabalhadores rurais), má higiene bucal, … O Sistema TNM serve para descrever a extensão anatômica da doença e tem por base a avaliação de três componentes: T: a extensão do tumor primário. N: a ausência ou presença e a extensão de metástase em linfonodos regionais. M: ausência ou presença de metástase à distância. Carcinoma epidermóide primário intra ósseo: •Bordas mal definidas; •Destruição das corticais ósseas; •Destruição do osso alveolar; •Ausência de reabsorção radicular; •Deslocamento dental, mobilidade; •Velamento unilateral do seio maxilar Leucemia Leucocitose e plaquetopenia. DIAGNÓSTICO PRECOCE: INFILTRADO LEUCÊMICO GENGIVAL, Gengiva edemaciada, hiperêmica (vermelha), Petéquias em região de palato duro e mole, Fadiga, Gânglios cervicais infartados, Paciente jovem, Hematomas pelo corpo, Sangramento gengival semmotivo aparente… TRATAMENTO: Quimioterapia é CITOTÓXICA para a mucosa oral:mucosite (previne apenas com laser). Transplante de medula óssea pode ser necessária. Forma aguda e crônica (crônica: terminam com ica, ex. Monocítica e linfocítica). Obs: neutropenia fenil - imunidade do paciente baixa muito após uma semana da quimioterapia (fase NADIR) - tudo o que é crônico agudiza nessa fase de menor imunidade! 15000 plaquetas: não pode mexer, SANGRA MUITO! 55000 normal. Paciente não usa fio dental com menos de 40000 plaquetas!!! Acima pode/deve usar! Eliminação de focos infecciosos pré-quimioterapia e radioterapia: - Solicitar radiografias Periapicais! - Tratamento periodontal. ****Controle de infecções oportunistas com água filtrada e bicarbonato de sódio (bochecho uma vez por dia) - fungos!! Candidíase Hidratação labial - bepantol Mucosites: úlceras - 40-70% dos pacientes em quimioterapia apresentam mucosites. - 90% de rádio + químio fazemmucosites. 1: eritema na mucosa 2: úlceras isoladas com placas pseudomembranosas 3: úlceras coalescidas e pseudomembranosa confluentes 4: necrose Mucosite - sepse - mata o paciente PREVENÇÃO da mucosite: Enxaguatório bucal com flúor; Escovas com cerdas extremamente macias (colgate soft por exemplo); Creme dental: sem lauril sulfato de sódio; Raspadores linguais (saburra lingual); Laser; Crioterapia (chupar gelo normal ou de água de coco - paciente em químio fica nauseado); Suplementos a base de Zinco para proteger a mucosa. Mucosite: pouca saliva!! Alterações de glândula salivar: hipossalivação e xerostomia. - passar saliva artificial semmentol!! Disgeusia: Alteração de paladar (doce com salgado). Trismo Cárie relacionada à radiação - CERVICAIS!!! - relacionada com a hipossalivação Osteorradionecrose terapia cabeça e pescoço (ORN) e osteonecrose terapia com medicações anti reabsortivas ou bifosfonatos (ONB) ****Se o paciente relata que usa “cálcio” na anamnese, pedir o nome correto, normalmente é um bifosfonato. Benzidamina (pastilhas ou spray - spray é melhor pq o paciente commucosite não tem saliva direito para a pastilha) - tratamento de mucosite Observações: **10 gy (greiss) já tem esbranquiçamento da mucosa. Após 50 gy, úlceras. *******Curva de isodose commuitos greiss não pode fazer extração: realizar o sepultamento de raízes (tratada e selada com Ionômero) para evitar reabsorções ósseas. *Pacientes não oncológicos não necessariamente terão mucosite fazendo o uso das medicações. *Final de medicamento: Mabs promove mucosite sempre!! Endo: Paciente oncológico sempre deixa um pouco (1mm) aquém - osteorradionecrose se passar o ápice!!! Infecções oportunistas: pacientes com prótese devem deixá-la de molho na quiboa durante a noite. Infecções fúngicas: Cândida: disseminar a corrente sanguínea pode dar uma candidemia - óbito ***Fluconazol 150 mg para o tratamento de candidíase pseudomembranosa. Medicação sistêmica: 1 cápsula 3 vezes ao dia!!! Osteorradionecrose: Irradiou cabeça e pescoço!! (Osteonecrose não irradiou cabeça e pescoço) Osso hipovascularizado e hipóxico (osso com pouco sangue). Trauma (exo, raspagem, etc) Zometa é o bifosfonato mais usado! O alendronato também émuito usado. - Controlar a metástase óssea - Periapicais, TBP (Terapia Básica Periodontal) Fisiopatologia: inibição da diferenciação osteoclástica De acordo com a exposição de osso, dor e sequestro ósseo (INTERVENÇÃO CIRÚRGICA SÓ COM sequestro ósseo, ele assim não forma coágulo), classifica o estágio. - exposição óssea assintomática TRATAMENTO: Laser com pdt (terapia fotodinâmica); Terapia com antibiótico: Ciprofloxacina + clindamicina; Bochecho com clorexidina; Câmara hiperbálica; Ozônio terapia Fratura patológica: debridamento Metástase óssea!! CONDUTAS: Reepitelização dos alvéolos ANTES de iniciar o uso das medicações anti reabsortivas, pois o alvéolo não fecha - alvéolo necrose. Fim