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2024
CONCEITO DE DIREITO DO TRABALHO
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CONCEITO DE DIREITO DO TRABALHO
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O Conceito do Direito do Trabalho: É o ramo da ciência do direito que tem por objeto as normas, as instituições jurídicas e os princípios que disciplinam as relações de trabalho subordinado, determinam os seus sujeitos e as organizações destinadas à proteção desse trabalho em sua estrutura e atividade (AMAURI MASCARO NASCIMENTO)
Natureza do Direito do Trabalho: Tem como natureza a regulamentação do trabalho de forma individual ou coletiva e tem como corrente majoritária o entendimento que é do ramo de Direito Privado.
A CLT define empregado e empregador nos arts. 2 e 3.
 Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
 
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. (PESSOALIDADE, ONEROSIDADE, SUBORDINAÇÃO E NÃO EVENTUALIDADE).
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é a principal norma legislativa brasileira referente ao Direito do trabalho e o Direito processual do trabalho. Ela foi criada através do Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943 e sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista então existente no Brasil. Seu objetivo principal é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas.
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Evolução Histórica:
Os fatores determinantes do surgimento do Direito do Trabalho têm raízes de natureza econômica, política e jurídica.
Historicamente, o fenômeno remonta à Revolução Industrial, consequência do advento da máquina a vapor na Inglaterra em 1760. 
Embora tenha havido alguns impulsos de movimentos operários, o surgimento do Direito do Trabalho no Brasil deveu-se, fundamentalmente, à iniciativa do Estado, antecipando-se ao acirramento das lutas de classe. Leis esparsas, desde a abolição da escravatura, pontificaram no âmbito trabalhista, como reflexo das transformações que ocorriam na Europa. Influíram também, nas legislações trabalhistas, o compromisso assumido pelo Brasil ao ingressar na OIT, assim como, internamente, a política de Getúlio Vargas. As primeiras leis trabalhistas no Brasil foram inspiradas no Código Italiano.
Em 1943, a legislação versando sobre Direito do Trabalho, existente à época, foi revisada, recopilada e atualizada, surgindo a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, que vigora até hoje, conquanto tenha, ao longo dos anos, sofrido várias modificações, acompanhando a dinâmica do Direito e das relações.
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Evolução Histórica:
OIT
O QUE É OIT- Organização Internacional do Trabalho existe desde 1919, é uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) e tem sede na cidade de Genébra, na Suíça. 
Foi fundada depois da assinatura do Tratado de Versalhes, o documento de paz assinado pelos países vencedores da Primeira Guerra Mundial.
A instituição é formada por representantes de três tipos de entidades: governos, sindicatos de trabalhadores e sindicatos de empregadores. Atualmente conta com a adesão de mais de 180 países.
O objetivo da organização é proteger o emprego e os direitos dos trabalhadores em qualquer parte do mundo. 
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Constitucionalismo social
O constitucionalismo social é o movimento que se caracteriza pela inserção de direitos trabalhistas e sociais fundamentais nos textos das Constituições dos países.
Função social: é a que estabelece que tal ramo jurídico é o meio de realização de valores sociais, pois visa a preservação da dignidade humana do trabalhador, considerada como valor absoluto e universal (justiça social);
DIREITO SOCIAL: Normas de proteção às pessoas economicamente mais fracas. O homem trabalhador é visto como integrante do social e, por sua hipossuficiência, deve ser protegido.
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DIVISÃO DO DIREITO DO TRABALHO:
DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO: é o estudo das relações individuais de trabalho subordinado mantidas por seus sujeitos (empregado e empregador), analisando os direitos e as obrigações decorrentes do contrato de trabalho.
DIREITO TUTELAR DO TRABALHO: compõe -se das normas jurídicas que impõem ao trabalhador e ao empregador deveres jurídicos públicos, com o objetivo claro de conferir maior proteção ao trabalhador.
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO: tem por base as relações coletivas de trabalho (grupos de empregados e grupos de empregadores), os conflitos delas advindos e os órgãos que representam os grupos respectivos. Além disso, o Direito Coletivo do Trabalho abrange as normas jurídicas derivadas da solução dos conflitos coletivos e que são fonte do próprio Direito do Trabalho.
DIREITO PÚBLICO DO TRABALHO: é a parte do Direito do Trabalho composta pelo conjunto de normas e princípios que regulam a relação de cada um dos sujeitos da relação de emprego com o Estado.
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FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. (PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS)
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 7º Direitos dos trabalhadores
Art. 8º Associação profissional ou sindical
Art. 9º Direito de Greve
O artigo 23° CF: Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego.
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FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
FONTES MATERIAIS: FATOS SOCIAIS, RELIGIOSOS, ECONÔMICOS E POLÍTICOS
FONTES FORMAIS
ESTATAIS ou HETERÔNOMAS: 
CONSTITUIÇÃO- É FORMADA POR UM CONJUNTO DE LEIS FUNDAMENTAIS QUE ORGANIZAM E REGEM O FUNCIONAMENTO DE UM PAÍS. É CONSIDERADA A LEI MÁXIMA E OBRIGATÓRIA ENTRE TODOS OS CIDADÃOS DE DETERMINADA NAÇÃO, SERVINDO COMO GARANTIA DE DIREITOS E DEVERES.
LEI- NORMA DE CONDUTAS ESCRITA DE CARÁTER IMPERATIVO, GERAL E PERMANENTE , DERIVADA DO PODER ESTATAL E DODATA DE COERCITIVIDADE.
DECRETO- ATO DE NATUREZA ADMINISTRATIVA CUJA COMPETÊNCIA É PRIVATIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA QUE TEM COMO OBJETIVO IMPLEMENTAR UM COMANDO GENÉRICO CONTIDO EM LEI POR MEIO DE REGULAMENTAÇÃO MAIS DETALHADA, SEM APRESENTAR INOVAÇÕES LEGISLATIVAS, DESTA FORMA, A LEI OBRIGA A FAZER OU DEIXAR DE FAZER, E O DECRETO, NÃO.
SENTENÇA NORMATIVA- CRIA NORMAS E CONDIÇÕES DE TRABALHO, SENDO JULGADO PELO TRIBUNAL PARA SOLUCIONAR CONFLITOS COLETIVOS. UMA SENTENÇA NORMATIVA TEM PRAZO DE 4 ANOS DE VIGÊNCIA. (PRECEDENTE NORMATIVO 120, TST) EX: ADICIONAL DE PRODUTIVIDADE
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FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
FONTES FORMAIS
2. PROFISSIONAIS ou AUTÔNOMAS : 
CONVENÇÃO COLETIVA- NEGOCIAÇÃO ENTRE SINDICATOS, DE UM LADO O SINDICATO DO TRABALHADOR E DO OUTRO O SINDICATO DO EMPREGADOR
ACORDO COLETIVO- NEGOCIAÇÃO ENTRE SINDICATO DOS TRABALHADORES COM A EMPRESA
REGULAMENTO – É CELEBRADO O CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO, O EMPREGADOR ASSUME A OBRIGAÇÃO PATRONAL, PODER DE ORGANIZAR, REGULAMENTAR, FISCALIZAR E DISCIPLINAR. É UMA FACULDADE DO EMPREGADOR DE ELABORAR UM ESTATUTO, DESDE QUE NÃO SEJA DESFAVORÁVEIS AS CONDIÇÕES DE TRABALHO AO EMPREGADO.
CONTRATO DE TRABALHO- É o acordo de vontade, tácito ou expresso, pelo qual uma pessoa física coloca seus serviços à disposição de outrem, a serem prestados com pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e subordinação ao tomador. 
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HIERARQUIA DAS FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
Tradicionalmente entendia-se que no Direito do Trabalho deveria ser aplicada sempre a norma que oferecesse maiores vantagens ou benefícios ao trabalhador, critério estefundamentado no princípio protetor do Direito do Trabalho.
Com a Reforma Trabalhista não é possível falar em norma mais benéfica (prevê o art. 620 da CLT que as condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho) e na possibilidade de que a convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho tenham prevalência sobre a lei, não sendo feita qualquer exigência no sentido de que isso somente ocorra quando contenham previsão mais benéfica para o trabalhador, até porque o legislador impede que a Justiça do Trabalho faça qualquer valoração nesse sentido, pois este limita sua atuação à análise apenas da conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitando o princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva.
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HIERARQUIA 
Vólia Bomfim afirma que o que a reforma fez foi “retroceder o Direito do Trabalho”, flexibilizando a relação de trabalho. Tornou o Direito de Trabalho mais privativo e mudou a forma de pensá-lo”. 
A desembargadora afirma que a reforma faz uma inversão na pirâmide trabalhista, pois, o Direito segue a pirâmide de Kelsen, que prioriza, hierarquicamente, a Constituição, depois as leis complementares, leis ordinárias, convenções e acordos coletivos, costumes, sentenças normativas, nessa ordem. Já no Direito Trabalhista, tem-se um dinamismo: é hierarquicamente maior a norma que mais favorável ao trabalhador, a condição mais benéfica, mesmo se essa norma viesse do próprio regulamento da empresa. Contudo, esse dinamismo acabou com a reforma.
POR FIM, na prática, cabe aos juízes e tribunais a missão de dizer quais são o sentido e alcance da lei, aplicando-a na solução dos conflitos submetidos à sua apreciação. 
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PRINCÍPIOS DO TRABALHO:
Princípios específicos do Direito do Trabalho:
Princípio da proteção: Este princípio tem a finalidade de proporcionar uma compensação da superioridade econômica do empregador em relação ao empregado. Essa proteção está relacionada a questão jurídica. O princípio em tela protege a relação empregatícia contra a dispensa arbitrária ou sem justa causa. Esse princípio residência permanente é o inc. I do art. 7º da CF e o art. 10 do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). encontra-se em harmonia com a Convenção 158 da OIT, que se destina a proteger o trabalhador contra a dispensa que não seja econômica, social ou juridicamente justificável. O princípio da proteção, subdivide-se em outros subprincípios.
A.1- In dubio pro operário: A regra “in dubio pro operário” é regra de interpretação de normas jurídicas, quando houver uma regra com diversas interpretações possíveis, o operador do direito deve aplicar aquela que for mais vantajosa ao operário. Tem finalidade de proteger a parte mais frágil na relação jurídica.
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A.2- Aplicação da condição mais benéfica ao trabalhador: Segundo a regra da condição mais benéfica, a aplicação de uma nova norma trabalhista nunca pode significar diminuição de condições mais favoráveis em que se encontra o trabalhador. As condições mais favoráveis devem ser verificadas em relação às situações concretas anteriormente reconhecidas ao trabalhador, e que não podem ser modificadas para uma situação pior ou menos vantajosa. 
A.3- Princípio de proteção ao salário: O princípio de proteção ao salário é desdobrado em três princípios, todos previstos no art. 7º da CF, como o princípio da garantia do salário mínimo com reajustes periódicos que assegurem o poder aquisitivo do trabalhador e sua família (inc. IV), o princípio da irredutibilidade salarial (inc. VI) e o princípio da isonomia salarial (XXX).
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A.4-Princípio da proteção ao mercado de trabalho da mulher: Esse princípio, que está consagrado no inc. XX do art. 7º da CF, tem por escopo estabelecer ações afirmativas em prol das mulheres trabalhadoras. Visa, sobretudo, corrigir as injustiças históricas e as discriminações que sofrem as mulheres no mercado de trabalho em relação aos homens.
A.5-Princípio da proibição ao trabalho infantil e da exploração do trabalho do adolescente: A Constituição Federal (art. 7º, XXXIII) proclama expressamente a proibição de qualquer trabalho aos menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos, e proibiu o trabalho noturno, insalubre ou perigoso aos menores de dezoito anos.
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A.6- Princípio da proteção ao meio ambiente do trabalho: O princípio da proteção ao meio ambiente do trabalho (CF, art. 225 c/c o art. 200, VIII)é implementado por meio de outros princípios previstos no art. 7º do texto constitucional, a saber: princípio da limitação da duração do trabalho (incs. XIII, XIV, XV, XVI e XVII); princípio da redução dos riscos inerentes ao trabalho (inc. XXII); princípio da obrigatoriedade de seguro contra acidentes de trabalho (inc. XXVIII, 1ª parte); princípio da responsabilidade civil do empregador pelos danos morais e materiais sofridos pelo trabalhador (inc. XXVIII, 2ª parte); princípio do pagamento de adicionais de remuneração para as atividades insalubres, perigosas ou penosas (inc. XXIII).
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B) Princípio da irrenunciabilidade de direitos: Está relacionado à proibição do trabalhador de renunciar direitos que são inerentes a ele e inegociáveis, diz respeito à impossibilidade de que o trabalhador prive-se voluntariamente, em caráter amplo e por antecipação, de direitos que lhe são garantidos pela legislação trabalhista, a fundamentação deste princípio encontra-se no art. 9º da CLT: “Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente consolidação”.
C) Princípio da continuidade da relação de emprego: Este princípio consiste no objetivo que têm as normas trabalhistas de dar ao contrato individual de trabalho a maior duração possível e tem por fundamento o fato de ser o contrato de trabalho um contrato de trato sucessivo, que não se esgota com a execução de um único e determinado ato, mas, ao contrário, perdura no tempo, regulando obrigações que se renovam. A continuidade da relação de emprego como princípio do Direito do Trabalho fundamenta -se no fato de que nela está a fonte de subsistência e de sustento do empregado e de sua família, tendo nítida natureza alimentar. 
A regra é ser contrato por prazo indeterminado.
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D) Princípio da primazia da realidade: O princípio da primazia da realidade, derivado da ideia de proteção, tem por objetivo fazer com que a realidade verificada na relação entre o trabalhador e o empregador prevaleça sobre qualquer documento que disponha em sentido contrário. Assim, em caso de discordância entre a realidade emanada dos fatos e a formalidade dos documentos, deve-se dar preferência à primeira. (Os fatos valem mais do que os documentos).
E) Princípio da razoabilidade: É o princípio que “consiste na afirmação essencial de que o ser humano, em suas relações trabalhistas, procede e deve proceder conforme a razão”, ou seja, nas relações de trabalho as partes e os operadores do Direito devem sempre buscar a solução mais razoável para os conflitos dela advindos. 
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F) Princípio da boa-fé: Este princípio abrange tanto o empregado como o empregador. No primeiro caso, baseia-se na suposição de que o trabalhador deve cumprir seu contrato de boa-fé, que tem, entre suas exigências, a de que coloque todo o seu empenho no cumprimento de suas tarefas. Em relação ao empregador, supõe que deva cumprir lealmente suas obrigações para com o trabalhador. Assim, a boa-fé é elemento que deve estar presente não só no momento da celebração do contrato de trabalho, mas, principalmente, na sua execução.
G) Princípio da proibição de discriminação: Esse princípio desdobra-se em outros três, todos previstos no art. 7º da CF, a saber: princípio da proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil (inc. XXX); princípio da proibição de qualquer discriminaçãono tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador com deficiência (inc. XXXI) e princípio da proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos. A Lei 13.467/2017, no entanto, na contramão do princípio da proibição de discriminação, incluiu um parágrafo único no art. 444 da CLT, criando a figura do “empregado hipersuficiente”, uma vez que autoriza “a livre estipulação” nos contratos individuais de trabalho às hipóteses previstas no art. 611-A da CLT: “com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social”.
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H) Princípio do reconhecimento das convenções e acordos coletivos: A Constituição Federal de 1988, ao proclamar que o Brasil é uma república e que tem por fundamento instituir um Estado Democrático de Direito, reconhece as convenções e acordos coletivos como instrumentos de ampliação do catálogo dos direitos fundamentais sociais dos trabalhadores (art. 7º, XXVI). Tais instrumentos normativos, portanto, devem ser celebrados nos estreitos limites do próprio texto constitucional, razão pela qual não podem, por exemplo, instituir piso salarial inferior ao salário mínimo ou estipular jornada de trabalho exaustiva. Vale dizer, o princípio do reconhecimento das convenções e acordos coletivos deve estar em sintonia com os demais princípios constitucionais, especialmente aquele previsto no caput do art. 7º da própria CF. Nesse sentido, o TST editou a OJ-SDC- 30.
I) Princípio das garantias mínimas ao trabalhador: As partes são livres para, no momento da celebração do contrato, ajustarem as condições que lhes aprouverem, desde que respeitem as normas legais de proteção do trabalhador, as convenções e acordos coletivos, as decisões das autoridades competentes em matéria trabalhista (CLT, art. 444). Aliás, esse princípio encontra-se intimamente vinculado ao princípio da fonte normativa mais favorável, previsto no caput do art. 7º da CF. Ademais, esse princípio encontra-se reproduzido expressamente no art. 114, § 2º, da CF, impondo limites ao exercício do Poder Normativo da Justiça do Trabalho para que esta, ao decidir o conflito, respeite “as disposições legais mínimas de proteção ao trabalho”.
PELA ATENÇÃO
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