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DIREITO DE FAMÍLIA: ● CASAMENTO: ➢ CONCEITO E PRESSUPOSTO: espécie de contrato de família que tem como objetivo a união do homem e da mulher (entre pessoas) para o estabelecimento de uma comunidade de vida, por assim dizer. É a união legal entre homem e mulher (entre pessoas) com o intuito de constituição de uma família legítima. É ato pessoal, porque cabe unicamente aos nubentes manifestar sua vontade (embora se admita casamento por procuração) e solene, por se tratar de negócio jurídico que exige certa formalidade para sua validade e cumprimento. Para que o casamento seja válido é fundamental que exista consentimento entre eles. A ausência de um destes pressupostos acarreta a inexistência do ato. ART. 1.511 CC – o casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. ART. 1.513 CC – é defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família. ➢ CAPACIDADE E PROCEDIMENTO: "O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil" (art. 1.517 do CC). Os noivos, capazes, deverão requerer a instauração do processo no Cartório de Registro Civil de seu domicílio (se de municípios diferentes, pode ser em qualquer um e o edital será publicado nos jornais de ambos). O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos nubentes, e deverá ser instruído com os seguintes documentos: certidão de nascimento ou documento equivalente (cédula de identidade ou o título de eleitor, por exemplo. Destina-se a comprovar a idade núbil, sendo que aqueles que não tenham completado dezesseis anos somente poderão casar para evitar a imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez); autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra (se os nubentes ainda não tiverem completado dezoito anos deverão apresentar autorização, por escrito, de seus pais ou tutores, ou prova de ato judicial que supra a autorização ou demonstre que houve emancipação. A autorização deve ser dada por ambos os pais, salvo exceções. A anuência dos pais ou tutores do menor poderá ser revogada até a celebração do casamento); declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir qualquer impedimento que os iniba de casar; declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos (memorial); certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio ●