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Sumário INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3 CAPÍTULO 1 – TIPOS TEXTUAIS ........................................................................................ 11 CAPÍTULO 2 – GÊNEROS TEXTUAIS ................................................................................ 13 CAPÍTULO 3 - TEXTO DISSERTATIVO .............................................................................. 14 DISSERTAÇÃO-ARGUMENTATIVA ................................................................................ 15 DISSERTAÇÃO-EXPOSITIVA ........................................................................................... 19 CAPÍTULO 4 - ARTIGO DE OPINIÃO ................................................................................. 26 CAPÍTULO 5 – TEXTO DESCRITIVO .................................................................................. 28 DESCRIÇÃO ......................................................................................................................... 28 CAPÍTULO 6 – TEXTO NARRATIVO .................................................................................. 31 NARRAÇÃO .......................................................................................................................... 31 CAPÍTULO 7 - INTERTEXTUALIDADE ............................................................................... 38 CAPÍTULO 8 – GÊNEROS JORNALÍSTICOS ................................................................... 40 DESTRICHANDO A NOTÍCIA ............................................................................................ 44 CAPÍTULO 9 – DICAS DE OURO ........................................................................................ 50 COESÃO E COERÊNCIA ................................................................................................... 56 CAPÍTULO 10 – ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS ................................................... 62 CAPÍTULO 11 – CRITÉRIOS DE CORREÇÃO .................................................................. 64 CAPÍTULO 12 - EXERCÍCIOS ............................................................................................... 71 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 102 INTRODUÇÃO O ato de escrever é uma atividade interativa de expressão, de manifestação verbal das ideias, informações, intenções, crenças ou dos sentimentos que queremos compartilhar com alguém e interagir com ele. A principal condição para iniciar uma escrita é: ter o que dizer, já que não há conhecimento linguístico capaz de suprir a falta de assunto ou domínio do tema. As palavras têm a função de mediadoras, fazendo a ponte entre quem fala ou escreve e quem escuta ou lê. A escrita cumpre funções comunicativas socialmente específicas e relevantes, ela está presente em nossas vidas como forma constante de atuação no trabalho, na escola, na vida social em geral. Pela escrita alguém informa, adverte, avisa, comenta, descreve, anuncia, explica, comenta, argumenta, instrui, documenta, resume, registra, organiza, faz literatura e divulga o seu trabalho, mas caso faltem ideias e informações a tarefa primordial é ampliar nosso repertório de informações e sensações, expandir nossos horizontes de percepção das coisas começando pela leitura. A leitura é uma importante ferramenta para a organização do mundo interno da criança e de seu desenvolvimento intelectual, já que a produção cultural coletiva dá acesso à diversas culturas. E para tal feito, é preciso escolher a dedo os profissionais que mediarão essas conquistas das crianças. Inserir a literatura no cotidiano das crianças significa favorecer momentos de prazer e apreciação, e ao mesmo tempo, de múltiplas aprendizagens. A leitura proporciona experiências que as permitem viver intensamente emoções e sentimentos, ampliando o seu olhar sobre o mundo, sobre diferentes épocas e culturas. Assim como elas, os profissionais da educação precisam ser leitores vorazes e uma forma de verificar isso, além das questões de interpretação de texto, é solicitando a escrita de uma redação. Essa solicitação é muito temida por todos os candidatos de concurso, mas não se preocupe. Se você tem uma boa relação com a leitura, essa será uma forte chave para a construção de uma boa redação. Os avaliadores percebem através dos inúmeros benefícios que o ato de ler traz aos seus praticantes. Os aspectos cognitivos desenvolvidos em uma pessoa leitora são: • A linguagem oral e escrita, já que a leitura beneficia o desenvolvimento intelectual e cognitivo, sobretudo pelo aumento do vocabulário, enriquecendo as expressões orais; • A estrutura da palavra, ocorre um aprendizado processual por meio do contato com as narrativas e o modo pelo qual as palavras e frases se estruturam; • Diversas culturas, o acesso à diversidade de narrativas, discursos e símbolos de outras culturas presentes nos textos ampliam as possibilidades de compreender o mundo; • Pensamento em voz alta, estimula a criatividade e a imaginação. Essa prática permite a criança seguir uma linha de raciocínio coerente e inferir situações implícitas; • Apropriação da linguagem, a criança começa a compartilhar socialmente reflexões e ideias de forma mais clara e forma futuros leitores e escritores; • Relações temporais, exige da criança a capacidade de abstração, aos poucos os pequenos vão se tornando capazes de organizar os acontecimentos da narrativa no tempo. Os aspectos socioculturais da leitura: • Acesso ao patrimônio cultural, ler em voz alta é uma forma de colocar a criança em contato com a memória coletiva e com as produções culturais da sociedade em que vive, assim como de outras; • Repertório discursivo, o contato com histórias proporciona, aos leitores iniciantes, o conhecimento de símbolos culturais e formas de expressão; • Combate à desigualdade, oferece à criança ferramentas para que amplie seu vocabulário e aprenda alternativas de estruturar o seu discurso; • Amadurecimento, ao ler, o leitor adquire capacidade de se comunicar com destreza suficiente para que seu discurso seja realmente escutado; • Apropriação estética da leitura, um caminho expressivo e comunicativo do qual podem se apropriar, tanto como produtores de arte quanto como apreciadores. Os aspectos emocionais da leitura: • Memórias positivas, as experiências positivas a partir da leitura em voz alta deixam marcas, e quando maiores, resgatam o prazer e se tornam leitores autônomos; • Compreensão da própria história, a ressignificação criativa ajuda o leitor a compreender a própria história e atribuir novas possibilidades e sentidos para suas vivências; • Identificação e empatia, o ato de ler desenvolve a capacidade de se colocar no lugar do outro seja na fantasia ou na realidade; • Experiência emocional, a identificação da leitura aumenta e oferece elementos para lidar com a fantasia; • Enfrentando emoções, a leitura permite o enfrentamento de angústias e conteúdos internos assustadores, como medos e fantasias; • Visão de mundo, os textos nos ajudam a reorganizar criativamente nossos próprios fragmentos internos, a lidar com as nossas emoções e sentimentos e a encontrar caminhos para os conflitos. Éric Jamet em seu livro chamado “Leitura e Aproveitamento Escolar” traz o tema da leitura e as suas dificuldades, o autor tem o objetivo de sanar dúvidas e explicar os processos muitas vezes desconhecidos que ocorrem em nosso cérebro ao se realizar uma leitura, ele pretende divulgar ao grande público as pesquisas efetuadas em laboratório afim de que todos saibam que essa atividade é resultado de um processo longo e complexo que inicia-se com o estímulo visual em que se é localizadauma delas e julgue quais se adequam melhor e serão bem utilizadas. É importante conseguir pensar em pelo menos três argumentos bem formulados, pois menos que isso poderá prejudicar a qualidade do resultado. Feito isso, você já pode começar a estruturar a sua redação pois dessas anotações surgirá a sua tese. Abra sua dissertação apresentando a sua tese e, então, parta para a defesa por meio dos argumentos. DICA 3: Mantenha-se atualizado Os temas para as redações de concursos e grandes vestibulares sempre solicitam conhecimento das atualidades, contando sempre com um tema atual relevante a nível nacional ou global. Por isso, é importante ficar atento às novidades por meio de notícias e jornais. Alguns assuntos que podem ser abordados são: • Pandemia do coronavírus; • Saneamento básico; • Violência doméstica; • Uso da tecnologia; • Questão indígena; • Proteção ambiental; • Preconceitos; • A educação em tempos de pandemia; • Educação no Brasil. Estudar questões de Atualidades e Conhecimentos Gerais podem ajudar não somente na prova, mas também na escrita dissertativa, já que essas disciplinas naturalmente abordam discussões pertinentes ao cenário atual. Então, quando você estiver treinando as perguntas e respostas dessas matérias, anote os temas recorrentes para pesquisar mais a fundo depois. Leia e pesquise bastante sobre as principais discussões do momento, porque você ficará por dentro do que está acontecendo e ainda internalizará a forma escrita. A leitura é um excelente mecanismo para desenvolver vocabulário e compreender a estrutura textual. Sem contar que você abre a possibilidade de aprender argumentos e ideias inovadoras que irão melhorar seu texto. Treine constantemente a sua escrita seguindo alguns passos: • Pesquise na internet ou em meios de comunicação um conteúdo relevante; • Escreva qual é o problema central; • Trace uma linha de raciocínio que percorrerá o texto; • Anote as palavras-chave e citações que podem ser utilizadas; • Faça um rascunho se atendo a 30 linhas, que é o limite adotado nas provas de concurso normalmente; • Releia o que você escreveu com atenção e faça as devidas adequações de sentido e gramaticais, porque até os menores erros de português podem diminuir sua nota; • Passe a limpo. DICA 4: Cronometre seu tempo de redação Simule o momento da redação de concurso. Normalmente, os candidatos têm quatro horas para fazer a prova objetiva e discursiva. Ou seja, sobra uma hora, mais ou menos, para compor um texto de 30 linhas. Por isso, é importante ter noção de quanto tempo você leva para realizar todos os passos: argumentos, rascunho e texto final. Cronometrar o seu tempo e construir um ritmo de escrita ajuda na organização e planejamento do texto. DICA 5: Use sempre linguagem formal Não se baseie na oralidade e não use gírias ou expressões populares. Na hora de escrever um texto, é importante sempre usar a linguagem formal. Mas isso não significa usar palavras difíceis e rebuscadas. Por isso, seja direto e use linguagem simples, porque trazer termos que você não tem tanto domínio pode comprometer sua redação. Além do que, a grande frequência de palavras científicas e técnicas pode poluir a leitura e prejudicar o sentido do texto. Isso não quer dizer que você não deva usar vocabulário específico. Quando necessário e se você tiver certeza do que determinada palavra significa, o uso dela pode enriquecer o seu texto. Atente-se também para: • Sinônimos: às vezes você precisará usar um termo novamente, mas a repetição deixa a redação pobre; • Figuras históricas: evite, a não ser que seja indispensável, porque caso você se engane com uma informação, toda verossimilhança do seu texto será prejudicada; • Clichês, vícios de linguagem e senso comum: evite expressões da fala e ideias muito gerais que são faladas por muitas pessoas, pois isso mostra falta de conhecimento sobre o assunto; • Uso da terceira pessoa: quando for dar uma opinião ou afirmar algo, prefira “acredita-se”, “discute-se”, “afirma-se” e evite expressões como “eu acho” ou “eu penso”. Estude com frequência a gramática portuguesa para saber as conjugações e tempos verbais corretos, bem como se familiarizar com o uso de pronomes e conectores estabelecendo uma ordem lógica entre as frases e parágrafos. Assim, sua redação ficará coesa, ou seja, conectada, pois uma sentença estará ligada a outra seguindo uma ideia de condição, semelhança, finalidade, conclusão etc. Bem como terá um sentido geral e objetivo dentro da linha de raciocínio. DICA 6: Leia com atenção o tema da redação da prova de concurso As redações de concurso geralmente vêm com textos de apoio para o candidato saber do que é preciso falar. Então, assim como nos treinos em casa, leia com bastante atenção sobre o assunto a ser trabalhado. Destaque as palavras-chave e partes importantes que podem ser usadas no seu texto. Nesse momento é muito importante entender o que está sendo pedido, porque a fuga do tema pode zerar sua redação. DICA 7: Faça um esboço Algumas organizadoras deixam explícito na prova exatamente o que elas querem que o candidato aborde em cada parágrafo, então você deve seguir exatamente o que for pedido. Já outras examinadoras deixam livre. Porém, é sempre bom ter uma noção da ordem que você irá apresentar os argumentos para não ficar indo e voltando no texto. Sendo assim, crie uma estrutura de tópicos formando uma linha de raciocínio clara. Para isso: • Marque as palavras-chave nos textos de apoio; • Defina o foco do seu texto: negar, apoiar, justificar ou explicar algo; • Escolha os argumentos principais e coloque-os em ordem: o que será dito no primeiro, segundo e terceiro parágrafos do desenvolvimento. Lembrando que a introdução é uma explanação geral do que o texto irá tratar e a conclusão é uma retomada da ideia principal. Vale ressaltar também que algumas bancas dão um tema único para propostas diferentes e você sempre deve marcar qual escolheu. Já o título, geralmente, não é necessário numa redação para concurso. No entanto, caso a prova o exija, ele é a última coisa que você deve escrever, pois o título é um resumo do texto inteiro em uma linha. DICA 8: Organize o seu texto previamente Você já montou os tópicos, então agora é hora de pensar em parágrafos. Defina um tamanho médio para seus parágrafos e tente ser consistente. O ideal é utilizar apenas um argumento por parágrafo para poder explanar bem sem ficar cansativo, deixando um gancho para o próximo, pois uma ideia puxa a outra. Então, inicie cada um deles com um conector, como: contudo, portanto, pois, desse modo etc. Assim você conseguirá ligar os pontos de uma forma que faça sentido para o leitor. DICA 9: Realize a revisão do texto Assim que você terminar seu rascunho, descanse um pouco e volte para revisá-lo. Dar um tempo antes de reler a redação é importante porque, quando você retornar ao que escreveu, ficará mais fácil ver possíveis erros. Quando você se afasta e faz outra coisa, ao reler é como se estivesse lendo algo novo e os equívocos saltam aos olhos. Essa é uma prática importante para garantir que não haja erros gramaticais, de coesão, de coerência e de escrita. É nesse momento que você vai notar se tem alguma palavra faltando, um conector errado ou uma conjugação equivocada. Caso você retorne à redação imediatamente ao terminar, provavelmente vai deixar passar vários detalhes que podem diminuir a sua nota. DICA 10: Leia com atenção na hora de passar a limpo Depois de revisar o texto, é hora de passar a limpo e, nesse momento, é preciso muita atenção. Fique atento, inclusive para corrigir errinhos que ainda ficaram após a revisão. Confirme se o que você colocou no cartão resposta está de acordo com o rascunho, porque equívocos podem gerar rasuras, que não são boas esteticamente, e perda de espaçona folha. Outra coisa que é muito importante ao passar a limpo é fazer uma letra legível, não necessariamente bonita, mas o examinador precisa entender o que você está dizendo. Não adianta escrever uma super redação se quem for corrigir não conseguir compreender o conteúdo. Então, muita atenção à caligrafia. Além disso, é essencial respeitar as margens do cartão resposta. Por isso, não escreva fora do quadro: nem para os lados nem a mais das linhas estipuladas. Tudo que estiver fora das margens da folha será desconsiderado. O seu texto precisa ser coeso e coerente para passar pela banca examinadora e te render uma boa nota e isso significa que ele precisa ter as suas ideias conectadas e em uma ordem que favoreça o entendimento, sem espaços para ambiguidade. COESÃO E COERÊNCIA Para que o texto alcance o propósito de transmitir ao leitor o conteúdo que se deseja de maneira clara e compreensível, é fundamental que ele tenha coesão e coerência, independentemente do tipo textual utilizado. A coesão nada mais é que a união de frases, orações e, até, de parágrafos por meio de conectores. A coesão tem relação com o uso adequado das palavras de forma que haja uma ligação e complementação entre as partes do texto (períodos e parágrafos). Para que isso ocorra, alguns elementos devem ser usados. A substituição é um deles e consiste na troca de palavras que tenham o mesmo significado para evitar repetições. Outras possibilidades são a utilização de elipse, com a omissão de determinados componentes; as conjunções, que ligam orações; e os pronomes pessoais e demonstrativos para se referir às situações ou pessoas já citadas no decorrer do texto. COESÃO CONEXÃO: Estabelecimento de relações sintático-semânticas. - Preposições; - Conjunções; - Advérbios. ASSOCIAÇÃO: Seleção lexical. - Por antônimos; - Por diferentes modos de relações de parte/todo. REITERAÇÃO: SUBSTITUIÇÃO: - Substituição gramatical; - Substituição lexical; - Elipse. REPETIÇÃO: - Paráfrase; - Paralelismo; - Repetição. SEQUENCIAL REFERENCIAL ORGANIZAÇÃO DOS FATOS NO TEMPO DO TEXTO. CONEXÃO ENTRE ORAÇÕES, PALAVRAS E PARTÍCULAS DO TEXTO POR UM REFERENCIAL OS TIPOS DE COESÃO: É um dos meios que garante a unidade semântica e a organização de um enunciado. A coesão textual tem a ver com a maneira como se processa a ligação entre os componentes de um texto, de modo a transmitir-se corretamente a ideia apresentada. A coerência quer dizer a lógica dos conceitos ou ideias apresentadas. Para que isso seja possível, é fundamental, por exemplo, que se conheça a fundo o que será descrito no texto para evitar contradições e redundâncias. Também é importante ter clareza na exposição do conteúdo, para que o leitor compreenda o que o texto quer dizer. Evite em seu texto: • “Queismo”: o uso excessivo da palavra “que” empobrece o texto; • Gerúndio: eventualmente você irá usar um verbo no gerúndio, mas muito disso aproxima a redação da oralidade e demonstra falta de conhecimento no uso de outras conjugações; • Pontuações que você não domina: alguns sinais como a exclamação, reticências, aspas e ponto e vírgula têm usos muito específicos. Então, se você não tem certeza, é melhor não os usar; • A palavra “não”: prefira escrever frases afirmativas com expressões que indiquem sentido negativo; • Uso do imperativo: não caia na tentação de aconselhar o seu interlocutor, usando os verbos no modo imperativo e nem expressões informais, evite também o uso do pronome de tratamento “você”; • Cuidados com a poluição gráfica do texto: evite poluir o texto com exagero de exclamações, interrogações, travessões, aspas ou reticências; • Generalizações e repetições (modismos e pleonasmos): cuidado com o pleonasmo vicioso, redundância e a tautologia. A aparição dessas características em seu texto pode empobrecer a sua redação pois trata-se de repetições desnecessárias tornando o texto prolixo e cansativo. NÃO COMENTA ESSES ERROS EM SUA REDAÇÃO Conheça os principais erros que você deve evitar em seu texto: CACOFONIA: - Sons desagradáveis gerados pela jução de duas palavras. Ex: Eu vi ela comendo uma manga Você a viu? Ou está falando da viela? AMBIGUIDADE: - Frases que geram duplo sentido. Ex: Hoje vamos ao desfile de tênis Vão à um desfile calçando tênis? Ou vão à um desfile ver tênis? O esporte? ou o calçado? PLEONASMO VICIOSO: - Repetição desnecessária de uma informação na mesma frase. Ex: Saiu para fora, subir para cima QUEÍSMO - Uso excessivo do “que”. Ex: Que dia que eu poderei vê-la, sendo que ainda está viajando? PLEBEÍSMO - Utilizar expressões populares e informais em excesso. Ex: Né? Boto fé! BARBARISMO - Emprego incorreto de uma palavra ou expressão. Ex: Sombrancelha, previlégio, simplismente etc. ECO - Terminações com os mesmos sons. Ex: Aconteceram milhões de explosões em turbinas de aviões pela falta das substituições. REDUNDÂNCIA: - Dizer a mesma coisa mais de uma vez em uma frase. Ex: O candidato apresentou projetos e um desses projetos que o candidato falou era para a criação de empregos. Atente-se para utilizar: • Linguagem simples e clara: imagine que você está falando para uma criança de 10 anos e seu objetivo é se fazer entendido por ela; • Fragmentação das frases e sonoridade: sentenças longas fazem o leitor se perder, mas tenha cuidado para não exagerar. Dê preferência para frases curtas, pense nas ideias e escreva um período para cada. Opte também pelo uso da voz ativa. E atente-se para não usar frases fragmentadas; • Ordem direta: prefira orações que sigam a ordem “sujeito, verbo e complemento”, porque assim você evita o uso excessivo da vírgula e interpretações de duplo sentido; • Conectores: esses podem ser conjunções, preposições, advérbios, locuções adverbiais, entre outros. O importante é estabelecer relações que permitam estabelecer entre as frases uma interdependência e uma sequenciação, um encadeamento entre as ideias que faça com que o texto progrida linearmente. • Dois pontos e travessão em diálogos: se o seu texto tiver uma conversa entre personagens, utilize dois pontos e travessão para indicar as falas. Fique atento também à colocação pronominal nas provas de redação em concurso. Ela se refere ao uso de pronomes pessoais oblíquos átonos (me, te, se, o(s), a(s), lhe(s), nos, vos) que retomam os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele(a), eles(as), nós, vós). Existem três formas de usá-los: • Próclise: o pronome aparece antes do verbo quando existe um termo que inicie a frase. Exemplo: Naquele país se fala francês e isso me motiva a estudar a língua. • Ênclise: o pronome aparece depois do verbo separado por um hífen, pois não existe outro termo iniciando a frase e um pronome oblíquo não pode estar no começo. Exemplo: Inscreva-se no concurso aberto. • Mesóclise: o pronome aparece no meio do verbo. No entanto, essa forma quase não é utilizada por ser muito formal. Exemplo: Cantar-lhe-ia uma música se ela aparecesse na janela. CAPÍTULO 10 – ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS Argumentar é convencer o leitor, convencê-lo do que você pensa e persuadi-lo. O ato de argumentar é, antes de tudo, expressar uma convicção, um ponto de vista, um juízo de valor desenvolvido de maneira objetiva, clara e coerente com objetivo de persuadir, com argumentos, um provável interlocutor/leitor. As estratégias argumentativas serão utilizadas por você apenas no desenvolvimento. Começar o texto com um bom repertório já garante um nível de conhecimento muito bom e o corretor pode perceber que você saiu do senso comum, você tem marcas de autoria e possui senso crítico. Raciocínio lógico, ou causa e consequência, que consiste em explicar as razõespara se posicionar de determinada forma e criar uma linha de raciocínio, apresentando o problema e como ele se manifesta na sociedade. Ao entrar nessa linha de raciocínio, o leitor acaba sendo convencido. Exemplificação que é a apresentação de casos de conhecimento público ou alusões históricas em que o seu ponto de vista se mostrou correto e usar como exemplo, procure usar casos fortes, chocantes e que ficaram marcados Dados estatísticos introduzindo dados em sua redação, mas se você não se lembrar de nenhum, fique tranquilo e confira os textos motivadores na proposta de redação, eles sempre trazem alguma pesquisa e é interessante que você as utilize. Argumento de autoridade traga a fala de uma pessoa que seja autoridade nesse assunto, pois a banca examinadora irá perceber que um especialista no assunto concorda com o seu posicionamento. Escolha uma pessoa conhecida pelo público e nunca esqueça de colocar o nome dela junto com a frase. Contrapondo um ponto de vista contrário você pode utilizar essa estratégia argumentativa para cortar os argumentos contrários que possam vir enquanto o leitor aprecia o seu texto. Cite o ponto de vista contrário e já o refute totalmente. Comparando mostre que a sua forma de pensar já deu certo quando posta em prática em determinado lugar e resolveu problemas já é uma forma de convencer o leitor do seu ponto de vista. Logo, para se conseguir a persuasão é necessário o uso de algumas regras e técnicas estabelecidas pela Retórica, de Aristóteles, e pela Neorretórica que traz para a contemporaneidade parte das ideias aristotélicas: 1. Usar vocabulário adequado (variante padrão), variado e preciso; 2. Dominar os mecanismos da sintaxe e da semântica; 3. Verbalizar um repertório sociocultural lógico e comum ao interlocutor/ leitor; 4. Apresentar progressão temática (o texto tem, necessariamente, de progredir); 5. Conhecer a estrutura do texto dissertativo-argumentativo; 6. Saber escolher e organizar os argumentos em defesa da tese; 7. Articular, de forma coesa, as partes do texto, fazendo a conexão entre frases, períodos e parágrafos. CAPÍTULO 11 – CRITÉRIOS DE CORREÇÃO Como saber o que o corretor da redação quer? Para responder essa pergunta a única maneira é se ater à proposta e coletânea fornecida pela sua banca: ● Sempre apresentará alguma dificuldade a ser superada; ● Os avaliadores querem sugestões para proposta de intervenção; ● Acompanhar as notícias e os meios de comunicação; ● Pensar no problema do ponto de vista educacional; A banca e o avaliador mudam de acordo com a instituição que ele representa, então para se preparar melhor é interessante se atentar ao edital do concurso, pesquisar sobre a banca examinadora responsável e analisar provas e correções anteriores. Uma análise profunda do edital do concurso é essencial para todo e qualquer concurseiro, e isso não é diferente a respeito da redação. É recomendável que você levante o maior número de informações por meio da melhor fonte de dados sobre sua prova. O edital, pode lhe auxiliar desde a inscrição até o momento de realização da prova. CRITÉRIOS BASE PARA A CORREÇÃO DA REDAÇÃO Critério 1: Domínio da norma culta Critério 2: Compreensão do tema; Critério 3: Atendimento ao gênero textual; Critério 4: Sofisticação do repertório sociocultural; Critério 5: Conhecimento dos mecanismos linguísticos para a construção textual. Foque nesses cinco procedimentos essenciais que auxiliam na correção e avaliação de produções textuais. ✓ o autor conseguiu expressar no texto o que foi proposto? É importante observar se o texto se adequa à proposta de redação, atente- se ao gênero textual solicitado e se cumpre o objetivo para o qual se destina. ✓ as ideias foram apresentadas com clareza? Verifique se a pontuação está aplicada corretamente ou se está comprometendo o entendimento do texto ou se cabe a substituição de palavras por sinônimos, faça isso para que não restem informações ou argumentos que possam causar estranheza ao leitor. ✓ há assuntos sobrando ou faltando em relação à proposta apresentada? Observe se o texto está bem estruturado, se as partes estão claras e bem- organizadas. Analise se as ideias e as relações estabelecidas entre elas estão claramente expostas e se existe a necessidade de alterar a ordem em que as ideias são apresentadas. Verifique se é necessário complementar, acrescentar ou retirar informações. ✓ os destinatários vão entender com facilidade as ideias desse texto? Confira se a linguagem é de fácil compreensão e se existem palavras inadequadas, como gírias e termos coloquiais, bem como observar se as orações estão bem construídas. ✓ há alguma incorreção gramatical? Verifique de existe a necessidade de correções ortográficas, na utilização de letras maiúsculas e minúsculas, de concordância ou regência verbal e nominal. Para atingir uma boa pontuação e consequentemente uma boa classificação no concurso, você deve atentar-se à composição da sua nota e seu desempenho na escrita. Observe os critérios de correção de um dos vestibulares mais concorridos, o ENEM: COMPETÊNCIA 1 - Domínio da escrita formal da língua portuguesa Nessa competência é avaliado se a redação do participante se adequa às regras de ortografia, como acentuação, ortografia, uso de hífen, emprego de letras maiúsculas e minúsculas e separação silábica. Também são analisadas a regência verbal e nominal, concordância verbal e nominal, pontuação, paralelismo, emprego de pronomes e crase. São seis níveis de desempenho: COMPETÊNCIA 2 - Compreender o tema e não fugir do que é proposto Aqui as habilidades integradas de leitura e de escrita do candidato são avaliadas. O tema constitui o núcleo das ideias sobre as quais a redação deve ser organizada e é caracterizado por ser uma delimitação de um assunto mais abrangente. Eis os seis níveis de desempenho: COMPETÊNCIA 3 - Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista Para cumprir os requisitos dessa competência, o candidato precisa ter elaborado um texto que apresenta uma tese a ser defendida e os argumentos que justifiquem a posição assumida em relação à temática da proposta da redação. Eis os seis níveis de desempenho: COMPETÊNCIA 4 - Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação Aqui serão avaliados os itens relacionados à estruturação lógica e formal entre as partes da redação. A organização textual exige que as frases e os parágrafos estabeleçam entre si uma relação que garanta uma sequência coerente do texto e a interdependência entre as ideias. Preposições, conjunções, advérbios e locuções adverbiais são responsáveis pela coesão do texto porque estabelecem uma inter-relação entre orações, frases e parágrafos. Abaixo, seguem os seis níveis de desempenho: COMPETÊNCIA 5 - Respeito aos direitos humanos Para garantir uma boa pontuação na competência 5, o candidato deve apresentar uma proposta de intervenção para o problema abordado que respeite os direitos humanos. Propor uma intervenção para o problema apresentado pelo tema quer dizer que ali na conclusão, após a defesa dos argumentos, deve haver uma sugestão de uma iniciativa que busque minimizar ou solucionar a situação-problema. A elaboração de uma proposta de intervenção na prova de redação do Enem representa uma ocasião para que o candidato demonstre o preparo para o exercício da cidadania, para atuar na realidade em consonância com os direitos humanos. Eis os seis níveis de desempenho: Observe atentamente como o seu texto está apresentado e se segue as características do gênero solicitado, pois, como vimos anteriormente, será preciso demonstrar em sua redação o domínio da norma padrão dalíngua escrita, a compreensão da proposta de redação e a aplicação de conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, a seleção, organização e interpretação de determinados argumentos para a sustentação do seu ponto de vista, a demonstração de conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para construir sua argumentação e a elaboração da proposta de intervenção para o problema abordado. É possível zerar na redação? SIM! Veja como e NÃO faça isso. Será atribuída nota ZERO à Prova de Redação que: a) fugir à modalidade de texto solicitada e/ou ao tema proposto; b) apresentar texto sob forma não articulada verbalmente (apenas com desenhos, números e palavras soltas ou em versos) ou qualquer fragmento de texto escrito fora do local apropriado; c) for assinada fora do local apropriado; d) apresentar qualquer sinal que, de alguma forma, possibilite a identificação do candidato; e) estiver em branco; f) apresentar letra ilegível e/ou incompreensível. Com tudo isso em mente, agora cabe a você estudar bastante, ler e conquistar repertório, treinar sua escrita, a estruturação de seu texto e sua capacidade de argumentação para produzir uma redação que lhe auxilie a conquistar o cargo que deseja. BOA SORTE! CAPÍTULO 12 - EXERCÍCIOS Agora coloque em prática os conhecimentos adquiridos nesse estudo. Separamos algumas questões de compreensão e fixação, retiradas de bancas avaliadoras de referência: (UDESC – 2008) 1) Identifique a ordem em que os períodos devem aparecer, para que constituam um texto coeso e coerente. (Texto de Marcelo Marthe: Tatuagem com bobagem. Veja, 05 mar. 2008, p. 86.) I. Elas não são mais feitas em locais precários, e sim em grandes estúdios onde há cuidado com a higiene. II. As técnicas se refinaram: há mais cores disponíveis, os pigmentos são de melhor qualidade e ferramentas como o laser tornaram bem mais simples apagar uma tatuagem que já não se quer mais. III. Vão longe, enfim, os tempos em que o conceito de tatuagem se resumia à velha âncora de marinheiro. IV. Nos últimos dez ou quinze anos, fazer uma tatuagem deixou de ser símbolo de rebeldia de um estilo de vida marginal. Assinale a alternativa que contém a sequência correta em que os períodos devem aparecer. a) II, I, III, IV b) IV, II, III, I c) IV, I, II, III d) III, I, IV, II e) I, III, II, IV 2) Sobre a proposta de intervenção na redação do Enem, é correto afirmar, exceto: a) Para elaborar uma proposta de intervenção conforme a matriz de referência da prova de redação, é importante que você não confunda a proposta com uma simples conclusão do texto: ao final da exposição das ideias, é indispensável que você mostre aos corretores propostas coerentes e viáveis para o problema sugerido no tema, caso contrário, sua pontuação ficará seriamente prejudicada b) Na dissertação-argumentativa do Enem, o candidato precisa defender uma ideia e justificá-la por meio de argumentos consistentes. É preciso, também, criar uma proposta de intervenção para o problema seguindo os mesmos moldes da conclusão de um texto. c) Intervir significa atuar diretamente, agindo ou decidindo, e emitir, expor opinião. Sendo assim, na proposta de intervenção, é preciso que o candidato apresente soluções exequíveis para o problema. É indispensável que as propostas apresentadas sejam coerentes e viáveis. d) A proposta de intervenção deve estar relacionada com os argumentos expostos e deve ser muito bem detalhada, mostrando assim que você se preocupou com sua elaboração e aplicabilidade. Além disso, vale ressaltar que, nos textos dissertativos argumentativos, não vale ficar em cima do muro ou ser indiferente, é preciso intervir! 3) São características da dissertação argumentativa do Enem: a) Defesa de uma tese por meio da organização de dados, fatos, ideias e argumentos em torno de um ponto de vista definido sobre o assunto em questão. Na dissertação argumentativa, deve haver uma proposta de intervenção, e não apenas uma conclusão. Na proposta de intervenção, deve haver uma solução para o problema a partir dos pontos abordados em sua redação. b) Os eventos são organizados cronologicamente, com uma estrutura que privilegia os verbos no pretérito perfeito e predicados de ação relativos a eventos que se referem à primeira ou à terceira pessoa. Presença de enunciados que sugerem ação e novos estados. c) Predominância de caracterizações objetivas (físicas, concretas) e subjetivas (dependem do ponto de vista de quem as descreve) e uso de adjetivos. Os tipos de verbos mais comuns na estrutura do texto são os verbos de ligação. d) Tipo textual marcado por uma linguagem simples e objetiva. Um dos recursos linguísticos marcantes desse tipo de texto é a utilização dos verbos no imperativo, típicos de uma atitude coercitiva. 4) Texto próprio para quem quer expor opiniões ou persuadir de alguma coisa, no qual se emprega o abstrato (conceitos, ideias, concepções). Tipo de texto que tem por objetivo influenciar o leitor/interlocutor com posicionamentos elencados através de uma cuidadosa ordenação lógica. Estamos falando da: a) descrição. b) narração. c) exposição. d) injunção. e) dissertação. 5) Classifique os fragmentos a seguir de acordo com o tipo textual que representam: I. “Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos da vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras, e, a bem dizer, não se digne de pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu sistema. […]”. (No aeroporto – Carlos Drummond de Andrade) II. “Peneire a farinha em um bowl e faça um buraco no meio. Junte os ovos, o leite e a manteiga e misture. Se necessário, peneire a mistura. Deixe descansar na geladeira por pelo menos ½ hora (ideal 1 hora). Em uma frigideira antiaderente, derreta um pouco de manteiga (o suficiente para cobrir o fundo da panela) em fogo médio, escorra o excesso de manteiga. [...]”. III. “[...] Se o fenômeno cultural do futebol tem inegável dimensão política, é crucial distinguir as esferas. Do contrário, num contexto de efervescência social, o inocente gesto de apoiar a seleção, nos estádios ou fora deles, acabaria sujeito a reprimendas. Nada mais infeliz do que censurar a felicidade alheia. É de resto um despropósito torcer contra o Brasil. Os únicos que têm a ganhar com nossa derrota são os adversários, pois aos brasileiros restará apenas a tristeza. [...]”. IV. Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: Em que espelho ficou perdida a minha face? (Retrato – Cecília Meireles) V. ”[...] Ainda segundo a Prefeitura, 40% dos ingressos vendidos para os jogos de São Paulo das primeira e segunda fases do mundial foram vendidos para estrangeiros, 8% para turistas brasileiros e 52% para paulistanos. Para a abertura, 22% das entradas foram vendidas para turistas, sendo que 9,9% para croatas, adversários do Brasil no jogo desta quinta-feira (12). [...]”. a) expositivo – descritivo – narrativo – injuntivo – dissertativo-argumentativo b) injuntivo – expositivo – narrativo – dissertativo-argumentativo – descritivo c) narrativo – injuntivo – dissertativo-argumentativo – descritivo – expositivo d) narrativo – expositivo– dissertativo-argumentativo – injuntivo – descritivo 6) Sobre as características do texto dissertativo, podemos afirmar que: a) Suas principais características são contar uma história ou narrar algum acontecimento, verídico ou não. b) Apresentar informações sobre um objeto ou fato específico, enumerando suas características através de uma linguagem clara e objetiva. c) Têm por finalidade instruir o leitor/interlocutor, por isso o predomínio dos verbos no infinitivo. d) Texto da opinião, no qual as ideias são desenvolvidas com a intenção de convencer o leitor. 7) Sobre o texto dissertativo, é correto afirmar que: a) Trata-se de um tipo de texto que descreve com palavras o que se viu e se observou. Tipo textual desprovido de ação, em que o ser, o objeto ou o ambiente são mais importantes. Valorização do substantivo e do adjetivo, que ocupam lugar de destaque na frase. b) Tem como principal objetivo contar uma história, seja ela real ou fictícia e até mesmo mesclando dados reais e imaginários. Apresenta uma evolução de acontecimentos, ainda que sem linearidade ou relação com o tempo real. c) Tipo de redação escrita em prosa sobre determinado tema, sobre o qual deverão ser apresentados argumentos, provas e exemplos a fim de que se chegue a uma conclusão para os fatos abordados. d) Tipo de texto que indica para o leitor os procedimentos a serem realizados. Nesse tipo de texto, as frases, geralmente, estão no modo imperativo. 8) Sobre a dissertação-argumentativa, podemos afirmar que se trata: a) de um gênero textual. b) de um tipo textual. c) de um texto literário. d) de uma composição lírica. 9) Sobre o texto que aparece na imagem, podemos afirmar que se trata de uma: a) dissertação-argumentativa. b) narração. c) descrição. d) injunção. e) prescrição. 10) Tendo em vista que os gêneros apresentam determinadas características, identifique os gêneros apresentados a seguir: I. Texto jornalístico que tem como função a exposição de informações. Esse texto pode ser descritivo e narrativo ao mesmo tempo, apresentando, portanto, tempo, espaço e as “personagens” envolvidas. II. É um texto jornalístico que informa e, ao mesmo tempo, cria uma opinião nos leitores, o que configura uma função social muito importante. III. É um texto jornalístico que tem como função a apresentação e defesa do ponto de vista do periódico em questão. IV. É um texto que tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre algum assunto de interesse público. As afirmações correspondem, respectivamente, a que gêneros textuais? (A) Carta de leitor, carta argumentativa, editorial e notícia. (B) Reportagem, notícia, editorial e entrevista. (C) Notícia, reportagem, artigo de opinião e carta de leitor. (D) Notícia, reportagem, editorial e entrevista. (E) Reportagem, notícia, editorial e carta de leitor. 11) Partindo do pressuposto de que um texto estrutura-se a partir de características gerais de um determinado gênero, identifique os gêneros descritos a seguir: I. Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre algum assunto de interesse. Algumas revistas têm uma seção dedicada a esse gênero; II. Caracteriza-se por apresentar um trabalho voltado para o estudo da linguagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de imagens; III. Gênero que apresenta uma narrativa informal ligada à vida cotidiana. Apresenta certa dose de lirismo e sua principal característica é a brevidade; IV. Linguagem linear e curta, envolve poucas personagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações encaminham-se diretamente para um desfecho; V. Esse gênero é predominantemente utilizado em manuais de eletrodomésticos, jogos eletrônicos, receitas, rótulos de produtos, entre outros. São, respectivamente: a) texto instrucional, crônica, carta, entrevista e carta argumentativa. b) carta, bula de remédio, narração, prosa, crônica. c) entrevista, poesia, crônica, conto, texto instrucional. d) entrevista, poesia, conto, crônica, texto instrucional. e) texto instrucional, crônica, entrevista, carta e carta argumentativa. 12) (ENEM 2010) Câncer 21/06 a 21/07 O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua autoestima e no seu modo de agir. O corpo indicará onde você falha – se anda engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O que ficou guardado virá à tona, pois este novo ciclo exige uma “desintoxicação”. Seja comedida em suas ações, já que precisará de energia para se recompor. Há preocupação com a família, e a comunicação entre os irmãos trava. Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda também na vida amorosa, que será testada. Melhor conter as expectativas e ter calma, avaliando as próprias carências de modo maduro. Sentirá vontade de olhar além das questões materiais – sua confiança virá da intimidade com os assuntos da alma. Revista Cláudia. Nº 7, ano 48, jul. 2009. O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se com os conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é: a) vender um produto anunciado. b) informar sobre astronomia. c) ensinar os cuidados com a saúde. d) expor a opinião de leitores em um jornal. e) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho. 13) Sobre as características do texto dissertativo, podemos afirmar que: a) Suas principais características são contar uma história ou narrar algum acontecimento, verídico ou não. b) Apresentar informações sobre um objeto ou fato específico, enumerando suas características através de uma linguagem clara e objetiva. c) Tem por finalidade instruir o leitor/interlocutor, por isso o predomínio dos verbos no infinitivo. d) Texto de opinião, no qual as ideias são desenvolvidas com a intenção de convencer o leitor. 14) Qual a função do primeiro parágrafo em uma dissertação? a) Apresentar o problema e fazer um panorama geral do que será abordado no texto. b) Resumir o texto oferecendo uma solução para o problema que será introduzido nos parágrafos subsequentes. c) Continuar o desenvolvimento do texto, abordando temas para que o leitor se identifique como um eu no mundo. d) Introduzir os personagens ao leitor, e a trama que se desenvolverá ao longo da narrativa. 15) Quando falamos dos parágrafos de desenvolvimento de uma dissertação, qual alternativa corresponde melhor para descrevê-los? a) São os parágrafos em que o autor exprime seus sentimentos em relação aos problemas sociais que o afetam pessoalmente. b) Parte do texto marcada pelo diálogo entre protagonista e antagonista com o propósito de desenvolvimento dos personagens. c) São os parágrafos em que o autor descreve seus argumentos persuasivos utilizando recursos como citação, comprovação ou raciocínio lógico. d) É quando o autor enumera os motivos por estar participando do vestibular e suas vontades de mudar o mundo através de seu futuro trabalho. 16) Qual é a função do último parágrafo de uma dissertação? a) Encerrar o pensamento discorrido nas partes anteriores da redação, podendo sugerir uma resposta para o problema apresentado. b) Deixar uma questão impactante para o leitor, fazendo com que ele reflita seu papel na sociedade. c) Comentar o próprio texto com um tom otimista independentemente da gravidade do problema do tema.d) Opinar de maneira parcial sobre a qualidade do teste aplicado. 17) (UFG-GO) Leia o texto de Paul Horowitz, físico da Universidade de Harvard. Existe vida inteligente fora da terra? “No Universo? Garantido. Na nossa galáxia? Extremamente provável. Por que não encontramos aliens ainda? Talvez nossos equipamentos não tenham sensibilidade suficiente. Ou não sintonizamos o sinal de rádio correto”. SUPERINTERESSANTE. São Paulo: Editora Abril, n. 224, mar. 2006, p. 42. Tendo em vista os argumentos utilizados por Paul Horowitz, pode-se inferir que ele: (A) garante a existência de aliens apoiando-se em comprovações científicas. (B) prova que nosso encontro com extraterrestre é apenas uma questão de tempo. (C) revela suas ideias em uma escala que varia em diferentes graus de certeza. (D) sustenta seu ponto de vista com base em resultados verificados por equipamentos adequados. (E) reconhece a existência de vida alienígena em nossa galáxia. 18) (UFMG-MG) O mercado é como Deus: invisível, onipotente, onisciente e, agora, como fim do bloco soviético, onipresente. Dele depende nossa salvação. Damos mais ouvidos aos profetas do mercado – os indicadores financeiros – que à palavra das Escrituras. Idolatrias à parte, o mercado é seletivo. Não é uma feira livre, cujos produtos carecem de controle de qualidade e garantia. É como shopping center, onde só entra quem tem (ou aparenta ter) poder aquisitivo. BETTO, Frei. Estado de Minas, Belo Horizonte, 8 jun. 2006. Caderno Cultura, p. 10. (Trecho – Texto adaptado) Idolatrias à parte, o mercado é seletivo.” (linha 25) É CORRETO afirmar que a expressão destacada, nessa frase, é usada para: A) anunciar que a idolatria será abordada depois. B) criticar a postura dos profetas do mercado. C) desvincular o mercado da ideia de crença religiosa. D) mudar o foco argumentativo do texto. 19) (FGV-SP) “Os tiranos e os autocratas sempre compreenderam que a capacidade de ler, o conhecimento, os livros e os jornais são potencialmente perigosos. Podem insuflar ideias independentes e até rebeldes nas cabeças de seus súditos. O governador real britânico da colônia de Virgínia escreveu em 1671: Graças a Deus não há escolas, nem imprensa livre; e espero que não [as] tenhamos nestes [próximos] cem anos; pois o conhecimento introduziu no mundo a desobediência, a heresia e as seitas, e a imprensa divulgou-as e publicou os libelos contra os melhores governos. Que Deus nos guarde de ambos! Mas os colonizadores norte-americanos, compreendendo em que consiste a liberdade, não pensavam assim. Em seus primeiros anos, os Estados Unidos se vangloriavam de ter um dos índices mais elevados – talvez o mais elevado – de cidadãos alfabetizados no mundo. Atualmente, os Estados Unidos não são o líder mundial em alfabetização. Muitos dos que são alfabetizados não conseguem ler, nem compreender material muito simples – muito menos um livro da sexta série, um manual de instruções, um horário de ônibus, o documento de uma hipoteca ou um programa eleitoral. As rodas dentadas da pobreza, ignorância, falta de esperança e baixa autoestima se engrenam para criar um tipo de máquina do fracasso perpétuo que esmigalha os sonhos de geração a geração. Nós todos pagamos o preço de mantê-la funcionando. O analfabetismo é a sua cavilha. Ainda que endureçamos os nossos corações diante da vergonha e da desgraça experimentadas pelas vítimas, o ônus do analfabetismo é muito alto para todos os demais – o custo de despesas médicas e hospitalização, o custo de crimes e prisões, o custo de programas de educação especial, o custo da produtividade perdida e de inteligências potencialmente brilhantes que poderiam ajudar a solucionar os dilemas que nos perseguem. Frederick Douglass ensinou que a alfabetização é o caminho da escravidão para a liberdade. Há muitos tipos de escravidão e muitos tipos de liberdade. Mas saber ler ainda é o caminho.” (Carl Sagan, O caminho para a liberdade. Em “O mundo assombrado pelos demônios: a ciência vista como uma vela no escuro”. Adaptado) É correto afirmar que Carl Sagan faz citação das ideias de um governador real britânico para: a) corroborar as ideias que defende no desenvolvimento do texto. b) ilustrar a tese com a qual inicia o texto e à qual se contrapõe na sequência. c) comprovar a importância da colonização inglesa para o desenvolvimento americano. d) desmistificar a ideia de que liberdade de imprensa pode trazer liberdade de ideias, como defende na conclusão. e) ironizar ideias ultrapassadas, mostrando, no desenvolvimento do texto, o descrédito de que gozaram em todos os tempos (UFV-MG) O fragmento abaixo foi selecionado do texto “Mulheres no cárcere e a terapia do aplauso”, de Bárbara Santos. Leia-o para responder às questões 20, 21 e 22. Mulheres no cárcere e a terapia do aplauso (por Bárbara Santos) Elas estão no cárcere. O cárcere não está preparado para elas. Idealizado para o macho, o cárcere não leva em consideração as especificidades da fêmea. Faltam absorventes. Não existem creches. Excluem-se afetividades. Celas apertadas para mulheres que convivem com a superposição de TPMs, ansiedades, alegrias e depressões. A distância da família e a falta de recursos fazem com que mulheres fiquem sem ver suas crianças. Crianças privadas do direito fundamental de estar com suas mães. Crianças que perdem o contato com as mães para não crescerem no cárcere. Uma presa, em Garanhuns, Pernambuco, luta para recuperar a guarda de sua criança, que foi encaminhada para adoção por ela não ter familiares próximos. Uma criança com cerca de 2 anos de idade, em Teresina, Piauí, nasceu e vive no cárcere, não fala e pouco sorri, a mãe tem pavor de perdê-la para a adoção, sua família é de Minas Gerais. Essas mulheres são vítimas do machismo, da necessidade econômica e do desejo de consumir. São flagradas nas portas dos presídios com drogas para os companheiros; são seduzidas por traficantes que se especializaram em abordar mulheres chefes de família com dificuldades econômicas; também são vaidosas e, apesar de pobres, querem consumir o que a televisão ordena que é bom. Um tratamento ofensivo as afeta emocionalmente. A tristeza facilmente se transforma em fúria. Muitas escondem de suas crianças que estão presas. Sentem vergonha da condição de presas. Na maioria dos casos, estão convencidas de que são culpadas e que merecem o castigo recebido. Choram, gritam e se comovem. O cárcere é despreparado e pequeno demais para comportar a complexidade das mulheres. Apesar do aumento do número de mulheres presas no Brasil, especialmente nas rotas do tráfico, o sistema penitenciário não se prepara nem para as receber, nem para as ressocializar. Faltam presídios Femininos, assim como capacitação específica para servidores penitenciários que trabalham com mulheres no cárcere. Falta estrutura que considere a maternidade e que garanta os direitos fundamentais das crianças. Assim como na sociedade, no cárcere o espaço da mulher ainda é precário. O sistema é masculino na sua concepção e essência. Em cidades como Caicó, Rio Grande do Norte, não existe penitenciária feminina. As mulheres presas são alojadas numa área improvisada dentro da unidade masculina. Em Mossoró, no mesmo Estado, mulheres presas, ainda sem sentença, aguardam julgamento numa área minúscula dentro da cadeia pública masculina. A presença improvisada das mulheres cria problemas legais e acarreta insegurança para servidores penitenciários quanto à garantia da segurança geral e da integridade física das mulheres. (Bárbara Santos é coordenadora nacional do projeto Teatro do Oprimido nas Prisões, desenvolvido pelo Centro de Teatro do Oprimido, em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional, do Ministério da Justiça.) (Disponível em: http:// http://www.carosamigos.terra.com.br. Acessoem: 07 ago. 2006.) 20) Tendo em vista o sentido global do texto, o seu PRINCIPAL objetivo comunicativo é: a) discutir a precariedade do sistema penitenciário para receber mulheres presas. b) apontar as especificidades e complexidades da mulher no cárcere. c) defender o direito de as mães presas viverem com suas crianças. d) apresentar exemplos positivos de presídios para mulheres. e) identificar os problemas das mulheres no cárcere. 21) Dentre os fatores abaixo, assinale o que NÃO foi mencionado por Bárbara Santos como problema que afeta a mulher no cárcere: a) A falta de absorventes. b) A inexistência de creches. c)A estrutura precária. d) O excesso de proteção. e) A convivência com os filhos 22) “[…] querem consumir o que a televisão ordena que é bom.” (§ 4) Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO comprova a assertiva feita pelo autor do texto: a) A mídia televisiva é considerada hoje uma espécie de quarto poder. b) A pressão do índice de audiência leva a televisão a impor certos comportamentos à população. c)O peso da economia exerce influência sobre padrões específicos de conduta social. d)As publicidades televisivas, por exemplo, instigam as pessoas a consumirem produtos e sonhos. e) A função da mídia televisiva é apenas informar a sociedade dos acontecimentos em geral. 23) (ENEM 2015) Dubai é uma cidade-estado planejada para estarrecer os visitantes. São tamanhos e formatos grandiosos, em hotéis e centros comerciais reluzentes, numa colagem de estilos e atrações que parece testar diariamente os limites da arquitetura voltada para o lazer. O maior shopping do tórrido Oriente Médio abriga uma pista de esqui, e tem ainda o projeto de um campo de golfe coberto! Coberto e refrigerado, para usar com sol e chuva, inverno e verão. Disponível em: http://viagem.uol.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado). No texto, são descritas algumas características da paisagem de uma cidade do Oriente Médio. Essas características descritas são resultado do(a) A) criação de territórios políticos estratégicos. B) preocupação ambiental pautada em decisões governamentais. C) utilização de tecnologia para transformação do espaço. D) demanda advinda da extração local de combustíveis fósseis. E) emprego de recursos públicos na redução de desigualdades sociais. 24) Entre os gêneros jornalísticos, ambos os textos podem ser reunidos em obras autorais e são realizados de uma forma livre e carregados de características pessoais de quem os produz. O primeiro tem uma feição mais literária, já o segundo nem tanto. Estamos falando, respectivamente, A) do editorial e da crônica. B) da crônica e do artigo. C) do artigo e da crônica. D) do editorial e do artigo. E) da crônica e do editorial. 25) Sobre o gênero notícia é INCORRETO afirmar que: a) É um gênero jornalístico que apresenta como objetivo principal informar. b) Trata sobre acontecimentos reais e de interesse social. c) Apresenta em sua estrutura apenas a manchete e o corpo do texto. d) Deve apresentar uma linguagem clara, objetiva e impessoal. e) Os verbos da manchete devem estar no tempo presente do indicativo, para transmitir a noção de que a notícia é sempre atual. 26) Sobre as características do gênero notícia, é CORRETO afirmar sobre o texto em análise que: a) Tem a função de conscientizar os alunos a não desobedecerem aos professores nas aulas. b) Traz informações sobre um acontecimento real e que pode servir de exemplo para professores e alunos de qualquer escola. c) Apresenta informações fictícias que servem para despertar uma reflexão tanto em alunos quanto a professores. d) Foi escrito numa linguagem muito informal, perdendo a credibilidade do leitor. e) É possível perceber o ponto de vista do autor sobre o fato noticiado. 27) A afirmação a seguir é verdadeira ou falsa? A Notícia é um gênero textual jornalístico que relata um fato presente em nosso dia a dia, sendo encontrado principalmente nos meios de comunicação. Trata- se, portanto de um texto informativo sobre um fato atual ou algum acontecimento real, veiculada pelos principais meios de comunicação: jornais, revistas, meios televisivos, rádio, internet, dentre outros. A) Falsa B) Verdadeira 28) Sobre as partes de uma notícia, assinale V para verdadeiro e F para falso nos parênteses: ( ) A manchete do texto não deixa claro para o leitor sobre o que o texto irá tratar. ( ) O lide responde às perguntas: Quem? Quando? Onde? Como? E por quê? ( ) O texto logo abaixo da manchete funciona como um breve adiantamento de informação do que terá no corpo da notícia. ( ) O corpo da notícia fica abaixo da manchete e responde às perguntas: Quem? Quando? Onde? Como? E por quê? ( ) A notícia apresenta marcas de opinião pessoal do autor. A) FFFVF B) FVFVV C) VVVFF D) VFVFF E) FVVFF 29) Sobre as características dos gêneros textuais, é INCORRETO afirmar que: a) Os gêneros textuais desempenham funções sociais diversas, reconhecidas pelo leitor com base em suas características específicas, bem como na situação comunicativa em que ele é produzido. b) Os gêneros textuais são estruturas relativamente padronizadas que variam de acordo com as várias situações comunicativas. c) Os gêneros textuais são estruturas bem definidas, limitadas, e podem apresentar-se sob a forma de cinco diferentes tipos de texto. d) Os gêneros textuais podem ser representados na linguagem verbal e não verbal, em anúncios publicitários, charges, tirinhas e também em reportagens, notícias, e-mails, etc. e) Os gêneros textuais, por adequarem-se às necessidades linguísticas dos falantes de acordo com as mudanças históricas e sociais, são incontáveis, diferentemente do que acontece com os tipos textuais. 30) São características da dissertação: a) Defesa de uma tese através da organização de dados, fatos, ideias e argumentos em torno de um ponto de vista definido sobre o assunto em questão. Nela, deve haver uma conclusão, e não apenas exposição de argumentos favoráveis ou contrários sobre determinada ideia. b) Os eventos são organizados cronologicamente, com uma estrutura que privilegia os verbos no pretérito perfeito e predicados de ação relativos a eventos que se referem à primeira ou à terceira pessoa. Presença de enunciados que sugerem ação e novos estados. c) Predominância de caracterizações objetivas (físicas, concretas) e subjetivas (dependem do ponto de vista de quem as descreve) e uso de adjetivos. Os tipos de verbos mais comuns na estrutura do texto são os verbos de ligação. d) Tipo textual marcado por uma linguagem simples e objetiva, sendo que um dos recursos linguísticos marcantes desse tipo de texto é a utilização dos verbos no imperativo, típicos de uma atitude coercitiva. 31) (UFMG) A revolução digital Texto e papel. Parceiros de uma história de êxitos. Pareciam feitos um para o outro. Disse “pareciam”, assim, com o verbo no passado, e já me explico: estão em processo de separação. Secular, a união não ruirá do dia para a noite. Mas o divórcio virá, certo como o pôr-do-sol a cada fim de tarde. O texto mantinha com o papel uma relação de dependência. A perpetuação da escrita parecia condicionada à produção de celulose. Súbito, a palavra descobriu um novo meio de propagação: o cristal líquido. Saem as árvores. Entram as nuvens de elétrons. A mudança conduz a veredas ainda inexploradas. De concreto há apenas a impressão de que, longe de enfraquecer, a ebulição digital tonifica a escrita. E isso é bom. Quando nos chega por um ouvido, a palavra costuma sair por outro. Vazando-nos pelos olhos, o texto inunda de imagens a alma. Em outras palavras: falada, a palavra perde-se nos desvãos da memória; impressa, desperta o cérebro, produzindo uma circulação de ideias que gera novos textos. A Internet é, por assimdizer, um livro interativo. Plugados à rede, somos autores e leitores. Podemos visitar as páginas de um clássico da literatura. Ou simplesmente arriscar textos próprios. Otto Lara Resende costumava dizer que as pessoas haviam perdido o gosto pela troca de correspondências. Antes de morrer, brindou-me com dois telefonemas. Em um deles prometeu: “Mando-te uma carta qualquer dia desses”. Não sei se teve tempo de render-se ao computador. Creio que não. Mas, vivo, Otto estaria surpreso com a popularização crescente do correio eletrônico. O papel começa a experimentar o mesmo martírio imposto à pedra quando da descoberta do papiro. A era digital está revolucionando o uso do texto. Estamos virando uma página. Ou, por outra, estamos pressionando a tecla “enter”. Com base na leitura feita, é correto afirmar que o objetivo do texto é: a) defender a parceria entre o papel e o texto como uma história de êxitos. b) discutir as implicações da era digital no uso da escrita. c) descrever as vantagens e as desvantagens da internet na atualidade. d) narrar a história do papel e do texto desde a antiguidade. 32) Sobre o texto dissertativo, é correto afirmar que: a) Trata-se de um tipo de texto que descreve com palavras o que se viu e se observou. Tipo textual desprovido de ação, em que o ser, o objeto ou o ambiente são mais importantes. Valorização do substantivo e do adjetivo, que ocupam lugar de destaque na frase. b) Tem como principal objetivo contar uma história, seja ela real ou fictícia e até mesmo mesclando dados reais e imaginários. Apresenta uma evolução de acontecimentos, ainda que sem linearidade ou relação com o tempo real. c) Tipo de redação escrita em prosa sobre determinado tema, sobre o qual deverão ser apresentados argumentos, provas e exemplos a fim de que se chegue a uma conclusão para os fatos abordados. d) Tipo de texto que indica para o leitor os procedimentos a serem realizados. Nesse tipo de texto, as frases, geralmente, estão no modo imperativo. 33) (ENEM) Não somos tão especiais Todas as características tidas como exclusivas dos humanos são compartilhadas por outros animais, ainda que em menor grau. INTELIGÊNCIA A ideia de que somos os únicos animais racionais tem sido destruída desde os anos 40. A maioria das aves e mamíferos tem algum tipo de raciocínio. AMOR O amor, tido como o mais elevado dos sentimentos, é parecido em várias espécies, como os corvos, que também criam laços duradouros, se preocupam com o ente querido e ficam de luto depois de sua morte. CONSCIÊNCIA Chimpanzés se reconhecem no espelho. Orangotangos observam e enganam humanos distraídos. Sinais de que sabem quem são e se distinguem dos outros. Ou seja, são conscientes. CULTURA O primatologista Frans de Waal juntou vários exemplos de cetáceos e primatas que são capazes de aprender novos hábitos e de transmiti-los para as gerações seguintes. O que é cultura se não isso? BURGIERMAN, D. Superinteressante, n.º 190, jul. 2003. O título do texto traz o ponto de vista do autor sobre a suposta supremacia dos humanos em relação aos outros animais. As estratégias argumentativas utilizadas para sustentar esse ponto de vista são a) definição e hierarquia. b) exemplificação e comparação. c) causa e consequência. d) finalidade e meios. e) autoridade e modelo. 34) A dissertação é um _______ textual no qual se desenvolve ou se explica um assunto. Tal definição subdivide-se, ainda, em dois: _________ e _________. No primeiro prevalece a apresentação de um (a) _________; no segundo, a (o) _______________ almejando a persuasão do interlocutor. A alternativa que completa adequadamente os espaços em branco da definição acima é: a) Tipo – expositivo – argumentativo – tese – ideia do autor. b) Gênero – argumentativo – expositivo – tese – ideia do autor. c) Gênero – expositivo – argumentativo – saber teórico – defesa de um ponto de vista. d) Tipo – argumentativo – expositivo – tese – defesa de um ponto de vista. e) Tipo – expositivo – argumentativo – saber teórico – defesa de um ponto de vista. 35) (MACKENZIE) “É comum, no Brasil, a prática de tortura contra presos. A tortura é imoral e constitui crime. Embora não exista ainda nas leis penais a definição do ‘crime de tortura’, torturar um preso ou detido é abuso de autoridade somado à agressão e lesões corporais, podendo qualificar-se como homicídio, quando a vítima da tortura vem a morrer. Como tem sido denunciado com grande frequência, policiais incompetentes, incapazes de realizar uma investigação séria, usam a tortura para obrigar o preso a confessar um crime. Além de ser um procedimento covarde, que ofende a dignidade humana, essa prática é legalmente condenada. A confissão obtida mediante tortura não tem valor legal e o torturador comete crime, ficando sujeito a severas punições.” (Dalmo de Abreu Dallan) Pode-se afirmar que esse trecho é uma dissertação: a) que apresenta, em todos os períodos, personagens individualizadas, movimentando-se num espaço e num tempo terríveis, denunciados pelo narrador, bem como a predominância de orações subordinadas, que expressam sequência dos acontecimentos; b) que apresenta, em todos os períodos, substantivos abstratos, que representam as ideias discutidas, bem como a predominância de orações subordinadas, que expressam o encadeamento lógico da denúncia; c) que apresenta uma organização temporal em função do pretérito, jogando os acontecimentos denunciados para longe do momento em que fala, bem como a predominância de orações subordinadas, que expressam o prolongamento das ideias repudiadas; d) que consegue fazer uma denúncia contundente, usando, entre outros recursos, a ênfase, por meio da repetição de um substantivo abstrato em todos os períodos, bem como a predominância de orações coordenadas sindéticas, que expressam o prolongamento das ideias repudiadas; e) que consegue construir um protesto persuasivo com uma linguagem conotativa, construída sobre metáforas e metonímias esparsas, bem como com a predominância de orações subordinadas, próprias de uma linguagem formal, natural para esse contexto. 36) (MACKENZIE) “Acho que não pode haver discriminação racial e religiosa de espécie alguma. O direito de um termina quando começa o do outro. Em todas as raças, todas as categorias, existe sempre gente boa e gente má. No caso particular dessa música, não posso julgar, porque nem conheço o Tiririca. Como posso saber se o que passou na cabeça dele era mesmo ofender os negros? Eu, Carmen Mayrink Veiga, não tenho ideia. Mas o que posso dizer é que se os negros acharam que a música é uma ofensa, eles devem estar com toda razão.” (Revista Veja) a) A argumentação, desenvolvida por meio de clichês, subtende um distanciamento entre o eu /enunciador e o ele / negros. b) A argumentação revela um senso crítico e reflexivo, uma mente que sofre com os preconceitos e, principalmente, com a própria impotência diante deles. c) A argumentação, partindo de visões inusitadas, mas abalizadas na realidade cotidiana, aponta para a total solidariedade com os negros e oprimidos. d) O discurso, altamente assumido pelo enunciador, a ponto de autocitar-se sem pejo, ataca rebeldemente a hipocrisia social, que mascara os preconceitos. e) Impossível conceber, como desse mesmo enunciador, essa frase: “Sempre trabalhei como uma negra”, publicada semanas antes na mesma revista. 37) Um escritor destaca-se pela produção dos gêneros conto, crônica e romance. A sua produção está relacionada com o gênero: a) épico. b) lírico. c) narrativo. d) poético. e) dramático. 38) São características do gênero narrativo: a) No gênero narrativo, há sempre um eu que se expressa, elemento que é responsável pelo subjetivismo atribuído a esse tipo de composição. b) O gênero narrativo é marcado pela afetividade e pela emotividade do climalírico, sempre relacionado com o íntimo e a introspecção. c) O gênero narrativo apresenta um enredo, no qual existe uma situação inicial, a modificação da situação inicial, um conflito, o clímax e o epílogo. Os elementos que compõem o gênero narrativo são narrador, tempo, lugar, enredo ou situação e as personagens. d) O gênero narrativo faz referência à narrativa feita em forma de versos, contando histórias e fatos grandiosos e heroicos sobre a história de um povo. O narrador fala do passado, o que justifica os verbos sempre empregados no tempo pretérito. 39) “Quem um dia irá dizer que existe razão Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer Que não existe razão? Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar Ficou deitado e viu que horas eram Enquanto Mônica tomava um conhaque No outro canto da cidade Como eles disseram Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer Foi um carinha do cursinho do Eduardo que disse – Tem uma festa legal e a gente quer se divertir (…)”. (Eduardo e Mônica. RUSSO, Renato. In: Legião Urbana – Dois. EMI, 1986.) Sobre o tipo de narrador presente na música Eduardo e Mônica, é correto afirmar que se trata de um: a) Narrador personagem, pois, além de narrar os fatos, verídicos ou não, faz parte da história contada, sendo assim, personagem dela. Esse tipo de personagem apresenta uma visão limitada dos fatos, já que a narrativa é conduzida sob seu ponto de vista. b) Narrador testemunha, pois é uma das personagens que vivem a história contada, mas não é uma personagem principal. c) Narrador onisciente, pois sabe de tudo o que acontece na narrativa, seus aspectos e o comportamento das personagens, podendo, inclusive, descrever situações simultâneas, embora essas ocorram em lugares diferentes. d) Narrador observador, pois presencia a história, mas diferentemente do que acontece com o narrador onisciente, não tem controle e visão sobre todas as ações e personagens, confere os fatos, mas apenas de um ângulo. e) Narrador onisciente neutro, pois relata os fatos e descreve as personagens, no entanto, não tenta influenciar o leitor com opiniões a respeito das personagens, falando apenas sobre os fatos indispensáveis para a compreensão da leitura. 40) Ordene os períodos abaixo de forma que eles construam um parágrafo argumentativo coeso e coerente: a) Alguns pensam apenas em diversão e esquecem da segurança. b) Essa individualidade também é vista na teoria do Super Homem, de Nietzsche, c) onde é tratada a vida do homem apenas em suas próprias vontades. d) Visto isso, não se preocupam com a vida de outros que também está sujeita à riscos A) IV, II, III e I B) I, II, III e IV C) I, IV, III e II D) IV, III, II e I E) I, IV, II e III 41) Sobre as características do texto dissertativo-argumentativo, podemos afirmar que: a) Suas principais características são contar uma história ou narrar algum acontecimento, verídico ou não. b) Apresentar informações sobre um objeto ou fato específico, enumerando suas características através de uma linguagem clara e objetiva. c) Tem por finalidade instruir o leitor/interlocutor, por isso o predomínio dos verbos no infinitivo. d) Trata-se de um texto da opinião, no qual as ideias são desenvolvidas com a intenção de convencer o leitor. e) Seu objetivo é explanar ou explicar um assunto, tema, coisa, situação ou acontecimento. REFERÊNCIAS ANTUNES, I. (1937) Aula de Português: encontro & interação - São Paulo: Parábola Editorial, 2003 -(Série Aula: 1). CEREJA, Wiliam Roberto; MAGALHÃES, Tereza Cochar. Texto e interação: uma proposta de produção textual a partir de gêneros e projetos. São Paulo: Atua, 2000. FERREIRO, Emília & TEBEROSKY, Ana. A psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam/ 51. ed - São Paulo: Cortez, 2011. – (Coleção questões da nossa época; v.22) JAMET, Eric. Leitura e aproveitamento escolar. São Paulo: Loyola, 2000 MEDIATO, Wander. Redação, argumentação e leitura. 5.ed. São Paulo: Geração Editorial, 2010 SOARES, Neiva Maria Machado. Gêneros textuais em foco: argumentação em textos opinativos. 1.ed. Curitiba: Appris, 2016. https://www.mundovestibular.com.br/estudos/portugues/o-que-e-dissertacao/ https://www.concursosnobrasil.com.br/artigos/redacao-para-concurso-como-fazer.html https://www.portugues.com.br/redacao/dissertacao.html https://ead.ucs.br/blog/texto-dissertativo https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/texto-descritivo http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/418-enem-946573306/81381-conheca-as-cinco- competencias-cobradas-na-redacao-do-enem https://www.mundovestibular.com.br/estudos/portugues/o-que-e-dissertacao/ https://www.portugues.com.br/redacao/dissertacao.html https://ead.ucs.br/blog/texto-dissertativo https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/texto-descritivoa estrutura ortográfica, passando a acessar o léxico que é considerado o dicionário mental e chegando até a etapa da compreensão. Ao longo da obra, ele cita diversas experiências e pesquisas realizadas para constatar as dificuldades, macetes, conselhos e aplicações pedagógicas, listando os fatores que exercem influência para o nível da leitura. Dentre os fatores citados e explicados no livro, destacam-se: a sua teoria de leitura como multinacional e a memória semântica na utilização do contexto para provar a relação existente entre a decodificação e a compreensão. De acordo com Jamet, para ser um bom leitor, precisa-se trabalhar e condicionar o corpo para isso. Para explicar o funcionamento do cérebro durante a leitura, o autor compara as ações ocorrentes nele com as etapas de uma multinacional. A comparação é feita da seguinte forma: Da mesma maneira que cada departamento é responsável por realizar tarefas distintas que são inter- relacionadas para um objetivo em comum, o cérebro possui diferentes andares e cada um cuida de uma etapa da leitura. Haverá uma série de decodificações, uma atrás da outra. Tendo início no térreo, que é o nível sensorial onde são gerados os traços visuais e avançando para compreensão de letras, sons, palavras e inclusive tarefas mais elaboradas, como realizar uma sintaxe ou até análises de textos complexos. Para que não haja perda de informações durante o processo, os departamentos necessitam de veículos ágeis para transportar as evoluções andar após andar, o corpo humano possui esses elevadores na forma de neurônios que fazem a comunicação entre os andares, levando as notícias e avanços provenientes de etapas já concluídas nos níveis inferiores, função essa que é primordial. Em nossa multinacional da leitura, os mensageiros dos primeiros andares contribuem por si sós para o reconhecimento das palavras, afinal na infância, o que mais se recebe são estímulos visuais. O autor relata que o leitor iniciante possui um sistema cognitivo capaz de identificar o concreto que a palavra indica e só depois lhe atribuir um sentido. O que revela proximidade com outra teoria, o Insight. O termo inglês é sinônimo de intuição e vem do latim intuitio, que significa olhar. Ao analisar desta forma a palavra, é possível afirmar que a palavra contribui para a leitura como definição do que Jamet trata como estágio logográfico, uma apreensão imediata pela mente sem que haja raciocínio. A criança antes de aprender a ler, já começa a oralizar objetos, identificar e compreendê-los, levando em conta um estudo com crianças de 3 a 5 anos que eram capazes de ler a sigla de uma famosa marca de bebida gasosa quando essa palavra estava associada ao logotipo, mas caso fosse apresentada sob forma diferente as crianças mostravam-se incapazes de lê-la. Ler não é decodificar e sim compreender, mas é inegável que há uma relação entre a decodificação e a compreensão, pois a compreensão do texto permite que a leitura flua e que haja a antecipação das palavras seguintes, diminuindo o tempo que demanda. Essa proposição teórica é o modelo de Goodman, no qual a leitura é concebida como uma adivinhação linguística cuja antecipação pela utilização de indícios é primordial. Para que haja satisfatoriamente a correlação entre a decodificação e a compreensão, um item fundamental é o contexto, isto é, a representação semântica da frase. Saber o contexto no qual as palavras estão inseridas facilita o tratamento e a identificação das palavras seguintes, sendo assim, o autor compara a leitura a um jogo de adivinhação linguística onde entender o contexto adianta o processo da leitura. Isso acontece pois ao longo da vida nós expandimos uma “ferramenta” chamada rede semântica, ela existe em cada um dos escritórios de nossa multinacional e funciona da seguinte forma, de acordo com o sentido das palavras, a construção dessa rede se realiza por uma propagação de uma mensagem no interior da rede, quando uma palavra é encontrada, a unidade semântica que lhe corresponde é ativada e quanto mais distante as palavras na rede, menos essa ativação é importante. Conhecer o contexto para decodificar é consultar a rede semântica durante a leitura, assim será mais previsível a palavra seguinte. Porém esse método é responsável pelos riscos que podem acontecer já que o leitor pode empregar expectativas estratégicas para tentar adivinhar as palavras que virão a seguir, na medida com que pode facilitar a leitura ativando as palavras próximas em sua rede semântica, pode falhar nas expectativas e diminuir o ritmo do tratamento das palavras durante a leitura. Com base nisso, fica claro que são os leitores menos experientes que utilizam o contexto para adivinhar as palavras, há uma relação inversamente proporcional dizendo que quanto maior a aptidão para ler, menos a antecipação é utilizada para reconhecer as palavras no léxico. Mas como para toda regra há uma exceção, existem casos em que haveria, portanto, a utilização do contexto para compensar a má qualidade das informações visuais, é o caso de informações implícitas e até as receitas médicas. Segundo Éric Jamet, estes citados são os prós e os contras da decodificação para compreender através do contexto, mas geralmente os problemas de compreensão na escrita estão ligados às dificuldades de compreensão no nível oral. As pessoas com baixo nível de compreensão oral costumam ter um baixo nível de compreensão escrita, isso denuncia o mau funcionamento dos processos de tratamento e de integração semântica. O nível é medido em parte pela rapidez da leitura de palavras, que é um reflexo da habilidade de decodificação e da capacidade de acesso ao léxico, a parte da memória especializada no tratamento das palavras. Para atingir a sua almejada aprovação em um concurso público, não basta estudar para gabaritar as questões, é preciso que você esteja familiarizado com a ideia de escrever redações. A importância da redação não se resume apenas à obtenção de uma boa classificação, mas também pois é muito utilizada como critério de desempate, o candidato precisa se sair bem organizando seus pensamentos, dados e ideias no papel, pois o que se articula com mais clareza é o que garante maiores chances de passar na prova. Essa etapa da prova tem tirado o sono de muitos participantes pois sua preparação exige que o candidato esteja a par de diversos temas atuais e importantes em pauta. A redação busca verificar a forma como você reflete sobre esses temas e a sua maneira de transcrever e sustentar a sua reflexão em palavras, frases e parágrafos. É muito importante ler todo o edital do concurso a ser prestado, pois nem todos cobram redação, porém se houver a informação sobre prova discursiva, leia com atenção e se prepare, pois esse é o indício de que haverá uma redação, pois para selecionarem entre tantos candidatos, uma das exigências é a produção textual, o que facilita o avaliador a analisar o domínio do candidato sobre e língua portuguesa, conhecimento das atualidades e a forma de articular essas habilidades no texto. Escrever um texto obriga a pensar constantemente em seu leitor, ou seja, certifique-se de alinhá-lo ao seu público-alvo, sabendo para quem o texto se destina. Conheça o veículo de informação onde seu texto será divulgado, pois conhecendo tais informações e argumentando com profundidade você desenvolverá as suas ideias. É preciso planejar a produção escrita. Decida os aspectos do tema que serão tratados no texto e considere os prováveis conhecimentos dos leitores. É importante determinar quais informações são necessárias e quais pode omitir, porque provavelmente os leitores já as conhecem ou têm capacidade de inferi- las. No momento de redigir o texto deve-se evitar ambiguidades e mal- entendidos, levando em conta que os prováveis leitores não necessariamente leramos mesmos textos que você. Assim, imagine o que o seu leitor em potencial sabe, ou pensa, a fim de usar os recursos argumentativos e linguísticos mais adequados. Faça reflexões sucessivas entre o que já está escrito e o que se vai escrever, assegurando a coerência do texto, e analise a necessidade de modificar o planejamento inicial, observando se pode deixar mais evidentes aspectos que estavam antes implícitos, ou organizar as ideias de outra maneira, sendo mais compreensível ao leitor. É aconselhável realizar várias releituras do texto, tendo em vista aspectos como o apelo ao interesse do leitor, a clareza da exposição, a articulação dos temas secundários ao tema principal, a pontuação e a ortografia. Antes de escrever pergunte-se: sobre o que vou escrever? E garanta que esteja bem definido para você. Também é importante pensar na finalidade daquele texto, ou seja, ao que ele vai se destinar. Defina para quem o texto será direcionado, se ao público jovem, adulto, infantil, conservador, liberal etc. Tenha claras as características do gênero escolhido e defina a linguagem a ser utilizada e atente-se para o respeito à norma culta da língua. Realize a redação de um esboço que respeite as etapas anteriores, refletindo sobre o que já está escrito e o que precisa escrever. Ao ler, procure avaliar a clareza, articulação, pontuação e ortografia, por exemplo. Atente-se também aos critérios de correção das bancas avaliadoras. Entre os pré-requisitos para a correção de uma redação, estão a letra legível, ausência de rasuras ou desenhos, o atendimento ao tema e ao gênero solicitado. Tenha em mente que a leitura do mundo precede a leitura da palavra, o que significa que o contexto exerce grande influência no modo de interpretação. Isso deve-se ao fato da linguagem e a realidade estarem ligadas dinamicamente. Paulo Freire não é o único a dizer que a leitura de um texto por pura descrição com o objetivo de memorizá-lo não se encaixa como leitura significativa. CAPÍTULO 1 – TIPOS TEXTUAIS Os tipos textuais referem-se a estrutura do texto, e são em cinco, conhecidos como: narrativa, descrição, exposição, argumentação e injunção. Texto é toda e qualquer sentença ou expressão que constitua comunicação, vamos caracterizá-los. A narrativa tem uma estrutura de história, para que um texto seja narrativo ele precisa conter personagens, espaço onde ocorre as ações, o tempo de duração, o narrador ou foco narrativo e a trama a ser desenvolvida. Para um texto ser descritivo é preciso conter riqueza de detalhes sobre situações, lugares, coisas ou pessoas. O curioso da descrição é que ela nunca está sozinha, é sempre utilizada como componente de outro tipo textual. A dissertação pode ser expositiva ou argumentativa, e a diferença entre elas é somente expor um fato ou posicionar-se com argumentos sobre o fato citado. A Injunção é desconhecida por esse nome, porém é muito utilizado. Considera-se injuntivo aquele texto que expressa uma ordem, textos instrucionais como a receita, manual de instruções, regras de jogo etc. Os textos injuntivos contam com verbos no imperativo. Os tipos mais comuns de redação para concursos são: a exposição, argumentação, descrição e a narração, e para se preparar bem, além de estudar os gêneros que são compreendidos, é importante se adiantar pesquisando sobre as provas anteriores dessa mesma banca organizadora, pois geralmente seguem um padrão de propostas e de correção. TIPOS DE TEXTO O texto argumentativo visa especificamente defender uma tese ou opinião e convencer o leitor a respeito disso. Nesse caso, o autor inicia com a apresentação da sua ideia e se utiliza de justificativas para sustentar o que está sendo exposto. O texto narrativo é a contação de uma história com elementos como o narrador (conta a história), personagens, enredo, tempo e espaço (local onde se passa a história). O texto expositivo, a proposta é apresentar um conceito em forma de apresentação com a intenção de explicar de forma objetiva determinado assunto, por meio da conceituação, explicação e enumeração. É o caso das enciclopédias e entrevistas, por exemplo. O texto injuntivo tem o objetivo de explicar determinado assunto, mas sem a intenção de convencer o leitor, como na argumentação. O propósito é explicar o procedimento para realizar algo, como editais, manual de instruções, receita de bolo etc. O texto descritivo tem o objetivo de apresentar a descrição de algo, seja de uma pessoa, um objeto, um local etc. Assim, ele expõe apreciações, impressões e observações de algo indicando os aspectos, as características, os detalhes singulares e os pormenores. CAPÍTULO 2 – GÊNEROS TEXTUAIS Já vimos os tipos textuais e agora vamos nos pautar no GÊNEROS TEXTUAIS que se referem ao uso das estruturas textuais no cotidiano, exercendo uma função social dentro de um processo de comunicação. Os gêneros textuais são os textos concretos produzidos por nós conforme a situação e o contexto exigem. São relativamente estáveis e variam conforme a necessidade e situação de produção. A intenção dos gêneros textuais é transmitir a mensagem ao interlocutor de forma efetiva - focando na função comunicativa e não nos aspectos estruturais. Eles possuem uma função social específica da língua (comunicar algo) e se adequam ao uso que se faz deles, sendo assim, ocorrem em situações cotidianas de comunicação e apresentam uma intenção comunicativa bem definida além de um conjunto ilimitado de características determinadas com o estilo do autor, conteúdo, composição e função, porém, características comuns em alguns facilitam o argumento. Gêneros textuais em textos narrativos o Conto, biografia, fábula, romance, charge, lenda, novela, piada, carta; Gêneros textuais em textos expositivos o Resumo, resenha, reportagem, verbete de dicionário, cardápio; Gêneros textuais em textos descritivos o Diário, relato de viagem; Gêneros textuais em textos injuntivos o Receita, manual de instruções, regras de jogo, bula, lista de compras. Gêneros textuais em textos argumentativos o Artigo de opinião, crônica, editorial, carta, resenha, redação de uma prova. CAPÍTULO 3 - TEXTO DISSERTATIVO DISSERTAÇÃO Dissertar é um ato praticado pelas pessoas todos os dias. Muitas vezes, em casos de divergência de opiniões, cada um defende seus pontos de vista em relação ao futebol, ao cinema, à música. A vida cotidiana traz constantemente a necessidade de exposição de ideias pessoais, opiniões e pontos de vista. Em alguns casos, é preciso persuadir os outros a adotarem ou aceitarem uma forma de pensar diferente. Em todas essas situações e em muitas outras, utiliza-se a linguagem para dissertar, ou seja, organizam-se palavras, frases, textos, a fim de – por meio da apresentação de ideias, dados e conceitos – chegar a conclusões. É bastante comum que os concursos prefiram textos dissertativos, aqueles que expõem ideias acerca de um tema relevante para a sociedade. A dissertação é um gênero textual que utiliza a argumentação como base para a defesa de um ponto de vista. Pode assustar ou parecer difícil, mas lembre-se que o ato de dissertar é inerente ao convívio em sociedade. É algo natural, pois estamos a todo momento, mesmo que de forma inconsciente, argumentando, expondo as nossas opiniões, ideias e até utilizando algum embasamento teórico ou fatos para pautarmos a nossa discussão. Sendo assim, a dissertação é um gênero natural presente no nosso cotidiano e oralidade, na redação basta organizar as suas ideias e passá-las para o papel. Por visar reconhecer se o candidato tem raciocínio lógico e é capaz de apresentar os argumentos certos para defender seu ponto de vista a dissertação é o gênero favorito dos avaliadores. Uma redaçãodissertativa objetiva convencer o leitor sobre a perspectiva do narrador, mas não significa que se o leitor não concordar a sua redação estará condenada. É um texto em que o autor faz a exposição de suas ideias sobre determinado assunto da atualidade, normalmente polêmico, com a intenção de convencer o leitor a aceitar como válido o ponto de vista dele, usando, para isso, os recursos da argumentação. Dissertar requer a organização lógica das ideias, assim a linguagem predominante é a denotativa, ou seja, o sentido literal das palavras. Outra característica importante é a impessoalidade, definida pela não aparição de quem faz as reflexões, pois a ênfase deve recair sobre o assunto, devendo ser empregada a 3ª pessoa do singular ou plural, com a intenção de indicar uma ideia de valor universal e compartilhada por um número maior de pessoas, não uma opinião particular. Dissertação implica discussão de ideias, argumentação, organização do pensamento, defesa de pontos de vista, descoberta de soluções. Para elaborar um texto dissertativo é necessário conhecimento do assunto que se vai abordar, aliado a uma tomada de posição diante dele. É o tipo de texto que analisa e interpreta dados da realidade por meio de conceitos abstratos, ou seja, a referência ao mundo real se faz por meio de conceitos amplos, de modelos genéricos. Na dissertação não existe uma progressão temporal entre os enunciados, mas relações de natureza lógica (causa e efeito, premissa e conclusão etc.). A verdadeira finalidade de um texto dissertativo é argumentar ou expor uma opinião. O leitor avalia se a opinião mostrada é válida, consistente, se o uso dos dados, citações, exemplos, fatos, pesquisas e estatísticas foi feito corretamente, além de procurar aplicação da norma culta da língua portuguesa e a habilidade da comunicação escrita. Podemos dividir esse gênero textual em duas categorias: DISSERTAÇÃO-ARGUMENTATIVA Foco: defender uma ideia, hipótese, opinião, teoria; CONVENCER O INTERLOCUTOR A RESPEITO DE UM PONTO DE VISTA. A dissertação argumentativa visa sobretudo convencer ou persuadir o leitor, apresentando pontos de vista e juízos de valor. A linguagem utilizada nesse tipo de texto é referencial, clara, objetiva, com vocabulário adequado e diversificado. O texto argumentativo também é de natureza dissertativa. Ele consiste na apresentação, explicação ou constatação de um fato para: a) convencer o leitor através de um raciocínio lógico, consistente e baseado na evidência das provas; b) persuadir o leitor através da emoção. Sendo o tipo mais conhecido e o mais cobrado nos concursos, sua premissa é que o autor apresente uma tese, o seu ponto de vista sobre algo. E para sustentá-la, deve se apoiar em argumentos consistentes para convencer o leitor de algo. É necessário dar sua opinião e explicar por que o leitor deveria concordar com ela, a ponto de persuadi-lo. No entanto, é importante atestar os argumentos com dados, fatos ou citações de autoridades no assunto. Caso contrário são apenas opiniões que podem ser rebatidas. O autor precisa deixar clara a sua tese e, além de expor as informações, é importante conectá-las às ideias defendidas. O texto dissertativo-argumentativo é uma tipologia textual caracterizada pela emissão de um juízo de valor (uma opinião, uma tese) e, necessariamente, a defesa desse juízo de valor por meio de argumentos. Sendo assim, a estrutura desse texto contém a introdução, que pode ter duas partes: contextualização e tese; o desenvolvimento, parágrafos em que os argumentos serão expostos e ampliados; a conclusão, devendo apresentar os seguintes elementos básicos (O que fazer? Quem fará? Como vai ser feito? Qual o efeito pretendido?) que caracterizam a proposta de intervenção. O título deve atender a algumas expectativas do texto e provocar uma mudança de comportamento no leitor. O título deve sintetizar com precisão o argumento mais importante do texto, estando fortemente atrelado à ideia defendida. É aconselhável que você crie o seu título após o término do texto de modo que consiga resumir o sentido principal para exprimir no título. Ele deve ser curto e objetivo, precisa motivar o leitor a ler o texto integralmente por ter uma forte ligação com ele. A introdução contempla o primeiro parágrafo e precisa favorecer a ampliação do tema. Ela é considerada a base da construção do texto, o parágrafo-chave pois a partir dele que se desencadearão os demais parágrafos. As ideias que serão apresentadas no texto devem estar amarradas à ideia apresentada na introdução. É conveniente que a sua posição crítica sobre o tema na introdução e que ela dê margem para o debate, provocando o interesse do leitor. No desenvolvimento dê preferência para verbos no presente, reforçando que sua argumentação é válida para a maioria das pessoas e em qualquer lugar e procure não fazer afirmações baseadas em emoções, sentimentos, crenças pessoais ou preconceitos. Privilegie o uso de argumentos baseados em dados filosófico-científicos, sustentando sua opinião em dados coletados da realidade, baseados em estatísticas, citações de autoridades no assunto e para dominar essas estratégias é necessário que se mantenha atualizado e bem-informado. Fortaleça sua argumentação recorrendo a exemplos conhecidos e traga fatos que ilustrem seu ponto de vista e se fizer perguntas para introduzir seus argumentos, certifique-se de não as deixar sem resposta. A conclusão da dissertação corresponde ao último parágrafo do texto, ela deve estar em sintonia com o que foi exposto nos parágrafos anteriores. Você pode se apropriar de dois tipos de conclusão e escolher a que melhor lhe cabe, sendo elas: A conclusão em forma de síntese, que consta um breve resumo do que foi dito, ela deve concluir o raciocínio do autor e abrir possibilidades de reflexão para o leitor. E há também a conclusão em forma de proposta, em que seu objetivo é apresentar soluções que podem ser úteis na resolução ou minimização da situação-problema apresentada pelo tema da redação. Apresenta o assunto e a tese ao leitor + problema da temática. Sustenta a tese apresentada. Desfecho das ideias: retomada da tese + solução. INTRODUÇÃO ● Persuade o leitor; ● Apresenta argumentos baseados em informações concretas. DESENVOLVIMENTO ● O que será discutido; ● Você sugestiona o leitor; ● Insere informações que serão desenvolvidas. ● Você deve retomar a tese apresentada na introdução; ● Solução concreta para o problema; CONCLUSÃO DISSERTAÇÃO-EXPOSITIVA O texto expositivo é de natureza dissertativa. Trata-se da apresentação, explicação ou constatação, de maneira impessoal, sem julgamento de valor e sem o propósito de convencer o leitor. A dissertação expositiva tem como propósito principal expor ou explanar, explicar ou interpretar ideias. Para escrever uma dissertação expositiva não é necessário utilizar argumentos como forma de convencer o leitor, os dados não precisar estar dispostos para persuadi-lo com o seu ponto de vista, mas, sim, para informar o leitor sobre os aspectos relacionados ao tema. O texto tem o propósito de expor fatos a respeito do tema trabalhado utilizando dados e fontes confiáveis. Visando informar a pessoa que está lendo, logo, você deve apresentar conceitos exemplificados e usar uma linguagem de fácil compreensão como uma exposição de fatos, dados e outras informações relevantes. O gênero dissertação, apesar da subdivisão em duas categorias, segue a mesma estrutura. Esse tipo de redação é composto por uma introdução ao tema, o desenvolvimento das ideias e a conclusão que retoma tudo que jáfoi dito sem acrescentar novas informações. ESTRUTURA Introdução: A parte introdutória, geralmente composta por um parágrafo, é o início do texto. A introdução é a parte em que as ideias são apresentadas de forma sucinta, com o objetivo de abrir o texto. Aqui acontecerá a contextualização do tema, você deve apontar a problemática da questão a ser tratada. É imprescindível mencionar o tema da redação e contextualizar o que o leitor verá nas próximas linhas. O primeiro parágrafo de um texto dissertativo não pode ser outro a não ser introduzir o tema. O texto está apenas começando para ser uma continuação e não cabe aqui resumir ou solucionar o problema que será trabalhado em parágrafos seguintes, as ideias apresentadas compõe a tese. A tese é o ponto de vista sobre a tema proposto, ela vai orientar o desenvolvimento do texto. Desse modo, é o requisito fundamental para a organização do texto e seleção de argumentos, estando presente no parágrafo de introdução, o qual deve também apresentar o tema. CHECKLIST DA SUA INTRODUÇÃO O QUE NÃO PODE FALTAR? TESE: Apresentação da ideia principal e sue ponto de vista que será defendido ao longo do texto. Iniciando a explicação se você se posiciona a favor ou contra tal tema. Essa tese norteará sua defesa ou condenação à ideia proposta no tema. TÉCNICAS DE INTRODUÇÃO: Entre as técnicas que serão apresentadas abaixo, escolha a que melhor se adeque ao seu estilo de escrita. TÉCNICAS DE INTRODUÇÃO Definição da palavra-chave do tema: O envelhecimento é um processo evolutivo que depende dos fatores hereditários, do ambiente e da idade, embora ainda não tenham sido descobertas as causas precisas que o determinam em toda a sua amplitude e diversidade. Apresentando uma interrogativa (ou várias): Desde o início das civilizações, a vertente filosófica tenta encontrar termos e definições para a questão que continua a intrigar e se modificar constantemente: qual o real sentido de sociedade? Quais fatores que levam as pessoas a agirem e interagirem de diferentes maneiras em seus meios? 3. Apresentando dados estatísticos: Em um paralelo com o avanço da qualidade de vida entre os brasileiros, e com a enfatização de campanhas preventivas de saúde, têm-se, ainda hoje, um alto índice de pessoas com diabetes. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o I.B.G.E. (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nove milhões de brasileiros foram detectados com a doença, tornando-se um dado alarmante, já que corresponde a mais de 6% da população. Enumerando possíveis argumentos: A máquina pública, no Brasil, possui um alto custo de investimento na saúde, porém, o que a população e os profissionais da área observam é uma desvalorização do setor com baixos salários, médicos descontentes e sem condições de trabalho, falta de medicamentos, hospitais insuficientes e mal aparelhados somados a um atendimento precário, tornando-se esse o retrato da saúde pública brasileira. Apresentando comparações: A mortalidade infantil é um tema de grande importância para qualquer país que queira chegar a um real desenvolvimento da sua população. Nações com baixos índices possuem, estatística mente, um I.D.H. (Índice de Desenvolvimento Humano) elevado. Segundo relatório divulgado pela O.N.U. (Organização das Nações Unidas), países desenvolvidos como Japão ou Itália possuem o índice de mortalidade infantil inferior a 2%; na América Latina há regiões que atingem 6,4% como Piauí, sul do Pará e Maranhão. Desenvolvimento: A etapa de desenvolvimento compreende os parágrafos seguintes, por volta de dois ou três. Neles o autor discorrerá baseando-se em argumentos para validar a introdução. A habilidade de articulação é necessária para o desenvolvimento, já que o autor deve apresentar o seu posicionamento, detalhando sua perspectiva e tentando persuadir o leitor. Nos famosos parágrafos do meio ou oficialmente parágrafos de desenvolvimento o autor expõe seus argumentos. Se tratando de um tipo de texto formal como é a redação dissertativa, não há espaço para questões pessoais ou desenvolvimento de personagens. A base de uma dissertação é a fundamentação de seu ponto de vista, sua opinião sobre o assunto. Para tanto, deve-se atentar para as relações de causa- consequência e pontos favoráveis e desfavoráveis, muito usadas nesse processo. Conclusão: A conclusão é a maneira como o texto dissertativo se encerra e, assim como a introdução, também costuma ser sucinta feita em apenas um parágrafo. Nesse último parágrafo, o pensamento discorrido pelo texto se encerra com uma possível solução para o problema que foi apresentado. Não é recomendado deixar uma questão impactante para o leitor, pois em uma dissertação argumentativa você precisa deixar suas ideias bem resolvidas no fim do texto. O ideal é que, ao findar o desenvolvimento, o redator crie um gancho para sintetizar sua exposição ao leitor. Com o objetivo de conectar todas as etapas do texto, o autor retoma algumas informações importantes e mostra as consequências da sua questão problema do seu desenvolvimento. Para mostrar-se bem-informado e concluir suas reflexões, é aconselhável que o autor sugira ações que possam amenizar e/ou solucionar os problemas apontados nos parágrafos anteriores, a chamada intervenção da realidade. Quando solicitada, uma proposta de intervenção, o candidato deve indicar alternativas para solucionar ou minimizar a situação-problema apresentada, estando em sintonia com a argumentação realizada ao longo do texto. Essas alternativas precisam ser passíveis de serem implantadas na realidade concreta e devem se embasar nos princípios da solidariedade e da ética, respeitando os direitos humanos, a diversidade de opiniões e a democracia. Alguns exemplos de propostas são: • Promoção de campanhas publicitárias governamentais sobre o assunto tratado com objetivo de conscientizar e esclarecer a sociedade; • A implantação de políticas públicas para inclusão; • Punições mais severas aqueles que transgredirem às leis a respeito desse problema; E pode se usar agentes como governo, organizações não governamentais, a mídia, igrejas e centros religiosos, ações voluntárias de indivíduos, ativismo, escolas a família e a sociedade para promoverem a mudança que citou ser necessária em seu texto. Confira o seu texto para que não haja mudança de opinião entre o início e o fim da dissertação. Nela, então, é fundamental recapitular o tema da dissertação, ao final, o ponto de vista deve ser o mesmo defendido inicialmente e ainda apresentar soluções para o problema apresentado. ARGUMENTATIVA EXPOSITIVA Na dissertação-expositiva, o escritor apresenta as informações sem a necessidade de convencer o leitor de algo. Normalmente, esse modelo é baseado em fatos inquestionáveis, como notícias que são veiculadas na mídia. Dessa forma, funciona como uma exposição e não como um debate, no qual seria preciso contestar posições, por exemplo. Objetivo: Apresentar um ponto de vista ou argumento de uma outra pessoa. Exemplo: resumo A dissertação-argumentativa, exige que o escritor faça uma reflexão sobre determinado tema para defender o seu ponto de vista. Ao tomar partido, portanto, cabe a ele encontrar evidências que afirmam a sua opinião. Nesse tipo de redação, é preciso persuadir o leitor, fazendo isso de modo que ele entenda e aceite a sua perspectiva. Objetivo: Apresentar um ponto de vista ou argumento próprio sobre algum tema específico. Dividida em: Estrutura da Dissertação Introdução: - É o primeiro contato com leitor com o texto; - Apresenta a tese; - Problematiza a ideia central; - Mostra a relevância do tema ao contextualizá-locom a atualidade. Dica: indica-se apenas um parágrafo para essa etapa. Desenvolvimento: - Ampliação da ideia principal a ser articulada; - As ideias mencionadas na introdução devem ser desenvolvidas com argumentos, citações e dados importantes para validá-las; Dica: utilize de dois a três parágrafos para essa argumentação Conclusão: - Retomada do tema; - Proposta de intervenção; - Reafirmação da tese. Dica: tome um parágrafo para fazer a sua síntese do problema abordado e traga possível resultados em suas considerações finais CAPÍTULO 4 - ARTIGO DE OPINIÃO O artigo de opinião é um tipo de texto dissertativo-argumentativo em que o autor apresenta seu ponto de vista sobre determinado tema e, por isso, recebe esse nome. Um artigo de opinião tem a finalidade de fazer com que o leitor aceite as ideias apresentadas como verdadeiras ou falsas. Para interpretá-lo é preciso identificar a postura ideológica do autor seja conservadora ou liberal, os interesses a que serve o texto, o contexto em que foi escrito e qual o propósito do texto. O principal recurso retórico utilizado nos textos de opinião é a argumentação, essa estratégia é utilizada com o objetivo de informar e persuadir o leitor sobre um assunto. Os artigos de opinião estão, comumente, veiculados aos meios de comunicação de massa - televisão, rádio, jornais ou revistas - e abordam temas da atualidade. No artigo de opinião há a pertinência dos argumentos expostos e defesa clara contra os divergentes. Comtempla o uso de ironias e insinuações com intuito de abalar as opiniões contrárias. Outro recurso utilizado é a apelação à sensibilidade, há o distanciamento do assunto por meio das construções impessoais visando dar objetividade e credibilidade à análise feita. Existe também o uso de recursos descritivos detalhados e relato minucioso das etapas de pesquisa para transmitir confiabilidade aos argumentos, além da enumeração criteriosa das fontes de informação para demonstrar que os argumentos são fidedignos. Algumas características do artigo de opinião: • Textos escritos em primeira e terceira pessoa; • Uso da argumentação e persuasão; • Geralmente são assinados pelo autor; • Produções veiculadas nos meios de comunicação; • Possuem uma linguagem simples, objetiva e subjetiva; • Abordam temas da atualidade; • Possuem títulos polêmicos e provocativos; • Contém verbos no presente e no imperativo. CURIOSIDADE: Qual a diferença entre texto expositivo-argumentativo e dissertação- argumentativa? Resposta: o Juízo de valor! ● Expositivo-argumentativo: usa recursos para comprovar, mas sem opinião; ● Dissertação-argumentativa: usa recursos para comprovar, mas TEM OPINIÃO. Exemplo: Notícias, artigos científicos, verbete de dicionário, entrevista etc. EXTRA: Passo-a-passo para desmistificar a estrutura da dissertação: I - Transforme o tema em uma pergunta, guarde essa pergunta com você; II - Responda essa pergunta concordando ou discordando; III - As respostas dessa pergunta serão os seus argumentos. Exponha todos esses porquês; IV - Ilustre os seus argumentos com exemplos reais ou citações; V - Conclua suas ideias retomando a pergunta inicial. DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA ARTIGO DE OPINIÃO • Obedece à estrutura: introdução, com o ponto de vista; argumentação no desenvolvimento e retomada do ponto de vista na conclusão; • Admite apenas o uso da terceira pessoa; • Baseia seus argumentos em fatos fundamentados na realidade em dados cientificamente comprovados; • Sua finalidade é avaliativa para diagnosticar a capacidade de produção de escrita; • É escrita para um professor ou para corretores da banca examinadora; • Circula no ambiente escolar. • Não segue uma estrutura textual fixa, é mais flexível e não precisa atender ao formato tese inicial na introdução, argumentação desenvolvimento e a conclusão; • Admite-se a escrita na primeira ou na terceira pessoa; • Os argumentos podem tanto se basear em fatos quanto em opiniões no modo do autor encarar a realidade; • Tem propósito comunicativo; • Tem um público-alvo definido; • Circula em suportes de comunicação de massa como as revistas e jornais. CAPÍTULO 5 – TEXTO DESCRITIVO DESCRIÇÃO Como visto anteriormente, a escrita dissertativa é frequentemente solicitada nos concursos, mas a banca organizadora pode pedir um texto descritivo. O texto descritivo, como o próprio nome já diz, objetiva a criação uma imagem bem completa utilizando palavras, usando e abusando de detalhes que transmitam sensações, impressões, observações ou características sobre o tema. Descrever é recriar imagens sensoriais na mente do leitor: o enunciador percebe o objeto através de seus cinco sentidos e sua imaginação criadora “traduz” em palavras o objeto com riqueza de detalhes, minuciosa e inventivamente. Sendo assim, uma redação descritiva é repleta de adjetivos, conferindo valor e detalhes para descrever ou apresentar imagens a partir das percepções sensoriais do autor. Esses pormenores podem ser físicos, como dimensões (altura, largura, peso e comprimento), texturas, cores, funções etc., ou até mesmo psicológicos, como humor, personalidade, caráter e comportamento. O objetivo do autor é, então, apresentar e expor suas próprias impressões de algo. Esses detalhes dados através das palavras, usando substantivos, adjetivos e locuções adjetivas, ajudam o leitor a imaginar e criar uma ideia exata do que está sendo detalhado. São alguns exemplos: as reportagens, biografias, Foco: Apresentar as características de um cenário, pessoas, objetos, seres, situações e seus elementos por meio de uma descrição. listas de compras, relatos históricos ou sobre viagens, anúncios de classificados e currículos. É importante salientar que a linguagem usada deve ser clara e dinâmica, sendo possível o uso de figuras de linguagem para elucidar as comparações. E outra característica importante é o uso de verbos de estado, como ser, estar, permanecer, parecer, ficar, continuar, entre outros. A Descrição Objetiva apresenta características como: a imparcialidade - procura não apresentar opiniões, a exatidão na descrição dos detalhes, o sentido denotativo – literal como no dicionário. Enquanto a Descrição Subjetiva apresenta opiniões e visão pessoal e o sentido conotativo e fantasioso. Dividida em duas vertentes: A estrutura do texto descritivo é composta por três partes: DESCRIÇÃO Descrição objetiva: É a realidade tratada como ela é. A redação deve falar de traços concretos e não deve haver opinião do autor para influenciar, como num dicionário, por exemplo. Se um objeto é verde, grande e redondo deve ser descrito assim para o leitor imaginá-lo como de fato é. Descrição subjetiva: É a realidade representada de acordo com os sentimentos e a emoção. A redação recebe as impressões pessoais do autor, como em textos literários. Pensando no objeto, o autor pode dizer influenciar com suas opiniões e perspectivas, dizendo que sensações aquilo lhe transmite. Há uma abertura maior para o próprio leitor imaginar aquilo. Introdução: é a primeira parte do texto, quando o autor apresenta o que será descrito. Conclusão: é a última parte e encerra a descrição do objeto, pessoa, lugar ou situação abordada. Desenvolvimento: nesse momento, como o próprio nome diz, a descrição se desenvolve, com detalhes pormenorizados. CAPÍTULO 6 – TEXTO NARRATIVO NARRAÇÃO Outro tipo muito comum é a narração. É um dos mais conhecidos e apresenta um conjunto de características (espaço, tempo, personagem, enredo e narrador) a fim de contar uma história ou acontecimento.Os textos narrativos não precisam ter compromisso com a realidade, uma narrativa pode falar sobre eventos reais ou fictícios. Como por exemplo os contos, as fábulas, as novelas, as crônicas e os romances. O texto narrativo conta uma história. A narração é um relato de fatos vividos por personagens e ordenados numa sequência lógica e temporal, por isso ela é caracterizada pelo emprego de verbos de ação que indicam a movimentação das personagens no tempo e no espaço. Contar e ouvir histórias é uma atividade cotidiana e muito antiga. Desde que o mundo é mundo, o ato de narrar fascina o homem e o de ouvir histórias o hipnotiza. Narrar é o ato de relatar acontecimentos factuais ou fictícios por meio de palavras em textos orais ou escritos. Baseado na sequência temporal de fatos, o texto narrativo caracteriza-se por verbos de ação e marcadores temporais, como os advérbios. O mais simples dos roteiros em que se pode inserir um fato a ser narrado consiste na fórmula do lead: 3Q+O+P+C. Quem? apresenta as personagens geradoras da ação; Quê? trata do enredo, o inventário dos fatos; Quando? responde à situação dos fatos narrados no tempo; Onde? responde à situação dos fatos narrados no espaço; Foco: NARRADOR + PERSONAGENS + AÇÃO Por quê? indica as causas dos acontecimentos, sua origem; Como? trata das singularidades do fato narrado, da maneira como se desenvolvem. Esse é o roteiro prototípico das narrativas jornalísticas e serve de base para narrativas literárias, bem mais complexas quanto a sua estrutura. O que diferencia a narrativa literária de outros tipos de narrativa é seu caráter ficcional; sua natureza essencialmente linguística, geradora de uma surrealidade, complementar ao "real" das coisas e dos fatos do mundo e o fato de provocar uma experiência estética definida como prazer estético, que conjuga sentimento e razão. Para se caracterizar como narração, o texto precisa conter: • Narrador ou foco narrativo: É o ser que organiza e conta a história para o leitor, podendo ser um personagem ou o próprio autor. Ele tem o poder de interferir e contar a história, podendo estar dentro, pessoal, ou fora dela, impessoal. ▪ O narrador-personagem é aquele que além de relatar um acontecimento, também participa da história de forma ativa, e os verbos são usados na primeira pessoa; ▪ O narrador-observador é quem apenas narra os eventos sem interferir na história, sendo usada a terceira pessoa; ▪ O narrador onisciente: não apenas observa os fatos, mas sabe tudo sobre os personagens (sentimentos e pensamentos). • Enredo ou trama: é a contextualização do conjunto de eventos contados. Ele dividido em: ▪ Apresentação - introdução que contextualize o leitor; ▪ Desenvolvimento - apresentação dos acontecimentos; ▪ clímax - episódio gerador de tensão ou emoção; ▪ desfecho – resolução dos conflitos e encerramento. • Personagens: Sem eles não há história, são as pessoas reais ou fictícias que participam da narrativa. Eles vivem os eventos narrados, podendo ser principais, como protagonistas e antagonistas, ou coadjuvantes (secundários). • Tempo: pode-se desmembrar em dois tipos, o tempo cronológico e o tempo psicológico. O primeiro é contado em dias, semanas, meses e até anos. O segundo vai de acordo com o que está se passando na cabeça dos personagens. • Espaço: não há limites para a criatividade, já que os eventos podem ser narrados em ambiente físico, psicológico ou social, sendo palpável ou apenas no pensamento ou imaginação dos personagens. • Tipos de discurso: narrador decide como vai contar a história gerada pela interação dos personagens; ➢ Discurso direto: fala literal do personagem; ➢ Discurso indireto: fala parafraseada; ➢ Discurso indireto livre: mistura da fala do narrador e do personagem - requer atenção do leitor. • Ação: As ações são relatadas obedecendo uma ordem. 1. Introdução: Apresenta a ideia principal, alguns personagens, harmonia inicial; 2. Desenvolvimento: Fato narrativo em si (série de ações que transformam personagens), possui o enredo da história e a desarmonia e possui clímax. 3. Conclusão: Contempla o desfecho da história e apresenta o equilíbrio inicial novamente ou uma nova ideia de situação. Os textos narrativos compartilham uma estrutura básica: introdução, desenvolvimento e conclusão, que se compõe das seguintes sequências: apresentação, complicação, clímax, desfecho. Se os fatos se apresentarem nessa ordem acima exposta, o enredo será linear; do contrário, será alinear. Essas três divisões são essenciais para a organização das ideias e formatação do que será escrito e para prosseguir com uma linha lógica de pensamento com começo, meio e fim de forma objetiva. ESTRUTURA Introdução Composta por um parágrafo direto e não muito extenso, é nela que o autor irá demonstrar que compreendeu o tema e iniciar a sua escrita. Nessa parte do texto, ao contar o enredo, os personagens principais serão apresentados e algumas circunstâncias da história são expostas, como o momento e o lugar de desenvolvimento da ação. Desenvolvimento Aqui você irá detalhar tudo aquilo que foi dito na introdução. A partir do enredo fornecido, inicie a complicação, parte do texto em que a ação tem início e dê continuidade aos acontecimentos que se sucedem e conduzem ao clímax, ponto da narrativa em que a ação alcança o seu momento crítico, tornando o desfecho inevitável. Conclusão Este é o último parágrafo do seu texto e deve conter nele a solução do conflito produzido pelas ações das personagens. engloba os 5 elementos da narrativa: NARRAÇÃO Enredo: designa a história da narrativa. Dependendo de como a trama é contada, ele é classificado em dois tipos: enredo linear (sequência cronológica) e enredo não linear (não possui uma sequência cronológica). Espaço: representa o local (ou locais) onde se desenvolve a história e que pode ser: físico, psicológico ou social. Tempo: marca o momento em que a trama está sendo desenvolvida. Ele é dividido em dois tipos: tempo cronológico e tempo psicológico. Personagens: são aqueles que fazem parte da história e podem ser: personagens principais (protagonista e antagonista) ou personagens secundárias (coadjuvante). Narrador: também chamado de foco narrativo, representa a "voz do texto", ou seja, determina quem está contando a história. Os tipos de narrador são: narrador observador (não faz parte da história, sendo somente um observador), narrador personagem (faz parte da história) e narrador onisciente (conhece todos os detalhes da narração). possuem uma estrutura básica: TEXTOS NARRATIVOS Apresentação: trata-se da introdução do texto, onde são apresentadas algumas de suas principais características como o tempo, o espaço e as personagem que fazem parte da trama. Desenvolvimento: designa a maior parte do texto, onde são desenvolvidas as ações das personagens numa sequência de acontecimentos. Desfecho: é a parte final da trama, determinada pelo arremate de toda a história. Nela, é revelada o destino das personagens. Clímax: representa a parte mais emocionante, surpreendente e tensa da narrativa. Redação: quadro-resumo Fonte:http://roneysignorini.com.br/pdf/ana_tereza/apostila%20de%20t%C3%A9cnica%20de%2 0reda%C3%A7%C3%A3o.pdf CAPÍTULO 7 - INTERTEXTUALIDADE Vivemos em um mundo em que os textos interagem e geram comunicação o tempo todo. Ampliar nosso conhecimento de mundo a partir da leitura de textos diversos é essencial e significa, a partir da prática da leitura e escrita, desenvolver as habilidades de identificar informaçõesexpressas ou sob entendidas - como o contexto, o sentido das palavras, os recursos verbais e não verbais, os efeitos de humor ou crítica e as referências a elementos diversos - estabelecer relações entre um texto e outros a que ele se refere e utilizar esses conhecimentos de leitura para produzir os seus próprios textos. A Intertextualidade é a reutilização de outros textos, é a retomada de elementos ou de manifestações já conhecidas, é o emprego do estilo de outro autor, é brincar com os textos. Na intertextualidade, os textos conversam entre si quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Assim a citação de um texto ou a referência a uma obra ou autor, bem como a reescrita de um texto com outras palavras ou a recriação de uma obra com outro estilo são exemplos de Intertextualidade. A compreensão da Intertextualidade só ocorre quando leitor se torna capaz de perceber essas referências em suas leituras, ampliando a compreensão daquilo que lê. Quanto maior é o nosso conhecimento do mundo maiores são as chances de interligar as informações e elementos na leitura e na produção de texto. A Intertextualidade é ampla, mas no que tange a escrita para concursos ela serve para rebater uma ideia ou reforçar um argumento e faz parte da etapa de busca de informações. Usar a Intertextualidade ajuda na identificação de sentidos do seu texto, na percepção de efeitos de humor ou crítica e na inferência das suas intenções. Ela ajuda a adotar um viés mais criativo e analítico, demonstrando com isso um bom repertório cultural e fugindo do senso comum. Para atingir uma fluência intertextual é preciso praticar constantemente a leitura, tendo curiosidade incessante por textos informativos, opinativos, científicos, de entretenimento, artísticos etc. A INTERTEXTUALIDADE DIÁLOGO ENTRE TEXTOS - Efeitos de humor; - Viés crítico; - Repertório cultural. É caracterizada pelo: Auxilia na construção de: O ato de reutilizar outros textos, retomar elementos ou manifestações já conhecidas. PARÓDIA: alteração de sentido de um texto mantendo a mesma estrutura. CITAÇÃO: Retomada explícita de um fragmento de texto no corpo de sua produção. EPÍGRAFE: Citação inicial de um texto, servindo como resumo para o assunto que será abordado. PARÁFRASE: Reproduzir as ideias de um texto previamente escrito em sua redação. HIPERTEXTO: Recurso mais tecnológico para uma leitura não linear, fazendo conexões e explorando outros textos durante a mesma leitura. EXEMPLOS: CAPÍTULO 8 – GÊNEROS JORNALÍSTICOS Os textos jornalísticos, antigamente, só podiam ser lidos no papel e com a distribuição de jornais. Com o avanço da tecnologia e a influência das mídias sociais, esses textos estão disponíveis nos rádios, nos programas de televisão e na internet. Os textos jornalísticos podem ser considerados o tipo de texto mais lido no mundo pois tem a função de informar sobre algo, são veiculados pelos jornais, revistas, rádio e televisão e facilmente acessados pelo celular e computador em qualquer lugar do mundo. A notícia, por exemplo, mostra um claro predomínio dessa função, porque trazem os fatos mais relevantes quando acontecem. Para cumprir a função informativa, o texto deve conduzir o leitor, da forma mais direta possível, a identificar e/ou caracterizar as diferentes pessoas, os acontecimentos e fatos que fazem parte da mensagem que se deseja comunicar. Com uma linguagem clara, simples, imparcial e objetiva, a fim de expor ao emissor as principais informações sobre o tema. No que tange a sua estrutura gramatical, geralmente o texto jornalístico apresenta frases curtas e ideias sucintas, favorecendo, assim, a objetividade do texto. O jornal é um veículo que apresenta diferentes gêneros textuais, com o desenvolvimento de diversos tipos de textos, dentre os quais estão o narrativo, descritivo, dissertativo-opinativo, injuntivo e expositivo. GÊNEROS JORNALÍSTICOS Tem o objetivo de comunicar e informar o leitor. OS PRINCIPAIS GÊNEROS JORNALÍSTICOS Notícia As notícias são escritas com uma linguagem formal, direta e impessoal — normalmente, estão na terceira pessoa. Mas o nível de formalidade e de impessoalidade pode ser maior ou menor dependendo da editoria a que pertencem. Sabe como os jornais, revistas e sites são divididos em seções como “Brasil”, “mundo”, “esportes”, “política “, “cultura” entre outros? Os textos de cada uma delas possuem algumas variações de estilo, mesmo que sejam notícias. Assim, uma notícia sobre política, por exemplo, vai ser bem mais formal do que uma sobre entretenimento. Depois do título, as notícias começam pelo lide, uma breve introdução que conta as principais informações em ordem de importância. O lide também tem o importante papel de atrair a atenção do leitor para que ele leia a notícia inteira. Depois, são mostrados os detalhes, as causas e as consequências do fato. As notícias e as reportagens são orientadas por cinco perguntas que devem ser respondidas nessa introdução, no lide: O quê? Como? Quando? Onde? Quem? Por quê? Reportagem As reportagens são textos jornalísticos mais longos e completos do que as notícias, servindo como complemento e aprofundado e analítico a partir da investigação. Aqui, o objetivo é descrever os fatos de forma extensiva. Por isso, elas mostram as consequências dos fatos para as pessoas envolvidas, trazendo visões opostas, mostrando as opiniões de especialistas, entre outras informações para que o leitor compreenda a fundo a questão. Um dos principais tipos de reportagem é a investigativa, na qual o jornalista mergulha em uma situação ainda não comprovada (política ou social, por exemplo) e a estuda, para conseguir provar sua veracidade ou não. Pode ser um fato conhecido que será explicado de maneira mais completa ou, até mesmo, algo que o próprio jornalista descobriu e vai mostrar ao público pela primeira vez. Editorial O editorial é um texto de opinião sobre um tema polêmico da atualidade, emite o ponto de vista do veículo de informação a respeito do fato. A seção de editoriais traz as opiniões dos editores, de leitores ou da própria empresa responsável pelo veículo (jornal, telejornal ou revista, por exemplo). Esses textos são opinativos e não precisam ser imparciais, mas costumam ser bastante informativos. Muitas vezes, o autor apresenta argumentos contrários aos dele para complementar o raciocínio. Dessa forma, o autor consegue provar suas opiniões iniciais, mostrando como uma argumentação oposta à sua pode estar equivocada. Crônica Não é comum perceber a presença de crônicas nos veículos jornalísticos, o desuso deve-se ao fato de que são de autoria de algum jornalista ou escritor e contam fatos mais pessoais. Elas surgem dentro do jornal como um texto que emite o ponto de vista do cronista sobre o cotidiano. Nelas, o autor reflete sobre algo que ele presenciou, pensou ou observou. Elas podem ser conectadas a algo que está acontecendo atualmente no mundo, mas isso não é obrigatório. A maior rejeição desse gênero dentro do jornalismo se deve por conta de ele ser mais pessoal e com menos informações. Ao longo do tempo, a crônica caiu em desuso e hoje mais é considerada literário do que jornalística. A resenha é um resumo que contém comentários e análise crítica bem detalhada sobre algo. A entrevista é um gênero franco que entra em contato com o interlocutor, nela há um preparo prévio de perguntas surpreendentes para o entrevistado e incidência de respostas espontâneas. A charge é um texto misto pois fala da linguagem verbal e não-verbal e traz o ponto de vista do autor sobre algo. Já a carta do leitor está veiculada pois agrega valor e audiência ao veículo da informação, já que qualquer pessoa pode escrever o que pensa sobrealgo que foi publicado ali. Em suma, o processo de produção de um texto jornalístico é dividido nas seguintes fases: • Pauta: é a escolha do assunto; • Apuração: recolha e verificação das informações e de provas; • Redação: organizações das ideias num texto; • Edição: locação dos textos no jornal, correção e revisão deles. DESTRICHANDO A NOTÍCIA Vamos fazer uma análise mais rebuscada do gênero notícia que sempre foi muito presente em nosso cotidiano, pode ser encontrada em diversos meios de comunicação e o acesso a elas garante embasamento para bons argumentos em uma redação de concurso. Basta se conectar à internet, ligar o rádio, assistir o noticiário ou folhear um jornal lá encontraremos notícias. A notícia não é um gênero literário e sim jornalístico, é considerada o gênero-base do jornal, que tem como objetivo de estabelecer a comunicação, transmitindo informações sobre acontecimentos ligados à sociedade em geral. Pode ser definida como um texto que visa informar sobre um tema atual ou algum acontecimento real e recente que impacta a vida dos cidadãos e é veiculada pelos principais meios de comunicação: jornais, revistas, meios televisivos, rádio, internet, dentre outros. Mesmo configurada como um gênero jornalístico, a notícia traz consigo características dos tipos textuais narrativos e descritivos, contendo tempo específico, espaço e as personagens envolvidas. Como um texto informativo, a notícia engloba características específicas: Referencial na realidade: a notícia deve apresentar fatos, ocorridos na realidade. Desse modo, a linguagem deve priorizar a função referencial, ou seja, a função de representar a realidade por meio da língua. Conteúdo sintético: a notícia deve evitar todo tipo de informação que não seja relevante ao fato. Uma notícia demasiadamente longa pode afastar o leitor. Assim, é relevante apresentar um texto conciso e objetivo. Precisão vocabular: a notícia é um texto técnico, por isso o cuidado com a língua e com a variedade padrão é essencial. Dentre os cuidados necessários, a precisão vocabular ganha destaque, pois o texto deve evitar interpretações múltiplas, e o uso vocabular adequado garante que o sentido seja comunicado de modo mais claro. Acessibilidade: além de ser um texto técnico, a notícia também é um texto de amplo alcance, ou seja, possui um público-alvo vasto e diverso, por isso, em conjunto com a formalidade, o texto deve apresentar acessibilidade, evitando termos desconhecidos ou conceitos técnicos e priorizando uma linguagem simples e direta. Narração em terceira pessoa: a notícia deve ser contada na voz da terceira pessoa. O autor da notícia ocupa a perspectiva de observador externo que relata aquilo que vê e ouve, evitando todo tipo de expressão pessoal e julgamento subjetivo. Estrutura da notícia • Título Principal e Título Auxiliar A notícia é formada por dois títulos, um principal, conhecido como Manchete, que sintetiza o tema que será abordado, e outro um pouco maior, o qual auxilia o entendimento do título principal, ou seja, é um recorte do assunto que será explorado. Manchete “Crianças com o espectro autista criam animações para mostrar como veem o mundo” Título auxiliar “Elas serão exibidas no canal ZooMoo Kids todos os dias, às 12h30 e às 17h30” • Lide Na linguagem jornalística, a Lide corresponde à introdução da notícia, portanto, trata-se do primeiro parágrafo que responderá as perguntas: O Que? Quem? Quando? Onde? Como? Por quê? Trata-se de um parágrafo em que todas as informações que estarão contidas na notícia deverão aparecer. É uma ferramenta muito importante, visto que desperta a atenção do leitor para a leitura da notícia. Segue abaixo um exemplo: “Durante abril, mês da conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista, o canal ZooMoo Kids vai exibir animações feitas por crianças com autismo, dificuldades de visão ou que estão passando por algum tratamento de saúde. Os curtas vão ao ar todos os dias, às 12h30 e às 17h30.” • Corpo da Notícia Nessa parte, será apresentada a notícia com descrições mais detalhadas. Segue abaixo um exemplo: A atração, chamada De Criança Para Todas as Crianças, é uma adaptação do programa exibido pelo canal, De Criança Para Criança, e busca mostrar como os autores dos desenhos enxergam o mundo. Um dos episódios, por exemplo, chamado “Emoções no Autismo”, criado por um menino com o espectro autista, mostra como ele muitas vezes tem dificuldade em expressar o que sente. Os programas foram feitos com professores que ajudaram na gravação das histórias e tiraram fotos das ilustrações dos alunos para colocá-las em uma plataforma que desenvolve desenhos animados. As histórias são feitas com base nos conteúdos que as crianças aprendem em sala de aula, além de temas do seu dia a dia, como bullying e super-heróis. Para um dos cofundadores do projeto, Vitor Azambuja, criar um conteúdo acessível a todas as crianças é importante para mostrar que todas têm capacidade de produzir coisas criativas. “Isso aumenta a autoestima delas e ajuda a estabelecer um ambiente mais inclusivo nas escolas”, diz. Fonte: JORNAL JOCA https://www.jornaljoca.com.br/criancas-com-o-espectro-autista-criam- animacoes-para-mostrar-como-veem-o-mundo/ Qual o objetivo principal do gênero textual notícia? O principal objetivo da notícia é informar o leitor sobre um acontecimento. A notícia é encontrada geralmente em quais suportes? O suporte determina o meio (veículo) da comunicação. Assim, a notícia como texto jornalístico utiliza os principais meios de comunicação para informar os leitores: jornais, revistas, rádio, televisão, internet. Características do gênero textual notícia: A notícia é um gênero jornalístico que apresenta como objetivo principal informar. Para tanto, trata-se de um texto informativo, geralmente sem teor opinativo. Além disso, apresenta um acontecimento real cuja linguagem é clara e formal. GÊNEROS JORNALÍSTICOS PROGRESSÃO LÓGICA NOTÍCIA FUNÇÃO INFORMATIVA CORREÇÃO E AVALIAÇÃO PRODUÇÃO ESCRITA Expressou o proposto? Teve clareza nas ideias? Está sobrando ou faltando algo? Está fácil entender? Há incorreções gramaticais? - Manchete chamativa; - Lide completo; - Pessoas envolvidas, motivos e consequências; - Escrita formal, direta e objetiva. - Relação adequada entre as partes; - Cada parte traz um dado novo, sem redundância. CAPÍTULO 9 – DICAS DE OURO Existem alguns passos para você se preparar em casa antes da prova de concurso público. A primeira coisa é pesquisar sobre a banca organizadora, ver os temas que já foram trabalhados e os tipos de texto exigidos. Veja também as questões da prova objetiva e os conteúdos que costumam cair. Analise bem a parte de conhecimentos gerais e atualidades, pois os assuntos abordados nas perguntas podem ser um gancho para a redação. Quando você já estiver num bom fluxo de estudo das demais disciplinas, pode começar a pensar no texto. Isso porque você já vai estar por dentro de diferentes conceitos que te ajudarão a raciocinar e argumentar melhor sobre qualquer tema. Não existe fórmula para escrever uma redação, mas nós temos um passo a passo que pode te ajudar a melhorar esse processo. DICA 1: Entenda o tema proposto Iniciar a escrita é a parte mais difícil, por isso, vamos dar algumas dicas de como começar uma boa redação. O passo principal é compreender totalmente o tema. Trate-o como uma indagação, ou seja, faça perguntas sobre ele. Deixe as ideias fluírem e, com as respostas, comece a pensar qual será o seu foco durante a dissertação. DICA 2: Não deixe de anotar as suas ideias de argumentos Após a reflexão sobre o tema proposto, escreva num rascunho todas as suas ideias de argumentos. Avalie cada