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INFARTO
Glayce Assunção 
Isadora Brandelero
Rebeca Mendes
Rhayssa Machado
Sumário
Introdução
Etiologia
Patogenia
Classificação
Sinais e sintomas
Consequências e complicações 
Diagnóstico
Prevenção
Caso clínico
Créditos
Referências
INTRODUÇÃO 
Etimologia: lt. "in fartu" = cheio, atulhado; "infarcire"= inchar.
Sinonímia: Enfarte (mas nunca infarte nem enfarto).
 Infarto é uma área localizada de necrose isquêmica ou
hemorrágica por interrupção do fluxo sanguíneo arterial ou
venoso. Infarto pode ser branco (sem circulação) ou vermelho
(hemorrágico).
ETIOLOGIA
O infarto tecidual constitui uma causa comum e muito significativa 
 de doença com manifestações clínicas; 
Nos EUA, cerca de 40% de todas as mortes são causadas por doença
cardiovascular, e a maioria é atribuída ao infarto do miocárdio ou ao
infarto cerebral. 
O infarto pulmonar também constitui uma complicação comum em
muitas condições clínicas;
O infarto intestinal é, com frequência, fatal e a necrose isquêmica das
extremidades (gangrena) representa um grave problema na população
diabética. 
A TROMBOSE ARTERIAL OU EMBOLIA ARTERIAL ESTÁ NA BASE DA
GRANDE MAIORIA DOS INFARTOS. 
ETIOLOGIA
 CAUSAS MENOS COMUNS DE OBSTRUÇÃO ARTERIAL
Vasospasmo Local: contração anormal das artérias;
Hemorragia em Placas Ateromatosas: ruptura de placas de gordura;
Compressão Extrínseca do Vaso, por exemplo, devido a um tumor;
Torção Vascular, como na torção testicular ou no vólvulo intestinal;
Ruptura Vascular Traumática;
Compressão Vascular por Edema (como na síndrome 
 compartimental anterior da perna).
 CAUSAS MENOS COMUNS DE OBSTRUÇÃO ARTERIAL 
Compressão Vascular por Edema (como na síndrome compartimental
anterior da perna);
Encarceramento em Saco Herniário;
Trombose Venosa: Embora menos comum, a trombose venosa também
pode causar infarto. No entanto, geralmente resulta em congestão em vez
de necrose. Isso ocorre porque os canais colaterais se abrem rapidamente,
permitindo o fluxo sanguíneo e melhorando a circulação arterial. Infartos
por trombose venosa são mais prováveis em órgãos com uma única veia
eferente, como o testículo e o ovário;
ETIOLOGIA
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7a-coronariana/infarto-agudo-do-mioc%C3%A1rdio-iam
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7a-coronariana/infarto-agudo-do-mioc%C3%A1rdio-iam
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7a-coronariana/infarto-agudo-do-mioc%C3%A1rdio-iam
FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO DE UM INFARTO
 
A ocorrência de oclusão vascular pode provocar efeitos que variam desde
quase nada até disfunção e necrose teciduais suficientes para resultar em
morte. As variáveis que influenciam o desfecho da oclusão vascular são as
seguintes:
 Anatomia do suprimento vascular: a disponibilidade de um
suprimento sanguíneo alternativo constitui o fator mais importante que
determinará se a oclusão vascular causará dano ao tecido;
PATOGENIA
PULMÕES
Duplo suprimento sanguíneo
arterial pulmonar e brônquico
MÃO E
ANTEBRAÇO
Suprimento arterial radial
e ulnar
FÍGADO
Artéria hepática e veia
porta
RINS E BAÇO
Circulações arteriais terminais 
OBSTRUÇÃO
VASCULAR
MORTE
TECIDUAL
Velocidade da oclusão: as oclusões de desenvolvimento lento
têm menos tendência a causar infarto, visto que
proporcionam tempo suficiente para o desenvolvimento de
vias colaterais de perfusão;
 Por exemplo, pequenas anastomoses
interarteriolares – geralmente com fluxo funcional mínimo –
interconectam as três principais artérias coronárias no
coração.
PATOGENIA
Hipoxemia: de modo compreensível, a
concentração de oxigênio do sangue
anormalmente baixa
(independentemente da causa) aumenta
tanto a probabilidade quanto a extensão
do infarto;
Vulnerabilidade do tecido à hipoxia;
 Os neurônios sofrem dano irreversível quando
privados de seu suprimento sanguíneo por apenas de 3 a 4
minutos;
 As células do miocárdio, embora sejam mais
resistentes do que os neurônios, também são muito
sensíveis e morrem depois de apenas 20 a 30 minutos de
isquemia.
CLASSIFICAÇÃO
PELA PRESENÇA OU
AUSÊNCIA DE INFECÇÃO
Sépticos 
Assépticos 
PELA COR:
Infarto branco ou isquêmico
Infarto vermelho ou
hemorrágico
Área de necrose de coagulação isquêmica
Hipóxia letal local 
Locais de circulação terminal
Causa arterial 
Deixa a porção afetada msais clara ou amarelada que o órgão, formando
um halo em volta da lesão
Órgão mais lesados: rins, baço, coração e cérebro
SISTEMA NERVOSO CENTRAL: necrose liquefativa
CLASSIFICAÇÃO
INFARTO BRANCO OU ISQUÊMICO
CLASSIFICAÇÃO
Reabsorção do tecido necrosado → cicatrização
→ retração da região necrosada → formação de
cicatriz
INFARTO BRANCO OU ISQUÊMICO
Infartos brancos, recentes, no rim. Halo de
hiperemia (setas) delimitando as áreas
brancacentas de infarto. 
1.
Infartos antigos no rim, representados por
cicatrizes retráteis, que formam depressões
irregulares (setas). 
2.
Infarto branco recente do baço, evidenciado por
coloração brancacenta na superfície de corte.
3.
CLASSIFICAÇÃO
INFARTO BRANCO OU ISQUÊMICO
Características morfológicas no decorrer do tempo: 
Sem alterações → área pálida pouco definida com ou sem
estrias hemorrágicas → área pálida definida, cuneiforme, com a
base voltada para a cápsula do órgão e vértice para o vaso
ocluído → halo branco acinzentado com deposição de fibrina
na serosa capilar →proliferação fibro angioblástica
(avermelhada leve com posterior cicatrização )
CLASSIFICAÇÃO
INFARTO VERMELHO OU
HEMORRÁGICO
Área de necrose edematosa e hemorrágica
Hipóxia local 
Arterial e venosa (mais comum)
Locais com circulação do tipo dupla, colateral ou anastomótica; 
A oclusão de um ramo arterial pode fazer com que o outro não
tenha pressão suficiente para nutrir e oxigenar a área de forma
adequada
Alguns locais de circulação terminal podem ter infarto vermelho
quando a área é pequena e a hemorragia da periferia invade a região;
A volta do fluxo na área necrótica branca pode levar uma hemorragia e
causar um infarto vermelho secundário 
Comum em cérebro e cerebelo 
A abertura de esfíncteres pré capilares leva a hiperemia e
hemorragia capilar associada 
Quando o fluxo é restabelecido para um local de oclusão arterial ou
necrose prévias (p. ex., após angioplastia de uma obstrução arterial)
Menos delimitadas por causa da infiltração de sangue do
parênquima adjacente a necrose 
Causa mais comum: torções de vísceras, tecidos frouxos ou
esponjosos com acumulo de sangur extravazado;
Órgãos comumente acometidos são: testículos, tumores
pediculados, encéfalo e intestinos. 
CLASSIFICAÇÃO
INFARTO VERMELHO OU
HEMORRÁGICO
CLASSIFICAÇÃO
INFARTO VERMELHO OU
HEMORRÁGICO
Cor vermelho-escura: mistura dos restos celulares com o sangue
extravasado
 Infarto vermelho no
pulmão: Lesão
triangular com a base
voltada para a pleura,
vermelho-escura
(sangue coagulado
misturado com
parênquima destruído).
INFARTO AGUDO DO
MIOCARDIO
SINAL 
É uma queixa subjetiva,
podendo ser um relato de
dor. cabe ao médico dar
significado às queixas do
paciente ex. dor aguda,
náusea
São manifestações clínicas
percebidas por outra pessoa,
principalmente por profissionais
da saúde ex. palidez, edema,
cianose, tosse
SINAIS E SINTOMAS 
 SINTOMA 
SINAIS 
FALTA DE AR 
Pode ocorer junto com naúseas e tonturas 
SUOR FRIO E REPETINO 
TOSSE 
É um sinal que deve ser considerado devido o acúmulo de secreções nos pulmões.
em alguns casos o paciente pode escarrar sangue. 
INQUIETAÇÃO 
BATIMENTOS CARDÍACOS RÁPIDOS E 
IRREGULARES 
Batimentos desregulados e acelerados podem indicar 
que um ataque cardiovascular estar prestes a ocorrer.
INCHAÇO CORPORAL
No abdômen, pés, pernas e tornozelos.
SINTOMAS 
DOR NO PEITO - PRINCIPAL SINTOMA
Dor na região do peitoral,podendo irradiar para as costas, rosto, braço esquerdo e
raramente no braço direito
 
SENSAÇÃO DE DESMAIO
FADIGA
SONOLÊNCIA OU CONFUSÕES REPETINAS 
Comum em idosos
SENSAÇÃO DE MEDO 
FRAQUEZA 
CANSAÇO 
INDIGESTÃO
OS SINTOMAS PODEM DIFERIR TANTO À IDADE E AO SEXO DA PESSOA 
SINAIS E SINTOMAS 
A IMPORTÂNCIA DE PROCURAR O PRONTO SOCORRO NAS PRIMEIRAS HORAS
DOS SINAIS DE INFARTO 
É chamado de Hora de Ouro as três primeiras horas, pois quando tratado nesse
período as chances de sequelas graves são muito pequenas.
Entre a 3ª e a 6ª hora, os resultados também são muito bons. 
Da 6ª até a 12ª hora, as chances de um resultado ruim aumentam, porém, ainda
assim é importante interromper o infarto neste período.
E a partir da 12a hora, as chances de sucesso diminuem drasticamente.
Quanto maior for a demora para isso, maior será a área de necrose do músculo
cardíaco e, consequentemente, mais graves serão as sequelas;
A maioria das mortes por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ocorre nas primeiras
horas de manifestação da doença, sendo 40 a 65% na primeira hora e,
aproximadamente, 80% nas primeiras 24 horas1-3. 
Dessa forma, a maior parte das mortes por IAM acontece fora do ambiente
hospitalar e, geralmente, é desassistida pelos médicos
SINAIS E SINTOMAS 
 De acordo com a OMS, doenças cardiovasculares são as doenças que mais
matam no mundo. 
 Sengundo o ministério da saúde, ocorrem, no brasil, 300 a 400 mil casos de
infartos anuais, dos quais há 5 mortes a cada 7 casos de infarto. 
7 SINAIS E SINTOMAS INICIAS DE UM INFARTO 
sudorese e palidez 
náuseas e vômitos
tontura
sensação de dormência no braço 
falta de ar 
ansiedade - ataque de pânico 
dor no peito - dura mais de 5 minutos
CONSEQUÊNCIAS E 
COMPLICAÇÕES 
 Infarto mais extenso = complicações mais sérias 
Infarto subendocárdio 
Falência cardíaca esquerda (ou piora desse quadro);
Trombose mural;
Arritmias;
Morte súbita;
Infarto transmural
Insuficiência cardíaca;
Arritmias;
Choque cardiogênico;
Extensão do infarto;
Ruptura da parede do coração ou do músculo papilar; 
Aneurisma ventricular;
Pericardite;
Tromboembolia pulmonar ou sistêmica; 
CONSEQUÊNCIAS E
COMPLICAÇÕES 
DIAGNÓSTICO 
Diagnóstico clínico 
Utiliza-se ferramentas clínicas para diferenciar a origem da
dor torácica, como: anamnese, averiguação de sinais vitais e
quadro clínico, ECG; 
Quadro típico do IAM é desencadeado por estresse
emocional ou esforço físico;
Observar as características fundamentais do infarto;
Diagnóstico laboratorial 
É feito por meio da dosagem de marcadores cardíacos, que
são a expressão bioquímica da lesão das fibras cardíacas; 
É possível detectar esses marcadores entre o período de 2 a
72 horas após o IAM; 
Principais marcadores: 
Creatinoquinase (CK); 1.
 Troponina; 2.
 Mioglobina; 3.
DIAGNÓSTICO 
PREVENÇÃO
Quando se fala em prevenção ao infarto, é impossível não atrelar esse
conceito aos fatores de riscos associados ao infarto.
Em 2019, foi publicado o estudo PURE, uma coorte prospectiva e internacional
que incluiu 155.722 participantes sem doença cardiovascular prévia. Nele, cerca
de 70% das doenças cardiovasculares desenvolvidas e mortes foram atribuídas a
fatores de risco modificáveis, como os citados no INTERHEART. 
Podemos citar as principais comorbidades e os fatores de risco:
Tabagismo - diminuição do uso de cigarros 
Hipertensão arterial - pode ser controlada, com a diminuição de sal na comida
e a prática de atividades físicas
Obesidade - Reeducação alimentar, com a ingestão de macronutrientes e
micronutrientes essenciais para a manutenção do organismo.
Diabetes Mellitus - Diminuição do consumo de carboidratos 
Colesterol alto - aterosclerose - alimentação é o fator crucial - consumo de
fibras, leguminosas, moderação no consumo de óleos vegetais, consumo de
sementes e peixes (Ômega 3)
Informes educativos para população
Paciente masculino, 58 anos, tabagista, chega ao pronto
socorro com história de dor torácica súbita e intensa, com
início à aproximadamente uma hora, enquanto cortava a
grama do quintal de casa. Ao solicitar que descrevesse a dor,
ele relata uma pressão no peito, que irradia para o braço
esquerdo, além disso relata náuseas e sudorese profusa
durante o episódio. O paciente se mostra ansioso e aparenta
dificuldade para respirar. Ao realizar o exame físico o médico
encontra tais sinais: frequência cardíaca aumentada, pressão
arterial elevada, sinais de desconforto respiratório e sudorese. 
CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICO
Após o exame inicial o paciente é imediatamente
submetido a um eletrocardiograma (ECG), e
exames laboratoriais de marcadores cardíacos
como creatinoquinase e troponina, que mostra
alterações, incluindo arritmias. Tendo como base
sinais, sintomas e o exame é feito o diagnóstico:
infarto agudo do miocárdio. Para o tratamento são
utilizados oxigenação suplementar,
antiplaquetários como o ácido acetilsalicílico (ASS),
fibrinolíticos para recanalização arterial relacionada
ao infarto, além de morfina para a dor. 
CASO CLÍNICO
Com o sucesso do fibrinolítico não foi necessária a
revascularização cirúrgica. Ainda assim permanece
em monitoramento na enfermaria cardiológica até
recuperação. Antes de receber alta, recebe
orientações sobre estilo de vida, dieta e tabagismo,
junto com medicações para controle de fatores de
risco cardiovascular. É prescrito também
acompanhamento com cardiologista e ajuste de
medicação conforme necessário. 
CRÉDITOS 
Glayce Jane Vieira Assunção - Introdução, etiologia,
patogenia e referências;
Isadora Dagostin Brandelero - classificação, caso
clínico e referências;
Rebeca Mendes Gomes - sinais, sintomas
prevenção e referências;
Rhayssa Soares Machado - Consequências e
complicações, diagnóstico e referências;
REFERÊNCIAS
Anilton Cesar Vasconcelos. Patologia Geral em Hipertexto. Universidade Federal de
Minas Gerais. Belo Horizonte, Minas Gerais, 2000.
Kumar, V., Abbas, A. K., Aster, J. C., Turner, J. R., Perkins, J. A., Canedo, N. H. S., Silva, L. F.
F., Voeux, P. L., Silva, M. M., & Nunes, A. S. Robbins & Cotran - Patologia: Bases
Patológicas das Doenças (10ª ed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2023.
FILHO, G. B. B. Bogliolo - Patologia geral. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
ZARATIAN, M.; BRAGA AGUIAR; BORJA, A. ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS NO
DIAGNÓSTICO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO.
Piegas LS. V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto
Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST. Arquivos Brasileiros de
Cardiologia, Rio de Janeiro, v. 105, 2015.
SAUDE, Biblioteca Virtual em. Ataque cardíaco (infarto). 2018. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/ataque-cardiaco-infarto/. Acesso em: 26 abr. 2024.
Governo federal. Infarto agudo do miocárdio. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-
z/i/infarto#:~:text=O%20Infarto%20Agudo%20do%20Mioc%C3%A1rdio,7%20casos%2C%2
0ocorra%20um%20%C3%B3bito.. Acesso em: 26 abr. 2024.
 CANNON, Christopher P.. Cardiologia baseado em evidências. 3. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2012.

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