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WBA0481_v1.0 AUTOMAÇÃO E PROVISIONAMENTO DE SERVIÇOS EM NUVEM APRENDIZAGEM EM FOCO 2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Autoria: Fernanda Rosa da Silva Leitura crítica: Luis Vinicius Antunes Palma Olá aluno. Nesta disciplina, você conhecerá as principais características da computação em nuvem em relação ao provisionamento e à automatização de serviços. Exploraremos a forma que é possível orquestrar os serviços em nuvem, utilizando recursos e ferramentas representados por múltiplas nuvens e diversos provedores, com a possibilidade de organizar e distribuir os recursos de maneira a tornar a nuvem adequada, de acordo com as necessidades do negócio. Além disso, você conhecerá algumas ferramentas de monitoramento que permitem que os serviços sejam acompanhados e possam ser configurados, alterados e provisionados de forma automática. Iremos mais a fundo, entendendo como funcionam os recursos que oferecem alta disponibilidade para a nuvem, como balanceadores de cargas e clusters, utilizados para aglomerar instâncias virtuais e garantir a funcionalidade dos serviços. Exploraremos também os diversos ambientes caracterizados na nuvem de acordo com a sua importância. Também entenderemos de que forma o gerenciamento ocorre, considerando diversos fatores, incluindo os acessos, infraestrutura, tecnologias de rede e até mesmo o gerenciamento de custo envolvido para o uso da plataforma, entendendo de que forma o custo pode ser centralizado quando o gerenciamento se aplica para diversos 3 ambientes. Práticas recomendadas para manter a orquestração dos serviços de maneira adequada também serão abordadas. Ao final da disciplina, você será capaz de definir diferentes tipos de ambientes na nuvem, como desenvolvimento, homologação, produção e suas particularidades, diferenciando a necessidade de cada um deles, analisando também as características dos provedores e como eles são importantes para fornecer orquestração entre nuvens e suprir as necessidades do negócio. Então, seja bem-vindo e bons estudos! INTRODUÇÃO Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática profissional. Vem conosco! TEMA 1 Provedores e a orquestração de recursos ______________________________________________________________ Autoria: Fernanda Rosa da Silva Leitura crítica: Luis Vinicius Antunes Palma 5 DIRETO AO PONTO O provedor de nuvem é definido como a entidade responsável por disponibilizar serviços aos consumidores de nuvem, além de criar serviços providos por meio das camadas de software, plataforma e infraestrutura, suportando as demandas e provisionando serviços considerando: o acordo de nível de serviço estabelecido, assegurando a sua privacidade. Acompanhe as principais atividades executadas pelo provedor de nuvem para realizar diferentes etapas do provisionamento dos serviços em vários modelos de operação distintos. Observando, primeiramente, a Figura 1, que ilustra como estas ações são definidas em relação aos seus processos de acordo com IBGP (2018): Figura 1 – Processos que envolvem a atuação do provedor de nuvem Fonte: elaborada pela autora. Adaptada de IBGP (2020, on-line). Um provedor de nuvem cria os serviços de software/plataforma/ infraestrutura solicitados, gerencia a infraestrutura técnica 6 necessária para fornecer os serviços, provisionar a níveis acordados e protege a segurança e a privacidade dos dados. • Implantação de serviços: a implantação de serviços é o processo definido com base dos modelos de implantação disponíveis na nuvem, sendo eles: nuvem pública, privada, comunitária ou híbrida. Esta etapa, então, define as características de cada modelo de implantação e sua funcionalidade. • Orquestração de serviços: a orquestração de serviços refere-se à organização, coordenação e ao gerenciamento da infraestrutura em nuvem, otimizando os serviços oferecidos e visando a economia no gerenciamento dos recursos de TI, determinando requisitos estratégicos de negócios, em que os provedores são capazes de construir cada um dos três modelos (SaaS, PaaS e IaaS) utilizando requisitos e processos específicos. No modelo de três camadas da nuvem, a arquitetura está organizada da seguinte forma: • A camada superior é a camada de serviço, na qual o provedor provisiona cada um dos três modelos de operação, em que o usuário consome o que é oferecido de acordo com o que foi contratado por meio da interface de nuvem. • A camada intermediária, também conhecida como camada de abstração e controle de recursos, contém os componentes do sistema utilizados pelo provedor de nuvem para gerenciar o acesso aos recursos físicos de computação por meio da abstração de software, incluindo elementos como hypervisor, máquinas virtuais, armazenamento de dados que permitem o gerenciamento de recursos para garantir o uso eficiente de todas as funções da nuvem. 7 • A camada mais baixa na estrutura de nuvem é a que abrange todos os recursos físicos, incluindo de hardware, como computadores, dispositivos móveis, equipamentos de redes (roteadores, firewalls, switches, links de rede e interfaces) e capacidade de processamento e armazenamento (discos rígidos), entre outros. Além de incluir recursos que correspondem à instalação do data center e todos os aspectos físicos. • Gerenciamento de serviços em nuvem: o Cloud Service Management (gerenciamento de serviços em nuvem) inclui todas as funções relacionadas a serviços que são necessárias para o gerenciamento e a operação correta dos serviços, incluindo os requisitos de portabilidade e interoperabilidade, segurança e privacidade dos dados. Referências bibliográficas IBGP(Instituto Brasileiro de Gestão e Pesquisa). Arquitetura de referência do NIST. Disponível em: https://forum.ibgp.net.br/ arquitetura-de-referencia-do-nist/.. Acesso em: 23. jul. 2020. PARA SABER MAIS Para saber mais, acompanhe de forma mais completa algumas características da virtualização, um dos recursos básicos utilizados na implantação e no gerenciamento da infraestrutura de TI. A virtualização permite que múltiplos ambientes, de acordo com Malheiros (2019), sejam criados e simulados em ambientes 8 isolados, dedicando recursos específicos para cada máquina virtual criada. Em nuvens públicas, este recurso é largamente utilizado para hospedar serviços de diversos usuários na mesma nuvem, que, muitas vezes, estão contidos no mesmo servidor e simulam um conjunto de servidores, utilizados para funções especificas. Dessa forma, o compartilhamento de aplicações na nuvem, se torna possível utilizando os mesmos recursos físicos. Da visão do usuário, cada máquina virtual executará seu próprio sistema operacional (SO), por isso, o uso de um sistema específico para um servidor não influencia no que está rodando nos demais servidores. Os mecanismos usados em clusters servirão como base para serviços em nuvem e o uso da virtualização para ambientes complexos, sendo o crescimento da nuvem aprimorado em questões de desempenho e o uso da internet para executar seus recursos. A virtualização viabiliza três fatores fundamentais para a computação em nuvem. Malheiros (2019) os aponta como: independência de hardware, possibilidade de consolidação de servidores e facilidade de replicação de recursos. A independência de hardware sugere que a virtualização abstrai as peculiaridades dos recursos físicos, minimizando problemas de compatibilidade que poderiam ocorrer no caso de uma máquina física em relação ao software, pois a aplicação se torna independente das características do hardware, sendo necessário somente que este seja compatível com o hypervisor utilizado (camada de software localizada entre o hardware e o sistema 9 operacional, utilizado para criar e gerenciar máquinas virtuais em um mesmoservidor físico). Já o fator da consolidação de servidores aumenta sua taxa de utilização em um centro de dados e reduz o custo de energia, por minimizar o uso de recursos físicos distribuídos para cada demanda, reaproveitando cada um deles, para alocar serviços de forma que, somente quando o servidor esteja utilizado por completo, outro seja necessário. O terceiro fator importante é a facilidade na replicação das instâncias de máquinas virtuais, em que qualquer máquina virtual pode conter cópias fiéis dela mesma em outros servidores, sendo o procedimento realizado de maneira simples e rápida, migrando todos os recursos ativos em uma máquina virtual, de forma rápida, para qualquer recurso físico que a suporte. O gerenciamento da nuvem inicia ainda na sua implantação, em que ferramentas corretas são utilizadas, preparando as características da nuvem antes que elas passem a atender qualquer solicitação. A virtualização é uma dessas ferramentas e garante que o gerenciamento de infraestrutura seja otimizado com a vantagem do baixo custo de operação. Referências bibliográficas MALHEIROS, N. C. Computação em nuvem. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2019. 10 Lorem ipsum dolor sit amet Autoria: Nome do autor da disciplina Leitura crítica: Nome do autor da disciplina TEORIA EM PRÁTICA Uma organização possui um ambiente de nuvem privada, porém, após uma análise de custo, verifica um orçamento tão alto com as aplicações hospedadas na nuvem privada como o que continha antes da adoção da nuvem, quando todas as aplicações estavam armazenadas em sua rede local. Para contornar o problema, a organização decide contratar uma nuvem pública para minimizar estes custos, porém, por possuir dezenas de aplicações hospedadas, não sabe por onde começar; apesar de utilizar a automação na nuvem para facilitar alguns processos, acredita que, de qualquer forma, a organização dessas aplicações no ambiente hibrido que será implementado, assim como gerenciamento após a adaptação, trará uma grande demanda aos profissionais de TI. Então, analisou a possibilidade de utilizar alguma ferramenta de orquestração para aprimorar esta operação. Como isso ajudaria? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Esta dissertação tem como objetivo entender de que forma uma aplicação pode ser implementada na nuvem visando sua Indicações de leitura 11 automação para configurar os componentes da aplicação em um conjunto de máquinas virtuais. Para realizar a leitura, acesse a Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. LIMA, J. Trex cloud framework: uma abordagem para a automação da implantação de sistemas web JEE em ambientes de computação em nuvem. 2012. Dissertação (Mestrado em Informática Aplicada) – Universidade de Fortaleza, Fortaleza, 2012. Indicação 2 Esta dissertação tem como objetivo apresentar um projeto de nuvem privada utilizando o OpenStack implementado e baseado no modelo de referência de nuvem da NIST, descrevendo as camadas do provedor, sendo uma delas a camada de orquestração. Para realizar a leitura, acesse a Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. LIMA, G. ARQDEP: arquitetura de computação em nuvem com dependabilidade. 2014. Dissertação (Mestrado em Ciência da Computação) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2014. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 12 Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. A automação na nuvem é um processo que garante que sua escalabilidade seja provida de forma rápida e sem interação humana, além de ser utilizada em diversos casos, entre eles: gerenciamento de carga de trabalho, desenvolvimento e testes de aplicativos e nuvem híbrida. Sobre estes cenários e os conceitos de automação em nuvem, é correto afirmar que: a. Ambientes híbridos são considerados mais simples se comparados com nuvens privadas, porém a automação auxilia na sincronização de ativos entre os dispositivos da rede e da nuvem, facilitando a operação. b. Rotinas de testes e desenvolvimentos exaustivas e o gerenciamento de cargas de trabalho são alguns dos processos simplificados com o uso de automação na nuvem. Além disso, permite também acompanhar o consumo de serviços e implementá-los. c. Infraestrutura como código (IaC) é um conjunto de práticas que usam “código” para manusear recursos, porém é uma tecnologia defasada que não pode ser utilizada na nuvem. d. Ferramentas de automação são oferecidas, muitas vezes, pelos próprios provedores de nuvem, alguns exemplos de provedores que fornecem ferramentas de automação para nuvem pública e privada são, respectivamente, OpenStack e Cloud Foundry. 13 e. O processo de automação é mais complexo do que o processo de orquestração, pois envolve a combinação de serviços entre diversos provedores diferentes em uma só plataforma. 2. A orquestração tem como principal objetivo permitir que as organizações sejam capazes de construir aplicações em provedores de nuvem diferentes, combinando os recursos que se comunicam por meio da internet para atender às necessidades do negócio. Sobre esta técnica, é correto afirmar que: a. A orquestração é definida em três aspectos: orquestração de recursos e serviços, de carga de trabalho e automação de processos, em que cada um dos grupos define uma categoria específica de informações que podem ser tratadas, sendo, respectivamente: armazenamento, ferramentas de negócio e banco de dados. b. Em ambientes mais complexos, a integração de sistemas é necessária para conectar componentes e provisionar diversos sistemas de maneira eficaz, neste caso, o uso de orquestração é implementado na nuvem. c. A orquestração na nuvem é um processo complexo, que envolve diversas técnicas, como a automatização da organização, coordenação e gerenciamento de sistemas complexos, por isso é um processo que causa certa lentidão ao executar os processos na nuvem. d. A orquestração é uma técnica aplicada em nuvens híbridas e privadas que oferecem ambientes mais complexos; nuvens públicas não são compatíveis com orquestração de serviços, somente suportam automação. 14 e. Chef e Puppet são ferramentas que devem ser utilizadas em conjunto para automação e orquestração de serviços, criando soluções completas, como servidores e serviços de rede. GABARITO Questão 1 - Resposta B Resolução: A automação na nuvem permite que processos sejam agilizados de forma automática, como o próprio nome diz, porém é utilizada dentro de uma única nuvem, enquanto o processo de orquestração, mais complexo, permite realizar as mesmas tarefas, mas, além disso, integra serviços de diversos provedores, permitindo o gerenciamento de todas de forma centralizada. IaC é um conjunto de práticas que utiliza códigos para manusear recursos e é implementado tanto para automação como para orquestração de serviços. OpenStack e Foundry são exemplos de ferramentas para implementar automação e orquestração em nuvens privadas. Questão 2 - Resposta B Resolução: A orquestração em nuvem é um processo que surgiu com sua evolução, permite a combinação de serviços entre provedores, apesar de ser mais complexa que a automação, entrega resultados de forma ágil e é bastante utilizada em sistemas complexos ou que necessitam ser interligados. Nuvens híbridas, por serem mais complexas que as demais, utilizam bastante esta técnica, porém nuvens públicas e privadas também fazem uso dela. TEMA 2 Gerenciamentode recursos orquestrados na nuvem ______________________________________________________________ Autoria: Fernanda Rosa da Silva Leitura crítica: Luis Vinicius Antunes Palma 16 DIRETO AO PONTO Os princípios de DevOps descrevem o uso de desenvolvimento de software, operações (infraestrutura ou administrador de sistemas) e a equipe de suporte envolvida (como controle de qualidade), aproximando todos os profissionais e suas respectivas responsabilidades para união de processos, de forma automatizada, tornando o desenvolvimento e a produção de aplicações um processo mais eficiente e seguro. Apesar dos benefícios dessa estratégia, ferramentas e processos ainda estão sendo desenvolvidos para acompanhar a evolução e agilidade dessa solução. Mas quando se fala sobre práticas recomendadas em ambiente de orquestração ou implementação de aplicações de microsserviços, o DevOps já vem sendo amplamente utilizado. Fowler (2017) afirma que o desenvolvimento de novos recursos que abrangem mais de um serviço deve ser cuidadosamente planejado em todas as equipes. Outro fator que impulsiona a aplicação do DevOps é a utilização de contêineres de orquestração, por ser uma operação mais complexa e que necessita que a automação e orquestração entre os processos esteja clara em um ambiente em nuvem. O DevOps suporta cinco pilares, ilustrados na Figura 1: 17 Figura 1 – Pilares do DevOps Fonte: Fonte: adaptada de Gripp (2019, on-line). Cada um dos pilares é descrito a seguir, de acordo como Gripp (2019): Cultura – Pilar focado nas pessoas, com a função de: melhorar o comportamento; aceitar mudanças e experimentos; cometer erros sem julgamento (manter a segurança) e integrar desenvolvimento + operação + TI + produtos. Automação – Entrega contínua de serviços automatizados em pequenos lotes; integração de alterações de código em um repositório central (IC); pipeline (IC, automação e implantação de testes) e coordenação. Fluxo – Fornecer valor aos usuários finais (visão do cliente); identificar o fluxo de valor e fazê-lo fluir sem interrupção; simplificar processos e documentos; eliminar desperdícios (cobrança> despesas); buscar melhorias contínuas e simplificá-las. Medição – Mensurar e monitorar todo o ciclo (fluxo); identificar erros, defeitos e falhas; corrigir os problemas o mais rápido possível e melhorar o processo por meio de ações. 18 Compartilhamento – Partilhar conhecimentos e experiências; expor falhas e sucessos; promoção da comunicação e colaboração entre profissionais; integração de áreas; feedback. Esses cinco pilares devem ser seguidos e usados todos os dias até que a cultura DevOps seja considerada uma identidade na empresa, o que não é apenas responsabilidade de um profissional, mas também de todos, desde a investigação do usuário até a de todos os processos. Certamente, a modernização da TI corporativa é realizada por meio da nuvem, e o DevOps é outro conceito que pode ser aprimorado por meio das vantagens dessa tecnologia. Porém, para garantir o uso inteligente na nuvem, é necessário organizar operações de segurança de dados apropriadas e entender as melhores estratégias de proteção. É um desafio gerenciar vários serviços em nuvem ao mesmo tempo, mas ferramentas que facilitam essa tarefa surgem a cada dia. Referências bibliográficas GRIPP, A. Cultura DevOps. 2019. Annelise Gripp. Disponível em: https://annelisegripp.com.br/cultura-devops-transcede-a- tecnologia. Acesso em: 31 jul. 2020. FOWLER, S. J. Microsserviços prontos para a produção. São Paulo: Novatec, 2017. 19 PARA SABER MAIS Entenda como funciona a verificação de identidade federada na nuvem, que é um método de vincular identidades eletrônicas e seus atributos, espalhadas por vários sistemas de identidade. O logon único (SSO) é um subconjunto de identidades federadas. A autenticação federada, ou identidade federada, é um meio de vincular a identidade eletrônica e os seus atributos, que estão espalhados por múltiplos sistemas de identidade. A vantagem da federação de identidades é que ela possui uma experiência exclusiva do usuário e controle centralizado de sua identidade. A simples adoção de serviços federais de verificação de identidade fornece melhor controle e confiança na demissão de funcionários. Alguns provedores de nuvem, de acordo com Bortoluzzi (2020), são: Amazon (AWS), Microsoft (Office 365 e Azure). Veja: Federação na Amazon AWS Com a autenticação federada do Amazon AWS, não é necessário criar contas para todos os usuários, em que cada um necessita de uma senha particular para acessar sua conta do Amazon AWS. A autenticação é realizada por meio do sistema federado e, com base em certos atributos enviados pelo sistema, associam as ‘funções” às permissões necessárias, identificando os usuários individualmente por meio dos logs. Após a configuração da federação, o usuário pode usar as regras de autenticação impostas pelo sistema de federação (incluindo o segundo fator de autenticação) e ter apenas as permissões da função associada ao usuário para acessar o console ou usar suas 20 credenciais para acessar qualquer API. Várias funções podem ser atribuídas a um mesmo usuário. Federação no Microsoft Office 365 A federação é realizada no Windows Azure AD e os usuários são associados às suas contas no Microsoft Office 365 por um ID único, que nunca muda para o usuário: mesmo que informações atribuídas ao ID sejam alteradas, como o e-mail, por exemplo. A conta deve ser criado no Office 365, normalmente pelo serviço de sincronização (DirSync), que usa o mesmo Active Directory que o sistema de federação utiliza para realizar a autenticação do usuário, realizada pelo e-mail e ID do usuário. Além disso, a federação é capaz de: • Identificar o local onde o usuário está se autenticando, por meio do IP público, assim como os horários e dias em que ele está autorizado a acessar os serviços. • Utilizar um fator de autenticação: token virtual, token físico, SMS e validar se o usuário está habilitado para acessar os recursos por meio de outros sistemas. A segurança define a garantia de que todos os serviços na nuvem sejam confiáveis, por isso o uso de ferramentas que envolvem recursos de autenticação são recursos básicos que devem estar aplicados à nuvem. Referências bibliográficas BORTOLUZZI JR., E. Segurança no acesso a nuvem: conceitos básicos. Dedalus. Disponível em: https://dedalus.com.br/ seguranca-no-acesso-a-nuvem-conceitos-basicos. Acesso em 31.jul.2020. 21 TEORIA EM PRÁTICA Quando uma organização decide criar um site para uma empresa e opta por montar um servidor Sharepoint Server na nuvem, para iniciar o desenvolvimento de uma aplicação do zero, em que o analista de infraestrutura deve instalar todas as ferramentas necessárias para que o desenvolvedor possa trabalhar de forma adequada, qual ambiente é criado e quais as características básicas neste caso? Agora suponha que o desenvolvedor finalizou a criação do site, aplicando sua estrutura, realizando deploy (implementação) das soluções, banners e funções solicitadas pelo cliente e precisa disponibilizar isso para que o cliente possa realizar os testes necessários. Isso traz a necessidade de outro ambiente? Qual seria o ambiente ideal? Aponte os motivos que levam a essa boa prática de isolar o ambiente se for necessário. Por último, considere que o cliente realizou todos os testes necessários, o que aconteceria caso ele não aprove alguma funcionalidade implementada no site? E o que acontece quando todas as funcionalidades forem aprovadas e a aplicação tiver que entrar em operação conforme planejamento? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. 22 LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Este trabalho propõe uma arquitetura de gerenciamento de identidade na computação em nuvem para resolver os problemas inerentes ao ambiente, com o objetivo decontrolar as informações de identidade pessoal compartilhadas com o provedor de serviços. A arquitetura proposta é suportada pelos padrões de gerenciamento de identidade existentes e amplamente adotados. Para realizar a leitura, acesse a Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. SILVEIRA A., Gerenciamento de identidades como um serviço para ambientes de computação em nuvem. 2011. Dissertação (Mestrado em Ciências da Computação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2011. Indicação 2 Este trabalho propõe um modelo de segurança aplicável à nuvem e o papel desempenhado pelos serviços de provisionamento em nuvem como um modelo que exige que os usuários questionem sua aplicabilidade. Demonstrando como a combinação de confiança no provedor, segurança dos dados e ferramentas de gerenciamento implementadas constitui uma plataforma que orquestra contêineres seguros usando métodos apropriados para atender aos modernos requisitos de disponibilidade dos serviços em nuvem. Indicações de leitura 23 Para realizar a leitura, acesse a Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. FERNANDEZ G., Orquestração de contêineres na nuvem: um modelo de segurança. 2017. Dissertação (Mestrado em Ciências da Computação) – Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba, 2017. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Utilizar modelos de orquestração na nuvem é essencial para um gerenciamento eficiente dos serviços e, portanto, aplicar boas práticas e soluções que agreguem melhores níveis de segurança é primordial para estes ambientes. Em relação às melhores práticas para coordenar serviços em nuvem que envolvem a segurança dos dados distribuídos e configurações de rede, é correto afirmar que: 24 a. Quando a orquestração em multicloud envolve serviços distribuídos, cada um deles ainda funciona de forma independente, mas a integração entre eles aumenta a expansão da sua funcionalidade com liberação de portas, por isso não implementar ferramentas de segurança é o menor dos problemas. b. Com a orquestração em nuvem, é possível executar muitas tarefas, incluindo provisionamento de recursos, criação e gerenciamento de servidores e capacidades de processamento e conectividade, além do gerenciamento de identidades e privilégios, por isso a nuvem se torna imune a ataques e acesso por parte de usuários mal-intencionados. c. Uma prática importante a ser adotada contra ataques de orquestração e processos do negócio é manter o monitoramento constante do sistema como um todo, identificando padrões de contas e comportamentos anormais no ambiente de nuvem que possam indicar riscos aos serviços. d. Nesses ambientes, toda e qualquer verificação referente ao tráfego da rede é realizada pelo provedor de nuvem. A implementação de um ambiente de computação em nuvem orquestração traz como benefício a isenção no gerenciamento desses recursos. e. Em um ambiente orquestrado, o endereço IP não é estático, sempre que um serviço é reiniciado, o endereçamento é alterado, por isso a orquestração de nuvem exige que endereços IPs dinâmicos sejam utilizados, isso, no entanto, facilita a comunicação entre os serviços interligados e hospedados em multicloud. 2. Quando todos os testes foram concluídos com êxito e sua funcionalidade foi submetida às provações necessárias 25 em relação a nuvem, o ambiente de produção é a última etapa, onde o aplicativo é aprovado para uso. Em relação ao ambiente de produção é correto afirmar que: a. Em termos de tolerância , o sistema não deve conter um único ponto de falha nos ambientes de desenvolvimento e homologação, mas o ambiente de produção é altamente suficiente para suportar todos os serviços sem necessitar de qualquer recurso de contingência, já que a garantia dada pelo provedor sobre a segurança dos dados já é necessária. b. É importante implementar um sistema de monitoramento e permitir a detecção automática de falhas e reparos da mesma maneira em todos os ambientes, porém, quando se considera aplicativos em produção, o processo se torna mais crítico em relação às fases anteriores, precisando de atenção redobrada para que sua indisponibilidade não se torne um problema para os negócios. c. A padronização da manipulação de eventos internos e interrupções não influencia na eficiência do ambiente de desenvolvimento de serviços, visto que ele não é acessado pelo cliente e nem trata de demandas críticas, sua importância no ciclo de vida da aplicação é baixa. d. A organização pode manter uma equipe dedicada que seja responsável por responder a qualquer solicitação ligada com infraestrutura, serviços e microsserviços (quando estiverem distribuídos), porém isso requer um custo extra a ser pago ao provedor de nuvem por influenciar diretamente o funcionamento da infraestrutura de nuvem. e. Escalabilidade e confiabilidade não são fatores importantes para um ambiente orquestrado. A maior preocupação deve ser a segurança, a identificação de cada equipamento na rede e, acima de tudo, o gerenciamento correto das credenciais de acesso. 26 GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: O monitoramento correto da nuvem, seja ela simples ou multicloud, garante segurança em um modelo de orquestração de serviços, garantindo que a operação sempre esteja em concordância com o que se espera da nuvem. Questão 2 - Resposta B Resolução: Monitorar os serviços é uma solução preventiva para qualquer ambiente. Aplicações orquestradas em nuvem podem ser gerenciadas com o uso de ferramentas específicas, centralizando e facilitando o gerenciamento dos serviços. TEMA 3 Disponibilidade e tolerância em cloud computing ______________________________________________________________ Autoria: Fernanda Rosa da Silva Leitura crítica: Luis Vinicius Antunes Palma 28 DIRETO AO PONTO A nuvem é composta de diversas ferramentas que permitem o provisionamento de instâncias de forma automática, gerenciamento facilitado de recursos e tempo de uso, garantindo que custos sejam centralizados e controlados de maneira mais eficiente. Para cada uma dessas funcionalidades, provedores mantêm meios customizados para prover diferentes capacidades aos serviços. Para utilizar a elasticidade da nuvem de forma adequada, aumentando a capacidade em momentos de pico e reduzindo a em períodos de menor demanda, o ideal é monitorar o custo e os recursos, atribuindo a cada instância as características necessárias sob demanda. Existem diversos recursos na nuvem que facilitam não somente o gerenciamento, mas a forma como eles são oferecidos e garantidos, conforme ilustra a Figura 1: Figura 1 – Recursos gerenciados pela nuvem Fonte: elaborada pelo autor. 29 Alguns recursos podem ser reservados quando se tem certeza do período de tempo que ele será utilizado. Se um projeto estiver utilizando um recurso específico, este pode ser contratado considerando um período de tempo preestabelecido; quando o tempo-limite for alcançado, o recurso será desligado, além disso, muitos fornecedores oferecem descontos para esse tipo de contratação. Existe também uma política de ciclo de vida na nuvem (lifecycle), em que praticamente todos os provedores permitem que o ciclo de vida seja criado para evitar que os recursos continuem existindo ou tenham um nível de acesso mais alto do que o necessário atribuído. Este recurso pode, por exemplo, ser aplicado às rotinas de backup, gerenciando as informações mais antigas, de maneira que elas sejam descartadas dentro do períododefinido. O S3 da Amazon, de acordo com Veras (2012), é uma ferramenta de armazenamento e oferece diferentes níveis de acesso que podem ser configurados sem que a durabilidade dos arquivos e dados sejam afetados, assim eles podem ser automaticamente movidos para um repositório mais barato, reduzindo os custos e mantendo o acesso aos usuários que já o tinham. Outro ponto é ficar atento com a região escolhida para provisionamento da instância, avaliando os pontos positivos e negativos. Por exemplo, se os usuários estiverem alocados em uma cidade específica, provavelmente seja mais viável contratar o serviço alocado na mesma região, mesmo que, para isso, o custo se torne mais alto, por questão de latência, que se torna menor nesse caso (AMAZON, 2020). Para manter um menor tempo de manutenção, geralmente, o custo se torna maior, porém é possível contratar alguns serviços gerenciados pelo próprio provedor, diminuindo a complexidade de 30 gerenciamento oferecida pela nuvem. Entre os exemplos estão os serviços de banco de dados. Essa possibilidade evita intervenções manuais que estão mais propensas a erros humanos e, em alguns casos, podem tornar os custos maiores do que seriam em caso de gerenciamento do serviço. A flexibilidade da nuvem permite que o gerenciamento centralizado seja possível, mantendo todas as necessidades dos recursos com o menor custo atribuído às instâncias e projetos, garantindo que os serviços estejam disponíveis e gerando o desempenho necessário para a organização. Referências bibliográficas VERAS, M. Cloud computing: nova arquitetura de TI. Rio de Janeiro: Brasport, 2012. AMAZON. Usando regiões e zonas de disponibilidade. 2020. Disponível em: https://docs.aws.amazon.com/pt_br/AWSEC2/ latest/UserGuide/using-regions-availability-zones.html. Acesso em: 8 ago. 2020. PARA SABER MAIS Com a evolução da computação em nuvem, diversas plataformas tornam possível a divisão de projetos e o gerenciamento dos ambientes de forma centralizada, facilitando o controle de custos. Um exemplo de provedor que oferece essa possibilidade é a Amazon, que garante a capacidade para este ambiente por meio de diversas ferramentas. 31 Na plataforma AWS da Amazon, é possível criar diferentes contas para isolar os ambientes de desenvolvimento e homologação na nuvem e, mesmo assim, consolidar os custos e cobranças de cada um deles, de forma centralizada. Dessa forma, mesmo mantendo o grau de isolamento necessário aos serviços, por serem mantidos sob objetivos diferentes, o gerenciamento das contas pode ser facilitado. Com esse recurso, a análise de custos é facilitada e, apesar da centralização, o AWS utilizada tags para diferenciar os custos entre os ambientes, identificando, por exemplo, se o custo é gerado por armazenamento, banco de dados, transferência de dados e a qual ambiente o consumo está ligado. Além disso, AWS oferece um custo mais acessível quando se utiliza um recurso acima de certa capacidade. Por exemplo, se a organização passa da marca de 50 TB de armazenamento, o custo em alta escala tem redução. Nessa situação, combinar os dois ambientes se torna um benefício. Outras ferramentas disponibilizadas pelas Amazon, são: • AWS Budget: permite que os limites orçamentários sejam definidos, emitindo notificações em casos em que eles são ultrapassados. • Trusted Advisor: permite que potenciais oportunidades sejam identificadas, apontando melhorias que podem trazer redução de custos, como tamanho de recursos, reservas de instâncias, entre outros ajustes que afetem a saúde financeira do ambiente. A computação em nuvem pode trazer muitas economias, permitindo a conversão de custos fixos para variáveis, quando o ambiente for bem gerenciado. No entanto, o monitoramento é 32 importante no modelo, para que o nível de gerenciamento esteja em conformidade com as necessidades do negócio. Referências bibliográficas AMAZON. AWS Trusted Advisor. 2020a. Disponível em: https:// aws.amazon.com/pt/premiumsupport/technology/trusted-advisor. Acesso em: 8 ago. 2020. AMAZON. Orçamento da AWS. 2020b. Disponível em: https://aws. amazon.com/pt/aws-cost-management/aws-budgets/. Acesso em: 8 ago. 2020. TEORIA EM PRÁTICA Quando uma organização ainda tem dúvidas sobre a migração de aplicações críticas para nuvem, mas de qualquer forma resolve realizar um teste com uma aplicação específica, existem diversos recursos que podem garantir a tolerância para os dados migrados. Apesar de ainda ter receio pelo fato de compartilhar seus dados com terceiros, os recursos de cluster podem auxiliar na disponibilidade e no desempenho das instâncias e, inclusive, controlados pelo próprio usuário. Quais são as preocupações da organização que podem ser minimizadas nesse caso? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. 33 LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Este trabalho de conclusão de curso teve como objetivo apresentar a implementação de uma solução baseada em contêiner Data Center Operating Systems (DC/OS) para homologar versões diferentes do mesmo software desenvolvido, considerando níveis de acesso e permissão, otimizando o desenvolvimento de aplicações. Para realizar a leitura, acesse a Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. SILVEIRA, F. et al. Ferramenta de gerenciamento de aplicações em um cluster DC/OS na nuvem. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Sistemas de Informações) – Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, 2017. Indicação 2 Esta dissertação tem como objetivo apresentar como escalonar e provisionar recursos na nuvem de forma automatizada, reduzindo os cursos atribuídos ao ambiente. Para realizar a leitura, acesse a Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. MOREIRA, O. et al. Uma abordagem para gerenciamento de custos através do provisionamento de recursos para topologias de aplicação em nuvem. 2019. Dissertação (Mestrado Indicações de leitura 34 em Informática Aplicada) – Universidade de Fortaleza, Fortaleza, 2019. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Otimizar os recursos é uma das funcionalidades da computação em nuvem. Este objetivo é alcançado por meio da virtualização, que permite que o provedor distribua na nuvem todos os recursos oferecidos por meio do seu data center. Sobre o gerenciamento de instâncias virtuais, é correto afirmar que: a. Apesar de clusters serem atribuídos para o uso de organizações na nuvem, os recursos não são particionados virtualmente e cada cliente tem atribuído ao seu ambiente um conjunto de servidores individual para formação do seu cluster. b. Com o uso de virtualização para criação de instâncias na nuvem, utilizando clusters no ambiente do data center, é 35 possível agregar recursos de forma dinâmica sem estender a complexidade dos dispositivos físicos para nuvem. c. Instâncias que fazem o uso de um servidor físico único, além de trazerem menor complexidade para o ambiente, são mais flexíveis quando implementam tecnologias de cluster, combinando uma série de servidores entre si. d. Diferente de um ambiente físico, um data center virtualizado possui sistema de refrigeração e energia menos robusto, o que pode ser uma desvantagem no ambiente da nuvem em relação à uma infraestrutura de TI tradicional. e. Quando um data center do provedor é particionado em data centers virtualizados, isso significa que cada organização possui um data center específico paraatender à demanda alocada na nuvem. 2. A virtualização foi criada pela necessidade de evitar desperdício de recursos na infraestrutura de TI, visto que, muitas vezes, um servidor tinha sua capacidade desperdiçada enquanto um serviço não necessitava do uso de todos os recursos computacionais. Em contrapartida, o sistema de clusterização surgiu para suprir a necessidade de recursos quando um dispositivo encontra limites em atender à carga de trabalho. Sobre isso, é correto afirmar que: a. Um cluster de alta disponibilidade permite que a capacidade dos recursos computacionais seja expandida, permitindo o uso de redundância entre aplicações alocadas no mesmo servidor, evitando a indisponibilidade. b. Utilizar um cluster de balanceamento de carga significa que somente um dos dispositivos, links ou recursos em redundância estará funcionando, enquanto o outro 36 segue em espera aguardando que um ponto de falha seja identificado. c. Clusters de alta performance são os menos utilizados, visto que o objetivo maior é manter a disponibilidade de um serviço mesmo que ele não possua a qualidade necessária, desde que opere de maneira constante. d. Em um cluster de balanceamento de carga, os servidores dependem um do outro para funcionar, sendo assim, quando qualquer um dos recursos que compõem o cluster para de funcionar, a operação é interrompida imediatamente. e. O Elastic Load Balancing é um exemplo de load balancing da Amazon que permite que um conjunto de instâncias seja criada no EC2 e utilizada para garantir tolerância a falhas nos serviços hospedados na infraestrutura da nuvem. GABARITO Questão 1 - Resposta B Resolução: A formação de clusters que definem um conjunto de instâncias na nuvem agrega alta disponibilidade e desempenho ao ambiente de nuvem, sem que fique transparente ao usuário a forma com que os recursos físicos estão alocados na nuvem. Questão 2 - Resposta E Resolução: A Amazon permite que o próprio usuário da nuvem utilize os recursos físicos do data center de forma virtual, aplicando o balanceamento de carga na camada de virtualização por meio do ambiente da nuvem. TEMA 4 Monitoramento de serviços em nuvem ______________________________________________________________ Autoria: Fernanda Rosa da Silva Leitura crítica: Luis Vinicius Antunes Palma 38 DIRETO AO PONTO MaaS (monitoring as a service, ou monitoramento como serviço) tornou-se um serviço essencial desde o advento da computação em nuvem por envolver a proteção de uma organização frente a ameaças cibernéticas, desempenhando um papel importante em relação à proteção e manutenção da confidencialidade, integridade e disponibilidade dos ativos de TI utilizados para suportar os recursos de nuvem. O monitoramento se tornou cada vez mais importante para manter o acompanhamento adequado de infraestrutura, serviços e ativos, mantendo a integridade de informações, principalmente as de estado crítico. Figura 1 – Suporte de MaaS em cloud computing Fonte: elaborada pela autora. O monitoramento da plataforma, do controle e do serviço costumam ser implementados por meio do próprio painel da nuvem e permite acompanhar o estado da plataforma monitorada, em que cada elemento fornece um indicador de status operacional, sempre considerando o impacto dos serviços. Esta funcionalidade auxilia para determinar se as aplicações estão 39 operando em plena carga, ou próximo a ela, ou além dos limites dos parâmetros estabelecidos. Ao descobrir e identificar esses problemas, medidas preventivas podem ser tomadas para evitar a interrupção do serviço. A modalidade MaaS oferece monitoramento em tempo real, garantindo um baixo tempo de resposta para incidentes na infraestrutura de nuvem, sem depender da capacidade humana, conectando diversos centros tecnológicos para que desempenhem essa função. A segurança é um fator crítico que pode ser bastante preservado com o uso do monitoramento na nuvem. Um serviço de detecção precoce é capaz de detectar vulnerabilidades de segurança e notificar, por meio de relatórios completos, o impacto gerado ao ambiente, incluindo informações sobre os aplicativos afetados e até mesmo indicando ações específicas a serem tomadas para minimizar o efeito da vulnerabilidade se esse já for um erro conhecido pelo sistema. A detecção e o gerenciamento de vulnerabilidades permitem a verificação e a administração de forma automatizada, mantendo os níveis de segurança dos sistemas e aplicações. Monitoramento como serviço realiza periodicamente diversos testes com o objetivo de identificar fragilidades do sistema que possam estar expondo os serviços na internet por meio do uso da nuvem, incluindo a possibilidade de acesso não autorizado por parte dos usuários, necessidade de atualizações e detecção de vulnerabilidades, apontando melhorias. As principais categorias de custo mais frequentemente associadas ao MaaS, de acordo com Ransome e Rittinghouse (2011), são: • Taxas de serviço para monitoramento de eventos que envolvam firewall e outros dispositivos de segurança. 40 • Custos de manutenção e administração de contas internas. • Custos de planejamento prévio e desenvolvimento. Os serviços de monitoramento e de segurança também podem ajudar no cumprimento de regulamentos, coletando e relatando automaticamente eventos específicos de interesse (como falhas de login). Utilizar o monitoramento com serviço na nuvem facilita o provisionamento automático de recursos em conjunto com o acompanhamento constante do ambiente, trazendo maior confiabilidade à nuvem e permitindo que o ciclo que envolve os serviços, análise e uso estejam alinhados com as necessidades do negócio. Referências bibliográficas RANSOME, J. F.; RITTINGHOUSE, J. W. Monitoramento como serviço. 2011. IT Performance Improvement. Disponível em: http://www.ittoday.info/ITPerformanceImprovement/Articles/2011- 01Rittnghouse.html. Acesso em: 17 ago. 2020. VERAS, M. Cloud computing: nova arquitetura de TI. Rio de Janeiro: Brasport, 2012. PARA SABER MAIS Assim que o aplicativo SaaS é desenvolvido e implantado usando PaaS, os usuários finais podem acessar o aplicativo SaaS pela internet a partir de qualquer dispositivo de usuário final, como desktops, laptops, tablets e celulares, de acordo com Hausman 41 et al. (2013), oferecendo todos os benefícios da nuvem, sem praticamente nenhuma preocupação sobre o gerenciamento e monitoramento dos serviços. Mesmo assim, depois que o provedor entrega os serviços, todo o comportamento deve ser analisado, monitorado e evitado quando necessário, considerando falhas, ataques e desastres que possam estar relacionados com a segurança dos dados. Em SaaS, no entanto, diversos clientes estão compartilhando a mesma instância de um único aplicativo, por isso, qualquer comportamento inadequado, geralmente, tende a afetar todos os usuários e organizações conectados. Quando o provedor precisa aplicar alguma atualização, elas devem ser programadas e executadas de forma que não afetem o comportamento normal do sistema, aplicações e serviços hospedados na nuvem. Isso inclui eventos em que o provedor precisa aplicar alguma versão mais atualizada aos usuários finais. Nesse caso, podemos considerar que considerações em massa com grande frequência podem se tornar pesadas para o ambiente, causando indisponibilidade ou instabilidade. Nesse ponto, o monitoramento de SaaS se torna imprescindível, pois evita a violação entre as partes, notificando os desenvolvedores e o provedor para que eles possam corrigir os erros que levaram ao problema, por isso, esses SLA devem ser claramente definidos pelos usuários. No uso de SaaS, é importante que a organização possa identificar quando algo está errado, não para resolver, mas para sinalizar. Apesar disso, diversas ferramentas de monitoramento de terceiros estão disponíveis para monitorar aplicativos SaaS. 42 O monitoramento é uma tarefa necessária para análise, por maisque nenhuma ação seja necessária, dessa forma, é possível estar a par de todas as operações que ocorrem ou não na infraestrutura, acompanhando cada resultado e comportamento dos serviços utilizados. Referências bibliográficas CHANDRASEKARAN, K. Essentials of cloud computing. 1ª Edição. Nova York: CRC Press, 2014. HAUSMAN, K. et al. Cloud Essentials: CompTIA Authorized Courseware for Exam CLO-001. Canadá: Sibex, 2013. TEORIA EM PRÁTICA Imagine que você é analista de TI em uma seguradora que recentemente migrou para a nuvem contratando o serviço de IaaS. Pelo fato de desconhecer os recursos e necessidades da nuvem sem ter feito o planejamento adequado, o ambiente acabou ficando por uma semana inteira com instabilidade. Impedindo a organização de fazer seus atendimentos, cotações e finalizar transações em suas operações. Como consequência, o resultado se resumiu em perdas financeiras sem a devida visibilidade de onde estavam os erros em seus sistemas de nuvem. As falhas poderiam estar localizadas na infraestrutura de rede, na aplicação, no código, na rede, no banco de dados ou até mesmo em qualquer serviço de terceiros que suportava a nuvem. 43 Como um sistema de monitoramento e gerenciamento correto de desempenho, o que poderia ter evitado esses problemas? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Esta dissertação tem como objetivo apresentar a atividade de monitoramento aplicada ao conceito de computação em nuvem em uma nuvem privada e a modalidade IaaS aplicando mecanismos de controle ao ambiente. Para realizar a leitura, acesse a Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. ABREU, D. et.al. MyDBaaS: um framework para o monitoramento de serviços de banco de dados em nuvem. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciência da Computação) – Faculdade de Ciência da Computação, Universidade Federal do Ceará, Ceará, 2013. Indicação 2 Esta dissertação tem como objetivo apresentar um serviço de monitoramento para banco de dados, utilizado para gerenciar e armazenar dados em componentes críticos, mantendo a Indicações de leitura 44 confiabilidade e elasticidade do serviço por parte do provedor, garantindo a qualidade para os clientes. Para realizar a leitura, acesse a Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. CHAVES, S. Arquitetura e sistema de monitoramento para computação em nuvem privada. 2012. Dissertação (Mestrado em Ciência da Computação) – Faculdade de Ciência da Computação, Universidade Federal de Santa Catarina, Ceará, 2012. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. O monitoramento dos serviços na nuvem envolve uma série de benefícios, mantendo, além disso, a funcionalidade do ambiente, garantindo que os serviços estejam disponíveis e todos os requisitos estabelecidos. Sobre os componentes monitorados, é correto afirmar que: 45 a. Monitoramento é um mecanismo que permite que os problemas na nuvem sejam resolvidos de forma reativa, porém, em um curto período de tempo, evitando grandes intervalos de indisponibilidade de serviços. b. O monitoramento em IaaS exige maior esforço por parte da organização, que deve estar atenta ao monitoramento do sistema operacional, item crítico da infraestrutura, em que as aplicações são hospedadas e gerenciadas. c. Ambientes PaaS é uma modalidade em que o monitoramento é dispensável, por, geralmente, se tratar de um ambiente de desenvolvimento, em que as aplicações não prejudicam a operação de serviços por parte dos usuários finais. d. Todas as ferramentas de monitoramento são implementadas pelo próprio provedor, responsável por manter o monitoramento do ambiente conforme níveis de serviço estabelecidos, gerenciando o sistema de logs e resolvendo qualquer problema identificado. e. Apesar de os bancos de dados armazenarem grande quantidade de informações, a aplicação de ferramentas de backup se torna mais importante do que ferramentas de monitoramento para manter a integridade desse tipo de dados. 2. A utilização de ferramentas de monitoramento garante controle de acessos, funcionalidade dos ativos e controle sobre as operações que envolvem toda a infraestrutura da nuvem. Para agregar benefícios à nuvem por meio do monitoramento de serviços, são necessárias algumas ações. Sobre isso, é correto afirmar que: 46 a. É necessário que um catálogo seja mantido com todos os serviços existentes e as perspectivas para implementar novos e como eles serão monitorados futuramente. b. Todas as ferramentas de monitoramento fazem parte da nuvem de forma nativa, sendo compatíveis somente com o provedor que integrou os recursos específicos à plataforma. c. O monitoramento dos serviços tem como principal objetivo identificar falhas, porém, que só poderão ser corrigidas após seu acontecimento, pois as possibilidades de evitar uma falha não são possíveis na computação em nuvem. d. Propor ações de melhoria deve ser uma ação realizada antes mesmo do monitoramento dos serviços. Manter essa ordem é crucial para que a operação na nuvem alcance os objetivos esperados. e. Negociar níveis de serviço com os provedores é necessário para garantir que, além do monitoramento, as falhas identificadas possam ser contornadas, agregando a funcionalidade dos serviços, principal objetivo. GABARITO Questão 1 - Resposta B Resolução: A modalidade IaaS fornece maior controle por parte da organização, por isso o monitoramento se torna mais complexo, incluindo diversos componentes que devem ser controlados para o funcionamento adequado do ambiente de nuvem. Questão 2 - Resposta E Resolução: Ao contratar um serviço de nuvem, mesmo que o monitoramento seja feito de forma adequada pela organização e pelo provedor, uma das exigências é 47 estabelecer níveis de serviço para o tratamento adequado de falhas depois da identificação de problemas, realizada por meio do monitoramento do ambiente. BONS ESTUDOS! Apresentação da disciplina Introdução TEMA 1 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 2 Direto ao ponto TEMA 3 Direto ao ponto TEMA 4 Direto ao ponto Botão TEMA 5: TEMA 2: Botão 158: Botão TEMA4: Inicio 2: Botão TEMA 6: TEMA 3: Botão 159: Botão TEMA5: Inicio 3: Botão TEMA 7: TEMA 4: Botão 160: Botão TEMA6: Inicio 4: Botão TEMA 8: TEMA 5: Botão 161: Botão TEMA7: Inicio 5: