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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP LICENCIATURA EM QUÍMICA PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA x COMUNIDADE (PE:IEC) POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1 RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DA COMUNIDADE KAREN SCHNEIDER DE CARVALHO PEREIRA RA: 1770319 POLO SANTOS 2024 2 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA 1. IDENTIFICAÇÃO a. Nome: ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA DIRCE VALÉRIO GRACIA b. Endereço: AVENIDA DOM PEDRO I, 340 AVENIDA. JARDIM TEJEREBA. 11440-000 Guarujá - SP c. Telefone: (13) 3386-4202 d. Instituição mantenedora do estabelecimento escolar: Prefeitura Municipal do Guarujá 2. ANÁLISE CRÍTICA DO AMBIENTE FÍSICO a. A localização da escola é compatível com o acesso da clientela? Sim, a escola fica localizada na praia da Enseada, em uma avenida principal, próximo ao centro da cidade, a praia e ao lado do Teatro Municipal, o que facilita o acesso e a referência a escola. b. O espaço físico da escola está adequado à sua proposta pedagógica? Sim, é uma escola grande, possui pátio amplo, cantina, laboratório de informática e quadra coberta. A frente, encontra-se o Centro Esportivo Tejera, com quadra coberta, campo e piscina. c. A relação entre número de alunos e espaço (área) é adequada nas salas de aula, no pátio, na biblioteca, no laboratório e em outras dependências? Os espaços em sala de aula e pátio atendem a demanda de alunos. No entanto, a sala de informática possui apenas 15 computadores e a escola não possui biblioteca, portanto, os alunos devem se dirigir a Biblioteca Municipal do Guarujá, que se encontra em endereço distinto. d. Há salas-ambientes? Elas atingem suas finalidades? A única sala distinta é a de informática, as demais atividades são realizadas em sala de aula, que contam com retroprojetores. Pode-se notar a necessidade de um Laboratório de Ciências, Biblioteca e Laboratório de Informática mais equipado. 3 2.1 Quanto à utilização da biblioteca, do laboratório ou de outras dependências: a. Que atividades são desenvolvidas? A escola não possui bibliotecas ou laboratórios, apenas a sala de informática, que não foi informado se está na grade curricular dos alunos. b. Quem utiliza essas dependências e com que frequência? A escola não possui estas dependências c. Tais recursos são bem utilizados, atingindo seus objetivos? Não. d. Que aspectos mereceriam suas críticas ou elogios? Por ser uma escola que atende uma grande parte da cidade, deveria haver melhor infraestrutura para os alunos. e. Há comentários relevantes sobre outros aspectos? Não. 3. CARACTERÍSTICAS DA GESTÃO ESCOLAR a. Como foi a participação dos vários profissionais da educação na elaboração da proposta pedagógica e do regimento escolar? Foi elaborado com a participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar-direção, orientador pedagógico e orientador educacional, professores, pais, alunos e funcionários - nos processos consultivos e decisórios, através do conselho da escola e associação de pais e mestres; b. Existe um conselho de escola ou órgão semelhante? Como funciona? Que decisões relevantes têm tomado? Os alunos participam? E os pais? Segundo a Lei do Município, a escola deve contar com o Conselho de Escola, Conselho de Classe, Série e Termo, Associação de Pais e Mestres e criar condições para organização de Grêmio Estudantil. Portanto, não foi possível observar a atuação desses órgãos. 4 c. Documentos como proposta pedagógica, regimento escolar, entre outros propiciaram, na sua elaboração, uma reflexão conjunta da comunidade escolar (interna)? A proposta pedagógica existe, portanto, foi possível observar a necessidade de um aperfeiçoamento na escola. d. Há comentários relevantes sobre outros aspectos? Não, sem comentários relevantes. 4. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA a. Como é a estrutura organizacional da escola (essa pergunta deve ser respondida com a apresentação do organograma)? b. Quais os cursos oferecidos, número de classes, horários? Como são tomadas as decisões em relação a esses aspectos e ao calendário escolar? A escola oferece até o Ensino Fundamental II e EJA, conta com 21 salas de aula, laboratório de informática, sala de diretoria, sala de professores e sala de secretária. A escola funciona em dois períodos para o Fundamental: manhã, das 7h 5 às 11h25 e tarde, das 13h às 17h25. Para o EJA as aulas são das 19h às 23h. As decisões são tomadas pela equipe de gestão da escola. c. Como tem funcionado o horário destinado à permanência dos professores na escola (horas-atividade, reuniões)? Quem coordena essa parte do trabalho? Os professores cumprem a carga horária prevista em lei para a função. O trabalho é coordenado pela equipe pedagógica. d. Como são elaborados os planos de ensino? Um trabalho conjunto entre o corpo docente e a gestão pedagógica obedecendo aos documentos oficiais. e. Como funciona o sistema de avaliação e recuperação dos alunos? As provas são bimestrais e a média é nota 5,0. A mesma nota serve para alunos em recuperação. Conta também ao final do ano com o Conselho de Classe. f. Como se dá a comunicação da escola com as famílias dos alunos? Há reunião de pais? A comunidade costuma vir à escola? E as informações sobre a aprendizagem dos alunos, como são feitas? É realizado a reunião de pais 1 vez por semestre, porém, não há grande interesse por parte dos pais em participar das reuniões, o que é uma triste realidade. g. Há comentários relevantes sobre outros aspectos? Sem comentários. 5. OUTRAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA ESCOLA a. A escola possui associação de pais e mestres ou equivalente? Até o momento não possui associação. b. A escola possui um grêmio estudantil ou equivalente? Não possui. c. A escola desenvolve programas ou projetos especiais (Escola da Família, clube de mães etc.)? 6 Não desenvolve programas especiais neste sentido. d. Há comentários relevantes sobre outros aspectos? Não há comentários. 6. LEVANTAMENTO DAS EXPECTATIVAS DOS ALUNOS EM RELAÇÃO À ESCOLA Os alunos expressaram desinteresse em relação à instituição. Sentem que as aulas são monótonas e carentes de aplicação prática, além de perceberem uma desconexão entre o currículo e suas vidas fora da escola. Eles também relatam dificuldade em compartilhar suas preocupações com os professores e a administração, resultando em uma sensação de falta de voz e de influência no ambiente escolar. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE 1. Localização geográfica A Comunidade está localizada no bairro da Enseada, na cidade de Guarujá – SP. 7 2. Equipamentos sociais Há na região o Hospital Ana Costa Guarujá, o Teatro Municipal Procópio Ferreira, a Praça Horácio Lafer que conta com uma ampla área de lazer, cestas de basquete, aparelhos para ginástica, balanços, bancos e área para esportes como patins, skate e bicicleta. Há também uma unidade de Posto de Bombeiros e da Guarda Civil Municipal e o Fórum de Justiça Estadual de Guarujá. 3. DENSIDADE DEMOGRÁFICA De acordo com dados do IBGE, em 2022 a cidade de Guarujá apresentava uma densidade demográfica de 1.986,50 habitante por quilômetro quadrado, considerando como uma cidade muito populosa 4. PERFIL ECONÔMICO DA POPULAÇÃO A população residente no entorno da escola pode ser caracterizada como classe média/classe alta, no entanto, os alunos matriculados na escola concentram- se principalmente em moradores de baixa renda. 5. USO PREDOMINANTE DO SOLO O uso do solo é predominantemente residencial. 6. LEVANTAMENTO DAS EXPECTATIVAS DA COMUNIDADE EM RELAÇÃO AO TRABALHO DA ESCOLA A comunidade espera que a escola proporcione um ensino de qualidade, incentivando a participação dos alunos e mantendo uma comunicação transparente sobre seu progresso acadêmico e eventos escolares. Prioriza-se tambéma segurança e o bem-estar dos alunos, por ser um local de melhor localização comparada as demais escolas municipais da cidade. No entanto, apesar dessas expectativas, a participação efetiva da comunidade é limitada, refletindo-se na falta de apoio direto às iniciativas escolares, o que compromete o potencial de colaboração e crescimento mútuo entre a escola e a comunidade. Bibliografia: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/guaruja/panorama https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/guaruja/panorama 8 https://leismunicipais.com.br/a/sp/g/guaruja/decreto/1999/556/5560/decreto-n- 5560-1999-aprova-o-regimento-escolar-unificado-das-escolas-da-rede-municipal-de- ensino-de-guaruja https://leismunicipais.com.br/a/sp/g/guaruja/lei-ordinaria/2007/344/3435/lei- ordinaria-n-3435-2007-disciplina-a-organizacao-do-sistema-municipal-de-ensino-de- guaruja-e-da-outras-providencias https://leismunicipais.com.br/a/sp/g/guaruja/decreto/1999/556/5560/decreto-n-5560-1999-aprova-o-regimento-escolar-unificado-das-escolas-da-rede-municipal-de-ensino-de-guaruja https://leismunicipais.com.br/a/sp/g/guaruja/decreto/1999/556/5560/decreto-n-5560-1999-aprova-o-regimento-escolar-unificado-das-escolas-da-rede-municipal-de-ensino-de-guaruja https://leismunicipais.com.br/a/sp/g/guaruja/decreto/1999/556/5560/decreto-n-5560-1999-aprova-o-regimento-escolar-unificado-das-escolas-da-rede-municipal-de-ensino-de-guaruja https://leismunicipais.com.br/a/sp/g/guaruja/lei-ordinaria/2007/344/3435/lei-ordinaria-n-3435-2007-disciplina-a-organizacao-do-sistema-municipal-de-ensino-de-guaruja-e-da-outras-providencias https://leismunicipais.com.br/a/sp/g/guaruja/lei-ordinaria/2007/344/3435/lei-ordinaria-n-3435-2007-disciplina-a-organizacao-do-sistema-municipal-de-ensino-de-guaruja-e-da-outras-providencias https://leismunicipais.com.br/a/sp/g/guaruja/lei-ordinaria/2007/344/3435/lei-ordinaria-n-3435-2007-disciplina-a-organizacao-do-sistema-municipal-de-ensino-de-guaruja-e-da-outras-providencias 9 UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP LICENCIATURA EM QUÍMICA PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA x COMUNIDADE (PE:IEC) POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 PROJETO DE INTEGRAÇÃO ENTRE A ESCOLA E A COMUNIDADE KAREN SCHNEIDER DE CARVALHO PEREIRA RA: 1770319 POLO SANTOS 2024 10 KAREN SCHNEIDER DE CARVALHO PEREIRA RA 1770319 POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 PROJETO DE INTEGRAÇÃO ENTRE A ESCOLA E A COMUNIDADE Projeto apresentado à Universidade Paulista - UNIP do curso de Licenciatura em Química, como um dos requisitos para a obtenção da nota na disciplina Prática de Ensino: Integração Escola x Comunidade, ministrada pelo Prof. Henrique G. Visciano. POLO SANTOS 2024 11 Sumário Introdução ............................................................................................................. 12 Objetivos ............................................................................................................... 13 Justificativa ............................................................................................................ 14 Desenvolvimento ................................................................................................... 15 Planejamento Inicial - Método ................................................................................. 17 Forma de Avaliação ................................................................................................ 23 Resultados Esperados ............................................................................................ 23 Avaliação dos Resultados ....................................................................................... 25 Referências Bibliográficas....................................................................................... 26 12 Introdução A estética e o ambiente de uma escola desempenham um papel crucial no bem- estar e no desempenho dos alunos. Infelizmente, a escola tem sido alvo de críticas constantes por parecer uma "prisão", com grades nas portas e janelas e uma aparência geral pouco convidativa. Compreendendo a importância de um ambiente agradável e inspirador para o desenvolvimento educacional e social dos estudantes, propõe-se o projeto "Nossa Escola, Nossa Arte", que visa repaginar a escola através de obras de arte criadas pelos próprios alunos. O tema do projeto é a integração das disciplinas escolares com a expressão artística. Cada turma, orientada por seus professores, criará obras de arte que representem temas específicos de cada matéria. Essas obras serão utilizadas para enfeitar e transformar o ambiente escolar, tornando-o mais acolhedor e esteticamente agradável. A importância deste projeto vai além da simples melhoria estética. Busca-se estimular a criatividade dos alunos, promover o senso de pertencimento e a valorização do espaço escolar, além de integrar a comunidade no processo educacional. Envolver os estudantes na criação e execução das obras de arte fortalece o vínculo entre eles e a escola, ao mesmo tempo em que incentiva a colaboração, o respeito e a apreciação mútua. Embora a escola esteja localizada em um bairro de classe média, muitos alunos vêm de comunidades carentes. Para promover a integração dos pais e da comunidade com a escola, o projeto incluirá uma campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis, que serão posteriormente distribuídos às famílias que comparecerem à escola, fortalecendo ainda mais os laços comunitários e demonstrando solidariedade e apoio. O contexto problemático que motivou a criação deste projeto é a necessidade de tornar a escola um ambiente mais agradável e propício ao aprendizado. Um espaço escolar visualmente atrativo pode melhorar o estado emocional dos alunos, aumentando sua motivação e seu engajamento nas atividades escolares. Além disso, 13 a interação com a comunidade, que pode contribuir com materiais, ideias e suporte, fortalece os laços sociais e promove um ambiente colaborativo. Objetivos O projeto "Nossa Escola, Nossa Arte" pretende alcançar a transformação estética da escola e promover um ambiente mais acolhedor e inspirador para os alunos. A finalidade da realização deste trabalho é múltipla e inclui os seguintes objetivos: 1. Transformar a estética da escola: Utilizar obras de arte criadas pelos alunos para repaginar e embelezar o ambiente escolar. 2. Integrar as disciplinas escolares com a expressão artística: Tornar o aprendizado mais dinâmico e envolvente, estimulando a criatividade e a inovação. 3. Promover o senso de pertencimento e valorização do espaço escolar: Fomentar nos alunos um sentimento de orgulho e cuidado pelo ambiente onde estudam. 4. Estimular a criatividade, a colaboração e o respeito mútuo: Desenvolver habilidades socioemocionais importantes através da criação e execução coletiva de obras de arte. 5. Envolver a comunidade no processo educacional: Fortalecer os laços sociais, promovendo a participação ativa de pais, professores e outros membros da comunidade. 6. Arrecadar alimentos não perecíveis para distribuição: Incentivar a solidariedade e apoio mútuo através da distribuição de alimentos às famílias dos alunos, promovendo a integração e o suporte comunitário. 14 Justificativa A elaboração deste projeto justifica-se por várias razões, todas ligadas à importância social e educacional de um ambiente escolar agradável e motivador: 1. Necessidade de melhorar o ambiente escolar: A aparência atual da escola, frequentemente comparada a uma "prisão", afeta negativamente o bem-estar e a motivação dos alunos. Um espaço mais atrativo pode contribuir significativamente para um ambiente mais saudável e propício ao aprendizado. 2. Importância social e pessoal:A criação de um ambiente escolar acolhedor e esteticamente agradável tem um impacto positivo no desenvolvimento social e emocional dos alunos, promovendo um maior engajamento e desempenho acadêmico. 3. Escolha do problema: A escolha de abordar a questão estética da escola baseia-se em críticas recorrentes dos alunos e na necessidade de transformar o ambiente escolar em um espaço que inspire e motive. A arte, como meio de expressão e integração, oferece uma solução criativa e educativa para esse problema. 4. Promoção da criatividade e da colaboração: Envolver os alunos no processo de criação artística desenvolve suas habilidades criativas e colaborativas, essenciais para o seu crescimento pessoal e acadêmico. 5. Fortalecimento dos laços comunitários: Integrar a comunidade no projeto promove a coesão social e reforça a importância da educação como um esforço coletivo, onde todos têm um papel importante a desempenhar. 6. Apoio às famílias carentes: A arrecadação e distribuição de alimentos não perecíveis demonstram solidariedade e apoio às famílias dos alunos, muitas das quais enfrentam dificuldades econômicas. Esta ação fortalece a relação entre escola e comunidade, promovendo um ambiente de apoio mútuo. Portanto, o projeto "Nossa Escola, Nossa Arte" apresenta-se como uma solução viável e necessária para transformar o ambiente escolar, promovendo um espaço mais acolhedor, criativo e integrado à comunidade. 15 Desenvolvimento 1- Referencial Teórico O referencial teórico sobre a integração entre escola e comunidade fundamenta-se em diversos estudos e publicações que destacam a importância dessa relação para o desenvolvimento educacional e social dos alunos. A seguir, apresenta- se uma base organizada e sistemática, dialogando com autores e pesquisas na área, fornecendo subsídios para a proposta do projeto "Nossa Escola, Nossa Arte". 2- A Importância da Integração Escola-Comunidade A integração entre a escola e a comunidade é um fator crucial para o sucesso educativo e o desenvolvimento integral dos alunos. Bronfenbrenner (1979), em sua Teoria Ecológica do Desenvolvimento Humano, enfatiza que o desenvolvimento humano ocorre através das interações entre os diversos sistemas em que o indivíduo está inserido, incluindo a família, a escola e a comunidade. A escola, sendo um microssistema fundamental, deve estabelecer laços sólidos com a comunidade para proporcionar um ambiente de aprendizado mais enriquecedor e significativo. 3- Participação Comunitária na Educação Freire (1996) ressalta que a educação deve ser um ato de construção coletiva, onde a participação da comunidade é essencial para a formação de cidadãos críticos e conscientes. A pedagogia freiriana defende uma educação democrática e participativa, onde a escola se torna um espaço de diálogo e troca de saberes entre alunos, professores, pais e comunidade. Essa abordagem promove um senso de pertencimento e responsabilidade compartilhada pelo processo educativo. 4- Benefícios da Integração Diversos estudos indicam que a integração escola-comunidade traz benefícios significativos para os alunos, incluindo o aumento do desempenho acadêmico, a redução da evasão escolar e a melhoria do clima escolar. Epstein (2001) propõe o 16 modelo de “Parcerias Escola-Família-Comunidade”, que sugere seis tipos de envolvimento: comunicação, voluntariado, aprendizagem em casa, tomada de decisão, colaboração com a comunidade e práticas de transição. Este modelo demonstra que a colaboração efetiva entre a escola e a comunidade pode criar um ambiente de apoio que contribui para o sucesso escolar dos alunos. 5- Projetos Artísticos na Educação A inclusão de projetos artísticos na educação tem sido amplamente reconhecida por seu potencial de engajar os alunos e promover habilidades socioemocionais. Gardner (1983), em sua Teoria das Inteligências Múltiplas, destaca a importância das inteligências intrapessoal e interpessoal, que podem ser desenvolvidas através de atividades artísticas e colaborativas. A arte na educação não só enriquece o currículo, mas também permite aos alunos expressarem suas emoções e desenvolverem um pensamento crítico e criativo. 6- Exemplos de Sucesso Vários estudos de caso ilustram o impacto positivo de projetos que integram arte e comunidade no ambiente escolar. Uma pesquisa conduzida por Heath e Wolf (2004) investigou programas de arte em escolas e encontrou que tais iniciativas aumentam a motivação dos alunos, melhoram a disciplina e criam um ambiente de aprendizagem mais inclusivo. Esses projetos também incentivam a participação dos pais e membros da comunidade, criando uma rede de suporte que beneficia a todos os envolvidos. 7- Base Teórica para o Projeto "Nossa Escola, Nossa Arte" O projeto "Nossa Escola, Nossa Arte" alinha-se com as teorias e práticas descritas acima, buscando transformar o ambiente escolar através da integração da arte e da participação comunitária. Ao envolver alunos, professores, pais e a comunidade na criação e instalação de obras de arte, o projeto promove um ambiente de aprendizado mais acolhedor e inspirador. Além disso, a arrecadação de alimentos 17 e a distribuição para as famílias participantes reforçam a solidariedade e o apoio mútuo, fortalecendo os laços entre a escola e a comunidade. Em conclusão, a integração escola-comunidade é uma estratégia educativa comprovadamente eficaz que traz inúmeros benefícios para o desenvolvimento dos alunos e a coesão social. O projeto "Nossa Escola, Nossa Arte" é uma aplicação prática dessas teorias, promovendo uma educação mais democrática, participativa e criativa, alinhada com as necessidades e realidades dos alunos e da comunidade escolar. O desenvolvimento do projeto "Nossa Escola, Nossa Arte" será realizado em diversas etapas, garantindo uma execução organizada e eficiente. A seguir, detalha- se o passo a passo do projeto: Planejamento Inicial - Método 1- Escolas e Comunidades Envolvidas O projeto "Nossa Escola, Nossa Arte" será implementado na ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA DIRCE VALÉRIO GRACIA, localizada na AVENIDA DOM PEDRO I, 340 AVENIDA. JARDIM TEJEREBA. 11440-000 Guarujá - SP, uma região de classe média que recebe alunos provenientes de diversas comunidades carentes. A escola enfrenta críticas quanto à sua aparência física, frequentemente comparada a uma "cadeia" devido às grades em portas e janelas, pisos e paredes em tons cinzas, estruturas de concreto etc. Este contexto problemático motivou a criação do projeto, visando transformar o ambiente escolar em um espaço mais acolhedor e inspirador. O método descrito garante que o projeto "Nossa Escola, Nossa Arte" seja desenvolvido de forma estruturada e colaborativa, promovendo um ambiente escolar mais agradável e integrando efetivamente a comunidade no processo educacional. 2- Proposta de Integração 18 A proposta de integração escola-comunidade baseia-se na criação de obras de arte pelos alunos, que serão orientados por seus professores durante o horário de aula. A temática das obras será alinhada ao conteúdo curricular de cada disciplina, proporcionando uma aprendizagem integrada e significativa. Além disso, o projeto incluirá uma campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis para distribuição às famílias dos alunos, fortalecendo a solidariedade e o apoio comunitário. 3- Cronograma das Atividades O projeto será desenvolvido ao longo de um semestre letivo, seguindo o cronograma abaixo: 1. Reunião de Coordenação (Mês 1): - Realização de uma reunião com a direção, coordenadores, professores e representantes dos alunos para apresentar o projeto e discutir detalhes. - Formação de comitês responsáveis por diferentes aspectos do projeto (arte, logística, arrecadação, comunicação, etc.). - Definição dos temas artísticos e elaboração docronograma detalhado. Definição dos Temas Artísticos: - Cada professor, em conjunto com seus alunos, definirá o tema das obras de arte com base na disciplina que leciona. Por exemplo, um professor de Ciências pode escolher o tema "Evolução da Vida", enquanto um professor de História pode optar por "Civilizações Antigas". 2. Captação de Recursos (Mês 1-2) 1. Materiais Artísticos: - Identificação e levantamento dos materiais necessários para a criação das obras de arte (tintas, pincéis, telas, papel, etc.). - Realização de parcerias com empresas locais, papelarias e lojas de material de construção para doação de materiais. 19 - Campanha de arrecadação de materiais junto aos pais e comunidade. 2. Arrecadação de Alimentos: - Campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis, envolvendo alunos, pais e comunidade. - Definição de pontos de coleta e organização da logística para a distribuição dos alimentos. 3. Execução das Obras de Arte (Mês 2-4) 1. Oficinas de Arte: - Organização de oficinas de arte conduzidas por professores, artistas locais e voluntários para orientar os alunos na criação de suas obras. - Separação dos alunos em grupos de acordo com o tema e a complexidade das obras a serem realizadas. 2. Produção das Obras: - Execução das obras de arte nas salas de aula ou em espaços apropriados dentro da escola. - Registro fotográfico e em vídeo do processo de criação, para posterior divulgação. 4. Projeto de Artes nas Disciplinas: 1. Desenvolvimento de Projetos Específicos: - Criação de um projeto de artes para os alunos em cada matéria específica, a ser realizado durante o horário de aula. 20 - A temática da obra a ser realizada pelos alunos deve estar de acordo com o conteúdo que está sendo estudado em cada disciplina. 2. Exemplos de Projetos por Disciplina: - História: Cenários de guerra, como a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, representados através de maquetes e pinturas. - Geografia: Representação dos relevos terrestres com modelagens de argila ou papel machê, destacando montanhas, planícies e vales. - Matemática: Criação de figuras geométricas tridimensionais, explorando conceitos de geometria espacial e simetria. - Português: Ilustração de obras literárias clássicas, como cenas de "O Sítio do Picapau Amarelo" de Monteiro Lobato ou "A Moreninha" de Joaquim Manuel de Macedo. - Ciências: Modelos do sistema solar ou do ciclo da água, utilizando materiais recicláveis e técnicas de colagem. - Artes: Pinturas e esculturas inspiradas em movimentos artísticos estudados, como o Impressionismo ou o Cubismo. - Educação Física: Murais que retratam a história dos Jogos Olímpicos ou a importância da atividade física para a saúde. - Inglês: Criação de cartazes e desenhos ilustrando contos e histórias da literatura inglesa, como "Alice no País das Maravilhas" de Lewis Carroll. 5. Transformação do Ambiente Escolar (Mês 4-5) 1. Instalação das Obras: - Seleção dos locais dentro da escola onde as obras serão instaladas (corredores, salas de aula, pátio, etc.). - Organização de mutirões para a instalação das obras, envolvendo alunos, professores, pais e membros da comunidade. 21 2. Revitalização do Espaço Escolar: - Pintura de murais nas paredes externas e internas da escola. - Decoração de áreas comuns com as obras de arte criadas pelos alunos. 6. Evento de Inauguração (Mês 5) 1. Organização do Evento: - Planejamento e organização de um evento para a inauguração das obras de arte, com a presença de alunos, pais, professores e membros da comunidade. - Preparação de apresentações culturais, como músicas, danças e teatros, realizadas pelos alunos. 2. Distribuição dos Alimentos Arrecadados: - Distribuição dos alimentos não perecíveis arrecadados para as famílias que comparecerem ao evento. - Criação de um espaço para agradecer publicamente a todos os doadores e participantes. 7. Divulgação e Avaliação (Mês 5-6) 1. Divulgação do Projeto: - Criação de um site ou blog do projeto para compartilhar fotos, vídeos e relatos do processo de criação e da inauguração. - Utilização das redes sociais da escola para divulgar as atividades e resultados do projeto. 22 - Contato com a mídia local para cobrir o evento e promover o projeto na comunidade. 2. Avaliação e Feedback: - Realização de uma avaliação do projeto, coletando feedback de alunos, professores, pais e membros da comunidade. - Identificação dos pontos fortes e áreas de melhoria para futuros projetos. - Relatório final documentando todas as etapas do projeto e os resultados alcançados. Sugestões 1. Integração com o Currículo Escolar: - Incorporação das obras de arte no currículo escolar, utilizando-as como ferramentas pedagógicas em aulas de história, ciências, literatura, etc. 2. Exposição Permanente: - Criação de uma galeria de arte permanente dentro da escola, onde as obras dos alunos possam ser exibidas continuamente, com renovação periódica. 3. Colaboração com Artistas Locais: - Parcerias com artistas locais para realizar oficinas e colaborar na criação de murais e outras obras de grande escala. 4. Programa de Voluntariado: - Desenvolvimento de um programa de voluntariado que envolva ex-alunos, estagiários, pais e membros da comunidade na manutenção e expansão do projeto ao longo do tempo. 23 Com estas etapas e sugestões adicionais, o projeto "Nossa Escola, Nossa Arte" busca não apenas transformar o ambiente escolar, mas também criar um legado duradouro de criatividade, colaboração e integração comunitária. Forma de Avaliação A avaliação do projeto será realizada em duas etapas: 1. Avaliação Processual: - Monitoramento contínuo do andamento das atividades através de reuniões periódicas com os comitês responsáveis. - Registro fotográfico e em vídeo do processo de criação e instalação das obras de arte. 2. Avaliação Final: - Coleta de feedback dos alunos, professores, pais e membros da comunidade através de questionários e entrevistas. - Análise dos resultados alcançados em relação aos objetivos propostos, incluindo a transformação do ambiente escolar e a integração comunitária. - Elaboração de um relatório final documentando todas as etapas do projeto, os desafios enfrentados e as lições aprendidas. Resultados Esperados Os resultados esperados do projeto "Nossa Escola, Nossa Arte" estão diretamente relacionados aos objetivos propostos e visam atender às necessidades e 24 expectativas da escola e da comunidade. A seguir, apresentam-se os principais resultados esperados: 1. Transformação do Ambiente Escolar - Revitalização Visual: Espera-se que a escola passe a ter uma aparência mais acolhedora e inspiradora, afastando a imagem de "prisão". As obras de arte criadas pelos alunos deverão enfeitar e repaginar os espaços internos e externos da escola, proporcionando um ambiente esteticamente agradável. - Valorização do Patrimônio Escolar: Através da transformação visual, a escola será valorizada como um espaço de criatividade e expressão artística, aumentando o orgulho e o senso de pertencimento dos alunos e da comunidade escolar. 2. Integração Escola-Comunidade - Maior Envolvimento dos Pais e da Comunidade: Com a arrecadação de alimentos e a distribuição para as famílias que participarem do projeto, espera-se uma maior integração e participação dos pais e da comunidade nas atividades escolares. - Fortalecimento dos Laços Comunitários: A participação ativa dos membros da comunidade nas atividades do projeto deverá fortalecer os laços entre a escola e a comunidade, promovendo um senso de cooperação e solidariedade. 3. Engajamento e Aprendizado dos Alunos- Engajamento dos Alunos nas Aulas: A integração das atividades artísticas com o conteúdo curricular deverá aumentar o engajamento e a motivação dos alunos durante as aulas. Ao trabalhar em projetos de arte relacionados às matérias, os alunos terão uma aprendizagem mais significativa e prática. 25 - Desenvolvimento de Habilidades Socioemocionais: Através das atividades colaborativas e criativas, espera-se que os alunos desenvolvam habilidades socioemocionais importantes, como trabalho em equipe, criatividade, resolução de problemas e expressão emocional. 4. Impacto Educacional - Melhoria do Desempenho Acadêmico: A associação entre arte e currículo poderá contribuir para a melhoria do desempenho acadêmico dos alunos, tornando o aprendizado mais dinâmico e interativo. - Redução da Evasão Escolar: Com um ambiente escolar mais atraente e atividades mais envolventes, espera-se uma redução nos índices de evasão escolar. 5. Divulgação e Reconhecimento - Reconhecimento do Projeto: A divulgação do projeto através de redes sociais, mídia local e um site dedicado deverá aumentar o reconhecimento da escola e do projeto "Nossa Escola, Nossa Arte" na comunidade e além. - Modelo para Outras Escolas: O sucesso do projeto poderá servir como modelo para outras escolas interessadas em integrar arte e comunidade no processo educacional. Avaliação dos Resultados - Feedback Positivo: Coleta de feedback positivo de alunos, professores, pais e membros da comunidade, demonstrando a satisfação com os resultados alcançados. - Documentação e Relatório Final: Elaboração de um relatório final documentando todas as etapas do projeto, os resultados obtidos e as lições aprendidas, servindo como referência para futuras iniciativas. 26 Em síntese, os resultados esperados do projeto "Nossa Escola, Nossa Arte" incluem a transformação do ambiente escolar, a integração efetiva da escola com a comunidade, o aumento do engajamento e do desempenho dos alunos, e o reconhecimento do projeto como uma iniciativa de sucesso na educação. Referências Bibliográficas Bronfenbrenner, U. (1996). A ecologia do desenvolvimento humano: Experimentos naturais e planejados. Porto Alegre: Artes Médicas. Epstein, J. L. (2018). Parcerias entre a escola, a família e a comunidade: Preparando educadores e melhorando escolas. Porto Alegre: Penso. Freire, P. (2011). Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra. Gardner, H. (1995). Estruturas da mente: A teoria das inteligências múltiplas. Porto Alegre: Artes Médicas. Heath, S. B., & Wolf, S. A. (2005). As consequências do verão: Impactos de um programa de leitura de verão direcionado nas práticas de leitura de jovens urbanos. São Paulo: Cortez.