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1. O que é Avaliação Nutricional?
· Definição: É o primeiro passo para cuidar da nutrição de um paciente. Envolve coletar e analisar dados para identificar problemas nutricionais.
· Objetivo: Identificar problemas nutricionais e tomar decisões para melhorar a saúde do paciente.
2. Como Funciona?
· Processo Dinâmico: Compara os dados do paciente com padrões de referência e reavalia periodicamente o estado nutricional.
· Reavaliação: Verifica regularmente a evolução do estado nutricional do paciente para ajustar o tratamento conforme necessário.
3. Métodos de Avaliação
· Bioimpedância Elétrica: Mede a quantidade de gordura e massa magra no corpo.
· Antropometria: Inclui medidas de peso, altura e dobras cutâneas para avaliar a composição corporal.
4. Avaliação Subjetiva Global (ASG)
· Objetivo: Diagnosticar e classificar a desnutrição.
· Fatores Considerados: Perda de peso, mudanças na alimentação, sintomas gastrointestinais persistentes, perda de gordura subcutânea e edema.
5. Miniavaliação Nutricional (MAN)
· Foco: Avaliação nutricional de idosos.
· Aspectos Considerados: Inclui fatores físicos, mentais e dietéticos que afetam o estado nutricional dos idosos.
6. Necessidades Energéticas
· Método Harris e Benedict: Utilizado para calcular o metabolismo energético em repouso, ajudando a determinar as necessidades calóricas do paciente.
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Terapia Nutricional
1. Objetivos do Tratamento Nutricional
· Manter ou Recuperar o Estado Nutricional: Garantir que o paciente esteja recebendo os nutrientes necessários.
· Minimizar Sinais e Sintomas: Reduzir os sintomas associados a problemas nutricionais.
· Evitar Interações com Medicamentos: Prevenir que a nutrição interfira negativamente com os medicamentos em uso.
· Contribuir para um Bom Prognóstico: Ajudar na recuperação e manutenção da saúde do paciente.
· Melhorar ou Manter o Perfil Bioquímico: Manter os níveis bioquímicos dentro da normalidade.
· Corrigir Erros Alimentares: Ajustar a dieta para corrigir hábitos alimentares inadequados.
2. Vias de Administração
· Via Oral: Pode ser usada de forma exclusiva ou como complemento.
· Via Enteral: Nutrição através de sondas ou ostomias, usada de forma exclusiva ou como complemento.
· Via Parenteral: Nutrição intravenosa, usada de forma exclusiva ou como complemento.
3. Terapia Nutricional Enteral (TNE)
· Conceito: Procedimentos para manter ou recuperar o estado nutricional através da nutrição enteral.
· Benefícios:
· Nutrição via trato gastrointestinal é mais fisiológica.
· Estimula fatores hormonais e mantém a função da mucosa intestinal.
· Mantém pH e microflora intestinal normais.
· Reduz crescimento bacteriano oportunista.
· Promove secreção de IgA e reforça a barreira intestinal.
· Menor risco de infecção e custo mais baixo.
4. Contraindicações
· Obstrução mecânica do trato gastrointestinal.
· Disfunção do trato gastrointestinal ou necessidade de repouso intestinal.
· Vômitos e diarreia incontroláveis.
· Refluxo gastroesofágico intenso.
· Instabilidade hemodinâmica.
· Isquemia gastrointestinal.
· Íleo paralítico.
· Fístulas intestinais de alto débito.
· Hemorragia digestiva grave.
· Enterocolite grave.
· Pancreatite aguda grave.
· Doença terminal.
5. Complicações
· Mecânicas: Problemas com a sonda, como migração ou lesão da mucosa.
· Infecciosas: Infecções respiratórias ou do trato gastrointestinal.
· Metabólicas: Desequilíbrios glicêmicos e eletrolíticos.
6. Administração da Dieta
· Intermitente: Iniciar com 100 mL e aumentar gradualmente até 500 mL a cada 3-4 horas.
· Contínua: Iniciar com 25-30 mL/hora e aumentar gradualmente até 150 mL/hora.
7. Avaliação do Resíduo Gástrico
· Resíduos > 200 mL (SNG) ou > 100 mL (Gastrostomia) com sintomas: Interromper a infusão.
· Resíduos > 200 mL (SNG) ou > 100 mL (Gastrostomia) sem sintomas: Retardar a infusão por 1 hora e reavaliar.
8. Nutrição Parenteral
· Definição: Infusão de nutrientes por via intravenosa, excluindo o trato gastrointestinal.
· Indicações: Quando o trato gastrointestinal não funciona ou não pode ser utilizado.
· Complicações:
· Mecânicas: Problemas com o catéter.
· Infecciosas: Contaminação das soluções ou catéter.
· Metabólicas: Desequilíbrios glicêmicos e eletrolíticos.
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Definição
A desnutrição energético-proteica é uma condição clínica caracterizada pela deficiência simultânea de proteínas e calorias, afetando principalmente crianças pequenas e frequentemente associada a infecções.
Impacto Global
· Problema de saúde pública: Principalmente em países em desenvolvimento.
· Crianças afetadas: Cerca de 20 milhões de crianças menores de 5 anos são subnutridas, aumentando a vulnerabilidade a doenças e mortes prematuras.
· Mortalidade infantil: Responsável por aproximadamente 45% das mortes infantis no mundo.
Avaliação Nutricional
· Medidas antropométricas: Peso, altura/comprimento, pregas cutâneas, circunferência do braço.
· Classificações: Gomez, Waterlow, Z-escore.
· Parâmetros de crescimento: Utilização de curvas de referência como NCHS, Tanner, WHO, CDC.
Etiologia
· Primária: Devido a fatores como pobreza, privação nutricional, más condições ambientais, educação precária, falta de apoio familiar.
· Secundária: Resultante de patologias que afetam a ingestão, digestão, absorção, metabolização e excreção dos alimentos (ex.: estenose hipertrófica do piloro, doença celíaca, diabetes mellitus tipo 1, insuficiência renal, AIDS).
Classificação
· Intensidade: Leve, moderada, grave.
· Duração: Aguda, crônica, crônica agudizada.
Formas de Apresentação
· Marasmo: Desnutrição severa com perda significativa de peso e massa muscular.
· Kwashiorkor: Desnutrição com edema e outras complicações.
· Kwashiorkor-Marasmático: Combinação de características de marasmo e kwashiorkor.
Classificações Específicas
· Gomez (1956): Baseia-se no índice peso ideal para idade e sexo.
· Waterlow (1976): Utiliza os índices estatura/idade e peso/estatura.
· OMS: Emprega o escore Z para identificar formas moderadas e graves de desnutrição.
Interpretação da Curva de Crescimento
· Objetivo: Observar a posição do peso em relação aos pontos de corte superior e inferior.
· Resultados:
· > percentil 97: Sobrepeso
· Entre p97 e p3: Normalidade nutricional
· Entre p10 e p3: Risco nutricional
· Entre p3 e p0,1: Peso baixo
· 30).
· Obesidade no Brasil: A prevalência da obesidade aumentou 72% nos últimos treze anos, passando de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019. A frequência de obesidade é semelhante entre homens e mulheres, mas diminui com o aumento da escolaridade nas mulheres.
História Clínica
· Fatores Contribuintes:
· Peso elevado desde a infância.
· Histórico familiar de obesidade.
· Fatores emocionais desencadeantes.
· Sintomas de depressão, ansiedade e isolamento social.
Perda de Peso
· Abordagens:
· Tratamento dietético.
· Programa de modificação comportamental.
· Aumento do gasto energético.
· Mudanças na alimentação por toda a vida.
· Dietas muito restritivas são insustentáveis a longo prazo, mas podem ser usadas por um período limitado.
· Planejamento Alimentar:
· Deve ser flexível e focado na reeducação alimentar.
· Considerar a quantidade de calorias, preferências alimentares, aspectos financeiros,estilo de vida e requerimentos energéticos para a manutenção da saúde.
Acompanhamento
· Métodos:
· Velocidade de perda de peso.
· Ajuste fisiológico.
· Habilidade de manter mudanças comportamentais de dieta.
· Atividade física.
Dietas Específicas
· Dieta DASH:
· Desenvolvida para reduzir a hipertensão.
· Incentiva o consumo de frutas, legumes, cereais integrais, nozes, sementes, laticínios com baixo teor de gordura e carnes magras.
· Limita o sal, bebidas com cafeína e alcoólicas.
· Não inclui um limite diário de energia, mas pode resultar em perda de peso.
· Jejum Intermitente:
· Estudos mostram perda de peso com restrição de energia intermitente.
· Não há superioridade clara entre restrição energética contínua e intermitente em termos de perda de peso ou marcadores biológicos.
· Efeitos a longo prazo ainda são incertos devido ao número limitado de estudos.
· Dieta Low Carb:
· Menção breve, sem detalhes específicos fornecidos.
Cirurgia Bariátrica
· Fases da Dieta Pós-Cirurgia:
1. Dieta Líquida: Primeiras duas semanas, fase de adaptação. Possível intolerância à lactose.
2. Dieta Pastosa: Inclusão de alimentos em consistência de cremes e purês, duração de 7 a 10 dias. Foco na proteína e identificação de intolerâncias alimentares.
3. Dieta Branda: Alimentos bem cozidos, que demandam muita mastigação, duração média de quinze dias.
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Transtornos Alimentares
Classificação
Os transtornos alimentares são caracterizados por uma perturbação persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação, resultando em consumo ou absorção alterada de alimentos, comprometendo significativamente a saúde física ou o funcionamento psicossocial.
Tipos de Transtornos Alimentares
1. Anorexia Nervosa
· Características:
· Medo intenso de engordar ou ficar acima do peso ideal, mesmo quando a pessoa está abaixo do peso normal.
· Recusa em manter o peso considerado normal ou aceitável para a idade e altura.
· Distorção da imagem corporal.
· Sintomas:
· Interrupção da menstruação por três ou mais ciclos.
· Cortar a comida em pequenos pedaços ou mexer com ela no prato.
· Recusa em admitir a gravidade da perda de peso.
· Casos:
· Exemplo de uma garota que caminha 12 horas por dia para perder peso.
· Mulher de 26 anos que passou 18 meses em hospital tentando superar a anorexia.
· Grupos de Risco:
· Mulheres (90% a 95% dos casos).
· Adolescentes devido à pressão social e mudanças corporais.
· História familiar de anorexia.
· Complicações:
· Arritmia cardíaca, depressão, desidratação, desnutrição, enfraquecimento dos ossos, inchaço dos braços ou pernas, redução de glóbulos brancos, problemas na tireoide, queda nos níveis de testosterona, mudanças no período menstrual, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), osteoporose.
· A anorexia pode ser fatal, levando à morte em 10% dos casos.
2. Bulimia Nervosa
· Características:
· Padrões de alimentação erráticos acompanhados de vômitos vigorosos, abuso de laxantes e excesso de exercícios físicos.
· Sintomas:
· Baixa autoestima desencadeada por padrões de beleza irrealistas.
· História de problemas familiares.
· Períodos de transição que elevam os níveis de estresse e causam ansiedade.
· Hobbies e atividades que enfatizam o corpo.
· Indícios de Compulsão Alimentar:
· Idas frequentes ao banheiro logo após comer.
· Sigilo em relação à comida, como levantar-se no meio da noite para comer sozinho ou esconder comida pela casa ou local de trabalho.
3. Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE)
· Características:
· Perturbações alimentares persistentes que levam a um aporte nutricional e energético insuficientes.
· Intensa falta de interesse pela alimentação e comida.
· Evitação de alimentos baseada nas características sensoriais dos alimentos e/ou preocupação com as consequências aversivas da alimentação.
· Diferença:
· Diferentemente da anorexia e bulimia nervosas, as alterações alimentares no TARE não são influenciadas pela insatisfação corporal.
4. Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP)
· Características:
· Episódios frequentes de compulsão alimentar, geralmente em situações escondidas ou inesperadas (refeitório da empresa, carro, escritório).
· A compulsão alimentar é considerada patológica quando ocorre no mínimo uma vez por semana nos últimos três meses.
5. Ortorexia
· Características:
· Obsessão por seguir uma alimentação saudável, levando a restrições alimentares significativas.
· Preocupação excessiva com alimentos e suas qualidades nutricionais.
· Dieta restritiva e preocupação excessiva com o que comeu ou vai comer.
· Incapacidade de comer algo que não foi preparado pela própria pessoa.
· Curiosidade em saber as composições de cada alimento e como foram feitos.
· Diferença:
· Diferentemente da anorexia ou bulimia, pessoas com ortorexia são obcecadas com a qualidade dos alimentos, não com a quantidade.
6. Vigorexia
· Características:
· Transtorno de ansiedade que faz a pessoa enxergar seu corpo menor do que realmente é.
· Conhecida como complexo de Adônis ou Transtorno Dismórfico Muscular (TDM).
· Prática compulsiva e exagerada de exercícios físicos.
· Culto excessivo ao corpo.
· Abuso de esteroides anabolizantes e suplementos para ganhar massa muscular.
· Consequências:
· Problemas estéticos como desproporcionalidade entre o corpo, a cabeça e membros.
· Problemas físicos devido ao excesso de peso e dieta exagerada.
· Riscos aumentados de doenças cardiovasculares, lesões hepáticas, disfunção sexual, diminuição do tamanho dos testículos e aumento do risco de câncer de próstata.
Considerações Finais
Os transtornos alimentares são complexos e envolvem fatores psicológicos, fisiológicos e sociais. É essencial reconhecer os sinais e buscar ajuda profissional para um tratamento adequado.

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