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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CURSO LICENCIATURA PLENA em PEDAGOGIA 100%ONLINE Maiara Lima de Oliveira RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA: UM ESTUDO NECESSÁRIO PARA O PEDAGOGO Cidade Cidade São Miguel do Guamá- PA 2023 Maiara Lima de Oliveira RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA: UM ESTUDO NECESSÁRIO PARA O PEDAGOGO Projeto de Ensino apresentado à Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera, Como Requisito Parcial À Conclusão Do Curso de Pedagogia. Tutor à Distância: Juliana Gomes de Souza Tutor Presencial: Fábrica Lima Furtado do Nascimento São Miguel do Guamá- PA 2023 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 4 1 TEMA 5 2 JUSTIFICATIVA 6 3 PARTICIPANTES 7 4 OBJETIVOS 7 5 PROBLEMATIZAÇÃO 7 6 REFERENCIAL TEÓRICO 8 7 METODOLOGIA 13 8 CRONOGRAMA 14 9 RECURSOS 15 10 AVALIAÇÃO 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS 15 REFERÊNCIAS 16 INTRODUÇÃO. O trabalho a ser apresentado traz como tema: “Relação família e escola: Um estudo necessário para o pedagogo”. Esse tema contempla a linha de pesquisa da gestão, de modo que se pense em propostas que venham partir de uma gestão democrática e participativa, que venha encontrar soluções no coletivo, visando à participação da família na escola. Falar sobre a efetiva relação entre família e escola, bem como sua relevância para o processo ensino e aprendizagem é uma necessidade, pois a falta dessa relação é uma realidade. É preciso conhecer as funções das instituições escola e família para que dessa maneira possam ser resinificadas, pois ambas precisam reconhecer que possuem papéis diferentes a serem desempenhados, mas de forma indissociável. Sendo assim, fazer essa abordagem torna possível analisar esses papéis, repensar esses papéis e uni-los, a fim de desempenhar ações no coletivo, sendo família e escola indissociáveis. Como problemática questiona-se: Como construir uma efetiva parceria entre família e escola de forma harmônica e colaborativa de maneira que venha de encontro às necessidades dos educandos? Esse é o grande desafio imposto pela modernidade à educação, e a gestão escolar precisa estar aparte dessa situação para melhor desenvolver projetos que contribuam para romper esses desafios. Tendo em vista essa problemática e o grande desafio de envolver a família e escola, esse projeto está voltado para a gestão escolar, de maneira que oriente a equipe gestora de como trabalhar ações no coletivo que venha atrair a atenção da família e sua participação na escola. O objetivo desse projeto é de buscar compreender a importância da participação das famílias na escola contemporânea, buscando entender essa participação através da organização da gestão democrática. O trabalho conta com um rico referencial teórico que permite refletir e discutir sobre o envolvimento da família no processo de ensino e aprendizagem e os retornos dessa parceria. Será intensificada a importância de uma gestão democrática frente a esse processo, de maneira que a gestão escolar seja dialógica e reflexiva, fazendo com que todos os envolvidos no processo ensino aprendizagem (professores, pais e gestão escolar) reflitam sobre o assunto e repensem suas práticas, assim, será possível estabelecer a parceria de contribuição entre família e escola no processo ensino aprendizagem. TEMA: O trabalho a ser apresentado traz como tema: “Relação família e escola: Um estudo necessário para o pedagogo”. Esse é um tema essencial a formação do pedagogo, pois, um dos grandes desafios vivenciados no contexto escolar nos dias atuais tem sido a falta de participação da família na escola e o pedagogo precisa se preparar para lhe dar com essa realidade. A ideia apresentada nesse projeto é muito importante para o ensino, enquanto uma pesquisa para a formação do pedagogo, pois, trata-se de um dos desafios presentes no ambiente escolar e, que mesmo desenvolvendo algumas ações nem sempre se obtém um retorno significativo. Sendo assim, esse projeto tem a intenção de refletir sobre algumas possibilidades que a gestão escolar pode utilizar para promover essa parceria. Durante o curso de pedagogia é possível entender a importância da gestão escolar nesse processo, por isso achei importante abordar esse tema direcionado para a gestão, de modo que as ações venham ser compartilhadas e trabalhadas em equipe e estendendo aos alunos e familiares, intensificando esses papéis. É um tema que traz uma contribuição importante para a minha formação, pois, me preparar para trabalhar ações que venham atrair as famílias para o processo ensino aprendizagem e a trajetória escolar de seus filhos, de modo que participem desse processo. Identifico-me com a área da gestão e, acredito que futuramente vou me especializar nessa área, por isso escolhi essa linha de pesquisa, já que as ações desenvolvidas pela gestão de maneira democrática podem fluir em excelentes resultados, pois essa parceria entre escola e família é fundamental, e preciso estar ciente sobre como promover essa relação. As pesquisas desenvolvidas e o projeto me amparam quanto a esse fim. O projeto traz o desenvolvimento de estratégias possíveis a serem executadas na educação na área da gestão JUSTIFICATIVA: Assim como a família, a escola é outra instituição responsável pela educação do indivíduo, atuando de forma extensiva, devendo assim, agir de maneira integrada e colaborativa com a mesma. A escolha por este tema se deu ao entender que muitos ainda são os desafios enfrentados pela gestão escolar quando o assunto é a relação entre família e escola. Na maioria das vezes as intervenções não têm um retorno significativo, e a gestão precisa pensar em estratégias que venham ser compartilhadas para mudar essa realidade. Nesse cenário, faz-se necessária e urgente, a integração entre família e escola, cabendo à última, entender esse fenômeno e buscar alternativas para essa aproximação. Mesmo sabendo que o problema está intimamente ligado a uma questão social, a escola não pode ficar alheia, deve assumir sua parcela de responsabilidade, no sentido de estabelecer uma parceria, mostrando aos pais sua importância. A própria Constituição Federal e a LDBEN 9394/96 apontam no sentido da importância da relação família/escola e que a instituição família é a primeira responsável pela educação do filho/educando, porém, evidenciam também que essa ação deve ocorrer de forma integrada com a escola. O artigo 227 do capítulo VII da Constituição Federal afirma o seguinte: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, saúde, alimentação, educação, ao lazer, profissionalização, cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Sendo assim, declaro que a escolha por este tema se justifica pela minha própria inquietação em realizar o aprofundamento teórico acerca da participação da família no contexto escolar atual de modo que venha ter consciência sobre como atuar frente a esses desafios. Apesar de a escola e a família serem os principais responsáveis pelo desenvolvimento humano, parece que ambas não possuem um diálogo próximo e, por vezes, divergem quanto às posturas que cada qual segue. Assim, tenho convicção de que refletir sobre o papel que cada uma dessas instituições desenvolve, é essencial a formação do futuro educador. PARTICIPANTES: As ideias apresentadas nesse projeto tornam possíveis de serem desenvolvidas pela gestão escolar em parceria com toda equipe da escola para ajudar a intensificar as ações que estabeleça a boa relação entre a família e escola. Assim, as ações estão voltadas para contemplar as famílias e tornar possível essa relação, contribuindo assim para desenvolvimento e aprendizagem dos educandos. OBJETIVOS: OBJETIVO GERAL: · Compreender as relações família/escola comofator preponderante no desenvolvimento dos alunos. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: · Desenvolver ações para fortalecer as relações, os vínculos de parceria entre as instituições família e escola; · Conhecer alguns aspectos importantes para tornar possível a relação entre escola e família; · Compreender os desafios ligados a participação da família no contexto escolar e como essa foi se modificando ao longo dos anos; PROBLEMATIZAÇÃO: Como problemática questiona-se: Como construir uma efetiva parceria entre família e escola de forma harmônica e colaborativa de maneira que venha de encontro às necessidades dos educandos? Esse é o grande desafio imposto pela modernidade à educação, por isso a gestão escolar precisa estar aparte dessa situação para melhor desenvolver projetos que contribuam para romper esses desafios. Durante a minha participação em alguns momentos no ambiente escolar, tanto no estágio quanto em algumas oportunidades que tive de estar na escola, percebi que uma das maiores preocupações da gestão escolar está em estabelecer uma boa relação com as famílias e promover sua participação no processo educativo do educando. Nota-se que algumas famílias participam mais quando há uma convocação em reuniões, entrega de boletins e outras atividades desenvolvidas pela escola, como culturais e/ou festivas, mas que dificilmente há uma participação efetiva das famílias. A intenção é refletir sobre como mudar essa realidade e atrair as famílias para que participem de maneira ativa desse processo. Essa é uma missão da escola, e uma necessidade. REFERÊNCIAL TEORICO: CONCEITO DE FAMÍLIA AO LONGO DOS TEMPOS. Dentre as diversas espécies existentes e conhecidas sobre a Terra, o homem é o mais dependente ao nascer. Nesta situação, necessariamente deve ser cuidado, alimentado, higienizado, aquecido, afagado. Enfim depende de outros seres para sobreviver. No entanto trata-se da espécie humana, não basta estar vivo e desde o nascimento, o homem é introduzido em uma organização social nutrida pelas mais variadas necessidades e simbolismos, colocando-o em contínua e indefinida dependência do outro (YAEGASHI, 2007). Para compreendermos a família é necessário que se faça um resgate histórico sobre as transformações sofridas por esta instituição social. Segundo (OSÓRIO,1996). Através dos tempos a família passou por várias mudanças, conforme estudos antropológicos: · Família consanguínea: havia promiscuidade sexual, os irmãos casavam-se entre si. Posteriormente, houve a interdição do relacionamento sexual entre pais e filhos e entre irmãos. · Família por grupo (ou família punaluana): os membros de um grupo casa-se com os de outro grupo, mas não entre si; · Família sindesmática ou de casal: caracteriza-se pela coabitação de vários casais sob a autoridade matriarcal responsável pela coesão grupal (povos primitivos); · Família matriarcal: em virtude da vida nômade dos povos primitivos, os homens saíam à procura do alimento e as mulheres ficavam nos acampamentos com os filhos. Havia a ausência do papel paterno. Em algumas sociedades, a autoridade paterna recaia sobre a figura do tio materno. · Família patriarcal: com o desenvolvimento da agricultura surge a autoridade do patriarca ou “chefe de família”, que geralmente vivia num regime poligâmico; · Família monogâmica: é o tipo de família que hoje prevalece no mundo ocidental. A fidelidade conjugal é condição para o reconhecimento de filhos legítimos. A propriedade (bens) é passada de geração em geração. Existe a necessidade de demarcação de território. A instituição família vem passando por transformações ao longo do tempo como consequência da evolução da sociedade, principalmente nas duas últimas décadas. Assim, as novas configurações familiares acarretam em novas relações, nem sempre fáceis de serem absorvidas pelas crianças e/ou adolescentes. Assim, segundo Narvaz; Koller (2006, p. 51), a posição da mulher, na família e na sociedade em geral, desde a colonização até hoje, demonstra que a família patriarcal foi uma das matrizes de nossa organização social. Além disso, as formas de organização familiar vão se modificando: conforme estabelece a Carta Magna de 1988 em seu artigo 226 parágrafo quarto, “entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes” (BRASIL, 2013). Deveras, o conceito de família vem se reconfigurando, tanto que na contemporaneidade, a Norma Operacional Básica (NOB/SUAS) conceitua a família como “um grupo de pessoas, com laços consanguíneos e/ou de aliança, e/ou de afinidade, cujos vínculos circunscrevem obrigações recíprocas, organizadas em torno de relações de gênero e geração” (BRASIL, 2005, p. 90). A propósito, Sarti (2010) afirma que, falar em família no século XXI, no Brasil, implica a referência a mudanças e a padrões difusos de relacionamentos, o que torna cada vez mais difícil definir os contornos que a delimitam. Entretanto, Ferrari; Kaloustian (2011) afirmam que é dentro da instituição familiar que se desenvolvem laços afetivos e de solidariedade; de responsabilidade e cuidado com os filhos. Volling e Elins (1998) mostraram que o estresse parental, a insatisfação familiar e a incongruência nas atitudes dos pais em relação à criança geram problemas de ajustamento e dificuldades de interação social. As figuras parentais exercem grande influência na construção dos vínculos afetivos, da autoestima, autoconceito e, também, constroem modelos de relações que são transferidos para outros contextos e momentos de interação social (VOLLING; ELINS, 1998). O processo comportamental do indivíduo/aluno é construído com base, primeiramente, em suas relações com os membros de sua estrutura familiar, é nela que os valores morais e éticos são adquiridos. Conforme Chalita (2001 p. 20), a família tem a responsabilidade de: “formar o caráter, de educar para os desafios da vida, de perpetuar valores éticos e morais. A família é um espaço em que as máscaras devem dar lugar à face transparente, sem disfarces. O diálogo não tem preço”. A clássica expressão de “pai para filho” deveria ser mais cultivada e colocada em prática, ou seja, a educação pelo exemplo é essencial para a formação dos valores do indivíduo. Conforme salienta Feijó (2008, p.108) através de seus estudos ao concluir que quando preservamos valores morais e sociais, quando demonstramos interesse ao próximo, quando somos justos, honestos, equilibrados, assertivos em nossas atitudes, por modelação tenderemos a formar filhos também justos, honestos, equilibrados e interessados em valores sociais. A responsabilidade dos pais é muito grande no ato de educar, pois as suas atitudes recaem diretamente sobre o processo de formação indivíduo. Dessa feita, Nolte e Harris (2003, p. 15) evidencia que as crianças são como esponjas, absorvem tudo o que fazemos tudo o que dizemos. Aprendem conosco o tempo todo, mesmo quando não nos damos conta de que estamos ensinando. Assim, quando adotamos um comportamento crítico – reclamando delas, dos outros e do mundo em torno de nós, estamos lhes mostrando como condenar e criticar os outros. Estamos ensinando a ver o que está errado no mundo, e não o que está certo. A GESTÃO ESCOLAR E SUA DIMENSÃO PARTICIPATIVA. O trabalho escolar é uma ação de caráter coletivo, realizado a partir da participação conjunta e integrada dos membros de todos os segmentos da comunidade escolar. Portanto, afirmar que gestão pressupõe a atuação participativa representa um pleonasmo de reforço a essa importante dimensão da gestão escolar. Assim, o envolvimento de todos os que fazem parte, direta ou indireta, do processo educacional no estabelecimento de objetivos, na solução de problemas, na tomada de decisões, na proposição, implementação, monitoramento e avaliação de planos do processo de ação, visando os melhores resultados do processo educacional, é imprescindível para o sucesso da gestão escolar participativa (LUCK et al., 2002). Para que exista uma gestão escolar de qualidade, deve haver o comprometimento e a participação efetiva de todosos integrantes da escola, para assim formar uma equipe de gestão, que compartilha a tomada de decisões juntamente com o dirigente legal da instituição escolar. Desta forma, Luck (2006) defende: Gestão educacional corresponde ao processo de gerir a dinâmica do sistema de ensino como um todo e de coordenação das escolas em específico, afinado com as diretrizes e políticas educacionais públicas, para a implementação das políticas educacionais e projetos pedagógicos das escolas compromissados com os princípios da democracia e com métodos que organizem e criem condições para um ambiente educacional autônomo (soluções próprias, no âmbito de suas competências) de participação e compartilhamento (tomada conjunta de decisões e efetivação de resultados), autocontrole (acompanhamento e avaliação com retorno de informações) transparência (demonstração pública de seus processos e resultados) (LUCK, 2006, p. 35-36). A participação nas escolas pode ocorrer de diferentes formas e ser evocada em várias circunstâncias, “[...] indo desde a simples presença física em um contexto até o assumir responsabilidades por eventos, ações, situações e resultados” (LUCK, 2011, p. 31). Além disso, ainda acrescenta que: A participação tem sido exercida sob inúmeras formas e nuances no contexto escolar, desde a participação como manifestação de vontades individualistas, algumas vezes camufladas, até a expressão efetiva de compromisso social e organizacional, traduzida em atuações concretas e objetivas, voltadas para a realização conjunta de objetivos (LUCK, 2011, p. 35). Ainda sobre as formas de participação na escola, Luck (2011, p. 35) frisa que podem ser identificadas algumas mais frequentes, como por exemplo: “a) participação como presença, b) a participação como expressão verbal e discussão, c) a participação como representação política, d) a participação como tomada de decisão, e e) a participação como engajamento”. A gestão compartilhada e participativa é a melhor forma de avançarmos em direção a boa qualidade nas relações de trabalhos e por consequência na melhoria efetiva do ensino aprendizagem no estabelecimento de ensino. Desta forma, cabe à gestão escolar criar estratégias de ações que envolvam a família a fazer parte da escola, trabalhando de forma conjunta na solução dos problemas e tomada de decisões, visando o sucesso das práticas educativas. (LUCK,1998, p. 89) afirma que: A abordagem da gestão participativa pode trazer benefícios significativos para as escolas em que a gestão de pessoas se dê de tal forma que encoraje tanto a criatividade como o trabalho em equipe, na resolução dos desafios do cotidiano. A partir deste ponto de vista pode-se afirmar que a gestão escolar deve viabilizar formas organizativas e metodológicas que favoreçam a participação num espaço educativo aberto, para que profissionais da educação e a família possam caminhar juntos e tornar a instituição um lugar de aprendizado e desenvolvimento de capacidades intelectuais, sociais, afetivas e cognitivas, que são os propósitos da gestão participativa. No entanto, nenhuma participação acontece na escola se não houver no seu interior uma gestão democrática, que já na Constituição Federal preconizava que, “o ensino será ministrado com base legal nos seguintes princípios - Gestão Democrática do ensino Público, na forma da lei (Art. 206. Inciso VI). Também está contemplada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), os princípios que fundamentarão o ensino, que deve ser “ministrado com base nos princípios da Gestão Democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino”. PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA VIDA ESCOLAR DO FILHO. A família deve colocar a importância da escola na vida do filho, mostrar os caminhos que os estudos abrem na vida do indivíduo. Antes de a criança entrar no ambiente escolar os pais devem fazer uma abordagem, através da qual, a criança tenha prazer em frequentar a escola. A participação na vida escolar pode e deve acontecer, mas sem dúvida é uma das preocupações da escola atualmente o que fazer para atrair a família com objetivo de compartilhar a responsabilidade. A família 16 deve participar ativamente da vida escolar de seu filho, um aspecto que se tem discutido entre escola, famílias e professores, são as tarefas para realizar em casa, pois na maioria das vezes os alunos não realizam como observou (PAROLIM, 2007, p. 68) em suas pesquisas com pais e alunos: Observo que, apesar das teorias que embasam a nossa prática educativa, os testemunhos vêm inflamados de emoção e distantes das teorias preconizadas. Essa realidade vivida não corresponde aos que os educadores gostariam de viver. Encontrei no tema lição de casa uma realidade que é vivida/sofrida e distante da idealizada. [...] Poucas, escolas, educadores ou crianças falam bem e de forma construtiva dessa “tarefa”. Parece que a lição de casa está em volta de uma sombra e precisa ser clareada. Ela é ou tem sido em muitas escolas e famílias uma tarefa que não tem servido para nada, e não é responsabilidade de ninguém especificamente. (PAROLIM, 2007, p. 68). A autora evidencia a necessidade de reflexão sobre as tarefas de casa, tanto por parte da escola como por parte da família. A escola deve trabalhar com o aluno a importância e objetivo da atividade, com certa preparação do aluno, para o que deveria ser uma atividade agradável não se torne uma situação de conflito, principalmente na família. A lição de casa jamais deve ser vista como um castigo no ambiente familiar, muitas vezes a família alega não poder ajudar o filho por falta de tempo, grau de escolaridade baixa entre outros esquecendo que, a presença, mesmo que seja com tempo reduzido pode representar confiança e segurança, suprindo muitas vezes uma disponibilidade maior de tempo, porém com certo vazio. A atividade de casa é um assunto que deve contemplar o cronograma das reuniões com os pais, e o professor como mediador deve expor com clareza a finalidade da mesma, pois é notório que há muitos conflitos em sala de aula. O envolvimento da família no acompanhamento e auxílio das atividades escolares é importante, porém não se pode isentar o aluno também de sua responsabilidade. (PAROLIM, 2007, p. 69) reforça que o aluno “possui compromissos e necessita aprender a realizá-los”, portanto, a atividade de casa deve levar o aluno a uma reflexão onde possa pesquisar colher certos resultados, reforçando seu aprendizado da sala de aula. METODOLOGIA: PLANEJAMENTO: nessa etapa serão organizadas as ações e como serão desenvolvidas ao longo do projeto. 1º momento: Organização das ações voltadas para tornar possível a boa relação entre família e escola. 2º momento: Levantamento e organização dos recursos que precisam ser utilizados no projeto. 3º momento: Reunião com a equipe pedagógica sobre o projeto a ser desenvolvido. 4º momento: Convocação das famílias na escola para estabelecer essa relação por meio de um momento de aprendizado sobre a família e sua importância na escola para fortalecer o processo de desenvolvimento da criança. EXECUÇÃO: Na execução acontecerá o desenvolvimento da proposta, ao convocar os pais dos alunos e responsáveis a participar desse momento preparado para eles, de modo que se alcance como objetivo estabelecer essa relação e estreitar os laços entre família e escola. 1º momento: Apresentação e objetivos do projeto. 2º momento: apresentação em slides sobre momentos vivenciados pelos alunos na escola. 3º momento: Em grupos, leitura e discussão dos textos “ A família em primeiro lugar, somos quem somos”, discussão dos mesmos. 4º momento: Entregue questionário aos pais para responderem. 5º momento: Em pequenos grupos leitura e discussão dos textos, “Família e educação, Pais fazem as tarefas dos filhos”, refletir sobre o acompanhamento escolar do filho(a) Vídeo “Filhos são cópia dos pais” comentário. 6º momento: Utilização Dinâmica “Aprender sobre a vida no contexto escolar”, entrega de folders com sugestões de ações que favoreçam a participação da famíliana escola, leitura socializada do mesmo. Sugestões de ações que a escola poderá realizar para facilitar o envolvimento dos pais e da comunidade na escola:1 - Parabenizar os pais pelas realizações positivas de seus filhos; 2 - Eleger um grupo de pais para representantes de turmas; 3 - Envolver os pais em atividades como contação de histórias e gincanas; 4 - Promover atividades desportivas envolvendo a participação dos pais; 5 - Realizar palestras e discussões com os pais sobre questões sociais e culturais presente no cotidiano escolar como: (saúde, drogas, nutrição, adolescência, qualidade de vida, etc), estabelecendo parcerias com profissionais especialistas na área que se proponham em realizar um trabalho em prol da comunidade escolar. CRONOGRAMA: Etapas do projeto Período 1. Planejamento Agosto 2. Execução Setembro 3. Avaliação Outubro RECURSOS: Recursos humanos: Equipe gestora e pedagógica; alunos e família. Recursos materiais: slides de apresentação, fotos, mural, textos trambalhados, vídeos trabalhados, microfone, aparelho de som, questionário, espaço físico adequado para a reunião, Datashow, dentre outros. AVAILIAÇÃO: A avaliação acontecerá de forma contínua, pois é um projeto que precisa ser intensificado ao longo dos anos, já que a participação da família é essencial a todo o tempo. A avaliação será por meio de observação e registros pelos envolvidos nesse processo gestão e equipe pedagógica, analisando a maneira de como a família vem participando da formação do aluno e acompanhando sua trajetória escolar. Será levada em conta a busca ativa da família pela informação de como o seu filho está se desenvolvendo na escola, de maneira que esse acompanhamento seja ao longo do ano letivo e não apensa em momentos de convocação. Também deve ser avaliado o melhor ano desenvolvimento dos alunos que estão tendo o acompanhamento da familiar. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Através da elaboração desse projeto pude refletir de maneira mais profunda sobre como a participação da família é essencial para que o aluno venha aprender e se desenvolver, e que essa participação faz a diferença. A pesquisa foi realizada e vivencias do cotidiano escolar, percebo que atrair as famílias para o convívio escolar dos educandos tem sido um dos maiores desafios da escola nessa era modernizada que vivemos. As famílias não se dispõem de um tempo para acompanhar seus filhos, e esse acompanhamento é necessário, e o educando precisa ter essa visão da família, do contrário várias partes de sua vida serão frustradas e a escola sozinha não consegue apagar esses reflexos, as intervenções se perdem no caminho. É necessária que a escola considere a família uma parte importante no processo ensino/aprendizagem, concedendo abertura à participação efetiva dos pais. Assim, haverá maior compreensão entre professores e demais membros da comunidade escolar, e, por conseguinte, melhor êxito no trabalho, se souber sobre os motivos pelos quais muitas famílias não participam da vida escolar dos filhos, falar de parceria entre escola e família é desafiador. Não se pode deixar a responsabilidade da educação dos alunos somente para a escola assim como não se pode generalizar que a ausência da família na escola seja fruto apenas do desinteresse. Entendo que a gestão escolar deve ter um olhar voltado para essa questão, buscando sempre desenvolver ações pensadas para o coletivo e que essas ações tenham o objetivo de reforçar os laços entre escola e família e também estabelecer essa relação. Não é uma tarefa fácil, mas através de ações democráticas é possível mudar essa realidade minimizando muitos desses casos. REFERÊNCIAS. BOSCHILIA, Roseli. História da educação e da cultura, a escola, o ensino e o rito: cultura escolar e modernidade. 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