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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
 
DELEGADO GOIÁS 
 
SEMANA 01/14 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como na figura, nem tudo o que é ilícito caracteriza um ilícito penal, mas apenas uma pequena 
parcela. Porém, todo ilícito penal será também ilícito perante as demais searas do direito. 
Ex.: se um funcionário público pratica crime, isso sempre configurará também uma infração 
administrativa. Porém, a recíproca não é verdadeira. Nem toda infração administrativa encontrará uma 
correspondente tipificação penal. 
Obs.: Trata-se de um princípio um implícito na CF/88, que pode ser retirado, principalmente, do 
princípio da dignidade da pessoa humana. (art. 1º, III, CF/88) 
 
c) Destinatários de finalidade: dois são os destinatários do referido princípio: 
• Legislador (no plano abstrato); 
• Aplicador do direito (no plano concreto). 
 Nessa linha, temos que a intervenção mínima deve ser observada tanto pelo legislador, no momento 
de selecionar as condutas que passaram a ser tuteladas pelo Direito Penal, como também, deve ser 
observado pelo aplicador do direito no caso em concreto. 
 
d) Finalidade do princípio da intervenção mínima: trata-se de um reforço ao princípio da reserva legal, 
posto que não é suficiente que tenha lei prevendo aquela conduta como criminosa, é necessário 
ainda que a intervenção penal cominada pela lei seja efetivamente necessária. 
 
Rogério Sanches argumenta que “o princípio da intervenção mínima tem duas faces: orienta quando e onde 
o direito penal deve intervir (neocriminalização); por outro lado, também orienta quando e onde o direito 
penal deve deixar de intervir (abolitio criminis)”. A abolitio criminis é fenômeno verificado sempre que o 
legislador, atento às mutações sociais (e ao princípio da intervenção mínima), resolve não mais incriminar 
determinada conduta, retirando do ordenamento jurídico-penal a infração que a previa, julgando que o 
Direito Penal não mais se faz necessário à proteção de determinado bem jurídico. 
 
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