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Apostila 1 Série - 3 Bimestre (1)

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Estado de Goiás
Secretaria de Estado da Educação
Superintendência de Ensino Médio
Gerência da Mediação Tecnológica
2023
ESTADO DE GOIÁS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Governador do Estado de Goiás
Ronaldo Ramos Caiado
Vice Governador do Estado de Goiás
Daniel Elias Carvalho Vilela
Secretária de Estado da Educação
Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira
Diretoria Pedagógica 
Márcia Rocha de Souza Antunes
Superintendente de Ensino Médio
Osvany da Costa Gundim Cardoso
Gerente de Mediação Tecnológica
Denise Cristina Bueno
Coordenadoras Pedagógicas de Mediação Tecnológica
Luciane Aparecida de Oliveira Rodrigues
Wanda Maria de Carvalho
Apoio Pedagógico e Logística 
Ênio Fonsêca
Equipe Técnica de Estúdio - Centro de Mídias
Danilo de Aquino Maranhão Martins
Eder Socorro Pimenta
Hugo Leandro de Leles Carvalho
Lindomar Manoel Borges Júnior
Thiago Pimenta de Souza
ELABORADORES/AS
Linguagens e suas Tecnologias
Daniela de Souza Ferreira Mesquita – Coordenadora de Área/Língua Portuguesa
Carlos César Higa – Mundo do Trabalho
Daniela Amâncio Cavallari – Língua Estrangeira - Inglês
Daniella Ferreira da Conceição – Língua Estrangeira - Espanhol
Ivair Alves de Souza – Língua Portuguesa
Luiz Carlos Silva Junior – Educação Física
Maria Caroline Guimarães Leite Logatti – Arte/Mundo do Trabalho
Matemática e suas Tecnologias
Luan de Souza Bezerra – Coordenador de Área
Luara Laressa Ferreira dos Santos Lima
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Pedro Ivo Jorge de Faria – Coordenador de Área/História
Alejandro de Freitas Paulino Matos – Geografia
Bruno Martins Ferreira – Geografia
Carlos César Higa – Sociologia
Gustavo Henrique José Barbosa – Sociologia/Filosofia/Projeto de Vida
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Núbia Pontes Pereira – Coordenadora de Área / Biologia / Ciências
Francisco Rocha – Física / Ciências
George Fontenelle Costa – Física
Luiz Carlos Silva Júnior – Biologia
Rosimeire Silva de Carvalho – Química
Revisão
Daniela de Souza Ferreira Mesquita
Sara Giselle de Cássia Alexandre Gondim
Sônia Maria Leão Lima Santos
Designer Gráfico
Hugo Leandro de Leles Carvalho – Capa
EQUIPE GOIÁS TEC
TELEFONE: (62) 3243-6735
E-MAIL: gmt@seduc.go.gov.br
© Copyright 2023 – Goiás Tec Ensino Médio ao Alcance de Todos
“Todos os direitos reservados”
Sumário
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS ........................................................................... 5 
• Educação Física
• Língua Inglesa
• Língua Portuguesa
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS ........................................................93
• Biologia
• Física
• Química 
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS ...................................................................... 151 
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS ............................................................193
• Filosofia
• Geografia
• História
• Mundo do Trabalho
PROJETO DE VIDA .................................................................................................... 213
Linguagens e 
suas Tecnologias
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
6
COMPONENTE CURRICULAR
EDUCAÇÃO FÍSICA
HABILIDADES ESPECÍFICA
(EM13LGG203) Analisar os diálogos e os processos de 
disputa por legiti midade nas práti cas de linguagem e 
em suas produções (ar� sti cas, corporais e verbais).
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMLGG502F) Propor ati vidades de lazer para a 
comunidade escolar, estudando sua realidade local 
para respeitar seus interesses, e democrati zar o 
acesso a esses momentos.
OBJETO DE CONHECIMENTO 
Conhecimento teórico-práti co sobre ati vidade � sica, 
exercício � sico e treinamento corporal no contexto 
das práti cas corporais. Conhecimento teórico-práti co 
dos fundamentos técnicos e. das regras básicas nas 
práti cas corporais.
Segundo a BNCC Brasil (2018), os esportes de 
invasão ou territoriais agregam o “conjunto de 
modalidades que se caracterizam por comparar a 
capacidade de uma equipe introduzir ou levar uma 
bola (ou outro objeto) a uma meta ou setor da quadra/ 
campo defendida pelos adversários (gol, cesta, 
touchdown etc.), protegendo, simultaneamente, o 
próprio alvo, meta ou setor do campo (basquetebol, 
frisbee, futebol, futsal, futebol americano, handebol, 
hóquei sobre grama, polo aquáti co, rúgbi etc.).” Neste 
módulo iremos explorar e conhecer o esporte mais 
popular do Brasil, o futebol.
HISTÓRIA DO ATLETISMO
Fonte: Alison vence a etapa de Doha. Foto: Divulgação www.cob.
org.br/.
O primeiro relato da realização de um campeonato 
de atleti smo foi na Grécia anti ga, nas olimpíadas de 
766 a.C. todavia este esporte já era prati cado pelas 
pessoas na Grécia até mesmo com corridas a pé, pois 
desta maneira eles iriam trabalhar a saúde o controle 
de respiração e a resistência. O “stadion” – corrida 
de aproximadamente 200m – reuniu cerca de 40 mil 
pessoas que assisti ram à vitória do primeiro campeão 
olímpico chamado de Koroebus.
Sabe-se que o atleti smo também era prati cado no 
Egito e na China há mais de 5 mil anos com formatos 
diferentes das competi ções ofi ciais de hoje, sendo 
então considerado o esporte mais anti go do mundo. 
Nas competi ções ofi ciais de atleti smo com formato 
moderno data do século XIX, na Inglaterra, contando 
com as seguintes provas ofi ciais:
• Corridas: rasas, com barreiras, com obstáculos
• Marcha atléti ca
• Revezamentos
• Saltos
• Arremesso e Lançamentos
• Combinada
Modalidade Olímpica
O atleti smo caracteriza-se por ser uma modalidade 
olímpica cujo no Brasil a unidade que coordena é a 
Confederação Brasileira de Atleti smo (CBTA), esporte 
pode ser mais difundido no país no século XX, quando 
Adhemar Ferreira da Silva em 1952, conquistou 
a primeira medalha de ouro em salto triplo, o que 
aconteceu nos Jogos de Helsinque, na Finlândia, 
representando um marco para a modalidade para o 
esporte.
Nas modalidades olímpicas encontramos as 
corridas de curta distância (ti ro rápido), com percurso 
podendo variar de 100 metros a 3 mil metros, as corridas 
mais rasas seriam as de 100 metros enquanto as mais 
longas de 10 mil metros. Se levar em consideração os 
obstáculos nas corridas, consideramos as chamadas 
corridas de barreiras podendo variar de 110 metros 
a 400 metros, fi cando os obstáculos a uma distância 
adequada. O ti ro de largada defi ne quando inicia uma 
corrida, e o atleta que sair antes do ti ro de largada 
poderá ser desclassifi cado.
Fonte: Imagem: h� ps://www.webrun.com.br/brasil-campeao-re-
vezamento-yokohama/.
Seleção Brasileira masculina do 4x100m, foi 
campeã mundial de revezamentos em Yokohama, no 
Japão.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
7
A marcha atlé ti ca é uma prova longa, podendo ser 
de 20 mil metros até de 50 mil metros, dependendo 
da categoria. Nesta marcha, a regra principal é 
obrigatório manter um dos pés sempre no chão, sendo 
que o joelho que dá a passada não pode sofrer fl exão 
até a realização do movimento completo. Ocorrendo 
três penalizações o atleta é desclassifi cado.
As provas de revezamento, podem ser de 4x100 
m e 4x400 m com a equipe formada de 4 atletas, 
podendo ser masculina, feminina e mista. Cada atleta 
deve correr ¼ da prova e passar o bastão para o outro 
atleta.
Já as provas de salto, como o próprio nome indica, 
o atleta deverá saltar uma distância caindo geralmente 
na areia quando o salto é horizontal, mas pode ser 
o salto na verti cal sendo amparados por um colchão 
próprio para a realização do esporte. O salto verti cal 
compreende o salto em altura e salto com vara, sendo 
que no salto em altura os atletas saltam de costas sobre 
uma barra, enquanto no salto com vara, os atletas 
uti lizam uma vara (2,80 a 3,40 m tanto para homens) 
para saltar sobre um sarrafa, não podendo o mesmo.
Diferentemente das provas na verti cal, as provas 
de salto horizontal compreendem salto em distância 
(comprimento) e salto triplo, sendo que, o salto em 
distância, os atletas correm e saltam quando chegam 
à marca estabelecida. Os atletas caem no chão de 
arei, onde fi caque jogam games.
Fonte: Infográfi co extraído do texto ‘Viciados’ em jogos preocupam pais e psicólogos. Disponível em: . Acesso em 03/06/2022.
“Essa predominância se relaciona aos smartphones, 
plataforma com mais adeptos de jogos no Brasil e com 
volume ainda maior do público feminino (60,4%), mas 
também com as característi cas gerais da população 
do Brasil”, complementa Camargo.
Já sobre a idade dos jogadores, pessoas de 20 a 
24 anos são a maioria entre este público no Brasil, 
com 25,5%. Mas a diferença percentual entre as 
faixas é relati vamente equilibrada: adolescentes de 
16 a 19 anos representam 17,7%, por exemplo, e 
pessoas de 25 a 29 anos representam 13,6%. A maior 
parcela do público gamer se identi fi ca como parda ou 
preta (49,4%, na soma), seguida por pessoas que se 
declaram brancas (46,6%). No que diz respeito à classe 
social, a maioria dos jogadores são de classe média 
(B2, C1 e C2), com 62,7%. Pessoas de classe média 
alta (B1) representam 12,3% do público, procedidas 
pela classe A, que representa 13,5%, e pela base da 
pirâmide (classes D e E) com 11,6%.
Texto 2
Conhecimento sobre E-Sports, NFT e metaverso 
cresce.
Segundo a PGB 2022, os E-Sports agora são 
conhecidos por 81,2% dos gamers no Brasil — 
um crescimento de 32,8 pontos percentuais em 
comparação com a edição de 2021. Um dos temas 
mais quentes do ano, os NFTs (Tokens Não Fungíveis) 
são uma novidade presente entre o segmento. Um 
pouco mais da metade dos gamers no Brasil (50,8%) 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
27
ainda não sabem a respeito dos itens não fungíveis. 
Entre quem está por dentro do conceito, 32,1% 
possuem NFTs. Já o conceito de metaverso aparece 
com mais popularidade entre os jogadores do Brasil, 
sendo conhecido por 63,8% da comunidade. Há, ainda, 
uma parcela considerável de jogadores favoráveis a 
ati vidades relacionadas ao conceito de metaverso — 
59,3% do público gosta da ideia de ter eventos sociais 
dentro dos jogos, como assisti r a fi lmes dentro de um 
jogo, enquanto 51,7% simpati zam com marcas que 
aparecem dentro dos jogos. 
Texto adaptado. Disponível em: . 
Acesso em 03/06/2022.
Texto 03
A Profi ssão do Século 21: e-Sports Abre Espaço para 
um Novo Mundo de Oportunidades
Redação do Globo Esporte (Florianópolis).
Texto de Jayson Godoi 06/04/2022 11h13
Ian Bitt encourt Alves, head de esports do TRex 
Unifi que, fala sobre o mercado ao GE
Entrevista pré-jogo na fi nal da Copa dos Campeões — Foto: Di-
vulgação/Copa dos Campeões.
Quando falamos da evolução da tecnologia, 
descobrimos que muitas áreas de atuação foram 
criadas para dar suporte ao processo. Conforme o 
meio tecnológico se formava, a estrutura gamer era 
montada, e os jogos conhecidos por proporcionar 
momentos de lazer. Isso é bem diferente hoje, 
sendo uma das profi ssões com mais espaço para 
crescimento no mercado. A profi ssão gamer pode 
estar relacionada em criar a comunidade digital com 
auxílio de live stream e redes sociais ou executando 
em alta performance.
• Descubra qual seu modo de jogo: Quando 
encontramos a modalidade com mais identi fi cação, 
é a hora de focar nela e desenvolver as habilidades. 
Os jogos mais populares são do ti po FPS, ti ro em 
primeira pessoa como Cou-nter-Strike, MOBA, com 
arenas de combate on-line multi player, como League 
os Legends, Ba� le Royale, como Free Fire e estratégias 
em tempo real e RTS, como starcra� , jogos de cartas 
e jogos de luta;
• Como se tornar um profi ssional do E-Sport: É 
possível acessar vários conteúdos gratuitos sobre o 
mundo competi ti vo dos E-sports. Conteúdos gravados 
de jogadores profi ssionais estão acessíveis em todas 
as plataformas de vídeo e streaming, onde é possível 
localizar dicas e táti cas para serem executadas, 
encontrar pessoas que querem seguir o mesmo 
caminho e desenvolver uma equipe de treinamento;
• Prati que muito: Como em todas as áreas, os 
mais preparados são os que demonstram mais 
resultados. Por isso, esteja preparado para fi car muitas 
horas treinando. Faça um cronograma de treinos e 
desenvolva a equipe;
• Esteja presente: Quando eventos/competi ções 
acontecem, elas trazem experiências que são 
fundamentais para o desenvolvimento do atleta. 
Mesmo sendo um espectador é possível senti r a 
energia que emana no ambiente, desde o apoio dos 
torcedores até o grito da vitória de um ti me campeão;
• Parti cipe de torneios on-line: Conforme os 
treinamentos estão evoluindo, é bom colocar em 
práti ca tudo que está treinando. Muitos torneios 
estão disponíveis on-line, onde pode-se encontrar 
bons desafi os para testar as habilidades e ganhar 
premiações;
• Crie uma comunidade: Conforme o 
reconhecimento no mundo dos E-Sports, é 
fundamental trabalhar as mídias sociais, onde você 
pode interagir com os torcedores e o público alvo. 
Assim você gera uma reputação e pode mostrar o 
trabalho de várias formas, como dando aulas, dicas 
sobre o jogo ou escrevendo sobre experiências;
• Outros caminhos do E-Sport: Além de 
profi ssionalização, dentro de um jogo é possível 
desempenhar outras funções que atuam junto ao 
mundo do E-sport. Elas podem determinar tanto 
a evolução quanto a preparação de competi ções, 
eventos e carreira de um atleta. Produtores, gestores 
de marketi ng, head de E-Sports, treinadores, agentes, 
jornalistas, patrocinadores estão presentes no 
caminho.
Conversando com Ian Bi� encourt Alves, head de 
E-Sports do T-Rex Unifi que, organização localizada na 
cidade de Timbó, em Santa Catarina, ele diz que conta 
com o suporte de profi ssionais de diversas áreas.
“O mercado de E-Sports tem uma gama de 
áreas de atuação, desde a parte dos jogadores, 
que são os mais visíveis dentro da organização, até 
a parte de administração, jurídica, fí sica e mental, 
como advogados, psicólogos, fi sioterapeutas e 
administradores. Todos estão presentes para a 
segurança e suporte aos atletas que têm total apoio 
para desempenharem em alta performance. Além 
disso, temos um departamento de marketi ng que 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
28
cuida da imagem da equipe e de todos os atletas da 
insti tuição.”
Fonte do texto: Disponível em: . Acesso em 03/06/2023.
SAIBA MAIS
Os melhores documentários sobre vídeo game. 
Disponível em: . 
Acesso em 03/06/2022. O que são E-Sports? Disponível 
em:. Acesso em 
03/06/2022.
E-Sports (esportes eletrônicos) na Educa-ção Física. 
Disponível em . Acesso em 03/06/202.
SUGESTÃO DE APRENDIZAGEM
a) Práti cas corporais orientadas pelo/a professor/a, 
realizadas de modo adaptado, trabalhando-se 
brincadeiras e jogos eletrônicos diversos. Um 
dos textos apresentados perpassa pela discussão 
específi ca do E-Sport. Porém, podem ser trabalhadas 
formas mais simplifi cadas através do uso do aparelho 
celular e/ ou sites gratuitos específi cos que podem 
ser encontrados facilmente pelo Google. Caso exista 
a possibilidade de uti lização de videogames e/ou 
computadores com emuladores, também podem 
ser aplicados. A sugestão é tentar trabalhar com as 
práti cas corporais da Educação Física e promover 
diálogos a parti r da sua existência no mundo virtual;
É possível pensar ainda na construção de um 
repertório comunitário de ati vidades referentes às 
brincadeiras e jogos eletrônicos. Cabe a realização 
de pesquisa orientada, investi gando possibilidades 
que podem se transformar em ati vidades diversas. 
Ex: De caráter expositi vo como a apresentação em 
grupos, seminários e/ou a sistemati zação da pesquisa 
em trabalho escrito; e teórico-práti co, por meio da 
realização de circuitos,festi vais e/ou torneios de jogos 
eletrônicos.
MOMENTO ENEM
1. (INEP - ENEM 2021)
TEXTO I: O usufruto de jogos eletrônicos, 
vinculado à psicopatologia, pode ser considerado 
um comportamento desadaptati vo quando são 
apresentados sinais de excesso na uti lização de tais 
tecnologias. Isso ocorre quando o comportamento 
afeta o sujeito de forma que ele se encontre incapaz 
de controlar a frequência e o tempo diante de um 
comportamento que anteriormente era considerado 
inofensivo.
LEMOS, I. L.; SANTANA, S. M. Rev. Psiq. Clín., n. 1, 2012.
TEXTO II: A maior parte da literatura cien� fi ca 
relacionada aos exergames e educação se concentra 
no potencial do jogo para melhorar a saúde � sica dos 
alunos, envolvê-los em ati vidades sociais e melhorar 
seu desempenho acadêmico. Resultados de pesquisas 
recentes também têm mostrado que tais jogos podem 
contribuir para o treinamento de práti cas esporti vas 
e outras ati vidades envolvendo movimento, ou para 
o desenvolvimento de habilidades motoras. 
FINCO, M. D.; REATEGUI, E. B.; ZARO, M. A. Movimento, n.3, jul.-
-set. 2015.
Apesar de interpretarem de forma disti nta os jogos 
eletrônicos, ambos os textos abordam o(a):
(A) Doença como foco central.
(B) Relação do jogo com o indivíduo.
(C) Controle do tempo de uso do jogo.
(D) Necessidade de treinamento � sico.
(E) Envolvimento em práti cas coleti vas.
 REFERÊNCIAS
GADELHA, George Tawlinson Soares. Os jogos 
eletrônicos na educação � sica escolar: uma 
possibilidade na abordagem críti co-emancipatória. 
2020. Disponível em: . 
Acesso em 03/06/2022.
KUNZ, Elenor. Transformações didáti co-pedagógicas 
do esporte. Ijuí, RS: Editora Unijuí, 1994.
MARCELLINO, Nelson Carvalho (org.). Lúdico, 
educação e educação � sica. Ijuí: Editora Unijuí, 1999.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
29
BRINCADEIRAS E JOGOS PRÉ-DESPORTIVOS
HABILIDADES ESPECÍFICA
(EM13LGG204) Dialogar e produzir entendimento 
mútuo, nas diversas linguagens (ar� sti cas, corporais 
e verbais), com vistas ao interesse comum pautado 
em princípios e valores de equidade assentados na 
democracia e nos Direitos Humanos.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMLGG503I) Vivenciar diversas possibilidades 
de jogos, uti lizando táti cas e técnica de esportes de 
marca, precisão, rede/quadra, campo e taco, invasão 
ou territorial para empregar na elaboração de jogos 
cooperati vos.
OBJETO DE CONHECIMENTO
Conhecimento teórico-práti co dos fundamentos 
técnicos, táti cos e das regras básicas nas práti cas 
corporais/ Brincadeiras e jogos pré-desporti vos.
A Recreação, o Lúdico, a Brincadeira, o Brinquedo e 
o Jogo: Base para o Desenvolvimento de Esportes?
As brincadeiras e os jogos pré-desporti vos integram 
um conjunto de práti cas corporais que possibilitam um 
trabalho educati vo anterior ao ensino dos esportes. Possui 
como principais vantagens o caráter de ludicidade, bem 
como a adaptabilidade de regras, espaços e materiais 
para sua realização. Conheceremos as diferenças (entre 
brincadeira, jogo e esporte), analisando a parti r dos 
jogos pré-desporti vos a produção de discursos que 
deles possam se produzir para desenvolver ações que 
envolvam equidade, empati a e respeito.
Fonte: Exemplo de representação gráfi ca com as inter-relações entre brincadeira, jogo e esporte. Disponível em: . Acesso em 03/06/2022.
Brincadeira, jogo e esporte não são a mesma 
coisa. Porém, apresentam importantes relações que 
podem ser trabalhadas pelas práti cas corporais do 
componente Educação Física no contexto escolar. 
Convém antes revisitar alguns conceitos anteriores 
para facilitar este entendimento:
• RECREAÇÃO: É um vocabulário que apresenta 
certa difi culdade de conceituação, mas assim como 
o vocabulário “recriação” têm em comum a fonte 
recreare (que signifi ca tornar a criar). Talvez a melhor 
forma para a entender possa estar no vocabulário 
inglês “play” (traduzido como alegria, prazer e 
sati sfação naquilo que se faz). A recreação pode 
ser compreendida como ati vidade realizada fora do 
tempo de trabalho e livre das obrigações familiares, 
permiti ndo ações criadoras individuais e/ou coleti vas, 
construídas por elementos como a espontaneidade, 
a livre escolha, a diversão, o entretenimento, o 
passatempo, a distração e o lazer. As brincadeiras e 
os jogos materializam na práti ca sua expressão e seus 
bene� cios são de ordem afeti va, cultural, intelectual e 
social. Poder usufruir de ati vidades recreati vas signifi ca 
contribuir também para a melhoria da qualidade de 
vida ati va das pessoas em todas as idades.
• LÚDICO: Seu entendimento depende do 
contexto em que este se encontra empregado. Vários 
autores/as costumam uti lizar diferentes palavras para 
identi fi car o lúdico, tais como brinquedo, brincadeira 
e jogo. Aqui o importante não é pensar o lúdico em 
si mesmo, mas sempre na relação que estabelece 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
30
com os sujeitos, quando estes estabelecem relações 
com os outros. O lúdico não tem um momento e nem 
um lugar específi co, pois vai representar o agora. Vai 
se expressando na ação das pessoas em relação à 
liberdade de suas escolhas pela aventura, sati sfação 
e o querer fazer. Assim, os signos e os símbolos vão 
dando magia à espontaneidade, num processo de 
consti tuição da capacidade lúdica onde a presença 
do outro/a é sempre fundamental.
• BRINCADEIRA: Encontra-se presente desde a 
origem da humanidade, como um fenômeno social 
que expressa a condição humana de existi r (cultural, 
histórica, éti ca, estéti ca e políti ca). A brincadeira é 
uma ati vidade espontânea e livre que não pode 
ser delimitada, nem tampouco possuir espaço e 
tempo pré-determinado, com um fi m em si mesma 
de aprendizagens socioculturais e que se insere no 
mundo real ao ser levada pelo mundo imaginário. 
Ela propicia saltos qualitati vos para a pessoa sobre 
a aprendizagem e também o seu desenvolvimento 
integral, indo para além do aspecto psíquico.
• BRINQUEDO: É impossível precisar a origem do 
brinquedo, mas afi rmar que em todas as civilizações, 
de alguma forma, esteve sempre presente na vida dos 
adultos e das crianças. 
O uso que se faz dele terá conotações 
diferenciadas, em consequência das infl uências 
socioculturais expressas nas ações da pessoa que 
brinca. Pelo contexto empregado, muitas vezes 
é necessário substi tuir a palavra “brinquedo”, no 
processo de leitura e interpretação, pela palavra 
“jogo” e/ou “brincadeira”. Pois, este ainda pode vir 
a designar tanto o objeto quanto a ação de brincar, 
dependendo da tradução deste vocabulário. O 
brinquedo supõe uma relação ínti ma com a pessoa, 
uma indeterminação quanto ao uso na ausência de 
um sistema de regras que organizam sua uti lização e 
como alvo será residido no próprio processo e não no 
resultado da ação.
• JOGO: Em relação ao jogo, é possível dizer que 
se trata de uma ideia anterior ao desenvolvimento da 
cultura e da sociedade porque trabalha basicamente 
com a função signifi cante: tudo o que diz respeito a 
ele possui um determinado senti do e signifi cado. E 
a uti lização do jogo, em senti do cultural e histórico, 
pode implicar em relações de funções biológicas, 
educacionais e sociais - por exemplo. Enquanto 
a brincadeira é simbólica, o jogo é funcional. Ou 
seja, se a brincadeira tem como característi cas ser 
livre e ter um fi m em si mesma, o jogo vai incluir a 
presença de um objeti vo fi nal a ser alcançado. Isso 
vai demandar para o jogo o aparecimento de regras 
pré-estabelecidas de relações com as regras sociais, 
morais e culturais existentes na sociedade. Outro fator 
para se perceber a diferença entre jogo e brincadeira 
é a ideia de oponência, do confronto entre duas ou 
mais pessoas que, ao mesmo tempo, lutam por um 
único objeto (brinquedo). É a posse do objeto que 
pode levarà condição objeti va fi nal (vitória).
Os jogos podem apresentar ainda uma infi nidade 
de classifi cações, dependendo do/a autor/a consultado 
para facilitar sua compreensão. Quando se fala em 
jogos pré-desporti vos, considera-se como explicação 
inicial a ideia de que são jogos que vão se assemelhando 
às práti cas corporais esporti vas ofi ciais, mas que não 
possuem as mesmas regras insti tucionalizadas por 
federações e/ou confederações. As exigências que 
existem em relação ao número de parti cipantes, os 
modos de se jogar, os aparatos e/ou implementos 
a serem uti lizados e o espaço necessário para a 
realização deste ti po de jogo são bastante maleáveis.
Assim, os jogos desporti vos situam-se como 
possibilidades de jogo que podem ser trabalhados de 
diferentes maneiras e que contribuem posteriormente 
para a aprendizagem dos fundamentos técnicos e 
táti cos dos esportes. Para exemplifi cação, observe 
abaixo três ati vidades que vão se apresentar em suas 
condições de jogabilidade como práti cas corporais 
de jogos pré-desporti vos. É necessário destacar aqui 
que estas vão se referir à especifi cidade do trabalho 
educati vo que perpassa por alguns dos fundamentos 
do futebol, do handebol e do voleibol:
• Jogo: Bobinho
– Descrição: Uma roda é formada com parte e/ou 
toda a turma e um/a estudante fi ca no centro como 
“bobinho”. Os/as demais estudantes fi cam trocando 
dribles e passes (fundamento do futebol) entre si com 
os pés, podendo dar somente três toques na bola 
antes de passá-la e sem deixar que “bobinho” toque 
nela. Cada vez que “bobinho” toca na bola, troca de 
lugar com quem perdeu a bola e este/a passa à sua 
condição. Se o/a estudante perde a bola para fora do 
círculo, também deve assumir o papel de “bobinho”.
– Variação: Aumentar ou diminuir o número 
de toques na bola, acrescentar mais pessoas como 
“bobinho” e colocar mais bolas em jogo.
– Recursos: Bola de futebol ou similar.
• Jogo: Torre
– Descrição: Coloca-se um cone sobre a mesa e 
demarca-se um círculo à sua volta, em tamanho que 
possibilite deslocamentos para todas as direções. 
Um/a estudante é escolhido/a para fi car dentro do 
círculo e proteger o cone usando braços e pernas. 
Outros/as três são escolhidos/as para fi car ao redor do 
círculo trocando passes e arremessos (fundamentos 
do handebol) até arremessar e derrubar o cone. 
Quando a bola for interceptada por quem esti ver no 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
31
interior do círculo, troca de lugar com aquele/a que 
perdeu a posse da bola.
– Variação: Podem ser colocados/as mais 
estudantes no interior do círculo e/ou ao seu redor, 
bem como acrescentar mais bolas ao jogo.
– Recursos: Bola de borracha pequena, mesa (de 
sala de aula), cone e giz.
• Jogo: Limpeza
– Descrição: Duas equipes se posicionam em lados 
opostos à rede. Cada integrante das duas equipes, a 
qualquer momento em que esti ver com a bola em 
mãos, deverá jogá-la para o outro lado (uti lizando os 
fundamentos do voleibol) sempre por cima da rede. 
Ao comando do/a professor/a, a equipe vencedora 
será aquela que esti ver com o menor número de bolas 
no seu campo.
– Variações: Colocar bolas de diferentes pesos, 
tamanhos e em número superior ao número de 
parti cipantes.
– Recursos: Bolas e rede de voleibol.
SAIBA MAIS
Explorando novos esportes na Educação Física. 
Disponível em . Acesso em 03/06/2022.
Metodologias ati vas na Educação Física. Disponível 
em . Acesso em 03/06/2022.
 SUGESTÃO DE APRENDIZAGEM
a) Práti cas corporais orientadas pelo/a professor/a, 
realizadas de modo adaptado, trabalhando-se 
brincadeiras e jogos pré-desporti vos diversos 
do Brasil e do mundo. Pelo texto apresentado, 
já foram dadas três possibilidades que podem 
ser realizadas com a turma, como um momento 
inicial. Porém, esse repertório deve ser ampliado 
pelo/a professor/a, a parti r dos saberes e de sua 
experiência profi ssional;
b) Pensar na construção de um repertório comunitário 
de ati vidades referentes às brincadeiras e jogos pré-
desporti vos, posteriormente a ser desenvolvido 
na unidade escolar. Cabe a realização de pesquisa 
orientada, investi gando possibilidades que 
podem se transformar em ati vidades diversas. 
Ex: De caráter expositi vo como a apresentação 
em grupos, seminários e/ou a sistemati zação da 
pesquisa em trabalho escrito; e teórico-práti co, 
por meio da realização de circuitos, festi vais e/
ou torneios de jogos pré-desporti vos.
 MOMENTO ENEM
1.(INEP - ENEM 2020) 
Estória de um gibi da Turma da Mônica, inti tulada 
Brincadeira de menino Mônica, conhecida personagem 
de Maurício de Sousa, passa na casa da sua melhor 
amiga, Magali, para convidá-la para brincar. A mãe da 
Magali diz que a menina está com gripe e precisa de 
repouso, e por isso não vai poder sair de casa. Mônica 
sai triste e pensati va, quando cruza com o Cebolinha 
e convida-o para brincar com ela de “casinha”. Ele se 
recusa e diz: “— Homem não blinca de casinha”, e 
Mônica retruca: “— Ah, Cebolinha! Que preconceito!”.
Cebolinha responde: “— Pleconceito uma ova! 
Casinha é coisa de menina! Vou te mostlar o que é 
blincadeila de menino!”. Enquanto ele sai de cena, 
Mônica fi ca debaixo de uma árvore brincando sozinha 
e Cebolinha faz várias aparições com brinquedos e 
brincadeiras supostamente só de meninos: aparece 
“voando” num skate, mas cai na frente dela. Depois 
aparece numa bicicleta, mas bate numa pedra e cai. 
Aparece de pati ns, tropeça e cai. Reaparece chutando 
uma bola, mas a bola bate na árvore e volta acertando 
sua cabeça. Desanimado e desisti ndo das “suas” 
brincadeiras, Cebolinha aparece no últi mo quadro, 
ao lado da Mônica, brincando de “casinha”.
OLIVEIRA, A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos pedagógicos 
para o programa Segundo Tempo. Brasília: Ministério do Esporte, 
2008 (adaptado).
Refl eti ndo sobre as relações de gênero nas brincadeiras 
infanti s, a estória mostra que:
(A) Meninos podem se envolver com os mesmos 
brinquedos e brincadeiras que meninas.
(B) Meninas são mais frágeis e por isso devem se 
envolver em brincadeiras mais passivas.
(C) Meninos são mais habilidosos do que meninas e 
por isso se envolvem em ati vidades diferentes.
(D) Meninas tendem a reproduzir mais os estereóti pos 
de gênero em suas práti cas corporais do que os 
meninos.
(E) Meninos e meninas devem se envolver em 
ati vidades disti ntas, como, respecti vamente, o 
futebol e a “casinha”.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
32
REFERÊNCIAS
KISHIMOTO, Tizuko M. (org.) Jogo, Brinquedo, 
Brincadeira e a Educação. São Paulo: Cortez Editora, 
2007.
KUNZ, Elenor. Transformações didáti co-pedagógicas 
do esporte. Ijuí, RS: Editora Unijuí, 1994.
MARCELLINO, Nelson Carvalho (org.). Lúdico, educação 
e educação fí sica. Ijuí: Editora Unijuí, 1999.
COMPONENTE CURRICULAR 
LÍNGUA INGLESA
 HABILIDADES ESPECÍFICA
(EM13LGG401) Empregar nas interações sociais, a 
variedade e o esti lo de língua adequados à situação 
comunicati va, ao/à interlocutor/a e ao gênero do 
discurso, respeitando os usos das línguas por esse/a 
interlocutor/a e sem preconceito linguísti co.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMLGG401H) Elaborar um perfi l com os principais 
dados pessoais: (nombre[social], apellidos, apodo, 
gênero, edad, dirección, profesión, nacionalidad, 
árbol genealógico etc.) - ame, last name, nicknames, 
gender, age, directi ons, occupati ons, countries and 
nati onaliti es, family tree etc.) para simular situações 
de uso comunicati vo na sala de aula, uti lizando jograis 
de perguntas e respostas.
OBJETO DE CONHECIMENTO 
Diálogos. Dados pessoais. Formas verbais no presente 
do indicati vo/simples.
CLASS 01 (AULA 01)
O simple present é formado pelo verbo principal no 
infi niti vo sem a preposição to, quando falamos de algo 
que acontece frequentemente.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
33
● He plays soccer very well. (Ele joga futebol muito 
bem.)
● They go to schoolin the a� ernoon. (Eles vão para 
a escola de tarde.)
● I always read the newspaper in the morning. (Eu 
sempre leio o jornal de manhã.)
● We generally travel to Brazil in December. (Geral-
mente nós viajamos para o Brasil em dezembro.)
● The sky is blue (O céu é azul) – uma verdade uni-
versal.
● She loves chocolate. (Ela ama chocolate.) - uma 
opinião/senti mento.
● I want to have dinner with my father today. (Eu 
quero jantar com meu pai hoje) – um desejo.
O simple present pode ser formado na afi rmati va, 
negati va e interrogati va seguindo as regras de uso 
explicadas abaixo:
Afi rmati va: Formado pelo sujeito + verbo principal, 
sendo que ao ser conjugado na terceira pessoa do 
singular precisa do acréscimo das par� culas “s”, “ies” 
ou “es”.
Exemplos:
● She drinks a glass of milk every day. (Ela bebe um 
copo de leite todos os dias)
● He leaves his offi ce at six o’clock. (Ele deixa o 
escritório dele às seis horas)
● My brother likes his job very much. (Meu irmão 
gosta muito do emprego dele)
● They want to buy a lot of magazines. (Eles querem 
comprar muitas revistas)
● I work in a drugstore. (Eu trabalho em uma farmácia)
● That boy studies a lot. (Aquele garoto estuda muito)
Observação: É interessante verifi car cada verbo para 
saber qual par� cula usar na conjugação da terceira 
pessoa do singular.
Negati va: Ao formar frases negati vas no simple 
present é necessário acrescentar o verbo auxiliar do 
+ not (forma contraída: don’t). E no caso da terceira 
pessoa do singular uti liza-se does + not (forma 
contraída: doesn’t).
Exemplos:
● She doesn’t (does not) eat fruit for dessert. (Ela não 
come fruta na sobremesa)
● My sister doesn’t (does not) know about the 
party. (Minha irmã não sabe sobre a festa)
● We don’t (do not) want to eat pie now. (Nós não 
queremos comer torta agora)
● I don’t (do not) understand what they say. (Eu não 
entendo o que eles dizem)
● My mother doesn’t (does not) forget your 
gift . (Minha mãe não esqueceu o seu presente)
● You don’t (do not) need to do your test today. (Você 
não precisa fazer seu teste hoje)
Interrogati va: Ao formar frases interrogati vas no 
simple present é necessário colocar o auxiliar antes 
do sujeito da frase. No caso da terceira pessoa do 
singular será uti lizado o does.
Exemplos:
● Do you take your children to the doctor? (Você leva 
seus fi lhos ao médico?)
● Do they know about this? (Eles sabem sobre isso?)
● Does she go to school by bus? (Ela vai à escola de 
ônibus?)
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
34
● What ti me do you have lunch? (A que horas você 
almoça?)
● Does she prefer to go by car? (Ela prefere ir de 
carro?)
● Do you know my boyfriend? (Você conhece meu 
namorado?).
Com isso, pode-se concluir que o simple present é 
uti lizado, entre outras situações, para expressar fatos, 
ações, hábitos coti dianos, desejos e opiniões e deve 
ser uti lizado seguindo algumas regras básicas que 
formam esse tempo verbal. A atenção deve-se voltar 
a terceira pessoa do singular, pois conjuga-se de uma 
forma diferente das demais pessoas do singular.
Fonte: www.infoescola.com/ingles/simplepresent/.
 ACTIVITIES (ATIVIDADES)
1. Mark T for True or F for false:
A. ( ) Alfred is an American boy. 
B. ( ) He lives in a modern fl at. He is eleven years old. 
C. ( ) He has got two brothers. 
D. ( ) Alfred wakes up at eight o’clock. 
E. ( ) He walks to school. 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
35
F. ( ) His classes begin at half past eight. 
G. ( ) Alfred and his family have dinner at half past 
seven. 
2. Rewrite the text by replacing a roommate’s 
character informati on:
Exemplo:
3. In the text we see Alfred’s routi ne, how is your 
routi ne? Use the text as a model and describe your 
routi ne. 
Exemplo: He starts his day at about half past seven. 
- fi ca - I start my day at six in the morning. 
Você também pode postar sua roti na no mural da 
turma usando o qr code.Não esqueça de se identi fi car 
e a sua escola. 
4. Change the sentences to the negati ve form.
A. He starts his day at about half past seven. 
B. He has breakfast at a quarter to eight.
C. He is eleven years old.
5. Change the sentences to the interrogati ve form.
A. He starts his day at about half past seven. 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
36
B. He has breakfast at a quarter to eight.
C. He is eleven years old.
CLASS 02 (AULA 02)
HABILIDADES ESPECÍFICA
(EM13LGG401) Empregar nas interações sociais, a 
variedade e o esti lo de língua adequados à situação 
comunicati va, ao/à interlocutor/a e ao gênero do 
discurso, respeitando os usos das línguas por esse/a 
interlocutor/a e sem preconceito linguísti co.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMLGG401H) Elaborar um perfi l com os principais 
dados pessoais: (nombre[social], apellidos, apodo, 
gênero, edad, dirección, profesión, nacionalidad, 
árbol genealógico etc.) - ame, last name, nicknames, 
gender, age, directi ons, occupati ons, countries and 
nati onaliti es, family tree etc.) para simular situações 
de uso comunicati vo na sala de aula, uti lizando jograis 
de perguntas e respostas.
OBJETO DE CONHECIMENTO 
Diálogos. Dados pessoais. Formas verbais no presente 
do indicati vo/simples. SOCIAL MEDIA VOCABULARY
Profi le can also mean: 
● concise, informal informati on about someone’s life.
● set of psychological traits or skills that make 
someone suitable for a certain post, charge or 
responsibility.
ACTIVITIES (ATIVIDADES)
Read the following profi le and answer:
1. Answer the questi ons:
A. Whose profi le is displayed? 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
37
B. What he does?
C. What is his passion?
D. What does he believe?
2. Mark the correct alternati ve:
A. ( ) Teddy é um criador de problemas criati vo e 
gosta de ter ideias novas e inovadoras.
B. ( ) Teddy é um solucionador de problemas criati vo, 
mas não gosta de ter ideias novas e inovadoras.
C. ( ) Teddy é um solucionador de problemas criati vo 
e gosto de ter ideias novas e inovadoras.
D. ( ) Teddy é um solucionador de problemas pouco 
criati vo e sem ter ideias novas e inovadoras.
E. ( ) Teddy é um solucionador de problemas criati vo 
e sem ideias novas e inovadoras.
3. Now it is your turn! Write your profi le answering 
the questi ons:
A. What’s your full name?
B. Do you have a nickname you’d like to use on your 
profi le instead of your name?
3.1 Describe yourself: 
C. Who are you? (use adjecti ves)
D. How old are you?
E. Where are you from?
F. What sports do you like?
G. Do you have any hobbies?
Você também pode postar suas respostas no mural 
da turma usando o qrcode. Não esqueça de se 
identi fi car e a sua escola. 
CLASS 03 (AULA 03)
HABILIDADES ESPECÍFICA
(EM13LGG401) Empregar nas interações sociais, a 
variedade e o esti lo de língua adequados à situação 
comunicati va, ao/à interlocutor/a e ao gênero do 
discurso, respeitando os usos das línguas por esse/a 
interlocutor/a e sem preconceito linguísti co.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMLGG401G) Analisar o fenômeno da variação 
linguísti ca, em seus diferentes níveis (variações 
fonéti co-fonológica, lexical, sintáti ca, semânti ca e 
esti lísti co-pragmáti ca) e em suas diferentes dimensões 
regional, histórica, social, situacional, ocupacional, 
etária etc.), examinando discursos que circulam em 
textos de variados gêneros e diferentes ti pologias 
para ampliar a compreensão sobre a natureza 
viva e dinâmica da língua e sobre o fenômeno da 
consti tuição de variedades linguísti cas de pres� gio e 
esti gmati zadas, fundamentar o respeito às variedades 
linguísti cas e o combate a preconceitos lingüísti cos.
OBJETO DE CONHECIMENTO 
Sequências descriti vas, explicati vas e instrucionais. 
Adjeti vos no grau superlati vo. Verbos na terceira 
pessoa do presente simples.
Pronomes.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
38
ACTIVITIES (ATIVIDADES)
Fonte:h� ps://www.fodors.com/world/europe/england/London.
1. Mark the correct alternati ve: 
A. ( ) A história e a tradição estão longe de cada 
esquina de Londres; é tambémuma das cidades 
mais legais e modernas do mundo..
B. ( ) A história e a tradição o cumprimentam a cada 
esquina de Londres; é também uma das cidades 
mais estranhas e anti gas do mundo.
C. ( ) A história e a tradição o cumprimentam a cada 
esquina de Londres; é também uma das cidades 
mais chatas e modernas do mundo..
D. ( ) A história e a tradição o cumprimentam a cada 
esquina de Londres; é também uma das cidades 
mais legais e modernas do mundo.
E. ( ) A história e a tradição o se afastam de nós a cada 
esquina de Londres; é também uma das cidades 
mais anti gas e do mundo.
2. According to the text, why do people go to London? 
3. The text introduces us to the city of London. Now 
it is your turn! Answer the questi ons to introduce 
your city:
(A) Is your city a young city or an old city?
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
39
(B) Is your city modern or traditi onal?
(C) Does your city have important or historical sites? 
Which?
(D) Does your city have spaces for leisure such as 
squares, parks, nearby waterfalls?
(E) What do you think is missing in your city?
(F) What do you like most about your city?
Você também pode postar suas respostas no mural 
da turma usando o qr code. Não esqueça de se 
identi fi car e a sua escola. 
CLASS 04 (AULA 04)
HABILIDADES ESPECÍFICA
(EM13LGG401) Empregar nas interações sociais, a 
variedade e o esti lo de língua adequados à situação 
comunicati va, ao/à interlocutor/a e ao gênero do 
discurso, respeitando os usos das línguas por esse/a 
interlocutor/a e sem preconceito linguísti co.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMLGG401G) Analisar o fenômeno da variação 
linguísti ca, em seus diferentes níveis (variações 
fonéti co-fonológica, lexical, sintáti ca, semânti ca e 
esti lísti co-pragmáti ca) e em suas diferentes dimensões 
regional, histórica, social, situacional, ocupacional, 
etária etc.), examinando discursos que circulam em 
textos de variados gêneros e diferentes ti pologias 
para ampliar a compreensão sobre a natureza 
viva e dinâmica da língua e sobre o fenômeno da 
consti tuição de variedades linguísti cas de pres� gio e 
esti gmati zadas, fundamentar o respeito às variedades 
linguísti cas e o combate a preconceitos linguísti cos.
OBJETO DE CONHECIMENTO Estar + gerúndio. 
Advérbios de frequência e intensidade. Present 
Conti nuous ou Present Progressive (em português, 
presente con� nuo ou progressivo)
Ele é empregado para falar sobre situações 
temporárias, ações con� nuas que estão acontecendo.
Formação do Present Conti nuous
O Present Conti nuous é composto por um verbo 
principal e um verbo auxiliar.
Uti liza-se o verbo to be no Simple Present (presente 
simples) como auxiliar e ao verbo principal, é acrescida 
a terminação –ing.
Ou seja, na construção frasal esse tempo verbal segue 
o seguinte padrão de formação:
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
40
Sujeito + verbo to be + verbo com -ing + complemento
Exemplo:
She is watching TV. (Ela está assisti ndo TV.)
Forma Negati va do Present Conti nuous
Na forma negati va, acrescenta-se o not depois do 
verbo to be, ou seja, a construção das frases negati vas 
é feita da seguinte forma:
Sujeito + verbo to be + not + verbo com -ing + 
complemento
Exemplo:
She is not watching TV. (Ela não está assisti ndo TV.)
Forma Interrogati va do Present Conti nuous
Na forma interrogati va, o verbo auxiliar to be aparece 
no início da frase. O padrão da estrutura das frases 
interrogati vas é o seguinte:
Verbo to be + sujeito + verbo com -ing + complemento
Exemplo:
Is she watching TV? (Ela está assisti ndo TV?)
Exemplos com do Present Conti nuous
● Forma afi rmati va (affi rmati ve form): They are 
studying for the test. (Eles estão estudando para 
o teste.)
● Forma negati va (negati ve form): They are not 
studying for the test. (Eles não estão estudando 
para o teste.)
● Forma interrogati va (interrogati ve form): Are they 
studying for the test? (Eles estão estudando para o 
teste?)
Atenção! (Pay Att enti on!)
Não é muito comum usar verbos de estado, como 
por exemplo, os verbos agree (concordar), need 
(precisar), believe (acreditar), know (saber), like 
(gostar), etc. no Present Conti nuous.
 ACTIVITIES (ATIVIDADES)
1. Describe the acti on of the image using the verb 
indicated in the present conti nuous.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
41
2. Read the text:
Doing tourism in Goiânia..
Goiania has several places to visit.
1. Parque Flamboyant: A very beauti ful and well-kept 
place, with many people walking, cycling, running 
and walking dogs.
2. Parque Vaca Brava: The park is not big but it is 
very beauti ful and well maintained with a lake 
in the center and a lot of green area, great I see 
many people walking or just sitti ng on the grass 
and watching the lake.
3. Feira da Lua: There are many people’s stalls selling 
clothes and accessories, there are also many food 
stalls, skewers, pastry, pamonha, janti nha, yakissoba, 
broths, savory pies, sweet pies and others. This fair 
is too big to go through it all and you get ti red, but 
it’s worth spending the a� ernoon here.
Adaptado de: h� ps://www.tripadvisor.com.br/A� racti ons-g-
303324-Acti viti es-Goiania_State_of_Goias.html
2. What you can do at:
A. Parque Flamboyant:
B. Parque Vaca Brava:
C. Feira da Lua:
3. Turn the sentences into the negati ve form:
A. In Flamboyant Park a lot of people are walking.
B. In Flamboyant Park a lot of people are riding their 
bikes.
C. I see many people walking or just sitti ng on the 
grass and watching the lake.
D. There are many people’s stalls selling clothes and 
accessories.
3. Turn the sentences into the interrogati ve form:
E. In Flamboyant Park a lot of people are walking.
F. In Flamboyant Park a lot of people are riding their 
bikes.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
42
G. I see many people walking or just sitti ng on the 
grass and watching the lake.
H. There are many people’s stalls selling clothes and 
accessories.
CLASS 06 (AULA 06)
HABILIDADES E S PECÍFICA
(EM13LGG40 1) Empregar nas interações sociais, a 
variedade e o esti lo de língua adequados à situação 
comunicati va, ao/à interlocutor/a e ao gênero do 
discurso, respeitando os usos das línguas por esse/a 
interlocutor/a e sem preconceito linguísti co.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMLGG401G) Analisar o fenômeno da variação 
linguísti ca, em seus diferentes níveis (variações 
fonéti co-fonológica, lexical, sintáti ca, semânti ca e 
esti lísti co-pragmáti ca) e em suas diferentes dimensões 
regional, histórica, social, situacional, ocupacional, 
etária etc.), examinando discursos que circulam em 
textos de variados gêneros e diferentes ti pologias 
para ampliar a compreensão sobre a natureza 
viva e dinâmica da língua e sobre o fenômeno da 
consti tuição de variedades linguísti cas de pres� gio e 
esti gmati zadas, fundamentar o respeito às variedades 
linguísti cas e o combate a preconceitos linguísti cos.
OBJETOS DE CONHECIMENTO 
Uso dos adverbs of frequency, auxiliares e/ou modais, 
os adverbs of frequency: frequently, generally, 
normally, occasionally, someti mes, never, always, 
rarely, usually. 
Pode-se falar de frequência no passado, no presente e 
no futuro. Bastante usados na roti na, porque indicam 
quais ações prati camos mais ou menos vezes, eles 
mostram a intensidade dessas ações relati vas ao 
trabalho, à vida domésti ca, aos gostos pessoais, às 
ati vidades � sicas, aos hábitos recentes etc.
Para tempos e orações compostos pelos verbos 
auxiliares e/ou modais, os adverbs of frequency fi cam 
entre o verbo auxiliar/modal e o verbo principal. Alguns 
também podem aparecer tanto no início quanto 
no fi nal da oração, são eles: frequently, generally, 
normally, occasionally, someti mes.
Observe alguns exemplos:
→ Antes do verbo principal
● They never follow the instructi ons.
(Eles nunca seguem as instruções.)
● She always goes home by bus.
(Ela sempre volta para casa de ônibus.)
● We rarely watch the news.
(Nós raramente assisti mos às no� cias.)
→ Depois do verbo tobe
● I am usually full of energy a� er a cup of coff ee.
(Eu normalmente me sinto muito cheio de energia 
depois de uma xícara de café.)
● He is always sick during winter.
(Ele está sempre doente durante o inverno.)
→ Depois do verbo auxiliar will
● We will always remember that summer.
(Nós sempre nos lembraremos daquele verão.)
→ Depois do verbo auxiliar does (negati vo)
● It doesn’t o� en rain all day long.
(Não chove frequentemente o dia todo.)
→ Depois do verbo modal can
● He can never fi nd his glasses.
(Ele nunca consegue achar seus óculos.)
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
43
→ Início de frase
● Normally, I wake up before everyone in the house.
(Normalmente, eu acordo antes de todos na casa.)
→ Final de frase
● They pay in cash occasionally.
(Eles pagam em dinheiro ocasionalmente.)
 ACTIVITIES (ATIVIDADES)
1. Read the text:
Fonte:https://www.canva.com/design/DAFgAhiKqd0/7vlMO-
e_1UCiz9voXmvkpTg/view?utm_content=DAFgAhiKqd0&utm_
campaign=share_your_design&utm_medium=link&utm_sour-
ce=shareyourdesignpanel.
1. Mark the correct alternati ve: 
A. ( ) Maria normalmente caminha no Parque 
Flamboyant.
B. ( ) Sérgio corre duas vezes por semana.
C. ( ) Pedro sempre compra pamonha na Feira da 
Lua..
D. ( ) João gosta de museus.
E. ( ) Ana nem sempre vai para a biblioteca do Setor 
Universitário.
2. Responda as perguntas abaixo:
Obs.: Uti lize os advérbios de frequência.
A. How o� en do you get up early?
B. How o� en do you have breakfast in bed?
C. How o� en do you have lunch at home?
D. How o� en do you take a cold shower?
E. How o� en do you read a newspaper?
F. How o� en do you go to the bed late?
G. How o� en do you study at home?
H. How o� en do you help at home?
I. How o� en do you have beans at lunch?
J. How o� en do you go to school by bus?
K. How o� en do you study English?
L. How o� en do you practi ce exercises?
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
44
M. How o� en do you drink coff ee? N. How o� en do you take shower?
Você também pode postar suas respostas no mural da turma usando o qr code. Não esqueça de se identi fi car 
e a sua escola. 
ANEXO 01 - LIST OF IRREGULAR VERBS
Fonte:h� ps://www.vocabularypage.com/2017/02/list-of-irregular-verbs.html.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
45
REFERÊNCIAS
Imagens adaptadas de: 
https://www.canva. com/design/DAFhIuTNzYI/
EDoyCDfR6C35uUbFlF36cw/view?utm_content=DA-
FhIuTNzYI&utm_campaign=designshare&utm_me-
dium=link&utm_source=publishsharelink.
h� ps://www.canva.com/design/DAFgAhiKqd0/7vl-
MOe_1UCiz9voXmvkpTg/view?utm_content=DAF-
gAhiKqd0&utm_campaign=designshare&utm_me-
dium=link&utm_source=publishsharelink.
https://www.canva.com/design/DAFcEVuvNyQ/
kCl9xQbjT3O9geJxQEqdIA/view?utm_content=DAF-
cEVuvNyQ&utm_campaign=designshare&utm_me-
dium=link&utm_source=publishsharelink.
Sites educacionais
Disponível em : 
https://brasilescola.uol.com.br/ingles/simple-
present.htm 01/03/2023.
disponível em : 
h� ps://www.todamateria.com.br/simple-present/ 
01/03/2023.
disponível em : 
https://brasilescola.uol.com.br/ingles/adverbs-of-
frequency.htm 03/03/2023.
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conti nuo-present-conti nuous/ 12/03/2023.
Gramáti cas e dicionários: 
MURPHY, Raymond. English Grammar in Use (with 
answers). Second Editi on. Great Britain: Cambridge 
University Press, 1994.
OXFORD advanced learner’s dicti onary. Oxford: Oxford 
University Press, 2004.
WELLS, John. Longman pronunciati on dicti onary. 
Harlow, Essex: Pearson Educati on Ltd., 2008.
EASTWOOD, J. Oxford Practi ce Grammar. China: 
Oxford University Press, 2001.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
46
COMPONENTE CURRICULAR 
LÍNGUA PORTUGUESA
HABILIDADES ESPECÍFICA
(EM13LP21) Produzir, de forma colaborati va, e 
socializar playlists comentadas de preferências 
culturais e de entretenimento, revistas culturais, 
fanzines, ezines ou publicações afi ns que divulguem, 
comentem e avaliem músicas, games, séries, fi lmes, 
quadrinhos, livros, peças, exposições, espetáculos de 
dança etc., de forma a comparti lhar gostos, identi fi car 
afi nidades, fomentar comunidades etc.
(EM13LP24) Analisar formas não insti tucionalizadas 
de parti cipação social, sobretudo as vinculadas 
a manifestações ar� sti cas, produções culturais, 
intervenções urbanas e formas de expressão � pica 
das culturas juvenis que pretendam expor uma 
problemáti ca ou promover uma refl exão/ação, 
 posicionando-se em relação a essas produções e 
manifestações.
(EM13LP54) Criar obras autorais, em diferentes 
gêneros e mídias mediante seleção e apropriação de 
recursos textuais e expressivos do repertório ar� sti co, 
e/ou produções derivadas (paródias, esti lizações, 
fanfi cs, fanclipes etc.), como forma de dialogar críti ca 
e/ou subjeti vamente com o texto literário. 
(EM13LP47) Parti cipar de eventos (saraus, competi ções 
orais, audições, mostras, festi vais, feiras culturais 
e literárias, rodas e clubes de leitura, cooperati vas 
culturais, jograis, repentes, slams etc.), inclusive 
para socializar obras da própria autoria (poemas, 
contos e suas variedades, roteiros e micro roteiros, 
videominutos, playlists comentadas de música etc.) 
e/ou interpretar obras de outros, inserindo-se nas 
diferentes práti cas culturais de seu tempo.
(EM13LP21) Produzir, de forma colaborati va, e 
socializar playlists comentadas de preferências 
culturais e de entretenimento, revistas culturais, 
fanzines, ezines ou publicações afi ns que divulguem, 
comentem e avaliem músicas, games, séries, fi lmes, 
quadrinhos, livros, peças, exposições, espetáculos de 
dança etc., de forma a comparti lhar gostos, identi fi car 
afi nidades, fomentar comunidades etc.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMLGG204A) Disti nguir o texto literário e não-
literário, usando as fi guras de linguagem, seus efeitos 
de senti do e a manifestação nos diversos contextos 
culturais para construir uma perspecti va estéti ca e 
éti ca sobre indivíduo, cultura e sociedade.
(GO-EMLP21A) Produzir playlists, fazendo uso dos 
recursos expressivos linguísti cos, paralinguísti cos, e 
da ferramenta de edição de som inseridos no contexto 
de produção, circulação e recepção para enriquecer a 
competência e os letramentos digitais e potencializar 
o interesse e o protagonismo.
(GO-EMLP24A) Interpretar a presença das 
manifestações literárias populares como obras de 
historicidade e atemporalidade importantes para a 
formação humana e construção do seu meio social, 
valorizando as diversas produções literárias regional 
e global para engajar-se em processos signifi cati vos 
de socialização e divulgação dos produtos culturais.
(GO-EMLP54A) Avaliar obras do repertório ar� sti co-
literário contemporâneo nacional e regional de acordo 
com as preferências individuais, formando uma 
coleção pessoal para intervir de forma autônoma e 
críti ca, nas plataformas digitais.
(GO-EMLP47A) Uti lizar, de forma comparti lhada, 
práti cas culturais e sociais de diferentes temáti cas 
sustentadas em meios digitais atualmente existentes 
(aplicati vos de som e imagem para smartphones e 
notebooks), ressaltando a parti cipação cultural 
coleti va, para moti var a práti ca da inserção do 
indivíduo na criação críti co-social. 
(GO-EMLP21A) Produzir playlists, fazendo uso dos 
recursos expressivos linguísti cos, paralinguísti cos, e 
da ferramenta de edição de som inseridos no contexto 
de produção, circulação e recepção para enriquecer a 
competência e os letramentos digitais e potencializar 
o interesse e o protagonismo.
OBJETO DE CONHECIMENTO
Linguagem - Entonação expressiva e recursos 
linguísti cos. Formas de refutação. Citação do discurso 
do outro. As marcas linguísti cas e a coesão. Recursos 
argumentati vos. Marcadores do tempo e do eixoda verdade. Unidades mínimas da Libras. Uso de 
estratégias de impessoalização (uso de terceira pessoa 
e de voz passiva etc.). Sistemas de linguagem. Forma 
de composição do texto, coesão e arti culadores e 
progressão temáti ca. Estratégia de leitura: apreender 
os senti dos globais do texto. Relação entre textos. 
Elementos da linguagem teatral e da música. Práti cas 
musicais envolvendo: composição e arranjo, uso de 
samplers, manipulação sonora, produção de trilhas 
sonoras e sonoplasti a, observando elementos 
signifi cati vos da cultura juvenil. Literatura na Língua 
Portuguesa. Produções avaliati vas com o uso da língua. 
Gêneros discursivos digitais na Língua Portuguesa. 
Uso de estratégias de impessoalização (uso de 
terceira pessoa e de voz passiva etc.). Sistemas de 
linguagem. Forma de composição do texto, coesão 
e arti culadores e progressão temáti ca. Estratégia 
de leitura: apreender os senti dos globais do texto. 
Relação entre textos. Efeitos de senti do.
temáti ca. Estratégia de leitura: apreender os senti dos 
globais do texto. Relação entre textos. Elementos 
da linguagem teatral e da música. Práti cas musicais 
envolvendo: composição e arranjo, uso de samplers, 
manipulação sonora, produção de trilhas sonoras e 
sonoplasti a, observando elementos signifi cati vos da 
cultura juvenil. Literatura na Língua Portuguesa.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
47
Produções avaliati vas com o uso da língua. 
Gêneros discursivos digitais na Língua Portuguesa. 
Uso de estratégias de impessoalização (uso de 
terceira pessoa e de voz passiva etc.). Sistemas de 
linguagem. Forma de composição do texto, coesão 
e arti culadores e progressão temáti ca. Estratégia 
de leitura: apreender os senti dos globais do texto. 
Relação entre textos. Efeitos de senti do.
CAPÍTULO 1 - POEMAS, SERMÕES E CANÇÕES
Poema
Poema é um texto literário escrito em versos, 
que são distribuídos em estrofes. Pode ser narrati vo, 
dramáti co ou lírico. E, estruturalmente, ele se opõe 
à prosa, já que ela não admite versos.
Com relação às diferenças entre poema e poesia, 
o poema se refere a uma estrutura textual, enquanto 
a poesia está relacionada ao conteúdo do texto.
Poema uti liza as palavras como matéria-prima, 
organizando-as em versos, estrofes ou prosa, ou seja, 
apresenta uma estrutura que permite defi nilo como 
gênero. A palavra poema é derivada do verbo grego 
poein, que signifi ca “fazer, criar, compor”.
Exemplo:
Gregório de Matos Guerra
O todo sem a parte não é todo; A parte sem o todo 
não é parte; Mas se a parte o faz todo sendo parte, 
Não se diga que é parte. 
Sermão
Sermão (prédica ou pregação) é um discurso 
opinati vo e religioso com intuito de convencer a 
audiência a respeito de uma determinada conduta 
ou moral por meio da contundência retórica das 
ideias, do discurso de autoridade sustentado em uma 
obra ou em dogmas religiosos e da eloquência do 
religioso que o profere. Normalmente, envolve temas 
bíblicos, religiosos, teológicos ou morais e é dividido 
estruturalmente em exposição, exortação e aplicação 
práti ca.
Exemplo:
Sermão da Sexagésima (fragmento).
Fazer pouco fruto a palavra de Deus no Mundo, 
pode proceder de um de três princípios: ou da parte 
do pregador, ou da parte do ouvinte, ou da parte de 
Deus. Para uma alma se converter por meio de um 
sermão, háde haver três concursos: háde concorrer o 
pregador com a doutrina, persuadindo; háde concorrer 
o ouvinte com o entendimento, percebendo; há-de 
concorrer Deus com a graça, alumiando.
Canção
Trata-se de uma composição musical para ser 
cantado, o que envolve, necessariamente, uma 
preocupação com o ritmo, a seleção de palavras, a 
rima, enfi m, com a musicalidade das palavras.
Os gêneros textuais (poema e canção) trabalham 
com recursos expressivos, com a linguagem poéti ca, 
apoiam-se em métrica fi xa ou não, em rimas regulares 
ou não, mas tem no ritmo a sua marca essencial, tem 
modos de organização do discurso parecidos e visam 
a causar prazer estéti co.
O ritmo é muito ligado à música, aos instrumentos, 
aos arranjos etc. Muitas vezes, a nossa leitura “muda” 
quando ouvimos a música da canção que analisamos 
em sala de aula.
Os gêneros textuais poema e canção são bastante 
semelhantes. Ambos têm como objeti vo fazer da 
língua o instrumento ar� sti co capaz de tocar a 
sensibilidade do desti natário. São similares também 
quanto ao formato, pois são consti tuídos de versos, 
agrupados em estrofes e se caracterizam pelo ritmo. 
Assim, ambos os gêneros textuais (poema e canção) 
trabalham com recursos expressivos, com a linguagem 
poéti ca, apoiam-se em métrica fi xa ou não, em rimas 
regulares ou não, mas têm no ritmo a sua marca 
essencial e visam a causar prazer estéti co.
Esse gênero textual está totalmente presente no 
nosso dia a dia, e podemos perceber que são vários 
os efeitos e sensações que a canção causa nas pessoas 
que tem a sensibilidade de apreciá-las.
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
Questão 01 - Leia o texto disponível em: .
A parti r do texto, faça um comentário sobre o tema 
desenvolvido pelo Padre Antônio Vieira no Sermão 
da Sexagésima.
TEXTO: - Comuns às questões: 2, 3
Uma planta é perturbada na sua sesta* pelo exército 
que a pisa.
Mas mais frágil fi ca a bota.
Gonçalo M. Tavares
Questão 02 - (FUVEST SP)
Considerando que se trata de um texto literário, 
uma interpretação que seja capaz de captar a sua 
complexidade abordará o poema como
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
48
a) uma defesa da natureza.
b) um ataque às forças armadas.
c) uma defesa dos direitos humanos.
d) uma defesa da resistência civil.
e) um ataque à passividade.
Questão 03 - (FUVEST SP)
O ditado popular que se relaciona melhor com o 
poema é:
a) Para bom entendedor, meia palavra basta.
b) Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
c) Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
d) Um dia é da caça, o outro é do caçador.
e) Uma andorinha só não faz verão.
POEMA
O gênero lírico originou-se na Grécia Anti ga, época 
em que a manifestação poéti ca era apresentada ao 
público oralmente, em forma de canto, o qual era 
acompanhado por um instrumento musical chamado 
lira. Sua manifestação em forma de canto perdura 
até o fi nal da Idade Média, momento a parti r do 
qual o gênero lírico passa a ter na palavra escrita seu 
principal meio de composição e de difusão.
Esse registro no papel contribuiu para que 
cada vez mais os poetas experimentassem formas 
mais sofi sti cadas de composição, como o uso da 
métrica, a construção de rimas, a seleção vocabular 
e a disposição das palavras no espaço gráfi co. Essas 
característi cas, porém, isoladamente, não defi nem 
o gênero lírico, que também apresenta como traço 
principal a manifestação da subjeti vidade.
Característi cas do gênero lírico
• Eu lírico
Como uma das principais característi cas do gênero 
lírico é a manifestação da subjeti vidade, ou seja, a 
manifestação de aspectos ligados à interioridade de 
um sujeito, dá-se o nome de eu lírico à voz que se 
expressa no poema. No entanto, há que se atentar 
para o fato de que o eu lírico não necessariamente 
corresponde à voz do poeta, afi nal, ele pode 
materializar em seu poema um eu lírico disti nto de 
seu eu biográfi co.
O poeta português Fernando Pessoa, por exemplo, 
tornou-se famoso pelos heterônimos que criou, o que 
fez com que sua obra expressasse vozes poéti cas 
disti ntas de sua personalidade. Assim, é possível que 
um poeta com uma identi dade masculina crie em seu 
poema um eu lírico com identi dade feminina, ou vice 
e versa, bem como um poeta adulto pode expressar a 
voz poéti ca de uma criança ou a de um ser inanimado.
• Versos/metrifi cação
Verso é o nome atribuído a uma sucessão de 
sílabas ou fonemas que formam uma unidade rítmica 
e melódica correspondente a uma linha do poema. 
Metrifi cação ou métrica, por sua vez, é o nome que se 
dá à medida de um verso, que é defi nida pelo número 
de sílabas poéti cas.
Para determinar-se a medida de um verso,divide-
se o verso em sílabas poéti cas, procedimento que 
recebe o nome de escansão. Nesse procedimento, que 
é diferente da divisão silábica gramati cal, as vogais 
átonas são agrupadas em uma única sílaba, sendo 
que a contagem das sílabas deve ser feita até a últi ma 
sílaba tônica.
• Estrofes
Estrofe é o nome dado ao agrupamento de versos 
em um poema. Como o número de versos em cada 
estrofe pode variar, a depender da quanti dade, as 
estrofes podem ser denominadas da seguinte forma:
Dísti co: dois versos Terceto: três versos
Quarteto ou quadra: quatro versos Quinti lha: 
cinco versos
Sexteto ou sexti lha: seis versos Séti ma ou septi lha: 
sete versos Oitava: oito versos
Nona: nove versos Décima: dez versos
• Rimas
Nomeia-se rima o recurso musical baseado na 
semelhança sonora das palavras situadas ou no 
fi nal ou no interior dos versos. Classifi cam-se como 
rimas interpoladas (ABBA), alternadas (ABAB) e 
emparelhadas (AABB) as que são compostas no fi nal 
dos versos.
• Linguagem
No gênero lírico, normalmente é uti lizada a 
linguagem conotati va, ou seja, quando as palavras 
empregadas estão em seu senti do fi gurado, em 
seu senti do poéti co. Assim, o poeta tende a alterar 
o senti do de palavras cristalizadas no coti diano 
para atribuir-lhe um senti do mais amplo. O leitor, 
por sua vez, vê-se, no movimento de leitura e de 
interpretação, como alguém que precisa decodifi car 
as palavras presentes no poema para além de seu 
senti do denotati vo, tendo como auxílio o contexto 
em que cada vocábulo aparece.
No gênero lírico, o uso das fi guras de linguagem, 
como a aliteração (repeti ção de consoante), a 
assonância (repeti ção de vogal) e o paralelismo 
(repeti ção de frases e orações), contribui para o 
alcance da linguagem poéti ca.
Tipos de poemas
 Soneto: forma fi xa consti tuída por duas 
estrofes com quarto versos e por duas estrofes com 
três versos.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
49
 Balada: poema consti tuído por três estrofes 
com oito versos e uma estrofe com quatro versos.
 Rondó: poema consti tuído só por estrofes 
de quatro versos, ou por estrofes de quatro versos 
combinadas com estrofes de oito versos.
 Haicai: poema japonês composto por três 
versos, sendo que o primeiro verso tem cinco sílabas 
poéti cas, o segundo tem sete, e o terceiro tem cinco.
 Ode: de origem grega, designa um poema 
entusiásti co, de exaltação, signifi cando o mesmo 
que “canto”. Estrutura-se, geralmente, em estrofes 
de quatro versos. Tem como temáti ca assuntos ligados 
à natureza.
 Hino: poema desti nado a glorifi car a pátria ou 
louvar enti dades religiosas. Estrutura semelhante à 
da ode.
 Écloga: poema que apresenta diálogo sobre 
temas bucólicos e pastoris.
 Idílio: poema curto de caráter bucólico, pastoril. 
Difere-se da écloga por não apresentar diálogo.
 Elegia: poema que trata de acontecimentos 
tristes ou da morte de alguém.
 Sáti ra: poema que censura os defeitos 
humanos, evidenciando o ridículo de determinada 
situação.
 Vilancete: poema consti tuído só por uma 
estrofe de quatro versos, ou estrofes de quatro versos 
combinadas com estrofes com oito versos.
 Epitalâmio: poema composto em homenagem 
às núpcias de alguém.
Ao som do instrumento musical lira, os poetas 
gregos cantavam seus poemas, o que deu origem ao 
gênero lírico.
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
Questão 1 - (UFU)
“Amar é um elo entre o azul e o amarelo.”
LEMINSKI, Paulo. La vie en close. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 
1994.p.126.
Com base na leitura do poema, assinale a afi rmati va 
que NÃO se aplica à poesia de Paulo Leminski conti da 
em La vie em close.
a) Observa-se o emprego do haicai, tomado à 
tradição literária japonesa, evidenciando o gosto 
pelo poema breve.
b) Nota-se a predominância do eixo sintagmáti co 
sobre o paradigmáti co, conferindo ao poema um 
caráter mais discursivo.
c) Destaca-se a preferência pelo trocadilho e pelo 
jogo de palavras, marcados por efeitos de surpresa 
e condensação.
d) Ressalta-se, em relação ao signo verbal, a 
exploração dos signifi cantes, vistos em relati va 
autonomia quanto aos signifi cados.
Questão 2 - (UFU) Em geral, a lírica é vista como o 
gênero que se caracteriza por expressar senti mentos 
e ideias ínti mas de um sujeito poéti co. A poesia lírica 
seria, então, marcada sobretudo pela subjeti vidade, 
privilegiando o mundo interior em face ao mundo 
exterior.
Assinale a alternati va em que o fragmento do poema 
NÃO apresenta um eu lírico correspondente ao que 
foi descrito.
a) “Mundo mundo vasto mundo,/ se eu me 
chamasse Raimundo/ seria uma rima, não seria 
uma solução./ Mundo mundo vasto mundo,/ 
mais vasto é meu coração.” (ANDRADE, Carlos 
Drummond de. Alguma poesia)
b) “É mineral o papel/ onde escrever/ o verso; [...] É 
mineral, por fi m,/ qualquer livro:/ que é mineral 
a palavra escrita, a fria natureza/ da palavra 
escrita.” (MELO NETO, João Cabral de. Psicologia 
da composição)
c) “Em que lugar fi cou/ o que agora/ me faz falta/ o 
que não sei/ nem mais o nome/ o que antes foi 
tão querido/ [...] cercado por minha pele/ feito eu 
mesmo?” (FREITAS FILHO, Armando. Longa vida)
d) “Ninguém sonha duas vezes o mesmo sonho/ [...] 
Nem ama duas vezes a mesma mulher. [...] Ainda 
não estamos habituados com o mundo/ Nascer é 
muito comprido.” (MENDES, Murilo. In: Os quatro 
elementos)
A POESIA BARROCA
Embora ainda infl uenciada pelos modelos 
literários portugueses, a literatura brasileira começava 
a receber a contribuição dos primeiros escritores 
nascidos na colônia, surgindo, portanto, o senti mento 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
50
nati vista, isto é, o senti mento de valorização da terra 
natal. As origens do Barroco confundem-se com as 
origens da nossa própria literatura: os escritores 
desse período, atentos à condição subalterna da 
colônia ante Portugal, fi zeram da literatura um 
instrumento para denunciar uma realidade de 
violência, de exploração, escravização dos negros e 
perseguição dos índios, na tentati va de combater a 
mentalidade colonialista e moralizar a população por 
meio de princípios religiosos. Desse período, além 
de Gregório de Matos, destacam-se o Pe. Antônio 
Vieira, Bento Teixeira (autor de Prosopopeia, obra 
considerada o marco inicial do Barroco brasileiro), 
Botelho de Oliveira, Frei Itaparica, Sebasti ão da 
Rocha Pita e Nuno Marques Pereira.
Entre as principais característi cas da prosa e da 
poesia barroca estão o interesse por temas religiosos, 
os dualismos que bem representam o confl ito 
espiritual do homem barroco, emprego de fi guras de 
linguagem e, sobretudo, emprego de uma linguagem 
requintada – essas duas últi mas característi cas 
podem ser mais bem observadas a parti r da análise 
do culti smo e do concepti smo. No culti smo, também 
conhecido como gongorismo, há o uso excessivo de 
fi guras de linguagem e jogo de palavras, recursos 
literários que ti nham como objeti vo evidenciar 
a habilidade verbal do escritor, deixando, dessa 
maneira, a representação da realidade em segundo 
plano. Ocorreu, principalmente, na poesia.
O concepti smo, ou Quevedismo, caracteriza-
se pelo jogo de ideias, buscando, ao contrário do 
culti smo, a concisão e a ordem para convencer 
por meio do raciocínio, sem, portanto, prejuízo de 
senti dos. Manifesta-se preponderantemente na 
prosa, embora existam registros também na poesia.
Vale ressaltar que em um mesmo texto ou poema 
podem estar presentes culti smo e concepti smo, 
haja vista que ambos consti tuem tendências Inter 
infl uentes. Em alguns casos, são tênues as fronteiras 
que separam esses esti los.
O Barroco, muito mais do que uma manifestação 
literária, é uma manifestação ar� sti ca que encontrou 
representantes também na música (o nascimento 
da ópera), na arquitetura (observa-se forte adesão 
ao esti lo na construção de igrejas) e nas artes 
plásti cas (destaque para as esculturas de Antônio 
Francisco Lisboa, o Aleijadinho). Em cada uma dessas 
manifestações, podem ser observadas diferentes 
maneiras deexpressar a dualidade do homem barroco, 
além de sua tentati va de fundir valores contraditórios, 
como o gosto pelo profano, interesse pelas coisas 
terrenas e, contraditoriamente, interesse pelo sagrad
Gregório de Matos Guerra foi advogado e poeta. 
Sua obra inclui poesia lírica, sacra, sa� rica e eróti ca. 
Ganhou maior destaque por suas produções sa� ricas, 
ganhando o apelido de “Boca do Inferno” e “Boca 
de Brasa”. Nasceu em 23 de dezembro de 1636 em 
Salvador, Bahia. Seu pai era um fi dalgo português e 
sua mãe baiana. Estudou Humanidades no Colégio da 
Companhia de Jesus e depois foi para a Universidade 
de Coimbra cursar Direito.
A poesia barroca tem como principal expoente 
Gregório de Matos.
A Sua tese de doutoramento foi toda escrita em 
lati m e encontra-se na Biblioteca Nacional. Em 1661 
já estava formado e casado, sendo nomeado juiz em 
Alcácer do Sal, no Alentejo. Nessa época escreveu o 
poema sa� rico “Marinícolas”. Seus poemas líricos e 
religiosos traziam infl uências do barroco espanhol.
Gregório não se adaptou à vida na metrópole. 
Insati sfeito, preferiu voltar à sua terra natal. Em 1683 
retornou para Salvador e foi nomeado procurador da 
cidade, junto à corte portuguesa. Chegou a receber 
do primeiro arcebispo, D. Gaspar Barata, os cargos de 
vigário geral e de tesoureiromor, mas foi deposto por 
não querer completar as ordens eclesiásti cas.
Ficou viúvo e casou-se novamente, com Maria 
de Povos. Passou a viver de maneira modesta, até 
fi car reduzido à miséria; mergulhado na boemia e 
escrevendo poesias que sati rizavam sem compostura 
toda a sociedade baiana.
Gregório de Matos considerava-se repreensor e 
víti ma da própria sociedade.
Em 1685, o promotor eclesiásti co da Bahia 
denunciou os seus costumes livres diretamente ao 
tribunal da inquisição. Foi acusado de diversas coisas, 
como difamação de Jesus Cristo e de não mostrar a 
devida reverência, ti rando o barrete da cabeça ao 
passar por uma procissão. As acusações indignaram o 
poeta e seus admiradores, e não ti veram seguimento.
Como não havia imprensa no Brasil Colônia, seus 
poemas circulavam em manuscritos de mão em mão 
e nas rodas de conversa, contados de forma oral.
Após críti cas violentas direcionadas às autoridades 
baianas, em 1694 foi degredado para Angola. Advogou 
durante um tempo em Luanda e em 1695 recebeu 
permissão para voltar ao Brasil, mas não para a 
Bahia. Foi direcionado para Pernambuco, na cidade 
do Recife. Lá residiu e conseguiu fazer-se mais querido 
do que na Bahia.
Gregório de Matos, o Boca do Inferno, faleceu no 
Recife no dia 26 de novembro de 1695, reconciliado 
como bom cristão e sem nenhuma publicação feita 
em vida. Afrânio Peixoto reuniu a totalidade de sua 
obra em seis volumes, que foram publicados no Rio 
de Janeiro pela Academia Brasileira de Letras, entre 
1923 e 1933.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
51
Obras:
• Obras de Gregório de Matos, 1923-1933
• Vol. I, Sacra
• Vol. II, Lírica
• Vol. III, Graciosa
• Vols. IV e V, Sa� rica
• Vol. VI, Últi ma
• Obras Completas de Gregório de Matos, 7 vo-
lumes, 1968
• Gregório de Matos - Obras Completas, 1945
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
Questão 01 – Ouça-o o video no link h� ps:// ti nyurl.
com/GPMDGO-LPD112. Sinteti ze o tema e identi fi que 
uma característi ca barroca. Anote em seu caderno.
Questão 2 e 3 
Leia o texto para responder as questões: 02 e 03
Inconstâncias dos bens do mundo
Gregório de Matos Nasce o Sol, e não dura mais que 
um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em 
tristes sombras morre a formosura, Em con� nuas 
tristezas a alegria.
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura? Como a 
beleza assim se transfi gura?
Como o gosto da pena assim se fi a?
Mas no Sol, e na Luz falte a fi rmeza, Na formosura 
não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfi m pela ignorância, E tem 
qualquer dos bens por natureza
A fi rmeza somente na inconstância.
Disponível em h� ps://ti nyurl.com/p� 3yga. Acesso em: 25.10.23
Questão 02 - (ETEC SP)
Gregório de Matos, conhecido como o primeiro poeta 
brasileiro, fez parte do período de produção ar� sti ca 
brasileiro chamado Barroco. Uma característi ca muito 
presente nesse período é a dualidade, transposta para 
o poema do autor por meio da fi gura de linguagem 
paradoxo.
Assinale a alternati va em que há o verso que 
corresponde a essa fi gura de linguagem.
a) “Como a beleza assim se transfi gura?”
b) “Como o gosto da pena assim se fi a?
c) “E, na alegria, sinta-se tristeza.”
d) “enfi m pela ignorância”
e) “E tem qualquer dos bens por natureza:”
Questão 03 - (ETEC SP)
No poema, a ideia que funciona como fi o condutor 
no desenvolvimento dos versos é a inconstância dos 
fatos e elementos da vida.
Tendo isso em vista, assinale a alternati va que contém 
o verso que apresenta uma ideia oposta a essa assim 
como sua explicação.
a) segundo, pois trata de uma sequência da atos, 
exemplifi cada pelo fi m do dia.
b) terceiro, pois a ideia de sombra retrata a vida e 
tudo o que nela acontece.
c) sexto, pois o questi onamento feito pelo eu lírico 
denota a dubiedade da realidade.
d) décimo segundo, pois trata do surgimento do 
mundo e com ele o início de sua incultura.
e) décimo quarto, pois fala da única certeza do eu 
lírico: a manutenção da mudança.
Questão 04 - (UEL PR)
TEXTO:
Descreve a vida escolásti ca
Mancebo sem dinheiro, bom barrete, Medíocre o 
vesti do, bom sapato, Meias velhas, calção de esfola-
gato, Cabelo penteado, bom topete.
Presumir de dançar, cantar falsete, Jogo de fi dalguia, 
bom barato, Tirar falsídia ao moço do seu trato,Furtar 
a carne à ama, que promete;
A puti nha aldeã achada em feira, Eterno murmurar de 
alheias famas, Soneto infame, sáti ra elegante;
Carti nhas de trocado para a freira, Comer boi, ser 
Quixote com as damas, Pouco estudo: isto é ser 
estudante.
WISNIK, J. M. (Org.). Poemas escolhidos de Gregório de Matos. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 173.
Sobre o poema, considere as afi rmati vas a seguir.
I. O poema estabelece uma diferenciação entre o 
estudante rico, que tudo tem, e o estudante pobre, 
que é obrigado a “furtar carne à ama”.
II. O poema tem início com uma disti nção entre o 
bom e o mau estudante: “Mancebo sem dinheiro, 
bom barrete, /Medíocre o vesti do, bom sapato [...]”.
III. O poema é construído a parti r de pequenos quadros 
que denotam as várias práti cas do estudante, sendo 
que quase nenhuma delas está associada ao estudo.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
52
IV. A repeti ção de formas verbais no infi niti vo 
indica uma permanência das característi cas negati vas 
elencadas a respeito do estudante.
Assinale a alternati va correta.
a) Somente as afi rmati vas I e II são corretas.
b) Somente as afi rmati vas I e IV são corretas.
c) Somente as afi rmati vas III e IV são corretas.
d) Somente as afi rmati vas I, II e III são corretas.
e) Somente as afi rmati vas II, III e IV são corretas.
SERMÕES – PROSA BARROCA
Fonte: Padre Antônio Vieira. Disponível em: .
O livro Os sermões (1679), de Pe. António Vieira, 
é a principal obra da prosa barroca brasileira e 
portuguesa, já que esse autor faz parte da literatura 
de ambas as nações. São textos de cunho concepti sta, 
isto é, com uma argumentação engenhosa na defesa 
de uma ideia. Para a defesa de seu ponto de vista, 
Vieira usava comparações, an� teses e paradoxos. 
Bem ao esti lo barroco, contrastante e contraditório, 
o padre aliava fé à razão, já que o conteúdo de seus 
textos era religioso, mas também argumentati vo, ou 
seja, sua fé cristã era defendida por meio da razão.
As insti tuições religiosas ti nham grande peso na 
vida cultural do país nesta época. Destaca-se a fi gura 
de padre Antônio Vieira, modelo da prosa clássica 
portuguesa, que ti nha intenções claras de assumir 
na vida pública, vontade essa que marca suas cartas 
e sermões. Os seus textos oratórios revelam um 
grande virtuosismona argumentação e na procura 
de efeitos de surpresa, entusiasmo e espanto sobre 
o auditório, quer tratasse de questões morais ou 
políti cas e sociais. A prosa Barroca luso-brasileira é 
representada, especialmente, pelos sermões de padre 
Antônio Vieira, todavia sua genialidade no manuseio 
das palavras transformou-o no maior prosador e 
orador de língua portuguesa do século 17.
Seu interesse maior era a catequese dos índios. 
Para isso aprendeu suas línguas e percorreu por 5 
anos as aldeias indígenas na Bahia, pregando para 
os nati vos, tal interesse o fez defender os índios do 
cati veiro, provocando a raiva dos colonos que queriam 
escravizá-los no trabalho da lavoura e das minas.
Padre Antônio Vieira
“Nem português, nem brasileiro; Vieira era 
inteiramente jesuíta,” já disse um autor. O pe. Antônio 
Vieira nasceu a 6 de fevereiro de 1608, em uma 
casa pobre na Rua do Cônego, em Lisboa, tendo 
sido um dos mais infl uentes homens desse século 
em termos de políti ca portuguesa. Seu pai servira a 
marinha e fora, por dois anos, escrivão da Inquisição 
portuguesa. Seu pai se mudou em 1609 para o Brasil, 
onde assumiu um cargo de escrivão em Salvador; em 
1614 trouxe a família para o Brasil quando Antônio 
ti nha 6 anos de idade. Antônio estudou na única 
escola de Salvador da época: a dos jesuítas. Consta 
que não era um bom aluno no começo, mas depois 
tornou-se brilhante. Juntou-se a Companhia de Jesus 
como noviço em maio de 1623.
Existem muitas lendas sobre Vieira, incluindo que 
na juventude sua genialidade lhe fora concedida por 
Nossa Senhora e que uma vez um anjo lhe indicou o 
caminho de volta à escola quando estava perdido. 
Quando em 1624 os holandeses invadiram a Bahia, 
Vieira se refugiou no interior, onde começaram seus 
impulsos missionários. Um ano depois tomou os votos 
de casti dade, pobreza e obediência, abandonando o 
noviciado.
Não prati cou a vida missionária, mas estudou 
muito além da teologia: lógica, � sica, meta� sica, 
matemáti ca e economia. Em 1634, após ter sido 
professor de retórica em Olinda, se ordenou.
Em 1638 já ensinava Teologia. Apesar de antes 
pensar-se que Vieira defendia a posse do Nordeste por 
Portugal, hoje sabe-se que ele preferia que Portugal o 
entregasse a Holanda apesar de seu famoso sermão 
em favor da posse (Portugal gastava 10 vezes mais 
com o Nordeste do que ganhava e a Holanda era um 
inimigo militar muito superior na época). Em 1641 
começou a carreira com diplomacia na conturbada 
Portugal do século XVII. Quando eclodiu uma disputa 
entre dominicanos.
Contextualidade Histórica
Vieira, defensor dos judeus, cai em desgraça, 
enfraquecido pela derrota de sua posição quanto 
à questão Nordeste. Em 1644 ele deixa Portugal 
como embaixador (seu pai, que antes vivia pobre, 
é nomeado pensionista real) para negociar com 
a Holanda a devolução do Nordeste, com grau de 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
53
sucesso complexo numa ocasião da história de 
Portugal que quase acaba com Portugal como parte 
da Holanda.
O povo de Portugal não gostava das pregações 
de Vieira em favor dos judeus e após estes tempos 
conturbados da políti ca portuguesa ele acaba voltando 
ao Brasil, onze anos após voltar para a Europa.
Fica no Nordeste algum tempo e volta para a 
Europa com a morte de D. João IV, tornando-se 
confessor da regente D. Luísa. Quando chega a 
questão do sucessor de D. João, Vieira fi ca no lado 
perdedor e é desterrado para o Porto, enquanto os 
jesuítas têm seus privilégios removidos.
A Inquisição chega a prendê-lo na época após 
não ter sucesso em censurá-lo. Novamente no lado 
mais fraco na época da deposição de D. Afonso IV, 
vai ao Vati cano após meses sem pregar. Encontra o 
papa à beira da morte e fi ca em Roma. Quando em 
1671 nova expulsão dos judeus é feita, Vieira parte 
na defesa deles. Em 1675 ele é absolvido totalmente 
pela Inquisição.
No começo de 1681 volta ao Brasil e volta a pregar. 
Suas obras começam a ser publicadas na Europa, onde 
são elogiadas até pela Inquisição. Já muito velho e 
doente, tem que espalhar circulares sobre sua saúde 
para manter em dia sua longa correspondência. Em 
1694 já não escreve do próprio punho.
Esti lo de escrita Barroca/Concepti smo
Tendência, característi ca da literatura barroca, 
para os jogos de conceitos, prova de engenho 
subti l, não menos esti mada em poesia do que em 
prosa. Já se encontra concepti smo no CANCIONEIRO 
GERAL e nos poetas petrarquizantes de Quinhentos, 
como Luís de Camões, mas no séc. XVII a tendência 
intensifi ca-se e toma aspectos novos, sob a infl uência 
dominante de Gôngora e de Quevedo. Embora 
culti smo e concepti smo estejam inti mamente 
unidos, frutos como são da mentalidade barroca, há 
autores predominantemente concepti stas e de clara 
expressão - clássica, em certo senti do: é o caso do 
P.e António Vieira. Embora culti smo e concepti smo 
estejam inti mamente unidos, frutos como são da 
mentalidade barroca, há autores predominantemente 
concepti stas e de clara expressão - clássica, em certo 
senti do: é o caso do P.e António Vieira.
Literatura Esti lo caracterizado pelo abuso da 
fi neza de espírito, pela abundância de ornatos, pela 
elaboração formal, pelo abuso dos conceitos.
A escrita Barroca era uma escrita que uti lizava a 
língua do Lati m em seus textos e oratórias pelo Lati m 
ser uma língua muito culta por isso a grande infl uência 
de línguas na literatura Barroca.
Vieira no dias atuais
Padre Antônio após falecer em 17 de junho de 
1697 ainda hoje os sermões e as pregações dele ainda 
fazem pensarmos sobre nossas vidas, se é o sal que 
está com defeito ou se é a terra que não se quer salgar, 
ou seja, se é os pregadores que estão com defeitos 
ou se é os ouvintes que não querem ouvir e se deixar 
levar pelo que as pregações dizem.
Se lermos o sermão notaremos que o sermão fala 
sobre o sal da terra e a luz do mundo, mas que sal 
e que luz, e é isso que tem de fantásti co na escrita 
Barroca.
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
Questão 1 - (Mackenzie SP)
Assinale a afi rmação correta sobre Pe. Antônio Vieira.
a) Representante do esti lo barroco em Portugal e 
no Brasil, serviu-se da prosa sermonísti ca para 
questi onar aspectos sociais e políti cos de seu 
tempo.
b) Devido a sua ideologia revolucionária, é 
considerado pela críti ca especializada a mais alta 
expressão do Barroco culti sta em Portugal.
c) Membro da Cia. De Jesus, atuou no Brasil no 
século XVI, ao lado do Pe. José de Anchieta, como 
um dos primeiros catequizadores que apoiaram a 
escravidão dos silvícolas.
d) O esti lo prolixo que adotava em seus sermões, 
� pico do gongorismo português, era estratégia 
para insinuar críti cas contra o absoluti smo 
monárquico do século XVII.
e) Assim como Gregório de Matos, notabilizou-se 
pelos versos sa� ricos e irreverentes, nas críti cas 
explícitas feitas aos representantes da aristocracia.
Questão 2 (IFSP)
O texto a seguir consti tui um trecho do Sermão de 
Quarta-Feira de Cinzas, escrito por padre Antônio 
Vieira, e proferido em Roma no ano de 1672.
Duas coisas prega hoje a Igreja a todos os mortais: 
ambas grandes, ambas tristes, ambas temerosas, 
ambas certas. Mas uma de tal maneira certa, e 
evidente, que não é necessário entendimento para 
crer; outra de tal maneira certa, e difi cultosa, que 
nenhum entendimento basta para a alcançar. Uma é 
presente, outra futura: mas a futura veem na os olhos, 
a presente não a alcança o entendimento.
E que duas coisas enigmáti cas são estas? Pulvis 
es, et in pulverem reverteris. Sois pó, e em pó vos 
haveis de converter. Sois pó, é a presente; em pó vos 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
54
haveis de converter, é a futura. O pó futuro; o pó em 
que nos havemos de converter, veem no os olhos; o 
pó presente, o pó que somos, nem os olhos o veem, 
nem o entendimento o alcança.
De vinte e quatro horas que tem o dia, por que 
se não dará uma hora à triste alma? Esta é a melhor 
devoção e a mais agradável a Deus que podeis fazer 
nesta Quaresma. Tomar uma hora cada dia,a marca para medir a distância obti da. 
No salto triplo, o atleta dá dois saltos antes do salto 
fi nal na areia.
Fonte: Mauro Vinicius Duda da Silva no Troféu Brasil de Atleti smo 
de 2016 — Foto: Wagner Carmo CBAt.
Levando em consideração os lançamentos e 
arremessos podemos levar em consideração:
• Martelo – o atleta deverá lançar uma esfera de 
metal presa a um cabo de aço o mais distante 
possível;
• Peso - o atleta deverá lançar uma bola esférica 
de metal o mais longe possível;
• Disco – o atleta deverá lançar um disco de metal 
à maior distância possível.
• Dardo – o atleta lança um dardo tentando al-
cançar a maior distância possível.
Mariana Grazielly Marcelino é a primeira 
atleta brasileira a chegar à fi nal panamericana da 
modalidade. 
Fonte: Imagem extraída de h� p:// jornalcobaia.com.br/atleta-ca-
tarinense-e-pentacampea-brasilei-ra-no-lancamento-de-martelo.
Podemos observar que os objeti vos são 
semelhantes, mas mudam o ti po de material que irá 
ser arremessado.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
8
Fonte: Imagem extraída de: h� ps://www.cob.org.br/pt/cob/ti me-brasil/ esportes/atleti smo/.
CURIOSIDADES:
No site da Confederação Brasileira de Atleti smo 
podemos encontrar algumas curiosidades como:
• O campeão dos 100m rasos é chamado de “o 
homem mais rápido o mundo”;
• O vencedor da maratona é o mais resistente;
• Os lançadores são os mais fortes;
• O campeão do decatlo é o mais completo;
• O martelo é uma bola metálica ligada por um 
cabo de aço a uma empunhadura que o atleta 
usa para lançar.
Fonte: Imagem: www.agenciabrasil.ebc.com.br/rio-2016
Silvania de Oliveira saltou 4.98m e conseguiu a ouroREUTERS/ 
Jason Cairnduff /Direitos reservados.
Fonte: www.lance.com.br/mais-esportes/ revezamento 4x400m 
misto do Brasil.
SAIBA MAIS
h� ps://www.youtube.com/watch?v=-gL1XDppdiz4
SUGESTÃO DE APRENDIZAGEM
a) Elaboração de mapas mentais sobre atleti smo, 
colocando em ênfase as diferenças encontradas nas 
modalidades do atleti smo.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
9
b) Práti cas corporais orientadas pelo/a professor/a, 
realizadas para realização do mini atleti smo na escola: 
Vídeo Impulsiona: Fonte: h� ps://www.youtube.com/ 
watch?v=iu-z9Q1XUZU.
MOMENTO ENEM
1. (INEP – ENEM 2014) 
Os discursos referentes à práti ca de exercícios 
� sicos estão imbricados de valores sociais, culturais 
e educati vos infl uenciados, principalmente, 
pelos discursos midiáti cos. O processo natural de 
envelhecimento passa a ser visto como um descuido 
por aqueles que assim o aparentam, especialmente 
nos cuidados com o corpo.
Ao analisarmos a imagem, podemos considerar que 
ela apresenta:
(A) os valores do corpo visto enquanto conjunto de 
partes funcionando como uma máquina, fruto dos 
valores mecanicistas.
(B) o exercício � sico como possibilidade de atender 
às pessoas de qualquer idade e classe para o 
aprimoramento estéti co.
(C) a práti ca de exercícios como promoção de saúde 
e respeito ao desenvolvimento humano.
(D) um corpo em toda a sua essência, � sico, psíquico, 
biológico e cultural e o exercício auxiliando o 
entendimento de todas essas dimensões.
(E) a ideia do corpo ideal jovem, musculoso e atléti co 
e o exercício como a fórmula para se alcançar a 
juventude eterna e, por sua vez, o sucesso.
 REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional 
ComumCurricular.2018 h� ps://www.cob.org.br/pt/
cob/ti me-brasil/esportes/ atleti smo/.
SQUASH
HABILIDADES ESPECÍFICA
(EM13LGG203) Analisar os diálogos e os processos de 
disputa por legiti midade nas práti cas de linguagem e 
em suas produções (ar� sti cas, corporais e verbais).
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMLGG502F) Propor ati vidades de lazer para a 
comunidade escolar, estudando sua realidade local 
para respeitar seus interesses, e democrati zar o 
acesso a esses momentos.
OBJETO DE CONHECIMENTO
Conhecimento teórico-práti co sobre ati vidade � sica, 
exercício � sico e treinamento corporal no contexto 
das práti cas corporais. Conhecimento teórico-práti co 
dos fundamentos técnicos e. das regras básicas nas 
práti cas corporais.
Segundo a BNCC Brasil (2018), Os esportes de 
rede/parede envolvem o conjunto de “modalidades 
que se caracterizam por arremessar, lançar ou rebater 
a bola em direção a setores da quadra adversária nos 
quais o rival seja incapaz de devolvê-la da mesma 
forma ou que leve o adversário a cometer um erro 
dentro do período de tempo em que o objeto do jogo 
está em movimento. Alguns exemplos de esportes 
de rede são voleibol, vôlei de praia, tênis de campo, 
tênis de mesa, badminton e peteca. Já os esportes de 
parede incluem pelota basca, raquetebol, squash etc.” 
Neste módulo iremos explorar e conhecer o esporte 
de parede denominado squash.
O squash se caracteriza por ser um esporte de 
parede, pois os competi dores alternam-se atacando 
a bola e rebatendo-a contra uma parede de rebote. 
O ponto irá ocorrer quando um dos jogadores não 
conseguir responder aos ataques adversários.
Squash pode ser jogado individualmente ou 
em duplas sendo um esporte disputado em quadra 
fechada e que se uti liza das paredes laterais e frontal 
para que ocorra o jogo. A quadra que tem o formato 
de um quadrado, possui marcações que delimitam 
as ações dos jogadores e, obrigatoriamente, a bola 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
10
tem que ser rebati da contra a parede frontal antes 
da jogada.
História
Em relação a origem do squash causa muita 
controvérsia e muitas histórias. Existem pessoas 
que afi rmam que surgiu nas prisões da Inglaterra, 
no século XIX. Os presos, só com um cubículo para 
se exercitar, improvisaram nas próprias celas uma 
bolinha e jogavam com as mãos, sem raquetes. Outros 
relatos dão conta que é um esporte derivado do tênis.
Fonte: Imagens extraída de h� ps://placar.abril.com.br/esporte/a-
-descoberta-do-squash-um-dos-esportes-nao-olimpicos-em-to-
ronto/ acessado em: 30/05/2022.
Por volta de 1920 surgiu no Brasil, com os ingleses, 
que introduziram o novo esporte nos locais onde 
procuravam ouro. Há documentos que comprovam 
que em São João D’el Rey, nas minas de ouro da fi rma 
de mesmo nome, em Minas Gerais, existi u uma das 
primeiras quadras.
Fonte: Squash. Foto: wavebreakmedia / Shu� erstock.com.
Por ser jogado em quadra fechada, permite 
sua práti ca durante todos os meses do ano. Muitas 
empresas do setor civil estão procurando construir 
quadras de squash nos prédios residenciais e 
comerciais, em construção, incluindo-as nas áreas 
de lazer.
O squash tem crescido muito no Brasil e é cada dia 
maior o número de adeptos. Em 2002 o Brasil ganhou 
sua primeira quadra toda de vidro (com visão nas 
quatro paredes da quadra) e, com isso, possibilitou 
um aumento de público e de transmissões para a TV. A 
quadra de vidro pode ser montada em qualquer lugar, 
(estacionamentos de shoppings, praças, ruas, áreas 
verdes) desde que respeitadas as medidas ofi ciais.
Fonte: Texto extraído e adaptado de: h� ps://www.infoescola. 
com/esportes/squash/ acessado em: 31/05/2022.
A pontuação
O squash é uma modalidade que não requer 
tempo determinado de parti da como em outros 
esportes, como por exemplo, o basquete e o futebol. É 
o sistema de pontuação que determina sua fi nalização, 
mas podemos ter uma média de tempo de jogo que 
depende de fatores como, quanti dade de games, 
equilíbrio técnico e principalmente do nível técnico 
do parti cipante. A contagem dos pontos é disputada 
através de uma melhor de três ou cinco games, em 
que cada game é jogado até 11 pontos. O jogador 
que ati ngir 11 pontos primeiro vence o game, a não 
ser que a contagem fi que em 10 iguais, neste caso 
vence o game quem fi zer 2 pontos de diferença. Os 
dois jogadores podem pontuar (pontos corridos). 
O sacador, se vencer uma jogada, marca um ponto 
e mantém o serviço, e o recebedor se vencer uma 
jogada, marca um ponto e se torna o sacador (COSTA; 
SILVA, 2013; REGRAS WSF-CBS-FSPB, 2010).
Fonte: Imagem extraída de: h� ps://homenscomh.wordpress. 
com/2011/03/31/squash-o-esporte-que-queima-mais-caloria/em que 
só por só com Deus e conosco, cuidemos na nossa 
morte e na nossa vida.
E porque espero da vossa piedade e do vosso 
juízo que aceitareis este bom conselho, quero 
acabar, deixando-vos quatro pontos de consideração: 
Primeiro, quanto tenho vivido? Segundo, como vivi? 
Terceiro, quanto posso viver? Quarto, como é bem 
que viva?
(MENDES, João S. J. Padre Antônio Vieira. Editorial Verbo, 1972.
Adaptado)
Com base no texto selecionado, é correto afi rmar que, 
ao redigir seus sermões, padre Antônio Vieira
a) uti lizava-se de an� teses, ou seja, da apresentação 
de ideias opostas.
b) empregava vocabulário diversifi cado e não repeti a 
palavras.
c) centrava o discurso em seu ponto de vista e não 
propunha questi onamentos aos ouvintes.
d) optava por uma linguagem ininteligível, pois não 
expunha as ideias de forma gradati va e sequencial.
e) limitava a compreensão dos ouvintes ao citar 
frases em lati m, língua que poucos conheciam.
Questão 3 - (UESPI)
Os Sermões do Padre Antonio Vieira, enquanto gênero 
sacro, se caracterizam por usar a palavra de maneira 
perspicaz e por dar a cada palavra a tensão necessária. 
Para o críti co português Antônio José Saraiva, “não 
há nele palavras átonas, indiferentes, languescentes. 
Cada uma parece ocupar o lugar que lhe é próprio, 
como um estado de alerta”. Ante o exposto, qual 
é, dentro das opções elencadas abaixo, o processo 
retórico que não caracteriza e, por sua vez, não 
compõe a estrutura da extensa e erudita obra de 
Vieira?
a) Cultor da oratória concepti sta, os Sermões partem 
sempre de um fato real ou de algo observado.
b) Construindo uma analogia entre o seu momento 
presente e a “verdade” do texto bíblico, Vieira 
seduz, por meio da palavra precisa, o ouvinte/
leitor a refl eti r e a reagir sobre os temas da sua 
pregação.
c) Seus Sermões, apesar da riqueza imagéti ca, se 
caracterizam por um vocabulário pouco seleto e 
uma sintaxe previsível e pobre.
d) Orientado por objeti vos morais, políti cos ou 
religiosos, Vieira busca sempre ati ngir seu alvo 
com invulgar eloquência e força de persuasão.
Os Sermões de Vieira seguem, em quase 
totalidade, a estrutura da retórica clássica triparti te: 
introito (ou exórdio), desenvolvimento (ou argumento) 
e peroração.
De vinte e quatro horas que tem o dia, por que 
se não dará uma hora à triste alma? Esta é a melhor 
devoção e a mais agradável a Deus que podeis fazer 
nesta Quaresma. Tomar uma hora cada dia, em que 
só por só com Deus e conosco, cuidemos na nossa 
morte e na nossa vida.
E porque espero da vossa piedade e do vosso 
juízo que aceitareis este bom conselho, quero 
acabar, deixando-vos quatro pontos de consideração: 
Primeiro, quanto tenho vivido? Segundo, como vivi? 
Terceiro, quanto posso viver? Quarto, como é bem 
que viva?
(MENDES, João S. J. Padre Antônio Vieira. Editorial Verbo, 1972. 
Adaptado)
Com base no texto selecionado, é correto afi rmar que, 
ao redigir seus sermões, padre Antônio Vieira
f) uti lizava-se de an� teses, ou seja, da apresentação 
de ideias opostas.
g) empregava vocabulário diversifi cado e não repeti a 
palavras.
h) centrava o discurso em seu ponto de vista e não 
propunha questi onamentos aos ouvintes.
i) optava por uma linguagem ininteligível, pois não 
expunha as ideias de forma gradati va e sequencial.
j) limitava a compreensão dos ouvintes ao citar 
frases em lati m, língua que poucos conheciam.
Questão 3 - (UESPI)
Os Sermões do Padre Antonio Vieira, enquanto gênero 
sacro, se caracterizam por usar a palavra de maneira 
perspicaz e por dar a cada palavra a tensão necessária. 
Para o críti co português Antônio José Saraiva, “não 
há nele palavras átonas, indiferentes, languescentes. 
Cada uma parece ocupar o lugar que lhe é próprio, 
como um estado de alerta”. Ante o exposto, qual 
é, dentro das opções elencadas abaixo, o processo 
retórico que não caracteriza e, por sua vez, não 
compõe a estrutura da extensa e erudita obra de 
Vieira?
a) Cultor da oratória concepti sta, os Sermões partem 
sempre de um fato real ou de algo observado.
b) Construindo uma analogia entre o seu momento 
presente e a “verdade” do texto bíblico, Vieira 
seduz, por meio da palavra precisa, o ouvinte/
leitor a refl eti r e a reagir sobre os temas da sua 
pregação.
c) Seus Sermões, apesar da riqueza imagéti ca, se 
caracterizam por um vocabulário pouco seleto e 
uma sintaxe previsível e pobre.
d) Orientado por objeti vos morais, políti cos ou 
religiosos, Vieira busca sempre ati ngir seu alvo 
com invulgar eloquência e força de persuasão.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
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e) Os Sermões de Vieira seguem, em quase totalidade, 
a estrutura da retórica clássica triparti te: introito 
(ou exórdio), desenvolvimento (ou argumento) e 
peroração.
Questão 4 - (UESPI)
A parti r das duas fi guras proeminentes do barroco 
brasileiro, identi fi que a que autor se refere cada uma 
das afi rmações a seguir.
1) Gregório de Matos
2) Pe. Antônio Vieira
( ) Sati rizando a sociedade da época, este advogado/ 
poeta baiano do século XVII, abordou também em 
sua poesia temas sacros e líricos.
( ) Orador sacro famoso, na Bahia do século XVII, 
foi também conselheiro do rei de Portugal. Em 
seus sermões, defendeu os índios e criti cou os 
costumes dos colonos.
( ) Com retórica bem trabalhada, usava uma 
linguagem rebuscada, com silogismos e fi guras 
de linguagem, tendo sido predominantemente 
concepti sta, abordando questões morais e 
políti cas.
( ) Foi denominado Boca do Inferno devido a seu 
humor cáusti co e contundente, expresso nos 
poemas sa� ricos.
A sequência correta é:
a) 1, 2, 2, 1
b) 2, 2, 1, 1
c) 1, 1, 2, 2
d) 2, 1, 1, 2
e) 1, 2, 1, 2
DETALHES IMPORTANTES DO 
BARROCO BRASILEIRO
Bento Teixeira
Bento Teixeira (1561-1618) foi um poeta 
lusobrasileiro, autor do poema épico “Prosopopeia”, 
considerado o marco inicial do Barroco brasileiro.
Nasceu em Porto, Portugal, no ano de 1561. Filho 
de Manuel Álvares de Barros e de Leonor Rodrigues, 
cristãos novos, mudou-se com a família para o Brasil 
colônia, em 1567, instalando-se na Capitania do 
Espírito Santo.
Recebeu de sua mãe a doutrina judaica, no 
entanto, estudou em colégio jesuíta. Tentou seguir 
a carreira eclesiásti ca, mas desisti u. Depois da morte 
dos pais, mudou-se para Ilhéus na Bahia. Em 1584, 
casou-se com a cristã Filipa Raposo.
Em seguida, transferiu-se para a Capitania de 
Pernambuco, onde em 1590 instalou uma escola em 
Olinda e se dedicou ao magistério e ao comércio.
Acusado pela mulher, de ser judeu e de rejeitar 
as práti cas cristãs, passou a ser perseguido pela 
inquisição. Em 1589, foi julgado e absolvido pelo 
ouvidor Em novembro de 1594, Bento Teixeira mata 
a esposa e se refugia no Mosteiro de São Bento, em 
Olinda. Durante uma tentati va de fuga, Bento foi preso 
e enviado para Lisboa em 1595.
Na capital portuguesa, inicialmente negou, mas 
resolveu depois confessar sua crença e práti cas 
judaicas. Em 31 de janeiro de 1599, em auto de fé, foi 
obrigado a renunciar solenemente a religião judaica.
Prosopopeia
Enquanto esteve na prisão em Lisboa, redigiu o 
longo poema épico, Prosopopeia, publicado em 1601, 
que abriu as portas do barroco brasileiro.
Seguindo a estrutura camoniana, o autor apresenta 
o poema em oitavas-heroicas, com 94 estrofes, que 
exalta as glórias dos Albuquerque, sobretudo do 
seu protetor Jorge de Albuquerque Coelho, terceiro 
Donatário da Capitania de Pernambuco, onde 
prosperava a cultura da cana-de-açúcar.
Conta a viagem de Jorge, o futuro donatário de 
Pernambuco, quando retornou a Lisboa, em 1565 e 
os problemas enfrentados pelo navio em que viajava, 
quando foi atacado pelos corsários franceses e 
pelas fortes tempestades que enfrentou, levando a 
navegação à deriva, da falta de alimentos e de água 
a bordo e pôr fi m do socorro recebido e da chegada a 
Cascais. No poema, Bento Teixeira procurou ressaltar 
o destemor e a solidariedade de Jorge de Albuquerque 
Coelho para com os companheiros de viagem. Jorge 
voltou a Pernambuco em 1573, afi m de governar a 
capitania de Pernambuco.
Bento Teixeira Pinto faleceu na cadeia em Lisboa, 
em julho de 1618.
TEATRO BARROCO
Teatro A grande personalidade teatral portuguesa 
do séc. XVI é Gil Vicente. A sua obra é uma obra de 
transição entre o espírito medieval e o Renascimento, 
mantém estruturas e ti pos caracteristi camente 
populares e tradicionais, mas onde se incluem 
já algumas das questões discuti das no âmbito do 
humanismo. Signifi cati vo durante o século XVII. 
Chamado de a arte da contrarreforma, o barroco 
é, ao mesmo tempo, uma reação ao materialismo 
renascenti sta e às ideias reformistas de Lutero 
e Calvino e um retorno à tradição cristã. O espírito 
da época é atormentado, cheio de tensão interna, 
marcado pela sensação da transitoriedade das coisas, 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
56
pessimista e com gosto pelo macabro. A princípio 
sóbrio e depurado, torna-se, com o tempo, rebuscado, 
com abundância de metáforas.
A Arte Barroca Brasileira
Estudiosos afi rmam que foi no esti lo barroco 
quando surgiram as primeiras expressões de arte 
verdadeiramente brasileiras.
No Brasil, o Barroco tem seu apogeu no século 
XVIII e perdurou até o século XIX. No nosso país, em 
virtude da riqueza do período colonial, temos um 
acervo marcante de obras de expressão barroca.
Aqui, esse esti lo está fortemente relacionado 
ao catolicismo. Existem muitas igrejas barrocas, 
entretanto, também é possível encontrar outros 
projetos arquitetônicos com tais característi cas, 
por exemplo, câmaras municipais, penitenciárias e 
residências de pessoas ilustres.
O maior ícone da arte barroca no Brasil foi o 
escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho 
(1730- 1814). Sua produção varia de trabalhos em 
madeira entalhada, pedra-sabão, altares e igrejas e 
tem como característi cas o uso das cores e a maneira 
simples e dinâmica de retratar as cenas.
Vertentes do Barroco no Brasil
Há duas vertentes dentro da arte barroca 
produzida em solo nacional.
A mais requintada ocorreu nos estados de Minas 
Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia, onde a 
economia era baseada na cana-de-açúcar e mineração. 
Nessas regiões são encontradas igrejas com trabalhos 
em madeira, nos quais os relevos eram cobertos por 
camadas de ouro. Há também janelas e portas que 
exibem minuciosas produções em escultura.
Nas regiões menos abastadas do país, onde não 
havia a produção de açúcar nem o ouro, o esti lo 
ar quitetônico barroco era mais simplifi cado. As 
igrejas não possuíam trabalhos tão elaborados, pois 
eram realizados por arti stas menos experientes e 
renomados.
Cidades Brasileiras e o Barroco
Ouro Preto, localizada no estado de Minas Gerais, 
mantém uma riqueza cultural decorrente desse 
período. É a cidade brasileira que mais se destaca no 
que respeita ao esti lo barroco.
O ouro havia sido descoberto em Minas Gerais, 
o que propiciou que fossem feitas construções 
riquíssimas.
A cidade de Salvador é outro exemplo de expressão 
do Barroco. Nessa altura, ela era a capital do Brasil (até 
1763). Por esse moti vo, além de pinturas e esculturas, 
abriga belas obras arquitetônicas. É exemplo o Palácio 
do Governador.
ROMANTISMO
O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, 
políti cas e culturais causadas por acontecimentos do 
fi nal do século XVIII pela Revolução Industrial, que 
gerou novos inventos com o objeti vo de solucionar 
os problemas técnicos decorrentes do aumento 
de produção, provocando a divisão do trabalho e 
o início da especialização da mão-de-obra, e pela 
Revolução Francesa, que lutava por uma sociedade 
mais harmônica, em que os direitos individuais 
fossem respeitados, traduziu-se essa expectati va na 
Declaração dos Direitos do homem e do Cidadão. Do 
mesmo modo, a ati vidade ar� sti ca tornou-se mais 
complexa.
Um dos primeiros movimentos ar� sti cos que 
surge em reação ao Neoclassicismo do século XVIII 
é o Romanti smo e historicamente situa-se entre 
1820 e 1850. Os arti stas românti cos procuraram se 
libertar das convenções acadêmicas em favor da livre 
expressão da personalidade do arti sta.
O termo românti co foi empregue pela primeira vez 
na Inglaterra para defi nir o tema das novelas pastoris 
e de cavalaria que existi am nessa época. Românti co 
signifi cava pitoresco: expressão de uma emoção que 
é defi nida e que foi provocada pela visão de uma 
paisagem.
O termo românti co passou depois a ser adotado 
no movimento ar� sti co-fi losófi co Romanti smo, que 
seguiu as ideias políti cas e fi losófi cas do século das 
luzes (liberdade de expressão e afi rmação dos direitos 
dos indivíduos) e também as ideias de um movimento 
alemão chamado – Strürm und Drang (que ti nha como 
principais elementos o senti mento e a natureza).
Característi cas do romanti smo:
• Culti vo da emoção, da fantasia, do sonho, da 
originalidade, evasão para mundos exóti cos 
onde se podia fantasiar e imaginar;
• Exaltação da natureza;
• Gosto pela Idade Média (porque ti nha sido o 
tempo de formação das nações);
• Defesa dos ideais nacionalistas (liberdade indi-
vidual, liberdade do povo);
• Panteísmo (doutrina segundo a qual Deus não 
é um ser pessoal disti nto do mundo, Deus e o 
mundo seriam uma só substância);
• Individualismo, visão de mundo centrada nos 
senti mentos do indivíduo.
• Subjeti vismo, o arti sta idealiza temas, exage-
rando em algumas das suas característi cas (por 
exemplo, a mulher é vista como uma virgem 
frágil; a noção de pátria também é idealizada).
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
57
É na Alemanha que se manifesta pela primeira vez 
a estéti ca da interioridade, que considera a arte como 
um instrumento para se ati ngir o cerne da criação, 
para se entrar em contato com a natureza infi nita, 
através do senti mento sublime.
É o início da pintura moderna de paisagem, capaz 
de exprimir, melhor do que outro, certos aspectos da 
sensibilidade do homem oitocenti sta.
No século XIX aparece um movimento de reação 
que procura os fundamentos da arte nas anti gas 
realidades nacionais. O gosto pela arqueologia 
torna-se extensivo à Idade Média e redescobre-se 
o românico e o góti co, que os arti stas tentam fazer 
reviver em suas obras. Dedicam-se à redescoberta das 
técnicas construti vas desses dois esti los, chegando à 
conclusão que as soluções técnicas da Idade Média 
eram tão racionais como as clássicas greco-romanas.
O romanti smo procura elementos rústi cos e 
entrega-se às realizações espontâneas, o que dá 
origem à incorporação, na nossa cultura, de vários 
conhecimentos acumulados pelos povos primiti vos ou 
que se desenvolveram longe da Europa civilizada. Isto 
leva ao estudo das artes chinesa, japonesa, indiana 
e a africana.
Com o regresso à Idade Média, o romanti smo 
recusa as regras impostas pelas academias 
neoclássicas, pois estas eram inspiradas nos valores 
clássicos (ordem, proporção, simetria e harmonia).
Os arquitetos românti cos preferem:
• Irregularidades nas estruturas espaciais e vo-
lumétricas;
• Preferência pelas geometrias mais complexas 
e pelas formas curvas;
• Efeitos de luz;
• Movimentos dos planos;
• Pitoresco de decoração (tudo o quer pode ser 
pintado ou representado em imagem).
Com a recuperação das formas ar� sti cas medievais 
(românico e o góti co) acompanhada do gosto pelo 
exóti co conti do nas culturais orientais (bizanti na, 
chinesa e árabe) evidenciando as característi cas de 
revivalismo, ecleti smo, historicismo e exoti smo.
Pintura
Enquadramos a pintura dentro período de 1820- 
1850 que traz infl uências da pintura pré-românti ca 
de fi nais do século XVIII, do Grupo Os Nazarenos, 
que era um grupo de pintores alemães do tempo 
do neo-classicismo que formaram em Roma uma 
comunidade para estudar e pintar a parti r da arte 
italiana do Renascimento e dos pré-rafaelitas, que era 
um grupo de pintores que surgiu na Inglaterra cerca de 
1848 e que procurava inspiração nos pintores italianos 
anteriores à Rafael. Foi este grupo que trabalhou no 
período tardo-românti co e fez a transiçãopara o 
Realismo e para o Simbolismo.
As principais característi cas da pintura românti ca 
são:
• Corte com o academicismo neoclássico;
• O arti sta emancipa-se da encomenda e faz a 
sua obra baseado nos impulsos da sua alma e 
na sua própria inspiração;
• A pintura é bastante individualizada e diversi-
fi cada no que diz respeito ao próprio esti lo e 
aos temas;
• Pretende integrar o observador, tal como no 
barroco, mas agora ela já não se serve dos des-
concertantes efeitos trompe l’oeil, que diluem 
fronteira entre a aparência e a realidade. Aqui o 
observador, assim como os personagens repre-
sentados principalmente de costas, contempla 
as paisagens distantes que se desdobram à sua 
frente;
• Uma pintura românti ca pretende ser contem-
plada e o observador terá que dar um signifi -
cado à pintura consoante às suas emoções;
• O pintor lança um olhar subjeti vo sobre o mun-
do objeti vo e apresenta-nos uma imagem fi l-
trada pelas suas emoções. O arti sta torna-se o 
intérprete do mundo.
Os temas da pintura românti ca são divididos 
em três grupos. O primeiro, não são temas novos, 
mas são tratados com a mentalidade românti ca e 
seus novos conceitos ar� sti cos: históricos, literários, 
mitológicos, retratos e autorretratos. O segundo, são 
temas que representam a alma românti ca, emocional 
e apaixonada, idealista e simples, como:
• Reti rados da atualidade políti co-social da época 
(naufrágios, revoltas sociais, lutas nacionalistas 
e seus heróis, lutas pela libertação de minorias);
• Inspirados no mundo dos sonhos e do fantásti co 
(mundo interior do arti sta)
• Costumes populares (feiras e romarias)
• Tradições, hábitos e raças exóti cas (civilizações 
não europeias, como a China, Japão, Índia e 
Norte da África)
• Vida animal (animais selvagens e indomados)
• Paisagens (retratadas com simplicidade e nos-
talgia, de uma forma dramáti ca e emocional, 
projetando o estado de espírito do próprio ar-
ti sta).
E o terceiro grupo, retrata a pintura de paisagem 
revelando-se o gênero predileto desse período. São 
composições solitárias e indefesas perante as forças da 
natureza, olhando nostalgicamente para o horizonte 
ou composições com árvore mortas e ruínas cobertas 
por vegetação, que mostram a passagem do tempo e 
o ciclo da evolução.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
58
Das característi cas do esti lo, destacamos:
• A cor prevalece sobre o desenho linear e são 
uti lizadas cores variadas explorando contrastes 
fortes e não harmoniosos;
• Os intensos efeitos de claro-escuro dão um lado 
mais arti fi cial e dramáti co à luz. A luz focaliza-
-se sobre o ponto que se quer evidenciar na 
composição, acentuando a expressividade e o 
senti mentalismo das cenas;
• Uti lização do óleo e da aquarela;
• A composição uti liza estruturas agitadas, mo-
vimentadas, orientadas por linhas oblíquas, 
diagonais e sinuosas que reforçam o senti do 
trágico, dramáti co e heroico dos temas.
Escultura
A escultura teve que encontrar meios técnicos de 
expressividade para representar o espírito românti co 
exaltando senti mentos e emoções. Expressa reação 
ao Neoclassicismo, evitando as composições estáti cas 
e as super� cies lisas e polidas. Há a exaltação da 
expressividade através de composições movimentadas 
e de senti do dramáti co. A temáti ca em geral era 
natureza, animais e plantas, temas heroicos e cenas 
de fantasia e da imaginação. A palavra romanti smo 
designa uma maneira de se 
comportar, de agir, de 
interpretar a realidade. O 
comportamento românti co 
caracteriza-se pelo sonho, 
por uma ati tude emoti va 
diante das coisas e esse 
comportamento pode 
ocorrer em qualquer 
tempo da história. O ballet 
nasceu em 1489, em Itália, 
quando se realizou um espetáculo por ocasião do 
casamento do duque de Milão. Nessa altura, só havia 
bailarinos masculinos, já que as mulheres não estavam 
autorizadas a dançar e as roupas eram pesadas, o que 
limitava a variedade de passos; a presença das 
mulheres apenas começou a ser aceita em fi nais do 
século XVII. O ballet surgiu na sequência dos 
espetáculos que os nobres ofereciam aos visitantes, 
onde havia poesia, música, mímica e dança. Leonardo 
Da Vinci chegou a desenhar cenários para estes 
espetáculos.
O balé românti co buscava através da técnica a 
expressão, a fl uidez do corpo e do movimento. Temos 
como característi ca dele a idealização do amor, a 
elevação do espírito, a divisão entre Vivos X Espíritos. 
No balé românti co encontramos a mulher idealizada, 
etérea, inacessível, inalcançável. A dança na ponta de 
pés, uma imagem de marca do ballet, apareceu no 
LONGA NARRATIVA DE FICÇÃO - Defi nição de Hegel 
(epopeia burguesa moderna) – consolidação no séc. 
XVIII - momento em que a epopeia era sufocada e no 
qual o Romance ascendeu.
Obra precursora do romance moderno:
Publicação: entre 1605 e 1612 Dom Quixote de 
La Mancha (Miguel de Cervantes)
Característi cas do Romance
 História complexa (leitor se aprofunda na trama 
/ conhece bem cada protagonista)
 personagens (várias)
 cenário (variado)
 tempo (período de duração)
 enredo (vários fatos)
 narrador (foco narrati vo)
 nem todo romance é românti co - (podem ser 
românti cos, de suspense, aventura, policial, 
etc.)
Tipos de romance: abordagem (tema principal)
• Romance Urbano : criti ca os costumes da so-
ciedade (século XIX - sinônimo de romance re-
alista)
 Principais representantes:
 Jorge Amado (Capitães da Areia)
 José de Alencar (Senhora)
• 1930 – 1945 (Era do Romance brasileiro)
• Romance Sertanejo ou Regionalista: aborda 
questões sociais – condição de subdesenvol-
vimento (especialmente da região Nordeste) 
Visão críti ca das relações sociais e do impacto 
do meio sobre o indivíduo.
 Principais representantes:
 Bernardo Guimarães (O Ermitão de Muquém)
 Graciliano Ramos, (Vidas secas)
 Rachel de Queiroz, (O Quinze)
 José Lins do Rego, (Menino de engenho, Ban-
güê, Usina)
 Érico Veríssimo, (Clarissa, Caminhos cruzados– 
(pampas gaúcho) Jorge Amado (Terras do sem-
-fi m, conta histórias de Salvador)
• Romance Histórico: reconstrução dos cos-
tumes, da fala e das insti tuições do passado 
(início do século XIX ). Mistura de personagens 
históricos e de fi cção. Primeiro romance histó-
rico - literatura universal: Waverley (1814) de 
Sir Walter Sco� . O maior de todos os romances 
históricos: Guerra e Paz (1869), de Tolstoi.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
59
• Romance Indianista: costumes indígenas como 
foco.
 Nosso representante: José de Alencar (O Gua-
rani e Iracema).
 Indianismo moderno:
 Macunaína, de Mário de Andrade
 Cobra Norato, de Raul Bopp e Marti n Cererê, 
de Casiano Ricardo.
• Romance Psicológico: analisa os moti vos ínti -
mos das decisões e indecisões humanas
 O primeiro exemplo: As ligações Perigosas de-
Choderlos Laclos (1782).
 Na Literatura Brasileira - marco inicial: Dom 
Casmurro, de Machado de Assis.
• Romance Góti co: aborda toda série de horro-
res, mistérios terrifi cantes, torturas etc. Alema-
nha - produziu: As Drogas do Diabo (1816) de 
Hoff mann.
 No Brasil, Álvares de Azevedo (1831-1852) - A 
Lira dos Vinte Anos (1853) e a coletânea de 
contos A Noite na Taverna (1855) - publicados 
após sua morte.
• Romance Românti co: liberdade de criação e 
expressão da supremacia do indivíduo (fi nal do 
século XVIII e início do século XIX).
 Ex: A Moreninha (Joaquim Manuel de Macedo).
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
A Moreninha
Joaquim Manuel de Macedo
D. Carolina passou uma noite cheia de pena e de 
cuidados, porém já menos ciumenta e despeitada; a 
boa avó livrou-a desses tormentos. Na hora do chá, 
fazendo com habilidade e destreza cair a conversação 
sobre o estudante amado, dizendo:
- Aquele interessante moço, Carolina, parece 
pagar-nos bem a amizade que lhe temos, não entendes 
assim?...
- Minha avó...eu não sei.
- Dize sempre, pensarás acaso de maneira 
diversa?...
A menina hesitou um instante e depois respondeu:
- Se ele pagasse bem, teria vindo domingo.
- Eis uma injusti ça, Carolina. Desde sábado ànoite que Augusto está na cama, prostrado por uma 
enfermidade cruel.
O Romanti smo português é subdividido em três 
fases:
• Prisão ao Neoclassicismo: ainda havia traços pre- 
sos ao Neoclassicismo (ou Arcadismo), como a 
poesia de Almeida Garret e Alexandre Herculano.
• Início dos Exageros: os poetas se assumem intei- 
ramente românti cos, deixando a escola anterior 
para trás. É o caso de Soares de Passos e Camilo 
Castelo Branco.
• Início dos Traços Realistas: os poetas já estão dei- 
xando o Romanti smo para trás e inserindo traços 
da escola posterior em suas obras: o Realismo. 
Os poetas de destaque são João de Deus e Júlio 
Dinis.
- Doente?! Exclamou a linda Moreninha, 
extremamente comovida. Doente?...em perigo?...
- Graças a Deus, há dois dias fi cou livre dele; hoje 
já pôde chegar à janela, assim me mandou dizer Filipe.
- Oh! Pobre moço!... se não fosse isso, teria vindo 
vernos!...
E, pois, todos os anti gos senti mentos de ciúme 
e temor da inconstância do amante se trocaram por 
ansiosas inquietações a respeito de sua molésti a.
No dia seguinte, ao amanhecer, a amorosa menina 
despertou, e buscando o toucador, há uma semana 
esquecido, dividiu seus cabelos nas duas costumadas 
belas tranças, que tanto gostava de fazer ondear pelas 
espáduas, vesti u o esti mado vesti do branco e correu 
para o rochedo.
- Eu me alinhei, pensava ela, porque enfi m... hoje 
é domingo e talvez... como ontem já pôde chegar à 
janela, talvez consiga com algum esforço vir ver-me.
E quando o sol começou a refl eti r seus raios sobre 
o liso espelho do mar, ela principiou também a cantar 
sua balada:
“Eu tenho quinze anos / E sou morena e linda”.
Mas, como por encantamento, no instante mesmo 
em que ela dizia no seu canto:
“Lá vem sua piroga / Cortando leve os mares”
Um lindo batelão apareceu ao longe, voando com 
asa intumescida para a ilha.
Com força e comoção desusadas bateu o coração 
de d. Carolina, que calou-se para empregar no 
batel que vinha atentas vistas, cheias de amor e de 
esperanças. Ah! Era o batel suspirado.
Quando o ligeiro barquinho se aproximou 
sufi cientemente, a bela Moreninha disti nguiu dentro 
dele Augusto; sentado junto a um respeitável ancião, 
a quem não pôde conhecer (...).
Augusto, com efeito, saltava nesse momento fora 
do batel, e depois deu a mão a seu pai para ajudá-lo a 
desembarcar; d. Carolina, que ainda não mostrava dar 
fé deles, prosseguiu seu canto até que quando dizia: 
“Quando há de ele correr / Somente para me ver...”
Senti u que Augusto corria para ela. Prazer imenso 
inundava a alma da menina, para que possa ser 
descrito; como todos preveem, a balada foi nessa 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
60
estrofe interrompida e d. Carolina, aceitando o braço 
do estudante, desceu do rochedo e foi cumprimentar 
o pai dele.
Ambos os amantes compreenderam o que queria 
dizer a palidez de seus semblantes e os ves� gios de um 
padecer de oito dias, guardaram silêncio e não ti veram 
uma palavra para pronunciar; ti veram só olhares para 
trocar e suspiros a verter. E para que mais?
01. D. Carolina estava atormentada pelo ciúme e 
despeito devido
a) as conversas que ela ti nha com a avó.
b) ao não comparecimento de Augusto a sua casa.
c) as informações que Filipe deu sobre Augusto.
d) ao bom conceito que a avó ti nha de Augusto.
02. A conversa entre d. Carolina e sua avó sobre o 
estudante amado pela jovem foi
a) Esclarecedora
b) Desmoti vante
c) Entediante
d) animadora
03. O ciúme e o despeito de d. Carolina foram 
substi tuídos
a) pela esperança e serenidade diante das 
informações dadas pela avó.
b) pelo alívio e tranquilidade por causa do recado 
de Filipe.
c) pelas ansiosas inquietações a respeito da doença 
de Augusto.
d) pela culpa de ter julgado mal seu amado.
04. A menina voltou a arrumar-se pois
a) queria ir visitar o amado.
b) ti nha esperança de ser visitada pelo amado.
c) recuperou-se do ciúme e do despeito.
d) foi aconselhada pela avó a cuidar-se.
05. “Com força e comoção desusadas bateu o coração 
de d. Carolina...”, o termo em destaque signifi ca
a) enormes
b) constantes
c) incomuns
d) reais
06. O reencontro de d. Carolina e Augusto foi
a) cheio de declarações de amor.
b) cheio de questi onamentos.
c) marcado pela indiferença e dúvidas.
d) marcado pela troca de olhares e suspiros.
ROMANTISMO
Contexto Histórico
Teve início na Europa no fi nal do século XVIII, 
na Europa, obtendo maior destaque na França. 
Desenvolveu-se em meio à Revolução Industrial e à 
Revolução Francesa.
Acontece que a parti r da segunda metade do 
século XVIII começou a consti tuir-se na Inglaterra 
a sociedade industrial. Passou-se bruscamente do 
sistema domésti co ao sistema fabril de produção, 
provocando o surgimento de várias cidades industriais. 
Assim, a burguesia começou a crescer econômica 
e politi camente e o proletariado (trabalhadores) 
começou a crescer em número. Da anti ga sociedade 
de senhores e servos, passou-se à sociedade de 
operários e empresários.
A Revolução Francesa, por sua vez, desencadeada 
em 1789, acabou por levar a burguesia ao poder. 
Assim, ambas as revoluções incenti varam a livre 
iniciati va, o individualismo econômico e o liberalismo 
políti co, esti mulando também o nacionalismo. Esse 
clima de valorização da liberdade e renovação marcou 
muito a literatura românti ca, afi nal, principalmente 
baseados nessa liberdade, os poetas se senti ram livres 
para expressar seus senti mentos na poesia, além de 
não se senti rem mais presos à métrica dos versos que 
as escolas anteriores valorizavam. Nascia uma nova 
forma de escrever. Desse modo, o Romanti smo é a 
escola da expressão dos senti mentos, da liberdade 
de expressão. Por isso, alguns escritores passaram 
a falar da natureza e do amor num tom pessoal e 
melancólico, fazendo da literatura uma forma de 
expressar seus senti mentos. Além disso, voltaram-se 
para os tempos medievais, época da formação de suas 
nações, valorizando os heróis e as tradições populares, 
exaltando o nacionalismo. E essa liberdade também 
fi ca evidente na forma de escrever, já que os escritores 
românti cos abandonaram o tom solene e adotaram 
um esti lo simples e comunicati vo na escrita.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
61
As principais obras românti cas na europa são:
 Contos e Inocência, de Willian Blake;
 Os Miseráveis, de Victor Hugo;
 Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas.
O Romanti smo foi o principal movimento estéti co 
do fi nal do século XVIII e início do século XIX. O romance 
Os sofrimentos do jovem Werther, do alemão 
Goethe, é considerado a primeira obra românti ca 
publicada. Não obstante, o movimento espalhou-se 
por toda a Europa e pelas então colônias, tais quais 
o Brasil. Podendo ser defi nido como a arte da nova 
burguesia, que ascendia ao poder, o Romanti smo foi 
uma arte complexa, diversifi cada e rica.
Romanti smo em Portugal
Em Portugal o Romanti smo surgiu em meio a uma 
grande agitação políti ca. Em 1808 a corte de D. João 
VI se transfere para o Brasil, ameaçada pelas tropas 
de Napoleão Bonaparte. A parti r daí é organizado um 
movimento de resistência que consegue expulsar o 
invasor e, em 1820, ocorre na cidade de Porto uma 
rebelião que se espalha por todo o país, combatendo a 
monarquia absoluti sta, forma de governo em que o rei 
exerce o poder absoluto, superior ao poder de outros 
órgãos do Estado. Além disso, o cenário do nascimento 
do Romanti smo em Portugal também era de disputa 
pelo poder. Depois de abdicar do trono brasileiro 
em favor do fi lho,D. Pedro I volta para Portugal para 
disputar o trono com seu irmão D. Miguel. 
Essa disputa foi vista como uma luta entre o 
liberalismo de D. Pedro e o absoluti smo de D. Miguel. 
Enfi m, D. Pedro sai vitorioso e começam a ocorrer 
diversas mudanças sociais e políti cas, apesar de as 
disputas entre conservadores e liberais ter perdurado 
por todo o século XIX.
Assim, é nesse ambiente de lutas políti cas 
e reivindicações liberais que se desenvolve o 
Romanti smo português.
Seu marcoinicial foi em 1825 com a publicação 
do poema Camões, de Almeida Garret, em que o autor 
faz uma espécie de biografi a senti mental do poeta.
O poema de Almeida Garre� possui característi cas 
como subjeti vismo, nostalgia, melancolia e outros 
considerados como defi nidores do esti lo. 
Além disso, o movimento prezava a originalidade, 
fazendo oposição aos modelos ou às regras impostas.
Com o crescimento da 
burguesia, os autores do 
esti lo passam a ser pagos por 
suas obras. Por conta disso, 
o Romanti smo em Portugal 
pode ser chamado de Arte da 
Burguesia. Isso faz com que 
a arte leve em conta valores 
considerados importantes 
para essa classe.
Começam a ser 
valorizados o amor e o 
casamento, a religião ligada à espiritualidade e a Deus, 
e o amor pela nação, o patrioti smo. O escritor uti liza 
conteúdo do eu lírico e senti mentalistas. Falava-se 
sobre o amor, sobre a vida e, algumas vezes, sobre 
a morte.
A mulher volta a ser exaltada nos textos. Histórias 
sobre a busca constante por amor, sobre a mulher 
dos sonhos ou sobre as perdas desses amores são 
constantes nesse período. A natureza também tem 
lugar de destaque nas obras românti cas de Portugal. 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
62
O Romanti smo em Portugal ainda é caracterizado pelo 
escapismo. Isso marca uma tentati va de escapar da 
realidade, novamente apelando mais para a emoção 
mais do que para a razão. Os autores constantemente 
escreviam seus textos com foco nos sonhos, na 
natureza, no passado e na morte.
O Romanti smo português é subdividido em três 
fases:
• Prisão ao Neoclassicismo: ainda havia traços presos 
ao Neoclassicismo (ou Arcadismo), como a poesia 
de Almeida Garret e Alexandre Herculano.
• Início dos Exageros: os poetas se assumem 
inteiramente românti cos, deixando a escola 
anterior para trás. É o caso de Soares de Passos e 
Camilo Castelo Branco.
• Início dos Traços Realistas: os poetas já estão deixando 
o Romanti smo para trás e inserindo traços da escola 
posterior em suas obras: o Realismo. Os poetas de 
destaque são João de Deus e Júlio Dinis.
Característi cas dos autores portugueses
Almeida Garret
Precursor do Romanti smo em Portugal, com a 
obra Camões; apesar disso ele não se inti tulava nem 
clássico nem românti co e, de fato, suas criações como 
poeta, prosador e dramaturgo estavam longe do 
senti mentalismo exagerado que caracteriza o � pico 
escritor românti co.
Alexandre Herculano
A característi ca principal de suas obras é a 
historiografi a, o relato da história de Portugal; sua 
principal obra é Eurico, o Presbítero, que fala sobre 
a fi gura do Clero, destacando o amor proibido, além 
da retomada do poder de Portugal.
Camilo Castelo Branco
Foi o primeiro autor a ganhar a vida com a 
Literatura. Ele vivia dela, e escrevia sobre temas que 
seriam lucrati vos para ele. É considerado o criador 
da novela passional portuguesa, isto é, das histórias 
que envolvem a paixão; sua obra mais conhecida, e 
de maior destaque como novela passional, é Amor 
de Perdição.
Julio Dinis
Em sua obra não há o clima de tragédia e fatalismo 
que marca, por exemplo, a novela passional de Camilo 
Castelo Branco. Ainda que fale de amor e paixão, fala 
de um jeito mais simples e, no fi nal, os mal entendidos 
se esclarecem e tudo se resolve. Sua obra possui um 
ar de oti mismo e esperança; obra mais conhecida, 
inclusive com grande repercussão no Brasil: As Pupilas 
do Senhor Reitor.
Característi cas gerais
• Liberdade de criação e expressão;
• Individualismo / subjeti vismo;
• Valorização das emoções;
• Nacionalismo;
• Escapismo / fuga da realidade;
• Pessimismo;
• Valorização da natureza;
• Religiosidade / Cristi anismo;
• Idealismo.
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
01. (FMU-FIAM-FAAM-SP) O homem de todas as 
épocas se preocupa com a natureza. Cada período 
a vê de modo parti cular. No Romanti smo, a natureza 
aparece como:
a) Um cenário cienti fi camente estudado pelo 
homem: a natureza é mais importante que o 
elemento humano.
b) Um cenário estáti co, indiferente; só o homem se 
projeta em busca de sua realização.
c) Um cenário sem importância nenhuma; é apenas 
um pano de fundo para as emoções humanas.
d) Confi dente do poeta, que comparti lha seus 
senti mentos com a paisagem; a natureza se 
modifi ca de acordo com o estado emocional do 
poeta.
e) É um cenário idealizado onde todos são felizes e 
os poetas são pastores.
02. (FEI-SP) São característi cas comuns aos movimentos 
românti co e modernista:
a) Senti mento trágico da vida; desilusão e sofrimento.
b) Visão da natureza como refúgio acolhedor; atração 
por ambiente noturno.
c) Projeção na natureza do estado de espírito do 
poeta; religiosidade cristã.
d) Nacionalismo; liberdade; desejo de reformas 
sociais.
e) Idealização da mulher; morte encarada como 
libertação.
03. (ENC-SP) As duas obras-primas do romanti smo 
português – Frei Luís de Sousa e Eurico, o Presbítero 
– gêmeas no tempo e nos moti vos, saparam-se tanto 
quanto Garre� se afasta e diverge de Herculano. Um 
é a constante pessoal do português aberto à ordem 
clássica, o português lúcido e sensível da saudade e 
do pecado de delícia numa equação de tragédia, com 
senti mentos de Bermardim em formas de Camões; 
outro, o do português de cerne, que peca sobriamente 
e supera com dureza o seu pecado, senti ndo a Sá de 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
63
Miranda e falando com ásperos soluços. Ambos bem 
nossos. Vitorino Nemísio.
Tendo por base o texto críti co abaixo e, sobretudo, a 
leitura de Frei Luís de Sousa e Eurico, o Presbítero, é 
correto afi rmar que:
a) O “português aberto à ordem clássica” difere 
de “português de cerne”, porque se deixa levar 
mais profundamente pela emoção, devido às 
infl uências da tragédia clássica.
b) O problema do celibato, no drama de Garre� , serve 
para criar intenso confl ito entre as personagens, 
que adotam o hábito forçadas pela situação; já, em 
Eurico, o Presbítero, supera-se a ideia do pecado, 
porque a personagem veste o hábito movida pela 
autênti ca fé cristã e pelo desejo de combater os 
infi éis.
c) Frei Luís de Sousa insere-se na linha da rigorosa 
construção clássica, que supõe a recuperação 
de � picos expedientes dramáti cos da tragédia, 
enquanto que a construção mais livre, em Eurico, 
o Presbítero, implica a atualização em grande 
escala de expedientes comuns ao Romanti smo, 
como o da expansão senti mental.
d) Há infl uência clássica tanto em Frei Luís de 
Sousa quanto em Eurico, o Presbítero, presente 
na construção rigorosa das duas obras, que 
obedecem aos cânones da estéti ca seiscenti sta.
e) O senti mento da emoção, muito mais presente em 
Herculano do que em Garre� , é autenti camente 
português. Enquanto que a construção trágica não 
passa de infl uência estranha a Portugal.
04. (UNIVERSITÁRIO-SP) Leia com atenção o trecho 
abaixo, extraído do últi mo capítulo de Amor de 
Perdição, de Camilo Castelo Branco.
Viram na um momento, bracejar, não para resisti r à 
morte, mas para abraçar-se ao cadáver de Simão, que 
uma onda lhe ati rou aos braços. O comandante olhou 
para o síti o donde Mariana ati rara, e viu, enleado 
no cordame, o avental, e à fl or da água, um rolo de 
papéis, que os marujos recolheram na lancha.
a) Que relação há, em Amor de Perdição, entre as 
personagens Simão e Mariana?
b) No trecho citado, o narrador menciona um “rolo 
de papéis”. Que papéis são esses?
c) Considerando as respostas dadas aos itens a e b, 
analise a função desempenhada pela personagem 
Mariana na estrutura do romance.
05.Leia e responda:
Amor de perdição - Capítulo II
[...] No espaço de três meses fez-se maravilhosa 
mudança nos costumes de Simão. As companhias da 
relé desprezou-as. Saía de casa raras vezes, ou só, ou 
com a irmã mais nova, sua predileta. O campo, as 
árvores e os síti os mais sombrios e ermos eram o seu 
recreio. Nas doces noites de esti o demorava-se por 
fora até ao repontar da alva. Aqueles que assim o viam 
admiravam-lhe o ar cismador e o recolhimento que o 
sequestravada vida vulgar. Em casa encerrava-se no 
seu quarto, e saía quando o chamavam para a mesa.
D. Rita pasmava da transfi guração, e o mari-
do, bem convencido dela, ao fi m de cinco meses, 
consenti u que seu fi lho lhe dirigisse a palavra.
Simão Botelho amava. Aí está uma palavra 
única, explicando o que parecia absurda reforma aos 
dezessete anos.
Amava Simão uma sua vizinha, menina de quinze 
anos, rica herdeira, regularmente bonita e bem-
nascida. Da janela do seu quarto é que ele a vira pela 
primeira vez, para amá-la sempre. Não fi cara ela 
incólume da ferida que fi zera no coração do vizinho: 
amou o também, e com mais seriedade que a usual 
nos seus anos.
Os poetas cansam-nos a paciência a falarem 
do amor da mulher aos quinze anos, como paixão 
perigosa, única e infl exível. Alguns prosadores de 
romances dizem o mesmo. Enganam-se ambos. O 
amor dos quinze anos é uma brincadeira; é a últi ma 
manifestação do amor às bonecas; é a tentati va da 
avezinha que ensaia o voo fora do ninho, sempre 
com os olhos fi tos na ave-mãe, que a está de fronte 
próxima chamando: tanto sabe a primeira o que é 
amar muito, como a segunda o que é voar para longe.
Teresa de Albuquerque devia ser, porventura, uma 
exceção no seu amor.
O magistrado e sua família eram odiosos ao pai 
de Teresa, por moti vo de li� gios, em que Do mingos 
Botelho lhe deu sentenças contra. Afora isso, ainda no 
ano anterior dois criados de Tadeu de Albuquerque 
ti nham sido feridos na celebrada pancadaria da fonte. 
É, pois, evidente que o amor de Teresa, declinando 
de si o dever de obtemperar e sacrifi car-se ao justo 
azedume de seu pai, era verdadeiro e forte.
[...] CASTELO BRANCO, Camilo. Amor de perdição. SãoPaulo: Áti -
ca, 2001
Vocabulário
alva: primeira claridade da manhã. cismador: 
pensati vo.
declinar: eximir-se, recusar. ermo: deserto.
esti o: verão.
incólume: ileso, livre de dano ou perigo. li� gio: 
questão judicial.
obtemperar: obedecer, pôr-se de acordo. pasmar: 
admirar-se de algo.
relé: ralé; a camada mais baixa da sociedade. 
transfi guração: transformação na maneira de pensar 
e proceder.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
64
a) Segundo o texto, que grande transformação o 
amor provocou em Simão?
b) O que essa alteração de comportamento revela 
sobre o novo estado de espírito de Simão?
c) Leia:
 “[...] O campo, as árvores e os síti os mais sombrios 
e ermos eram o seu recreio. Nas doces noites de 
esti o demorava-se por fora até ao repontar da 
alva. [...]”
 O espaço é fundamental em uma narrati va não 
só porque determina muitas das ações das 
personagens, mas porque pode revelar seu 
estado de espírito. Por que os novos espaços 
por onde circula Simão são coerentes com sua 
transformação?
d) Explique o que é, segundo o narrador, o amor dos 
15 anos.
e) Por que Teresa de Albuquerque é uma exceção 
em seu amor?
06. (UM-SP) O gosto pela expressão dos senti mentos, 
dos sonhos e das emoções que agitam seu mundo 
interior, numa ati tude individualista e profundamente 
pessoal, marcou os autores do:
a) movimento realista
b) movimento árcade
c) movimento românti co
d) movimento barroco
e) movimento naturalista
07. (ITA-SP) O tema do excerto abaixo relaciona-se à 
representati va tendência de um determinado esti lo 
literário. Assinale, então, a opção cujos autores 
pertencem à tendência e ao esti lo em questão:
“Amei-te sempre: – e pertencer-te quero / Para 
sempre também, amiga morte. / Quero o chão, quero 
a terra - esse elemento / que não se sente dos vaivéns 
da sorte.”
a) Casimiro de Abreu, Visconde de Taunay, José de 
Alencar.
b) Álvares de Azevedo, Fagundes Varela, Junqueira 
Freire.
c) Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, 
Basílio da Gama.
d) Castro Alves, Gonçalves Dias, Manuel Antônio de 
Almeida.
e) Gregório de Matos, Padre Vieira, Bernardo 
Guimarães.
08.(UFPA) A liberdade de inspiração, pregada pelos 
românti cos, correspondia, também, à liberdade formal 
– esta peculiaridade possibilitou a mistura dos gêneros 
literários e o consequente abandono da hierarquia 
clássica que os presidia. Como consequência, no 
Brasil:
a) Observa-se um detrimento da poesia em favor da 
prosa.
b) Registra-se o abandono total do soneto.
c) Verifi ca-se a interpenetração dos gêneros, o que 
muito enriqueceu os já existentes, possibilitando 
o aparecimento de novos.
d) Ampliou-se o alcance da poesia, o que já não se 
pode dizer quanto ao romance e ao teatro.
e) Usou-se, quase abusivamente, o verso livre, o 
que muito contribuiu para o desenvolvimento 
de nossa poesia.
09. (UCP-PR) Coube a ati ngir o ponto mais alto do 
teatro românti co brasileiro. Numa linguagem simples 
e correta, retratou os variados ti pos da sociedade do 
século XIX:
a) Marti ns Pena.
b) Procópio Ferreira.
c) Joaquim Manuel de Macedo.
d) Machado de Assis.
e) Cornélio Pena.
(PUCCAMP) Para responder às questões, você vai usar 
o texto abaixo.
Texto críti co
“Embora seja importante indagar das razões por 
que público brasileiro dos anos de 1870 avidamente 
leu e com entusiasmo aplaudiu “A Escrava Isaura”, 
razões que encontram o principal moti vo em onda 
então crescente de senti mento abolicionista – 
convenhamos em que muito mais importante o 
comportamento desse público é, para a críti ca, a 
natureza desse romance.
Mesmo lido com simpati a, “A Escrava Isaura” não 
resiste à críti ca. Seu enredo resulta em ser inverossímil, 
tais e tantos são os expedientes primários do Autor, 
usados para conduzir por determinados caminhos 
e para desenlace preestabelecido: em frequentes 
exabruptos, mudam os senti mentos dos protagonistas 
com relação à bela e desditosa Isaura, e assim de 
protetores se transformam de pronto em pérfi dos 
algozes, servindo à linha dramáti ca premeditada pelo 
fi ccionistas; não menos precipitada e arti fi cialmente 
se engendram e desenrolam as situações ou episódios 
concebidos sempre com a intenção de marcar 
“passus” da vida “crucis” da desgraçada heroína, que, 
por fi m, mais arrastada pelo autor que pelas forças do 
drama que vive, encontra no alto do seu calvário, ao 
invés do sacri� cio fi nal (o que teria dado ao romance 
verossimilhança e força), a salvação e a felicidade de 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
65
extrema. Tão primário e arti fi cial quanto enredo que 
domina a obra, dandolhe � pica estrutura novelesca 
ou romanesca, é, não digo a concepção, mas o modo 
de conduzir personagens: Isaura, Malvina, Rosa, 
Leôncio, Álvaro, Belchior, André, o Dr. Geraldo, Marti m 
e Miguel, se têm peculiaridades � sicas e morais que 
os caracterizam sufi cientemente e os individualizam 
na galeria das personagens da fi cção românti ca, se 
ocupam posições bem “marcadas” no palco dos 
acontecimentos, decomposto em dois cenários (uma 
fazenda de café da Baixada Fluminense e o Recife), 
não chegam contudo, a receber sufi ciente estofo 
psicológico: daí a impressão que deixam, não apenas 
de símbolos dramáti cos quase vazios, senão que 
também � teres (vá lá a cansada imagem) conduzidos 
pelo autor, para esta ou aquela ação indispensável, a 
seu ver, às suas principais intenções”.
(Antônio Soares Amora, “O Romanti smo”, vol. II da A Literatura 
Brasileira).
10. (PUCCAMP) Antônio Soares Amora diz-nos, no 
texto, que:
a) a críti ca, ao avaliar um romance, baseia-se na 
natureza da obra e não simplesmente nas reações 
do público leitor;
b) a críti ca ataca os romances que cati vam a simpati a 
e o entusiasmo dos leitores;
c) Bernardo Guimarães, ao escrever seu romance “A 
Escrava Isaura”, não se preocupou com a críti ca e, 
sim, com a Abolição;
d) é muito di� cil a críti ca avaliar romances de grande 
popularidade e aceitação;
e) romance da natureza é para a críti ca muito mais 
importante do que o comportamento do público 
leitor.
11. (PUCCAMP) Ainda, de acordo com o texto:
a) enredo inverossímil de “A Escrava Isaura” resulta 
de um autor primário que se perde nos caminhos 
escolhidos para um fi m determinado;
b) os protetores de Isaura transformam-se em seus 
algozes, crucifi cando-a nofi nal do romance;
c) os recursos empregados pelo Autor forçam um 
defeso preestabelecido;
d) a parte mais inverossímil do romance é a que 
assinala os “passus” da “via crucis” de Isaura;
e) embora reconhecesse a inverossimilhança do 
drama, o autor via nela a salvação e felicidade 
extrema da heroína.
12. (PUCCAMP) De texto concluímos que:
a) de tal modo os episódios de “A Escrava Isaura” são 
dominados pela precipitação e arti fi cialidade, que 
a ação resulta muito mais da inserção do Autor 
do que das forças do confl ito;
b) a � pica estrutura novelesca de “A Escrava Isaura” 
caracteriza-se pelo desenvolvimento do enredo, 
pela concepção das personagens e pelo desfecho;
c) em “A Escrava Isaura” o Autor vive um drama cujas 
forças o arrastam a um calvário onde encontra, 
em vez do sacri� cio fi nal, a sua felicidade;
d) a bela e desditosa Isaura muda os senti mentos 
dos protagonistas, levando-os ao sacri� cio fi nal, 
no alto do calvário;
e) para a heroína é muito mais importante encontrar 
a salvação e a felicidade extrema do que o sacri� cio 
fi nal, no alto do Calvário.
13. (PUCCAMP) O texto afi rma que:
a) as personagens Isaura, Malvina, Rosa, Leôncio, 
Álvaro, Belchior, Dr. Geraldo, Marti m e Miguel 
são sufi cientemente caracterizados � sica, moral 
e psicologicamente;
b) uma falha comparável no primarismo e 
arti fi cialidade do enredo é a concepção das 
personagens de “A Escrava Isaura’;
c) as personagens � teres cansam o leitor, à medida 
que o Autor as conduz a esta ou àquela ação 
indispensável ao enredo;
d) as personagens, conduzidas de modo primário e 
arti fi cial, sem profundidade psicológica, são como 
fantoches nas mãos do Autor;
e) sem o arti fi cialismo das personagens, “A Escrava 
Isaura” teria resisti do à críti ca.
GERAÇÕES DO ROMANTISMO
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
66
O Romanti smo pode ser dividido em 3 gerações 
que possuem algumas característi cas que as diferem. 
Veja:
Primeira Geração
Quando o Romanti smo surgiu os autores ainda 
manti nham em seus textos algumas característi cas 
clássicas, seguindo regras da produção literária 
referentes ao período.
As obras desse período abordam a natureza, o 
país e idealizam tudo maravilhoso, por isso alguns 
estudiosos chamam essa geração de nacionalista. 
Em Portugal, os temas mais frequentes eram o 
nacionalismo, o romance histórico e o medievalismo. 
No Brasil, esse apego ao passado era visto no 
indianismo.
Os versos de Gonçalves Dias ilustram bem a 
primeira geração românti ca que tem como principais 
característi cas a referência ao índio, aos negros, à 
natureza brasileira.
Segunda Geração
A segunda geração é o período conhecido como 
Ultrarromânti co, em que o mal do século tem papel 
de destaque e as obras acabam sendo mais pesadas. 
Suas característi cas marcantes são o exagero no 
subjeti vismo e emocionalismo. As menções ao tédio 
e desejo de morte são frequentes.
O poema de Alvares de Azevedo retrata muito 
bem segunda geração. O verso” se eu morresse 
amanhã” nos dá essa visão da geração melancólica, 
do conhecido mal do século (uma visão depressiva das 
coisas; culto da noite; doenças psíquicas; angústi a e 
morbidez) e a fuga da realidade (através de sonhos, 
da morte, loucura, embriagues)
Terceira Geração
Nesse período os escritores quebraram regras da 
literatura. Os poemas começaram a ser escritos de 
maneira diferente e na prosa começam a aparecer 
palavras que antes não eram da literatura, ou seja, 
palavras mais usadas pelo povo.
No poema de Castro Alves percebemos a fi gura 
feminina denotando um amor mais real, despertando 
a sensualidade e a concreti zação do contato � sico. 
Diferente das donzelas virginais e inacessíveis 
representadas pela segunda geração, a mulher se 
entrega aos encantos de seu admirador, levando-
nos a crer que o encontro amoroso foi realmente 
consumado. Nessa geração os autores também 
começaram a falar de questões sociais. Foi o primeiro 
passo para o realismo, próximo movimento literário 
Característi cas do Romanti smo
O Romanti smo foi um movimento ar� sti co que 
surgiu na Europa no século XVIII, mais especifi camente 
na década de 1770, e durou até o século XIX. Esse 
movimento infl uenciou a literatura, a pintura, a 
arquitetura e a música.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
67
Qual foi o principal objeti vo do romanti smo?
No romanti smo, a sociedade evidenciou o espírito 
românti co – ati tude e visão de mundo centrada no 
indivíduo – com o objeti vo de se diferenciar dos 
pensamentos do Iluminismo, que colocava a razão 
como centro do mundo e pregava a objeti vidade.
Movidos por esse ideal de mudança, os arti stas 
românti cos começaram a mudar a teoria e a práti ca 
de suas artes. Além disso, a forma como essas pessoas 
enxergavam o mundo também começou a mudar. Tais 
transformações ultrapassaram o campo ar� sti co e 
teve imenso impacto na fi losofi a e em toda a cultura 
ocidental, que passou a aceitar a emoção e os senti dos 
como uma forma válida de experimentar a vida.
A infl uência das revoluções pode ser percebida 
nas característi cas de idealismo e rebeldia, que foram 
marcantes nas obras produzidas no período.
Da mesma forma, o escapismo e o subjeti vismo, 
que valorizavam mais os senti mentos individuais do 
que os coleti vos, como consequência do desgosto com 
a situação social, também podem ser apontados como 
uma infl uência do período histórico no Romanti smo. 
O individualismo, que era outro aspecto do des-
se movimento, era uma característi ca da burguesia 
da época, que se tornou mais evidente a parti r das 
revoluções do fi nal do século XVIII.
Liberdade de expressão e de criação
As regras externas não importam no Romanti smo. 
As obras desse movimento têm como principal 
objeti vo retratar e valorizar o “eu”. Por esse moti vo, 
os autores sentem que têm total liberdade para 
expressarem seus senti mentos e visão de mundo da 
forma como desejam.
É importante considerar também que os 
pensadores e arti stas românti cos frequentemente 
recorriam à imaginação na produção das suas 
obras. Na literatura, por exemplo, o objeti vo não era 
descrever o mundo como ele é, mas sim como ele 
poderia ser.
Rebeldia e Idealismo
Os autores do Romanti smo ti nham uma visão de 
mundo completamente idealizada. A realidade para 
esses autores era considerada desesperadora, já que 
eles enxergavam as regras do mundo moderno como 
limitações ao crescimento pessoal, políti co e ar� sti co. 
Para eles, a pátria, a mulher e o amor são vistos não 
da forma como são, mas como eles acreditam que 
deveriam ser. Por esse moti vo, a pátria é sempre 
perfeita. A mulher é sempre retratada como virgem, 
frágil, bela e submissa e além dessas característi cas, 
está o inati ngível. O amor é espiritual, geralmente 
inalcançável e a causa de grande sofrimento.
Assim, os arti stas românti cos eram idealistas e 
frequentemente se retratavam como heróis rebeldes, 
à margem da sociedade passaram a ver seu trabalho 
como uma forma de promover a mudança. Por esse 
moti vo, era comum que a arte românti ca também 
retratasse as injusti ças sociais e as opressões políti cas 
da época.
Individualismo
Os autores do Romanti smo consideravam que 
eles e seus senti mentos estavam no centro do 
universo. Na visão dos romancistas, seus desejos, 
paixões e frustrações são mais importantes do que 
os acontecimentos externos.
Eles davam grande ênfase às suas característi cas e 
experiências pessoais, que geralmente eram defi nidas 
por senti mentos e emoções. Dessa forma, as obras 
românti cas eram também marcadas por um forte 
subjeti vismo que retratava de forma fi el a visão de 
mundo dos autores.
Nacionalismo
Muitas obras do Romanti smo exaltam os feitos 
dos heróis nacionais, resgatando o passado das 
nações, principalmente o período medieval. Também 
é comum a valorização da pátria.
Valorização da Natureza
Para os romancistas, a natureza consisti a em 
uma força incontrolável e transcendental. O autor 
românti co é fascinado pela natureza. Eledescreve as 
paisagens exóti cas e usa, também, essa característi ca 
para exaltar sua nação.
Além disso, o autor românti co transforma a 
natureza em uma personagem que refl ete o “eu”. 
Portanto, ela assume as emoções, como tristeza, e 
esbanja exuberância diante da alegria e das conquistas 
do indivíduo.
Pessimismo e Escapismo
Os romancistas, frequentemente, fi cam 
impossibilitados de realizar os desejos do seu “eu”. 
Isso acaba gerando angústi a, frustração, desespero, 
tristeza, entre outras emoções que acabam 
caracterizando esse estado de espírito como o “mal 
do século”.
Um fator gerado por esse pessimismo existente é a 
fuga da realidade que o autor não consegue suportar. 
A causa dessa frustração vem do contexto histórico: 
a Revolução Francesa promoveu mudanças, mas 
essas mudanças não deixaram os homens sati sfeitos 
e nem realizou seus desejos. Dessa forma, ele sente 
a necessidade de escapar da realidade.
Devido a isso, o fi nal de muitas obras do período 
do Romanti smo traz a saída encontrada pelos autores 
para essa tristeza e para fugir da realidade. Morte, 
suicídio, fuga para a natureza ou a pátria são os 
escapes possíveis para esse mal.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
68
Senti mentalismo
A ênfase nas emoções pessoais é uma das 
principais característi cas do Romanti smo. O autor 
expressa não só os senti mentos dos personagens, 
mas sua própria percepção das situações e da vida.
 ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
01. Complete o texto com as palavras: Maniqueísta, 
mal-do-século, idealizados, Trovadoresco, burguesa.
O Romanti smo é a primeira estéti ca cultural
. Privilegia a subjeti vidade, 
a liberdade de expressão, o senti mentalismo e a 
idealização – grosso modo, resgata os traços medievais 
do período ________ , demonstrando 
nacionalismo (formação estado nacional burguês) 
e religiosidade (Teocentrismo). De origem alemã 
e inglesa, o Romanti smo se difunde através dos 
ideais da Revolução Francesa (1789). Seu universo 
fi ccional se consti tui como o avesso do mundo real 
e, de maneira , 
expressa a vitória do bem sobre o mal. Em 1774, na 
Alemanha, Goethe publica Werther e lança as bases 
do senti mentalismo e do escapismo; em 1781, Schiller 
publica Os salteadores e recupera o passado histórico 
medieval. Na Inglaterra, George Byron se destaca com 
a poesia impregnada de pessimismo ( / 
“spleen”), e W. Sco� exalta o passado com romances 
históricos medievais, do ti po Ivanhoé. Na França, 
autores como Alfred Musset, Alexandre Dumas, Victor 
Hugo, e outros difundem enredos 
 .
02. A questão versa sobre aspectos do Romanti smo, 
enquanto “estado de alma” e “esti lo literário”. Marque 
C, para certo, e E, para errado:
Texto: “Nenhuma força virá me fazer calar / Faço no 
tempo soar minha sílaba / Canto somente o que pede 
para se cantar / Sou o que soa / Eu não douro pílula. 
/ Tudo o que eu quero / É um acorde perfeito, maior 
/ Com todo mundo podendo brilhar / Num cânti co / 
Canto somente o que não pode mais se calar / Noutras 
palavras, sou muito românti co.” (Caetano Veloso / 
“Muito Românti co”)
a) É comum encontrar traços de Romanti smo até 
na literatura dos nossos dias, a exemplo destes 
versos, em que o “eu lírico” mostra seu “estado 
de alma” românti co. ( )
b) Enquanto “estado de alma”, o Romanti smo 
encontra-se unicamente concentrado na literatura 
da primeira metade do século XIX. ( )
c) Pela temáti ca explorada, Caetano Veloso integra 
o “esti lo de época” chamado Romanti smo. ( )
d) Não há qualquer disti nção entre Romanti smo, 
como “estado de alma”, e Romanti smo, como 
“esti lo de época”. ( )
e) A fuga da realidade através da imaginação, o 
comportamento baseado na liberdade, na emoção 
e na idealização da realidade defi nem o “estado 
de alma” românti co. ( )
f) Hoje em dia, a palavra “românti co” designa 
um rótulo, não raro comercial, demonstrando 
imaginação e senti mentalismo. ( )
g) Como “esti lo de época”, o Romanti smo resgata, 
grosso modo, posturas medievais.( )
03. (UEL) Assinale a alternati va que completa 
adequadamente a asserção:
O Romanti smo, graças à ideologia dominante e a 
um complexo conteúdo ar� sti co, social e políti co, 
caracteriza-se como uma época propícia ao 
aparecimento de naturezas humanas marcadas por
a) teocentrismo, hipersensibilidade, alegria, 
oti mismo e crença.
b) etnocentrismo, insensibilidade, descontração, 
oti mismo e crença na sociedade.
c) egocentrismo, hipersensibilidade, melancolia, 
pessimismo, angústi a e desespero.
d) teocentrismo, insensibilidade, descontração, 
angústi a e desesperança.
e) egocentrismo, hipersensibilidade, alegria, 
descontração e crença no futuro.
04. (FUVEST)
I - “Ah! enquanto os desti nos impiedosos Não voltam 
contra nós a face irada, Façamos, sim façamos, doce 
amada,
Os nossos breves dias mais ditosos
II -”É a vaidade, Fábio, nesta vida, Rosa, que da manhã 
lisonjeada, Púrpuras mil, com ambição dourada, 
Airosa rompe, arrasta presumida.”
III - “E quando eu durmo, e o coração ainda Procura 
na ilusão da lembrança,
Anjo da vida, passa nos meus sonhos E meus lábios 
orvalha de esperança!”
Associe os trechos acima com os respecti vos 
movimentos literários, cujas característi cas estão 
enunciadas:
Romanti smo: evasão e devaneio na realização de um 
eroti smo difuso.
Arcadismo: aproveitamento do momento presente 
(“carpe diem”).
Barroco: efemeridade da beleza � sica, brevidade 
enganosa da vida.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
69
a) I - romanti smo; II - arcadismo; III - barroco;
b) I - barroco; II - arcadismo; III - romanti smo;
c) I - arcadismo; II - romanti smo; III - barroco;
d) I - arcadismo; II - barroco; III - romanti smo;
e) I - barroco; II - arcadismo; III - romanti smo.
05. (FEI) Numere a coluna, tendo em vista a poesia 
românti ca brasileira:
1. primeira geração
2. segunda geração
3.terceira geração
( ) abolicionismo 
( ) condoreirismo
( ) autocomiseração exacerbada 
( ) obsessão pela morte
( ) indianismo
( ) nacionalismo
Agora, escolha a alternati va que apresenta a sequência 
correta dos numerais:
a) 2 - 3 - 2 - 1 - 2 - 1;
b) 1 - 3 - 2 - 1 - 2 - 3;
c) 3 - 2 - 2 - 1- 2 - 2;
d) 2 - 1 - 2 - 2 - 1 - 1;
e) 3 - 3 - 2 - 2 - 1 - 1;
ROMANTISMO NO BRASIL
De acordo com o texto do Gonçalves Dias: Qual das 
estrofes é lembrada no Hino Nacional? A distância 
no poema é marcada por dois advérbios. Quais são 
eles e o que cada um representa? Dois elementos da 
natureza são destacados no poema como símbolo 
da pátria. Identi fi que-os.
No poema, de Álvarez de Azevedo estão sinteti zados 
os temas do escapismo da vida e das angústi as 
que consomem a existência do poeta. Que outras 
característi cas do ultrarromanti smo encontramos 
nele? Explique por que Álvares de Azevedo é ti do 
como a “An� tese personifi cada”.
Em O Navio Negreiro, na estrofe, a expressão vocati va 
“Senhor Deus dos desgraçados!” introduz a súplica dos 
escravos que virá nos versos seguintes. A quem são 
dirigidas as perguntas do poema?
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
70
O tema sobre o Romanti smo no Brasil é sempre 
cobrado em provas como Enem e outras. Ele foi, 
não somente um movimento ar� sti co (como nas 
artes plásti cas e no teatro), mas também fi losófi co, 
combinando o racionalismo formal com uma visão 
mais emocional, enfati zando o “eu”, a criati vidade e o 
valor subjeti vo da arte. Além disso, o movimento foi 
crucial para revolucionar a prosa e a poesia brasileira, 
infl uenciando nas próximas manifestações culturais.
O que foi o Romanti smo no Brasil
O impulso do Romanti smo surgiu como um 
contraponto da intensa racionalização e mecanização 
provenientes da revolução industrial. Ele é marcado 
por um ambiente intelectual de grande rebeldia, 
oposição à realidade social e inconformismo às regras 
que determinavam o fazer ar� sti co, principalmente na 
literatura. Para explicar o que foi o Romanti smo no 
Brasil, primeiro vamos entender suas origens.
Com foco nas emoções e expressão da 
subjeti vidade, o Romanti smo literário abriu espaço 
paraque o arti sta criasse livremente, o que também 
refl eti a o cenário externo, aquilo que acontecia na 
esfera social. Originalmente surgido na Alemanha, 
que estava se formando conação, o romanti smo teve 
bases nacionalistas e se mostrou como espaço para 
a religação à natureza e também à essência humana.
Como você verá a seguir, esse contexto foi um 
marco em comum para o Brasil, que passava justamente 
pelo processo de independência de Portugal. Como 
nação, o Romanti smo teve bases nacionalistas e se 
mostrou como espaço para a religação à natureza e 
também à essência humana.
Contexto Histórico do Romanti smo no Brasil
A melhor forma de conhecer uma escola 
literária é acompanhando o cenário da época. Com 
o contexto histórico do Romanti smo no Brasil, você 
percebe que ele foi uma necessidade que caminhou 
ao encontro da independência do nosso país. Após 
o grito da independência em 1822, surge uma nova 
mentalidade no povo brasileiro, que deseja reforçar 
a nova realidade, negando tudo o que ti nha origem 
na cultura portuguesa.
Além disso, o país atravessava um momento 
marcado por reformas políti cas, ânimo de liberdade, 
necessidade de construção dessa nova nação e, 
principalmente, destaque para o nacionalismo e 
valorização da nossa pátria. Semelhante ao contexto 
histórico do Romanti smo europeu, a situação, ao 
mesmo tempo em que criava uma certa insegurança 
em relação ao novo modelo, também inspirava com 
os novos ares.
Um marco que aponta para o início do Romanti smo 
no Brasil foi o livro “Suspiros Poéti cos e Saudades” 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
71
de Gonçalves de Magalhães, no ano de 1836. Veja 
o trecho inicial do prefácio, que expõe como o 
Romanti smo não está ligado a um lugar ou vertente 
específi ca, mas principalmente ao compromisso do 
escritor consigo, não podendo ser as obras julgadas 
pela forma e, sim, senti das pelo leitor.
“Lede
Pede o uso que se dê um prólogo ao livro, como 
um pórti co ao edi� cio; e como este deve indicar por 
sua construção a que divindade se consagra o templo, 
assim deve aquele designar o caráter da obra. Santo 
uso de que nos aproveitamos para desvanecer alguns 
preconceitos, que talvez contra este livro se elevem 
em alguns espíritos apoucados. É um livro de poesias 
escritas segundo as impressões dos lugares; ora 
sentado entre as ruínas da anti ga Roma, meditando 
sobre a sorte dos impérios; ora no cimo dos Alpes, a 
imaginação vagando no infi nito como um átomo no 
espaço; ora na góti ca catedral, admirando a grandeza 
de Deus e os prodígios do cristi anismo; ora entre os 
ciprestes que espalham sua sombra sobre túmulos; 
ora, enfi m, refl eti ndo sobre a sorte da pátria, sobre 
as paixões dos homens, sobre o nada da vida. São 
poesias de um peregrino, variadas como as cenas da 
natureza, diversas como as fases da vida, mas que se 
harmonizam pela unidade do pensamento e se ligam 
como os anéis de uma cadeia; poesias d’alma e do 
coração, e que só pela alma e o coração devem ser 
julgadas ”
Característi cas do Romanti smo no Brasil
Com relação aos aspectos que marcam a literatura 
desse movimento, podemos destacar como principais 
característi cas do Romanti smo no Brasil:
• o rompimento com a cultura precedente, a es-
cola literária do Arcadismo com o predomínio 
da racionalidade, ciência e cultura pagã;
• a subjeti vidade e valorização das expressões 
dos senti mentos e manifestações do eu;
• a arte voltada para o povo, surgimento de um 
público consumidor da cultura (com o surgi 
mento de tecnologias que agilizavam a produ-
ção, surgiram os folheti ns);
• a liberdade e originalidade, com a criação da 
forma livre de regras;
• a idealização da mulher, muitas vezes culmi-
nando no amor platônico;
• o indianismo, no qual o índio é apresentado 
como herói;
• a evasão, ou um escape (escapismo) do mundo 
real;
• o patrioti smo, com expressões de nacionalis-
mo chegando à sua forma exacerbada, que é 
o ufanismo;
• a religiosidade, na qual o escritor ou poeta se 
sustenta como resposta para a insegurança e 
incerteza, além do contraponto ao cienti fi cismo 
presente no Neoclassicismo (ou Arcadismo);
• a exaltação da natureza.
POESIA
As Três Gerações Românti cas Brasileiras
1ª Geração: Nacionalista / Indianista
O Romanti smo no Brasil, primeira geração, está 
muito ligado ao ufanismo, uma vez que o país ti nha 
se tornado independente recentemente. Outra 
temáti ca muito explorada nessa época é o indianismo, 
apresentando o índio como elemento de ligação à 
pátria e à natureza (e riquezas naturais) próprias do 
Brasil. O foco foi um resgate da essência história e 
cultural do país.
• Índio como herói. Figura do “bom selvagem”;
• Exaltação de nossas paisagens naturais e de 
nossa pátria;
Principais poetas: Gonçalves de Magalhães e 
Gonçalves Dias, sendo este últi mo o autor da clamada 
obra Canção do Exílio.
 ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
01. Que visão de pátria é apresentada no poema? 
Confi rme sua resposta transcrevendo dois versos do 
texto em seu caderno.
02. No poema, as palavras “lá” e “cá” aparecem 
repeti damente. O que elas representam para o eu 
poéti co?
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
72
03. Apesar de se referir ao próprio país, o Brasil, 
podemos considerar universal a maneira como o 
poeta vive seu senti mento em relação à pátria. Por 
quê?
04. Como você interpretaria a repeti ção da expressão 
“Minha terra tem...”?
05. Transcreva, em seu caderno, os versos do poema 
que podem ilustrar os seguintes senti mentos:
a) Desilusão.
b) Encantamento.
06. Alguns versos do poema de Gonçalves Dias 
podem ser relacionados a trechos do “Hino Nacional 
Brasileiro”, escrito 63 anos depois, em 1909. 
Identi fi que esses versos e transcreva-os.
07. O que é exílio?
08. Caracterize o eu lírico do poema.
09. No poema, o eu lírico compara a terra natal com a 
terra onde está exilado. Que elementos são uti lizados 
nessa comparação?
a) Sociais.
b) Naturais.
c) Econômicos.
d) Políti cos.
10. A distância da terra natal provoca no eu lírico:
a) Tristeza.
b) Desespero.
c) Angústi a.
d) Saudade.
11. Ao se referir à terra natal, o eu lírico apresenta 
uma imagem:
a) Realista.
b) Racional.
c) Idealizada.
d) Imparcial.
12. Quais os principais temas característi cos do 
Romanti smo apresentados nesse poema?
13. Nos versos “Em cismar, sozinho à noite/ Mais 
prazer encontro eu lá”, destaca-se a característi ca 
românti ca:
a) Exaltação da natureza.
b) Valorização da cultura popular
c) Escapismo.
d) Críti ca social.
14. Apresenta um apelo o verso:
a) “Minha terra tem palmeiras”.
b) Que tais não encontro eu cá”.
c) “Nosso céu tem mais estrelas”.
d) “Não permita Deus que eu morra”.
15. Revela-se no poema um tom de:
a) Lamento.
b) Humor.
c) Ironia.
d) Rancor.
16. A distância e a saudade provocam a distorção da 
imagem da terra natal, cuja natureza é minuciosamente 
comparada com a da terra do exílio.
a) A oposição e a distância são marcadas por dois 
advérbios insistentemente repeti dos ao longo 
do poema. Quais são eles e o que cada um 
representa?
b) Entre os diversos elementos da natureza, dois se 
destacam e se tornam símbolos da pátria distante. 
Quais são eles?
Romanti smo - Poesia
2ª Geração: Ultrarromânti ca / Mal do Século
A segunda geração do Romanti smo no Brasil, 
também conhecida como mal do século, recebeu 
grande infl uência da poesia de George Gordon Byron, 
ou Lord Byron. A melancolia e o pessimismo ganham 
destaque e o medo, o sofrimento e os vícios são temas 
abordados nessas produções. A fuga da realidade se 
apresenta com um saudosismo à infância, exaltação 
da morte e no medo do amor.
Também conhecida como Ultrarromanti smo, 
nessa fase do movimento românti co os autores já não 
ti nham tanta afi nidade com o nacionalismo. Houve 
maior exacerbação dos senti mentos, levando a um 
egoísmo.
Com relação à mulher, que até então era retratada 
de forma respeitosa (com o amor puro e cortês — 
presente desde o Trovadorismo), agora tem um novo 
papel. A parti r de então, o poeta demonstracerta 
sensualidade em relação à mulher, para a qual ele 
sugere ter desejos sexuais, mas percebe que não é 
digno de tocá-la.
 Individualismo / Egocentrismo;
 Morte como refúgio;
 Idealização do amor perfeito;
 Pessimismo;
 Saudade da infância;
Principais poetas: Álvares de Azevedo e Casimiro 
de Abreu, sendo este últi mo autor da renomada obra 
Meus Oito Anos.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
73
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
1. Leia o poema o conhecido poema “Meus oito anos”, 
do poeta românti co Casimiro de Abreu:
Meus oito anos
Casimiro de Abreu (1839-1860)
Oh! Que saudades que tenho / Da aurora da minha 
vida, / Da minha infância querida /Que os anos não 
trazem mais! /Que amor, que sonhos, que fl ores, / 
Naquelas tardes fagueiras, / À sombra das bananeiras, 
/ Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias / Do despontar da 
existência! / – Respira a alma inocência / Como 
perfumes a fl or; / O mar é – lago sereno, / O céu – 
um manto azulado, / O mundo – um sonho dourado, 
/ A vida – um hino d’amor!
Que auroras, que sol, que vida, / Que noites de 
melodia / Naquela doce alegria, / Naquele ingênuo 
folgar! / O céu bordado d’estrelas, / A terra de aromas 
cheia, / As ondas beijando a areia/ E a lua beijando 
o mar!
Oh ! dias da minha infância! / Oh ! meu céu de 
primavera! / Que doce a vida não era / Nessa risonha 
manhã! / Em vez das mágoas de agora,
/ Eu ti nha nessas delícias / De minha mãe as 
carícias / E beijos de minha irmã!
Livre fi lho das montanhas, / Eu ia bem sati sfeito, / 
Da camisa aberta o peito, / – Pés descalços, braços nus 
– / Correndo pelas campinas / À roda das cachoeiras, 
/ Atrás das asas ligeiras / Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos / Ia colher as pitangas, / 
Trepava a ti rar as mangas, / Brincava à beira do mar; / 
Rezava às Ave-Marias, / Achava o céu sempre lindo, / 
Adormecia sorrindo / E despertava a cantar!
Oh ! Que saudades que tenho / Da aurora da 
minha vida, / Da minha infância querida / Que os 
anos não trazem mais! / Que amor, que sonhos, que 
fl ores, / Naquelas tardes fagueiras, / À sombra das 
bananeiras, / Debaixo dos laranjais!
Agora leia o poema “Ai que saudades”, de escritora 
de literatura infanto-juvenil Ruth Rocha:
AI QUE SAUDADES...
Ruth Rocha (1931- )
Ai que saudades que tenho / Da aurora da minha 
vida / Da minha infância querida / Que os anos 
não trazem mais... / Me senti a rejeitada, / Tão feia, 
desajeitada, / Tão frágil, tola, impotente, / Apesar dos 
laranjais.
Ai que saudades que eu tenho / Da aurora da 
minha vida, / Não gostava da comida / Mas ti nha que 
comer mais... Espinafre, beterraba, / E era � gado e 
era fava, / E tudo que eu não gostava / Em porções 
industriais.
Como são tristes os dias / Da criança escravizada, 
/ Todos mandam na coitada, / Ela não manda em 
ninguém... / O pai manda, a mãe desmanda, / O irmão 
mais velho comanda, / Todos entram na ciranda, / E 
ela sempre diz amém...
Naqueles tempos ditosos / Não podia abrir a boca, 
/ E a professora era louca, / Só queria era gritar. / Senta 
direito, menina! / Ou se não, tem sabati na! / Que letra 
mais horrorosa! / E pare de conversar!
Oh dias da minha infância, / Quando eu fi cava 
doente, / Ou senti a dor de dente, / E lá vinha 
tratamento! / Era um tal de vitamina... / Mingau, 
remédio, vacina, / Inalação e aspirina, / Injeção e 
linimento!
E sem falar na tortura: / Blusa de gola engomada, 
/ Roupa de cava apertada, / Sapati nho de verniz... / 
E as ordens? Anda direito! / Diz bom dia pras visitas! 
/ Que menina mais sem jeito! / Tira o dedo do nariz!
Que aurora! Que sol! Que nada! / Vai já guardar 
os brinquedos! / Menina, não chupe os dedos! / Não 
pode brincar na lama! / Vai já botar o agasalho! / Vai 
já fazer a lição! / Criança não tem razão! / É tarde, 
vai já pra cama!
Vê se penteia o cabelo! / Menina se mostradeira! 
/ Menina novidadeira! / Está se rindo demais! / — 
Que amor, que sonhos, que fl ores, / Naquelas tardes 
fagueiras, / À sombra das bananeiras, / Debaixo dos 
laranjais!
Comparando os dois poemas, é correto afi rmar:
a) ( ) Ruth Rocha faz um plágio do poema de Casimiro 
de Abreu, ou seja, uma cópia fraudulenta do 
primeiro texto, apresentando assim uma “imitação 
ou cópia de obra intelectual ou ar� sti ca alheia 
como sendo de própria autoria” (Dicionário Caldas 
Aulete).
b) ( ) Ruth Rocha faz uma paródia do poema de 
Casimiro de Abreu, já que promove não só “a 
introdução de um novo senti do ao texto primeiro, 
mas sim uma completa alteração do signifi cado 
do primeiro texto.” (FERRAZ, Salma).
c) ( ) Ruth Rocha faz um pasti che do poema de 
Casimiro de Abreu, uma vez que imita seu esti lo 
com fi nalidade estéti ca e lúdica, confi rmando o 
senti do original do poema por meio processos de 
adaptação, apropriação e colagem de trechos do 
texto original.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
74
Romanti smo - Poesia
3ª Geração: Social / Libertária
Entre 1870 e 1881 manifestou-se a terceira 
geração do Romanti smo no Brasil. Inspirada nas 
produções do escritor francês Vitor Hugo, essa fase 
também foi nomeada como Geração Condoreira, em 
atribuição ao Condor (águia, falcão), que tem uma 
visão mais ampla, simbolizando que nessa etapa os 
poetas haviam alcançado a maturidade e liberdade 
fundamentais para suas produções.
Historicamente, o Brasil estava vivendo um 
momento de pensamentos em favor de um Brasil 
republicano (consequentemente, o fi m da monarquia) 
e com foco no abolicionismo, promovendo o fi nal da 
escravidão (que começou em 1850, se concreti zando 
em 1888). Dessa forma, o nacionalismo brasileiro deixa 
de ser representado apenas pela cultura europeia e 
indígena, integrando-se também o reconhecimento 
pela identi dade negra.
Por um lado, a poesia do Romanti smo no Brasil, 
3ª geração, estava empenhada em denunciar as 
condições de trabalho dos escravos e a realidade social 
e econômica no país e, por outro, surgiu também uma 
nova representação da mulher. Agora, ela deixa de ser 
algo puro, quase divino como na primeira geração ou 
apenas sensual, como na segunda, para uma relação 
eróti ca e a consumação do amor.
 Abordagem das questões sociais, principalmente 
acerca da abolição da escravatura;
 Linguagem enfáti ca;
 Defesa dos escravos;
 Eroti smo;
Principal poeta: Castro Alves, “o poeta dos escravos”, 
tendo como obra de destaque O Navio Negreiro.
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
O texto que segue, a parte IV de “O navio negreiro”, 
é a descrição do que se via no interior de um navio 
negreiro. Perceba a capacidade de Castro Alves em nos 
fazer ver a cena, como se esti véssemos num teatro.
“O navio negreiro”
Castro Alves Era um sonho dantesco... 
O tombadilho,
Que das luzernas avermelha o brilho, Em sangue a 
se banhar.
Tinir de ferros... estalar do açoite... Legiões de homens 
negros como a noite, Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas Magras 
crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães:
Outras, moças... mas nuas, espantadas, No turbilhão 
de espectros arrastadas, Em ânsia e mágoa vãs.
E ri-se a orquestra, irônica, estridente... E da ronda 
fantásti ca a serpente
Faz doudas espirais...
Se o velho arqueja... se no chão resvala, Ouvem-se 
gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia, A multi dão faminta 
cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece... Outro, que de 
mar� rios embrutece, Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra. E após, 
fi tando o céu que se desdobra Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros: “Vibrai rijo o 
chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!...”
E ri-se a orquestra irônica, estridente... E da ronda 
fantásti ca a serpente
Faz doudas espirais!
Qual num sonho dantesco as sombras voam!... Gritos, 
ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
açoite: chicote.
arquejar: ofegar.
dantesco: relati vo às cenas de horríveis narradas por 
Dante Alighieri em sua obra Divina comédia, na parte 
em que descreve o inferno.
luzernas:acessado em 03/06/2022.
Bene� cios
De acordo com a revista americana Forbes, o 
Squash é o melhor esporte para o bem-estar e saúde. 
Para isso, apresentou método construído com base 
em consultas a especialistas, treinadores pessoais, 
competi dores e educadores � sicos. Os quatro 
componentes básicos da preparação � sica (resistência 
cardiorrespiratória, força muscular, resistência 
muscular e fl exibilidade) foram medidos com base 
em uma escala de 1 a 5 (5 “excelente”, 4 “muito bom”, 
3 “bom”, 2 “nada mal” e 1 “nada especial”).
O risco de lesão foi medido em uma escala de 1 a 
3 (1 “baixa”, 2 “mais ou menos” e 3 “alta”). Queima de 
calorias se baseou na energia gasta por um indivíduo 
de 86 quilos após 30 minutos, com medição em uma 
escala de 1 a 5 (5 “+ de 450 calorias”, 4 “entre 400-450 
calorias”, 3 “entre 350-400 calorias”, 2 “entre 300-350 
calorias” e 1 “entre 250-300 calorias”). Esse padrão 
foi reti rado da Faculdade Americana de Medicina 
Esporti va.
Os valores foram pontuados para se chegar a uma 
classifi cação individual para cada esporte. A publicação 
ainda ressaltou que os bene� cios � sicos, riscos de 
lesão e queima calórica podem variar dependendo 
da técnica, vigor, cuidado e entusiasmo individual por 
quem prati ca.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
11
O Squash foi classifi cado como o mais completo. 
Isto é, obteve os melhores resultados para quem 
procura um esporte saudável. Por isso, pode ser 
considerado o melhor esporte para o bem-estar e 
saúde. O Briti sh Journal of Sports Medicine publicou 
um estudo que examinou mais de 80 mil adultos na 
Inglaterra e Escócia entre 1994 e 2008 que parti ciparam 
de uma pesquisa nacional sobre saúde. Dentre os 
resultados, a publicação sugere que o risco de morte 
por qualquer causa era 47% menor entre aqueles 
que jogavam esportes de raquete, e que a práti ca 
regular de Squash poderia ajudar a se manter longe 
da morte pelo maior período comparati vamente aos 
demais esportes. Em últi ma análise, os pesquisadores 
sugeriram que o Squash é o melhor esporte para 
garanti r uma vida longa. Ou seja, o melhor esporte 
para o bem-estar e saúde.
Fonte: Texto extraído e adaptado de: h� ps://squashistas.com. 
br/o-dia-mundial-do-squash/ acessado em: 04/06/2022.
Tratando-se de modalidades com interação entre 
adversários, podemos concluir que não é sufi ciente 
realizar de forma adequada os gestos técnicos 
demandados pelo o jogo esporti vo, mas também é 
imprescindível escolher/decidir (individualmente 
squash 1x1 ou individualmente e coleti vamente 
squash 2x2) o que fazer diante da situação criada 
pela dinâmica do jogo. O squash compõe a classe 
dos esportes alternado direto, pois a bola deve 
ser rebati da apenas a parti r de um golpe, segundo 
González, 2017.
SAIBA MAIS
https://www.youtube.com/watch?v=I85ng-l0Se4 
acessado em: 31/05/20222.h� ps://www.youtube.
com/watch?v=8V-QbmozYqNU acessado em: 
02/06/2022.
SUGESTÃO DE APRENDIZAGEM
a) Realização de práti ca esporti va (squash) para que 
os estudantes possam vivenciar o esporte de parede. 
Adaptar o esporte com recursos que podem ser 
encontrados no colégio/escola. 
Assisti r o vídeo h� ps://www.youtube.com/
watch?v=Li8FMmOzG2c&t=487s.
MOMENTO ENEM
1. (INEP – ENEM 2014 - ADAPTADA) 
Os esportes podem ser classifi cados levando-se em 
consideração diversos critérios, como a quanti dade 
de competi dores, a relação com os companheiros de 
equipe, a interação com o adversário, o ambiente, 
o desempenho comparado e os objeti vos táti cos da 
ação. Os chamados esportes Os esportes de rede/
parede envolvem o conjunto de “modalidades que se 
caracterizam por arremessar, lançar ou rebater a bola 
em direção a setores da quadra adversária nos quais 
o rival seja incapaz de devolvê-la da mesma forma 
ou que leve o adversário a cometer um erro dentro 
do período de tempo em que o objeto do jogo está 
em movimento. São exemplos de esportes de rede/
parede
(A) Handebol, basquetebol, futebol e voleibol.
(B) Rúgbi, futsal, natação e futebol americano.
(C) Tênis de mesa, vôlei de praia, badminton e squash.
(D) Basquetebol, handebol, futebol e futsal.
(E) Ginásti ca olímpica, beisebol, judô e tae kwon do.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional 
Comum curricular.2018.
COSTA, Marina Luisa de Lima Costa; SILVA, Mauro 
Amâncio da. O ensino da técnica de squash: uma 
abordagem metodológica. Do corpo: ciências e artes, 
Caxias do Sul, v. 1, n. 3, 2013. Disponível em: h� p://
www.ucs.br/etc/revistas/index.php/docorpo/arti cle/ 
view/2912.
GONZÁLEZ, Fernando Jaime. Planejamento curricular 
na educação � sica escolar: diálogos com a praxiologia 
motriz. In: RIBAS, J. F. M (Org.). Praxiologia motriz na 
América Lati na: aportes para a didáti ca na educação 
� sica. Ijuí: Editora Unijuí, 2017.
REDFERN, Karen; NETO, Nelson; RODRIGUES, 
Gilvandro. Regras mundiais do squash individual 
com edição em português. Tradução original por 
Nelson Neto e Karen Redfern, Adaptação para Regras 
2010, Revisão e Formatação por Gilvandro Rodrigues, 
WFS (World Squash Federati on), CBS (Confederação 
Brasileira de Squash), FSPB (Federação Squash 
Paraíba) 2018.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
12
BADMINTON
HABILIDADES ESPECÍFICA
(EM13LGG502) Analisar criti camente preconceitos, 
estereóti pos e relações de poderes presentes nas 
práti cas corporais, adotando posicionamento contrário 
a qualquer manifestação de injusti ça e desrespeito a 
direitos humanos e valores democráti cos.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMLGG502F) Propor ati vidades de lazer para a 
comunidade escolar, estudando sua realidade local 
para respeitar seus interesses, e democrati zar o 
acesso a esses momentos.
OBJETO DE CONHECIMENTO
Conhecimento teórico-práti co sobre ati vidade � sica, 
exercício � sico e treinamento corporal no contexto 
das práti cas corporais. Conhecimento teórico-práti co 
dos fundamentos técnicos e. das regras básicas nas 
práti cas corporais.
No módulo anterior estudamos o squash, esporte 
considerado de parede, neste módulo iremos estudar 
o badminton, que é considerado um esporte de 
rede, desta maneira a diferença entre essas duas 
categorias é, principalmente, a organização do jogo. 
Nos esportes com rede como o badminton existe uma 
divisória, essa organização se dá em relação à rede 
que divide a quadra em duas partes. Nessa categoria, 
o objeti vo é que o “birdie” (voltante) passe por cima 
da rede. Já nos esportes com parede de rebote como 
o squash, há uma parede contra a qual a bola deve 
obrigatoriamente ser rebati da para a conti nuidade 
do jogo.
O volante ou também chamado de “birdie” é uma 
espécie de peteca que pode ser feita de peça sintéti ca, 
como o nylon, com peso variando entre 4g a 6 g, ou 
de penas de ganso. Sendo que em alguns países o 
volante pode ser denominado pluma ou “shu� lecock.
Fonte: Imagem extraída de: h� ps://olympics.com/pt/esportes/
badminton/ – Raquetes e “birdies” do badminton.
A raquete é feita de material como alumínio ou 
aço e é feito para alcançar uma alta performance e 
bons resultados, já existem até mesmo raquetes feitas 
de carbono, sendo muito mais leves.
A parti da
Uma parti da de badminton é feita por 3 games, 
cada um com 21 pontos, o ponto é marcado quando o 
“birdie” cai no campo adversário dentro das limitações 
e passando por cima da rede. Se a peteca sair das 
limitações do campo, mesmo passando por cima da 
rede, o ponto irá para o adversário.
A raquete e nem o atleta podem encostar na rede, 
o “birdie” não pode encostar no atleta, no teto ou 
nos arredores da quadra, o jogador não pode tocar a 
peteca mais de uma vez por jogada e a “birdie” não 
pode passar por baixo da rede.
A história do badminton
No site da Confederação Brasileira de Badminton 
podemos conferir um pouco da história deste esporte:
O esporte surge na Índia, com o nome de Poona. 
Ofi ciais ingleses a serviço neste país gostaram do jogo 
e levaram-no para a Europa.
O “poona” passou a se chamar Badminton quando, 
na década de 1870, uma nova versão do esporteclarões.
tombadilho: alojamento do navio.
turbilhão: redemoinho.
vãs: inúteis, sem valor.
1. O texto revela grande força expressiva em razão de 
sua plasti cidade, criada a parti r das fortes imagens e 
das sugestões de cor, som e movimento que envolvem 
a cena. Com relação a esses recursos, responda:
a) A que se referem as metáforas “a orquestra” e “a 
serpente” na 3ª e na 6ª estrofes?
b) Duas cores são postas em contraste na 1ª e na 2ª 
estrofes. Quais são elas e o que representam?
c) Observe a 1ª, 3ª, 4ª e 5ª estrofes e destaque delas 
palavras ou expressões que sugiram movimento.
d) Observe a 1ª e a 3ª estrofes e destaque delas 
palavras ou expressões que se associem a 
sonoridade.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
75
2. Acentuando a plasti cidade do texto, por duas vezes 
o poeta aproxima as ideias de som e movimento, 
empregando as palavras orquestra e dança, como 
se houvesse uma dança dos escravos ao som da 
orquestra. De acordo com o texto, explique que ti po 
de dança os escravos realizam.
3. Além de an� teses, também hipérboles foram 
empregadas nesse poema de Castro Alves. A hipérbole 
é uma fi gura de linguagem que se caracteriza pelo 
exagero na expressão. Destaque da 1ª estrofe três 
hipérboles e indique que efeito de senti do têm no 
texto.
4. O poema “O navio negreiro” tem uma fi nalidade 
políti ca e social evidente: a erradicação da escravidão 
no Brasil. De que modo o poeta procura ati ngir o 
público e convencê-lo de suas ideias: com argumentos 
racionais ou com a exploração das emoções? Justi fi que.
PROSA
Surgimento dos folheti ns, a parti r da implantação 
da imprensa no Brasil, que veio com a chegada da 
família real, em 1808. Esses folheti ns eram o que 
chamamos hoje de telenovelas.
 Herói idealizado.
 A literatura passar a ter um público alvo, visando 
à lucratividade.
 Exaltação do Brasil / nacionalismo
 Flashbacks: recordações uti lizadas para explicar 
acontecimentos do presente.
 Senti mentalismo explícito.
Tipos de romance Indianista
• Exaltação da cultura e costumes indígenas;
• Índio representado como herói;
• Representação da paisagem brasileira;
Principais obras: Iracema e O Guarani, ambas
Histórico
• Exposição dos costumes do passado;
• Mescla de fi cção e realidade;
• Principais obras: As Minas de Prata e A Guerra 
dos Mascates, ambas também de José de 
Alencar.
Urbano
• Exposição dos costumes no ambiente urbano, 
principalmente na cidade do Rio de Janeiro;
• Principais obras: A Moreninha, de Joaquim 
Manuel de Macedo, Memórias de um Sargento 
de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, 
Senhora, de José de Alencar.
Sertanejo
• Aborda temas e situações que se passam longe 
dos ambientes urbanos, focando no povo do 
interior e em seus costumes;
• Principal obra: O Sertanejo, de José de Alencar.
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
O GUARANI
José de Alencar
Os gritos e bramidos dos selvagens, que 
conti nuavam com algumas interrupções, foram-se 
aproximando da casa; conhecia-se que escalavam o 
rochedo nesse momento.
Alguns minutos se passaram numa ansiedade 
cruel. D. Antônio de Mariz depositou um últi mo beijo 
na fronte de sua fi lha; D. Lauriana apertou ao seio a 
cabeça adormecida da menina e envolveu-se numa 
manta de seda.
Peri, com o ouvido atento, o olhar fi to na porta, 
esperava. Ligeiramente apoiado sobre o espaldar da 
cadeira às vezes estremecia de impaciência e bati a 
com o pé sobre o pavimento da sala.
De repente um grande clamor soou em torno da 
casa; as chamas lamberam com as suas línguas de fogo 
as frestas das portas e janelas; o edi� cio tremeu desde 
os alicerces com o embate da tromba de selvagens 
que lançava nomeio do incêndio.
Peri, apenas ouviu o primeiro grito, reclinou 
sobre a cadeira e tomou Cecília nos braços; quando 
o estrondo soou na porta larga do salão, o índio já 
ti nha desaparecido.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
76
Apesar da escuridão profunda que reinava em 
todo o interior da casa, Peri não hesitou um momento; 
caminhou direto ao quarto onde habitara sua senhora, 
e subiu à janela.
Uma das palmeiras da cabana estendia-se por 
cima do precipício e apoiava-se a trinta palmos de 
distância sobre um dos galhos da árvore que os 
aimorés ti nham abati do durante o dia que ti raram 
aos habitantes da casa a menor esperança de fuga.
Peri, apertando Cecília nos braços, fi rmou o 
pé sobre essa ponte frágil, cuja face convexa ti nha 
quando muito algumas polegadas de largura.
Quem lançasse os olhos nesse momento para 
aquela banda da esplanada veria ao pálido clarão do 
incêndio deslizar-se lentamente por cima do precipício 
um vulto hirto, como um desses fantasmas que, 
segundo a crença popular, atravessam à meia-noite 
as velhas ameias de algum castelo em ruínas.
A palmeira oscilava, e Peri, embalando-se sobre o 
abismo, adiantava-se vagarosamente para a encosta 
oposta. Os gritos dos selvagens repercuti am nos ares 
de envolta com o estrépito dos tacapes que abalavam 
as portas da sala e as paredes do edi� cio.
Sem se inquietar com a certa tumultuosa que 
deixava após si, o índio ganhou a margem oposta, 
e segurando com uma mão nos galhos da árvore, 
conseguiu tocar a terra sem o menor acidente.
Então, fazendo uma volta para não aproximar-
se do campo dos aimorés, dirigiu-se à margem do 
rio; aí estava escondida entre as folhas a pequena 
canoa que serviria outrora para os habitantes da casa 
atravessarem o Paquequer.
Durante a ausência de uma hora que Peri ti nha 
feito, quando deixava Cecília adormecida, ele havia 
tudo preparado para essa empresa arriscada que 
devia salvar sua senhora.
Graças à sua ati vidade espantosa, armou com 
o auxílio da corda a ponte pênsil sobre o precipício, 
correu ao rio, amarrou a canoa no lugar que lhe 
pareceu mais propício, e em duas viagens levou esse 
barquinho que ia servir de morada a Cecília durante 
alguns dias, tudo quanto a menina podia crescer.
1. O texto, sem deixar dúvidas, é legíti mo representante 
do ti po de romance do Romanti smo. Que afi rmação 
NÃO comprovaria essa tese?
a) A tendência a desenvolver um discurso comovente 
e emocionante.
b) A confi guração, pelos seus atos, da personagem 
como herói.
c) A narrati va marcada por situações que conduzem 
ao suspense, técnica essa que prendia o leitor aos 
acontecimentos.
d) O emprego esti lísti co da hipérbole, denunciando a 
maneira senti mentalmente exagerada de conduzir 
a narrati va.
e) O apego ao descriti vismo da realidade imediata 
com a fi nalidade de dar verossimilhança aos fatos 
narrados.
2. De que modo podemos ver a presença da 
personagem Peri como personagem � pica da criação 
poéti ca do Romanti smo?
3. Qual o ponto de vista da narrati va?
4. (UFPR 2009) Memórias de um sargento de milícias, 
de Manuel Antônio de Almeida, tem merecido atenção 
dos críti cos literários há bem mais de um século. 
Identi fi que, entre os trechos de críti cas literárias a 
seguir, quais se referem a essa obra.
1. Essa obra é, dos seus primeiros livros, o que 
mais possui o ar de modernidade a que se 
referiu Barreto Filho, “deslocando o interesse 
do acontecimento objeti vo para o estudo dos 
caracteres”, na linha portanto do romance 
psicológico a que se entregaria defi niti vamente, 
rompendo com a tendência ao romanesco tão em 
voga. (Adaptado de: COUTINHO, Afrânio. Estudo 
Críti co. p. 26.)
2. Essa obra difere da maioria dos romances 
românti cos, pois apresenta uma série de 
procedimentos que fogem ao padrão da prosa 
românti ca. O protagonista não é herói nem vilão, 
mas um malandro simpáti co que leva uma vida 
de pessoa comum; não há idealização da mulher, 
da natureza ou do amor, sendo reais as situações 
retratadas; a linguagem se aproxima da jornalísti ca, 
deixando de lado a excessiva metaforização que 
caracteriza a prosa românti ca. (Adaptado de: 
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza 
Cochar. Português Linguagens, vol II, p. 182.)
3. [...] o distanciamento cronológico dessa obra é 
de poucos anos, o que autoriza classifi cá-la antes 
de novela de memóriasque histórica. Donde o 
argumento, que o escritor ouviu de um colega 
do “Correio Mercanti l”, de ostentar característi cas 
de documento de uma fase histórica do Rio de 
Janeiro, porventura ainda vigente na altura em que 
a narrati va foi elaborada. Desse teor documental 
nasce o realismo que perpassa [...] toda a obra: um 
realismo insti nti vo, quase de reportagem social, 
a que faltam apenas arquitraves cien� fi cas para 
se transformar no Realismo ortodoxo da segunda 
metade do século XIX. (Adaptado de: MOISÉS, 
Massaud, A literatura brasileira através dos textos. 
p. 173.)
4. É supérfl uo encarecer o valor documental da obra. 
A críti ca sociológica já o fez com a devida minúcia. 
Essa obra nos dá, na verdade, um corte sincrônico 
da vida familiar brasileira nos meios urbanos em 
uma fase em que já se esboçava uma estrutura 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
77
não mais puramente colonial, mas ainda longe do 
quadro industrial-burgûes.
 E, como o autor conviveu de fato com o povo, o 
espelhamento foi distorcido apenas pelo ângulo 
da comicidade. Que é, de longa data, o viés pelo 
qual o arti sta vê o � pico, e sobretudo o � pico 
popular. (Adaptado de: BOSI, Alfredo. História 
concisa da literatura brasileira. p. 134.)
Referem-se à obra Memórias de um sargento de 
milícias os trechos:
a) 1,2 E 3 apenas.
b) 2 e 4 apenas.
c) 1 e 4 apenas.
d) 2, 3 e 4 apenas.
e) 1, 2, 3 e 4.
5. (UTFPR) Em relação à obra Memórias de um 
Sargento de Milícias, marque a alternati va correta;
a) o tempo dos acontecimentos que envolvem 
Leonardo Pataca e seu fi lho, Leonardo, é o mesmo 
em que o narrador escreve no romance.
b) a linguagem do romance é bem românti ca, 
idealizando muito e sempre os fatos que se 
revelam sob um prisma enaltecedor.
c) a insti tuição familiar, especialmente, a família 
composta por Leonardo Pataca, Maria e o herói da 
narrati va é sobretudo burguesa, ordeira e sólida.
d) a igreja, sobretudo a Católica, passa por um 
processo de idealização, emergindo como 
insti tuição inabalável, piedosa e principalmente 
voltada para a vida espiritual.
 o coti diano fl uminense, 
 simultaneamente de voto e profano, 
 revela-se a parti r de uma linguagem 
 prosaica em que as festas religiosas são 
 pintadas em parte como folias 
 carnavalescas.
6. (UFPR) Sobre o romance Memórias de um Sargento 
de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, assinale 
a alternati va correta.
a) o pretérito imperfeito da frase que dá início ao 
romance – “Era no tempo do rei”- fornece uma 
referência temporal equivalente à das lendas e 
histórias da carochinha, sem verossimilhança 
histórica.
b) a divisão em capítulos revela a difi culdade da 
literatura da época para encadear em uma 
narrati va con� nua as ações de uma grande 
quanti dade de personagens.
c) localizamos boa parte do humor da narrati va 
na diferença existente entre as pretensões do 
padrinho e da madrinha para o futuro do afi lhado 
Leonardo Pataca e a realidade das trapalhadas e 
peripécias realizadas por ele.
d) os desati nos do protagonista são justi fi cados na 
narrati va pelo abandono paterno e materno, 
demonstrando o aprofundamento psicológico 
que sustenta a construção da personagem.
e) a ênfase na denúncia da violência contra os 
escravos permite afi rmar que Memórias de um 
Sargento de Milícias é um romance social.
7. (UFPR) Considere as seguintes afi rmações sobre 
Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel 
Antônio de Almeida:
I – publicado originalmente como folheti m, alcançou 
o patamar de cânone da literatura brasileira por 
inaugurar no Brasil e escola realista-naturalista, muito 
afeita a denúncias sociais.
II – a personagem principal, Leonardo Pataca, fi lho, 
embora tendo nascido em uma família desestruturada, 
dá mostras de superação pessoal no longo esforço que 
lhe custou alcançar o cargo de Sargento de Milícias.
III – na passagem do jornal para o livro, foram manti dos 
os elementos folheti nescos do original. IV – como 
personagem José Dias, de Dom Casmurro, Leonardo 
Pataca, fi lho, é um exemplo de agregado, fi gura � pica 
presente nas grandes famílias brasileiras, que ganham 
teto e comida em troca de pequenos favores.
Assinale a alternati va correta.
Apenas as afi rmati vas I e II são verdadeiras:
a) Apenas a afi rmati va III é verdadeira
b) Apenas as afi rmati vas I, II e III são verdadeiras
c) Apenas as afi rmati vas II, III e IV são verdadeiras
d) Apenas as afi rmati vas I, II e IV são verdadeiras
e) Apenas as afi rmati vas I e II são verdadeiras
Autores do Romanti smo no Brasil
 Gonçalves de Magalhães: poeta responsável 
por trazer o Romanti smo para o Brasil;
 Gonçalves Dias: importante poeta indianista e 
nacionalista, da primeira geração do Roman-
ti smo brasileiro;
 Álvares de Azevedo: representante da segunda 
fase do Romanti smo, expressava a angústi a e 
melancolia da geração;
 Casimiro de Abreu: assim como Álvares de 
Azevedo, também apresentava um subjeti vis-
mo exacerbado e grande melancolia. Entretan-
to, foi considerado como um poeta inocente, 
por retratar mais o saudosismo à infância;
 Junqueira Freire: poeta também da segunda 
fase do Romanti smo, ti nha como marca a gran-
de angústi a e relação com a morte;
 Fagundes Varela: inspirado na poesia de Lord 
Byron, abordava a angústi a, a melancolia e o 
desengano;
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
78
 Castro Alves: conhecido como Poeta dos Es-
cravos, foi da 3ª geração do Romanti smo. Ele 
contribuiu tanto com a denúncia em relação 
aos escravos, quanto escreveu poemas que 
apresentam a nova representação da mulher;
 Tobias Barreto: poeta também da 3ª fase do 
Romanti smo, abordava a escravidão e defendia 
a liberdade religiosa;
 Bernardo Guimarães: boêmio e defensor do 
byronismo, contribuiu principalmente para a 
prosa românti ca;
 José de Alencar: um dos principais escritores 
em prosa do Romanti smo brasileiro;
 Franklin Távora: importante escritor da pro-
sa românti ca, foi responsável por introduzir o 
Romanti smo regionalista no nordeste;
 Machado de Assis: escritor que pertenceu ao 
fi nal do Romanti smo e início do movimento 
literário subsequente, o Realismo.
Obras do Romanti smo no Brasil
Romanti smo no Brasil — poesia
Suspiros Poéti cos e Saudades; Os Mistérios; 
Primeiros Cantos; Últi mos Cantos; As Brasilianas; 
Canção do Exílio; Lira dos Vinte Anos; As Primaveras; 
Meus Oito Anos; Noturnos; Anchieta ou O Evangelho 
nas Selvas; Diário de Lázaro; O Navio Negreiro – 
Tragédia no Mar; Espumas Flutuantes; Vozes d’África; 
Os Escravos; Obras Poéti cas; Que Mimo; O Gênio da 
Humanidade; A Escravidão.
Romanti smo no Brasil — prosa
O Ermitão de Muquém; O Garimpeiro; Lendas e 
Romances; O Seminarista; A Escrava Isaura; O Corti ço;
Suspiros Poéti cos e Saudades; Os Mistérios; 
Primeiros Cantos; Últi mos Cantos; As Brasilianas; 
Canção do Exílio; Lira dos Vinte Anos; As Primaveras; 
Meus Oito Anos; Noturnos; Anchieta ou O Evangelho 
nas Selvas; Diário de Lázaro; O Navio Negreiro – 
Tragédia no Mar; Espumas Flutuantes; Vozes d’África; 
Os Escravos; Obras Poéti cas; Que Mimo; O Gênio da 
Humanidade; A Escravidão.
Ubirajara; Iracema; O Guarani; Lucíola; A Viuvinha; 
O Tronco do Ipê; Ressurreição; A mão e a luva; Helena; 
A Moreninha; Memórias de um Sargento de Milícias; 
O Noviço; O Cabeleira; O Matuto; Inocência.
O Romanti smo no Brasil representou 
historicamente três grandes momentos que foram: 
o fi m do Brasil Colônia e início do Brasil Império, a 
luta contra a escravidão e a favor do Brasil República. 
Marcado pelo senti mentalismo exacerbado e fi m da 
preocupação com a forma.
Principais Autores e Obras Românti cos
GONÇALVES DIAS
Gonçalves Dias (1823-
1864) foi um poeta, 
professor, jornalista e 
teatrólogo brasileiro. É 
lembrado como o grande 
poeta indianista da Primeira 
Geração Românti ca. Deu 
romanti smo ao tema índio 
e uma feição nacional à 
sua literatura. É lembrado 
como um dos melhores 
poetas líricos da literatura brasileira. É Patrono da 
cadeira nº. 15 da Academia Brasileira deLetras.
Antônio Gonçalves Dias nasceu em Caxias, 
Maranhão, no dia 10 de agosto de 1823. Filho de um 
comerciante português e uma mesti ça viveu em um 
meio social conturbado. Durante os anos da infância, 
ajudou seu pai no comércio, ao mesmo tempo, que 
recebeu educação de um professor parti cular.
Em 1838, viajou para Coimbra e ingressou no 
Colégio das Artes, onde concluiu o curso secundário. 
Em 1840 matriculou-se na Universidade de Direito 
de Coimbra, onde teve contato com escritores do 
romanti smo português, entre eles, Almeida Garre� , 
Alexandre Herculano e Feliciano de Casti lho.
Durante sua permanência em Coimbra, escreveu a 
maior parte de suas obras, inclusive a famosa “Canção 
do Exílio” (1843), onde expressa o senti mento da 
solidão e do exílio. Em 1845, depois de formado em 
Direito, Gonçalves Dias retornou para o Maranhão, 
indo no ano seguinte morar no Rio de Janeiro 
procurando integrar-se ao meio literário.
Em 1847, com a publicação de “Primeiros Cantos”, 
conseguiu sucesso e o reconhecimento do público. 
Recebeu elogios de Alexandre Herculano, poeta 
românti co português. Ao apresentar o livro, Gonçalves 
Dias confessa: “Dei o nome Primeiros Cantos às 
poesias que agora publico, porque espero que não 
sejam as últi mas”. Em 1848 publica o livro “Segundos 
Cantos”.
Em 1849, é nomeado professor de Lati m e História 
do Brasil no Colégio Pedro II. Durante esse período 
escreveu para várias publicações, entre elas, o Jornal 
do Comércio, a Gazeta Mercanti l e para o Correio 
da Tarde. Nessa época funda a Revista Literária 
Guanabara. Em 1851, Gonçalves Dias publica o livro, 
“Últi mos Cantos”. Regressa ao Maranhão e conhece 
Ana Amélia Ferreira do Vale, por quem se apaixona, 
mas por ser mesti ço não tem o consenti mento da 
família dela que proíbe o casamento. Mais tarde casa-
se com Olímpia da Costa. Gonçalves Dias exerceu o 
cargo de ofi cial da Secretaria de Negócios Estrangeiros, 
poetas líricos da literatura brasileira. É Patrono da 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
79
foi várias vezes à Europa e em 1854, em Portugal, 
encontra-se com Ana Amélia, já casada. Esse encontro 
inspira o poeta a escrever o poema “Ainda Uma Vez 
— Adeus!”.
Em 1862, Antônio Gonçalves Dias vai à Europa 
para tratamento de saúde. Sem resultados embarca 
de volta no dia 10 de setembro de 1864, porém o navio 
francês Ville de Boulogne em que estava, naufraga 
perto do Farol de Itacolomi, na costa do Maranhão, 
onde o poeta falece.
Gonçalves Dias faleceu na costa do Maranhão, no 
dia 3 de novembro de 1864.
Gonçalves Dias é considerado o grande poeta ro 
mânti co brasileiro. A história do Romanti smo no Brasil 
se confunde com a própria história políti ca da primeira 
metade do século XIX. A Independência políti ca, 
em 1822, despertou a consciência de se criar uma 
cultura brasileira identi fi cada com as raízes históricas, 
linguísti cas e culturais.
Gonçalves Dias fez parte da Primeira Geração de 
“poetas” românti cos brasileiros. Sua obra poéti ca 
apresenta os gêneros lírico e épico. Na lírica, os temas 
mais comuns são: o índio, o amor, a natureza, a pátria 
e a religião. Na épica, canta os feitos heroicos dos 
índios.
O Indianismo: Gonçalves Dias é o mais célebre 
poeta indianista. Exaltou a coragem e a valenti a do 
índio, que passa a ser o personagem principal, o herói. 
Entre os principais poemas indianistas destacam-se: 
“Marabá”, “O Canto do Piaga”, “Leito de Folhas Verdes” 
e principalmente, “I-Juca Pirama” – considerado o 
mais perfeito poema épico indianista da literatura 
brasileira.
O Amor: A parte amorosa conti da em seus versos 
foi inspirada por Ana Amélia Ferreira do Vale. O poeta 
amou a jovem, cujo casamento não foi permiti do pela 
família. A recusa causa-lhe penosos sofrimentos, por 
ele registrados nos poemas: “Se se morre de amor”, 
“Ainda Uma Vez – Adeus” e “Minha Vida e Meus 
Amores”.
A Natureza: Como poeta da natureza, Gonçalves 
Dias canta as fl orestas e a imensa luz do sol. Seus 
poemas sobre os elementos naturais conduzem seu 
pensamento a Deus. Sua poesia sobre a natureza se 
entrelaça com o saudosismo. Sua nostalgia o remete à 
infância, Na Europa sente-se exilado e é levado até sua 
terra natal através da “Canção do Exílio” um clássico 
de nossa literatura.
Obras de Gonçalves Dias
• Canção do Exílio, 1843
• Primeiros Cantos, 1847
• Segundos Cantos, 1848
• Sexti lhas do Frei Antão, 1848
• Últimos Cantos, 1851
• I - Juca Pirama, 1851
• Os Timbiras,1857 (inacabado)
• Dicionário da Língua Tupi, 1858
• Liria Varia, 1869 (obra póstuma)
• Canção do Tamoio
• O Canto do Guerreiro
ÁLVARES DE AZEVEDO
Álvares de Azevedo 
(1831-1852) foi um poeta, 
escritor e conti sta, da 
Segunda Geração Românti ca 
brasileira. Suas poesias 
retratam o seu mundo 
interior. É conhecido como 
«o poeta da dúvida».
Faz parte dos poetas 
que deixaram em segundo 
plano, os temas nacionalistas e indianistas, usados 
na Primeira Geração Românti ca, e mergulha fundo 
em seu mundo interior. É Patrono da cadeira n.º 2, 
da Academia Brasileira de Letras.
Manuel Antônio Álvares de Azevedo nasceu em 
São Paulo no dia 12 de setembro de 1831. Era fi lho 
do Doutor Inácio Manuel Alvares de Azevedo e Dona 
Luísa Azevedo. Aos dois anos de idade, junto com sua 
família, muda-se para o Rio de Janeiro.
Em 1836 morre seu irmão mais novo, fato que o 
deixou bastante abalado. Foi aluno brilhante, estudou 
no colégio do professor Stoll, onde era constantemente 
elogiado. Em 1845 ingressou no Colégio Pedro II.
Em 1848, Álvares de Azevedo voltou para São 
Paulo e iniciou o curso de Direito na Faculdade do 
Largo de São Francisco, onde passou a conviver com 
vários escritores românti cos.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
80
Nessa época fundou a revista da Sociedade Ensaio 
Filosófi co Paulistano, traduziu a obra Parisina, de 
Byron e o quinto ato de Otelo, de Shakespeare, entre 
outros trabalhos.
Álvares de Azevedo vivia em meio aos livros da 
faculdade e se dedicava a escrever suas poesias. Toda 
sua obra poéti ca foi escrita durante os quatro anos 
que cursou a faculdade. O senti mento de solidão e 
tristeza, refl eti dos em seus poemas, era de fato a 
saudade da família, que fi cara no Rio de Janeiro.
Morte
Em 1852, Álvares de Azevedo adoece e abandona 
a faculdade, um ano antes de completar o curso de 
Direito. Viti mado por uma tuberculose e sofrendo 
com um tumor, Álvares de Azevedo é operado, mas 
não resiste.
Álvares de Azevedo faleceu no dia 25 de abril de 
1852, com apenas 20 anos de idade. Sua poesia Se Eu 
Morresse Amanhã!, escrita alguns dias antes de sua 
morte, foi lida, no dia de seu enterro, pelo escritor 
Joaquim Manuel de Macedo.
O Ultrarromanti smo
Álvares de Azevedo é o nome mais importante 
do «Ultrarromanti smo», também conhecido como 
a «Segunda Geração Românti ca», quando os poetas 
deixaram em segundo plano os temas nacionalistas 
e indianistas e mergulharam no seu mundo interior. 
Seus poemas falam constantemente do tédio da 
vida, das frustrações amorosas e do senti mento de 
morte. A fi gura da mulher aparece em seus versos, 
ora como um anjo, ora como um ser fatal, mas sempre 
inacessível.
Álvares de Azevedo deixa transparecer em seus 
textos, a marca de uma adolescência confl itante 
e dilacerada, representando a experiência mais 
dramáti ca do Romanti smo brasileiro.
Em alguns poemas, Álvares de Azevedo surpreende 
o leitor, pois além de poeta triste e sofredor, mostra-
se irônico e com um grande senso de humor, que ri 
da própria poesia românti ca. Álvaro de Azevedo não 
teve nenhuma obra publicada em vida. O livro Lira 
dos Vinte Anos foi a única obra preparada pelo poeta.
FAGUNDES VARELA
Fagundes Varela (1841- 1875) foi um poeta 
brasileiro. Sua poesia apresenta característi cas da 
segunda e da terceira geração de poetas românti cos 
do Brasil. Além de apresentar temas sobre a natureza, 
a angústi a, a solidão, a melancolia e o desengano, 
apresenta também temas sociais e políti cos. É patrono 
da cadeira n.º 11 da Academia Brasileira de Letras. 
FagundesVarela (Luís Nicolau Fagundes Varela) 
nasceu na Fazenda Santa Clara, em Rio Claro, no Rio 
de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1841. Filho do 
Magistrado e fazendeiro Emiliano Fagundes Varela 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
81
e de Emília de Andrade passou a infância junto à 
natureza. Em 1860, muda-se para São Paulo, ingressa 
na Faculdade de Direito no Largo São Francisco e 
parti cipa da vida boêmia da cidade.
Livros de Álvares de Azevedo
• Macário, obra dramáti ca, (1850)
• Lira dos Vinte Anos, poesia (1853)
• A Noite na Taverna, prosa (1855)
• O Conde Lopo, poesia (1866)
Em 1861, Fagundes Varela publica seu primeiro 
livro de poesias “Noturnas”, com apenas 32 páginas, 
com infl uência de Byron e dos poetas românti cos que 
lhe antecederam como no poema “Arquéti po”:
Ele era belo! Na espaçosa fronte 
O dedo do Senhor gravado havia 
O sigilo do Gênio: em seu caminho
O hino da manhã soava ainda, 
E os pássaros da selva gorjeando
Saudavam-lhe a passagem neste mundo. (...)
Em 1862, Fagundes Varela conhece Alice 
Guilhermina Luande, fi lha do proprietário de um 
circo que estava instalado em São Paulo. Segue até 
Sorocaba e lá casa-se com ela, no dia 28 de maio.
Em 1863 nasce seu fi lho Emiliano, que morre em 
dezembro, com apenas três meses de vida. A morte 
do fi lho lhe inspira seu mais famoso poema “Cânti co 
do Calvário”, um dos momentos mais sublime de sua 
produção literária.
Em 1865, Fagundes Varela muda-se para o Recife 
e ingressa na Faculdade de Direito, onde presencia a 
onda de nacionalismo ali desencadeada. Nesse 
mesmo ano, com a morte da esposa, volta para São 
Paulo. Em 1866 retorna para a Faculdade de Direito 
de São Paulo, mas pouco frequenta as aulas. Nessa 
ocasião, Fagundes renuncia aos estudos 
defi niti vamente e volta para a sua casa paterna.
Em 1869 casa-se com 
a prima Maria Beliscaria 
Lambert. Da união 
nasceram duas fi lhas, 
Lélia e Rute. Seu terceiro 
fi lho, também chamado 
Emiliano, não sobreviveu. 
Fagundes leva uma vida 
boemia e era visto muitas 
vezes embriagado.
Fagundes Varela 
faleceu precocemente, 
na cidade de Niterói, Rio 
de Janeiro, no dia 18 de fevereiro de 1875.
Geração Românti ca
Fagundes Varela é considerado o poeta da 
natureza, é o autor que melhor a reproduz nos versos 
da literatura brasileira. Sua obra é repleta de um 
lirismo bucólico.
Sua obra poéti ca, embora ainda presa a certas 
ati tudes ultrarromânti cas, da segunda geração, como 
o pessimismo, a solidão e a morte, aponta novos 
rumos, que conduzem à geração seguinte.
A poesia de Fagundes Varela além de ser um 
lamento senti mental ou uma queixa amorosa passa 
a ser também um grito de protesto ou de reivindicação 
social. É considerado o precursor da poesia social e 
abolicionista.
A obra de Fagundes Varela pode ser separada de 
acordo com os temas abordados:
Obras de Fagundes Varela
• Noturnos (1861)
• Cânti co do Calvário (poema 1863)
• O Estandarte Auriverde (1863)
• Vozes da América (1864)
• Cantos e Fantasias (1865)
• Cantos Meridionais (1869)
CASTRO ALVES
(1847-1871) foi um poeta brasileiro, representante 
da Terceira Geração Românti ca no Brasil. O Poeta dos 
Escravos expressou em suas poesias a indignação aos 
graves problemas sociais de seu tempo. É patrono da 
cadeira n.º 7 da Academia Brasileira de Letras. Antônio 
Frederico de Castro Alves nasceu na vila de Curralinho, 
hoje cidade de Castro Alves, Bahia, em 14 de março 
de 1847. Era fi lho de Antônio José Alves, médico e 
também professor, e de Clélia Brasília da Silva Castro.
Em 1854, sua família mudou-se para Salvador, pois 
seu pai foi convidado para lecionar na Faculdade de 
Medicina. Em 1858 ingressou no Ginásio Baiano onde 
foi colega de Rui Barbosa.
Demonstrou vocação apaixonada e precoce 
pela poesia. Em 1859 perdeu sua mãe. No dia 9 de 
setembro de 1860, com 13 anos, recitou sua primeira 
poesia em público em uma festa na escola.
Sofrimento: a dor confere a Fagundes Varela uma 
notável inspiração poéti ca, como no poema “Cânti co 
do Calvário”, dedicado ao fi lho e publicado na obra 
“Cantos e Fantasias”. Sua Brasília da Silva Castro.
Em 1854, sua família mudou-se para Salvador, pois 
seu pai foi convidado para lecionar na Faculdade de 
Medicina. Em 1858 ingressou no Ginásio Baiano onde 
foi colega de Rui Barbosa.
Demonstrou vocação apaixonada e precoce 
pela poesia. Em 1859 perdeu sua mãe. No dia 9 de 
setembro de 1860, com 13 anos, recitou sua primeira 
poesia em público em uma festa na escola.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
82
No dia 24 de janeiro de 1862, seu pai se casa com 
a viúva Maria Ramos Guimarães. No dia 25, o casal, 
o poeta e seu irmão José Antônio partem no vapor 
Oiapoque para a cidade do Recife onde o jovem iria 
fazer os preparatórios para ingressar na Faculdade de 
Direito.
Castro Alves chegou ao 
Recife numa época em que 
a capital pernambucana 
efervescia com os 
ideais abolicionistas e 
republicanas. Cinco meses 
depois de chegar, publicou 
o poema “A Destruição de 
Jerusalém”, no Jornal do 
Recife, recebendo muitos 
elogios. Na tentati va de 
entrar na Faculdade de 
Direito, Castro Alves foi reprovado duas vezes.
No Teatro Santa Isabel, que se tornou quase 
um prolongamento da faculdade, realizavam-se 
verdadeiros torneios entre os estudantes. Nesse 
ambiente, em março de 1863, durante uma 
apresentação da peça Dalila, de Octave Feuillet, Castro 
Alves se encanta com a atriz Eugênia Câmara. Em 17 
de maio publica no jornal “A Primavera”, sua primeira 
poesia sobre a escravidão. Um mês depois, enquanto 
escrevia uma poesia para Eugênia, os sintomas da 
tuberculose começaram a aparecer. Em 1864 morre 
seu irmão. Mesmo abalado, é fi nalmente aprovado 
no curso de Direito. Castro Alves parti cipa ati vamente 
da vida estudanti l e literária. Publica suas poesias no 
jornal “O Futuro”. No 4.º número, publica uma sáti ra 
à academia e aos estudos jurídicos.
No dia 7 de outubro, prova o gosto da morte. Uma 
dor no peito e uma tosse incontrolável o faz lembrar, 
da mãe e dos poetas que morreram com a doença. 
No ímpeto, escreve “Mocidade e Morte”.
Nesse mesmo ano, volta para a Bahia, faltando 
aos exames e perdendo o ano na faculdade. Em 
Salvador, na casa da Rua do Sodré procura repousar. 
Em março de 1865 ele retorna ao Recife e ao curso de 
Direito. Isolado no bairro de Santo Amaro, vive com 
a misteriosa Idalina.
Ao visitar o amigo Maciel Pinheiro, condenado 
à prisão escolar, no térreo do Colégio das Artes, por 
haver criti cado a academia em um arti go no Diário de 
Pernambuco, escreve o poema “Pedro Ivo”, exaltando 
o revolucionário da Praieira e o ideal republicano.
No dia 11 de agosto de 1865, na abertura solene 
das aulas, a sociedade pernambucana se reunia no 
salão nobre da faculdade para ouvir os discursos e 
saudações das autoridades, professores e alunos.
Castro Alves é um deles: “Quebre-se o cetro do 
Papa, / Faça-se dele uma cruz! / A púrpura sirva ao 
povo/ Para cobrir os ombros nus. (...)”. Os mais velhos 
olhavam admirados e os mais jovens deliravam.
Direito, Castro Alves foi reprovado duas vezes.
No dia 23 de janeiro de 1866 morre seu pai, 
deixando cinco fi lhos menores de 14 anos. A 
responsabilidade fi cou com a viúva e com Castro 
Alves, agora com 19 anos.
Nessa época, Castro Alves inicia um intenso caso 
de amor com Eugênia Câmara, dez anos mais velha 
que ele. Em 1867 partem para a Bahia, onde ela iria 
representar um drama em prosa, escrito por ele “O 
Gonzaga ou a Revolução de Minas”.
Em seguida, Castro Alves parte para o Rio de 
Janeiro onde conhece Machado de Assis, que o ajuda 
a ingressar nos meios literários. Em seguida, vai para 
São Paulo e conclui o Curso de Direito na Faculdade 
de Direito do Largo do São Francisco.
Em 1868 rompe com Eugênia. De férias, numa 
caçada nos bosques da Lapa, fere o pé esquerdo com 
um ti ro de espingarda, resultando na amputação 
do pé. Em 1870 volta para Salvador onde publica 
Espumas Flutuantes, único livro editado em vida, onde 
apresenta uma poesia lírica, exaltando o amor sensual 
e a natureza,como no poema Boa Noite.
Castro Alves faleceu em Salvador, no dia 6 de julho 
de 1871, viti mado pela tuberculose, com apenas 24 
anos de idade.
Característi cas da Obra de Castro Alves
Castro Alves é a maior fi gura do Romanti smo. 
Desenvolveu uma poesia sensível aos problemas 
sociais de seu tempo e defendeu as grandes causas 
da liberdade e da justi ça.
Denunciou a crueldade da escravidão e clamou 
pela liberdade, dando ao romanti smo um senti do 
social e revolucionário que o aproximava do Realismo. 
Sua poesia era como um grito explosivo a favor dos 
negros, sendo por isso denominado “O Poeta dos 
Escravos”.
Sua poesia é classifi cada como “Poesia Social”, 
que aborda o tema do inconformismo e da abolição 
da escravatura, através da inspiração épica e da 
linguagem ousada e dramáti ca como nos poemas: 
Vozes d’África e Navios Negreiros, da obra Os Escravos 
(1883), que fi cou inacabada.
Com “Poeta do Amor” ou “Poeta Lírico”, a mulher 
não aparece distante, sonhadora, intocada como em 
outros românti cos, mas uma mulher real e sensual. Foi 
também o “Poeta da Natureza”, como se observa nos 
versos de “No Baile na Flor” e “Crepúsculo Sertanejo”, 
onde enaltece a noite e o Sol, como símbolos da 
esperança e liberdade.
Poesias de Castro Alves
• A Canção do Africano
• A Cachoeira de Paulo Afonso
• A Cruz da Estrada
• Adormecida
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
83
• Amar e Ser Amado
• Amemos! Dama Negra
• As Duas Flores
• Espumas Flutuantes
• Hinos do Equador
• Minhas Saudades
• O “Adeus” de Teresa
• O Coração
• O Laço de Fita
• O Navio Negreiro
• Ode ao Dois de Julho
• Os Anjos da Meia Noite
• Vozes d’África
JOSÉ DE ALENCAR
José de Alencar (1829-1877) 
foi um romancista, dramaturgo, 
jornalista, advogado e políti co 
brasileiro. Foi um dos maiores 
representantes da corrente 
literária indianista e o principal 
romancista brasileiro da fase 
românti ca. Entre seus romances 
destacam-se “Iracema” e 
“Senhora”.
Seu romance “O Guara 
ni”, publicado em forma de folheti m, no Diário do 
Rio de Janeiro, alcançou enorme sucesso e serviu 
de inspiração ao músico Carlos Gomes que compôs 
a ópera O Guarani. Foi escolhido por Machado de 
Assis para patrono da Cadeira nº. 23 da Academia 
Brasileira de Letras.
Infância e Juventude
José Marti niano de Alencar Júnior nasceu no síti o 
Alagadiço Novo, Mecejana, Ceará, no dia 1 de maio de 
1829. Era fi lho de José Marti niano de Alencar, senador 
do império, e de Ana Josefi na. Em 1838 mudou-se 
com a família para o Rio de Janeiro.
Com 10 anos, José de Alencar ingressou no Colégio 
de Instrução Elementar. Durante a noite, presenciava 
os encontros políti cos de seu pai. Em sua casa, tramou-
se a maioridade de D. Pedro II, decretada em 1840. 
Com 14 anos, José de Alencar foi para São Paulo, onde 
terminou o secundário e ingressou na Faculdade de 
Direito do Largo de São Francisco.
Em 1844, ao ver o sucesso do livro “A Moreninha” 
de Joaquim Manuel de Macedo, resolveu que seria 
escritor de romances. Entregou-se à leitura dos 
autores mais infl uentes da época, como Alexandre 
Dumas, Balzac, Byron, entre outros.
Em 1847, com 18 anos, iniciou seu primeiro 
romance “Os Contrabandistas”, que fi cou inacabado. 
Em 1848 foi para Pernambuco, onde conti nuou seu 
curso na Faculdade de Direito de Olinda, concluído 
em 1851. De volta a São Paulo levou o esboço de dois 
romances históricos: “Alma de Lázaro” e “O Ermitão 
da Glória”, que só seriam publicados no fi m da vida.
Ainda em 1851, José de Alencar voltou para o 
Rio de Janeiro onde exerceu a advocacia. Em 1854, 
in gressou no Correio Mercanti l, na seção “Ao Correr 
da Pena”, onde comentava os acontecimentos sociais, 
as estreias de peças teatrais, os novos livros e as 
questões políti cas.
Em 1855 assumiu as funções de gerente e 
redatorchefe do “Diário do Rio”, onde publicou, em 
folheti m, seu primeiro romance “Cinco Minutos” 
em 1856. No dia 1 de janeiro de 1857 começou a 
publicar o romance “O Guarani”, também em forma 
de folheti m, que alcançou enorme sucesso e logo 
foi editado em livro. Em 1858, José de Alencar 
abandonou o jornalismo para ser Chefe da Secretaria 
do Ministério da Justi ça, chegando a Consultor com 
o � tulo de Conselheiro, ao mesmo tempo em que 
lecionava Direito Mercanti l. Em 1860, com a morte do 
pai, se candidatou a deputado pelo Ceará, pelo parti do 
Conservador, sendo reeleito em quatro legislaturas. 
Na visita a sua terra Natal se encanta com a lenda de 
“Iracema” e a transforma em livro.
Em 186, sob um pseudônimo, publicou “Cartas 
de Erasmo”, dirigidas ao imperador onde descrevia a 
situação do país. Defendia um governo forte e propu 
nha uma abolição gradati va da escravatura. Embora
D. PedroII não simpati zasse com Alencar, não se 
opôs a sua escolha para o Ministério da Justi ça do 
Império. Em 1870 foi eleito senador pelo Ceará, porém, 
com os confl itos com o Ministro da Marinha não foi o 
escolhido. Voltou para a Câmara, onde permaneceu 
até 1877, porém rompido com o parti do Conservador. 
Mesmo no auge da carreira políti ca, José de Alencar 
não abandonou a literatura. Em 1864, casou-se com 
Georgina, com quem teve quatro fi lhos, entre eles, 
Mário Alencar, que seguiria a carreira de letras do pai. 
Viu suas obras atacadas por jornalista e críti cos que 
faziam campanha sistemáti ca contra o romancista.
Triste e desiludido publicou sob o pseudônimo 
de Sênio. Porém, a maioria o louvava. Durante toda 
sua vida procurou trazer para os livros as tradições, 
a história, a vida rural e urbana do Brasil. Famoso, a 
ponto de ser aclamado por Machado de Assis, como “o 
chefe da literatura nacional”. José de Alencar morreu 
aos 48 anos no Rio de Janeiro víti ma da tuberculose. 
José de Alencar faleceu no Rio de Janeiro, no dia 12 
de dezembro de 1877.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
84
Característi cas da Obra de José de Alencar
Como romancista, José de Alencar escreveu uma 
variedade de obras em diferentes gêneros. Deixou 
romances indianistas, históricos, regionalistas e 
urbanos. As principais realizações indianistas em 
prosa de nossa literatura são os três romances de 
José de Alencar: “O Guarani”, “Iracema” e “Ubirajara”.
Como poeta, José de Alencar escreveu o poema 
indianista “Os Filhos de Tupã”.
Como teatrólogo destacam-se as comédias “Verso 
e Reverso”, “O Demônio Familiar” e “As Asas de um 
Anjo”.
Obras de José de Alencar
• Cinco Minutos, romance, 1856;
• Cartas Sobre a Confederação dos Tamoios, 
críti ca, 1856;
• O Guarani, romance, 1857;
• Verso e Reverso, teatro, 1857;
• A Viuvinha, romance, 1860;
• Lucíola, romance, 1862;
• As Minas de Prata, romance, 1862-1864-1865;
• Diva, romance, 1864;
• Iracema, romance, 1865;
• Cartas de Erasmo, críti ca, 1865;
• O Juízo de Deus, críti ca, 1867;
• O Gaúcho, romance, 1870;
• A Pata da Gazela, romance, 1870;
• O Tronco do Ipê, romance, 1871;
• Sonhos d’Ouro, romance, 1872;
• Til, romance, 1872;
• Alfarrábios, romance, 1873;
• A Guerra dos Mascate, romance, 1873-1874;
• Ao Correr da Pena, crônica, 1874;
• Senhora, romance, 1875;
• O Sertanejo, romance, 1875.
MACHADO DE ASSIS
Machado de Assis (1839 - 1908) foi um escritor 
brasileiro, um dos nomes mais importantes da 
literatura do século XIX. Escreveu poesias, contos e 
romances. Foi também jornalista, teatrólogo, críti co 
de teatro e críti co literário.
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu na 
Chácara do Livramento no Rio de Janeiro, no dia 21 de 
junho de 1839. Foi o primeiro fi lho de Francisco José 
de Assis, um decorador de paredes, e da imigrante 
portuguesa Maria Leopoldina. Machado de Assis 
passou sua infância e adolescência no bairro do 
Livramento. Seus pais viviam na propriedade do 
falecido senador Bento Barroso Pereira e D. Leopoldina 
era a protegida de D. Maria Jose Pereira.
Machado fez seus primeiros estudos na escola 
pública do bairro de São Cristovão. Tornou-se amigo 
do padre Silveira Sarmento, o ajudava nas missas, 
familiarizava-se com o lati m.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
85
Quando ti nha dez anos perdeu sua mãe.Viúvo, 
seu pai saiu da Chácara e foi morar em São Cristovão. 
Logo passou a viver com Maria Inês da Silva, só vindo 
a casar-se em 1854.
Sua madrasta trabalhava como doceira em uma 
escola e levava o enteado para assisti r algumas aulas.
À noite, Machado ia para uma padaria, local onde 
aprendia francês com o forneiro.
À luz de velas, Machado lia tudo que passava em 
suas mãos e já escrevia suas primeiras poesias.
Em busca de um emprego, com 15 anos, conheceu 
Francisco de Paula e Brito, dono da livraria, do jornal 
e da ti pografi a.
Daí por diante não parou de escrever na Marmota 
e de fazer amizades com os políti cos e literatos, 
frequentadores da livraria, onde o assunto principal 
era a poesia.
Em 1856, Machadinho, como era conhecido, 
entrou para a Imprensa Ofi cial como aprendiz de 
ti pógrafo, mas além de mau funcionário, escondia-
se para ler tudo que lhe interessava.
O diretor decidiu incenti var o jovem e o apresentou 
a três importantes jornalistas: Francisco Otaviano, 
Pedro Luís e Quinti no Bocaiúva.
Otaviano e Pedro dirigiam o Correio-Mercanti l e 
para lá foi Machado de Assis, em 1858, como revisor 
de provas. Colaborava também para outros jornais, 
mas ganhava pouco e estava sempre sem dinheiro.
Com 20 anos, Machado de Assis já frequentava 
os círculos literários e jornalísti cos do Rio de Janeiro, 
capital políti ca e ar� sti ca do Império.
Em 1960, Machado de Assis foi chamado por 
Quinti no Bocaiúva para trabalhar na redação do 
“Diário do Rio de Janeiro”, que estava sendo preparado 
para reaparecer sob a direção políti ca de Saldanha 
Marinho. Além de escrever sobre todos os assuntos 
e manter uma coluna de críti ca literária, Machado 
tornou-se o representante do jornal no Senado.
Machado também escrevia no “Jornal das 
Famílias”, onde suas histórias inconsequentes e 
açucaradas eram lidas nos serões familiares.
Em 1864, Machado de Assis publicou “Crisálidas”, 
uma coletânea de seus poemas. O livro foi dedicado a 
seus pais, Maria Leopoldina e a Francisco, que morrera 
naquele ano.
Em 1867, o Imperador concedeu a Machado o 
grau de “Cavaleiro da Ordem da Rosa”, por serviços 
prestados às letras nacionais. No dia 8 de abril 
Machado foi nomeado ajudante do diretor do Diário 
Ofi cial, iniciando sua “carreira burocráti ca”.
Em 1868 ele conheceu Carolina Xavier de Novais, 
uma portuguesa culta, irmã do poeta português 
Fausti no Xavier de Novais, que lhe revelou os clássicos 
lusitanos.
No dia 12 de novembro de 1869, o casamento 
de Machado e Carolina é realizado, tendo como 
testemunhas, Artur Napoleão e o Conde de São 
Mamede, em cuja residência se realizou a cerimônia.
Em 1872, Machado de Assis publicou seu primeiro 
romance, “Ressurreição”. No dia 30 de janeiro 
de 1873, a capa do décimo número do “Arquivo 
Contemporâneo”, periódico do Rio de Janeiro, coloca 
lado a lado as fotos de José de Alencar, até então o 
maior romancista do Brasil, e a de Machado de Assis.
Ainda em 1873, ele foi nomeado primeiro ofi cial 
da Secretaria da Agricultura e, três anos depois 
assumiu a chefi a da seção.
Em 1881, Machado de Assis publica o romance 
“Memórias Póstumas de Brás Cubas”, que marca o 
início da fase acentuadamente realista de sua obra. 
A obra havia sido publicada, no ano anterior, em 
folheti ns na Revista Brasileira.
Em 1896, fundou com outros intelectuais, a 
Academia Brasileira de Letras. Nomeado para a 
cadeira n.º 23, tornando-se, em 1897, seu primeiro 
presidente, cargo que ocupou até sua morte.
Na entrada do prédio há uma estátua de bronze 
do escritor. Em sua homenagem, a academia chama-
se também “Casa de Machado de Assis”.
Em outubro de 1904 morreu sua esposa, Carolina, 
companheira de 35 anos, que além de revisora de suas 
obras era também sua enfermeira, pois Machado de 
Assis ti nha a saúde abalada pela epilepsia.
Após a morte da esposa o romancista raramente 
saía de casa, em homenagem à sua amada, escreveu 
o poema “À Carolina”. 
Machado de Assis 
faleceu no Rio de Janeiro, 
no dia 29 de setembro 
de 1908. Em seu velório, 
comparecerem as 
maiores personalidades 
do país. Rui Barbosa, 
um dos juristas mais 
aplaudidos da época, 
fez um discurso de 
despedida com elogios 
ao homem e escritor. 
Levado em uma 
carreta do Arsenal de Guerra, só desti nada às grandes 
personalidades, um grande cortejo fúnebre saiu da 
Academia para o cemitério de São João Bati sta, onde 
foi enterrado.
Fases da obra de Machado de Assis
Machado de Assis teve uma carreira literária 
ininterrupta, produziu de 1855 a 1908. Escreveu 
poesias, romances, contos, crônicas, críti cas e peças 
de teatro. O ponto alto de sua produção literária é o 
romance e o conto, onde se observa duas fases:
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
86
Primeira fase
A primeira fase das obras de Machado de Assis 
apresenta-se presa a algum aspecto do “Romanti smo”, 
com uma história cheia de mistérios, com fi nal feliz 
ou trágico e uma narrati va linear.
Apresenta também traços inovadores, como 
uma linguagem menos descriti va, menos adjeti vada 
e sem o exagero senti mental. As personagens têm 
um comportamento não só movido pelo amor, mas 
também pela ambição e pelo interesse. São dessa fase 
os romances:
• Ressurreição (1872)
• A Mão e a Luva (1874)
• Helena (1876)
• Iaiá Garcia (1878)
Segunda fase (Realismo)
A segunda fase das obras de Machado de Assis 
inicia-se com “Memórias Póstumas de Brás Cubas” 
(1881), onde retrata a miséria humana, indo até seu 
últi mo romance, “Memorial de Aires” (1908) - o livro 
da saudade, escrito após a morte de Carolina.
É nesse período que se encontram suas mais ricas 
criações literárias. Diferente de tudo quanto havia sido 
escrito no Brasil, Machado inaugura o “Realismo”.
O esti lo realista de Machado de Assis difere de 
seus contemporâneos, porque ele aprofunda-se na 
análise psicológica dos personagens desvendando 
a fragilidade existencial na relação consigo mesmo 
e com os outros personagens. São dessa fase os 
romances:
• Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)
• Quincas Borba (1891)
• Dom Casmurro (1899)
• Esaú e Jacó (1904)
• Memorial de Aires (1908)
Contos de Machado de Assis
• Papéis Avulsos (1882)
• Histórias Sem Data (1884)
• Várias Histórias (1896)
• Páginas Recolhidas (1899)
• Relíquias da Casa Velha (1906)
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
87
Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, o narrador 
era um defunto que resolveu distrair-se um pouco 
saindo da monotonia da eternidade escrevendo suas 
memórias, livre das convenções sociais, pois está 
morto. O narrador fala não só da vida, mas de todos 
os que com ele conviveram, revelando a hipocrisia 
das relações humanas.
As personagens femininas
As grandes “personagens femininas” das obras 
de Machado de Assis ou são adúlteras ou estão a 
ponto de ser como Virgília de Memórias Póstumas 
que repele Brás Cubas quando podia casar-se com 
ele, mas torna-se sua amante depois que está casada 
com outro homem mais importante na escala social.
Sofi a, protagonista de Quincas Borba, fi ca no 
limiar do adultério, tentando o pobre Rubião até levá-
lo à loucura, para ti rar dele seu últi mo centavo e assim 
enriquecer seu esposo.
Capitu, sua heroína mais famosa, personagem de 
Dom Casmurro, é o protóti po de mulher dissimulada, 
que engana vilmente o marido – ou parece enganá-
lo. Apenas Fidélia, de Memorial de Aires, é a mulher 
honesta e fi el, como seu próprio nome sugere.
O escritor Machado de Assis é uma fi gura tão 
importante para o nosso país que a sua biografi a foi 
escolhida para fi gurar no arti go A biografi a das 20 
pessoas mais importantes para a história do Brasil.
VISCONDE DE TAUNAY
Visconde de Taunay (1843-1899) foi um escritor, 
militar e políti co do império brasileiro. Monarquista 
e grande admirador de D. Pedro II, com ele manteve 
uma longa correspondência quando o ex-imperador 
foi exilado do país.
Em 1863 formou-se em Ciências Físicas e 
Matemáti ca na Escola Militar. Em 1864 casou-se com 
Cristi na Teixeira Leite, fi lha do Barão de Vassouras. 
Ingressou no cursode Engenharia Militar.
Em 1871, Visconde de Taunay publica uma de 
suas principais obras: “A Reti rada da Laguna”, onde 
em uma narrati va forte, e dramáti ca, evidencia os 
problemas militares, o sofrimento dos combatentes 
e o nacionalismo durante os anos na guerra.
Terminado o curso de Engenharia, Taunay passa 
a lecionar História, Línguas, Mineralogia, Biologia e 
Botânica no Colégio Militar.
Inocência
O romance “Inocência” publicado em 1872 
é considerado o melhor romance sertanejo do 
Romanti smo, obteve extraordinária popularidade e 
foi traduzido para diversas línguas.
Vida políti ca
Em 1872, o Visconde de Taunay ingressou na 
vida políti ca. Foi deputado por Goiás. Em 1876, foi 
nomeado presidente da província de Santa Catarina. 
Entre 1881 a 1884 foi deputado por Santa Catarina. 
Foi presidente da província do Paraná de 1885 a 1886.
Taunay presidiu a Sociedade Central de Imigração 
que promoveu a chegada dos primeiros imigrantes 
alemães e italianos para o sul do Brasil. Em seguida, 
foi senador por Santa Catarina na vaga do Barão de 
Laguna. Foi um dos mais dedicados parti dários da 
abolição da escravatura.
Dedicado às suas múlti plas ati vidades, Visconde 
de Taunay destacou-se também como jornalista 
músico e pintor, além de ter sido administrador da 
fl oresta da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Títulos e honrarias
Foi um dos fundadores da Academia Brasileira 
de Letras e da Academia Brasileira de Música, onde 
ocupou a cadeira n.º 13.
Taunay foi ofi cial da Ordem da Rosa, Cavaleiro da 
Ordem de São Bento, da Ordem de Aviz e da Ordem 
de Cristo.
No dia 6 de setembro de 1889, recebeu de D. 
Pedro II o � tulo de “Visconde, com Grandeza”. Neste 
mesmo ano, com a queda da Monarquia, afasta-se 
do Senado, mas permanece fi el ao ex-imperador, por 
quem manti nha a mais profunda admiração.
Durante o exílio de D. Pedro, Taunay manteve 
farta correspondência com ele, que posteriormente 
foi reunida e publicada por seu fi lho Aff onso de E. 
Taunay, no livro “Visconde de Taunay: Pedro II”.
Visconde de Taunay faleceu no Rio de Janeiro, no 
dia 25 de janeiro de 1899.
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
1. (USP) O índio, em alguns romances de José de 
Alencar, como Iracema e Ubirajara, é:
a) retratado com objeti vidade, numa perspecti va 
rigorosa e cien� fi ca.
b) idealizado sobre o pano de fundo da natureza, da 
qual é o herói épico.
c) pretexto episódico para descrição da natureza.
d) visto com o desprezo do branco preconceituoso, 
que o considera inferior.
e) representado como um primiti vo feroz e de maus 
insti ntos.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
88
2. (SANTA CASA) No conto “Um Homem Célebre”, 
ocorre o falecimento da esposa do Pestana, 
personagem central, compositor que não logra concluir 
um réquiem para a missa da mulher. “Contentou-se da 
missa rezada e simples, para ele só. Não se pode dizer 
se todas as lágrimas que lhe vieram sorrateiramente 
aos olhos foram do marido, ou se algumas eram do 
compositor.” Conforme o excerto lembra, na obra de 
Machado de Assis é comum que o narrador:
a) ponha em dúvida o signifi cado aparente da 
realidade, muitas vezes enganoso.
b) interfi ra emocionalmente no texto, tornando-o 
dramáti co, senti mentalista e ultrarromânti co.
c) busque revelar a profunda hipocrisia e bondade 
que, a um tempo, caracterizam o comportamento 
dos seres humanos.
d) busque revelar o aspecto mais piedoso do caráter 
das personagens construindo uma narrati va 
eminentemente moralista.
e) construa um texto fortemente espiritualizado, 
em que importa pouco o signifi cado material das 
ações.
3. (FUVEST) “Neste despropositado e inclassifi cável 
livro (...), não é que se quebre, mas enreda-se o fi o das 
histórias e das observações por tal modo, que, bem o 
vejo e sinto, só com muita paciência se pode deslindar 
e seguir em tão embaraçada meada”. Eis como o autor 
vê sua obra, dentro da qual faz refl exões como esta: “o 
povo, o povo está são: os corruptos somos nós os que 
cuidamos saber e ignoramos tudo.” Trata-se da obra
a) Portugal, de Miguel Torga.
b) Quincas Borba, de Machado de Assis.
c) Os maias, de Eça de Queirós.
d) Vidas secas, de Graciliano Ramos.
e) Viagens na minha terra, de Almeida Garre� .
4. (FUVEST)
I - Autor que levava no palco a sociedade portuguesa 
da primeira metade do século XVI, vivenciando, na 
expressão de Antônio José Saraiva, o refl exo da crise.
II - Atuou na linha do teatro de costumes, associou o 
burlesco e o cômico em dramas e comédias ao retratar 
fl agrantes da vida brasileira, do campo à cidade.
Os enunciados referem-se, respecti vamente, aos 
teatrólogos:
a) Camilo Castelo Branco e José de Alencar.
b) Machado de Assis e Miguel Torga.
c) Gil Vicente e Nelson Rodrigues.
d) Gil Vicente e Marti ns Pena.
e) Camilo Castelo Branco e Nelson Rodrigues
5. (PUCCAMP) “Cantor das selvas, entre bravas matas 
/ Áspero tronco da palmeira escolho, / Unido a ele 
soltarei meu canto, / Enquanto o vento nos palmares 
zune, / Rugindo os longos, encontrados leques.”
Os versos acima, de Os Timbiras, de Gonçalves Dias, 
apresentam característi cas da primeira geração 
românti ca:
a) apego ao equilíbrio na forma de expressão; 
presença do nacionalismo, pela temáti ca indianista 
e pela valorização da natureza brasileira.
b) resistência aos exageros senti mentais e à forma 
de expressão subordinada às emoções; visão 
da poesia a serviço de causas sociais, como a 
escravidão.
c) expressão preocupada com o senso de medida; 
“mal do século”; natureza como amiga e 
confi dente.
d) transbordamento na forma de expressão; 
valorização do índio como � pico homem nacional; 
apresentação da natureza como refúgio dos males 
do coração.
e) expressão a serviço da manifestação dos estados 
de espírito mais exagerados; senti mento profundo 
de solidão.
6. (F.C.CHAGAS) “O critério de apresentação da obra, 
colocando em primeiro lugar a parte referente ao 
indígena, está de acordo com a busca do exoti smo 
que era moda na época.
“A moda que o juízo críti co acima transcrito menciona, 
a propósito da obra A Viagem Pitoresca e Histórica ao 
Brasil, do pintor Jean-Bapti ste Debret, era vigente no 
período da literatura.
a) barroco;
b) arcádico
c) românti co;
d) realista;
e) naturalista.
7.(USC) A respeito do Romanti smo no Brasil, pode-se 
afi rmar que:
a) sua ação nacionalista deu origem às condições 
políti cas que propiciaram a nossa Independência;
b) coincidiu com o momento decisivo de defi nição 
da nacionalidade e colaborou para essa defi nição;
c) espelhou sempre as infl uências estrangeiras, em 
nada aproveitando os costumes e a cor locais;
d) foi decisivo para o amadurecimento dos 
senti mentos nati vistas que culminaram na 
Inconfi dência Mineira;
e) ganhou relevo apenas na poesia, talvez por falta 
de talentos no culti vo da fi cção.
8. (F.C.CHAGAS) O movimento românti co, cujas 
origens estão na Alemanha e na Inglaterra, adquiriu na 
literatura brasileira um refl exo extraordinário porque:
a) nossas letras contavam, à época, com arti stas do 
talento de um Machado de Assis e de um Raul 
Pompéia;
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
89
b) coincidiu com o momento decisivo de defi nição 
da nossa nacionalidade e de valorização do nosso 
passado histórico;
c) prosperavam, entre nós, os senti mentos 
nati vistas elevados ao mais alto plano estéti co, 
como demonstram os poemas “O Uruguai” e 
“Caramuru”;
d) nosso complexo cultural de colonizadores 
encontrava na prosa inti mista sua expressão mais 
adequada e natural;
e) nossos homens de letras e de ciências criaram 
teorias em que se demonstrava a fl agrante 
superioridade do pensamento anglo-germânico 
sobre o de outros povos.
9. (F.C.CHAGAS) “Em cismar, sozinho, à noite, / Mais 
prazer encontro eu lá; / Minha terra tem palmeiras / 
Onde canta o sabiá.”
Nestes versos de Gonçalves Dias, escritos em Portugal, 
o poeta vive um momento marcado por
a) solidão, devaneio e idealização nacionalista.
b) melancolia, tédio e ironia;
c) amor a Portugal, devaneio e idealização 
nacionalista;d) saudades, ânimo sa� rico e pessimismo;
e) alívio, expectati va e oti mismo.
10. (VUNESP) Baseando-se na leitura do texto de 
Álvares de Azevedo, assinale a única alternati va 
incorreta.
“Junto a meu leito, com as mãos unidas, / Olhos fi tos 
no céu, cabelos soltos, / Pálida sombra de mulher 
formosa / Entre nuvens azuis pranteia orando. / É 
um retrato talvez. Naquele seio / Porventura sonhei 
doiradas noites. / Talvez sonhando desatei sorrindo / 
Alguma vez nos ombros perfumados / Esses cabelos 
negros, e em delíquio / Nos lábios dela suspirei 
tremendo. / foi-se minha visão. E resta agora / Aquela 
vaga sombra na parede / – Fantasma de carvão e pó 
cerúleo, / Tão vaga, tão exti nta e fumarenta / Como 
de um sonho o recordar incerto.”
(AZEVEDO, Álvares de. VI Parte de “Ideias Ínti mas”. In: CÂNDIDO, 
A. & CASTELLO, J. A. Presença da Literatura Brasileira, vol. II, São 
Paulo, Difusão Europeia do Livro,1968, p. 26).
Considerando os aspectos temáti cos e formais do 
poema pode-se vinculá-lo ao segundo momento do 
movimento românti co brasileiro, também conhecido 
como “geração do spleen” ou “mal do século.”
a) A presença da mulher amada torna-se o ponto 
central do poema. Isso é claramente manifestado 
pelas recordações do eu-lírico, marcado por um 
passado vivido, que sempre volta em imagens e 
sonhos.
b) texto refl ete um arti culado jogo entre o plano 
do imaginário e o plano real. Um dos elementos, 
entre outros, que arti cula essa contradição é 
a alternância dos tempos verbais presente/ 
passado.
c) Realidade e fantasia tornam-se a única realidade 
no espaço da poesia lírica românti ca, gênero 
privilegiado dentro desse movimento.
d) Apesar de uti lizar decassílabo, esse poema possui 
o andamento próximo ao da prosa. Esse aspecto 
formal é importante para intensifi car certo 
prosaísmo inti mista da poesia românti ca.
11.(PUC) Considerado pela críti ca brasileira o escritor 
mais bem-dotado de sua geração, Álvares de Azevedo, 
além das poesias, deixou-nos que obra de prosa 
narrati va?
a) Conde Lopo;
b) Macário;
c) Espumas Flutuantes;
d) Noite na Taverna;
e) Pedro Ivo.
12.(U.FORTALEZA) “Eu deixo a vida como deixa o tédio 
/ Do deserto, o poento caminheiro / Como as horas 
de um longo pesadelo / Que se desfaz ao dobre de 
um sineiro.”
Os versos acima exemplifi cam:
a) a uti lização de metáforas grandiosas para 
expressar a indignação com as injusti ças sociais 
que caracteriza a obra de Castro Alves;
b) a temáti ca a procura da morte como solução para 
os problemas da existência em que se encontra 
em Álvares de Azevedo;
c) tratamento ao mesmo tempo irônico e lírico a 
que Carlos Drummond de Andrade submete o 
coti diano;
d) a presença da natureza como cenário para o 
encontro do pastor com sua amada, como ocorre 
em Tomás Antônio Gonzaga;
e) a exploração de ecos, assonâncias, aliterações em 
busca de uma sonoridade válida por si mesma, 
como se vê na obra de Cruz e Sousa.
13. (F.C.CHAGAS) A poesia confessional e fantasia 
de Álvares de Azevedo pertence a uma geração 
românti ca situada entre a de;
a) Gonçalves Dias e a de Cláudio Manuel da Costa
b) Gonçalves de Magalhães e a de Gonçalves Dias;
c) Castro Alves e a de Cruz e Sousa;
d) Gonçalves Dias e a de Castro Alves;
e) Cláudio Manuel da Costa e a de Tomás Antônio 
Gonzaga.
14. (F.C.CHAGAS) A palavra de Castro Alves seria, 
no contexto em que se inseriu, uma palavra aberta 
à realidade da nação, indignando-se o poeta como 
problema do escravo e entusiasmando-se com o 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
90
progresso e a técnica que já ati ngiam o meio rural. 
Esse últi mo aspecto permite afi rmar que Castro Alves.
a) identi fi ca-se aos poetas da segunda geração 
românti ca no que se refere à concepção da 
natureza como refúgio.
b) afasta-se, nesse senti do, de outros poetas, como 
Fagundes Varela, que o consideram o campo um 
an� doto para os males da cidade;
c) trata a natureza da mesma forma que o poeta 
árcade que o antecedeu;
c) antecipa o comportamento do poeta parnasiano 
que se entusiasma com a realidade exterior;
e) idealiza a natureza da pátria, buscando preservar 
a sua simplicidade e pureza, tal como Gonçalves 
Dias.
15. (AFA - Adaptado) Observe o ideal de liberdade, 
preconizado por Cecília Meirelles em “Romanceiro 
da Inconfi dência: “
Agora, peço a você. / Ó caboclo brasileiro, / caboclo 
ainda cati vo, / ler o ‘Navio Negreiro’ / para fi car 
informado / do passado cati veiro. / Era um navio 
maldito, / uma ave de rapina / voando a fl or do 
oceano, / no bojo a gana a assassina / conduzia ouro 
humano: / a rapa negra era a mina. / Caboclo, não 
chore não, / não chora quando o poema / apertar-lhe 
o coração; / se não puder impe ou gema / ou grite de 
indignação. / caboclo, este o dilema. / Depois leias 
as Vozes d’África / com a mesma indignação/ contra 
os senhores de escravos, / ó caboclo do sertão, / o 
cati veiro de hoje / é o mesmo: cana e algodão.”
Esse ideal de liberdade repete, de certa forma, a 
temáti ca da poesia social de:
a) Castro Alves;
b) Fagundes Varela;
c) Casimiro de Abreu;
d) Álvares de Azevedo.
16. (FUVEST) Lucíola e Senhora; O Gaúcho, Sertanejo; 
e o Guarani e As Minas de Prata representam na obra 
de Alencar, de acordo com os seus conteúdos e seus 
cenários, romances de ti pos, respecti vamente:
a) urbanos, regionalistas e pré-históricos;
b) documentais, sociais e histórico-indianistas;
c) europeus, nacionais e indianistas;
d) psicológicos, documentais e folclóricos;
e) realistas, impressionistas e românti cos.
17. (PUC) Nos romances Senhora e Lucíola, José de 
Alencar dá um passo em relação à críti ca dos valores 
da sociedade burguesa, na medida em que coloca 
como protagonistas personagens que se deixam 
corromper por dinheiro. Entretanto, essa críti ca se 
dilui e ele se reafi rma como escritor românti co, nessas 
obras, porque.
a) pune os protagonistas no fi nal, levando-os a um 
casamento infeliz;
b) justi fi ca o confl ito dos protagonistas com a 
sociedade pela diferença de raça: uns, índios 
idealizados; outros, brasileiros com maneiras 
europeias;
c) confi rma os valores burgueses, condenando os 
protagonistas à morte;
d) resolve a contradição entre o dinheiro e valores 
morais tornando os protagonistas ricos e 
poderosos;
e) permite aos protagonistas recuperarem sua 
dignidade pela força do amor.
Leia os fragmentos de Inocência para responder as 
questões 18 a 22:
Texto I:
O dia 15 de julho de 1860 era dia claro, sereno e 
fresco, como costumam ser os chamados de inverno 
no interior do Brasil.
Ia o Sol alto em seu percurso, iluminando com seus 
raios, não muito ardentes para regiões intertropicais, 
a estrada, cujo aspecto há pouco tentamos descrever 
e que da Vila de Sant’Ana do Paranaíba vai ter aos 
campos de Camapuã.
A essa hora, um viajante, montado numa boa 
besta tordilho-queimada, gorda e marchadeira, seguia 
aquela estrada. A sua fi sionomia e maneiras de trajar 
denunciavam de pronto que não era homem de lida 
fadigosa e comum ou algum fazendeiro daquelas 
cercanias que voltasse para casa. Trazia na cabeça um 
chapéu-do-chile de abas amplas e cingido de larga fi ta 
preta, sobre os ombros um poncho-pala de variegadas 
cores e calçava botas de couro da Rússia bem feitas e 
em bom estado de conservação.
Tinha quando muito vinte e cinco anos, presença 
agradável, olhos negros e bem rasgados, barba e 
cabelos cortados quase à escovinha e ar tão inteligente 
quanto decidido.
Texto II:
—Está aqui o doutor, disse-lhe Pereira, que vem 
curar-te de vez
—Boas-noites, dona, saudou Cirino.
Tímida voz murmurou uma resposta, ao passo que 
o jovem, no seu papel de médico, se sentava num 
escabelo junto à cama e tomava o pulso à doente.
Caía então luz de chapa sobre ela, iluminando-lhe 
o rosto, parte do colo e da cabeça, coberta por um 
lenço vermelho atado por trás da nuca.
Apesar de bastante descorada e um tanto magra, 
era Inocência de beleza deslumbrante.
Do seu rosto irradiava singela expressão de 
encantadora ingenuidade, realçada pela meiguicedo 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
91
olhar sereno que, a custo, parecia coar por entre os 
cílios sedosos a franjar-lhe as pálpebras, e compridos 
a ponto de projetarem sombras nas mimosas faces.
Era o nariz fi no, um bocadinho arqueado; a boca 
pequena, e o queixo admiravelmente torneado.
Ao erguer a cabeça para ti rar o braço de sob o 
lençol, descera um nada a camisinha de crivo que 
vesti a, deixando nu um colo de fascinadora alvura, 
em que ressaltava um ou outro sinal de nascença.
Razões de sobra ti nha, pois, o pretenso facultati vo 
para senti r a mão fria e um tanto incerta, e não poder 
ati nar com o pulso de tão genti l cliente.
18. A denominação romance regionalista aplica-se ao 
livro em que o autor identi fi ca par o leitor a paisagem, 
os costumes, a linguagem de uma região específi ca do 
interior do Brasil. Reconheça do primeiro fragmento 
elementos que permitem identi fi car a paisagem rural 
de Inocência:
19. Identi fi que no primeiro fragmento os aspectos 
que apresentam Cirino como elemento estranho à 
paisagem.
20. O segundo fragmento apresenta ao leitor a moça, 
Inocência. Ela está doente, com febre brava, de cama. 
Em sua descrição, porém, o narrador destaca que 
aspectos da moça?
21. Destaque as expressões que realçam a meiguice 
de Inocência:
22. Os protagonistas do romance pertencem a grupos 
sociais disti ntos. Comente em que este aspecto 
interfere no relacionamento deles.
23. (UNICENTRO) Relati vamente ao romance 
Inocência, de Taunay, todas as afi rmati vas abaixo são 
procedentes, EXCETO
a) O autor desenvolve toda a história em cenário e 
meio ti picamente sertanejo.
b) Numa atmosfera agreste e idílica, a gente rústi ca 
do sertão de Mato Grosso vive seus confl itos.
c) Pereira decide casar a fi lha com Manecão, homem 
honrado e rude tal como o pai de Inocência.
d) Órfã de mãe desde o nascimento, Inocência é 
criada pelo pai, Pereira, mineiro afetuoso mas 
turrão.
e) Inocência, que vivia, desde menina, apaixonada 
pelo práti co Cirino, deixa de aceitar o noivado 
imposto pelo pai.
24. (UFRN) O romance Inocência (1872), de Visconde 
de Taunay, é reconhecido pela críti ca como uma das 
mais populares narrati vas da Literatura Brasileira. 
Nessa obra, o leitor pode identi fi car valores do 
Romanti smo regionalista por meio da
a) Caracterização do modo de vida urbano como 
sendo perverso.
b) Assimilação dos costumes do homem branco pelo 
caboclo.
c) Reprodução do linguajar � pico do interior 
brasileiro.
d) Intervenção refl exiva do narrador protagonista.
e) Descrição da cidade que se passa o romance.
25. Observe a sequência abaixo, do penúlti mo capítulo 
de Inocência, de Visconde de Taunay:
“Vinha a morte desdobrando as suas sombras no 
rosto de Cirino. Iase-lhe empanando o brilho dos 
olhos; fi cara a língua trôpega, afi larase-lhe o nariz 
e sinistro palor mais realçava a negra cor dos seus 
cabelos e barbas. Sentara-se Cesário no chão para 
segurar com mais jeito o corpo do moribundo. Duas 
lágrimas vinham-lhe sulcando as másculas faces. 
Ligeiro estremecimento agitava o corpo de Cirino.
—Agora, acrescentou com voz muito sumida, chegou… 
o meu dia… Mas… eu lhe peço… nada diga… à sua 
afi lhada… Não consinta… que case com… Manecão.
—Então, interrompeu Cesário, foi ele quem?…
—Não, não, contestou Cirino, mas… ela havia de ser… 
infeliz… Ouviu? Promete-me?
—Prometo, respondeu Cesário com fi rmeza.
Juro até…
—Pois bem, suspirou o agonizante, agora… agradeço 
a morte. Quero apegar-me… às Santas do Paraíso… 
e chamo por…
E com esforço, no últi mo alento, murmurou mais e 
mais baixo:
—Inocência!
Na tarde deste dia, o viajante que passasse por aquele 
siti o poderia ver uma cova coberta de fresco, sobre 
a qual se erguia uma cruz tosca feita de dois grossos 
paus amarrados com cipós. Eram mostras da caridade 
do mineiro Antônio Cesário.
A cena da morte de Cirino revela:
a) Que o livro é adepto de uma visão barroca da 
realidade, baseando-se no paradoxo que consiste 
na paixão vivida por Cirino e, ao mesmo tempo, 
a negação disso em nome dos valores religiosos 
(e da noção de honra) que ele culti va. Manecão o 
mata sem que ele tenha ti do (em virtude desse seu 
impasse) qualquer envolvimento com Inocência.
b) Que Taunay, autor realista, explora criti camente a 
temáti ca dos confl itos de classe. O pano de fundo 
da batalha de Manecão com Cirino (que resulta 
na morte deste últi mo) é o envolvimento de 
Inocência – comprometi da com Manecão, homem 
pobre e honrado – com Cirino, um galanteador 
rico e esnobe. A vingança de Manecão é um modo 
de ele resisti r à força de atração do dinheiro em 
seu meio social.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
92
c) Que o romance carrega marcas � picas do 
Romanti smo por mostrar o sofrimento (e o 
sacri� cio) do protagonista Cirino como decorrência 
de sua oposição aos valores estabelecidos, uma 
vez que ele morre por reivindicar o direito de 
viver seu amor por Inocência, a qual, contra sua 
vontade, mesmo não amando Manecão, tem um 
compromisso de casamento com ele para atender 
a uma determinação de seu pai.
d) Que Inocência é um texto modernista, mas com 
traços neoclássicos, já que, mesmo situando sua 
intriga no sertão nordesti no, narrando a rivalidade 
de duas famílias cujos membros se matam por 
questões de terra, o texto é uma releitura da obra 
Romeu e Julieta, de Shakespeare.
e) Que Inocência é um texto exemplar da vertente 
urbana do romanti smo brasileiro. O confl ito que 
culmina na morte de Cirino é relacionado à sua 
aproximação, por interesse, à família rica de 
Inocência, visando benefi ciar-se do dote desta, o 
que lhe permiti ria frequentar os salões da corte. 
Igualmente interessado nisso, Manecão vê no 
assassinato do rival uma forma de realizar seu 
intento.
26. “Inocência” é um romance rico de registros 
culturais, pois contrapõe, além de diferentes esti los 
de vida, o estrangeiro ao brasileiro e o homem da 
cidade ao sertanejo.
Com base na obra, escreva
S - diante dos costumes do sertanejo; 
C - diante das ati tudes do citadino;
E - diante dos comportamentos do estrangeiro.
( ) Acatamento ao desejo dos familiares mais 
velhos; casamento apalavrado; respeito à palavra 
empenhada; especulações sobre vidas alheias.
( ) Casamento do homem na maturidade; preservação 
da casti dade feminina até o casamento; proteção 
rigorosa da família; respeito às tradições.
( ) Códigos morais tolerantes; fl exibilidade éti ca; 
combinação do saber acadêmico com o popular; 
confi ança na mulher.
( ) Rigor cien� fi co e interesse por pesquisas; descrição 
objeti va e uti lização de dados esta� sti cos; respeito 
às diferenças de sexo e de classe.
( ) Deveres de hospitalidade; divisão peculiar da 
habitação; gosto por devassar novas terras; 
ridicularização de comportamentos exóti cos.
27. (UFRN) O romance Inocência (1872), de Visconde 
de Taunay, é reconhecido pela críti ca como uma das 
mais populares narrati vas da Literatura Brasileira. 
Nessa obra, o leitor pode identi fi car valores do 
Romanti smo regionalista por meio da
a) Caracterização do modo de vida urbano como 
sendo perverso.
b) Assimilação dos costumes do homem branco pelo 
caboclo.
c) Reprodução do linguajar � pico do interior 
brasileiro.
d) Intervenção refl exiva do narrador protagonista.
REFERÊNCIAS
A arte barroca. Toda Matéria. Disponível em: Acesso em 
13 ago., 2020.
Ati vidades de romance. Disponível em h� p://
naslinhaseentrelinhasdostextos-cris.blogspot.
com/2011/08/ moreninha-de-joaquim-manuel-de-
macedo.html. Acesso em 17 dez, 2020.
Ati vidades sobre prosa românti ca. Disponível em 
https://asliteratas.webnode.com.br/os-livros/
memorias-de-um-sargento-de-milicias2/exercicios/. 
Acesso em 17 dez, 2020.
Barroco. Português. Disponível em: . Acesso em 10 ago., 2020.
Barroco. Só Literatura. Disponível em: . Acesso 
em 10ago., 2020.
Biografi a de Bento Teixeira. E biografi a. Disponível em:
. 
Acesso em 13 de ago., 2020.
Biografi as e fotos de perfi l. Disponível em: h� ps:// 
www.ebiografi a.com. Acesso em 16 dez, 2020.
Canção. Língua Portuguesa Total. Disponível em: 
. Acesso 
em 10 ago., 2020.
Gregório de Matos. Infoescola. Disponível em: 
. Acesso em 09 ago., 2020.
GUIMARãES, Leandro. “Gênero lírico”; Brasil Escola. 
Disponível em: h� ps://brasilescola.uol.com.br/
literatura/genero-lirico.htm . Acesso em 12 ago., 2020.
Literatura Brasileira. Estudo Práti co. h� ps://www.
estudoprati co.com.br/literatura-brasileira/ Acesso 
em 03 fev., 2020.
Mapas Mentais dos Autores. Disponível em: 
h� ps:// www.vestmapamental.com.br/literatura/
romanti smo/. Acesso em 16 dez, 2020.
Padre Antônio Vieira. Disponível em: . Acesso em 
11 ago., 2020.
Ciências da 
Natureza e suas 
Tecnologias
Ciências da 
Natureza e suas 
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
94
 COMPONENTE CURRICULAR – BIOLOGIA 
HABILIDADES DA ESPECÍFICA 
(EM13CNT203) Avaliar e prever efeitos de intervenções 
nos ecossistemas, e seus impactos nos seres vivos 
e no corpo humano, com base nos mecanismos de 
manutenção da vida, nos ciclos da matéria e nas 
transformações e transferências de energia, uti lizando 
representações e simulações sobre tais fatores, com 
ou sem o uso de dispositi vos e aplicati vos digitais 
(como so� wares de simulação e de realidade virtual, 
entre outros).
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMCNT203H) Compreender os processos 
energéti cos celulares (respiração, fotossíntese, 
fermentação, quimiossíntese), analisando seus 
aspectos � sicos, químicos e biológicos para relacioná-
los à transformação e transferência de energia nos 
mecanismos de manutenção da vida.
OBJETOS DE CONHECIMENTO 
Metabolismo Celular
Metabolismo celular
Este módulo e os demais propostos nesta aposti la 
da 1ª série, para o 3º bimestre tem como foco um 
mesmo tema: Energia.
Este é um conceito muito importante dentro das 
Ciências da Natureza, considerado sob diferentes 
perspecti vas dentro dos componentes Física, Química 
e Biologia.
Na Física a Energia representa a capacidade de 
produção de trabalho, enquanto para a Biologia e 
a Química, este conceito pode ser entendido como 
aquilo que deriva do trabalho, originando e mantendo 
a vida e seus processos, sob a perspecti va de todas as 
reações químicas envolvidas no metabolismo celular. 
Desde a sua fonte primária, o Sol, passando por 
diversas formas de transformação, armazenamento 
e dissipação, a Energia atravessa os diversos sistemas 
� sicos, químicos e biológicos. Por isso, tamanha a 
importância deste tema que aqui será estudado na 
perspecti va do componente Biologia, considerando-
se possíveis abordagens interdisciplinares que 
possibilitarão uma compreensão mais ampla deste 
conceito, que, como já mencionado, conecta 
diferentes campos do conhecimento e precisa ser 
entendido para que processos complexos do coti diano 
sejam elucidados.
Do Sol à célula e, desta, ao ambiente, seguiremos 
os caminhos da Energia em seus diversos fl uxos.
1. Metabolismo energéti co da célula
O metabolismo energéti co da célula consiste 
na quebra de moléculas, como, por exemplo, a 
glicose, em reações que liberam energia na forma de 
calor, ou seja, exotérmicas, entretanto, parte dessa 
energia é armazenada antes de se perder totalmente. 
Para que isso ocorra, as células uti lizam moléculas 
especiais, capazes de armazenar energia em suas 
ligações químicas e, quando necessário, transferi-la 
para qualquer ati vidade na qual seja necessária. Esta 
substância que armazena energia nas células é o ATP. 
Esta é uma molécula importan� ssima que funciona 
como uma “moeda energéti ca”. Conforme a ati vidade 
metabólica, poderá ocorrer um gasto maior ou menor 
de energia. Assim, conforme a reação, haverá nas 
células uma degradação de um número maior ou 
menor de moléculas de ATP, sempre que a célula 
necessitar.
Fórmula estrutural do ATP – Adenosina trifosfato. 
A adenosina é chamada de nucleosídeo, que é 
resultante da união da base nitrogenada adenina 
com o açúcar (pentose) ribose. Quando a adenosina 
se liga a apenas um grupo fosfato, forma-se o AMP 
(adenosina monofosfato); quando se liga a dois grupos 
fosfatos, há a formação de ADP (adenosina difosfato); 
quando se liga a três grupos fosfatos, forma-se o ATP. 
Nas ligações químicas do ATP, em especial nas ligações 
entre os grupos fosfatos, fi ca armazenada a energia 
que será uti lizada nas ati vidades celulares. Assim, o 
ATP é a fonte imediata de energia para o trabalho 
celular.
Fonte: elaborado pelos autores, 2022.
Geralmente, a energia uti lizada no metabolismo 
celular vem da quebra do ATP em ADP (adenosina 
difosfato), em casos de extrema necessidade, a 
célula faz a degradação do ADP em AMP (adenosina 
monofosfato). No metabolismo celular normal, 
moléculas de ATP estão conti nuamente sendo 
degradadas em ADP + Pi (fosfato inorgânico), liberando 
energia para todas as ati vidades. Por fi m, usando a 
energia proveniente, principalmente, da respiração 
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
95
celular, moléculas de ATP são constantemente 
reconstruídas a parti r da adição de um grupo fosfato 
ao ADP.
Caso ocorra a remoção do fosfato, cujo processo 
é uma reação chamada desfosforilação, ocorre a 
liberação de energia. Então, de maneira resumida, 
podemos afi rmar que o metabolismo da célula se 
uti liza da constante quebra (catabolismo) e formação 
(anabolismo) de ligações químicas para a obtenção 
de energia.
SAIBA MAIS
A molécula de ATP é de natureza nucleo� dica, assim 
como as moléculas de DNA (ácido desoxirribonucleico) 
e RNA (ácido ribonucleico) que são macromoléculas 
muito importantes para os seres vivos, estando 
relacionadas ao armazenamento de informações 
relacionadas tanto ao controle do metabolismo 
quanto à transmissão de característi cas hereditárias. 
Estas moléculas são denominadas ácidos nucleicos, 
que são substâncias formadas por macromoléculas 
resultantes da união de vários nucleo� deos. São, 
portanto, exemplos de polinucleo� deos.
Para saber mais sobre as estruturas e funções destas 
moléculas vitais acesse o material digital inti tulado 
“Ácidos nucleicos”, produzido por Khan Academy 
(org.), disponível em: h� ps://pt.khanacademy.org/
science/9-ano/vida-e-evolucao-geneti ca/os-acidos-
nucleicos/a/ nucleic-acids . Acesso em: 6 jun 2022.
Fonte: Course Hero. Disponível em: h� ps://bityli.com/qDHNzY. 
Acesso em jun 2022.
Existem dois ti pos de ácidos nucleicos: DNA e 
RNA (a). O DNA é uma macromolécula de cadeia 
dupla em espiral, enquanto o RNA é formado por 
uma cadeia simples que pode se dobrar formando 
ligações ao longo de sua estrutura linear (b). Estas 
ligações determinarão os ti pos de RNA a serem 
formados. De modo geral, as cadeias dos ácidos 
nucleicos se pareiam através de ligações químicas 
fracas, chamadas de pontes de hidrogênio, entre 
as bases nitrogenadas que compõem as cadeias de 
açúcar e fosfato. As bases nitrogenadas que estão 
presentes tanto no DNA quanto no RNA são adenina 
(A), guanina (G) e citosina (C). A base ti mina (T) está 
presente apenas no DNA e a base uracila (U) apenas 
no RNA. As ligações entre elas são específi cas, 
podendo formar os seguintes pares: A-T (DNA); C-G 
(DNA e RNA); A-U (RNA).
1.1. Anabolismo e catabolismo
Chamamos de metabolismo o conjunto das 
ati vidades � sicas e químicas que acontecem de 
forma integrada e promovem as transformações da 
matéria e da energia nos sistemas vivos. É dentro 
dos seres vivos, especifi camente, nas células, que 
as transformações da matéria e da energia ocorrem 
com maior intensidade por meio da quebra e da cons 
trução de moléculas. Sendofoi 
jogada na propriedade de Badminton, pertencente ao 
Duque de Beaufort’s, em Gloucestershire, Inglaterra. 
Em 1934 foi fundada a Federação Internacional de 
Badminton (IBF), com nove membros: Canadá, 
Dinamarca, Escócia, França, Holanda, Inglaterra, 
Nova Zelândia e País de Gales. Sua sede se situa, 
logicamente, em Gloucestershire.
Nos anos seguintes mais países se tornaram 
membros, especialmente após a estreia do esporte 
nas olimpíadas de Barcelona, em 1992. Hoje em dia, 
existem 130 países membros da IBF, e o número 
tende a crescer. Existem, na atualidade, seis torneios 
principais promovidos pela IBF: Thomas Cup 
(campeonato mundial masculino de equipes), Uber 
Cup (campeonato mundial feminino de equipes), 
Sudirman Cup (equipes mistas), World Championship, 
World Juniors e World Grand Prix Finals.
Em 1995 o Badminton foi incluído nos XII Jogos 
Pan Americanos de Mar del Plata, Argenti na, e foi 
jogado novamente, em 1999, nos XIII Jogos Pan-
Americanos em Winnipeg, Canadá. Depois disso, a 
modalidade se fi rmou no evento sendo esporte que 
conta medalhas até hoje. Inclusive, em 2007 nos Jogos 
PanAmericanos do Rio de Janeiro o Brasil conquistou 
sua primeira medalha na competi ção. O feito histórico 
para o Badminton brasileiro foi conseguido pelos 
atletas Guilherme Kumasaka e Guilherme Pardo que 
conquistaram medalha de bronze na categoria de 
dupla masculina.
Fonte: Texto adaptado de: h� p://www.badminton.org.br/histo-
riadobadminton acessado em: 07/06/2022.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
13
CURIOSIDADES:
• O “birdie” pode ati ngir velocidades de 300 km/h.
• Pode ser considerado o esporte que usa raquete 
mais rápido do mundo
• Badminton House era propriedade do Duque de 
Beaufort’s
Fonte: Fachada da Badminton House – imagem extraída de: 
h� ps://pt.wikipedia.org/wiki/Badminton_House acessado em: 
06/06/2023.
Inclusão
O parabadminton é a versão adaptada do 
badminton, pode ser prati cado por pessoas com 
defi ciência nos membros inferiores, superiores, 
além de pessoas com nanismo ou cegueira, todavia 
é mais prati cado entre pessoas que uti lizam cadeiras 
de rodas. Estruturado para pessoas com defi ciências 
� sicas e terá a sua estreia nos Jogos Paralímpicos de 
Tóquio 2020. Atletas em cadeira de rodas e andantes 
uti lizam uma raquete para golpear uma peteca na 
quadra dos adversários competi ndo em provas 
individuais, duplas (masculinas e femininas) e mistas 
em seis classes funcionais diferentes.
Em 1995, foi criada a IBAD (Associação 
Internacional de Badminton para Defi cientes) para 
gerir a modalidade. Em 2009, teve o seu nome alterado 
para PBWF (Federação Mundial de Badminton) e 
dois anos depois teve a sua junção integral com a 
Federação Mundial de Badminton (BWF - Badminton 
World Federati on, em inglês).
O primeiro Campeonato Mundial foi realizado em 
1998, na Holanda. De lá para cá, foram realizadas 11 
edições a parti r de 2001 fi cou decidido que os eventos 
seriam realizados nos anos ímpares.
Fonte: Classes funcionais do parabadminton.
No Brasil, o Badminton foi introduzido em 2006, 
pelo professor Léti sson Samarone Pereira, no Distrito 
Federal. Também aconteceram no DF as primeiras 
competi ções ofi ciais da modalidade - estaduais (2008) 
e nacionais (2009). Desde 2011, o Brasil parti cipa de 
todos os campeonatos internacionais da modalidade.
Fonte: h� ps://www.cpb.org.br/ modalidades/63/badminton 
acessado em: 06/06/2022.
Cinco atletas goianos parti ciparam do Brazil 
Internati onal Parabadminton em abril de 2022, todos 
pontuando para o ranking mundial, o que mostra a 
superação e a força de vontade dos integrantes desta 
equipe.
Fonte: Imagem extraída de: h� ps://esportegoiano.com.br/goia-
nos-en-tram-ranking-mundial-parabadminton/ acessado em: 
08/06/2022.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
14
Fonte:https://www.olimpiadatododia.com.br/badminton/
184621-na-guatemala-brasileiros-tem-chances-em-quatro-ca-
tegorias/ acessado em:15/02/2022.
SUGESTÃO DE APRENDIZAGEM
Realização de práti ca esporti va (badminton) adaptada 
para que os estudantes possam vivenciar o esporte 
de invasão. 
Assisti r o vídeo: 
h� ps://www.youtube.com/watch?v=lG-iQFYobXM
MOMENTO ENEM
1. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ALTOS – PI – 
ADAPTADA.
Os esportes com raquetes são desenvolvidos nas aulas 
de Educação Física como conteúdo dessa disciplina. 
Independente das modalidades, eles são esportes 
bem aceitos pelos alunos. Porém, cada um deles 
possui característi cas diferentes, como as regras, o 
tamanho das raquetes, das bolas, entre outros.
Assinale a alternati va que exemplifi ca somente os 
esportes com raquetes.
(A) Tênis de mesa, Squash, Badminton.
(B) Padel, Peteca, Tênis de mesa.
(C) Beach Tennis, Squash, Curling.
(D) Badminton, Hóquei, Tênis de mesa.
(E) Tênis de mesa, Peteca e Tênis.
 REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional 
Comum Curricular.2018 
h� ps://www.cpb.org.br/modalidades/63/badminton
https://esportegoiano.com.br/goianos-entram-
ranking-mundial-parabadminton/
h� p://www.badminton.org.br/historiadobadminton.
HISTÓRIA DA NATAÇÃO
HABILIDADES ESPECÍFICA
(EM13LGG203) Analisar os diálogos e os processos de 
disputa por legiti midade nas práti cas de linguagem e 
em suas produções (ar� sti cas, corporais e verbais).
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMLGG502F) Propor ati vidades de lazer para a 
comunidade escolar, estudando sua realidade local 
para respeitar seus interesses, e democrati zar o 
acesso a esses momentos.
OBJETO DE CONHECIMENTO
Conhecimento teórico-práti co sobre ati vidade � sica, 
exercício � sico e treinamento corporal no contexto 
das práti cas corporais. Conhecimento teórico-práti co 
dos fundamentos técnicos e. das regras básicas nas 
práti cas corporais.
Segundo a BNCC Brasil (2018), os esportes de 
marca envolvem o “conjunto de modalidades que se 
caracterizam por comparar os resultados registrados 
em segundos, metros ou quilos (pati nação de 
velocidade, todas as provas do atleti smo, remo, 
ciclismo, levantamento de peso, natação entre 
outros)” Neste módulo iremos explorar e conhecer 
este esporte milenar denominado natação
Fonte: Imagem extraída de: h� ps://conceitos.com/natacao/ aces-
sado em 15/06/2022.
O ser humano não tem o hábito natural de nadar e 
devido ao fator de sobrevivência necessitou ao longo da 
sua evolução a aprender a nadar. Por observar outros 
animais a nadar, a espécie humana foi desenvolvendo 
movimentos no meio líquido que permiti am a ação 
de autopropulsão e autossustentação. O longo 
então dos anos e da necessidade de sobreviver 
e fugir de predadores acredita-se que a natação 
foi desenvolvendo juntamente com a história. da 
humanidade.
As sociedades vivam próximas a rios, lagos, mares 
e oceanos, fazendo com que a pesca coleti va fosse 
um fator de subsistência para as famílias. mergulhar 
e aprender a nadar então era fundamental para o 
homem primiti vo, pois aqueles que não sabiam 
poderiam morrer. A busca pelos alimentos e a fuga 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
15
dos predadores permiti u que o homem primiti vo 
fosse desenvolvendo movimentos aquáti cos para 
sua sobrevivência. Desenhos e pinturas nas cavernas 
demonstram o hábito de nadar do homem primiti vo, 
pinturas egípcias e assírias comprovam que o ser 
humano precisava nadar. A arqueologia a parti r 
dos seus registros comprova na Índia o registro 
de construções (piscinas) a mais de 5 mil anos. Na 
Grécia o banho e a natação eram hábitos comuns 
para as pessoas e as piscinas eram parte integrante 
de locais públicos. A natação permiti a aos gregos 
condicionamento � sico e consti tuía um componente 
da educação da classe rica. O fi lósofo grego Platão 
afi rmava: “Todo homem culto deve saber ler, escrever 
e nadar”.
A natação então pode representar uma estratégia 
para ati ngir objeti vos, como uma ati vidade saudável 
e efi caz, ajudando na manutenção de sua saúde, ou 
ainda como obstáculo a ser transposto, em casos de 
adultos que desejam aprender a nadar (MASSAUD; 
CORRÊA, 2001).
Fonte: Imagem extraída de:assim, podemos dividir 
o metabolismo em dois processos: o catabolismo e 
o anabolismo.
Catabolismo: transformação de moléculas 
complexas em moléculas mais simples, menos 
energéti cas, com a liberação de energia (reações 
exergônicas). Exemplo: alimentos contendo moléculas 
de carboidratos que são ingeridas e catabolizadas no 
corpo (através do sistema gestório) em moléculas 
mais simples, como a glicose, ocorrendo liberação 
de energia durante este processo. O catabolismo, 
também, realiza reações oxidati vas, como por exemplo 
a degradação de proteínas a produtos como a ureia.
Anabolismo: agora o contrário, ou seja, há a 
transformação de moléculas simples em moléculas 
mais complexas e mais energéti cas. Neste processo 
há o gasto de energia (reações endergônicas). 
Exemplo: no nosso corpo as moléculas de glicose 
poderão ser anabolizadas, formando moléculas 
mais complexas, como os lipídios, que poderão ser 
novamente catabolizadas em moléculas mais simples, 
liberando energia para a realização de diferentes 
funções orgânicas, quando necessário. O anabolismo 
também realiza reações redutoras, como por exemplo 
a síntese de polissacarídeos através de moléculas 
fundamentais, chamadas de monossacarídeos.
As reações catabólicas resultam na quebra de 
moléculas grandes em moléculas menores, liberando 
energia. As reações anabólicas são o inverso, 
construindo moléculas maiores a parti r de unidades 
menores, com consumo de energia.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
96
Fonte: elaborado pelos autores, 2022.
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
Leia o texto e analise a fotografi a.
A existência da vida requer um suprimento 
con� nuo de energia. [...] Entre as diferentes fontes 
de energia disponíveis no ambiente, os seres vivos 
uti lizam a química e a luminosa. [...]
Fonte: CHALOUB, R. M. Fotossíntese. Ciência Hoje, Rio de Janei-
ro, 13 nov. 2015. Disponível em: h� p://cienciahoje.org.br/arti go/
fotossintese/. Acesso em: 1 jul. 2020.
• Construa um texto estabelecendo uma relação 
entre as informações do texto e a cena presente na 
fotografi a, uti lizando os conceitos já aprendidos.
1.2. Oxidação e redução nos processos 
metabólicos celulares
Antes de aprofundamos os conhecimentos, leia 
os seguintes conceitos que são pré-requisitos para o 
entendimento os próximos processos químicos que 
compõem o metabolismo energéti co das células.
FIQUE ATENTO A ESTES CONCEITOS!
Fosforilação. Em bioquímica, fosforilação é a 
adição de um grupo fosfato (PO4) a uma proteína 
ou outra molécula, como, por exemplo, a glicose.
Fonte: Biomedicina em Ação. Disponível em: h� ps://bityli.com/
Tmlyza. Acesso em jun 2022.
Fosfato. Na química, um fosfato é um íon 
poliatômico ou um radical consisti ndo de um átomo 
de fósforo e quatro de oxigênio. Na forma iônica, tem 
a carga formal de -3, sendo denotado como PO 3-. No 
campo bioquímico, um íon de fosfato livre em solução 
é chamado de fosfato inorgânico, para disti ngui-lo 
dos fosfatos existentes nas moléculas de trifosfato 
de adenosina (ATP), DNA ou mesmo RNA. O fosfato 
inorgânico é denotado geralmente como Pi.
Fosfato inorgânico pode ser formado pelas reações 
de ATP ou adenosina difosfato (ADP), com a formação 
do ADP ou AMP correspondente e a liberação de um 
íon de fosfato. Reações similares existem para outros 
nucleosídeos difosfatos e trifosfatos.
Fonte: Wikimedia Commons. Disponível em: h� ps://pt.wikipedia.
org/wiki/Ficheiro:Phosphat-Ion.svg. Acesso em ju 2022.
Bioquímica
A química aplicada à biologia, ou seja, a 
Bioquímica é a ciência e tecnologia que estuda e 
aplica as ciências químicas ao contexto da biologia, 
sendo, portanto, uma área interdisciplinar entre a 
química e a biologia. Consiste no estudo, identi fi cação, 
análise, modifi cação e manipulação de moléculas e 
das reações químicas de importância biológica, em 
ambientes e contextos químicos próprios in vitro ou in 
vivo (comparti mentos celulares, virais e fi siológicos). 
Envolve moléculas de diversas dimensões tais como 
proteínas, enzimas, carboidratos, lipídeos, ácidos 
nucleicos, vitaminas, alcalóides, terpenos e mesmo 
íons inorgânicos. Também, engloba o estudo do efeito 
de compostos químicos orgânicos ou inorgânicos 
sobre os diferentes comparti mentos biológicos, 
(química biológica), assim como, a modifi cação 
química de biomoléculas. Suas aplicações englobam 
setores como alimentos, fármacos e biofármacos, 
análises clínicas, biocombus� veis, pesquisa básica 
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
97
dentre outros. É uma ciência e tecnologia essencial 
para todas as profi ssões relacionadas a ciências da 
vida e uma das fronteiras de desenvolvimento das 
ciências químicas.
Fonte: UPF. Disponível em h� ps://bityli.com/VSqgdh. Acesso em 
jun 2022.
Glicose
A glicose é um monossacarídeo e um dos 
carboidratos mais importantes para os seres vivos, 
pois as células o usam como fonte de energia. A 
glicose é um dos principais produtos da fotossíntese 
e parti cipa do início do processo de respiração celular 
em todos os ti pos de organismos (procariontes e 
eucariontes). Macroscopicamente é um cristal sólido 
e tem sabor adocicado. Sua fórmula molecular é 
C6H12O6. Juntamente com outros açúcares, como 
a frutose e a galactose, consti tuem uma classe de 
moléculas fundamentais que formam carboidratos 
maiores como a sacarose, a lactose e a maltose. A 
glicose também entra na consti tuição de carboidratos 
mais complexos como o amido e a celulose, sendo 
estes, polímeros de glicose.
Fonte: PNGWing. Disponível em h� ps://www.pngwing.com/ pt/
free-png-izrli. Acesso em jun 2022.
Proteínas
Macromoléculas biológicas, as proteínas são 
construídas por uma ou mais cadeias de aminoácidos. 
As proteínas estão presentes em todos os seres vivos 
e parti cipam, em prati camente, todos os processos 
celulares, desempenhando um vasto conjunto de 
funções no organismo, como a replicação de DNA, 
a resposta a es� mulos e o transporte de moléculas. 
Muitas proteínas são enzimas que catalisam reações 
bioquímicas vitais para o metabolismo. As proteínas 
têm também funções estruturais ou mecânicas, como 
é o caso da acti na e da miosina nos músculos e das 
proteínas do citoesqueleto, as quais formam um 
sistema de andaimes que mantém a forma celular. 
Outras proteínas são importantes na sinalização 
celular, resposta imunitária e no ciclo celular. As 
proteínas diferem entre si fundamentalmente na sua 
sequência de aminoácidos, que é determinada pela 
sua sequência genéti ca, a qual, geralmente, provoca 
o seu enovelamento numa estrutura tridimensional 
específi ca que determina a sua ati vidade.
Fonte: Escola Educação. Disponível em: h� ps://bityli.com/ JDbdpl. 
Acesso em jun 2022.
Textos adaptados de LEHNINGER, A.L. NELSON, D.L. COX,M.M. 
Princípios de Bioquímica, 4a. Edição, Editora Sarvier, 2007.
No metabolismo celular são muito constantes 
reações químicas, nas quais ocorrem a transferência 
de elétrons entre moléculas. Este ti po é chamado 
de reação de oxirredução ou redox. No contexto da 
bioquímica, são reações de oxirredução, por exemplo, 
as reações de fosforilação e desfosforilação que fazem 
parte do mecanismo de regulação das proteínas. 
A redução oco rre quando há o aumento no número 
de elétrons de uma molécula, por isso, pode-se dizer 
que esta molécula se tornou reduzida. Ao contrário, 
quando há a diminuição do número de elétrons de 
uma molécula esta é dita oxidada e o processo recebe 
o nome de oxidação.
Veja o exemplo do esquema a seguir:
Fonte: GODOY, L. P., et al. Multi versos: ciências da natureza: ma-
téria, energia e a vida: ensino médio. 1. ed. São Paulo: Editora 
FTD, 2020. Elaborado com base em: REECE, J. B., et al. Biologia de 
Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. p. 164.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
98
Em uma reação entre duas moléculas, A e B, se 
ocorre a transferência de elétrons da molécula A 
para a molécula B, ao fi nal do processo, a molécula 
A se encontrará oxidada e a molécula B, reduzida (a 
moléculaque recebe elétrons é a que reduz!)
Como esse processo pode ocorrer em um 
organismo vivo?
Nas células, a transferência de elétrons entre 
moléculas pode ocorrer por meio de ânions de 
hidrogênio (H-), sendo adicionados ou reti rados 
destas. O ânion de hidrogênio é um íon negati vo, 
sendo assim, a molécula que o recebe adiciona um 
elétron a sua carga, tornando-se reduzida. O contrário, 
também, ocorre e, neste caso, a molécula torna-se 
oxidada.
Existem moléculas responsáveis por este 
transporte de ânions de hidrogênio e, por isso, 
consequentemente, são transportadas de elétrons.
Além de elementos transportadores de hidrogênio, 
estas moléculas acima, podem atuar como coenzimas, 
ou seja, auxiliadoras do funcionamento de outras 
enzimas. Em parti cular, o NAD e o FAD estão entre 
as mais importantes, já que na falta delas as enzimas 
não são capazes de receber e transportar elétrons 
durante os processos de armazenamento e controle 
de energia. Observe a estrutura molecular de NAD+
e NADH na fi gura a seguir.
Fonte: Sala Bioquímica. Disponível em: h� p://salabioquimica.
blogspot.com/search?q=NAD. Acesso em jun 2022.
Vimos, até aqui, moléculas que são muito 
importantes para o metabolismo energéti co das células. 
Todas elas têm em comum, em suas estruturas, o fato 
de serem formadas por nucleo� deos que apresentam 
o nucleosídeo adenosina. Quanto às funções dessas 
moléculas, o ATP é a “moeda energéti ca’’ da célula, 
como já explicado, anteriormente, enquanto o NAD, 
o NADP e o FAD funcionam como transportadores de 
hidrogênio. Mais adiante ainda veremos novamente 
sobre estas últi mas moléculas que também podem ser 
chamadas de aceptores intermediários de elétrons, 
em processos metabólicos como a respiração celular, 
fermentação e fotossíntese.
GLOSSÁRIO
Enzima
Uma enzima é uma proteína que catalisa as reações 
bioquímicas do metabolismo. As enzimas atuam sobre 
as moléculas conhecidas como substratos e permitem 
o desenvolvimento dos diversos processos celulares. 
Convém salientar que as enzimas não alteram o 
balanço energéti co nem o equilíbrio das reações 
em que intervêm: a sua função limita-se a ajudar a 
acelerar o processo. Por outras palavras, a reação sob 
o controle de uma enzima alcança o seu equilíbrio 
de forma muito mais rápida do que uma reação não 
catalisada.
Nucleoti deo
O nucleo� deo é a subunidade do DNA e do RNA, ou 
seja, é a subunidade que forma os ácidos nucleicos. 
Apesar de serem encontrados formando estruturas 
poliméricas, como o DNA e o RNA, alguns nucleo� deos 
são encontrados livres na célula, como o ATP. Estrutura 
de um nucleo� deo: base nitrogenada ligada a uma 
pentose e um grupo fosfato.
Fonte: Escola Educação. Disponível em: h� ps://bityli.com/ouohoj. 
Acesso em jun 2022.
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
01. (Unir) Durante a respiração celular, apenas 45% 
da energia liberada na combustão da glicose são 
armazenados pela célula, ou seja, 55% são perdidos 
sob a forma de calor. A célula eucarióti ca consegue 
armazenar a energia liberada na combustão da glicose 
por meio da:
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
99
(A) Síntese de moléculas de ATP.
(B) Síntese de AMP.
(C) Degradação de moléculas de FADH2.
(D) Oxidação de moléculas de ATP.
(E) Redução de compostos nitrogenados.
02. Todos os componentes, abaixo formam uma 
molécula de ATP com exceção de:
(A) Três grupos fosfatos.
(B) Uma base nitrogenada.
(C) Uma ribose.
(D) Uma desoxirribose.
(E) Uma base adenina.
03. (Uespi) O ATP funciona dentro da célula como uma 
“moeda energéti ca” que pode ser gasta em qualquer 
momento, quando a célula necessitar. Analise a fi gura 
e assinale a alternati va que responde corretamente 
à questão.
1. Em A tem-se um nucleo� deo.
2. Em B tem-se um nucleosídeo.
3. Em C tem-se um nucleosídeo monofosfatado.
4. Em D tem-se uma molécula de adenosina 
trifosfato.
 Está(ão) correta(s) apenas:
(A) 2, 3 e 4
(B) 1 e 2
(C) 2 e 3
(D) 1
(E) 4
04. (Azup) O metabolismo de síntese de biomoléculas 
é conhecido como:
(A) Aerobismo
(B) Anaerobismo
(C) Anabolismo
(D) Catabolismo
(E) Cataciclismo
05. (Azup) São processos que representam, correta e, 
respecti vamente, anabolismo e catabolismo:
(A) Respiração aeróbia e glicólise.
(B) Replicação celular e crescimento de tecidos.
(C) Formação de proteínas e fermentação.
(D) Excreção e degeneração óssea.
(E) Síntese de ácidos graxos e síntese de hormônios.
06. Associe o catabolismo e anabolismo com as 
ati vidades, abaixo:
I. Degradação de moléculas
II. Ação endotérmica
III. Reações oxidati vas
IV. Síntese de macromoléculas
V. Ação exotérmica
VI. Reações redutoras
Assinale a alternati va correta:
(A) Catabolismo: I, II e VI. Anabolismo: III, IV e V.
(B) Catabolismo: I, III e V. Anabolismo: II, IV e VI.
(C) Catabolismo: II, IV e VI. Anabolismo: I, III e V.
(D) Todas as respostas anteriores estão incorretas.
(E) Todas as respostas anteriores estão corretas para 
os dois processos metabólicos.
Fotossíntese
Fotossíntese é um assunto que, assim como a 
respiração celular, está dentro de um grande tema 
chamado metabolismo energéti co que foi iniciado 
neste módulo.
A fotossíntese é o único processo ou fenômeno 
natural capaz de converter a energia � sica, ou seja, 
a luz, em uma energia química estável na forma de 
açúcar: a glicose. Além disso, a fotossíntese é o processo 
de obtenção de energia dos organismos autotrófi cos. 
Entretanto, apenas dos autotrófi cos fotossinteti zantes, 
uma vez que existem outros organismos autotrófi cos, 
como os quimiossinteti zantes.
Fazem fotossíntese dois ti pos de organismos: as 
plantas e as algas.
Plantas terrestres
Basicamente, para que ocorra a fotossíntese, são 
necessários dois comprimentos de onda que são os 
preferidos das plantas: o comprimento referente ao 
azul que está próximo de 450 nm e o comprimento 
referente ao vermelho que está próximo de 700 nm. 
O comprimento intermediário entre estes, referente 
ao roxo, ainda, é o melhor e preferido das plantas. 
Entretanto as taxas fotossintéti cas já serão altas 
considerandse os comprimentos de onda do azul e 
vermelho.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
100
Um fato importante: a fotossíntese é a responsável 
direta por manter o fl uxo energéti co dos ecossistemas, 
ou seja, sem a fotossíntese seria impossível conceber 
a vida na Terra tal como a conhecemos hoje. É um 
processo vital na manutenção da biosfera.
Esse assunto já foi abordado no Enem, veja a seguir:
Fonte: Wikisabio. Disponível em: h� ps://wikisabio.com/plantas/. 
Acesso em jun 2022.
Diferentes ti pos de algas
Fonte: Beduka. Disponível em: h� ps://bityli.com/ANnqlu
Para sua ocorrência, a fotossíntese necessita, 
obrigatoriamente, de luz em um determinado 
comprimento de onda e de um pigmento acessório 
chamado de clorofi la. Essa luz poderá variar de 400 a 
750 nanômetros, sendo esta a variação do comprimento 
de onda do espectro eletromagnéti co que chamamos 
de luz visível, nesta faixa está a luz branca e todos os 
comprimentos de onda que a compõem.
Fonte: Colégio Vasco da Gama. Disponível em: h� ps://colegio-
vascodagama.pt/ciencias3c/decimo/images/clo2.gif. Acesso em 
jun 2022.
MOMENTO ENEM
(2012) Paleontólogos estudam fósseis e esqueletos de 
dinossauros para tentar explicar o desaparecimento 
desses animais. Esses estudos permitem afi rmar que 
esses animais foram exti ntos há cerca de 65 milhões 
de anos. Uma teoria aceita atualmente é a de que 
um asteroide colidiu com a Terra, formando uma 
densa nuvem de poeira na atmosfera. De acordo 
com essa teoria, a exti nção ocorreu em função de 
modifi cações no planeta que 
A. desestabilizaram o relógio biológico dos animais, 
causando alterações no código genéti co. 
B. reduziram a penetração da luz solar até a 
super� cie da Terra, interferindo no fl uxo 
energéti co das teias trófi cas. 
C. causaram uma série de intoxicações nos animais, 
provocando a bioacumulação de par� culas de 
poeira nos organismos. 
D. resultaram na sedimentação das par� culas de 
poeira levantada com o impactodo meteoro, 
provocando o desaparecimento de rios e lagos. 
E. evitaram a precipitação de água até a super� cie 
da Terra, causando uma grande seca que impediu 
a retroalimentação do ciclo hidrológico.
Resposta: Segundo essa teoria, com a formação de 
uma densa nuvem de poeira na atmosfera houve 
um bloqueio na penetração dos raios solares. 
Esse bloqueio acarretou uma redução das taxas 
de fotossíntese das plantas, que implicou uma 
redução na disponibilidade de alimento para os 
herbívoros. Com isso, esses animais começaram a 
morrer e, depois, os carnívoros sofreram em virtude 
também da falta de alimento, ocasionando não só 
um desequilíbrio na teia trófi ca desses animais, como 
também a sua exti nção. Sendo assim, a resposta 
correta é letra (B) reduziram a penetração da luz 
solar até a superfí cie da Terra, interferindo no fluxo 
energéti co das teias trófi cas.
Com isso podemos reafi rmar: sem luz, sem 
fotossíntese. Sem fotossíntese, sem vida.
Uma grande exti nção ocorreu na época dos 
dinossauros, há 65 milhões de anos, quando a maioria 
das grandes espécies foram exti ntas. Felizmente, 
permaneceram pequenos animais que puderam, 
depois de milhares e milhares de anos, restabelecer 
uma nova fauna terrestre ainda dependente da 
fotossíntese.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
101
2.1 Fotossíntese e suas etapas
A fotossíntese ocorre, então, na presença de luz, 
gás carbônico (CO2) e água (H2O). Estas são moléculas 
inorgânicas simples que são uti lizadas para a síntese 
de carboidratos (fórmula geral CH2O), que são 
moléculas mais energéti cas. Ao fi nal da fotossíntese, 
o gás oxigênio (O2) também é formado e, é liberado 
para o ambiente.
Fonte: Tabela Periódica Completa. Disponível em: h� ps://bityli. 
com/EgeFOp. Acesso em jun 2022.
A fotossíntese pode ser dividida em duas 
etapas: a etapa fotoquímica e a etapa química. A 
etapa fotoquímica, também, chamada de fase clara, 
ocorre nas membranas dos ti lacóides, onde estão 
localizados os pigmentos fotossinteti zantes, como 
a clorofi la. Nessa etapa, ocorrem reações químicas 
dependentes da energia luminosa. Por sua vez, a etapa 
química, também chamada de fase escura, ocorre no 
estroma dos cloroplastos e, apesar de não depender 
diretamente de energia luminosa, depende dos 
produtos gerados na etapa fotoquímica e, portanto, 
também ocorre na presença de luz.
Existem quatro ti pos de clorofi la. Destas, a clorofi la 
a é essencial à fotossíntese e está presente em todas 
as plantas autotrófi cas; as clorofi las b, c e d agem 
como fotorreceptores secundários e são exemplos de 
pigmentos acessórios.
A seguir, vejamos as principais reações químicas 
que ocorrem em cada uma das etapas da fotossíntese:
Fonte: Sala BioQuímica. Disponível em:h� ps://bityli.com/ogBaTa. 
Acesso em jun 2022.
A etapa fotoquímica inicia-se com a absorção 
da energia luminosa pela clorofi la, possibilitando a 
ocorrência de duas reações: a fotofosforilação e a 
fotólise da água. Ou seja, na presença de luz, ocorre 
a síntese de ATP, a parti r da ligação de um fosfato 
inorgânico (Pi) à molécula de ADP (fotofosforilação), 
e a quebra da molécula de água (fotólise). A fotólise 
da água libera gás oxigênio (O2), íons hidrogênio (H+) 
e elétrons (e-), conforme representado na equação 
a seguir:
Os elétrons e os hidrogênios liberados são 
capturados por moléculas de NADP+, que assumem 
sua forma reduzida, NADPH. Já na etapa química, há a 
redução do gás carbônico, a parti r dos íons hidrogênio 
transportados pelo NADPH. Essa reação ocorre na 
presença de ATP, que fornece energia ao sistema. 
Ao fi nal, são produzidos açúcares simples, que serão 
empregados na produção de outros açúcares, como 
a glicose, a sacarose e o amido, e de outras moléculas 
orgânicas mais complexas necessárias para a planta. 
A síntese de carboidratos ocorre por meio de um 
conjunto de reações químicas denominado Ciclo das 
pentoses ou Ciclo de Calvin-Benson, em homenagem 
aos bioquímicos estadunidenses Melvin Calvin 
(1911-1997) e Andrew Benson (1917- 2015), que o 
descreveram.
Fonte: Infoescola. Disponível em: h� ps://www.infoescola.com/ 
wp-content/uploads/2007/10/fotossintese-290826602.jpg. Aces-
so em jun 2022.
ATIVIDADE EXTRA
Ati vidade práti ca
Provavelmente, você já saiba porque a maioria 
das plantas são verdes: devido a presença de clorofi la! 
Mas, saiba, também, que este não é o único pigmento 
presente nos vegetais. Existem outros como os 
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
102
carotenoides (carotenos e xantofi las), responsáveis por 
conferirem as colorações amarela, laranja e vermelha 
a diferentes partes das plantas como raízes, caules, 
folhas e frutos. Além disso, podem estar presentes nas 
algas, como as algas vermelhas, por exemplo.
A seguir, propomos uma ati vidade práti ca para 
a extração destes pigmentos vegetais. O protocolo 
completo (materiais e procedimentos) pode ser 
encontrado no arti go “Extração de pigmentos 
fotossintéti cos em folhas das espécies de café (Coffea 
arábica), acálifa (Acalypha hispida) e urucum (Bixa 
orellana), por meio de cromatografi a em papel” 
(SILVA et. al. 2013), disponível no endereço eletrônico, 
abaixo:
http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/
consorcio/spcb_anais/simposio8/34.pdf.
A cromatografi a é um método � sico-químico de 
separação de sólidos dissolvidos em uma solução, por 
meio da migração diferencial de seus componentes em 
duas fases que não se misturam: fase móvel (líquido 
com os pigmentos dissolvidos) e fase estacionária 
(onde os pigmentos irão se arrastar e fi nalmente se 
fi xar).
Este é um método que pode ser uti lizado na 
determinação da quanti dade de componentes em 
uma mistura, assim como, na identi fi cação destas 
substâncias. Aqui faremos a cromatografi a em papel. 
Esta é uma técnica barata, rápida e interessante 
para se fazer na sala de aula. Desse modo, será 
possível interagir e raciocinar sobre como o método 
da Cromatografi a pode ser usado para separar e 
identi fi car substâncias químicas, mesmo em misturas 
complexas contendo centenas de compostos.
Separar os componentes de uma mistura, por 
meio da técnica de cromatografi a em papel.
Materiais e Reagentes:
• Coador de café de papel (ou papel fi ltro);
• Lápis, caneta ou pregador;
• Folhas de diferentes plantas (escolher folhas 
de cores variadas);
• Clipes ou fi ta adesiva;
• Água;
• Acetona;
• Copos ou béqueres (a mesma quanti dade dos 
ti pos de plantas a serem analisadas).
Procedimento Experimental:
1. Recorte o coador de papel em ti ras de cerca de 
4,0 cm de largura e 13 cm de comprimento;
2. Coloque essas ti ras de papel dentro de copos 
ou béqueres contendo o extrato de cada ti po 
de folha (vide arti go citado acima)
3. Observe o que ocorre com o tempo.
4. Quando o líquido subir por todo o papel, reti -
re-o e deixe-o secar.
5. Anote os fatos observados.
6. Repita o processo, colocando água ao invés de 
acetona (pode testar álcool também).
As seguintes questões podem orientar as 
discussões:
• O que ocorreu com os extratos ao longo do 
tempo?
• Quais extratos apresentaram mais componen-
tes? Quais as plantas analisadas?
• Quais foram as cores observadas em cada ti ra, 
para cada planta?
• Por que cada componente dos extratos percor-
re uma distância diferente?
• Quais extratos ti nham os mesmos componen-
tes?
• Qual a diferença observada entre os resulta-
dos usando água e acetona (e álcool)? Por que 
houve diferença?
Quimiossíntese
A quimiossíntese é um processo autotrófi co de 
produção de compostos orgânicos, assim como a 
fotossíntese, porém ocorre independentemente 
da existência de energia luminosa. Justamente, 
microrganismos autotrófi cos que habitam, por 
exemplo, as regiões mais profundas dos oceanos, são 
capazes de realizar este processo, uma vez que estão 
adaptados à ausência completa de luz solar.
Lembre-se que os organismos autotrófi cos são 
todos aqueles capazes de sinteti zar compostos 
orgânicos que lhes servirão de alimento, 
independentemente de serem fotossintetizantes ou 
quimiossinteti zantes. Dentre os principais organismos 
autotrófi cos quimiossinteti zantes, podemos citar:
• Sulfobactérias: quimiossinteti zantes que oxi-
dam os chamados compostos de enxofre;
• Nitrobactérias: grupo de bactérias que oxidam 
compostos de nitrogênio;
• Ferrobactérias: bactérias quimiossinteti zantes 
que oxidam compostos de ferro. 
Enquanto a energia necessária para a realização 
da fotossíntese provém do Sol, a energia para o 
processo de quimiossíntese é proveniente da oxidação 
de compostos inorgânicos reduzidos, cuja composição 
química contém elementos como o nitrogênio (N), 
o enxofre (S) ou o ferro (Fe), ou ainda pode ser 
proveniente da oxidação do gás hidrogênio.
Etapas da quimiossíntese
O processo de quimiossíntese acontece em duas 
etapas:
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
103
1ª) Oxidação de substâncias inorgânicas que 
liberam prótons e elétrons, formando moléculas 
NADPH e ATP.
2ª) Incorporação de gás carbônico para produção 
de substâncias orgânicas a parti r da obtenção de 
carbono (C).
A seguinte equação resume o processo:
CO2 + H2O + Energia Química
= Compostos Orgânicos + O2
Fonte:h� ps://essaseoutras.com.br/wpcontent/uploads/2011/06/
quimiossintese-2.jpg. Acesso em jun 2022.
Importância da quimiossíntese
Os organismos quimiossinteti zantes, assim como, 
as plantas e as algas, contribuem nos ecossistemas 
fazendo parte do conjunto de organismos produtores, 
ou seja, promovendo a produção primária de compostos 
orgânicos. Organismos quimiossinteti zantes, 
normalmente, habitam ambientes inóspitos, quer 
dizer, ecossistemas de condições extremas onde poucos 
seres vivos seriam capazes de viver, como por exemplo 
fontes hidrotermais em abismos oceânicos, lagos 
congelados, ambientes aquáti cos com alta salinidade 
ou ainda muito ácidos. Estes seres vivos consti tuem 
a base das cadeias alimentares dos ecossistemas dos 
quais fazem parte, sustentando assim, uma série de 
comunidades de outros organismos em locais onde 
não há a possibilidade de se chegar a luz solar para a 
realização da fotossíntese.
A energia que sustenta esses ecossistemas 
provém dos minerais e compostos químicos, então, 
a quimiossíntese, nesses ambientes, é um processo 
indispensável de manutenção da vida. Assim, por meio 
da oxidação de moléculas inorgânicas, organismos 
quimiossinteti zantes são capazes de obter energia 
para a produção de compostos orgânicos.
Entretanto, este é um processo que não ocorre 
apenas em ambientes extremos. Existem seres 
quimiossinteti zantes que não são extremófi los, 
como as bactérias nitrifi cantes pertencentes aos 
gêneros Nitrosomonas e Nitrobacter que realizam 
a quimiossíntese, por meio da oxidação da amônia 
e do nitrito, respecti vamente, garanti ndo, assim, a 
obtenção necessária de energia para a fi xação do gás 
carbônico.
Apesar das diferenças quanto a fonte primária 
de energia uti lizada, ambos os processos de 
quimiossíntese e fotossíntese uti lizam o gás carbônico 
como fonte de carbono para a produção de açúcares.
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
1. Elabore um mapa mental (mapa conceitual) 
parti ndo do termo central “quimiossíntese” e 
conectando a este outro termos e conceitos que 
resumem o processo, com informações como: ti po 
de processo metabólico; compostos uti lizados; 
fonte de energia primária uti lizada; importância 
do processo; organismos que o realizam (sob quais 
condições) etc.
 Caso, não saiba o que é um mapa mental ou mapa 
conceitual, acesse o link, a seguir, para conhecer e 
compreender mais sobre esta metodologia, bem 
como alguns exemplos.
 Como fazer um mapa mental?
 Passo a passo completo (ucpel.edu.br): h� ps://
ead.ucpel.edu.br/blog/como-fazer-mapa-mental.
2. Elabore um quadro comparati vo entre os 
processos de quimiossíntese e fotossíntese.
Respiração celular
A respiração celular é um processo que uti liza 
compostos orgânicos para a obtenção de energia. 
Envolvem várias reações químicas cujo objeti vo 
é a degradação, ou seja, a quebra de moléculas 
orgânicas. Estas reações ocorrem no interior da 
célula e vão resultar na liberação de energia conti da 
nas ligações químicas dos elementos das moléculas 
parti cipantes. Parte dessa energia dissipasse para 
fora da célula, ou organismo, na forma de calor e 
outra parte é converti da em energia química a ser 
armazenada nas ligações químicas das moléculas de 
ATP. Esta é uma forma de armazenar energia até que 
ela precise ser uti lizada, novamente, em algum outro 
processo metabólico celular. Pode-se dizer, então, 
que o objeti vo da respiração celular é a síntese de 
moléculas de ATP.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
104
Fonte: Elaborado pelos autores, 2022.
Os carboidratos são compostos orgânicos uti lizados 
no processo de obtenção de energia, sendo a glicose 
o principal. Entretanto, na falta de carboidratos, as 
células podem uti lizar gorduras (lipídios) e, na falta 
destas, chegam a metabolizar as proteínas com o 
objeti vo de obtenção de energia.
As reações para obtenção de energia podem ou 
não envolver a molécula de gás oxigênio (O2) como um 
de seus reagentes. Sendo assim, existe a possibilidade 
do processo ser aeróbio (ou aeróbico) quando o O2 
parti cipa, ou anaeróbio (ou anaeróbico) quando não 
há parti cipação do O2.
Existem células (e organismos) que só realizam 
um ou outro processo, entretanto, existem, também, 
aquelas que podem realizar os dois. Assim, podemos 
classifi car as células em:
• Aeróbias estritas – Realizam apenas o processo 
aeróbio, morrendo na ausência de O2. Como é 
o caso, por exemplo, da maioria das células de 
um organismo pluricelular (plantas e animais).
• Anaeróbias estritas ou obrigatórias – Realizam 
o processo anaeróbio, sendo prejudicadas pela 
presença do O2, que, inclusive, pode matá-las.
 Por exemplo: seres unicelulares, como a bacté-
ria Clostridium tetani, microrganismo causador 
do tétano.
• Anaeróbias facultati vas – Realizam os dois pro-
cessos: aeróbio e anaeróbio, de acordo com a 
disposição de O2 no ambiente. Por exemplo, o 
que ocorre em nossas células musculares es-
queléti cas.
Respiração aeróbia
No metabolismo celular, a respiração aeróbia, 
normalmente, é feita a parti r da glicose. Esse 
processo envolve uma reação exergônica, ou seja, 
que libera energia para o metabolismo, sendo, 
simplifi cadamente, representada, a seguir:
Fonte: Elaborado pelos autores, 2022.
É a parti r da alimentação que, majoritariamente, 
os seres vivos heterótrofos obtêm a glicose (C6H12O6) 
a ser uti lizada como reagente no processo metabólico 
da respiração celular, enquanto os seres autótrofos 
conseguem produzir esta molécula energéti ca, por 
meio da fotossíntese ou quimiossíntese.
Outro reagente da respiração (aeróbia) é o gás 
oxigênio (O2). Este, normalmente, é proveniente do 
meio ambiente (água ou atmosfera) a depender de 
qual espécie estamos falando (peixes ou aves, por 
exemplo). Um dos produtos do processo de 
respiração é o gás carbônico ou dióxido de carbono 
(CO2). Por ser uma substância tóxica, quando em altas 
concentrações no interior de um organismo ou célula, 
precisa ser liberada para o ambiente externo. Esta é 
uma substância caracterizada como um óxido ácido. 
Por isso, quanto maior a sua concentração num meio, 
mais ácido esse meio se torna. É, justamente, esta 
acidifi cação em excesso que pode levar as células à 
morte.
Perceba que na respiração aeróbia, portanto, há, 
normalmente, uma troca de gases (absorção de O2 
e eliminação do CO2) entre o organismo e o meio 
ambiente.
Outro produto do processo de respiração celular 
é a água (H2O), que poderá ser uti lizada no próprio 
metabolismo celular ou, ainda, eliminada da célula.
Em um organismo pluricelular como uma planta 
ou animal, a água é eliminada, por meio de diferentes 
processos como transpiração, por exemplo.
A fabricação de moléculas de ATP advém da 
fosforilação do ADP, a parti r da absorção da energia 
produzida durante o processo de respiração celular, 
como resumido aseguir:
Fonte: Elaborado pelos autores, 2022.
Em se tratando de respiração aeróbia, podemos 
dividir o processo em três etapas:
Glicólise
A glicólise (do grego: glykýs, açúcar e lýsis, quebra) 
pode ser defi nida como um processo consti tuído por 
um caminho metabólico através do qual uma molécula 
de glicose é quebrada em duas moléculas de ácido 
pirúvico um composto de menor energia que pode 
ser obti do da glicose sem a uti lização de oxigênio. Esta 
etapa ocorre no citoplasma da célula de qualquer ser 
vivo, anaeróbio ou aeróbio.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
105
A glicólise é um processo que ocorre, também, 
em etapas, envolvendo 10 reações enzimáti cas e 
resultando, então, na formação de ácido pirúvico.
Inicialmente, a molécula de glicose é ati vada pela 
adição de fosfatos que são provenientes de duas 
moléculas de AT P. Pode parecer contraditório que um 
processo que tem como objeti vo a produção de ATP, 
também, gaste este mesmo ATP, para sua realização. 
Apesar disso, este processo se torna vantajoso, pois o 
saldo fi nal de moléculas energéti cas, ainda, é positi vo: 
a glicólise produz quatro moléculas de ATP e gasta 
duas, ou seja, o saldo líquido da glicólise é ainda de 
2 ATPs.
Durante as reações de glicólise, além do ácido 
pirúvico formado, observa-se a liberação de quatro 
elétrons e quatro íons H+. Dois íons H+ e quatro 
elétrons são capturados por duas moléculas de NAD+
(nicoti namida-adenina), dando origem a moléculas 
de NADH. Lembre-se que o NAD+ é um aceptor de 
elétrons que consegue capturar elétrons de reações 
de degradação e levá-los até reações que promovem 
a síntese de ATP.
Devido a esta característi ca de consumir energia 
para produzir energia, diz-se que a glicólise apresenta 
duas etapas:
1ª) Fase preparatória - com uti lização da energia 
da hidrólise de ATP.
2ª) Fase de pagamento - formação de quatro mo 
léculas de ATP, que é a quanti dade mais que sufi ciente 
para se repor a energia gasta inicialmente. CO2 e 
H2O e síntese de ATP (energia para a célula). Entre 
as diversas etapas do ciclo de Krebs, ainda, Observe 
na fi gura, a seguir, o que ocorre com a glicose até a 
produção das duas moléculas de piruvato durante a 
glicólise.
Fonte: Pinterest. Disponível: h� ps://i.pinimg.com/originals/91/ 
e0/53/91e053dd0eb8b6dfedd04e0f0dd0c499.jpg. Acesso em 
jun 2022.
Ciclo de krebs
O Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico é uma 
das etapas metabólicas da respiração celular aeróbica 
que ocorre na matriz mitocondrial de células animais.
Fonte: Mundo Educação. Disponível em: h� ps://bityli.com/L� -
LHc. Acesso em jun 2022.
Representação de uma célula animal com ênfase 
em uma mitocôndria (organela membranosa), 
onde ocorre o processo de respiração celular. A 
etapa referente ao ciclo de Krebs, ocorre no interior 
da mitocôndria, na região denominada matriz 
mitocondrial.
A função do ciclo de Krebs é promover a degradação 
de produtos do metabolismo dos carboidratos, 
lipídios e de diversos aminoácidos. Essas substâncias 
são converti das em aceti l-CoA, com a liberação de 
CO2e H2O e síntese de ATP (energia para a célula). 
Entre as diversas etapas do ciclo de Krebs, ainda, são 
produzidos intermediários que poderão ser uti lizados 
como precursores na síntese de biomoléculas (ex.: 
aminoácidos).
É nesta etapa que ocorre, de fato, a transferência 
da energia química presente nas moléculas orgânicas 
para moléculas de ATP, que serão uti lizadas nas 
ati vidades celulares.
Reações do Ciclo de Krebs
O ciclo de Krebs corresponde a uma sequência 
de oito reações oxidati vas, ou seja, que necessitam 
de oxigênio.
Cada uma das reações conta com a parti cipação 
de enzimas encontradas nas mitocôndrias. As enzimas 
são responsáveis por catalisar (acelerar) as reações.
Etapas do Ciclo de Krebs
A. Descarboxilação Oxidati va do Piruvato
A glicose (C6H12O6) proveniente da degradação 
dos carboidratos se converterá em duas moléculas 
de ácido pirúvico ou piruvato (C3H4O3). A glicose é 
degradada através da Glicólise e, é uma das principais 
fontes de Aceti l-CoA.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
106
A descarboxilação oxidati va do piruvato dá início 
ao ciclo de Krebs. Ela corresponde a remoção de um 
CO2 do piruvato, gerando o grupo aceti l que se liga a 
coenzima A (CoA) e forma o Aceti l-CoA.
Observe que essa reação produz NADH, uma 
molécula carreadora de energia.
Descarboxilação oxidati va do piruvato para formar 
o Aceti l-CoA.
Fonte: Toda Matéria. Disponível em: h� ps://stati c.todamateria. 
com.br/upload/ac/et/aceti lfi nal.jpg. Acesso em 2022.
B. Reações do Ciclo de Krebs
Com a formação do aceti l-CoA é dado início ao 
ciclo de Krebs, na matriz das mitocôndrias. Ele inte 
grará uma cadeia de oxidação celular, ou seja, uma 
sequência de reações a fi m de oxidar os carbonos, 
transformandoos em CO2.
Com base na imagem do ciclo de Krebs, acompanhe 
o passo a passo de cada reação:
• Etapas (1 - 2) → A enzima citrato sintetase ca-
talisa a reação de transferência do grupo aceti l, 
proveniente da aceti l-CoA, para o ácido oxaloa-
céti co ou oxaloacetato formando o ácido cítrico 
ou citrato e liberando a Coenzima A. O nome do 
ciclo está relacionado com a formação do ácido 
cítrico e as diversas reações que decorrem.
• Etapas (3 - 5) → Ocorrem reações de oxidação e 
descarboxilação originando ácido cetoglutárico 
ou cetoglutarato. É liberado CO2 e forma-se 
NADH+ + H+.
• Etapas (6 - 7) → Em seguida o ácido cetoglutá-
rico passa por reação de descarboxilação oxida-
ti va, catalisada por um complexo enzimáti co do 
qual fazem parte a CoA e o NAD+. Essas reações 
originarão ácido succínico, NADH+ e uma mo-
lécula de GTP, que posteriormente, transferem 
sua energia para uma molécula de ADP, produ-
zindo assim ATP.
• Etapa (8) → O ácido succínico ou succinato é 
oxidado a ácido fumárico ou fumarato, cuja co-
enzima é o FAD. Assim será formando FADH2, 
outra molécula carregadora de energia.
• Etapas (9 -10) → O ácido fumárico é hidratado 
formando o ácido málico ou malato. Por fi m, o 
ácido málico sofrerá oxidação formando o ácido 
oxaloacéti co, reiniciando o ciclo.
Fonte: IF Triângulo Mineiro. Disponível em:h� ps://sites.google.com/site/biologiaufal20122/eventos/me-03. Acesso em um 2022.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
107
Resumo do ciclo de krebs
Fonte: IF Triângulo Mineiro. Disponível em: h� ps://bityli.com/
eOojKR. Acesso em jun 2022.
Cadeia respiratória
A terceira e últi ma etapa da respiração celular 
é chamada de cadeia respiratória ou cadeia 
transportadora de elétrons. Este processo ocorre 
no interior das mitocôndrias e, também, tem como 
objeti vo a geração de energia em forma de ATP. A 
maior parte do ATP produzido pelo processo de 
respiração celular ocorre nesta terceira etapa.
Durante os processos caracterizados como 
a cadeia respiratória, quatro grandes complexos 
proteicos inseridos na membrana interna da 
mitocôndria realizam o transporte dos elétrons de 
NADH e de FADH2 (formados nas etapas anteriores: 
glicólise e ciclo de krebs) para o gás oxigênio. Como 
consequência, estes transportadores de elétrons 
são, respecti vamente, reduzidos a NAD+ e FAD. Ao 
fi nal da reação o gás oxigênio é reduzido a moléculas 
de água devido aos elétrons de hidrogênio que com 
ele se combinaram. Por isso que o oxigênio é tão 
importante na respiração celular, ele é o aceptor fi nal 
de hidrogênios. Isto signifi ca que na sua ausência esse 
processo seria interrompido.
Os elétrons do NADH e do FADH2, atraídos pelo 
gás oxigênio, percorrem um caminho por entre os 
complexos proteicos, liberando neste trajeto uma 
grande quanti dade de energia. A energia liberada 
pelos elétrons na passagem de uma proteína a 
outra da cadeia respiratória é chamada de força 
eletromoti va, e ocasiona a passagem dos íons H+ da 
matriz mitocondrial para o pequeno espaço entre as 
membranas da mitocôndria.
Altamente concentrados no espaço entre as 
membranas mitocondriais, estes íons H+ tendem a 
retornar à matriz mitocondrial,gerando um potencial 
de difusão denominado força protomoti va. Para que 
consigam retornar, estes íons têm de passar por um 
dos complexos proteicos da cadeia respiratória, o 
sintase do ATP. Este complexo pode ser comparado 
à turbina de uma usina hidrelétrica: é composto por 
um rotor interno que, ao ser movido pela passagem 
dos íons H+, convertem a energia potencial da difusão 
dos íons em energia mecânica (a rotação da sintase 
do ATP) e, em seguida, em energia química.
Em outras palavras, a conversão da energia 
mecânica em energia química consiste na uti lização 
da energia liberada com a entrada dos íons H+ pelo 
complexo proteico para a produção das moléculas de 
ATP. Nesta reação, a energia mecânica produzida é 
uti lizada para a inserção de um fosfato à molécula de 
ADP (adenosina difosfato), transformando o em ATP 
(adenosina trifosfato), em uma reação denominada 
fosforilação oxidati va. Conti do de energia química, 
este ATP, ao fi nal do processo, será fornecido a todas 
as células como fonte de energia para a realização de 
suas ati vidades.
A energia liberada pelos elétrons de NADH e do 
FADH2, em sua passagem pela cadeia respiratória 
rendem, teoricamente, 34 moléculas de ATP. Em 
condições normais, porém, esse rendimento é menor, 
sendo formadas 26 moléculas. Se estas 26 moléculas 
forem somadas aos dois ATP formados na glicólise 
e aos dois ATP formados no ciclo de Krebs, pode-se 
dizer que a respiração celular chega ao rendimento 
máximo de 30 moléculas de ATP por molécula de 
glicose, embora em teoria este número fosse de 38 
moléculas de ATP por molécula de glicose.
MOMENTO ENEM
01. (ENEM MEC/2019)
O 2,4-dinitrofenol (DNP) é conhecido como 
desacoplador da cadeia de elétrons na mitocôndria 
e apresenta um efeito emagrecedor. Contudo, por ser 
perigoso e pela ocorrência de casos letais, seu uso 
como medicamento é proibido em diversos países, 
inclusive no Brasil. Na mitocôndria, essa substância 
captura, no espaço intermembranas, prótons (H+) 
provenientes da ati vidade das proteínas da cadeia 
respiratória, retornando à matriz mitocondrial. Assim, 
esses prótons não passam pelo transporte enzimáti co 
na membrana interna.
GRUNDLINGH, J. et al. 2,4-Dinitrophenol (DNP): a W eight Loss 
Agent with Signifi cant Acute Toxicity and Risk of Death. Journal 
of Medical Toxicology, v. 7, 2011 (adaptado).
O efeito emagrecedor desse composto está 
relacionado ao(à)
(A) diminuição da produção de aceti l CoA, resultando 
em maior gasto celular de piruvato.
(B) bloqueio das reações do ciclo de Krebs, resultando 
em maior gasto celular de energia.
(C) redução da produção de ATP, resultando em maior 
gasto celular de nutrientes.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
108
(D) inibição da glicólise, resultando em maior absorção 
celular da glicose sanguínea.
(E) obstrução da cadeia respiratória, resultando em 
maior consumo celular de ácidos graxos.
02. (ENEM MEC/2020) 
O culti vo de células animais transformou-se em uma 
tecnologia moderna com inúmeras aplicações, dentre 
elas testes de fármacos visando o desenvolvimento 
de medicamentos. Apesar de os primeiros estudos 
datarem de 1907, o culti vo de células animais 
alcançou sucesso na década de 1950, quando Harry 
Eagle conseguiu defi nir os nutrientes necessários para 
o crescimento celular.
CASTILHO, L. Tecnologia de biofármacos. São Paulo, 2010.
Qual componente garante o suprimento energéti co 
para essas células?
(A) Fonte de carbono
(B) Indicadores de pH
(C) Elementos inorgânicos
(D) Vitaminas
(E) H2O
03. (ENEM MEC/2009) 
Considere a situação em que foram realizados dois 
experimentos, designados de experimentos A e B, 
com dois ti pos celulares, denominados células 1 e 2. 
No experimento A, as células 1 e 2 foram colocadas 
em uma solução aquosa contendo cloreto de sódio 
(NaCl) e glicose (C6H12O6), com baixa concentração 
de oxigênio. No experimento B foi fornecida às células 
1 e 2 a mesma solução, porém com alta concentração 
de oxigênio, semelhante à atmosférica. Ao fi nal do 
experimento, mediu-se a concentração de glicose 
na solução extracelular em cada uma das quatro 
situações. Este experimento está representado no 
quadro, abaixo. Foi observado no experimento A que 
a concentração de glicose na solução que banhava 
as células 1 era maior que a da solução contendo as 
células 2 e esta era menor que a concentração inicial. 
No experimento B, foi observado que a concentração 
de glicose na solução das células 1 era igual à das células 
2 e esta era idênti ca à observada no experimento A, 
para as células 2, ao fi nal do experimento.
Pela interpretação do experimento descrito, pode-se 
observar que o metabolismo das células estudadas 
está relacionado às condições empregadas no 
experimento, visto que as células 1 e 2 obti veram 
energia a parti r de substratos diferentes.
(A) células 2 têm maior demanda de energia que as 
células 1.
(B) células 1 realizam metabolismo aeróbio.
(C) células 1 são incapazes de consumir glicose.
(D) células 2 consomem mais oxigênio que as células 1.
SAIBA MAIS
O assunto respiração celular, também, pode ser 
acessado no formato de video-aula disponível no link 
ou no QRCODE, abaixo:
h� ps://www.youtube.com/watch?v=OihZCxbjTa0&-
t=134s
Fermentação
A fermentação é um processo de respiração 
anaeróbica, por meio do qual as células obtêm 
energia química para as ati vidades normais do seu 
metabolismo.
O ser humano se uti liza desses mecanismos para a 
preparação de produtos bastante consumidos. Como 
acontece com o fermento biológico do pão, além da 
fermentação do vinho, do iogurte, entre outros.
O que é a Fermentação?
Na fermentação acontece apenas a primeira etapa 
da respiração celular, ou seja, a glicólise. Nessa fase, 
ocorre a quebra da molécula de glicose em duas 
moléculas de piruvato (ou ácido pirúvico), além da 
formação de duas moléculas de ATP e duas de NADH.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
109
Fonte: Escola Educação. Disponível em: h� ps://escolaeducacao. 
com.br/wp-content/uploads/2020/03/glicolise.jpg. Acesso em 
jun 2022.
Para que a energia armazenada nas ligações 
químicas da glicose seja liberada, é preciso que 
ocorram sucessivas oxidações. Geralmente, as 
moléculas são oxidadas quando perdem elétrons, ao 
reagir com o oxigênio.
No entanto, na oxidação da glicose são reti rados 
os hidrogênios da molécula, sem necessidade do 
contato direto com o oxigênio. A desidrogenação é 
catalisada por enzimas chamadas desidrogenases. 
Elas possuem uma coenzima, o NAD, que carrega os 
átomos de hidrogênio reti rados da glicose.
Os organismos anaeróbicos facultati vos podem 
realizar respiração aeróbica ou anaeróbica. Desse 
modo, quando há escassez de oxigênio, eles realizam 
a fermentação como processo alternati vo. É o que 
acontece com o levedo da cerveja e as células 
musculares do corpo humano.
Já os anaeróbicos estritos ou obrigatórios não 
dispõem de enzimas para parti cipar das etapas da 
respiração aeróbica, portanto, muitos podem morrer 
na presença de oxigênio. Por isso, precisam realizar o 
processo de fermentação.
Tipos de Fermentação
O ti po de fermentação depende das enzimas que 
os organismos possuem. De acordo com o ti po de 
enzimas, o produto será diferente, por exemplo: álcool 
e� lico, ácido láti co, ácido acéti co ou ácido bu� rico.
Fermentação Alcoólica
Na fermentação alcoólica, após a glicólise o 
piruvato perde carboxilas e, em seguida, recebe 
átomos de hidrogênio. Desse modo é formado álcool 
e� lico ou etanol. Esse processo é catalisado pela 
enzima álcool desidrogenase.
É o processo de fermentação alcoólica que se usa 
para a produção de bebidas alcoólicas. O lêvedo de 
cerveja é uma levedura, cujo nome cien� fi co é Sac 
charomices cerevisae.
Tanto na produção do vinho, como na cerveja a 
fermentação ocorre devido à presença das leveduras, 
formando o etanol.
O fermento de pão ou fermento biológico, 
também, é consti tuído de leveduras. Durante a 
preparação do pão, elas realizam o processo e o gás 
carbônico(CO2), que é liberado pela descarboxilação, 
é o que faz a massa aumentar de volume.
Fermentação Láti ca
Se durante a respiração aeróbica é produzido ácido 
láti co, o processo é chamado de fermentação láti ca. A 
enzima lactato desidrogenase reduz o piruvato, que 
origina o lactato.
É o processo realizado pelos lactobacilos ou 
bactérias do ácido láti co, que estão presentes no 
intesti no de animais, em plantas, no solo e na água. 
Essas bactérias são muito usadas na fermentação do 
leite para fabricação de iogurtes, coalhadas e outros 
derivados. A fermentação láti ca, também, ocorre nas 
células musculares quando há um esforço excessivo. 
Nesse caso, as fi bras trabalham intensamente e, 
a quanti da de de oxigênio torna-se insufi ciente, 
tornando necessária a respiração anaeróbica. O ácido 
láti co se acumula produzindo a dor característi ca 
dessa situação.
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
• Pesquise sobre mais ti pos de fermentação e 
organize as informações na forma de um quadro 
comparati vo, contendo informações como: ti pos 
de fermentação; produtos; exemplos etc.
• Uti lize o vídeo de apoio presente no link e no QR 
CODE:
• https://www.youtube.com/watch?v=_gU-
F8U5Wmg8
• Elabore representações que ilustrem os caminhos 
metabólicos percorridos em cada um dos processos 
colocados no quadro construído, anteriormente, 
desde o reagente inicial até os produtos.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
110
ATIVIDADE EXTRA
Ati vidade práti ca
Tempo previsto: 50 min (1 aula)
Objeti vo: Observar os efeitos da fermentação 
alcoólica.
Material:
• Açúcar
• Garrafa Plásti ca Pequena Vazia
• Fermento Biológico (fresco ou seco)
• Balão (bexiga) de borracha
• Água fi ltrada
Procedimento:
• Dissolver 2 colheres de sopa de açúcar em 1 copo 
de água fi ltrada (volume aproximado para encher 
meia garrafa – enchendo-se a garrafa toda pode 
haver extravasamento de espuma e líquido).
• Adicionar 1 colher de chá rasa de fermento em pó. 
Transferir para a garrafa plásti ca. Colocar a bexiga 
bem ajustada na boca da garrafa (se necessário 
reforce com um elásti co de escritório). Deixar 
repousar, ao abrigo da luz direta.
Resultados e discussão:
• Observar os resultados e discuti r suas causas, 
considerando-se os reagentes e produtos do 
processo de fermentação alcoólica.
• Pensar em novas possibilidades de se repeti r o 
experimento testando novas variáveis (como fatores 
que podem interferir no processo - temperatura, 
substrato etc.)
REFERÊNCIAS
1. AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto 
Rodrigues. Biologia em Contexto. 1ª edição. São 
Paulo: Editora Moderna, 2013.
2. Bernoulli Sistema de Ensino. Biologia. Vol. 04. 
Ensino Médio. Editora Bernoulli.
3. Equipe editorial de Conceito.de. (22 de fevereiro de 
2012). Conceito de enzima. Conceito.de. Disponível 
em: h� ps://conceito.de/enzima. Acesso em 13 jun 
2022.
4. GODOY, L. P., et al. Multi versos: ciências da natureza 
: matéria, energia e a vida : ensino médio. 1. ed. São 
Paulo: Editora FTD, 2020.
5. Lehninger, A.L.; Nelson, D.L.; Cox, M.M. Lehninger: 
Princípios de Bioquímica, 4a. Edição, Editora Sarvier, 
2007.
6. MAGALHÃES, L. Ciclo de Krebs. Toda Matéria. 
Disponível em: Acesso em 13 jun 2022.
7. Sala BioQuímica: Nucleo� deos e metabolismo 
energéti co. NAD, FAD, NADP e ATP (salabioquimica. 
blogspot.com). Disponível em: h� ps://salabioquimica. 
blogspot.com/2017/06/nucleoti deos-e-metabolismo-
-energeti co.html. Acesso em 14 jun 2022.
8. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. “Glicólise”; Brasil 
Escola. Disponível em: h� ps://brasilescola.uol.com. 
br/biologia/glicolise.htm. Acesso em 13 de junho de 
2022.
9. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. “Nucleo� deo”; 
Brasil Escola. Disponível em: h� ps://brasilescola.uol. 
com.br/biologia/nucleoti deo.htm. Acesso em 08 de 
junho de 2022.
10. Toda Matéria. Fermentação. Disponível em:
. Acesso 
em 13 jun 2022.
HABILIDADES DA ESPECÍFICA
(EM13CNT203) Avaliar e prever efeitos de intervenções 
nos ecossistemas, e seus impactos nos seres vivos 
e no corpo humano, com base nos mecanismos de 
manutenção da vida, nos ciclos da matéria e nas 
transformações e transferências de energia, uti lizando 
representações e simulações sobre tais fatores, com 
ou sem o uso de dispositi vos e aplicati vos digitais 
(como so� wares de simulação e de realidade virtual, 
entre outros).
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMCNT203G) Reconhecer a importância dos 
organismos fotossinteti zantes (algas e vegetais) como 
base de todo processo ecológico que mantém a vida, 
considerando as transformações e transferências 
energéti cas envolvidas em seu metabolismo para 
relacionar a preservação da biodiversidade à 
manutenção do equilíbrio ecológico.
OBJETOS DE CONHECIMENTO 
Fluxo de energia 
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
111
FLUXO DE ENERGIA
Considerando o que foi desenvolvido no módulo 
sobre metabolismo energéti co celular, observamos 
que existem diferentes formas pelas quais os seres 
vivos são capazes de obter energia para a realização 
de seus processos metabólicos, garanti ndo assim, 
a manutenção da vida. Estudamos, também, que a 
energia primária que chega ao nosso planeta, a parti r 
do Sol, é converti da de energia luminosa para energia 
química pelo processo de fotossíntese realizado por 
organismos clorofi lados, como as plantas e as algas. 
Neste módulo, estudaremos que estes organismos 
fotossinteti zantes, juntamente, com os organismos 
quimiossinteti zantes, consti tuem um grupo muito 
importante de seres vivos fornecedores de energia 
para as cadeias alimentares.
Assim, a energia, uma vez armazenada na forma de 
compostos orgânicos, pode fl uir unidirecionalmente, 
através das relações alimentares entre os organismos. 
Neste processo, parte da energia, ainda, é perdida 
na forma de calor, mas, outra parte, segue sempre, 
do produtor aos consumidores e, fi nalmente, aos 
decompositores, que são os organismos responsáveis 
pela decomposição da matéria orgânica, possibilitando, 
assim, a ciclagem da matéria.
Diferentemente, do fl uxo de energia, o fl uxo de 
matéria é cíclico e ocorre de acordo como o que de 
nominamos de ciclos biogeoquímicos, onde a matéria 
perpassa do ambiente (meio abióti co) para os seres 
vivos (componentes bióti cos) e de volta ao ambiente 
(solo, água, atmosfera) de maneira ininterrupta. Todos 
estes processos estão intrinsecamente relacionados 
aos processos de produção, transformação e 
transferência de energia nos ecossistemas.
Fonte: Elaborada pelos autores, 2022.
Fonte: Elaborada pelos autores, 2022.
Portanto, este conteúdo conti nua, então, 
organizado em torno do tema “Energia” o qual 
poderá ser desenvolvido na perspecti vados demais 
componentes da área de Ciências da Natureza e suas 
Tecnologias. Neste momento, o componente Biologia 
pode contribuir apresentando conhecimentos do 
campo de estudo da Ecologia, por meio dos quais será 
possível reconhecer a importância dos organismos 
fotossinteti zantes como base de todos os processos 
que mantém a vida, assim como, proposto pelo 
objeti vo de aprendizagem deste módulo e a habilidade 
específi ca relacionada. Para tanto, serão consideradas 
as transformações e transferências energéti cas 
envolvidas nos processos metabólicos já estudados e, 
ainda, novos conceitos a serem apresentados, a seguir.
Introdução à Ecologia
A Ecologia é a ciência que estuda a interação entre 
os seres vivos e o ambiente em que vivem.
O termo “ecologia” foi uti lizado pela primeira vez 
em 1866, na obra “Morfologia Geral do Organismo”, 
pelo biólogo alemão Ernst Haeckel.
A palavra Ecologia vem do grego, onde Oikos 
signifi ca “casa” e Logos signifi ca “estudo”. Dessa forma, 
a ecologia é o estudo da casa, ou seja, do ambiente e 
das interelações dos organismos no meio � sico.
A ecologia pode ser considerada uma das ciências 
mais complexas e amplas, pois para compreender o 
funcionamento da natureza, ela envolve o estudo 
de diferentes campos de estudo,como evolução, 
genéti ca, citologia, anatomia e fi siologia.
Níveis de organização
Ao estudar ecologia é importante saber que ela 
se divide em níveis de organização. Se considerarmos 
a matéria viva organizada a parti r do átomo, teremos 
uma sequência como a demonstrada, acima, na 
fi gura. Um conjunto de átomos que interagem 
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
112
entre si, formando ligações químicas, podem formar 
moléculas. Estas vão compor diferentes substâncias 
(simples ou compostas) que podem ser substâncias 
orgânicas (como carboidratos, lipídios, proteínas, 
ácidos nucleicos etc.) que entram na consti tuição dos 
seres vivos, a parti r das células e todos os organoides 
que as compõem.
Um conjunto de células que têm forma e função 
semelhantes podem formar, em um organismo, 
pluricelular, tecidos e, estes formam órgãos. O 
conjunto de órgãos, como por exemplo, esôfago, 
estômago, intesti no etc., formam um sistema, que 
neste caso, seria o sistema digestório. Um organismo 
é consti tuído por vários sistemas que trabalham 
juntos para manter a homeostase do corpo, ou seja, 
o equilíbrio de todas as funções.
Parti ndo do nível de organismo, teremos o conceito 
de população, que é um conjunto de organismos de 
uma mesma espécie. O conjunto de populações forma 
uma comunidade e o conjunto das comunidades, um 
ecossistema. Um bioma é formado por diferentes 
ecossistemas, enquanto a biosfera é o conjunto de 
todas as regiões do planeta, onde podemos encontrar 
seres vivos. Sobre estes últi mos conceitos, há mais 
detalhes, a seguir.
Principais níveis de organização em Biologia
População
A população representa o conjunto de organismos 
da mesma espécie que vivem juntos e apresentam 
maiores chances de reprodução entre si. Inicialmente, 
essa organização era uti lizada apenas para grupos 
humanos, depois foi ampliada, para qualquer grupo 
de organismos.
As espécies, por sua vez, são organismos com 
característi cas genéti cas semelhantes. Com isso, o 
cruzamento de indivíduos da mesma espécie gera 
descendentes férteis. Exemplos: caranguejos, ursos, 
pau-brasil, etc;
Comunidade
A comunidade representa o conjunto das 
populações que vivem numa mesma região, no 
qual vivem em determinado local, com condições 
ambientais específi cas e interagindo entre si, também, 
chamado de comunidade biológica, biocenose ou 
biótopo. Como exemplo de comunidades pode ser 
citado as aves, insetos e plantas de uma região.
Ecossistemas
O ecossistema é o conjunto de comunidades que 
interagem entre si e com o ambiente. Ele é formado 
pela interação de biocenoses e biótopos. A reunião 
de diferentes ecossistemas é conhecido como bioma 
e nele estão reunidas característi cas próprias de 
diversidade biológica e condições ambientais. Alguns 
exemplos de biomas brasileiros são: a Mata Atlânti ca, 
o Cerrado e a Amazônia.
Fonte: Biologia Net. Disponível em; h� ps://stati c.biologianet. 
com/2020/05/biodiversidade-2.jpg. Acesso em jun 2022.
Biosfera
A biosfera é o nível mais amplo, pois ele 
corresponde ao conjunto de todos os ecossistemas 
das diferentes regiões do planeta, ou seja, o local, 
onde estão todos os seres vivos. É a reunião de toda 
a biodiversidade existente na Terra. A biodiversidade, 
por sua vez, signifi ca a variedade de vida existente, 
englobando toda a riqueza das espécies.
Conceitos básicos da ecologia
Para melhor compreensão do mundo vivo, além 
dos níveis de organização, a ecologia moderna abrange 
diversos conceitos que são fundamentais.
Conheça, a seguir as defi nições dos principais 
conceitos que a ecologia estuda.
Habitat
O habitat é o ambiente � sico em que vivem 
determinadas espécies. As condições do ambiente 
dependem de fatores abióti cos que afetam 
diretamente os seres vivos presentes.
Alguns exemplos são: o habitat do leão, as savanas 
e, o habitat do tatu, as fl orestas.
Nicho ecológico
O Nicho Ecológico representa os hábitos e o modo 
de vida dos animais que representam seu nicho.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
113
Por exemplo: no grupo dos leões são as leoas que 
caçam e cuidam dos fi lhotes, enquanto os machos 
defendem de invasores.
Fatores bióti cos e abióti cos
Os fatores bióti cos e abióti cos são os seres vivos e 
não vivos de um ecossistema e são interdependentes. 
Os seres vivos representam os componentes bióti cos, 
como as plantas, animais e bactérias. Já o conjunto 
de componentes � sicos e químicos do meio, tais 
como umidade, temperatura e luminosidade são os 
componentes abióti cos.
Relações ecológicas
As relações ecológicas são as interações que 
ocorrem entre os seres vivos dentro dos ecossistemas.
Elas podem ser entre indivíduos da mesma 
espécie (intraespecífi ca) ou entre espécies diferentes 
(interespecífi cas). E, podem ser benéfi cas (positi vas) 
ou prejudiciais (negati vas) para as partes envolvidas.
Cadeia alimentar
A cadeia alimentar representa as relações 
alimentares entre os organismos da biota.
É através dos níveis trófi cos da cadeia alimentar 
que é realizado o fl uxo con� nuo de energia e matéria.
Fonte: Educação Globo. Disponível em: h� ps://bityli.com/dPuRuF. 
Acesso em jun 2022.
Ciclos biogeoquímicos
Os ciclos biogeoquímicos representam o processo 
realizado entre energia e a matéria, que por sua vez 
se movimentam pelo ambiente de forma cíclica, 
fazendo assim a ciclagem dos nutrientes essenciais 
à manutenção da vida.
Alguns exemplos dos ciclos biogeoquímicos são: 
ciclo do carbono, do nitrogênio, do oxigênio e da água.
SAIBA MAIS
Para saber mais sobre conceitos básicos de ecologia, 
acesse a videoaula, disponível no link ou QRCODE, 
abaixo:Vídeo: Organismos e ambiente
YouTube h� ps://www.youtube.com/watch?v=OVG_
WNvDXwE
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
1. Elabore um glossário para os conceitos básicos 
em ecologia.
2. Construa um mapa conceitual (mapa mental) 
relacionando os conceitos básicos em torno do 
tema central “Ecologia”.
3. EXTRA: Crie um jogo de cartas uti lizando 
os conhecimentos relacionados a Ecologia 
aprendidos até o momento. Sugestão: as cartas 
podem formar duplas que se complementam e 
serem jogadas como um jogo da memória.
Energia nas cadeias alimentares
Nas cadeias alimentares ocorrem transformações 
da matéria e da energia. Os produtores são capazes 
de transformar a energia proveniente, principalmente, 
da luz solar em outras formas de energia presentes 
em moléculas de carboidratos que poderão ser 
uti lizadas pelos consumidores. Os consumidores, por 
sua vez, também, realizam conversões energéti cas e 
uti lizam parte da energia presente nas moléculas de 
carboidratos para a síntese de moléculas de ATP, as 
quais serão uti lizadas em suas funções básicas. No 
entanto, nem toda quanti dade de energia que é 
transformada por um ser vivo é disponibilizada ao 
nível trófi co seguinte, pois os seres vivos uti lizam 
boa parte dela para manutenção de suas funções 
básicas. Além disso, as transformações energéti cas 
que ocorrem na natureza não são completamente 
efi cientes, pois uma parte é transformada em energia 
térmica, que é dissipada ao ambiente. Isso signifi ca 
que, nas conversões energéti cas realizadas em cada 
um dos níveis trófi cos de uma cadeia alimentar, uma 
parcela da energia é perdida na forma de calor. Por 
esses moti vos, a quanti dade de energia que pode ser 
transferida entre os níveis trófi cos é cada vez menor 
conforme se distancia dos produtores.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
114
Transformações e transferências de energia nas 
cadeias alimentares
A energia segue um fl uxo ao longo das cadeias 
alimentares, não podendo ser reciclada. Esse fl uxo 
é unidirecional, pois fl ui dos produtores em direção 
aos consumidores, como mostra o esquema abaixo. 
Perceba que, o fl uxo de energia nas cadeias alimentares 
é representado por meio das setas entre os níveis 
trófi cos. A largura dessas setas pode representar a 
quanti dade de energia que é transferida aos seres 
vivos ou dissipada ao ambiente.
Representação esquemáti cado fl uxo de energia 
em uma cadeia alimentar.
1. Os produtores fotossinteti zantes transformam 
energia luminosa em outras formas de energia 
presentes nas moléculas de carboidratos, como a 
glicose. Nos ambientes aquáti cos, os produtores 
são representados pelas algas (macroscópicas 
e microscópicas), pelas plantas aquáti cas e por 
bactérias.
2. Nos produtores, assim como, os demais seres 
vivos, grande parte desta energia é incorporada 
à matéria orgânica que consti tui o organismo, 
ou seja, à sua biomassa (processo denominado 
assimilação). Essa energia assimilada é uti lizada 
para realização das funções básicas do organismo 
e armazenada em seus tecidos conforme o ser vivo 
cresce e se desenvolve.
3. Parte dessa energia é perdida no ambiente 
na forma de calor ou por meio de resíduos do 
metabolismo.
4. Por meio, da alimentação, grande parte da energia 
que não foi uti lizada pelos produtores é transferida 
aos consumidores primários. Estes, por sua vez, 
por meio da respiração celular, transformam 
a energia que adquiriram das moléculas de 
carboidratos em energia que possa ser uti lizada 
por suas células. Parte dessa energia também é 
perdida ao ambiente.
5. Da mesma forma, a energia presente em moléculas 
que consti tuem os tecidos dos consumidores 
primários é disponibilizada aos consumidores 
secundários, por meio da alimentação. E, assim, 
ocorre em todos os níveis trófi cos: devido às 
perdas e ao uso da energia 
6. Pelo próprio organismo, a quanti dade de energia 
que é disponibilizada ao nível trófi co seguinte é 
menor do que a quanti dade que foi obti da.
Fonte: elaborada com base em Biologia Net (www.biologianet. 
com). Disponível em: h� ps://stati c.biologianet.com/2020/02/ 
cadeia-alimentar.jpg. Acesso em jun 2022.
Comunidades: sistemas transformadores de energia
O químico Alfred J. Lotka, por volta de 1930, 
foi o primeiro a considerar que populações e 
comunidades são como sistemas transformadores 
de energia. De acordo com Lotka, a troca de energia 
entre os componentes de um sistema inicia-se 
com a assimilação e a transformação de dióxido 
de carbono em matéria orgânica pelas plantas por 
meio do processo de fotossíntese. Em seguida, essa 
energia produzida é transferida para o componente 
seguinte, por meio, do consumo das plantas pelos 
herbívoros e, depois, com o consumo dos herbívoros 
pelos carnívoros.
Apenas em 1942, Raymond Lindeman conseguiu 
atrair a atenção de outros ecólogos ao unir conceitos 
ecológicos e princípios termodinâmicos para a 
compreensão dos ecossistemas como um sistema 
transformador de energia.
Transferência de energia na cadeia alimentar
A transferência de energia na cadeia alimentar é 
unidirecional:
• as plantas assimilam parte da energia luminosa 
por meio da realização da fotossíntese;
• os herbívoros assimilam energia alimentando se 
das plantas;
• os carnívoros assimilam energia alimentando se 
dos herbívoros.
A quanti dade de energia transferida ao próximo 
nível trófi co da cadeia é menor que a presente no 
nível anterior, pois parte dessa energia é gasta no 
metabolismo do organismo e parte é perdida pela 
inefi ciência das transformações biológicas de energia.
Pirâmide de energia
Na pirâmide de energia, cada nível trófi co 
representa a energia acumulada em uma unidade de 
área, ou volume, por unidade de tempo. Assim, ela 
pode demonstrar a produti vidade de um ecossistema 
e, por esse moti vo, não existe representação inverti da 
desse ti po de pirâmide ecológica.
Cada nível trófi co corresponde a um segmento 
da pirâmide: o segmento da base representa os 
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
115
produtores e os outros, em sequência, representam 
os herbívoros e carnívoros. Na pirâmide de energia, 
os decompositores não são representados.
Fonte: Biologia Net. Disponível em: h� ps://www.biologianet.com/ 
ecologia/cadeia-alimentar.htm. Acesso em jun 2022.
MOMENTO ENEM
01. (ENEM 2010) 
A fi gura representa uma cadeia alimentar em uma 
lagoa. As setas indicam o senti do do fl uxo de energia 
entre os componentes dos níveis trófi cos.
Sabendo-se que o mercúrio se acumula nos tecidos 
vivos, que componente dessa cadeia alimentar 
apresentará maior teor de mercúrio no organismo se 
nessa lagoa ocorrer um derramamento desse metal?
(A) As aves, pois são os predadores do topo dessa 
cadeia e acumulam mercúrio incorporado pelos 
componentes dos demais elos.
(B) Os caramujos, pois se alimentam das raízes das 
plantas, que acumulam maior quanti dade de 
metal.
(C) Os grandes peixes, pois acumulam o mercúrio 
presente nas plantas e nos peixes pequenos.
(D) Os pequenos peixes, pois acumulam maior 
quanti dade de mercúrio, já que se alimentam das 
plantas contaminadas.
(E) As plantas aquáti cas, pois absorvem grande 
quanti dade de mercúrio da água através de suas 
raízes e folhas.
02. (ENEM 2013)
Estudos de fl uxo de energia em ecossistemas 
demonstram que a alta produti vidade nos 
manguezais está diretamente relacionada com as 
taxas de produção primária líquida e com a rápida 
reciclagem dos nutrientes. Como exemplo de seres 
vivos encontrados nesse ambiente, temos: aves, 
caranguejos, insetos, peixes e algas. Dos grupos de 
seres vivos citados, as que contribuem diretamente 
para a manutenção dessa produti vidade no referido 
ecossistema são
(A) aves.
(B) algas.
(C) peixes.
(D) insetos.
(E) caranguejos.
03. (ENEM/2020 – 2ª aplicação) 
Gralha-do-cerrado (Cyanocorax cristatellus) é uma 
espécie de ave que tem um característi co topete 
frontal alongado, plumagem azul-escura, parte 
posterior do pescoço e garganta pretos, barriga e 
ponta da cauda brancas.
Alcança até 35 cen� metros de comprimento. A 
espécie é onívora e sua ampla dieta inclui frutos, 
insetos, sementes, pequenos répteis e ovos de outras 
espécies de aves.
SICK, H. Ornitologia brasileira. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1997 (adaptado).
Além das característi cas morfológicas do animal, a 
descrição da gralha-do-cerrado diz respeito a seu
(F) hábitat.
(G) ecótopo.
(H) nível trófi co.
(I) nicho ecológico.
(J) Ecossistema
04.(ENEM/2012) 
O menor tamanduá do mundo é solitário e tem 
hábitos noturnos, passa o dia repousando, geralmente 
em um emaranhado de cipós, com o corpo curvado 
de tal maneira que forma uma bola. Quando em 
ati vidade, se loco move vagarosamente e emite som 
semelhante a um assobio. A cada gestação, gera um 
único fi lhote. A cria é deixada em uma árvore à noite 
e é amamentada pela mãe até que tenha idade para 
procurar alimento. As fêmeas adultas têm territórios 
grandes e o território de um macho inclui o de várias 
fêmeas, o que signifi ca que ele tem sempre diversas 
pretendentes à disposição para namorar! 
Ciência Hoje das Crianças, ano 19, n.174, Nov. 2006 (adaptado). 
Essa descrição sobre o tamanduá diz respeito ao seu
(A) habitat
(B) biótopo
(C) nível trófi co
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
116
(D) nicho ecológico
(E) potencial bióti co.
05. (ENEM 2010) 
Se, por um lado, o ser humano, como animal, é parte 
integrante da natureza e necessita dela para conti nuar 
sobrevivendo, por outro, como ser social, cada dia 
mais sofi sti ca os mecanismos de extrair da natureza 
recursos que, ao serem aproveitados, podem alterar 
de modo profundo a funcionalidade harmônica dos 
ambientes naturais. A relação entre a sociedade e 
a natureza vem sofrendo profundas mudanças em 
razão do conhecimento técnico. A parti r da leitura do 
texto, identi fi que a possível consequência do avanço 
da técnica sobre o meio natural.
(A) A sociedade aumentou o uso de insumos químicos 
– agrotóxicos e ferti lizantes – e, assim, os riscos 
de contaminação.
(B) O homem, a parti r da evolução técnica, conseguiu 
explorar a natureza e difundir harmonia na vida 
social.
(C) As degradações produzidas pela exploração dos 
recursos naturais são reversíveis, o que, de certa 
forma, possibilita a recriação da natureza.
(D) O desenvolvimento técnico, dirigido para a 
recomposição de áreas degradadas, superou os 
efeitos negati vosda degradação.
(E) As mudanças provocadas pelas ações humanas 
sobre a natureza foram mínimas, uma vez que os 
recursos uti lizados são de caráter renovável.
REFERÊNCIAS
1. DIANA J. O que é ecologia? Toda Matéria. Disponível 
em: . 
Acesso em 14 jun 2022.
2. GAROFALO D. Dicas e exemplos para levar a 
gamifi cação para a sala de aula. Nova Escola. Disponível 
em: h� ps://novaescola.org.br/conteudo/15426/
dicas-e-exemplos-para-levar-a-gamifi cacao-para-a-
sala-de-aula. Acesso em 14 jun 2022.
3. GODOY, L. P., et al. Multi versos: ciências da natureza 
: matéria, energia e a vida : ensino médio. 1. ed. São 
Paulo: Editora FTD, 2020.
4. dos SANTOS H. S. Pirâmide de energia. Biologia 
Net. Disponível em: h� ps://www.biologianet.com/
ecologia/piramideenergia.htm#:~:text=A%20pir%-
C3%A2mide%20de%20energia%20representa,a%20
produti vidade%20de%20um%20ecossistema.&tex-
t=O%20qu%C3%ADmico%20Alfred%20J.,como%20s-
istemas%20transformadores%20de%20energia. 
Acesso em 14 jun 2022.
COMPONENTE CURRICULAR - FÍSICA
HABILIDADES ESPECÍFICA 
(EM13CNT101) Analisar e representar, com ou 
sem o uso de aplicati vos ou dispositi vos digitais 
específi cos, as transformações e conservações em 
sistemas que envolvam quanti dade de matéria, de 
energia e de movimento para realizar previsões sobre 
seus comportamentos em situações coti dianas e em 
processos produti vos que priorizem o desenvolvimento 
sustentável, o uso consciente dos recursos naturais e 
a preservação da vida em todas as suas formas.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMCNT101A) Compreender a defi nição de 
trabalho empregando seu conceito em situações 
coti dianas para descrever energia do ponto de vista 
das Ciências da Natureza.
OBJETOS DE CONHECIMENTO 
Trabalho e energia
1. Defi nição do Trabalho
Quando uma força age sobre um objeto para causar 
um deslocamento, diz-se que foi realizado trabalho 
sobre o objeto. Existem três ingredientes-chave para 
o trabalho - força, deslocamento e causa. Para que 
uma força se qualifi que como tendo realizado trabalho 
sobre um objeto, deve haver um deslocamento. Há 
vários bons exemplos de trabalho que podem ser 
observados na vida coti diana - um cavalo puxando um 
arado pelo campo, um pai empurrando um carrinho 
de supermercado pelo corredor de uma mercearia, 
um calouro levantando uma mochila cheia de livros no 
ombro, um levantador de peso levantando uma barra 
acima de sua cabeça, um atleta olímpico. Em cada 
caso descrito aqui, há uma força exercida sobre um 
objeto para fazer com que esse objeto seja deslocado.
Fonte: h� ps://trabalhosparaescola.com.br/trabalho-fi sica/.Aces-
so em: 15/06/2022.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
117
Equação de trabalho
Matemati camente, o trabalho pode ser expresso 
pela seguinte equação.
W = F.d.cos Θ
Onde F é a força, d é o deslocamento e o ângulo 
(teta) é defi nido como o ângulo entre o vetor força 
e o vetor deslocamento. Talvez o aspecto mais di� cil 
da equação acima seja o ângulo “teta”. O ângulo não 
é um ângulo qualquer, mas sim um ângulo muito 
específi co. Veja a fi gura, abaixo.
Fonte: h� ps://www.coladaweb.com/fi sica/mecanica/trabalho-
-mecanica. Acesso: 16/06/2022.
Unidades de Trabalho
Sempre que uma nova quanti dade é introduzida 
na � sica, as unidades métricas padrão associadas a 
essa quanti dade são discuti das. No caso do trabalho, 
a unidade métrica padrão é o joule. Um joule é 
equivalente a um newton de força causando um 
deslocamento de um metro. O joule é a unidade de 
trabalho.
1 joule = 1 newton . 1 
metro 1J = 1N.m
SAIBA MAIS
Trabalhamos todos os dias. O trabalho que 
fazemos consome calorias, deveríamos dizer joules, 
mas quanto joules (ou calorias) seriam consumidos 
por várias ati vidades?
No link, abaixo você pode investi gar a quanti dade 
de trabalho que seria feito para correr, caminhar ou 
andar de bicicleta, por um determinado período de 
tempo em um ritmo especifi cado. 
https://caloriaspordia.com/resultadostdee/?-
sexo=m&idade=42&peso=85&altura=170&ati vida-
de=1.55&t=1653742680.
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
1. Leia as quatro afi rmações a seguir e determine se 
elas representam ou não exemplos de trabalho.
(A) Um professor aplica uma força a uma parede e 
fi ca exausto.
(B) Um livro cai de uma mesa e chega ao chão.
(C) Um garçom carrega uma bandeja cheia de 
refeições acima de sua cabeça por um braço 
esti cado através da sala em velocidade constante.
(D) Um foguete acelera pelo espaço.
2. João carrega uma mala de 200 N por três lances 
de escada (uma altura de 10,0 m) e então a empurra 
com uma força horizontal de 50,0 N a uma velocidade 
constante de 0,5 m/s por uma distância horizontal de 
35,0 metros. Quanto trabalho João fez em sua mala 
durante todo esse movimento?
3. Qual é o trabalho realizado por uma força aplicada 
para levantar um bloco de 15 Newtons 3,0 metros 
verti calmente com velocidade constante?
REFERÊNCIAS
1 BONJORNO, J.R. et al. – Física: história e coti diano 
- versão trigonometria, vol 3 - Eletricidade, Física 
Moderna – São Paulo: FTD, 2003.
2 SAMPAIO, J.L.; CALÇADA, C.S. - Física, volume único 
– São Paulo: Atual, 2008.
3 CARRON, W.; GUIMARAES, O.; As Faces da Física, 
volume único – 3ªEd., São Paulo: Moderna, 2006.
4 BRANCO, S. M.; Energia e Meio Ambiente - 2ª Ed., 
São Paulo, Moderna, 2004.
HABILIDADES DA ESPECÍFICA
Analisar e representar, com ou sem o uso de aplicati vos 
ou dispositi vos digitais específi cos, as transformações 
e conservações em sistemas que envolvam quanti dade 
de matéria, de energia e de movimento para realizar 
previsões sobre seus comportamentos em situações 
coti dianas e em processos produti vos que priorizem 
o desenvolvimento sustentável, o uso consciente dos 
recursos naturais e a preservação da vida em todas 
as suas formas.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
118
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO - EMCNT101B) Defi nir o conceito de potência 
em situações da dinâmica, examinando experiências. 
simples para empregar em casos de efi ciência de 
energia.
OBJETOS DE CONHECIMENTO 
Potência
POTÊNCIA
Em � sica, potência é a grandeza que determina 
a quanti dade de energia concedida por uma fonte a 
cada unidade de tempo. Em outros termos, potência é 
a rapidez com a qual uma certa quanti dade de energia 
é transformada ou é a rapidez com que o trabalho é 
realizado. Sua unidade no Sistema Internacional de 
Unidades é o wa� .
Em outros ramos, como na engenharia, a 
compreensão sobre o assunto potência é de grande 
relevância, dado que quando um engenheiro vai 
projetar uma máquina, na óti ca da engenharia, é 
importante defi nir o tempo mínimo no qual a máquina 
irá produzir trabalho, dando assim maior credibilidade 
do que se apenas a quanti dade de trabalho que ela 
poderá realizar fosse especifi cada.
Potência é a taxa na qual o trabalho é realizado. 
É a relação trabalho/tempo. Matemati camente, é 
calculado usando a seguinte equação.
Potência = Trabalho / tempo
ou
Pot = W / t
Fonte: Disponível em: h� ps://pxhere.com/pt/photo/1606790. 
Acesso em: 16/06/2022.
A unidade métrica padrão de potência é o wa� . 
Como está implícito na equação da potência, uma 
unidade de potência é equivalente a uma unidade de 
trabalho dividida por uma unidade de tempo. Assim, 
um Wa� é equivalente a um Joule/segundo. Por razões 
históricas, a potência é ocasionalmente, usada para 
descrever a potência fornecida por uma máquina. Um 
cavalo-vapor equivale a aproximadamente 750 wa� s.
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
Use sua compreensão de trabalho e potência para 
responder às seguintes perguntas:
Um esquilo cansado (massa de aproximadamente 1 
kg) faz fl exões aplicando uma força para elevar seu 
centro de massa em 5 cm para realizar apenas 0,50 
Joules de trabalho. Se o esquilo cansado fi zer todo 
esse trabalho em 2 segundos, determine sua potência.
Ao fazer uma barra fi xa, uma estudante de � sica 
levanta seu corpo de 42,0 kg a uma distância de 0,25 
metros em 2 segundos. Qual é a potência fornecida 
pelo bícepswww.canva.com
Apreender a nadar
Em relação as habilidades aquáti cas básicas, 
podemos afi rmar que elas são:
• a respiração,
• a fl utuação,
• a propulsão
• o mergulho.
O controle da respiração que diferente do 
ambiente terrestre onde inspiramos e expiramos o 
ar pelo nariz, no meio aquáti co a inspiração deve ser 
feita pela boca e a expiração pode ser pelo nariz, pela 
boca ou por ambos ao mesmo tempo (GALDI et al., 
2004)., Para a aprendizagem da natação é necessário 
primeiramente a adaptação ao meio líquido, uma das 
fases mais importantes no aprendizado. Nesta fase 
busca-se permiti r através de es� mulos variados que 
o aluno descubra as possibilidades de movimento 
do corpo na água, explore e conheça seus limites e 
encontre prazer na práti ca da natação. Para facilitar o 
aprendizado, o professor deve proporcionar ao aluno 
um ambiente favorável e seguro (GOMES, 1995).
A evolução da natação
Podemos afi rmar que a natação moderna consta 
com um dos primeiros registros data de 1696, quando 
o francês M. Thevenal descreveu uma maneira 
singular de nadar, semelhante ao nado de peito 
prati cado atualmente, que consisti a em movimentos 
de pernas e braços parecidos com os de uma rã. O 
nado de costas teve sua primeira forma criada em 
1794, pelo italiano Bernardi, quando ele sugeriu um 
movimento com os dois braços sendo jogados para 
trás simultaneamente sendo aperfeiçoado a parti r de 
1912, desta maneira, tornando-se bem parecido com 
o nado de costas prati cado atualmente.
Mas somente em 1873, o inglês John Trudgen 
desenvolveu uma nova técnica, que consisti a em 
rotações laterais do corpo, tendo a movimentação 
dos dois braços sobre a água como principal fonte 
de deslocamento. Essa técnica foi bati zada de 
Trudgen ou “over-arm-stroke”, sendo aperfeiçoada 
pelo australiano Richard Cavill e, posteriormente, 
transformou-se no nado crowl (livre) que conhecemos 
hoje.
Finalmente, na década de 1930, nadadores norte-
americanos, já durante competi ções, atentaram 
para o fato de que as regras do nado de peito 
não impediam que o movimento dos braços fosse 
realizado sobre a super� cie da água, o que permiti a 
um deslocamento mais rápido. Essa manobra 
conviveu com a técnica do nado peito por quase 
20 anos até que, em 1948, um nadador húngaro 
a transformou no nado borboleta, reconhecido 
ofi cialmente pela Federação Internacional em 1953 
como um esti lo da natação.
Fonte: Imagem extraída de: h� ps://agenciabrasil.ebc.com.br/es-
portes/ noti cia/2021-12/nadador-brasileiro-e-tricampeao-mun-
dial-dos--50-metros-borboleta.
Os primeiros torneios remontam ao século 19, 
tendo ocorrido na Austrália, em 1858, no Campeonato 
Mundial de 440 jardas. Em 1869, a Inglaterra realizou 
o 1º Campeonato Nacional e, fi nalmente, em 1877, 
os Estados Unidos adotaram a forma de competi ções 
organizadas, inicialmente, pelo New York Athleti c 
Club. Aos poucos, a modalidade ganhou força e, em 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
16
1908, durante as Olimpíadas de Londres, foi fundada 
a Federação Internacional de Natação (Fina), que 
comanda não só as provas da modalidade, mas as de 
nado sincronizado, polo aquáti co e saltos ornamentais.
Em nosso país o esporte surgiu ofi cialmente em 31 
de julho de 1897, com a fundação da União de Regatas 
Fluminense. Após um ano, o Clube de Natação e 
Regatas organizou o primeiro Campeonato Brasileiro, 
que consisti a em uma distância de 1.500 metros, entre 
a Fortaleza de Villegaignon e a praia de Santa Luzia, 
no Rio de Janeiro.
Fonte: Texto extraído de: h� p://rededoesporte.gov.br/pt-br/ me-
gaeventos/olimpiadas/modalidades/natacao acessado e adapta-
do por Luiz Primandade em 08/06/2022.
Esti los da natação 
No site da Confederação Brasileira de Desportos 
Aquáti cos (CBDA) encontramos os esti los da natação:
1. Livre – os atletas nadam o esti lo craw, podendo 
a prova ser de 50 m, 100 m, 200m, 400m, 800m e 
1500m, ou revezamento (4x100m ou 4x200m), 
além de poder disputar a maratona aquáti ca. Não é 
permiti do nadar por baixo d`água, ou seja, com uma 
parte do corpo sempre fora da água.
2. Costas – único esti lo que os atletas largam 
dentro d´água, segurando o cabo da baliza. O corpo 
só pode estar totalmente submerso nos 15 m após 
a vidrada e a largada. Existem provas de 100m e de 
200m.
3. Peito – esti lo mais lento, precisa ser realizado 
com movimento simultâneo das pernas e dos braços 
na horizontal. No momento da virada ou do toque 
na borda, o atleta precisa bater com as duas mãos na 
parede. Há provas de 100m e de 200m.
4. Borboleta – o atleta deverá alinhar ambos 
os ombros alinhados à super� cie d`água, o atleta 
faz movimentos simultâneos dos braços. As pernas 
alinhadas também vão para cima e para baixo 
simultaneamente. Também é necessário bater as duas 
mãos ao mesmo tempo na parede. Existem provas de 
100m e de 200m.
5. Medley – irá reunir os quatro esti los em uma 
competi ção. Poderá ser de 200m (50m de cada 
esti lo) ou de 400m (100m de cada esti lo), além do 
revezamento 4x100m.
Fonte: Imagem extraída de: h� ps://br.freepik.com/ e adaptada 
por Luiz Primandade.
Observação: Os a tletas podem ainda competi r em 
revezamento (4x10m livre, 4x200m livre ou 4x100m 
medley). A prova dos 800m é exclusivamente feminina, 
apenas os homens competem 1500m.
Os povos indígenas e a natação
Os jogos mundiais dos povos indígenas no Brasil, 
possuem entre suas modalidades a natação, com as 
provas sendo realizadas individualmente, separadas 
entre homens e mulheres. As distâncias percorridas 
são entre 500m a 800 m, na primeira edição (1996) 
as provas eram realizadas em piscinas, todavia a 
organização do evento junto aos povos indígenas teve 
uma ideia magnífi ca, levar o esporte para lagos e rios 
em modalidade aberta.
Além de ter as habilidades necessárias para nadar 
os atletas indígenas também precisam enfrentar os 
fatores naturais como a correnteza dos rios, os animais 
da região, a variação de temperatura, o vento e até 
mesmo o sol, realmente é uma prova de força, rapidez 
e resistência.
O contato com a água para os indígenas é 
primordial, em determinadas situações o bebê na 
sua primeira hora de vida é mergulhado no rio ou no 
lado pela sua mãe, contato este com a água que irá 
ter pelo restante da sua vida.
A pesca e a caça representam ações de 
sobrevivência para algumas etnias e desta maneira 
saber nadar e mergulhar é essencial, e os ensinamentos 
passados de geração para geração.
Texto produzido por: Luiz Primandade.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
17
Fonte:h� ps://noti cias.uol.com.br/album/mobile/2014/09/05/in-
dios-de-15-etnias-parti cipam-da-4-edicao-do--jogos-tradicionai-
sindigenas.htm#fotoNav=42 - 9.set.2014 - Indígenas disputam 
prova masculina de natação nas águas do rio Cajutuba, em Ma-
rapanim, nordeste do Pará, no sexto dia dos Jogos Tradicionais 
Indígenas.
No site da Secretaria de Educação do Paraná 
encontramos que os rituais realizados pelos Xavantes 
de Mato Grosso, dentro de um rio, ocorrem quando 
existe a preparação dos adolescentes com a fi nalidade 
de furar a orelha, que é oxoxoxo, em que um grupo 
permanece mergulhado até a altura do peito e, 
nesse período, batem simultaneamente os braços, 
realizando uma coreografi a aquáti ca. Eles acreditam 
que assim haverá o amolecimento do lóbulo auricular, 
facilitando a furação.
Fonte: Texto extraído e adaptado de: h� p://www.educacaofi si-
ca.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=725&even-
to=5.
Fonte: h� ps://www.esporte.ce.gov.br/2022/04/29/ sejuv-divul-
ga-edital-no-08-2022-referente-ao-chamamento-pu-blico-dos-jo-
gos-dos-povos-indigenas-do-ceara-2023/.
SUGESTÃO DE APRENDIZAGEM_
a) Exposição de vídeos sobre natação. Observar os 
vídeos citados nos links acima.
b) Práti cas corporais orientadas pelo/a professor/a, 
realizadas de modo adaptado para experimentação 
em locais sem piscina. 
Assisti r o vídeo como exemplo: Fonte:h� ps://www.
youtube.com/watch?v=qapW8mQuwJA.
MOMENTO ENEM
1. (ENEM 2011) 
O esporte de alto rendimento envolvedo aluno?
Um homem comeu uma refeição que totalizou 600 
Kcal. Ao se exercitar, o indivíduo só conseguiu queimar 
a energia adquirida com a refeição depois de 6 h de 
ati vidade. 
Determine a potência aproximada desenvolvida pelo 
homem em W.
Dados: 1 cal = 4J; 1 h = 3600 s; 1 Kcal = 1000 cal.
a) 102
b) 122
c) 152
d) 202
e) 112
SAIBA MAIS
Qual o signifi cado de potência mecânica? Como é 
medida essa potência?
No link abaixo o professor Marcelo Alves fala sobre 
o assunto 
h� ps://www.youtube.com/watch?v=objIr0eQIWQ
REFERÊNCIAS
BONJORNO, J.R. et al. – Física: história e coti diano 
versão trigonometria, vol 3 - Eletricidade, Física 
Moderna – São Paulo: FTD, 2003.
SAMPAIO, J.L.; CALÇADA, C.S. - Física, volume único 
São Paulo: Atual, 2008.
CARRON, W.; GUIMARAES, O.; As Faces da Física, 
volume único – 3ªEd., São Paulo: Moderna, 2006.
BRANCO, S. M.; Energia e Meio Ambiente - 2ª Ed., 
São Paulo, Moderna, 2004.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
119
HABILIDADES DA ESPECÍFICA
(EM13CNT309) Analisar questões socioambientais, 
políti cas e econômicas relati vas à dependência do 
mundo atual em relação aos recursos não renováveis 
e discuti r a necessidade de introdução de alternati vas 
e novas tecnologias energéti cas e de materiais, 
comparando diferentes ti pos de motores e processos 
de produção de novos materiais.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMCNT101C) Compreender o conceito de 
transformação de energia uti lizando exemplos 
do coti diano relacionados ao aquecimento solar, 
fotossíntese, energia eólica, energia nuclear, entre 
outros para analisar o uso sustentável dos recursos 
naturais e a preservação da vida em todas as suas 
formas.
OBJETOS DE CONHECIMENTO 
Fontes e ti pos de energia
ENERGIA 
A energia é um conceito bastante complexo e, 
apesar de falarmos sobre ela o tempo todo, não 
a compreendemos formalmente, uma vez que a 
defi nição de energia envolve outro conceito � sico: 
trabalho. Teoricamente e de forma simplifi cada, o 
trabalho é toda ação que é feita contra uma força, 
como a força gravitacional.
O conhecimento sobre a energia é muito vasto 
e engloba diversas áreas do conhecimento. Essa 
interdisciplinaridade pode ser percebida quando 
analisamos a ação simples de agirmos contra a 
gravidade.
Quando agachamos e levantamos uma caixa do 
chão, estamos transformando energia. Essa energia, 
que foi transferida para a caixa em forma de energia 
potencial gravitacional, foi exercida por uma força 
externa, gerada a parti r da contração de um grande 
número de fi bras musculares. Essa contração ocorre 
quando há passagem de corrente elétrica, que é 
originada em células especializadas. Essas células, 
por sua vez, só conseguem produzir corrente quando 
obtêm energia das ligações químicas presentes nos 
alimentos, que, quando rompidas, liberam calorias.
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
Energia e fontes renováveis
A aula terá início com uma exposição oral sobre 
o tema Energia e algumas característi cas das fontes 
de energia mais uti lizadas. Nesse momento, deve-se 
apenas pontuar e exemplifi car as diversas fontes de 
energia mais poluentes (carvão, petróleo, hidrelétrica) 
e as menos poluentes (eólica, solar, térmica), pois o 
foco da práti ca deve estar voltado para a energia solar. 
Para melhor explicar o funcionamento de 
uma célula fotovoltaica, sugerimos realizar uma 
demonstração uti lizando uma luminária a base de 
energia solar ou um vídeo explicati vo no Youtube. 
Segue, o link.
SAIBA MAIS
Funcionamento de uma célula fotovoltaica.
Após a observação do funcionamento de uma célula 
fotovoltaica, os estudantes devem ser questi onados 
acerca dos bene� cios e male� cios de ambas as 
fontes de energia (os poluentes e as não poluentes), 
comparando-as com as fontes mais uti lizadas, 
atualmente. Questões relati vas ao custo, distribuição 
e poluição por essas fontes de energia devem ser 
consideradas durante o debate dos alunos. 
Na sequência, propõe-se que os estudantes 
formem grupos e montem quadros comparati vos, 
relacionando a energia solar com as demais fontes 
estudadas. Cada grupo relacionará a energia solar 
a uma das outras fontes de energia (hidrelétrica, 
termelétrica, eólica, biomassa). 
Os estudantes devem sistemati zar as informações 
e apresentá-las para a turma, demonstrando as 
conclusões a que chegarem sobre as condições 
de uso, os impactos ambientais, as vantagens e 
desvantagens do uso a médio e longo prazo e, a 
viabilidade dentro do contexto social brasileiro de 
investi r em determinadas matrizes energéti cas. 
O professor deve mediar os pontos abordados 
e as conclusões a que os estudantes chegarem, 
promovendo uma discussão éti ca e cien� fi ca sobre as 
possibilidades e as escolhas no âmbito da produção 
energéti ca.
Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=VH5_G9noaTk. 
Acesso em: 25/06/2022.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
120
Energia potencial gravitacional
Fonte: h� ps: //brasilescola.uol.com.br/fi sica/trabalho-uma-forca.
htm. Acesso em: 28/06/2022.
A energia potencial gravitacional é a energia 
armazenada em um objeto como resultado de sua 
posição verti cal ou altura. A energia é armazenada 
como resultado da atração gravitacional da terra 
pelo objeto. Existe uma relação direta entre a energia 
potencial gravitacional e a massa de um objeto. 
Objetos mais massivos têm maior energia potencial 
gravitacional. Há, também, uma relação direta entre 
a energia potencial gravitacional e a altura de um 
objeto. Quanto mais alto um objeto é elevado, maior 
a energia potencial gravitacional. 
Essas relações são expressas pela seguinte 
equação:
Na equação, acima, ‘m’ representa a massa 
do objeto, ‘h’ representa a altura do objeto e ‘g’ 
representa a aceleração da gravidade (9,8 m/s2 na 
Terra).
A unidade de medida da energia potencial 
gravitacional, de acordo com o Sistema Internacional 
de Unidades, é o joule (J).
Para determinar a energia potencial gravitacional 
de um objeto, uma posição de altura zero deve primeiro 
ser atribuída, arbitrariamente. Normalmente, o solo é 
considerado uma posição de altura zero. 
Como a energia potencial gravitacional de um 
objeto é diretamente proporcional à sua altura acima 
da posição zero, a duplicação da altura resultará na 
duplicação da energia potencial gravitacional. A 
triplicação da altura resultará na triplicação da energia 
potencial gravitacional e, assim, por diante.
SUGESTÃO DE ATIVIDADES
1. Um carrinho é carregado com um ti jolo e puxado 
com velocidade constante ao longo de um plano 
inclinado até a altura de um assento. Se a massa do 
carrinho carregado é 3,0 kg e a altura do assento 
é 0,45 metros, então qual é a energia potencial 
do carrinho carregado na altura do assento?
2. Se uma força de 14,7 N for usada para arrastar 
o carrinho carregado (da questão anterior) ao 
longo do plano inclinado por uma distância de 
0,90 metros, qual será o trabalho realizado sobre 
o carrinho carregado?
Energia potencial elásti ca
A segunda forma de energia potencial que 
discuti remos é a energia potencial elásti ca. A 
energia potencial elásti ca é a energia armazenada 
em materiais elásti cos como resultado de seu 
alongamento ou compressão. A energia potencial 
elásti ca pode ser armazenada em elásti cos, cordas 
elásti cas, trampolins, molas, uma fl echa puxada em um 
arco, etc. A quanti dade de energia potencial elásti ca 
armazenada em tal dispositi vo está relacionada à 
quanti dade de alongamento do dispositi vo - quanto 
mais esti car, mais energia armazenada.
Fonte: h� ps://www.todamateria.com.br/energia-potencial/. 
Acesso em: 28/06/2022.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
121
As molas são uma instância especial de um 
dispositi vo que pode armazenar energia potencial 
elásti ca devido à compressão ou ao alongamento. 
É necessária uma força para comprimir uma mola; 
quanto mais compressão houver, mais força será 
necessária para comprimi-la. Para certas molas, a 
quanti dade de força é diretamente proporcional 
à quanti dade de esti ramentoati vidades � sicas 
de caráter competi ti vo, no qual os atl etas competem 
consigo mesmos ou com outros, sujeitando-se a 
regras preestabelecidas aprovadas pelos organismos 
internacionais ou nacionais de cada modalidade.
As grandes competi ções são reservadas aos grandes 
talentos e possibilitam a promoção de espetáculos que:
(A) geram modelos de atletas, que passam a ser 
exemplos seguidos por jovens e crianças.
(B) permitem aos espectadores assisti rem às parti das, 
fazendo parte de equipes.
(C) minimizam as possibilidades de parti cipação e 
procura pelas práti cas esporti vas.
(d) incenti vam o abandono das práti cas esporti vas, 
além do sedentarismo nos indivíduos.
(E) possibilitam aos espectadores desenvolvimento 
táti co e parti cipação nas equipes.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional 
Comum curricular.2018
MASSAUD, Marcelo G.; CORRÊA, Celia R. F. Natação 
para Adultos. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.SILVA, J. 
C. Educação e alienação em Marx: contribuições 
teórico-metodológicas para pensar a História da 
Educação. Revista Histedbr. Campinas 2005.
GALDI, Enori H. G. et. al. Aprender a Nadar com a 
Extensão Universitária. Campinas, SP: IPES, 2004.
GOMES, Wagner D. F. Natação, uma Alternati va 
Metodológica. Rio de Janeiro: Sprint, 1995. h� ps://
novo.cbda.org.br/
JOGOS MUNDIAIS DOS POVOS INDÍGENAS
HABILIDADES ESPECÍFICA
(EM13LGG203) Analisar os diálogos e os processos de 
disputa por legiti midade nas práti cas de linguagem e 
em suas produções (ar� sti cas, corporais e verbais).
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMLGG502F) Propor ati vidades de lazer para a 
comunidade escolar, estudando sua realidade local 
para respeitar seus interesses, e democrati zar o 
acesso a esses momentos.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
18
OBJETO DE CONHECIMENTO
Elementos sócio-histórico-culturais, políti co-
econômicos e estéti co-ar� sti cos das práti cas 
corporais/ Brincadeiras e jogos indígenas.
Os povos indígenas apresentam uma diversidade 
cultural riquíssima. Isso perpassa pelo conjunto de 
suas práti cas culturais e compreendem o universo de 
suas brincadeiras e jogos. Buscaremos trabalhar com 
jogos indígenas, analisando pontos de vista presentes 
nos discursos para a promoção de práti cas corporais 
pela empati a e o respeito.
Jogos Mundiais dos Povos Indígenas: o Esporte e os 
Espaços de Memória - como a Competi ção Impactou 
as Comunidades Brasileiras e Mundiais ao Longo de 
sua História
Fonte: Carlos Terena em 2015 [Imagem: Reprodução / Wikimedia 
Commons].
Em junho de 2021, Carlos Terena, importante 
liderança indígena e um dos idealizadores dos Jogos 
Mundiais dos Povos Indígenas, veio a óbito aos 66 
anos em decorrência da Covid-19. O seu legado 
permanece vivo e foi lembrado por familiares e por 
outras lideranças dessas comunidades como uma 
fi gura que foi capaz de dar visibilidade aos povos 
indígenas e suas causas. Sua morte revive discussões 
fundamentais sobre a importância da memória e da 
tradição para essas populações, tendo em vista que os/
as integrantes mais velhos foram as principais víti mas 
da Covid-19. Além disso, evidencia a importância para 
a perpetuação e reinvenção de costumes e práti cas 
do esporte e de eventos como os Jogos Mundiais, que 
não podem ser esquecidos.
O nascimento dos Jogos
Os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas são um 
evento esporti vo e cultural que busca valorizar os 
jogos tradicionais indígenas, de modo a preservar seus 
patrimônios culturais. Para além dessa conservação, 
o evento visa promover a integração entre as etnias 
indígenas e, também, sensibilizar a população no 
geral, inclusive de não-indígenas, sobre a diversidade 
das culturas e a importância dessas para a formação 
das nações parti cipantes. Os Jogos são resultados das 
edições nacionais e nasceram ainda em 2013, durante 
os Jogos Nacionais de Cuiabá, a parti r de um acordo 
feito entre o Comitê Intertribal Memória e Ciência 
Indígena (ITC), líderes estrangeiros de 17 países, 48 
etnias nacionais e o governo federal, por meio do anti go 
Ministério do Esporte. Dois anos depois, em 2015, os 
Jogos efeti vamente aconteceram. Porém, no cenário 
nacional, os Jogos são mais anti gos. Com o intuito de 
reunir diversas etnias e suas práti cas, aconteceram pela 
primeira vez, em 1996, pela arti culação de lideranças 
como Marcos e Carlos Terena, Jeremias Xavante, 
Tabata Kuikuro e Iuraru Karajá com o governo federal. 
Desde a primeira edição, o evento tem acontecido 
anualmente e apenas mais recentemente, nos anos de 
2019 e 2020, os Jogos foram adiados em decorrência 
da pandemia de Covid-19. Diferentemente de outros 
eventos esporti vos mundiais, como as Olimpíadas ou 
a Copa do Mundo, os Jogos dos Povos Indígenas têm 
um processo de seleção gregária. Isto é, não existe 
nenhuma competi ção classifi catória e seleti va que 
determine os países e as etnias parti cipantes.
A edição de 2015
Os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas de 2015 
(JMPI) aconteceram entre os dias 22 e 31 de outubro 
na cidade de Palmas, no Tocanti ns. As ati vidades 
ocorreram em diferentes espaços, sendo eles: a 
Arena de Jogos, a Oca da Sabedoria, a Oca Digital, 
a Feira de Agricultura Familiar Indígena e a Feira de 
Artesanato. No evento, parti ciparam mais de 2 mil 
atletas, representantes de 30 nacionalidades e 24 
etnias. Nesta que foi a primeira edição dos Jogos, 
foram incluídas competi ções de esportes indígenas – 
reunidos em jogos tradicionais demonstrati vos e jogos 
nati vos de integração –, além de um esporte ocidental 
competi ti vo: o futebol. Os jogos demonstrati vos são 
aqueles que tem como objeti vo apenas a exibição, 
sendo dois deles o ti himore – jogo de arremesso 
de bolas de martelo prati cado pelas mulheres do 
povo Paresi, do Mato Grosso – e o idjassú – ti po de 
luta corporal prati cada pelo povo Karajá, da Ilha do 
Bananal. Já na categoria integração, destacaram-
se a corrida de tora, arco e fl echa, cabo de força e 
canoagem.
O aspecto cultural foi extremamente forte durante 
os Jogos. Isso porque além dos jogos demonstrati vos, 
existi u uma preparação de horas para a realização 
das pinturas corporais e também durante a dinâmica 
do evento as relações sociais adentraram o campo 
dos jogos. As etnias parti cipantes foram escolhidas 
pelo comitê organizador, o ITC, que uti lizou como 
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
19
critérios a conservação de costumes de cada etnia 
como o idioma, as pinturas e os esportes tradicionais. 
No caso das etnias brasileiras, considerou-se também 
como exigência a parti cipação em alguma edição dos 
Jogos Nacionais. A escolha de parti cipantes era de 
responsabilidade do cacique e do respecti vo chefe 
da delegação. É importante destacar que não haviam 
restrições de idade ou sexo. Assim, crianças (desde 
que a práti ca fosse segura para determinada idade), 
mulheres e pessoas mais velhas das tribos poderiam 
parti cipar dos Jogos.
Um dos fatores que compuseram esse cenário 
complexo dos Jogos Mundiais foi a tramitação da 
PEC 215, emenda consti tucional que ti nha a intenção 
de delegar exclusivamente ao Congresso a função 
de demarcação de terras indígenas e quilombolas. 
Com a aprovação de tal medida, a reivindicação de 
novas terras para demarcação seria extremamente 
prejudicada e as demandas dos povos indígenas 
colocadas em xeque, de modo a benefi ciar grandes 
proprietários de terra. Durante os Jogos, atletas de 
etnias brasileiras manifestaram-se contra a PEC e, 
naquele momento, alguns acreditavam que o contexto 
não era exatamente o mais propício para a realização 
do evento, tendo em vista a ofensiva que essas 
populações viriam a sofrer. Apesar da movimentação 
contrária à emenda, na mesma semana dos Jogos 
Mundiais de 2015, a comissão desti nada para analisar 
o tema aprovou a PEC.
Para além do esporte
Os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas ti veram 
uma importância signifi cati va enquanto evento 
esporti vo e cultural, mas os seus impactos foram 
muito mais amplos. De maneira mais ou menos formal,discussões sobre questões políti cas e sociais que as 
populações indígenas vivenciavam, são problemáti cas 
e que ainda permanecem. Nas palavras de uma das 
lideranças dos povos mapuche, do Chile, os Jogos 
Mundiais “são um espaço liderado por indígenas, 
criado por indígenas, idealizado por indígenas com o 
apoio do governo e de organismos internacionais, mas 
concebido pelos povos indígenas”. O evento conseguiu 
ser uma força potente para essas populações, que, 
com auxílio de fi nanciamentos públicos, ti veram a 
possibilidade de realizarem encontros únicos entre 
comunidades disti ntas e diversas.
Repercussões e o futuro dos Jogos
Apesar da importância ampla do evento, sua 
divulgação no território nacional encontrou limitações. 
O comitê organizador e documentos produzidos por 
Lucas Roque, Marcos Terena, Juan Antônio Calfi n e 
Taily Terena para o Programa das Nações Unidas para 
o Desenvolvimento (PNUD) salientam, no entanto, a 
grande visibilidade do mesmo. Para além da questão 
da visibilidade, a problemáti ca do fi nanciamento é 
bastante latente em eventos como os Jogos Mundiais. 
Sua viabilidade é dependente da entrada de verba 
para que se arque com custos de transporte, uniformes 
e estrutura. Como etnias de diferentes partes do globo 
deslocam-se até a cidade sede, é essencial que exista 
algum ti po de auxílio para esses atletas conseguirem 
parti cipar dos Jogos. Foi no Brasil que o evento teve 
maior amplitude e esse aspecto mais mundializado. 
Depois, existi u uma segunda edição, mas o Brasil não 
mandou nenhuma delegação, dentre outros fatores, 
por falta de verba.
A realidade pandêmica adiou ainda mais a 
possibilidade de concreti zação de eventos desse 
porte com as populações indígenas. Ainda que não 
haja uma repercussão externa dos eventos locais, 
existe uma importância signifi cati va desses, ao passo 
que garantem às comunidades que os realizam uma 
visibilidade na região. Os Jogos Mundiais assim, tem 
um potencial agregador e criador de vínculos a parti r 
de demandas comuns comparti lhadas nos espaços 
proporcionados e criados pelo evento. Logo, apesar 
de todas as críti cas, é inegável que os Jogos foram 
capazes de arti cular diferentes etnias por meio do 
esporte. Retomar a importância de espaços como 
esse em um contexto de ofensiva contra os povos 
indígenas é reafi rmar a necessidade de escuta e de 
concreti zação das demandas dessas comunidades.
Fonte: Texto adaptado. Disponível em: . Acesso em 
02/06/2022.
 SAIBA MAIS
Fundação Nacional do Índio (FUNAI). Disponível 
em . Acesso em 
02/06/2022.
Ministério da Cidadania: Secretaria Especial do Esporte 
- Jogos dos Povos Indígenas. Disponível em . Acesso em 02/06/2022.
Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena - ITC. 
Disponível em . Acesso em 02/06/2022.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
20
SUGESTÃO DE APRENDIZAGEM
a) Seminário sobre jogos de integração e jogos de 
demonstração, diferenciando-se segundo as 
modalidades presentes nos Jogos Mundiais dos 
Povos Indígenas. Disponível em . Acesso em 02/06/2023
b) Práti cas corporais orientadas pelo/a professor/a, 
realizadas de modo adaptado, trabalhando-se 
pelo menos uma das ati vidades anteriormente 
elencadas. Sugestão: Cabo de força e/ou peikrãn 
(peteca). 
Dica: Na plataforma do YouTube existem diversos 
tutoriais que ensinam a construir a peteca de modo 
artesanal com materiais como sacola plásti ca, papel, 
palha de milho, dentre outros. Ex: Como fazer uma 
peteca super fácil. 
Disponível em . Acesso em 02/06/2023.
MOMENTO ENEM
1. (INEP – ENEM 2015) 
Organizados pelo Comitê Intertribal Indígena, com 
apoio do Ministério dos Esportes, os Jogos dos Povos 
Indígenas têm o seguinte mote: “O importante não 
é competi r, e sim, celebrar”. A proposta é recente, já 
que a primeira edição dos jogos ocorreu em 1996, e 
tem como objeti vo a integração das diferentes tribos, 
assim como o resgate e a celebração dessas culturas 
tradicionais. A edição dos jogos de 2003, por exemplo, 
teve a parti cipação de sessenta etnias, dentre elas 
os kaiowá, guarani, bororo, pataxó e yanomami. A 
últi ma edição ocorreu em 2009, e foi a décima vez 
que o torneio foi realizado. A periodicidade dos jogos 
é anual, com exceção do intervalo ocorrido em 1997, 
1998, 2006 e 2008, quando não houve edições.
RONDINELLI, P. Disponível em: www.brasilescola.com. Acesso em: 
15 ago. 2013.
Considerando o texto, os Jogos dos Povos Indígenas 
assemelham-se aos Jogos Olímpicos em relação à:
(A) Quanti fi cação de medalhas e vitórias.
(B) Melhora de resultados e performance.
(C) Realização anual dos eventos e festejos.
(D) Renovação de técnicas e táti cas esporti vas.
(E) Aproximação de diferentes sujeitos e culturas.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Arthur José Medeiros de; ALMEIDA, Dulce 
Maria Filgueira de e GRANDO, Beleni Salete. As 
práti cas corporais e a educação do corpo indígena: 
a contribuição do esporte nos jogos dos povos 
indígenas. In: Revista Brasileira de Ciências do Esporte. 
2010, v. 32, n. 2-4. [Acessado 3 Junho 2022], pp. 59-
74. Disponível em: .
FERREIRA, Maria Beatriz Rocha. Jogos dos Povos 
Indígenas: diversidades. In: O público e o privado. 
Jul/ dez 2010, n.16, pp.65-80. Disponível em: h� ps://
revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/
arti cle/ download/2445/2188/9164
SOARES, Carmen Lúcia et al. Metodologia do ensino 
de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
BRINCADEIRA E JOGOS POPULARES 
EM OBRAS DE ARTES
HABILIDADES ESPECÍFICA
(EM13LGG203) Analisar os diálogos e os processos de 
disputa por legiti midade nas práti cas de linguagem e 
em suas produções (ar� sti cas, corporais e verbais).
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMLGG502E) Planejar eventos (gincana, 
interclasse, ruas de lazer), vivenciando todas as etapas 
de planejamento para avaliar a interação, compromisso, 
respeito entre as diferenças existentes na escola.
OBJETO DE CONHECIMENTO
Elementos sócio-histórico-culturais, políti co-
econômicos e estéti co-ar� sti cos das práti cas 
corporais/ Brincadeiras e jogos populares.
Brincadeiras e Jogos Populares em Obras de Artes 
uma Abordagem Metodológia Interdisciplinar.
A Arte pode retratar uma série de ações do 
coti diano das pessoas como as brincadeiras e os jogos 
populares. Isso pode ser observado ao se realizar 
apreciação e leitura de obras ar� sti cas, por exemplo, 
no trabalho desenvolvido pelos arti stas Pieter Bruegel 
(estrangeiro) e Cândido Porti nari (brasileiro).
O belga Pieter Bruegel foi um importante arti sta 
do século XVI. No ano de 1560, ele pintou uma de suas 
grandes obras, chamada Jogos Infanti s. A tela abaixo 
vai mostrar cerca de 250 pessoas, prati cando diversas 
brincadeiras e jogos pelas ruas, num conjunto de 85 
práti cas corporais diferentes.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
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Fonte: Obra: Jogos Infanti s. Autor: Pieter Brueghel (1525- 1569). 
Ano: 1560. Técnica: Óleo sobre tela. Dimensões: 118 x 161 cm. 
Localização: Museu de História da Arte, Viena, Áustria. Disponível 
em: . Acesso em 
03/06/2023.
Já Cândido Porti nari (1903-1962), foi um 
importante arti sta plásti co brasileiro da fase 
modernista, sendo reconhecido mundialmente ao 
receber diversos prêmios nas inúmeras exposições 
em que parti cipou. Como arti sta, através de suas telas, 
mostrou para o mundo a cultura, os costumes e o jeito 
brasileiro. As obras abaixo representam como este 
arti sta costumava retratar ati vidades ao ar livre, de 
crianças interagindo com a natureza e quase sempre 
brincando, sozinhasou em grupos.
Moleques Pulando Cela, 1958, óleo sobre tela de tecido, 59X72cm.
Roda Infanti l, 1932, óleo sobre tela, 39X47cm.
 Meninos Soltando Pipas, 1947, óleo sobre tela, 60X74cm.
 Menino com Pião, 1947, óleo sobre tela, 1947.
Menino com Esti lingue, 1947, óleo sobre tela de tecido 100X60cm
Observação: A fi cha técnica das obras de Artes 
Visuais apresentadas, bem como de todo acervo 
completo de obras do arti sta, pode ser encontrada 
no Portal Porti nari (veja o endereço eletrônico em 
SAIBA MAIS).
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
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SAIBA MAIS
Pieter Bruegel, o Velho - tradução (é possível marcar a 
opção da página para “Português” no canto superior 
direito). Disponível em . Acesso em 03/06/2023.
Projeto Porti nari. Disponível em . Acesso em 03/06/2023.
SUGESTÃO DE APRENDIZAGEM
a) Práti cas corporais orientadas pelo/a professor/a, 
realizadas de modo adaptado, trabalhando-se 
um conjunto de brincadeiras e jogos populares 
elencados a parti r:
 - Das imagens retratadas nas obras ar� sti cas que 
foram apresentadas;
 - Do resgate das memórias familiares dos/as 
estudantes;
 - Do repertório que pode ser previamente 
organizado pelo/a professor/a mediador.
Dica: Sugere-se a aplicabilidade mínima de duas 
práti cas corporais de domínio popular, por exemplo, a 
realização do Jogo da Bandeirinha/Pegabandeira e do 
Jogo de Queimada. Para as turmas de Ensino Médio, 
em razão do nível etário de desenvolvimento dos/
as estudantes, das habilidades motoras e do grau de 
jogabilidade da turma, recomenda-se a modifi cação 
das regras tradicionais complexifi cando-as a parti r da 
introdução e/ou combinação de outros elementos. 
Lembre-se que as regras dos jogos permitem essa 
fl exibilização e inclusive podem ser propostas pelos/
as próprios/ as estudantes, deixando as práti cas 
corporais com formas autorais para se jogar.
MOMENTO ENEM
1. (INEP - ENEM 2009) 
A falta de espaço para brincar é um problema muito 
comum nos grandes centros urbanos. Diversas 
brincadeiras de rua, tal como o pular corda, o pique 
pega e outros têm desaparecido do coti diano das 
crianças. As brincadeiras são importantes para o 
crescimento e desenvolvimento das crianças, pois 
desenvolvem tanto habilidades percepti vomotoras 
quanto habilidades sociais. Considerando a 
brincadeira e o jogo como um importante instrumento 
de interação social, pois por meio deles a criança 
aprende sobre si, sobre o outro e sobre o mundo ao 
seu redor, entende-se que:
(A) O jogo possibilita a parti cipação de crianças de 
diferentes idades e níveis de habilidade motora.
(B) O jogo desenvolve habilidades competi ti vas 
centradas na busca da excelência na execução 
de ati vidades do coti diano.
(C) O jogo gera um espaço para vivenciar situações de 
exclusão que serão negati vas para a aprendizagem 
social.
(D) Através do jogo é possível entender que as regras 
são construídas socialmente e que não podemos 
modifi cá-las.
(E) No jogo, a parti cipação está sempre vinculada a 
necessidade de aprender um conteúdo novo e de 
desenvolver habilidades motoras especializadas.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, S. N.; ROCHA, L. O.; BOSSLE, F. Os 
conteúdos de ensino da educação � sica escolar: 
um estudo de revisão nos periódicos nacionais da 
área 21. In: Motrivivência, v. 29, n. 51, p. 205-221, 
jul. 2017. Disponível em: . Acesso em 03/06/2022.
SOUZA, Vânia de Fáti ma Mati as.; COSTA, Luciane 
Cristi na Arantes da; ANVERSA, Ana Luiza Barbosa; 
MOREIRA, Sandra Maria. Da ação pedagógica 
à mudança da práti ca docente: os jogos e as 
brincadeiras em uma experiência com o Ensino 
Médio. In: Pensar a Práti ca, Goiânia, v. 20, n. 1, 
2017. Disponível em: . Acesso em 03/06/2022.
SOARES, Carmen Lúcia et al. Metodologia do ensino 
de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
XADREZ
HABILIDADES ESPECÍFICA
(EM13LGG204) Dialogar e produzir entendimento 
mútuo, nas diversas linguagens (ar� sti cas, corporais 
e verbais), com vistas ao interesse comum pautado 
em princípios e valores de equidade assentados na 
democracia e nos Direitos Humanos.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMLGG501B) Enumerar os espaços de 
infraestrutura (quadras, praças, galpões, páti os), 
discriminando os que possuem condições dentro e 
fora da escola para organizar práti cas corporais em 
condições seguras para a comunidade.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
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OBJETO DE CONHECIMENTO
Práti cas corporais desenvolvidas em diferentes 
contextos: educacional, de parti cipação e lazer e/ou 
do rendimento/Brincadeiras e jogos de mesa e/ou 
salão.
Diálogos e Representações e parti r da aplicabilidade 
Práti ca do Jogo de Xadrez.
Os jogos existem desde a pré-história da 
humanidade e os registros que podem ser encontrados 
nas mais diversas partes do mundo, retratam variadas 
formas nas quais essas mesmas práti cas corporais 
se apresentam. Como manifestações culturais, 
podem apresentar um caráter lúdico e recreati vo, 
trabalhando ainda como moderadores em relação 
ao comportamento humano. Por exemplo, os jogos 
de mesa e/ ou salão, uti lizam-se de peças para 
representarem jogadores/as e neles existem regras 
pré-determinadas, que podem depender da uti lização 
do raciocínio lógico, de estratégias elaboradas, da 
atenção e de certo domínio de concentração sobre 
as ações do/a outro/a para que se desenvolvam 
enquanto jogo. As cartas de baralho, o jogo de dama, 
as peças de dominó, o conjunto de quebra-cabeça e 
o tabuleiro de xadrez fazem parte desse universo de 
jogos, apresentando-se sob possibilidades diversas de 
operacionalização.
O jogo de xadrez
Existe um conjunto de lendas a respeito das 
origens deste jogo. Uma delas vai ser remontada ao 
herói grego Palamedes, durante o cerco à Tróia, com 
objeti vo de distração dos seus guerreiros. Uma outra 
vai ser apresentada a parti r da Índia, como evolução 
de um jogo ancestral na qual parti cipavam quatro 
jogadores, cada um com oito peças representadas 
por um ministro, um cavalo, um elefante, um navio 
e quatro soldados. As peças estariam dispostas nos 
quatro cantos de um tabuleiro, de 64 casas unicolores, 
diferenciadas nas cores preta, vermelha, verde e 
amarela. Neste jogo, conhecido como Chaturanga, 
cada jogador individualmente lançava dados e era isso 
que designava qual peça poderia ser movimentada. E 
foram as trocas comerciais que levaram à exportação 
deste mesmo jogo à China, ao Japão e à Pérsia, 
desencadeando posteriormente um processo de 
intercâmbios culturais e de modifi cação deste mesmo 
jogo, até chegar à disseminação de sua forma atual 
como jogo de xadrez. Hoje o xadrez é um jogo de 
mesa e/ou salão que pode ser prati cado por dois/duas 
jogadores/as, num tabuleiro composto por 64 casas 
que se alternam entre cores predominantemente 
claras e escuras. Cada lado vai ser representado por 
um conjunto de 16 peças, sendo 08 peões, 02 torres, 
02 cavalos, 02 bispos, 01 dama e 01 rei, como pode 
ser visualizado na disposição abaixo:
Fonte: Organização de peças no tabuleiro de xadrez. Disponível 
em: h� ps://commons.wikimedia.org/wiki/File:Starti ng_positi on_
in_a_ chess_game.jpg>. Acesso em 08/06/2023.
A movimentação básica no jogo de xadrez vai ser 
realizada por cada jogador/a, a parti r da observação 
de cada uma das peças da seguinte maneira:
a) Peão: A peça anda sempre para frente uma casa. 
No seu primeiro movimento é permiti do caminhar 
para frente duas casas. O peão vai capturar ocupando 
a casa da peça oponente uma casa na diagonal. Se 
consegue chegar até a últi ma casa que está distante 
da sua posição inicial é promovido à outra peça. 
Costuma-se tornar o peão em dama por uma questão 
estratégica de movimentos;
b) Torre: A peça pode ser movida para qualquer 
casa vazia, como fi leira ou coluna, sempre em 
movimento reti líneo, na horizontal ou verti cal;
Cavalo: A peça se move porquatro casas, num 
movimento que desenha a letra L. O cavalo pode saltar 
sobre as demais peças durante a sua movimentação;
c) Bispo: A peça vai se mover sempre nas 
diagonais, desde que hajam casas vazias para que 
possa se apresentar;
d) Dama: A peça é estratégica pela capacidade 
de movimentação livre para qualquer casa vazia em 
fi leiras, colunas ou diagonais.
e) Rei: A peça pode ser movida uma casa por vez, 
seja em fi leira, coluna ou diagonal.
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
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Fonte: Disponível em: . Acesso em 08/06/2022.
Em síntese, no xadrez o objeti vo do jogo é capturar 
o rei do/a parti cipante adversário/a. Se diz que o rei 
está em xeque, sempre quando este esti ver no caminho 
da movimentação de uma peça adversária. Esta 
mesma condição deve ser a todo momento evitada, 
se possível capturando a peça que está ameaçando a 
permanência do rei no jogo. É possível também mover 
o rei para uma casa que não esteja ameaçada por 
qualquer peça adversária ou interpor com uma peça 
da mesma cor, atrapalhando o movimento de ação da 
peça adversária que ameaça o rei. Se nada disso for 
evitado, o rei estará em xeque mate e o/a adversário/a 
ganha a parti da se ele/a conseguir dar mate em seu/
sua jogador/a oponente.
Dentre os inúmeros bene� cios da práti ca 
corporal do jogo de xadrez, destaca-se o exercício das 
capacidades socioemocionais de se jogar, ao mesmo 
tempo, contra o outro e com o outro. As peças têm uma 
representação simbólica e que podem ser trabalhadas 
a parti r do entendimento de tensões, contradições, 
consensos e confl itos presentes na sociedade que 
se manifestam para além do jogo. A necessidade de 
estabelecer diálogo entre os/as parti cipantes passam 
ainda pela condição de equidade, empati a e respeito. 
Logo, como possibilidade de jogo de mesa e/ou salão, 
o xadrez pode contribuir para a formação humana 
seja uti lizado em senti do educacional, rendimento 
e/ou parti cipação e lazer. E sua práti ca, pode ser 
democrati zada para toda a comunidade.
SAIBA MAIS
Confederação Brasileira de Xadrez. Disponível em 
. Acesso em 03/06/2023.
Xeque-Mate: O Xadrez mostra seu jogo. Disponível 
em . Acesso em 03/06/2023.
SUGESTÃO DE APRENDIZAGEM
Práti cas corporais orientadas pelo/a professor/a, 
realizadas de modo adaptado, trabalhando-se 
brincadeiras e jogos de mesa e/ou salão. Pelo texto 
apresentado, foi dada a possibilidade de trabalho com o 
xadrez tradicional, mediante a organização de vivências 
em duplas com a turma. Caso não tenha as peças e o 
tabuleiro convencional, o material pode ser construído 
uti lizando-se somente a sua representação em papel;
a) Além do xadrez, existem outros jogos de mesa 
e/ou salão que podem vir a ser aplicados - a parti r 
do mesmo entendimento que o texto sugere. Alguns 
já foram exemplifi cados no primeiro parágrafo, mas 
pode-se desenvolver outros jogos de formas mais 
simples. Cabe a realização de pesquisa orientada, 
investi gando possibilidades que podem se transformar 
em ati vidades diversas. Ex: De caráter expositi vo 
como a apresentação em grupos, seminários e/ou 
a sistemati zação da pesquisa em trabalho escrito; e 
teórico-práti co, por meio da realização de circuitos, 
festi vais e/ou torneios de jogos de mesa e/ou salão.
MOMENTO ENEM
1. (INEP - ENEM 2013) 
O jogo é uma ati vidade ou ocupação voluntária, 
exercida dentro de certos e determinados limites 
de tempo e de espaço, segundo regras livremente 
consenti das, mas absolutamente obrigatórias, 
dotado de um fi m em si mesmo, acompanhado de 
um senti mento de tensão e de alegria e de uma 
consciência de ser diferente da “vida quoti diana”.
HUIZINGA J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São 
Paulo: Perspecti va, 2004.
Segundo o texto, o jogo comporta a possibilidade de 
fruição. Do ponto de vista das práti cas corporais, essa 
fruição se estabelece por meio do(a):
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
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(A) Fixação de táti cas, que defi ne a padronização para 
maior alcance popular.
(B) Competi ti vidade, que impulsiona o interesse pelo 
sucesso.
(C) Refi namento técnico, que gera resultados 
sati sfatórios.
(D) Caráter lúdico, que permite experiências 
inusitadas.
(E) Uso tecnológico, que amplia as opções de lazer.
 REFERÊNCIAS
MARTELOTE, Daniella; DE SOUZA, Gabriela 
Conceição; LUTZ, Thulyo. O ensino do Xadrez na 
Educação Física escolar: uma revisão da literatura.
In: XXII Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte 
e IX Congresso Internacional de Ciências do Esporte. 
2021. Disponível em:. Acesso em 03/06/2022.
SOUZA, Vânia de Fáti ma Mati as et al. Da ação 
pedagógica à mudança da práti ca docente: os jogos e as 
brincadeiras em uma experiência com o Ensino Médio. 
In: Pensar a Práti ca, v. 20, n. 1, 2017. Disponível em: 
. Acesso em 03/06/2022.
SOARES, Carmen Lúcia et al. Metodologia do ensino 
de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
JOGOS GAMES NO BRASIL
HABILIDADES ESPECÍFICA
(EM13LGG204) Dialogar e produzir entendimento 
mútuo, nas diversas linguagens (ar� sti cas, corporais 
e verbais), com vistas ao interesse comum pautado 
em princípios e valores de equidade assentados na 
democracia e nos Direitos Humanos.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
(GO-EMLGG501H) Investi gar a manifestação dos jogos 
virtuais, analisando a infl uência que eles exercem 
sobre a vida coti diana, para avaliar os impactos 
positi vos e negati vos no comportamento das crianças, 
adolescentes e adultos.
OBJETO DE CONHECIMENTO
Práti cas corporais desenvolvidas em diferentes 
contextos: educacional, de parti cipação e lazer e/ou 
do rendimento/Brincadeiras e jogos eletrônicos.
As brincadeiras e os jogos eletrônicos se apresentam 
na realidade das pessoas de modo cada vez mais 
progressivo. O desenvolvimento tecnológico tem 
possibilitado mudanças nos meios de comunicação e 
da informação, criando diálogos também com o universo 
das práti cas corporais e de suas práti cas de linguagem. 
Conheceremos sobre o assunto, observando o 
movimento brasileiro no universo dos games para refl eti r 
sobre o comportamento de seus/suas prati cantes.
Texto 01
Três em cada Quatro Brasileiros Jogam Games,Aponta 
Estudo da Pesquisa Game do Brasil (PGB)
Pela primeira vez, 74,5% da população brasileira 
afi rma ter jogado jogos eletrônicos em 2022. 
Temas como NFT, esports e metaverso já são mais 
conhecidos entre o público.
Revista EXAME. Por Laura Pancini.
Publicado em 18/04/2022 14:29 atualização em 
20/04/2023.
Fonte: Perfi l do gamer brasileiro em 2022 ilustrado (PGB/Divulgação).
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
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A 9ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), 
levantamento anual consolidado sobre o consumo 
de jogos eletrônicos no país, mostra que cerca de 3 
em cada 4 brasileiros jogam jogos eletrônicos. Trata-
se de um crescimento de 2,5 pontos percentuais em 
relação ao ano anterior, alcançando sua maior marca 
histórica com 74,5% da população do Brasil afi rmando 
jogar games em 2022. 
O engajamento do público brasileiro com jogos 
eletrônicos aparece ainda mais forte quando se observa 
que, para 76,5% dos gamers, os jogos eletrônicos 
são a principal forma de entretenimento. O número 
apresenta um aumento progressivo: registrou 57,1% 
em 2020 e 68% em 2021, totalizando um aumento 
de 8,5 pontos percentuais nesta 9ª edição. A PGB 
é desenvolvida pelo Sioux Group e Go Gamers em 
parceria com Blend New Research e ESPM. Em 2022, 
o estudo ouviu 13.051 pessoas em 26 estados e no 
Distrito Federal entre os dias 11 de fevereiro e 7 de 
março.
Qual o perfi l do gamer brasileiro?
Assim como em edições anteriores do 
levantamento, a PGB 2022 mostra que as mulheres 
são maioria entre o público de jogos eletrônicos no 
Brasil. Nesta 9ª edição, elas representam 51% dos 
brasileiros

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