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EDUCAÇÃO INFANTIL NO 
CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 2 – POLÍTICAS 
PÚBLICAS E 
FINANCIAMENTO 
PARA A EDUCAÇÃO 
INFANTIL 
Olá! 
Nesta aula exploraremos as políticas públicas que orientam a educação 
infantil, bem como analisaremos o financiamento que sustenta tal setor. 
Examinaremos os desafios que enfrentamos atualmente, as inovações e 
estratégias adotadas para garantir que cada criança tenha acesso a uma educação 
de qualidade desde a primeira infância. 
A medida que avançamos, descobriremos como o financiamento 
desempenha um papel significante na criação de ambientes educacionais 
enriquecedores e na promoção da equidade. Também discutiremos como as 
políticas públicas estão evoluindo para atender às necessidades em constante 
mudança de nossas comunidades e famílias. 
Além disso discutiremos sobre as diversas iniciativas e programas que o 
Governo Federal tem formulado para o desenvolvimento da educação infantil no 
Brasil e como estes são direcionados para a expansão da oferta de creches e pré-
escolas, buscando garantir o acesso de todas as crianças a ambientes 
educacionais. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
2 FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS E FINANCIAMENTO PARA A 
EDUCAÇÃO INFANTIL 
A partir dos anos 1990, certos organismos internacionais, por meio de suas 
entidades, promoveram políticas tanto internas quanto externas de suporte para 
estimular o desenvolvimento econômico e a integração de nações em 
desenvolvimento no mercado global. Para Moleta, Bierwagen e Toledo (2018), é 
importante notar que o Brasil faz parte desse grupo de nações. Esses organismos 
exerceram influência sobre as estratégias governamentais de educação e 
financiamento ao longo desse período e em anos subsequentes. Como exemplos 
notáveis dessas entidades, podemos citar o Banco Mundial, o Banco Interamericano 
de Desenvolvimento e a Comissão Econômica para a América Latina. 
Consoante as pesquisas de Moreira e Lara (2012), entidades como o Banco 
Mundial, que respaldavam iniciativas e programas educacionais por meio de suas 
instituições, difundiram a ideia de que o investimento em capital humano era crucial 
para o progresso das nações em desenvolvimento. Esse investimento deveria se 
concentrar principalmente na educação básica, visando, dessa forma, alcançar um 
crescimento econômico sustentável e um aumento na produtividade. 
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) empenhou-se na promoção 
do progresso na América Latina e no Caribe, canalizando recursos para iniciativas 
voltadas primordialmente para a mitigação da pobreza e a promoção da justiça social. 
Conforme as observações de Moreira e Lara (2012), uma mensagem que permeava 
as diretrizes políticas do BID era a de que os investimentos direcionados à infância 
contribuíam significativamente para atenuar ou erradicar a pobreza nos países em 
desenvolvimento. 
Por outro lado, a Comissão Econômica para a América Latina, uma entidade 
criada com o propósito de fomentar o desenvolvimento econômico nas nações latino-
americanas, orquestrou ações de colaboração entre os países da região e o resto do 
mundo. Ela propôs programas e projetos que visavam ao aprimoramento produtivo 
com equidade (MOREIRA e LARA, 2012). 
Em decorrência da influência exercida por essas entidades na formulação de 
políticas governamentais e no financiamento, chegamos à Constituição Federal do 
Brasil de 1988, que estipulou a destinação de, no mínimo, 25% das receitas 
 
 
 
provenientes de impostos estaduais, municipais e do Distrito Federal, bem como de 
18% dos impostos federais para a área da educação (BRASIL, 1988, art. 212). Os 
recursos atribuídos aos municípios são direcionados para as fases que se encontram 
sob sua responsabilidade, ou seja, a educação infantil e os primeiros anos do ensino 
fundamental. Os estados concentram suas despesas nas etapas posteriores do 
ensino fundamental e no ensino médio. Por sua vez, a União se encarrega da 
prestação, supervisão e regulamentação do ensino superior. 
A Constituição estabelece o salário-educação como uma fonte adicional de 
financiamento para a educação. Esse recurso social é direcionado para programas 
destinados à educação básica e é obtido por meio de contribuições das empresas 
com base nos salários de seus funcionários. 
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é responsável por arrecadar esse 
valor, e uma taxa de administração de 1% é retida. Em seguida, as despesas 
relacionadas ao sistema de manutenção do ensino são deduzidas. Do montante 
restante, 90% são distribuídos da seguinte forma: 1 – ao Fundo Nacional de 
Desenvolvimento da Educação (FNDE), que investe esses recursos em programas 
federais para a educação básica; e 2 – aos estados e municípios, que utilizam os 
fundos para melhorar a educação básica em suas regiões. Os 10% restantes da 
arrecadação do salário-educação também são direcionados ao FNDE. 
A Lei nº 12.858/2013, popularmente conhecida como Lei dos Royalties, 
determinou que 75% das receitas provenientes de royalties e participações na 
exploração de petróleo e gás natural em campos da plataforma continental, do mar 
territorial e das áreas do pré-sal fossem destinados à educação, enquanto os 25% 
restantes fossem alocados para a saúde (BRASIL, 2013). 
Além disso, em 1996, o Ministério da Educação instituiu o Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do 
Magistério (FUNDEF) com o propósito de fornecer recursos para o ensino 
fundamental e apoiar os profissionais dessa fase educacional. Posteriormente, em 
2007, o FUNDEF foi substituído pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da 
Educação Básica (FUNDEB), cujas diretrizes estão estabelecidas na Lei nº 
11.494/2007. Esse novo fundo passou a beneficiar todas as etapas da educação 
básica. 
 
 
 
 
O FUNDEB opera como um fundo estadual no qual cada estado e seus 
respectivos municípios contribuem com 20% da arrecadação de impostos e 
transferências determinados por lei. A distribuição dos recursos é calculada com base 
no número de estudantes matriculados em cada etapa da educação básica, levando 
em conta as diversas modalidades e tipos de instituições de ensino. Os valores 
atribuídos a esses critérios são definidos em colaboração entre representantes do 
Ministério da Educação, gestores municipais de educação e secretários de educação. 
O FUNDEB possuía validade no período de 2007 a 2020 (ABUCHAIM, 2018). 
Como se pode perceber, esse fundo desempenha um papel crucial na redução da 
disparidade entre as redes de ensino. Além disso, ele auxilia os sistemas educacionais 
a planejar de maneira mais eficaz o atendimento escolar em todas as etapas da 
educação básica, assegurando estabilidade financeira aos municípios e estados para 
ampliar o número de matrículas e orientando-os no cumprimento de suas obrigações 
no campo educacional. 
Vale ressaltar, que a nova Lei do FUNDEB, instituída pela Lei n.º 14.113/2020, 
representa um marco importante para a educação no Brasil. Com sua aprovação, o 
FUNDEB tornou-se permanente, garantindo a continuidade do financiamento da 
educação básica em todo o país. A nova legislação também traz avanços 
significativos, como o aumento gradual da participação da União no fundo, ou seja, 
crescerá sua contribuição financeira, passando para 10% em 2021 e 23% no ano de 
2026, o que contribuirá para fortalecer o financiamento da educação em Estados e 
municípios que possuem menos recursos. Além disso, a lei estabeleceu critérios mais 
transparentes e equitativos para a distribuição dos recursos, levando em consideração 
fatores como a vulnerabilidade socioeconômica dos alunos e a qualidade da 
educação. Essas medidas visam promover uma educação de qualidade e reduzir as 
desigualdades educacionais no país, consolidando o FUNDEB como uma peça 
fundamental na buscapor um sistema educacional mais justo e inclusivo (BRASIL, 
2020). 
No ano de 2007, com o intuito de estabelecer uma conexão entre o 
financiamento e a excelência no atendimento educacional, foi lançado um estudo 
conhecido como Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi). Esse instrumento incorpora 
em sua metodologia de cálculo diversos elementos essenciais, como a prestação de 
ensino de alta qualidade, a adequada remuneração dos professores e da equipe 
 
 
 
técnica, a infraestrutura escolar, a relação entre o número de alunos por turma e a 
quantidade de docentes disponíveis. A tarefa de determinar o valor mínimo anual por 
aluno é de responsabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação 
(FNDE). Em situações em que esse valor não é alcançado, a União assume a 
responsabilidade de repassar um valor adicional aos municípios e estados, 
garantindo, desse modo, que os recursos necessários estejam disponíveis para a 
promoção de uma educação de qualidade (MOLETA, BIERWAGEN E TOLEDO, 
2018). 
O investimento na educação infantil pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento 
da Educação (FNDE) é um crucial para o fortalecimento do ensino nas etapas iniciais 
da educação no Brasil. O FNDE direciona recursos significativos para apoiar esta 
etapa da educação básica, visando à melhoria da qualidade e ao acesso igualitário a 
essa fase crucial do desenvolvimento educacional. Esses investimentos abrangem a 
construção e reforma de creches e pré-escolas, aquisição de materiais pedagógicos, 
capacitação de profissionais da educação e programas de incentivo à qualidade na 
educação infantil. A alocação adequada de recursos por parte do FNDE garante a 
promoção da equidade e um ambiente educacional enriquecedor para as crianças em 
idade pré-escolar em todo o país. 
Há um grande impasse, pois os investimentos destinados à educação infantil 
são inferiores quando comparados aos aportes direcionados ao ensino fundamental, 
médio e superior. Além disso, verifica-se uma notável disparidade nos recursos 
investidos por aluno nas diferentes regiões do país. Questões relacionadas à 
infraestrutura das instituições, abordagens pedagógicas, capacitação de profissionais 
e remuneração também constituem desafios a serem enfrentados nesse contexto. 
Diante dessa realidade, o Governo Federal implementou diversos programas voltados 
para o aprimoramento da educação infantil, os quais serão apresentados no tópico a 
seguir (ABUCHAIM, 2018). 
2.1 Iniciativas do Governo Federal para o Desenvolvimento da Educação Infantil 
O governo federal possui fundos destinados à educação das crianças da 
educação infantil, executados por iniciativas promovidas pelo orçamento do Ministério 
da Educação (MOLETA, BIERWAGEN E TOLEDO, 2018). Vejamos: 
 
 
 
Proinfância 
Proinfância é um programa estabelecido pelo Governo Federal e formalizado 
por meio da Resolução nº 06, datada de 24 de abril de 2007. Seu propósito principal 
é a expansão da rede de ensino infantil, oferecendo apoio técnico e recursos 
financeiros para a construção de novas unidades educacionais, bem como para a 
aquisição de equipamentos e materiais necessários para o pleno funcionamento 
dessas instituições. 
De forma geral, as construções seguem os planos arquitetônicos fornecidos 
pelo FNDE como diretrizes. As escolas que são erguidas seguem um padrão de 
ambientes que incluem instalações sanitárias, espaços para fraldários, salas de aula, 
áreas multiuso, espaços para recreação cobertos, parques e refeitórios. O intuito é 
que esses locais possibilitem uma variedade de atividades, abrangendo tanto as 
pedagógicas quanto as recreativas, esportivas e de alimentação. Adicionalmente, são 
previstos espaços para funções administrativas e serviços diversos. O programa 
também oferece assistência para a aquisição de mobiliário e equipamentos, como 
geladeiras, fogões, bebedouros, cadeiras e berços (FLORES; MELLO, 2012). 
Para pleitear os recursos do Proinfância, os municípios devem realizar um 
cadastramento durante um período estipulado, utilizando o Sistema Integrado de 
Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação no Brasil (SIMEC). 
Os critérios para que um município possa se inscrever no programa incluem: a 
disponibilidade de um terreno em localização adequada; as condições de acesso e as 
características técnicas do terreno que atendam aos requisitos dos projetos 
padronizados oferecidos pelo FNDE (categorias A, B e C); um compromisso com a 
administração, operação e manutenção das unidades construídas; e a existência de 
uma demanda mínima por vagas na educação infantil (FUNDO NACIONAL DE 
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO, 2018). 
Programa Brasil Carinhoso 
O programa tem como principal objetivo abordar a situação de extrema 
pobreza, bem como aprimorar e expandir o acesso aos serviços de creche, pré-escola 
e cuidados com a saúde. Ele opera por meio de duas vertentes distintas. A primeira 
delas implica na transferência automática de recursos financeiros para os municípios, 
com base no número de crianças com idades entre 0 e 48 meses pertencentes a 
 
 
 
famílias que recebem o Bolsa Família. A segunda frente envolve a antecipação de 
recursos pelo Ministério da Educação (MEC) para custear a admissão de novos 
alunos na educação infantil que ainda não são beneficiados pelo Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (MOLETA, BIERWAGEN E 
TOLEDO, 2018). 
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) 
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é uma iniciativa que, 
com caráter suplementar desde os anos 1950, viabiliza o financiamento da 
alimentação nas escolas. O FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da 
Educação) realiza a transferência de recursos de forma direta aos estados e 
municípios, levando em consideração o quantitativo de alunos registrado no censo 
escolar referente ao ano anterior ao período de atendimento (MOLETA, BIERWAGEN 
E TOLEDO, 2018). 
Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE) 
Envolve a transferência automática de fundos monetários, dispensando a 
formalização de convênios, para cobrir despesas associadas à conservação do 
veículo ou da embarcação empregada no transporte de estudantes da educação 
básica pública que residem em regiões rurais. 
No contexto educacional brasileiro, o programa ao assegurar o acesso dos 
estudantes a estabelecimentos de ensino, especialmente em áreas rurais e de difícil 
acesso, tem garantido um direito constitucional. Como destacado pelo Ministério da 
Educação (MEC, 2023), o PNATE é essencial para garantir que os alunos tenham 
acesso à educação de qualidade, fornecendo recursos financeiros que viabilizam o 
transporte seguro e adequado. Este programa reforça o compromisso do governo em 
promover a igualdade de oportunidades educacionais em todo o país, permitindo que 
os estudantes alcancem seus objetivos educacionais, independentemente de sua 
localização geográfica (MOLETA, BIERWAGEN E TOLEDO, 2018). 
Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) e PNBE Professor 
O Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) é uma iniciativa do 
Ministério da Educação que visa fornecer às escolas públicas materiais didáticos e 
 
 
 
literários para enriquecer o acervo das bibliotecas escolares. Por meio do PNBE, as 
escolas recebem uma seleção de obras literárias e materiais de apoio à prática 
pedagógica, contribuindo para o incentivo à leitura e o aprimoramento do ensino. Além 
disso, o PNBE Professor é uma vertente desse programa que se concentra em 
atender especificamente os educadores, oferecendo obras de cunho pedagógico que 
auxiliam no planejamento e na execução das atividades educacionais. Esses 
programas desempenham um papel na promoção da educação de qualidade e na 
formação de leitores críticos no contexto escolar brasileiro. 
A partir de 2008, o Programa expandiu sua abrangência, incorporando a 
distribuição de materiais especialmente direcionadospara a educação infantil, 
consolidando seu compromisso em atender diversas etapas da educação básica. 
Essa ampliação do programa representa um avanço significativo no apoio à formação 
literária e educacional das crianças em idade pré-escolar. Segundo dados do 
Ministério da Educação (MEC), essa iniciativa tem contribuído para enriquecer o 
ambiente educacional das escolas públicas, fornecendo recursos pedagógicos e 
literários que estimulam o desenvolvimento cognitivo e social das crianças desde os 
primeiros anos de vida (MOLETA, BIERWAGEN E TOLEDO, 2018). 
2.2 Plano Nacional de Educação, os objetivos e metas para a educação infantil 
O Plano Nacional de Educação (PNE) orienta as políticas educacionais no 
Brasil, definindo diretrizes, metas e estratégias para o setor. Aprovado pela Lei nº 
13.005/2014, para 2014 a 2024, o PNE estabeleceu uma série de objetivos e metas 
voltados para a Educação Infantil, reconhecendo a importância dessa etapa no 
desenvolvimento das crianças. 
Segundo Abuchaim (2018), pode-se destacar: 
 
Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as 
crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos e ampliar a oferta de educação infantil 
em creches, para atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das 
crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE. Meta 4: 
universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional 
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia 
de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, 
classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados 
(ABUCHAIM, 2018, p. 141). 
 
 
 
 
Uma das metas mais emblemáticas do PNE para a Educação Infantil é a 
universalização da pré-escola para crianças de 4 a 5 anos, que deveria ter sido 
alcançada até 2016. Essa meta reflete o compromisso em garantir o acesso a essa 
etapa da educação para todas as crianças brasileiras, contribuindo para o seu 
desenvolvimento cognitivo, emocional e social. 
Além da universalização, o PNE também estabeleceu metas relacionadas à 
melhoria da qualidade da Educação Infantil, enfatizando a formação e valorização dos 
profissionais da área. A formação continuada de professores e a promoção de práticas 
pedagógicas de qualidade são pontos para o desenvolvimento das crianças nessa 
fase. 
No entanto, é importante reconhecer que, embora o PNE seja um marco 
importante, sua implementação enfrenta desafios significativos. A Lei nº 14.113/2020, 
que trouxe mudanças no financiamento da Educação Básica e do Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), também impacta 
diretamente a Educação Infantil, com reflexos nas metas. 
Dados e pesquisas recentes, como a Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios Contínua – Educação 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), destacam avanços, mas também desafios persistentes na 
Educação Infantil brasileira. Esses desafios incluem a necessidade de mais 
investimentos, infraestrutura adequada, formação de professores e a promoção da 
educação inclusiva. 
Portanto, é importante que o PNE seja acompanhado de políticas consistentes, 
monitoramento efetivo e ação coordenada entre os diferentes níveis de governo e a 
sociedade civil para que as metas estabelecidas se tornem uma realidade e 
contribuam para a construção de uma Educação Infantil de qualidade e inclusiva no 
Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ABUCHAIM, B. O. Panorama das políticas de educação infantil no Brasil. Brasília: 
UNESCO, 2018. Disponível em: 
 Acesso em: set. 
2023. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: 
 Acesso 
em: set. 2023. 
BRASIL. Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007. Regulamenta o Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos 
Profissionais da Educação - FUNDEB, de que trata o art. 60 do Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias; altera a Lei n° 10.195, de 14 de 
fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis nos 9.424, de 24 de dezembro de 
1996, 10.880, de 9 de junho de 2004, e 10.845, de 5 de março de 2004. Disponível 
em: 
Acesso em: set. 2023. 
BRASIL. Lei nº 12.858, de 9 de setembro de 2013. Dispõe sobre a destinação para 
as áreas de educação e saúde de parcela da participação no resultado ou da 
compensação financeira pela exploração de petróleo e gás natural, com a 
finalidade de cumprimento da meta prevista no inciso VI do caput do art. 214 e 
no art. 196 da Constituição Federal; altera a Lei n° 7.990, de 28 de dezembro de 
1989. Disponível em: Acesso em: set. 2023. 
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de 
Educação - PNE. Disponível em: Acesso em: set. 2023. 
BRASIL. Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020. Regulamenta o Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos 
Profissionais da Educação (Fundeb), de que trata o art. 212-A da Constituição 
Federal; revoga dispositivos da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007. Disponível 
 
 
 
em: 
Acesso em: set. 2023. 
FLORES, M. L. R.; MELLO, D. T. Ampliação do acesso à educação infantil via 
Proinfância: análises de uma política pública em colaboração. In: Fórun Europeu de 
administradores de la educacional (FEAE) Associação Nacional de Política e 
Administração Educacional, 2012, Zaragoza – Espanha. Gestión Pedagógica y 
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6, de 24 de abril de 2007. Estabelece as orientações e diretrizes para execução e 
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MOREIRA, J. A. S.; LARA, A. M. B. Políticas públicas para a educação infantil no 
Brasil (1990-2001). Maringá: Eduem, 2012.

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