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o Atestado Médico, por muitas vezes considerado um sim- ples ato corriqueiro pelo pro�ssional, é de suma importância para o requerente, devendo ser emitido de maneira adequada e correta, para que possa alcançar o seu �m social e evitar futuros transtornos de ordem ética e penal. Resposta c. 129. O objetivo do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho – DSST, dentre outros, é planejar e coordenar as ações de �scalização dos ambientes e condições de trabalho, prevenindo acidentes e doenças do trabalho, protegendo a vida e a saúde dos trabalhadores. Resposta b. 130. A doença do trabalho está mais ligada ao meio ambiente de trabalho, é aquela que tem ligação com o ambiente onde o trabalho é exercido. Ex: Um trabalhador que está exposto ao ruído excessivo, em um galpão de solda, e desenvolve surdez. Esse é um caso típico de doença do trabalho. Por outro lado, a doença pro�ssional é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar à determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e o da Previdência Social. Exemplo: Saturnismo (intoxicação provocada pelo chumbo) e Silicose (sílica). Resposta d. 131. O modelo de atenção à saúde é um sistema lógico que or- ganiza o funcionamento das redes de atenção à saúde, articu- lando, de forma singular, as relações entre os componentes da rede e as intervenções sanitárias, de�nido em função da visão prevalecente da saúde, das situações demográ�ca e epidemio- lógica e dos determinantes sociais da saúde, vigentes em de- terminado tempo e em determinada sociedade. No Brasil, os modelos de atenção podem ser compreendidos em relação às condições socioeconômicas e políticas produzidas nos diver- sos períodos históricos de organização da sociedade brasileira. O modelo campanhista – in�uenciado por interesses agroex- portadores no início do século XX baseou-se em campanhas sanitárias para combater as epidemias de febre amarela, peste bubônica e varíola, implementando programas de vacinação obrigatória, desinfecção dos espaços públicos e domiciliares e outras ações de medicalização do espaço urbano, que atingi- ram, em sua maioria, as camadas menos favorecidas da po- pulação. Esse modelo predominou no cenário das políticas de saúde brasileiras até o início da década de 1960. O modelo pre- -videnciário-privatista teve seu início na década de 1920 sob a in�uência da medicina liberal e tinha o objetivo de oferecer as- sistência médico-hospitalar a trabalhadores urbanos e indus- triais, na forma de seguro-saúde/previdência. Sua organização é marcada pela lógica da assistência e da previdência social, inicialmente restringindo-se a algumas corporações de tra- balhadores e, pos-teriormente, uni�cando-se com o Instituto Nacional de Assistência e Previdência Social (INPS), em 1966, e ampliando-se pro-gressivamente ao conjunto de trabalhado- res formalmente inseridos na economia. Resposta c. 132. A discussão sobre a promoção da saúde no contexto dos sistemas de saúde foi impulsionada pela publicação desse importante documento, conhecido como Carta de Ottawa. Destaca-se o seguinte trecho: COMPROMISSOS COM A PROMOÇÃO DA SAÚDE Os participantes desta Conferência comprometem-se a: atu- ar no campo das políticas públicas saudáveis e advogar um compro-misso político claro em relação à saúde e à equida- de em todos os setores; agir contra a produção de produtos prejudiciais à saúde, a degradação dos recursos naturais, as condições ambientais e de vida não saudáveis e a má-nutri- ção; e centrar sua atenção nos novos temas da saúde pública, tais como a poluição, o trabalho perigoso e as questões da habitação e dos assentamentos rurais; atuar pela diminuição do fosso existente, quanto às condições de saúde, entre dife- rentes sociedades e distintos grupos sociais, bem como lutar contra as desigualdades em saúde produzidas pelas regras e práticas desta mesma sociedade; reconhecer as pessoas como o principal recurso para a saúde; apoiá-las e capacitá-las para que se mantenham saudáveis a si próprias, às suas famílias e amigos, através de �nanciamentos e/ou outras formas de apoio; e aceitar a comunidade como porta-voz essencial em matéria de saúde, condições de vida e bem-estar; reorientar os serviços de saúde e os recursos disponíveis para a promo- ção da saúde; incentivar a participação e colaboração de ou- tros setores, outras disciplinas e, mais importante, da própria comunidade; reco-nhecer a saúde e sua manutenção como o maior desa�o e o principal investimento social dos governos; e dedicar-se ao tema da ecologia em geral e das diferentes maneiras de vida; a Conferência conclama a todos os interes- sados a juntarem esforços no com-promisso por uma forte aliança em torno da saúde pública. Resposta d. 133. a. Correto. No modelo médico-privatista (modelo assis- tencial na época do INAMPS), a gestão (direção da política de saúde) era centralizada, não favorecendo a gerência em cada esfera de governo, sobretudo, minimizando a partici- pação do gestor muni-cipal. Centrava-se na decisão federal e do nível estadual. A Integralidade era também grandemente comprometida, porque as ações e serviços de saúde eram de- sarticulados. b. Incorreto. A descentralização é o princípio (diretriz) que se contrapôs à centralização do nível federal c. Incorreto. O direito à informação se relaciona ao princípio de participação social d. Incorreto. Esses não são princípios que se opõem Resposta a. 134. Acessibilidade não é princípio do Sistema Único de Saúde. Mas trata-se de uma importante característica do sistema de saúde a ser monitorada. O princípio fundamen- tal que articula o conjunto de leis e normas que constituem a base jurídica da política de saúde e do processo de orga- nização do SUS no Brasil hoje está explicitado no artigo 196 da Constituição Federal (1988), que a�rma: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante po- líticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recupera- ção”. Esse artigo traz, além da ideia central do direito à saú- 299 14 Medicina Preventiva SJT Residência Médica – 2016