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<p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista</p><p>Judiciário - Psicologia) Conhecimentos</p><p>Específicos (Psicologia Clínica e</p><p>Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>Autor:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas</p><p>Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>30 de Junho de 2024</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Sumário</p><p>Introdução à Psicopatologia ............................................................................................................................................. 4</p><p>1 – Definição e Psicopatologias .................................................................................................................................. 4</p><p>2 – Normalidade versus Anormalidade ...................................................................................................................... 6</p><p>3 – Sintomas Psicopatológicos .................................................................................................................................. 10</p><p>4 – Avaliação Psicopatológica ................................................................................................................................... 12</p><p>5 – Diagnóstico Psicopatológico ............................................................................................................................... 17</p><p>Alterações das Funções Psíquicas Elementares .......................................................................................................... 19</p><p>1 - Consciência ............................................................................................................................................................ 19</p><p>1.1. Alterações Patológicas da Consciência ................................................................................................ 21</p><p>2 - Atenção ................................................................................................................................................................... 24</p><p>2.1. Alterações Patológicas da Atenção ............................................................................................................. 26</p><p>3 - Memória .................................................................................................................................................................. 27</p><p>3.1. Alterações Patológicas da Memória ............................................................................................................ 30</p><p>4 – Volição e Psicomotricidade ................................................................................................................................. 33</p><p>4.1. Alterações Patológicas da Volição ............................................................................................................... 34</p><p>4.2. Alterações Patológicas da Psicomotricidade .............................................................................................. 36</p><p>5 - Pensamento ............................................................................................................................................................ 37</p><p>5.1. Alterações Patológicas do Pensamento ...................................................................................................... 38</p><p>6 – Juízo de Realidade ............................................................................................................................................... 45</p><p>6.1. Alterações Patológicas do Juízo de Realidade .......................................................................................... 45</p><p>7 - Linguagem .............................................................................................................................................................. 49</p><p>7.1. Alterações Patológicas da Linguagem ........................................................................................................ 50</p><p>Síndromes e Transtornos Psicopatológicos ................................................................................................................. 52</p><p>2.Transtorno Depressivo Induzido por Substância Química: O uso de algumas substâncias químicas</p><p>como drogas ilícitas e medicamentos podem causar alterações funcionais no cérebro que</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>desencadeiam síndromes depressivas. O uso crônico de maconha é o campeão dentre as substâncias</p><p>que podem induzir depressão como também mania, ansiedade e sintomas psicóticos. Além disso, o</p><p>uso excessivo e recorrente de estimulantes do sistema nervoso central (cocaína, anfetaminas, etc.)</p><p>também pode levar ao aparecimento de depressão como sintomas da abstinência (após cessado o uso</p><p>dos estimulantes). ................................................................................................................................................... 63</p><p>................................................................................................................................................................................... 63</p><p>O Tratamento: O tratamento deve levar em conta o adequado manejo do uso de substâncias químicas</p><p>buscando sempre a interrupção completa. A depressão após o uso de substâncias também leva em</p><p>consideração diversos fatores e depende de características pessoais do paciente, da quantidade e</p><p>padrão de uso de substâncias. Recomenda-se como parte do tratamento a avaliação do paciente por</p><p>diversos profissionais da saúde com uma equipe multidisciplinar. A psicoterapia contribui para ajudar o</p><p>paciente a desenvolver mecanismos para lidar com a depressão. ................................................................. 63</p><p>Capítulo sobre os Transtornos Alimentares ............................................................................................................... 208</p><p>1 - Bulimia ................................................................................................................................................................... 208</p><p>2 - Anorexia ................................................................................................................................................................ 210</p><p>ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA EM SITUAÇÕES DE DESASTRES E OUTRAS CRISES .............................................................. 212</p><p>1 – Noções básicas de intervenção em crise ........................................................................................... 212</p><p>2 – Atuação da Psicologia nas emergências e desastres ................................................................... 218</p><p>Questões Comentadas .................................................................................................................................................. 226</p><p>LISTA DE QUESTÕES ......................................................................................................................................................... 263</p><p>GABARITO ........................................................................................................................................................................ 277</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>Olá, psi!</p><p>Hoje iremos estudar os seguintes temas da Psicopatologia e das situações de crise,</p><p>emergências e desastres:</p><p>o Introdução à Psicopatologia: principais conceitos e funções psíquicas;</p><p>o Principais transtornos psicopatológicos;</p><p>o Atuação da Psicologia em situações de crise, emergências e desastres.</p><p>O tópico sobre os transtornos psicopatológicos</p><p>de forma lenta</p><p>e com dificuldades;</p><p>• Exemplos: indivíduos com depressão</p><p>grave, intoxicações ou em quadros psico-</p><p>orgânicos.</p><p>Bloqueio ou interceptação do pensamento • O indivíduo interrompe sua linha de</p><p>raciocínio de forma abrupta sem um motivo</p><p>aparente;</p><p>• Exemplo: esquizofrenia.</p><p>Roubo do pensamento • O indivíduo relata que seu pensamento foi</p><p>roubado por algo ou alguém (máquina,</p><p>pessoa, força, etc.);</p><p>• Exemplo: esquizofrenia.</p><p>Fuga de ideias • As ideias são expressas de forma rápida e,</p><p>com isso, as suas relações lógicas são</p><p>prejudicadas;</p><p>Exemplo: transtorno bipolar</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Alterações Formais do Pensamento</p><p>Alteração Características</p><p>Afrouxamento das associações • As ideias são expressas de forma lógica,</p><p>mas com associações livres – ou seja – sem</p><p>articulação forte;</p><p>• Exemplos: esquizofrenia e transtorno de</p><p>personalidade esquizotípica.</p><p>Descarrilhamento do pensamento • O pensamento não é expresso de forma</p><p>lógica e linear, mas sim com desvios e</p><p>intrusões de informações não relevantes;</p><p>• Exemplos: esquizofrenia e transtornos</p><p>maníacos.</p><p>Dissociação e incoerência do pensamento • O pensamento não obedece à lógica e</p><p>não tem organização nem coerência;</p><p>• Exemplo: esquizofrenia.</p><p>Desagregação do pensamento • O pensamento é expresso a partir de</p><p>ideias fragmentadas;</p><p>• Exemplos: esquizofrenia e quadros</p><p>demenciais.</p><p>Alterações do Conteúdo do Pensamento</p><p>Os principais conteúdos possíveis de um pensamento psicopatológico incluem:</p><p>• Persecutórios;</p><p>• Depreciativos;</p><p>• Poder, riqueza, grandeza ou missão;</p><p>• Religiosos, místicos ou mágicos;</p><p>• Eróticos, sexuais ou de ciúmes;</p><p>• De culpa;</p><p>• Conteúdos hipocondríacos.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6 – Juízo de Realidade</p><p>O juízo é um julgamento que se baseia em aspectos individuais (subjetivos) e sociais. O</p><p>juízo de realidade está relacionado a julgamentos baseados em uma realidade</p><p>compartilhada, isto é, que é aceita coletivamente e que orienta o modo de vida das</p><p>pessoas.</p><p>As alterações do juízo de realidade são também alterações do pensamento, mas que</p><p>merecem destaque porque se manifestam – principalmente - a partir do delírio.</p><p>6.1. Alterações Patológicas do Juízo de Realidade</p><p>O delírio tem uma base patológica e a sua identificação clínica ocorre a partir da</p><p>discriminação de suas principais características:</p><p>Convicção extraordinária</p><p>• O indivíduo tem uma certeza inabalável ou absoluta, de que o seu juízo é verdadeiro.</p><p>Ser irremovível ou irrefutável</p><p>• Provas e argumentos baseados em dados da realidade objetiva não são capazes de</p><p>mudar o juízo do indivíduo.</p><p>Juízo falso ou conteúdo impossível</p><p>• O conteúdo do juízo é, com maior frequência, falso;</p><p>Associal e idiossincrático</p><p>• O delírio é uma vivência subjetiva que desprende o indivíduo das suas relações com a</p><p>sociedade e com o seu meio cultural</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>Para definir a gravidade do delírio, pode-se utilizar alguns indicadores que – além disso –</p><p>refletem as dimensões dessa alteração do pensamento.</p><p>Grau de Convicção Extensão Implausibilidade Desorganização</p><p>Preocupação Resposta Afetiva Comportamento</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>De acordo com Dalgalarrondo (2019):</p><p>O grau de convicção indica o quanto o paciente acredita que as suas ideias delirantes são</p><p>verdadeiras ou reais. A extensão reflete as dimensões da vida do paciente que são afetadas</p><p>pelas ideias delirantes.</p><p>A implausibilidade mostra se as ideias delirantes estão mais próximas ou distantes de</p><p>crenças cultural ou socialmente compartilhadas. A desorganização indica a consistência</p><p>interna das ideias delirantes – se são providas de lógica, sistemáticas, com ordem.</p><p>A preocupação aponta para a pressão que as ideias delirantes exercem sobre o indivíduo.</p><p>A resposta afetiva indica o quanto o indivíduo tem seus afetos mobilizados pelas ideias</p><p>delirantes, principalmente se sente ansiedade, tristeza, irritação.</p><p>O comportamento demonstra como o paciente age sob influência do seu delírio, o quanto</p><p>ele emite respostas perigosas ou inconvenientes.</p><p>Em relação a sua estrutura, o delírio pode se configurar de quatro tipos principais:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>O delírio simples apresenta um único tema. O delírio complexo engloba dois ou mais</p><p>temas simultaneamente.</p><p>O delírio não sistematizado ocorre com ideias sem ordenação, sendo mais frequentes em</p><p>pessoas com baixo nível instrucional ou com algum tipo de deficiência intelectual. O delírio</p><p>sistematizado tem uma organização interna, com ideias bem estruturadas, os conteúdos</p><p>são ricos em detalhes.</p><p>Em relação aos temas ou conteúdos dos delírios, pode-se destacar os seguintes:</p><p>Estrutura do Delírio</p><p>Delírio Simples</p><p>Delírio Complexo</p><p>Delírio Não</p><p>Sistematizado</p><p>Delírio</p><p>Sistematizado</p><p>Delírio de Grandeza Delírio Religioso Delírio de Influência</p><p>Delírio de</p><p>Perseguição</p><p>Delírio de Ciúmes Delírio de Ruina</p><p>Hipocondríaco</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>De acordo com Dalgalarrondo (2019):</p><p>O delírio de grandeza (de missão, enormidade ou megalomaníacos) ocorre quando o</p><p>indivíduo acredita ser alguém com capacidades e poderes especiais. Na ideia dele, o seu</p><p>destino e sua origem são espetaculares. Os conteúdos giram em torno de ideias de poder,</p><p>missão especial e riqueza.</p><p>O delírio religioso ou místico é baseado na crença do indivíduo de que ele é um enviado</p><p>divino ou que está sob influência do demônio.</p><p>O delírio de influência ou controle é marcado pela crença de que o indivíduo está sendo</p><p>controlado por forças externas ou por outras pessoas.</p><p>O delírio de perseguição ocorre quando o indivíduo acredita que está sendo vítima de uma</p><p>conspiração, baseada em perseguição por conhecidos ou desconhecidos. Ele sente que as</p><p>pessoas têm o objetivo de assinar, prejudicar, desmoralizar ou lhe provocar algum dano.</p><p>O delírio de ciúmes (e de infidelidade) se pauta na crença de que o cônjuge está</p><p>cometendo uma traição. É derivado de uma forte ligação emocional ou dependência com</p><p>o parceiro da relação.</p><p>O delírio de ruína se dá a partir de ideias extremamente pessimistas sobre o futuro. O</p><p>indivíduo acredita que está fadado a viver na miséria, que seus familiares vão passar por</p><p>dificuldades e outras ideias negativas.</p><p>O delírio hipocondríaco ocorre a partir das crenças de que o indivíduo está gravemente</p><p>adoecido – sem a possibilidade de tratamento ou cura. É um falso juízo de realidade porque</p><p>ele não tem nenhuma das doenças que acredita ter. Suas ideias não são convencidas por</p><p>exames médicos.</p><p>(FCC - TRT 15ª - 2018) Segundo Dalgalarrondo (2000), semiologia é a ciência dos signos,</p><p>estando presente em todas as atividades</p><p>humanas que incluam a interação e a</p><p>comunicação entre dois interlocutores pelo uso de um sistema de signos (por exemplo:</p><p>fala, gestos, atitudes, comportamentos não-verbais). Ela estuda os sintomas e sinais das</p><p>doenças, permitindo ao profissional da saúde identificar alterações físicas e mentais,</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>ordenar os fenômenos observados, formular diagnósticos e estabelecer métodos de</p><p>tratamento.</p><p>Os delírios podem ser classificados como primários (que aparecem de forma</p><p>espontânea) ou secundários (compreende-se o conteúdo do delírio a partir da história</p><p>pessoal do doente). NÃO são temas e características dos delírios:</p><p>a) No delírio de tipo ciumento, a pessoa acredita que seu companheiro está sendo infiel,</p><p>criando uma série de racionalizações que o levam para ideias mórbidas de ciúme.</p><p>Geralmente confronta seu cônjuge e parceiros e tenta intervir na infidelidade imaginada.</p><p>b) No delírio de influência, o doente crê que seu corpo e seu pensamento são controlados</p><p>por uma outra pessoa, um grupo de pessoas ou forças externas.</p><p>c) No delírio de tipo hipocondríaco, o doente queixa-se de sintomas, deformações ou</p><p>defeitos físicos não existentes.</p><p>d) No delírio de tipo megalomaníaco, as pessoas que sofrem deste tipo de delírio</p><p>consideram-se superiores aos outros em diversos aspectos (por ex: a pessoa mais inteligente</p><p>ou mais rica de todas).</p><p>e) No delírio de tipo paranoide, o menos frequente de todos, o indivíduo se percebe vítima</p><p>de uma perseguição por considerar-se especial, e que a sua existência tem uma grande</p><p>importância para a humanidade; o sujeito sente que tem poderes especiais.</p><p>Comentários:</p><p>Essa questão é muito completa, uma vez que as alternativas expressam muito bem o que</p><p>acabamos de estudar sobre delírios até aqui, exceto a letra E, pois vimos que é o delírio de</p><p>perseguição que ocorre quando o indivíduo acredita que está sendo vítima de uma</p><p>conspiração, baseada em perseguição por conhecidos ou desconhecidos e não delírio</p><p>paranoide, como a assertiva descreve. Além disso, a banca misturou as informações, haja</p><p>vista que a segunda parte da afirmação corresponde aos delírios de grandeza (por</p><p>considerar-se especial, e que a sua existência tem uma grande importância para a</p><p>humanidade; o sujeito sente que tem poderes especiais).</p><p>Gabarito: letra E</p><p>7 - Linguagem</p><p>A linguagem pode ser entendida a partir do seguinte ponto de vista:</p><p>“(...) A linguagem é o instrumento graças ao qual o homem modela seu</p><p>pensamento, suas emoções, seus esforços, sua vontade e seus atos, o</p><p>instrumento graças ao qual ele influencia e é influenciado, a base última e</p><p>mais profunda da sociedade humana.” (Hjelmslev, como citado em</p><p>Dalgalarrondo, 2019, p. 233).</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Trata-se de uma criação social e é o principal instrumento de comunicação humana. A</p><p>partir da sua definição, pode-se entender as funções da linguagem.</p><p>Para concursos, as funções da linguagem de maior interesse incluem:</p><p>Função Referencial ou Cognitiva</p><p>• A linguagem é empregada para representar, descrever, transmitir ideias sobre a</p><p>realidade e seus objetos, pessoas, situações.</p><p>Função Emotiva ou Expressiva</p><p>• A linguagem é usada para expressar estados subjetivos (emoções, afetos, crenças).</p><p>Função Conativa ou Apelativa</p><p>• A linguagem é usada para influenciar o interlocutor.</p><p>Função Fática</p><p>• A linguagem é adotada para manter a comunicação (confirmar, interromper, controlar,</p><p>etc.).</p><p>7.1. Alterações Patológicas da Linguagem</p><p>As principais alterações da linguagem para se compreender os transtornos</p><p>psicopatológicos são:</p><p>De acordo com Dalgalarrondo (2019)</p><p>Alteração Características</p><p>Logorreia • A linguagem verbal é tem um fluxo maior</p><p>de palavras e ocorre rapidamente, com a</p><p>possibilidade de perder a lógica.</p><p>Loquacidade • A linguagem se torna mais rápida sem que</p><p>exista a perda da lógica.</p><p>Bradifasia • A linguagem se torna mais lenta,</p><p>dificultando a comunicação.</p><p>Logorreia Loquacidade Bradifasia</p><p>Perseveração</p><p>Verbal</p><p>Ecolalia</p><p>Palilalia e</p><p>Logoclonia</p><p>Tiques e</p><p>Coprolalia</p><p>Alogia</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Perseveração Verbal • O indivíduo repete de forma automática</p><p>palavras ou partes de uma frase;</p><p>• Caracteriza-se pela estereotipia,</p><p>mecanicidade e ausência de sentido;</p><p>• Exemplos: esquizofrenia e casos graves de</p><p>transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e</p><p>depressão.</p><p>Ecolalia • O indivíduo repete a última ou as últimas</p><p>palavras de outra pessoa;</p><p>• Ocorre de forma automática e</p><p>involuntária;</p><p>• Exemplo: esquizofrenia, transtorno do</p><p>espectro autista (TEA) e em deficiências</p><p>intelectuais.</p><p>Tiques e Cropolalia • Tiques: expressão de sons (palavras ou</p><p>fonemas) de forma indevida, frequente e</p><p>involuntária;</p><p>• Cropolalia: o indivíduo diz</p><p>involuntariamente palavras de baixo calão</p><p>(xingamentos, obscenidades, etc.).</p><p>Alogia • Ou discurso lacônico;</p><p>• Trata-se de um empobrecimento tanto da</p><p>linguagem como do pensamento;</p><p>• Há diminuição da fluência verbal e o</p><p>discurso é empobrecido;</p><p>• Exemplo: esquizofrenia.</p><p>Palilalia e Logoclonia • Palilalia: o indivíduo repete as suas</p><p>próprias palavras ou frases – automática e</p><p>estereotipada;</p><p>• Logoclonia: o indivíduo repete as últimas</p><p>sílabas de uma palavra por ele falada –</p><p>automática e involuntária.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>SÍNDROMES E TRANSTORNOS PSICOPATOLÓGICOS</p><p>As síndromes/transtornos psicopatológicos se expressam a partir da recorrência de</p><p>determinados sintomas. Para entender como esses funcionam, Dalgalarrondo (2019) propõe</p><p>– com base no modelo de Jaspers e Schneider – uma ordenação das vivências</p><p>psicopatológicas.</p><p>Assim, as vivências psicopatológicas são constituídas por dois elementos principais:</p><p>Os transfundos são considerados palcos ou contexto geral que marcam as vivências</p><p>psicopatológicas. É a partir deles que surgem os sintomas específicos. As ancoragens</p><p>influenciam as características dos sintomas (sentido, direção, qualidade). Considera-se que</p><p>existe uma relação dialética entre transfundos e sintomas emergentes.</p><p>Os transfundos podem se expressar de duas formas principais:</p><p>Os transfundos estáveis são representados principalmente pela personalidade e</p><p>inteligência. A personalidade indica que as vivências psicopatológicas serão marcadas pela</p><p>Transfundos ou</p><p>Ancoragens</p><p>Sintomas Específicos</p><p>ou Emergentes</p><p>Transfundos</p><p>Estáveis</p><p>Personalidade e</p><p>Inteligência</p><p>Mutáveis e</p><p>Momentâneos</p><p>Nível de consciência e</p><p>atenção, humor e</p><p>estado afetivo</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>singularidade do indivíduo. Já a inteligência indica como serão as características dos</p><p>sintomas psicopatológicos (ex: profundidade, complexidade e riqueza de detalhes).</p><p>Os transfundos mutáveis e momentâneos contemplam o nível de consciência e atenção,</p><p>o humor e o estado afetivo. Os sintomas se expressarão de forma clara e precisa a depender</p><p>do nível de consciência e atenção do indivíduo. Já o humor e o estado afetivo podem atuar</p><p>como gatilhos para expressão dos sintomas.</p><p>Os sintomas específicos são as vivências psicopatológicas mais restritas e</p><p>individualizáveis. Como exemplos, podem ser citados a alucinação, o delírio, pensamento</p><p>obsessivo e outras alterações das funções psíquicas elementares.</p><p>Em geral, uma síndrome/transtorno mental é desencadeada por dois fatores principais:</p><p>Os fatores predisponentes compreendem elementos genéticos além da experiência e</p><p>história pregressa do indivíduo. Já os fatores precipitantes incluem eventos recentes que</p><p>contribuem para a manifestação de sintomas ou quadros psicopatológicos.</p><p>O surgimento de um sintoma, síndrome ou transtorno mental ocorre a partir da inter-relação</p><p>entre aspectos biológicos, psicológicos e sociais.</p><p>Em relação ao tempo, os transtornos mentais podem se expressar da seguinte forma:</p><p>Fatores Predisponentes Fatores Precipitantes</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Os transtornos mentais crônicos podem se expressar como processo ou desenvolvimento.</p><p>O processo indica que a condição psicopatológica provoca mudanças na personalidade do</p><p>indivíduo, sendo estas incompreensíveis para os profissionais de saúde.</p><p>De forma similar, o desenvolvimento também se caracteriza por transformações da</p><p>personalidade do paciente. No entanto, a diferença é que os profissionais da saúde</p><p>conseguem compreender essas mudanças porque remetem aos transtornos de</p><p>personalidade ou neuroses.</p><p>Os transtornos mentais agudos podem se expressar como crises ou ataques, reação</p><p>vivencial, fase ou surto. As crises ou ataques têm surgimento repentino e com breve duração</p><p>(segundos, minutos e raramente de horas). Como exemplos, existem as crises de pânico e</p><p>crises dissociativas.</p><p>A reação vivencial anormal ocorre quando o indivíduo precisa lidar com eventos</p><p>significativos, sendo caracterizada pela sua intensidade e duração dos sintomas. Pode durar</p><p>semanas, meses ou até anos. Não provoca alterações da personalidade do indivíduo.</p><p>Exemplos de reação vivencial são os sintomas fóbicos ou depressivos desencadeados por</p><p>experiências individuais.</p><p>O termo fase é adotado para expressar períodos de alteração de humor e afeto típicos dos</p><p>transtornos afetivos. Ela pode durar semanas ou meses. Como exemplos principais, existem</p><p>a fase maníaca e a fase depressiva – presentes no transtorno bipolar.</p><p>O surto, por sua vez, ocorre de forma mais ou menos abrupta e gera consequências</p><p>irreversíveis para o indivíduo. As consequências podem ser na personalidade, cognição ou</p><p>afetos. Exemplo: surto de esquizofrenia.</p><p>Dimensão</p><p>Temporal</p><p>Crônico</p><p>Processo</p><p>Desenvolvimento</p><p>Agudo ou</p><p>Subagudo</p><p>Crises ou Ataques</p><p>Reações</p><p>Vivenciais</p><p>Fases</p><p>Surtos</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Nos próximos capítulos você irá estudar os transtornos que têm sido mais frequentes em</p><p>provas de concursos. Vamos juntos? J</p><p>CAPÍTULO SOBRE TRANSTORNOS DEPRESSIVOS</p><p>Uma característica comum dos transtornos depressivos é a presença de:</p><p>Humor rebaixado ou irritável, acompanhado de alterações somáticas e</p><p>cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do sujeito. O que</p><p>difere entre eles são a duração, momento ou etiologia presumida.</p><p>Transtorno</p><p>disruptivo</p><p>da</p><p>desregulaç</p><p>ão do</p><p>humor</p><p>Irritabilidad</p><p>e crônica</p><p>grave.</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Explosões de raiva recorrentes e graves manifestadas pela linguagem (p. ex.,</p><p>violência verbal) e/ ou pelo comportamento (p. ex., agressão física a pessoas ou</p><p>propriedade) que são consideravelmente desproporcionais em intensidade ou</p><p>duração à situação ou provocação.</p><p>B. As explosões de raiva são inconsistentes com o nível de desenvolvimento.</p><p>C. As explosões de raiva ocorrem, em média, três ou mais vezes por semana.</p><p>D. O humor entre as explosões de raiva é persistentemente irritável ou zangado</p><p>na maior parte do dia, quase todos os dias, e é observável por outras pessoas</p><p>(p. ex., pais, professores, pares).</p><p>F. Os Critérios A e D estão presentes em pelo menos dois de três ambientes</p><p>(p. ex., em casa, na escola, com os pares) e são graves em pelo menos um deles.</p><p>G. O diagnóstico não deve ser feito</p><p>Pela primeira vez antes dos 6 anos;</p><p>Transtorno</p><p>disruptivo da</p><p>desregulação do</p><p>humor</p><p>Transtorno</p><p>depressivo maior</p><p>Transtorno</p><p>depressivo</p><p>persistente</p><p>Transtorno</p><p>disfórico pré-</p><p>menstrual</p><p>Induzido por</p><p>substância/medic</p><p>amento</p><p>Transtorno</p><p>depressivo devido a</p><p>outra condição</p><p>médica</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Após os 18 anos de idade;</p><p>H. Por relato ou observação, a idade de início dos Critérios A-E é antes dos 10</p><p>anos.</p><p>I. Nunca houve um período distinto durando mais de um dia durante o qual</p><p>foram satisfeitos todos os critérios de sintomas, exceto a duração, para um</p><p>episódio maníaco ou hipomaníaco.</p><p>J. Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante um episódio de</p><p>transtorno depressivo maior e não são mais bem explicados por outro transtorno</p><p>mental (p. ex., transtorno do espectro autista, transtorno de estresse pós-</p><p>traumático, transtorno de ansiedade de separação, transtorno depressivo</p><p>persistente [Distimia]).</p><p>Marco temporal: Crianças até 12 anos de idade. Os Critérios A-D estão</p><p>presentes por 12 meses ou mais, em pelo menos dois ambientes diferentes.</p><p>Observações importantes: No entanto, são esperadas taxas mais elevadas em</p><p>crianças do sexo masculino e em idade escolar do que no sexo feminino e em</p><p>adolescente.</p><p>A irritabilidade crônica grave, está associada à marcada perturbação na família</p><p>da criança e nas relações com os pares, bem como no desempenho escolar.</p><p>Devido à sua tolerância extremamente baixa à frustração, essas crianças, em</p><p>geral, têm dificuldade em ter sucesso na escola e em iniciar ou manter amizades.</p><p>Diagnóstico diferencial:</p><p>Transtorno de oposição desafiante (TOD). As</p><p>características-chave que justificam o diagnóstico de transtorno disruptivo da</p><p>desregulação do humor em crianças cujos sintomas também satisfazem os</p><p>critérios de transtorno de oposição desafiante são a presença de explosões</p><p>graves e frequentemente recorrentes e uma perturbação persistente no</p><p>humor entre as explosões. Além disso, o referente diagnóstico requer prejuízo</p><p>grave em pelo menos um ambiente (i.e., em casa, na escola ou entre os pares) e</p><p>prejuízo leve a moderado em um segundo ambiente.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Transtorno</p><p>depressivo</p><p>maior</p><p>(incluindo</p><p>episódio</p><p>depressivo</p><p>maior)</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o</p><p>mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao</p><p>funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é:</p><p>(1) humor deprimido ou;</p><p>(2) perda de interesse ou prazer.</p><p>Os sintomas dos critérios para transtorno</p><p>depressivo maior devem estar presentes quase todos os dias para serem</p><p>considerados presentes, com exceção de alteração do peso e ideação suicida.</p><p>Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável em vez de triste.</p><p>B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no</p><p>funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do</p><p>indivíduo.</p><p>1- HUMOR DEPRIMIDO</p><p>QUASE TODOS OS DIAS</p><p>2- DIMINUIÇÃO DO</p><p>INTERESSE OU PRAZER</p><p>EM TODAS OU QUASE</p><p>TODAS AS ATIVIDADES</p><p>3- PERDA OU GANHO</p><p>SIGNIFICATIVO DE</p><p>PESO SEM ESTAR</p><p>FAZENDO DIETA</p><p>4- INSÔNIA OU</p><p>HIPERSONIA</p><p>5- AGITAÇÃO OU</p><p>RETARDO</p><p>PSICOMOTOR</p><p>6- FADIGA OU PERDA</p><p>DE ENERGIA</p><p>7- CAPACIDADE</p><p>DIMINUÍDA PARA</p><p>PENSAR OU SE</p><p>CONCENTRAR</p><p>8- SENTIMENTOS DE</p><p>INUTILIDADE OU</p><p>CULPA EXCESSIVA OU</p><p>INAPROPRIADA</p><p>9- PENSAMENTOS</p><p>RECORRENTES DE</p><p>MORTE</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a</p><p>outra condição médica.</p><p>C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a</p><p>outra condição médica.</p><p>Marco temporal: mínimo duas semanas;</p><p>Observações importantes: Condição clássica desse grupo de transtornos. O</p><p>diagnóstico baseado em um único episódio é possível. Prevalência em indivíduos</p><p>de 18 a 29 anos é três vezes maior do que em indivíduos acima dos 60 anos.</p><p>Curso do transtorno depressivo maior é</p><p>bastante variável, de modo que alguns indivíduos raramente experimentam</p><p>remissão (um período de dois meses ou mais sem sintomas ou apenas 1 ou 2</p><p>sintomas não mais do que em um grau leve), enquanto outros experimentam</p><p>muitos anos com poucos ou nenhum sintoma entre episódios discretos.</p><p>Os familiares de primeiro grau de indivíduos com transtorno depressivo maior</p><p>têm risco 2 a 4 vezes mais elevado de desenvolver a doença que a população</p><p>em geral, tenha sido uma prevalência maior no sexo feminino</p><p>Depressão maior x luto:</p><p>Atenção especial é dada à diferenciação da tristeza e do luto normais em relação</p><p>a um episódio depressivo maior. O luto pode induzir grande sofrimento, mas não</p><p>costuma provocar um episódio de transtorno depressivo maior. Quando ocorrem</p><p>em conjunto, os sintomas depressivos e o prejuízo funcional tendem a ser mais</p><p>graves, e o prognóstico é pior. A depressão relacionada ao luto tende a ocorrer</p><p>em pessoas com outras vulnerabilidades a transtornos depressivos, e a</p><p>recuperação pode ser facilitada pelo tratamento com antidepressivos. Embora</p><p>os sintomas possam ser entendidos ou considerados apropriados à perda, a</p><p>presença de um episódio depressivo maior, além da resposta normal a uma</p><p>perda significativa, também deve ser cuidadosamente considerada. Essa decisão</p><p>requer inevitavelmente o exercício do julgamento clínico baseado na história do</p><p>indivíduo e nas normas culturais para a expressão de sofrimento no contexto de</p><p>uma perda.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Tratamento</p><p>• Casos leves de depressão podem ser tratados exclusivamente com</p><p>psicoterapia ou com mudança de estilo de vida como hábitos saudáveis,</p><p>alimentação sem oxidantes, exercícios físicos aeróbicos, sono adequado</p><p>e manejo do estresse.</p><p>• Casos moderados ou graves de depressão são de tratamento</p><p>farmacológico obrigatório Apenas 30% dos pacientes vão responder ao</p><p>primeiro antidepressivo utilizado. Dessa maneira, é importante que se</p><p>saiba que o tratamento possa necessitar de trocas e ajustes. Além disso,</p><p>as doses precisam ser ajustadas a cada 2 semanas até uma dose máxima</p><p>tolerada pelo paciente para melhor eficácia.</p><p>• Casos graves e resistentes de depressão podem ser tratados com</p><p>eletroconvulsoterapia (ECT) vulgarmente conhecido como</p><p>“eletrochoque” que é um procedimento realizado sob anestesia e em</p><p>centro cirúrgico, altamente eficazes em quadros graves, segundo vários</p><p>estudos (há críticas no modelo antimanicomial).</p><p>Terapias associadas como acupuntura podem ajudar a aliviar os sintomas das</p><p>formas mais leves de depressão.</p><p>Transtorno</p><p>depressivo</p><p>persistente</p><p>(Distimia)</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por</p><p>relato subjetivo ou por observação feita por outras pessoas, pelo período mínimo</p><p>de dois anos.</p><p>B. Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das seguintes</p><p>características:</p><p>C. Durante o período de dois anos de perturbação, o indivíduo jamais esteve</p><p>sem os sintomas dos Critérios A e B por mais de dois meses.</p><p>D. Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar continuamente</p><p>presentes por dois anos.</p><p>1- Apetite</p><p>diminuído ou</p><p>alimentação em</p><p>excesso.</p><p>2. Insônia ou</p><p>hipersonia.</p><p>. Baixa energia ou</p><p>fadiga.</p><p>4. Baixa autoestima.</p><p>5. Concentração</p><p>pobre ou</p><p>dificuldade em</p><p>tomar decisões.</p><p>6. Sentimentos de</p><p>desesperança.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>E. Jamais houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco e jamais</p><p>foram satisfeitos os critérios para transtorno ciclotímico.</p><p>Marco temporal: mínimo de dois anos. Em crianças e adolescentes, o humor</p><p>pode ser irritável, com duração mínima de um ano.</p><p>Observações importantes: Os sintomas causam sofrimento clinicamente</p><p>significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas</p><p>importantes da vida do indivíduo.</p><p>Tratamento: De maneira geral, os medicamentos utilizados no tratamento de</p><p>quadros depressivos persistentes são os mesmos utilizados em um episódio</p><p>depressivo maior agudo, entretanto, sabe-se que esta subpopulação de</p><p>pacientes possui algumas peculiaridades que podem influenciar bastante no</p><p>resultado final:</p><p>• São pacientes mais sensíveis aos efeitos colaterais dos antidepressivos e</p><p>dos medicamentos psicotrópicos de maneira e, portanto, sempre dar</p><p>preferência para medicamentos bem toleradas e com poucos efeitos</p><p>colaterais;</p><p>• É comum a persistência de sintomas depressivos residuais mesmo após</p><p>adequada titulação da dose e manutenção do antidepressivo por tempo</p><p>adequado. Em muitos casos será necessário combinar antidepressivos ou</p><p>potencializar antidepressivos com outros agentes não-antidepressivos</p><p>para um melhor efeito. Por outro lado, esta conduta pode aumentar o</p><p>risco de efeitos colaterais e o paciente</p><p>• Abandonar o tratamento;</p><p>• Abordagens psicoterápicas são fortemente recomendadas nestas</p><p>subpopulações de pacientes deprimidos, principalmente focando na</p><p>psicoeducação acerca da doença, sua gravidade e cronicidade e em</p><p>fatores psicológicos como persistência e modificação de distorções</p><p>cognitivas.</p><p>Transtorno</p><p>disfórico</p><p>pré-</p><p>menstrual</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Na maioria dos ciclos menstruais, pelo menos cinco sintomas devem estar</p><p>presentes na semana final antes do início da menstruação, começar a melhorar</p><p>poucos dias depois do início da menstruação e tornar-se mínimos ou ausentes</p><p>na semana pós-menstrual.</p><p>B. Um (ou mais) dos seguintes sintomas deve estar presente:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>C. Um (ou mais) dos seguintes sintomas deve adicionalmente estar presente para</p><p>atingir um total de cinco sintomas quando combinados com os sintomas do</p><p>Critério B.</p><p>D. Os sintomas estão associados a sofrimento clinicamente significativo ou a</p><p>interferência no trabalho, na escola, em atividades sociais habituais ou relações</p><p>com outras pessoas.</p><p>E. A perturbação não é meramente uma exacerbação dos sintomas de outro</p><p>transtorno, como transtorno depressivo maior, transtorno de pânico, transtorno</p><p>depressivo persistente (Distimia) ou um transtorno da personalidade (embora</p><p>possa ser concomitante a qualquer um desses transtornos).</p><p>F. O Critério A deve ser confirmado por avaliações prospectivas diárias durante</p><p>pelo menos dois ciclos sintomáticos.</p><p>G. Os sintomas não são consequência dos efeitos fisiológicos de uma substância</p><p>ou de outra condição médica.</p><p>Marco temporal: Os sintomas nos Critérios A-C devem ser satisfeitos para a</p><p>maioria dos ciclos menstruais que ocorreram no ano precedente. O diagnóstico</p><p>do transtorno disfórico pré-menstrual é apropriadamente confirmado por dois</p><p>meses de avaliação prospectiva dos sintomas.</p><p>1. Labilidade afetiva</p><p>acentuada</p><p>2. Irritabilidade ou raiva</p><p>acentuadas ou aumento</p><p>nos conflitos</p><p>interpessoais.</p><p>3. Humor deprimido</p><p>acentuado, sentimentos</p><p>de desesperança ou</p><p>pensamentos</p><p>autodepreciativos</p><p>4. Ansiedade acentuada,</p><p>tensão e/ou sentimentos</p><p>de estar nervosa ou no</p><p>limite.</p><p>1. Interesse diminuído</p><p>pelas atividades</p><p>habituais</p><p>2. Sentimento subjetivo</p><p>de dificuldade em se</p><p>concentrar.</p><p>3. Letargia, fadiga fácil</p><p>ou falta de energia</p><p>acentuada.</p><p>4. Alteração acentuada</p><p>do apetite; comer em</p><p>demasia; ou avidez por</p><p>alimentos específicos.</p><p>5. Hipersonia ou insônia.</p><p>.</p><p>6. Sentir-se</p><p>sobrecarregada ou fora</p><p>de controle.</p><p>7. Sintomas físicos como</p><p>sensibilidade ou inchaço</p><p>das mamas, dor articular</p><p>ou muscular.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Observações importantes: Em geral, os sintomas atingem seu auge perto do</p><p>momento de início da menstruação. Delírios e alucinações foram descritos no fim</p><p>da fase lútea do ciclo menstrual, mas são raros.</p><p>A fase pré-menstrual foi considerada por alguns</p><p>como um período de risco de suicídio. Mulheres que usam contraceptivos orais</p><p>podem ter menos queixas pré-menstruais do que as que não os utilizam.</p><p>Tratamento: deve sempre ser realizado conjuntamente com um médico</p><p>ginecologista. Isso porque embora muitas vezes os sintomas psíquicos sejam</p><p>preponderantes muitas vezes os sintomas físicos pré-menstruais também podem</p><p>agravar a sintomatologia psíquica (dor, edema, etc.). Os métodos mais comuns</p><p>de tratamento são os contraceptivos orais (anticoncepcionais), analgésicos,</p><p>aconselhamento dietético, psicoterapia, vitaminas, sais minerais,</p><p>antidepressivos, estabilizadores de humor e ansiolíticos.</p><p>Bônus à</p><p>depressão</p><p>1.Depressão Psicótica ou Depressão com Sintomas Psicóticos: É uma</p><p>manifestação grave da depressão na qual os sintomas depressivos ocorrem</p><p>associados com sintomas psicóticos, tais como o delírio e a alucinação. Os</p><p>temas ou os conteúdos de delírio mais comuns são de ruína ou culpa,</p><p>hipocondríaco ou de negação de órgãos. Os sintomas psicóticos podem ser de</p><p>dois tipos:</p><p>Quando os sintomas psicóticos têm conteúdo negativo – exemplos: culpa,</p><p>doença, morte, punição merecida, diz-se que eles são humor-congruentes. Já</p><p>quando os sintomas psicóticos têm conteúdos contrários – exemplos:</p><p>perseguição, autorreferência, etc.; eles são conhecidos como humor-</p><p>incongruentes.</p><p>Humor Congruentes</p><p>Humor</p><p>Incongruentes</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>2.Transtorno Depressivo Induzido por Substância Química: O uso de algumas</p><p>substâncias químicas como drogas ilícitas e medicamentos podem causar</p><p>alterações funcionais no cérebro que desencadeiam síndromes depressivas. O</p><p>uso crônico de maconha é o campeão dentre as substâncias que podem induzir</p><p>depressão como também mania, ansiedade e sintomas psicóticos. Além disso, o</p><p>uso excessivo e recorrente de estimulantes do sistema nervoso central (cocaína,</p><p>anfetaminas, etc.) também pode levar ao aparecimento de depressão como</p><p>sintomas da abstinência (após cessado o uso dos estimulantes).</p><p>O diagnóstico é confirmado devido à persistência dos sintomas</p><p>parciais ou completos de depressão, por um período de tempo significativo,</p><p>após o uso da substância. Esse transtorno causa sofrimento clinicamente</p><p>significativo e prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas</p><p>importantes da vida do indivíduo.</p><p>O Tratamento: O tratamento deve levar em conta o adequado manejo</p><p>do uso de substâncias químicas buscando sempre a interrupção completa. A</p><p>depressão após o uso de substâncias também leva em consideração diversos</p><p>fatores e depende de características pessoais do paciente, da quantidade e</p><p>padrão de uso de substâncias. Recomenda-se como parte do tratamento a</p><p>avaliação do paciente por diversos profissionais da saúde com uma equipe</p><p>multidisciplinar. A psicoterapia contribui para ajudar o paciente a desenvolver</p><p>mecanismos para lidar com a depressão.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>DIFERENÇAS ENTRE LUTO E DEPRESSÃO - DSM 5:</p><p>Ao diferenciar luto de um episódio depressivo maior (EDM), é útil considerar que, no</p><p>luto, o afeto predominante inclui sentimento de vazio e perda, enquanto no EDM há humor</p><p>deprimido persistente e incapacidade de antecipar felicidade ou prazer. A Disforia no luto</p><p>pode diminuir de intensidade ao longo de dias a semanas, ocorrendo em ondas, conhecidas</p><p>como “dores do luto”. Essas ondas tendem a estar associadas a pensamentos ou</p><p>lembranças do falecido. O humor deprimido de um EDM é mais persistente e não está</p><p>ligado a pensamentos ou preocupações específicas. A dor do luto pode vir acompanhada</p><p>de emoções e humor positivos que não são característicos da infelicidade e angústia</p><p>generalizadas de um EDM. O conteúdo do pensamento associado ao luto geralmente</p><p>apresenta preocupação com pensamentos e lembranças do falecido, em vez das</p><p>ruminações autocríticas ou pessimistas encontradas no EDM. No luto, a autoestima costuma</p><p>estar preservada, ao passo que no EDM sentimentos de desvalia e aversão a si mesmo são</p><p>comuns. Se presente no luto, a ideação autodepreciativa tipicamente envolve a percepção</p><p>de falhas em relação ao falecido (p. ex., não ter feito visitas com frequência suficiente, não</p><p>dizer ao falecido o quanto o amava). Se um indivíduo enlutado pensa em morte e em morrer,</p><p>tais pensamentos costumam ter o foco no falecido e possivelmente em “se unir” a ele,</p><p>enquanto no EDM esses pensamentos têm o foco em acabar com a própria vida em razão</p><p>dos sentimentos de desvalia, de não merecer estar vivo ou da incapacidade de enfrentar a</p><p>dor da depressão.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Questões comentadas: Transtornos</p><p>depressivos</p><p>1- (Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: FHEMIG) De acordo com o Manual de Diagnóstico e</p><p>Estatísticas das Perturbações Mentais (DSM), o Transtorno Depressivo Maior (TDM) é a</p><p>representação clássica dos grupos de transtornos depressivos.</p><p>Sobre os sintomas do TDM, analise os itens a seguir.</p><p>I. Irritabilidade, ansiedade e angústia. II. Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e</p><p>prazer. III. Perda ou aumento do apetite e do peso. Está correto o que se afirmar em</p><p>A) I, apenas.</p><p>B) I e II, apenas.</p><p>C) I e III, apenas.</p><p>D) II e III, apenas.</p><p>E) I, II e III.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Questão complicada, porque o 1 não consta nos critérios diagnósticos e sim nas</p><p>características que apoiam o diagnóstico. Segue a literalidade do DSM 5 "O humor em um</p><p>episódio depressivo maior frequentemente é descrito pela pessoa como deprimido, triste,</p><p>desesperançado, desencorajado ou “na fossa” (Critério A1). Em alguns casos, a tristeza</p><p>pode ser negada de início, mas depois pode ser revelada pela entrevista (p. ex., assinalando</p><p>que o indivíduo parece prestes a chorar). Em alguns indivíduos que se queixam de sentirem</p><p>“um vazio”, sem sentimentos ou com sentimentos ansiosos, a presença de um humor</p><p>deprimido pode ser inferida a partir da expressão facial e por atitudes. Alguns enfatizam</p><p>queixas somáticas (p. ex., dores ou mazelas corporais) em vez de relatar sentimento de</p><p>tristeza. Muitos referem ou demonstram irritabilidade aumentada (p. ex., raiva persistente,</p><p>tendência responder a eventos com ataques de raiva ou culpando outros ou sentimento</p><p>exagerado de frustração por questões menores). Em crianças e adolescentes, pode</p><p>desenvolver-se um humor irritável ou rabugento, em vez de um humor triste ou abatido.</p><p>Essa apresentação deve ser diferenciada de um padrão de irritabilidade em caso de</p><p>frustração".</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Alternativa correta: letra E</p><p>2- (Ano: 2023 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: IF-MA) De acordo com o DSM-5</p><p>(Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>A) Nos transtornos depressivos, estão presentes humor triste, vazio ou irritável, e diversos</p><p>outros transtornos são incluídos nessa mesma categoria, como transtorno disruptivo da</p><p>desregulação do humor e transtorno disfórico pré-menstrual.</p><p>B) Nos transtornos de ansiedade, o medo e a ansiedade presentes se classificam como</p><p>excessivos, adaptativos e provisórios, e não há diferença na incidência entre mulheres e</p><p>homens.</p><p>C) O transtorno de estresse pós-traumático não é possível de ser identificado em crianças</p><p>com 6 anos ou menos.</p><p>D) No capítulo sobre Transtorno da Personalidade, podem ser identificados menos de 10</p><p>transtornos da personalidade específicos.</p><p>E) No transtorno disruptivo da desregulação do humor, o diagnóstico deve ser feito pela</p><p>primeira vez antes dos 6 anos de idade.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>A letra A diz exatamente o que consta nos critérios diagnósticos para o transtorno</p><p>depressivo maior, além de reconhecer que neste capítulo engloba-se outros transtornos. A</p><p>letra B fala que os transtornos são adaptativos e provisórios, sendo que duram pelo menos</p><p>seis meses e se tornam transtornos exatamente por não serem adaptativos. O erro da C é</p><p>afirmar que não pode ter TEPT em crianças menores de seis anos, sendo que o DSM 5 traz</p><p>em pauta separada os critérios para crianças com essa idade. A letra D diz menos de 10,</p><p>sendo que são exatamente 10. E na letra E G. O diagnóstico não deve ser feito</p><p>Pela primeira vez antes dos 6 anos;</p><p>Após os 18 anos de idade;</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra A</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3- (Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TCE-TO) Silvia deu à luz seu filho Rafael há três</p><p>semanas e começou a apresentar sentimentos de culpa e profunda tristeza associadas a</p><p>pensamentos suicidas e dificuldade de se vincular ao bebê. Os sintomas de Silvia podem</p><p>estar relacionados a:</p><p>A) depressão puerperal;</p><p>B) tristeza anaclítica;</p><p>C) ansiedade pós-parto;</p><p>D) transtorno de humor;</p><p>E) transtorno esquizoafetivo.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Veremos adiante a diferença entre baby blues, depressão pós-parto e psicose puerperal (no</p><p>capítulo de psicose), mas essa questão diz sobre sintomas no ciclo gravídico. A Depressão</p><p>Puerperal é um transtorno mental de alta prevalência e que provoca alterações emocionais,</p><p>cognitivas, comportamentais e físicas. Inicia-se de maneira insidiosa, levando até semanas</p><p>após o parto. É uma condição de profunda tristeza, desespero e falta de esperança que</p><p>acontece logo após o parto. Raramente, a situação pode se complicar e evoluir para uma</p><p>forma mais agressiva e extrema da depressão pós-parto, conhecida como psicose pós-</p><p>parto.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra A</p><p>4- (Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: FUNSAÚDE - CE) A hipobulia é um sintoma</p><p>encontrado:</p><p>A) na mania.</p><p>B) na depressão.</p><p>C) na psicose paranoide.</p><p>D) nas síndromes congênitas.</p><p>E) em estados de agitação psicomotora.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Questão interessante que poderia ser resolvida com o entendimento da palavra: HIPO</p><p>(POUCO). BULIA (fala, agitação, vontade). Logo, significa insuficiência da vontade,</p><p>caracterizada por lentidão, uma mudança constante de projetos, dificuldade de decisão</p><p>e/ou de execução. Isso está caracterizado na DEPRESSÃO.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra B</p><p>5- (Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: FUNSAÚDE - CE) Os sintomas de diminuição da</p><p>criatividade, de descontentamento geral e de desesperança, caracterizam a(o):</p><p>A) mania.</p><p>B) anorexia.</p><p>C) sonambulismo.</p><p>D) ansiedade.</p><p>E) depressão.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Mais uma questão que envolve sintomas ansiosos na depressão. Lembrando que não está</p><p>no critério diagnóstico, mas sim nas características que apoiam o diagnóstico. Além disso,</p><p>a questão fala sobre desesperança e diminuições (aquilo que for HIPO, ou seja, que diminui</p><p>o ritmo PSIQUICO, tende a ser depressão.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra E</p><p>6- (Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PG-DF) A escola encaminhou João, 15</p><p>anos de idade, para atendimento psicológico após denúncia de colegas de que João</p><p>estava se automutilando e postando fotos em redes sociais. Diagnosticado com</p><p>depressão aos 8 anos, ele iniciou acompanhamento psiquiátrico e psicológico à época.</p><p>Recebeu alta após dois anos de tratamento. Há duas semanas, a pedido da escola, a</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>mãe procurou atendimento psicológico para nova avaliação. João compareceu ao</p><p>atendimento psicológico acompanhado de seus pais, Ana e Antônio, que estavam muito</p><p>preocupados com o filho. Havia cerca de 10 meses João mostrava-se muito agressivo e</p><p>explosivo, ficava muito tempo no celular e vinha apresentando baixo rendimento</p><p>escolar. A mãe relatou que o filho sempre fora vaidoso e preocupado com a aparência,</p><p>mas que vinha negligenciando a higiene básica. Ele se recusava a tomar banho sozinho</p><p>e não cortava nem penteava o</p><p>cabelo. João relatou que tinha medo de tomar banho.</p><p>João fez o seguinte relato: “muitos pensamentos invadiam no momento em que eu</p><p>estava sozinho, principalmente no banho. Quando estou envolvido ou prestando</p><p>atenção em alguma coisa, eles me incomodam menos. Mas parece que no banho, eles</p><p>tomam conta de mim” (sic). E seguiu, no atendimento individual: “Meus pais nem</p><p>desconfiam, mas estou mal há mais de um ano. Na verdade, sempre fui desse jeito! Mas</p><p>tem dois anos que estou pior. Não sinto fome. Tem dia que faço apenas uma refeição.</p><p>Passo o dia inteiro na escola. Finjo que estudo. Não consigo aprender nem me</p><p>concentrar em nada. Começo a resolver um exercício e, daqui a pouco, não sei nem o</p><p>que estou fazendo. Estou levando a escola como posso. Sinto que sou um peso para</p><p>todo mundo. Me sinto só em todos os lugares que estou. Mas sempre foi assim. Só está</p><p>um pouco pior, e não sei nem o porquê. Não sinto vontade de sair da minha cama”(sic).</p><p>Considerando o caso clínico apresentado, o Manual Diagnóstico e Estatístico de</p><p>Transtornos Mentais (DSM V) e diversos aspectos relacionados a psicopatologias, julgue</p><p>o item seguinte.</p><p>João apresenta um quadro de Distimia, com sintomas que causam sofrimento</p><p>significativo e prejuízo no funcionamento social.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Infelizmente às vezes as bancas colocam casos grandes para serem analisados com calma,</p><p>principalmente em torno dos sintomas. Normalmente quando é assim, a própria descrição</p><p>traz quais são os sintomas, quando ocorreu e a quanto tempo está acontecendo, isso nos</p><p>permite responder as questões sobre o assunto. Fragmentos importantes: Diagnosticado</p><p>com depressão aos 8 anos, ele iniciou acompanhamento psiquiátrico e psicológico à</p><p>época. Há duas semanas, a pedido da escola, a mãe procurou atendimento psicológico</p><p>para nova avaliação. Agressivo e explosivo. A mãe relatou que o filho sempre fora</p><p>vaidoso e preocupado com a aparência, mas que vinha negligenciando a higiene básica.</p><p>Ele se recusava a tomar banho sozinho e não cortava nem penteava o cabelo. Não sinto</p><p>fome. Me sinto só em todos os lugares que estou. Mas sempre foi assim.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Ou seja, dá para inferir que é uma depressão crônica (a partir de dois ANOS);</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: ERRADO</p><p>CAPÍTULO SOBRE TRANSTORNOS DE ANSIEDADE</p><p>Compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações</p><p>comportamentais relacionados.</p><p>• Medo é a resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida;</p><p>• Ansiedade é a antecipação de ameaça futura.</p><p>Esses dois estados se sobrepõem, mas também se diferenciam, com o medo sendo</p><p>com mais frequência associado a períodos de excitabilidade autonômica aumentada.</p><p>Às vezes, o nível de medo ou ansiedade é reduzido por comportamentos</p><p>constantes de esquiva.</p><p>Os ataques de pânico se destacam dentro dos transtornos de ansiedade como um</p><p>tipo particular de resposta ao medo (podem ser vistos em outros transtornos mentais).</p><p>Os transtornos de ansiedade diferem entre si nos tipos de objetos ou situações que</p><p>induzem:</p><p>Ao medo, ansiedade ou comportamento de esquiva e na ideação cognitiva</p><p>associada.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Embora os transtornos de ansiedade tendam a ser altamente</p><p>comórbidos entre si, podem ser diferenciados pelo exame detalhado dos tipos de</p><p>situações que são temidos ou evitados e pelo conteúdo dos pensamentos ou crenças</p><p>associadas.</p><p>Os transtornos de ansiedade se diferenciam do medo ou da ansiedade</p><p>adaptativos por serem excessivos ou persistirem além de períodos</p><p>apropriados ao nível de desenvolvimento. Eles diferem do medo ou da</p><p>ansiedade provisórios, com frequência induzidos por estresse, por serem</p><p>persistentes (p. ex., em geral durando seis meses ou mais)</p><p>Muitos dos transtornos de ansiedade se desenvolvem na infância</p><p>e tendem a persistir se não forem tratados. A maioria ocorre com mais frequência em</p><p>indivíduos do sexo feminino do que no masculino. Cada transtorno de ansiedade é</p><p>diagnosticado somente quando os sintomas não são consequência dos efeitos fisiológicos</p><p>do uso de uma substância/medicamento ou de outra condição médica ou não são mais bem</p><p>explicados por outro transtorno mental.</p><p>Se subdividem em:</p><p>Ansiedade</p><p>de</p><p>separação</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Medo ou ansiedade impróprios e excessivos em relação ao estágio de</p><p>desenvolvimento, envolvendo a separação daqueles com quem o</p><p>Ansiedade de</p><p>separação</p><p>Mutismo seletivo Fobia específica</p><p>Transtorno de</p><p>ansiedade social (fobia</p><p>social)</p><p>Transtorno de pânico Agorafobia</p><p>Transtorno de ansiedade</p><p>generalizada</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>indivíduo tem apego, evidenciados por três (ou mais) dos seguintes</p><p>aspectos:</p><p>1. Sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou previsão de</p><p>afastamento de casa ou de figuras importantes de apego.</p><p>2. Preocupação persistente e excessiva acerca da possível perda ou de</p><p>perigos envolvendo figuras importantes de apego, tais como doença,</p><p>ferimentos, desastres ou morte.</p><p>3. Preocupação persistente e excessiva de que um evento indesejado leve</p><p>à separação de uma figura importante de apego (p. ex., perder-se, ser</p><p>sequestrado, sofrer um acidente, ficar doente).</p><p>4. Relutância persistente ou recusa a sair, afastar-se de casa, ir para a</p><p>escola, o trabalho ou a qualquer outro lugar, em virtude do medo da</p><p>separação.</p><p>5. Temor persistente e excessivo ou relutância em ficar sozinho ou sem as</p><p>figuras importantes de apego em casa ou em outros contextos.</p><p>6. Relutância ou recusa persistente em dormir longe de casa ou dormir sem</p><p>estar próximo a uma figura importante de apego.</p><p>7. Pesadelos repetidos envolvendo o tema da separação.</p><p>8. Repetidas queixas de sintomas somáticos (p. ex., cefaleias, dores</p><p>abdominais, náusea ou vômitos) quando a separação de figuras</p><p>importantes de apego ocorre ou é prevista.</p><p>C. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo</p><p>no funcionamento social, acadêmico, profissional ou em outras áreas</p><p>importantes da vida do indivíduo.</p><p>D. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental.</p><p>Marco temporal: B. O medo, a ansiedade ou a esquiva é persistente,</p><p>durando pelo menos quatro semanas em crianças e adolescentes e</p><p>geralmente seis meses ou mais em adultos.</p><p>Observações importantes: O início do transtorno de ansiedade de</p><p>separação pode ocorrer em idade pré-escolar e em qualquer momento</p><p>durante a infância e mais raramente na adolescência. O transtorno de</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>ansiedade de separação frequentemente se desenvolve após um estresse</p><p>vital, sobretudo uma perda</p><p>Mutismo</p><p>seletivo</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Fracasso persistente para falar em situações sociais específicas nas</p><p>quais existe a expectativa para tal (p. ex., na escola), apesar de falar em</p><p>outras situações.</p><p>B. A perturbação interfere na realização educacional ou profissional ou na</p><p>comunicação social.</p><p>C. A duração mínima da perturbação é um mês (não limitada ao primeiro</p><p>mês de escola).</p><p>D. O fracasso para falar não se deve a um desconhecimento</p><p>ou desconforto com o idioma exigido pela situação social.</p><p>E. A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno da</p><p>comunicação.</p><p>Marco temporal: Mínimo 1 mês</p><p>Observações importantes: O fracasso na fala ocorre em interações sociais</p><p>com crianças ou adultos. A perturbação é com frequência marcada por</p><p>intensa ansiedade social. Podem incluir timidez excessiva, medo de</p><p>constrangimento, isolamento e retraimento sociais, traços compulsivos,</p><p>negativismo, ataques de birra ou comportamento opositor leve. O início</p><p>do mutismo seletivo é habitualmente antes dos 5 anos de idade, mas a</p><p>perturbação pode não receber atenção clínica até a entrada na escola</p><p>Fobia</p><p>específica</p><p>Estímulo</p><p>fóbico</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação (p.</p><p>ex., voar, alturas, animais, tomar uma injeção, ver sangue).</p><p>B. O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma</p><p>resposta imediata de medo ou ansiedade.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>C. O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com</p><p>intensa ansiedade ou sofrimento.</p><p>D. O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real</p><p>imposto pelo objeto ou situação específica e ao contexto sociocultural.</p><p>E. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração</p><p>mínima de seis meses.</p><p>F. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente</p><p>significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em</p><p>outras áreas importantes da vida do indivíduo.</p><p>G. A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro</p><p>transtorno mental.</p><p>Tipos de fobias específicas:</p><p>1- Animal (p. ex., aranhas, insetos, cães).</p><p>2- Ambiente natural (p. ex., alturas, tempestades, água).</p><p>3- Sangue-injeção-ferimentos (p. ex., agulhas, procedimentos médicos</p><p>invasivos).</p><p>4- Situacional:(p. ex., aviões, elevadores, locais fechados).</p><p>Marco temporal: Mínimo de seis meses de duração;</p><p>Observações importantes: Nota: Em crianças, o medo ou ansiedade pode</p><p>ser expresso por choro, ataques de raiva, imobilidade ou comportamento</p><p>de agarrar-se. É comum que os indivíduos tenham múltiplas fobias</p><p>específicas. Muitas pessoas com fobias específicas sofreram durante</p><p>muitos anos e alteraram suas circunstâncias de vida com o objetivo de</p><p>evitar o objeto ou situação fóbica o máximo possível. Razão do transtorno:</p><p>Após um evento traumático;</p><p>Observação de outras pessoas que passam por um evento traumático;</p><p>Por um ataque de pânico inesperado na situação a ser temida;</p><p>Transmissão de informações (p. ex., ampla cobertura da mídia de um</p><p>acidente aéreo).</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Entretanto, muitas pessoas com fobia específica não conseguem se</p><p>lembrar da razão para o início de suas fobias.</p><p>Os indivíduos com fobia específica têm até 60% mais probabilidade de</p><p>fazer uma tentativa de suicídio do que indivíduos sem o diagnóstico.</p><p>Diagnóstico diferencial: Agorafobia. A fobia específica situacional pode</p><p>se parecer com a Agorafobia na sua apresentação clínica, dada a</p><p>sobreposição nas situações temidas (p. ex., voar, locais fechados,</p><p>elevadores).</p><p>Se um indivíduo teme apenas uma das</p><p>situações da Agorafobia, então fobia específica, situacional, pode ser</p><p>diagnosticada.</p><p>Se duas ou mais situações agorafóbicas são temidas, um diagnóstico de</p><p>Agorafobia é provavelmente justificado. Agorafobia à dois ou mais</p><p>espaços.</p><p>Exemplo do próprio DSM 5: um indivíduo que tem medo de aviões e</p><p>elevadores (que se sobrepõe à situação agorafóbicas do “transporte</p><p>público”), mas não tem medo de outras situações agorafóbicas, seria</p><p>diagnosticado com fobia específica, situacional, enquanto um indivíduo</p><p>que tem medo de aviões, elevadores e multidões (que se sobrepõe a duas</p><p>situações agorafóbicas, “uso de transporte público” e “ficar em uma fila e</p><p>estar em uma multidão”) seria diagnosticado com Agorafobia. Na</p><p>Agorafobia, as situações são temidas ou evitadas “devido a pensamentos</p><p>de que escapar poderia ser difícil ou de que o auxílio pode não estar</p><p>disponível no caso de desenvolvimento de sintomas do tipo pânico ou</p><p>outros sintomas incapacitantes ou constrangedores”) também pode ser útil</p><p>na diferenciação entre Agorafobia e fobia específica.</p><p>Transtorno</p><p>de</p><p>ansiedade</p><p>social (fobia</p><p>social)</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações</p><p>sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras</p><p>pessoas.</p><p>B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade</p><p>que serão avaliados negativamente</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Medo</p><p>de ser</p><p>avaliado</p><p>C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade.</p><p>D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou</p><p>ansiedade.</p><p>E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada</p><p>pela situação social e o contexto sociocultural.</p><p>F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais</p><p>de seis meses. Não é um único episódio.</p><p>G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente</p><p>significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras</p><p>áreas importantes da vida do indivíduo.</p><p>H. O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos efeitos</p><p>fisiológicos de uma substância ou de outra condição médica.</p><p>I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas</p><p>de outro transtorno mental.</p><p>Marco temporal: pelo menos seis meses.</p><p>Observações importantes: Em crianças, a ansiedade deve ocorrer em</p><p>contextos que envolvem seus pares, e não apenas em interações com</p><p>adultos. Podem ser inadequadamente assertivos ou muito submissos ou,</p><p>com menos frequência, muito controladores da conversa. 75% dos</p><p>indivíduos têm idade de início entre 8 e 15 anos. Indivíduos do sexo</p><p>feminino com transtorno de ansiedade social relatam um número maior de</p><p>medos e transtornos depressivo, bipolar e de ansiedade comórbidos,</p><p>enquanto os do masculino têm mais probabilidade de ter medo de</p><p>encontros, ter transtorno de oposição desafiante ou transtorno da conduta</p><p>e usar álcool e drogas ilícitas para aliviar os sintomas do transtorno. A</p><p>parurese é mais comum no sexo masculino.</p><p>Diagnóstico diferencial: Timidez normal. A timidez é um</p><p>traço de personalidade comum e não é por si só patológica. Em algumas</p><p>sociedades, a timidez é até avaliada positivamente. Entretanto, quando</p><p>existe um impacto adverso significativo no funcionamento social,</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo, um</p><p>diagnóstico de transtorno de ansiedade social deve ser considerado, e,</p><p>quando são satisfeitos todos os critérios para transtorno de ansiedade</p><p>social, o transtorno deve ser diagnosticado.</p><p>Transtorno</p><p>de pânico</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Ataques de pânico recorrentes e inesperados.</p><p>Um ataque de pânico é:</p><p>Um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que</p><p>alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou</p><p>mais) dos seguintes sintomas:</p><p>Pode acontecer também:</p><p>11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização</p><p>(sensação de estar distanciado de si mesmo).</p><p>12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”.</p><p>13. Medo de morrer.</p><p>1. Palpitações 2. Sudorese</p><p>3- Tremores ou</p><p>abalos</p><p>4- Sensações</p><p>de falta de ar</p><p>5. Sensações</p><p>de asfixia</p><p>6. Dor ou</p><p>desconforto</p><p>torácico</p><p>7. Náusea ou</p><p>desconforto</p><p>abdominal</p><p>8. Sensação de</p><p>tontura</p><p>9. Calafrios ou</p><p>ondas de calor</p><p>10. Parestesias</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma</p><p>ou de ambas as seguintes características:</p><p>1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico</p><p>adicionais ou sobre suas consequências (p. ex., perder o controle, ter um</p><p>ataque cardíaco, “enlouquecer”).</p><p>2. Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento</p><p>relacionada aos ataques (p. ex., comportamentos que têm por finalidade</p><p>evitar ter ataques de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações</p><p>desconhecidas).</p><p>C. A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma</p><p>substância ou de outra condição médica.</p><p>D. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental.</p><p>Marco temporal: O termo recorrente significa literalmente mais de um</p><p>ataque de pânico inesperado (não pode se resumir a um episódio. A</p><p>frequência e a gravidade dos ataques de pânico variam de forma</p><p>considerável.</p><p>Observações importantes: O surto abrupto pode ocorrer a partir de um</p><p>estado calmo ou de um estado ansioso. O transtorno de pânico raramente</p><p>ocorre em contextos clínicos na ausência de outra psicopatologia. Sua</p><p>prevalência é elevada em indivíduos com outros transtornos, sobretudo</p><p>outros transtornos de ansiedade.</p><p>Diferença entre ataque do pânico e transtorno do pânico: os ataques são</p><p>episódicos, não precisam ser seguidos dos critérios nomeados no</p><p>transtorno em si. Ataques de pânico inesperados repetidos são</p><p>necessários, mas não suficientes, para o diagnóstico de transtorno de</p><p>pânico (i.e., todos os critérios diagnósticos para transtorno de pânico</p><p>devem ser satisfeitos).</p><p>Agorafobia</p><p>Diversas</p><p>situações</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Medo ou ansiedade marcantes acerca de duas (ou mais) das cinco</p><p>situações seguintes:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>B. O indivíduo tem medo ou evita essas situações devido a pensamentos</p><p>de que pode ser difícil escapar ou de que o auxílio pode não estar</p><p>disponível no caso de desenvolver sintomas do tipo pânico ou outros</p><p>sintomas incapacitantes ou constrangedores</p><p>C. As situações agorafóbicas quase sempre provocam medo ou ansiedade.</p><p>D. As situações agorafóbicas são ativamente evitadas, requerem a</p><p>presença de uma companhia ou são suportadas com intenso medo ou</p><p>ansiedade.</p><p>E. O medo ou ansiedade é desproporcional ao perigo real apresentado</p><p>pelas situações agorafóbicas e ao contexto sociocultural.</p><p>F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais</p><p>de seis meses.</p><p>G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente</p><p>significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras</p><p>áreas importantes da vida do indivíduo.</p><p>H. Se outra condição médica está presente, o medo, ansiedade ou esquiva</p><p>é claramente excessivo.</p><p>I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas</p><p>de outro transtorno mental e não estão relacionados exclusivamente a</p><p>obsessões (como no transtorno obsessivo-compulsivo), percepção de</p><p>defeitos ou falhas na aparência física (como no transtorno dismórfico</p><p>corporal) ou medo de separação (como no transtorno de ansiedade de</p><p>separação).</p><p>Marco temporal: Pelo menos seis meses</p><p>1. Uso de</p><p>transporte público</p><p>2. Permanecer em</p><p>espaços abertos</p><p>3. Permanecer em</p><p>locais fechados</p><p>4. Permanecer em</p><p>uma fila ou ficar em</p><p>meio a uma</p><p>multidão</p><p>5. Sair de casa</p><p>sozinho</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Observações importantes: A desmoralização e os sintomas depressivos,</p><p>bem como o abuso de álcool e medicamentos sedativos como estratégias</p><p>inadequadas de automedicação, são comuns. O curso da Agorafobia é</p><p>tipicamente persistente e crônico. A remissão completa é rara (10%), a</p><p>menos que a doença seja tratada.</p><p>Transtorno</p><p>de</p><p>ansiedade</p><p>generalizad</p><p>a</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva),</p><p>ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos</p><p>eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).</p><p>B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.</p><p>C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos</p><p>seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na</p><p>maioria dos dias nos últimos seis meses).</p><p>D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento</p><p>clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional</p><p>ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.</p><p>E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância</p><p>ou a outra condição médica.</p><p>F. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental.</p><p>Marco temporal: pelo menos seis meses (gravar).</p><p>1.</p><p>Inquietação/nervo</p><p>s à flor da pele</p><p>2.</p><p>Fatigabilidade</p><p>3. Dificuldade</p><p>em</p><p>concentrar-se</p><p>4.</p><p>Irritabilidade</p><p>5. Tensão</p><p>muscular</p><p>6.</p><p>Perturbação</p><p>do sono</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Observações importantes: Apenas um item (dos três exigidos para</p><p>adultos) é exigido para crianças. Pode haver tremores, contrações, abalos</p><p>e dores musculares, nervosismo ou irritabilidade associados a tensão</p><p>muscular. Em contextos clínicos, o transtorno de ansiedade generalizada é</p><p>diagnosticado com frequência um pouco maior no sexo feminino do que</p><p>no masculino.</p><p>Questões comentadas: Transtornos de ansiedade</p><p>1- (Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de São José dos Campos - SP) Márcia está</p><p>de licença médica em seu trabalho após ter sido diagnosticada com Transtorno de</p><p>Pânico. O atual Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, conhecido</p><p>como DSM V, classifica esse transtorno no grupo de:</p><p>A) Transtornos do Humor e Depressivos.</p><p>B) Transtornos Dissociativos.</p><p>C) Transtornos de Ansiedade.</p><p>D) Transtornos Relacionados a Trauma e a Estressores.</p><p>E) Transtornos do Controle de Impulsos.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Essa foi só para iniciarmos, embora seja uma questão de uma banca costumeiramente difícil.</p><p>Segue sintomas para lembrarem.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica</p><p>e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra C</p><p>2- (Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: AL-MA) Fabrício foi aprovado na faculdade de</p><p>administração, mas está tendo dificuldades em participar das atividades exigidas pois</p><p>vem desenvolvendo ansiedade excessiva e desproporcional ao ter que falar com os</p><p>colegas e professores, além de não conseguir participar de nenhuma apresentação de</p><p>trabalho, pois não consegue falar em público. Diante desses sintomas, o rapaz buscou</p><p>ajuda psicoterápica.</p><p>A sintomatologia apresentada por Fabrício é sugestiva de transtorno:</p><p>A) bulímico.</p><p>B) maníaco.</p><p>C) vigoréxico.</p><p>D) dismórfico corporal.</p><p>E) de ansiedade social.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Para respondermos essa questão, é necessário compreender os sintomas que Fabrício</p><p>apresenta. Vale ressaltar que os transtornos ansiosos envolvem aquilo que é</p><p>DESPROPORCIONAL ao “perigo” real. Trago aqui a literalidade do DSM 5, pois a repetição</p><p>faz o aprendizado:</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o</p><p>indivíduo é exposto a possível avaliação por outras pessoas;</p><p>B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados</p><p>negativamente;</p><p>1. Palpitações 2. Sudorese</p><p>3- Tremores</p><p>ou abalos</p><p>4- Sensações</p><p>de falta de ar</p><p>5. Sensações</p><p>de asfixia</p><p>6. Dor ou</p><p>desconforto</p><p>torácico</p><p>7. Náusea ou</p><p>desconforto</p><p>abdominal</p><p>8. Sensação de</p><p>tontura</p><p>9. Calafrios ou</p><p>ondas de calor</p><p>10. Parestesias</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade;</p><p>D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou ansiedade.</p><p>E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social</p><p>e o contexto sociocultural.</p><p>F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses.</p><p>Não é um único episódio.</p><p>G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo</p><p>no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra E</p><p>3- (Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: DPE-RS) Amarila sempre viveu com a mãe, Gisela, que</p><p>morreu abruptamente há alguns meses. Mãe e filha eram muito unidas e, desde a morte</p><p>de Gisela, Amarila passou a apresentar crises de ansiedade repentina e intensa, com</p><p>forte sensação de medo ou mal-estar, sintomas de palpitação e dores torácicas,</p><p>sensações de asfixia, tonturas e sentimentos de despersonalização. Ela também relata</p><p>que está com muito medo de morrer. Em função dessa sintomatologia, Amarila buscou</p><p>por emergência médica três vezes, mas não foi encontrado nada físico que justificasse</p><p>os sintomas. Sugeriu-se então que ela procurasse ajuda em ambulatório psiquiátrico. Os</p><p>sintomas de Amarila são sugestivos de:</p><p>A) transtorno de pânico;</p><p>B) transtorno afetivo bipolar;</p><p>C) esquizofrenia;</p><p>D) transtorno esquizoafetivo;</p><p>E) Agorafobia.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Ressaltando pontos importantes: medo de morrer, despersonalização, crises repentinas.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra A</p><p>4- (Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Manaus - AM) O Manual Diagnóstico e</p><p>Estatístico de Transtornos Mentais (DSM V), da American Psychiatric Association, é uma</p><p>classificação de transtornos mentais e critérios associados em que as múltiplas</p><p>manifestações dos transtornos mentais são organizadas em grupos de acordo com suas</p><p>características clínicas mais distintivas. De acordo com DSM V, são classificados como</p><p>Transtornos de Ansiedade:</p><p>A) fobia social e a Distimia.</p><p>B) Agorafobia e o transtorno de pânico.</p><p>C) claustrofobia e a ciclotimia.</p><p>D) o transtorno de estresse pós-traumático e a bulimia.</p><p>E) o transtorno borderline e a hiperatividade.</p><p>COMENTÁRIO: questão tranquila para essa banca. Exige saber onde se aloca cada</p><p>transtorno.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra B</p><p>5- (Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: FAMEMA). Um paciente atendido na emergência de</p><p>um hospital com queixa de taquicardia é encaminhado ao serviço de psicoterapia,</p><p>depois de exames que descartaram comprometimento físico. Ao longo das sessões,</p><p>relata retraimento social desde a infância, referindo lembranças de isolamento em várias</p><p>situações sociais. Quando se sentia observado por uma ou mais pessoas, era</p><p>1. Palpitações 2. Sudorese</p><p>3- Tremores</p><p>ou abalos</p><p>4- Sensações</p><p>de falta de ar</p><p>5. Sensações</p><p>de asfixia</p><p>6. Dor ou</p><p>desconforto</p><p>torácico</p><p>7. Náusea ou</p><p>desconforto</p><p>abdominal</p><p>8. Sensação de</p><p>tontura</p><p>9. Calafrios ou</p><p>ondas de calor</p><p>10. Parestesias</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>progressivamente acometido por tique motor caracterizado pela contração da</p><p>musculatura da face e, por isso, procurava esconder parte do rosto com as mãos, se</p><p>esquivando ou encerrando contato social para sair do local. O mal-estar aumentava</p><p>subitamente frente à ideia de ser observado e de crítica alheia, levando a sudorese e</p><p>vertigem.</p><p>Face à descrição apresentada, assinale a opção que identifica corretamente o transtorno</p><p>em questão.</p><p>A) Transtorno de estresse pós-traumático.</p><p>B) Transtorno distímico.</p><p>C) Transtorno de ansiedade generalizada.</p><p>D) Transtorno obsessivo-compulsivo.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Vamos relembrar os sintomas de TAG:</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra C</p><p>1.</p><p>Inquietação/nervo</p><p>s à flor da pele</p><p>2.</p><p>Fatigabilidade</p><p>3. Dificuldade</p><p>em</p><p>concentrar-se</p><p>4.</p><p>Irritabilidade</p><p>5. Tensão</p><p>muscular</p><p>6.</p><p>Perturbação</p><p>do sono</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>CAPÍTULO SOBRE OBSESSIVO-COMPULSIVO E</p><p>TRANSTORNOS RELACIONADOS</p><p>A inclusão de um capítulo sobre os transtornos obsessivo-compulsivos e transtornos</p><p>relacionados no DSM-5 reflete as crescentes evidências da relação desses transtornos entre</p><p>si em termos de uma gama de validadores diagnósticos (antes fazia o TOC fazia parte do</p><p>capítulo de ansiedade). Os transtornos obsessivo-compulsivos e transtornos relacionados</p><p>diferem das preocupações e rituais típicos das diferentes fases de desenvolvimento por</p><p>serem excessivos e persistirem além dos períodos apropriados ao nível de desenvolvimento.</p><p>A distinção entre a presença de sintomas subclínicas e um transtorno clínico requer a</p><p>avaliação de inúmeros fatores, incluindo o nível de sofrimento do indivíduo e o prejuízo no</p><p>funcionamento.</p><p>Transtorno</p><p>obsessivo-</p><p>compulsivo</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Presença de obsessões, compulsões ou ambas:</p><p>Obsessões são definidas por (1) e (2):</p><p>1. Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e</p><p>persistentes que, em algum momento durante a perturbação, são</p><p>experimentados como intrusivos e indesejados e que, na maioria</p><p>dos indivíduos, causam acentuada ansiedade ou sofrimento.</p><p>2. O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos,</p><p>impulsos ou imagens ou neutralizá-los com algum outro</p><p>pensamento</p><p>foi produzido pela psicóloga Larissa</p><p>Helen, nossa parceira do Estratégia Saúde (@amordepsi_). Caso você tenha alguma dúvida,</p><p>não hesite em me perguntar! Meus principais canais são e-mail ou direct pelo Instagram:</p><p>Prof. Thayse Duarte</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>INTRODUÇÃO À PSICOPATOLOGIA</p><p>Neste capítulo, você irá estudar os aspectos introdutórios de psicopatologia. Os</p><p>principais temas tratados são:</p><p>• Definição e Tipos de Psicopatologias;</p><p>• Normalidade versus Anormalidade;</p><p>• Sintomas Psicopatológicos;</p><p>• Avaliação Psicopatológica e</p><p>• Diagnóstico Psicopatológico</p><p>Todos esses temas são essenciais para que você possa compreender as características dos</p><p>transtornos que serão estudados nos demais capítulos. Além disso, esses assuntos iniciais</p><p>também são cobrados em prova, como você verá ao longo desta aula.</p><p>Bastante atenção e foco na psicopatologia!</p><p>1 – Definição e Psicopatologias</p><p>O ponto de partida para os estudos em psicopatologia é a sua definição:</p><p>“[A psicopatologia é] ramo da ciência que trata da natureza essencial da</p><p>doença ou transtorno mental – suas causas, as mudanças estruturais e</p><p>funcionais associadas a ela e suas formas de manifestação.” Ou ainda “A</p><p>psicopatologia, em uma acepção mais ampla, pode ser definida como o</p><p>conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser</p><p>humano. É um conhecimento que se esforça por ser sistemático, elucidativo</p><p>e desmistificante.” (Dalgalarrondo, 2019, p. 6)</p><p>A partir dessa definição, pode-se afirmar que a psicopatologia não adota critérios de valor</p><p>ou julgamentos morais diante do seu objeto de estudo. O seu interesse está em observar,</p><p>identificar e compreender os elementos constitutivos dos transtornos mentais. Para tanto,</p><p>baseia-se em debates e pesquisas científicos.</p><p>A psicopatologia – apesar de estar tradicionalmente vinculada à medicina – nutre-se de</p><p>conhecimentos oferecidos por diversas áreas do conhecimento. É uma ciência autônoma</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>e, assim, não pode ser confundida com outras ciências correlatas, tais como neurologia,</p><p>neuropsicologia ou psicologia.</p><p>Graças às influências teóricas a que está exposta, a psicopatologia tem sido compreendida</p><p>a partir de diferentes tipos. De acordo com Dalgalarrondo (2019), essas perspectivas</p><p>teóricas se organizam da seguinte forma:</p><p>Psicopatologia Comportamental e Cognitivista versus Psicopatologia Psicanalista</p><p>As duas modalidades de psicopatologia recebem influências diretas da psicologia. A</p><p>psicopatologia comportamental e cognitivista entende que os sintomas psicopatológicos</p><p>são resultantes de comportamentos e cognições disfuncionais, os quais foram aprendidos</p><p>e reforçados ao longo da vida do sujeito.</p><p>A psicopatologia psicanalítica pressupõe que o indivíduo é dominado por forças</p><p>inconscientes. Os sintomas psicopatológicos são originados a partir de um compromisso</p><p>entre desejo, normais culturais e possibilidades de satisfação dos desejos. Assim, os</p><p>sintomas expressam conflitos inconscientes.</p><p>Psicopatologia Biológica versus Psicopatologia Sociocultural</p><p>A psicopatologia biológica estuda os componentes cerebrais, neuroquímicos e/ou</p><p>neurofisiológicos relacionados às doenças mentais ou sintomas psicopatológicos. Ela</p><p>acredita que o transtorno mental é decorrente de mudanças no funcionamento neuronal.</p><p>A psicopatologia sociocultural entende que os transtornos mentais se originam a partir de</p><p>fatores culturais (exemplo: discriminação, pobreza, estresse ocupacional, etc.). Nessa</p><p>perspectiva, a cultura é quem determina o que são os comportamentos desviantes e</p><p>estabelece os recursos terapêuticos disponíveis para o tratamento.</p><p>Psicopatologia Médica versus Psicopatologia Existencial</p><p>A psicopatologia médica está pautada na ideia de ser humano corporal, biológico,</p><p>espécie natural e universal. Em função disso, o adoecimento mental corresponde a uma</p><p>disfunção ou desregulação do sistema nervoso.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A psicopatologia existencial visualiza o paciente a partir de uma “existência singular” que</p><p>está em um mundo natural e biológico (dimensão elementar), mas o qual é principalmente</p><p>histórico e humano. Assim, o transtorno mental é tratado como uma disfunção biológica</p><p>e/ou psicológica. No entanto, a crença principal é de que tal transtorno é um modo</p><p>particular de existência.</p><p>Psicopatologia Operacional-Pragmática versus Psicopatologia Fundamental</p><p>A psicopatologia operacional-pragmática se baseia em definições de transtornos mentais</p><p>e sintomas como formulações abstratas. Essa perspectiva é adotada em função da sua</p><p>utilidade prática, clínica ou para produção de conhecimento. Ela é encontrada no Manual</p><p>Diagnóstico e Estatístico (DSM-5) e no Código Internacional de Doenças (CID).</p><p>A psicopatologia fundamental está pautada em fundamentos históricos e conceituais na</p><p>definição de transtornos/doenças mentais. Nessa perspectiva estão incluídas diferentes e</p><p>complementares tradições, tais como a médica, a literária, a artística e outras.</p><p>Uma vez apresentado os possíveis tipos de psicopatologia existentes, você irá estudar sobre</p><p>um debate acirrado nesse campo de estudo. O que é o normal e o patológico?</p><p>2 – Normalidade versus Anormalidade</p><p>A discussão sobre o normal e o patológico ocorre há longos anos. Tradicionalmente, o</p><p>normal está associado aquilo que é socialmente desejável e bom. O patológico, em</p><p>contraposição, indica algo indesejável e ruim.</p><p>No entanto, como você já sabe, a psicopatologia é uma ciência. Assim, a distinção entre</p><p>normal e patológico precisa se basear em outros critérios para além de julgamentos próprios</p><p>do senso comum.</p><p>Apesar disso, a ciência é uma produção tipicamente humana. Esse fato implica que –ainda</p><p>que em graus variados – a discussão sobre o normal e o patológico será sempre permeada</p><p>por posições políticas e filosóficas. A questão principal é que a definição de normalidade</p><p>e patologia apresenta desdobramentos sociais importantes.</p><p>Para começar a entender melhor essa discussão, Dalgalarrondo (2019, p.16-19) indica a</p><p>existência dos seguintes critérios de normalidade:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>NORMALIDADE COMO AUSÊNCIA DE DOENÇA</p><p>• O indivíduo é normal quando não apresenta transtorno mental;</p><p>• Critério precário porque se baseia em uma definição negativa de normalidade.</p><p>NORMALIDADE IDEAL</p><p>• O normal baseia-se em critérios socioculturais e ideológicos arbitrários sobre o que é</p><p>ser saudável e evoluído;</p><p>• Critério falho e precário porque assume um caráter dogmático e doutrinário.</p><p>Normalidade como</p><p>ausência de doença</p><p>Normalidade ideal</p><p>Normalidade</p><p>estatística</p><p>Normalidade como</p><p>bem-estar</p><p>Normalidade</p><p>funcional</p><p>Normalidade como</p><p>processo</p><p>Normalidade</p><p>subjetiva</p><p>Normalidade como</p><p>liberdade</p><p>Normalidade</p><p>operacional</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso</p><p>ou ação.</p><p>Obsessivo-</p><p>compulsivo</p><p>(TOC)</p><p>Transtorno</p><p>dismórfico</p><p>corporal</p><p>Transtorno de</p><p>acumulação</p><p>Tricotilomania</p><p>transtorno de</p><p>escoriação</p><p>(skin-picking)</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>As compulsões são definidas por (1) e (2):</p><p>1. Comportamentos repetitivos (p. ex., lavar as mãos,</p><p>organizar, verificar) ou atos mentais (p. ex., orar, contar ou repetir</p><p>palavras em silêncio) que o indivíduo se sente compelido a executar</p><p>em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que</p><p>devem ser rigidamente aplicadas.</p><p>2. Os comportamentos ou os atos mentais visam prevenir ou</p><p>reduzir a ansiedade ou o sofrimento ou evitar algum evento ou</p><p>situação temida; entretanto, esses comportamentos ou atos</p><p>mentais não têm uma conexão realista com o que visam neutralizar</p><p>ou evitar ou são claramente excessivos.</p><p>B. As obsessões ou compulsões tomam tempo ou causam</p><p>sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento</p><p>social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do</p><p>indivíduo.</p><p>C. Os sintomas obsessivo-compulsivos não se devem aos efeitos</p><p>fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica.</p><p>D. A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de</p><p>outro transtorno mental.</p><p>Marco temporal: DSM não traz.</p><p>Observações importantes: Crianças pequenas podem não ser</p><p>capazes de enunciar os objetivos desses comportamentos ou atos</p><p>mentais.</p><p>• Com insight bom ou razoável: O indivíduo reconhece que as</p><p>crenças do transtorno obsessivo-compulsivo são definitivas</p><p>ou provavelmente não verdadeiras ou que podem ou não</p><p>ser verdadeiras.</p><p>• Com insight pobre: O indivíduo acredita que as crenças do</p><p>transtorno obsessivo-compulsivo são provavelmente</p><p>verdadeiras.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>• Com insight ausente/crenças delirantes: O indivíduo está</p><p>completamente convencido de que as crenças do transtorno</p><p>obsessivo-compulsivo são verdadeiras.</p><p>O sexo masculino tem idade de início mais precoce de TOC do que</p><p>o feminino, além de maior probabilidade de ter transtornos de</p><p>tique comórbidos.</p><p>Diagnóstico diferencial: Transtorno da personalidade obsessivo-</p><p>compulsiva à embora ambos tenham nomes semelhantes, suas</p><p>manifestações clínicas são bem diferentes. O transtorno da</p><p>personalidade obsessivo-compulsiva não é caracterizado por</p><p>pensamentos intrusivos, imagens ou impulsos ou por</p><p>comportamentos repetitivos que são executados em resposta a</p><p>essas intrusões; em vez disso, ele envolve um padrão mal</p><p>adaptativo duradouro e disseminado de perfeccionismo excessivo</p><p>e controle rígido. Se um indivíduo manifesta sintomas de TOC e</p><p>transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva, ambos os</p><p>diagnósticos podem ser dados.</p><p>Transtorno</p><p>Dismórfico</p><p>Corporal</p><p>Anteriormente</p><p>conhecido como</p><p>dismorfofobia</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Preocupação com um ou mais defeitos ou falhas percebidas:</p><p>Na aparência física que não são observáveis ou que parecem</p><p>leves para os outros.</p><p>B. Em algum momento durante o curso do transtorno, o indivíduo</p><p>executou comportamentos repetitivos (p. ex., verificar-se no</p><p>espelho, arrumar-se excessivamente, beliscar a pele, buscar</p><p>tranquilização) ou atos mentais (p. ex., comparando sua aparência</p><p>com a de outros) em resposta às preocupações com a aparência.</p><p>C. A preocupação causa sofrimento clinicamente significativo ou</p><p>prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas</p><p>importantes da vida do indivíduo.</p><p>D. A preocupação com a aparência não é mais bem explicada por</p><p>preocupações com a gordura ou o peso corporal em um indivíduo</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>cujos sintomas satisfazem os critérios diagnósticos para um</p><p>transtorno alimentar.</p><p>Marco temporal: DSM não traz.</p><p>Observações importantes: Muitos indivíduos com transtorno</p><p>dismórfico corporal têm ideias ou delírios de referência,</p><p>acreditando que outras pessoas prestam especial atenção neles ou</p><p>caçoam deles devido a sua aparência. O transtorno dismórfico</p><p>corporal está associado a altos níveis de ansiedade, ansiedade</p><p>social, esquiva social, humor deprimido, neuroticismo e</p><p>perfeccionismo, bem como a baixa extroversão e baixa autoestima.</p><p>Obs.: O traço de personalidade neuroticismo refere-se ao nível</p><p>crônico de desajustamento e instabilidade emocional</p><p>• Com insight bom ou razoável: O indivíduo reconhece que as</p><p>crenças do transtorno dismórfico corporal são definitivas ou</p><p>provavelmente não verdadeiras ou que podem ou não ser</p><p>verdadeiras.</p><p>• Com insight pobre: O indivíduo acredita que as crenças do</p><p>transtorno dismórfico corporal são provavelmente</p><p>verdadeiras. Com insight ausente/crenças delirantes: O</p><p>indivíduo está completamente convencido de que as</p><p>crenças do transtorno dismórfico corporal são verdadeiras.</p><p>Transtorno de</p><p>Acumulação</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Dificuldade persistente de descartar ou de se desfazer de</p><p>pertences, independentemente do seu valor real.</p><p>B. Esta dificuldade se deve a uma necessidade percebida de</p><p>guardar os itens e ao sofrimento associado a descartá-los.</p><p>C. A dificuldade de descartar os pertences resulta:</p><p>Na acumulação de itens que congestionam e obstruem as</p><p>áreas em uso e compromete substancialmente o uso pretendido.</p><p>Se as áreas de estar não estão obstruídas, é somente devido a</p><p>intervenções de outras pessoas</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>D. A acumulação causa sofrimento significativo ou prejuízo no</p><p>funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes</p><p>da vida do indivíduo.</p><p>E. A acumulação não é devida a outra condição médica.</p><p>F. A acumulação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro</p><p>transtorno mental.</p><p>Marco temporal: DSM não traz.</p><p>Observações importantes: Especificar se:</p><p>• Com aquisição excessiva: Se a dificuldade de descartar os</p><p>pertences está acompanhada pela aquisição excessiva de</p><p>itens que não são necessários ou para os quais não existe</p><p>espaço disponível.</p><p>• Com insight bom ou razoável: O indivíduo reconhece que as</p><p>crenças e os comportamentos relacionados à acumulação</p><p>(relativos à dificuldade de descartar itens, à obstrução ou à</p><p>aquisição excessiva) são problemáticos.</p><p>• Com insight pobre: O indivíduo acredita que as crenças e os</p><p>comportamentos relacionados à acumulação (relativos à</p><p>dificuldade de descartar itens, à obstrução ou à aquisição</p><p>excessiva) não são problemáticos apesar das evidências em</p><p>contrário.</p><p>• Com insight ausente/crenças delirantes: O indivíduo está</p><p>completamente convencido de que as crenças e os</p><p>comportamentos relacionados à acumulação (relativos à</p><p>dificuldade de descartar itens, à obstrução ou à aquisição</p><p>excessiva) não são problemáticos apesar das evidências em</p><p>contrário.</p><p>Aproximadamente 75% dos indivíduos com transtorno de</p><p>acumulação têm um transtorno do humor ou de ansiedade</p><p>comórbidos.</p><p>Tricotilomania</p><p>(Transtorno de</p><p>Arrancar o Cabelo)</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Arrancar o próprio cabelo</p><p>de forma recorrente, resultando em</p><p>perda de cabelo.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>B. Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento de</p><p>arrancar o cabelo.</p><p>C. O ato de arrancar cabelo causa sofrimento clinicamente</p><p>significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou</p><p>em outras áreas importantes da vida do indivíduo.</p><p>D. O ato de arrancar cabelo ou a perda de cabelo não se deve a</p><p>outra condição médica</p><p>E. O ato de arrancar cabelo não é mais bem explicado pelos</p><p>sintomas de outro transtorno mental.</p><p>Marco temporal: DSM não traz.</p><p>Observações importantes: O ato de arrancar o cabelo pode vir</p><p>acompanhado de uma gama de comportamentos ou rituais que</p><p>envolvem os fios. Assim, os indivíduos podem procurar um tipo</p><p>particular de pelo para arrancar.</p><p>O ato de arrancar o cabelo também pode ser precedido ou</p><p>acompanhado de vários estados emocionais; pode ser</p><p>desencadeado por sentimentos de ansiedade ou tédio, pode ser</p><p>precedido de um crescente sentimento de tensão (seja</p><p>imediatamente antes de arrancar o cabelo, seja quando tenta</p><p>resistir ao impulso de arrancá-lo) ou pode levar a gratificação,</p><p>prazer ou um sentimento de alívio quando é arrancado. Os locais</p><p>de onde o cabelo é arrancado podem variar com o tempo. O curso</p><p>habitual da tricotilomania é crônico, com algumas remissões e</p><p>recidivas se o transtorno não é tratado. A tricotilomania é, com</p><p>frequência, acompanhada por outros transtornos mentais, mais</p><p>comumente transtorno depressivo maior e transtorno de escoriação</p><p>(skin-picking).</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Transtorno de</p><p>Escoriação (Skin-</p><p>picking)</p><p>Beliscar a</p><p>pele</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Beliscar a pele de forma recorrente, resultando em lesões.</p><p>B. Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento de</p><p>beliscar a pele.</p><p>C. O ato de beliscar a pele causa sofrimento clinicamente</p><p>significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou</p><p>em outras áreas importantes da vida do indivíduo.</p><p>D. O ato de beliscar a pele não se deve aos efeitos fisiológicos de</p><p>uma substância.</p><p>E. O ato de beliscar a pele não é mais bem explicado pelos</p><p>sintomas de outro transtorno mental.</p><p>Marco temporal:</p><p>Observações importantes: Podem beliscar pele saudável,</p><p>irregularidades menores na pele, lesões como espinhas ou</p><p>calosidades ou cascas de lesões anteriores. Além de beliscar a pele,</p><p>pode haver comportamentos de esfregar, espremer e morder. O</p><p>comportamento de beliscar a pele pode ser acompanhado de uma</p><p>gama de comportamentos ou rituais envolvendo a pele ou cascas</p><p>de ferida. Assim, os indivíduos podem procurar por um tipo</p><p>particular de casca de ferida para arrancar e podem examinar,</p><p>brincar ou colocar na boca ou engolir a pele depois de arrancada.</p><p>O ato de beliscar a pele também pode ser precedido ou</p><p>acompanhado por vários estados emocionais. O comportamento</p><p>pode ser desencadeado por sentimentos de ansiedade ou tédio,</p><p>pode ser precedido por uma tensão crescente (seja imediatamente</p><p>antes de beliscar a pele, seja quando tenta resistir ao impulso de</p><p>beliscar) e pode levar a gratificação, prazer ou um sentimento de</p><p>alívio quando a pele ou casca foram arrancadas.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Questões comentadas: Transtorno Obsessivo-compulsivo e</p><p>Transtornos relacionados</p><p>1- (Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: DPE-RS) O transtorno caracterizado por impulsos</p><p>repetitivos de compra ou ajuntamento de itens que resultam no amontoamento de</p><p>objetos, diante da dificuldade em descartar bens, é chamado:</p><p>A) acumulação;</p><p>B) ansiedade;</p><p>C) borderline;</p><p>D) antissocial;</p><p>E) histriônico.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>A repetição traz a aprendizagem: A. Dificuldade persistente de descartar ou de se desfazer</p><p>de pertences, independentemente do seu valor real;</p><p>B. Esta dificuldade se deve a uma necessidade percebida de guardar os itens e ao</p><p>sofrimento associado a descartá-los;</p><p>C. A dificuldade de descartar os pertences resulta:</p><p>Na acumulação de itens que congestionam e obstruem as áreas em uso e compromete</p><p>substancialmente o uso pretendido. Se as áreas de estar não estão obstruídas, é somente</p><p>devido a intervenções de outras pessoas;</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra A</p><p>2- (Ano: 2023 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de São João da Urtiga - RS) Segundo</p><p>o DSM-5, a especificação para o transtorno obsessivo-compulsivo em que o indivíduo</p><p>acredita que as crenças do transtorno obsessivo-compulsivo são provavelmente</p><p>verdadeiras denomina-se:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A) Com insight pobre.</p><p>B) Com insight bom ou razoável.</p><p>C) Com insight ausente/crenças delirantes</p><p>D) Extratensivo.</p><p>E) Intratensivo.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>•Com insight bom ou razoável: O indivíduo reconhece que as crenças do transtorno</p><p>obsessivo-compulsivo são definitivas ou provavelmente não verdadeiras ou que podem ou</p><p>não ser verdadeiras.</p><p>•Com insight pobre: O indivíduo acredita que as crenças do transtorno obsessivo-</p><p>compulsivo são provavelmente verdadeiras.</p><p>•Com insight ausente/crenças delirantes: O indivíduo está completamente convencido de</p><p>que as crenças do transtorno obsessivo-compulsivo são verdadeiras.</p><p>Logo, ALTERNATIVA CORRETA: Letra A</p><p>3- (Ano: 2019 Banca: Crescer Consultorias Órgão: Prefeitura de Monte Alegre do Piauí -</p><p>PI). Sobre o transtorno obsessivo-compulsivo - TOC, assinale a opção ERRADA.</p><p>A) O transtorno obsessivo-compulsivo é caracterizado por pensamentos involuntários de</p><p>naturezas diversas.</p><p>B) O referido transtorno pode ser controlado com terapia e remédios, principalmente</p><p>aqueles que promovem a circulação de serotonina no cérebro.</p><p>C) Os pensamentos involuntários que caracterizam o transtorno obsessivo-compulsivo –</p><p>TOC podem estar relacionados à limpeza (medo de se contaminar, por exemplo), a dúvidas</p><p>(é o caso de quem nunca acredita que trancou a porta), à sexualidade (nojos e vergonhas) e</p><p>à violência (pensamentos sobre matar ou fazer mal a alguém), entre outros.</p><p>D) É considerado o estudo científico do pensamento, percepção, emoção, aprendizagem e</p><p>comportamento dos seres humanos.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>ALTERNATIVA INCORRETA: Letra D, TOC não é um estudo científico de funções</p><p>psíquicas;</p><p>4- (Ano: 2023 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Braga - RS Prova: FUNDATEC -</p><p>2023 - Prefeitura de Braga - RS - Psicólogo) Qual das alternativas abaixo NÃO é um</p><p>Transtorno Obsessivo-compulsivo e Transtornos Relacionados, segundo o DMS-5?</p><p>A) Transtorno Dismórfico Corporal.</p><p>B) Transtorno de Tique Motor ou Vocal Persistente.</p><p>C) Transtorno de Acumulação.</p><p>D) Tricotilomania.</p><p>E) Transtorno de Escoriação.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Algumas questões exigem apenas que a gente</p><p>entenda onde está localizado cada</p><p>transtorno nos capítulos do DSM. Lembrando que os transtornos obsessivos compulsivos e</p><p>relacionados têm intensa relação com os transtornos ansiosos, mas estão em capítulos</p><p>diferentes. Precisamos sempre pensar na aglomeração de transtornos que se relacionam</p><p>com pensamos intrusivos ou atos mentais e comportamentos compulsivos (não</p><p>necessariamente os dois).</p><p>ALTERNATIVA INCORRETA: Letra B. O tique não está nesse capítulo.</p><p>5- (Ano: 2022 Banca: COPESE - UFPI Órgão: Prefeitura de Oeiras - PI Prova: COPESE -</p><p>UFPI - 2022 - Prefeitura de Oeiras - PI - Psicólogo) Assinale a opção INCORRETA quanto</p><p>aos Transtornos Obsessivos-Compulsivos (TOC):</p><p>A) O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é considerado umas das maiores causas de</p><p>incapacitação para o trabalho e para a vida acadêmica, uma vez que, em 10% dos casos,</p><p>sua sintomatologia mostra-se tão incapacitante quanto os sintomas encontrados em</p><p>pacientes esquizofrênicos.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>B) Dentre as principais características do TOC estão: 1) as obsessões, que são pensamentos</p><p>ou imagens recorrentes que possuem certa persistência, e que são classificados como</p><p>intrusivos, ou seja, surgem na mente sem o ―consentimentoǁ do sujeito; 2) as compulsões,</p><p>que são comportamentos repetitivos (rituais ou atos mentais) quando a pessoa sente-se</p><p>compelida a executar em resposta a obsessões ou em virtude de regras que devem ser</p><p>seguidas rigidamente.</p><p>C) O modelo cognitivo para o TOC tem base empírica e propõe que as interpretações</p><p>distorcidas são as responsáveis pelo fato de certos pensamentos intrusivos assumirem um</p><p>significado diferente para o sujeito, ativando pensamentos automáticos de conteúdo</p><p>negativo ou catastrófico e emoções desagradáveis como a ansiedade, o desconforto, o</p><p>medo e a depressão. Em decorrência destas interpretações distorcidas, o indivíduo acaba</p><p>desenvolvendo estratégias para neutralizá-las.</p><p>D) Os critérios diagnósticos do TOC são os seguintes: 1) pensamentos, impulsos ou imagens</p><p>intrusivas que causam acentuada ansiedade ou sofrimento; 2) tentativas de ignorar os</p><p>pensamentos, impulsos e imagens através das compulsões; 3) sofrimento clinicamente</p><p>significativo em razão das obsessões e compulsões; 4) definição sobre os sintomas não são</p><p>causados por outra condição médica.</p><p>E) O TOC pode ter início a partir da adolescência. Quando não é tratado, seu curso é em</p><p>geral crônico, com flutuação da sintomatologia ao longo da vida do sujeito (AMERICAN</p><p>PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014). Por conta da cronicidade e de seu início precoce,</p><p>torna-se importante aprofundar o entendimento sobre essa condição na adolescência, o</p><p>que permitirá o desenvolvimento de práticas de intervenção nos estágios iniciais, visando</p><p>ao diagnóstico e ao tratamento na fase inicial do adoecimento.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Importante ressaltar que as alternativas praticamente copiam e colam do DSM 5.</p><p>O TOC pode ter início a partir da adolescência. Quando não é tratado, seu curso é em</p><p>geral crônico, com flutuação da sintomatologia ao longo da vida do sujeito (AMERICAN</p><p>PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014). Por conta da cronicidade e de seu início precoce,</p><p>torna-se importante aprofundar o entendimento sobre essa condição na adolescência,</p><p>o que permitirá o desenvolvimento de práticas de intervenção nos estágios iniciais,</p><p>visando ao diagnóstico e ao tratamento na fase inicial do adoecimento --> essa questão</p><p>está errada porque não é na adolescência, pode se desenvolver na INFÂNCIA.</p><p>ALTERNATIVA INCORRETA: Letra E</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>CAPÍTULO SOBRE TRANSTORNOS DE</p><p>PERSONALIDADE</p><p>Um transtorno da personalidade é:</p><p>Um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia</p><p>acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível, começa na</p><p>adolescência ou no início da fase adulta, é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento</p><p>ou prejuízo.</p><p>Os transtornos da personalidade estão reunidos em três grupos, com base em semelhanças</p><p>descritivas.</p><p>O Grupo A: inclui os transtornos da personalidade paranoide, esquizoide e esquizotípica.</p><p>Indivíduos com esses transtornos frequentemente parecem esquisitos ou excêntricos.</p><p>O Grupo B: inclui os transtornos da personalidade antissocial, borderline, histriônica e</p><p>narcisista. Indivíduos com esses transtornos costumam parecem dramáticos, emotivos ou</p><p>erráticos.</p><p>O Grupo C: inclui os transtornos da personalidade evitativa, dependente e obsessivo-</p><p>compulsiva. Indivíduos com esses transtornos com frequência parecem ansiosos ou</p><p>medrosos.</p><p>GRUPO A</p><p>Transtorno da</p><p>personalidade</p><p>paranoide</p><p>GRUPO A</p><p>Transtorno da</p><p>personalidade</p><p>esquizoide</p><p>GRUPO A</p><p>Transtorno da</p><p>personalidade</p><p>esquizotípica</p><p>GRUPO B</p><p>Transtorno da</p><p>personalidade</p><p>antissocial</p><p>GRUPO B</p><p>Transtorno da</p><p>personalidade</p><p>borderline</p><p>GRUPO B</p><p>Transtorno da</p><p>personalidade</p><p>histriônica</p><p>GRUPO B</p><p>Transtorno da</p><p>personalidade</p><p>narcisista</p><p>GRUPO C</p><p>Transtorno da</p><p>personalidade</p><p>evitativa</p><p>GRUPO C</p><p>Transtorno da</p><p>personalidade</p><p>dependente</p><p>GRUPO C</p><p>Transtorno da</p><p>personalidade</p><p>obsessivo-compulsiva</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A PALAVRA CHAVE PARA TODOS OS TIPOS DE TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:</p><p>"UM PADRÃO DIFUSO, OU SEJA, ESPALHADO POR TODAS AS ÁREAS DA VIDA" à</p><p>CADA TRANSTORNO TERÁ O SEU.</p><p>• TRANSTORNO DA PERSONALIDADE PARANOIDE: é um padrão de desconfiança</p><p>e de suspeita tamanhas que as motivações dos outros são interpretadas como</p><p>malévolas.</p><p>• TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOIDE: é um padrão de</p><p>distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de expressão emocional.</p><p>• TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA: é um padrão de</p><p>desconforto agudo nas relações íntimas, distorções cognitivas ou perceptivas e</p><p>excentricidades do comportamento.</p><p>• TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL: é um padrão de desrespeito</p><p>e violação dos direitos dos outros</p><p>• TRANSTORNO DA PERSONALIDADE BORDERLINE: é um padrão de instabilidade</p><p>nas relações interpessoais, na autoimagem e nos afetos, com impulsividade</p><p>acentuada.</p><p>• TRANSTORNO DA PERSONALIDADE HISTRIÔNICA: é um padrão de</p><p>emocionalidade e busca de atenção em excesso.</p><p>• TRANSTORNO DA PERSONALIDADE NARCISISTA: é um padrão de</p><p>grandiosidade, necessidade de admiração e falta de empatia.</p><p>• TRANSTORNO DA PERSONALIDADE EVITATIVA: é um padrão de inibição social,</p><p>sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a avaliação negativa.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>• TRANSTORNO DA PERSONALIDADE DEPENDENTE: é um padrão de</p><p>comportamento submisso e apegado relacionado a uma necessidade excessiva de</p><p>ser cuidado.</p><p>• TRANSTORNO DA PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVA é um padrão de</p><p>preocupação com ordem, perfeccionismo e controle.</p><p>Características gerais dos Transtornos de personalidades</p><p>A. Um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia</p><p>acentuadamente</p><p>das expectativas da cultura do indivíduo. Esse padrão manifesta-se em</p><p>duas (ou mais) das seguintes áreas:</p><p>1. Cognição (i.e., formas de perceber e interpretar a si mesmo, outras pessoas e eventos).</p><p>2. Afetividade (i.e., variação, intensidade, labilidade e adequação da resposta emocional).</p><p>3. Funcionamento interpessoal.</p><p>4. Controle de impulsos.</p><p>B. O padrão persistente é inflexível e abrange uma faixa ampla de situações pessoais e</p><p>sociais. C. O padrão persistente provoca sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no</p><p>funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.</p><p>D. O padrão é estável e de longa duração, e seu surgimento ocorre pelo menos a partir</p><p>da adolescência ou do início da fase adulta.</p><p>Paranóide Critérios diagnósticos:</p><p>A. Um padrão de desconfiança e suspeita difusa dos outros, de modo</p><p>que suas motivações são interpretadas como malévolas, que surge no</p><p>início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme</p><p>indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno</p><p>bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos ou outro transtorno</p><p>psicótico e não é atribuível aos efeitos fisiológicos de outra condição</p><p>médica.</p><p>Marco temporal: começo da vida adulta, padrão persistente e difuso.</p><p>Observações importantes: Indivíduos com transtorno da personalidade</p><p>paranoide são geralmente de difícil convivência e apresentam frequentes</p><p>problemas nos relacionamentos íntimos. Sua desconfiança e hostilidade</p><p>excessivas podem se expressar sob a forma de argumentações ostensivas,</p><p>queixas recorrentes ou, ainda, indiferença calma e aparentemente hostil.</p><p>Em certos casos, o transtorno da personalidade paranoide pode surgir</p><p>como o antecedente pré-mórbido de transtorno delirante ou</p><p>esquizofrenia.</p><p>Diagnóstico diferencial de outros</p><p>transtornos mentais com sintomas psicóticos: O transtorno da</p><p>personalidade paranoide pode ser distinguido de transtorno delirante do</p><p>tipo persecutório, da esquizofrenia e do transtorno bipolar ou depressivo</p><p>com sintomas psicóticos pelo fato de esses transtornos serem todos</p><p>caracterizados por um período de sintomas psicóticos persistentes (p. ex.,</p><p>delírios e alucinações). Para que um diagnóstico adicional de transtorno</p><p>da personalidade paranoide seja dado, o transtorno da personalidade</p><p>deve ter estado presente antes do aparecimento dos sintomas psicóticos</p><p>1. Suspeita, sem embasamento</p><p>suficiente, de estar sendo</p><p>explorado, maltratado ou</p><p>enganado por outros.</p><p>2. Preocupa-se com dúvidas</p><p>injustificadas acerca da</p><p>lealdade ou da confiabilidade</p><p>de amigos e sócios.</p><p>3. Reluta em confiar nos outros</p><p>devido a medo infundado de</p><p>que as informações serão</p><p>usadas maldosamente contra</p><p>si.</p><p>4. Percebe significados ocultos</p><p>humilhantes ou ameaçadores</p><p>em comentários ou eventos</p><p>benignos.</p><p>5. Guarda rancores de forma</p><p>persistente</p><p>6. Percebe ataques a seu</p><p>caráter ou reputação que não</p><p>são percebidos pelos outros e</p><p>reage com raiva ou contra-</p><p>ataca rapidamente.</p><p>7. Tem suspeitas recorrentes e</p><p>injustificadas acerca da</p><p>fidelidade do cônjuge ou</p><p>parceiro sexual.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>e deve também persistir após a remissão dos sintomas psicóticos. Quando</p><p>um indivíduo tem outro transtorno mental persistente (p. ex.,</p><p>esquizofrenia) que foi precedido por um transtorno da personalidade</p><p>paranoide, o transtorno da personalidade deve ser também registrado,</p><p>seguido de “pré-mórbido” entre parêntese</p><p>Esquizoide Critérios diagnósticos:</p><p>A. Um padrão difuso de distanciamento das relações sociais e uma faixa</p><p>restrita de expressão de emoções em contextos interpessoais que surgem</p><p>no início da vida adulta e estão presentes em vários contextos, conforme</p><p>indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:</p><p>B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia,</p><p>transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos, outro</p><p>transtorno psicótico ou transtorno do espectro autista e não é atribuível</p><p>aos efeitos psicológicos de outra condição médica.</p><p>Marco temporal: começo da vida adulta, padrão persistente e difuso.</p><p>Observações importantes: Indivíduos com transtorno da personalidade</p><p>esquizoide podem ter uma dificuldade particular para expressar raiva,</p><p>mesmo em resposta a provocação direta, o que contribui para a impressão</p><p>de que carecem de emoção. Suas vidas parecem por vezes sem rumo, e</p><p>eles podem aparentar estar “à deriva” em relação a seus objetivos. O</p><p>transtorno da personalidade esquizoide é diagnosticado um pouco mais</p><p>frequentemente em indivíduos do sexo masculino e pode causar-lhes mais</p><p>incapacidade.</p><p>Esquizotípic</p><p>o</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>1. Não deseja nem</p><p>desfruta de relações</p><p>íntimas, inclusive ser</p><p>parte de uma família.</p><p>2. Quase sempre opta</p><p>por atividades solitárias.</p><p>3. Manifesta pouco ou</p><p>nenhum interesse em</p><p>ter experiências sexuais</p><p>com outra pessoa.</p><p>4. Tem prazer em</p><p>poucas atividades, por</p><p>vezes em nenhuma.</p><p>5. Não tem amigos</p><p>próximos ou confidentes</p><p>que não sejam os</p><p>familiares de primeiro</p><p>grau.</p><p>6. Mostra-se indiferente</p><p>ao elogio ou à crítica de</p><p>outros.</p><p>7. Demonstra frieza</p><p>emocional,</p><p>distanciamento ou</p><p>embotamento afetivo.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A. Um padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado por</p><p>desconforto agudo e capacidade reduzida para relacionamentos íntimos,</p><p>além de distorções cognitivas ou perceptivas e comportamento</p><p>excêntrico, que surge no início da vida adulta e está presente em vários</p><p>contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:</p><p>B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno</p><p>bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos, outro transtorno psicótico</p><p>ou transtorno do espectro autista.</p><p>Marco temporal: começo da vida adulta, padrão persistente e difuso.</p><p>Observações importantes: Se os critérios são atendidos antes do</p><p>surgimento de esquizofrenia, acrescentar “pré-mórbido”, isto é,</p><p>“transtorno da personalidade esquizotípica (pré-mórbido) ”.</p><p>Indivíduos com transtorno da personalidade esquizotípica costumam</p><p>buscar tratamento mais para os sintomas associados de ansiedade ou</p><p>depressão do que para as características do transtorno da personalidade</p><p>em si. Particularmente em resposta a estresse, indivíduos com o transtorno</p><p>podem apresentar episódios psicóticos transitórios (com duração de</p><p>minutos a horas), embora eles geralmente tenham duração insuficiente</p><p>para indicar um diagnóstico adicional, como transtorno psicótico breve ou</p><p>transtorno esquizofreniforme. Em alguns casos, podem surgir sintomas</p><p>psicóticos clinicamente significativos que atendam aos critérios de</p><p>transtorno psicótico breve, transtorno esquizofreniforme, transtorno</p><p>delirante ou esquizofrenia.</p><p>1. Ideias de referência</p><p>(excluindo delírios de</p><p>referência).</p><p>2. Crenças estranhas ou</p><p>pensamento mágico que</p><p>influenciam o comportamento</p><p>e são inconsistentes com as</p><p>normas subculturais</p><p>3. Experiências perceptivas</p><p>incomuns, incluindo ilusões</p><p>corporais.</p><p>4. Pensamento e discurso</p><p>estranhos</p><p>5. Desconfiança ou ideação</p><p>paranoide.</p><p>6. Afeto inadequado ou</p><p>constrito</p><p>7.</p><p>Comportamento ou</p><p>aparência estranha, excêntrica</p><p>ou peculiar.</p><p>8. Ausência de amigos próximos</p><p>ou confidentes que não sejam</p><p>parentes de primeiro grau.</p><p>9. Ansiedade social excessiva que não diminui com o</p><p>convívio e que tende a estar associada mais a temores</p><p>paranoides do que a julgamentos negativos sobre si</p><p>mesmo.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Diagnostico diferencial: O transtorno da</p><p>personalidade esquizotípica pode ser distinguido de transtorno delirante,</p><p>esquizofrenia e transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos</p><p>pelo fato de todos esses transtornos serem caracterizados por um período</p><p>de sintomas psicóticos persistentes (p. ex., delírios e alucinações). Para</p><p>que seja dado um diagnóstico adicional de transtorno da personalidade</p><p>esquizotípica, o transtorno deve ter estado presente antes do</p><p>aparecimento dos sintomas psicóticos e deve persistir quando tais</p><p>sintomas estão em remissão.</p><p>Antissocial Critérios diagnósticos:</p><p>A. Um padrão difuso de desconsideração e violação dos direitos das</p><p>outras pessoas que ocorre desde os 15 anos de idade, conforme indicado</p><p>por três (ou mais) dos seguintes:</p><p>1. Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas a comportamentos</p><p>legais, conforme indicado pela repetição de atos que constituem motivos</p><p>de detenção.</p><p>2. Tendência à falsidade, conforme indicado por mentiras repetidas, uso</p><p>de nomes falsos ou de trapaça para ganho ou prazer pessoal.</p><p>3. Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro.</p><p>4. Irritabilidade e agressividade, conforme indicado por repetidas lutas</p><p>corporais ou agressões físicas.</p><p>5. Descaso pela segurança de si ou de outros.</p><p>6. Irresponsabilidade reiterada, conforme indicado por falha repetida em</p><p>manter uma conduta consistente no trabalho ou honrar obrigações</p><p>financeiras.</p><p>7. Ausência de remorso, conforme indicado pela indiferença ou</p><p>racionalização em relação a ter ferido, maltratado ou roubado outras</p><p>pessoas.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Marco temporal: começo da vida adulta, padrão persistente e difuso.</p><p>NÃO PODE SER DIAGNOSTICADO ANTES DOS 18 ANOS!</p><p>Observações importantes: ANTES CONHECIDO COMO PSICOPATIA.</p><p>Indivíduos com transtorno da personalidade antissocial frequentemente</p><p>carecem de empatia e tendem a ser insensíveis, cínicos e desdenhosos</p><p>em relação aos sentimentos, direitos e sofrimentos dos outros. Podem ter</p><p>autoconceito inflado e arrogante e podem ser excessivamente opiniáticos,</p><p>autoconfiantes ou convencidos.</p><p>Podem exibir um charme desinibido e superficial e podem ser muito</p><p>volúveis e verbalmente fluentes.</p><p>Principalmente para provas de PSICOLOGIA</p><p>JURÍDICA: Falta de empatia, autoapreciação inflada e charme superficial</p><p>são aspectos que têm sido comumente incluídos em concepções</p><p>tradicionais da psicopatia e que podem ser particularmente característicos</p><p>do transtorno e mais preditivos de recidiva em prisões ou ambientes</p><p>forenses, onde atos criminosos, delinquentes ou agressivos tendem a ser</p><p>inespecíficos. Esses indivíduos podem, ainda, ser irresponsáveis e</p><p>exploradores nos seus relacionamentos sexuais. Podem ter história de</p><p>vários parceiros sexuais e jamais ter mantido um relacionamento</p><p>monogâmico. Como pais, podem ser irresponsáveis, conforme</p><p>evidenciado por desnutrição de um filho, doença de um filho resultante</p><p>de falta de higiene mínima, dependência de vizinhos ou outros familiares</p><p>para abrigo ou alimento de um filho, fracasso em encontrar um cuidador</p><p>para um filho pequeno quando está fora de casa ou, ainda, desperdício</p><p>recorrente do dinheiro necessário para a manutenção doméstica.</p><p>DIAGNOSTICO DIFERENCIAL:</p><p>Comportamento criminoso não associado a um transtorno da</p><p>personalidade. O transtorno da personalidade antissocial deve ser</p><p>distinguido do comportamento criminoso realizado para obter algum</p><p>ganho e que não é acompanhado pelas características de personalidade</p><p>que são parte desse transtorno. Apenas quando os traços da</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>personalidade antissocial forem inflexíveis, mal adaptativos e persistentes</p><p>e causarem prejuízo funcional ou sofrimento subjetivo significativos é que</p><p>constituirão transtorno da personalidade antissocial.</p><p>Borderline Critérios diagnósticos:</p><p>Um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da</p><p>autoimagem e dos afetos e de impulsividade acentuada que surge no</p><p>início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme</p><p>indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:</p><p>Marco temporal: começo da vida adulta, padrão persistente e difuso.</p><p>Observações importantes: Indivíduos com transtorno da personalidade</p><p>borderline podem ter um padrão de sabotagem pessoal no momento em</p><p>que uma meta está para ser atingida</p><p>Indivíduos com esse transtorno podem se sentir mais protegidos junto a</p><p>objetos transicionais do que em relacionamentos interpessoais. Há</p><p>considerável variação no curso do transtorno da personalidade borderline.</p><p>O padrão mais comum é o de instabilidade crônica no início da vida</p><p>adulta, com episódios graves de descontrole afetivo e impulsivo e níveis</p><p>altos de uso dos recursos de saúde e saúde mental.</p><p>O prejuízo decorrente do transtorno e o risco de suicídio são maiores entre</p><p>os adultos jovens e desaparecem gradualmente com o avançar da idade.</p><p>O transtorno da personalidade borderline é cerca de cinco vezes mais</p><p>comum em parentes biológicos de primeiro grau de pessoas com o</p><p>transtorno do que na população em geral. O transtorno da personalidade</p><p>1. Esforços desesperados para</p><p>evitar abandono real ou</p><p>imaginado</p><p>2. Um padrão de relacionamentos</p><p>interpessoais instáveis e intensos</p><p>caracterizado pela alternância entre</p><p>extremos de idealização e</p><p>desvalorização.</p><p>Perturbação da identidade:</p><p>instabilidade acentuada e</p><p>persistente da autoimagem ou da</p><p>percepção de si mesmo.</p><p>4. Impulsividade em pelo menos</p><p>duas áreas potencialmente</p><p>autodestrutivas (p. ex., gastos,</p><p>sexo, abuso de substância,</p><p>direção irresponsável,</p><p>compulsão alimentar).</p><p>Recorrência de comportamento,</p><p>gestos ou ameaças suicidas ou de</p><p>comportamento automutilante.</p><p>6. Instabilidade afetiva devida a</p><p>uma acentuada reatividade de</p><p>humor</p><p>7. Sentimentos crônicos de</p><p>vazio.</p><p>8. Raiva intensa e inapropriada</p><p>ou dificuldade em controlá-la</p><p>9. Ideação paranoide transitória</p><p>associada a estresse ou sintomas</p><p>dissociativos intensos.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>borderline é diagnosticado predominantemente (cerca de 75%) em</p><p>indivíduos do sexo feminino</p><p>Histriônica Critérios diagnósticos:</p><p>Um padrão difuso de emocionalidade e busca de atenção em excesso que</p><p>surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos,</p><p>conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:</p><p>1. Desconforto em situações em que não é o centro das atenções.</p><p>2. A interação com os outros é frequentemente caracterizada por</p><p>comportamento sexualmente sedutor inadequado ou provocativo.</p><p>3. Exibe mudanças rápidas e expressão superficial</p><p>das emoções.</p><p>4. Usa reiteradamente a aparência física para atrair a atenção para si.</p><p>5. Tem um estilo de discurso que é excessivamente impressionista e</p><p>carente de detalhes.</p><p>6. Mostra autodramatização, teatralidade e expressão exagerada das</p><p>emoções.</p><p>7. É sugestionável (i.e., facilmente influenciado pelos outros ou pelas</p><p>circunstâncias).</p><p>8. Considera as relações pessoais mais íntimas do que na realidade são.</p><p>Marco temporal: padrão persistente e difuso</p><p>Observações importantes: Podem buscar controlar seu parceiro por meio</p><p>de manipulação emocional ou sedução em um nível, ao mesmo tempo</p><p>que mostram dependência acentuada deles em outro nível. O risco real</p><p>de suicídio não é conhecido, mas a experiência clínica sugere que esses</p><p>indivíduos estão sob risco aumentado de gestos e ameaças suicidas que</p><p>realizam com o intuito de obter atenção e coagir os demais a oferecer</p><p>melhores cuidados. Em contextos clínicos, esse transtorno foi</p><p>diagnosticado com mais frequência no sexo feminino;</p><p>Narcisista Critérios diagnósticos:</p><p>Um padrão difuso de grandiosidade (em fantasia ou comportamento),</p><p>necessidade de admiração e falta de empatia que surge no início da vida</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco</p><p>(ou mais) dos seguintes:</p><p>1. Tem uma sensação grandiosa da própria importância (p. ex., exagera</p><p>conquistas e talentos, espera ser reconhecido como superior sem que</p><p>tenha as conquistas correspondentes).</p><p>2. É preocupado com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilho, beleza</p><p>ou amor ideal.</p><p>3. Acredita ser “especial” e único e que pode ser somente compreendido</p><p>por, ou associado a outras pessoas (ou instituições) especiais ou com</p><p>condição elevada.</p><p>4. Demanda admiração excessiva.</p><p>5. Apresenta um sentimento de possuir direitos (i.e., expectativas</p><p>irracionais de tratamento especialmente favorável ou que estejam</p><p>automaticamente de acordo com as próprias expectativas).</p><p>6. É explorador em relações interpessoais (i.e., tira vantagem de outros</p><p>para atingir os próprios fins).</p><p>7. Carece de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com os</p><p>sentimentos e as necessidades dos outros.</p><p>8. É frequentemente invejoso em relação aos outros ou acredita que os</p><p>outros o invejam.</p><p>9. Demonstra comportamentos ou atitudes arrogantes e insolentes.</p><p>Marco temporal: padrão persistente e difuso</p><p>Observações importantes: Relações interpessoais costumam ser afetadas</p><p>devido a problemas resultantes da crença no merecimento de privilégios,</p><p>da necessidade de admiração e da relativa desconsideração das</p><p>sensibilidades dos outros.</p><p>Embora ambição e confiança desmedidas possam levar a grandes</p><p>conquistas, o desempenho pode ser comprometido pela intolerância a</p><p>críticas ou derrotas.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>O transtorno da personalidade narcisista está ainda associado a anorexia</p><p>nervosa e transtornos por uso de substância (especialmente relacionados</p><p>a cocaína). Traços narcisistas podem ser particularmente comuns em</p><p>adolescentes e não necessariamente indicam que a pessoa vai</p><p>desenvolver o transtorno da personalidade narcisista.</p><p>Entre aqueles diagnosticados com transtorno da personalidade narcisista,</p><p>50 a 75% são do sexo masculino.</p><p>Evitativa Critérios diagnósticos:</p><p>Um padrão difuso de inibição social, sentimentos de inadequação e</p><p>hipersensibilidade a avaliação negativa que surge no início da vida adulta</p><p>e está presente em vários contextos, conforme indicado por quatro (ou</p><p>mais) dos seguintes:</p><p>1. Evita atividades profissionais que envolvam contato interpessoal</p><p>significativo por medo de crítica, desaprovação ou rejeição.</p><p>2. Não se dispõe a envolver-se com pessoas, a menos que tenha certeza</p><p>de que será recebido de forma positiva.</p><p>3. Mostra-se reservado em relacionamentos íntimos devido a medo de</p><p>passar vergonha ou de ser ridicularizado.</p><p>4. Preocupa-se com críticas ou rejeição em situações sociais.</p><p>5. Inibe-se em situações interpessoais novas em razão de sentimentos de</p><p>inadequação.</p><p>6. Vê a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos pessoais ou</p><p>inferior aos outros.</p><p>7. Reluta de forma incomum em assumir riscos pessoais ou se envolver em</p><p>quaisquer novas atividades, pois estas podem ser constrangedoras.</p><p>Marco temporal: padrão persistente e difuso</p><p>Observações importantes: Indivíduos com transtorno da personalidade</p><p>evitativa costumam avaliar vigilantemente os movimentos e as expressões</p><p>daqueles com quem têm contato. Sua conduta temerosa e tensa pode</p><p>provocar o ridículo e o deboche dos outros, o que, em contrapartida,</p><p>confirma suas dúvidas pessoais. Esses indivíduos se sentem muito ansiosos</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>diante da possibilidade de reagirem à crítica com rubor ou choro. São</p><p>descritos pelas outras pessoas como “envergonhados”, “tímidos”,</p><p>“solitários” e “isolados”. Os maiores problemas associados a esse</p><p>transtorno ocorrem no funcionamento social e profissional.</p><p>O comportamento evitativo costuma iniciar na</p><p>infância pré-verbal ou verbal por meio de timidez, isolamento e medo de</p><p>estranhos e de novas situações. Embora a timidez em crianças seja um</p><p>precursor comum do transtorno da personalidade evitativa, na maior parte</p><p>dos indivíduos ela tende a desaparecer lentamente com o passar dos anos.</p><p>O transtorno da personalidade evitativa parece ser igualmente frequente</p><p>em ambos os sexos.</p><p>Diagnostico diferencial: Transtornos de ansiedade. Parece existir grande</p><p>sobreposição entre transtorno da personalidade evitativa e transtorno de</p><p>ansiedade social (fobia social), tanto que eles podem representar</p><p>conceitos alternativos das mesmas condições ou de condições similares.</p><p>A evitação também caracteriza tanto o transtorno da personalidade</p><p>evitativa quanto a Agorafobia, sendo que eles são frequentemente</p><p>concomitantes.</p><p>Dependente Critérios:</p><p>Uma necessidade difusa e excessiva de ser cuidado que leva a</p><p>comportamento de submissão e apego que surge no início da vida adulta</p><p>e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou</p><p>mais) dos seguintes:</p><p>1. Tem dificuldades em tomar decisões cotidianas sem uma quantidade</p><p>excessiva de conselhos e reasseguramento de outros.</p><p>2. Precisa que outros assumam responsabilidade pela maior parte das</p><p>principais áreas de sua vida.</p><p>3. Tem dificuldades em manifestar desacordo com outros devido a medo</p><p>de perder apoio ou aprovação.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>4. Apresenta dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta</p><p>própria (devido mais a falta de autoconfiança em seu julgamento ou em</p><p>suas capacidades do que a falta de motivação ou energia).</p><p>5. Vai a extremos para obter carinho e apoio de outros, a ponto de</p><p>voluntariar-se para fazer coisas desagradáveis.</p><p>6. Sente-se desconfortável ou desamparado quando sozinho devido a</p><p>temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si mesmo.</p><p>7. Busca com urgência outro</p><p>relacionamento como fonte de cuidado e</p><p>amparo logo após o término de um relacionamento íntimo.</p><p>8. Tem preocupações irreais com medos de ser abandonado à própria</p><p>sorte.</p><p>Marco temporal: padrão persistente e difuso</p><p>Observações importantes: Não incluir os medos reais de retaliação.</p><p>Indivíduos com transtorno da personalidade dependente com frequência</p><p>são caracterizados por pessimismo e autoquestionamentos, tendem a</p><p>subestimar suas capacidades e seus aspectos positivos e podem</p><p>constantemente referir a si mesmos como “estúpidos”. Encaram críticas e</p><p>desaprovação como prova de sua desvalia e perdem a fé em si mesmos.</p><p>Podem buscar superproteção e dominação por parte dos outros. O</p><p>funcionamento profissional pode ser prejudicado diante da necessidade</p><p>de iniciativas independentes. Podem evitar cargos de responsabilidade e</p><p>ficar ansiosos diante de decisões. As relações sociais tendem a ser</p><p>limitadas àquelas poucas pessoas de quem o indivíduo é dependente.</p><p>Pode haver risco aumentado de transtornos depressivos,</p><p>de ansiedade e de adaptação. O transtorno da personalidade dependente</p><p>costuma ser concomitante com outros transtornos da personalidade,</p><p>especialmente borderline, evitativa e histriônica. Em contextos clínicos, o</p><p>transtorno da personalidade dependente tem sido diagnosticado mais</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>frequentemente no sexo feminino, embora alguns estudos relatem taxas</p><p>similares de prevalência entre ambos os sexos</p><p>Ótima pergunta que o próprio DSM 5 responde: o que pode causar?</p><p>Doença física crônica ou transtorno de ansiedade de separação na infância</p><p>ou adolescência podem predispor o indivíduo ao desenvolvimento desse</p><p>transtorno.</p><p>Obsessiva-</p><p>compulsiva</p><p>Critérios:</p><p>Um padrão difuso de preocupação com ordem, perfeccionismo e</p><p>controle mental e interpessoal à custa de flexibilidade, abertura e</p><p>eficiência que surge no início da vida adulta e está presente em vários</p><p>contextos, conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:</p><p>1. É tão preocupado com detalhes, regras, listas, ordem,</p><p>organização ou horários a ponto de o objetivo principal da</p><p>atividade ser perdido.</p><p>2. Demonstra perfeccionismo que interfere na conclusão de</p><p>tarefas (p. ex., não consegue completar um projeto porque seus</p><p>padrões próprios demasiadamente rígidos não são atingidos)</p><p>3. É excessivamente dedicado ao trabalho e à produtividade em</p><p>detrimento de atividades de lazer e amizades (não explicado por</p><p>uma óbvia necessidade financeira).</p><p>4. É excessivamente consciencioso, escrupuloso e inflexível</p><p>quanto a assuntos de moralidade, ética ou valores (não</p><p>explicado por identificação cultural ou religiosa).</p><p>5. É incapaz de descartar objetos usados ou sem valor mesmo</p><p>quando não têm valor sentimental.</p><p>6. Reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas a</p><p>menos que elas se submetam à sua forma exata de fazer as</p><p>coisas.</p><p>7. Adota um estilo miserável de gastos em relação a si e a</p><p>outros; o dinheiro é visto como algo a ser acumulado para</p><p>futuras catástrofes.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>8. Exibe rigidez e teimosia.</p><p>Marco temporal: padrão persistente e difuso</p><p>Observações importantes: ANTES CONECHIDO COMO</p><p>NAANCÁSTICA. Quando regras e procedimentos estabelecidos não</p><p>ditam a resposta correta, tomar uma decisão pode se tornar um processo</p><p>demorado e desgastante.</p><p>Podem ter tanta dificuldade para decidir as tarefas às quais dar prioridade</p><p>ou qual a melhor maneira de fazer alguma tarefa específica que podem</p><p>jamais começar o que quer que seja.</p><p>Indivíduos com esse transtorno geralmente manifestam afeto de forma</p><p>altamente controlada ou artificial e podem sentir grande desconforto na</p><p>presença de outros que se expressam com emoção. As relações cotidianas</p><p>são sérias e formais, e eles podem parecer sisudos em situações em que</p><p>outros sorririam e ficariam alegres (p. ex., saudar um namorado no</p><p>aeroporto). Eles se contêm cuidadosamente até estarem certos de que o</p><p>que dirão será perfeito. Podem se preocupar com a lógica e com o</p><p>intelecto e ser intolerantes ao comportamento afetivo dos outros. Com</p><p>frequência apresentam dificuldades de expressar sentimentos amorosos e</p><p>raramente fazem elogios. Indivíduos com esse transtorno podem ter</p><p>dificuldades e sofrimento no trabalho, sobretudo quando confrontados</p><p>com novas situações que exijam flexibilidade e transigência.</p><p>DIAGNOSTICO DIFERENCIAL: Transtorno obsessivo-compulsivo.</p><p>Apesar dos nomes semelhantes, o transtorno obsessivo-compulsivo</p><p>costuma ser distinguido do transtorno da personalidade obsessivo-</p><p>compulsiva pela presença, no primeiro, de obsessões e compulsões</p><p>verdadeiras. Quando atendidos os critérios para transtorno obsessivo-</p><p>compulsivo e transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva, ambos</p><p>devem ser registrados.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Questões comentadas: Transtornos de personalidade</p><p>1- (Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: FHEMIG) Valéria ingressou recentemente em uma</p><p>equipe de trabalho e passou a ter problemas na interação com os colegas, pois</p><p>descreve-se de forma superior aos demais, exagerando sua importância, acreditando-</p><p>se merecedora de tratamento especial e atenção. Além disso, Valéria tem apresentado</p><p>falta de empatia com as dificuldades vividas pelos colegas, ao mesmo tempo em que</p><p>minimiza suas próprias falhas, não demonstrando arrependimento ainda que</p><p>reconhecendo os problemas que criou e relatando que tem inveja dos outros, embora</p><p>fale de forma invejosa de alguns colegas.</p><p>Com base nesses comportamentos, é correto afirmar que Valéria apresenta um</p><p>transtorno de personalidade</p><p>A) narcisista.</p><p>B) esquiva.</p><p>C) paranoide.</p><p>D) esquizoide.</p><p>E) esquizotípica.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Se encaixa bem com a descrição do transtorno de personalidade narcisista:</p><p>DSM-5: Um padrão difuso de grandiosidade (em fantasia ou comportamento), necessidade</p><p>de admiração e falta de empatia que surge no início da vida adulta e está presente em vários</p><p>contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:</p><p>1. Tem uma sensação grandiosa da própria importância (p. ex., exagera conquistas e</p><p>talentos, espera ser reconhecido como superior sem que tenha as conquistas</p><p>correspondentes). 2. É preocupado com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilho, beleza</p><p>ou amor ideal. 3. Acredita ser “especial” e único e que pode ser somente compreendido</p><p>por, ou associado a, outras pessoas (ou instituições) especiais ou com condição elevada. 4.</p><p>Demanda admiração excessiva. 5. Apresenta um sentimento de possuir direitos (i.e.,</p><p>expectativas irracionais de tratamento especialmente favorável ou que estejam</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>automaticamente de acordo com as próprias expectativas). 6. É explorador em relações</p><p>interpessoais (i.e., tira vantagem de outros para atingir os próprios fins). 7. Carece de</p><p>empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com os sentimentos e as necessidades dos</p><p>outros. 8. É frequentemente invejoso</p><p>em relação aos outros ou acredita que os outros o</p><p>invejam. 9. Demonstra comportamentos ou atitudes arrogantes e insolentes.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra A</p><p>2- (Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de São Cristóvão - SE)</p><p>Carlos, 20 anos de idade, está em acompanhamento psicológico e psiquiátrico há um</p><p>ano. A queixa inicial da família concerne à instabilidade e à impulsividade. Os pais, na</p><p>entrevista inicial, relataram o seguinte: “ele sempre teve dificuldade em se relacionar</p><p>com as pessoas. Parece que quando tem um amigo ou uma namorada, é só aquilo que</p><p>existe no mundo. Ele suga de um tanto que as pessoas não dão conta. Fica com uma</p><p>raiva exagerada quando a namorada atrasa alguns minutos ou não atende o celular. Uma</p><p>vez, chegou a quebrar o quarto inteiro por causa disso. A sensação é que ele deposita</p><p>todas as expectativas e a vida naquela relação. Já chegou a relatar que tem ‘um buraco</p><p>oco que mora em seu peito’. A gente se preocupa muito, pois percebe que ele se coloca</p><p>em risco: começou a ter várias parceiras sexuais em um mesmo dia, em algumas das idas</p><p>e vindas com a namorada; além de gastos que a gente não tem dado conta de arcar e</p><p>direção imprudente. Já começou quatro cursos na faculdade e abandonou todos. Parece</p><p>não saber o que quer nem o que gosta. Mas o ápice do nosso desespero e que nos fez</p><p>entender que era mesmo algo sério, foi quando o encontramos desacordado em seu</p><p>quarto após ingerir 40 comprimidos analgésicos. No hospital, descobrimos que não</p><p>tinha sido a primeira vez que ele tinha tentado. Eu me senti péssima. Achei que fosse</p><p>perder meu filho”.</p><p>Tendo como referência o quadro clínico hipotético precedente, e considerando as</p><p>contribuições da psicopatologia e o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos</p><p>Mentais (DSM-5-TR), é correto afirmar que Carlos apresenta critérios para:</p><p>A) transtorno da personalidade borderline.</p><p>B) transtorno da personalidade evitativa.</p><p>C) transtorno da personalidade esquizotípica.</p><p>D) transtorno da personalidade narcisista.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Vamos reforçar com repetição: Um padrão difuso de instabilidade das relações</p><p>interpessoais, da autoimagem e dos afetos e de impulsividade acentuada que surge no</p><p>início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco</p><p>(ou mais) dos seguintes:</p><p>1. Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado. (Nota: Não incluir</p><p>comportamento suicida ou de automutilação coberto pelo Critério 5.)</p><p>2. Um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos caracterizado pela</p><p>alternância entre extremos de idealização e desvalorização.</p><p>3. Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da autoimagem ou da</p><p>percepção de si mesmo.</p><p>4. Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas (p. ex., gastos,</p><p>sexo, abuso de substância, direção irresponsável, compulsão alimentar). (Nota: Não incluir</p><p>comportamento suicida ou de automutilação coberto pelo Critério 5.)</p><p>5. Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento</p><p>automutilante.</p><p>6. Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade de humor (p. ex., disforia</p><p>episódica,</p><p>irritabilidade ou ansiedade intensa com duração geralmente de poucas horas e apenas</p><p>raramente de mais de alguns dias).</p><p>7. Sentimentos crônicos de vazio.</p><p>8. Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la (p. ex., mostras frequentes de</p><p>irritação, raiva constante, brigas físicas recorrentes).</p><p>9. Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas dissociativos intensos.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra: A</p><p>3- (Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE / CEBRASPE -</p><p>2020 - TJ-PA - Analista Judiciário - Psicologia) A respeito do transtorno de</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>personalidade antissocial (TPAS) e de aspectos a ele relacionados, tanto na área da</p><p>psicopatologia quanto na área jurídica, assinale a opção correta.</p><p>A) Os transtornos de personalidade são derivados de lesão, afecção cerebral ou de outros</p><p>transtornos mentais.</p><p>B) A sociopatia ou psicopatia é considerada atualmente uma enfermidade mental</p><p>propriamente e um mal insuscetível de cura.</p><p>C) O mecanismo de projeção é um artifício exclusivo das estruturas de personalidade</p><p>perversas, entre as quais se inclui a psicopatia.</p><p>D) Os psicopatas não se enquadram nos critérios de inimputabilidade, uma vez que são</p><p>capazes de compreender a ilicitude dos atos delituosos.</p><p>E) A legislação penal brasileira considera inimputáveis os portadores de TPAS.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Interessante como a questão conversa com a prática jurídica.</p><p>O transtorno de personalidade antissocial era chamado de psicopatia e na psicanálise é</p><p>entendido como uma estrutura psíquica perversa. Isso é importante para entendermos que</p><p>esse transtorno é um padrão persistente e difuso do indivíduo, só podendo ser</p><p>diagnosticado aos 18 ANOS.</p><p>Características Diagnósticas</p><p>A característica essencial do transtorno da personalidade antissocial é um padrão difuso de</p><p>indiferença e violação dos direitos dos outros, o qual surge na infância ou no início da</p><p>adolescência e continua na vida adulta. Esse padrão também já foi referido como psicopatia,</p><p>sociopatia ou transtorno da personalidade dissocial. Visto que falsidade e manipulação são</p><p>aspectos centrais do transtorno da personalidade antissocial, pode ser especialmente útil</p><p>integrar informações adquiridas por meio de avaliações clínicas sistemáticas e informações</p><p>coletadas de outras fontes colaterais. Mas atualmente não se usa a nomenclatura psicopatas,</p><p>a banca foi infeliz em colocar dessa maneira. Entretanto, entende-se que há consciência no</p><p>ato, e não são considerados INIMPUTAVEIS.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra D</p><p>4- (Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE / CEBRASPE -</p><p>2020 - TJ-PA - Analista Judiciário - Psicologia). Determinado paciente apresenta um</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>padrão persistente e inflexível que abrange uma faixa ampla de situações pessoais e</p><p>sociais. Ele relata dificuldades de adaptação social que lhe causam prejuízo funcional ou</p><p>sofrimento subjetivo significativo. Diz que guarda rancores persistentemente, desconfia</p><p>das pessoas e não se dispõe a perdoar insultos, injúrias ou menosprezo dos quais pensa</p><p>ter sido alvo. Ele costuma recusar-se a responder perguntas pessoais, afirmando que</p><p>tais informações “não são da conta de ninguém”. Também sente, com frequência, que</p><p>seu caráter ou sua reputação foram atacados e, de alguma forma, desrespeitados.</p><p>Relata, ainda, difícil convivência e apresenta frequentes problemas em relacionamentos</p><p>íntimos. Ele diz ter reações raivosas com rápidos contra-ataques quando se sente</p><p>insultado. Considerando-se que esse paciente não apresenta outros sintomas além dos</p><p>mencionados, é correto afirmar que, nesse caso, o diagnóstico mais provável é de</p><p>transtorno da personalidade</p><p>A) esquizotípica.</p><p>B) esquizoide.</p><p>C) paranoide.</p><p>D) borderline.</p><p>E) evitativa.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>BORA RELEMBRAR OS TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE??</p><p>• Transtorno da personalidade paranoide é um padrão de desconfiança e</p><p>de suspeita</p><p>tamanhas que as motivações dos outros são interpretadas como malévolas.</p><p>• Transtorno da personalidade esquizoide é um padrão de distanciamento das relações</p><p>sociais e uma faixa restrita de expressão emocional.</p><p>• Transtorno da personalidade esquizotípica é um padrão de desconforto agudo nas</p><p>relações íntimas, distorções cognitivas ou perceptivas e excentricidades do comportamento.</p><p>• Transtorno da personalidade antissocial é um padrão de desrespeito e violação dos</p><p>direitos dos outros.</p><p>• Transtorno da personalidade borderline é um padrão de instabilidade nas relações</p><p>interpessoais, na autoimagem e nos afetos, com impulsividade acentuada.</p><p>• Transtorno da personalidade histriônica é um padrão de emocionalidade e busca de</p><p>atenção em excesso.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>• Transtorno da personalidade narcisista é um padrão de grandiosidade, necessidade de</p><p>admiração e falta de empatia.</p><p>• Transtorno da personalidade evitativa é um padrão de inibição social, sentimentos de</p><p>inadequação e hipersensibilidade à avaliação negativa.</p><p>• Transtorno da personalidade dependente é um padrão de comportamento submisso e</p><p>apegado relacionado a uma necessidade excessiva de ser cuidado.</p><p>• Transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva é um padrão de preocupação com</p><p>ordem, perfeccionismo e controle.</p><p>A QUESTÃO TRAZ SINAIS SOBRE O PARANÓIDE:</p><p>A. Um padrão de desconfiança e suspeita difusa dos outros, de modo que suas motivações</p><p>são interpretadas como malévolas, que surge no início da vida adulta e está presente em</p><p>vários contextos, conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:</p><p>1. Suspeita, sem embasamento suficiente, de estar sendo explorado, maltratado ou</p><p>enganado por outros.</p><p>2. Preocupa-se com dúvidas injustificadas acerca da lealdade ou da confiabilidade de</p><p>amigos e sócios.</p><p>3. Reluta em confiar nos outros devido a medo infundado de que as informações serão</p><p>usadas maldosamente contra si.</p><p>4. Percebe significados ocultos humilhantes ou ameaçadores em comentários ou eventos</p><p>benignos.</p><p>5. Guarda rancores de forma persistente (i.e., não perdoa insultos, injúrias ou desprezo).</p><p>6. Percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são percebidos pelos outros e reage</p><p>com raiva ou contra-ataca rapidamente.</p><p>7. Tem suspeitas recorrentes e injustificadas acerca da fidelidade do cônjuge ou parceiro</p><p>sexual.</p><p>B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno bipolar ou</p><p>depressivo com sintomas psicóticos ou outro transtorno psicótico e não é atribuível aos</p><p>efeitos fisiológicos de outra condição médica.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra C</p><p>CAPÍTULO SOBRE TRANSTORNOS RELACIONADOS A</p><p>TRAUMA E A ESTRESSORES</p><p>Os transtornos relacionados a trauma e a estressores incluem transtornos nos quais a</p><p>exposição a um evento traumático ou estressante está listada explicitamente como um</p><p>critério diagnóstico e reúnem:</p><p>O sofrimento psicológico subsequente à exposição a um evento traumático ou</p><p>estressante é bastante variável. Em alguns casos, os sintomas podem ser bem entendidos</p><p>em um contexto de ansiedade ou medo. Entretanto, está claro que muitos indivíduos que</p><p>foram expostos a um evento traumático ou estressante exibem um fenótipo no qual, em vez</p><p>de sintomas de ansiedade ou medo, as características clínicas mais proeminentes são</p><p>sintomas anedônicos e disfóricos, externalizações de raiva e agressividade ou sintomas</p><p>dissociativos. Em virtude dessas expressões variáveis de sofrimento clínico depois da</p><p>exposição a eventos catastróficos ou aversivos, esses transtornos foram agrupados em uma</p><p>categoria distinta: transtornos relacionados a trauma e a estressores. Ademais, não é</p><p>incomum que o quadro clínico inclua uma combinação dos sintomas mencionados (com ou</p><p>sem sintomas de ansiedade ou medo).</p><p>Transtorno</p><p>de Apego</p><p>Reativo</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Um padrão consistente de comportamento inibido e emocionalmente</p><p>retraído em relação ao cuidador adulto, manifestado por dois aspectos:</p><p>1. A criança rara ou minimamente busca conforto quando aflita.</p><p>Transtorno de</p><p>apego reativo</p><p>Transtorno de</p><p>interação social</p><p>desinibida</p><p>Transtorno de</p><p>estresse pós-</p><p>traumático (TEPT)</p><p>Transtorno de</p><p>estresse agudo</p><p>Transtornos de</p><p>adaptação</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>2. A criança rara ou minimamente responde a medidas de conforto</p><p>quando aflita.</p><p>B. Perturbação social e emocional persistente caracterizada por pelo menos</p><p>dois dos seguintes aspectos:</p><p>1. Responsividade social e emocional mínima a outras pessoas.</p><p>2. Afeto positivo limitado.</p><p>3. Episódios de irritabilidade, tristeza ou temor inexplicados, evidentes até</p><p>mesmo durante interações não ameaçadoras com cuidadores adultos.</p><p>C. A criança vivenciou um padrão de</p><p>extremos de cuidado insuficiente evidenciado por pelo menos um dos</p><p>seguintes aspectos:</p><p>1. Negligência ou privação social na forma de ausência</p><p>persistente do atendimento às necessidades emocionais</p><p>básicas de conforto, estimulação e afeição por parte de</p><p>cuidadores adultos.</p><p>2. Mudanças repetidas de cuidadores, limitando as</p><p>oportunidades de formar vínculos estáveis (p. ex., trocas</p><p>frequentes de lares adotivos temporários).</p><p>3. Criação em contextos peculiares que limitam gravemente</p><p>oportunidades de formar vínculos seletivos (p. ex., instituições</p><p>com alta proporção de crianças por cuidador).</p><p>D. Presume-se que o cuidado do Critério C seja responsável pela</p><p>perturbação comportamental do Critério A.</p><p>E. Não são preenchidos os critérios para transtorno do espectro autista.</p><p>F. A perturbação é evidente antes dos 5 anos de idade.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>G. A criança tem uma idade de desenvolvimento mínima de 9 meses.</p><p>Marco temporal: Não há tempo mínimo de transtornos. Especificar se:</p><p>Persistente: O transtorno está presente há mais de 12 meses.</p><p>Observações importantes: Em virtude da associação etiológica com</p><p>negligência social, o transtorno de apego reativo ocorre com frequência</p><p>concomitantemente a atrasos no desenvolvimento, sobretudo atrasos na</p><p>cognição e na linguagem.</p><p>Transtorno</p><p>de</p><p>Interação</p><p>Social</p><p>Desinibida</p><p>Oposto do</p><p>apego</p><p>reativo (em</p><p>sintomas)</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Um padrão de comportamento no qual uma criança aborda e interage</p><p>com adultos desconhecidos e exibe pelo menos dois dos seguintes</p><p>comportamentos:</p><p>B. Os comportamentos do Critério A não se limitam a impulsividade</p><p>C. A criança sofreu um padrão de extremos de cuidado insuficiente</p><p>evidenciado por pelo menos um dos seguintes aspectos:</p><p>1. Negligência ou privação social na forma de ausência</p><p>persistente de atendimento às suas necessidades emocionais</p><p>básicas de conforto, estimulação e afeto por parte de</p><p>cuidadores adultos.</p><p>2. Mudanças repetidas de cuidadores, limitando as</p><p>oportunidades de formar vínculos estáveis (p. ex., trocas</p><p>frequentes de lares</p><p>adotivos temporários).</p><p>3. Criação em contextos peculiares que limitam gravemente as</p><p>oportunidades de formar vínculos seletivos (p. ex., instituições</p><p>com alta proporção de crianças por cuidador).</p><p>1. Discrição reduzida ou</p><p>ausente em abordar e</p><p>interagir com adultos</p><p>desconhecidos</p><p>2. Comportamento verbal</p><p>ou físico excessivamente</p><p>familiar</p><p>3. Diminuição ou</p><p>ausência de retorno ao</p><p>cuidador adulto depois</p><p>de aventurar-se</p><p>4. Vontade de sair com</p><p>um adulto estranho</p><p>com mínima ou</p><p>nenhuma hesitação.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>D. Presume-se que o cuidado do Critério C seja responsável pela</p><p>perturbação comportamental do Critério.</p><p>E. A criança tem uma idade de desenvolvimento mínima de 9 meses.</p><p>Marco temporal: Não há tempo mínimo de transtornos. Especificar se:</p><p>Persistente: O transtorno está presente há mais de 12 meses.</p><p>Observações importantes: envolve uma conduta excessivamente familiar</p><p>e culturalmente inapropriada com pessoas estranhas.</p><p>Transtorno</p><p>de Estresse</p><p>Pós-</p><p>traumático</p><p>Ocorre</p><p>um evento</p><p>traumático</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Exposição a episódio concreto ou ameaça:</p><p>a) de morte;</p><p>b) lesão grave</p><p>c) ou violência sexual</p><p>Em uma (ou mais) das seguintes formas:</p><p>B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos associados</p><p>ao evento traumático, começando depois de sua ocorrência:</p><p>1. Vivenciar</p><p>diretamente o evento</p><p>traumático</p><p>2. Testemunhar</p><p>pessoalmente o evento</p><p>traumático ocorrido</p><p>com outras pessoas</p><p>3. Saber que o evento</p><p>traumático ocorreu com</p><p>familiar ou amigo</p><p>próximo</p><p>4. Ser exposto de forma</p><p>repetida ou extrema a</p><p>detalhes aversivos do</p><p>evento traumático</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático,</p><p>começando após a ocorrência do evento, conforme evidenciado por um ou</p><p>ambos dos seguintes aspectos:</p><p>1. Evitação ou esforços para evitar recordações, pensamentos ou</p><p>sentimentos angustiantes acerca de ou associados de perto ao evento</p><p>traumático.</p><p>2. Evitação ou esforços para evitar lembranças externas (pessoas,</p><p>lugares, conversas, atividades, objetos, situações) que despertem</p><p>recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca de ou</p><p>associados de perto ao evento traumático.</p><p>D. Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento</p><p>traumático começando ou piorando depois da ocorrência de tal evento,</p><p>conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos:</p><p>• Incapacidade de recordar algum aspecto importante do evento</p><p>traumático</p><p>• Crenças ou expectativas negativas persistentes e exageradas a</p><p>respeito de si mesmo, dos outros e do mundo</p><p>• Cognições distorcidas persistentes a respeito da causa ou das</p><p>consequências do evento traumático que levam o indivíduo a culpar</p><p>a si mesmo ou os outros.</p><p>• Estado emocional negativo persistente.</p><p>1. Lembranças intrusivas</p><p>angustiantes, recorrentes e</p><p>involuntárias do evento</p><p>traumático</p><p>2. Sonhos angustiantes</p><p>recorrentes nos quais o</p><p>conteúdo e/ou o sentimento</p><p>do sonho estão relacionados</p><p>ao evento traumático</p><p>3. Reações dissociativas (p.</p><p>ex., flashbacks) nas quais o</p><p>indivíduo sente ou age como</p><p>se o evento traumático</p><p>estivesse ocorrendo</p><p>novamente</p><p>4. Sofrimento psicológico</p><p>intenso ou prolongado ante a</p><p>exposição a sinais internos ou</p><p>externos que simbolizem ou</p><p>se assemelhem a algum</p><p>aspecto do evento traumático</p><p>5. Reações fisiológicas</p><p>intensas a sinais internos ou</p><p>externos que simbolizem ou</p><p>se assemelhem a algum</p><p>aspecto do evento traumático</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>• Interesse ou participação bastante diminuída em atividades</p><p>significativas.</p><p>• Sentimentos de distanciamento e alienação em relação aos outros.</p><p>• Incapacidade persistente de sentir emoções.</p><p>E. Alterações marcantes na excitação e na reatividade associadas ao</p><p>evento traumático, começando ou piorando após o evento, conforme</p><p>evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos:</p><p>• Comportamento irritadiço e surtos de raiva (com pouca ou nenhuma</p><p>provocação) geralmente expressos sob a forma de agressão verbal</p><p>ou física em relação a pessoas e objetos.</p><p>• Comportamento imprudente ou autodestrutivo.</p><p>• Hipervigilância.</p><p>• Resposta de sobressalto exagerada.</p><p>• Problemas de concentração.</p><p>• Perturbação do sono.</p><p>F. A perturbação (Critérios B, C, D e E) dura mais de um mês.</p><p>G. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo e prejuízo</p><p>social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.</p><p>H. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p.</p><p>ex., medicamento, álcool) ou a outra condição médica</p><p>Marco temporal: dura mais de um mês, não tem máximo. Especificar se:</p><p>Com expressão tardia: Se todos os critérios diagnósticos não forem</p><p>atendidos até pelo menos seis meses depois do evento (embora a</p><p>manifestação inicial e a expressão de alguns sintomas possam ser</p><p>imediatas).</p><p>Observações importantes: Em crianças, pode haver pesadelos sem</p><p>conteúdo identificável. O Critério A4 não se aplica à exposição por meio de</p><p>mídia eletrônica, televisão, filmes ou fotografias, a menos que tal exposição</p><p>esteja relacionada ao trabalho.</p><p>esse transtorno à</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Em crianças com menos de seis anos: Lembranças espontâneas e intrusivas</p><p>podem não parecer necessariamente angustiantes e podem ser expressas</p><p>como reencenação em brincadeiras. Sonhos angustiantes recorrentes nos</p><p>quais o conteúdo e/ou a emoção do sonho estão relacionados ao evento</p><p>traumático.</p><p>O TEPT pode ocorrer em qualquer idade a partir do primeiro ano de vida.</p><p>Os sintomas geralmente se manifestam dentro dos primeiros três meses</p><p>depois do trauma, embora possa haver um atraso de meses, ou até anos,</p><p>antes de os critérios para o diagnóstico serem atendidos. O TEPT é mais</p><p>prevalente no sexo feminino do que no masculino ao longo da vida.</p><p>Mulheres na população em geral sofrem TEPT de duração maior do que os</p><p>homens.</p><p>Diagnóstico diferencial: Transtorno de estresse agudo é distinto do TEPT</p><p>porque seu padrão sintomático é restrito à duração de 3 dias a 1 mês depois</p><p>da exposição ao evento traumático.</p><p>Transtorno</p><p>de Estresse</p><p>Agudo</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Exposição a episódio concreto ou ameaça:</p><p>1- De morte;</p><p>2-Lesão grave;</p><p>3- Ou violação sexual</p><p>Em uma (ou mais) das seguintes formas:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>B. Presença de nove (ou mais) dos seguintes sintomas de qualquer uma</p><p>das cinco categorias de:</p><p>a) Intrusão;</p><p>b) Humor negativo;</p><p>c) Dissociação;</p><p>d) Evitação;</p><p>e) Excitação.</p><p>Começando ou piorando depois da ocorrência</p><p>Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>NORMALIDADE ESTATÍSTICA</p><p>• O normal indica aquilo que é mais frequente em uma população;</p><p>• Indivíduos localizados nos extremos da distribuição de uma curva normal são</p><p>considerados anormais ou doentes;</p><p>• Critério falho porque um fenômeno frequente ou raro não é necessariamente algo</p><p>patológico (ex: sintomas ansiosos e uso de substâncias psicoativas).</p><p>NORMALIDADE COMO BEM-ESTAR</p><p>• O normal está vinculado à definição de saúde como “completo bem-estar físico, mental</p><p>e social”, apresentado pela Organização Mundial de Saúde (OMS);</p><p>• Critério falho porque se baseia em uma definição ampla, imprecisa e difícil de ser</p><p>conquistada pelo indivíduo.</p><p>NORMALIDADE FUNCIONAL</p><p>• O normal é algo funcional, ou seja, que não produz sofrimento para o indivíduo ou para</p><p>o seu grupo social.</p><p>NORMALIDADE COMO PROCESSO</p><p>• O normal é visto como algo dinâmico, relacionado com o desenvolvimento psicossocial;</p><p>• Um indivíduo normal apresenta crises, estruturações e desestruturações, mudanças</p><p>típicas da sua faixa etária.</p><p>NORMALIDADE SUBJETIVA</p><p>• O normal é baseado na avaliação do indivíduo sobre o seu estado de saúde e suas</p><p>vivências;</p><p>• Critério falho porque a avaliação positiva pode estar presente em determinadas doenças</p><p>mentais, como é o caso do transtorno bipolar.</p><p>NORMALIDADE COMO LIBERDADE</p><p>• O normal se relaciona à possibilidade de exercer diferentes graus de liberdade na</p><p>relação com o mundo e consigo mesmo;</p><p>• A patologia é uma limitação das possibilidades de existência.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>NORMALIDADE OPERACIONAL</p><p>• O normal e o patológico é definido operacionalmente, de modo arbitrário e com</p><p>finalidade prática.</p><p>• Exemplo: DSM e CID.</p><p>A adoção de critérios de normalidade está relacionada com a abordagem do profissional,</p><p>suas opções filosóficas e ideológicas ou da instituição na qual os atendimentos em saúde</p><p>mental se realizam. Nada impede que mais de um critério seja usado simultaneamente, a</p><p>partir da avaliação do caso em questão.</p><p>Os critérios de normalidade influenciam na avaliação e diagnóstico do paciente. Em</p><p>determinadas ocasiões, a normalidade pode ter desdobramentos sociais relevantes.</p><p>Como exemplos, podem ser citados:</p><p>De acordo com Dalgalarrondo (2019):</p><p>• Psicologia Jurídica</p><p>A definição de normal e patológico tem implicações legais e éticas. O indivíduo, cuja</p><p>avaliação indica um funcionamento psicopatológico, é considerado incapaz de agir</p><p>racionalmente e de obedecer às leis. Assim, ele perde sua autonomia e a possibilidade de</p><p>responder judicialmente pelos seus atos.</p><p>Psicologia jurídica</p><p>Planejamento em saúde</p><p>mental</p><p>Orientação e capacitação</p><p>profissional</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>• Planejamento em saúde mental</p><p>A adoção de critérios de normalidade permite identificar as demandas assistenciais, ou seja,</p><p>quais são os serviços necessários em determinado território.</p><p>• Orientação e capacitação profissional</p><p>Os critérios de normalidade permitem definir a capacidade e a adequação de um indivíduo</p><p>em desempenhar atividades profissionais, tais como operar máquinas, ter porte de armas</p><p>de fogo, dirigir veículos.</p><p>O profissional de saúde mental, como o psicólogo, precisa ter uma postura reflexiva em</p><p>relação aos critérios de normalidade adotados. Como visto, isso é importante em função</p><p>das implicações que a avaliação psicopatológica tem para a sociedade.</p><p>(AMEOSC - Pref. de Guarujá do Sul - SC - 2019) O fenômeno é considerado patológico</p><p>a partir do momento em que é disfuncional, produz sofrimento para o próprio indivíduo</p><p>ou para o grupo social, base para identificação da normalidade:</p><p>a) Subjetiva</p><p>b) Funcional</p><p>c) Estatística</p><p>d) Como bem-estar</p><p>Comentários:</p><p>Como vimos, a questão se refere, justamente, aos critérios de normalidade descritos por</p><p>Dalgalarrondo, uma das maiores referências em concursos públicos. O texto do enunciado</p><p>descreve exatamente o que este autor nos traz, ao definir que normalidade disfuncional não</p><p>se baseia em aspectos quantitativos, mas considera patológico o que é disfuncional,</p><p>trazendo sofrimento ao sujeito ou ao seu meio social. Sendo assim, é base para identificação</p><p>da normalidade funcional.</p><p>Gabarito: letra B</p><p>3 – Sintomas Psicopatológicos</p><p>Quando um profissional de saúde mental começa o seu estudo e investigação sobre os</p><p>sintomas psicopatológicos de um paciente, ele(a) precisa ter em vista que existem três tipos</p><p>de fenômenos humanos.</p><p>Fenômenos semelhantes em todas ou quase todas as pessoas:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>• Inclui fenômenos psicológicos e fisiológicos, tais como sede, sono, medo,</p><p>ansiedade.</p><p>Fenômenos em parte semelhantes e em parte diferentes:</p><p>• Ponto de interseção entre psicologia e psicopatologia;</p><p>• Inclui fenômenos que o ser humano normal vivencia, mas que são</p><p>experimentados de forma diferente em quem tem um transtorno mental (ex:</p><p>tristeza - depressão)</p><p>Fenômenos qualitativamente novos, distintos das vivências normais:</p><p>• Restrito à psicopatologia;</p><p>• Inclui aspectos específicos a determinados transtornos/doenças mentais;</p><p>• Exemplos: sintomas psicóticos (alucinação, delírio).</p><p>(Dalgalarrondo, 2019, p. 7-8)</p><p>Assim, o profissional já tem uma clareza sobre o tipo de fenômeno humano sobre o qual a</p><p>psicopatologia se debruça. O passo seguinte passa a ser o de observar as manifestações</p><p>dos sintomas. Para que isso seja viável, é preciso ter em mente duas características</p><p>principais:</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>Patogênese</p><p>Forma e estrutura</p><p>básica dos</p><p>sintomas.</p><p>Geral e universal</p><p>Patoplastia</p><p>Configuração,</p><p>conteúdo e temas</p><p>dos sintomas</p><p>Pessoal, depende</p><p>da história, da</p><p>personalidade e da</p><p>cultura do indivíduo</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Com base nessas características, pode-se afirmar que os sintomas psicopatológicos – por</p><p>exemplo – de um quadro psicótico envolve alucinação e delírio (patogênese), elementos</p><p>comuns, e seu conteúdo com cunho religioso ou de perseguição (patoplastia) está</p><p>relacionado às vivências subjetivas. Essa compreensão é fundamental para os processos de</p><p>avaliação e diagnóstico psicopatológico.</p><p>(CEV - Pref. de Mauriti - CE - 2019) "Em geral, quando se estudam os sintomas</p><p>psicopatológicos, dois aspectos básicos costumam ser enfocados"</p><p>(DALGALARRONDO, 2008, p.28), são eles:</p><p>a) Forma e Conteúdo.</p><p>b) Forma e Sinais.</p><p>c) o Estado Mental e Físico.</p><p>d) Conteúdo e Aparência.</p><p>e) Normalidades estatísticas e Sinais.</p><p>Comentários:</p><p>Como vimos acima, Dalgalarrondo descreve a forma (patogênese), como sendo a estrutura</p><p>básica dos sintomas e tem seus elementos comuns nos diversos pacientes e o conteúdo</p><p>(patoplastia) dos sintomas, que é aquilo que preenche essa estrutura, por exemplo, um</p><p>delírio de cunho religioso que está relacionado às vivências daquele</p><p>do evento traumático:</p><p>Sintomas de intrusão, Humor negativo, Sintomas dissociativos</p><p>1. Vivenciar</p><p>diretamente o evento</p><p>traumático</p><p>2. Testemunhar</p><p>pessoalmente o evento</p><p>ocorrido a outras</p><p>pessoas</p><p>3. Saber que o evento</p><p>ocorreu com familiar</p><p>ou amigo próximo.</p><p>4. Ser exposto de forma</p><p>repetida ou extrema a</p><p>detalhes aversivos do</p><p>evento traumático</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>C. A duração da perturbação (sintomas do Critério B) é de três dias a um</p><p>mês depois do trauma.</p><p>E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância ou</p><p>a outra condição médica.</p><p>Marco temporal: três dias a um mês.</p><p>Observações importantes: Em crianças, pode haver pesadelos sem</p><p>conteúdo identificável. Nota: Os sintomas começam geralmente logo após</p><p>1. Lembranças</p><p>angustiantes</p><p>recorrentes,</p><p>involuntárias e intrusivas</p><p>do evento traumático.</p><p>2. Sonhos angustiantes</p><p>recorrentes nos quais o</p><p>conteúdo e/ou o afeto</p><p>do sonho estão</p><p>relacionados ao evento</p><p>3. Reações dissociativas,</p><p>como se o evento</p><p>traumático estivesse</p><p>acontecendo novamente</p><p>4. Sofrimento psicológico</p><p>intenso ou prolongado</p><p>ou reações fisiológicas</p><p>acentuadas</p><p>5. Incapacidade</p><p>persistente de vivenciar</p><p>emoções positivas</p><p>6. Senso de realidade</p><p>alterado acerca de si</p><p>mesmo ou do ambiente</p><p>7. Incapacidade de</p><p>recordar um aspecto</p><p>importante do evento</p><p>traumático</p><p>8. Esforços para evitar</p><p>recordações</p><p>9. Esforços para evitar</p><p>lembranças (pessoas,</p><p>lugares, conversas,</p><p>atividades, objetos,</p><p>situações)</p><p>10. Perturbação do sono</p><p>11. Comportamento</p><p>irritadiço e surtos de</p><p>raiva</p><p>12. Hipervigilância</p><p>13. Problemas de</p><p>concentração</p><p>14. Resposta de</p><p>sobressalto exagerada</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>o trauma, mas é preciso que persistam no mínimo três dias e até um mês</p><p>para satisfazerem os critérios do transtorno.</p><p>Diagnostico diferencial: Transtornos de adaptação à o estressor pode ser</p><p>de qualquer gravidade em vez da gravidade e do tipo exigidos pelo Critério</p><p>A do transtorno de estresse agudo. Algumas formas de resposta de estresse</p><p>agudo não incluem sintomas desse transtorno e podem ser caracterizadas</p><p>por raiva, depressão ou culpa. Essas respostas são descritas de forma mais</p><p>adequada como essencialmente um transtorno de adaptação. Respostas</p><p>depressivas ou raivosas em um transtorno de adaptação podem envolver</p><p>ruminação acerca do evento traumático, em oposição a recordações</p><p>angustiadas involuntárias e intrusivas no transtorno de estresse agudo.</p><p>Diagnostico diferencial: Transtorno de estresse pós-traumático: no</p><p>transtorno de estresse agudo, o padrão ocorre dentro de um mês depois</p><p>do evento traumático e cede dentro do período daquele mês. Se os</p><p>sintomas persistirem por mais de um mês e satisfizerem os critérios de</p><p>TEPT, o diagnóstico muda de transtorno de estresse agudo para TEPT.</p><p>Transtorno</p><p>s de</p><p>Adaptação</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Desenvolvimento de sintomas emocionais ou comportamentais em</p><p>resposta a um estressor ou estressores identificáveis ocorrendo dentro de</p><p>três meses do início do estressor ou estressores.</p><p>B. Esses sintomas ou comportamentos são clinicamente significativos,</p><p>conforme evidenciado por um ou mais dos seguintes aspectos:</p><p>1. Sofrimento intenso desproporcional à gravidade ou à intensidade do</p><p>estressor, considerando-se o contexto cultural e os fatores culturais que</p><p>poderiam influenciar a gravidade e a apresentação dos sintomas.</p><p>2. Prejuízo significativo no funcionamento social, profissional ou em outras</p><p>áreas importantes da vida do indivíduo.</p><p>C. A perturbação relacionada ao estresse não satisfaz os critérios de outro</p><p>transtorno mental e não é meramente uma exacerbação de um transtorno</p><p>mental preexistente.</p><p>D. Os sintomas não representam luto normal.</p><p>E. Uma vez que o estressor ou suas consequências tenham cedido, os</p><p>sintomas não persistem por mais de seis meses.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Marco temporal:</p><p>Observações importantes: Determinar o subtipo:</p><p>• Com humor deprimido: Humor deprimido, choro fácil ou</p><p>sentimentos de desesperança são predominantes.</p><p>• Com ansiedade: Nervosismo, preocupação, inquietação ou</p><p>ansiedade de separação são predominantes.</p><p>• Com misto de ansiedade e depressão: Predomina uma combinação</p><p>de depressão e ansiedade.</p><p>• Com perturbação da conduta: Predomina a perturbação da conduta.</p><p>• Com perturbação mista das emoções e da conduta: Tanto sintomas</p><p>emocionais (p. ex., depressão, ansiedade) como perturbação da</p><p>conduta são predominantes.</p><p>Questões comentadas: Transtornos Relacionados a Traumas</p><p>e a Estressores</p><p>1- (Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Macapá - AP) Uma característica central</p><p>do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é que seu desenvolvimento está</p><p>ligado a um evento traumático. De acordo com o DSM-V, seus sintomas podem ser</p><p>divididos nas seguintes categorias:</p><p>A) revivescência do trauma, esquiva/entorpecimento emocional e episódios de mania</p><p>recorrente.</p><p>B) reexperimentação, esquiva, alterações negativas persistentes em cognições e humor e</p><p>excitabilidade aumentada.</p><p>C) bloqueio do trauma pelo próprio indivíduo, esquiva/entorpecimento emocional e</p><p>hiperestimulação mental.</p><p>D) reexperimentação comportamental, esquiva, choro compulsivo e alterações cognitivas</p><p>intermitentes.</p><p>E) trauma remanescente, distresse, evitação de situações de perigo e agitação.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>O TEPT não traz sintomas de mania, mas sim de excitabilidade aumentada à Alterações</p><p>marcantes na excitação e na reatividade associadas ao evento traumático, começando ou</p><p>piorando após o evento, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos:</p><p>• Comportamento irritadiço e surtos de raiva (com pouca ou nenhuma provocação)</p><p>geralmente expressos sob a forma de agressão verbal ou física em relação a pessoas e</p><p>objetos.</p><p>• Comportamento imprudente ou autodestrutivo.</p><p>• Hipervigilância.</p><p>• Resposta de sobressalto exagerada.</p><p>• Problemas de concentração.</p><p>• Perturbação do sono.</p><p>Também tem humor negativo persistente, reexperimentação (flashback do trauma),</p><p>tentativas de esquiva de situações ligadas ao trauma, não necessariamente de agitação.</p><p>Importante salientar que não se trata de trauma remanescente (que restou), mas traumas</p><p>que aconteceram e deixaram resquícios.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: letra B</p><p>2- (Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: AL-MA) Ana Maria sofreu um grave acidente de carro</p><p>quando voltava de viagem com o marido, que não resistiu aos ferimentos provocados</p><p>pelo acidente. Desde então, Ana não conseguiu mais andar de carro, tendo repetidos</p><p>pesadelos e flashbacks do acidente. Os sintomas de Ana Maria sugerem que ela tenha</p><p>desenvolvido transtorno:</p><p>A) do luto persistente.</p><p>B) ciclotímico.</p><p>C) depressivo persistente.</p><p>D) de estresse pós-traumático.</p><p>E) bipolar.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista</p><p>Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>A questão exige conhecimento sobre quais sintomas e porque eles apareceram. Segue</p><p>análise:</p><p>Critério A. Exposição a episódio concreto ou ameaça:</p><p>a) de morte;</p><p>b) lesão grave</p><p>(Acidente de carro)</p><p>C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático, começando após a</p><p>ocorrência do evento, conforme evidenciado por um ou ambos dos seguintes aspectos:</p><p>1. Evitação ou esforços para evitar recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes</p><p>acerca de ou associados de perto ao evento traumático.</p><p>2. Evitação ou esforços para evitar lembranças externas (pessoas, lugares, conversas,</p><p>atividades, objetos, situações) que despertem recordações, pensamentos ou sentimentos</p><p>angustiantes acerca de ou associados de perto ao evento traumático.</p><p>(Evita andar de carro)</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra D</p><p>3-(Ano: 2023 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Prefeitura de São Cristóvão -</p><p>SE) Considerando as contribuições da psicopatologia e o Manual Diagnóstico e</p><p>Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-5-TR), assinale a opção correta.</p><p>A) O transtorno de sintomas somáticos é caracterizado pela presença persistente de</p><p>despersonalização e desrealização.</p><p>B) Crianças podem apresentar transtorno de estresse agudo.</p><p>C) Sudorese, tremores, sensação de falta de ar, náuseas e calafrios são características clínicas</p><p>encontradas no transtorno depressivo maior.</p><p>D) Uma criança exposta a episódio concreto de violência sexual pode desenvolver sintomas</p><p>emocionais ou comportamentais característicos de transtorno de adaptação.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A letra A está errada, pois não se trata de transtornos somáticos, mas sim de transtornos</p><p>dissociativos.</p><p>A letra B está correta, pois pode ocorrer transtorno de estresse agudo em crianças, basta</p><p>seguir os critérios diagnósticos.</p><p>A letra C refere-se a transtorno do pânico</p><p>A letra D refere-se a TEPT ou estresse agudo, dependendo do tempo.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra B</p><p>4- (Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TCE-RO) A descrição dos quadros de transtornos</p><p>ligados a traumas e estressores no DSM-5 colabora para a compreensão de crianças que</p><p>passam por rupturas de vínculos e medidas de acolhimento.</p><p>Pode funcionar como fator de proteção contra o desenvolvimento dos transtornos de</p><p>apego reativo e de interação social desinibida:</p><p>A) o acolhimento em instituições com alta proporção de crianças por cuidador;</p><p>B) as mudanças frequentes de cuidadores ou de instituições de acolhimento;</p><p>C) o padrão persistente de atendimento insuficiente às necessidades de cuidados e afeto;</p><p>D) o acolhimento familiar com atenção individualizada às necessidades emocionais básicas;</p><p>E) a manutenção incondicional e preferencial da criança em seu núcleo familiar de origem.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Essa questão é interessante, pois envolve muito além dos critérios diagnósticos. Ela se</p><p>desdobra nos fatores de proteção, tendo em vista que esse transtorno se desenvolve a partir</p><p>de uma NEGLIGENCIA na infância. Pensando nisso, o acolhimento familiar com atenção</p><p>individualizada às necessidades emocionais básicas seria a melhor forma de PREVINIR.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra D</p><p>5- (Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Paulínia - SP) Bianca, 18 anos, foi vítima</p><p>de abuso sexual intrafamiliar durante parte de sua infância e adolescência e desenvolveu</p><p>um quadro de Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Este transtorno tem como</p><p>sintomas mais característicos:</p><p>A) recordações intrusivas e comportamento evitativo.</p><p>B) delírios visuais e auditivos e embotamento afetivo.</p><p>C) ideação suicida e hipovigilância aumentada.</p><p>D) dificuldade de concentração e humor maníaco.</p><p>E) conduta obsessiva e pensamentos compulsivos.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>VAMOS RELEMBRAR O DSM 5, sobre o Transtorno Estresse Pós-traumático possui</p><p>manifestações a seguir:</p><p>A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual.</p><p>B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos associados ao evento</p><p>traumático, começando depois de sua ocorrência.</p><p>C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático.</p><p>D. Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento traumático</p><p>começando ou piorando depois da ocorrência de tal evento.</p><p>1. Discrição reduzida ou</p><p>ausente em abordar e</p><p>interagir com adultos</p><p>desconhecidos</p><p>2. Comportamento</p><p>verbal ou físico</p><p>excessivamente familiar</p><p>3. Diminuição ou</p><p>ausência de retorno</p><p>ao cuidador adulto</p><p>depois de aventurar-se</p><p>4. Vontade de sair com</p><p>um adulto estranho</p><p>com mínima ou</p><p>nenhuma hesitação.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>E. Alterações marcantes na excitação e na reatividade associadas ao evento traumático,</p><p>começando ou piorando após o evento.</p><p>F. A perturbação (Critérios B, C, D e E) dura mais de um mês.</p><p>G. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo e prejuízo social, profissional</p><p>ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.</p><p>H. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex.,</p><p>medicamento, álcool) ou a outra condição médica.</p><p>A. Conforme critérios B e C do DSM.</p><p>B. Os delírios são sintomas característicos de dissociação da realidade, como psicoses. O</p><p>TEPT pode ter uma cisão com a realidade em casos mais graves, mas daí daríamos outro</p><p>diagnóstico, como esquizofrenia, por exemplo.</p><p>C. Ideação suicida está mais relacionado aos sintomas depressivos, que não estão</p><p>diretamente relacionados ao fator traumático. A hipovigilância, apesar de não estar</p><p>especificamente relacionada nos critérios diagnósticos, pode ser considerada como</p><p>alteração reativa se relacionada ao evento traumático em si.</p><p>D) A concentração é uma alteração fisiológica na atenção e não traumática. O humor</p><p>maníaco é característico de patologias maníacas, como o transtorno bipolar, por exemplo.</p><p>E. Obsessivo e compulsivo são sintomas do TOC.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra A</p><p>6- (Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CODEVASF) Caso clínico 13A1-I</p><p>Denis, de 15 anos de idade, estudante, foi encaminhado pela escola para avaliação</p><p>psicológica. De acordo com os pais dele, Denis sempre foi um menino muito agitado e</p><p>“esquisito”, mas que "fazia o que precisava fazer" e parecia conseguir lidar bem com</p><p>isso. No atendimento psicológico, a mãe iniciou com o seguinte relato: “Doutor, as</p><p>coisas foram só piorando. Primeiro, ele nunca gostou de dormir. Mexia e remexia a noite</p><p>toda desde pequeno. Sempre muito agressivo e impaciente. A gente percebia que ele</p><p>era mais agitado que o normal, pois temos outra filha e ela era completamente diferente</p><p>dele quando tinha a mesma idade. O medo, Denis só apresentou depois; na verdade, o</p><p>pavor veio depois que a irmã se trancou, sem querer, no quarto. Denis ficou</p><p>incontrolável. Chorava e se batia, dizendo que nunca mais veria a irmã. Nessa época,</p><p>ele tinha 4 anos. Depois dessa situação, ficou com muito medo de tudo. Certa vez, ele</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula</p><p>03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>disse que não entraria no carro, pois tinha medo de que colidisse contra um ônibus. Mas</p><p>cada dia era uma coisa diferente. Procuramos ajuda na época, e ele foi acompanhado</p><p>por psiquiatra e psicólogo. Depois de 1 ano, recebeu alta. Mas ele sempre foi um</p><p>menino diferente. Na escola, as coisas pioraram de um ano pra cá: o rendimento dele</p><p>caiu, ele não consegue acompanhar as aulas e não faz tarefas. Esse ano mesmo, já é</p><p>repetente... é a terceira vez que faz. Nunca teve amigos. Seu círculo social é pobre e</p><p>não se sustenta. É imaturo demais. Chama de amigo o garoto que conheceu há dois dias</p><p>na Internet. Passa muito tempo trancado no quarto, envolvido com jogos e redes sociais.</p><p>Está mais calado e na dele. Já peguei Denis falando sozinho algumas vezes. Tem uns</p><p>comportamentos estranhos: há 3 meses, aproximadamente, estávamos todos dormindo</p><p>em casa. Era tarde da noite. Nossa filha sentiu o cheiro de velas e correu pro quarto</p><p>dele. A única coisa que ele dizia era: 'Frente à treva, só a luz... Eu sou a luz do mundo!’,</p><p>enquanto segurava velas — e tinha mais umas 15 acessas em toda a casa. Foi preciso</p><p>chamar o Corpo de Bombeiros. Ninguém segurava ele" (sic). O pai de Denis</p><p>acrescentou: "Tem épocas que ele está mais tranquilo. Mas já me disse que tem algo na</p><p>sua cabeça que não o deixa descansar, mas que não pode falar muito a respeito ‘por</p><p>motivos de segurança’. Ontem, a coordenadora da escola nos contatou. Pensávamos</p><p>que tivesse relação com a queda de rendimento, mas ela nos pediu que</p><p>comparecêssemos à escola. Na reunião agendada, nos contou que Denis foi pego se</p><p>autolesionando na hora do intervalo. Ao ser interrompido, não falava coisa com coisa.</p><p>Só dizia: 'Não me interrompam. Tenho uma missão! Vocês saberão qual será minha</p><p>verdadeira identidade'" (sic).</p><p>Ainda com relação ao caso clínico 13A1-I, julgue o item a seguir, de acordo com o DSM-</p><p>V, a CID-10 e a psicopatologia.</p><p>O nível de ansiedade e o pavor apresentados por Denis na situação em que sua irmã</p><p>ficou trancada no quarto foi fator predisponente para o desenvolvimento do transtorno</p><p>de estresse pós-traumático.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Infelizmente algumas bancas nos vencem pelo cansaço, esse caso foi abordado em uma</p><p>prova e dele foi retirado inúmeras questões sobre diferentes transtornos. Dênis tem</p><p>apresentado vários comportamentos, que foram evoluindo em seu quadro, tais como:</p><p>Hiperatividade e agressividade;</p><p>Fobias</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Isolamento e retraimento social</p><p>Falta de rendimento escolar</p><p>Comportamentos considerado “esquisitos" (como acender diversas velas pela casa)</p><p>Delírios (com falas desconexas)</p><p>Automutilação</p><p>Porque falaríamos de TEPT? Pois o medo vivenciado por Denis na situação com sua irmã</p><p>tratou-se de medo acentuadamente superior ao fenômeno real, revelando um</p><p>comportamento exagerado e possivelmente fóbico que não condiz com a característica do</p><p>TEPT (deve ocorrer em ameaças reais, violências, desastres ou outras situações</p><p>concretas).</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Exposição a episódio concreto ou ameaça:</p><p>1- De morte;</p><p>2-Lesão grave;</p><p>3- Ou violação sexual</p><p>ALTERNATIVA ERRADA.</p><p>7- (Ano: 2021 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de João Pessoa -</p><p>PB) Paciente feminina, 39 anos, sofreu violência sexual há um mês e, em atendimento</p><p>psicológico, tem relatado: insônia e que quando dorme tem pesadelos; irritabilidade;</p><p>que se assusta com extrema facilidade e que aparecem memórias intrusas do trauma</p><p>durante o dia. Tem evitado falar com pessoas que souberam do que lhe ocorreu e ir a</p><p>ambientes que se assemelhem ao local do crime. Ao descrever a situação, apresentou</p><p>sudorese, taquicardia, choro e aumento de movimentos corporais, mesmo sentada.</p><p>Sobre esse caso, assinale a alternativa correta.</p><p>A) É indicativo de transtorno de estresse pós-traumático.</p><p>B) É indicativo de transtorno esquizotípico.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>C) Refere-se à síndrome de dependência.</p><p>D) Trata-se de transtorno dissociativo.</p><p>E) É indicativo de neurastenia.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Primeira coisa que precisamos pensar, ela sofreu ameaça grave de morte sendo violentada</p><p>sexualmente. O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é um distúrbio de ansiedade</p><p>que se manifesta em decorrência de o portador ter sofridos experiências de atos violentos</p><p>ou de situações traumáticas.</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Exposição a episódio concreto ou ameaça:</p><p>1- De morte;</p><p>2-Lesão grave;</p><p>3- Ou violação sexual</p><p>Os sintomas podem manifestar-se em qualquer faixa de idade e levar meses ou anos para</p><p>aparecer e costumam ser agrupados em três categorias:</p><p>Reexperiência traumática: pensamentos recorrentes e intrusivos que remetem à lembrança</p><p>do trauma, flashbacks, pesadelos;</p><p>Esquiva e isolamento social: a pessoa foge de situações, contatos e atividades que possam</p><p>reavivar as lembranças dolorosas do trauma;</p><p>Hiperexcitabilidade psíquica e psicomotora: taquicardia, sudorese, tonturas, dor de cabeça,</p><p>distúrbios do sono, dificuldade de concentração, irritabilidade, hipervigilância.</p><p>A- Correta - O quadro apresentado no enunciado é indicativo de transtorno de estresse pós-</p><p>traumático.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra A</p><p>8- (Ano: 2019 Banca: CESGRANRIO Órgão: UNIRIO Prova: CESGRANRIO - 2019 -</p><p>UNIRIO - Psicólogo) Um bombeiro chega ao local de um acidente onde ele precisa</p><p>recolher partes de corpos humanos. Na noite seguinte, ele acorda de um sonho</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>angustiante em que vê seu corpo na condição do corpo de um acidentado. Após uma</p><p>semana, busca ajuda afirmando estar insone, irritado (narra ter tido um acesso de raiva</p><p>desmedido contra a esposa), afirma não sentir mais o amor que sentia no casamento</p><p>nem qualquer tipo de satisfação. Está muito assustadiço, vem evitando dirigir após a</p><p>ocorrência, afirma estar desconcentrado e infeliz. Conta, também, que a realidade está</p><p>estranha, que está “vivendo a vida em câmera lenta”. Após o sonho, não foi mais</p><p>trabalhar e tem evitado os colegas do trabalho, tentando evitar recordar a cena do</p><p>acidente ou o sonho. Apesar de seus esforços em contrário, diz recordar</p><p>constantemente a cena do acidente, o que gera muito mal-estar.</p><p>O diagnóstico adequado ao caso e uma consideração relevante para o diagnóstico</p><p>diferencial seriam, respectivamente, o (a):</p><p>A) transtorno de estresse agudo, em detrimento do transtorno de estresse pós-traumático,</p><p>devido ao fato de os sintomas serem recentes.</p><p>B) transtorno de personalidade, em detrimento do transtorno de estresse agudo, devido à</p><p>presença de sintomas dissociativos.</p><p>C) transtorno de personalidade evitativa, em detrimento de fobia específica, devido à</p><p>ruptura dos laços sociais e amorosos.</p><p>D) transtorno depressivo maior, em detrimento de qualquer transtorno relacionado a</p><p>estressores, devido à quantidade de sintomas do humor.</p><p>E) fobia específica, em detrimento de transtorno depressivo, devido à especificidade da</p><p>situação que gera a ansiedade.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Bora lá, pessoal! precisamos sempre nos lembrar o que é o TEPT e seus critérios. Lá no</p><p>quadro eu enfatizo o TEMPO para o diagnóstico, lembram?</p><p>Estresse AGUDO ➺ 3 dias a 1 mês</p><p>TEPT ➺ geralmente desenvolve-se dentro de 3 meses após o trauma, se for mais de seis</p><p>meses é caracterizado como tardio.</p><p>O PRIMEIRO DIAGNÓSTICO A SER FEITO ENTÃO É DE ESTRESSE AGUDO!</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra A</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>CAPÍTULO SOBRE TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS</p><p>Os transtornos dissociativos são caracterizados por perturbação e/ou</p><p>descontinuidade da integração normal de:</p><p>Consciência, memória, identidade, emoção, percepção, representação corporal,</p><p>controle motor e comportamento.</p><p>Os sintomas dissociativos podem potencialmente perturbar todas as áreas do</p><p>funcionamento psicológico.</p><p>Os sintomas dissociativos são vivenciados como:</p><p>a) intrusões espontâneas na consciência e no comportamento, acompanhadas por perdas</p><p>de continuidade na experiência subjetiva à sintomas dissociativos “positivos”:</p><p>fragmentação da identidade, despersonalização e desrealização) e/ou;</p><p>b) incapacidade de acessar informações e de controlar funções mentais que normalmente</p><p>são de fácil acesso ou controle à sintomas dissociativos “negativos”: amnésia.</p><p>Os transtornos dissociativos são encontrados com frequência como consequência de</p><p>traumas à estrita relação com os transtornos do capítulo de trauma e estressores.</p><p>Tanto o transtorno de estresse agudo quanto o transtorno de estresse</p><p>pós-traumático contêm sintomas dissociativos, como amnésia, flashbacks, entorpecimento</p><p>e despersonalização/desrealização.</p><p>Transtorno dissociativo de</p><p>identidade</p><p>Amnésia dissociativa</p><p>Transtorno de</p><p>despersonalização/desrealização</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Transtorno</p><p>dissociativo de</p><p>identidade</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Ruptura da identidade caracterizada pela presença de:</p><p>DOIS OU MAIS ESTADOS DE PERSONALIDADE</p><p>DISTINTOS, descrita em algumas culturas como uma experiência</p><p>de possessão. Essa ruptura envolve descontinuidade acentuada:</p><p>1- No senso de si mesmo e;</p><p>2- De domínio das próprias ações,</p><p>Acompanhada por alterações relacionadas no afeto, no</p><p>comportamento, na consciência, na memória, na percepção, na</p><p>cognição e/ou no funcionamento sensório-motor. Esses sinais e</p><p>sintomas podem ser observados por outros ou relatados pelo</p><p>indivíduo.</p><p>B. Lacunas recorrentes na recordação de eventos cotidianos,</p><p>informações pessoais importantes e/ ou eventos traumáticos que</p><p>são incompatíveis com o esquecimento comum.</p><p>C. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo e</p><p>prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas</p><p>importantes da vida do indivíduo.</p><p>D. A perturbação não é parte normal de uma prática religiosa ou</p><p>cultural amplamente aceita.</p><p>E. Os sintomas não são atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma</p><p>substância ou a outra condição médica.</p><p>Marco temporal:</p><p>Observações importantes: Em crianças, os sintomas não são mais</p><p>bem explicados por amigos imaginários ou outros jogos de</p><p>fantasia. Indivíduos com transtorno dissociativo de identidade</p><p>podem relatar o sentimento de terem-se tornado subitamente</p><p>observadores despersonalizados de suas “próprias” falas e ações,</p><p>e podem sentir-se incapazes de reverter essa situação. Indivíduos</p><p>com transtorno dissociativo de identidade apresentam-se</p><p>geralmente com depressão, ansiedade, abuso de substância,</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>automutilação, convulsões não epiléticas ou outros sintomas como</p><p>comorbidades.</p><p>Em testes padronizados, esses</p><p>indivíduos apresentam níveis maiores de suscetibilidade à hipnose</p><p>e de capacidade dissociativa comparados a outros grupos clínicos</p><p>e controles sadios. Algumas pessoas sofrem fenômenos ou</p><p>episódios psicóticos transitórios. Várias regiões do cérebro foram</p><p>implicadas na fisiopatologia do transtorno dissociativo de</p><p>identidade, incluindo o córtex orbitofrontal, o hipocampo, o giro</p><p>para-hipocampal e a amígdala.</p><p>Amnésia</p><p>dissociativa</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Incapacidade de recordar informações autobiográficas</p><p>importantes, geralmente de natureza traumática ou estressante,</p><p>incompatível com o esquecimento normal.</p><p>A amnésia dissociativa difere das amnésias</p><p>permanentes devidas a dano neurológico ou toxicidade que</p><p>impedem a retenção ou a recordação de memórias no sentido de</p><p>que é sempre potencialmente reversível, pois a lembrança foi</p><p>armazenada com sucesso.</p><p>B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou</p><p>prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas</p><p>importantes do funcionamento.</p><p>C. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma</p><p>substância ou a uma condição neurológica ou médica</p><p>D. A perturbação não é mais bem explicada por transtorno</p><p>dissociativo de identidade, transtorno de estresse pós-traumático,</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>transtorno de estresse agudo, transtorno de sintomas somáticos ou</p><p>transtorno neurocognitivo maior ou menor.</p><p>Especificar se: Com fuga dissociativa à Viagem aparentemente</p><p>proposital ou perambulação sem rumo associada a amnésia de</p><p>identidade ou de outras informações autobiográficas importantes.</p><p>Marco temporal:</p><p>Observações importantes: A amnésia dissociativa consiste mais</p><p>frequentemente em amnésia localizada ou seletiva de um evento</p><p>ou eventos específicos ou amnésia generalizada da identidade e</p><p>da história de vida.</p><p>1- Amnésia localizada, a impossibilidade de recordar eventos</p><p>durante um período limitado, é a forma mais comum de</p><p>amnésia dissociativa;</p><p>2- Na amnésia seletiva, o indivíduo consegue recordar alguns,</p><p>mas não todos os, eventos de um período limitado;</p><p>3- Amnésia generalizada, uma perda completa da memória da</p><p>história de vida da pessoa, é rara. Indivíduos com amnésia</p><p>generalizada podem esquecer a própria identidade. Alguns</p><p>perdem o conhecimento prévio a respeito do mundo.</p><p>Histórias de trauma, abuso infantil e vitimização são comuns. O</p><p>início da amnésia dissociativa costuma ser súbito.</p><p>À medida que a amnésia dissociativa começa a ceder, uma ampla</p><p>variedade de fenômenos afetivos pode surgir: disforia, pesar, raiva,</p><p>vergonha, culpa, conflitos psicológicos, ideação, impulsos e atos</p><p>suicidas e homicidas.</p><p>Transtorno de</p><p>Despersonalização/</p><p>Desrealização</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Presença de experiências persistentes ou recorrentes de</p><p>despersonalização, desrealização ou ambas:</p><p>1. Despersonalização:</p><p>1.1: Experiências de irrealidade;</p><p>1.2: Distanciamento;</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>1.3: Ou de ser um observador externo dos próprios pensamentos,</p><p>sentimentos, sensações, corpo ou ações;</p><p>à Alterações</p><p>da percepção, senso distorcido do tempo, sensação</p><p>de irrealidade ou senso de si mesmo irreal ou ausente, anestesia</p><p>emocional e/ou física.</p><p>2. Desrealização:</p><p>2.1: Experiências de irrealidade;</p><p>2.2: Ou distanciamento em relação ao ambiente ao redor</p><p>à Indivíduos ou objetos são vivenciados como irreais, oníricos,</p><p>nebulosos, inertes ou visualmente distorcidos.</p><p>B. Durante as experiências de despersonalização ou desrealização,</p><p>o teste de realidade permanece intacto. Diferente dos</p><p>transtornos psicóticos.</p><p>C. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou</p><p>prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas</p><p>importantes da vida do indivíduo.</p><p>D. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma</p><p>substância ou a outra condição médica.</p><p>E. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno</p><p>mental, como esquizofrenia, transtorno de pânico, transtorno</p><p>depressivo maior, transtorno de estresse agudo, transtorno de</p><p>estresse pós-traumático ou outro transtorno dissociativo</p><p>Marco temporal: Sintomas transitórios de</p><p>despersonalização/desrealização que duram de horas a dias são</p><p>comuns na população em geral. A prevalência em 12 meses do</p><p>transtorno de despersonalização/ desrealização é</p><p>consideravelmente menor do que a de sintomas transitórios,</p><p>embora estimativas precisas do transtorno não estejam disponíveis.</p><p>Observações importantes:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Questões comentadas: Transtornos Dissociativos</p><p>1- (Ano: 2023 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de São João do Polêsine - RS) Segundo</p><p>o DSM-5, a sensação de estar distanciado de si mesmo denomina-se:</p><p>A) Autodistonia.</p><p>B) Despersonalização.</p><p>C) Desrealização.</p><p>D) Egodistonia.</p><p>E) Egosintonia.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Repetir é aprender: Despersonalização:</p><p>1.1: Experiências de irrealidade;</p><p>1.2: Distanciamento;</p><p>1.3: Ou de ser um observador externo dos próprios pensamentos, sentimentos, sensações,</p><p>corpo ou ações;</p><p>Alterações da percepção, senso distorcido do tempo, sensação de irrealidade ou senso de</p><p>si mesmo irreal ou ausente, anestesia emocional e/ou física.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra B</p><p>2- (Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 17ª Região (ES)) O Transtorno dissociativo de</p><p>Identidade mencionado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais –</p><p>DSM-5 diz que a característica definidora deste transtorno é a presença de:</p><p>A) estados de personalidade alternados que não são observados diretamente. O transtorno</p><p>pode ser identificado somente por três conjuntos de sintomas que não estão estabelecidos</p><p>no Critério A.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>B) dois ou mais estados específicos de alteração de humor e alucinações (Critério A).</p><p>C) semelhança com o transtorno de humor que ocorre com a falta de habilidade para lidar</p><p>com situações de estresse (Critério B).</p><p>D) dois ou mais estados de personalidade distintos ou uma experiência de possessão</p><p>(Critério A).</p><p>E) um conjunto de processos psicodinâmicos que não envolvem de forma direta a</p><p>necessidade da presença constante de dissociação e nem de possessão, segundo o Critério</p><p>A.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Relembrar é aprender. Essa questão foi difícil pois esse transtorno é bem pouco cobrado.</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Ruptura da identidade caracterizada pela presença de:</p><p>DOIS OU MAIS ESTADOS DE PERSONALIDADE DISTINTOS, descrita em algumas culturas</p><p>como uma experiência de possessão. Essa ruptura envolve descontinuidade acentuada:</p><p>1- No senso de si mesmo e;</p><p>2- De domínio das próprias ações,</p><p>Acompanhada por alterações relacionadas no afeto, no comportamento, na consciência, na</p><p>memória, na percepção, na cognição e/ou no funcionamento sensório-motor. Esses sinais e</p><p>sintomas podem ser observados por outros ou relatados pelo indivíduo.</p><p>B. Lacunas recorrentes na recordação de eventos cotidianos, informações pessoais</p><p>importantes e/ ou eventos traumáticos que são incompatíveis com o esquecimento comum.</p><p>C. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no funcionamento</p><p>social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra D</p><p>3- (Ano: 2019 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Santa Cecília do Sul - RS) De</p><p>acordo com o DSM-V, a característica ____________ do transtorno dissociativo de</p><p>personalidade é a presença de dois ou mais estados de personalidade distintos ou uma</p><p>experiência de _________.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho</p><p>acima.</p><p>A) secundária – agressividade</p><p>B) definidora – raiva</p><p>C) secundária – mania</p><p>D) definidora – possessão</p><p>E) secundária – pânico</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Essa questão traz apenas o conceito pelo DSM 5 na sua LITERALIDADE. Muitas BANCAS</p><p>FAZEM ISSO.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra D</p><p>4- (Ano: 2019 Banca: Itame Órgão: Prefeitura de Avelinópolis - GO) Entende-se por</p><p>Transtornos Dissociativos aqueles que de alguma forma levam a pessoa a se sentirem</p><p>deslocados de si mesmos ou do ambiente, como se estivessem sonhando ou vivendo</p><p>em câmara lenta (Barlow &Durand, 2008). Estes transtornos apresentam-se nas formas</p><p>de transtorno de despersonalização, amnésia dissociativa, fuga dissociativa e transtorno</p><p>de transe dissociativo. Quando as sensações de irrealidade são tão graves e</p><p>aterrorizantes que dominam a vida de um indivíduo e impedem o funcionamento</p><p>normal, os clínicos podem diagnosticar</p><p>A) amnésia dissociativa.</p><p>B) fuga dissociativa.</p><p>C) transtorno de despersonalização.</p><p>D) transtorno de transe dissociativo.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>De acordo com o DSM-V, transtornos dissociativos são caracterizados por perturbação e/ou</p><p>descontinuidade da integração normal de consciência, memória, identidade, emoção,</p><p>percepção, representação corporal, controle motor e comportamento. Os sintomas</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>dissociativos podem potencialmente perturbar todas as áreas do funcionamento</p><p>psicológico e são vivenciados como intrusões espontâneas na consciência e no</p><p>comportamento, acompanhadas por perdas de continuidade na experiência subjetiva (i.e.,</p><p>sintomas dissociativos “positivos", como fragmentação da identidade, despersonalização e</p><p>desrealização); e/ou incapacidade de acessar informações e de controlar funções mentais</p><p>que normalmente são de fácil acesso ou controle (i.e., sintomas dissociativos “negativos",</p><p>como amnésia). Incluem: transtorno dissociativo de identidade, amnésia dissociativa,</p><p>transtorno de despersonalização/desrealização, outro transtorno dissociativo especificado e</p><p>transtorno dissociativo não especificado.</p><p>O transtorno de despersonalização/desrealização é caracterizado por despersonalização</p><p>(i.e., experiências de irrealidade ou distanciamento da própria mente, de si ou do corpo)</p><p>e/ou desrealização (i.e., experiências de irrealidade ou distanciamento do ambiente ao</p><p>redor) clinicamente persistente ou recorrente. Essas alterações</p><p>da experiência ocorrem sem</p><p>que haja prejuízo ao teste de realidade. Não há evidência de nenhuma distinção entre</p><p>indivíduos com sintomas predominantes de despersonalização versus desrealização.</p><p>Portanto, indivíduos com esse transtorno podem ter despersonalização, desrealização ou</p><p>ambos.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra C</p><p>CAPÍTULO SOBRE SINTOMAS SOMÁTICOS E</p><p>TRANSTORNOS RELACIONADOS</p><p>Esse capítulo constitui uma nova categoria no DSM-5 denominada transtorno de</p><p>sintomas somáticos e transtornos relacionados.</p><p>Todos os transtornos neste capítulo compartilham de um aspecto comum: a</p><p>proeminência de sintomas somáticos associados a sofrimento e prejuízo significativos.</p><p>Transtorno de</p><p>sintomas</p><p>somáticos</p><p>Transtorno de</p><p>ansiedade de</p><p>doença</p><p>Transtorno</p><p>conversivo</p><p>Transtorno factício</p><p>Fatores</p><p>psicológicos que</p><p>afetam outras</p><p>condições médicas</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Transtorno de</p><p>sintomas</p><p>somáticos</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Um ou mais sintomas somáticos que causam aflição ou resultam em</p><p>perturbação significativa da vida diária.</p><p>B. Pensamentos, sentimentos ou comportamentos excessivos relacionados</p><p>aos sintomas somáticos ou associados a preocupações com a saúde</p><p>manifestados por pelo menos um dos seguintes:</p><p>C. Embora algum dos sintomas somáticos possa não estar continuamente</p><p>presente, a condição de estar sintomático é persistente</p><p>Especificar se:</p><p>a) com dor predominante (anteriormente transtorno doloroso): Este</p><p>especificador é para indivíduos cujos sintomas somáticos envolvem</p><p>predominantemente dor.</p><p>b) persistente: Um curso persistente é caracterizado por sintomas graves,</p><p>prejuízo marcante e longa duração (mais de seis meses).</p><p>c) gravidade atual:</p><p>c.1: Leve: Apenas um dos sintomas especificados no Critério B é satisfeito.</p><p>c.2: Moderada: Dois ou mais sintomas especificados no Critério B são</p><p>satisfeitos.</p><p>c.3: Grave: Dois ou mais sintomas especificados no Critério B são satisfeitos,</p><p>além da presença de múltiplas queixas somáticas (ou um sintoma somático</p><p>muito grave).</p><p>1. Pensamentos</p><p>desproporcionais e</p><p>persistentes acerca da</p><p>gravidade dos próprios</p><p>sintomas</p><p>2. Nível de ansiedade</p><p>persistentemente</p><p>elevado acerca da saúde</p><p>e dos sintomas</p><p>3. Tempo e energia</p><p>excessivos dedicados a</p><p>esses sintomas ou a</p><p>preocupações a respeito</p><p>da saúde</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Marco temporal: (em geral mais de seis meses).</p><p>Observações importantes: O sofrimento do indivíduo é autêntico, seja ou</p><p>não explicado em termos médicos. Os sintomas podem ou não estar</p><p>associados a uma outra condição médica. Os diagnósticos de transtorno de</p><p>sintomas somáticos e uma doença médica concomitante não são</p><p>mutuamente excludentes e com frequência ocorrem em conjunto. Pessoas</p><p>do sexo feminino tendem a relatar mais sintomas somáticos do que as do</p><p>sexo masculino.</p><p>Transtorno de</p><p>ansiedade de</p><p>doença</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Preocupação com ter ou contrair uma doença grave.</p><p>B. Sintomas somáticos não estão presentes ou, se estiverem, são de</p><p>intensidade apenas leve. Se uma outra condição médica está presente ou</p><p>há risco elevado de desenvolver uma condição médica, a preocupação é</p><p>claramente excessiva ou desproporcional.</p><p>C. Há alto nível de ansiedade com relação à saúde, e o indivíduo é facilmente</p><p>alarmado a respeito do estado de saúde pessoal.</p><p>D. O indivíduo tem comportamentos excessivos relacionados à saúde ou</p><p>exibe evitação mal adaptativa</p><p>E. Preocupação relacionada a doença presente há pelo menos seis meses,</p><p>mas a doença específica que é temida pode mudar nesse período.</p><p>F. A preocupação relacionada a doença não é mais bem explicada por outro</p><p>transtorno mental, como transtorno de sintomas somáticos, transtorno de</p><p>pânico, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno dismórfico</p><p>corporal, transtorno obsessivo-compulsivo ou transtorno delirante, tipo</p><p>somático.</p><p>Determinar o subtipo:</p><p>a) Tipo busca de cuidado: O cuidado médico, incluindo consultas ao</p><p>médico ou realização de exames e procedimentos, é utilizado com</p><p>frequência.</p><p>b) Tipo evitação de cuidado: O cuidado médico raramente é utilizado.</p><p>Marco temporal: há pelo menos seis meses</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Observações importantes: A maioria dos indivíduos hipocondríacos é hoje</p><p>classificada como portadora de transtorno de sintomas somáticos;</p><p>entretanto, em uma minoria de casos, o diagnóstico de transtorno de</p><p>ansiedade de doença se aplica.</p><p>Transtorno</p><p>Conversivo</p><p>(Transtorno de</p><p>Sintomas</p><p>Neurológicos</p><p>Funcionais)</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Um ou mais sintomas de função motora ou sensorial alterada.</p><p>B. Achados físicos evidenciam incompatibilidade entre o sintoma e as</p><p>condições médicas ou neurológicas encontradas.</p><p>C. O sintoma ou déficit não é mais bem explicado por outro transtorno</p><p>mental ou médico.</p><p>D. O sintoma ou déficit causa sofrimento clinicamente significativo ou</p><p>prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas</p><p>importantes da vida do indivíduo ou requer avaliação médica.</p><p>Especificar o tipo de sintoma:</p><p>a) com fraqueza ou paralisia;</p><p>b) com movimento anormal;</p><p>c) com sintomas de deglutição;</p><p>d) com sintoma de fala;</p><p>e) com ataques ou convulsões</p><p>f) com anestesia ou perda sensorial</p><p>g) com sintoma sensorial especial</p><p>h) com sintomas mistos</p><p>Especificar se:</p><p>1- Episódio agudo: Sintomas presentes há menos de seis meses.</p><p>2- Persistente: Sintomas ocorrendo há seis meses ou mais.</p><p>Especificar se:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>1- Com estressor psicológico (especificar estressor)</p><p>2- Sem estressor psicológico</p><p>Marco temporal:</p><p>Observações importantes: funcionamento anormal do sistema nervoso</p><p>central ou “psicogênico” (referindo-se a uma etiologia presumida. Embora o</p><p>diagnóstico exija que o sintoma não seja explicado por doença neurológica,</p><p>ele não deverá ser feito simplesmente porque os resultados das</p><p>investigações foram normais ou porque o sintoma é “bizarro”. É preciso</p><p>haver achados clínicos que demonstrem claramente incompatibilidade com</p><p>doença neurológica.</p><p>Transtorno</p><p>factício</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Falsificação de sinais ou sintomas físicos ou psicológicos, ou indução de</p><p>lesão ou doença, associada a fraude identificada.</p><p>B. O indivíduo se apresenta a outros como doente, incapacitado ou</p><p>lesionado.</p><p>C. O comportamento fraudulento é evidente mesmo na ausência de</p><p>recompensas externas óbvias.</p><p>D. O comportamento não é mais bem explicado por outro transtorno mental,</p><p>como transtorno delirante ou outra condição psicótica.</p><p>Especificar:</p><p>Episódio único ou Episódios recorrentes (dois ou mais eventos de falsificação</p><p>de doença e/ou indução de lesão)</p><p>Transtorno Factício Imposto a Outro (Antes Transtorno Factício por</p><p>Procuração)</p><p>A. Falsificação de sinais ou sintomas físicos ou psicológicos, ou indução de</p><p>lesão ou doença em outro, associada a fraude identificada.</p><p>B. O indivíduo apresenta outro (vítima) a</p><p>terceiros como doente,</p><p>incapacitado ou lesionado.</p><p>C. O comportamento fraudulento é evidente até mesmo na ausência de</p><p>recompensas externas óbvias.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>D. O comportamento não é mais bem explicado por outro transtorno mental.</p><p>Marco temporal:</p><p>Observações importantes:</p><p>Munchausen: Vontade incomum de se submeter a exames e procedimentos</p><p>médicos; impedir que médicos conversem com familiares e amigos; Exagero</p><p>dos sintomas quando na presença de outras pessoas; Ansiedade, carência</p><p>afetiva, medo, teatralidade, entre outros sintomas psicológicos.</p><p>A síndrome de Munchausen por procuração: é um tipo de abuso infantil, em</p><p>que um dos pais, geralmente a mãe, simula sinais e sintomas na criança, com</p><p>a intenção de chamar atenção para si. Indicação de artigo sobre o assunto:</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/ccs/sindrome_munchausen_procura</p><p>cao.pdf</p><p>Entenda: o DSM 5 não traz munchausen como transtorno factício, tendo em</p><p>vista que ele apresenta um "motivo aparente".</p><p>Durante a entrevista inicial, o profissional de saúde mental deve estar atento</p><p>para as atitudes do entrevistado. Este pode adotar atitudes de simulação</p><p>ou dissimulação.</p><p>Na simulação, o paciente cria um sintoma que – na verdade – ele não tem.</p><p>Trata-se de um ato consciente e voluntário, sendo exercido em prol de um</p><p>ganho pessoal (ex: aposentadoria, internação, afastamento do trabalho,</p><p>etc.).</p><p>Diagnóstico diferencial entre o transtorno factício e a simulação:</p><p>É diferenciada pelo relato intencional de sintomas para ganho pessoal (p.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>ex., dinheiro, licença do trabalho). Por sua vez, o diagnóstico de transtorno</p><p>factício requer a ausência de recompensas óbvias.</p><p>Na dissimulação, o paciente esconde ou nega um sintoma psicopatológico.</p><p>No entanto, ao longo da entrevista, ele acaba por oferecer sinais – de forma</p><p>inconsciente – de tal sintoma.</p><p>As atitudes e personalidade do paciente indicam sobre suas possibilidades</p><p>de insight. Assim, é possível existir duas situações distintas:</p><p>1. O paciente tem consciência de que tem um problema, o</p><p>qual sabe que pode ser um transtorno mental;</p><p>2. O paciente pode nomear ou renomear seus sintomas,</p><p>ignorando-os enquanto uma psicopatologia. Trata-se de</p><p>ausência de insight.</p><p>Essas duas posturas têm implicações para a adesão aos tratamentos</p><p>propostos. As pessoas com possibilidade de insight tendem a ter mais</p><p>facilidade em seguir as orientações profissionais.</p><p>Quando o paciente com transtorno mental grave, pode ser necessário que</p><p>o profissional busque informações de outras fontes (ex: familiares, amigos,</p><p>etc.). É preciso ter consciência de que os dados podem indicar perspectivas</p><p>estritamente subjetivas, não sendo necessariamente fieis à realidade. Assim,</p><p>torna-se necessário identificar o acompanhante que tem o relato mais</p><p>confiável, claro e importante para o caso. A finalização da avaliação pode</p><p>implicar em um diagnóstico psicopatológico.</p><p>Questões comentadas: Transtornos sobre Sintomas</p><p>Somáticos e Transtornos relacionados</p><p>1- (Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Macapá - AP Prova: FCC - 2018 -</p><p>Prefeitura de Macapá - AP - Psicólogo – Saúde) Pedro, 30 anos, constantemente se</p><p>queixa aos seus familiares e amigos de que suspeita possuir uma doença grave. Tem o</p><p>hábito de pesquisar na internet sobre características e sintomas das doenças,</p><p>frequentemente comparece a consultas médicas para realização de check-ups. Todos os</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>seus exames físicos e sanguíneos estão negativos para qualquer diagnóstico. De acordo</p><p>com o DSM-V, a partir desse relato, a hipótese diagnóstica mais provável é que Pedro</p><p>sofre de transtorno:</p><p>A) de ansiedade generalizada.</p><p>B) somático.</p><p>C) frotteurista.</p><p>D) somatoforme indiferenciado.</p><p>E) de ansiedade de doença.</p><p>COMENTÁRIOS: O transtorno de ansiedade de doença (anteriormente chamado</p><p>hipocondria, um termo não mais utilizado por causa de sua conotação pejorativa) mais</p><p>comumente começa no início da idade adulta e parece ocorrer igualmente em homens e</p><p>mulheres. Os medos do paciente derivam da interpretação errônea de sintomas físicos não</p><p>patológicos ou de funções corporais normais.</p><p>O diagnóstico do transtorno de ansiedade de doença é clínico e baseia-se nos critérios do</p><p>DSM-5, incluindo o seguinte:</p><p>O paciente está preocupado em ter ou adquirir uma doença grave.</p><p>O paciente não apresenta ou tem sintomas somáticos mínimos.</p><p>O paciente preocupa-se muito com a saúde e fica facilmente alarmado sobre questões</p><p>pessoais de saúde.</p><p>O paciente verifica repetidamente o estado de saúde ou evita de modo mal-adaptativo</p><p>consultas médicas e hospitais.</p><p>O paciente se preocupou com a doença por ≥ 6 meses, embora a doença específica temida</p><p>possa mudar durante esse período de tempo.</p><p>Os sintomas não são mais bem explicados por depressão ou outro transtorno mental.</p><p>Pacientes com sintomas somáticos significativos e que se preocupam principalmente com</p><p>os próprios sintomas são diagnosticados com transtorno de sintoma somático.</p><p>OBS: O Transtorno Somatoforme indiferenciado agora é considerado um Transtorno de</p><p>Sintoma Somático.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra E</p><p>2- (Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de São José dos Campos - SP) Clara é dona</p><p>de casa e se dedica integralmente à filha de 5 anos, Olívia, que constantemente adoece</p><p>e é hospitalizada. Diante da reiteração de hospitalizações e da identificação de que a</p><p>criança melhora quando a mãe se afasta, a equipe de saúde considera que a mãe esteja</p><p>simulando ou provocando os sintomas na filha.</p><p>As condutas de Clara são sugestivas de</p><p>A) síndrome do impostor</p><p>B) síndrome de Munchausen.</p><p>C) síndrome de Munchausen por procuração.</p><p>D) languishing.</p><p>E) gaslighting.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Diante da reiteração de hospitalizações e da identificação de que a criança melhora quando</p><p>a mãe se afasta A síndrome de Munchausen por procuração: é um tipo de abuso infantil,</p><p>em que um dos pais, geralmente a mãe, simula sinais e sintomas na criança, com a intenção</p><p>de chamar atenção para si. Indicação de artigo sobre o assunto:</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/ccs/sindrome_munchausen_procuracao.pdf</p><p>Em sua definição mais recente, languishing é aquele sentimento de apatia persistente em</p><p>relação a tudo, quando uma pessoa está se sentindo “blah” em relação ao que está ao seu</p><p>redor</p><p>A síndrome do impostor não está descrita no DSM 5, logo, não é cientificamente aceita.</p><p>O termo: gaslighting refere-se à manipulações, ocorrem principalmente no contexto de</p><p>relações abusivas.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra C.</p><p>3- (Ano: 2023 Banca: FUNCERN Órgão: Prefeitura de Junco do Seridó - PB) Segundo o</p><p>Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), para o sujeito ser</p><p>diagnosticado com uma doença psicossomática, deve apresentar:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A) sintomas físicos causadores de perturbação da vida diária, potencializados por</p><p>comportamentos, sentimentos e pensamentos relacionados aos sintomas somáticos.</p><p>B) alterações de humor exageradas que vão muito além de uma simples mudança de humor</p><p>ou de uma instabilidade emocional.</p><p>C) influência de situações específicas, que, ao desaparecerem, podem dar lugar a uma</p><p>saúde plena, sem deixar nenhum vestígio comportamental ou afetivo.</p><p>D) achados patológicos em exames médicos e neurológicos, além de ruptura do contato</p><p>afetivo e social em seu ambiente de convívio.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Segue a nossa tabelinha:</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra A: sintomas físicos causadores de perturbação da vida</p><p>diária (somatiza no corpo, o sujeito sente e isso causa prejuízo significativo),</p><p>potencializados por comportamentos, sentimentos e pensamentos relacionados aos</p><p>sintomas somáticos.</p><p>4- (Ano: 2023 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de Americana - SP Prova: Avança SP</p><p>- 2023 - Prefeitura de Americana - SP - Psicólogo). Define-se como o estudo sistemático</p><p>das relações existentes entre os processos sociais, psíquicos e transtornos de funções</p><p>orgânicas ou corporais. Consiste em um ramo do conhecimento que estuda e trata de</p><p>questões humanas, ou seja, promoções de saúde que pertencem, em um só tempo, ao</p><p>orgânico, ao psíquico e ao social. Tem também como uma de suas principais motivações</p><p>a recuperação de um diálogo entre os saberes pertencentes às Ciências Biomédicas e</p><p>às Ciências Humanas e Sociais, muitas vezes prejudicado pelos excessos das</p><p>especializações. É um conceito que se refere à:</p><p>A) Psicossomática.</p><p>B) Teoria Cognitivo Comportamental.</p><p>1. Pensamentos</p><p>desproporcionais e</p><p>persistentes acerca da</p><p>gravidade dos próprios</p><p>sintomas</p><p>2. Nível de ansiedade</p><p>persistentemente</p><p>elevado acerca da</p><p>saúde e dos sintomas</p><p>3. Tempo e energia</p><p>excessivos dedicados a</p><p>esses sintomas ou a</p><p>preocupações a</p><p>respeito da saúde</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>C) Teoria Analítica.</p><p>D) Psicanálise.</p><p>E) Humanista.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Achei interessante trazer essa questão, já que estamos falando de transtornos somáticos.</p><p>ESSA É A DEFINIÇÃO DE PSICOSSOMÁTICA.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra A</p><p>5- (Ano: 2022 Banca: FADCT Órgão: Prefeitura de Ibema - PR Prova: FADCT - 2022 -</p><p>Prefeitura de Ibema - PR - Psicólogo). Qual doença se desenvolve como consequência</p><p>de processos psicológicos e mentais das funções somáticas e viscerais e vice-versa, é</p><p>caracterizada em distúrbios de função e de lesão nos órgãos do corpo.</p><p>A) Psicossomática.</p><p>B) Psicopatia.</p><p>C) Paranoia.</p><p>D) Borderline.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Para entendermos como as questões se repetem.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra A</p><p>6- (Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-AP) Jéssica, com 35 anos de</p><p>idade, procurou a unidade de pronto atendimento mais próxima de sua casa, por estar</p><p>sentindo dor no peito, falta de ar e inquietação. Após avaliação médica, ela foi</p><p>encaminhada para atendimento psicológico na rede de atenção. Na consulta com</p><p>psicólogo, ela relatou: “Tem mais de oito meses que as coisas ficaram mais difíceis. Só</p><p>quero ficar em casa, me irrito com facilidade e estou sempre com dor de cabeça e</p><p>cansada. Me preocupo com tudo. Não consigo me controlar. Sei que não faz bem, mas</p><p>penso que meus filhos só têm a mim, que somos só eu e eles nessa cidade. Nunca tive</p><p>apoio do pai deles. Já passamos muitas necessidades. Se não fosse minha vizinha, não</p><p>sei o que seria de nós. Sinto um aperto no peito que não passa. Nos últimos dias tenho</p><p>sentido falta de ar, principalmente, no início da noite. Tem um ano que perdi minha mãe.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Ela faleceu às 18 h. Não sei se tem relação, mas meus dias depois do falecimento dela,</p><p>nunca mais foram os mesmos. Quando começa a escurecer, o medo aumenta, a angústia</p><p>e a falta de ar ficam incontroláveis. Minha concentração nunca foi boa. Mas tenho</p><p>sentido uma piora grande. Tenho problemas para dormir e fazer as coisas em casa. Estou</p><p>desempregada há mais de cinco meses. Acabei perdendo o emprego por conta desses</p><p>meus problemas” (sic).</p><p>Considerando o caso clínico 1A1-II bem como as contribuições da psicopatologia,</p><p>assinale opção correta.</p><p>A) Em quadros como o de Jessica, em fase aguda, pode ocorrer perda da consciência, além</p><p>de formigamento das mãos e dos lábios.</p><p>B) Jessica apresenta crises de pânico, com desconforto respiratório e hipocapnia.</p><p>C) Os sintomas de irritabilidade e a cefaleia apresentados por Jéssica caracterizam,</p><p>respectivamente, as manifestações psíquicas e somáticas da ansiedade.</p><p>D) Quadros dissociativos, como o que Jéssica apresenta podem ocorrer em situações de</p><p>medo e alegria intensos.</p><p>E) Jéssica apresenta um transtorno de personalidade histriônica, com expressão exagerada</p><p>dos afetos e emoções.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Sintomas: aperto no peito, falta de ar, diminuição da concentração, dor de cabeça e medo</p><p>intenso. Em decorrência de tais sintomas, podemos perceber que a paciente apresenta um</p><p>quadro de ansiedade, onde seus sentimentos de medo constante - que se acentuaram após</p><p>a morte de sua mãe - se convertem em sintomas somáticos, lembrando que: Transtorno de</p><p>personalidade não está relacionado aos sintomas de Jéssica. Lembre-se que a</p><p>personalidade é mais consistente, estrutural. O sofrimento de Jéssica se intensifica na fase</p><p>adulta (personalidade já formada) e se altera em alguns momentos, principalmente</p><p>decorrente a alguns fatos em sua vida.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra C</p><p>CAPÍTULO SOBRE ESPECTRO DA ESQUIZOFRENIA E</p><p>OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS</p><p>O espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos inclui:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>O DSM 5 DIZ à O transtorno da personalidade esquizotípica está neste capítulo</p><p>porque é considerado dentro do espectro da esquizofrenia, embora sua descrição completa</p><p>seja encontrada no capítulo “Transtornos da Personalidade”.</p><p>Engloba um padrão global de déficits sociais e interpessoais, incluindo</p><p>capacidade reduzida para relações próximas, distorções cognitivas e perceptivas e</p><p>excentricidades comportamentais, frequentemente com início no começo da fase adulta,</p><p>embora, em certos casos, o início ocorra na infância e na adolescência. Anormalidades de</p><p>crenças, pensamento e percepção estão abaixo do limiar para o diagnóstico de um</p><p>transtorno psicótico. Duas condições são definidas por anormalidades limitadas a um</p><p>domínio de psicose: delírios ou catatonia.</p><p>Esses transtornos são definidos por anormalidades em um ou mais dos cinco</p><p>domínios a seguir:</p><p>1-Delírios: crenças fixas, não passíveis de mudança à luz de evidências conflitantes, são</p><p>considerados bizarros se claramente implausíveis e incompreensíveis por outros indivíduos</p><p>da mesma cultura. Podem ser:</p><p>Persecutório, de referência, somático, religioso, de grandeza (megalomania), erotomaníaco,</p><p>niilistas (envolvem a convicção de que ocorrerá uma grande catástrofe), e somáticos</p><p>(concentram-se</p><p>em preocupações referentes à saúde e à função dos órgãos).</p><p>Transtorno (da</p><p>personalidade)</p><p>esquizotípica</p><p>Trantorno</p><p>delirante</p><p>Transtorno</p><p>psicótico breve</p><p>Transtorno</p><p>esquizofreniforme</p><p>Esquizofrenia Esquizoafetivo</p><p>5- Sintomas</p><p>negativos</p><p>3- Pensamento desorganizado</p><p>4- Comportamento</p><p>desorganizado</p><p>1- Delírio,</p><p>2- Alucinação</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>É uma alteração psíquica do juízo.</p><p>2-Alucinações: são experiências semelhantes à percepção que ocorrem sem um estímulo</p><p>externo. São vívidas e claras, com toda a força e o impacto das percepções normais, não</p><p>estando sob controle voluntário. Podem ocorrer em qualquer modalidade sensorial, embora</p><p>as alucinações auditivas sejam as mais comuns na esquizofrenia e em transtornos</p><p>relacionados.</p><p>Ocorrem ao adormecer (hipnagógicas) ou ao acordar (hipnopômpicas) são consideradas</p><p>como pertencentes ao âmbito das experiências normais. Em alguns contextos culturais,</p><p>alucinações podem ser elemento normal de experiências religiosas.</p><p>É uma alteração psíquica da sensopercepção.</p><p>3-Pensamento (discurso) desorganizado: costuma ser inferida a partir do discurso do</p><p>indivíduo. Este pode mudar de um tópico a outro (descarrilamento ou afrouxamento das</p><p>associações). As respostas a perguntas podem ter uma relação oblíqua ou não ter relação</p><p>alguma (tangencialidade). Raras vezes, o discurso pode estar tão gravemente</p><p>desorganizado que é quase incompreensível “salada de palavras”.</p><p>Uma vez que o discurso levemente desorganizado é comum e</p><p>inespecífico, o sintoma deve ser suficientemente grave a ponto de prejudicar de forma</p><p>substancial a comunicação efetiva.</p><p>4-Comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo</p><p>catatonia): pode se manifestar de várias formas, desde o comportamento “tolo e pueril</p><p>(infantil) ” até a agitação imprevisível. Os problemas podem ser observados em qualquer</p><p>forma de comportamento dirigido a um objetivo, levando a dificuldades na realização das</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>atividades cotidianas. Comportamento catatônico é uma redução acentuada na reatividade</p><p>ao ambiente. Varia da resistência a instruções (negativismo), passando por manutenção de</p><p>postura rígida, inapropriada ou bizarra, até a falta total de respostas verbais e motoras</p><p>(mutismo e estupor). Pode, ainda, incluir atividade motora sem propósito e excessiva sem</p><p>causa óbvia (excitação catatônica). Outras características incluem movimentos</p><p>estereotipados repetidos, olhar fixo, caretas, mutismo e eco da fala. Ainda que a catatonia</p><p>seja historicamente associada à esquizofrenia, os sintomas catatônicos são inespecíficos,</p><p>podendo ocorrer em outros transtornos mentais (p. ex., transtornos bipolar ou depressivo</p><p>com catatonia) e em condições médicas (transtorno catatônico devido a outra condição</p><p>médica).</p><p>5- Sintomas negativos: respondem por uma porção substancial da morbidade associada à</p><p>esquizofrenia, embora sejam menos proeminentes em outros transtornos psicóticos. Dois</p><p>sintomas negativos são especialmente proeminentes na esquizofrenia:</p><p>a) Expressão emocional diminuída: reduções na expressão de emoções pelo rosto, no</p><p>contato visual, na entonação da fala (prosódia) e nos movimentos das mãos, da</p><p>cabeça e da face, os quais normalmente conferem ênfase emocional ao discurso.</p><p>b) Avolia. São uma redução em atividades motivadas, autoiniciadas e com uma</p><p>finalidade. A pessoa pode ficar sentada por períodos longos e mostrar pouco</p><p>interesse em participar de atividades profissionais ou sociais. Outros sintomas</p><p>negativos incluem alogia (ausência de ideias), anedonia (ausência de prazer) e falta</p><p>de sociabilidade.</p><p>Os transtornos psicóticos são heterogêneos, e a gravidade</p><p>dos sintomas pode prever aspectos importantes da doença, como o grau de déficits</p><p>cognitivos ou neurobiológicos.</p><p>A gravidade dos sintomas de humor na psicose tem valor prognóstico e orienta o</p><p>tratamento. Muitos indivíduos com transtornos psicóticos têm prejuízos em uma gama de</p><p>domínios cognitivos, que são elementos preditivos da condição funcional. Uma avaliação</p><p>clínica neuropsicológica pode ser útil para orientar o diagnóstico e o tratamento; avaliações</p><p>breves, no entanto, sem investigação neuropsicológica formal, podem propiciar</p><p>informações úteis capazes de ser suficientes para fins diagnósticos.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Transtorno</p><p>delirante</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. A presença de um delírio (ou mais) com duração de um mês ou</p><p>mais.</p><p>B. O Critério A para esquizofrenia jamais foi atendido</p><p>C. Exceto pelo impacto do (s) delírio (s) ou de seus</p><p>desdobramentos, o funcionamento não está acentuadamente</p><p>prejudicado, e o comportamento não é claramente bizarro ou</p><p>esquisito.</p><p>D. Se episódios maníacos ou depressivos ocorreram, eles foram</p><p>breves em comparação com a duração dos períodos delirantes.</p><p>E. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma</p><p>substância ou a outra condição médica, não sendo mais bem</p><p>explicada por outro transtorno mental</p><p>Determinar o subtipo:</p><p>1- Tipo erotomaníaco: outra pessoa está apaixonada pelo</p><p>indivíduo.</p><p>2- Tipo grandioso: convicção de ter algum grande talento (embora</p><p>não reconhecido).</p><p>3- Tipo ciumento: que o cônjuge ou parceiro é infiel.</p><p>4- Tipo persecutório: envolve a crença de que o próprio indivíduo</p><p>está sendo vítima de conspiração, enganado, espionado,</p><p>perseguido, envenenado ou drogado, difamado maliciosamente,</p><p>assediado ou obstruído na busca de objetivos de longo prazo.</p><p>6-Tipo somático: envolve funções ou sensações corporais.</p><p>7- Tipo misto: Esse subtipo aplica-se quando não há um tema</p><p>delirante predominante.</p><p>8- Tipo não especificado: quando a crença delirante dominante não</p><p>pode ser determinada com clareza ou não está descrita nos tipos</p><p>específicos.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>==1365fc==</p><p>Especificar se: Com conteúdo bizarro: Os delírios são considerados</p><p>bizarros se são claramente implausíveis, incompreensíveis e não</p><p>originados de experiências comuns da vida</p><p>Somente após um ano de duração do transtorno:</p><p>Primeiro episódio, atualmente em episódio agudo: Primeira</p><p>manifestação do transtorno preenchendo os sintomas diagnósticos</p><p>definidores e o critério de tempo.</p><p>Um episódio agudo é um período de tempo em que são satisfeitos</p><p>os critérios de sintomas.</p><p>Primeiro episódio, atualmente em remissão parcial: Remissão</p><p>parcial é o período de tempo durante o qual uma melhora após um</p><p>episódio prévio é mantida e em que os critérios definidores do</p><p>transtorno estão preenchidos apenas parcialmente.</p><p>Primeiro episódio, atualmente em remissão completa: Remissão</p><p>completa é um período de tempo após episódio prévio durante o</p><p>qual não estão presentes sintomas específicos do transtorno.</p><p>A gravidade é classificada por uma avaliação quantitativa dos</p><p>sintomas primários de psicose, o que inclui</p><p>Delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento</p><p>psicomotor anormal e sintomas negativos.</p><p>Marco temporal: duração de um mês ou mais.</p><p>Observações importantes: Alucinações, quando presentes, não</p><p>são proeminentes e têm relação com o tema do delírio. O</p><p>diagnóstico de transtorno delirante pode ser feito sem a utilização</p><p>desse especificador de gravidade. Problemas sociais, conjugais ou</p><p>profissionais podem ser consequências de crenças ou transtorno</p><p>delirante. Indivíduos com transtorno delirante podem ser capazes</p><p>de descrever, de forma factual, que outras pessoas veem suas</p><p>crenças como irracionais; são incapazes, no entanto, de aceitar isso.</p><p>Em média, a função global é geralmente melhor que a observada</p><p>na esquizofrenia.</p><p>Transtorno</p><p>psicótico breve</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>É o primeiro, em</p><p>nível de</p><p>complexidade dos</p><p>transtornos</p><p>psicóticos, que tem</p><p>como critério</p><p>diagnóstico os</p><p>sintomas de base</p><p>(delírios,</p><p>alucinações,</p><p>pensamento</p><p>desorganizado,</p><p>comportamento</p><p>grosseiramente</p><p>desorganizado e</p><p>sintomas negativos)</p><p>A. Presença de um (ou mais) dos sintomas a seguir. Pelo menos um</p><p>deles deve ser (DELÍRIOS), (ALUCINAÇÕES) ou (DISCURSO</p><p>DESORGANIZADO):</p><p>1. Delírios. 2. Alucinações. 3. Discurso desorganizado (p.</p><p>ex., descarrilamento ou incoerência frequentes). 4.</p><p>Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.</p><p>B. A duração de um episódio da perturbação é de, pelo menos, um</p><p>dia, mas inferior a um mês, com eventual retorno completo a um</p><p>nível de funcionamento pré-mórbido.</p><p>C. A perturbação não é mais bem explicada por transtorno</p><p>depressivo maior ou transtorno bipolar com características</p><p>psicóticas, por outro transtorno psicótico como esquizofrenia ou</p><p>catatonia, nem se deve aos efeitos fisiológicos de uma ou a outra</p><p>condição médica.</p><p>Especificar se:</p><p>A) com estressor (es) evidente (s): (psicose reativa breve): Se os</p><p>sintomas ocorrem em resposta a eventos que, isoladamente ou em</p><p>conjunto, seriam notadamente estressantes a quase todos os</p><p>indivíduos daquela cultura em circunstâncias similares.</p><p>B) sem estressor (es) evidente (s): Se os sintomas não ocorrem em</p><p>resposta a eventos que, isoladamente ou em conjunto, seriam</p><p>notadamente estressantes a quase todos os indivíduos daquela</p><p>cultura em circunstâncias similares.</p><p>C) com início no pós-parto: Se o início é durante a gestação ou em</p><p>quatro semanas após o parto.</p><p>D) com catatonia</p><p>Especificar a gravidade atual:</p><p>A gravidade é classificada por uma avaliação quantitativa dos</p><p>sintomas primários de psicose, o que inclui delírios, alucinações,</p><p>discurso desorganizado, comportamento psicomotor anormal e</p><p>sintomas negativos.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Cada um deles pode ser classificado pela gravidade do momento</p><p>(mais grave nos últimos sete dias) em uma escala com 5 pontos,</p><p>variando de 0 (não presente) a 4 (presente e grave).</p><p>Marco temporal: pelo menos, um dia, mas inferior a um mês.</p><p>A lógica lembra o capítulo de traumas e estressores:</p><p>estresse agudo (3 dias a 1 mês) à menos tempo que o TEPT</p><p>(duração mínima de 1 mês). Aqui o transtorno psicótico breve é</p><p>menos de um mês, pode acontecer em apenas um dia. Veremos</p><p>adiante que os próximos transtornos terão outros critérios</p><p>temporais.</p><p>Observações importantes: Não incluir um sintoma que seja um</p><p>padrão de resposta culturalmente aceito. A característica essencial</p><p>do transtorno psicótico breve consiste em uma perturbação que</p><p>envolve o aparecimento repentino de pelo menos um dos</p><p>sintomas psicóticos positivos:</p><p>O transtorno psicótico breve pode aparecer na adolescência e no</p><p>início da fase adulta, podendo ocorrer durante a vida toda, com</p><p>idade média de início situando-se aos 30 anos.</p><p>Por definição, um diagnóstico de</p><p>transtorno psicótico breve exige remissão completa de todos os</p><p>sintomas e eventual retorno completo ao nível de</p><p>funcionamento pré-mórbido em um mês do aparecimento da</p><p>perturbação.</p><p>Transtorno</p><p>esquizofreniforme</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma</p><p>quantidade significativa de tempo durante um período de um mês</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>É o segundo, em</p><p>nível de</p><p>complexidade dos</p><p>transtornos</p><p>psicóticos, que tem</p><p>como critério</p><p>diagnóstico os</p><p>sintomas de base</p><p>(delírios,</p><p>alucinações,</p><p>pensamento</p><p>desorganizado,</p><p>comportamento</p><p>grosseiramente</p><p>desorganizado e</p><p>sintomas negativos)</p><p>(ou menos, se tratados com sucesso). Pelo menos um deles deve</p><p>ser (delírios), (alucinações) ou (discurso desorganizado):</p><p>1. Delírios. 2. Alucinações3. Discurso desorganizado. 4.</p><p>Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico. 5.</p><p>Sintomas negativos.</p><p>B. Um episódio do transtorno que dura pelo menos um mês, mas</p><p>menos do que seis meses. Quando deve ser feito um diagnóstico</p><p>sem aguardar a recuperação, ele deve ser qualificado como</p><p>“provisório”.</p><p>C. Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou transtorno</p><p>bipolar com características psicóticas foram descartados porque:</p><p>1) nenhum episódio depressivo maior ou maníaco ocorreu</p><p>concomitantemente com os sintomas da fase ativa (dos sintomas</p><p>psicóticos) ou</p><p>2) se os episódios de humor ocorreram durante os sintomas</p><p>da fase ativa, estiveram presentes pela menor parte da duração</p><p>total dos períodos ativo e residual da doença.</p><p>D. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma</p><p>substância ou a outra condição médica.</p><p>Especificar se:</p><p>A) com características de bom prognóstico: exige a presença de</p><p>pelo menos duas das seguintes características: início de sintomas</p><p>psicóticos proeminentes em quatro semanas da primeira mudança</p><p>percebida no comportamento ou funcionamento habitual;</p><p>confusão ou perplexidade; bom funcionamento social e profissional</p><p>pré-mórbido; ausência de afeto embotado ou plano.</p><p>B) sem características de bom prognóstico: é aplicado se duas ou</p><p>mais entre as características anteriores não estiveram presentes.</p><p>C) com catatonia</p><p>Gravidade atual:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A gravidade é classificada por uma avaliação quantitativa dos</p><p>sintomas primários de psicose, o que inclui delírios, alucinações,</p><p>desorganização do discurso, comportamento psicomotor anormal</p><p>e sintomas negativos. Cada um desses sintomas pode ser</p><p>classificado quanto à gravidade atual (mais grave nos últimos sete</p><p>dias) em uma escala com 5 pontos, variando de 0 (não presente) a</p><p>4 (presente e grave).</p><p>Marco temporal: pelo menos um mês, mas menos do que seis</p><p>meses.</p><p>Observações importantes: Se a perturbação persistir por mais de</p><p>seis meses, o diagnóstico deve ser mudado para esquizofrenia.</p><p>Outra característica distintiva do transtorno esquizofreniforme é a</p><p>falta de um critério que exija funcionamento social e profissional</p><p>prejudicado. Apesar de tais prejuízos poderem potencialmente</p><p>estar presentes, eles não são necessários para um diagnóstico de</p><p>transtorno esquizofreniforme.</p><p>Como na esquizofrenia,</p><p>paciente em específico.</p><p>Gabarito: letra A</p><p>4 – Avaliação Psicopatológica</p><p>A avaliação psicopatológica é um procedimento essencial para o diagnóstico e prognóstico</p><p>de um caso clínico. Ela pode incluir quatro (4) procedimentos básicos:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>De acordo com Dalgalarrondo (2019):</p><p>A avaliação física é importante porque pacientes com transtornos mentais tendem a</p><p>apresentar doenças orgânicas com maior frequência que a população geral. Esse fato pode</p><p>estar relacionado às barreiras de acesso ao cuidado e, como consequência negativa, gera</p><p>uma diminuição na expectativa de vida dos doentes mentais.</p><p>Em geral, as pessoas com transtornos mentais podem ser afetadas por doenças físicas, tais</p><p>como: diabetes tipo II, doenças cardiovasculares, hepatite, HIV/AIDS, uso de álcool e outras</p><p>substâncias.</p><p>A avaliação neurológica tem como finalidade identificar possíveis lesões ou disfunções do</p><p>sistema nervoso central e/ou periférico. O exame neurológico inclui a investigação de</p><p>aspectos como: atitude, equilíbrio, tônus e força muscular, sistema sensitivo-somático e</p><p>movimentos involuntários.</p><p>A avaliação psicológica, ou psicodiagnóstico, irá responder questões relacionadas à</p><p>personalidade, inteligência, atenção e memória, entre outras funções psíquicas.</p><p>Os exames complementares podem ser laboratoriais, neurofisiológicos e de neuroimagem.</p><p>Eles facilitam a detecção de disfunções e patologias neurológicas e sistêmicas que causam</p><p>síndromes e sintomas psicopatológicos.</p><p>Apesar de se beneficiar desses procedimentos, a avaliação psicopatológica está alicerçada</p><p>primordialmente em duas etapas básicas:</p><p>Avaliação Física</p><p>Avaliação</p><p>Neurológica</p><p>Avaliação</p><p>Psicológica</p><p>Exames</p><p>Complementares</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>Essas etapas se concretizam a partir da entrevista com o paciente. Usualmente, ela é</p><p>identificada como entrevistas iniciais.</p><p>Entrevistas Iniciais</p><p>As entrevistas iniciais são um momento fundamental da avaliação psicopatológica. Referem-</p><p>se aos primeiros contatos entre profissional e paciente. São primordiais para estabelecer o</p><p>vínculo e a confiança no trabalho a ser desenvolvido.</p><p>Assim, conforme Dalgalarrondo (2019), o profissional precisa evitar algumas atitudes</p><p>inadequadas ao conduzi-las, tais como:</p><p>• Adotar posturas rígidas e estereotipadas;</p><p>• Assumir uma atitude excessivamente neutra ou fria;</p><p>• Ter reações exageradamente emotivas;</p><p>• Emitir comentários valorativos ou julgamentos;</p><p>• Reagir de modo hostil ou agressivo quando o paciente é hostil/agressivo;</p><p>• Realizar entrevistas sem foco ou objetivo bem estabelecido;</p><p>• Anotar excessivamente as informações trazidas pelo paciente.</p><p>Na primeira entrevista, o profissional de saúde mental precisa se apresentar. Ele(a) deve</p><p>indicar seu nome, profissão, razão da entrevista. Além disso, deve esclarecer sobre a</p><p>confidencialidade, privacidade e sigilo – esclarecendo que este será rompido em caso de</p><p>ideias, planos ou atos capazes de prejudicar o próprio paciente ou outras pessoas.</p><p>Anamnese</p><p>Histórico de sinais e</p><p>sintomas individuais,</p><p>histórico familiar e</p><p>realidade social.</p><p>Exame psíquico</p><p>Exame do estado</p><p>mental atual.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Nesse momento inicial é realizada a anamnese. Os dados do paciente são coletados para</p><p>facilitar o diagnóstico. Como exemplos de informações a serem extraídas, estão inclusas:</p><p>• Dados sociodemográficos;</p><p>• Queixa ou problema principal e sua história;</p><p>• Antecedentes mórbidos somáticos e psíquicos pessoais;</p><p>• Hábitos e uso de substâncias químicas;</p><p>• Antecedentes mórbidos familiares;</p><p>• História de vida do indivíduo;</p><p>• Avaliação das interações familiares e sociais.</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>Na anamnese, existe um interesse tanto pelos sintomas objetivos como pelas vivências</p><p>subjetivas do paciente.</p><p>Outro momento da entrevista inicial é o exame psíquico. Neste caso, o entrevistador realiza</p><p>perguntas para tentar verificar aspectos como:</p><p>• Comunicação não verbal (higiene, vestimenta, postura, atitude global);</p><p>• Nível de consciência;</p><p>• Atenção;</p><p>• Memória;</p><p>• Linguagem;</p><p>• Inteligência;</p><p>• Vida afetiva;</p><p>• Personalidade;</p><p>• Desejo de ajuda, entre outros.</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Para formular as questões das entrevistas iniciais, o profissional precisa levar em</p><p>consideração alguns aspectos:</p><p>PERSONALIDADE, ESTADO MENTAL OU NÍVEL DE ORGANIZAÇÃO MENTAL DO PACIENTE</p><p>1. Pacientes organizados mentalmente, com inteligência normal e boa escolaridade:</p><p>entrevista menos estruturada ou mais aberta. Entrevistador faz pontuações específicas,</p><p>permitindo que o paciente se expresse com fluência e espontaneidade.</p><p>2. Pacientes desorganizados, com nível intelectual baixo, em estado psicótico ou</p><p>paranoide, com alto nível de ansiedade: entrevista estruturada. Entrevistador faz</p><p>perguntas simples e dirigidas.</p><p>3. Pacientes muito tímidos, ansiosos ou paranoides: começar por perguntas gerais (dados</p><p>sociodemográficos) e ir para perguntas mais específicas e pessoais (ex: qual é o seu</p><p>problema?).</p><p>OBJETIVO DA ENTREVISTA</p><p>• A avaliação psicopatológica pode cumprir diferentes objetivos, assim a entrevista deve</p><p>ser planejada como forma de alcançá-los.</p><p>• Exemplos: diagnóstico, tratamento farmacológico, orientação familiar, finalidades</p><p>forenses, etc.</p><p>PERSONALIDADE DO ENTREVISTADOR</p><p>• A entrevista é uma técnica que demanda habilidades sociais do entrevistador. Assim,</p><p>ele deve evitar as atitudes inadequadas citadas anteriormente e favorecer o vínculo do</p><p>paciente com a proposta de avaliação.</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>Durante a(s) entrevista(s) inicial(is), o profissional de saúde mental deve estar atento para as</p><p>atitudes do entrevistado. Este pode adotar atitudes de simulação ou dissimulação.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Na simulação, o paciente cria um sintoma que – na verdade – ele não tem. Trata-se de um</p><p>ato consciente e voluntário, sendo exercido em prol de um ganho pessoal (ex:</p><p>aposentadoria, internação, afastamento do trabalho, etc.).</p><p>Na dissimulação, o paciente esconde ou nega um sintoma psicopatológico. No entanto,</p><p>ao longo da entrevista, ele acaba por oferecer sinais – de forma inconsciente – de tal</p><p>sintoma.</p><p>As atitudes e personalidade do paciente indicam sobre suas possibilidades de insight.</p><p>Assim, é possível existir duas situações distintas:</p><p>1. O paciente tem consciência de que tem um problema, o qual sabe que</p><p>pode ser um transtorno mental;</p><p>2. O paciente pode nomear ou renomear seus sintomas, ignorando-os</p><p>enquanto uma psicopatologia. Trata-se de ausência de insight.</p><p>Essas duas posturas têm implicações para a adesão aos tratamentos</p><p>não existem</p><p>atualmente exames laboratoriais ou testes psicométricos para o</p><p>transtorno esquizofreniforme. Há múltiplas regiões cerebrais em</p><p>que as pesquisas de neuroimagem, neuropatologia e</p><p>neurofisiologia indicam anormalidades, mas nada que seja</p><p>diagnóstico.</p><p>O desenvolvimento do transtorno esquizofreniforme assemelha-se</p><p>ao da esquizofrenia. Cerca de um terço dos indivíduos com</p><p>diagnóstico inicial de transtorno esquizofreniforme (provisório)</p><p>recupera-se em seis meses, e o transtorno esquizofreniforme é seu</p><p>diagnóstico final. A maioria dos dois terços restantes irá</p><p>eventualmente receber um diagnóstico de esquizofrenia ou</p><p>transtorno esquizoafetivo.</p><p>Genéticos e fisiológicos. Familiares de pessoas com transtorno</p><p>esquizofreniforme têm risco aumentado de desenvolver</p><p>esquizofrenia.</p><p>Esquizofrenia Critérios diagnósticos:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A. Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma</p><p>quantidade significativa de tempo durante um período de um mês</p><p>(ou menos, se tratados com sucesso).</p><p>Pelo menos um deles deve ser (delírios), (alucinações) ou (discurso</p><p>desorganizado):</p><p>1. Delírios. 2. Alucinações. 3. Discurso desorganizado. 4.</p><p>Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico. 5.</p><p>Sintomas negativos</p><p>B. Por período significativo de tempo</p><p>desde o aparecimento da perturbação, o nível de funcionamento</p><p>em uma ou mais áreas importantes do funcionamento, como</p><p>trabalho, relações interpessoais ou autocuidado, está</p><p>acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do início, ou</p><p>seja, EXIGE-SE NIVEL DE COMPROMETIMENTO, diferente dos</p><p>outros deste capítulo.</p><p>C. Sinais contínuos de perturbação persistem durante, pelo menos,</p><p>seis meses. Esse período de seis meses deve incluir:</p><p>No mínimo um mês de sintomas (ou menos, se tratados com</p><p>sucesso) que precisam satisfazer ao Critério A (i.e., sintomas da fase</p><p>ativa) e pode incluir períodos de sintomas prodrômicos ou</p><p>residuais. Durante esses períodos prodrômicos ou residuais, os</p><p>sinais da perturbação podem ser manifestados apenas por</p><p>sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas listados no</p><p>Critério A presentes em uma forma atenuada</p><p>D. Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou transtorno</p><p>bipolar com características psicóticas são descartados porque</p><p>1) não ocorreram episódios depressivos maiores ou maníacos</p><p>concomitantemente com os sintomas da fase ativa,</p><p>2) se episódios de humor ocorreram durante os sintomas da fase</p><p>ativa, sua duração total foi breve em relação aos períodos ativo e</p><p>residual da doença.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>E. A perturbação pode ser atribuída aos efeitos fisiológicos de uma</p><p>substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra</p><p>condição médica.</p><p>F. Se há história de transtorno do espectro autista ou de um</p><p>transtorno da comunicação iniciado na infância, o diagnóstico</p><p>adicional de esquizofrenia é realizado somente se delírios ou</p><p>alucinações proeminentes, além dos demais sintomas exigidos de</p><p>esquizofrenia, estão também presentes por pelo menos um mês</p><p>(ou menos, se tratados com sucesso).</p><p>Especificar a gravidade atual:</p><p>A gravidade é classificada por uma avaliação quantitativa dos</p><p>sintomas primários de psicose, o que inclui delírios, alucinações,</p><p>desorganização do discurso, comportamento psicomotor anormal</p><p>e sintomas negativos. Cada um desses sintomas pode ser</p><p>classificado quanto à gravidade atual (mais grave nos últimos sete</p><p>dias) em uma escala com 5 pontos, variando de 0 (não presente) a</p><p>4 (presente e grave).</p><p>Marco temporal: pelo menos seis meses</p><p>Observações importantes: O diagnóstico de esquizofrenia pode</p><p>ser feito sem a utilização desse especificador de gravidade.</p><p>Despersonalização, desrealização e preocupações somáticas</p><p>podem ocorrer e por vezes atingem proporções delirantes.</p><p>Ansiedade e fobias são comuns. Déficits cognitivos na</p><p>esquizofrenia são comuns e fortemente associados a prejuízos</p><p>profissionais e funcionais. Esses déficits podem incluir diminuições</p><p>na memória declarativa, na memória de trabalho, na função da</p><p>linguagem e em outras funções executivas, bem como velocidade</p><p>de processamento mais lenta.</p><p>Não perceber a doença costuma ser um</p><p>sintoma da própria esquizofrenia em vez de uma estratégia de</p><p>enfrentamento. É comparável à falta de percepção de déficits</p><p>neurológicos após dano cerebral, chamada de anosognosia. As</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>diferenças são claras em múltiplas regiões do cérebro entre grupos</p><p>de pessoas saudáveis e pessoas com esquizofrenia</p><p>As características essenciais da</p><p>esquizofrenia tendem a ser as mesmas na infância, ainda que seja</p><p>mais difícil fazer o diagnóstico. Nas crianças, delírios e alucinações</p><p>podem ser menos elaborados do que nos adultos, e alucinações</p><p>visuais são mais comuns, devendo ser diferenciadas dos jogos de</p><p>fantasia normais. A incidência geral da doença tende a ser um</p><p>pouco inferior no sexo feminino, especialmente entre os casos</p><p>tratados.</p><p>Transtorno</p><p>esquizoafetivo</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Um período ininterrupto de doença durante o qual:</p><p>Há um episódio depressivo</p><p>maior ou maníaco concomitante com o Critério A da esquizofrenia.</p><p>B. Delírios ou alucinações por duas semanas ou mais na ausência</p><p>de episódio depressivo maior ou maníaco durante a duração da</p><p>doença ao longo da vida.</p><p>Costuma ser difícil distinguir transtorno</p><p>esquizoafetivo de esquizofrenia e de transtornos depressivo e</p><p>bipolar com características psicóticas. O Critério C foi criado para</p><p>separar transtorno esquizoafetivo de esquizofrenia, e o Critério B,</p><p>para uma distinção entre transtorno esquizoafetivo e transtornos</p><p>depressivo ou bipolar com características psicóticas. Mais</p><p>especificamente, o transtorno esquizoafetivo pode ser diferenciado</p><p>de transtornos depressivo ou bipolar com características psicóticas</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>pela presença de delírios e/ou alucinações marcantes durante pelo</p><p>menos duas semanas na ausência de um episódio maior de humor.</p><p>Diferentemente, nos transtornos depressivo ou bipolar com</p><p>características psicóticas, estas basicamente ocorrem durante o(s)</p><p>episódio(s) de humor.</p><p>C. Os sintomas que satisfazem os critérios para um episódio de</p><p>humor estão presentes na maior parte da duração total das fases</p><p>ativa e residual da doença.</p><p>D. A perturbação não pode ser atribuída aos efeitos de uma</p><p>substância ou a outra condição médica.</p><p>Marco temporal: Delírios ou alucinações por duas semanas ou</p><p>mais na ausência de episódio depressivo maior ou maníaco durante</p><p>a duração da doença ao longo da vida.</p><p>Observações importantes: O diagnóstico de transtorno</p><p>esquizoafetivo baseia-se em uma avaliação de um período</p><p>ininterrupto da doença durante o qual o indivíduo continua a exibir</p><p>sintomas ativos ou residuais da doença psicótica. Embora não</p><p>necessariamente, o diagnóstico costuma ser feito durante o</p><p>período da doença psicótica.</p><p>O episódio depressivo maior deve incluir o Critério</p><p>A1: humor</p><p>deprimido.</p><p>Questões comentadas: Transtorno sobre o Espectro da</p><p>Esquizofrenia e Outros Transtornos Psicóticos</p><p>1- (Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: AL-MA) Gustavo tem 30 anos e começou um novo</p><p>emprego, no qual passou a assumir muitas responsabilidades. Em meio ao estresse do</p><p>ambiente laborativo, ele começou a se descuidar de sua higiene e de demais cuidados</p><p>pessoais, evidenciando-se ainda que seu comportamento mudou, tendo ele ficado</p><p>muito mais irritadiço. Além disso, Gustavo passou a se sentir perseguido, tendo</p><p>desenvolvido alucinações auditivas persecutórias e de comando. Em sua família, um tio</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>paterno também é acometido por sintomas semelhantes. Os sintomas de Gustavo</p><p>podem ser sugestivos de:</p><p>A) transtorno psicótico catatônico.</p><p>B) transtorno bipolar.</p><p>C) transtorno de ansiedade generalizada.</p><p>D) esquizofrenia hebefrênica.</p><p>E) esquizofrenia paranoide.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>NO DSM 5 NÃO HÁ ESSA CLASSIFICAÇÃO! Normalmente é cobrada pela banca FGV, pois</p><p>está descrito no CID.</p><p>Diferença entre esquizofrenia paranoide e esquizofrenia hebefrênica:</p><p>PARANÓIDE: Os principais sintomas desse tipo de Esquizofrenia são as alucinações,</p><p>delírios, sensação de perseguição e pensamentos sobre conspirações. Normalmente, as</p><p>alucinações e os delírios giram em torno do mesmo tema e se mantêm consistentes ao</p><p>longo do tempo.</p><p>HEBEFRÊNICA: caracterizada pela presença proeminente de uma perturbação dos</p><p>afetos, ou seja, marcada por isolamento social, embotamento afetivo e deterioração</p><p>global. As ideias delirantes e as alucinações são fugazes e fragmentárias, o</p><p>comportamento é irresponsável e imprevisível; existem frequentemente maneirismos (é</p><p>um tipo específico de estereotipia motora, caracterizado por movimentos repetitivos e</p><p>bizarros, geralmente complexos). O afeto é superficial e inapropriado.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra E</p><p>2- (Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Manaus - AM) No período pós-parto,</p><p>delírios ou alucinações com ruptura com a realidade caracterizam</p><p>A) a depressão pós-parto.</p><p>B) o baby blues.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>C) o blues puerperal.</p><p>D) a Disforia puerperal.</p><p>E) a psicose puerperal.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>O baby blues, também conhecido como tristeza materna, é um quadro transitório que</p><p>ocorre nos primeiros dias depois do parto. É comum que as mães experimentem um estado</p><p>de tristeza, melancolia, choro frequente, sensibilidade emocional aumentada, irritabilidade</p><p>e ansiedade. São sintomas mais leves que lembram a depressão pós-parto, mas que somem</p><p>em média dentro de 2 semanas e se resolvem sozinhos.</p><p>Depressão pós-parto: é transtorno mais grave e prolongado, geralmente necessita de</p><p>intervenção.</p><p>Psicose puerperal: é uma perturbação na percepção individual da realidade da parturiente,</p><p>que pode se manifestar através de delírios, alucinações, desorganização do pensamento e</p><p>comportamento. É a forma mais grave de transtorno psiquiátrico durante o puerpério. É</p><p>uma condição rara do puerpério, com prevalência de 0,1% a 0,2% e é muito menos comum</p><p>do que o blues pós-parto e a depressão pós-parto.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra E</p><p>3- (Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CODEVASF). Caso clínico 13A1-I</p><p>Denis, de 15 anos de idade, estudante, foi encaminhado pela escola para avaliação</p><p>psicológica. De acordo com os pais dele, Denis sempre foi um menino muito agitado e</p><p>“esquisito”, mas que "fazia o que precisava fazer" e parecia conseguir lidar bem com</p><p>isso. No atendimento psicológico, a mãe iniciou com o seguinte relato: “Doutor, as</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>coisas foram só piorando. Primeiro, ele nunca gostou de dormir. Mexia e remexia a noite</p><p>toda desde pequeno. Sempre muito agressivo e impaciente. A gente percebia que ele</p><p>era mais agitado que o normal, pois temos outra filha e ela era completamente diferente</p><p>dele quando tinha a mesma idade. O medo, Denis só apresentou depois; na verdade, o</p><p>pavor veio depois que a irmã se trancou, sem querer, no quarto. Denis ficou</p><p>incontrolável. Chorava e se batia, dizendo que nunca mais veria a irmã. Nessa época,</p><p>ele tinha 4 anos. Depois dessa situação, ficou com muito medo de tudo. Certa vez, ele</p><p>disse que não entraria no carro, pois tinha medo de que colidisse contra um ônibus. Mas</p><p>cada dia era uma coisa diferente. Procuramos ajuda na época, e ele foi acompanhado</p><p>por psiquiatra e psicólogo. Depois de 1 ano, recebeu alta. Mas ele sempre foi um</p><p>menino diferente. Na escola, as coisas pioraram de um ano pra cá: o rendimento dele</p><p>caiu, ele não consegue acompanhar as aulas e não faz tarefas. Esse ano mesmo, já é</p><p>repetente... é a terceira vez que faz. Nunca teve amigos. Seu círculo social é pobre e</p><p>não se sustenta. É imaturo demais. Chama de amigo o garoto que conheceu há dois dias</p><p>na Internet. Passa muito tempo trancado no quarto, envolvido com jogos e redes sociais.</p><p>Está mais calado e na dele. Já peguei Denis falando sozinho algumas vezes. Tem uns</p><p>comportamentos estranhos: há 3 meses, aproximadamente, estávamos todos dormindo</p><p>em casa. Era tarde da noite. Nossa filha sentiu o cheiro de velas e correu pro quarto</p><p>dele. A única coisa que ele dizia era: 'Frente à treva, só a luz... Eu sou a luz do mundo!’,</p><p>enquanto segurava velas — e tinha mais umas 15 acessas em toda a casa. Foi preciso</p><p>chamar o Corpo de Bombeiros. Ninguém segurava ele" (sic). O pai de Denis</p><p>acrescentou: "Tem épocas que ele está mais tranquilo. Mas já me disse que tem algo na</p><p>sua cabeça que não o deixa descansar, mas que não pode falar muito a respeito ‘por</p><p>motivos de segurança’. Ontem, a coordenadora da escola nos contatou. Pensávamos</p><p>que tivesse relação com a queda de rendimento, mas ela nos pediu que</p><p>comparecêssemos à escola. Na reunião agendada, nos contou que Denis foi pego se</p><p>autolesionando na hora do intervalo. Ao ser interrompido, não falava coisa com coisa.</p><p>Só dizia: 'Não me interrompam. Tenho uma missão! Vocês saberão qual será minha</p><p>verdadeira identidade'" (sic).</p><p>Considerando o caso clínico 13A1-I, julgue o item seguinte, com base no Manual</p><p>Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), na Classificação Internacional</p><p>de Doenças (CID-10) e na psicopatologia.</p><p>O quadro de psicose breve apresentado por Denis pode ser desencadeado com ou sem</p><p>um estressor evidente.</p><p>Certo</p><p>Errado</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Vamos relembrar então sobre a psicose breve:</p><p>“A. Presença de um (ou mais) dos sintomas a seguir. Pelo menos um deles deve ser (1), (2)</p><p>ou (3):</p><p>1. Delírios.</p><p>2. Alucinações.</p><p>3. Discurso desorganizado (p. ex., descarrilamento ou incoerência frequentes).</p><p>4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico."</p><p>Para ser considerado breve, deve ter duração de um dia a um mês, com retorno completo</p><p>do funcionamento psíquico ao estado anterior ao episódio, senão muda de diagnóstico!</p><p>Com relação ao caso hipotético, Dênis tem apresentado diversos</p><p>comportamentos, que</p><p>foram evoluindo em seu quadro, os sintomas de Dênis são constantes em sua vida. O</p><p>diagnóstico de Denis não pode ser de psicose breve, devido a intensa duração de seu</p><p>quadro psicótico.</p><p>ALTERNATIVA INCORRETA.</p><p>4- (Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CODEVASF). Dênis apresenta</p><p>ecopraxia e ecomimia.</p><p>CERTO.</p><p>ERRADO.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>A ecopraxia: a repetição por imitação dos movimentos de outra pessoa. A ação não é</p><p>voluntária e tem uma qualidade semiautomática e incontrolável.</p><p>Existe ainda a ecopraxia gestual, também chamada de ecocinese, ecomimia, imitação</p><p>patológica de movimentos ou gestos de outros. Usualmente é de natureza semiautomática,</p><p>não estando sujeita a um controle voluntário total.</p><p>Tais comportamentos são característico de algumas pessoas com autismo, síndrome de</p><p>Tourette, síndrome de Ganser, esquizofrenia, (especialmente esquizofrenia catatônica),</p><p>algumas formas de depressão clínica e alguns outros distúrbios neurológicos.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>ALTERNATIVA ERRADA. Não é o caso de Dênis.</p><p>5- (Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: TRT - 17ª Região (ES). Prova: FCC - 2022 - TRT - 17ª</p><p>Região (ES) - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade Psicologia)</p><p>Entre os indivíduos com esquizofrenia, pode haver risco aumentado de transtorno</p><p>esquizoafetivo em parentes de primeiro grau. Segundo o Manual Diagnóstico de</p><p>Transtornos Mentais – DSM-5, o risco desse transtorno pode ser maior entre indivíduos</p><p>que têm parentes de primeiro grau com esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo e</p><p>transtorno:</p><p>A) bipolar.</p><p>B) do espectro autista.</p><p>C) de ansiedade.</p><p>D) depressivo menor.</p><p>E) de eliminação.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Essas informações constam normalmente nos fatores de risco de cada diagnóstico do DSM</p><p>- 5.</p><p>Fatores genéticos estão muito presentes no transtorno bipolar.</p><p>Genéticos e fisiológicos. História familiar de transtorno bipolar é um dos fatores de risco</p><p>mais fortes e mais consistentes para transtornos dessa categoria. Há, em média, risco 10</p><p>vezes maior entre parentes adultos de indivíduos com transtornos bipolar tipo I e tipo II. A</p><p>magnitude do risco aumenta com o grau de parentesco. Esquizofrenia e transtorno bipolar</p><p>provavelmente partilham uma origem genética, refletida na coagregação familiar de</p><p>esquizofrenia e transtorno bipolar.</p><p>Esquizofrenia: Genéticos e fisiológicos. Existe forte contribuição dos fatores genéticos na</p><p>determinação do risco para esquizofrenia, embora a maioria dos indivíduos com diagnóstico</p><p>do transtorno não tenha história familiar de psicose. Essa tendência é atribuída a um</p><p>espectro de alelos de risco, comuns e raros, com cada um contribuindo somente com uma</p><p>pequena parcela para a variância total da população. Os alelos de risco identificados até</p><p>agora são também associados a outras.</p><p>Fiquem atentos com os transtornos psicóticos (em torno desses fatores genéticos).</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>a) Expressão emocional diminuída: reduções na expressão de emoções pelo rosto, no</p><p>contato visual, na entonação da fala (prosódia) e nos movimentos das mãos, da cabeça e da</p><p>face, os quais normalmente conferem ênfase emocional ao discurso.</p><p>b) Avolia. São uma redução em atividades motivadas, autoiniciadas e com uma</p><p>finalidade. A pessoa pode ficar sentada por períodos longos e mostrar pouco interesse em</p><p>participar de atividades profissionais ou sociais. Outros sintomas negativos incluem alogia</p><p>(ausência de ideias), anedonia (ausência de prazer) e falta de sociabilidade.</p><p>Então saiba diferencia-los dos positivos:</p><p>1-Delírios: crenças fixas, não passíveis de mudança à luz de evidências conflitantes, são</p><p>considerados bizarros se claramente implausíveis e incompreensíveis por outros indivíduos</p><p>da mesma cultura. Podem ser:</p><p>Persecutório, de referência, somático, religioso, de grandeza (megalomania), erotomaníaco,</p><p>niilistas (envolvem a convicção de que ocorrerá uma grande catástrofe), e somáticos</p><p>(concentram-se em preocupações referentes à saúde e à função dos órgãos).</p><p>É uma alteração psíquica do juízo.</p><p>2-Alucinações: são experiências semelhantes à percepção que ocorrem sem um estímulo</p><p>externo. São vívidas e claras, com toda a força e o impacto das percepções normais, não</p><p>estando sob controle voluntário. Podem ocorrer em qualquer modalidade sensorial, embora</p><p>as alucinações auditivas sejam as mais comuns na esquizofrenia e em transtornos</p><p>relacionados.</p><p>Ocorrem ao adormecer (hipnagógicas) ou ao acordar (hipnopômpicas) são consideradas</p><p>como pertencentes ao âmbito das experiências normais. Em alguns contextos culturais,</p><p>alucinações podem ser elemento normal de experiências religiosas.</p><p>É uma alteração psíquica da sensopercepção.</p><p>3-Pensamento (discurso) desorganizado: costuma ser inferida a partir do discurso do</p><p>indivíduo. Este pode mudar de um tópico a outro (descarrilamento ou afrouxamento das</p><p>associações). As respostas a perguntas podem ter uma relação oblíqua ou não ter relação</p><p>alguma (tangencialidade). Raras vezes, o discurso pode estar tão gravemente desorganizado</p><p>que é quase incompreensível “salada de palavras”.</p><p>Uma vez que o discurso levemente desorganizado é comum e inespecífico, o sintoma deve</p><p>ser suficientemente grave a ponto de prejudicar de forma substancial a comunicação efetiva.</p><p>4-Comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo catatonia):</p><p>pode se manifestar de várias formas, desde o comportamento “tolo e pueril (infantil) ” até</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>a agitação imprevisível. Os problemas podem ser observados em qualquer forma de</p><p>comportamento dirigido a um objetivo, levando a dificuldades na realização das atividades</p><p>cotidianas. Comportamento catatônico é uma redução acentuada na reatividade ao</p><p>ambiente. Varia da resistência a instruções (negativismo), passando por manutenção de</p><p>postura rígida, inapropriada ou bizarra, até a falta total de respostas verbais e motoras</p><p>(mutismo e estupor). Pode, ainda, incluir atividade motora sem propósito e excessiva sem</p><p>causa óbvia (excitação catatônica). Outras características incluem movimentos</p><p>estereotipados repetidos, olhar fixo, caretas, mutismo e eco da fala. Ainda que a catatonia</p><p>seja historicamente associada à esquizofrenia, os sintomas catatônicos são inespecíficos,</p><p>podendo ocorrer em outros transtornos mentais (p. ex., transtornos bipolar ou depressivo</p><p>com catatonia) e em condições médicas (transtorno catatônico devido a outra condição</p><p>médica).</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra A</p><p>6- (Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-RO Prova: CESPE / CEBRASPE -</p><p>2022 - DPE-RO - Analista da Defensoria Pública - Psicologia) De acordo com o DSM-5,</p><p>são critérios diagnósticos para esquizofrenia:</p><p>A) comportamento grosseiramente desorganizado e avolia.</p><p>B) nistagmo e comprometimento da atenção.</p><p>C) tremor aumentado nas mãos e alucinações auditivas transitórias.</p><p>D) insônia e perda de peso.</p><p>E) fluxo errático do pensamento e agitação psicomotora.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>DSM 5</p><p>Critérios diagnósticos para a esquizofrenia:</p><p>A. Dois ou mais dos itens a seguir, cada um presente por uma quantidade significativa de</p><p>tempo:</p><p>1. Delírios.</p><p>2. Alucinações.</p><p>3. Discurso desorganizado.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.</p><p>5. Sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída ou avolia).</p><p>7- Em relação ao DSM-5, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a (s)</p><p>correta(s).</p><p>I. No transtorno fóbico, o objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provocam</p><p>uma resposta imediata de medo ou ansiedade.</p><p>II. Na esquizofrenia, a perturbação não pode ser atribuída aos efeitos fisiológicos de</p><p>uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica.</p><p>III. No transtorno psicótico devido a outra condição médica, a perturbação não ocorre</p><p>exclusivamente durante o curso de delirium.</p><p>A) I, II e III.</p><p>B) Apenas II e III.</p><p>C) Apenas I e II.</p><p>D) Apenas II.</p><p>E) Apenas I e III.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>II. Na esquizofrenia, a perturbação não pode ser atribuída aos efeitos fisiológicos de</p><p>uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica.</p><p>PODE SER, CONSTA NO DSM 5.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra E</p><p>CAPÍTULO SOBRE BIPOLAR E TRANSTORNOS</p><p>RELACIONADOS</p><p>Os diagnósticos inclusos neste capítulo são:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Episódio maníaco:</p><p>A. pode ter sido antecedido ou seguido por episódios hipomaníacos ou depressivos</p><p>maiores. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo</p><p>ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia,</p><p>com duração mínima de uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos os</p><p>dias (ou qualquer duração, se a hospitalização se fizer necessária).</p><p>B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, três (ou</p><p>mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau</p><p>significativo e representam uma mudança notável do comportamento habitual:</p><p>1. Autoestima inflada ou grandiosidade. 2. Redução da necessidade de sono. 3. Mais</p><p>loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. 4. Fuga de ideias ou</p><p>experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados. 5. Distratibilidade. 6.</p><p>Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola,</p><p>seja sexualmente) ou agitação psicomotora. 7. Envolvimento excessivo em atividades</p><p>com elevado potencial para consequências dolorosas.</p><p>C. A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado</p><p>no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização a fim de</p><p>prevenir dano a si mesmo ou a outras pessoas, ou existem características psicóticas.</p><p>D. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma ou a outra condição médica.</p><p>Um episódio maníaco completo que surge durante tratamento</p><p>antidepressivo (p. ex., medicamento, eletroconvulsoterapia), mas que persiste em um nível</p><p>de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse tratamento, é evidência suficiente para</p><p>um episódio maníaco e, portanto, para um diagnóstico de transtorno bipolar tipo I. Nota:</p><p>Os Critérios A-D representam um episódio maníaco. Pelo menos um episódio maníaco na</p><p>vida é necessário para o diagnóstico de transtorno bipolar tipo I.</p><p>Episódio Hipomaníaco:</p><p>Transtorno</p><p>bipolar tipo I</p><p>Transtorno</p><p>bipolar tipo II</p><p>Transtorno</p><p>ciclotímico</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável</p><p>e aumento anormal e persistente da atividade ou energia, com duração mínima de quatro</p><p>dias consecutivos e presente na maior parte do dia, quase todos os dias.</p><p>B. Durante o período de perturbação do humor e aumento de energia e atividade, três (ou</p><p>mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) persistem, representam</p><p>uma mudança notável em relação ao comportamento habitual e estão presentes em grau</p><p>significativo:</p><p>1. Autoestima inflada ou grandiosidade. 2. Redução da necessidade de sono. 3. Mais</p><p>loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. 4. Fuga de ideias ou</p><p>experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados. 5. Distratibilidade. 6.</p><p>Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola,</p><p>seja sexualmente) ou agitação psicomotora. 7. Envolvimento excessivo em atividades</p><p>com elevado potencial para consequências dolorosas.</p><p>C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é</p><p>característica do indivíduo quando assintomático.</p><p>D. A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras</p><p>pessoas.</p><p>E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no</p><p>funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo</p><p>características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco.</p><p>F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância suficientes para o</p><p>diagnóstico de episódio hipomaníaco nem necessariamente indicativos de uma diátese</p><p>bipolar.</p><p>Episódio Depressivo Maior:</p><p>A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período</p><p>de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo</p><p>menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer.</p><p>1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado</p><p>por relato subjetivo. 2. Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou</p><p>quase todas, as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (conforme</p><p>indicado por relato subjetivo ou observação feita por outra pessoa). 3. Perda ou</p><p>ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta. 4. Insônia ou hipersonia quase</p><p>diária. 5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias. 6. Fadiga ou perda de</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>energia quase todos os dias. 7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou</p><p>inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os dias (não meramente</p><p>autorrecriminação ou culpa por estar doente). 8. Capacidade diminuída para pensar</p><p>ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias (por relato subjetivo ou</p><p>observação feita por outra pessoa). 9. Pensamentos recorrentes de morte (não</p><p>somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico,</p><p>tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.</p><p>B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento</p><p>social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.</p><p>Transtorno bipolar</p><p>do tipo I</p><p>Critérios diagnósticos: Para diagnosticar transtorno bipolar tipo I, é</p><p>necessário o preenchimento dos critérios a seguir para um episódio</p><p>maníaco.</p><p>A. Foram atendidos os critérios para pelo menos um episódio</p><p>maníaco (Critérios A-D em “Episódio Maníaco” descritos</p><p>anteriormente).</p><p>Marco temporal: uma semana</p><p>Observações importantes: A característica essencial de um</p><p>episódio</p><p>maníaco é um período distinto de humor anormal e</p><p>persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento</p><p>persistente da atividade ou da energia, com duração de pelo</p><p>menos uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos</p><p>os dias (ou qualquer duração, se a hospitalização se fizer</p><p>necessária), acompanhado por pelo menos três sintomas adicionais</p><p>do Critério B. O risco de suicídio ao longo da vida em pessoas com</p><p>transtorno bipolar é estimado em pelo menos 15 vezes o da</p><p>população em geral.</p><p>Transtorno bipolar</p><p>do tipo II</p><p>Critérios diagnósticos: Para diagnosticar transtorno bipolar tipo II,</p><p>é necessário o preenchimento dos critérios a seguir para um</p><p>episódio hipomaníaco atual ou anterior e os critérios a seguir para</p><p>um episódio depressivo maior atual ou anterior:</p><p>A. Foram atendidos os critérios para pelo menos um episódio</p><p>hipomaníaco</p><p>B. Jamais houve um episódio maníaco.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Os sintomas de depressão ou a imprevisibilidade</p><p>causada por alternância frequente entre períodos de depressão e</p><p>hipomania causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo</p><p>no funcionamento social, profissional ou em outra área importante</p><p>da vida do indivíduo</p><p>Episódio Hipomaníaco</p><p>C. O episódio está associado a uma mudança clara no</p><p>funcionamento que não é característica do indivíduo quando</p><p>assintomático.</p><p>D. A perturbação no humor e a mudança no funcionamento são</p><p>observáveis por outras pessoas.</p><p>E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar</p><p>prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou</p><p>para necessitar de hospitalização. Existindo características</p><p>psicóticas, por definição, o episódio é maníaco.</p><p>F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma</p><p>substância.</p><p>Marco temporal: quatro dias</p><p>Observações importantes:</p><p>Transtorno</p><p>ciclotímico</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Por pelo menos dois anos (um ano em crianças e adolescentes),</p><p>presença de vários períodos com sintomas hipomaníacos que não</p><p>satisfazem os critérios para episódio hipomaníaco e vários períodos</p><p>com sintomas depressivos que não satisfazem os critérios para</p><p>episódio depressivo maior.</p><p>B. Durante o período antes citado de dois anos (um ano em crianças</p><p>e adolescentes), os períodos hipomaníaco e depressivo estiveram</p><p>presentes por pelo menos metade do tempo, e o indivíduo não</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>permaneceu sem os sintomas por mais que dois meses</p><p>consecutivos.</p><p>C. Os critérios para um episódio depressivo maior, maníaco ou</p><p>hipomaníaco nunca foram satisfeitos.</p><p>D. Os sintomas do Critério A não são mais bem explicados por</p><p>transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno</p><p>esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno do</p><p>espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado</p><p>ou transtorno espectro da esquizofrenia e outro transtorno</p><p>fisiológico não especificado. Transtorno Bipolar e Transtornos</p><p>Relacionados</p><p>E. Os sintomas não são atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma</p><p>substância ou a outra condição médica.</p><p>F. Os sintomas causam sofrimento ou prejuízo clinicamente</p><p>significativo no funcionamento social, profissional ou em outras</p><p>áreas importantes da vida do indivíduo.</p><p>Marco temporal: Por pelo menos dois anos (um ano em crianças</p><p>e adolescentes),</p><p>Observações importantes:</p><p>Questões comentadas: Transtorno Bipolar e Transtornos</p><p>Relacionados</p><p>1- (Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de São Cristóvão -</p><p>SE) Alguns dos sintomas da síndrome maníaca são</p><p>A) loquacidade e elação.</p><p>B) logorreia e estado de catalepsia.</p><p>C) distraibilidade e negativismo.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>D) desinibição sexual e delírio de negação de órgãos.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>A euforia e a elação são sentimento de engrandecimento ou expansão do Eu e constituem</p><p>a base das fases maníacas. Com isso, quase sempre são observados sinais de aceleração</p><p>das funções psíquicas. Tal aceleração é chamada de taquipsiquismo e se manifesta através</p><p>de:</p><p>Agitação psicomotora; Exaltação; produção verbal rápida, fluente e persistente</p><p>(loquacidade);</p><p>estados de grande aceleração e perda da lógica do discurso (logorreia); tendência irresistível</p><p>de falar sem parar (pressão de discurso); distratibilidade; pensamento acelerado e, em geral,</p><p>impreciso; aumento da energia; diminuição da necessidade de sono.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra A</p><p>2- (Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-RO). Levando em consideração</p><p>o DSM-5, no que se refere ao transtorno bipolar e a transtornos relacionados, julgue os</p><p>itens a seguir.</p><p>I Para fins diagnósticos de transtorno bipolar tipo I, é necessário ao menos um episódio</p><p>maníaco ao longo da vida do indivíduo.</p><p>II O episódio hipomaníaco pode apresentar características psicóticas e ser grave a ponto</p><p>de causar prejuízo no funcionamento social.</p><p>III Ao menos um episódio hipomaníaco é necessário para fins diagnósticos de transtorno</p><p>bipolar tipo I.</p><p>IV Fuga de ideias é um sintoma possível do episódio maníaco.</p><p>Estão certos apenas os itens</p><p>A) I e II.</p><p>B) I e III.</p><p>C) I e IV.</p><p>D) II e III.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>E) II e IV.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Excelente questão para conhecermos mais o transtorno bipolar.</p><p>II O episódio hipomaníaco pode apresentar características psicóticas e ser grave a ponto</p><p>de causar prejuízo no funcionamento social. EPISÓDIO HIPOMANÍACO NÃO CAUSA</p><p>PREJUÍZOS SIGNIFICATIVOS.</p><p>III Ao menos um episódio hipomaníaco é necessário para fins diagnósticos de transtorno</p><p>bipolar tipo I. PARA O II</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra C</p><p>3- (Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de Barra dos Coqueiros - SE</p><p>Psicólogo). Julgue os itens a seguir, acerca do diagnóstico, curso e prognóstico do</p><p>transtorno bipolar.</p><p>I O transtorno bipolar tem como principal característica a desregulação extrema do</p><p>afeto.</p><p>II O diagnóstico de um episódio maníaco deve ser ancorado em evidências de prejuízos</p><p>no funcionamento psicossocial da pessoa.</p><p>III Os sintomas hipomaníacos implicam prejuízos graves ao funcionamento social, de</p><p>modo que as alterações comportamentais são observadas e percebidas por outras</p><p>pessoas.</p><p>IV O luto é um fator estressor significativo, mas, devido ao seu caráter situacional, é</p><p>considerado critério de exclusão do transtorno bipolar.</p><p>V Episódios de recaída são frequentes no tratamento do transtorno bipolar, sendo a não</p><p>adesão à medicação uma das principais justificativas disso.</p><p>Estão certos apenas os itens</p><p>A) II e III.</p><p>B) IV e V.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>C) I, II e V.</p><p>D) I, II, III e IV.</p><p>E) I, III, IV e V.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>A banca coloca afeto ao invés de humor,</p><p>acredito que nos dias de hoje ela não faria isso,</p><p>mas foi considerada correta mesmo sendo afeto, tendo em vista que o DSM diz HUMOR.</p><p>III Os sintomas hipomaníacos implicam prejuízos graves ao funcionamento social, de</p><p>modo que as alterações comportamentais são observadas e percebidas por outras</p><p>pessoas. Na verdade, no episódio hipomaníaco não há prejuízo funcional, e sim no</p><p>MANÍACO. IV O luto é um fator estressor significativo, mas, devido ao seu caráter</p><p>situacional, é considerado critério de exclusão do transtorno bipolar. Não é critério de</p><p>exclusão.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra C</p><p>4- (Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: UFABC Prova: VUNESP - 2019 - UFABC -</p><p>Psicólogo). A utilização do lítio como estabilizador do humor foi uma descoberta</p><p>especialmente importante para o manejo da fase aguda e para evitar recidivas nos</p><p>pacientes diagnosticados com transtorno:</p><p>A) afetivo bipolar.</p><p>B) de estresse pós-traumático.</p><p>C) alimentar.</p><p>D) de personalidade esquizoide.</p><p>E) somatoforme.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Não é uma situação comum as questões perguntarem sobre o psicofármaco utilizado,</p><p>entretanto, no próprio enunciado já fala “estabilizador de humor”. O lítio é o mais comum</p><p>entre eles, utilizado para evitar que ocorra fases agudas de mania. Dentre as opções, apenas</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>existe um transtorno de humor, que é o BIPOLAR. Antigamente ele era chamado de afetivo</p><p>bipolar, por isso devemos considerar ainda que algumas questões falem sobre desregulação</p><p>do afeto e não do humor. Mas o DSM 5 traz como transtorno BIPOLAR. Diferenciando ele</p><p>em tipo 1 e tipo 2.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra A</p><p>CAPÍTULO SOBRE OS TRANSTORNOS</p><p>RELACIONADOS A SUBSTÂNCIAS E TRANSTORNOS</p><p>ADITIVOS</p><p>Os transtornos relacionados a substâncias abrangem 10 classes distintas de drogas:</p><p>Mas para concursos públicos nem todas são tão importantes. No quadro abaixo terá as mais</p><p>cobradas e nas questões iremos abordar como caem as outras e SE caem. Já adianto que</p><p>álcool é a que cai mais, principalmente em relação aos critérios, sintomas, formas de</p><p>tratamento e políticas de redução de danos. A seguir, terá várias informações importantes</p><p>sobre esse capítulo, não estão aqui atoa, elas CAEM em prova!</p><p>Todas as drogas que são consumidas em excesso têm em comum a ativação direta do</p><p>sistema de recompensa do cérebro, o qual está envolvido no reforço de comportamentos</p><p>e na produção de memórias.</p><p>ÁLCOOL CAFEÍNA ALUCINÓGENOS INALANTES</p><p>OPIOIDES SEDATIVOS HIPNÓTICOS/ANSIOLÍTICOS ESTIMULANTES</p><p>TABACO outras substâncias</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A ativação do sistema de recompensa é intensa a ponto</p><p>de fazer atividades normais serem negligenciadas, em vez de atingir a ativação do sistema</p><p>de recompensa por meio de comportamentos adaptativos, as drogas de abuso ativam</p><p>diretamente as vias de recompensa. Os mecanismos farmacológicos pelos quais cada classe</p><p>de drogas produz recompensa são diferentes, mas elas geralmente ativam o sistema e</p><p>produzem sensações de prazer, frequentemente denominadas de “barato” ou “viagem”.</p><p>Além disso, indivíduos com baixo nível de</p><p>autocontrole, o que pode ser reflexo de deficiências nos mecanismos cerebrais de inibição,</p><p>podem ser particularmente predispostos a desenvolver transtornos por uso de substância,</p><p>sugerindo que, no caso de determinadas pessoas, a origem dos transtornos por uso de</p><p>substância pode ser observada em seus comportamentos muito antes do início do uso atual</p><p>de substância propriamente dito.</p><p>Além dos transtornos relacionados a substâncias, este</p><p>capítulo também inclui o transtorno do jogo, o que reflete as evidências de que os</p><p>comportamentos de jogo ativam sistemas de recompensa semelhantes aos ativados por</p><p>drogas de abuso e produzem alguns sintomas comportamentais que podem ser</p><p>comparados aos produzidos pelos transtornos por uso de substância. Outros padrões</p><p>comportamentais de excesso, como jogo pela internet, também foram descritos, mas as</p><p>pesquisas sobre esta e outras síndromes comportamentais são menos claras. A título de</p><p>curiosidade, entendam que: grupos de comportamentos repetitivos, por vezes</p><p>denominados adições comportamentais, com subcategorias como “adição sexual”, “adição</p><p>por exercício” ou “adição por compras”, não estão inclusos porque, até o momento, não</p><p>há evidências suficientes revisadas por pares para estabelecer os critérios diagnósticos e as</p><p>descrições de curso necessários para identificar tais comportamentos como transtornos</p><p>mentais.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Transtornos por Uso de Substâncias: característica essencial consiste na presença</p><p>de um agrupamento de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos indicando o</p><p>uso contínuo pelo indivíduo apesar de problemas significativos relacionados à substância.</p><p>Tem alteração básica nos circuitos cerebrais que pode persistir após a desintoxicação,</p><p>especialmente em indivíduos com transtornos graves. Os efeitos comportamentais podem</p><p>ser recaídas e fissuras, quando o indivíduo é exposto à droga. Envolvem alguns critérios:</p><p>1- Baixo controle;</p><p>2- Prejuízo social;</p><p>3- Uso arriscado da substância;</p><p>4- Farmacológicos (tolerância e abstinência).</p><p>A gravidade do transtorno se dá pela quantidade de sintomas</p><p>Leve: 2 a 3 sintomas</p><p>Moderado: 4 a 5 sintomas</p><p>Grave: mais de 6 sintomas</p><p>Transtornos Induzidos por Substâncias: inclui intoxicação, abstinência e outros</p><p>transtornos mentais induzidos por substância/medicamento (p. ex., transtorno psicótico</p><p>induzido por substância, transtorno depressivo induzido por substância). Transtornos</p><p>mentais induzidos por substância desenvolvem-se no caso de intoxicação ou abstinência a</p><p>partir de substâncias de abuso. Costumam ser temporárias e tendem a desaparecer no</p><p>prazo aproximado de um mês após cessada a abstinência aguda, a intoxicação grave ou o</p><p>uso do medicamento.</p><p>Conceitos importantes:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Intoxicação e Abstinência de Substâncias.</p><p>Os critérios para intoxicação por substância</p><p>estão inclusos nas seções específicas para cada substância neste capítulo (veremos no</p><p>quadro abaixo). Sua característica fundamental é o desenvolvimento de uma síndrome</p><p>reversível específica de determinada substância que ocorreu devido a sua recente ingestão</p><p>(Critério A). As mudanças comportamentais ou psicológicas clinicamente significativas</p><p>associadas à intoxicação são atribuíveis aos efeitos fisiológicos da substância sobre o</p><p>sistema nervoso central e desenvolvem-se durante ou logo após o uso da substância</p><p>(Critério B). Os sintomas não são atribuíveis a outra condição médica nem são mais bem</p><p>explicados por outro transtorno mental (Critério D).</p><p>A intoxicação por substância é comum entre pessoas com transtorno por uso de</p><p>substância, mas também ocorre com frequência em indivíduos sem esse transtorno. Essa</p><p>categoria não se aplica ao tabaco (tabaco não intoxica - lembrar!)</p><p>Os critérios</p><p>para abstinência de substância</p><p>estão inclusos nas seções específicas para cada substância neste capítulo. A característica</p><p>fundamental é o desenvolvimento de uma alteração comportamental problemática</p><p>específica a determinada substância, com concomitantes fisiológicos e cognitivos, devido</p><p>a interrupção ou redução do uso intenso e prolongado da substância (Critério A). A</p><p>síndrome específica da substância causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo</p><p>no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo</p><p>(Critério C). Os sintomas não se devem a uma condição médica geral nem são mais bem</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>explicados por outro transtorno mental (Critério D). A abstinência geralmente, mas nem</p><p>sempre, está associada a um transtorno por uso de substância. A maioria dos indivíduos</p><p>com abstinência sente necessidade de readministrar a substância para reduzir os sintomas.</p><p>Via de Administração e Velocidade dos Efeitos da Substância: As vias de</p><p>administração que produzem a absorção mais rápida e eficiente na corrente sanguínea (p.</p><p>ex., intravenosa, fumada, “cheirada”) tendem a resultar em uma intoxicação mais intensa</p><p>e em uma probabilidade maior de um padrão progressivo de uso da substância, levando à</p><p>abstinência. De modo semelhante, substâncias de ação rápida têm maior probabilidade de</p><p>produzir intoxicação imediata do que aquelas de ação mais lenta.</p><p>Transtorn</p><p>o por uso</p><p>de álcool</p><p>Critérios diagnósticos:</p><p>A. Um padrão problemático de uso de álcool, levando a comprometimento</p><p>ou sofrimento clinicamente significativos, manifestado por pelo menos dois</p><p>dos seguintes critérios, ocorrendo durante um período de 12 meses:</p><p>Álcool é frequentemente</p><p>consumido em maiores</p><p>quantidades ou por um</p><p>período mais longo do que</p><p>o pretendido.</p><p>2. Existe um desejo</p><p>persistente ou esforços</p><p>malsucedidos no sentido</p><p>de reduzir ou controlar o</p><p>uso de álcool.</p><p>3. Muito tempo é gasto em</p><p>atividades necessárias para a</p><p>obtenção de álcool, na</p><p>utilização de álcool ou na</p><p>recuperação de seus efeitos.</p><p>4. Fissura ou um forte</p><p>desejo ou necessidade de</p><p>usar álcool.</p><p>5. Uso recorrente de álcool,</p><p>resultando no fracasso em</p><p>desempenhar papéis</p><p>importantes no trabalho, na</p><p>escola ou em casa.</p><p>6. Uso continuado de álcool,</p><p>apesar de problemas sociais</p><p>ou interpessoais persistentes</p><p>ou recorrentes causados ou</p><p>exacerbados por seus efeitos.</p><p>7. Importantes atividades</p><p>sociais, profissionais ou</p><p>recreacionais são</p><p>abandonadas ou reduzidas em</p><p>virtude do uso de álcool.</p><p>8. Uso recorrente de álcool em</p><p>situações nas quais isso</p><p>representa perigo para a</p><p>integridade física.</p><p>9. O uso de álcool é mantido</p><p>apesar da consciência de ter</p><p>um problema físico ou</p><p>psicológico persistente ou</p><p>recorrente que tende a ser</p><p>causado ou exacerbado pelo</p><p>álcool.</p><p>10. Tolerância, definida por</p><p>qualquer um dos seguintes</p><p>aspectos: a. Necessidade de</p><p>quantidades progressivamente</p><p>maiores de álcool para alcançar a</p><p>intoxicação ou o efeito desejado</p><p>11. Abstinência, manifestada</p><p>por qualquer um dos seguintes</p><p>aspectos: a. Síndrome de</p><p>abstinência característica de</p><p>álcool</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Álcool (ou uma substância estreitamente</p><p>relacionada, como benzodiazepínicos) é consumido para aliviar ou evitar os</p><p>sintomas de abstinência.</p><p>Marco temporal: período de 12 meses</p><p>Observações importantes: O transtorno por uso de álcool é definido por</p><p>um agrupamento de sintomas comportamentais e físicos, os quais podem</p><p>incluir abstinência, tolerância e fissura. A abstinência de álcool caracteriza-se</p><p>por sintomas de abstinência que se desenvolvem aproximadamente 4 a 12</p><p>horas após a redução do consumo que se segue a uma ingestão prolongada</p><p>e excessiva de álcool. Como a abstinência de álcool pode ser desagradável</p><p>e intensa, os indivíduos podem continuar o consumo apesar de</p><p>consequências adversas, frequentemente para evitar ou aliviar os sintomas</p><p>de abstinência. A fissura por álcool é indicada por um desejo intenso de</p><p>beber, o qual torna difícil pensar em outras coisas e frequentemente resulta</p><p>no início do consumo.</p><p>O transtorno por uso de álcool costuma ser</p><p>erroneamente percebido como uma condição intratável.</p><p>As taxas são elevadas entre os sem-teto, talvez refletindo a queda</p><p>vertiginosa no funcionamento social e profissional, embora a maioria dos</p><p>indivíduos com transtorno por uso de álcool continue a viver com suas</p><p>famílias e a trabalhar. O transtorno por uso de álcool está associado ao</p><p>aumento significativo no risco de acidentes, violência e suicídio.</p><p>A. Ingestão recente de álcool. B. Alterações comportamentais ou</p><p>psicológicas clinicamente significativas e problemáticas (p. ex.,</p><p>comportamento sexual ou agressivo inadequado, humor instável,</p><p>julgamento prejudicado) desenvolvidas durante ou logo após a ingestão de</p><p>álcool. C. Um (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas, desenvolvidos</p><p>durante ou logo após o uso de álcool:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Intoxicação por Álcool:</p><p>Abstinência de Álcool</p><p>A. Cessação (ou redução) do uso pesado e prolongado de álcool. B. Dois</p><p>(ou mais) dos seguintes sintomas, desenvolvidos no período de algumas</p><p>horas a alguns dias após a cessação (ou redução) do uso de álcool descrita</p><p>no Critério A:</p><p>Questões comentadas: Transtornos relacionados às</p><p>substâncias e à transtornos aditivos</p><p>1- (Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de São José dos Campos - SP) César</p><p>sempre gostou de beber, mas, com o passar dos anos, o hábito tornou-se problemático,</p><p>afetando seu casamento e sua vida profissional. Sua esposa, Andréa, foi aconselhada a</p><p>Fala arrastada. Incoordenação.</p><p>Instabilidade na</p><p>marcha.</p><p>Nistagmo.</p><p>Comprometimento</p><p>da atenção ou da</p><p>memória.</p><p>Estupor ou coma.</p><p>Hiperatividade</p><p>autonômica</p><p>Tremor aumentado</p><p>nas mãos.</p><p>Insônia Náusea ou vômitos</p><p>Alucinações ou</p><p>ilusões visuais,</p><p>táteis ou auditivas</p><p>transitórias</p><p>Agitação</p><p>psicomotora</p><p>Ansiedade</p><p>Convulsões tônico-</p><p>clônicas</p><p>generalizadas</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>procurar um grupo de Al-Anon, voltado para parentes e amigos de alcoolistas, e se</p><p>apercebeu de seu próprio comportamento codependente.</p><p>Para superar a codependência, Andréa precisará</p><p>A) se tornar uma espécie de cuidadora do marido para tentar controlar seu comportamento</p><p>e evitar crises em casa e no trabalho.</p><p>B) assumir o protagonismo na relação conjugal, cuidando das finanças domésticas e</p><p>pagando as dívidas de César.</p><p>C) acobertar o problema de alcoolismo do marido, mantendo-o em segredo da família, dos</p><p>amigos e do patrão de César.</p><p>D) entender que não é responsável pelo alcoolismo de César e sim pela forma como lida</p><p>com o marido e com as demandas dele.</p><p>E) deixar de compartilhar o uso de álcool com o marido, ainda que de forma recreativa e</p><p>moderada.</p><p>COMENTÁRIOS</p><p>Vamos entender um pouco sobre codependência química: O codependente químico é o</p><p>indivíduo que convive diretamente</p><p>com pessoas que apresentam alguma dependência</p><p>química, sobretudo drogas ou álcool. Esse problema também atinge, por extensão, as</p><p>pessoas que têm alguma relação mais próxima com a família. Em vias gerais, o</p><p>codependente químico pode ser os pais, irmãos, cônjuges, namorados ou amigos que</p><p>assumem precocemente a função de ajudar o adicto em drogas ou álcool a se libertar dessa</p><p>condição. Entretanto, essa convivência direta com o consumo abusivo de substâncias ilícitas</p><p>pode afetar a estabilidade emocional e gerar muitas dificuldades para lidar com essa</p><p>problemática. Por conseguinte, essa codependência requer intervenções mais eficazes para</p><p>reduzir o risco de evolução para quadros graves.</p><p>Não há dúvidas de que existe um grande sofrimento psíquico em quem convive com</p><p>dependentes químicos. Por essa razão, é imprescindível conhecer as mais diferentes</p><p>questões que interferem na vida dos familiares e amigos do dependente químico. Essa</p><p>percepção é essencial para prover uma assistência efetiva a quem convive com o</p><p>comportamento aditivo. Logo, é necessário entender que, nesses casos, a ajuda profissional</p><p>também deve ser extensiva aos familiares e a todos que estão envolvidos nessa jornada. A</p><p>meta é preservar a estabilidade psicológica e evitar o adoecimento mental de quem está</p><p>pronto para ajudar os entes queridos dominados pelas drogas ou pelo alcoolismo.</p><p>Ponto que ajuda a resolver a questão: riscos que os indivíduos que estão em contato direto</p><p>com o dependente químico estão expostos:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>1- Alteração de seus planos e suas rotinas em função do cuidado com o adicto;</p><p>2- Preocupação excessiva em agir como vigilante procurando evidências de uso de</p><p>substâncias;</p><p>3- Sentimento de culpa por não ter cumprido o seu “papel” de educador, provedor ou de</p><p>cuidador;</p><p>4- Maior vulnerabilidade à depressão, ansiedade e outros transtornos mentais.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra D</p><p>2- (Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: AL-MA) Com relação ao alcoolismo, avalie as</p><p>seguintes afirmativas:</p><p>I. É uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos.</p><p>II. Não há evidências claras de que alguns fatores genéticos aumentem o risco de</p><p>contrair a doença.</p><p>III. Grande parte dos acidentes de trânsito, violência doméstica, problemas no trabalho</p><p>são provenientes do abuso de álcool.</p><p>Está correto o que se afirmar em</p><p>A) I, apenas.</p><p>B) II, apenas.</p><p>C) I e II, apenas.</p><p>D) I e III, apenas.</p><p>E) I, II e III.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>O alcoolismo é uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos,</p><p>caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna</p><p>progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e</p><p>sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada. Além da já reconhecida predisposição</p><p>genética para a dependência, outros fatores podem estar associados: ansiedade, angústia,</p><p>insegurança, fácil acesso ao álcool e condições culturais.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Literalidade do DSM 5 "Genéticos e fisiológicos. O transtorno por uso de álcool apresenta</p><p>um padrão familiar, sendo que 40 a 60% da variação no risco é explicada por influências</p><p>genéticas. A taxa dessa condição é 3 a 4 vezes maior em parentes próximos de pessoas com</p><p>transtorno por uso de álcool, sendo que os valores são mais altos para indivíduos com uma</p><p>quantidade maior de parentes afetados, com relacionamento genético mais próximo à</p><p>pessoa afetada e em cujos parentes a gravidade dos problemas relacionados ao álcool é</p><p>mais séria".</p><p>O trabalho de E. M. Jellinek foi emblemático nesse sentido, decretando o alcoolismo como</p><p>doença sui generis. Sua causa seria fisiológica e identificável, própria a alguns indivíduos, e</p><p>levaria à perda do controle volitivo e comportamental frente ao álcool inevitavelmente a</p><p>partir do primeiro gole. Nessa formulação, o "alcoolismo como doença", a patologia seria</p><p>grave, progressiva, constituída de fases bem delimitadas e a única solução seria a</p><p>abstinência definitiva.</p><p>Artigos como: ABREU, A.M.M; LIMA. J.M.B O impacto do álcool na mortalidade em</p><p>acidentes de trânsito: uma questão de saúde pública. Escola Anna Nery, v. 10, p. 87-94, 2006. E</p><p>VIEIRA, L.B et al. Abuso de álcool e drogas e violência contra as mulheres: denúncias de</p><p>vividos. Revista brasileira de enfermagem, v. 67, p. 366-372, 2014. Apontam sobre a relação do uso</p><p>de álcool com o aumento de acidentes e com o aumento de violência doméstica.</p><p>GABARITO LETRA D</p><p>3- (Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: AL-MA) A relação entre o uso de álcool e o trabalho</p><p>deve ser foco de atenção por parte dos profissionais da Psicologia nos serviços</p><p>específicos de saúde do trabalhador e em toda rede de atenção em saúde.</p><p>Estudos sobre o tema apontam como fator de risco para a incidência do alcoolismo entre</p><p>os trabalhadores:</p><p>A) as práticas de valorização do trabalhador.</p><p>B) o uso dos equipamentos de proteção individual.</p><p>C) o trabalho em isolamento do convívio.</p><p>D) o aumento das taxas de absenteísmo.</p><p>E) o transtorno de delirium tremens.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Em 2001, o MS identificou profissões de maior risco para o desenvolvimento do alcoolismo</p><p>crônico relacionado ao trabalho, entre elas, destacam-se aquelas:</p><p>1- Desprovidas de reconhecimento social e dotadas de rejeição;</p><p>2- Situações de trabalho perigoso e de tensão elevada;</p><p>3- De grande densidade de atividade mental;</p><p>4- Trabalho tedioso, monótono;</p><p>5- Com isolamento do convívio com outras pessoas;</p><p>6- Situações de trabalho que envolvem afastamento prolongado do lar;</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra C</p><p>4- (Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: AL-MA) A psicóloga Lucia conduz um grupo que</p><p>reúne fumantes que buscam a cessação do tabagismo. Uma de suas intervenções</p><p>consiste em ajudar os pacientes a reconhecer os gatilhos emocionais e comportamentais</p><p>relacionados ao hábito de fumar.</p><p>Esta é uma estratégia de:</p><p>A) redução de danos.</p><p>B) prevenção primária.</p><p>C) condicionamento operante.</p><p>D) aumento da tolerância.</p><p>E) prevenção secundária.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Política de redução de danos: Por definição, redução de danos foca na prevenção aos</p><p>danos, ao invés da prevenção do uso de drogas; bem como foca em pessoas que seguem</p><p>usando drogas”. Redução de Danos (RD) é um conjunto de estratégias que visa minimizar</p><p>os danos causados pelo uso de diferentes drogas, sem necessariamente ter de se abster do</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>seu uso. A troca de uma droga por outra que diminua riscos e danos também é um exemplo</p><p>de uma prática de Redução de Danos.</p><p>Prevenção primária: São ações voltadas para evitar a exposição a fatores de risco. Exemplo:</p><p>No caso do câncer, os principais são o álcool, o tabagismo, a obesidade, a exposição solar,</p><p>alguns vírus e hereditariedade (o único fator que não é possível prevenir de forma primária).</p><p>Neste caso, as instituições de saúde podem promover campanhas de conscientização para</p><p>disseminar informações e esclarecer dúvidas da população, além da promoção de</p><p>campanhas de vacinação.</p><p>Prevenção secundária: Prevenção secundária é o conjunto de ações que visam identificar e</p><p>corrigir o mais precocemente possível qualquer desvio da normalidade, de forma a colocar</p><p>o indivíduo de imediato na situação saudável, ou seja, têm como objetivo a diminuição da</p><p>prevalência da doença. Visam ao diagnóstico, ao tratamento e à limitação do dano. Um</p><p>exemplo é o rastreio do câncer do colo uterino, causado pela transmissão sexual do HPV).</p><p>"A prevenção secundária consiste em um diagnóstico precoce e tratamento imediato".</p><p>No caso em tela, descobrir os gatilhos significa que o problema já está instalado, e uma</p><p>estratégia para prevenir que a situação piore, é a prevenção secundária.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra E</p><p>5- (Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: DPE-RS) A Dependência de Videogames (DV) passou</p><p>a ser considerada oficialmente uma doença no CID-11. No DSM-5 igualmente foi</p><p>reconhecido o Transtorno de Jogo pela Internet. É critério para o diagnóstico desse</p><p>transtorno:</p><p>A) colocar em risco ou perder um relacionamento, emprego ou oportunidade educacional</p><p>ou de carreira significativa devido à participação em jogos pela internet;</p><p>B) aumentar o interesse por passatempos e divertimentos anteriores em consequência dos</p><p>jogos pela internet;</p><p>C) fazer uso de jogos pela internet de forma recreativa, sem prejuízo de relações sociais,</p><p>familiares, laborativas e escolares;</p><p>D) fazer uso de jogos pela internet para evitar ou aliviar o humor negativo, diminuindo</p><p>progressivamente a tolerância;</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>E) apresentar sintomas de abstinência ao enganar membros da família, terapeutas ou outros</p><p>em relação à quantidade do jogo pela internet.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Vou trazer a literalidade do DSM 5: Transtornos Não Relacionados a Substância</p><p>Transtorno do Jogo. Critérios Diagnósticos:</p><p>A. Comportamento de jogo problemático persistente e recorrente levando a sofrimento ou</p><p>comprometimento clinicamente significativo, conforme indicado pela apresentação de</p><p>quatro (ou mais) dos seguintes em um período de 12 meses:</p><p>1. Necessidade de apostar quantias de dinheiro cada vez maiores a fim de atingir a excitação</p><p>desejada.</p><p>2. Inquietude ou irritabilidade quando tenta reduzir ou interromper o hábito de jogar.</p><p>3. Fez esforços repetidos e malsucedidos no sentido de controlar, reduzir ou interromper o</p><p>hábito de jogar.</p><p>4. Preocupação frequente com o jogo (p. ex., apresenta pensamentos persistentes sobre</p><p>experiências de jogo passadas, avalia possibilidades ou planeja a próxima quantia a ser</p><p>apostada, pensa em modos de obter dinheiro para jogar).</p><p>5. Frequentemente joga quando se sente angustiado (p. ex., sentimento de impotência,</p><p>culpa, ansiedade, depressão).</p><p>6. Após perder dinheiro no jogo, frequentemente volta outro dia para ficar quite (“recuperar</p><p>o prejuízo”).</p><p>7. Mente para esconder a extensão de seu envolvimento com o jogo.</p><p>8. Prejudicou ou perdeu um relacionamento significativo, o emprego ou uma</p><p>oportunidade educacional ou profissional em razão do jogo.</p><p>9. Depende de outras pessoas para obter dinheiro a fim de saldar situações financeiras</p><p>desesperadoras causadas pelo jogo.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra A</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6- (Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Manaus - AM) Jéssica está em situação</p><p>de rua e na primeira vez em que experimentou crack teve uma sensação de onipotência,</p><p>intensa euforia e exaltação da energia e libido. Com o uso prolongado da droga, Jéssica</p><p>passou a fumar cada vez mais crack para obter esses efeitos. A esse fenômeno dá-se o</p><p>nome de:</p><p>A) overdose.</p><p>B) abstinência.</p><p>C) intoxicação.</p><p>D) abuso.</p><p>E) tolerância.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>LEMBRANDO QUE:</p><p>Tolerância: cada vez mais quantidade (para obter os efeitos da droga);</p><p>Abstinência: sintomas relacionados à interrupção da droga;</p><p>Intoxicação: efeitos do uso;</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra E</p><p>7- (Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Manaus - AM) As técnicas de</p><p>intervenção breve junto a usuários de álcool e outras drogas apontam a importância de</p><p>identificar a prontidão do usuário para empreender uma mudança em seu padrão de</p><p>comportamento.</p><p>Levado pelo pai a uma consulta após ser detido quando dirigia embriagado, Felipe, 20</p><p>anos, relatou que iniciou o uso de álcool e maconha na adolescência e que fica</p><p>descontraído quando bebe ou fuma. Em suas palavras: “Eu não sou viciado, uso para</p><p>me divertir e paro quando quiser”.</p><p>Considerando os estágios de mudança descritos nessas técnicas, Felipe se encontra no</p><p>estágio de:</p><p>A) manutenção.</p><p>B) contemplação.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>C) pré-contemplação.</p><p>D) movimentação.</p><p>E) reabilitação.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Esse modelo é muito comum em terapias que</p><p>se voltam para transtornos aditivos. Neste caso, certamente é Pré-contemplação, pois ele</p><p>ainda não reconhece a situação aditiva de abuso de substância. Chama-se estágios</p><p>motivacionais.</p><p>PRÉ-CONTEMPLAÇÃO: "isso não existe, logo não é um problema"</p><p>CONTEMPLAÇÃO: "isso existe e talvez seja um problema"</p><p>PREPARAÇÃO: "me sinto pronto para mudar"</p><p>AÇÃO: "iniciei um grupo terapêutico"</p><p>MANUTENÇÃO: "estou há tempos nessa nova vida"</p><p>RECAÍDA: "interrompi minha ação"</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra C</p><p>8- (Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Manaus - AM) A entrevista motivacional</p><p>é uma técnica de entrevista consagrada na abordagem de usuários de álcool e outras</p><p>drogas. O foco da entrevista motivacional é aumentar as chances de o indivíduo aderir</p><p>a uma linha de ação que gere alguma mudança. Assinale a opção que apresenta o</p><p>princípio básico da entrevista motivacional.</p><p>A) Expressar empatia por meio da correção das perspectivas do usuário.</p><p>B) desenvolver a discrepância entre o paciente e o terapeuta.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>C) buscar a confrontação direta para favorecer a adesão à intervenção.</p><p>D) fortalecer a autoeficácia, encorajando a confiança nos recursos pessoais.</p><p>E) alertar o usuário de que não haverá tolerância com relação às recaídas.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Diferencia entrevista motivacional de estágios motivacionais (vimos na questão anterior).</p><p>A EM: é uma técnica para modificação de comportamentos de risco, busca despertar o</p><p>desejo de mudar, pois inicialmente ele pode não querer. Utilizada bastante no contexto de</p><p>comportamentos aditivos por várias abordagens. Tem elementos diretivos (diferente de</p><p>confrontação) e elementos não diretivos. É uma técnica breve que pode ser usada entre 4</p><p>e 5 sessões. A abstinência é uma meta mais segura (encerra o consumo), mas nem sempre</p><p>é possível.</p><p>5 princípios:</p><p>Expressar empatia.</p><p>Desenvolver a discrepância: fazer o paciente olhar para o momento atual e visualizar o</p><p>objetivo.</p><p>Evitar discussões:</p><p>Acompanhar a resistência: ao invés de enfrentar. Temos que reconhecer o momento do</p><p>cliente e saber usá-lo</p><p>Promover autoeficácia:</p><p>apoiar e reforçar o sentimento de autoeficácia. Acreditar na</p><p>possibilidade de mudança é um importante fator motivacional porque tem uma grande</p><p>influência sobre a capacidade de iniciar um novo comportamento e mantê-lo.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra D</p><p>9- (Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de São Cristóvão - SE) Lucas,</p><p>30 anos de idade, comparece, acompanhado por um amigo, à unidade de pronto</p><p>atendimento de sua cidade com quadro de fala arrastada, incoordenação motora,</p><p>comprometimento da atenção e agressividade.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A partir do caso clínico precedente, considerando as contribuições da psicopatologia</p><p>do adulto e o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-5-TR), é</p><p>correto afirmar que Lucas apresenta intoxicação por:</p><p>A) cafeína.</p><p>B) álcool.</p><p>C) cannabis.</p><p>D) alucinógenos.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Lembre-se do DSM:</p><p>Alterações comportamentais ou psicológicas clinicamente significativas e problemáticas (p.</p><p>ex., comportamento sexual ou agressivo inadequado, humor instável, julgamento</p><p>prejudicado) desenvolvidas durante ou logo após a ingestão de álcool.</p><p>1. Fala arrastada. 2. Incoordenação. 3. Instabilidade na marcha. 4. Nistagmo. 5.</p><p>Comprometimento da atenção ou da memória. 6. Estupor ou coma.</p><p>10- (Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-AP). Alcides, com 35 anos de</p><p>idade, apresenta quadro de ataxia, disartria, hiperacusia, nistagmo e taquicardia após</p><p>uso de determinada substância. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico dos</p><p>Transtornos Mentais (DSM-V), o quadro de Alcides é característico de intoxicação por:</p><p>A) cannabis.</p><p>B) fenciclidina.</p><p>C) cafeína.</p><p>D) inalante.</p><p>E) opioide.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Poucas questões cobram além de álcool e tabaco. Vamos entender um pouco sobre a</p><p>fenciclidina:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>São critérios diagnósticos para Intoxicação por feniciclidina:</p><p>A. Uso recente de fenciclidina (ou substância farmacologicamente semelhante).</p><p>B. Alterações comportamentais clinicamente significativas e problemáticas (p. ex.,</p><p>beligerância, agressividade, impulsividade, imprevisibilidade, agitação psicomotora,</p><p>julgamento prejudicado) desenvolvidas durante ou logo após o uso de fenciclidina.</p><p>C. No prazo de 1 hora, dois (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas:</p><p>Nota: Quando a droga for fumada, cheirada ou usada na forma intravenosa, o início pode</p><p>ser bem mais rápido.</p><p>1. Nistagmo vertical ou horizontal.</p><p>2. Hipertensão ou taquicardia.</p><p>3. Torpor ou resposta diminuída à dor.</p><p>4. Ataxia.</p><p>5. Disartria.</p><p>6. Rigidez muscular.</p><p>7. Convulsões ou coma.</p><p>8. Hiperacusia.</p><p>D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica nem são mais bem</p><p>explicados por outro transtorno mental, incluindo intoxicação por outra substância.</p><p>A título de complementação:</p><p>- Ataxia: equilíbrio ou coordenação motora prejudicados.</p><p>- Disartria: Fraqueza nos músculos usados para fala, o que muitas vezes faz com que a fala</p><p>fique arrastada ou lenta.</p><p>- Hiperacusia: maior sensibilidade a certas frequências e volumes de som.</p><p>- Nistagmo: movimento involuntário dos olhos que pode fazer o olho mover-se rapidamente</p><p>de um lado para outro, para cima e para baixo ou em um círculo, podendo borrar</p><p>ligeiramente a visão.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra B</p><p>11- (Ano: 2021 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de João Pessoa - PB). A</p><p>respeito das estratégias de atenção aos usuários de álcool e outras drogas, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) O paradigma proibicionista favorece práticas tutelares, heteronômicas e violadoras de</p><p>direitos.</p><p>B) A única meta possível é a abstinência.</p><p>C) A luta antimanicomial prioriza a internação compulsória e involuntária para esses casos</p><p>em especial.</p><p>D) A partir de 2003, a política pública brasileira passa a destacar as drogas ilícitas como</p><p>principal problema a ser enfrentado.</p><p>E) Estratégias clínicas de ações de aproximação com os usuários de drogas nas cenas de</p><p>uso são proibidas.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>A questão referenciada da cartilha do CFP “Referências técnicas para atuação de</p><p>psicólogas (os) em políticas públicas de álcool e outras drogas”.</p><p>Entende-se que "o paradigma proibicionista" favorece práticas tutelares, heteronômicas</p><p>e violadoras de direitos amparadas no modelo médico-moral. Dessa forma, tal modelo</p><p>reforça, na contramão da Reforma Psiquiátrica Brasileira e da luta antimanicomial, a</p><p>internação compulsória e involuntária, além do tratamento visando a abstinência como única</p><p>meta possível.</p><p>B) A única meta possível é a abstinência: hoje em dia algumas propostas políticas ainda</p><p>tentam pregar esse modelo, como foi o caso da NOTA TÉCNICA DE 2019 sobre modelos</p><p>em saúde mental, indo de encontro com a resolução da RAPS. Há, portanto, a estratégia</p><p>que prega o modelo da redução de danos, que se concentra em enfrentar, junto com os</p><p>principais envolvidos e de modo pragmático, os problemas de saúde, sociais e econômicos</p><p>relacionados ao uso de substâncias psicoativas, sem avaliações ou prescrições morais sobre</p><p>essas práticas</p><p>C) A luta antimanicomial prioriza a internação compulsória e involuntária para esses casos</p><p>em especial: É contrária, principalmente embasado na LEI 10216 de Paulo Delgado.</p><p>IMPORTANTE LEITURA.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>D) A partir de 2003, a política pública brasileira passa a destacar as drogas ilícitas como</p><p>principal problema a ser enfrentado: Não, a principal droga a ser enfrentada é LÍCITA: O</p><p>álcool, mais fácil acesso, socialmente aceito, menor custo.</p><p>E) Estratégias clínicas de ações de aproximação com os usuários de drogas nas cenas de</p><p>uso são proibidas: É exatamente o que faz os consultórios na rua, como proibir relações?</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra A</p><p>12- (Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP Prova: VUNESP - 2019</p><p>- Prefeitura de Itapevi - SP - Psicólogo). Quando um quadro de depressão e um quadro</p><p>de alcoolismo estão associados, parece ocorrer um efeito sinergético e aditivo que</p><p>resulta em</p><p>A) episódios de torpor acentuado.</p><p>B) alterações leves da memória.</p><p>C) incremento significativo da libido.</p><p>D) risco aumentado de conduta suicida.</p><p>E) aceleração severa do pensamento.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Precisamos lembrar que o álcool é uma droga depressora do SNC e pode sim estar</p><p>associado a depressões ou outras psicopatologias. Com isso, é importante seguir a lógica</p><p>de raciocínio que as funções psíquicas ficam desaceleradas, ao contrário dos transtornos de</p><p>humor. O estágio de topor seria uma alteração da consciência antes do coma, não</p><p>necessariamente chega a este nível. O álcool por si só já traz alternações na memória, então</p><p>não é um fator que precisa estar combinado com a depressão. Não há aumento da libido</p><p>nessas duas combinações, isso pode ocorrer em episódios maníacos. Há sim um aumento</p><p>da conduta suicida, visto que ambos por si só já são fatores de</p><p>propostos. As pessoas</p><p>com possibilidade de insight tendem a ter mais facilidade em seguir as orientações</p><p>profissionais.</p><p>Quando o paciente com transtorno mental grave, pode ser necessário que o profissional</p><p>busque informações de outras fontes (ex: familiares, amigos, etc.). É preciso ter consciência</p><p>de que os dados podem indicar perspectivas estritamente subjetivas, não sendo</p><p>necessariamente fieis à realidade. Assim, torna-se necessário identificar o acompanhante</p><p>que tem o relato mais confiável, claro e importante para o caso.</p><p>A finalização da avaliação pode implicar em um diagnóstico psicopatológico.</p><p>5 – Diagnóstico Psicopatológico</p><p>Como aponta Dalgalarrondo (2019):</p><p>“(...) há, no processo diagnóstico, uma relação dialética permanente entre o</p><p>particular, o individual (aquele paciente específico, aquela pessoa em especial),</p><p>e o geral, universal (categoria diagnóstica à qual essa pessoa pertence).</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Portanto, não se deve esquecer: os diagnósticos são ideias (construtos),</p><p>fundamentais para o trabalho clínico e para o conhecimento científico.” (p. 35)</p><p>A classificação psicopatológica, o que viabiliza o diagnóstico, tem como pressuposto de</p><p>que os fenômenos podem ser distribuídos da seguinte forma:</p><p>• Presentes em todos os seres humanos: categoria ampla o suficiente para</p><p>inviabilizar a classificação dos sintomas em síndromes/transtornos mentais;</p><p>• Presentes em apenas alguns seres humanos: inclui os sintomas que</p><p>possibilitam a classificação diagnóstica em psicopatologia;</p><p>• Presentes em apenas um ser humano: por serem muito restritos, dificultam</p><p>a classificação e agrupamento necessários para a classificação diagnóstica.</p><p>O diagnóstico psicopatológico é um recurso que não tem por objetivo rotular o paciente.</p><p>Assim, ele se destina a:</p><p>O diagnóstico psicopatológico se baseia nos dados clínicos coletados durante a avaliação</p><p>psicológica. O profissional irá resgatar as informações da anamnese, do exame psíquico e</p><p>outras fontes (ex: avaliação física, neurológica, psicodiagnóstico e exames</p><p>Aprofundar o conhecimento sobre</p><p>o paciente</p><p>Promover avanços científicos em</p><p>psicopatologia</p><p>Estabelecer ações terapêuticas e</p><p>preventivas</p><p>Favorecer a comunicação entre</p><p>profissionais e pesquisadores</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>complementares). O uso de fontes diversas possibilita, em casos mais complexos, realizar o</p><p>diagnóstico diferencial – ou seja, selecionar a classificação mais adequada para o caso.</p><p>Esse tipo de diagnóstico se baseia em dados momentâneos (exame psíquico ou do estado</p><p>mental) e evolutivos (anamnese, história do paciente). O profissional de saúde mental</p><p>precisa observar o curso do transtorno, ou seja, como este evolui. Assim, o diagnóstico</p><p>psicopatológico precisa ser repensado e refeito continuamente.</p><p>O diagnóstico psicopatológico precisa ser elaborado em documento escrito, com as</p><p>informações expostas de forma coerente.</p><p>ALTERAÇÕES DAS FUNÇÕES PSÍQUICAS ELEMENTARES</p><p>O estudo das funções psíquicas é uma estratégia adotada para facilitar a comunicação e</p><p>favorecer o conhecimento dos fatos. O adoecimento mental é um processo que engloba</p><p>o indivíduo em sua totalidade. Este fato não deve ser negligenciado. Assim, as alterações</p><p>nas funções psíquicas podem estar, em maior ou menor grau, presentes em diferentes</p><p>transtornos mentais.</p><p>Para fins de concurso, você irá estudar três funções psíquicas e suas alterações</p><p>psicopatológicas. Caso queira aprofundar seus conhecimentos, recomendo a leitura de</p><p>Dalgalarrondo (2019).</p><p>1 - Consciência</p><p>A consciência é uma função psíquica cuja definições são as seguintes:</p><p>Definição neuropsicológica:</p><p>“Grau de clareza do sensório. (...) estado de estar desperto, acordado, vigil,</p><p>lúcido. Trata-se especificamente de nível de consciência.” (Dalgalarrondo, 2019,</p><p>p. 69)</p><p>Definição psicológica:</p><p>“Soma total das experiências conscientes de um indivíduo em determinado</p><p>momento. Nesse sentido, a consciência é o que se designa campo de</p><p>consciência. É a dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito que se volta</p><p>para a realidade. Na relação do Eu com o ambiente, a consciência é a capacidade</p><p>do indivíduo de entrar em contato com a realidade, perceber e conhecer os seus</p><p>objetos.” (Dalgalarrondo, 2019, p. 69)</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A consciência apresenta alterações normais e patológicas:</p><p>ALTERAÇÕES NORMAIS ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS</p><p>• Ritmos circadianos;</p><p>• Sono e</p><p>• Sonho.</p><p>Quantitativas – Rebaixamento do nível de</p><p>consciência:</p><p>• Obnubilação;</p><p>• Torpor;</p><p>• Sopor;</p><p>• Coma</p><p>Síndromes psicopatológicas associadas:</p><p>• Delirium;</p><p>• Estado onírico ou oniroide.</p><p>Qualitativas</p><p>• Estados crepusculares;</p><p>• Estado segundo;</p><p>• Dissociação da consciência;</p><p>• Transe;</p><p>• Estado hipnótico;</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>Para a prova de concurso, interessa-nos estudar as alterações patológicas da consciência.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>1.1. Alterações Patológicas da Consciência</p><p>1.1.1. Alterações Quantitativas</p><p>Caracterizam-se pela diminuição do nível da consciência de forma progressiva. Assim, os</p><p>graus de rebaixamento da consciência compreendem, de acordo com Dalgalarrondo</p><p>(2019):</p><p>A obnubilação é o 1º grau de rebaixamento da consciência. Define-se pela turvação ou</p><p>sonolência patológica leve. O indivíduo tem dificuldades de se concentrar, demora mais</p><p>para compreender e integrar as informações sensoriais provenientes do ambiente.</p><p>No torpor, o indivíduo está claramente sonolento. Suas respostas são emitidas somente</p><p>quando ele é solicitado de forma enérgica. Logo em seguida, a sua tendência é retornar</p><p>ao estado de sonolência.</p><p>Alterações Patológicas</p><p>da Consciência</p><p>Quantitativas</p><p>Qualitativas</p><p>Obnubilação Torpor Sopor Coma</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>O sopor é caracterizado pelo estado de profunda sonolência. O indivíduo só é desperto</p><p>por um breve intervalo e quando submetido a estímulos muito enérgicos. Ele é incapaz de</p><p>qualquer ação espontânea.</p><p>O coma é o 4º grau de rebaixamento da consciência. Nele há a completa perda da</p><p>atividade consciente. O indivíduo é incapaz de qualquer atividade voluntária consciente.</p><p>Síndromes Psicopatológicas Associadas às Alterações Quantitativas:</p><p>De acordo com Dalgalarrondo (2019):</p><p>O delirium é um quadro com rebaixamento leve a moderado do nível de consciência. O</p><p>indivíduo apresenta desorientação temporoespacial, dificuldade de concentração,</p><p>ansiedade em diferentes graus, agitação ou lentificação psicomotora, discurso ilógico ou</p><p>confuso, ilusões e/ou alucinações – em sua maioria visuais.</p><p>Delirium</p><p>Estado onírico ou</p><p>oniroide</p><p>Delirium</p><p>Quadro de alteração</p><p>do nível de consciência</p><p>risco para o suicídio,</p><p>combinados então, só tende a aumentar. E por sim, não acelera o pensamento, e sim</p><p>desacelera.</p><p>ALTERNATIVA CORRETA: Letra D</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>CAPÍTULO SOBRE OS TRANSTORNOS ALIMENTARES</p><p>A alimentação é um fenômeno complexo e os comportamentos alimentares se expressam</p><p>a partir da conjunção de diferentes dimensões:</p><p>Dimensão Fisiológico-nutritiva</p><p>• Conjuga elementos fisiológicos, tais como aspectos metabólicos, endócrinos,</p><p>neuroquímicos e neuronais - regulação da fome, saciedade e satisfação nutricional.</p><p>Dimensão Afetiva e relacional</p><p>• Relaciona-se à sensação de prazer (fase do desenvolvimento oral para a psicanálise) e</p><p>construção de vínculos (relação mãe-bebê).</p><p>Dimensão social e cultural</p><p>• Reflete o conjunto de regras e práticas sociais/culturais a partir da qual se estabelecem</p><p>as relações com os alimentos e aos comportamentos alimentares.</p><p>(Dalgalarrondo, 2019, p. 394)</p><p>Os transtornos alimentares estão relacionados a padrões de beleza, principalmente</p><p>femininos. Eles têm influência sobre a prevalência e a evolução de tais transtornos. Assim,</p><p>os transtornos alimentares costumam ter maior incidência em mulheres, de sociedades</p><p>industrializadas e ocidentais nas quais há uma associação entre magreza e beleza.</p><p>Os dois principais transtornos alimentares são:</p><p>(Dalgalarrondo e DSM-5)</p><p>1 - Bulimia</p><p>A bulimia – também conhecida como bulimia nervosa – é caracterizada pela preocupação</p><p>individual recorrente com a alimentação e o desejo incontrolável de ingerir alimentos.</p><p>Anorexia Bulimia</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Assim, é um quadro psicopatológico marcado por episódios de hiperfagia – ou seja, a</p><p>pessoa come mais do que precisa.</p><p>Associada ao desejo por se alimentar, encontra-se a preocupação excessiva com o peso</p><p>corporal. Em função disso, o indivíduo induz o vômito ou provoca outras ações para regular</p><p>o peso (ex: purgação, uso de diuréticos ou laxantes).</p><p>De forma geral, não se observa alterações significativas no peso ou no índice de massa</p><p>corporal (IMC) – relação peso/altura. Ou seja, os indivíduos com bulimia nervosa estão –</p><p>normalmente – na fase de peso adequada para sua altura, com leves oscilações para mais</p><p>ou menos.</p><p>A bulimia e o transtorno de compulsão alimentar são diferentes. Neste caso, nota-se</p><p>episódios frequentes e recorrentes de comportamentos alimentares compulsivos – ou seja</p><p>– o indivíduo come muito e tem a sensação de perda de controle.</p><p>Após comer compulsivamente, surgem sentimentos de culpa e repulsa. No entanto,</p><p>diferentemente da bulimia, o indivíduo não provoca vômitos ou purgações. Para o</p><p>diagnóstico da compulsão alimentar, é necessário que os episódios ocorram pelo menos</p><p>uma vez por semana durante vários meses.</p><p>Bulimia ou Bulimia Nervosa (BN)</p><p>• Desejo incontrolável por se alimentar – com episódios de hiperfagia;</p><p>• Preocupação com o ganho de peso;</p><p>• Indução de vômito ou purgação;</p><p>• Não há alterações significativas no peso ou no IMC.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>2 - Anorexia</p><p>A anorexia – também conhecida como anorexia nervosa – é caracterizada pelo baixo índice</p><p>de massa corpórea (IMC), calculado pela relação entre peso e altura. O IMC deve ser menor</p><p>que 18,5 em adultos.</p><p>O indivíduo tende a restringir a ingestão calórica a ponto de comprometer suas</p><p>necessidades alimentares fisiológicas. Com isso, observa-se a perda de peso autoinduzida</p><p>na anorexia nervosa. Esse mecanismo pode ocorrer pelas seguintes ações:</p><p>• Não consome de alimentos com alto nível calórico;</p><p>• Comportamentos de vômito;</p><p>• Comportamentos de purgação (exercícios físicos intensos ou excessivos,</p><p>uso de laxantes ou diuréticos).</p><p>É possível que a anorexia ocorra com episódios de bulimia. Com base nas ações realizadas</p><p>e na possível associação com esse outro transtorno alimentar, surgem dois subtipos de</p><p>anorexia:</p><p>(Dalgalarrondo e DSM-V)</p><p>A anorexia tipo restritivo, como o nome sugere, ocorre a partir da restrição na ingestão de</p><p>alimentos. Os comportamentos alimentares de natureza obsessiva-compulsiva podem ou</p><p>não estar presentes.</p><p>Na anorexia tipo compulsão alimentar purgativa, além do indivíduo evitar a ingestão de</p><p>alimentos; observa-se a existência de comportamentos que visam a perda de calorias</p><p>(vômitos, uso de laxantes, práticas de exercícios excessivas, ingestão de diuréticos).</p><p>De forma geral, no quadro de anorexia, há a manifestação de um medo intenso e mórbido</p><p>de ter aparência ou de se tornar gordo. A autoavaliação é, então, baseada no peso e na</p><p>forma do corpo. No entanto, a percepção corporal tende a sofrer distorções – como se não</p><p>Tipo Restritivo</p><p>Tipo Compulsão</p><p>Alimentar Purgativa</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>estivesse magro ou estivesse obeso. Assim, o principal sintoma psicopatológico desse</p><p>transtorno é a distorção da imagem corporal.</p><p>Como consequências, a anorexia provoca alterações fisiológicas importantes. No caso das</p><p>mulheres, pode haver suspensão da menstruação (amenorreia) e quedas nos níveis de</p><p>diferentes hormônios (ex: insulina, grelina, etc.). Além disso, há diminuição da densidade</p><p>óssea o que pode acarretar em fraturas ou lesões. O indivíduo pode procurar por ajuda</p><p>psiquiátrica e psicológica, devido às consequências associadas à anorexia. O mais comum</p><p>é que os familiares procurem por ajuda profissional para o paciente.</p><p>Anorexia ou Anorexia Nervosa:</p><p>• Baixo índice de massa corpórea (IMC</p><p>Delírio</p><p>Alteração do juízo de</p><p>realidade</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>O estado onírico ou oniroide reflete uma alteração da consciência na qual o indivíduo</p><p>tem a experiência de estar em um sonho muito vívido. Há, geralmente, atividade</p><p>alucinatória visual intensa com caráter cênico ou fantástico. Além disso, existe uma forte</p><p>carga emocional, com angústia, terror ou pavor.</p><p>Esse estado pode ocorrer em psicoses tóxicas, síndromes de abstinência de substâncias</p><p>e quadros febris tóxicos-infecciosos, por exemplo.</p><p>1.1.2. Alterações Qualitativas</p><p>Nas alterações qualitativas patológicas da consciência, parte desta se encontra preservada</p><p>– com funcionamento normal – e outra com mudanças. Tratam-se de distúrbios focais ou</p><p>do conteúdo da consciência.</p><p>De acordo com Dalgalarrondo (2019):</p><p>Os estados crepusculares se caracterizam pela existência de uma obnubilação leve</p><p>acompanhada por uma atividade motora coordenada, estando esta relativamente</p><p>conservada. Eles surgem e desaparecem de forma abrupta, com duração variável. O</p><p>indivíduo pode experimentar a amnésia lacunar, lembrando-se apenas de fragmentos</p><p>isolados do episódio.</p><p>Os estados crepusculares podem ser vistos em casos de epilepsia, em intoxicações por</p><p>álcool ou outras substâncias, quadros dissociativos histéricos ou após um choque emocional</p><p>intenso.</p><p>O estado segundo reflete uma atividade psicomotora coordenada a qual é estranha à</p><p>personalidade do indivíduo. Corresponde a atos incongruentes, extravagantes que</p><p>contradizem a educação, opinião ou atitudes habituais do indivíduo. Está mais associado a</p><p>fatores emocionais.</p><p>A dissociação da consciência corresponde à fragmentação da consciência, com a perda</p><p>da sua unidade característica. Pode ser desencadeada por estados psicologicamente</p><p>significativos, conscientes ou não, que aumentam o nível de ansiedade do indivíduo.</p><p>Estados</p><p>Crepusculares</p><p>Estado</p><p>Segundo</p><p>Dissociação da</p><p>Consciência</p><p>Transe</p><p>Estado</p><p>Hipnótico</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A dissociação da consciência pode ser encontrada em quadros de ansiedade intensa, em</p><p>transtorno de personalidade borderline e – em estudos clássicos – na histeria.</p><p>O transe é uma alteração da consciência marcada por atividade motora automática e</p><p>estereotipada, com suspensão parcial dos movimentos voluntários. Pode ser encontrado</p><p>em quadros de histeria.</p><p>Vale destacar que o transe religioso é um estado culturalmente contextualizado e</p><p>sancionado, não sendo uma alteração psicopatológica.</p><p>O estado hipnótico se mostra a partir da redução na consciência e atenção concentrada.</p><p>É induzido pelo hipnotizador. O hipnotizado pode lembrar de fatos vividos e ser induzido a</p><p>experiências como: anestesia, paralisia, rigidez muscular, etc.</p><p>2 - Atenção</p><p>A atenção apresenta a seguinte definição:</p><p>“A atenção pode ser definida como a direção da consciência, o estado de</p><p>concentração da atividade mental sobre determinado objeto“ ou ainda “A</p><p>atenção se refere, portanto, ao conjunto de processos psicológicos que torna o</p><p>ser humano capaz de selecionar, filtrar e organizar as informações em unidades</p><p>controláveis e significativas.” (Dalgalarrondo, 2019, p.82)</p><p>Com base nessa definição, pode-se afirmar que atenção e consciência são funções psíquicas</p><p>elementares interdependentes. A atenção apresenta quatro componentes básicos:</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>A focalização marca o início da atividade consciente. A atenção sustentada expressa o</p><p>nível de alerta ou vigilância. A atenção seletiva ocorre a partir da inibição de respostas a</p><p>estímulos secundários, não relevantes. A atenção alternada demonstra a capacidade de</p><p>mudança de foco de um objeto para outro.</p><p>Além disso, a atenção pode ser classificada conforme sua natureza, direção e amplitude:</p><p>Focalização Atenção Sustentada Atenção Seletiva Atenção Alternada</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>Quanto à natureza, a atenção voluntária indica a concentração ativa e intencional do</p><p>indivíduo sobre um determinado objeto. Já a atenção espontânea é caracterizada pelo</p><p>interesse momentâneo que um objeto desperta em um indivíduo.</p><p>Quanto à direção, a atenção externa está orientada para o ambiente externo ou corporal,</p><p>vale-se dos órgãos dos sentidos e – por isso – é mais sensorial. A atenção interna é dirigida</p><p>para o mundo subjetivo do indivíduo, seus processos mentais. Em função disso, esta é mais</p><p>introspectiva e reflexiva.</p><p>Quanto à amplitude, a atenção focal está mais restrita a um campo delimitado de objetos.</p><p>A atenção dispersa é difusa, ou seja, não se prende a um campo específico.</p><p>Para entender as alterações psicopatológicas da atenção, é necessário ter em mente duas</p><p>qualidades dessa função psíquica elementar.</p><p>Tipos de Atenção</p><p>Natureza</p><p>Atenção</p><p>voluntária</p><p>Atenção</p><p>espontânea</p><p>Direção</p><p>Atenção externa</p><p>Atenção interna</p><p>Amplitude</p><p>Atenção focal</p><p>Atenção dispersa</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>2.1. Alterações Patológicas da Atenção</p><p>Existem, basicamente, 5 alterações psicopatológicas da atenção:</p><p>ALTERAÇÃO CARACTERÍSTICAS</p><p>Hipoprosexia</p><p>• Alteração mais comum e menos</p><p>específica;</p><p>• Perda da capacidade de concentração;</p><p>• Aumento da sensação de cansaço</p><p>(fatigabilidade).</p><p>Aprosexia</p><p>• Inexistência da capacidade de prestar</p><p>atenção, independentemente da</p><p>intensidade e diversidade de estímulo(s);</p><p>Hiperprosexia</p><p>• Aumento da capacidade de prestar</p><p>atenção;</p><p>• O indivíduo foca sua atenção em</p><p>determinado objeto de forma obstinada e</p><p>sem se cansar.</p><p>Tenacidade</p><p>Capacidade de fixar e</p><p>manter a atenção em</p><p>um determinado</p><p>estímulo/objeto</p><p>Vigilância</p><p>Capacidade de mudar</p><p>de foco de um objeto</p><p>para outro.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Além dessas alterações, existem outras duas:</p><p>ALTERAÇÕES CARACTERÍSTICAS</p><p>Distração</p><p>• É um sinal de superconcentração focada</p><p>em um objeto, sem qualquer atenção sobre</p><p>outros aspectos;</p><p>• Hipertenacidade e hipovigilância.</p><p>Distraibilidade</p><p>• Dificuldade de manter a atenção</p><p>voluntária;</p><p>• Hipervigilância.</p><p>As alterações da atenção podem ser encontradas no transtorno de déficit de atenção e</p><p>hiperatividade (TDAH), transtornos do humor (mania e depressão), transtorno</p><p>obsessivocompulsivo (TOC) e esquizofrenia.</p><p>(CESPE - TRT 17ª - 2013) Em relação às características e alterações patológicas da</p><p>consciência, da atenção e da orientação, julgue os próximos itens.</p><p>A tenacidade ou vigilância é a capacidade de fixar e manter a atenção sobre</p><p>determinado objeto ou área.</p><p>Comentários:</p><p>Nesta questão, a banca tenta confundir o candidato, colocando tenacidade e vigilância</p><p>como sinônimos. Como acabamos de ver, tenacidade corresponde à definição do</p><p>enunciado, todavia, a vigilância não, visto</p><p>que esta trata-se da capacidade de MUDAR de</p><p>foco de um objeto para o outro.</p><p>Gabarito: INCORRETA</p><p>3 - Memória</p><p>A memória apresenta a seguinte definição:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>“A memória é a capacidade de codificar, armazenar e evocar experiências,</p><p>impressões e fatos que ocorrem em nossas vidas.” (Dalgalarrondo, 2019, p. 129).</p><p>A memória é uma função psíquica elementar composta por múltiplos elementos. Trata-se</p><p>de um processo ativo, sendo que os aspectos individuais (ex: sensações, imaginação e</p><p>afeto) desempenham influências importantes.</p><p>Os conteúdos da memória podem sofrer reedições. Isso significa que as informações</p><p>armazenadas podem ter elementos acrescidos ou alterados pelo indivíduo no processo de</p><p>evocação das experiências.</p><p>Segundo Dalgalarrondo (2019) existem quatro tipos de memória:</p><p>A memória psicológica reflete uma atividade do sistema nervoso. Caracteriza-se pela</p><p>codificação, armazenamento e evocação de dados provenientes da relação do indivíduo</p><p>com o mundo. Pode ser chamada de memória cognitiva ou memória neuropsicológica.</p><p>A memória genética e epigenética consiste em informações biológicas próprias de uma</p><p>espécie. Ela está presente no material biológica, tal como DNA, RNA, cromossomos, etc.</p><p>De modo semelhante, a memória imunológica abrange informações registradas pelo</p><p>sistema imune, sendo acionada no contato do indivíduo com agentes infecciosos (ex: vírus,</p><p>bactérias).</p><p>A memória coletiva, social ou cultural reúne práticas e produtos culturais – ex: linguagem,</p><p>ideologias, estilos de vida, costumes, etc.</p><p>Para fins de compreensão das alterações patológicas da memória, interessa-nos a memória</p><p>psicológica. Assim, a partir da definição de memória, pode-se afirmar que os elementos</p><p>básicos dessa função psíquica elementar são:</p><p>Tipos de memória</p><p>Memória</p><p>Psicológica</p><p>Memória Genética</p><p>e Epigenética</p><p>Memória</p><p>Imunológica</p><p>Memória Coletiva,</p><p>Social ou Cultural</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>Em relação à evocação, é necessário esclarecer as seguintes diferenças:</p><p>Codificação</p><p>• Assimilar a</p><p>informação;</p><p>• Processo inicial da</p><p>memória;</p><p>• Estritamente</p><p>relacionado com a</p><p>atenção.</p><p>Armazenamento</p><p>• Guardar a</p><p>informação;</p><p>Recuperação ou</p><p>Evocação</p><p>• Resgatar a</p><p>informação (lembrar</p><p>ou recordar) para</p><p>usá-la com algum</p><p>propósito;</p><p>Lembrança</p><p>Capacidade de</p><p>acessar as</p><p>informações</p><p>disponíveis na</p><p>memória.</p><p>Reconhecimento</p><p>Capacidade de</p><p>identificar uma</p><p>informação</p><p>apresentada, com</p><p>base nos dados já</p><p>presentes na</p><p>memória.</p><p>Esquecimento</p><p>Impossibilidade de</p><p>recuperar uma</p><p>informação na</p><p>memória</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Com base no tempo em que as informações foram adquiridas, armazenadas e recuperadas,</p><p>pode-se dizer que a memória se apresenta de quatro formas principais:</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>A memória sensorial engloba a percepção e a atenção. É rica em conteúdos sensoriais, mas</p><p>tem é rapidamente perdida. Por isso, essa memória é conhecida também como depósito</p><p>sensorial. Os processos de codificação, armazenamento e recuperação duram até 1</p><p>segundo.</p><p>A memória de curtíssimo prazo indica a capacidade individual de reter informações para</p><p>usá-las em seguida. Exemplo: número de telefone para fazer uma ligação. Os processos de</p><p>codificação, armazenamento e recuperação vão de poucos segundos até 1 a 3 minutos.</p><p>Essa memória também é conhecida como memória imediata.</p><p>A memória de curto prazo reflete a possibilidade de retenção de informações por um breve</p><p>período de tempo. Em geral, os processos de codificação, armazenamento e recuperação</p><p>duram de minutos a 3 ou 6 horas. Ela também é conhecida como memória recente.</p><p>A memória de longo prazo apresenta as informações que são armazenadas em um</p><p>depósito de longo prazo. Elas são agrupadas a partir de significados comuns. Os processos</p><p>de codificação, armazenamento e recuperação vão de dias até muitos anos. Por isso, essa</p><p>memória também é conhecida como memória remota.</p><p>3.1. Alterações Patológicas da Memória</p><p>As principais alterações patológicas da memória são classificadas em:</p><p>Memória Sensorial</p><p>Memória de</p><p>Curtíssimo Prazo</p><p>Memória de Curto</p><p>Prazo</p><p>Memória de Longo</p><p>Prazo</p><p>Quantitativas Qualitativas Reconhecimento</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3.1.1. Alterações Quantitativas</p><p>As alterações quantitativas incluem as hipermnésias e as hipomnésias:</p><p>ALTERAÇÃO CARACTERÍSTICAS</p><p>Hipermnésias</p><p>• O indivíduo é submetido à lembrança de</p><p>uma grande quantidade de informações</p><p>que, contudo, não são necessariamente</p><p>nítidas ou precisas.</p><p>Hipomnésias ou Amnésias</p><p>• Perda da memória em função de</p><p>dificuldades em um dos processos:</p><p>codificação, armazenamento ou</p><p>recuperação.</p><p>Amnésia Anterógrada: o indivíduo não</p><p>consegue se lembrar de informações após</p><p>um determinado evento traumático</p><p>(principalmente orgânico);</p><p>Amnésia Retrógrada: o indivíduo não</p><p>consegue se lembrar de informações</p><p>armazenadas antes de um determinado</p><p>evento traumático (principalmente</p><p>orgânico).</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>3.1.2. Alterações Qualitativas</p><p>As alterações qualitativas são também chamadas de paramnésias. Para fins de concurso, as</p><p>de principal interesse são:</p><p>ALTERAÇÃO CARACTERÍSTICAS</p><p>Ilusões Mnêmicas</p><p>• A memória sofre uma reedição, com</p><p>acréscimo de informações falsas sobre fatos</p><p>realmente vividos pelo indivíduo. As</p><p>lembranças apresentam um aspecto fictício.</p><p>• Exemplo: esquizofrenia, transtorno</p><p>delirante e em transtornos de personalidade</p><p>(ex: borderline, histriônica, esquizotípica,</p><p>etc.)</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Alucinações Mnêmicas</p><p>• O indivíduo cria lembranças, com caráter</p><p>sensório forte. Elas podem se assemelhar</p><p>em aparência com recordações</p><p>verdadeiramente vividas ou não ter</p><p>correspondência alguma com essas.</p><p>• Exemplo: esquizofrenia.</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>(KLC - Pref. de Lupionópolis - PR - 2017) O fenômeno psicopatológico, no qual ocorrem</p><p>criações imaginativas, com a aparência de lembranças e reminiscências, não</p><p>correspondentes a memórias verdadeiras e a acontecimentos reais, que surgem de</p><p>forma repentina, principalmente na esquizofrenia ou na psicose funcional é chamado</p><p>de:</p><p>a) Alucinações mnêmicas.</p><p>b) Agnosia.</p><p>c) Fabulações.</p><p>d) Amnésia.</p><p>Comentários:</p><p>Como acabamos de ver, o enunciado traz a definição de Alucinações Mnêmicas. Agnosia é</p><p>uma alteração do reconhecimento, falaremos sobre ela à seguir, é uma espécie de amnésia</p><p>perceptiva que consiste na incapacidade de reconhecer os objetos ou os símbolos usuais,</p><p>sem perturbação das sensações em geral. Fabulações são alterações na memória que</p><p>ocorrem sem alteração da consciência, caracterizado por falsos relatos de eventos passados</p><p>ou experiências pessoais.</p><p>Enquanto Amnésia ou Hipomnésia, como bem sabemos,</p><p>caracteriza-se perda da memória em função de dificuldades em um dos processos:</p><p>codificação, armazenamento ou recuperação.</p><p>Gabarito: letra A.</p><p>3.1.3. Alterações do Reconhecimento</p><p>As agnosias são uma das alterações do reconhecimento, normalmente elas envolvem</p><p>alguma complicação de origem orgânica.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>ALTERAÇÃO CARACTERÍSTICAS</p><p>Agnosias</p><p>Definição</p><p>• O indivíduo tem uma deficiência na sua</p><p>capacidade de reconhecer estímulos</p><p>sensoriais, sendo que esta não está</p><p>associada a déficits sensoriais ou perdas</p><p>cognitivas globais.</p><p>Tipos</p><p>• Agnosias visuais: o indivíduo não</p><p>consegue reconhecer os objetos, apesar de</p><p>vê-los e descrever suas características. O</p><p>reconhecimento se dá a partir da ação de</p><p>outras vias sensoriais (ex: tato, olfato);</p><p>• Agnosia auditiva: o indivíduo não</p><p>consegue reconhecer sons.</p><p>Já as alterações da memória relacionadas a transtornos mentais, podem ser citadas, como</p><p>exemplos, duas principais:</p><p>• Falsos desconhecimentos: o indivíduo não consegue reconhecer pessoas que lhe são</p><p>familiares. Estão relacionados com quadros psicóticos, esquizofrenia, mania ou depressão</p><p>psicótica.</p><p>• Falsos reconhecimentos: o indivíduo reconhece pessoas desconhecidas como lhe sendo</p><p>familiares ou próximas. Estão presentes em quadros psicóticos, como esquizofrenia,</p><p>depressão psicótica e mania psicótica.</p><p>4 – Volição e Psicomotricidade</p><p>A vontade é um elemento complexo que pressupõe a confluência de diferentes aspectos,</p><p>tais como instinto, afetos, cognições, valores individuais e questões socioculturais. A volição</p><p>se expressa a partir de um ato volitivo ou de vontade.</p><p>O ato volitivo se expressa a partir de quatro etapas:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>4.1. Alterações Patológicas da Volição</p><p>As principais alterações da volição são a hipobulia e a abulia as quais se referem,</p><p>respectivamente, à diminuição e ausência da vontade.</p><p>No entanto, para os estudos dos transtornos psicopatológicos, interessa-nos as alterações</p><p>que refletem um curto circuito do ato volitivo – ou seja, os atos impulsivos e compulsivos.</p><p>Nesses casos, o indivíduo não completa todas as fases implicadas em um ato de vontade.</p><p>Veja as principais características de cada um desses atos.</p><p>Atos impulsivos Atos compulsivos</p><p>• Ocorre sem deliberação e decisão;</p><p>• Egossintônicos: relacionam-se em</p><p>sintonia com os valores e desejos do</p><p>indivíduo;</p><p>• Associam-se a impulsos patológicos ou</p><p>devido à incapacidade individual de tolerar</p><p>frustrações.</p><p>• Provocam desconfortos para o indivíduo;</p><p>• Egodistônicos: são indesejáveis, não se</p><p>relacionam com valores e desejos do</p><p>indivíduo;</p><p>• Quando realizados, geram a sensação de</p><p>alívio;</p><p>• Associam-se a ideias obsessivas.</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>Os impulsos ou compulsões podem ter os seguintes delineamentos:</p><p>Intenção ou</p><p>Propósito</p><p>• Tendências</p><p>individuais,</p><p>inclinações ou</p><p>interesses -</p><p>conscientes ou não.</p><p>Deliberação</p><p>• Avaliação</p><p>consciente sobre os</p><p>motivos e as</p><p>influências que</p><p>explicam o ato</p><p>volitivo.</p><p>Decisão</p><p>• Caracteriza o</p><p>início do ato</p><p>volitivo.</p><p>Execução</p><p>• Realização dos</p><p>atos</p><p>psicomotores</p><p>necessários para</p><p>colocar o ato</p><p>volitivo em</p><p>marcha.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>No caso de serem agressivos, os impulsos ou compulsões podem ser</p><p>• Automutilação: provocar lesões voluntárias em si mesmo;</p><p>• Frangofilia: destruir objetos ao redor;</p><p>• Piromania: colocar fogo em objetos, construções, lugares, etc.</p><p>• Atos suicidas</p><p>Essas alterações podem estar presentes na esquizofrenia, em psicoses tóxicas, em</p><p>indivíduos com transtornos de personalidade (ex: explosiva, borderline, antissocial,</p><p>narcisista), deprimidos ou ansiosos.</p><p>Em relação à ingestão de alimentos ou substâncias, os impulsos ou compulsões podem</p><p>ser, como exemplo mais significativo, a bulimia.</p><p>• Bulimia: ingestão rápida de alimentos, seguida de culpa, medo de ganhar peso e indução</p><p>de vômito.</p><p>No que diz respeito ao desejo e comportamentos sexuais, os impulsos ou compulsões</p><p>podem ser, por exemplo:</p><p>• Pedofilia: desejo sexual orientado para crianças ou púberes;</p><p>• Exibicionismo: mostrar os órgãos genitais sem o consentimento de outros;</p><p>• Voyeurismo: obter prazer com a observação de pessoas em relação sexual ou que está se</p><p>despindo.</p><p>Com a modernidade, outros impulsos/compulsões têm sido acrescidos:</p><p>• Compulsão por compras: necessidade de consumir produtos sem observar a utilidade ou</p><p>sentido da compra, sem necessidade ou poder pagá-lo.</p><p>• Compulsão e dependência de internet.</p><p>Agressivos</p><p>Ingestão de Substâncias ou</p><p>Alimentos</p><p>Desejo e Comportamentos</p><p>Sexuais</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>4.2. Alterações Patológicas da Psicomotricidade</p><p>As alterações mais comuns da psicomotricidade incluem a agitação psicomotora e a</p><p>lentificação psicomotora. No primeiro caso, toda a atividade motora do indivíduo é</p><p>aumentada; pode estar associada à hostilidade e agressividade. É um sinal psicopatológico</p><p>inespecífico, podendo estar associado a quadros maníacos, esquizofrênicos ou de origem</p><p>psico-orgânica.</p><p>A lentificação psicomotora – em contraposição – é caracterizada pela diminuição da ação</p><p>motora voluntária.</p><p>Além dessas alterações citadas, interessam-nos para concursos outras, tais como:</p><p>ALTERAÇÃO CARACTERÍSTICAS</p><p>Estereotipias motoras</p><p>• Tratam-se de repetições automáticas de</p><p>ações motoras, refletindo uma perda de</p><p>controle voluntário.</p><p>• Exemplos: esquizofrenia (crônica e</p><p>catatônica) e deficiência intelectual.</p><p>Maneirismos</p><p>• Caracterizam-se por alterações em</p><p>comportamentos como gestos, linguagem</p><p>e mímica;</p><p>• Ausência de harmonia dos movimentos;</p><p>• Referem-se a movimentos estranhos,</p><p>exagerados ou afetados em sua expressão</p><p>usual.</p><p>Tiques</p><p>• Ações desencadeadas por um movimento</p><p>repentino, breves e intermitentes;</p><p>• Apresentam-se de forma coordenada e</p><p>repetitiva;</p><p>• Mais frequente quanto maior for o nível de</p><p>ansiedade;</p><p>• Exemplo: transtorno de Tourette.</p><p>Conversão</p><p>• Sintomas físicos com origem psicológica;</p><p>• Inclui paralisias, anestesias, parestesias,</p><p>cegueira, etc.;</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>• Tende a ocorrer em situações de estresse</p><p>ou de conflitos.</p><p>Outras alterações incluem:</p><p>ALTERAÇÃO CARACTERÍSTICAS</p><p>Hipopragmatismo</p><p>• Reflete uma dificuldade ou incapacidade</p><p>individual de agir com vontade;</p><p>• Há o comprometimento de atividades</p><p>diárias, como: higiene pessoal, realização</p><p>de tarefas domésticas, engajamento em</p><p>atividades produtivas;</p><p>• Exemplo: esquizofrenia.</p><p>Apraxias</p><p>• Incapacidade ou dificuldade em realizar</p><p>atos intencionais, gestos complexos</p><p>(voluntários e conscientes);</p><p>• Associam-se a lesões neuronais.</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>5 - Pensamento</p><p>O pensamento é constituído por três componentes principais:</p><p>Conceitos Juízos Raciocínio</p><p>• Componente</p><p>exclusivamente cognitivo;</p><p>• Expressam as</p><p>características gerais de</p><p>objetos e fenômenos;</p><p>• Elemento estrutural</p><p>básico do pensamento;</p><p>• Na linguística, seria o</p><p>equivalente a uma palavra</p><p>(ex: casa).</p><p>• Articulação de dois ou</p><p>mais conceitos;</p><p>• Na linguística, seriam as</p><p>frases ou proposições.</p><p>• Sequência de juízos;</p><p>• Na linguística, seriam os</p><p>parágrafos.</p><p>(Dalgalarrondo, 2019)</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A partir desses componentes surgem quatro tipos de pensamento:</p><p>De acordo com Dalgalarrondo (2019), o pensamento lógico define o que é o pensamento</p><p>normal. Ou seja, é regido pela lógica, obedece a realidade e segue os princípios racionais</p><p>de uma determinada cultura.</p><p>O pensamento indutivo parte de casos particulares para chegar a conclusões gerais. O</p><p>pensamento dedutivo tem como base esquemas, definições e teoremas – por exemplo –</p><p>para realizar demonstrações lógicas e poder corrigir o pensamento.</p><p>O pensamento intuitivo define-se pela compreensão da realidade de forma direta e</p><p>imediata. Já o pensamento crítico se caracteriza pela identificação de que fato/fenômeno</p><p>apresenta diferentes características e, assim, demanda diferentes níveis e formas de análise</p><p>e solução.</p><p>De forma geral, o pensamento é um processo que abrange três aspectos principais. O</p><p>curso do pensamento se refere a velocidade e ritmo do pensamento. A forma do</p><p>pensamento é a estrutura básica a qual será preenchida por conteúdos e interesses do</p><p>indivíduo. O conteúdo do pensamento são os temas ou assuntos.</p><p>5.1. Alterações Patológicas do Pensamento</p><p>As alterações psicopatológicas do pensamento podem ser da seguinte forma:</p><p>Tipos de Pensamento</p><p>Pensamento Lógico</p><p>Pensamento</p><p>Indutivo e Dedutivo</p><p>Pensamento</p><p>Intuitivo</p><p>Pensamento Crítico</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Todas as ideias relativas às alterações patológicas do pensamento são apresentadas em</p><p>conformidade com Dalgalarrondo (2019).</p><p>5.1.1. Alterações de Conceitos, Juízos e Raciocínio</p><p>Essas alterações apresentam as seguintes características:</p><p>Alteração Características</p><p>Desintegração e transformação dos</p><p>conceitos</p><p>• Conceitos têm seus significados originais</p><p>completamente transformados;</p><p>• Os significados são usados de forma</p><p>pessoal;</p><p>• Presentes em esquizofrênicos ou em</p><p>indivíduos com quadro demencial.</p><p>Condensação dos conceitos • Dois ou mais conceitos são fundidos,</p><p>sendo expressos a partir de uma nova</p><p>palavra.</p><p>Alterações Patológicas</p><p>do Pensamento</p><p>Alterações dos</p><p>conceitos, juízos e</p><p>raciocínio</p><p>Alteração dos juízos</p><p>Tipos alterados de</p><p>pensamento (juízo e</p><p>raciocínio)</p><p>Alterações do</p><p>processo de pensar</p><p>(curso, forma e</p><p>conteúdo)</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>5.1.2. Alterações dos Juízos</p><p>Alteração Características</p><p>Juízo deficiente ou prejudicado • Conceitos inconsistentes, raciocínio pobre</p><p>e defeituoso;</p><p>• Juízos simplistas, concretos e sujeitos à</p><p>influência do meio social.</p><p>Juízos de realidade ou de existência • Delírios ou ideias delirantes.</p><p>5.1.3. Tipos Alterados de Pensamentos</p><p>Existem pelo menos 11 tipos alterados de pensamento:</p><p>Alteração Características</p><p>Pensamento mágico (PM) e Pensamento</p><p>dereístico (PD)</p><p>• Orientam-se pelos desejos, fantasias e</p><p>temores do indivíduo;</p><p>• No PM, as associações casuais são – na</p><p>verdade – vistas como relações causais;</p><p>• No PD, o pensamento só considera a</p><p>lógica e a realidade no que for de interesse</p><p>do indivíduo.</p><p>• Exemplos: transtornos de personalidade,</p><p>esquizofrenia ou em crianças e</p><p>adolescentes saudáveis.</p><p>Pensamento inibido • Inibição do raciocínio e diminuição da</p><p>velocidade de processamento.</p><p>• Exemplos: quadros demenciais ou</p><p>depressivos graves;</p><p>Pensamento vago • Imprecisão nas relações e expressão de</p><p>conceitos, juízos e raciocínios;</p><p>• Exemplos: quadros demenciais ou</p><p>transtornos psicóticos (ex: esquizofrenia).</p><p>Pensamento prolixo • Dificuldade em se expressar de forma</p><p>direta, clara, objetiva e de forma sintética.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>• Exemplos: transtornos psicóticos,</p><p>deficiência intelectual, esquizofrenia,</p><p>quadros obsessivo-compulsivos.</p><p>Pensamento concreto • O pensamento está diretamente</p><p>relacionado às experiências sensoriais e</p><p>concretas;</p><p>• O indivíduo tem dificuldades de usar</p><p>figuras de linguagem (ex: metáforas, ironias)</p><p>• Exemplos: deficiência intelectual,</p><p>esquizofrenia grave.</p><p>Pensamento deficitário • Pensamento com estrutura pobre e</p><p>precária;</p><p>• Compreensão da realidade de forma vaga</p><p>e simplificada;</p><p>• Exemplos: deficiência intelectual, autismo.</p><p>Pensamento demencial • Pensamento pobre, mas pode conter</p><p>elaborações mais sofisticadas;</p><p>• Em geral é imperfeito, irregular, sem</p><p>unidade ou congruência.</p><p>• Exemplo: indivíduo com demência.</p><p>Outras alterações do pensamento incluem:</p><p>Alteração Características</p><p>Pensamento confusional • O pensamento não é processamento de</p><p>forma adequada;</p><p>• O indivíduo não consegue perceber a</p><p>realidade de forma clara;</p><p>• Exemplo: delirium.</p><p>Pensamento desagregado • Conceitos e juízos não se relacionam</p><p>logicamente;</p><p>Pensamento é a mera expressão de palavras</p><p>sem sentido;</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>• Exemplos: formas graves de</p><p>esquizofrenia.</p><p>Pensamento obsessivo • Os pensamentos se impõem de forma</p><p>persistente e incontrolável para o indivíduo;</p><p>• Seus conteúdos são absurdos ou</p><p>repulsivos;</p><p>• Exemplo: pacientes gravemente</p><p>obsessivos.</p><p>Ruminações ou pensamento ruminativo</p><p>perseverativo</p><p>• Pensamentos com conteúdos negativos</p><p>que se repetem e geram preocupações</p><p>para o indivíduo;</p><p>• Exemplo: transtornos de humor em</p><p>adolescentes, antecedentes de transtornos</p><p>de ansiedade, depressão e compulsões.</p><p>5.1.4. Alterações do Processo de Pensar</p><p>Essas alterações são agrupadas em três categorias principais:</p><p>Alterações do Curso do</p><p>Pensamento</p><p>Alterações Formais do</p><p>Pensamento</p><p>Alterações do Conteúdo do</p><p>Pensamento</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar, Vinicius Sena de Lima</p><p>Aula 03 - Profa. Thayse</p><p>TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Psicologia) Conhecimentos Específicos (Psicologia Clínica e Organizacional) - 2024 (Pós-Edital)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Alterações do Curso do Pensamento</p><p>Alteração Características</p><p>Aceleração do pensamento • As ideias são expressas de forma rápida,</p><p>tornando difícil acompanhar o ritmo do</p><p>pensamento;</p><p>• Exemplos: esquizofrenia, ansiedade</p><p>intensa, psicoses tóxicas, depressão</p><p>ansiosa.</p><p>Lentificação do pensamento • O pensamento é expresso</p>