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Prévia do material em texto

<p>DEFINIÇÃO</p><p>Apresentação de conceito de pesquisa e definição de projeto de pesquisa, com os elementos</p><p>necessários à sua elaboração. Estratégias para revisão bibliográfica e para a construção escrita de um</p><p>embasamento teórico na apresentação da pesquisa. Regras gerais para formatação de trabalhos e</p><p>normas técnicas.</p><p>PROPÓSITO</p><p>Compreender como se inicia e se encaminha uma pesquisa científica, refletindo sobre os conceitos,</p><p>elementos e as normas fundamentais para a realização e apresentação de projetos e demais trabalhos</p><p>acadêmicos de pesquisa.</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Descrever projeto de pesquisa e seus elementos fundamentais</p><p>MÓDULO 2</p><p>Aplicar estratégias para a construção de um embasamento teórico coerente no trabalho de pesquisa</p><p>MÓDULO 3</p><p>Identificar as normas técnicas que devem ser consideradas ao elaborar um trabalho acadêmico</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Uma das etapas mais significativas do processo formativo é a pesquisa. Para muitos, a produção de</p><p>TCC, artigos, monografias, entre outros, é um momento árduo e de instabilidade durante um curso de</p><p>graduação. Muitas vezes, a dificuldade aparece porque não se tem familiaridade com a prática</p><p>investigativa sistemática. É preciso conceber o ato de pesquisar como um processo presente em</p><p>toda a sua trajetória pessoal, profissional e acadêmica.</p><p>Desde criança, criamos ferramentas para pesquisar e testar hipóteses. Formulamos perguntas,</p><p>investigamos a partir de dúvidas, lançamos mão de diferentes procedimentos com a finalidade de</p><p>encontrar respostas, descobrir fenômenos e fatos. Porém, essas pesquisas do nosso cotidiano, muitas</p><p>vezes, nem são planejadas ou contextualizadas, pelo menos, não de forma consciente. É uma prática</p><p>mais genérica, um ato de pesquisar de maneira menos organizada.</p><p>A formalização da pesquisa em um ambiente acadêmico também se alimenta de perguntas, dúvidas,</p><p>hipóteses etc. Porém, precisa ter caráter científico, com sistematização das informações e aplicação de</p><p>metodologias próprias.</p><p>Imagine se você fosse escrever uma pesquisa somente partindo da sua vivência cotidiana, sem</p><p>contextualização, normas ou embasamento teórico. Você acha que ela teria rigor acadêmico e poderia</p><p>apresentar resultados mais sistematizados? É provável que sua resposta seja não. Por quê? O que falta</p><p>e o que diferencia a pesquisa cotidiana da científica? Veremos alguns aspectos ao longo da exploração</p><p>deste tema.</p><p>Compreender-se como um sujeito capaz de produzir pesquisa é condição que o destaca e o aproxima</p><p>da prática investigativa, rompendo com a ideia que se construiu culturalmente de que para fazer</p><p>pesquisa é preciso estar em um laboratório, vestir jaleco branco e demais estilos clássicos.</p><p>O que, então, o define como um pesquisador, como um produtor de conhecimento? Além dos</p><p>aspectos já citados, é preciso evidenciar a intencionalidade, a busca de procedimentos, normas e</p><p>fundamentações teóricas que possam organizar a sua pesquisa, atribuindo caráter acadêmico e</p><p>científico, validando seus dados e, possivelmente, contribuindo para pesquisas futuras.</p><p>Ao se matricular em um curso de nível superior, você inicia o contato mais direto com o ato de pesquisar</p><p>de modo planejado. Desde os primeiros períodos, você se prepara para, ao final, lançar mão de normas,</p><p>embasamentos teóricos e técnicas em favor de um objeto de pesquisa.</p><p>MÓDULO 1</p><p> Descrever projeto de pesquisa e seus elementos fundamentais</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Você sabe descrever um projeto de pesquisa e seus elementos fundamentais? Para entendermos os</p><p>conceitos envolvidos, vamos tomar por base uma situação prática do mundo contemporâneo. Para</p><p>tanto, vamos analisar o case a seguir:</p><p>Maria, no decorrer de seu curso de pós-graduação em Psicologia da Saúde no Trabalho, começou a</p><p>fomentar ideias que poderiam ser utilizadas para uma pesquisa futura, assim, começou a fazer todas as</p><p>disciplinas que tinham familiaridade com o campo da saúde do trabalhador. Ao assistir às aulas da</p><p>disciplina Segurança do Trabalho, relacionou seu aprendizado a práticas vivenciadas na empresa de</p><p>produção de lâmpadas, na qual trabalhava.</p><p>Nesse ponto, decidiu pesquisar sobre os afastamentos nas empresas causados por depressão e</p><p>percebeu que nos ambientes menos acolhedores e mais competitivos haveria uma incidência maior de</p><p>casos e episódios depressivos. Em conversa com seu orientador, buscou comprovar que esse assunto</p><p>era relevante para a sociedade e que iria contabilizar na empresa o número exato de afastamento e</p><p>suas causas, decidindo, então, que seria uma boa opção realizar um mapeamento. Além disso,</p><p>determinou que levaria 3 meses para fazer tal levantamento e 1 mês para a elaboração de planilhas e</p><p>gráficos, e que sistematizaria todas as informações em um texto no período de 2 meses.</p><p>Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar os pontos?</p><p>1. A PARTIR DAS INFORMAÇÕES DISPONIBILIZADAS NO CASE; VOCÊ, COMO</p><p>UM ORIENTADOR, IDENTIFICARIA QUE MARIA, AO APONTAR UM NÚMERO</p><p>CONSIDERÁVEL DE AFASTAMENTOS DEVIDO À DEPRESSÃO, CHEGOU EM</p><p>QUE PONTO DE SEU PROJETO DE PESQUISA?</p><p>A) Definição do tema e justificativa.</p><p>B) Definição do tema e cronograma.</p><p>C) Definição do tema e metodologia.</p><p>D) Definição do tema e objetivos.</p><p>E) Definição do tema e formulação do problema.</p><p>2. MARIA DETERMINOU QUE LEVARIA 3 MESES PARA FAZER O</p><p>LEVANTAMENTO DO NÚMERO DE AFASTAMENTO E SUAS CAUSAS NA</p><p>EMPRESA E 1 MÊS PARA A ELABORAÇÃO DE PLANILHAS E GRÁFICOS, E QUE</p><p>SISTEMATIZARIA TODAS AS INFORMAÇÕES EM UM TEXTO NO PERÍODO DE 2</p><p>MESES. PARA VOCÊ, COMO UM ORIENTADOR, O QUE MARIA ESTAVA</p><p>CONSTRUINDO EM SEU PROJETO DE PESQUISA?</p><p>A) Cronograma e execução.</p><p>B) Resumo.</p><p>C) Proposta.</p><p>D) Resenha.</p><p>E) Metodologia.</p><p>GABARITO</p><p>1. A partir das informações disponibilizadas no case; você, como um orientador, identificaria que</p><p>Maria, ao apontar um número considerável de afastamentos devido à depressão, chegou em que</p><p>ponto de seu projeto de pesquisa?</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>Em um projeto de pesquisa a definição do tema e a formulação do problema dizem respeito ao assunto</p><p>escolhido para nortear o estudo e a questão que será analisada. A justificativa refere-se ao porquê se</p><p>deve estudar determinado assunto; o cronograma, a organização das ações desenvolvidas na pesquisa</p><p>no decorrer do tempo; a metodologia, as ferramentas que serão utilizadas e o modo como será</p><p>elaborada; já os objetivos, referem-se ao que se pretende alcançar quando se realiza uma ação.</p><p>2. Maria determinou que levaria 3 meses para fazer o levantamento do número de afastamento e</p><p>suas causas na empresa e 1 mês para a elaboração de planilhas e gráficos, e que sistematizaria</p><p>todas as informações em um texto no período de 2 meses. Para você, como um orientador, o que</p><p>Maria estava construindo em seu projeto de pesquisa?</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>A elaboração de um cronograma e execução de um projeto de pesquisa consiste em sistematizar no</p><p>decorrer do tempo as atividades que serão efetuadas no trabalho. O resumo, a proposta, a resenha, e a</p><p>metodologia não são itens que se relacionam à sistematização temporal de ações.</p><p>3. MARIA BUSCOU AGREGAR ELEMENTOS PARA A</p><p>ELABORAÇÃO DE SEU PROJETO DE PESQUISA. ELA</p><p>PROCUROU VOCÊ PARA AJUDÁ-LA. QUAIS ITENS VOCÊ</p><p>INDICARIA A MARIA PARA CONSTAR NO PROJETO?</p><p>RESPOSTA</p><p>A realização de uma pesquisa sistemática, demanda, clara definição de objetivos, recorte preciso e adoção</p><p>de metodologias de forma a responder às perguntas de pesquisa. Esses itens, entre outros, são organizados</p><p>em um projeto, que é uma importante oportunidade de reflexão do autor sobre o que se pretende investigar.</p><p>PESQUISA E CIÊNCIA</p><p>Ao iniciar a reflexão para a construção de um projeto de pesquisa, você pode se deparar com</p><p>questionamentos do tipo:</p><p>1 Como iniciar?</p><p>2 O que é uma pesquisa?</p><p>3 Quais são os passos para se desenvolver pesquisa?</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> COMENTÁRIO</p><p>O ato de pesquisar não se limita aos cientistas. A pesquisa, a dúvida e a necessidade de</p><p>maiores,</p><p>geralmente, a revisão é apresentada em capítulo próprio.</p><p>ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS</p><p>São elementos que finalizam e completam o trabalho. Consistem na apresentação das referências,</p><p>glossário, apêndice, anexos e índice.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Apresenta-se como elemento obrigatório. Reúne as informações sobre todas as fontes de consulta</p><p>citadas durante o trabalho, permitindo a identificação de cada obra. Deve conter as seguintes</p><p>informações das obras citadas, organizadas por ordem alfabética: autor, título da obra, edição, local,</p><p>editora e data de publicação. Quando houver informação adicional, deve estar evidenciada (volume, total</p><p>de páginas). Para consultas via internet, deve-se indicar também o endereço e a data de acesso do</p><p>documento.</p><p>VEJA ALGUNS EXEMPLOS DE COMO ORGANIZAR AS</p><p>INFORMAÇÕES DAS REFERÊNCIAS!</p><p>GLOSSÁRIO</p><p>Elemento opcional que apresenta eventuais expressões ou palavras de uso restrito a determinado grupo</p><p>ou de significado não muito conhecido e suas respectivas definições.</p><p>APÊNDICE</p><p>Elemento opcional que apresenta os documentos escritos pelo autor que complementam a pesquisa,</p><p>sem que represente um prejuízo à compreensão do trabalho. Devem ser identificados por letras</p><p>maiúsculas em sequência, seguidas de travessão, com o título do documento ao lado (APÊNDICE A –</p><p>Análise dos dados).</p><p>ANEXOS</p><p>São elementos facultativos e consistem na inclusão de documentos não elaborados pelo autor, que</p><p>complementam a sua pesquisa. São identificados por letras maiúsculas sequenciais, seguidas de</p><p>travessão, com seus respectivos títulos (ANEXO A – Ficha de Anamnese).</p><p>As regras anteriormente apresentadas constituem as especificidades de cada parte que deve estar</p><p>contida na maioria dos trabalhos acadêmicos. A seguir, serão exploradas as regras gerais e</p><p>recomendações para configuração gráfica do texto como um todo. Também aqui optamos por</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>apresentar, exatamente, regras gerais; aquelas mais específicas (ou ainda qualquer alteração nessas</p><p>aqui apresentadas) permanecem por conta do tipo de trabalho acadêmico e da orientação das</p><p>instituições.</p><p>OS EXEMPLOS A SEGUIR SÃO AS REFERÊNCIAS</p><p>MAIS RECORRENTES:</p><p>Para obras que possuem um autor:</p><p>SOBRENOME, Nome. Título. Subtítulo da obra. Edição. Local: editora, ano de publicação.</p><p>Para obras que possuem mais de um autor:</p><p>SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome. Título. Subtítulo da obra. Edição. Local: editora, ano</p><p>de publicação.</p><p>Para obras que possuem mais de três autores:</p><p>SOBRENOME, Nome et alii. Título. Subtítulo da obra. Edição. Local: editora, ano de publicação.</p><p>Para trabalhos acadêmicos:</p><p>SOBRENOME, Nome. Título do trabalho. Ano da publicação. Número do volume, total de folhas.</p><p>Graduação/Dissertação/ Tese (nome do curso - graduação/mestrado/ doutorado) – Universidade,</p><p>local, ano.</p><p>Para autor - entidade</p><p>NOME DA ENTIDADE. Título da obra. Local, ano. Número de páginas.</p><p>Para artigos e periódicos online</p><p>SOBRENOME, Nome. Título da obra. Nome da revista em que foi publicado o artigo. Cidade,</p><p>volume, número, período (meses). Ano. Disponível em: http//www.google.com/ exemplo. Acesso:</p><p>inserir data de acesso.</p><p>Para referências legislativas:</p><p>É possível que você precise citar documentos de outras fontes, não exemplificadas aqui. Consulte</p><p>as normas da ABNT NBR 6023:2018 ou o documento com as orientações próprias da instituição</p><p>em que ocorre a pesquisa. Elas têm liberdade, inclusive, de definir se as referências dizem</p><p>respeito apenas às obras citadas na pesquisa, àquelas que foram consultadas. E, ainda, se</p><p>utilizadas como citação direta, ou também em citação indireta.</p><p>NORMAS TÉCNICAS GERAIS</p><p>Seu trabalho deve ter:</p><p>1 Folhas configuradas em tamanho A4</p><p>2 Texto digitado com fonte de cor preta e tamanho 12</p><p>3 Fonte do texto em Times New Roman ou Arial</p><p>4 Corpo do texto justificado, alinhado às margens direita e esquerda</p><p>5 O espaçamento entre as linhas deve ser configurado para 1,5</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> DICA</p><p>Para as citações com mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas de ilustrações e</p><p>tabelas, o espaçamento entre as linhas deve ser simples;</p><p>Para as notas de rodapé, legendas, paginação e citações com mais de três linhas, recomenda-se</p><p>uma fonte menor do que a do corpo do texto (utilizar tamanho 11 ou 10 para as citações e 10 para</p><p>nota de rodapé).</p><p>A configuração de margem deve atender às seguintes orientações:</p><p>1 Margem superior e esquerda com 3cm</p><p>2 Direita e inferior com 2cm</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>A numeração das páginas deve considerar a seguinte lógica:</p><p>1</p><p>Indicar, no canto superior direito da folha, a numeração sequencial expressa em</p><p>algarismos arábicos.</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Os trabalhos são divididos em:</p><p>1 Elementos pré-textuais</p><p>2 Textuais</p><p>3 Pós-textuais</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>A numeração visível na folha é indicada a partir dos elementos textuais, até os pós-textuais. Os</p><p>elementos pré-textuais devem ser contados (exceto a capa), porém não numerados.</p><p>Para organização das seções, é recomendada a numeração dos títulos e subtítulos (seções primárias,</p><p>secundárias etc.). Considere o exemplo a seguir, de acordo com ABNT NBR 6024:2003.</p><p>1 SEÇÃO PRIMÁRIA (CAIXA ALTA, NEGRITO, TAMANHO 12)</p><p>1.1 Seção secundária (Caixa baixa, negrito, tamanho 12)</p><p>1.1.1 Seção terciária (Caixa baixa, itálico, negrito, tamanho 12)</p><p>1.1.1.1 Seção quaternária (Caixa baixa, itálico sem negrito, tamanho 12)</p><p>1.1.1.1.1 Seção quinária (Caixa baixa, sem negrito, tamanho 12)</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Na imagem, é observado um exemplo de aplicação de todas as orientações anteriores: texto justificado,</p><p>margens configuradas conforme orientação, fonte configurada na cor e tamanho adequados,</p><p>espaçamento entre linhas, exemplo de citação recuada (com fonte menor, espaçamento simples e</p><p>recuo), nota de rodapé (com fonte menor e espaçamento simples) e paginação.</p><p>No vídeo a seguir, conheceremos os elementos básicos do trabalho acadêmico:</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. CONSIDERE O TRECHO A SEGUIR:</p><p>“ESTE TRABALHO TEM COMO OBJETIVO REFLETIR SOBRE A AVALIAÇÃO</p><p>EDUCACIONAL, ESTABELECENDO COMO RECORTE OS ANOS INICIAIS DO</p><p>ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE</p><p>JANEIRO. É FEITA UMA CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E INVESTIGAÇÃO DAS</p><p>FORMAS COMO ESSA PRÁTICA VEM SENDO PROPOSTA NAS ROTINAS</p><p>ESCOLARES. AS CONSIDERAÇÕES DE ESTEBAN (2003), PERRENOUD (1999) E</p><p>LUCKESI (2009) DÃO SUSTENTAÇÃO TEÓRICA A ESTA PESQUISA.</p><p>SÃO ADOTADOS COMO PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A ANÁLISE</p><p>DOCUMENTAL DOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO E RELATÓRIOS,</p><p>OBSERVAÇÃO DIRETA NO COTIDIANO DAS TURMAS SELECIONADAS E</p><p>ENTREVISTAS COM OS PROFISSIONAIS SOBRE PRÁTICAS E CRITÉRIOS DE</p><p>AVALIAÇÃO. OS RESULTADOS PARCIAIS SUGEREM UMA PRÁTICA</p><p>TRADICIONAL QUE TENDE A LIMITAR A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM A</p><p>MOMENTOS ESTANQUES, ATRAVÉS DE POUCOS E PONTUAIS INSTRUMENTOS</p><p>DE AVALIAÇÃO, EXCLUINDO-SE AS OBSERVAÇÕES COTIDIANAS DE</p><p>DESEMPENHO DOS ALUNOS.</p><p>ESTE MODELO APRESENTA-SE COMO INSUFICIENTE E EXCLUDENTE, POIS A</p><p>AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA PERSPECTIVA DESTA PESQUISA É</p><p>CONCEBIDA COMO UM PROCESSO CONTÍNUO E INCLUSIVO, QUE LANÇA MÃO</p><p>DE DIFERENTES INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS CLAROS.</p><p>O TRECHO ANTERIOR É UM EXEMPLO DE QUAL ELEMENTO DE UM TRABALHO</p><p>ACADÊMICO?</p><p>A) Introdução, contida nos elementos textuais.</p><p>B) Introdução, contida nos elementos pré-textuais.</p><p>C) Resumo, contido nos elementos textuais.</p><p>D) Resumo, contido nos elementos pré-textuais.</p><p>2. SÃO CONFIGURAÇÕES GERAIS SUGERIDAS PELAS NORMAS DA ABNT:</p><p>A) Espaçamento entre linhas simples no corpo do texto, fonte tamanho 13 (Arial ou Times), cor preta,</p><p>papel tamanho A4, com margens superior e esquerda com 3cm; direita e inferior com 2cm.</p><p>B) Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto, fonte tamanho 12 (Arial ou Times), cor preta, papel</p><p>tamanho ofício,</p><p>com margens superior e esquerda com 3cm; direita e inferior com 2cm.</p><p>C) Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto, fonte tamanho 12 (Arial ou Times), cor preta, papel</p><p>tamanho A4, com margens superior e esquerda com 3cm; direita e inferior com 2cm.</p><p>D) Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto, fonte tamanho 12 (Arial ou Times), cor preta, papel</p><p>tamanho A4, com margens superior e esquerda com 2cm; direita e inferior com 3cm.</p><p>GABARITO</p><p>1. Considere o trecho a seguir:</p><p>“Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a Avaliação Educacional, estabelecendo como</p><p>recorte os anos iniciais do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Educação do Rio de</p><p>Janeiro. É feita uma contextualização do tema e investigação das formas como essa prática vem</p><p>sendo proposta nas rotinas escolares. As considerações de Esteban (2003), Perrenoud (1999) e</p><p>Luckesi (2009) dão sustentação teórica a esta pesquisa.</p><p>São adotados como procedimentos metodológicos a análise documental dos instrumentos de</p><p>avaliação e relatórios, observação direta no cotidiano das turmas selecionadas e entrevistas com</p><p>os profissionais sobre práticas e critérios de avaliação. Os resultados parciais sugerem uma</p><p>prática tradicional que tende a limitar a avaliação da aprendizagem a momentos estanques,</p><p>através de poucos e pontuais instrumentos de avaliação, excluindo-se as observações cotidianas</p><p>de desempenho dos alunos.</p><p>Este modelo apresenta-se como insuficiente e excludente, pois a avaliação da aprendizagem na</p><p>perspectiva desta pesquisa é concebida como um processo contínuo e inclusivo, que lança mão</p><p>de diferentes instrumentos e critérios claros.</p><p>O trecho anterior é um exemplo de qual elemento de um trabalho acadêmico?</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>O resumo faz parte dos elementos pré-textuais. Na sequência, o resumo é definido como aquele que</p><p>contém, em frases objetivas, a síntese do trabalho: os objetivos, a ideia central, perspectiva teórica,</p><p>metodologia e os resultados obtidos.</p><p>2. São configurações gerais sugeridas pelas normas da ABNT:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>As configurações devem seguir o exposto na letra C, em relação a espaçamento, espaço entre linhas,</p><p>fonte, margens.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Os conceitos explorados no módulo 1 colaboram para a escrita do seu projeto de pesquisa, fase</p><p>fundamental de reflexão e estabelecimento de diretrizes. O módulo 2 possibilitou um contato com</p><p>estratégias de leitura e construção dos argumentos teóricos, bem com a forma como esses argumentos</p><p>devem delinear sua pesquisa, desde o planejamento até a análise dos dados e conclusão. Ao final deste</p><p>tema, você refletiu sobre as vantagens de se adotar normas técnicas para a apresentação das</p><p>pesquisas e como isso facilita o acesso à informação, a diminuição do plágio e a catalogação de</p><p>pesquisas acadêmicas. A partir disso, foram apresentadas e exemplificadas as normas da ABNT que</p><p>servem de padrão para a apresentação da sua pesquisa.</p><p>A partir das reflexões aqui propostas, estabeleça seu cronograma de estudos, inicie as leituras, a revisão</p><p>bibliográfica e escrita do seu projeto. Realizar essas ações de maneira antecipada garante que você</p><p>faça o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de forma mais tranquila, segura e leve.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6023: informação e</p><p>documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2018.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6024: informação e</p><p>documentação: numeração progressiva das seções de um documento escrito: apresentação. Rio de</p><p>Janeiro, 2003.</p><p>BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 2003.</p><p>DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1985.</p><p>GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisa. Porto Alegre: UFRGS,</p><p>2009.</p><p>GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.</p><p>MINAYO, Maria Cecília de Sousa (Org.) Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 28. ed.</p><p>Petrópolis: Vozes, 2009.</p><p>LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia científica. 5. ed.</p><p>São Paulo: Atlas, 2003.</p><p>LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em</p><p>ciências humanas. Porto Alegre: Artmed; Belo Horizonte: UFMG, 1999.</p><p>MORAES, Rodrigo. O plágio na pesquisa acadêmica: a proliferação da desonestidade intelectual.</p><p>In: Revista Diálogos Possíveis. Bahia, ano 3. N. 01, p. 91-109. Jan/Jun 2004.</p><p>ROMANOWSKI, Joana Paulim, Romilda Teodora Ens. As pesquisas denominadas do tipo “Estado da</p><p>arte” em educação. In: Diálogo Educacional, Curitiba, v.6, n.19, 37-50, 2006.</p><p>RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.</p><p>VEIGA-NETO, Alfredo. É preciso ir aos porões. In: Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro,</p><p>v.17, n.50, p.267-492, maio/ago. 2012.</p><p>EXPLORE+</p><p>Como vimos ao longo da exploração deste tema, a pesquisa é uma importante via para se produzir</p><p>conhecimento e buscar a compreensão da realidade. Para ampliar seus conhecimentos sobre a</p><p>complementaridade entre as práticas educativas e a pesquisa, é importante ver como Pedro Demo</p><p>articula o tema em seu livro Educar pela Pesquisa.</p><p>Conforme explorado no módulo 3, é orientado que se adote normas técnicas para a apresentação da</p><p>sua pesquisa. Para melhor apropriação dessas normas e de como elas são propostas, explore o</p><p>catálogo da ABNT. Além das normas apresentadas, confira, especialmente: NBR 6027, NBR 6028, NBR</p><p>6034, NBR 10520, NBR 12225, NBR 14724, NBR 15287.</p><p>Como essas normas geralmente sofrem atualização, e são muito detalhadas, você deve pesquisar uma</p><p>versão digital que apresente todas as normas de modo organizado. Uma boa opção é o Manual de</p><p>Normalização do Trabalho Acadêmico do IFB (Instituto Federal de Brasília).</p><p>CONTEUDISTAS</p><p>Monise da Silva Nascimento</p><p>Geórgia Gomes Vicente</p><p>se buscar</p><p>respostas para questões realmente relevantes são incorporadas ao nosso dia a dia.</p><p>javascript:void(0)</p><p> Fonte: Andrey_Popov/Shutterstock</p><p>A PESQUISA CIENTÍFICA É UM PROCESSO RACIONAL E</p><p>PLANEJADO, QUE SE ORGANIZA POR MEIO DE</p><p>METODOLOGIAS PRÓPRIAS E SE ANCORA NA LITERATURA</p><p>DISPONÍVEL SOBRE O FENÔMENO QUE SE QUER</p><p>PESQUISAR.</p><p>A pesquisa é o centro da prática científica, visando responder a perguntas ou problemas propostos. Ela</p><p>se torna uma indicação quando não se encontra informações suficientes ou conclusivas na literatura</p><p>sobre o problema proposto e observado.</p><p>Produzir pesquisa é um processo contínuo, que visa responder ao fato pesquisado e verificar uma</p><p>hipótese, bem como sua articulação com outros fatos e hipóteses. Dessa maneira, o conhecimento é</p><p>produzido e compartilhado nas escolas e universidades.</p><p>Demo (1985) afirma que é preciso conceber o conhecimento produzido sempre buscando sair dos</p><p>extremos:</p><p>CITAÇÃO COMPLETA DE DEMO</p><p>“Pesquisa é a atividade científica pela qual descobrimos a realidade. Partimos do pressuposto de</p><p>que a realidade não se desvenda na superfície. Não é o que aparenta à primeira vista. Ademais,</p><p>javascript:void(0)</p><p>nossos esquemas explicativos nunca esgotam a realidade, porque esta é mais exuberante que</p><p>aqueles.</p><p>A partir daí, imaginamos que sempre existe o que descobrir na realidade, equivalendo isto a aceitar</p><p>que a pesquisa é um processo interminável, intrinsecamente processual. É: um fenômeno de</p><p>aproximações sucessivas e nunca esgotado, não uma situação definitiva, diante da qual já não</p><p>haveria o que descobrir.”</p><p>(DEMO, 1985, p. 23)</p><p>Dogmatismo indiscutível</p><p>O conhecimento precisa ser dialogado sempre.</p><p></p><p>Relativismo</p><p>Torna tudo mais subjetivo e inconclusivo.</p><p>É preciso destacar que toda pesquisa, para ter relevância, precisa se articular com problemas reais que</p><p>nos afetam, lançando luz sobre sua utilidade e relação com a vida prática. A separação entre teoria e</p><p>prática não é possível no contexto da pesquisa, pois uma se faz com a outra, em uma profunda relação</p><p>de complementaridade.</p><p>O profissional que não possui o hábito de pesquisar corre o risco de ir separando gradativamente a</p><p>teoria da prática em sua vida, até um ponto em que ele não observa mais sua complementaridade. A</p><p>pesquisa é um elemento-chave necessário ao profissional para sua constante formação e</p><p>aperfeiçoamento.</p><p> DICA</p><p>Para começar uma pesquisa científica, deve-se iniciar a reflexão sobre o assunto e, de maneira</p><p>organizada, elaborar um projeto de pesquisa.</p><p>O PROJETO DE PESQUISA</p><p>Para realizar uma investigação sistemática, são necessários elaboração, definição de objetivos, recorte</p><p>e metodologias adotadas para responder às perguntas de pesquisa. Esses itens, entre outros, são</p><p>organizados em um projeto, que é um importante processo de reflexão do autor sobre o que se pretende</p><p>investigar.</p><p>Um projeto de pesquisa bem escrito pode eliminar problemas futuros de insegurança e transtornos para</p><p>finalizar o trabalho e dar ao pesquisador mais clareza e segurança sobre a realidade da qual quer</p><p>buscar compreensão.</p><p>FAZEMOS UM PROJETO DE PESQUISA PARA MAPEAR UM</p><p>CAMINHO A SER SEGUIDO DURANTE A INVESTIGAÇÃO.</p><p>BUSCAMOS, ASSIM, EVITAR MUITOS IMPREVISTOS NO</p><p>DECORRER DA PESQUISA QUE PODERIAM ATÉ</p><p>INVIABILIZAR A SUA REALIZAÇÃO. OUTRO PAPEL</p><p>IMPORTANTE É ESCLARECER PARA O PRÓPRIO</p><p>INVESTIGADOR OS RUMOS DO ESTUDO (O QUE</p><p>PESQUISAR, COMO, POR QUANTO TEMPO ETC.).</p><p>(MINAYO, 2009, p. 35)</p><p>A elaboração do projeto é, também, uma maneira de transmitir à comunidade científica os seus</p><p>propósitos e fazer com que eles sejam aceitos e discutidos. Em outras palavras, a concretização do</p><p>planejamento da pesquisa ocorre por meio da escrita do projeto.</p><p>A escrita do projeto de pesquisa pode ser requerida nos cursos de graduação, como etapa necessária</p><p>ao planejamento da pesquisa de conclusão de curso. Para fins de acesso a cursos de pós-graduação, o</p><p>projeto de pesquisa pode ser, inclusive, uma etapa de seleção, de modo que o aluno ingresse no curso</p><p>já com a pesquisa em fase de planejamento. Em outros momentos, o projeto pode ser apresentado para</p><p>buscar financiamento que viabilize a investigação.</p><p>Em todos os casos, ter um projeto bem estruturado é o caminho para se conseguir desenvolver bem seu</p><p>trabalho. Um exemplo de roteiro seria:</p><p>1 Você sabe o que seria necessário incluir no projeto?</p><p>2 O que é preciso comunicar?</p><p>3 Como comunicar suas intenções de pesquisa de maneira clara e coerente?</p><p>4 Quais seriam os elementos necessários ao projeto?</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Embora não se tenha um consenso ou uma receita única para a elaboração do projeto, alguns</p><p>elementos são definidos como primordiais. A seguir, refletiremos sobre cada item que precisa estar</p><p>presente nesse roteiro da pesquisa.</p><p>DEFINIÇÃO DO TEMA E FORMULAÇÃO DO</p><p>PROBLEMA</p><p>O tema é a área de interesse da pesquisa. É fundamental que o autor tenha um pouco de familiaridade</p><p>com essa área para que isso lhe dê motivação. Para definir bem o tema, o pesquisador deve verificar</p><p>quais são as considerações teóricas já feitas a respeito do assunto e identificar sua relevância.</p><p>Após definir o tema, é preciso que o autor se pergunte o que deve pesquisar naquela área, pois o tema</p><p>em si mesmo é um caminho em aberto, com uma perspectiva ampla da pesquisa, e precisa de um</p><p>recorte para direcionamento. Por exemplo: se o tema da sua pesquisa for “Alfabetização e letramento”,</p><p>você já definiu a área onde se pretende atuar, mas faltam algumas respostas.</p><p>1 O que deseja saber?</p><p>2 O que é alfabetização e o que é letramento?</p><p>3 Alfabetização de adultos ou crianças?</p><p>4 Sua investigação é sobre métodos aplicados nesse processo?</p><p>5</p><p>Seria alfabetização e letramento apenas em língua portuguesa ou em outras áreas de</p><p>conhecimento?</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>A pesquisa pode seguir muitas direções de investigação, o que precisa ser pontuado no seu projeto.</p><p>Minayo (2009) sinaliza que as indagações feitas acerca do que se quer saber sobre o tema é que</p><p>acabam por definir o objeto ou problema de pesquisa, estabelecendo um recorte, em sentido mais</p><p>restrito que o tema propriamente dito. Logo, a problematização é um aprofundamento do tema.</p><p>Confira o esquema a seguir:</p><p>Alfabetização e letramento</p><p>Como observado no esquema, o tema apresenta muitos recortes possíveis. É a definição do problema</p><p>que restringe o campo de pesquisa, indicando a direção e evitando desvios do seu foco. Muitas vezes,</p><p>um pesquisador se atém ao tema, mas perde de vista o seu problema de pesquisa. Você precisa</p><p>escrever e pesquisar aquilo que, dentro do seu tema, possui relação com o problema proposto.</p><p>No exemplo, foram selecionados três recortes (objetos de pesquisa) possíveis dentro do tema</p><p>“Alfabetização e letramento”. A partir desses três recortes, abrem-se duas possibilidades (ou mais) de</p><p>investigação em cada. É preciso ter clareza desse percurso para fazer a problematização, direcionando</p><p>o olhar para aquilo que, de fato, é pertinente para o desenvolvimento do seu trabalho.</p><p>Em relação à escrita desse item, você pode construir o problema de pesquisa a partir de uma pergunta.</p><p>Inclusive, a elaboração de perguntas é uma importante estratégia interna em todas as etapas da</p><p>sua pesquisa.</p><p>A indagação sobre aspectos do tema gera a problematização e deve, ainda, ser clara, com resposta</p><p>viável e uma dimensão possível de pesquisa. Na perspectiva do exemplo, a formulação do problema</p><p>poderia ocorrer a partir da pergunta: O currículo da Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro –</p><p>anos iniciais do Ensino Fundamental – favorece a prática do letramento matemático? Observe que o</p><p>direcionamento foi todo encaminhado na pergunta: a área de conhecimento, o tema, a etapa escolar que</p><p>se quer pesquisar, a abrangência da pesquisa e a dúvida em si.</p><p>Rudio (2000) afirma que a definição do problema deve ser fruto de algumas indagações do autor:</p><p>É UM PROBLEMA ORIGINAL? É RELEVANTE? É ADEQUADO</p><p>PARA MIM?</p><p>TENHO REAIS POSSIBILIDADES PARA</p><p>REALIZAR ESTE ESTUDO? PRECISAREI DE RECURSOS</p><p>FINANCEIROS? O TEMPO QUE TENHO DISPONÍVEL É</p><p>SUFICIENTE PARA ESTA PESQUISA?</p><p>Assim, as perguntas anteriores levam o pesquisador a considerar uma série de fatores que se</p><p>apresentam durante a execução da pesquisa, auxiliando no processo de delimitação do problema.</p><p> RESUMINDO</p><p>A definição do tema e a formulação do problema de pesquisa são profundamente articuladas e</p><p>complementares. Elas comunicam diretamente o que se quer investigar. Quando se elabora uma</p><p>pergunta de pesquisa, é comum já ter hipóteses sobre ela, o que nos leva à formulação da próxima</p><p>etapa da pesquisa.</p><p>FORMULAÇÃO DE HIPÓTESE</p><p>Você já passou por alguma situação em que tinha uma dúvida sobre como proceder em algum aspecto,</p><p>mas com possibilidades de resolução já encaminhadas? Como fez para escolher a solução?</p><p>Possivelmente, você testou ou pesquisou qual seria a melhor alternativa.</p><p>Na pesquisa científica, quando se elabora um problema de pesquisa, formula-se também uma ou mais</p><p>hipóteses, que são soluções possíveis e testáveis para o seu problema. Quanto mais conhecemos o</p><p>tema e o problema de pesquisa, mais possibilidades de hipóteses ele tem condições de apresentar.</p><p> ATENÇÃO</p><p>É preciso destacar que, na etapa anterior, foi mencionado que o problema de pesquisa precisa ser algo</p><p>viável, solucionável. Nesse contexto, a hipótese seria uma possibilidade de solução, ancorada nas</p><p>reflexões já encaminhadas sobre o tema e problema.</p><p> Fonte: fran_kie/Shutterstock</p><p>Segundo Gil (2002), as hipóteses podem surgir de diferentes fontes:</p><p>OBSERVAÇÃO</p><p>RESULTADOS DE OUTRAS PESQUISAS</p><p>TEORIAS</p><p>INTUIÇÃO</p><p>A hipótese deve ser organizada a partir de um enunciado claro, pautada em um referencial teórico, com</p><p>linguagem explicativa. Ao final da pesquisa, sua hipótese poderá ser rejeitada ou comprovada, de</p><p>maneira que o problema de pesquisa possa apresentar solução. Caso a hipótese não seja de possível</p><p>verificação, consequentemente, o problema de pesquisa não terá solução conclusiva. Nesse caso, a</p><p>hipótese poderá ser reformulada ou substituída por outra.</p><p>A elaboração da hipótese é fruto de um processo reflexivo e criativo, pois visa responder algo que ainda</p><p>ninguém respondeu, o que supõe o pensamento inovador. Todo o desenho do trabalho está ancorado na</p><p>confirmação ou não da hipótese inicial. Nesse cenário, a hipótese se articula ao objetivo da pesquisa.</p><p>DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS</p><p>Para entender melhor de que modo os objetivos da pesquisa são desenhados, você deve ter em mente</p><p>a pergunta: esta pesquisa se desenvolve para quê?</p><p>Tomando como base o tema, problema e as hipóteses já definidos, o autor da pesquisa precisa se</p><p>ocupar em definir objetivos claros, articulados ao todo e que representem a finalidade do trabalho.</p><p>Em geral, os objetivos são iniciados com verbos no infinitivo que indiquem a ação, a meta da pesquisa.</p><p>Por exemplo: analisar, produzir, realizar, comparar etc. É indispensável que os seus objetivos sejam</p><p>possíveis de atingir. A organização dos objetivos no trabalho deve ser dividida em duas dimensões:</p><p>Objetivo geral</p><p>Em sentido amplo, você deverá definir um objetivo geral, que “diz respeito ao conhecimento que o</p><p>estudo proporcionará em relação ao objeto” (MINAYO, 2009, p. 45), tornando-se um tipo de resultado</p><p>intelectual articulado à hipótese inicial. O objetivo geral é de longo alcance, correspondendo a uma ação</p><p>mais ampla.</p><p>EXEMPLO</p><p></p><p>Objetivo específico</p><p>Em sentido mais restrito, esses objetivos consistem no desdobramento das ações necessárias para se</p><p>atingir o objetivo geral. É como se fossem os degraus de uma escada. O pesquisador deve,</p><p>considerando o objetivo geral, localizar e cumprir cada pequena ação que colabore para o atingimento</p><p>do objetivo mais amplo. São ações de curto alcance e devem estar articuladas umas com as outras.</p><p>EXEMPLO</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>EXEMPLO</p><p>Analisar as práticas de alfabetização e letramento matemático nas turmas de anos iniciais da Rede</p><p>Municipal de Educação.</p><p>EXEMPLO</p><p>Investigar os currículos de Matemática da Rede Municipal de Educação; comparar as práticas de</p><p>letramento matemático, a partir do referencial teórico, com o currículo da Rede Municipal de</p><p>ensino; entre outros.</p><p>A PARTIR DOS OBJETIVOS, SÃO DEFINIDOS OS MÉTODOS</p><p>E INSTRUMENTOS, DE MANEIRA QUE O CAMINHO</p><p>METODOLÓGICO VIABILIZE A EXECUÇÃO DE CADA</p><p>OBJETIVO.</p><p>JUSTIFICATIVA</p><p>Você já leu um trabalho ou projeto e depois acabou comprando a ideia, reconhecendo a</p><p>relevância da investigação lida? Por que será que isso aconteceu? Faça uma breve reflexão acerca</p><p>dos itens que o autor descreveu, que o encantaram e despertaram seu interesse para a investigação do</p><p>tema. Provavelmente, foram utilizados argumentos muito coerentes e que fizeram sentido na sua prática</p><p>profissional, de modo que você, de fato, conseguiu articular e incorporar à sua vivência a necessidade</p><p>daquela pesquisa.</p><p>Considerando que um projeto de pesquisa apresente o planejamento e a sistematização inicial de uma</p><p>investigação, é importante ter um espaço destinado à justificativa, feita por meio de argumentos</p><p>favoráveis que apontem a necessidade da sua pesquisa. É esperado que, ao final da leitura do seu</p><p>projeto, o leitor esteja convencido sobre a necessidade de pesquisar o tema ou problema proposto por</p><p>você.</p><p>A relevância da sua pesquisa deve ser expressa pela justificativa. As seguintes perguntas norteadoras</p><p>podem auxiliar na construção desse item:</p><p>1 Por que pesquisar esse tema?</p><p>2 O que justifica essa escolha?</p><p>3 Quais são os benefícios que esse estudo irá apresentar futuramente?</p><p>4 Quais são os motivos que me levam a pesquisar?</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>A justificativa precisa estar articulada ao problema de pesquisa dos pontos de vista prático e</p><p>conceitual. Os argumentos empregados devem se ancorar em relevância técnica, social e científica.</p><p>Minayo (2009) esclarece que a justificativa deve possuir argumentos que:</p><p>PONTOS DE VISTA PRÁTICO E CONCEITUAL</p><p>A justificativa de ordem prática é a descrição da relevância da pesquisa para a modificação</p><p>da sua prática, ancorada em demandas sociais.</p><p>A justificativa de ordem pessoal é a que ajudou a definir aquele problema e faz uma breve</p><p>argumentação do impacto da pesquisa na trajetória profissional e biográfica do pesquisador.</p><p>1</p><p>Evidenciem as lacunas no nível de conhecimento desenvolvido na temática</p><p>proposta.</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>2 Apresentem potencial para ampliar os conhecimentos na área.</p><p>3</p><p>Mostrem a relevância do problema, do ponto de vista social e de promessas de</p><p>avanço metodológico.</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>METODOLOGIA</p><p>Imagine que você já definiu tema, problema, hipótese e objetivos, bem como organizou todos os</p><p>argumentos que justificam a sua pesquisa. Agora você deve se perguntar: como vou encaminhar a</p><p>pesquisa? Que caminhos vou seguir?</p><p>QUAIS SERÃO OS PROCEDIMENTOS ADOTADOS?</p><p>Essa deve ser uma interrogação permanente.</p><p> Por: StepanPopov/Shutterstock</p><p>Leia o conceito de metodologia, por Demo:</p><p>METODOLOGIA É UMA PREOCUPAÇÃO INSTRUMENTAL.</p><p>TRATA DAS FORMAS DE SE FAZER CIÊNCIA. CUIDA DOS</p><p>PROCEDIMENTOS, DAS FERRAMENTAS, DOS CAMINHOS. A</p><p>FINALIDADE DA CIÊNCIA É TRATAR A REALIDADE TEÓRICA</p><p>E PRATICAMENTE. PARA ATINGIRMOS TAL FINALIDADE,</p><p>COLOCAM-SE VÁRIOS CAMINHOS. DISTO TRATA A</p><p>METODOLOGIA.</p><p>(DEMO, 1985, p. 19)</p><p>Metodologia é o caminho que se quer ou se necessita percorrer até que sua pesquisa atinja os objetivos</p><p>propostos. Para tal, o pesquisador deve fazer uso de métodos e técnicas, bem como articular seus</p><p>procedimentos com concepções teóricas, aproximando-as da prática. Não se pretende propor uma série</p><p>de técnicas desprovidas de sustentação teórica, da mesma forma que não deve ser puramente teoria,</p><p>sem desenhá-la de maneira clara e coerente a serviço dos desafios encontrados na prática.</p><p>Para definir seus caminhos metodológicos, você deve considerar que o pensamento criativo</p><p>é um</p><p>pilar. Flexibilizar, observar caminhos alternativos e reconstruir são tarefas que enriquecem a pesquisa,</p><p>desde que caminhem ao encontro dos objetivos traçados.</p><p>É importante você ter em mente que o método é o conjunto de atividades racionais e sistemáticas que</p><p>visam ao alcance do objetivo da pesquisa. As técnicas são procedimentos que operacionalizam os</p><p>métodos a partir de instrumentos adequados. Nesse contexto, é preciso definir métodos e técnicas</p><p>adequados para cada objetivo de pesquisa: o tipo de pesquisa que irá desenvolver, o campo de</p><p>observação, os procedimentos de coleta de dados.</p><p> ATENÇÃO</p><p>É importante você conceber a pesquisa como um todo: existem procedimentos mais recorrentes e</p><p>pertinentes em determinado tipo de pesquisa, outros que não se enquadrariam tão bem.</p><p>EXEMPLO</p><p>EXEMPLO</p><p>javascript:void(0)</p><p>É comum adotar o estudo de caso ou a pesquisa bibliográfica em estudos exploratórios, pois se</p><p>busca levantar dados sobre grupos ou sujeitos. Porém, você deve ser criativo e inovar, sempre</p><p>justificando suas escolhas dos pontos de vista teórico e prático. Nessa perspectiva, desde que de</p><p>modo bem fundamentado, você pode e deve colocar os procedimentos técnicos disponíveis a</p><p>serviço da sua pesquisa. Lembre-se de que eles existem para auxiliar a realização de seu trabalho.</p><p>No vídeo a seguir, a professora Monise aborda os principais aspectos da metodologia de pesquisa:</p><p>CRONOGRAMA E EXECUÇÃO</p><p>Tendo como base os objetivos e procedimentos que você vai adotar para fazer a sua pesquisa, é preciso</p><p>pensar em um importante recurso: o tempo. É a perspectiva do “quando”.</p><p>O pesquisador deve indicar o tempo para a execução de cada etapa da pesquisa, inclusive,</p><p>considerando que algumas ações podem ser realizadas simultaneamente. Geralmente, a escrita desse</p><p>item aparece em forma de quadro ou tabela, indicando cada tarefa a ser realizada nas linhas e o tempo</p><p>para a sua execução ao lado, na coluna correspondente.</p><p> Fonte: Lallanan/Shutterstock.</p><p> DICA</p><p>É importante que o pesquisador:</p><p>Faça o planejamento das ações ao longo dos meses: isso ajuda a antecipar dificuldades e</p><p>facilidades, trabalhar com prazos e ter compreensão de todas as tarefas articuladas, em uma</p><p>perspectiva geral de dependência entre elas.</p><p>Pense em questões como o orçamento da pesquisa (caso o projeto seja apresentado para pleitear</p><p>um financiamento).</p><p>Inclua no projeto as referências, contendo as fontes relativas às obras citadas, e tenha uma parte</p><p>do planejamento dedicada ao seu embasamento teórico, contextualizando o tema e realizando</p><p>uma revisão bibliográfica – assunto que será detalhado no próximo módulo.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. JÁ SABEMOS DA IMPORTÂNCIA DE UM PROJETO DE PESQUISA BEM</p><p>ELABORADO, A FIM DE QUE O PROCESSO E O RESULTADO DA PESQUISA</p><p>SEJAM EFETIVADOS. POR ISSO, É FUNDAMENTAL COMPREENDER BEM SEU</p><p>CONCEITO. ASSINALE A OPÇÃO QUE APRESENTA A DEFINIÇÃO DE UM</p><p>PROJETO DE PESQUISA:</p><p>A) É a etapa de planejamento não sistemática, que compreende uma reflexão particular do pesquisador</p><p>para, somente depois, iniciar a escrita de sua investigação.</p><p>B) É a materialização do planejamento da sua pesquisa, que possui a indicação de dois elementos: o</p><p>tema e os autores que irão compor o embasamento teórico.</p><p>C) É a concretização do planejamento da pesquisa, feito para mapear o caminho a ser percorrido</p><p>durante a investigação.</p><p>D) É um documento apresentado apenas quando se busca financiamento para uma pesquisa.</p><p>2. CONSIDERE A SEGUINTE SITUAÇÃO: UM PESQUISADOR, AO ESTABELECER</p><p>SEU TEMA PARA INVESTIGAÇÃO, COMEÇOU A SE FAZER INDAGAÇÕES PARA</p><p>DEFINIR UM RECORTE DENTRO DO TEMA, POIS AINDA SERIA MUITO</p><p>ABRANGENTE. NESSA PERSPECTIVA, O AUTOR COMEÇOU A FAZER UM</p><p>APROFUNDAMENTO DO ASSUNTO ATÉ CHEGAR A UMA QUESTÃO A SER</p><p>INVESTIGADA, O QUE RESTRINGIU E DIRECIONOU MELHOR O CAMPO DE</p><p>PESQUISA. A SITUAÇÃO VIVENCIADA PELO PESQUISADOR CORRESPONDE A</p><p>QUE ELEMENTO DO PROJETO DE PESQUISA?</p><p>A) Definição de objetivos</p><p>B) Delimitação do problema</p><p>C) Escolha da metodologia</p><p>D) Definição da justificativa</p><p>GABARITO</p><p>1. Já sabemos da importância de um projeto de pesquisa bem elaborado, a fim de que o processo</p><p>e o resultado da pesquisa sejam efetivados. Por isso, é fundamental compreender bem seu</p><p>conceito. Assinale a opção que apresenta a definição de um projeto de pesquisa:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>De acordo com Demo (1985), o projeto de pesquisa é feito para mapear o caminho a ser seguido. É o</p><p>instrumento de planejamento da pesquisa. As demais opções de resposta apresentam outras fases ou</p><p>características da pesquisa.</p><p>2. Considere a seguinte situação: um pesquisador, ao estabelecer seu tema para investigação,</p><p>começou a se fazer indagações para definir um recorte dentro do tema, pois ainda seria muito</p><p>abrangente. Nessa perspectiva, o autor começou a fazer um aprofundamento do assunto até</p><p>chegar a uma questão a ser investigada, o que restringiu e direcionou melhor o campo de</p><p>pesquisa. A situação vivenciada pelo pesquisador corresponde a que elemento do projeto de</p><p>pesquisa?</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>O processo que delimita o campo de investigação e estabelece um recorte do tema é o exposto na letra</p><p>B: delimitação do problema. É nessa etapa que se aprofunda o tema e se elabora a questão da</p><p>pesquisa.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Aplicar estratégias para a construção de um embasamento teórico coerente no trabalho de</p><p>pesquisa</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Você sabe aplicar estratégias para a construção de um embasamento teórico coerente no trabalho de</p><p>pesquisa? Para entendermos os conceitos envolvidos, vamos tomar por base uma situação prática do</p><p>mundo contemporâneo. Para tanto, vamos analisar o case a seguir:</p><p>Daniel elaborou seu projeto de pesquisa sobre a gestão de documentos no sistema informatizado da</p><p>secretaria de educação do município de Itaboraí. Ele buscou participar de aulas e eventos como</p><p>seminário e palestras que agregassem mais informações ao seu trabalho.</p><p>Em reuniões de debates com seu orientador, sempre saía com indicações de textos e livros e sugestão</p><p>de pesquisa sobre o pensamento de determinados autores. A este também foi sugerido que ficasse</p><p>atento à legislação antiga e às novas leis, decretos e normativas que tratassem da utilização de</p><p>documentos registrados.</p><p>Assim, depois que seguiu as indicações de seu orientador, Daniel foi capaz de analisar de forma</p><p>contundente o seu tema escolhido, resultando em um trabalho acadêmico bem escrito e da clara</p><p>compreensão ao público a que foi destinado.</p><p>Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar os pontos?</p><p>1. COMO ORIENTADOR, VOCÊ INDICARIA A DANIEL QUE PARA TER UM BOM</p><p>EMBASAMENTO TEÓRICO ELE DEVERIA FAZER:</p><p>A) o resumo.</p><p>B) o plano de trabalho.</p><p>C) a coleta de dados.</p><p>D) o levantamento bibliográfico.</p><p>E) o índice.</p><p>2. DANIEL PROCUROU VOCÊ PARA AJUDÁ-LO EM SEU PROJETO DE</p><p>PESQUISA. VOCÊ DISSE A ELE QUE A PESQUISA DEVE SEMPRE BUSCAR</p><p>BASES TEÓRICAS E CONCEITUAIS QUE ESTEJAM DE ACORDO COM:</p><p>A) o resumo do problema e com a linha de raciocínio desenvolvida.</p><p>B) a introdução e com a linha de raciocínio desenvolvida.</p><p>C) a ampliação do problema e com a linha de raciocínio desenvolvida.</p><p>D) o problema da pesquisa e com a linha de raciocínio desenvolvida.</p><p>E) a coleta de dados e com a linha de raciocínio desenvolvida.</p><p>GABARITO</p><p>1. Como orientador, você indicaria a Daniel que para ter um bom embasamento teórico ele</p><p>deveria fazer:</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>Um bom embasamento teórico deve estar apoiado por um levantamento bibliográfico consistente. O</p><p>resumo corresponde a uma recapitulação breve de um assunto; plano de trabalho é um esquema (visual</p><p>ou composto por texto) que lista todas as ações e etapas a serem realizadas; a coleta de dados consiste</p><p>em reunir informações; e o índice é uma listagem de itens.</p><p>2. Daniel procurou você para ajudá-lo em seu projeto de pesquisa. Você disse a ele que a</p><p>pesquisa deve sempre buscar bases teóricas e conceituais que estejam de acordo com:</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>O pesquisador deve buscar as bases teóricas e conceituais que sejam compatíveis com o problema de</p><p>pesquisa e com a linha de raciocínio desenvolvida no trabalho. O resumo, a introdução, a ampliação do</p><p>problema e coleta de dados não correspondem as bases teóricas e conceituais.</p><p>3. DANIEL INICIOU A SUA ESCRITA DE FORMA COERENTE</p><p>BUSCANDO EVIDENCIAR SEUS ARGUMENTOS. VOCÊ,</p><p>COMO ORIENTADOR, PERCEBE QUE DANIEL ESTAVA</p><p>ATENTO A QUAIS FATORES?</p><p>RESPOSTA</p><p>Daniel estava atento à contextualização e pesquisa, criação de tópicos, ao aprofundamento de conceitos,</p><p>referencial teórico com citações, à produção autoral, ao respeito aos direitos autorais e à apresentação do</p><p>estado da questão.</p><p>PREMISSA</p><p>No módulo anterior, descrevemos alguns elementos básicos que você precisa definir ao fazer uma</p><p>pesquisa. É importante que esses elementos estejam articulados de maneira coerente com a</p><p>perspectiva teórica que você vai adotar para encaminhar seu trabalho. É necessário buscar o</p><p>conhecimento já produzido sobre o seu tema e lançar luz sobre as questões que colaboram para a</p><p>compreensão do seu problema.</p><p>A apresentação de cada item do projeto foi feita separadamente, mas é preciso evidenciar a relação</p><p>profunda de complementaridade entre eles. A perspectiva teórica pode ser entendida como o fio</p><p>condutor, a linha que costura todos os elementos do projeto de modo coerente. Assim, você lança mão</p><p>de justificativas teóricas sempre que pertinentes, valoriza e demonstra conhecimento sobre o seu tema e</p><p>revela quais são as lacunas na teoria que sugere e justifica sua pesquisa.</p><p>Ou seja, mesmo que você escreva um capítulo separado para expor seu referencial teórico, as citações</p><p>e ideias dos autores de referência na área podem estar presentes em todo o seu projeto, desde a</p><p>introdução até as suas considerações finais.</p><p>javascript:void(0)</p><p> Fonte: jakkaje879/Shutterstock</p><p> COMENTÁRIO</p><p>Neste módulo, você irá refletir sobre como organizar o levantamento bibliográfico e o embasamento</p><p>teórico no projeto de pesquisa, o que possibilitará um diálogo lógico e bem fundamentado entre a teoria</p><p>e a realidade que se busca entender.</p><p>TEORIA</p><p>Diversos termos buscam definir o que aqui estamos chamando de levantamento bibliográfico e</p><p>embasamento teórico. É possível encontrar termos como “revisão bibliográfica” (MINAYO, 2009),</p><p>“revisão de literatura” (LAVILLE; DIONNE, 1999), “estado da arte” (GERHARDT; SILVEIRA, 2009), entre</p><p>outros.</p><p>Mas, em todas essas formas de nomear, há uma característica comum: buscar as bases teóricas e</p><p>conceituais que sejam compatíveis com o problema de pesquisa e com a linha de raciocínio</p><p>desenvolvida ao longo do trabalho.</p><p>O LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO É O CAMINHO PARA</p><p>SE TER UM BOM EMBASAMENTO TEÓRICO.</p><p> Fonte: alphaspirit/Shutterstock</p><p>VOCÊ SABE O QUE É TEORIA?</p><p>VERIFICAR</p><p>Minayo (2009, p. 16) define teoria como “conhecimentos que foram construídos cientificamente sobre</p><p>determinado assunto, por outros estudiosos que o abordaram antes de nós e lançam luz sobre a nossa</p><p>pesquisa”.</p><p>Para que seu projeto tenha um bom embasamento teórico, é importante fazer uma revisão bibliográfica</p><p>para mapear tudo o que já foi ponderado por outros autores e esteja diretamente relacionado ao seu</p><p>problema, evitando um discurso muito floreado, que visa apenas ao volume de informações, porém,</p><p>desconectadas entre si. Nisto consiste o trabalho: conseguir evidenciar o que, de fato, é relevante para o</p><p>seu problema de pesquisa, no meio de tudo que já foi produzido.</p><p>Minayo (2009) afirma que a teoria cumpre algumas funções relevantes:</p><p>• Colabora para evidenciar o objeto de investigação</p><p>• Ajuda a delimitar o problema e suas hipóteses de maneira mais eficaz</p><p>• Possibilita organização dos dados</p><p>• Conduz a análise dos dados</p><p>A busca pela perspectiva teórica a ser considerada no trabalho surge antes mesmo da sua escrita e se</p><p>estende até a leitura dos seus dados. Ela passa a ser o eixo em que todos os itens do projeto deverão</p><p>estar organizados.</p><p>javascript:void(0)</p><p>Existem as grandes teorias, desenvolvidas por autores clássicos e que compreendem um conjunto de</p><p>ideias articuladas que, muitas vezes, revolucionam o modo de pensar em determinado contexto</p><p>histórico. Essas grandes teorias são chamadas de fontes primárias.</p><p>Há, também, os autores que passaram a produzir conhecimento inspirado nas grandes teorias,</p><p>problematizando-as e colaborando com novos olhares. Ao elaborar seu projeto de pesquisa, tenha em</p><p>mente que o conhecimento científico não é dogmático. Ao contrário, ele passa por mudanças ao</p><p>longo dos anos e, ao fazer uma pesquisa, é necessário que você esteja atento também ao que se</p><p>produziu de novidade sobre o seu tema nos últimos anos.</p><p>IDEIAS REVOLUCIONADORAS</p><p>Por exemplo, a Teoria da Evolução das Espécies, de Charles Darwin, revolucionou a forma como</p><p>alguns conceitos eram explorados, ainda no século XIX.</p><p>CONHECIMENTO CIENTÍFICO NÃO É DOGMÁTICO</p><p>É preciso compreender a ciência como um conhecimento dinâmico, inacabado e passível de</p><p>mudanças. Embora seja organizado e legítimo, o conhecimento científico é, também, questionável</p><p>e pode sofrer alterações ao longo dos anos, mediante novos questionamentos.</p><p> DICA</p><p>Reflita sobre o seu problema de pesquisa considerando os autores clássicos e os mais contemporâneos.</p><p>Esteja atento à mudança na perspectiva teórica que diz respeito ao seu tema ao longo dos anos.</p><p>TEORIA X PRÁTICA</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>Você já parou para pensar nas frases que ouvimos repetidamente: “teoria é diferente da prática”, “isso é</p><p>só na teoria”, entre outras, que acabam por desvalorizar o ato de produzir conhecimento acadêmico</p><p>cientificamente?</p><p>Essas frases são repetidas, muitas vezes, por pessoas que não conseguiram ainda enxergar a</p><p>complementaridade entre teoria e prática e como uma ocorre em função da outra. Se, por um lado,</p><p>devemos assumir que o conhecimento prático, cotidiano, é resultado de interrogações teóricas</p><p>anteriores; por outro, é preciso assumir, também, que não se produz pesquisa e “teoria” sem um olhar</p><p>prático.</p><p>A teoria é fruto da busca constante por explicar e melhorar a realidade. Vamos entender isso:</p><p>Veiga-Neto (2012) propõe uma reflexão significativa nesse contexto quando, a partir da metáfora da</p><p>casa (BACHELARD, 2003), destaca que é preciso ir aos porões das casas em que habitamos.</p><p>Se partirmos dessa metáfora, a casa é o piso intermediário, onde acontecem as relações cotidianas</p><p>(práticas).</p><p>javascript:void(0)</p><p>O sótão da casa é o local para aonde iremos, no futuro, em que estão nossos objetivos e sonhos.</p><p>Já os porões consistem no lugar em que mora a memória, a história. Nessa perspectiva, aqui se</p><p>entende o porão como o lugar onde se pode compreender quem somos, por meio das memórias.</p><p>Podemos, inclusive, entender essas memórias como todas as contribuições dos autores que chegaram</p><p>antes de nós e refletiram sobre o tema que estamos a buscar compreensão.</p><p>REFLEXÃO DE VEIGA-NETO:</p><p>“Sem o acolhimento da casa e sem as memórias de que ela é a fonte primeira, seríamos seres</p><p>desenraizados; seres sem imaginação porque sem história, e sem história porque sem memória.</p><p>Mas, mesmo que acolhidos pela casa, corremos sempre o risco de viver bloqueados, viver no</p><p>alheamento, isto é, alienados no mundo e do mundo.</p><p>Isso será assim se não soubermos ocupar toda a casa, se nos mantivermos confinados apenas no</p><p>espaço intermediário, nesse espaço das experiências imediatas em que se desenrola o que</p><p>chamamos de vida concreta e de realidade. Se nos deixarmos prender nos andares intermediários,</p><p>sem habitar o sótão e o porão, perderemos boa parte de nossa própria condição humana, pois,</p><p>enquanto lá no sótão se dão as experiências da imaginação e da sublimação, é lá no porão que</p><p>estão as raízes e a sustentação racional da própria casa”</p><p>(VEIGA-NETO, 2012. p. 269).</p><p>Agora, podemos nos perguntar:</p><p>1</p><p>De que maneira você poderia ir aos porões para construir e articular bem a sua</p><p>pesquisa?</p><p>2 No que consiste essa tarefa, se você considerar a elaboração</p><p>do seu projeto?</p><p>3 Como seriam os porões do seu problema de pesquisa?</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>É possível conceber o piso intermediário como aquela realidade que você busca compreender e o sótão</p><p>como a melhoria esperada por você, profissional que busca formação para viabilizá-la.</p><p>MAS E OS PORÕES?</p><p>COMO VOCÊ PODERIA BUSCAR CONHECER ONDE FINCA</p><p>OS PÉS?</p><p>Se você não estabelecer uma relação entre essas “partes da casa”, corre um grande risco de viver</p><p>sujeito aos limites impostos pelos outros e pelos seus próprios, o que, consequentemente, vai</p><p>impossibilitar sua “ida ao sótão”, os seus voos mais altos.</p><p>Em síntese, as três dimensões estão articuladas: o futuro que se deseja e trabalha para construir, as</p><p>práticas cotidianas e os aspectos teóricos, as memórias. O profissional, para desenvolver uma postura</p><p>efetivamente coerente e promissora, precisa saber habitar todos os níveis da “casa” em que está</p><p>inserido. O contrário disso indica uma postura limitada e conformada.</p><p>CONSTRUINDO UM BOM EMBASAMENTO</p><p>TEÓRICO</p><p>Agora que você refletiu sobre a relevância e relação de complementaridade entre aspectos teóricos,</p><p>práticos e a realidade que se busca, exploraremos algumas maneiras de construir um embasamento</p><p>teórico de forma coerente.</p><p>É prudente considerar a reflexão teórica em duas perspectivas:</p><p>PRIMEIRA PERSPECTIVA: CONTATO INICIAL</p><p>A primeira perspectiva seria a do primeiro contato com o tema, para construir a revisão bibliográfica que</p><p>possibilita iniciar a organização do projeto, delimitando o problema, os objetivos e as hipóteses.</p><p>Ao escolher o tema para a pesquisa, você deve fazer um levantamento bibliográfico para analisar quais</p><p>foram as considerações já feitas sobre o seu problema de pesquisa. Esse levantamento consiste em</p><p>consultar, nos diferentes bancos de dados, o que já existe sobre determinado assunto. Considere livros,</p><p>artigos, periódicos e demais fontes confiáveis de pesquisa.</p><p>Esteja atento ao recorte temático. Um equívoco muito comum é fazer um levantamento bibliográfico</p><p>baseado somente no seu tema, em uma perspectiva macro. Lembre-se de que, ao definir um problema</p><p>de pesquisa, você estabeleceu um recorte que indica o que você quer analisar, dentro de um tema</p><p>maior. Evite informações irrelevantes para a sua pesquisa.</p><p>Para auxiliar na busca pela produção bibliográfica, é fundamental adotar uma estratégia de pesquisa. A</p><p>partir daí, você terá mais segurança para iniciar a escrita do seu projeto, pois será capaz de elaborar,</p><p>antecipar questões, criticar, formular. Seus argumentos e suas ponderações serão pautados em autores</p><p>de referência, fortalecendo seu projeto e sua pesquisa com um embasamento teórico coerente.</p><p>SEGUNDA PERSPECTIVA: ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL</p><p>TEÓRICO</p><p>A primeira perspectiva seria a de organização desse referencial teórico e a exposição das principais</p><p>ideias e citações em uma parte dedicada a isso no seu projeto.</p><p>Uma vez feita a pesquisa bibliográfica, como os teóricos podem ser incorporados ao seu trabalho? É</p><p>justo ressaltar que a pesquisa bibliográfica não se resume a esse momento inicial de contato com o</p><p>tema e o problema de pesquisa. Ela passa a ser uma ação recorrente e necessária ao bom</p><p>encaminhamento do seu trabalho. Ela é a base do processo investigativo. Portanto, é preciso estar</p><p>atento a tudo que está sendo publicado relacionado à sua problemática.</p><p>Depois, é necessário considerar que os autores de referência não estão limitados ao capítulo dedicado</p><p>ao embasamento teórico. Ao contrário, eles deverão ser a base que norteia o estabelecimento das</p><p>hipóteses, do problema, dos objetivos e do trabalho como um todo. Porém, em seu projeto, você terá</p><p>uma parte dedicada à contextualização e à exposição teórica do problema de pesquisa. A seguir, serão</p><p>exploradas algumas formas de organizar esse capítulo no trabalho.</p><p>Agora, iremos explorar as estratégias de pesquisa:</p><p> Fonte: BongkarnGraphic/Shutterstock</p><p>O QUE CONSIDERAR AO ESCREVER O SEU</p><p>EMBASAMENTO TEÓRICO?</p><p>Após fazer o levantamento bibliográfico sobre o tema e o problema de pesquisa, você deve se</p><p>perguntar: por onde eu começo para registrar, no projeto, todas as informações encontradas?</p><p>É comum, ao fazer a revisão e ter contato com múltiplas possibilidades de abordagem do seu tema, que</p><p>você se sinta instigado a incluir tudo no seu capítulo mais teórico. Também é possível você se perguntar</p><p>o que deve ser destacado no trabalho. O que, de tudo o que descobriu com a pesquisa, é relevante para</p><p>a sua questão?</p><p>Imagine que você esteja fazendo uma filtragem de todas as informações obtidas. O filtro deverá ter</p><p>critérios para cumprir sua tarefa, que é selecionar informações. Como estabelecer esses critérios e</p><p>eleger o que serve inicialmente e o que deve ser guardado para um momento posterior? Você pode</p><p>pensar nesses critérios de filtragem como o problema de pesquisa. Lembre-se de que, dentro do seu</p><p>tema, você estabeleceu um recorte para pesquisar de maneira mais focada determinada questão.</p><p>Inicie uma escrita coerente, que possa evidenciar tudo aquilo que reforça e sustenta os seus</p><p>argumentos. Esteja atento aos seguintes fatores ao escrever:</p><p>CONTEXTUALIZAÇÃO E PESQUISA</p><p>Adote uma escrita com exposição linear das ideias. Você pode fazer isso partindo de um contexto mais</p><p>amplo (do seu tema propriamente dito) para o mais específico (aquilo que compete ao seu problema de</p><p>pesquisa), ou pode fazer uma descrição das principais contribuições dos autores de forma cronológica,</p><p>por exemplo.</p><p>É possível, também, partir de uma perspectiva mais global sobre como o seu tema é discutido em</p><p>diversos países e, no segundo momento, restringir para a discussão local do tema. Ou seja: situe o</p><p>leitor, torne evidente a organização lógica no seu texto.</p><p>CRIAÇÃO DE TÓPICOS</p><p>Introduza questões, articule cada uma por vez e finalize com seus argumentos em um parágrafo que</p><p>sintetize a ideia. O texto pode parecer confuso se você não demonstrar essa organização das ideias.</p><p>Escreva, espere um ou dois dias e leia o que escreveu. Perceba se faz sentido, se falta informação ou</p><p>se uma argumentação é repetida desnecessariamente.</p><p>APROFUNDAMENTO DE CONCEITOS</p><p>Dê atenção aos conceitos abordados em sua justificativa ou definição do problema de pesquisa. No</p><p>capítulo de embasamento teórico, você deve viabilizar a ampliação do entendimento do leitor sobre o</p><p>conceito que sustenta seu argumento introdutório.</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO COM CITAÇÕES</p><p>É fundamental demonstrar que os argumentos apresentados são sustentados por outros autores. As</p><p>citações valorizam o seu trabalho e evidenciam questões relevantes.</p><p>Existem dois tipos de citação: direta ou indireta. Dentro de cada tipo, existem normas específicas para</p><p>incorporar a citação ao seu texto.</p><p>O trecho a seguir exemplifica a citação direta recuada:</p><p>Nas citações diretas, você inclui a escrita do autor tal como está na obra consultada, nas mesmas</p><p>palavras do autor. Elas devem ser incorporadas ao corpo do texto, caso tenham menos de três linhas,</p><p>apenas separadas por aspas. Ou seguir o exemplo destacado nestas linhas, caso seja uma citação</p><p>maior. Nesse caso, ela deverá ter uma letra menor, um espaçamento simples e um recuo esquerdo de</p><p>4cm. Em ambos os casos, devem ser indicados o autor, o ano e a página do trecho utilizado.</p><p>Em citações indiretas, você inclui as ideias do autor em suas próprias palavras, no corpo do texto,</p><p>indicando o nome do autor e o ano de publicação da obra em que se encontra aquele argumento.</p><p>PRODUÇÃO AUTORAL</p><p>Essa é uma importante tarefa nesse momento da escrita. Não é porque você baseia seus argumentos</p><p>em autores de referência que seus próprios argumentos estão inibidos. A tarefa consiste em “costurar”</p><p>seus argumentos com os dos autores, que validarão o que você está refletindo. É preciso articular suas</p><p>ideias com as dos autores, bem como as ideias de um autor com outro autor. Tudo isso faz do seu</p><p>trabalho um conteúdo autoral, é a teia de relações entre assuntos que você estabeleceu, com o seu</p><p>olhar.</p><p>Muitos temas podem ser tratados por pessoas diferentes de um modo bem similar, mas cada um</p><p>estabelece as relações com o tema de um jeito particular. O embasamento teórico é organizado a</p><p>partir de seu ponto de vista. É preciso respeitar e preservar as ponderações dos autores, tal como</p><p>foram feitas, evitando distorcer o que disseram. Ao mesmo tempo, é preciso deixar a sua marca,</p><p>comentar os posicionamentos dos autores, complementar quando necessário, sempre de forma</p><p>coerente.</p><p>RESPEITO AOS DIREITOS AUTORAIS</p><p>Durante o processo de construção do embasamento teórico, é fundamental estar atento ao plágio.</p><p>Informe quem é o responsável pelas ideias citadas por você. Respeite um limite para fazer as citações.</p><p>Elas reforçam seus argumentos e dão bases teóricas ao seu trabalho, mas o conteúdo maior deve ser</p><p>seu, elaborado em suas palavras.</p><p>Moraes (2004) considera o plágio como a imitação de uma obra, ocorrendo um atentado aos direitos</p><p>do autor quanto à integridade e à autoria de sua criação. Atualmente, com a facilidade de acesso à</p><p>informação, o plágio passou a ser uma ação ainda mais recorrente. As buscas na internet constituem um</p><p>avanço proporcionado pela tecnologia, mas devem ser feitas preservando a autoria de cada trabalho</p><p>publicado.</p><p>Apresente um conteúdo original, contendo argumentos desenhados por você, mesmo que inspirados em</p><p>obras anteriores, cite quais são essas obras. Dê os créditos ao autor da ideia, ou da citação.</p><p>APRESENTAÇÃO DO ESTADO DA QUESTÃO</p><p>Após fazer todas as ponderações que julgar necessárias à contextualização e abordagem do seu</p><p>assunto, apresente o estado da questão. Como, atualmente, a questão abordada em sua pesquisa está</p><p>sendo vista ou desenvolvida. Quais foram as mudanças de perspectiva ao longo dos anos, que</p><p>possibilitaram a atual abordagem do tema. Evidencie em que momento e complexidade encontra-se o</p><p>seu recorte.</p><p>Essas considerações assumem a forma de sugestões que devem orientar a escrita do seu trabalho, mas</p><p>não pretendem se concretizar em um passo a passo demasiadamente hermético. Muitos são os</p><p>caminhos possíveis e as demandas de cada investigação. Porém, considerando as questões</p><p>anteriormente abordadas, sua pesquisa terá melhor embasamento, reflexão e organização.</p><p>Todas as orientações feitas nos módulos 1 e 2 consistem em ações necessárias ao planejamento da sua</p><p>pesquisa, pontos a serem destacados. Conceitualmente, esses elementos ajudam o pesquisador a</p><p>contemplar os requisitos básicos em uma investigação científica. Entretanto, são necessárias aplicações</p><p>de normas técnicas para a apresentação do projeto.</p><p> COMENTÁRIO</p><p>No próximo módulo, serão exploradas as normas que você precisa adotar como padrão de organização</p><p>gráfica e de informações no seu projeto e nos demais trabalhos acadêmicos.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. CONSIDERE A SEGUINTE SITUAÇÃO:</p><p>UM PESQUISADOR INICIOU AS CONSULTAS PARA A CONSTRUÇÃO DO</p><p>EMBASAMENTO TEÓRICO DE SUA INVESTIGAÇÃO. ELE FOI ATÉ A BIBLIOTECA</p><p>E SELECIONOU OS PRINCIPAIS AUTORES CLÁSSICOS QUE DISCORREM</p><p>SOBRE O SEU PROBLEMA DE PESQUISA. COM AS OBRAS SELECIONADAS,</p><p>CONSEGUIU MONTAR UM BOM ACERVO. AO INICIAR A PRODUÇÃO</p><p>CORRESPONDENTE À EXPOSIÇÃO DE SEU REFERENCIAL TEÓRICO, ELE</p><p>ESCREVEU OS ARGUMENTOS DE MODO CONTEXTUALIZADO,</p><p>ESTABELECENDO UMA LÓGICA ENTRE AS INFORMAÇÕES APRESENTADAS,</p><p>COM CITAÇÕES INDICADAS DE MANEIRA PERTINENTE, SITUANDO E</p><p>ENVOLVENDO O LEITOR. COM ISSO, ELE FINALIZOU AS PÁGINAS MÍNIMAS</p><p>SOLICITADAS PELO ORIENTADOR QUE, AO LER O TEXTO, INDICOU O</p><p>ACRÉSCIMO DE INFORMAÇÕES AO CAPÍTULO, MESMO TENDO ATINGIDO O</p><p>NÚMERO MÍNIMO DE PÁGINAS PROPOSTO.</p><p>DE ACORDO COM O QUE FOI DISCUTIDO NESTE MÓDULO, O QUE PODE TER</p><p>MOTIVADO O ORIENTADOR A PEDIR A REVISÃO DO CAPÍTULO?</p><p>A) O orientador quer que ele inclua mais autores clássicos, pois é preciso mapear todos, mesmo que</p><p>não possuam relação direta com o problema estipulado, pois esses autores são fundamentais em</p><p>qualquer pesquisa acadêmica do tema.</p><p>B) O orientador não compreendeu bem seus argumentos, por esse motivo o texto precisa ser revisto.</p><p>C) O número de páginas pode ser ampliado, já que o texto ficou tão bom.</p><p>D) O orientador pediu para revisar o capítulo porque o aluno não apresentou o estado atual da questão</p><p>investigada, como ela é vista pelos autores que publicaram recentemente, mesmo que inspirados nos</p><p>clássicos.</p><p>2. NO PLANEJAMENTO E NA APRESENTAÇÃO DE UMA PESQUISA, O</p><p>EMBASAMENTO TEÓRICO NORTEIA A CONSTRUÇÃO DO(S) ITEM(NS):</p><p>A) Capítulo dedicado à escrita do embasamento e ao referencial teórico.</p><p>B) Deve fortalecer os argumentos apresentados na justificativa, parte onde se destaca a relevância do</p><p>trabalho. Incluir argumentos teóricos aqui é fundamental.</p><p>C) Deve estar disposto como fio condutor de todo o trabalho, sendo evidenciado, sempre que pertinente,</p><p>para justificar as escolhas, os recortes, a relevância do tema até a análise dos dados. Encontra lugar</p><p>privilegiado na seção dedicada à exposição da revisão bibliográfica e do embasamento teórico.</p><p>D) Tema. É por meio do embasamento teórico que se define um tema; em um segundo momento, é feito</p><p>um aprofundamento do tema para delimitar o problema, a questão a ser investigada.</p><p>GABARITO</p><p>1. Considere a seguinte situação:</p><p>Um pesquisador iniciou as consultas para a construção do embasamento teórico de sua</p><p>investigação. Ele foi até a biblioteca e selecionou os principais autores clássicos que discorrem</p><p>sobre o seu problema de pesquisa. Com as obras selecionadas, conseguiu montar um bom</p><p>acervo. Ao iniciar a produção correspondente à exposição de seu referencial teórico, ele</p><p>escreveu os argumentos de modo contextualizado, estabelecendo uma lógica entre as</p><p>informações apresentadas, com citações indicadas de maneira pertinente, situando e envolvendo</p><p>o leitor. Com isso, ele finalizou as páginas mínimas solicitadas pelo orientador que, ao ler o texto,</p><p>indicou o acréscimo de informações ao capítulo, mesmo tendo atingido o número mínimo de</p><p>páginas proposto.</p><p>De acordo com o que foi discutido neste módulo, o que pode ter motivado o orientador a pedir a</p><p>revisão do capítulo?</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>Ao escrever a parte teórica da pesquisa, é fundamental demonstrar conhecimento sobre os clássicos e</p><p>as últimas produções sobre o tema/problema. É indispensável apresentar o estado da questão, como ela</p><p>está sendo analisada no contexto atual. Muitos conceitos sofrem mudanças na perspectiva de como são</p><p>vistos ao longo dos anos, por isso demonstrar que entende essa trajetória é condição essencial.</p><p>2. No planejamento e na apresentação de uma pesquisa, o embasamento teórico norteia a</p><p>construção do(s) item(ns):</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>O embasamento teórico norteia todo o trabalho, até as conclusões. Existe também um espaço destinado</p><p>especialmente ao aprofundamento das questões teóricas relevantes para a pesquisa.</p><p>MÓDULO 3</p><p> Identificar as normas técnicas que devem ser consideradas ao elaborar um trabalho</p><p>acadêmico</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Você sabe identificar as normas técnicas que devem ser consideradas ao elaborar um trabalho</p><p>acadêmico? Para entendermos os conceitos envolvidos, vamos tomar por base uma situação prática do</p><p>mundo contemporâneo. Para tanto, vamos analisar o case a seguir:</p><p>José é biólogo e resolveu estudar em seu doutorado as consequências dos desmatamentos e das</p><p>queimadas nas áreas de cerrado, especialmente a mudança de comportamento e a diminuição de</p><p>determinadas espécimes típicos da região.</p><p>Ele detalhou em um quadro cada etapa de sua pesquisa, como viagens a campo, elaboração de</p><p>relatórios, coletas de dados, análise das informações e escrita.</p><p>Ocupou-se também de descrever quais seriam os procedimentos adotados em cada etapa de seu</p><p>estudo, além de dimensionar suas ações de acordo com uma estimativa temporal. Também elaborou um</p><p>resumo, a fim de esclarecer ao leitor, de forma suscinta, do que se tratava sua pesquisa. Assim,</p><p>começou a elaborar um texto acadêmico que continha: introdução, desenvolvimento e conclusão.</p><p>Além de escrevê-lo de acordo</p><p>com as seguintes orientações: digitação com fonte de cor preta e</p><p>tamanho 12 em Times New Roman, com o corpo do texto justificado, alinhado às margens direita e</p><p>esquerda e com espaçamento entre as linhas configurado para 1,5 em modelo de folhas configuradas</p><p>em tamanho A4.</p><p>Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar os pontos?</p><p>1. VOCÊ COMO ORIENTADOR IDENTIFICA QUE JOSÉ AO ESCREVER UMA</p><p>INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO DO TEXTO DE SUA</p><p>PESQUISA ESTAVA ELABORANDO:</p><p>A) os elementos textuais e elementos pós-textuais.</p><p>B) os elementos textuais.</p><p>C) os elementos pré-textuais e elementos textuais.</p><p>D) os elementos pré-textuais.</p><p>E) os elementos pós-textuais.</p><p>2. JOSÉ DIGITOU SEU TRABALHO COM FONTE DE COR PRETA E TAMANHO 12</p><p>EM TIMES NEW ROMAN, COM O CORPO DO TEXTO JUSTIFICADO, ALINHADO</p><p>ÀS MARGENS DIREITA E ESQUERDA E COM ESPAÇAMENTO ENTRE AS LINHAS</p><p>CONFIGURADO PARA 1,5 EM MODELO DE FOLHAS CONFIGURADAS EM</p><p>TAMANHO A4. JOSÉ, SABENDO QUE VOCÊ É UM ORIENTADOR, PERGUNTOU</p><p>QUAIS NORMAS ELE ESTAVA SEGUINDO. O QUE VOCÊ RESPONDEU?</p><p>A) As normas da assessoria técnica.</p><p>B) As normas profissionais.</p><p>C) As normas do padrão profissional.</p><p>D) As normas técnicas da ABNT.</p><p>E) As normas técnicas e a assessoria profissional.</p><p>GABARITO</p><p>1. Você como orientador identifica que José ao escrever uma introdução, desenvolvimento e</p><p>conclusão do texto de sua pesquisa estava elaborando:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>José ao escrever uma introdução, desenvolvimento e conclusão do texto estava elaborando a parte</p><p>escrita da pesquisa referente aos elementos textuais.</p><p>2. José digitou seu trabalho com fonte de cor preta e tamanho 12 em Times New Roman, com o</p><p>corpo do texto justificado, alinhado às margens direita e esquerda e com espaçamento entre as</p><p>linhas configurado para 1,5 em modelo de folhas configuradas em tamanho A4. José, sabendo</p><p>que você é um orientador, perguntou quais normas ele estava seguindo. O que você respondeu?</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>As normas técnicas da ABNT orientam para a elaboração de trabalhos os seguintes padrões: folhas</p><p>configuradas em tamanho A4; texto digitado com fonte de cor preta e tamanho 12; fonte do texto em</p><p>Times New Roman ou Arial; corpo do texto justificado, alinhado às margens direita e esquerda; e o</p><p>espaçamento entre as linhas deve ser configurado para 1,5.</p><p>3. JOSÉ ESCREVEU UM RESUMO (ELEMENTO PRÉ-</p><p>TEXTUAL) PARA SEU TRABALHO. ELE FICOU COM</p><p>ALGUMAS DÚVIDAS E RESOLVEU TE PROCURAR PARA</p><p>SABER QUAIS INFORMAÇÕES O RESUMO DEVE CONTER.</p><p>QUAL FOI A SUA RESPOSTA PARA O JOSÉ?</p><p>RESPOSTA</p><p>O Resumo é uma síntese do trabalho e deve ser composto por frases objetivas, abrangendo os seguintes</p><p>pontos: objetivos, ideia central, perspectiva teórica, metodologia e resultados obtidos. O Resumo deve ser</p><p>uma construção breve, por isso, geralmente, possui indicação de quantidade de linhas ou palavras. É</p><p>necessário ser direto e destacar a construção do trabalho e os resultados obtidos. Ao final, são indicadas as</p><p>palavras-chave (que resumem as ideias principais da pesquisa).</p><p>javascript:void(0)</p><p>AS NORMAS E A SOCIEDADE</p><p>A sociedade está organizada a partir de normas, que são compartilhadas entre grupos e organizações</p><p>sociais. As normas influenciam a economia, no modo como são produzidos os alimentos, a qualidade de</p><p>produtos e serviços. Elas estão presentes no dia a dia mais do que imaginamos e possuem a finalidade</p><p>de organizar, garantir qualidade, facilitar o acesso à informação, dentre outros benefícios.</p><p> Fonte: Paul Vasarhelyi/Shutterstock</p><p>As normas fazem parte da organização social. Quando surge a necessidade de criação de uma</p><p>norma, é porque um grupo, de algum jeito, já percebeu que a ausência de diretrizes tende a dificultar a</p><p>execução de uma tarefa ou a produção de algo.</p><p>No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) possui os comitês técnicos responsáveis</p><p>pela elaboração, aprovação e verificação da relevância das diferentes normas que são utilizadas como</p><p>padrão para a realização de atividades nos diversos níveis da organização social.</p><p>NO CONTEXTO DA PRODUÇÃO DE PESQUISA E</p><p>CONHECIMENTO, A ABNT APRESENTA AS NORMAS PARA</p><p>PRODUÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS DOS</p><p>DIFERENTES TIPOS.</p><p>Você possui o hábito de formatar seus trabalhos acadêmicos de acordo com normas técnicas?</p><p>Geralmente segue a formatação recomendada pela universidade? Se você já está familiarizado com</p><p>tais práticas, certamente compreende um pouco da relevância dessas normas.</p><p>Com o intuito de formalizar a apresentação das pesquisas, são consideradas algumas orientações que</p><p>norteiam a formatação padronizada das informações necessárias, seja no projeto, na monografia, artigo,</p><p>entre outros.</p><p>Muito se comenta sobre a aplicação das normas ABNT, mas imagine se não houvesse norma e os</p><p>trabalhos pudessem ser apresentados da maneira que os pesquisadores quisessem!</p><p>Quais seriam as vantagens? Certamente, você pensa em flexibilidade, autonomia de formatação,</p><p>facilidade. Agora, pense sob uma nova ótica: você já fez busca de trabalhos acadêmicos na internet,</p><p>ou em uma biblioteca? Como ocorreu essa busca? Você considerou palavras-chave?</p><p>Categorização por áreas? Resumo? O que tornou possível o acesso ao acervo desejado?</p><p>É possível que você tenha usado termos conhecidos como “palavras-chave” para buscas na internet e</p><p>consultado resumos de publicações antes de fazer a leitura completa, entre outros procedimentos que</p><p>viabilizam a sua busca.</p><p>Fonte: Autor/Shutterstock</p><p>Se você consegue acessar determinado acervo bibliográfico de maneira eficaz, é porque existem</p><p>procedimentos de catalogação, o que facilita as buscas e organização das publicações. Além disso, as</p><p>normas técnicas tendem a evitar o plágio e garantir a autoria das publicações ao pesquisador. Por esses</p><p>motivos, todos os trabalhos acadêmicos devem se basear, em sua organização, pelas normas</p><p>disponibilizadas pela instituição e pela ABNT.</p><p>EM QUE CONSISTEM ESSAS NORMAS TÉCNICAS?</p><p>VERIFICAR</p><p>javascript:void(0)</p><p>As normas formalizam a apresentação dos elementos constituintes do seu projeto de pesquisa,</p><p>monografia, artigo etc. Elas também apresentam quais deverão ser as configurações gráficas da</p><p>apresentação (tamanho de fonte, espaçamento, margens, entre outras configurações). Esse padrão de</p><p>apresentação dos trabalhos é adotado por diferentes instituições no Brasil. É importante ter familiaridade</p><p>com os procedimentos de formatação, adotando o padrão até mesmo em trabalhos menores, pois</p><p>garante organização e proximidade do autor com procedimentos e normas.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Aqui apresentamos os procedimentos mais comuns e presentes na maioria dos formatos de trabalhos</p><p>acadêmicos. Mas você deverá ficar atento também às orientações técnicas que receberá de seu curso</p><p>ou de sua instituição, que possuem liberdade de – obedecidas as normas gerais – definir normas que</p><p>marquem a especificidade da pesquisa por eles determinada.</p><p>ELEMENTOS BÁSICOS DE UM TRABALHO</p><p>ACADÊMICO</p><p>A seguir, serão explorados os elementos básicos de todos os trabalhos acadêmicos (monografias,</p><p>dissertações, entre outros). Um trabalho científico deve se apresentar organizado da seguinte forma:</p><p>PARTE EXTERNA</p><p>Capa</p><p>Lombada</p><p>ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS</p><p>Folha de rosto</p><p>Errata</p><p>Folha de aprovação</p><p>Dedicatória</p><p>mais...</p><p>ELEMENTOS TEXTUAIS</p><p>Introdução</p><p>Desenvolvimento</p><p>Conclusão</p><p>ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS</p><p>Referências</p><p>Glossário</p><p>Apêndice</p><p>Anexos</p><p>ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS</p><p>Folha de rosto</p><p>Errata</p><p>javascript:void(0)</p><p>Folha de aprovação</p><p>Dedicatória</p><p>Agradecimentos</p><p>Epígrafe</p><p>Resumo</p><p>Resumo em língua estrangeira</p><p>Lista de ilustrações</p><p>Lista de tabelas</p><p>Lista de abreviaturas e siglas</p><p>Sumário</p><p>AGORA VAMOS ESPECIFICAR CADA ÁREA APRESENTADA.</p><p> Fonte: Tero Vesalainen/Shutterstock</p><p>PARTE EXTERNA</p><p>Como pudemos perceber, costuma ser a menor parte do documento, contendo apenas dois elementos:</p><p>CAPA</p><p>Deve conter as informações na seguinte ordem: nome da instituição, nome do autor, título e subtítulo (se</p><p>houver), número do volume (se houver), cidade e ano. Consiste na apresentação</p><p>inicial do trabalho. O</p><p>texto deve estar em negrito, letras maiúsculas e centralizado, conforme a figura abaixo:</p><p>Fonte: Autor/Shutterstock</p><p>LOMBADA</p><p>Elemento opcional que contém em impressão longitudinal (do alto para baixo) as informações na</p><p>seguinte ordem: nome do autor, título do trabalho e informações numéricas, como volume (se houver).</p><p>As letras devem estar centralizadas e em negrito. A lombada é indicada quando o trabalho é impresso</p><p>para encadernação.</p><p>ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS</p><p>A parte interna do trabalho inicia com os elementos pré-textuais, que devem estar posicionados</p><p>anteriormente ao texto principal e oferecem informações relevantes para a identificação e utilização do</p><p>trabalho. Os elementos são:</p><p>FOLHA DE ROSTO</p><p>Semelhante à capa. Apresenta as informações na seguinte ordem: instituição, nome(s) do(s) autor(es);</p><p>título e subtítulo (se houver); número do volume (se houver); natureza da pesquisa e aprovação ou grau</p><p>pretendido com ela; nome do orientador, coorientador (se houver); local (cidade) da entidade onde a</p><p>pesquisa deve ser apresentada; ano de entrega.</p><p>Todas as informações devem estar centralizadas na página, exceto a natureza da pesquisa, grau e</p><p>aprovação pretendidos, bem como nome do orientador. Essas informações devem estar justificadas a</p><p>partir do meio da página, ocupando o lado direito e abaixo do título, conforme imagem abaixo. O verso</p><p>da folha de rosto conterá a ficha catalográfica, elemento que deverá ser solicitado na biblioteca da</p><p>instituição, após a finalização da pesquisa.</p><p>ERRATA</p><p>Elemento opcional inserido após a conclusão da escrita do trabalho, que visa citar possíveis erros que</p><p>ocorreram, seguidos de suas respectivas correções. Geralmente, indica-se número da folha, linha, local</p><p>do erro e correção, por meio dos termos “onde se lê…”, “leia-se…”.</p><p>FOLHA DE APROVAÇÃO</p><p>Obrigatória apenas em teses e dissertações.</p><p>DEDICATÓRIA</p><p>Página opcional em que o autor pode prestar uma homenagem ou dedicar o trabalho a uma ou mais</p><p>pessoas.</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>Elemento opcional para fazer agradecimentos a todos que contribuíram para a sua trajetória durante a</p><p>pesquisa. É importante agradecer ao orientador e à banca (se houver).</p><p>EPÍGRAFE</p><p>Elemento opcional em que o autor faz uma citação que vá ao encontro de sua pesquisa, indicando o</p><p>nome do autor da frase citada.</p><p>RESUMO</p><p>É importante destacar, em frases objetivas, a síntese do trabalho: objetivos, ideia central, perspectiva</p><p>teórica, metodologia e resultados obtidos. É orientado que o resumo seja uma construção breve, por</p><p>isso, geralmente, possui indicação de quantidade de linhas ou palavras. É necessário ser direto e</p><p>destacar os elementos essenciais. Ao final, são indicadas as palavras-chave (que resumem as ideias</p><p>principais da pesquisa).</p><p>RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA</p><p>Consiste na versão do seu resumo em uma língua estrangeira (geralmente em inglês). Em inglês:</p><p>ABSTRACT, em espanhol: RESUMEN, em francês: RÉSUMÉ, por exemplo. Obrigatório em dissertações</p><p>e teses.</p><p>LISTA DE ILUSTRAÇÕES</p><p>Elemento opcional que consiste em uma relação das ilustrações contidas no trabalho de maneira</p><p>sequencial e sua página correspondente. Devem ser consideradas figuras, desenhos, esquemas,</p><p>fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, entre outros, podendo haver recomendação de lista separada</p><p>para cada um desses tipos de ilustração. Deve conter o nome da ilustração seguido da página em que</p><p>se encontra. O título desse item deve estar em letras maiúsculas, centralizado no início da página e em</p><p>negrito.</p><p>LISTA DE TABELAS</p><p>Elemento opcional elaborado de acordo com a ordem das tabelas apresentadas no texto. Deve conter</p><p>cada item com seu nome específico, seguido da indicação da página em que está inserido. O título</p><p>desse item deve estar em letras maiúsculas, centralizado no início da página e em negrito.</p><p>LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS</p><p>Item opcional que consiste na apresentação em ordem alfabética de todas as abreviaturas e siglas</p><p>utilizadas no texto, seguidas das expressões correspondentes. O título deste item deve estar em letras</p><p>maiúsculas, centralizado no início da página e em negrito.</p><p>SUMÁRIO</p><p>Elemento obrigatório que consiste na enumeração sequencial dos capítulos, seções e demais formas de</p><p>subdividir o trabalho, acompanhadas de suas respectivas páginas. Deve seguir a numeração e</p><p>subdivisão propostas no corpo do texto, iniciando pelos elementos textuais. Deve haver uma linha</p><p>pontilhada que ligue o nome do capítulo à página correspondente. Observe a figura a seguir:</p><p>ELEMENTOS TEXTUAIS</p><p>Os elementos textuais consistem na apresentação da pesquisa em si. Sua organização é subdividida em</p><p>três partes distintas: introdução, desenvolvimento e conclusão. Esses elementos podem estar</p><p>organizados em capítulos, dependendo do formato e objetivo do trabalho apresentado, e podem ter</p><p>diversos títulos. Por exemplo, a parte do desenvolvimento do trabalho pode ter um ou mais títulos</p><p>criados, com nomes que correspondam à pesquisa em sua abordagem.</p><p>Os títulos precisam ser numerados sequencialmente, com a numeração correspondente à seção</p><p>alinhada à esquerda, antecedendo o nome do título, separados por espaço. Dessa forma, a página que</p><p>inicia um capítulo deve conter a numeração correspondente e o nome do título alinhados à esquerda,</p><p>em negrito. Em seguida, inicia-se a escrita do capítulo e se discorre sobre ele. Havendo necessidade de</p><p>subdivisões, a numeração deverá ser adotada também, mas seguindo a ordem de seção secundária</p><p>(adotar 1.1. para a primeira subdivisão do capítulo 1; 1.2. para a segunda e assim por diante).</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O texto introdutório deve conter alguns elementos que apresentem sua pesquisa. É importante fazer</p><p>uma breve exposição sobre a escolha do tema, delimitando o recorte, bem como a relação do tema com</p><p>outros, quando pertinente. É necessário evidenciar o problema de pesquisa, a justificativa, os objetivos e</p><p>a hipótese. Você pode fazer isso por meio de subseções no texto introdutório ou de maneira corrida,</p><p>mas é importante que o leitor consiga perceber a presença desses elementos. Geralmente, também é</p><p>na Introdução que a metodologia deve ser evidenciada, com a descrição de cada técnica e</p><p>procedimento de pesquisa.</p><p>Os seus argumentos expostos na Introdução também devem estar pautados em seu referencial teórico.</p><p>Evidencie isso, mesmo que rapidamente, podendo ser um assunto retomado de maneira mais ampla</p><p>quando estiver escrevendo o seu embasamento teórico.</p><p>A parte dedicada à exposição da sua revisão bibliográfica pode ser organizada em capítulo separado</p><p>(como parte do desenvolvimento) ou como uma subseção da introdução, dependendo do formato do</p><p>trabalho acadêmico em questão.</p><p>DESENVOLVIMENTO</p><p>O desenvolvimento é a exposição de todo o corpo da pesquisa. Deve conter a articulação ordenada dos</p><p>assuntos. Apresenta-se como a parte mais extensa, em geral. Os tópicos iniciados na introdução devem</p><p>ser desenvolvidos de modo mais detalhado. Nessa parte, também são apresentados os dados</p><p>observados, a análise feita e a ótica sob a qual essa análise foi proposta, destacando como os dados</p><p>foram interpretados.</p><p>A ótica da análise deve estar delineada pelas inspirações presentes no embasamento teórico. Se a</p><p>perspectiva teórica adotada em sua pesquisa é a inspiração para elaboração de hipóteses, é a mesma</p><p>perspectiva que vai possibilitar melhor compreensão dos resultados. O desenvolvimento deve ser</p><p>organizado em seções e subseções.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Parte final do texto, em que são expostas as considerações finais. Muitas vezes, não se chega a uma</p><p>conclusão fechada, pois o conhecimento científico é dinâmico e aberto a novas investigações. Pode-se</p><p>adotar o termo “considerações finais” para articular os resultados da sua pesquisa, tendo em vista</p><p>objetivos, hipóteses e resposta para o problema proposto.</p><p>FORMATO DO TRABALHO ACADÊMICO</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>Em projetos de pesquisa, por exemplo, Gil (2002) sugere que a revisão de literatura seja</p><p>apresentada como parte da introdução, podendo ser um subitem. Em trabalhos</p>

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