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<p>Cuidados á pessoa e família na saúde mental e psiquiátrica 01</p><p>Aspectos éticos e legais na</p><p>enfermagem saúde mental e</p><p>psiquiátrica</p><p>Definição</p><p>Os enfermeiros enfrentam desafios constantes ao</p><p>tomar decisões éticas e legais, especialmente em</p><p>situações complexas envolvendo pacientes com</p><p>doenças mentais. Eles praticam com compaixão e</p><p>respeito pela dignidade e individualidade de cada</p><p>pessoa, independentemente de suas circunstâncias</p><p>sociais, econômicas ou problemas de saúde.</p><p>Breve apresentação do contexto</p><p>internacional</p><p>Em 2007, a Organização Mundial da Saúde e o</p><p>Conselho Internacional de Enfermeiros propuseram</p><p>um atlas chamado "Enfermeiro em Saúde Mental".</p><p>Esse documento reconhece que o cuidado em</p><p>enfermagem na saúde mental é essencial na</p><p>assistência à saúde, destacando que o enfermeiro é o</p><p>líder da equipe e deve estar habilitado para oferecer</p><p>cuidados eficazes nesse campo.</p><p>O levantamento no atlas revelou que, em países de</p><p>baixo ou médio desenvolvimento, há uma escassez de</p><p>profissionais capacitados em Saúde mental, com</p><p>formação inadequada. O principal achado foi a grave</p><p>insuficiência de enfermeiros nessa área nos países em</p><p>desenvolvimento.</p><p>A tecnologia mais refinada na área se refere às</p><p>habilidades interpessoais do profissional, como</p><p>compreensão, aceitação e comunicação. O enfermeiro</p><p>em Saúde Mental desempenha um papel crucial na</p><p>assistência a pessoas com transtornos mentais e na</p><p>proteção de seus direitos ao tratamento nas</p><p>instituições e na sociedade.</p><p>Princípios básicos e direitos do doente</p><p>mental</p><p>Há mais de uma década, a Organização Mundial da</p><p>Saúde propôs princípios para guiar ações de governos</p><p>e regulamentar a saúde mental, visando proteger os</p><p>direitos de pessoas com transtornos mentais.</p><p>Destaca-se o respeito pelos valores individuais,</p><p>sociais, culturais, éticos, religiosos e fisiológicos, além</p><p>das necessidades das pessoas afetadas.</p><p>A assistência ao tratamento deve ocorrer em</p><p>ambientes com mínima restrição pessoal. A</p><p>internação involuntária deve ser o último recurso,</p><p>com condições e circunstâncias bem definidas. É</p><p>necessário reavaliar a situação e garantir a alta assim</p><p>que essas condições cessarem.</p><p>A assistência e o tratamento devem promover a</p><p>autodeterminação e a responsabilidade individual,</p><p>permitindo que as pessoas escolham sobre sua</p><p>assistência. A legislação deve garantir que o</p><p>tratamento seja imposto apenas em situações</p><p>limitadas e como última alternativa, respeitando os</p><p>desejos e sentimentos dos indivíduos incapazes de</p><p>decidir.</p><p>A previsão de cuidados e tratamentos visa permitir</p><p>que a pessoa alcance seu máximo nível de saúde e</p><p>bem-estar. Isso implica em um ambiente seguro, onde</p><p>as únicas restrições são a proteção da saúde e</p><p>segurança do indivíduo e de terceiros.</p><p>Não deve haver restrições para o paciente contatar</p><p>amigos e parentes, exceto em situações bem</p><p>definidas. É importante proteger contra abusos e</p><p>negligência. Embora a tomada de decisões seja</p><p>complexa, a dificuldade é ainda maior para portadores</p><p>de transtornos mentais.</p><p>Em situações de saúde, é obrigação informar de forma</p><p>clara, respeitando o entendimento da pessoa, sem</p><p>decidir por ela. Quando há conflito de interesse, o</p><p>Ministério Público pode intervir para representar a</p><p>vontade de quem não pode decidir por si mesmo.</p><p>Os familiares ou responsáveis legais devem ter o</p><p>direito de se manifestar quando o paciente não puder</p><p>decidir. O paciente deve ter acesso ao melhor</p><p>tratamento de saúde, ser tratado com humanidade e</p><p>respeito, visando sua recuperação e reintegração na</p><p>família, no trabalho e na comunidade, além de ser</p><p>protegido contra abusos e exploração.</p>