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<p>PROBLEMA VI</p><p>Tutoria, 2024/1.</p><p>R.S.E., 38 anos, escrivã de polícia, residente em Santa Cruz do Sul-RS. Chega na UBS com queixa de dor intensa</p><p>(7/10). A paciente relata que os primeiros sintomas começaram a se manifestar no ano de 2021, com dores nas</p><p>mãos, inchaço e os dedos ficavam brancos e rígidos ao entrarem em contato com água fria e locais com ar-</p><p>condicionado, dores fortes nos joelhos a impossibilitou de se locomover, sendo frequente os atendimentos em</p><p>emergência. Relata que ambas as vezes a dor melhorava ao uso de AINEs, principalmente Ibuprofeno 600mg-</p><p>VO e Betametasona injetável. Observou ganho significativo de peso, em torno de 12kg. Foram realizados</p><p>exames de sangue e após o resultado, correlacionado com as queixas clínicas. Iniciou o tratamento, mas</p><p>outros sintomas foram se manifestando, queda de cabelo, formigamento pelo corpo, inchaço e vermelhidão</p><p>nos olhos, erupções cutâneas, aftas, taquicardia e depressão. Relata fadiga, que iniciou conjuntamente com o</p><p>quadro há 9 meses e perdura até os dias atuais. Informa ainda sensação febril de prostração (sic), não</p><p>chegando a mensurar a febre, mas que iniciou recentemente, cerca de 2 semanas e que tem atrapalhado</p><p>bastante o seu cotidiano. Nega DM, HAS, asma, uso de medicamentos, internações, traumas, cirurgias prévias,</p><p>alergias a medicamentos e alimentos. Nega transfusão sanguínea. Nega viagens recentes, contato com</p><p>pessoas com doenças infectocontagiosas. Nega outras doenças de caráter heredofamiliar. Nega etilismo e uso</p><p>de drogas ilícitas. Refere ser tabagista há 10 anos, fumando 1 maço/dia. Refere boa alimentação e</p><p>sedentarismo. Ao exame físico: PA= 130X80 mmHg, FC= 78 bpm; FR= 18 irpm; BEG e nutricional vígil,</p><p>normocorada, afebril e acianótica. Sem alterações em cabeça e pescoço. ACV: BRNF em 2 tempos, sem sopro;</p><p>ictus não palpável. ABD: Plano e flácido, simétrico, cicatriz umbilical intrusa e centralizada, RHA+ indolor a</p><p>palpação e ausência de visceromegalias. Osteomuscular: Manutenção de movimentos de flexão, dorsiflexão,</p><p>abdução e adução em ambos os punhos. Dificuldade de realizar movimentos de flexão e extensão das</p><p>articulações. Ao teste do squeeze sentiu intensa dor. Perfusão tissular periférica preservada e sem presença de</p><p>edemas. Foram realizados vários exames laboratoriais e de imagem, tomografia computadorizada,</p><p>ressonância magnética, eletroneuromiografia, exame de sangue, e com os resultados foram diagnosticados,</p><p>Lúpus Eritematoso Sistêmico e Miopatia.</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM</p><p>Diferenciar inflamação aguda e crônica.1.</p><p>Definir doenças autoimunes reumatológicas e dados epidemiologicos (características</p><p>regionais). (principais)</p><p>2.</p><p>Conhecer a fisiopatologia e manifestações clínicas das artrites e artropatias.3.</p><p>Apontar o método diagnóstico clínico, laboratorial e exames complementares das artrites e</p><p>artropatias e os diagnósticos diferenciais (das colagenoses); (quando indicar cada exame).</p><p>4.</p><p>Conhecer os fatores de risco e a prevenção das artrites e artropatias.5.</p><p>Identificar o tratamento farmacológico e não farmacológico das doenças reumatológicas.6.</p><p>Compreender poliartralgia assimétricas e simétricas dos membros. 7.</p><p>Explicar o mecanismo de ação dos principais fármacos utilizados no tratamento das</p><p>doenças autoimunes.</p><p>8.</p><p>Identificar os riscos da automedicação de AINES e corticoesteroides (hidrocortisona?).9.</p><p>Discutir o impacto negativo das doenças autoimundes no contexto biopssicosocial.10.</p><p>1- Diferenciar inflamação aguda e crônica.</p><p>Fonte: Robbin. Patologia básica, 2013.</p><p>2- Definir doenças autoimunes reumatológicas e dados</p><p>epidemiologicos (características regionais). (principais)</p><p>Doença autoimune é uma condição em que o</p><p>sistema imunológico, ataca erroneamente as</p><p>células, tecidos e órgãos saudáveis do próprio</p><p>corpo. Isso ocorre porque o sistema</p><p>imunológico não consegue distinguir entre os</p><p>próprios tecidos e substâncias estranhas,</p><p>levando a uma resposta imune inadequada e</p><p>inflamação crônica.</p><p>Fonte: Avaliação epidemiológica de doenças autoimunes diagnosticadas e tratadas no ambulatório da Policlínica Oswaldo Cruz, Município</p><p>de Porto Velho, RO</p><p>3- Conhecer a fisiopatologia e manifestações clínicas das</p><p>artrites e artropatias.</p><p>Fonte: Robbins & Cotran Patologia. 9ª Ed.</p><p>Inflamatória/degenerativo</p><p>Fonte: Robbins & Cotran Patologia. 9ª Ed.</p><p>Definição de acometimento</p><p>4- Apontar o método diagnóstico clínico, laboratorial e</p><p>exames complementares das artrites e artropatias e os</p><p>diagnósticos diferenciais (das colagenoses); (quando</p><p>indicar cada exame).</p><p>O teste do aperto (Squeeze test) é um teste com</p><p>elevada sensibilidade para avaliar a dor de maneira</p><p>mais objetiva, sendo referida após o examinador</p><p>comprimir as articulações metacarpofalangeanas ou</p><p>metatarsofalangeanas.</p><p>Fonte:NÚCLEO DE TELESSAÚDE DA</p><p>UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL</p><p>Osteoartrite</p><p>5- Conhecer os fatores de risco e a prevenção das artrites e</p><p>artropatias.</p><p>6- Identificar o tratamento farmacológico e não</p><p>farmacológico das doenças reumatológicas.</p><p>Tratamento farmacológico das doenças reumáticas. Medicina, Ribeirão Preto</p><p>Não farmacológico</p><p>Terapia</p><p>ocupacional</p><p>Cirurgia</p><p>Fisioterapia</p><p>MEV</p><p>7- Compreender poliartralgia assimétricas e</p><p>simétricas dos membros.</p><p>Homúnculo reumatológico</p><p>8- Explicar o mecanismo de ação dos principais</p><p>fármacos utilizados no tratamento das doenças</p><p>autoimunes.</p><p>9- Identificar os riscos da automedicação de AINES e</p><p>corticoesteroides (hidrocortisona?).</p><p>10- Discutir o impacto negativo das doenças</p><p>autoimunes no contexto biopssicosocial.</p>