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<p>Parte superior do formulário</p><p>Questão 1</p><p>Correto</p><p>Atingiu 2 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>A concepção de uma “nacionalidade mestiça” brasileira, de modo geral, considera que o povo aqui surgiu historicamente do cruzamento de três raças (o europeu, o índio e o africano), mas, depois desse momento inicial, os brasileiros já não são mais portugueses/europeus, nem africanos e nem índios, mas um “povo novo”, resultado desse cadinho de raças diferentes do passado colonial. Porém, esta concepção de que o povo brasileiro é mestiço carrega consigo, por outro lado, um discurso ideológico que estabelece a ideia de unidade nacional e esconde o racismo e as contradições étnico-raciais historicamente constituídas e ainda presentes na sociedade atual, além de amenizar a pauta pública nacional sobre as reivindicações dos povos e populações tradicionais no país. Considerando o enunciado acima, atente para o que se afirma a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso. ( ) Pensar que no Brasil de hoje todos somos mestiços resulta em um pensamento que exclui da história as matrizes étnico-raciais indígena e negra na formação da nação, considerando apenas os portugueses. ( ) A principal consequência da ideia da mestiçagem é a de comprovar que, no Brasil, há de fato uma democracia racial que promove uma sociedade sem falsas contradições uma vez que todos são brasileiros. ( ) A concepção de uma “mestiçagem brasileira” pode esconder as lutas políticas por direitos e ações afirmativas das pessoas negras, das comunidades quilombolas e dos povos tradicionais indígenas. ( ) Imaginar que o brasileiro é mestiço e não mais branco, negro ou índio prejudica o reconhecimento de que a sociedade brasileira é composta pela diversidade étnico-racial e pelo multiculturalismo. A sequência correta, de cima para baixo, é:</p><p>c.</p><p>F, F, V, V.</p><p>Feedback</p><p>Sua resposta está correta.</p><p>Questão 2</p><p>Correto</p><p>Atingiu 2 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>As populações indígenas no Brasil lutam, hoje, majoritariamente, por direitos como o de demarcação de seus territórios e por políticas públicas nas áreas de educação e de saúde. Ainda hoje, sofrem preconceitos, como o argumento de que não existiriam mais povos indígenas atualmente, uma vez que eles estariam quase extintos e os poucos que sobraram já estariam integrados à vida moderna e à sociedade brasileira. Contudo, a integração dos povos indígenas tanto à modernidade quanto à sociedade brasileira não significa a perda de suas culturas e de suas identidades socioculturais. Existem indígenas de várias etnias pelo Brasil que conseguem formação acadêmica, são aprovados em concursos públicos e possuem emprego formal. Essas pessoas não deixam de ser indígenas enquanto mantiverem o sentimento de pertencer às suas comunidades, de cultivarem suas tradições, de terem seus direitos constitucionais garantidos e de se reconhecerem e serem reconhecidos como indígenas, mesmo que participem da vida moderna. Partindo do exposto, avalie as seguintes afirmações. I. A identidade indígena não é uma questão de cocar de pena, urucum e arco e flecha, mas sim um modo de ser, e não de parecer. II. A principal luta indígena é pelo reconhecimento do Estado e da sociedade de que o indígena não tem preguiça de trabalhar. III. Os povos tradicionais indígenas sofrem com a conquista cultural da modernidade que os descaracterizam. IV. A preservação das culturas dos povos tradicionais no Brasil não pode estar desassociada da manutenção da cidadania. É correto o que se afirma em</p><p>a.</p><p>I e IV, apenas.</p><p>Sua resposta está correta.</p><p>Questão 3</p><p>Correto</p><p>Atingiu 2 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>Leia o trecho do poema “Eu, etiqueta”, de Carlos Drummond de Andrade. Estou, estou na moda. É duro andar na moda, ainda que a moda Seja negar minha identidade, Trocá-la por mil, açambarcando1 Todas as marcas registradas, Todos os logotipos do mercado. Com que inocência demito-me de ser Eu que antes era e me sabia Tão diverso de outros, tão mim mesmo, Ser pensante sentinte e solitário Com outros seres diversos e conscientes De sua humana, invencível condição. Agora sou anúncio Ora vulgar ora bizarro. Em língua nacional ou em qualquer língua. (www.sociologia.seed.pr.gov.br) 1açambarcar: tomar com exclusividade. O trecho do poema faz uma crítica à:</p><p>c.</p><p>Padronização da sociedade, intensificada pelo processo de globalização</p><p>Sua resposta está correta.</p><p>Questão 4</p><p>Correto</p><p>Atingiu 2 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>O trecho abaixo apresenta elementos importantes acerca das contribuições da cosmologia Yanomami para o entendimento da relação entre seres humanos e o mundo. Os xamãs yanomami não trabalham por dinheiro, como os médicos dos brancos. Trabalham unicamente para o céu ficar no lugar, para podermos caçar, plantar nossas roças e viver com saúde. […] Para os brancos, é diferente. Eles não sabem sonhar com os espíritos como nós. Preferem não saber que o trabalho dos xamãs é proteger a terra, tanto para nós e nossos filhos como para eles e os seus. KOPENAWA, D.; ALBERT, B. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015 p.216-217, grifos nossos) Considere a frase abaixo e assinale a alternativa que a completa CORRETAMENTE. Quando o xamã yanomami Davi Kopenawa escreve que os brancos não sabem sonhar com os espíritos, é a mesma coisa de escrever que os não indígenas…</p><p>e.</p><p>Não refletem sobre as forças que mantêm o equilíbrio dos ecossistemas terrestres.</p><p>Não refletem sobre as forças que mantêm o equilíbrio dos ecossistemas terrestres.</p><p>Feedback</p><p>Sua resposta está correta.</p><p>Questão 5</p><p>Correto</p><p>Atingiu 2 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>Nos últimos anos, no Brasil, surgiu a falácia de uma “ideologia de gênero”, que tem constrangido e, mesmo, reprimido uma educação para a diversidade nas escolas. Grosso modo, os que pregam contra o debate de gênero nas escolas têm o receio de que trazer esse tema para perto das crianças possa significar “destruir os valores morais da família” e “ensinar as novas gerações a serem gays”. Todavia, a discussão sobre gênero passa por outros caminhos e objetivos educacionais: trata de ensinar limites pessoais, tolerância, respeito à diversidade humana, que é, além de sexual, também, racial e social. Entretanto, quando a escola não planeja uma educação para a diversidade e procura evitar, a todo custo, o debate sobre gênero e orientação sexual, por exemplo, prioriza outros temas e possibilita a continuidade, na sociedade como um todo, de intolerâncias, violências ligadas à questão de gênero, preconceitos e discriminações. A partir do exposto, é correto afirmar que</p><p>c.</p><p>É na infância e na adolescência que se constrói o entendimento sobre o mundo social, e são momentos importantes para ensinar respeito e tolerância.</p><p>É na infância e na adolescência que se constrói o entendimento sobre o mundo social, e são momentos importantes para ensinar respeito e tolerância.</p><p>Feedback</p><p>Sua resposta está correta.</p><p>Questão 6</p><p>Completo</p><p>Vale 15 ponto(s).</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>A educação é a ação exercida, pelas gerações adultas, sobre as gerações que não se encontrem ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio especial que a criança, particularmente, se destine.</p><p>DURKHEIM, Émile. Educação e sociologia. 8. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1972, p. 41.</p><p>A educação é, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não as expulsar de nosso mundo e abandoná-las a seus próprios recursos, e tampouco arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova e imprevista para nós, preparando-as em vez disso com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum.</p><p>ARENDT, Hannah. A crise na educação. In: ________. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, p. 247, 2011.</p><p>Texto de resposta</p><p>Feedback</p><p>A partir dos textos acima e de seus conhecimentos de sociologia, escreva um breve comentário respondendo:</p><p>a educação serve para conservar ou transformar a sociedade?</p><p>Desde o seu início, a sociologia preocupou-se com a educação. Para Émile Durkheim, a educação é eminentemente conservadora, pois é ela que faz com que a sociedade se reproduza através das gerações. No entanto, em um mundo de desigualdades sociais, esse papel reprodutor da sociedade tem sido questionado. Autores como Pierre Bourdieu afirmam que a educação reproduz também as desigualdades de classe social. Assim sendo, a educação tem assumido hoje esse papel ambivalente, de conservar a sociedade (naquilo que é considerado legítimo) e transformá-la (naquilo que acreditamos que pode ser melhor).</p><p>Questão 7</p><p>Correto</p><p>Atingiu 2 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>Os estudos sobre gênero têm demonstrado, desde os anos finais da década de 1990, que a definição do que é ser mulher, com suas lutas e desafios, perpassa por vários eixos ou vias de subordinação que se entrecruzam para que se atinja essa compreensão. Ao lado do gênero, outros marcadores sociais como raça e classe devem ser levados em conta na definição do que é ser mulher, bem como devem ser considerados os diversos tipos de violência e opressão a que as mulheres estão expostas. No Brasil, por exemplo, é sociologicamente correto afirmar que mulheres brancas e de classe alta não enfrentam os mesmos problemas que mulheres pretas e pobres. Partindo do exposto, é correto afirmar que o conceito dos estudos de gênero que considera o fator do entrecruzamento dos marcadores sociais de gênero, raça e classe é denominado:</p><p>b.</p><p>Interseccionalidade.</p><p>Feedback</p><p>Sua resposta está correta.</p><p>Questão 8</p><p>Incorreto</p><p>Atingiu 0 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>Há uma década, Alter (PA) e Santarém (PA) resgatam o idioma de nheengatu — a língua mais falada no Brasil e proibida em 1758 pela Coroa portuguesa — por meio do ensino em 47 escolas. Uma delas é a Escola Indígena Antônio de Sousa Pedroso, mais conhecida como Escola Borari. A região é hoje repleta de mestres nativos de nheengatu. Nhe’eng significa “língua”, e “boa” é a tradução de katu. Daí o nheengatu ou nhengatu (ou língua geral), criado no século 16 pelos jesuítas a partir do tupi e criminalizado no século 18 por um decreto do Marquês de Pombal. LEMOS, S. Indígena ensina língua proibida pelos portugueses na paradisíaca Alter (PA). Disponível em: https://tab.uol.com.br. Acesso em: 11 nov. 2021 (adaptado). O ensino da língua mencionada no texto tem como objetivo a</p><p>b.Valorização da tradição cultural.</p><p>Questão 9</p><p>Correto</p><p>Atingiu 2 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>Considere o trecho a seguir: Os problemas de diversidade e pluralismo colocados em pauta pelas sociedades multiculturais, a partir da década de 1980, obrigaram-nos a uma nova reflexão sobre o reconhecimento universalista proposto pela Modernidade. Os movimentos sociais organizados por homossexuais, negros, mulheres, entre outros grupos, passaram a reivindicar a efetiva realização da igualdade de oportunidades e o fim dos princípios discriminatórios. Deu-se, então, o estabelecimento de políticas públicas que ficaram conhecidas como políticas de ação afirmativa. (O’DONNEL, Julia et al. Tempos modernos, tempos de sociologia. Rio de Janeiro: Editora do Brasil, 2018.) Com base na argumentação das autoras, pode-se afirmar que:</p><p>e.</p><p>Ações afirmativas se baseiam em um pressuposto que leva em conta as condições desiguais de determinados grupos sociais para acesso às oportunidades sociais.</p><p>Ações afirmativas se baseiam em um pressuposto que leva em conta as condições desiguais de determinados grupos sociais para acesso às oportunidades sociais.</p><p>Feedback</p><p>Sua resposta está correta.</p><p>Questão 10</p><p>Incorreto</p><p>Atingiu 0 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>Gilberto Freyre afirmava que a sociedade brasileira é embasada nesses dois extremos: a Casa-Grande e a Senzala. Tais extremos foram sendo constituídos em vários sentidos sociais de forma contraditória, porém, flexível e plástica. Uma vez que a formação brasileira não se processou no puro sentido da europeização ao entrar em contato com as culturas indígena e africana. A formação brasileira, insiste o autor, foi um “processo de equilíbrio de antagonismos”. Equilíbrio entre os Senhores de Engenho e seus escravos que teria ocorrido pela maneira como se deu a mestiçagem na história do Brasil. Os filhos e as filhas das índias com os primeiros conquistadores e das negras com os seus Senhores, os mestiços, teriam contribuído para este balanceamento equilibrado que foi fundamental para as relações étnico-raciais no Brasil. Esta concepção de equilíbrio entre a CasaGrande e a Senzala de Freyre (2013) contribuiu para a concepção:</p><p>.</p><p>Da democracia racial.</p><p>Feedback</p><p>Sua resposta está incorreta.</p><p>Questão 11</p><p>Completo</p><p>Vale 15 ponto(s).</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>O tempo constituiu um elemento importante na análise de uma cultura. Nesse mesmo quarto de século, mudaram-se os padrões de beleza. Regras morais que eram vigentes passaram a ser consideradas nulas: hoje uma jovem pode fumar em público sem que a sua reputação seja ferida. Ao contrário de sua mãe, pode ceder um beijo ao namorado em plena luz do dia. Tais fatos atestam que as mudanças de costumes são bastante comuns. Entretanto, elas não ocorrem com a tranquilidade que descrevemos. Cada mudança, por menor que seja, representa o desenlace de numerosos conflitos. Isso porque em cada momento as sociedades humanas são palco do embate entre tendências conservadoras e inovadoras. As primeiras pretendem manter os hábitos inalterados, muitas vezes atribuindo ao mesmo uma legitimidade de ordem sobrenatural. As segundas contestam a sua permanência e pretendem substituí-los por novos procedimentos. [...] Cada sistema cultural está sempre em mudança. Entender sua dinâmica é importante para atenuar o choque entre as gerações e evitar comportamentos preconceituosos.</p><p>(LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2001, p. 99-101.)</p><p>Segundo Roque Laraia, quais são os principais impactos da mudança social nos sistemas culturais?</p><p>Texto de resposta</p><p>De acordo com Roque Laraia, os sistemas culturais são constantemente impactados por mudanças nos padrões morais e de comportamento, nas formas de pensar e compreender o mundo, na maneira de se relacionar e nos padrões de socialização. Estas mudanças colocam em conflito gerações diferentes, que se chocam e redefinem, o tempo todo, sua própria cultura. Os conflitos geracionais, ainda que representem um desafio cotidiano, são a engrenagem pela qual avançamos, nos redefinimos e desenhamos o presente e o futuro. Por isso, Roque Laraia destaca a necessidade de compreendê-los a fim de atenuar os choques, ainda que estes sejam inevitáveis.</p><p>Questão 12</p><p>Correto</p><p>Atingiu 2 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>TEXTO I Como presença consciente no mundo não posso escapar a responsabilidade ética no meu mover-me no mundo. Se sou puro produto da determinação genética ou cultural ou de classe, sou irresponsável pelo que faço no meu mover-me no mundo e, se careço de responsabilidade, não posso falar em ética. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Pauio. Paz e Terra, 1996. TEXTO II Paulo Freire construiu uma pedagogia da esperança. Na sua concepção, a história não é algo pronto e acabado. As estruturas de opressão e as desigualdades, apesar de serem naturalizadas, são sócio e historicamente construídas. Daí a importância de os educandos tomarem consciência da sua realidade para, assim, transformá-la. DEMARCHI, J. L, Paulo Freire. Disponível em: https://diplomatique.org.br. Acesso em: 6 out 2021 (adaptado) Com base no conceito de ética pedagógica presente nos textos, os educandos tornam-se responsáveis pela:</p><p>e.</p><p>Participação sociopolítica.</p><p>Feedback</p><p>Sua resposta está correta.</p><p>Parte superior do formulário</p><p>Questão 1</p><p>Incorreto</p><p>Atingiu 0 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>Em Vitória (ES), no bairro Goiabeiras, encontramos as paneleiras, mulheres que são conhecidas pelos saberes/fazeres das tradicionais panelas de barro, ícones</p><p>da culinária capixaba. A tradição passada de mãe para filha é de origem indígena e sofreu influência de outras etnias, como a afro e a luso. Dessa mistura, acredita-se que a fabricação das panelas de barro já tenha 400 anos. A fabricação das panelas de barro se dá em várias etapas, desde a obtenção de matéria-prima à confecção das panelas. As matérias-primas tradicionalmente utilizadas são provenientes do meio natural, como: argila, retirada do barreiro no Vale do Mulembá; madeira, atualmente proveniente das sobras da construção civil; e tinta, extraída da casca do manguezal, o popular mangue-vermelho. TRISTÃO, M. A educação ambiental e o pós-colonialismo. Revista de Educação, n. 53, ago. 2014. Uma característica de práticas tradicionais como a exemplificada no texto é vinculação entre os recursos do mundo natural e a:</p><p>a.</p><p>Manutenção dos modos de vida.</p><p>Questão 2</p><p>Correto</p><p>Atingiu 2 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>Há uma década, Alter (PA) e Santarém (PA) resgatam o idioma de nheengatu — a língua mais falada no Brasil e proibida em 1758 pela Coroa portuguesa — por meio do ensino em 47 escolas. Uma delas é a Escola Indígena Antônio de Sousa Pedroso, mais conhecida como Escola Borari. A região é hoje repleta de mestres nativos de nheengatu. Nhe’eng significa “língua”, e “boa” é a tradução de katu. Daí o nheengatu ou nhengatu (ou língua geral), criado no século 16 pelos jesuítas a partir do tupi e criminalizado no século 18 por um decreto do Marquês de Pombal. LEMOS, S. Indígena ensina língua proibida pelos portugueses na paradisíaca Alter (PA). Disponível em: https://tab.uol.com.br. Acesso em: 11 nov. 2021 (adaptado). O ensino da língua mencionada no texto tem como objetivo a</p><p>e.</p><p>Valorização da tradição cultural.</p><p>Feedback</p><p>Questão 3</p><p>Correto</p><p>Atingiu 2 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>(Enem PPL 2023) Nas Antilhas, o jovem negro que, na escola, não para de repetir “nossos pais, os gauleses”, identifica-se com o explorador, com o civilizador, com o branco que traz a verdade aos selvagens, uma verdade toda branca. Há identificação, isto é, o jovem negro adota subjetivamente uma atitude de branco. Ele carrega o herói, que é branco, com toda a sua agressividade — a qual, nessa idade, assemelha-se estreitamente a uma dádiva: uma dádiva carregada de sadismo. FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: Edufba, 2008. A reflexão do autor sobre o processo de socialização apresentado no texto expõe qual elemento constituidor das relações sociais?</p><p>b.</p><p>O racismo estrutural.</p><p>Sua resposta está correta.</p><p>Questão 4</p><p>Completo</p><p>Vale 15 ponto(s).</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>A educação é a ação exercida, pelas gerações adultas, sobre as gerações que não se encontrem ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio especial que a criança, particularmente, se destine.</p><p>DURKHEIM, Émile. Educação e sociologia. 8. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1972, p. 41.</p><p>A educação é, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não as expulsar de nosso mundo e abandoná-las a seus próprios recursos, e tampouco arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova e imprevista para nós, preparando-as em vez disso com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum.</p><p>ARENDT, Hannah. A crise na educação. In: ________. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, p. 247, 2011.</p><p>A partir dos textos acima e de seus conhecimentos de sociologia, escreva um breve comentário respondendo: a educação serve para conservar ou transformar a sociedade?</p><p>Texto de resposta</p><p>desde o seu inicio, a sociologia preocupou-se com a educação. Para Emile Durkheim, a educação é eminentemente conservadora, pois, é ela que faz com que a sociedade se reproduza através das gerações.</p><p>No entento, em um mundo de desigualdades sociais, este papel reprodutor da sociedade tem sido questionado. Autores como Pierre Bourdieu afirmam que a educação reproduz também as desigualdades de classe social. Assim sendo, a educação tem assumido hoje esse papael ambivalente, de conservar a sociedade (naquilo que é considerado legítimo) e transformá-la naquilo que acreditamos que pode ser melhor.</p><p>Feedback</p><p>Desde o seu início, a sociologia preocupou-se com a educação. Para Émile Durkheim, a educação é eminentemente conservadora, pois é ela que faz com que a sociedade se reproduza através das gerações. No entanto, em um mundo de desigualdades sociais, esse papel reprodutor da sociedade tem sido questionado. Autores como Pierre Bourdieu afirmam que a educação reproduz também as desigualdades de classe social. Assim sendo, a educação tem assumido hoje esse papel ambivalente, de conservar a sociedade (naquilo que é considerado legítimo) e transformá-la (naquilo que acreditamos que pode ser melhor).</p><p>Questão 5</p><p>Correto</p><p>Atingiu 2 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>As populações indígenas no Brasil lutam, hoje, majoritariamente, por direitos como o de demarcação de seus territórios e por políticas públicas nas áreas de educação e de saúde. Ainda hoje, sofrem preconceitos, como o argumento de que não existiriam mais povos indígenas atualmente, uma vez que eles estariam quase extintos e os poucos que sobraram já estariam integrados à vida moderna e à sociedade brasileira. Contudo, a integração dos povos indígenas tanto à modernidade quanto à sociedade brasileira não significa a perda de suas culturas e de suas identidades socioculturais. Existem indígenas de várias etnias pelo Brasil que conseguem formação acadêmica, são aprovados em concursos públicos e possuem emprego formal. Essas pessoas não deixam de ser indígenas enquanto mantiverem o sentimento de pertencer às suas comunidades, de cultivarem suas tradições, de terem seus direitos constitucionais garantidos e de se reconhecerem e serem reconhecidos como indígenas, mesmo que participem da vida moderna. Partindo do exposto, avalie as seguintes afirmações. I. A identidade indígena não é uma questão de cocar de pena, urucum e arco e flecha, mas sim um modo de ser, e não de parecer. II. A principal luta indígena é pelo reconhecimento do Estado e da sociedade de que o indígena não tem preguiça de trabalhar. III. Os povos tradicionais indígenas sofrem com a conquista cultural da modernidade que os descaracterizam. IV. A preservação das culturas dos povos tradicionais no Brasil não pode estar desassociada da manutenção da cidadania. É correto o que se afirma em</p><p>d.</p><p>I e IV, apenas.</p><p>Feedback</p><p>Sua resposta está correta.</p><p>Questão 6</p><p>Correto</p><p>Atingiu 2 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>Para alguns, uma das formas de se combater o racismo seria, também, deixando de usar o conceito de “raça” para se tratar das diferentes coletividades humanas e usar, para isto, conceitos como o de “etnia”. Porém, segundo Munanga (2003), os conceitos de “etnia” e de “raça” implicam uma “relação hierarquizada entre culturas diferentes” e a noção de hierarquia entre culturas é um dos componentes que fundamentam as discriminações raciais e étnicas. Na verdade, Munanga (2003) considera que o racismo nas sociedades contemporâneas está reformulado “com base nos conceitos de etnia, diferença cultural ou identidade cultural”, termos que comportam o mesmo “esquema ideológico” que aponta para a dominação e a exclusão de grupos sociais ou de coletividades. MUNANGA, Kabengele. “Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia”, palestra proferida no 3º Seminário Nacional de Relações Raciais e Educação-PENESB-RJ, 05/11/2003. Partindo dessa compreensão, é correto afirmar que:</p><p>d.</p><p>O simples uso do conceito de etnia não muda a realidade do racismo.</p><p>O simples uso do conceito de etnia não muda a realidade do racismo.</p><p>Como o enunciado demonstra, Kabengele Munanga questiona a eficácia de trocar o termo “raça” pelo de “etnia”, já que o racismo se encontra reformulado nos conceitos de etnia, diferença cultural ou identidade cultural. Evidencia-se nesse tipo</p><p>de argumentação a compreensão de que o racismo não é apenas uma questão de linguagem, possuindo bases históricas, econômicas e sociais profundas em nossa sociedade.</p><p>Feedback</p><p>Sua resposta está correta.</p><p>Questão 7</p><p>Correto</p><p>Atingiu 2 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>As práticas corporais representam uma possibilidade de promoção da educação, do lazer e da saúde. A identificação das preferências das práticas corporais pode ser um incentivo para a adesão dos usuários aos serviços de saúde mental. Desse modo, a interação social por meio delas contribui para o desenvolvimento da identidade dos usuários, uma vez que essas atividades permeiam as dimensões cognitiva, emocional, social e comportamental. Nesse contexto, realizar atividades físicas, com um viés lúdico, converte-se numa maneira de cuidado com o corpo, gerando avaliações positivas dos usuários. SILVA, D. P.; RODRIGUES, L. T.; FLORES, F. F. Estágio em educação física na saúde mental: experiência em ministrar práticas corporais. Ensino em Perspectivas, n. 1, 2021 (adaptado). As práticas corporais realizadas em serviços de saúde mental estimulam o(a)</p><p>b.</p><p>Fortalecimento da identidade.</p><p>Feedback</p><p>Sua resposta está correta.</p><p>Questão 8</p><p>Correto</p><p>Atingiu 2 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>O etnocentrismo pode ser definido como a dificuldade de imaginar e aceitar valores, gostos e comportamentos diferentes daqueles cultivados e vividos costumeiramente nas sociedades ou grupos de pertencimento. E isto gera não apenas intolerância, mas muita incompreensão com tudo que é entendido ou tomado como “estranho” ou “maluco”. Ser etnocêntrico é, em síntese, tomar os valores e costumes de apenas um meio social como os únicos corretos e desqualificar tudo aquilo que não faz parte desses valores e costumes, de forma excludente e não apenas diferente. Atente para os enunciados apresentados a seguir e assinale aquele que é de cunho etnocêntrico.</p><p>c.</p><p>“A música clássica deve ser matéria nas escolas públicas para se combater o funk proibidão.”</p><p>Feedback</p><p>Sua resposta está correta.</p><p>Questão 9</p><p>Incorreto</p><p>Atingiu 0 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>De 1969 até meados da década de 1970, a Fundação Nacional do Índio (Funai) manteve silenciosamente em Minas Gerais dois centros para a detenção de índios considerados “infratores”. Para lá, foram levados mais de cem indivíduos de dezenas de etnias, oriundos de ao menos 11 estados das cinco regiões do país. O Reformatório Krenak, em Resplendor (MG), e a Fazenda Guarani, em Carmésia (MG), eram geridos e vigiados por policiais militares sobre os quais recaem diversas denúncias de tortura, de trabalho escravo, de desaparecimentos e de intensa repressão cultural. CAMPOS, André. Ditadura criou campos de concentração indígena. Repórter Brasil, 2014. Disponível em: . Acesso em: 11 set. de 2022. O texto revela um exemplo de repressão das comunidades originárias no Brasil durante a ditadura. A partir de uma leitura antropológica, esse episódio revela a</p><p>a.</p><p>Influência de teorias racialistas na tutela de comunidades indígenas.</p><p>Questão 10</p><p>Correto</p><p>Atingiu 2 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>(Enem PPL 2023) Maria Leonor é uma criança de 7 anos de Miranda do Douro, em Portugal, que começou a achar muito divertido “falar brasileiro” depois que conheceu um influenciador digital na internet. Jonathan, de 6, vive no Porto e passou a cumprimentar as amiguinhas com “oi, menina” depois que descobriu vídeos de brasileiros nas redes sociais. As duas crianças são parte de um fenômeno que provoca polêmica em Portugal. O sotaque brasileiro tem criado polêmica entre alguns países e virou tema na imprensa local. FARIAS, V. F.; VASCONCELOS, R. Crianças portuguesas aprendem a “falar brasileiro” no Youtube durante a pandemia. Disponível em: https://internacional.estadao.com.br. Acesso em: 11 nov. 2021 (adaptado). O fenômeno descrito no texto é provocado pelo:</p><p>b.</p><p>Crescimento do intercâmbio cultural.</p><p>Feedback</p><p>Sua resposta está correta.</p><p>Questão 11</p><p>Correto</p><p>Atingiu 2 de 2</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>Com nove filhos para criar e desempregada, Valéria Rodrigues mal tem o que comer dentro de casa. Recentemente ela conseguiu um pouco de cuscuz e é com isso que está alimentando a família nesta semana. A triste realidade da desempregada também é compartilhada por cerca de 127 mil tocantinenses, que só conseguem uma média de R$ 105,00 por mês para sobreviver. Fonte:https://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2022/07/26/mais-de-120-milfamilias-contam-com-apenas-r-105-por-mes-para-sobreviver-notocantins.ghtml. (acesso em 01/09/2022). De acordo com o texto, a pobreza extrema e a fome atingem mais de 120 mil tocantinenses. Sobre essa situação, assinale a alternativa CORRETA.</p><p>d.</p><p>A fome e a pobreza extrema são problemas sociais que devem ser combatidos por meio de políticas públicas.</p><p>A fome e a pobreza extrema são problemas sociais que devem ser combatidos por meio de políticas públicas.</p><p>Feedback</p><p>Sua resposta está correta.</p><p>Questão 12</p><p>Completo</p><p>Vale 15 ponto(s).</p><p>Marcar questão</p><p>Texto da questão</p><p>Leia o texto e responda à questão.</p><p>Daniel, um garoto de 12 anos, encontrado nos Andes, no Peru, em 1990, vivia entre os cabritos. Afirma-se que ele sobreviveu se alimentando de raízes, frutas e tomando leite. Ele usava as pernas e os braços para caminhar, era um quadrúpede e não sabia falar. Daniel foi estudado pelos norte-americanos, de quem ganhou o nome e desde então não temos mais notícias sobre ele. Esse caso ilustra a célebre frase: “O homem não nasce homem. Ele se torna homem” (Elisabeth Badinter).</p><p>a )Diga o nome do processo social pelo qual a sociologia explica por que o “homem não nasce homem. Ele se torna homem”.</p><p>b) Explique, na perspectiva sociológica, por que Daniel, apesar de ser humano, não possui características de indivíduos que vivem com outros humanos.</p><p>Texto de resposta</p><p>a) Socialização</p><p>b) Por ele não ter o processo de socialização, ele se adaptou com o costume de onde vivia, pois não havia conhecimento de como deveria se comportar.</p><p>Parte inferior do formulário</p><p>Parte inferior do formulário</p><p>image1.wmf</p><p>image2.wmf</p>