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Prévia do material em texto

<p>A coleção da 3a série do Ensino Médio finaliza o ciclo da</p><p>Educação Básica no Sistema Anglo de Ensino. Sem abrir mão</p><p>do conjunto de valores que devem formar esses jovens cidadãos</p><p>do século XXI, os cadernos que compõem este material</p><p>propiciam um trabalho intenso e eficiente, tendo em vista</p><p>resultados expressivos nos principais exames de admissão</p><p>para o Ensino Superior.</p><p>Considerando que o próprio Exame Nacional do Ensino Médio</p><p>(Enem) privilegia a formação integral do indivíduo, indo além</p><p>da mera aquisição acrítica dos saberes, nosso material enfatiza</p><p>o trabalho com habilidades e competências, construindo uma</p><p>aprendizagem significativa dos conteúdos abordados.</p><p>Além dos cadernos impressos, que sistematizam a relação</p><p>entre teoria e prática, a coleção conta com conteúdos</p><p>digitais exclusivos, elaborados especialmente para ampliar as</p><p>possibilidades da nossa metodologia.</p><p>Com uma abordagem ao mesmo tempo contemporânea</p><p>e madura, a coleção da 3a série do Ensino Médio alia a tradição</p><p>do Sistema Anglo a novas possibilidades educacionais, com</p><p>solidez, responsabilidade e foco no estudante.</p><p>CADERNO</p><p>Anglo</p><p>TERCEIRA SÉRIE //// ENSINO MÉDIO</p><p>APROFUNDAMENTO</p><p>CURRICULAR</p><p>2</p><p>PROFESSOR</p><p>NÚCLEO DE ESTUDOS EM CIÊNCIAS DA NATUREZA ///</p><p>OBSERVATÓRIO DE FENÔMENOS BIOLÓGICOS</p><p>793441</p><p>NÚCLEO DE ESTUDOS EM CIÊNCIAS DA NATUREZA ///</p><p>OBSERVATÓRIO DE FENÔMENOS BIOLÓGICOS</p><p>793441_CAPA_ANGLO_EM3_AC_BIO_CP_CAD2.indd All Pages793441_CAPA_ANGLO_EM3_AC_BIO_CP_CAD2.indd All Pages 19/12/22 11:2519/12/22 11:25</p><p>CADERNO</p><p>Anglo</p><p>TERCEIRA SÉRIE //// ENSINO MÉDIO</p><p>APROFUNDAMENTO</p><p>CURRICULAR</p><p>2</p><p>PROFESSOR</p><p>NÚCLEO DE ESTUDOS EM CIÊNCIAS DA NATUREZA ///</p><p>OBSERVATÓRIO DE FENÔMENOS BIOLÓGICOS</p><p>ARMÊNIO Uzunian</p><p>GABRIEL Antonini</p><p>JOÃO CARLOS Rodrigues Coelho</p><p>Marcelo PERRENOUD</p><p>NELSON Henrique Carvalho de Castro</p><p>RENATO Correa</p><p>993906_FRONTS_ANGLO_AC_EM3_BIO_CP_CAD2.indd 1993906_FRONTS_ANGLO_AC_EM3_BIO_CP_CAD2.indd 1 27/09/22 07:0127/09/22 07:01</p><p>Presidência: Mario Ghio Júnior</p><p>Vice-presidência de educação digital: Camila Montero Vaz Cardoso</p><p>Direção de relacionamento pedagógico: Cláudio Falcão</p><p>Direção pedagógica: Daniel Perry</p><p>Coordenação pedagógica: Henrique Braga</p><p>Direção editorial: Lidiane Vivaldini Olo</p><p>Gerência editorial: Marcela Pontes</p><p>Coordenação editorial: Adriana Gabriel Cerello</p><p>Edição: Bianca Von Muller Berneck e Priscylla Moll Nihei</p><p>Projetos complementares: Marcela Pontes (ger.),</p><p>Angélica Alves dos Santos (coord.) e Ludmila da Guarda</p><p>Emendas e erratas: Flávio Matuguma (ger.), Andressa Fontes (coord.),</p><p>Daniela Carvalho, Sara Crispim e Thiana Beserra</p><p>Aprendizagem digital: Renata Galdino (ger.), Beatriz de Almeida Pinto</p><p>Rodrigues da Costa (coord. Experiência de Aprendizagem),</p><p>Carla Isabel Ferreira Reis (coord. Produção Multimídia),</p><p>Daniella dos Santos Di Nubila (coord. Produção Digital),</p><p>Rogerio Fabio Alves (coord. Publicação)</p><p>Planejamento, controle de produção e indicadores:</p><p>Flávio Matuguma (ger.), Juliana Batista (coord.),</p><p>Gabrielly Ana Maria Quintino Motta Guerra e Suelen Ramos (analistas)</p><p>Revisão: Letícia Pieroni (coord.), Aline Cristina Vieira, Anna Clara Razvickas,</p><p>Carla Bertinato, Daniela Lima, Danielle Modesto, Diego Carbone, Elane</p><p>Vicente, Kátia S. Lopes Godoi, Lilian M. Kumai, Malvina Tomáz, Marília H.</p><p>Lima, Paula Freire, Paula Rubia Baltazar, Paula Teixeira, Raquel A. Taveira,</p><p>Ricardo Miyake, Shirley Figueiredo Ayres, Tayra Alfonso e Thaise Rodrigues</p><p>Arte: Fernanda Costa da Silva (ger.), Catherine Saori Ishihara (coord.),</p><p>Lisandro Paim Cardoso e Meyre Diniz Schwab (edição de arte)</p><p>Diagramação: WYM Design e Casa de Tipos</p><p>Iconografia e tratamento de imagem: Roberta Bento (ger.), Célia Rosa,</p><p>Daniel Cymbalista, Iron Mantovanello, Isabela Meneses Garcez, Mariana</p><p>Valeiro, Thaisi Lima (pesquisa iconográfica) e Fernanda Crevin (tratamento de imagens)</p><p>Licenciamento de conteúdos de terceiros: Roberta Bento (ger.),</p><p>Jenis Oh (coord.), Liliane Rodrigues, Raísa Maris Reina e</p><p>Sueli Ferreira (analistas de licenciamento)</p><p>Ilustrações: Ericson Guilherme Luciano, Luis Moura e Tate Diniz</p><p>Cartografia: Eric Fuzii (coord.) e Robson Rosendo da Rocha</p><p>Design: Erik Taketa (coord.), Adilson Casarotti (proj. gráfico e capa) e</p><p>Gustavo Vanini (assist. arte)</p><p>Foto de capa: Phoke/Shutterstock</p><p>Todos os direitos reservados por Somos Sistemas de Ensino S.A.</p><p>Avenida Paulista, 901, 6o andar – Bela Vista</p><p>São Paulo – SP – CEP 01310-200</p><p>http://www.somoseducacao.com.br</p><p>Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)</p><p>Anglo : Ensino médio : Aprofundamento curricular : 3ª</p><p>série : Núcleo de estudos em ciências da natureza :</p><p>Observatório de fenômenos biológicos : Caderno 2 : Caderno</p><p>do professor / Armênio Uzunian...[et al]. -- 1. ed. -- São</p><p>Paulo : SOMOS Sistemas de Ensino, 2023.</p><p>Outros autores: Gabriel Antonini, João Carlos R. Coelho,</p><p>Marcelo Perrenoud, Nelson Henrique Carvalho De Castro,</p><p>Renato Correa</p><p>ISBN 978-65-5892-848-5</p><p>1. Biologia (Ensino médio) I. Uzunian, Armênio</p><p>CDD 570 22-3671</p><p>Angélica Ilacqua – Bibliotecária – CRB-8/7057</p><p>2023</p><p>Código da obra 793441</p><p>1a edição</p><p>1a impressão</p><p>De acordo com a BNCC.</p><p>Impressão e acabamento</p><p>Uma publicação</p><p>Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)</p><p>Anglo [livro eletrônico] : Ensino médio : Aprofundamento</p><p>curricular : 3ª série : Núcleo de estudos em ciências da</p><p>natureza : Observatório de fenômenos biológicos : Caderno 2</p><p>: Caderno do professor / Armênio Uzunian...[et al]. -- 1.</p><p>ed. -- São Paulo : SOMOS Sistemas de Ensino, 2023.</p><p>PDF</p><p>Outros autores: Gabriel Antonini, João Carlos R. Coelho,</p><p>Marcelo Perrenoud, Nelson Henrique Carvalho De Castro,</p><p>Renato Correa</p><p>ISBN 978-65-5892-371-8 (e-book)</p><p>1. Biologia (Ensino médio) I. Uzunian, Armênio</p><p>CDD 570 22-3711</p><p>Angélica Ilacqua – Bibliotecária – CRB-8/7057</p><p>2023</p><p>P2_INICIAIS_AC_CP2_Observatorio de Fenomenos Biologicos.indd 2P2_INICIAIS_AC_CP2_Observatorio de Fenomenos Biologicos.indd 2 13/12/2022 17:4813/12/2022 17:48</p><p>Núcleo de Estudos em Ciências da Natureza</p><p>Observatório de fenômenos biológicos A</p><p>Módulo 9 – Arquitetura animal, platelmintos e nemátodos ...........................................................4</p><p>Módulo 10 – Verminoses ................................................................................................................................7</p><p>Módulo 11 – Moluscos e anelídeos: importantes organismos</p><p>na dinâmica dos ecossistemas ................................................................................................................. 10</p><p>Módulo 12 – Artrópodes: o grupo animal com maior biodiversidade .......................................13</p><p>Módulo 13 – Equinodermos e cordados ................................................................................................17</p><p>Módulo 14 – A superclasse dos peixes ...................................................................................................19</p><p>Módulo 15 – Anfíbios e répteis ...................................................................................................................21</p><p>Módulo 16 – Aves e mamíferos .................................................................................................................23</p><p>Módulo 17 – Embriologia ............................................................................................................................26</p><p>Módulo 18 – Fisiologia animal – sustentação e locomoção .........................................................29</p><p>Módulo 19 – Fisiologia animal – digestão ..............................................................................................31</p><p>Gabarito – Exercícios .....................................................................................................................34</p><p>Observatório de fenômenos biológicos B</p><p>Módulo 6 – Membrana plasmática: estrutura, permeabilidade e especializações</p><p>aquático, por que diversos</p><p>indivíduos morrem antes de as redes serem recolhidas?</p><p>Como abertura de módulo, pode-se, por exemplo, sugerir a observação da anatomia do boto-vermelho</p><p>na imagem, estimulando a comparação desse animal com peixes, tubarões e outros grupos de animais</p><p>aquáticos, como os pinguins (aves), as tartarugas (répteis) e as baleias (mamíferos). A presença de uma</p><p>abertura dorsal nos botos e a ausência de estruturas como escamas e placas dérmicas são características</p><p>que podem ser utilizadas para evidenciar as semelhanças com as baleias e as diferenças com os demais</p><p>peixes ósseos. Botos e baleias são mamíferos e apresentam respiração pulmonar, o que os obriga a emer-</p><p>gir para obter ar para a respiração. Quando ficam presos em redes, os botos não conseguem subir à su-</p><p>perfície e acabam morrendo.</p><p>Aves e mamíferos</p><p>P4_023_025_Anglo_3EM_AC_C2_BIO_A_CP_Mod16.indd 23P4_023_025_Anglo_3EM_AC_C2_BIO_A_CP_Mod16.indd 23 12/9/22 6:22 PM12/9/22 6:22 PM</p><p>24</p><p>Como sugestão, aproveite o tema para ressaltar aos alunos o fato de que animais adaptados ao am-</p><p>biente aquático não apresentam, necessariamente, respiração branquial e que a diversidade biológica é</p><p>muito ampla, com diversas possibilidades de adaptações.</p><p>Aula 24</p><p>No início do Estudo orientado – Aprofundando o conhecimento, aves e mamíferos são apresentados</p><p>como organismos endotérmicos. Se considerar pertinente, sugere-se mencionar aos alunos que pesquisas</p><p>recentes indicam que a endotermia já estava presente em linhagens de dinossauros. Apresente as vantagens</p><p>dessa característica e os mecanismos de regulação de temperatura corporal. Essa leitura é recomendada</p><p>como Tarefa Complementar, mas sugerimos dois momentos para abordar esse tema na aula:</p><p>1. na abertura da aula;</p><p>2. durante a abordagem das características de aves e mamíferos.</p><p>No Caderno do Aluno, a abertura sugerida para esta aula apresenta as aves como a única linhagem de</p><p>dinossauros sobrevivente da grande extinção no Cretáceo, quando a queda de um meteoro desencadeou</p><p>uma sequência de eventos fatais à maioria dos grupos dos dinossauros. Comente que as aves compartilham</p><p>muitas características com dinossauros extintos, como algumas estruturas do esqueleto, a presença de</p><p>penas, a endotermia, a oviparidade e até mesmo o hábito de ingerir pequenas pedras, que participam da</p><p>trituração de alimentos no interior da moela.</p><p>Para aprofundar a exposição desse tema, comente que, provavelmente, as penas dos dinossauros</p><p>surgiram a partir de modificações de escamas. Assim como nas aves atuais, as penas atuavam na manu-</p><p>tenção da temperatura do corpo ao reterem ar entre elas, funcionando como isolantes térmicos. Para</p><p>exemplificar essa função das penas, pode-se citar as penas eriçadas das aves em dias frios. Esses conhe-</p><p>cimentos estão relacionados como a árvore filogenética apresentada na questão 1 da seção Extras!.</p><p>Apesar de a apresentação das aves como um grupo derivado dos dinossauros extintos ser muito im-</p><p>portante, aconselha-se comentar aos alunos que elas já foram consideradas uma classe pela classificação</p><p>tradicional, pois alguns exames de vestibulares atuais ainda podem considerar essa classificação.</p><p>Na sequência, são apresentadas as características gerais das aves, que podem ser de mais fácil assi-</p><p>milação pela projeção de imagens ou desenhos em lousa.</p><p>A glândula uropigial merece destaque, pois secreta lipídios que lubrificam as penas, reduzindo o atrito</p><p>que pode danificá-las. Comente que, como as trocas de penas acontecem uma ou duas vezes ao ano, é</p><p>importante preservá-las, já que elas atuam na regulação térmica e no voo. Ressalte que esses lipídios tam-</p><p>bém impermeabilizam as penas, o que evita que fiquem encharcadas e percam sua função na regulação</p><p>térmica e na manutenção de baixa densidade corporal para a flutuação. Além disso, as penas ficam prote-</p><p>gidas por substâncias antimicrobióticas presentes nessa secreção.</p><p>Na sequência, sugere-se apresentar as características adaptativas das aves para o voo, que estão re-</p><p>lacionadas à aerodinâmica, leveza do corpo e sustentação do voo no ar (asas e penas).</p><p>Para encerrar o item, discuta algumas participações de aves nos ecossistemas, que retomam breve-</p><p>mente temas da Ecologia.</p><p>O item seguinte se refere ao grupo dos mamíferos com suas características gerais e subgrupos (mo-</p><p>notremados, marsupiais e placentários), cuja apresentação também pode ser acompanhada por projeções</p><p>de imagens. Com as imagens, sugere-se apresentar comentários contextualizados, tomando como refe-</p><p>rência os animais domésticos e explorando aspectos físicos, de desenvolvimento e comportamentais, por</p><p>exemplo:</p><p>. nos dias quentes, cães e gatos se deitam com o corpo estendido, com o máximo de contato no chão,</p><p>para se refrescarem. Já as aves abrem as asas, ao contrário do que fazem nos dias frios;</p><p>. os cães e as aves ficam ofegantes em dias quentes e assim refrigeram o corpo;</p><p>. o leite proporciona todos os nutrientes para o desenvolvimento dos filhotes, e os genitores não pre-</p><p>cisam trazer alimentos variados ao longo do dia para alimentá-los.</p><p>Assim como no caso das aves, os exames de vestibulares atuais podem apresentar os mamíferos como</p><p>uma classe de vertebrados. Portanto, recomenda-se abordar essa classificação mais antiga e também</p><p>comentar que toda classificação é temporária e baseada em critérios transitórios (por essa razão, também</p><p>se pode classificar os mamíferos como uma subclasse da classe Synapsida).</p><p>P4_023_025_Anglo_3EM_AC_C2_BIO_A_CP_Mod16.indd 24P4_023_025_Anglo_3EM_AC_C2_BIO_A_CP_Mod16.indd 24 12/9/22 6:22 PM12/9/22 6:22 PM</p><p>25</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>1</p><p>6</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Se julgar pertinente, sugere-se uma análise complementar de uma característica dos subgrupos de ma-</p><p>míferos (monotremados, marsupiais e placentários): a relação entre o tempo de gestação e o tempo de</p><p>amamentação dos filhotes. Destaque que nos placentários o tempo de lactação é menor e o de gestação</p><p>é maior, pois os embriões passam mais tempo se desenvolvendo no útero. Esse tema é abordado na ques-</p><p>tão 2 da seção Extras!.</p><p>É muito importante a realização dos exercícios da seção Desenvolvendo habilidades. Vale lembrar os</p><p>alunos de que realizem os exercícios da seção Extras!, além das tarefas propostas.</p><p>#cultura_digital</p><p>MAMMALIA – Classificação e Biologia dos Mamíferos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?</p><p>v=zkdbEhQ45ss. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>TETRÁPODES: Por que aves são dinossauros? Qual a origem das aves? Como elas sobreviveram à queda</p><p>do asteroide? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8Imjqo0niWU. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>A TRANSIÇÃO Synapsida (A Origem dos Mamíferos). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v</p><p>=ocJ0-hKhSjQ. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>ZOOLOGIA de Cordados. UFSC. Disponível em: https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Zoologia-de</p><p>-Cordados.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>ZOOLOGIA de Cordados – Unisc (Universidade de Santa Catarina). Disponível em: https://uab.ufsc.br/</p><p>biologia/files/2020/08/Zoologia-de-Cordados.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>ZOOLOGIA dos Cordados. Capes. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/176648/2/</p><p>Livro_Ciencias%20Biologicas_Zoologia%20dos%20Cordados.PDF. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>ZOOLOGIA dos Vertebrados – Aula 13 – Aves. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7wFAt</p><p>ZxXhT4. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>ZOOLOGIA dos Vertebrados – Aula 14 – Mamíferos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v</p><p>=8jzxLEydoVo. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>A N O T A Ç Õ E S</p><p>P5_023_025_Anglo_3EM_AC_C2_BIO_A_CP_Mod16.indd 25P5_023_025_Anglo_3EM_AC_C2_BIO_A_CP_Mod16.indd 25 12/12/22 19:5512/12/22 19:55</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=zkdbEhQ45ss</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=zkdbEhQ45ss</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8Imjqo0niWU</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=ocJ0-hKhSjQ</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=ocJ0-hKhSjQ</p><p>https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Zoologia-de-Cordados.pdf</p><p>https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Zoologia-de-Cordados.pdf</p><p>https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Zoologia-de-Cordados.pdf</p><p>https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Zoologia-de-Cordados.pdf</p><p>https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/176648/2/Livro_Ciencias%20Biologicas_Zoologia%20dos%20Cordados.PDF</p><p>https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/176648/2/Livro_Ciencias%20Biologicas_Zoologia%20dos%20Cordados.PDF</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=7wFAtZxXhT4</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=7wFAtZxXhT4</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8jzxLEydoVo</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8jzxLEydoVo</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=8Imjqo0niWU</p><p>26</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>17 O B S E R V A T Ó R I O D E F E N Ô M E N O S B I O L Ó G I C O S A</p><p>Embriologia</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao fim desta aula, o aluno deve ser capaz de:</p><p>. Objetivo 1: identificar as principais estruturas embrionárias de um cordado.</p><p>. Objetivo 2: reconhecer os principais anexos embrionários e compreender suas funções.</p><p>Encaminhamento</p><p>Embarque</p><p>A pergunta da seção Embarque tem a finalidade de demostrar a importância do estudo da Embriolo-</p><p>gia e, para isso, remete à Lei Biogenética Fundamental ou Lei da Recapitulação de Haeckel (cientista alemão</p><p>defensor radical do darwinismo do século XIX). A lei é falsa por dois motivos: 1) o embrião não passa por</p><p>todas as transformações pelas quais passou a espécie nas suas modificações evolutivas; e 2) mamíferos</p><p>nunca foram répteis, anfíbios ou peixes, pois a evolução não é uma linha reta de transformações. No en-</p><p>tanto, isso não significa que o estudo da Embriologia não seja importante para o conhecimento da origem</p><p>dos órgãos e do processo evolutivo. A existência de cauda e fendas branquiais é observada em todos os</p><p>embriões de vertebrados, indicando que há um ancestral comum de todos eles. Desse modo, a Embriolo-</p><p>gia fornece evidências do processo evolutivo por descendência com modificações. Além disso, o estudo</p><p>dos processos embrionários é fundamental para compreender as relações entre os diferentes órgãos e o</p><p>processo de diferenciação.</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>Sugestão de roteiro de aula</p><p>Aula Descrição Anotações</p><p>25</p><p>Etapas do desenvolvimento embrionário de</p><p>cordados</p><p>Anexos embrionários</p><p>Desenvolvendo habilidades: 1 e 2</p><p>TM: 1 a 4</p><p>TC: 5 a 8</p><p>TD: 9 e 10</p><p>Extras!: 1 a 3</p><p>P4_026_028_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod17.indd 26P4_026_028_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod17.indd 26 12/12/22 17:5712/12/22 17:57</p><p>27</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>7</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Aula 25</p><p>A aula pode ser iniciada com uma breve descrição do processo de fecundação, destacando a ação do</p><p>acrossomo na penetração espermática. A partir disso, sugere-se abordar as fases de desenvolvimento de</p><p>um cordado, apresentando a mórula, a blástula, a gástrula e a nêurula.</p><p>Explique que a segmentação é a divisão do zigoto em células menores e que a blástula tem o mesmo</p><p>volume de citoplasma que o zigoto, mas dividido em centenas de células.</p><p>Ressalte que a mórula é um conjunto maciço de 36 a 40 células embrionárias totipotentes – ou seja,</p><p>que podem formar todos os tecidos do embrião e os anexos embrionários. A continuação das mitoses</p><p>forma a blástula, um conjunto de centenas de células que envolve uma cavidade cheia de líquido denomi-</p><p>nada blastocele ou blastocela. As células da blástula são pluripotentes – ou seja, formam todos os tecidos,</p><p>mas não originam anexos embrionários.</p><p>Na fase de gástrula, pode ser enfatizada a formação do arquêntero, que formará o tubo digestório no</p><p>decorrer do desenvolvimento. A partir da identificação do blastóporo, é interessante comentar que essa</p><p>estrutura poderá formar a boca (em animais protostômios) ou o ânus (em animais deuterostômios). Os</p><p>cordados são deuterostômios e o blastóporo permite identificar o eixo crânio-caudal desses animais, já</p><p>que o ânus fica na região caudal, oposta à região da cabeça. Também pode ser destacado que na gástru-</p><p>la ocorre a diferenciação dos três folhetos embrionários – primeiro a ectoderme e a endoderme e, depois,</p><p>a mesoderme. Nesse momento, também podem ser apresentados os destinos básicos dos três folhetos.</p><p>Em seguida, pode ser apresentado o início da organogênese, com a formação da nêurula. É interes-</p><p>sante mostrar os componentes da nêurula e destacar o processo de formação do tubo neural, que é igual</p><p>em todos os cordados. Pode-se citar que falhas no fechamento do tubo neural são responsáveis pela</p><p>anencefalia e por alterações na coluna vertebral e que os riscos dessas alterações podem ser reduzidos</p><p>com o consumo de ácido fólico (folato) ou vitamina B9 pela mãe durante a gestação.</p><p>Nesse momento, ou durante a explicação da gástrula e nêurula, pode ser resolvida com os alunos a</p><p>questão 1 da seção Desenvolvendo habilidades, que trabalha os eventos das fases descritas. Essa questão</p><p>pode ser utilizada para recordar as fases do desenvolvimento embrionário de um cordado abordando os</p><p>seguintes conceitos: destacar o papel do acrossomo espermático na penetração no óvulo durante a fecun-</p><p>dação; ressaltar o conceito da divisão do ovo em células microscópicas durante a segmentação (lembrar</p><p>que não há síntese proteica durante a segmentação e que o volume citoplasmático do zigoto é o mesmo</p><p>do conjunto de células da blástula); destacar a importância das células-tronco embrionárias pluripotentes</p><p>na blástula; caracterizar o início da diferenciação celular na fase de gástrula e a formação do arquêntero;</p><p>e ressaltar a importância do fechamento do tubo neural.</p><p>Na sequência, os anexos embrionários e suas principais funções podem ser abordados. É interessante</p><p>caracterizar primeiro os anexos de répteis e aves, destacando a importância do âmnio e do alantoide. Em</p><p>seguida, podem ser apresentados os anexos dos mamíferos, com destaque para a placenta e suas funções.</p><p>A questão 2 da seção Desenvolvendo habilidades permite analisar com os alunos as características e</p><p>funções dos anexos embrionários. Aproveite essa questão para discutir a importância dos anexos embrio-</p><p>nários para a conquista do meio terrestre pelos vertebrados, destacando a relevância do âmnio, que pro-</p><p>porciona um meio favorável para o desenvolvimento embrionário. Comente que as excretas nitrogenadas</p><p>são armazenadas no alantoide na forma de cristais de ácido úrico, sem gastar água nem intoxicar o embrião</p><p>e que o saco vitelínico é o único anexo que já existe em anfíbios e peixes. Em relação à placenta, ressalte</p><p>que não há mistura entre sangue fetal e materno durante a gestação, e que essa mistura ocorre apenas no</p><p>parto, após a saída do feto (a liberação da placenta ocorre com hemorragia, o que possibilita a mistura de</p><p>sangue), momento no qual ocorre a sensibilização em relação ao fator Rh. Também pode ser destacado o</p><p>papel da placenta na produção de hormônios – HCG, estrógeno e progesterona – durante a gestação.</p><p>Há três exercícios na seção Extras!, um sobre a gastrulação e dois sobre os anexos embrionários. In-</p><p>centive os alunos a resolver as tarefas propostas na Orientação de estudo.</p><p>P4_026_028_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod17.indd 27P4_026_028_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod17.indd 27 12/12/22 17:5712/12/22 17:57</p><p>28</p><p>#cultura_digital</p><p>ANEXOS Embrionários. Disponível em: https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Capitulo_11.pdf. Acesso</p><p>em: 22 ago. 2022.</p><p>HARTFELDER, Klaus. Embriologia. Depto. Biologia Celular e Molecular e Bioagentes Patogênicos Faculdade</p><p>de medicina de Ribeirão Preto. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4569301/mod_</p><p>resource/content/1/Aula%201%20-%202019.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>KANNO, Tatiane; MELO, Maraysa. Biologia do Desenvolvimento: mecanismos celulares e moleculares</p><p>envolvidos na formação do ser. USP – Instituto de Ciências Biomédicas – Depto. Biologia Celular e do</p><p>Desenvolvimento, set. 2011. Disponível em: http://www.icb.usp.br/~ireneyan/UNIFAL_2011.pdf. Acesso em:</p><p>22 ago.</p><p>2022.</p><p>PEIXINHO, Solange. Introdução aos metazoários: Organização, origem, evolução. Universidade Federal da</p><p>Paraíba. p. 1-10. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4458562/mod_resource/content/1/</p><p>Zoologia/Semana3/Embriologia_por_Solange_Peixinho_UFBA.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>Nas próximas aulas, será iniciado o estudo da Fisiologia Animal, com o sistema locomotor. É proposto aos</p><p>alunos que assistam ao vídeo sobre o assunto e respondam à pergunta: Por que a existência de um esque-</p><p>leto é necessária para a locomoção? Incentive os alunos a assistirem ao vídeo e discutirem a questão</p><p>proposta.</p><p>Resposta: O esqueleto (exo ou endo) fornece o ponto de apoio necessário à ação de alavanca dos músculos,</p><p>o que possibilita a movimentação das partes do corpo e a locomoção.</p><p>PREPARE-SE</p><p>A N O T A Ç Õ E S</p><p>P4_026_028_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod17.indd 28P4_026_028_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod17.indd 28 12/12/22 17:5712/12/22 17:57</p><p>https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Capitulo_11.pdf</p><p>https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4569301/mod_resource/content/1/Aula%201%20-%202019.pdf</p><p>https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4569301/mod_resource/content/1/Aula%201%20-%202019.pdf</p><p>http://www.icb.usp.br/~ireneyan/UNIFAL_2011.pdf</p><p>29</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>1</p><p>8</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>18 O B S E R V A T Ó R I O D E F E N Ô M E N O S B I O L Ó G I C O S A</p><p>Fisiologia animal –</p><p>sustentação e locomoção</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao fim desta aula, o aluno deve ser capaz de:</p><p>. Objetivo 1: caracterizar o papel do esqueleto na sustentação.</p><p>. Objetivo 2: conhecer o processo de contração muscular.</p><p>Encaminhamento</p><p>Embarque</p><p>A questão da seção Embarque, “A vida animal é sinônimo de movimento?”, tem a finalidade de chamar</p><p>a atenção para a importância do movimento para a vida animal. Durante a aula, discutiremos o papel dos</p><p>esqueletos e dos músculos para a atividade animal. É importante lembrar aos alunos que, embora existam</p><p>animais fixos, como poríferos e corais, a maioria, inclusive os humanos, depende de movimentos para so-</p><p>breviver. A discussão pode ser ampliada ao abordar que os movimentos não estão restritos à locomoção</p><p>e são necessários para a digestão, a circulação e a respiração, entre outras funções do organismo.</p><p>Aula 26</p><p>A aula inicia a abordagem dos pontos básicos da fisiologia animal, com destaque para a contextuali-</p><p>zação da fisiologia humana. Nesta aula, trabalharemos com os alunos o sistema locomotor, com ênfase na</p><p>contração muscular.</p><p>Após trabalhar a questão da seção Embarque, sugerimos apresentar os tipos e as funções gerais dos</p><p>esqueletos e iniciar a discussão sobre os músculos. Pode ser feita uma descrição sumária dos tipos de</p><p>tecido muscular e, em seguida, resolvida a primeira questão da seção Desenvolvendo habilidades, que</p><p>solicita o desenho de um sarcômero e uma explicação sobre o mecanismo da contração muscular.</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT02</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>Sugestão de roteiro de aula</p><p>Aula Descrição Anotações</p><p>26</p><p>Sistema locomotor: esqueleto</p><p>Sistema locomotor: musculatura</p><p>Contração muscular</p><p>Desenvolvendo habilidades: 1 e 2</p><p>TM: 1 a 4</p><p>TC: 5 a 8</p><p>TD: 9 e 10</p><p>Extras!: 1 e 2</p><p>P4_029_030_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod18.indd 29P4_029_030_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod18.indd 29 12/12/22 08:1012/12/22 08:10</p><p>30</p><p>É interessante lembrar aos alunos que o sistema de miofibrilas é um componente do citoesqueleto da</p><p>célula muscular, e que essas miofibrilas estão cercadas pelas vesículas do retículo endoplasmático (ou</p><p>sarcoplasmático) cheias de Ca++. Sugerimos destacar a importância do cálcio na ativação do processo, para</p><p>formar as pontes cruzadas actina-miosina, e o fornecimento de energia feito exclusivamente pelo ATP.</p><p>Ao explicar o relaxamento, sugerimos recordar que o cálcio deve ser bombeado para fora do sarcô-</p><p>mero; assim, há gasto de ATP também no relaxamento. Se julgar pertinente, comente que isso explica o</p><p>rigor mortis – com a morte celular, as membranas ficam permeáveis e o cálcio passa do retículo para o</p><p>sarcômero, ativando as pontes e gastando o último ATP ligado à miosina. Não havendo mais ATP, o mús-</p><p>culo fica contraído até que os lisossomos comecem a se romper algumas horas depois, hidrolisando as</p><p>proteínas e rompendo as pontes.</p><p>Na sequência, sugerimos explicar as vias de regeneração do ATP: fosfocreatina, lactato e respiração</p><p>celular. Comente que a fadiga muscular é um relaxamento associado à incapacidade do músculo de res-</p><p>ponder aos estímulos contráteis. Esse fenômeno está relacionado a uma multiplicidade de fatores e não</p><p>simplesmente ao acúmulo de lactato (o lactato é inócuo e é reciclado em piruvato pelo fígado; o problema</p><p>é a acidificação provocada pelos íons H+ na dissociação do ácido lático). Embora não exista consenso</p><p>sobre as causas da fadiga muscular, outros fatores associados a ela são a desidratação, a falta de sais mi-</p><p>nerais, a hiperestimulação do SNC e certos distúrbios metabólicos. Ressalte que a cãibra não é fadiga</p><p>muscular, mas uma contratura associada à estimulação nervosa, à falta de magnésio e potássio, entre</p><p>outras causas.</p><p>Em seguida, sugerimos trabalhar a questão 2 da seção Desenvolvendo habilidades, que analisa a dife-</p><p>rença entre as fibras musculares tipo I e tipo II. Na realidade, existem dois tipos de fibra II – tipo II A, que é</p><p>glicolítica e oxidativa, e tipo II B, que é só glicolítica e representa 90% das fibras tipo II. Sugerimos estimu-</p><p>lar a discussão sobre a comparação entre a estrutura muscular do maratonista e a do velocista. Comente</p><p>que, embora ocorram mudanças entre os tipos de fibras com a atividade física frequente, a capacidade de</p><p>um indivíduo ser um atleta campeão olímpico, principalmente no atletismo, também está associada a fa-</p><p>tores genéticos.</p><p>Para aprofundar o tema, comente que biópsias musculares realizadas em velocistas e fundistas mostram</p><p>uma porcentagem de 70% a 75% de células do tipo II em velocistas e 75% a 80% de células do tipo I em</p><p>maratonistas. Além das células musculares, outros fatores também estão relacionados à eficiência dos</p><p>atletas, incluindo aspectos dos sistemas cardiovascular, respiratório, nervoso e endócrino.</p><p>Em Extras!, a primeira questão trata das vias de regeneração do ATP e a segunda trabalha os tipos</p><p>de tecido muscular. Incentive os alunos a fazerem essas atividades e resolverem possíveis dúvidas sobre</p><p>o tema.</p><p>#cultura_digital</p><p>ANATOMIA e funcionamento do aparelho locomotor. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.</p><p>php/1742890/mod_resource/content/1/Aula%201%20Aparelho%20Locomotor.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>FIBRAS musculares estriadas esqueléticas. Disponível em: https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/</p><p>Morfologia/material_didatico/Profa_Maeli/Aulas_Bio/Aula.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>FISIOLOGIA muscular - Departamento de Fisiologia, IB Unesp-Botucatu Profa. Silvia M. Nishida. Disponível</p><p>em: https://www1.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/Fisiologia/Neuro/aula.21.contracao_muscular_</p><p>esqueletica.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>Na próxima aula, trabalharemos com a digestão. Incentive os alunos a assistirem ao vídeo sobre o assunto e</p><p>responderem à questão: Digestão é sinônimo de aproveitamento dos nutrientes?</p><p>Resposta: Não, pois é possível aproveitar água, sais minerais, vitaminas, glicose e aminoácidos sem precisar</p><p>de digestão. A digestão consiste na quebra de moléculas complexas em moléculas simples, o que permite</p><p>seu aproveitamento pelas células.</p><p>PREPARE-SE</p><p>P4_029_030_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod18.indd 30P4_029_030_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod18.indd 30 12/12/22 08:1012/12/22 08:10</p><p>31</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>1</p><p>9</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>19 O B S E R V A T Ó R I O D E F E N Ô M E N O S B I O L Ó G I C O S A</p><p>Fisiologia animal –</p><p>digestão</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>Sugestão</p><p>de roteiro de aula</p><p>Aula Descrição Anotações</p><p>27</p><p>Importância da nutrição e principais</p><p>nutrientes</p><p>Tipos de digestão nos seres vivos</p><p>Estrutura do sistema digestório humano</p><p>Desenvolvendo habilidades: 1 e 2</p><p>TM: 1 a 4</p><p>TC: 5 a 8</p><p>TD: 9 e 10</p><p>Extras!: 1 e 2</p><p>28</p><p>Processos químicos da digestão</p><p>Mecanismo de absorção</p><p>Regulação hormonal da digestão</p><p>Desenvolvendo habilidades: 3 e 4</p><p>TM: 11 a 14</p><p>TC: 15 a 17</p><p>TD: 18 e 19</p><p>Extras!: 3 e 4</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao fim destas aulas, o aluno deve ser capaz de:</p><p>. Objetivo 1: caracterizar os tipos de digestão.</p><p>. Objetivo 2: reconhecer órgãos digestórios e suas funções.</p><p>. Objetivo 3: conhecer as etapas da digestão humana.</p><p>. Objetivo 4: entender a absorção e a regulação da digestão.</p><p>P4_031_037_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod19.indd 31P4_031_037_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod19.indd 31 12/12/22 08:1112/12/22 08:11</p><p>32</p><p>Encaminhamento</p><p>Embarque</p><p>A questão da seção Embarque, “Você é o que o seu organismo faz com o que você come?”, tem a fi-</p><p>nalidade de instigar a curiosidade dos alunos e levantar alguns conhecimentos prévios acerca do sistema</p><p>digestório. A questão enfatiza a importância da nutrição e o papel da digestão para a obtenção dos nu-</p><p>trientes necessários para uma vida saudável. Sugerimos estabelecer uma discussão sobre a relação entre</p><p>o que precisamos na nossa dieta e o que comemos nas nossas refeições.</p><p>Aula 27</p><p>Esta aula pode ser iniciada com uma visão geral dos nutrientes e o papel principal de cada um deles,</p><p>conectando com a ideia de como os organismos obtêm esses nutrientes. Isso permite desenvolver a expli-</p><p>cação sobre o conceito de digestão, que consiste na quebra de macromoléculas dos alimentos em molé-</p><p>culas menores, que células são capazes de absorver.</p><p>Sugerimos apresentar aos alunos as digestões intracelular e extracelular, diferenciando a utilização de</p><p>alimentos microscópicos e macroscópicos. O conceito da digestão extracelular pode ser seguido pela</p><p>apresentação dos tipos de tubo digestório (bidirecional e unidirecional), chamando atenção para as van-</p><p>tagens evolutivas presentes nos animais de tubo unidirecional (digestão totalmente extracelular, comer e</p><p>evacuar ao mesmo tempo, ingestão totalmente independente da eliminação das fezes, possibilidade de</p><p>desenvolver órgãos especializados, que fazem sempre a mesma função, como o estômago e o duodeno).</p><p>Na sequência, sugerimos apresentar a estrutura do sistema digestório humano, citando a função bá-</p><p>sica de cada órgão. Sugere-se caracterizar a digestão como um conjunto de processos mecânicos e quí-</p><p>micos, descrevendo os processos mecânicos nesta aula e deixando a discussão dos processos químicos</p><p>para a próxima aula.</p><p>Nesse momento, é interessante resolver com os alunos as questões 1 e 2 da seção Desenvolvendo</p><p>Habilidades. A questão 1 trabalha os conceitos associados com uma alimentação saudável e os nutrientes</p><p>necessários. Já a questão 2 é uma introdução para o assunto que será discutido na próxima aula e permi-</p><p>te mostrar o papel do estômago como o órgão no qual ocorre o início da digestão química do alimento e</p><p>abordar a importância da capacidade de dilatação desse órgão, que possibilita ao animal comer poucas</p><p>vezes durante o dia (desde que exista alimento disponível). A questão relaciona, ainda, as propriedades do</p><p>estômago com a a realização das cirurgias bariátricas, para a redução da obesidade excessiva.</p><p>Os exercícios da seção Extras! 1 e 2 são questões do Enem que abordam a função dos órgãos diges-</p><p>tórios. Incentive os alunos a resolver as tarefas propostas.</p><p>Aula 28</p><p>Nesta aula, serão discutidos os processos químicos da digestão humana. Para iniciar, sugere-se mostrar</p><p>que esses processos ocorrem em três locais – boca, estômago e duodeno – e englobam três processos –</p><p>insalivação, quimificação e quilificação.</p><p>A explicação pode ser iniciada pela boca, com destaque para a ação da amilase salivar (ptialina), cujo</p><p>pH ótimo é neutro (7,0); pode ser citado que a digestão do amido, iniciada na boca, será concluída no in-</p><p>testino delgado (duodeno) por meio da ação da amilase pancreática. Mas é importante que os alunos</p><p>entendam que a digestão dos carboidratos se inicia na boca.</p><p>Na sequência, o estômago pode ser caracterizado como o órgão que prepara os alimentos para a di-</p><p>gestão final, de modo similar à preparação de uma vitamina em um liquidificador. Caracterize o quimo</p><p>como o alimento liquefeito, mas ainda não totalmente digerido. Ainda sobre os processos que ocorrem no</p><p>estômago, destaque a ação do ácido clorídrico, que determina o pH ácido (2,0) e auxilia na eliminação de</p><p>microrganismos e na ativação do pepsinogênio, forma inativa da enzima pepsina, que inicia o processo de</p><p>digestão das proteínas em peptídeos menores.</p><p>Pode ser interessante citar que a capacidade de dilatação do estômago é uma característica exclusiva</p><p>desse órgão, que pode adequar seu tamanho em relação ao volume de comida ingerido (em um indivíduo</p><p>adulto, o estômago tem volume de 50 ml vazio, podendo chegar a até 4 litros). Se julgar pertinente, co-</p><p>P4_031_037_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod19.indd 32P4_031_037_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod19.indd 32 12/12/22 08:1112/12/22 08:11</p><p>33</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>1</p><p>9</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>mente que as cirurgias bariátricas reduzem radicalmente o volume gástrico ou desviam o trajeto do ali-</p><p>mento, provocando uma redução significativa da quantidade de alimento ingerida.</p><p>Em seguida, pode ser discutida a quilificação, caracterizando o quilo como o alimento totalmente di-</p><p>gerido, pronto para a absorção. Sugerimos ressaltar a importância do duodeno, um órgão de apenas</p><p>25 cm de comprimento, mas indispensável para a digestão final e responsável por boa parte da absorção</p><p>dos nutrientes orgânicos.</p><p>Sugerimos mostrar que a quilificação depende da ação conjunta de três sucos digestivos, que agem</p><p>simultaneamente. Pode ser lembrado que o suco pancreático tem duas funções: neutralizar a acidez do</p><p>quimo por meio do NaHCO</p><p>3</p><p>, adequando o pH ótimo do intestino (alcalino = 8,5), e fornecer enzimas (trip-</p><p>sina, quimotripsina, amilase pancreática, lipase e nucleases), que fazem hidrólise de proteínas, carboidratos,</p><p>lipídios e ácidos nucleicos.</p><p>Destaque que a bile, produzida pelo fígado e armazenada e liberada pela vesícula biliar, tem o papel</p><p>de emulsificar lipídios, auxiliando a ação da lipase pancreática. Ressalte que a bile não contém enzimas</p><p>digestivas.</p><p>Para encerrar a explicação sobre a digestão, sugere-se apresentar as enzimas produzidas pelo duode-</p><p>no e liberadas com o suco intestinal. Destaque o papel da lactase, enzima que digere a lactose presente</p><p>no leite. Se considerar interessante, mencione que apenas o ser humano mantém a produção dessa enzima</p><p>na fase adulta (mas nem todas as pessoas têm a mutação que mantém a produção da lactase e, por isso,</p><p>podem desenvolver intolerância à lactose, que não é uma alergia).</p><p>Na sequência, é importante abordar como e onde ocorre a absorção dos micronutrientes digeridos.</p><p>Comente a ação do intestino grosso na recepção dos restos alimentares, na absorção da água e como</p><p>alojador da microbiota (antes chamada de flora intestinal), responsável pela produção de vitaminas (K, B1,</p><p>B12) e pela manutenção do equilíbrio do intestino.</p><p>Para finalizar, sugere-se apresentar a ação dos hormônios que regulam as secreções digestivas (gas-</p><p>trina, secretina e colecistocinina) e dos hormônios que agem sobre o apetite (grelina e leptina). A ação</p><p>desses dois últimos será retomada no estudo do sistema nervoso e do sistema endócrino.</p><p>Durante a discussão sobre os temas propostos na aula, pode ser útil resolver com os alunos a questão 3</p><p>da seção Desenvolvendo Habilidades, deixando a questão 4 para discussão no final da aula.</p><p>Os exercícios da seção Extras! 3 e 4 também enfatizam os pontos principais apresentados na aula.</p><p>Incentive os alunos a resolver as tarefas propostas.</p><p>#cultura_digital</p><p>ANATOMIA</p><p>do Sistema Digestório – Visão geral - UFES. Disponível em: https://citogenetica.ufes.br/sites/</p><p>nupea.saomateus.ufes.br/files/field/anexo/Sistema%20Digest%C3%B3rio.pdf. Acesso em: 8 ago. 2022.</p><p>FISIOLOGIA Gastrointestinal – UFJF. Disponível em: https://www.ufjf.br/laura_leite/files/2019/06/Sistema-</p><p>gastrintestinal-I1.pdf. Acesso em: 8 ago. 2022.</p><p>SISTEMA Digestório – Estrutura e função – Capes. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/</p><p>capes/597934/2/Rea%20-%20Aula%20-%20Sistema%20Digest%C3%B3rio.pdf. Acesso em: 8 ago. 2022.</p><p>Os alunos foram convidados a assistir ao vídeo introdutório sobre o sistema circulatório e responder à questão</p><p>proposta: Por que o surgimento do sistema circulatório possibilitou um aumento da complexidade dos ani-</p><p>mais?</p><p>Incentive a discussão sobre o tema e comente que o sistema circulatório possibilitou o transporte mais rá-</p><p>pido de substâncias e por distâncias maiores do que aquelas que a difusão permitia, o que está relacionado</p><p>com o aumento da complexidade dos animais.</p><p>PREPARE-SE</p><p>P4_031_037_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod19.indd 33P4_031_037_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod19.indd 33 12/12/22 08:1112/12/22 08:11</p><p>https://citogenetica.ufes.br/sites/nupea.saomateus.ufes.br/files/field/anexo/Sistema%20Digest%C3%B3rio.pdf</p><p>https://citogenetica.ufes.br/sites/nupea.saomateus.ufes.br/files/field/anexo/Sistema%20Digest%C3%B3rio.pdf</p><p>https://www.ufjf.br/laura_leite/files/2019/06/Sistema-gastrintestinal-I1.pdf</p><p>https://www.ufjf.br/laura_leite/files/2019/06/Sistema-gastrintestinal-I1.pdf</p><p>https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/597934/2/Rea%20-%20Aula%20-%20Sistema%20Digest%C3%B3rio.pdf</p><p>https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/597934/2/Rea%20-%20Aula%20-%20Sistema%20Digest%C3%B3rio.pdf</p><p>34</p><p>G A B A R I T O</p><p>Estudo orientado</p><p>Capítulo 9 – Arquitetura animal, platelmintos e</p><p>nemátodos</p><p>1 D</p><p>2 E</p><p>3 C</p><p>4 01 + 04 + 08 + 16 = 29</p><p>5 a) Simetria bilateral.</p><p>b) O surgimento da divisão do corpo em regiões anterior</p><p>e posterior permitiu aos animais melhor explorar o am-</p><p>biente. Isso é favorecido pela movimentação direcionada</p><p>devido à presença de estruturas sensitivas (ocelos e aurí-</p><p>cul a) e gânglios nervosos na região anterior do corpo.</p><p>6 04 + 08 = 12</p><p>7 a) A minhoca. Os nemátodos apresentam tubo digestó-</p><p>rio completo e as planárias, incompleto.</p><p>b) As atividades das minhocas promovem a ciclagem de</p><p>nutrientes e a entrada de ar e água no solo. A redução</p><p>excessiva de suas populações e devido à atividade pre-</p><p>dadora das planárias proporciona menos nutrientes para</p><p>as plantas e menor fornecimento de água e oxigênio, o</p><p>que reduz o desenvolvimento das plantas de pastagem e,</p><p>consequentemente, a de carne.</p><p>Capítulo 10 – Verminoses</p><p>1 E</p><p>2 E</p><p>3 01 + 04 + 16 = 21</p><p>4 C</p><p>5 A</p><p>6 I) Filo Platelminto, que é triblástico e acelomado.</p><p>II) Pessoas infectadas liberam ovos pelas fezes, dos quais</p><p>nascem larvas miracídios em meios de água doce. Estas,</p><p>por sua vez, invadem o caramujo hospedeiro intermediá-</p><p>rio (gênero Biomphalaria) onde originam larvas cercá-</p><p>rias, que saem dos caramujos, nadam e penetram a pele</p><p>de pessoas (hospedeiros definitivos). Na corrente sanguí-</p><p>nea, as larvas se dirigem aos vasos do sistema</p><p>porta-hepático.</p><p>7 a) Não, pois a transmissão ocorre pela transferência de</p><p>ovos do verme parasita adulto, o qual não se desenvolve</p><p>nas pessoas com cisticercose.</p><p>b) Caso os animais bebam água contaminada com ovos</p><p>da tênia, eles podem dar continuidade ao ciclo do parasi-</p><p>ta, aumentando as chances de contaminação humana</p><p>pela cisticercose.</p><p>8 B</p><p>9 E</p><p>10 D</p><p>11 D</p><p>12 a) O hospedeiro definitivo é o ser humano. Na natureza,</p><p>a principal forma de transmissão da parasitose é por</p><p>meio da picada do mosquito do gênero Culex contami-</p><p>nado com o parasita.</p><p>b) Como o verme W. bancrofti e os microrganismos vi-</p><p>vem em uma relação mutualística, o uso dos antibióticos</p><p>deve combater esses microrganismos (bactérias), levan-</p><p>do a um prejuízo no desenvolvimento e na sobrevivência</p><p>do verme.</p><p>13 D</p><p>14 D</p><p>15 Hanseníase: Reino Monera; verminoses: Reino Animal;</p><p>tracoma: Reino Monera.</p><p>Diferenças nos ciclos de vida: I) o ciclo da ancilostomose</p><p>apresenta apenas um hospedeiro; o da esquistossomose,</p><p>dois hospedeiros; II) a ancilostomose apresenta uma fase</p><p>larval sobre o solo úmido, enquanto a esquistossomose</p><p>apresenta larvas aquáticas; III) o verme adulto da ancilos-</p><p>tomose se localiza no intestino humano, enquanto que o</p><p>verme adulto da esquistossomose se localiza nos vasos</p><p>sanguíneos do sistema porta-hepático.</p><p>Semelhanças nos ciclos de vida: I) contaminação humana</p><p>pode ocorrer por meio da penetração ativa das larvas na</p><p>pele humana; II) presença de reprodução sexuada no</p><p>corpo humano; III) eliminação dos ovos pelas fezes</p><p>humanas.</p><p>Capítulo 11 – Moluscos e anelídeos: importan-</p><p>tes organismos na dinâmica dos ecossistemas</p><p>1 E</p><p>2 B</p><p>3 A</p><p>4 a) Os representantes do filo moluscos apresentam sime-</p><p>tria bilateral, ou bilateral modificada (caracóis e caramu-</p><p>jos). Pertencem à classe Cephalopoda os polvos, as lulas,</p><p>as sépias (chocos) e os náutilos.</p><p>P4_031_037_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod19.indd 34P4_031_037_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod19.indd 34 12/12/22 08:1112/12/22 08:11</p><p>35</p><p>G A B A R I T O</p><p>b) A rádula funciona como um órgão raspador, reduzin-</p><p>do o alimento em pedaços menores, o que facilita a ação</p><p>das enzimas digestivas. A rádula é um órgão homólogo</p><p>(mesma origem embrionária) entre os grupos do clado-</p><p>grama, uma vez que teve origem em um ancestral co-</p><p>mum a todos os moluscos.</p><p>5 D</p><p>6 D</p><p>7 a) O animal pertence ao filo Annelida (anelídeos). A con-</p><p>dição da organização interna que se repete ao longo do</p><p>corpo desse animal é a metameria (metâmeros).</p><p>b) A letra X indica o líquido celomático. Esse líquido fun-</p><p>ciona como um esqueleto hidrostático, que proporciona</p><p>sustentação ao corpo do animal e contribui para a sua</p><p>locomoção.</p><p>8 02 + 16 = 18</p><p>Capítulo 12 – Artrópodes: o grupo animal com</p><p>maior biodiversidade</p><p>1 E</p><p>2 B</p><p>3 D</p><p>4 B</p><p>5 01 + 02 + 08 = 11</p><p>6 E</p><p>7 a) Os vetores dessas doenças estão representados, res-</p><p>pectivamente, nas imagens 3, 2, 4 e 1. A doença de</p><p>Chagas não é transmitida pela picada do vetor.</p><p>b) O animal 3 é um inseto, assim como os animais 2 e 4.</p><p>Já o animal 1 é um aracnídeo. Pela posição filogenética</p><p>de B, os táxons B, C e D possuem um ancestral comum, o</p><p>que permite concluir que C e D podem ser os animais 2 e</p><p>4, todos insetos. Dessa forma, o táxon A irá representar o</p><p>animal 1.</p><p>8 C</p><p>9 C</p><p>10 C</p><p>11 E</p><p>12 02 + 04 = 06</p><p>13 a) O equívoco do texto foi classificar os escorpiões como</p><p>insetos, sendo que são aracnídeos, ambos pertencentes</p><p>do filo Arthropoda.</p><p>b) Os escorpiões geram descendentes por partenogêne-</p><p>se pelo desenvolvimento de um óvulo não fecundado,</p><p>gerando apenas fêmeas. Em abelhas, o descendente de</p><p>uma rainha (2n) que se origina por partenogênese é o</p><p>macho (zangão) haploide (n).</p><p>14 01 + 02 + 16 = 19</p><p>Capítulo 13 – Equinodermos e cordados</p><p>1 01 + 02 + 08 + 16 = 27</p><p>2 C</p><p>3 B</p><p>4 04 + 08 = 12</p><p>5 C</p><p>6 a) O zoólogo recebeu um exemplar pertencente ao filo</p><p>dos equinodermos. O ouriço-do-mar pertence à classe</p><p>Echinoidea.</p><p>b) Os equinodermos são animais dioicos, realizam fecun-</p><p>dação externa e apresentam desenvolvimento indireto,</p><p>uma vez que formam larvas.</p><p>7 Os animais representantes do filo dos cordados (Chordata)</p><p>apresentam, em alguma fase de seu desenvolvimento, as</p><p>seguintes características: tubo neural dorsal, notocorda,</p><p>fendas faringianas e cauda pós-anal. Essas características</p><p>surgem durante a organogênese (neurulação) e podem</p><p>não persistir durante toda a vida do animal.</p><p>Capítulo 14 – A superclasse dos peixes</p><p>1 A</p><p>2 A</p><p>3 C</p><p>4 01 + 08 = 09</p><p>5 B</p><p>6 E</p><p>7 a) Os problemas osmóticos são a perda de água e a</p><p>entrada de íons.</p><p>b) As estratégias disponíveis para os peixes ósseos são:</p><p>redução no gradiente osmótico entre os fluidos corporais</p><p>e o meio; transporte</p><p>ativo de íons para dentro e para fora</p><p>do animal; diminuição do volume de urina eliminada.</p><p>Capítulo 15 – Anfíbios e répteis</p><p>1 B</p><p>2 E O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>î</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>ï</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>î</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>G</p><p>A</p><p>B</p><p>A</p><p>R</p><p>IT</p><p>O</p><p>P4_031_037_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod19.indd 35P4_031_037_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod19.indd 35 12/12/22 08:1112/12/22 08:11</p><p>36</p><p>3 C</p><p>4 a) Os ovos de ambos não têm casca, do tipo anamnióti-</p><p>co (não amniótico). A linha lateral tem a função de per-</p><p>cepção de vibrações (movimentos) na água.</p><p>b) Não. Os peixes pulmonados respiram utilizando a be-</p><p>xiga natatória e os anfíbios os pulmões.</p><p>5 a) Os peixes ósseos são amoniotélicos. O gráfico 1.</p><p>b) O gráfico 1 corresponde à fase embrionária do sapo e</p><p>o 3, de um lagarto. Segundo o texto, a forma de excreção</p><p>não tem relação filogenética, mas está associada ao</p><p>hábitat do animal e à presença de água. Sendo assim, a</p><p>fase embrionária do sapo ocorre em meio aquoso, no</p><p>interior de um ovo sem casca, com grande disponibilida-</p><p>de de água, enquanto o lagarto tem desenvolvimento</p><p>embrionário no interior de ovo com casca, com supri-</p><p>mento da água limitado.</p><p>6 a) Proteína (ou ácido nucleico).</p><p>b) Os anfíbios. Quando estão na fase larval aquática (giri-</p><p>no), têm grande disponibilidade da água e excretam</p><p>amônia. Na fase adulta, vivendo no ambiente terrestre,</p><p>têm menor disponibilidade de água e excretam ureia.</p><p>7 a) A ferramenta é a fosseta loreal. Ela é um órgão ter-</p><p>morreceptor que possibilita a percepção da emissão in-</p><p>fravermelha (calor) de potenciais presas endotérmicas,</p><p>como os roedores.</p><p>b) A resistência surgiu por mutação gênica aleatória e foi</p><p>selecionada pelo ambiente em que gambás e serpentes</p><p>se relacionavam, ao longo do tempo. Dessa maneira, os</p><p>gambás resistentes se multiplicaram e tornaram esta</p><p>característica mais frequente nas populações ao longo</p><p>do tempo.</p><p>Capítulo 16 – Aves e mamíferos</p><p>1 A</p><p>2 D</p><p>3 E</p><p>4 C</p><p>5 A</p><p>6 a) O número 3 representa as garras e o 4, as glândulas</p><p>sebáceas.</p><p>b) Glândulas sudoríparas regulam a temperatura corporal,</p><p>secretando suor, que evapora, causando perda de calor do</p><p>organismo. As baleias descendem de mamíferos terrestres</p><p>e, ao longo da história evolutiva, os indivíduos mutantes</p><p>que nasceram sem as glândulas sudoríparas foram favore-</p><p>cidos pelo ambiente aquático e deixaram mais descen-</p><p>dentes, aumentando assim a frequência de indivíduos</p><p>desprovidos destas glândulas, até que elas desapareceram</p><p>das populações destes mamíferos aquáticos.</p><p>7 a) As aves e os mamíferos. As penas e os pelos.</p><p>b) O grupo dos crocodilianos. Aves e crocodilianos apresen-</p><p>tam corações semelhantes quanto ao número de cavidades,</p><p>pois ambos apresentam dois átrios e dois ventrículos.</p><p>8 A</p><p>Capítulo 17 – Embriologia</p><p>1 B</p><p>2 A</p><p>3 D</p><p>4 B</p><p>5 01 + 02 + 04 + 08 + 16 = 31</p><p>6 D</p><p>7 B</p><p>8 a) C – Notocorda</p><p>b) 2 – endoderme e 3 – ectoderme</p><p>c) B – celoma – mesoderme</p><p>9 a) Porque nesse período está ocorrendo a organogêne-</p><p>se, com a formação dos principais órgãos embrionários.</p><p>b) Congênito. Porque é um processo que nasce com o</p><p>indivíduo, mas não é obrigatoriamente causado por uma</p><p>alteração hereditária.</p><p>c) I – ectoderme; II – endoderme; III – mesoderme; IV –</p><p>tubo neural; V – notocorda; VI – celoma; VII – arquêntero.</p><p>d) IV forma o sistema nervoso. V é substituída pela colu-</p><p>na vertebral.</p><p>10 a) A estrutura X é a notocorda, formada pela mesoderme.</p><p>b) A vitamina é o ácido fólico ou folato (B9). O tubo neu-</p><p>ral forma o cérebro.</p><p>Capítulo 18 – Fisiologia animal – sustentação e</p><p>locomoção</p><p>1 C</p><p>2 04 + 16 = 20</p><p>3 D</p><p>4 A</p><p>5 C</p><p>6 01 + 02 + 04 + 16 = 23</p><p>G A B A R I T O</p><p>P4_031_037_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod19.indd 36P4_031_037_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod19.indd 36 12/12/22 08:1112/12/22 08:11</p><p>37</p><p>7 A</p><p>8 a) Fibras musculares brancas (células tipo II) são maio-</p><p>res, mais claras, com pouca mioglobina, poucas mito-</p><p>côndrias e poucos vasos sanguíneos. São ricas em fosfo-</p><p>creatina, têm contração rápida e potente, com baixa</p><p>resistência à fadiga. Fibras musculares vermelhas (célu-</p><p>las tipo I) são menores, mais escuras, ricas em mioglobi-</p><p>na, com muitas mitocôndrias e capilares sanguíneos.</p><p>Têm contração mais lenta e menos potente e alta resis-</p><p>tência à fadiga.</p><p>b) As fibras musculares vermelhas obtêm energia princi-</p><p>palmente por meio da respiração celular aeróbica. Já as</p><p>fibras musculares brancas obtêm energia fundamental-</p><p>mente pela fermentação láctica.</p><p>9 a) A curva A corresponde ao músculo motor do globo</p><p>ocular; este é um músculo com predomínio de fibras de</p><p>contração rápida. A curva B, ao músculo da perna, que é</p><p>constituído principalmente por fibras de contração lenta.</p><p>b) A fadiga muscular caracteriza-se pela redução na</p><p>capacidade de contração do músculo com a estimula-</p><p>ção repetida. Uma maior resistência à fadiga é dada</p><p>pela alta taxa de mioglobina (que armazena oxigênio</p><p>nas células musculares), pela maior vascularização</p><p>(maior aporte de oxigênio) e pelo grande número de</p><p>mitocôndrias por célula (maior capacidade de realizar a</p><p>respiração aeróbia).</p><p>10 a) A contração ocorre pelo encurtamento do sarcômero,</p><p>causado pelo deslizamento dos filamentos periféricos</p><p>mais finos de actina sobre os filamentos centrais mais</p><p>grossos de miosina. O processo é ativado pela entrada</p><p>de Ca++ no sarcômero e utiliza energia fornecida pelo</p><p>ATP.</p><p>b) O gene contém íntrons (sequências de nucleotídeos</p><p>não codificantes) e éxons (sequências codificantes) e na</p><p>formação do RNA mensageiro os íntrons são retirados,</p><p>durante o processamento (splicing) do RNA, ficando</p><p>apenas os éxons. Assim, o número de nucleotídeos que</p><p>codifica a formação da proteína é menor que o número</p><p>total de nucleotídeos do gene.</p><p>c) Três membranas: as duas membranas mitocondriais e</p><p>a membrana plasmática.</p><p>Capítulo 19 – Fisiologia animal – digestão</p><p>1 E</p><p>2 D</p><p>3 D</p><p>4 E</p><p>5 D</p><p>6 E</p><p>7 C</p><p>8 04 + 08 +16 = 28</p><p>9 a) Os peptídeos são formados pelo encadeamento de</p><p>unidades estruturais denominadas aminoácidos. No or-</p><p>ganismo humano, bem como na natureza, existem vinte</p><p>tipos de aminoácidos naturais.</p><p>b) As vilosidades são prolongamentos da mucosa do</p><p>intestino delgado, cuja função é aumentar a superfície de</p><p>absorção alimentar.</p><p>10 D</p><p>11 C</p><p>12 A</p><p>13 D</p><p>14 C</p><p>15 A digestão do amido no duodeno é realizada pela enzi-</p><p>ma amilase pancreática. O resultado dessa digestão é a</p><p>formação do dissacarídeo maltose. A hidrólise da malto-</p><p>se pela enzima maltase resulta em duas moléculas de</p><p>glicose (monossacarídeo).</p><p>16 C</p><p>17 C</p><p>18 a) Exoesqueleto de quitina verificado nos artrópodes e</p><p>parede celular celulósica observada nos vegetais.</p><p>b) Os agentes não enzimáticos são os sais biliares que</p><p>emulsificam as gotas de gordura. Os agentes enzimáticos</p><p>são as lipases presentes no suco pancreático. As lipases</p><p>aceleram a hidrólise das gorduras, convertendo-os em</p><p>ácidos graxos e glicerol.</p><p>19 a) O excesso de colesterol no sangue pode provocar o</p><p>aparecimento de placas de gordura que obstruem as</p><p>artérias, causando acidentes celulares graves. Pode-se</p><p>reduzir o colesterol circulante por meio da redução da</p><p>ingestão de alimentos ricos em gordura animal.</p><p>b) Os sais biliares emulsificam as gorduras da dieta, redu-</p><p>zindo-as a gotículas microscópicas. Dessa forma, eles</p><p>funcionam como um “detergente” natural, facilitando a</p><p>digestão dessas gorduras pelas enzimas lipases presen-</p><p>tes nos sucos pancreático e entérico.</p><p>G A B A R I T O</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>î</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>ï</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>î</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>G</p><p>A</p><p>B</p><p>A</p><p>R</p><p>IT</p><p>O</p><p>P4_031_037_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod19.indd 37P4_031_037_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod19.indd 37 12/12/22 08:1112/12/22 08:11</p><p>38</p><p>Sugestão de roteiro de aula</p><p>Aula Descrição Anotações</p><p>8</p><p>Estrutura da membrana plasmática</p><p>Difusão simples, difusão facilitada e</p><p>transporte ativo</p><p>Desenvolvendo habilidades: 1</p><p>TM: 1 a 3</p><p>TC: 4 e 5</p><p>TD: 6 e 7</p><p>Extras!: 1</p><p>9</p><p>Osmose, endocitose,</p><p>exocitose e</p><p>adaptações da membrana plasmática</p><p>Desenvolvendo habilidades: 2</p><p>TM: 8 a 10</p><p>TC: 11 a 13</p><p>TD: 14 e 15</p><p>Extras!: 2 e 3</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>6</p><p>Membrana plasmática: estrutura,</p><p>permeabilidade e especializações</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao fim destas aulas, o aluno deve ser capaz de:</p><p>. Objetivo 1: compreender a estrutura da membrana plasmática.</p><p>. Objetivo 2: entender a relação da membrana com a permeabilidade de diferentes tipos de soluto.</p><p>. Objetivo 3: entender como ocorrem a osmose e os transportes intermediados por membranas.</p><p>. Objetivo 4: descrever as funções das principais adaptações da membrana plasmática.</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>Mediação e</p><p>intervenção</p><p>sociocultural</p><p>EMIFCNT02</p><p>EIXOS</p><p>ESTRUTURANTES:</p><p>Encaminhamento</p><p>Embarque</p><p>Na seção Embarque deste módulo, a introdução do tema é feita pela discussão do modo de ação</p><p>de sabonetes na morte de microrganismos. Sugerimos que inicie essa discussão perguntando em quais</p><p>O B S E R V A T Ó R I O D E F E N Ô M E N O S B I O L Ó G I C O S B C O M P E T Ê N C I A S G E R A I S 1 , 2 , 7 .</p><p>P5_038a040_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod06 2.indd 38P5_038a040_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod06 2.indd 38 12/13/22 10:48 AM12/13/22 10:48 AM</p><p>39</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>6</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>situações os alunos lavam as mãos, buscando achar um ponto comum entre elas. Os alunos poderão</p><p>perceber que normalmente lavam as mãos antes das refeições ou após ir ao banheiro. Retome como</p><p>algumas doenças possuem ciclo oral-fecal ou como algumas doenças respiratórias também podem ser</p><p>transmitidas por fômites. Em seguida, utilize a imagem apresentada na seção para mostrar como os</p><p>sabões atuam destruindo a membrana da célula de bactérias e protozoários e do envelope dos vírus.</p><p>Vale destacar que esse é um mecanismo de ação diferente do álcool, que causa desnaturação protei-</p><p>ca dos microrganismos.</p><p>Aula 8</p><p>A primeira aula deste módulo tem como finalidade apresentar a estrutura da membrana plas-</p><p>mática, assim como os diferentes tipos de transportes de soluto que podem ser feitos através dela.</p><p>Sugerimos iniciar a aula com uma breve apresentação do modelo mosaico fluido da membrana</p><p>plasmática.</p><p>Aproveite essa discussão para fazer a primeira questão da seção Desenvolvendo habilidades. Essa</p><p>atividade pode ser utilizada para apresentar o trabalho de Singer e Nicolson e para que os alunos</p><p>aprendam a identificar as principais estruturas da membrana e quais os fatores que influenciam na</p><p>permeabilidade de substâncias através dela. Mostre que a membrana possui caráter semipermeável, já</p><p>que deixa passar livremente substâncias apolares, mas íons e moléculas grandes polares encontram</p><p>dificuldade para atravessá-la. Comente que a permeabilidade seletiva da membrana plasmática está</p><p>relacionada com a capacidade de regular a passagem dessas substâncias através de canais de mem-</p><p>brana e bombas moleculares.</p><p>Finalize a aula mostrando os diferentes tipos de transporte de solutos através da membrana plas-</p><p>mática. Uma possibilidade de iniciar essa discussão é pela diferenciação do conceito de transporte</p><p>passivo e ativo, apresentando o conceito de gradiente de concentração. É importante trazer exemplos</p><p>para que o aluno compreenda que o processo de difusão ocorre naturalmente, sem gasto de energia,</p><p>como a difusão de gases no ar ou de um suco em pó solúvel na água. Comente, portanto, que o tipo</p><p>de difusão depende da permeabilidade da molécula em relação à membrana, diferenciando a difusão</p><p>simples da facilitada.</p><p>Sugerimos finalizar a aula explicando o mecanismo de transporte ativo, dando destaque ao gasto</p><p>energético que é necessário para bombear os solutos contra o gradiente de concentração. A bomba de</p><p>sódio e potássio pode ser um bom exemplo de sala, já que é frequentemente usada como tema de</p><p>questões vestibulares e poderá auxiliar o aluno a entender melhor a fisiologia dos neurônios futuramente.</p><p>O exercício 1 da seção Extras! pode ser usado em sala, caso se queira dar destaque a esse caso.</p><p>Aula 9</p><p>A segunda aula deste módulo é iniciada com a apresentação da osmose. Comente que a osmose</p><p>também é classificada como transporte passivo, mas consiste na passagem de água (solvente) através</p><p>da membrana plasmática em direção ao meio mais concentrado. Sugerimos abordar esse conceito a</p><p>partir de diferentes situações em que se aplica a osmose. As questões sugeridas abaixo podem ser</p><p>distribuídas para pesquisa antes da aula ou propostas antes da exposição dos conceitos:</p><p>. Por que beber água do mar causa desidratação?</p><p>. Por que, antes da invenção do refrigerador, salgar a carne era o método mais comum de con-</p><p>servação desse alimento?</p><p>. Por que salgar a terra era uma estratégia usada em guerras para tornar a terra inimiga impro-</p><p>dutiva?</p><p>. Por que a ingestão de alimentos com sal resulta no aumento da pressão sanguínea?</p><p>Independentemente do contexto usado, é importante que o aluno perceba como a osmose pode</p><p>resultar na variação do volume celular e do ganho ou perda de água dos tecidos.</p><p>Em seguida, sugerimos iniciar a discussão dos diferentes tipos de transporte mediados por mem-</p><p>branas, por meio de vesículas. Comente que as endocitoses envolvem a internalização de substâncias</p><p>grandes demais para serem transportadas através da membrana plasmática e diferencie o tamanho</p><p>das partículas e os mecanismos de internalização que ocorrem na fagocitose e pinocitose.</p><p>Para concluir a aula, apresente os diferentes tipos de adaptações que podem existir nas membranas</p><p>plasmáticas. Comente que as especializações são estruturas ou mudanças na forma da membrana que</p><p>permitem funções mais especializadas. As imagens apresentadas na seção Neste m—dulo podem ajudar</p><p>P4_038a040_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod06.indd 39P4_038a040_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod06.indd 39 12/12/22 15:2512/12/22 15:25</p><p>40</p><p>nessa discussão. Mostre que essas adaptações podem conferir maior superfície de absorção (microvi-</p><p>losidades), aumentar a adesão celular (desmossomos), impedir a passagem de substâncias entre célu-</p><p>las (junção oclusiva) ou comunicar o citoplasma de células adjacentes, permitindo a troca de substân-</p><p>cias (junção comunicante). A questão 3 da seção Extras! pode ser utilizada para mostrar como a perda</p><p>das microvilosidades intestinais pela doença celíaca pode causar distúrbios à saúde.</p><p>#cultura_digital</p><p>DOENÇA celíaca: como diagnosticar e tratar. Confira mais informações sobre esse tema no texto desse</p><p>site. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/alimentacao/doenca-celiaca-como-diagnosticar-</p><p>e-tratar/. Acesso em: 19 jul. 2022.</p><p>MEMBRANA plasmática e biomembranas. Acesse o site da UFRGS para ler a matéria. Disponível em:</p><p>https://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/memb2.htm. Acesso em: 19 jul. 2022.</p><p>NÃO lavar as mãos com sabão coloca milhões de pessoas em risco aumentado para a Covid-19 e outras</p><p>doenças infecciosas. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/nao-lavar</p><p>-maos-com-sabao-coloca-milhoes-de-pessoas-em-risco-aumentado-para-covid-19-e-outras-doencas.</p><p>Acesso em: 19 jul. 2022.</p><p>A N O T A Ç Õ E S</p><p>P4_038a040_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod06.indd 40P4_038a040_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod06.indd 40 12/12/22 15:2512/12/22 15:25</p><p>https://drauziovarella.uol.com.br/alimentacao/doenca-celiaca-como-diagnosticar-e-tratar/</p><p>https://drauziovarella.uol.com.br/alimentacao/doenca-celiaca-como-diagnosticar-e-tratar/</p><p>https://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/memb2.htm</p><p>https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/nao-lavar-maos-com-sabao-coloca-milhoes-de-pessoas-em-risco-aumentado-para-covid-19-e-outras-doencas</p><p>https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/nao-lavar-maos-com-sabao-coloca-milhoes-de-pessoas-em-risco-aumentado-para-covid-19-e-outras-doencas</p><p>41</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>7</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>Sugestão de roteiro de aula</p><p>Aula</p><p>Descrição Anotações</p><p>10</p><p>Citosol, citoesqueleto, retículo</p><p>endoplasmático granuloso, retículo</p><p>endoplasmático não granuloso e</p><p>complexo golgiense</p><p>Desenvolvendo habilidades: 1</p><p>TM: 1 a 3</p><p>TC: 4 e 5</p><p>TD: 6 e 7</p><p>Extras!: 1</p><p>11</p><p>Lisossomos, peroxissomos, mitocôndria,</p><p>cloroplasto e vacúolos</p><p>Desenvolvendo habilidades: 2</p><p>TM: 8 a 10</p><p>TC: 11 e 12</p><p>TD: 13 e 14</p><p>Extras!: 2</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>7</p><p>Citoplasma</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao fim destas aulas, o aluno deve ser capaz de:</p><p>. Objetivo 1: compreender as principais funções do citoesqueleto, do retículo endoplasmático e do</p><p>complexo golgiense.</p><p>. Objetivo 2: compreender as principais funções dos lisossomos, dos peroxissomos, da mitocôndria,</p><p>do cloroplasto e do vacúolo.</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>EMIFCNT02</p><p>Mediação e</p><p>intervenção</p><p>sociocultural</p><p>EMIFCNT03</p><p>EIXOS</p><p>ESTRUTURANTES:</p><p>Encaminhamento</p><p>Embarque</p><p>Esta seção propõe o início do estudo das organelas celulares de forma menos tradicional. Normalmente,</p><p>apresenta-se a função de cada organela primeiro, para depois falar sobre a importância delas no funcio-</p><p>namento do organismo. Sugerimos aqui o inverso: analisar a manifestação fisiológica da disfuncionalidade</p><p>O B S E R V A T Ó R I O D E F E N Ô M E N O S B I O L Ó G I C O S B</p><p>P4_041a043_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod07.indd 41P4_041a043_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod07.indd 41 12/12/22 15:2512/12/22 15:25</p><p>42</p><p>de uma organela, para que o aluno possa observar que uma alteração microscópica pode causar problemas</p><p>sistêmicos e macroscópicos. Para isso, sugerimos fazer a leitura do Embarque e, em seguida, apresentar</p><p>os sintomas ou as manifestações de alguma doença relacionada a distúrbios celulares. Sugerimos que</p><p>utilize como exemplo alguma doença com que tenha mais familiaridade, de modo que possa enriquecer</p><p>mais a discussão com os alunos. Algumas sugestões de doenças que podem ser trabalhadas e os distúrbios</p><p>celulares relacionados são:</p><p>. Alzheimer: distúrbios no citoesqueleto (microtúbulos).</p><p>. Doença de Tay-Sachs e silicose: distúrbio lisossômico.</p><p>. Doença de Leigh: distúrbio mitocondrial.</p><p>Para mais informações a respeito de cada uma das doenças, confira as sugestões de leitura ao final</p><p>deste módulo.</p><p>Aula 10</p><p>Inicie a primeira aula com a apresentação do citosol e do citoesqueleto. Comente que o citosol é uma</p><p>solução com aspecto coloidal, de gel viscoso, na qual ocorre boa parte das reações do metabolismo celu-</p><p>lar. Em seguida, explore as ilustrações dessas estruturas apresentadas no item 2.1 para destacar as diferen-</p><p>tes fibras do citoesqueleto, assim como os processos biológicos relacionados a elas. Em relação aos fila-</p><p>mentos intermediários, mencione que essas são as proteínas que se ligam aos desmossomos, conferindo</p><p>resistência à tensão em epitélios. Sobre os microtúbulos, é interessante discutir seu processo de formação,</p><p>além da sua participação no transporte de organelas e de vesículas e na formação de fuso mitótico, cílios</p><p>e flagelos. Por fim, mencione a capacidade dos filamentos de actina de interação com outras proteínas, o</p><p>que resulta na alteração do formato da célula. Mostre que a alteração desse formato pode ter diferentes</p><p>funções, dependendo da célula que o realiza.</p><p>Em seguida, apresente o retículo endoplasmático como um conjunto de compartimentos membrano-</p><p>sos conectados. Comente que o retículo endoplasmático granuloso (ou rugoso) e o não granuloso (ou liso)</p><p>são diferenciados principalmente pela presença de ribossomos no primeiro e pela ausência no segundo, e</p><p>pelas funções especializadas de cada um deles. Vale destacar que nos ribossomos do retículo endoplas-</p><p>mático granuloso são sintetizadas proteínas que atuam no interior de vesículas ou que serão secretadas</p><p>pela célula. Quanto ao retículo endoplasmático não granuloso, dê ênfase à capacidade de desintoxicação</p><p>pela degradação de drogas e à síntese de lipídios.</p><p>A última organela a ser discutida nesta aula é o complexo golgiense. Comente que ele é composto de</p><p>conjuntos de compartimentos membranosos, denominados cisternas. Em seguida, dê destaque às funções</p><p>de armazenamento, empacotamento, modificação e secreção de substâncias. Se houver tempo, comente</p><p>também seu papel na formação do acrossomo.</p><p>Sugerimos finalizar a aula com a resolução da primeira questão da seção Desenvolvendo habilidades.</p><p>Caso haja tempo, os alunos podem ler a questão para interpretar a situação apresentada e elaborar uma</p><p>resposta. Durante a correção, é possível estabelecer um paralelo com as discussões que estão sendo feitas</p><p>no setor A a respeito da evolução dos animais.</p><p>Aula 11</p><p>Inicie a segunda aula deste módulo com a discussão sobre as funções do lisossomo. Comente que</p><p>a digestão é feita por meio da junção de um lisossomo com uma vesícula, o que resulta na mistura</p><p>das enzimas digestivas com seus substratos, formando o vacúolo digestivo. É importante enfatizar</p><p>que a diferenciação entre as funções autofágica e heterofágica é feita pela origem da vesícula que é</p><p>digerida. Enfatize que a função autofágica é importante para fazer a reciclagem de estruturas celula-</p><p>res disfuncionais.</p><p>Em seguida, apresente os diferentes tipos de morte celular. Na apoptose, ocorre uma redução da ati-</p><p>vidade das mitocôndrias e a ativação de caspases, principais enzimas que mediam o processo. É impor-</p><p>tante ressaltar, no entanto, que não há autofagia nesse processo. Na necrose, os lisossomos se rompem</p><p>por fatores externos e ocorre a digestão dos componentes celulares, resultando no inchaço e no rompi-</p><p>mento da célula, levando ao extravasamento do conteúdo intracelular. Comente que a autólise é a digestão</p><p>dos componentes celulares devido ao rompimento das membranas dos lisossomos e que pode ocorrer de</p><p>forma programada, como na digestão da cauda do girino, ou de forma acidental, como na necrose. Nesse</p><p>momento, pode-se interromper a discussão dos conceitos para a resolução da segunda questão da seção</p><p>Desenvolvendo habilidades.</p><p>P4_041a043_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod07.indd 42P4_041a043_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod07.indd 42 12/12/22 15:2512/12/22 15:25</p><p>43</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>7</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>Nesta aula também é previsto que sejam apresentados aos alunos a mitocôndria e o cloroplasto. Não</p><p>é necessário discutir em detalhes o processo de respiração celular e a fotossíntese. Espera-se que os alunos</p><p>apenas relembrem as principais características que permitem o reconhecimento dessas organelas, assim</p><p>como os processos energéticos que realizam. Relembre-os, também, sobre quais são as evidências que</p><p>apontam para a origem endossimbiótica dessas organelas.</p><p>Finalize o módulo apresentando os tipos de vacúolo que ainda não foram mencionados: o vacúolo</p><p>pulsátil e o vacúolo vegetal. Comente que os vacúolos também são compartimentos membranosos, nor-</p><p>malmente maiores que as vesículas. Retome o conceito de osmose para apresentar a importância do va-</p><p>cúolo pulsátil para os protozoários de água doce.</p><p>Ao tratar do vacúolo vegetal, convém mencionar seu papel na célula vegetal. Comente que eles são</p><p>capazes de realizar digestão intracelular, ressaltando que células vegetais não possuem lisossomos. Além</p><p>disso, destaque a capacidade dessa organela de armazenar substâncias e de manter as células túrgidas, já</p><p>que possuem a concentração levemente superior à do citosol.</p><p>#cultura_digital</p><p>NUCLEUS MEDICAL MEDIA. Biology: Cell Structure. 7min21s. Disponível em: https://www.youtube.com/</p><p>watch?v=URUJD5NEXC8. Acesso em: 8 set. 2022.</p><p>SERENIKI, Adriana; VITAL, Maria Aparecida B. F. A doença de Alzheimer: aspectos fisiopatológicos e</p><p>farmacológicos. Revista Psiquiátrica do Rio Grande do Sul, v. 30, n. 1, 2008. Disponível em: https://www.</p><p>scielo.br/j/rprs/a/LNQzKPVKxLSsjbTnBCps4XM. Acesso em: 8 set. 2022.</p><p>ABC.MED.BR. Conheça a doença de Tay Sachs, 2016. Disponível em: http://feapaesp.org.br/material_</p><p>download/340_Conheça%20a%20doença%20de%20Tay%20Sachs.pdf. Acesso</p><p>em: 8 set. 2022.</p><p>NASSEH, Ibrahim E, et al. 2001. Doenças mitocondriais. Rev. Neurociências, vol. 9, n. 2, pp. 60-69, 2001.</p><p>Disponível em: https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKE</p><p>wiYzeKx6J75AhUHs5UCHfUlDVQQFnoECDIQAQ&url=https%3A%2F%2Fperiodicos.unifesp.br%2Findex.</p><p>php%2Fneurociencias%2Farticle%2Fdownload%2F8921%2F6454%2F36768&usg=AOvVaw2VkMHiQW</p><p>wt6NlYVisILriq. Acesso em: 8 set. 2022.</p><p>A N O T A Ç Õ E S</p><p>P4_041a043_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod07.indd 43P4_041a043_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod07.indd 43 12/12/22 15:2512/12/22 15:25</p><p>https://www.scielo.br/j/rprs/a/LNQzKPVKxLSsjbTnBCps4XM</p><p>https://www.scielo.br/j/rprs/a/LNQzKPVKxLSsjbTnBCps4XM</p><p>http://feapaesp.org.br/material_download/340_Conheça%20a%20doença%20de%20Tay%20Sachs.pdf</p><p>http://feapaesp.org.br/material_download/340_Conheça%20a%20doença%20de%20Tay%20Sachs.pdf</p><p>https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiYzeKx6J75AhUHs5UCHfUlDVQQFnoECDIQAQ&url=https%3A%2F%2Fperiodicos.unifesp.br%2Findex.php%2Fneurociencias%2Farticle%2Fdownload%2F8921%2F6454%2F36768&usg=AOvVaw2VkMHiQWwt6NlYVisILriq</p><p>https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiYzeKx6J75AhUHs5UCHfUlDVQQFnoECDIQAQ&url=https%3A%2F%2Fperiodicos.unifesp.br%2Findex.php%2Fneurociencias%2Farticle%2Fdownload%2F8921%2F6454%2F36768&usg=AOvVaw2VkMHiQWwt6NlYVisILriq</p><p>https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiYzeKx6J75AhUHs5UCHfUlDVQQFnoECDIQAQ&url=https%3A%2F%2Fperiodicos.unifesp.br%2Findex.php%2Fneurociencias%2Farticle%2Fdownload%2F8921%2F6454%2F36768&usg=AOvVaw2VkMHiQWwt6NlYVisILriq</p><p>https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwiYzeKx6J75AhUHs5UCHfUlDVQQFnoECDIQAQ&url=https%3A%2F%2Fperiodicos.unifesp.br%2Findex.php%2Fneurociencias%2Farticle%2Fdownload%2F8921%2F6454%2F36768&usg=AOvVaw2VkMHiQWwt6NlYVisILriq</p><p>44</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>8 O B S E R V A T Ó R I O D E F E N Ô M E N O S B I O L Ó G I C O S B</p><p>Objetivo de aprendizagem</p><p>Ao fim desta aula, o aluno deve ser capaz de:</p><p>. Objetivo 1: entender o processo de fermentação e suas aplicações para a sociedade.</p><p>Encaminhamento</p><p>Embarque</p><p>A questão proposta nesta seção tem a finalidade de iniciar a discussão sobre o metabolismo energé-</p><p>tico das células e dos seres vivos. Para isso, sugerimos que, ao fazer a leitura da seção com os alunos, sejam</p><p>levantadas diferentes situações e processos fisiológicos que demandam energia. A partir desses exemplos,</p><p>indique onde há gasto de energia nesses processos. Por exemplo, se os alunos indicarem atividades físicas</p><p>como uma das situações, comente que a energia é gasta nas fibras musculares durante o processo de</p><p>contração. Finalize a discussão introduzindo o conceito dos carreadores ativados, que atuam como inter-</p><p>mediários energéticos entre os processos catabólicos e anabólicos.</p><p>Aula 12</p><p>O primeiro tópico desta aula são os diferentes tipos de processo metabólico. Para iniciar, explique a</p><p>definição de metabolismo e ressalte que a presença de metabolismo próprio é um dos critérios conside-</p><p>rados para que algo seja classificado como um ser vivo, já que a capacidade de degradar e sintetizar mo-</p><p>léculas de forma ordenada é imprescindível para a manutenção da organização e do funcionamento de um</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>Empreendedorismo</p><p>EMIFCNT02</p><p>EMIFCNT10</p><p>EIXOS</p><p>ESTRUTURANTES:</p><p>Sugestão de roteiro de aula</p><p>Aula Descrição Anotações</p><p>12</p><p>Classificação do metabolismo</p><p>Carreadores ativados</p><p>Bioquímica da fermentação</p><p>Aplicações da fermentação</p><p>Desenvolvendo habilidades: 1 e 2</p><p>TM: 1 a 4</p><p>TC: 5 a 7</p><p>TD: 8 e 9</p><p>Extras!: 1 e 2</p><p>Bioenergética:</p><p>fermentação</p><p>P4_044_045_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod08.indd 44P4_044_045_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod08.indd 44 12/12/22 15:2612/12/22 15:26</p><p>45</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>8</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>organismo. Comente também que as reações metabólicas são fundamentais para o crescimento e para a</p><p>reprodução dos seres vivos. Em seguida, mostre que essas reações químicas podem ser classificadas em</p><p>dois tipos: reações do catabolismo e reações do anabolismo. O esquema presente na seção Neste módulo</p><p>pode auxiliar na sistematização das principais características e exemplos de cada um deles.</p><p>O próximo tema da aula são os carreadores ativados. A partir da discussão feita no Embarque, é pos-</p><p>sível que os alunos já tenham compreendido que algumas moléculas atuam como intermediários energéti-</p><p>cos. Para aprofundar a discussão, evidencie as diferenças entre o ATP e o carreadores de</p><p>elétrons/hidrogênios. Explique que as ligações de fosfato do ATP são altamente energéticas e que essa</p><p>energia é a fonte da maioria dos processos vitais realizados pelos seres vivos. Mostre que, ao serem utiliza-</p><p>das, as moléculas de ATP são hidrolisadas em ADP e um fosfato. Para garantir a disponibilidade de ATP e</p><p>a manutenção dos processos metabólicos, moléculas de ATP devem ser continuamente regeneradas.</p><p>Quanto aos carreadores de elétrons e hidrogênios, destaque que são moléculas complexas e que, portanto,</p><p>são abreviadas em siglas: NAD, NADP e FAD. É importante que os alunos entendam que essas moléculas</p><p>funcionam como intermediários nos processos de degradação e síntese de matéria orgânica e que trans-</p><p>portam elétrons com grande quantidade de energia em ligações covalentes com átomos de hidrogênio.</p><p>Em seguida, sugerimos iniciar a discussão do processo de fermentação. Para contextualizar o tema,</p><p>relembre os alunos de que os seres vivos podem obter moléculas orgânicas a partir de outros seres vivos</p><p>(heterótrofos) ou sintetizá-las (autótrofos). Em seguida, mostre que a fermentação é uma das formas de</p><p>extrair a energia da glicose, regenerando moléculas de ATP e sustentando processos vitais. Ressalte que,</p><p>independentemente do tipo de fermentação, 2 ATP (saldo líquido) são formados com a glicólise. Não dei-</p><p>xe de mostrar a importância do NAD+, que serve como um aceptor dos elétrons durante as reações de</p><p>oxidação da glicólise.</p><p>Para finalizar a discussão teórica dessa aula, sugerimos diferenciar a fermentação lática e alcoólica</p><p>quanto aos produtos das reações, aos seres vivos que as realizam e aos componentes utilizados nos</p><p>processos. Em ambos os casos, comente a importância de um ambiente anaeróbico para a realização</p><p>da fermentação pelos microrganismos e não deixe de abordar as diferenças metabólicas entre os dois</p><p>processos.</p><p>Incentive os alunos a realizar as atividades propostas.</p><p>A N O T A Ç Õ E S</p><p>P4_044_045_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod08.indd 45P4_044_045_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod08.indd 45 12/12/22 15:2612/12/22 15:26</p><p>46</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>9 O B S E R V A T Ó R I O D E F E N Ô M E N O S B I O L Ó G I C O S B</p><p>Bioenergética:</p><p>respiração celular</p><p>Encaminhamento</p><p>Embarque</p><p>A questão desta seção tem como objetivo incentivar a discussão sobre o aparecimento da respiração</p><p>celular aeróbica. O surgimento da respiração celular, depois de mais de 1 bilhão de anos de vida anaeróbi-</p><p>ca, provavelmente está associado ao surgimento da capacidade de utilizar o gás oxigênio, que se acumu-</p><p>lava no ambiente pela atividade fotossintética das cianobactérias e era extremamente tóxico para a maior</p><p>parte dos microrganismos anaeróbicos. Aproveite a discussão para relembrar teoria endossimbiótica</p><p>proposta inicialmente por Lynn Margulis (1938-2011).</p><p>Discuta a associação do surgimento da respiração aeróbica com a maior disponibilidade de energia</p><p>para a célula, ocorrendo maior produção de ATP, o que provavelmente permitiu o aumento da complexi-</p><p>Sugestão de roteiro de aula</p><p>Aula Descrição Anotações</p><p>13</p><p>Importância da respiração celular e sua</p><p>equação geral</p><p>Glicólise, ressaltando a diferença com a</p><p>fermentação</p><p>Estrutura básica e finalidade do ciclo de</p><p>Krebs</p><p>Mecanismo quimiosmótico da cadeia</p><p>respiratória</p><p>Rendimento da respiração</p><p>Desenvolvendo habilidades: 1 e 2</p><p>TM: 1 a 4</p><p>TC: 5 a 8</p><p>TD: 9 e 10</p><p>Extras!: 1 a 3</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>Investigação</p><p>ciêntífica</p><p>EMIFCNT02</p><p>EMIFCNT10</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao fim desta aula, o aluno deve ser capaz de:</p><p>. Objetivo 1: entender o papel da respiração celular no metabolismo energético.</p><p>. Objetivo 2: compreender as etapas bioquímicas da respiração celular.</p><p>P4_046_048_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod09.indd 46P4_046_048_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod09.indd 46 12/12/22 15:2612/12/22 15:26</p><p>47</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>9</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>dade dos organismos, a diversificação dos eucariontes, o aparecimento dos organismos pluricelulares e,</p><p>consequentemente, o aumento da biodiversidade.</p><p>Aula 13</p><p>Na apresentação da equação geral da respiração celular aeróbica, é importante caracterizá-la como</p><p>um processo de quebra total da molécula de glicose, que libera muito mais energia para a célula do que a</p><p>fermentação. A energia contida na glicose é de 686 kcal/mol e o ATP equivale a 7,3 kcal/mol; assim, os</p><p>2 ATP da fermentação contêm aproximadamente 2% da energia da glicose, enquanto os 30 ATP da respi-</p><p>ração representam um rendimento aproximado de 32%.</p><p>Inicialmente, recorde com os alunos a glicólise, mostrando que suas reações são idênticas àquelas da</p><p>fermentação. A diferença está no destino do piruvato e dos NADH, que serão utilizados na mitocôndria.</p><p>Na sequência, pode ser explicada a formação da acetilcoenzima A, mostrando o papel fundamental dessa</p><p>substância, que inicia o ciclo de Krebs e pode ser formada a partir do piruvato, de ácidos graxos e de ami-</p><p>noácidos.</p><p>Em seguida, inicie a explicação do ciclo de Krebs, indicando sua localização na matriz mitocondrial e</p><p>mostrando seu papel de fornecedor de hidrogênios para o funcionamento da cadeia respiratória. Ressalte</p><p>que, atualmente, o ciclo de Krebs é denominado ciclo do ácido cítrico, mas muitos livros e exames de ves-</p><p>tibular permanecem com a denominação ciclo de Krebs.</p><p>Ressalte a importância do ciclo na integração dos processos energéticos celulares e cite que muitas</p><p>substâncias dele podem ser utilizadas em diferentes vias metabólicas. Lembre os alunos de que todo o</p><p>CO</p><p>2</p><p>liberado na respiração vem do ciclo de Krebs e que há formação de 1 ATP (especificamente um GTP,</p><p>que depois transfere a energia para um ATP).</p><p>Nesse momento, seria interessante resolver com os alunos o exercício 1 da seção Desenvolvendo habi-</p><p>lidades, que permite discutir a importância do ciclo de Krebs e o papel dos aceptores de hidrogênio NAD</p><p>e FAD.</p><p>Na sequência, inicie a apresentação da cadeia respiratória, indicando sua localização na membrana</p><p>interna mitocondrial e destacando que as cristas mitocondriais representam um aumento da área disponí-</p><p>vel para as reações. Em seguida, pode ser discutido o mecanismo quimiosmótico, destacando-se que o</p><p>transporte de elétrons, fornecidos pelo NADH e pelo FADH</p><p>2</p><p>, é a fonte de energia para bombear prótons</p><p>H+ para o espaço intermembranas. O gradiente de H+ permite sua passagem pela ATP sintase, no processo</p><p>de fosforilação oxidativa.</p><p>É interessante enfatizar aos alunos a simplicidade e a eficiência do processo de respiração celular,</p><p>comentando que ele é realizado pela maioria dos seres vivos, de bactérias a animais e vegetais.</p><p>Nesse momento, sugere-se a realização do exercício 2 da seção Desenvolvendo habilidades, que pode</p><p>ser utilizada para revisão dos processos da respiração celular. No item a, recorde a reação geral da fermen-</p><p>tação, que começa pela glicólise. No item b, lembre os alunos de que as reações do ciclo são reversíveis,</p><p>possibilitando a transformação de açúcares e aminoácidos em lipídios, via acetil-CoA. No item c, discuta</p><p>com detalhes o processo quimiosmótico, cuja elucidação valeu o prêmio Nobel de Química de 1978 para</p><p>o britânico Peter Mitchell (1920-1992).</p><p>Em seguida, pode ser apresentada a tabela de rendimento energético da respiração aeróbica, mos-</p><p>trando que cada NADH fornece energia equivalente a 2,5 ATP, e o FADH</p><p>2</p><p>fornece energia equivalente a</p><p>1,5 ATP. Ressalte que os NADH da glicólise não entram na mitocôndria e transferem seus hidrogênios para</p><p>proteínas transportadoras, com gasto de 1 ATP por NADH. Além disso, é importante frisar que o ciclo co-</p><p>meça pelo piruvato e que cada glicose forma dois piruvatos; assim, o resultado de cada ciclo deve ser</p><p>multiplicado por dois.</p><p>Nos exercícios da seção Extras!, há uma questão interessante do Enem sobre um agente desacoplador</p><p>da cadeia respiratória, que impede a passagem dos prótons pela ATP sintase, reduzindo a produção de</p><p>ATP e fazendo com que a energia dos prótons seja liberada na forma de calor. Esse processo é usado nas</p><p>mitocôndrias das células do tecido de gordura marrom, para aumentar a temperatura de mamíferos hiber-</p><p>nantes, e em recém-nascidos, mas em adultos humanos causa emagrecimento e pode levar à morte por</p><p>hipertermia.</p><p>Incentive os alunos a resolverem as tarefas propostas e os exercícios da seção Extras! que não foram</p><p>trabalhados em classe.</p><p>P4_046_048_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod09.indd 47P4_046_048_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod09.indd 47 12/12/22 15:2612/12/22 15:26</p><p>48</p><p>#cultura_digital</p><p>ELECTRON Transport Chain. E-disciplinas. USP. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/mod/url/view.</p><p>php?id=3038339. Acesso em: 8 ago. 2022.</p><p>JACOBUS, Ana Paula. Respiração celular: ciclo de Krebs. E-disciplinas. USP. Disponível em: https://edisciplinas.</p><p>usp.br/pluginfile.php/4120097/mod_resource/content/1/Respira%C3%A7%C3%A3o%20Celular-ciclo%20</p><p>de%20krebs.pdf. Acesso em: 8 ago. 2022.</p><p>METABOLISMO e vias metabólicas. Disponível em: https://sites.usp.br/lbbp/wp-content/uploads/</p><p>sites/464/2019/03/AMN-Metabolismo.pdf. Acesso em: 8 ago. 2022.</p><p>A N O T A Ç Õ E S</p><p>Na próxima aula, o assunto é a fotossíntese. Incentive os alunos a assistirem ao vídeo sobre esse tema e a</p><p>responderem às questões propostas.</p><p>A produção de ATP na fase de claro ocorre de modo semelhante ao da cadeia respiratória, por um processo</p><p>quimiosmótico. A clorofila é a responsável pela conversão da energia luminosa em química.</p><p>PREPARE-SE</p><p>P4_046_048_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod09.indd 48P4_046_048_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod09.indd 48 12/12/22 15:2612/12/22 15:26</p><p>49</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>1</p><p>0</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>10 O B S E R V A T Ó R I O D E F E N Ô M E N O S B I O L Ó G I C O S B</p><p>Bioenergética:</p><p>fotossíntese</p><p>Encaminhamento</p><p>Embarque</p><p>A pergunta da seção incentiva os alunos a debaterem sobre a importância da fotossíntese e a levan-</p><p>tarem hipóteses sobre o que seria mais importante em relação a esse processo: a produção de moléculas</p><p>orgânicas ou a produção de oxigênio. Na verdade, a importância maior é o fato de a fotossíntese tornar</p><p>possível a utilização da fonte mais abundante e disponível de energia, a luz solar. Sem a fotossíntese, po-</p><p>deria existir vida por meio da quimiossíntese, mas esse processo é exclusivo de procariontes e funciona em</p><p>condições muito restritas, sendo incapaz de fornecer toda a energia que mantém a biosfera atual.</p><p>Aula 14</p><p>A aula pode ser iniciada destacando a importância da fotossíntese para os seres vivos e caracterizan-</p><p>do o processo de transformação de energia luminosa em energia química.</p><p>Sugestão de roteiro de aula</p><p>Aula Descrição Anotações</p><p>14</p><p>Importância da fotossíntese e sua equação</p><p>geral</p><p>Estrutura do cloroplasto</p><p>Fase fotoquímica da fotossíntese</p><p>Fase química da fotossíntese</p><p>Desenvolvendo habilidades: 1 e 2</p><p>TM: 1 a 4</p><p>TC: 5 a 8</p><p>TD: 9 e 10</p><p>Extras!: 1 a 3</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT02</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao fim desta aula, o aluno deve ser capaz de:</p><p>. Objetivo 1: conhecer a função e a importância da fotossíntese.</p><p>. Objetivo 2: analisar os processos bioquímicos da fotossíntese.</p><p>P4_049_052_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod10.indd 49P4_049_052_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod10.indd 49 12/12/22 12:59 PM12/12/22 12:59 PM</p><p>50</p><p>Sugere-se recordar com os alunos a</p><p>..............38</p><p>Módulo 7 – Citoplasma ................................................................................................................................41</p><p>Módulo 8 – Bioenergética: fermentação .............................................................................................44</p><p>Módulo 9 – Bioenergética: respiração celular ...................................................................................46</p><p>Módulo 10 – Bioenergética: fotossíntese .............................................................................................49</p><p>Gabarito – Exercícios .......................................................................................................................51</p><p>Extraclasse ............................................................................................................................................53</p><p>SUMçRIO</p><p>P2_INICIAIS_AC_CP2_Observatorio de Fenomenos Biologicos.indd 3P2_INICIAIS_AC_CP2_Observatorio de Fenomenos Biologicos.indd 3 13/12/2022 17:4813/12/2022 17:48</p><p>4</p><p>Sugestão de roteiro de aula</p><p>Aula Descrição Anotações</p><p>15</p><p>Arquitetura animal</p><p>Platelmintos</p><p>Nemátodos</p><p>Desenvolvendo habilidades: 1 e 2</p><p>TM: 1 a 3</p><p>TC: 4 e 5</p><p>TD: 6 e 7</p><p>Extras!: 1 e 2</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>9 O B S E R V A T Ó R I O D E F E N Ô M E N O S B I O L Ó G I C O S A</p><p>Arquitetura animal,</p><p>platelmintos e nemátodos</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao fim desta aula, o aluno deverá ser capaz de:</p><p>. Objetivo 1: conhecer as diferenças de simetria, cavidade corporal e estruturas originadas a partir dos</p><p>blastóporos de todos os animais.</p><p>. Objetivo 2: compreender as características gerais dos platelmintos e dos nemátodos.</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>Encaminhamento</p><p>Embarque</p><p>As planárias terrestres são vermes achatados que medem poucos centímetros de comprimento e são</p><p>predadores de minhocas, moluscos, ácaros e outros invertebrados. Elas caçam no solo, em troncos em</p><p>decomposição e em folhagens. Como as planárias investigam os ambientes, encontram suas presas e se</p><p>dirigem até elas para, então, devorá-las?</p><p>Os alunos podem inferir que a planária tem um sistema nervoso centralizado, na região anterior do</p><p>corpo, próximo às estruturas sensitivas, que recebe estímulos ambientais, como substâncias químicas libe-</p><p>radas pelas presas, e reage a eles, por meio do controle dos movimentos corporais que promove o deslo-</p><p>camento do animal até a presa. Sugere-se explorar essas impressões e realizar comparações com o grupo</p><p>dos cnidários, particularmente as medusas, que não têm região anterior e posterior do corpo, e também</p><p>não apresentam simetria bilateral. Portanto, as planárias representam um grupo morfológica e fisiologica-</p><p>mente mais complexo do que os cnidários.</p><p>C O M P E T Ê N C I A S G E R A I S 1 . 2 . 7</p><p>P5_004a006_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod09.indd 4P5_004a006_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod09.indd 4 12/8/22 6:40 PM12/8/22 6:40 PM</p><p>5</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>9</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Aula 15</p><p>A abordagem inicial desta aula se refere às diferentes formas de classificar os animais em função de</p><p>critérios como a simetria corporal, o número de folhetos embrionários, a cavidade corporal e o destino do</p><p>blastóporo no desenvolvimento embrionário.</p><p>Em consonância com a proposta de possibilitar conhecimentos científicos referentes à evolução bio-</p><p>lógica, recomendamos, nesta aula, relacionar os tópicos entre si, destacando as novidades evolutivas como</p><p>características adaptativas que favoreceram a diversidade dos animais.</p><p>O primeiro critério de agrupamento apresentado e representado em ilustração no Caderno do Aluno</p><p>é a simetria corporal. A complementação com mais imagens ou filmes mostrando a vida séssil das espon-</p><p>jas, o deslocamento vertical de medusas e a diversidade de movimentos das planárias ou outros animais</p><p>de simetria bilateral pode contribuir para a compreensão da relevância da simetria bilateral e do processo</p><p>de cefalização na exploração de ambientes, na caça e aquisição de alimentos, e, consequentemente, da</p><p>sobrevivência das espécies.</p><p>O surgimento da simetria bilateral, como a dos platelmintos, possibilitou uma movimentação mais di-</p><p>recionada no deslocamento dos animais. As medusas apresentam somente deslocamento vertical na água,</p><p>em consequência de suas contrações corporais. O deslocamento horizontal somente ocorre em função</p><p>das correntes de água.</p><p>Posteriormente nesta aula, ao apresentar o grupo dos platelmintos, essa análise é ampliada, pois o</p><p>corpo com simetria bilateral apresenta região anterior e posterior, que é uma das principais características</p><p>dos animais bilatérios. É possível utilizar a imagem de planária do Caderno do Aluno para ilustrar essa</p><p>adaptação.</p><p>#cultura_digital</p><p>Nos vídeos indicados a seguir, pode-se observar a agilidade de uma planária da terra capturando um mo-</p><p>lusco caracol para se alimentar.</p><p>PLANARIA moving and feeding under the microscope. Vídeo (3min22s). Publicado pelo canal Sci-Inspi.</p><p>Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Xod7LLHBHb4. Acesso em: 22 jun. 2022.</p><p>SNAIL Battles for Survival Against Flatworm. Vídeo (1min55s). Publicado pelo canal Nat Geo WILD. Dispo-</p><p>nível em: https://www.youtube.com/watch?v=6tS-IzyRXJ4. Acesso em: 22 jun. 2022.</p><p>Em seguida, é apresentada a classificação com base no número de folhetos embrionários, ausentes</p><p>nos poríferos, que são parazoários. Nesta parte da aula, é importante destacar o surgimento da mesoder-</p><p>me, pois foi esse evento que deu origem ao tecido muscular nos animais triblásticos. Essa especialização,</p><p>juntamente com o aumento da complexidade do sistema nervoso, que passou a ser ganglionar com cordões</p><p>nervosos, possibilitou a diversidade de movimentos dos animais de simetria bilateral.</p><p>Outro critério de classificação apresentado é a ausência ou presença de cavidade corporal, no caso de</p><p>animais triblásticos. O pseudoceloma proporcionou uma cavidade de acomodação de órgãos internos, bem</p><p>como um esqueleto hidrostático e a distribuição de nutrientes e excretas, no caso dos nemátodos. Nos</p><p>animais celomados, a musculatura em torno do tubo digestório passou a atuar nos movimentos dos ali-</p><p>mentos em direção única (unidirecional), favorecendo sua digestão, absorção e, depois, a liberação de</p><p>restos não digeridos. Nesses animais, o sistema circulatório passou a se encarregar de distribuir os nutrien-</p><p>tes e as excretas pelo corpo.</p><p>Outro critério de distinção entre os triblásticos é a origem da boca e do ânus a partir do blastóporo.</p><p>Embora a biologia do desenvolvimento não tenha sido abordada em aula na 3ª série, esse tema já foi apre-</p><p>sentado na 2ª série e, portanto, sugere-se uma breve referência ao desenvolvimento embrionário, mencio-</p><p>nando a gástrula como o estágio no qual o blastóporo está presente. Quando o blastóporo dá origem à</p><p>boca, os animais são protostômios; quando dá origem ao ânus, são animais deuterostômios.</p><p>Em continuidade ao estudo dos animais triblásticos, a aula prossegue com a apresentação das carac-</p><p>terísticas gerais de platelmintos e nemátodos, que ainda não foram abordadas nos itens anteriores deste</p><p>módulo.</p><p>As ilustrações e o texto do Caderno do Aluno demonstram o que já foi abordado e acrescentam infor-</p><p>mações relativas ao formato do corpo, ao tipo do sistema digestório – bidirecional (incompleto) nos platel-</p><p>mintos e unidirecional (completo) nos nemátodos –, ao tipo de sistema excretor e à presença de cutícula</p><p>nos nemátodos.</p><p>P5_004a006_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod09.indd 5P5_004a006_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod09.indd 5 12/8/22 7:21 PM12/8/22 7:21 PM</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=Xod7LLHBHb4</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=6tS-IzyRXJ4</p><p>6</p><p>Um aspecto evolutivo merece destaque na ilustração da planária. O corpo com região anterior com</p><p>concentração de estruturas sensitivas e gânglios nervosos igualmente distribuídos nos dois lados do corpo</p><p>favorece a exploração dos ambientes,</p><p>estrutura do cloroplasto e ressaltar que, diferentemente da</p><p>respiração celular, todas as reações do processo fotossintético ocorrem no interior de uma organe-</p><p>la, o cloroplasto.</p><p>Ao apresentar a equação geral da fotossíntese, ressalte a origem do gás oxigênio produzido, enfati-</p><p>zando como o uso de isótopos radioativos possibilitou demonstrar que todo o oxigênio produzido no</p><p>processo vem da água.</p><p>Em seguida, discuta a importância da clorofila, substância-chave para permitir a conversão de energia</p><p>luminosa em química. Se julgar pertinente, pode ser lembrado que a clorofila absorve principalmente as</p><p>radiações luminosas na faixa do azul e do vermelho, refletindo o verde e o amarelo.</p><p>Nesse momento, sugere-se a resolução com os alunos da primeira questão da seção Desenvolvendo</p><p>habilidades, que faz a comparação da fotossíntese com a respiração celular.</p><p>Na sequência, as duas fases do processo fotossintético podem ser abordadas, iniciando pelo estudo</p><p>da fase fotoquímica. Apresente as características gerais e, em seguida, o principal acontecimento dessa</p><p>fase: a conversão de energia luminosa em energia química. Nesse momento, podem ser descritas sumaria-</p><p>mente a fotólise da água e a fotofosforilação, destacando que o último processo é similar àquele que</p><p>ocorre na respiração, com transporte de elétrons, bombeamento de prótons e utilização da ATP sintase</p><p>para a produção de ATP.</p><p>Comente que a fase fotoquímica depende de complexos formados por proteínas e pigmentos fotos-</p><p>sensíveis, os fotossistemas I e II, que são apresentados com mais detalhes no boxe Fotossistemas, na seção</p><p>Estudo orientado – Aprofundando o conhecimento.</p><p>Ao final da explicação sobre essa etapa, é importante discutir com os alunos a razão de o processo</p><p>não se encerrar nessa fase (afinal, com a fotofosforilação, a célula já obteve ATP e NADPH, que poderiam</p><p>ser utilizados na atividade celular). Para isso, ressalte que o ATP e o NADPH são compostos de uso ime-</p><p>diato, que não podem ser armazenados por um período mais longo, como a noite ou o inverno (estação</p><p>em que os vegetais de climas temperados perdem as folhas). Por essa razão, é necessário que haja uma</p><p>segunda fase do processo, na qual a energia obtida é utilizada para produção de um composto armaze-</p><p>nável, como o amido.</p><p>Em seguida, pode ser discutida a fase química ou enzimática do processo – a expressão “fase escura”,</p><p>apesar de ainda utilizada em alguns livros e exames de vestibular, não é ideal, já que essa fase não ocorre</p><p>no escuro, apenas não depende diretamente da luz.</p><p>É interessante explicar como o CO</p><p>2</p><p>, os hidrogênios do NADPH e a energia do ATP são utilizados no</p><p>ciclo de Calvin (também chamado de ciclo das pentoses) para a produção de carboidratos. Nesse momen-</p><p>to, pode ser caracterizada a participação das pentoses (ribulose-1,5 difosfato) no ciclo, mostrando como</p><p>elas o iniciam e são refeitas durante o processo.</p><p>É interessante mencionar que no ciclo é utilizada a proteína mais abundante dos vegetais, a rubisco,</p><p>enzima responsável pela reação inicial de captação do CO</p><p>2</p><p>.</p><p>Ressalte que o produto do ciclo não é a glicose, mas sim uma triose, o aldeído fosfoglicérico (PGAL),</p><p>utilizado na produção de carboidratos e outras substâncias orgânicas, além de permitir a regeneração das</p><p>pentoses do ciclo.</p><p>Na conclusão desta aula, é de extrema importância que os alunos tenham se apropriado de que, no</p><p>tilacoide, ocorre a conversão de energia luminosa em química, com a produção de ATP e NADPH (nessa</p><p>fase, a água é utilizada como fornecedora de hidrogênio, com a liberação do oxigênio); e de que, no estro-</p><p>ma, um conjunto de reações enzimáticas utiliza o ATP, o NADPH e o CO</p><p>2</p><p>para a produção de carboidrato.</p><p>A questão 2 da seção Desenvolvendo habilidades trabalha com as fases da fotossíntese e permite</p><p>discutir com os alunos os pontos mais importantes do processo.</p><p>Há três questões na seção Extras!, uma do Enem sobre um molusco que faz fotossíntese e duas com</p><p>uma visão mais detalhada das fases da fotossíntese. Incentive os alunos a realizarem as tarefas propostas.</p><p>#cultura_digital</p><p>SILVA, Tatiane da Franca. Fotossíntese: Visão geral. E-disciplinas. USP. Disponível em: https://edisciplinas.</p><p>usp.br/pluginfile.php/3521157/mod_resource/content/1/Aula_4.pdf. Acesso em: 8 ago. 2022.</p><p>CLOROPLASTOS e fotossíntese. E-disciplinas. USP. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.</p><p>php/5247552/mod_resource/content/1/aula_6.pdf. Acesso em: 8 ago. 2022.</p><p>BOZEMAN SCIENCE. Photosyntesis. 12min26s. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v5g78utc</p><p>LQrJ4. Acesso em: 8 ago. 2022.</p><p>P4_049_052_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod10.indd 50P4_049_052_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod10.indd 50 12/12/22 12:59 PM12/12/22 12:59 PM</p><p>51</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>î</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>ï</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>î</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>G A B A R I T O</p><p>Estudo orientado</p><p>Capítulo 6 – Membrana plasmática: estrutura,</p><p>permeabilidade e especializações</p><p>1 01 1 02 1 04 1 08 5 15.</p><p>2 a</p><p>3 d</p><p>4 d</p><p>5 d</p><p>6 01 1 02 5 03</p><p>7 a) O mecanismo é a difusão facilitada.</p><p>b) A conversão de glicose em G-6-P faz com que a con-</p><p>centração de glicose intracelular permaneça baixa, man-</p><p>tendo o gradiente de concentração.</p><p>8 d</p><p>9 d</p><p>10 c</p><p>11 a</p><p>12 c</p><p>13 b</p><p>14 e</p><p>15 a) De acordo com o enunciado, a constante de difusão D</p><p>relaciona-se com o deslocamento quadrático médio L2 e</p><p>o tempo t a partir da relação:</p><p>L2 5 6 ? D ? t</p><p>Os valores do deslocamento quadrático médio e do tem-</p><p>po podem ser encontrados escolhendo um dos valores</p><p>pertencentes à reta do gráfico fornecido:</p><p>L2 5 0,4 mm2 5 0,4 ? 10212 m2</p><p>t 5 1 s</p><p>Assim, substituindo esses valores na equação:</p><p>0,4 ? 10-12 5 6 ? D ? 1</p><p>D 5</p><p>0,4 10</p><p>6</p><p>12</p><p>⋅</p><p>−</p><p>_ D 5 6,7 ? 10214 m2/s</p><p>ou</p><p>D 5 0,067 mm2/s</p><p>b) A difusão ocorre através de proteínas de canais na</p><p>membrana, que permitem a passagem dessas moléculas.</p><p>Para o movimento contra um gradiente de concentração</p><p>é necessário a ação de proteínas transportadoras, com</p><p>gasto de ATP.</p><p>Capítulo 7 – Citoplasma</p><p>1 d</p><p>2 a</p><p>3 b</p><p>4 c</p><p>5 c</p><p>6 01 1 02 1 04 1 08 1 16 5 31</p><p>7 c</p><p>8 b</p><p>9 e</p><p>10 b</p><p>11 c</p><p>12 c</p><p>13 c</p><p>14 d</p><p>Capítulo 8 – Bioenergética: fermentação</p><p>1 c</p><p>2 a</p><p>3 a</p><p>4 e</p><p>5 a</p><p>6 e</p><p>7 d</p><p>C</p><p>o</p><p>m</p><p>v</p><p>e</p><p>s</p><p>t/</p><p>V</p><p>e</p><p>s</p><p>ti</p><p>b</p><p>u</p><p>la</p><p>r</p><p>U</p><p>n</p><p>ic</p><p>a</p><p>m</p><p>p</p><p>,</p><p>2</p><p>0</p><p>2</p><p>2</p><p>.</p><p>G</p><p>A</p><p>B</p><p>A</p><p>R</p><p>IT</p><p>O</p><p>P4_049_052_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod10.indd 51P4_049_052_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod10.indd 51 12/12/22 12:59 PM12/12/22 12:59 PM</p><p>52</p><p>8 a) A produção de bioeletricidade a partir da utilização de</p><p>palha e do bagaço da cana-de-açúcar reduz o aumento da</p><p>concentração de CO</p><p>2</p><p>na atmosfera que vem acontecendo</p><p>nas últimas décadas, pois é um combustível renovável, já</p><p>que a produção de nova biomassa implica a captação de</p><p>CO</p><p>2</p><p>pela fotossíntese e reduz a utilização de combustíveis</p><p>fósseis pelas termoelétricas.</p><p>b) O processo biológico que resulta na síntese desse com-</p><p>bustível é a fermentação alcoólica, e o gás produzido é o</p><p>CO</p><p>2</p><p>(dióxido de carbono).</p><p>9 a) O processo energético é a fermentação. Pelo gráfico,</p><p>nota-se que, com o passar do tempo, a glicose e a frutose</p><p>são convertidas em outras moléculas, que são produtos do</p><p>processo fermentativo, como o etanol e o ácido lático. O</p><p>ácido acético é produzido pela oxidação do etanol produ-</p><p>zido na fermentação alcoólica.</p><p>b) As leveduras fazem a digestão da matéria orgânica a</p><p>partir da digestão extracorpórea. Elas liberam enzimas di-</p><p>gestivas no meio em que vivem, resultando na hidrólise</p><p>enzimática dos compostos orgânicos. As temperaturas em</p><p>torno de 35 °C e 40 °C são ideais para a atividade das</p><p>enzimas envolvidas na digestão enzimática da matéria</p><p>orgânica.</p><p>Capítulo 9 – Bioenergética: respiração celular</p><p>1 b</p><p>2 e</p><p>3 d</p><p>4 c</p><p>5 b</p><p>6 d</p><p>7 e</p><p>8 e</p><p>9 d</p><p>10 a</p><p>Capítulo 10 – Bioenergética: fotossíntese</p><p>1 b</p><p>2 c</p><p>3 b</p><p>4 d</p><p>5 b</p><p>6 d</p><p>7 b</p><p>8 b</p><p>9 a</p><p>10 a) Organismos autótrofos. A fonte ambiental é a</p><p>luz solar.</p><p>b) Ocorre no estroma dos cloroplastos, com</p><p>a captação de</p><p>CO</p><p>2</p><p>do meio nas reações do ciclo de Calvin ou ciclo das</p><p>pentoses. Seis pentoses unem-se a 6 CO</p><p>2</p><p>, formando seis</p><p>hexoses, que se dissociam em 12 trioses. Dez trioses são</p><p>utilizadas para regenerar as 6 pentoses e duas trioses</p><p>são utilizadas para a produção de carboidratos como a</p><p>glicose. Compostos formados na fase fotoquímica da fo-</p><p>tossíntese, o NADPH e o ATP, fornecem hidrogênio e ener-</p><p>gia para as reações.</p><p>G A B A R I T O</p><p>A N O T A Ç Õ E S</p><p>P4_049_052_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod10.indd 52P4_049_052_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_B_CP_Mod10.indd 52 12/12/22 12:59 PM12/12/22 12:59 PM</p><p>53</p><p>C</p><p>A</p><p>D</p><p>E</p><p>R</p><p>N</p><p>O</p><p>2</p><p>N</p><p>ò</p><p>C</p><p>L</p><p>E</p><p>O</p><p>D</p><p>E</p><p>E</p><p>S</p><p>T</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>E</p><p>M</p><p>C</p><p>Iæ</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>S</p><p>N</p><p>A</p><p>T</p><p>U</p><p>R</p><p>E</p><p>Z</p><p>A</p><p>O primeiro texto do Caderno do Aluno apresenta o conceito de saúde determinado pela Or-</p><p>ganização Mundial da Saúde (OMS), dando ênfase à relação entre as medidas que devem ser as-</p><p>seguradas pelo poder público e a manutenção da saúde individual. Nessa discussão inicial, sugerimos</p><p>dar destaque à compreensão de que a saúde não consiste na ausência de enfermidades, mas é o</p><p>resultado da interação entre diversos fatores que compõem um quadro muito mais amplo.</p><p>Caso queira dar ênfase à Biologia no projeto Extraclasse, compreender a amplitude do</p><p>conceito de saúde é importante para que os alunos percebam como a totalidade de serviços</p><p>relacionados ao saneamento básico influencia diversos aspectos da saúde, como a saúde</p><p>física, mental e social do indivíduo, além de prevenir uma série de doenças transmitidas pela</p><p>água contaminada. Para isso, sugerimos que façam a leitura do Texto 1, presente no Caderno</p><p>do Aluno, para uma contextualização e, em seguida, aprofundem seus conhecimentos por</p><p>meio de pesquisas e investigações em grupo.</p><p>Cada uma das quatro divisões dos serviços relacionados ao saneamento básico pode</p><p>ser utilizada como objeto de estudo no desenvolvimento de um projeto de ação coletiva de</p><p>intervenção. Sugerimos que, após as dinâmicas iniciais de compreensão sobre o que é sa-</p><p>neamento básico e quais os diferentes tipos de saúde, convide os alunos a analisar os bairros</p><p>em que a comunidade escolar vive para buscar inconformidades de saneamento que possam</p><p>estar influenciando na saúde física, mental ou social da população local.</p><p>Após os grupos identificarem os tópicos que podem ser alvo de intervenção, como</p><p>descarte inadequado de lixo, regiões com alagamentos frequentes, coleta inadequada de</p><p>esgoto ou outro problema de saneamento, é importante que eles aprofundem sua compreensão</p><p>a respeito do tema. Motive os alunos a entender quais são os órgãos públicos responsáveis</p><p>por lidar com aquela situação e a aprofundar o conhecimento a respeito da legislação es-</p><p>pecífica relacionada ao problema. Em seguida, peça que investiguem quais são as principais</p><p>intervenções do problema na saúde da população, como a transmissão de doenças com</p><p>ciclo oral-fecal, a presença de vetores de doenças, o impacto mental ou social das condições</p><p>inadequadas de saneamento que foram observadas, entre outras.</p><p>Como medida de intervenção, sugerimos criar uma página na internet ou em uma rede</p><p>social para divulgar e denunciar as irregularidades, mostrando quais são os riscos que as</p><p>situações podem oferecer para a comunidade local. Alternativa e/ou conjuntamente, pode-se</p><p>redigir uma carta para que seja enviada ao órgão competente solicitando uma resposta ao</p><p>problema que está sendo objeto de estudo. Estimule também os alunos a fazer um acom-</p><p>panhamento da situação, de forma que possam analisar os resultados das intervenções que</p><p>promoveram no ambiente em que vivem.</p><p>O Texto 2 é uma alternativa de proposta, tendo como ênfase a disciplina de Física. O objetivo</p><p>é que os alunos utilizem conceitos do componente curricular para explicar o funcionamento</p><p>de aparelhos de ginástica. Em um segundo momento, eles podem propor, projetar e até</p><p>mesmo construir um protótipo de um aparelho relacionado ao bem-estar da parcela idosa</p><p>da população, atentando tanto para conceitos físicos quanto de segurança das pessoas que</p><p>utilizariam esse aparelho. Entre outros objetivos, um projeto como esse pode aprofundar a</p><p>aprendizagem de certos conceitos trabalhados nos Cadernos 1 e 2 e nas séries anteriores,</p><p>especialmente no que se refere a grandezas cinemáticas, tipos de força (e seus efeitos) e</p><p>trabalho de uma força.</p><p>Dessa maneira, os alunos, dentro do eixo Processos Criativos, devem utilizar os conhe-</p><p>cimentos da Física básica na construção de soluções inovadoras para problemas relacionados</p><p>ao bem-estar da população idosa.</p><p>Se assim for, é prudente que todo esse processo seja acompanhado por profissionais</p><p>especializados na saúde dos indivíduos pertencentes a essa parcela da população. Também</p><p>é recomendável que sejam fixados certos parâmetros, definidos coletivamente entre o grupo</p><p>de alunos e seus professores. Por exemplo, podem ser determinadas algumas características</p><p>ao aparelho de ginástica, como:</p><p>EXTRACLASSEEXTRACLASSEEXTRACLASSE</p><p>P4_053_056_ANGLO_EM3_AC_C2_CIE_CP_EXTRACLASSE.indd 53P4_053_056_ANGLO_EM3_AC_C2_CIE_CP_EXTRACLASSE.indd 53 12/7/22 8:08 PM12/7/22 8:08 PM</p><p>54</p><p>. empregar objetos que sejam descartados pela sociedade (por exemplo, garrafas PET);</p><p>. ser construído pelo próprio usuário – ou o oposto: o setor público é quem deve disponibi-</p><p>lizar esse aparelho em praças e parques públicos;</p><p>. ser acompanhado de alguma mídia para orientação de uso, podendo ser um folheto, um</p><p>vídeo, cartazes, etc.;</p><p>. ter custo financeiro predeterminado.</p><p>Enfim, é fundamental que os parâmetros sejam construídos coletivamente. Se esse tipo de</p><p>proposta de trabalho for adotado, note como o eixo Mediação e Intervenção Sociocultural também</p><p>será contemplado nessa atividade, uma vez que os alunos vão propor uma solução para um pro-</p><p>blema que envolve a saúde, mas também reflete uma postura sociocultural, identificada dentro</p><p>da sociedade.</p><p>A depender da dinâmica e dos objetivos colocados para esse tipo de atividade (como comer-</p><p>cialização e divulgação do aparelho a ser desenvolvido), é legítimo identificar a mobilização do</p><p>eixo Empreendedorismo, pois os alunos podem, no decurso dessa atividade, praticar habilidades</p><p>que possam ser identificadas com seus projetos de vida e estruturar iniciativas empreendedoras.</p><p>Por fim, outra possibilidade de desenvolvimento de atividade é a elaboração, por parte dos</p><p>alunos, de uma postagem ou um fôlder informativo sobre os principais benefícios fisiológicos da</p><p>prática de atividades físicas. Como ponto de partida, pode-se utilizar o artigo de opinião da pes-</p><p>quisadora Wendy Suzuki, citado no Texto 3, disponível no link: https://www.cnbc.com/2021/10/22/</p><p>neuroscientist-shares-the-brain-health-benefits-of-exercise-and-how-much-she-does-a-week.html</p><p>(texto em inglês). Acesso em: 14 nov. 2022.</p><p>Nesse material, sugerimos que peça aos alunos que apresentem as estruturas químicas dos</p><p>neurotransmissores citados no texto, possibilitando, assim, a revisão de alguns conceitos de Quí-</p><p>mica Orgânica trabalhados neste Caderno e nas séries anteriores.</p><p>Na elaboração da postagem ou do fôlder, é importante que os alunos primem pelo rigor</p><p>conceitual das informações apresentadas, indicando as fontes pesquisadas e evitando, desse</p><p>modo, a propagação de informações falsas. Ao mesmo tempo, é importante que tenham claro</p><p>qual será o público-alvo dessa informação para que o material não seja excessivamente técnico</p><p>e atinja de forma efetiva o público previsto.</p><p>Essa é uma boa possibilidade de os alunos desenvolverem habilidades de pesquisa na internet,</p><p>identificando quais sites apresentam informações confiáveis e seguras e quais somente reprodu-</p><p>zem textos e materiais já apresentados por terceiros, muitas vezes sem verificar a validade e a</p><p>confiabilidade das informações.</p><p>É possível que alguns estudantes possuam habilidades relacionadas a elaboração e edição</p><p>de textos e imagens. Uma possibilidade de site ou aplicativo a ser</p><p>utilizado como referência é o</p><p>Canva, acessado no endereço: https://www.canva.com/pt_br/. Essa é uma plataforma gratuita</p><p>que possui elementos de design gráfico e que pode auxiliar os estudantes na elaboração de seus</p><p>trabalhos.</p><p>Em relação aos Referenciais Curriculares, essa atividade envolve, principalmente, os eixos</p><p>estruturantes Investigação Científica e Processos Criativos, tangenciando também o eixo Mediação</p><p>e Intervenção Sociocultural.</p><p>Diversas ferramentas para a condução de um projeto podem ser encontradas na Matriz de</p><p>Projetos, publicada pelo Sistema Anglo. Essa matriz tem base pedagógica sólida e foi escrita</p><p>de professor para professor; nela é discutido como iniciar, organizar, conduzir ou mesmo medir a</p><p>viabilidade de um projeto. Além disso, são detalhadas as etapas (relacionadas aos eixos nortea-</p><p>dores dos Itinerários Formativos: Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Inter-</p><p>venção Sociocultural e Empreendedorismo), o papel do professor durante um projeto e a avaliação</p><p>por rubricas.</p><p>Outro documento que pode ser consultado nesse momento de construção e condução de</p><p>projetos é o Guia de Metodologias Ativas, também publicado pelo Sistema Anglo.</p><p>P4_053_056_ANGLO_EM3_AC_C2_CIE_CP_EXTRACLASSE.indd 54P4_053_056_ANGLO_EM3_AC_C2_CIE_CP_EXTRACLASSE.indd 54 12/7/22 8:08 PM12/7/22 8:08 PM</p><p>https://www.cnbc.com/2021/10/22/neuroscientist-shares-the-brain-health-benefits-of-exercise-and-how-much-she-does-a-week.html</p><p>https://www.cnbc.com/2021/10/22/neuroscientist-shares-the-brain-health-benefits-of-exercise-and-how-much-she-does-a-week.html</p><p>https://www.canva.com/pt_br/</p><p>https://onedrive.live.com/?authkey=%21AFRx2tuxe4ixpNs&cid=68BB02A2C6E2B856&id=68BB02A2C6E2B856%21104899&parId=68BB02A2C6E2B856%2178583&o=OneUp</p><p>https://onedrive.live.com/?authkey=%21AFRx2tuxe4ixpNs&cid=68BB02A2C6E2B856&id=68BB02A2C6E2B856%21104899&parId=68BB02A2C6E2B856%2178583&o=OneUp</p><p>https://www.sistemaanglo.com.br/assets/download/Ebook_MetodologiasAtivas_0610.pdf</p><p>55</p><p>C</p><p>A</p><p>D</p><p>ER</p><p>N</p><p>O</p><p>2</p><p>N</p><p>ò</p><p>C</p><p>L</p><p>E</p><p>O</p><p>D</p><p>E</p><p>E</p><p>S</p><p>T</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>E</p><p>M</p><p>C</p><p>Iæ</p><p>N</p><p>C</p><p>IA</p><p>S</p><p>N</p><p>A</p><p>T</p><p>U</p><p>R</p><p>E</p><p>Z</p><p>A</p><p>A N O T A Ç Õ E S</p><p>P4_053_056_ANGLO_EM3_AC_C2_CIE_CP_EXTRACLASSE.indd 55P4_053_056_ANGLO_EM3_AC_C2_CIE_CP_EXTRACLASSE.indd 55 12/7/22 8:08 PM12/7/22 8:08 PM</p><p>56</p><p>A N O T A Ç Õ E S</p><p>P4_053_056_ANGLO_EM3_AC_C2_CIE_CP_EXTRACLASSE.indd 56P4_053_056_ANGLO_EM3_AC_C2_CIE_CP_EXTRACLASSE.indd 56 12/7/22 8:08 PM12/7/22 8:08 PM</p><p>ARMÊNIO Uzuniam</p><p>GABRIEL Antonini</p><p>JOÃO CARLOS Rodrigues Coelho</p><p>Marcelo PERRENOUD</p><p>NELSON Henrique Carvalho de</p><p>Castro</p><p>RENATO Correa</p><p>DE FENÔMENOS BIOLÓGICOS</p><p>OBSERVATÓRIO</p><p>N</p><p>e</p><p>w</p><p>A</p><p>fr</p><p>ic</p><p>a</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P2_INICIAIS_AC_CA2_NATUREZA.indd 5P2_INICIAIS_AC_CA2_NATUREZA.indd 5 13/12/2022 20:3113/12/2022 20:31</p><p>6</p><p>Eixo</p><p>estruturante</p><p>Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias</p><p>In</p><p>v</p><p>e</p><p>s</p><p>ti</p><p>g</p><p>a</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>C</p><p>ie</p><p>n</p><p>tí</p><p>fi</p><p>c</p><p>a</p><p>(EMIFCNT01) Investigar e analisar situações problema e variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da</p><p>natureza e/ou de processos tecnológicos, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias,</p><p>com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais.</p><p>(EMIFCNT02) Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na dinâmica de fenômenos da natureza</p><p>e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais, utilizando procedimen-</p><p>tos e linguagens adequados à investigação científica.</p><p>(EMIFCNT03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de</p><p>campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre a dinâmica dos fenômenos da natureza e/ou</p><p>de processos tecnológicos, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação,</p><p>com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o</p><p>uso de diferentes mídias.</p><p>P</p><p>ro</p><p>c</p><p>e</p><p>s</p><p>s</p><p>o</p><p>s</p><p>C</p><p>ri</p><p>a</p><p>ti</p><p>v</p><p>o</p><p>s</p><p>(EMIFCNT04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica</p><p>sobre a dinâmica dos fenômenos naturais e/ou de processos tecnológicos, com ou sem o uso de dispositivos e</p><p>aplicativos digitais (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros).</p><p>(EMIFCNT05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados às Ciências da Natureza</p><p>para resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando e contrapondo diversas fontes de infor-</p><p>mação.</p><p>(EMIFCNT06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais, consideran-</p><p>do a aplicação de design de soluções e o uso de tecnologias digitais, programação e/ou pensamento computa-</p><p>cional que apoiem a construção de protótipos, dispositivos e/ou equipamentos, com o intuito de melhorar a</p><p>qualidade de vida e/ou os processos produtivos.</p><p>M</p><p>e</p><p>d</p><p>ia</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>e</p><p>I</p><p>n</p><p>te</p><p>rv</p><p>e</p><p>n</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>S</p><p>o</p><p>c</p><p>io</p><p>c</p><p>u</p><p>lt</p><p>u</p><p>ra</p><p>l</p><p>(EMIFCNT07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais relacionadas a fenômenos físicos, quí-</p><p>micos e/ou biológicos.</p><p>(EMIFCNT08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza para</p><p>propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas socioculturais e problemas</p><p>ambientais.</p><p>(EMIFCNT09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de natureza socio-</p><p>cultural e de natureza ambiental relacionados às Ciências da Natureza.</p><p>E</p><p>m</p><p>p</p><p>re</p><p>e</p><p>n</p><p>d</p><p>e</p><p>d</p><p>o</p><p>ri</p><p>s</p><p>m</p><p>o</p><p>(EMIFCNT10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências da Natureza podem</p><p>ser utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas tecnologias dispo-</p><p>níveis e os impactos socioambientais.</p><p>(EMIFCNT11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Natureza para</p><p>desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.</p><p>(EMIFCNT12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências da Natureza e suas Tecnologias</p><p>para formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.</p><p>Habilidades Específicas dos Itinerários Formativos associadas aos Eixos Estruturantes</p><p>P2_INICIAIS_AC_CA2_NATUREZA.indd 6P2_INICIAIS_AC_CA2_NATUREZA.indd 6 13/12/2022 20:3113/12/2022 20:31</p><p>7</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>9</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Módulo previsto para uma aula.</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>M Ó D U L O</p><p>Arquitetura animal, platelmintos</p><p>e nemátodos</p><p>COMPETÊNCIAS GERAIS 1 . 2 . 7</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>. Objetivo 1: conhecer as diferenças de simetria, cavidade corporal e estruturas originadas a</p><p>partir dos blastóporos de todos os animais. Aula 15</p><p>. Objetivo 2: compreender as características gerais dos platelmintos e dos nemátodos. Aula 15</p><p>Como as planárias são capazes de</p><p>localizar suas presas?</p><p>As planárias terrestres são vermes achatados que medem poucos centímetros de compri-</p><p>mento e são predadores de minhocas, moluscos, ácaros e outros invertebrados. Elas caçam no</p><p>solo, em troncos em decomposição e em folhagens. Como as planárias investigam os ambientes,</p><p>encontram suas presas e se dirigem até elas para, então, devorá-las?</p><p>EMBARQUE</p><p>Planária abordando um caracol para predá-lo.</p><p>A fotografia apresenta uma planária</p><p>indo ao encontro de sua presa. Po-</p><p>de-se observar que a região anterior</p><p>do corpo da planária está em con-</p><p>tato com a presa e, portanto, nessa</p><p>parte do corpo há células sensitivas</p><p>responsáveis pelo reconhecimento</p><p>da presa. Os movimentos corporais</p><p>realizados durante a captura se devem</p><p>aos músculos, que são coordenados</p><p>pelo sistema nervoso, em resposta</p><p>aos estímulos sensitivos.</p><p>Aula 15</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>FIQUE DE OLHO!</p><p>Para ver um vídeo que apresenta o momento em que uma planária preda um caracol, acesse</p><p>o link disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3DU_pvAtIYQ. Acesso em: 9 set. 2022.</p><p>9</p><p>P</p><p>o</p><p>n</p><p>g</p><p>W</p><p>ir</p><p>a</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P5_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 7P5_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 7 12/8/22 7:04 PM12/8/22 7:04 PM</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=3DU_pvAtIYQ</p><p>8</p><p>NESTE MÓDULO</p><p>1 Arquitetura animal</p><p>. Assim como os outros grupos de seres vivos, os animais podem ser agrupados em função</p><p>de diferentes características.</p><p>1.1 Simetria</p><p>. Simetria, em Biologia, é um termo que se refere à igualdade entre as partes de um corpo</p><p>dividido em um ou mais planos.</p><p>. Sendo assim, um organismo pode apresentar:</p><p>Corpo assimétrico Simetria radial Simetria bilateral</p><p>Exemplo: poríferos Exemplo: cnidários</p><p>Exemplos: platelmintos,</p><p>artrópodes e cordados</p><p>1.2 Folhetos embrionários e cavidade corporal</p><p>. Durante o desenvolvimento embrionário, os animais podem apresentar dois ou três folhe-</p><p>tos embrionários, camadas de células responsáveis pela origem dos tecidos e órgãos.</p><p>. Os animais diblásticos (diploblásticos) apresentam dois folhetos embrionários.</p><p>Diblásticos</p><p>. Os animais triblásticos (triploblásticos) apresentam três folhetos embrionários e podem</p><p>ser agrupados em relação à ausência ou presença e ao tipo de cavidade corporal onde se</p><p>alojam órgãos internos.</p><p>. Pseudoceloma é a cavidade corporal parcialmente revestida pela mesoderme, enquanto</p><p>o celoma é totalmente revestido pela mesoderme.</p><p>Aula 15</p><p>Planos de</p><p>simetria Plano de</p><p>simetria</p><p>Região</p><p>anterior</p><p>Região</p><p>dorsal</p><p>Região</p><p>ventral</p><p>Região</p><p>posterior</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática dos</p><p>tipos de simetria encontrados em</p><p>diferentes grupos de animais.</p><p>Representação esquemática do</p><p>cnidário hidra, um animal diblástico.</p><p>Tentáculos</p><p>Boca</p><p>Endoderme</p><p>Ectoderme</p><p>P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 8P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 8 12/8/22 3:56 PM12/8/22 3:56 PM</p><p>9</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>9</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>. Observe a seguir os tipos de organismo que podemos encontrar:</p><p>Triblásticos</p><p>Acelomado Pseudocelomado Celomado</p><p>Exemplo: platelmintos Exemplo: nemátodos</p><p>Exemplos: anelídeos, moluscos,</p><p>artrópodes, equinodermos e</p><p>cordados</p><p>1.3 Blast—poro</p><p>. Durante o desenvolvimento embrionário, na fase chamada gástrula, os animais triblásticos</p><p>apresentam um poro, que pode originar a boca ou o ânus.</p><p>. Nos animais protostômios, o blastóporo origina a boca.</p><p>. Nos deuterostômios, o blastóporo dá origem ao ânus.</p><p>Protostômios</p><p>Platelmintos,</p><p>nemátodos,</p><p>moluscos,</p><p>anelídeos e</p><p>artrópodes</p><p>Embrião</p><p>(fase gástrula)</p><p>Cordados e</p><p>equinodermos</p><p>Deuterostômios</p><p>Boca</p><p>Ânus</p><p>Blastóporo</p><p>origina</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática dos animais triblásticos.</p><p>Representação esquemática dos</p><p>grupos animais classificados com</p><p>base no destino do blastóporo.</p><p>2 Platelmintos</p><p>. Os platelmintos são vermes de corpo achatado.</p><p>. Há espécies de vida livre, que vivem no solo ou na água, e há espécies parasitas.</p><p>. Observe a seguir as características principais dos platelmintos.</p><p>Excreção</p><p>• protonefrídeos</p><p>(células-flama)</p><p>Sistema nervoso</p><p>• ganglionar</p><p>• com cordões nervosos</p><p>PLATELMINTOS</p><p>Tubo digestório</p><p>• incompleto com cavidade gastrovascular</p><p>• digestão extracelular seguida de intracelular</p><p>• fluxo alimentar bidirecional</p><p>Corpo</p><p>• achatado</p><p>• acelomado</p><p>Mesoderme</p><p>Endoderme</p><p>Ectoderme</p><p>Ectoderme</p><p>Pseudoceloma</p><p>Mesoderme</p><p>Endoderme Endoderme</p><p>Ectoderme</p><p>Mesoderme</p><p>Celoma</p><p>P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 9P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 9 12/8/22 3:56 PM12/8/22 3:56 PM</p><p>10</p><p>Representação esquemática dos sistemas digestório, nervoso e excretor das planárias.</p><p>3 Nemátodos</p><p>. São vermes de corpo cilíndrico, alongado e não segmentado.</p><p>. Podem ser de vida livre no solo ou de ambiente aquático.</p><p>. Há também muitas espécies parasitas de plantas e animais.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Excreção</p><p>• por canais</p><p>longitudinais</p><p>(renetes)</p><p>Sistema nervoso</p><p>• ganglionar</p><p>(forma anel) com cordões</p><p>nervosos dorsal e ventral</p><p>NEMÁTODOS</p><p>Tubo digestório</p><p>• completo</p><p>• digestão extracelular seguida de intracelular</p><p>• fluxo alimentar unidirecional</p><p>Corpo</p><p>• cilíndrico</p><p>• cutícula quitinosa (ocorrem mudas durante o</p><p>crescimento)</p><p>• pseudocelomado (líquido interno distribui</p><p>nutrientes, recolhe excretas e atua como um</p><p>esqueleto hidrostático)</p><p>Cavidade</p><p>gastrovascular</p><p>Ocelos</p><p>Gânglios</p><p>nervosos</p><p>Cordão</p><p>nervoso</p><p>Cordões</p><p>nervosos</p><p>Faringe</p><p>Boca</p><p>Nefridióporo</p><p>Sistema digestório Sistema nervoso Sistema excretor</p><p>Células-flama</p><p>Excretas</p><p>Cílios</p><p>Túbulos</p><p>Túbulo</p><p>Nefridióporo</p><p>2.1 Morfologia e fisiologia das plan‡rias</p><p>. As planárias são as principais e mais conhecidas representantes do grupo dos platelmintos.</p><p>P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 10P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 10 12/8/22 3:57 PM12/8/22 3:57 PM</p><p>11</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>9</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>3.1 Morfologia e fisiologia da lombriga</p><p>. As lombrigas são importantes representantes do grupo dos nemátodos.</p><p>Representação esquemática</p><p>da anatomia da lombriga.</p><p>O pseudoceloma é a cavidade formada</p><p>entre a mesoderme e a endoderme.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>1 (UPE) Observe a figura com os cortes transversais</p><p>do corpo de animais triblásticos (representados por</p><p>números romanos; os números em arábico corres-</p><p>pondem aos folhetos embrionários e as cavidades)</p><p>e alguns exemplares (representados por letras).</p><p>Assinale a alternativa que apresente a CORRETA</p><p>correspondência entre os cortes, seu detalhamento</p><p>e os exemplos de animais.</p><p>a) I – acelomado: 1 – endoderma, 2 – mesoderma,</p><p>3 – celoma, 4 – ectoderma: os anelídeos os re-</p><p>presentam em B – minhoca.</p><p>b) I – celomado: 1 – endoderma, 2 – mesoderma,</p><p>3 – celoma, 4 – ectoderma; os cordados os re-</p><p>presentam em A – nematelminto.</p><p>c) II – acelomado; 1 – endoderma, 2 – mesoderma:</p><p>3 – ectoderma; os platelmintos os representam</p><p>em C – planárias de água doce.</p><p>d) II – pseudocelomado; 1 – endoderma, 2 – pseudoceloma, 3 – mesoderma; os nematódeos os representam em B – tênias</p><p>ou solitárias.</p><p>e) III – pseudocelomado; 1 – ectoderma, 2 – pseudoceloma, 3 – mesoderma, 4 – endoderma; os hirudíneos os representam</p><p>em A – sanguessuga.</p><p>2 Leia o texto a seguir.</p><p>O animal é essencialmente um tubo dentro de outro tubo: o tubo externo é a parede corpórea, constituída, externamente,</p><p>por uma cutícula complexa e, internamente, por uma camada de músculos longitudinais. O tubo interno é o trato digestivo, que</p><p>é terminal na extremidade anterior, mas subterminal posteriormente.</p><p>Disponível em: https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/15390525022014Invertebrado_II_Aula_02.pdf. Acesso em: 9 set. 2022.</p><p>As informações do texto se referem a um(a):</p><p>a) esponja. b) água-viva. c) planária. d) hidra. e) lombriga.</p><p>DESENVOLVENDODESENVOLVENDO HABILIDADESDESENVOLVENDODESENVOLVENDO</p><p>Aula 15</p><p>Boca Cordão</p><p>nervoso</p><p>ventral</p><p>Ânus</p><p>Pseudoceloma</p><p>Cordão</p><p>nervoso</p><p>lateral</p><p>Tubo</p><p>digestório</p><p>Cutícula</p><p>Cordão</p><p>nervoso</p><p>dorsal</p><p>Anel</p><p>nervoso</p><p>Fonte: http://www.eensc.com.br/arquivos/FundamentosemEmbriologiaI.pdf (Figura Adaptada).</p><p>R</p><p>e</p><p>p</p><p>ro</p><p>d</p><p>u</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>/U</p><p>P</p><p>E</p><p>S</p><p>S</p><p>A</p><p>,</p><p>2</p><p>0</p><p>1</p><p>7.</p><p>Pseudoceloma</p><p>Oviduto</p><p>Ovário</p><p>ÚteroÚtero</p><p>Cordão nervoso dorsalCordão nervoso dorsal</p><p>CutículaCutícula</p><p>EpidermeEpiderme</p><p>Tubo digestórioTubo digestório</p><p>Canal excretorCanal excretor</p><p>(renete)(renete)</p><p>MúsculoMúsculo</p><p>Cordão nervoso ventralCordão nervoso ventral</p><p>P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 11P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 11 12/8/22 3:57 PM12/8/22 3:57 PM</p><p>12</p><p>E X T R AS!</p><p>1 Em uma aula de laboratório de Biologia, foram colocados animais sobre uma bancada e foi solicitado aos estudantes que</p><p>correlacionassem cada animal com suas características biológicas</p><p>apresentadas na tabela a seguir.</p><p>Animal Características embrionárias</p><p>1. Anêmona-do-mar ( ) Triblástico, acelomado, simetria bilateral e protostômio.</p><p>2. Planária ( ) Triblástico, celomado, simetria bilateral e protostômio.</p><p>3. Ascaris lumbricoides ( ) Diblástico, acelomado, simetria radial e protostômio.</p><p>4. Minhoca ( ) Triblástico, celomado, simetria pentarradial e deuterostômio.</p><p>5. Estrela-do-mar ( ) Triblástico, pseudocelomado, simetria bilateral e protostômio.</p><p>A ordem que correlaciona de maneira CORRETA o animal às suas características embrionárias é:</p><p>a) 1, 2, 3, 4 e 5.</p><p>b) 5, 4, 3, 2 e 1.</p><p>c) 2, 4, 1, 5 e 3.</p><p>d) 3, 1, 2, 4 e 5.</p><p>e) 4, 3, 5, 1 e 2.</p><p>2 (UEM-PR) Sobre os platelmintos e conhecimentos correlatos, assinale o que for correto.</p><p>01) Na gástrula de um platelminto, inicia-se a diferenciação celular com os blastômeros, originando ectoderma, mesoderma</p><p>e endoderma.</p><p>02) Para a formação desse organismo com três folhetos germinativos, são necessárias múltiplas divisões meióticas a partir</p><p>do zigoto.</p><p>04) Platelmintos são multicelulares com tecidos diferenciados, ou seja, possuem células eucarióticas com estruturas e funções</p><p>diferentes.</p><p>08) As células dos platelmintos possuem núcleo, cromatina e citoesqueleto, dentre outras estruturas.</p><p>16) Na escala evolutiva, os platelmintos são os primeiros animais a apresentar endoderma.</p><p>Aula 15</p><p>Material de consulta: Estudo orientado – Capítulo 9 –</p><p>Arquitetura animal, platelmintos e nemátodos</p><p>Objetivos de</p><p>aprendizagem</p><p>Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio</p><p>1 e 2</p><p>• Leia os itens 1 a 3 da seção</p><p>Neste módulo.</p><p>• Faça as questões 1 a 3 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>• Leia os itens 1 a 3 da seção</p><p>Estudo orientado –</p><p>Aprofundando o conhecimento.</p><p>• Faça as questões 4 e 5 da seção</p><p>Estudo orientado – Exercícios.</p><p>• Faça as questões 6 e 7 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>Orientação de estudo Sugestão de divisão aula a aula:</p><p>Aula 15: objetivos 1 e 2.</p><p>RETOMANDO...</p><p>Objetivo de aprendizagem 1</p><p>Identificar animais de acordo com o tipo de simetria corporal?</p><p>Diferenciar celoma de pseudoceloma, bem como animais deuterostômios de protostômios</p><p>e citar exemplos de grupos animais que os apresentam?</p><p>Objetivo de aprendizagem 2</p><p>Explicar a vantagem biológica dos platelmintos apresentarem estruturas sensitivas e</p><p>gânglios nervosos acumulados na região anterior do corpo?</p><p>Diferenciar platelmintos de nemátodos quanto ao tipo de tubo digestório?</p><p>Pensado nos conhecimentos adquiridos ao longo do módulo, você consegue:</p><p>P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 12P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 12 12/8/22 3:57 PM12/8/22 3:57 PM</p><p>13</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>9</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>1 Arquitetura animal</p><p>Os animais podem ser classificados com base em diferentes critérios. Entre eles estão a sime-</p><p>tria corporal, a presença, a ausência ou o tipo de cavidade corporal e a origem da boca ou do</p><p>ânus a partir do blastóporo, que é a abertura presente na fase embrionária denominada gástrula.</p><p>Essas características fazem parte do que chamamos de arquitetura animal, uma vez que</p><p>compõem a construção e a modelagem dos organismos.</p><p>1.1 Simetria</p><p>Um dos critérios utilizados para a classificação dos animais é a simetria. Eles podem ser as-</p><p>simétricos ou ter simetria radial ou bilateral. Os animais dotados de simetria radial podem ser</p><p>divididos em partes iguais por cortes em diversos planos. São representados pelos cnidários, como</p><p>a anêmona.</p><p>Aqueles que apresentam simetria bilateral podem ser divididos em partes iguais por corte</p><p>em apenas um plano. São exemplos os artrópodes (como a lagosta) e os cordados (como o ser</p><p>humano).</p><p>Há animais que apresentam o mesmo tipo de simetria durante todo o desenvolvimento, e há</p><p>aqueles que têm um tipo de simetria na fase embrionária e outro na fase adulta. É o caso dos</p><p>equinodermos, como a estrela-do-mar, que, na fase larval, tem simetria bilateral – e é esta que</p><p>define a classificação do grupo – e simetria radial na fase adulta.</p><p>Aula 15</p><p>Arquitetura animal, platelmintos e</p><p>nemátodos</p><p>E S T U D O O R I E N TA D O – A P R O F U N D A N D O O C O N H E C I M E N T O</p><p>9C</p><p>A</p><p>P</p><p>Í</p><p>T</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>O organograma da página a seguir resume as principais características embrionárias que</p><p>podem ser utilizadas na classificação animal. Note que os poríferos são classificados como pa-</p><p>razoários (do grego, para = semelhante; zoa = animal), pois são multicelulares, mas não apresen-</p><p>tam tecidos verdadeiros. Os parazoários constituem uma divisão composta apenas de esponjas.</p><p>Todos os outros animais são agrupados em eumetazoa (do grego, eu = verdadeiro; meta = meio;</p><p>zoa = animal).</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática da simetria radial em anêmonas (cnidário) e bilateral em humanos (cordado).</p><p>Simetria radial</p><p>Simetria bilateral</p><p>P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 13P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 13 12/8/22 3:57 PM12/8/22 3:57 PM</p><p>14</p><p>1.2 Folhetos germinativos e celoma</p><p>Durante o desenvolvimento embrionário dos animais,</p><p>formam-se camadas de células que constituem os folhe-</p><p>tos embrionários, presentes na fase chamada gástrula.</p><p>Há três tipos de folhetos embrionários: a ectoderme, que</p><p>reveste externamente o embrião; a endoderme, que é a</p><p>camada interna responsável pelo revestimento dos órgãos</p><p>internos; e a mesoderme, camada intermediária que ori-</p><p>gina, por exemplo, a musculatura.</p><p>Os animais diblásticos (diplobásticos) apresentam</p><p>apenas dois folhetos germinativos, a ectoderme e a en-</p><p>doderme. O único filo diblástico é o dos cnidários. Os</p><p>animais triblásticos (triploblásticos) apresentam três</p><p>folhetos germinativos.</p><p>Os animais triblásticos podem ser classificados de</p><p>acordo com a presença ou a ausência de celoma, uma</p><p>cavidade corpórea totalmente delimitada pela mesoder-</p><p>me que alocará os futuros órgãos.</p><p>Os platelmintos são triploblásticos (triblásticos), mas</p><p>não apresentam cavidade corpórea, sendo, portanto, ace-</p><p>lomados. Os nemátodos apresentam uma cavidade par-</p><p>cialmente revestida por mesoderme, conhecida como</p><p>pseudoceloma, e são os únicos pseudocelomados. Já</p><p>moluscos, anelídeos, artrópodes, equinodermos e corda-</p><p>dos são celomados, pois apresentam celoma completa-</p><p>mente revestido pela mesoderme.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática da distinção entre animais diblásticos, triblásticos acelomados,</p><p>pseudocelomados e celomados.</p><p>Ectoderme</p><p>Diblástico</p><p>Endoderme</p><p>Triblástico acelomado</p><p>Ectoderme</p><p>Endoderme</p><p>Mesoderme</p><p>Triblástico</p><p>pseudocelomado</p><p>Tubo digestório</p><p>Ectoderme</p><p>Endoderme</p><p>Mesoderme</p><p>Pseudoceloma</p><p>Tubo digestório</p><p>Ectoderme</p><p>Endoderme</p><p>Celoma</p><p>CritŽrios adotados na classifica•‹o dos animais</p><p>Poríferos</p><p>Acelomados Pseudocelomados</p><p>Cnidários</p><p>Três folhetos</p><p>embrionários</p><p>Dois folhetos</p><p>embrionários</p><p>Artrópodes</p><p>Celomados</p><p>Equinodermos CordadosMoluscos Anelídeos</p><p>Protostômios Deuterostômios</p><p>Parazoários</p><p>Sem tecidos</p><p>verdadeiros</p><p>TriblásticosDiblásticos</p><p>Platelmintos Nemátodos</p><p>e</p><p>Diblástico</p><p>o aceelom o</p><p>om</p><p>riio</p><p>Triblástico celomado</p><p>Tubo digestório</p><p>Mesoderme</p><p>ó</p><p>P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 14P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 14 12/8/22 3:57 PM12/8/22 3:57 PM</p><p>15</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>9</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>1.3 Destino do blastóporo</p><p>Entre os animais existe ainda outra classificação, baseada no destino do blastóporo, ou seja,</p><p>se a partir dele será formada a boca ou o ânus. O blastóporo é uma abertura do embrião da fase</p><p>gástrula. Nos animais deuterostômios, ele origina o ânus, e a boca é formada posteriormente.</p><p>Equinodermos e cordados são deuterostômios.</p><p>Em animais protostômios, o blastóporo origina a boca. Estes são os platelmintos, nemátodos,</p><p>moluscos, anelídeos e artrópodes.</p><p>2 Platelmintos</p><p>O termo “verme” não tem significado taxonômico, ou seja, não é uma classificação real em</p><p>Biologia, mas é utilizado para denominar os invertebrados de corpo alongado e mole. Os vermes</p><p>mais conhecidos são os platelmintos, os nemátodos e os anelídeos.</p><p>Entre os vermes, os platelmintos apresentam organização corporal mais simples. Apresentam</p><p>o corpo achatado dorsoventralmente e seus representantes podem ter de poucos milímetros,</p><p>como espécies de vida livre, até alguns metros de comprimento, como as tênias, que são animais</p><p>parasitas. Podem ser encontrados em ambientes aquáticos (marinho e dulcícola) e terrestres,</p><p>além de habitar o interior de outros organismos, na forma de endoparasitas (que vivem dentro</p><p>do corpo do hospedeiro).</p><p>2.1 Estrutura e fisiologia</p><p>Os platelmintos apresentam, como novidade evolutiva, a cefalização (formação de uma ca-</p><p>beça diferenciada, com maior concentração de neurônios). As trocas gasosas são realizadas pela</p><p>superfície do corpo, por respiração cutânea. Na região anterior do corpo da planária, há um par</p><p>de ocelos que são sensíveis à luz, mas não formam imagens. Seu sistema nervoso é composto de</p><p>dois gânglios cerebrais que se unem a dois cordões nervosos longitudinais, conectados entre si.</p><p>A forma achatada dos animais auxilia o processo de difusão de gases pelas células, bem como</p><p>a eliminação de excretas nitrogenadas. Esses animais têm sistema digestório incompleto e a di-</p><p>gestão ocorre dentro de uma cavidade, conhecida como cavidade gastrovascular. As ramificações</p><p>da cavidade gastrovascular distribuem o alimento diretamente para as células.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática do corte longitudinal de um</p><p>embrião durante a gastrulação, mostrando o destino do</p><p>blastóporo em cada grupo animal.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática de planária, mostrando a cavidade gastrovascular (A) e o sistema nervoso ganglionar (B).</p><p>Ectoderme</p><p>Endoderme</p><p>Gástrula</p><p>Arquêntero</p><p>Boca</p><p>Ânus</p><p>Protostômios</p><p>Deuterostômios</p><p>Blastóporo</p><p>Platelmintos, nematódeos,</p><p>moluscos, anelídeos e</p><p>artrópodes</p><p>Equinodermos</p><p>e cordados</p><p>Ramo da cavidade gastrovascular</p><p>Faringe</p><p>Boca</p><p>Nervos</p><p>Gânglios</p><p>cerebrais</p><p>Cabeça da</p><p>planária</p><p>Cordões</p><p>nervosos</p><p>longitudinais</p><p>A B</p><p>P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 15P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 15 12/8/22 3:57 PM12/8/22 3:57 PM</p><p>16</p><p>O sistema excretor consiste em protonefrídeos dotados de canais e células-flama, que dre-</p><p>nam excretas nitrogenadas, que são eliminadas do corpo por meio de pequenos orifícios,</p><p>os nefridióporos.</p><p>A locomoção ocorre com a participação de músculos circulares e músculos longitudinais. Nas</p><p>formas de vida livre, como as planárias, há cílios na epiderme, que também participam do deslo-</p><p>camento no ambiente.</p><p>2.2 Reprodu•‹o</p><p>Entre as espécies pertencentes ao filo dos platelmintos, existem muitas formas e padrões de</p><p>reprodução assexuada e de reprodução sexuada. Em se tratando de reprodução assexuada, mui-</p><p>tas planárias são capazes de realizar um processo de estrangulamento da porção média do corpo,</p><p>até dividir o organismo em duas partes, por meio de um processo chamado fissão transversal.</p><p>As planárias têm grande capacidade regenerativa. Quando um organismo é cortado em di-</p><p>versos pedaços menores, cada um desses pedaços, em condições favoráveis, pode formar um</p><p>novo indivíduo.</p><p>A maioria dos platelmintos é hermafrodita,</p><p>ocorrendo reprodução sexuada com fecunda-</p><p>ção interna, como é o caso das planárias.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Cópula</p><p>Casulo</p><p>Jovens planárias</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática do processo de fissão transversal (A) e regeneração (B) em planárias.</p><p>Representação esquemática da</p><p>reprodução sexuada em planárias.</p><p>FIQUE DE OLHO!</p><p>Regeneração da planária – reprodução assexuada</p><p>Conheça o processo de regeneração dos dois segmentos de uma planária cortada ao meio.</p><p>Observe também o movimento do corpo direcionado pela cabeça, onde estão concentradas</p><p>as estruturas sensitivas da planária. Acesse os links:</p><p>Regeneração da planária (35 s). Publicado pelo canal Casa da Ciência. Disponível em: https://</p><p>www.youtube.com/watch?v=xnC8YkOAMlM.</p><p>Planaria Regeneration Time-lapse (4min27s). Publicado pelo canal Sci-Inspi. Disponível em:</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=hTC1eNTBXvE.</p><p>Acessos em: 22 jun. 2022.</p><p>BA</p><p>P5_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 16P5_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 16 12/8/22 6:28 PM12/8/22 6:28 PM</p><p>17</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>9</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>3 Nemátodos</p><p>Os nemátodos (nematódeos) são vermes cilíndricos de corpo não segmentado, revestidos</p><p>por uma cutícula resistente que lhes confere proteção. Esses animais, juntamente com outros</p><p>filos de vermes, eram classificados como Nemathelminthes (nematelmintos). Contudo, hoje em</p><p>dia essa classificação não é mais considerada válida. Eles constituem um grupo de grande biodi-</p><p>versidade, com dezenas de milhares de espécies conhecidas. Há representantes de vida livre em</p><p>ambientes aquáticos e terrestres e também muitas espécies parasitas de animais e plantas.</p><p>3.1 Estrutura e fisiologia</p><p>Os nematódeos apresentam como novidade evolutiva o sistema digestório completo (uni-</p><p>direcional), pois apresentam boca e ânus, uma característica que possibilita maior eficiência no</p><p>processo de digestão.</p><p>Representação esquemática de um nemátodo, com destaque para seu sistema digestório completo, com boca e ânus.</p><p>Os nemátodos apresentam uma cavidade corpórea, que também é uma novidade evolutiva,</p><p>denominada pseudoceloma, preenchida por um líquido que atua como esqueleto hidrostático,</p><p>auxilia a distribuição de substâncias pelo interior do animal, além de ser um local para a acomo-</p><p>dação dos órgãos.</p><p>O sistema excretor é dotado de dois canais longitudinais (renetes), responsáveis pela elimi-</p><p>nação dos resíduos metabólicos tóxicos por poros na parede corporal. O sistema nervoso é gan-</p><p>glionar, e não há sistema respiratório nem circulatório.</p><p>3.2 Reprodução</p><p>A maioria tem sexos separados (dioicos) com dimorfismo sexual (machos normalmente me-</p><p>nores e com extremidade do corpo curvada), fecundação interna e desenvolvimento indireto.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Ânus</p><p>Boca</p><p>1 Os animais podem ser reunidos em diferentes grupos. O quadro a seguir indica a classificação dos grupos animais segundo</p><p>algumas características.</p><p>Grupo animal Simetria</p><p>Nº de folhetos</p><p>embrionários</p><p>Presença ou ausência</p><p>de celoma</p><p>Cnidários Radial 2 —</p><p>Platelmintos A B Acelomado</p><p>Nemátodos Bilateral 3 C</p><p>O preenchimento correto dos espaços A, B e C é, respectivamente:</p><p>a) Radial, 2, Celomado</p><p>b) Bilateral, 3, Celomado</p><p>c) Radial, 3, Pseudocelomado</p><p>d) Bilateral, 3, Pseudocelomado</p><p>e) Radial, 2, Pseudocelomado</p><p>2 (Udesc) Assinale a alternativa que apresenta uma característica comum entre os organismos conhecidos como planárias,</p><p>lombrigas, minhocas, borboletas e caramujos.</p><p>a) Deuterostômios.</p><p>b) Corpo segmentado.</p><p>c) Folhetos embrionários diblásticos.</p><p>d) Celomados.</p><p>e) Simetria bilateral.</p><p>Aula 15</p><p>E S T U D O O R I E N T A D O – E X E R C Í C I O S</p><p>P5_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 17P5_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 17 12/8/22 6:28 PM12/8/22 6:28 PM</p><p>18</p><p>3 (UEL-PR) O grupo dos platelmintos é caracterizado pelo</p><p>aparecimento, pela primeira vez na escala zoológica, da</p><p>simetria bilateral. Com base nesse fato, assinale a alterna-</p><p>tiva que apresenta as características que, durante a evo-</p><p>lução desses animais, surgiram associadas ao aparecimen-</p><p>to da simetria bilateral.</p><p>a) Aparecimento do ânus e de células-flama.</p><p>b) Aparecimento da boca e maior dimensão do corpo.</p><p>c) Aparecimento da cefalização e movimentação direcio-</p><p>nal do corpo.</p><p>d) Aparecimento da mesoderme e da cavidade gastro-</p><p>vascular.</p><p>e) Aparecimento de digestão intracelular</p><p>e melhor cap-</p><p>tura de presas.</p><p>4 (UEPG-PR) Assinale o que for correto sobre o desenvol-</p><p>vimento embrionário e tendências evolutivas da estrutura</p><p>corporal dos animais.</p><p>01) Os protostômios são animais em que o blastóporo dá</p><p>origem à boca, exemplos: moluscos, anelídeos e ar-</p><p>trópodes. Nos animais deuterostômios, o blastóporo</p><p>origina o ânus, exemplos: equinodermos e cordados.</p><p>02) A metameria, ou segmentação corporal, está presen-</p><p>te em poríferos e cnidários. São organismos celoma-</p><p>dos com diferenciação de tecidos, sendo organizados</p><p>em uma série de segmentos que se repetem ao longo</p><p>do segmento.</p><p>04) Nos platelmintos, o mesoderma preenche todo o es-</p><p>paço entre o ectoderma e o endoderma. Não há outras</p><p>cavidades corporais além da cavidade digestória, as-</p><p>sim esses animais são considerados acelomados.</p><p>08) Animais dotados de simetria bilateral movimentam-se</p><p>com uma das extremidades do corpo voltada para</p><p>frente (região anterior). Durante a evolução dos ani-</p><p>mais, houve tendência à concentração dos órgãos do</p><p>sentido na região anterior do corpo, processo conhe-</p><p>cido como cefalização, que levou à diferenciação da</p><p>cabeça.</p><p>16) Muitos dos animais radialmente simétricos são sésseis,</p><p>ou seja, vivendo fixos ou locomovem-se lentamente</p><p>sobre o substrato. A simetria radial ocorre nos equi-</p><p>nodermos adultos (estrelas-do-mar, por exemplo).</p><p>5 Os vermes platelmintos e nemátodos podem ser de vida</p><p>livre ou parasitária.</p><p>a) Qual é a simetria corporal desses animais?</p><p>b) Cite e justifique uma novidade evolutiva associada ao</p><p>aparecimento dessa simetria que favoreceu a explora-</p><p>ção dos diversos ambientes.</p><p>6 (UEPG-PR) A simetria é a divisão imaginária do corpo de</p><p>um organismo em frações especulares, ou seja, cada uma</p><p>das partes é a imagem no espelho da(s) outra(s). Sobre</p><p>os planos de simetria, assinale o que for correto.</p><p>01) Os animais radiados apresentam estruturas sensoriais</p><p>na região anterior do corpo (cefalização), caracterís-</p><p>tica positivamente selecionada, pois trouxe vantagens</p><p>adaptativas a esses animais.</p><p>02) O sistema nervoso surge nos animais bilatérios com</p><p>uma organização difusa, propiciando a percepção de</p><p>estímulos vindos de todas as direções.</p><p>04) Existem animais, como muitas esponjas, cujo corpo</p><p>não pode ser dividido em metades especulares. Nes-</p><p>ses casos, não existe simetria, falando-se em animais</p><p>assimétricos.</p><p>08) Entre os bilatérios, os equinodermos (representados</p><p>pelas estrelas-do-mar) apresentam simetria secundá-</p><p>ria radial, que no caso é pentarradiada.</p><p>16) Quando um organismo apresenta simetria do embrião</p><p>ou da larva diferente do adulto, é a simetria do adulto</p><p>(primária) que fornece indícios da real estrutura do</p><p>corpo do animal, sob o ponto de vista taxonômico-</p><p>-evolutivo.</p><p>7 Nos solos agrícolas, é comum encontrarmos diferentes</p><p>espécies de vermes nematoides, sendo que muitos se</p><p>alimentam diretamente das raízes de plantas, causando</p><p>prejuízos às lavouras. Além desses vermes também en-</p><p>contramos anelídeos, como as minhocas, e planárias, que</p><p>podem predar as minhocas. A presença das planárias</p><p>pode, portanto, prejudicar as plantas, pois as minhocas</p><p>promovem a ciclagem de nutrientes e cavam tocas, por</p><p>onde o ar e a água entram no solo.</p><p>a) Qual desses animais apresenta celoma? Compare ne-</p><p>mátodos e platelmintos quanto ao tipo de tubo diges-</p><p>tório e a digestão.</p><p>b) Nos anos 1980, algumas espécies de planárias do He-</p><p>misfério Sul causaram sérios problemas em solos eu-</p><p>ropeus dedicados à pastagem, por terem dizimado</p><p>populações de minhocas. Explique as relações entre</p><p>esses fatos e a produção de carne nesse período.</p><p>E S T U D O O R I E N T A D O – E X E R C Í C I O S</p><p>P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 18P4_007a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod09.indd 18 12/8/22 3:57 PM12/8/22 3:57 PM</p><p>19</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>0</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Módulo previsto para duas aulas.</p><p>10</p><p>M Ó D U L O</p><p>Verminoses</p><p>OBSERVATÓRIO DE FENÔMENOS BIOLÓGICOS A</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>. Objetivo 1: compreender o ciclo da esquistossomose. Aula 16</p><p>. Objetivo 2: compreender o ciclo da teníase e a transmissão da cisticercose. Aula 16</p><p>. Objetivo 3: diferenciar os ciclos da ascaridíase e da ancilostomose. Aula 17</p><p>. Objetivo 4: compreender o ciclo da elefantíase. Aula 17</p><p>Por que instalações sanitárias adequadas</p><p>em áreas rurais beneficiam também</p><p>as pessoas de áreas urbanas?</p><p>EMBARQUE</p><p>Exemplo de sanitário móvel utilizado em áreas de trabalho rural.</p><p>A obrigatoriedade evita que fezes huma-</p><p>nas, que podem conter ovos de vermes</p><p>parasitas, sejam despejadas no ambien-</p><p>te, como os solos de fazendas. Dessa</p><p>maneira, o contato das pessoas com</p><p>esses ovos na zona rural é reduzido.</p><p>Além disso, o uso dos sanitários móveis</p><p>reduz a contaminação de rios e lagos e,</p><p>consequentemente, a contaminação de</p><p>vegetais, como as hortaliças, irrigados</p><p>com essa água. Assim, a medida previ-</p><p>ne a contaminação de pessoas tanto de</p><p>áreas rurais quanto de áreas urbanas.</p><p>A Norma Regulamentadora 31 da Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária,</p><p>Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura estabelece a obrigatoriedade do empregador de</p><p>disponibilizar instalações sanitárias compostas de vaso sanitário e lavatório nas frentes de traba-</p><p>lho, bem como a obrigatoriedade dos trabalhadores de se submeterem aos exames médicos</p><p>previstos. De que maneira essa norma protege as pessoas que desempenham trabalho rural, as</p><p>que vivem em áreas urbanas e os animais contra a transmissão de vermes parasitas?</p><p>Aulas 16 e 17</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>EMIFCNT02</p><p>D</p><p>u</p><p>Z</p><p>u</p><p>p</p><p>p</p><p>a</p><p>n</p><p>i/</p><p>P</p><p>u</p><p>ls</p><p>a</p><p>r</p><p>Im</p><p>a</p><p>g</p><p>e</p><p>n</p><p>s</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 19P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 19 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>20</p><p>1. Larvas cercárias</p><p>penetram a pele</p><p>humana e atingem</p><p>a circulação.</p><p>2. Vermes adultos</p><p>se instalam nos</p><p>vasos do sistema</p><p>porta-hepático.</p><p>Ovos atravessam a</p><p>parede intestinal.</p><p>5. Reprodução</p><p>assexuada dos</p><p>miracídio originam</p><p>larvas cercárias.</p><p>3. Ovos são liberados</p><p>com as fezes</p><p>e contaminam</p><p>ambientes aquáticos.</p><p>6. Liberação</p><p>de larvas</p><p>aquáticas</p><p>cercárias.</p><p>4. Larvas aquáticas</p><p>miracídios</p><p>invadem o caramujo</p><p>planorbídeo.</p><p>.</p><p>Hospedeiro</p><p>intermediário</p><p>Hospedeiro</p><p>definitivo</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>NESTE MÓDULO</p><p>1 Verminoses causadas por platelmintos</p><p>. Verminoses, como o nome sugere, são doenças causadas por vermes.</p><p>. Várias espécies de animais são parasitadas por platelmintos. As principais verminoses</p><p>humanas causadas por platelmintos estão elencadas a seguir.</p><p>1.1 Esquistossomose</p><p>. Também conhecida como barriga-d’água ou xistose.</p><p>. Agente etiológico: Schistosoma mansoni.</p><p>. Os vermes dioicos (fêmea e macho) habitam vasos sanguíneos do sistema porta-hepático.</p><p>. Um sintoma marcante é o aumento do abdome, que se deve ao inchaço de alguns órgãos,</p><p>como o baço e o fígado, e ao extravasamento de plasma sanguíneo para a cavidade</p><p>abdominal.</p><p>Representação esquemática do</p><p>ciclo do Shistosoma mansoni.</p><p>Contágio</p><p>Penetração de larvas</p><p>aquáticas na pele.</p><p>Profilaxia</p><p>• Disponibilização de banheiros em áreas de trabalho rural.</p><p>• Instalação de fossas sépticas.</p><p>• Coleta e tratamento de esgoto.</p><p>• Distanciamento das “lagoas de coceira”.</p><p>• Controle da população de caramujos hospedeiros.</p><p>Ciclo da esquistossomose</p><p>. Ciclo heteroxeno: ocorre mais de um hospedeiro.</p><p>. Hospedeiro definitivo: ser humano.</p><p>. Hospedeiro intermediário: caramujo do gênero Biomphalaria.</p><p>Aula 16</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 20P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 20 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>21</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>0</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>1.2 Teníase</p><p>. Agentes etiológicos: Taenia solium e Taenia saginata.</p><p>. Vermes adultos monoicos (hermafroditas) habitam o intestino delgado humano e ingerem</p><p>os alimentos digeridos pelas pessoas.</p><p>Representação esquemática do ciclo de vida de Taenia solium e Taenia saginata. Cada proglote</p><p>madura pode ser fecundada e engravidar, gerando cerca de 80 mil ovos.</p><p>Ciclo da teníase</p><p>. Ciclo heteroxeno: ocorre mais de um hospedeiro.</p><p>. Hospedeiro definitivo: ser humano.</p><p>. Hospedeiro intermediário da Taenia solium: porco; da Taenia saginata: boi ou vaca.</p><p>Contágio</p><p>Ingestão de carnes</p><p>suínas ou bovinas</p><p>malcozidas,</p><p>contaminadas com</p><p>larvas cisticerco.</p><p>Profilaxia</p><p>• Cozinhar bem as carnes.</p><p>• Consumir carnes inspecionadas pela vigilância sanitária.</p><p>• Não defecar em ambiente inadequado.</p><p>• Instalar fossas sépticas.</p><p>• Coletar e tratar o esgoto.</p><p>1. Ingestão de carne</p><p>malpassada contaminada</p><p>com cisticercos.</p><p>Proglotes</p><p>2. Tênia é liberada</p><p>no intestino.5. Ovos</p><p>embrionados</p><p>são eliminados</p><p>com as fezes</p><p>e ingeridos</p><p>pelos</p><p>hospedeiros</p><p>intermediários.</p><p>Hospedeiro</p><p>definitivo</p><p>3. Verme adulto monoico</p><p>(hermafrodita) se desenvolve.</p><p>4. Proglote</p><p>grávida desenvolve</p><p>ovos embrionados.</p><p>Hospedeiro intermediário</p><p>da T. solium</p><p>Hospedeiro intermediário</p><p>da T. saginata</p><p>Larva</p><p>cisticerco</p><p>Escólex</p><p>Ventosa</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>H</p><p>a</p><p>p</p><p>p</p><p>y</p><p>J</p><p>o</p><p>b</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 21P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 21 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>22</p><p>1.3 Cisticercose</p><p>. Agente etiológico: Taenia solium.</p><p>. Cisticercos se instalam em órgãos humanos (músculo, pele, cérebro e olhos).</p><p>2 Verminoses causadas por nemátodos</p><p>2.1 Ascaridíase</p><p>. Agente etiológico: Ascaris lumbricoides.</p><p>. Vermes adultos dioicos (fêmea e macho) habitam o intestino delgado humano, onde con-</p><p>somem os alimentos digeridos.</p><p>. A fase larval ocorre no sangue e nos pulmões.</p><p>Aula 17</p><p>Ciclo da cisticercose</p><p>Representação esquemática</p><p>do ciclo da cisticercose.</p><p>Contágio</p><p>Ingestão de ovos da</p><p>Taenia solium.</p><p>Profilaxia</p><p>• Lavar mãos e objetos pessoais, além de higienizar frutas e</p><p>verduras antes de comer.</p><p>• Não defecar em ambiente inadequado.</p><p>• Instalar fossas sépticas.</p><p>• Coletar e tratar o esgoto.</p><p>• Fornecer água tratada para a população.</p><p>Contágio</p><p>Ingestão de ovos de</p><p>Ascaris lumbricoides.</p><p>Profilaxia</p><p>• Lavar mãos e objetos pessoais, além de higienizar frutas e</p><p>verduras antes de comer.</p><p>• Ferver e/ou filtrar a água.</p><p>• Coletar e tratar esgoto.</p><p>• Fornecer água tratada para a população.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>2. Ovos embrionados e/ou</p><p>proglotes grávidas são ingeridos</p><p>por porcos ou humanos.</p><p>3. Dos ovos, eclodem</p><p>oncosferas que</p><p>penetram pela</p><p>parede intestinal e</p><p>circulam pela</p><p>musculatura de</p><p>porcos ou seres</p><p>humanos. 4. Seres humanos</p><p>adquirem a infecção</p><p>pela ingestão de carne</p><p>crua ou malcozida dos</p><p>animais hospedeiros</p><p>infectados.</p><p>5. Escólex fixam-se</p><p>no intestino.</p><p>6. Adultos vivem no intestino.</p><p>Cisticercose</p><p>Cisticerco se</p><p>desenvolve em um</p><p>órgão, mais</p><p>comumente em</p><p>tecidos subcutâneos,</p><p>cérebro e olhos.</p><p>1. Ovos ou proglótides grávidas</p><p>nas fezes passam ao</p><p>ambiente.</p><p>Oncosferas se</p><p>desenvolvem em</p><p>cisticercos em</p><p>músculos de porcos</p><p>ou de seres humanos.</p><p>C</p><p>d</p><p>c</p><p>/S</p><p>c</p><p>ie</p><p>n</p><p>c</p><p>e</p><p>P</p><p>h</p><p>o</p><p>to</p><p>L</p><p>ib</p><p>ra</p><p>ry</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 22P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 22 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>23</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>0</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Ciclo da ascaridíase</p><p>. Ciclo homoxeno (monoxeno): ocorre em apenas um hospedeiro.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática</p><p>do ciclo de Ascaris</p><p>lumbricoides.</p><p>1. Larvas penetram</p><p>a pele.</p><p>4. Vermes adultos</p><p>se fixam na parede</p><p>intestinal e se</p><p>alimentam de</p><p>sangue.</p><p>2. Larvas</p><p>chegam</p><p>aos</p><p>pulmões.</p><p>3. Larvas sobem</p><p>pela traqueia,</p><p>atingem a</p><p>faringe e</p><p>são deglutidas.</p><p>5. Ovos são</p><p>liberados</p><p>nas fezes</p><p>sobre o solo.</p><p>Esôfago</p><p>Veia</p><p>cava</p><p>Veia</p><p>p</p><p>2.2 Ancilostomíase ou ancilostomose</p><p>. Também conhecida como amarelão.</p><p>. Agentes etiológicos: Ancylostoma duodenale e Necator</p><p>americanus.</p><p>. Vermes adultos dioicos (fêmea e macho) habitam e</p><p>perfuram o intestino delgado humano, onde se alimen-</p><p>tam de sangue, podendo causar anemia.</p><p>Ciclo da ancilostomose</p><p>. Ciclo homoxeno (monoxeno): ocorre em apenas um</p><p>hospedeiro.</p><p>5. Larvas chegam ao</p><p>intestino delgado</p><p>e originam</p><p>vermes adultos.</p><p>6. Ovos são</p><p>eliminados</p><p>com as fezes.</p><p>7. Água sem</p><p>tratamento</p><p>ou filtragem</p><p>e frutas e</p><p>verduras</p><p>cruas são</p><p>contaminadas</p><p>com ovos de</p><p>lombrigas.</p><p>3. Larvas</p><p>seguem para</p><p>a circulação</p><p>sanguínea e</p><p>chegam aos</p><p>pulmões.</p><p>4. Larvas sobem</p><p>a traqueia,</p><p>atingem a</p><p>faringe e são</p><p>deglutidas.</p><p>1. Ovos são</p><p>ingeridos.</p><p>2. Larvas são</p><p>liberadas no</p><p>intestino.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática do</p><p>ciclo do Ancylostoma duodenale</p><p>e do Necator americanus.</p><p>6. Ovos</p><p>eclodem</p><p>no solo.</p><p>A</p><p>ld</p><p>o</p><p>n</p><p>a</p><p>/i</p><p>S</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>/</p><p>G</p><p>e</p><p>tt</p><p>y</p><p>I</p><p>m</p><p>a</p><p>g</p><p>e</p><p>s</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 23P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 23 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>24</p><p>2.3 Filariose</p><p>. Agente etiológico: Wuchereria bancrofti (conhecido como filária).</p><p>. Vermes dioicos (machos e fêmeas) adultos se alojam nos vasos linfáticos humanos e cau-</p><p>sam inchaço das mamas, da bolsa escrotal, dos braços e das pernas, caracterizando o</p><p>nome popular de elefantíase.</p><p>1 (UFPR) Para aumentar a produção agrícola em uma região</p><p>marcada por forte sazonalidade climática, com períodos</p><p>de seca prolongados, foram construídas barragens para</p><p>melhorar a irrigação. A produção de alimentos aumentou,</p><p>de fato. Porém, dadas as condições ruins de saneamento</p><p>básico, também houve aumento de uma parasitose co-</p><p>mum em países subdesenvolvidos. Qual foi a parasitose</p><p>que aumentou como consequência dessa alteração feita</p><p>pelo homem?</p><p>a) Difteria.</p><p>b) Teníase.</p><p>c) Hanseníase.</p><p>d) Esquistossomose.</p><p>e) Doença de Chagas.</p><p>2 (UFRGS-RS) A hidatidose cística é uma verminose provo-</p><p>cada pelo Echinococcus granulosus, verme chamado po-</p><p>pularmente de “tênia-anã”, enquanto a teníase tem como</p><p>um dos organismos causadores a Taenia solium ou “tênia”.</p><p>Em relação às tênias, é correto afirmar que</p><p>a) a Taenia solium desenvolve os cisticercos nos músculos</p><p>do boi, que é seu hospedeiro intermediário.</p><p>b) a Taenia solium e o Echinococcus granulosus são vermes</p><p>com sistema digestório completo.</p><p>Ciclo da filariose</p><p>. Ciclo heteroxeno: ocorre em mais de um hospedeiro.</p><p>. Hospedeiro definitivo: ser humano.</p><p>. No continente americano, o hospedeiro intermediário frequentemente é o mosquito do</p><p>gênero Culex.</p><p>Contágio</p><p>Picada de mosquitos</p><p>Culex infectados.</p><p>Profilaxia</p><p>• Evitar acúmulo de criadouros de mosquitos (água parada).</p><p>• Usar inseticidas, repelentes e telas em portas e janelas.</p><p>Representação esquemática do ciclo de vida do Wuchereria bancrofti.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>DESENVOLVENDODESENVOLVENDO HABILIDADESDESENVOLVENDODESENVOLVENDO</p><p>Aula 16</p><p>A</p><p>d</p><p>s</p><p>a</p><p>li</p><p>b</p><p>a</p><p>/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P</p><p>R</p><p>A</p><p>C</p><p>H</p><p>A</p><p>P</p><p>A</p><p>T</p><p>/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>A</p><p>n</p><p>e</p><p>s</p><p>ti</p><p>a</p><p>l/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>A</p><p>n</p><p>e</p><p>s</p><p>ti</p><p>a</p><p>l/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>K</p><p>a</p><p>te</p><p>ry</p><p>n</p><p>a</p><p>K</p><p>o</p><p>n</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tte</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>K</p><p>a</p><p>te</p><p>ry</p><p>n</p><p>a</p><p>K</p><p>o</p><p>n</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>N</p><p>a</p><p>ru</p><p>p</p><p>o</p><p>n</p><p>N</p><p>im</p><p>p</p><p>a</p><p>ib</p><p>o</p><p>o</p><p>n</p><p>/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>1. Picada transmite</p><p>larvas, que chegam</p><p>aos vasos linfáticos.</p><p>2. Vermes adultos</p><p>alojam-se em vasos linfáticos.</p><p>Desenvolvimento</p><p>no mosquito</p><p>Desenvolvimento</p><p>no ser humano</p><p>5. Microfilárias se</p><p>tornam larvas</p><p>infectantes.</p><p>4. Mosquito adquire</p><p>microfilárias ao picar</p><p>pessoa infectada. 3. Vermes adultos produzem larvas</p><p>microfilárias, que seguem para a</p><p>corrente sanguínea.</p><p>S</p><p>N</p><p>a</p><p>ru</p><p>p</p><p>o</p><p>n</p><p>N</p><p>im</p><p>p</p><p>a</p><p>ib</p><p>o</p><p>o</p><p>n</p><p>/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd</p><p>24P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 24 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>25</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>0</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>c) a Taenia solium desenvolve a fase larval em ambientes de água doce.</p><p>d) a Taenia solium e o Echinococcus granulosus pertencem ao grupo dos platelmintos, que engloba também espécies de</p><p>vida livre.</p><p>e) a Taenia solium adulta realiza a reprodução no intestino do hospedeiro intermediário.</p><p>Indique a soma das alternativas corretas</p><p>3 (UEPG-PR) A figura abaixo representa o ciclo biológico do nematoide Ascaris lumbricoides. Sobre esse tema, assinale o que</p><p>for correto.</p><p>01) A infecção humana ocorre após a ingestão de ovos embrionados, presentes na água ou em alimentos contaminados.</p><p>02) Os seres humanos infectados abrigam os vermes adultos no intestino delgado e eliminam os ovos nas fezes, contami-</p><p>nando o ambiente na ausência de saneamento básico.</p><p>04) O vermes adultos apresentam dimorfismo sexual e medem entre 15 cm e 40 cm de comprimento.</p><p>08) São medidas de prevenção contra esse nematoide o saneamento básico, a higiene pessoal e alimentar.</p><p>4 No Brasil, após anos de esforços no combate à filariose, foram obtidos os resultados do levantamento do número de inter-</p><p>nações hospitalares no período de 2008 a 2017, representados no gráfico a seguir.</p><p>As curvas apresentadas demonstram que o poder público tomou algumas medidas de controle e prevenção dessa</p><p>doença, como:</p><p>a) combate ao caramujo hospedeiro.</p><p>b) controle de populações do mosquito.</p><p>c) tratamento de esgoto.</p><p>d) redução no consumo de carne malpassada.</p><p>e) promoção de campanhas de vacinação.</p><p>Aula 17</p><p>01 + 02 + 04 + 08 = 15</p><p>DESENVOLVENDODESENVOLVENDO HABILIDADESDESENVOLVENDODESENVOLVENDO</p><p>Adaptado de: BROOKER, S.; BUNDY, D. Soil-transmitted helminths (Geohelminths).</p><p>In FARRAR, J.; HOTEZ, P.; JUNGHANSS, T.; KANG, G.; LALLOO, D.; WHITE, N.</p><p>Manson's tropical infectious diseases. 23 ed. Amsterdã: Elsevier, 2013, p. 766-794.</p><p>R</p><p>e</p><p>p</p><p>ro</p><p>d</p><p>u</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>/U</p><p>E</p><p>P</p><p>G</p><p>-P</p><p>R</p><p>,</p><p>2</p><p>0</p><p>2</p><p>1.</p><p>0</p><p>50</p><p>100</p><p>150</p><p>200</p><p>250</p><p>300</p><p>350</p><p>400</p><p>2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Anos</p><p>Número de</p><p>internações</p><p>hospitalares</p><p>Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste</p><p>Fonte: PONTES, Diego de Sousa et al.</p><p>Morbimortalidade por filariose no Brasil.</p><p>Temas em Saœde, v. 20, n. 4, p. 210, 2020.</p><p>Disponível em: https://temasemsaude.com/</p><p>wp-content/uploads/2020/08/20410.pdf.</p><p>Acesso em: 23 jun. 2022.</p><p>Internações por filariose</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 25P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 25 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>https://temasemsaude.com/wp-content/uploads/2020/08/20410.pdf</p><p>https://temasemsaude.com/wp-content/uploads/2020/08/20410.pdf</p><p>26</p><p>1 Um estudo foi realizado para verificar a ocorrência da</p><p>cisticercose em carcaças de abatedouro frigorífico de bo-</p><p>vinos localizado no estado de Santa Catarina. Os resulta-</p><p>dos obtidos entre 2016 e 2020 estão demonstrados no</p><p>gráfico a seguir.</p><p>Fonte: MARTINS, Débora. Ocorrência de cisticercose bovina em carcaças de</p><p>abatedouro frigorifico sob inspeção estadual, localizado em Pedras Grandes –</p><p>SC, no período de 2016 a 2020. Revista Higiene Alimentar, v. 34, n. 291, jul./dez.</p><p>2020. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/</p><p>ANIMA/13807/1/artigo%20p%20passar%20p%20pdf%20p%20mandar%</p><p>20RUNA.pdf. Acesso em: 23 jun. 2022.</p><p>a) Cite o nome do parasita causador da cisticercose bo-</p><p>vina. As pessoas que ingerem carne malpassada con-</p><p>taminada pela cisticercose podem desenvolver qual</p><p>parasitose?</p><p>b) Explique duas medidas profiláticas que poderiam ter</p><p>sido responsáveis pela alteração de incidência de cis-</p><p>ticercose bovina entre 2016 e 2020.</p><p>2 Texto I</p><p>O Nordeste é a região brasileira que possui a maior</p><p>costa litorânea do país por ser uma área que possui vá-</p><p>rias coleções hídricas, tornando-se um local propício para</p><p>transmissão da Schistosoma mansoni.</p><p>Fonte: BARRETO, Bianca; LOBO, Claudia, G. Aspectos epidemiológicos e distribuição</p><p>de casos de esquistossomose no Nordeste brasileiro no período de 2010 a 2017.</p><p>Rev. Enferm. Contemp., Salvador, v. 10, n. 1, p. 111-118, abr. 2021. Disponível em:</p><p>http://dx.doi.org/10.17267/2317-3378rec.v10i1.3642. Acesso em: 23 nov. 2022.</p><p>Texto II</p><p>Na Zona da Mata de Pernambuco, esse cenário am-</p><p>biental e epidemiológico pode ocorrer nas sedes urbanas</p><p>dos municípios, tendo em vista a crescente expansão das</p><p>cidades e as inundações sazonais provocadas pelo trans-</p><p>bordamento dos rios que as cortam, deixando submersa</p><p>grande parte de suas áreas urbanas.</p><p>Fonte: GOMES, Elainne C. S. et al. Transmissão urbana da esquistossomose: novo</p><p>cenário epidemiológico na Zona da Mata de Pernambuco. Rev. Bras.</p><p>Epidemiol., v. 19, n. 4, p. 822-834, out./dez. 2016.</p><p>a) Qual é o hospedeiro intermediário da esquistossomose?</p><p>Relacione os aspectos geográficos com a maior possi-</p><p>bilidade de ocorrência da esquistossomose apresenta-</p><p>da no texto I.</p><p>b) Explique por que a expansão das cidades e as inundações</p><p>sazonais são responsáveis pelos casos de esquistosso-</p><p>mose adquirida em centros urbanos de Pernambuco.</p><p>3 (Famerp-SP) A Taenia solium, o Ascaris lumbricoides e o</p><p>Ancylostoma duodenale são algumas espécies de helmin-</p><p>tos parasitas que provocam doenças nos seres humanos.</p><p>Esses animais helmintos apresentam adaptações ao pa-</p><p>rasitismo, dentre elas,</p><p>a) autofecundação.</p><p>b) cobertura dérmica impermeável.</p><p>c) ausência de substâncias antigênicas.</p><p>d) ausência de um tubo digestório.</p><p>e) alta produção de ovos.</p><p>Indique a soma das alternativas corretas</p><p>4 (UEPG-PR) Na figura abaixo estão representadas dife-</p><p>rentes espécies de parasitos pertencentes aos filos</p><p>Platyhelminthes e Nematelminthes. Sobre essas espécies,</p><p>assinale o que for correto.</p><p>01) Taenia solium, T. saginata e Ancylostoma duodenale</p><p>são as espécies de Platyhelminthes e Nematelminthes</p><p>representadas pelos respectivos números 1, 2 e 3.</p><p>02) As espécies representadas pelos números 1 e 2 são</p><p>conhecidas popularmente como solitárias. Ambas</p><p>causam a teníase; mas apenas a espécie representada</p><p>pelo número 1 causa a cisticercose.</p><p>04) São consideradas medidas de prevenção contra as res-</p><p>pectivas espécies de parasitos: cozinhar bem a carne</p><p>suína e bovina, ferver bem o leite, realizar higiene pes-</p><p>soal e alimentar, saneamento básico e andar descalço.</p><p>08) Ancylostoma duodenale, representado pelo número 3,</p><p>são vermes cilíndricos com estruturas cortantes na</p><p>região da boca, utilizadas para perfurar a mucosa in-</p><p>testinal do homem. A infecção por essa espécie re-</p><p>sulta na ancilostomose, conhecida popularmente</p><p>como “opilação ou amarelão”.</p><p>16) Adquire-se a teníase após a ingestão de carne suína</p><p>ou bovina, crua ou malpassada, contaminada com os</p><p>cisticercos. Já a cisticercose pode ser adquirida pela</p><p>ingestão de água ou alimentos contaminados com os</p><p>ovos da espécie T. solium.</p><p>Aula 16</p><p>Aula 17</p><p>E X T R AS!</p><p>Adaptado de: AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia</p><p>dos organismos. 2a ed. Volume 2. Editora Moderna: São Paulo, 2004.</p><p>R</p><p>e</p><p>p</p><p>ro</p><p>d</p><p>u</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>/U</p><p>E</p><p>P</p><p>G</p><p>-P</p><p>R</p><p>,</p><p>2</p><p>0</p><p>2</p><p>0</p><p>.</p><p>Órgãos condenados por cisticercose viva/Ano</p><p>Coração Cabeça Fígado</p><p>Língua Carcaça Diafragma</p><p>2016</p><p>0</p><p>50</p><p>100</p><p>2017 2018 2019 2020</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 26P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 26 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/13807/1/artigo%20p%20passar%20p%20pdf%20p%20mandar%20RUNA.pdf</p><p>https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/13807/1/artigo%20p%20passar%20p%20pdf%20p%20mandar%20RUNA.pdf</p><p>https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/13807/1/artigo%20p%20passar%20p%20pdf%20p%20mandar%20RUNA.pdf</p><p>http://dx.doi.org/10.17267/2317-3378rec.v10i1.3642</p><p>27</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>0</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Material de consulta:</p><p>Estudo orientado – Capítulo 10 – Verminoses</p><p>Objetivos de</p><p>aprendizagem</p><p>Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio</p><p>1 e 2</p><p>• Leia o item 1 da seção Neste</p><p>módulo.</p><p>• Faça as questões 1 a 3 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>• Leia o item 1 da seção Estudo</p><p>orientado – Aprofundando o</p><p>conhecimento.</p><p>• Faça as questões 4 e 5 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>• Faça as questões 6 e 7 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>3 e 4</p><p>• Leia o item 2 da seção Neste</p><p>módulo.</p><p>• Faça as questões 8 a 10 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>• Leia o item 2 da seção Estudo</p><p>orientado – Aprofundando o</p><p>conhecimento.</p><p>• Faça as questões 11 a 13 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>• Faça as questões 14 e 15 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>Orientação de estudo Sugestão de divisão aula a aula:</p><p>Aula 16: objetivos 1 e 2; Aula 17: objetivos 3 e 4.</p><p>RETOMANDO...</p><p>Objetivo de aprendizagem 1</p><p>Esquematizar o ciclo da Taenia solium e da Taenia saginata?</p><p>Relacionar a ocorrência da teníase com a transmissão de cisticercose?</p><p>Objetivo de aprendizagem 2</p><p>Esquematizar o ciclo da esquistossomose?</p><p>Relacionar a falta de saneamento básico com a frequência de casos de esquistossomose?</p><p>Objetivo de aprendizagem 3</p><p>Diferenciar o ciclo da ascaridíase do ciclo da ancilostomose?</p><p>Explicar por que a ancilostomose é conhecida também como amarelão?</p><p>Objetivo de aprendizagem 4</p><p>Esquematizar o ciclo da elefantíase (filariose)?</p><p>Relacionar a maior incidência de casos dessa doença em áreas de poucos cuidados com</p><p>criadouros de mosquitos?</p><p>Pensando nos conhecimentos adquiridos ao longo do módulo, você consegue:</p><p>A N O T A Ç Õ E S</p><p>P5_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 27P5_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 27 12/12/2022 17:21:3912/12/2022 17:21:39</p><p>28</p><p>Verminoses</p><p>E S T U D O O R I E N TA D O – A P R O F U N D A N D O O C O N H E C I M E N T O</p><p>10C</p><p>A</p><p>P</p><p>Í</p><p>T</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>A</p><p>Colo</p><p>Cabeça ou</p><p>escólex</p><p>Proglotes</p><p>Estróbilo</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática das partes do corpo de uma</p><p>tênia adulta (A) e das ampliações mostrando os escólex</p><p>de Taenia solium e Taenia saginata (B).</p><p>A denominação “verme” não tem significado taxonômico, ou seja, trata-se de uma denomi-</p><p>nação popular, que abrange diversos organismos invertebrados de corpo cilíndrico e mole. Muitos</p><p>vermes são de vida livre e outros causam doenças, denominadas verminoses.</p><p>1 Verminoses causadas por platelmintos</p><p>Várias espécies de platelmintos são parasitas de pessoas e animais. A seguir, estudaremos</p><p>algumas delas.</p><p>1.1 Teníase</p><p>A teníase é uma doença é causada por duas espécies: Taenia solium e Taenia saginata. Ambas</p><p>apresentam o corpo dividido em escólex ou cabeça, colo ou pescoço e estróbilo, que é compos-</p><p>to de proglotes.</p><p>O ser humano é o hospedeiro definitivo da tênia, e os hospedeiros intermediários podem</p><p>ser o porco, no caso da Taenia solium, ou o boi e a vaca, no caso da Taenia saginata. Por ter dois</p><p>hospedeiros, o ciclo da teníase é heteroxeno.</p><p>Após a ingestão de larvas, chamadas cisticercos, presentes em carne bovina ou suína crua</p><p>ou malpassada, frequentemente apenas uma tênia adulta se desenvolve dentro do intestino hu-</p><p>mano. Por esse motivo, a doença também é conhecida como solitária. O verme adulto se fixa à</p><p>mucosa intestinal com o auxílio de ganchos (T. solium) e ventosas (T. solium e T. saginata) pre-</p><p>sentes no escólex.</p><p>As tênias não apresentam sistema digestório. Elas se alimentam dos nutrientes resultantes</p><p>da digestão no hospedeiro e os absorvem pela superfície do corpo.</p><p>As tênias são monoicas (hermafroditas), e a reprodução se dá por meio da combinação de</p><p>gametas entre as proglotes maduras. Após a fertilização, as proglotes “grávidas” (com ovos) se</p><p>desprendem do corpo da tênia e são liberadas com as fezes humanas.</p><p>Com a liberação das proglotes no ambiente, bois e porcos podem ingerir os ovos da tênia, que,</p><p>ao se romperem, liberam as formas embrionárias hexacantos (oncosferas). Estas penetram a pa-</p><p>rede do intestino do animal, caem na corrente sanguínea e atingem a musculatura, onde se desen-</p><p>volvem na fase larval, os cisticercos. A contaminação humana ocorre com a ingestão de carne</p><p>malpassada desses animais.</p><p>Aula 16</p><p>B</p><p>Ventosas</p><p>Taenia solium</p><p>Ventosas</p><p>Taenia saginata</p><p>Ganchos</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 28P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 28 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>29</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>0</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Baseado em: LEVINSON, Warren. Microbiologia mŽdica e imunologia. 13. ed. 2016.</p><p>A teníase pode provocar dores abdominais, emagrecimento e desnutrição, que são sintomas</p><p>bastante comuns.</p><p>As principais medidas de profilaxia são: consumir carne bem passada, de procedência de</p><p>frigoríficos fiscalizados, garantir o acesso a serviços de saneamento básico (banheiros em áreas</p><p>de trabalho rural, tratamento de água e de esgoto), educação sanitária, tratamento dos doentes,</p><p>inspeção de carnes e fiscalização dos matadouros.</p><p>1.2 Cisticercose</p><p>A cisticercose ocorre quando uma pessoa acidentalmente ingere os ovos da Taenia solium.</p><p>Dos ovos ingeridos emergem oncosferas, que penetram a parede intestinal, caem na corrente</p><p>sanguínea e circulam para a musculatura e outros órgãos, como o cérebro. Posteriormente, trans-</p><p>formam-se em cisticercos, que são formas larvais da tênia. Ao ingerir os ovos, desenvolvendo a</p><p>cisticercose, o ser humano se comporta como hospedeiro intermediário da T. solium.</p><p>A ingestão de ovos da T. solium ocorre pelo consumo de verduras mal lavadas, água conta-</p><p>minada e até mesmo por mãos e objetos contaminados quando entram em contato com a boca.</p><p>Outra forma de desenvolver a cisticercose é pela ruptura de proglotes cheias de ovos no interior</p><p>do intestino de uma pessoa contaminada pela teníase, seguida de vômitos. Nesses casos, a con-</p><p>taminação é possível também após a pessoa tocar a boca com as mãos contaminadas com ovos</p><p>que saem com as fezes.</p><p>Os principais sintomas da cisticercose estão associados aos locais nos quais os cisticercos se</p><p>alojam, dependendo da quantidade e do tamanho deles. A cisticercose muscular provoca poucos</p><p>danos e é, em geral, assintomática. Já a neurocisticercose (cisticercos no cérebro) pode causar</p><p>desmaios, encefalite, cefaleia e convulsões.</p><p>A cisticercose é causada apenas pelo desenvolvimento dos ovos da T. solium.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática do</p><p>ciclo de vida de T. solium e</p><p>T. saginata, causadoras da teníase.</p><p>T. saginataT. s</p><p>3. Adultos ficam no</p><p>intestino delgado.4. Proglotes grávidas contendo ovos são</p><p>liberadas para o ambiente com as fezes.</p><p>5. Vegetação contaminada por ovos ou proglótides</p><p>grávidas são ingeridas por bois, vacas e porcos.</p><p>Os animais são infectados por T. saginata</p><p>(bois e vacas) e T. solium (porcos).</p><p>6. Ovos eclodem e</p><p>liberam os embriões</p><p>hexacantos, que</p><p>penetram na parede</p><p>do intestino e</p><p>circulam para a</p><p>musculatura.</p><p>7. Larvas cisticercos são</p><p>formadas nos músculos.</p><p>T. solium</p><p>2. O escólex</p><p>adere ao</p><p>intestino.</p><p>1. Pessoa é infectada pela</p><p>ingestão de carne suína ou</p><p>bovina malcozida ou crua</p><p>contendo larvas (cisticercos).</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 29P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 29 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>30</p><p>As principais medidas de profilaxia estão associadas à melhoria do saneamento básico,</p><p>educação sanitária e tratamento dos doentes.</p><p>No esquema a seguir são descritas as diferenças entre a cisticercose e a teníase.</p><p>Ovos de T. solium</p><p>Larvas de T. solium ou</p><p>T. saginata</p><p>Cisticercose</p><p>Teníase</p><p>Ingestão pelo ser humano</p><p>Ingestão pelo ser humano</p><p>1.3 Esquistossomose</p><p>A esquistossomose é causada pelo platelminto Schistosoma mansoni. Os indivíduos dessa</p><p>espécie são dioicos e apresentam dimorfismo sexual: o macho tem o canal ginecóforo,</p><p>por exemplo, na procura de alimentos.</p><p>Os nemátodos (nematódeos), além de apresentarem pseudoceloma, como já foi abordado em item</p><p>anterior, têm cutícula protetora e tubo digestório completo. Essa novidade evolutiva é de grande impor-</p><p>tância, pois possibilitou o movimento unidirecional do alimento ingerido, o que favorece a ingestão de</p><p>alimentos sem a necessidade de eliminação dos restos da digestão.</p><p>Em complemento, pode-se comentar com os alunos que os platelmintos e os nemátodos não apre-</p><p>sentam sistema circulatório e, portanto, o transporte de gases e nutrientes entre as células por difusão é</p><p>fundamental para a distribuição de nutrientes resultantes da digestão.</p><p>Um recurso didático que recomendamos para a observação dos movimentos da planária são os</p><p>vídeos indicados no boxe Fique de olho, na seção Estudo orientado – Aprofundando o conhecimento, no</p><p>Caderno do Aluno.</p><p>A N O T A Ç Õ E S</p><p>P5_004a006_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod09.indd 6P5_004a006_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod09.indd 6 12/8/22 6:40 PM12/8/22 6:40 PM</p><p>7</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>1</p><p>0</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Sugestão de roteiro de aula</p><p>Aula Descrição Anotações</p><p>16</p><p>Verminoses causadas por platelmintos</p><p>Desenvolvendo habilidades: 1 e 2</p><p>TM: 1 a 3</p><p>TC: 4 e 5</p><p>TD: 6 e 7</p><p>Extras!: 1 e 2</p><p>17</p><p>Verminoses causadas por nemátodos</p><p>Desenvolvendo habilidades: 3 e 4</p><p>TM: 8 a 10</p><p>TC: 11 a 13</p><p>TD: 14 e 15</p><p>Extras!: 3 e 4</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>10 O B S E R V A T Ó R I O D E F E N Ô M E N O S B I O L Ó G I C O S A</p><p>Verminoses</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao fim destas aulas, o aluno deve ser capaz de:</p><p>. Objetivo 1: compreender o ciclo da esquistossomose.</p><p>. Objetivo 2: compreender o ciclo da teníase e a transmissão da cisticercose.</p><p>. Objetivo 3: diferenciar os ciclos da ascaridíase e da ancilostomose.</p><p>. Objetivo 4: compreender o ciclo da elefantíase.</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>EMIFCNT02</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>Encaminhamento</p><p>Embarque</p><p>A Norma Regulamentadora 31 da Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura,</p><p>Exploração Florestal e Aquicultura estabelece a obrigatoriedade do empregador de disponibilizar instala-</p><p>ções sanitárias compostas de vaso sanitário e lavatório nas frentes de trabalho, bem como a obrigatorie-</p><p>dade dos trabalhadores de se submeterem aos exames médicos previstos. De que maneira essa norma</p><p>protege as pessoas que desempenham trabalho rural, as que vivem em áreas urbanas e também os animais</p><p>contra a transmissão de vermes parasitas?</p><p>A abordagem dessa questão proporciona a reflexão e o debate a respeito da importância das leis e do</p><p>seu cumprimento para que as pessoas estejam protegidas da transmissão de doenças parasitárias, como</p><p>P4_007a009_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod10.indd 7P4_007a009_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod10.indd 7 12/9/22 4:29 PM12/9/22 4:29 PM</p><p>8</p><p>a ascaridíase e a cisticercose, cujos ovos liberados em fezes humanas podem contaminar a água e os ali-</p><p>mentos consumidos pelas pessoas que habitam essas regiões.</p><p>A disponibilização de instalações sanitárias adequadas e a submissão a exames, seguidos de tratamen-</p><p>to proporcionado pelo Estado, de acordo com o direito à saúde prescrito em lei, evitam que fezes conta-</p><p>minadas com ovos de vermes da teníase, esquistossomose, ancilostomose e ascaridíase sejam despejadas</p><p>no solo, reduzindo, assim, as chances de contágio. Dessa maneira, a saúde de hospedeiros animais e hu-</p><p>manos está mais protegida, pois é reduzido o número de pessoas e animais infectados. A teníase, por</p><p>exemplo, pode ser transmitida de área rural para urbana, por meio de carne com larvas cisticercos.</p><p>Aula 16</p><p>Esta aula se destina à apresentação dos ciclos de verminoses causadas por platelmintos de maior in-</p><p>cidência no Brasil, assunto tratado em exames vestibulares e no Enem. Recomendamos que utilize as</p><p>ilustrações do Caderno do Aluno para apresentá-las em projeção ou como referência para esquematização</p><p>na lousa.</p><p>Os modos de contágio, as profilaxias e as situações contextualizadas facilitam a memorização e a</p><p>compreensão desses temas na aula. Pode-se, por exemplo, apresentar trechos de notícias para que sejam</p><p>analisados em aula, como este:</p><p>Como se pode notar, há um equívoco na matéria, pois a cisticercose não é adquirida pela ingestão de</p><p>ovos de tênia, mas sim de larvas em carne de porco infectada e malpassada.</p><p>Os vídeos apresentados nos boxes Fique de olho!, no Caderno do Aluno, são sugeridos para que os</p><p>estudantes tenham um contato mais próximo com o tema. O vídeo da neuroendoscopia apresenta uma</p><p>técnica sofisticada e pouco invasiva de retirada de cisticerco do cérebro humano por endoscopia. Trata-se</p><p>de um procedimento cirúrgico que necessita de tecnologia e de destreza médica e evidencia aos estudan-</p><p>tes o envolvimento de diferentes áreas da Ciência, como Medicina e Engenharia Biomédica, em benefício</p><p>da saúde e de vidas humanas. Já o vídeo sobre as fases de vida do Schistosoma mansoni possibilita aos</p><p>estudantes observar ovos e fases larvais do parasita, para terem noção do tamanho deles.</p><p>Situações como essa podem ser complementadas em sala de aula com comentários e diálogos a res-</p><p>peito de projetos de vida, em especial para os estudantes que almejam uma carreira na área da saúde.</p><p>A questão 1 da seção Extras! menciona a cisticercose bovina. Caso considere pertinente, para evitar</p><p>confusão por parte dos estudantes, esclareça que a cisticercose bovina é aquela contraída por bois e vacas,</p><p>e não por seres humanos por meio desses animais – afinal, a cisticercose humana é causada somente pela</p><p>Taenia solium, que tem porcos como hospedeiros intermediários.</p><p>Australiana descobre que dores de cabeça eram causadas por larvas no cérebro</p><p>Essa condição é conhecida como neurocisticercose e pode causar sintomas neurológicos quan-</p><p>do cistos de larvas se desenvolvem no cérebro. As pessoas contraem a infecção parasitária ao engo-</p><p>lir ovos encontrados nas fezes de uma pessoa com tênias no intestino, segundo o Centro de Controle</p><p>e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, em inglês).</p><p>Neurocisticercose é fatal e uma das principais causas de epilepsia em adultos no mundo todo.</p><p>As tênias costumam se alojar em intestinos humanos, na infecção conhecida como solitária, e</p><p>algumas pessoas podem se curar por conta própria, sem medicação.</p><p>O parasita normalmente é transmitido quando se consome carne de porco malcozida – esses</p><p>animais são hospedeiros intermediários da tênia – ou se entra em contato com alimentos, água ou</p><p>solo contaminado com ovos da tênia.</p><p>Acredita-se que a mulher, que trabalhava como barista, de alguma forma ingeriu ovos de tênia</p><p>liberados de um portador da doença.</p><p>Para evitar infecções como essa, o ideal é cozinhar carnes a temperaturas seguras, lavar as mãos</p><p>com sabão antes de comer e só ingerir alimentos que foram feitos em condições sanitárias adequadas.</p><p>CNN Brasil. Australiana descobre que dores de cabeça eram causadas por larvas no cérebro. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/</p><p>australiana-descobre-que-dores-de-cabeca-eram-causadas-por-larvas-no-cerebro/. Acesso em: 5 out. 2022.</p><p>P4_007a009_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod10.indd 8P4_007a009_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod10.indd 8 12/9/22 4:29 PM12/9/22 4:29 PM</p><p>9</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>1</p><p>0</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Aula 17</p><p>Esta aula se destina à apresentação dos ciclos de verminoses causadas pelos nemátodos mais rele-</p><p>vantes com relação à saúde pública no Brasil, já que esse assunto tem elevada incidência em exames</p><p>vestibulares e Enem. No entanto, isso não limita a aula a essas parasitoses, pois o bicho-geográfico, por</p><p>exemplo, que é abordado no boxe Para saber mais, na seção Estudo orientado – Aprofundando o conhe-</p><p>cimento, é bastante frequente em determinadas regiões, onde cães e gatos infectados e não tratados</p><p>deixam fezes infectadas com ovos sobre o solo, onde, posteriormente, as pessoas</p><p>um sulco</p><p>dentro do qual a fêmea, mais longa e delgada, se aloja e tem seus ovos fertilizados.</p><p>FIQUE DE OLHO!</p><p>Neuroendoscopia para retirada de cisticercos do cérebro</p><p>Conheça a técnica minimamente invasiva da neuroendoscopia desenvolvida para remover os</p><p>cistos com danos mínimos ao tecido cerebral. Disponível em: https://www.youtube.com/</p><p>watch?v=1lGyvzaDm5M.</p><p>Acesso em: 23 jun. 2022.</p><p>Esses vermes parasitam o sistema</p><p>circulatório humano, vivendo nos va-</p><p>sos sanguíneos do fígado e do intes-</p><p>tino. Quando atingem a maturidade</p><p>sexual, eles se concentram em vasos</p><p>sanguíneos ao redor do intestino e li-</p><p>beram seus ovos, que atravessam a</p><p>parede dos vasos capilares e caem na</p><p>cavidade intestinal.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática de dois indivíduos de Schistosoma mansoni. A fêmea está alojada dentro do canal</p><p>ginecóforo. O macho mede cerca de 1 cm de comprimento.</p><p>MachoFêmea</p><p>Canal</p><p>ginecóforo</p><p>Fotomicrografia óptica de um ovo de Schistosoma</p><p>mansoni dotado de espinho lateral, que auxilia sua</p><p>passagem para o intestino. Aumento de</p><p>aproximadamente 640 vezes.</p><p>Im</p><p>a</p><p>g</p><p>e</p><p>S</p><p>o</p><p>u</p><p>rc</p><p>e</p><p>T</p><p>ra</p><p>d</p><p>in</p><p>g</p><p>L</p><p>td</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 30P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 30 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=1lGyvzaDm5M&t</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=1lGyvzaDm5M&t</p><p>31</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>0</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Quando um indivíduo com esquis-</p><p>tossomose defeca, libera os ovos dos</p><p>vermes, que podem contaminar ambien-</p><p>tes aquáticos dulcícolas (água doce).</p><p>Quando chegam à água, os ovos eclo-</p><p>dem e liberam os miracídios, larvas ci-</p><p>liadas que nadam até encontrar seu</p><p>hospedeiro intermediário, o caramujo da</p><p>família dos planorbídeos e do gênero</p><p>Biomphalaria. Por ter dois hospedeiros,</p><p>o ciclo da esquistossomose é conside-</p><p>rado heteroxeno.</p><p>No caramujo, reproduzem-se asse-</p><p>xuadamente até formar milhares de lar-</p><p>vas denominadas cercárias. Estas dei-</p><p>xam o caramujo e podem penetrar a</p><p>pele humana, o que resulta em intensa</p><p>coceira.</p><p>Uma vez na circulação humana, as</p><p>larvas migram para os vasos sanguíneos</p><p>que irrigam o fígado e o intestino e</p><p>iniciam o processo de reprodução.</p><p>Miracídio</p><p>1. Casais de esquistossomos</p><p>adultos vivem nos vasos</p><p>sanguíneos que irrigam o</p><p>fígado e o intestino humanos.</p><p>2. As fêmeas liberam</p><p>milhares de ovos,</p><p>que atravessam os</p><p>capilares e chegam</p><p>ao interior do</p><p>intestino humano,</p><p>onde são eliminados</p><p>com as fezes.</p><p>3. Em água doce, os ovos eclodem e</p><p>liberam larvas ciliadas denominadas</p><p>miracídios, as quais infectam os</p><p>caramujos do gênero Biomphalaria,</p><p>seus hospedeiros intermediários.</p><p>4. Os miracídios se reproduzem</p><p>assexuadamente e formam larvas</p><p>cercárias, que deixam o corpo do</p><p>caramujo.</p><p>5. As larvas</p><p>cercárias</p><p>penetram a pele</p><p>humana e</p><p>seguem pelos</p><p>vasos sanguíneos,</p><p>onde se</p><p>desenvolvem em</p><p>vermes adultos.</p><p>Caramujo do gênero</p><p>Biomphalaria</p><p>Cercária</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Caramujo de água doce do gênero</p><p>Biomphalaria.</p><p>Fotomicrografia óptica de larva</p><p>cercária, que pode penetrar</p><p>ativamente na pele humana.</p><p>Aumento de aproximadamente</p><p>146 vezes.</p><p>b</p><p>u</p><p>te</p><p>o</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Representação esquemática do ciclo de vida do verme</p><p>Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose.</p><p>Sinclair Stammers/Science Photo Library/Fotoarena</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 31P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 31 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>32</p><p>Os principais sintomas no ser humano são: coceira no momento da penetração das cercárias</p><p>na pele, hemorragia gastrointestinal, aumento do fígado e do baço e acúmulo de líquido na cavi-</p><p>dade abdominal (ascite ou barriga-d’água).</p><p>As principais medidas de profilaxia são: saneamento básico (banheiros em áreas rurais, fos-</p><p>sas sépticas, tratamento de água e de esgoto), não nadar em “lagoas de coceira” (infestadas com</p><p>larvas cercárias), educação sanitária, tratar os doentes e combater o caramujo hospedeiro.</p><p>FIQUE DE OLHO!</p><p>Fases de vida do Schistosoma mansoni</p><p>Observe imagens de todas as fases da vida do verme causador da esquistossomose neste</p><p>filme do Natural History Museum, de Londres (Inglaterra). Disponível em: https://www.youtube.</p><p>com/watch?v=w V73y6OHBNA.</p><p>Acesso em: 24 jun. 2022.</p><p>Homem com ascite (barriga-d’água), um sintoma</p><p>muito comum da esquistossomose.</p><p>2 Verminoses causadas por nematódeos</p><p>Muitas espécies de vermes nemátodos (ou nematódeos) são parasitas de animais e pessoas.</p><p>Veremos alguns dos mais comuns no Brasil a seguir.</p><p>2.1 Ascaridíase</p><p>O verme causador da ascaridíase é o Ascaris lumbricoides, encontrado praticamente em todos</p><p>os países. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que mais de 1 bilhão de pes-</p><p>soas em todo o mundo sofrem da doença. No Brasil, a ascaridíase ocorre em todas as regiões e</p><p>está associada a locais carentes e sem acesso a serviços adequados de saneamento básico, como</p><p>tratamento de água e esgoto.</p><p>A contaminação ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos do ne-</p><p>matódeo. Os ovos têm grande capacidade de aderência a superfícies, o que facilita a dissemina-</p><p>ção da doença pelos alimentos.</p><p>O Ascaris lumbricoides não apresenta hospedeiros intermediários. Todo o seu ciclo de desen-</p><p>volvimento ocorre somente no organismo humano. Trata-se, portanto, de um ciclo homoxeno</p><p>(monoxeno).</p><p>Aula 17</p><p>d</p><p>o</p><p>n</p><p>ik</p><p>z</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 32P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 32 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=wV73y6OHBNA&t=71s</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=wV73y6OHBNA&t=71s</p><p>33</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>0</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Após a ingestão, quando chegam ao intestino, os ovos embrionados liberam as larvas, que</p><p>atravessam ativamente a parede intestinal e caem na corrente sanguínea. Pelo sangue, as larvas</p><p>atingem os pulmões, de onde sobem pelas vias respiratórias até a faringe, onde então são deglu-</p><p>tidas e, eventualmente, regurgitadas. No intestino, as larvas se desenvolvem em adultos, atingem</p><p>a maturidade sexual, reproduzem-se e liberam milhares de ovos por dia, completando assim o seu</p><p>ciclo.</p><p>Os principais sintomas são: tosse, lesões alveolares, pneumonia, deficiência nutricional e</p><p>oclusão intestinal provocada pelo acúmulo de vermes.</p><p>As principais medidas de profilaxia são: acesso a saneamento básico e educação sanitária,</p><p>lavar bem os alimentos, beber água tratada, filtrada ou fervida e tratar as pessoas com a doença.</p><p>Representação esquemática do ciclo de vida do Ascaris lumbricoides, causador da ascaridíase.</p><p>O contágio humano ocorre com a ingestão de ovos de lombriga.</p><p>Ascaris</p><p>Intestino</p><p>Representação esquemática de infestação de Ascaris</p><p>lumbricoides no intestino humano.</p><p>A higienização da água e de frutas e verduras é uma das principais medidas de profilaxia contra a ascaridíase.</p><p>5</p><p>s</p><p>e</p><p>c</p><p>o</p><p>n</p><p>d</p><p>S</p><p>tu</p><p>d</p><p>io</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>5. As larvas perfuram</p><p>o intestino e caem</p><p>na circulação.</p><p>Ovo</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>1. Vermes adultos se</p><p>reproduzem no</p><p>lúmen do intestino.</p><p>2. Ovos são eliminados com as fezes do</p><p>hospedeiro e contaminam o ambiente.</p><p>3. Ingestão de água</p><p>ou alimentos</p><p>contaminados</p><p>por ovos.4. Os ovos</p><p>eclodem e</p><p>liberam as larvas</p><p>no intestino.</p><p>6. Pela corrente</p><p>sanguínea, as larvas</p><p>migram para os</p><p>pulmões e a traqueia,</p><p>atingem a faringe e</p><p>são deglutidas,</p><p>chegando ao</p><p>intestino.</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 33P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 33 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>34</p><p>Equador</p><p>0º</p><p>Trópico de</p><p>Capricórnio</p><p>Trópico de Câncer</p><p>Círculo Polar Ártico</p><p>OCEANO</p><p>PACÍFICO</p><p>OCEANO</p><p>PACÍFICO</p><p>OCEANO</p><p>ATLÂNTICO</p><p>OCEANO GLACIAL</p><p>ÁRTICO</p><p>OCEANO</p><p>ÍNDICO</p><p>00,0 - 19,9</p><p>20,0 - 39,9</p><p>40,0 - 59,9</p><p>60,0 - 79,9</p><p>80,0 - 100,0</p><p>Sem dados</p><p>Proporção de</p><p>afetados em %</p><p>N</p><p>2 850</p><p>km</p><p>0</p><p>2.2 Ancilostom’ase ou ancilostomose (amarel‹o)</p><p>A ancilostomíase humana (ancilostomose, amarelão) é uma parasitose típica de regiões onde</p><p>o saneamento básico é precário ou ausente. Estima-se que cerca de 900 milhões de pessoas em</p><p>todo o mundo estejam contaminadas com os vermes causadores da doença, com dezenas de</p><p>milhares de mortes anuais, devido às complicações decorrentes do agravamento da doença.</p><p>Veja a seguir os resultados do levantamento da prevalência (número de afetados) de casos de</p><p>doenças causadas por Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura (causador da tricuríase), Ancylostoma</p><p>duodenale e Necator americanus. A pesquisa considerou dados de países em desenvolvimento.</p><p>Prevalência das doenças causadas por nematódeos no mundo</p><p>Fonte: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto de Ciências Biomédicas. Helmintos: nematoides intestinais. Disponível em:</p><p>http://lineu.icb.usp.br/~farmacia/ppt/nematodios2013.pdf. Acesso em: 24 jun. 2022.</p><p>Os principais nematódeos causadores da ancilostomose são as espécies Ancylostoma</p><p>duodenale e o Necator americanus. Esses vermes podem atingir 1,8 centímetro de comprimento</p><p>quando adultos e vivem no intestino humano, onde se fixam ao epitélio intestinal, causando lesões</p><p>e sangramentos graves.</p><p>A B</p><p>Fotomicrografias eletrônicas de varredura da boca de Necator americanus (A) com aumento de aproximadamente 535 vezes e</p><p>de Ancylostoma duodenale (B) com aumento de aproximadamente 500 vezes.</p><p>D</p><p>av</p><p>id</p><p>S</p><p>ch</p><p>ar</p><p>f/</p><p>S</p><p>ci</p><p>e</p><p>n</p><p>ce</p><p>P</p><p>h</p><p>o</p><p>to</p><p>L</p><p>ib</p><p>ra</p><p>ry</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>ar</p><p>e</p><p>n</p><p>a</p><p>D</p><p>av</p><p>id</p><p>S</p><p>ch</p><p>ar</p><p>f/</p><p>S</p><p>ci</p><p>e</p><p>n</p><p>ce</p><p>P</p><p>h</p><p>o</p><p>to</p><p>L</p><p>ib</p><p>ra</p><p>ry</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>ar</p><p>e</p><p>n</p><p>a</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 34P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 34 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>35</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>0</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Veia</p><p>cava</p><p>O ciclo da ancilostomose é muito semelhante ao da ascaridíase (trata-se de um ciclo</p><p>homoxeno). Porém, a ancilostomose é adquirida por meio da penetração ativa de larvas na pele</p><p>desprotegida em contato com solo úmido e contaminado.</p><p>Dentro do corpo humano, as larvas atingem a corrente sanguínea, migram para o coração e,</p><p>pelas artérias pulmonares, chegam aos pulmões. As larvas podem causar lesões nos alvéolos</p><p>pulmonares e migrar para os brônquios, a traqueia e a faringe (percurso facilitado pela tosse).</p><p>Caso sejam deglutidas, atingem o intestino delgado. Nesse órgão, as larvas se transformam em</p><p>adultos machos e fêmeas (espécie dioica) e se reproduzem.</p><p>Os ovos dos vermes,</p><p>produzidos pelas fêmeas,</p><p>são liberados no ambiente</p><p>sobre o solo, com as fezes.</p><p>Esses ovos se desenvolvem</p><p>em larvas, que podem pe-</p><p>netrar a pele de seres huma-</p><p>nos, causando, assim, uma</p><p>nova contaminação.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Os principais sintomas são: tosse, em razão da passagem das larvas pelos pulmões, falta de</p><p>ar, lesões na parede intestinal, fezes sanguinolentas e anemia. As medidas de profilaxia são: evitar</p><p>andar descalço, melhorar as condições de saneamento básico e promover educação sanitária.</p><p>Fotomicrografia óptica da larva do</p><p>ancilóstomo no solo. Aumento</p><p>aproximadamente de 400 vezes.</p><p>C</p><p>A</p><p>V</p><p>A</p><p>L</p><p>L</p><p>IN</p><p>I</p><p>J</p><p>A</p><p>M</p><p>E</p><p>S</p><p>/B</p><p>S</p><p>IP</p><p>/A</p><p>la</p><p>m</p><p>y</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>1. Larvas penetram</p><p>a pele.</p><p>4. Vermes adultos</p><p>se fixam na parede</p><p>intestinal e se</p><p>alimentam de</p><p>sangue.</p><p>2. Larvas</p><p>chegam</p><p>aos</p><p>pulmões.</p><p>3. Larvas sobem</p><p>a traqueia,</p><p>atingem a</p><p>faringe e</p><p>são deglutidas.</p><p>6. Ovos eclodem</p><p>e liberam</p><p>larvas no solo.</p><p>5. Ovos são</p><p>liberados</p><p>nas fezes.</p><p>Esôfago</p><p>Veia</p><p>p</p><p>Veia cava</p><p>Representação</p><p>esquemática do ciclo</p><p>de vida monoxeno dos</p><p>vermes causadores</p><p>da ancilostomose</p><p>(amarelão).</p><p>P5_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 35P5_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 35 12/12/2022 17:25:0312/12/2022 17:25:03</p><p>36</p><p>Monteiro Lobato e a origem de Jeca Tatu</p><p>As expedições científicas do Instituto</p><p>Oswaldo Cruz, realizadas no início do</p><p>século XX como parte das campanhas</p><p>sanitárias da época, permitiram ampliar</p><p>o conhecimento das moléstias que as-</p><p>solavam o país e possibilitaram a ocupa-</p><p>ção e a integração do interior brasileiro.</p><p>O Brasil é um país doente, diziam os</p><p>pesquisadores. E provavam. O retrato</p><p>sem retoques da miséria, da desnutrição</p><p>e das moléstias do povo jogava por</p><p>terra o idealismo romântico de diversos</p><p>intelectuais, influenciando o movimento</p><p>realista que surgia.</p><p>Essa influência se fez sentir em maior</p><p>grau por meio de Monteiro Lobato. Seu</p><p>contato com as pesquisas científicas,</p><p>principalmente os trabalhos de Belisário</p><p>Pena e Arthur Neiva, levaram o escritor</p><p>a alterar completamente a concepção</p><p>de um de seus famosos personagens, o</p><p>Jeca Tatu, e engajar-se em uma campa-</p><p>nha pelo sanea mento do país.</p><p>“O Jeca não é assim: está assim”</p><p>[...]</p><p>Surgia o Jeca Tatu, nome que se generalizou no país todo como sinônimo de cai-</p><p>pira, homem do interior. A repercussão foi grande e atingiu nível nacional, quando Lo-</p><p>bato, já bastante conhecido, decidiu, em 1918, reunir seus artigos num livro intitulado</p><p>Urupês.</p><p>[...]</p><p>Lobato não parou por aí. Indignado com a situação do país, lançou-se numa vigoro-</p><p>sa campanha jornalística em favor do saneamento. Denunciou, sem medir as palavras,</p><p>a realidade nacional: “O Brasil é o país mais rico do mundo, diz com entono o Pangloss</p><p>indígena. – Conclui Manguinhos.” E apresentava as estatísticas: 17 milhões com anci-</p><p>lostomose, três milhões com Chagas, dez milhões com malária. “O véu foi levantado. O</p><p>microscópio falou”.</p><p>[...]</p><p>Mas Lobato achava necessário não mobilizar apenas as elites, mas alertar e educar</p><p>o povo, principal vítima da falta de saneamento. Escreveu então Jeca Tatu – a ressur-</p><p>reição. O conto, mais conhecido como Jeca Tatuzinho, serviu de inspiração para uma</p><p>história em quadrinhos bastante popular, que foi divulgada em todo país através do</p><p>Almanaque do Biotônico Fontoura.</p><p>Jeca, considerado preguiçoso, bêbado e idiota por todos, descobria que sofria de</p><p>amarelão. Tratava-se. E transformava-se em um fazendeiro rico.</p><p>Fonte: PALMA, Ana. Monteiro Lobato e a origem de Jeca Tatu.</p><p>Fundação Oswaldo Cruz. Invivo. Disponível em: http://www.invivo.fiocruz.br/historia/</p><p>monteiro-lobato-e-a-origem-de-jeca-tatu/. Acesso em: 23 jun. 2022.</p><p>PARA</p><p>SABER MAIS</p><p>Fotografia de Monteiro Lobato jovem (1882-1948).</p><p>T</p><p>h</p><p>e</p><p>H</p><p>is</p><p>to</p><p>ry</p><p>C</p><p>o</p><p>ll</p><p>e</p><p>c</p><p>ti</p><p>o</p><p>n</p><p>/A</p><p>la</p><p>m</p><p>y</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 36P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 36 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>37</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>0</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>2.3 Filariose ou elefant’ase</p><p>Essa doença é causada principalmente por nemátodos da espécie Wuchereria bancrofti. É</p><p>uma doença endêmica de regiões com clima tropical ou subtropical na Ásia, na África e na Amé-</p><p>rica Latina. Os insetos vetores pertencem aos gêneros Anopheles, Aedes e Culex, e a predomi-</p><p>nância de cada um é característica de cada região. No Brasil, os parasitas são transmitidos pela</p><p>picada de mosquito do gênero Culex.</p><p>J</p><p>o</p><p>h</p><p>n</p><p>G</p><p>re</p><p>im</p><p>/S</p><p>c</p><p>ie</p><p>n</p><p>c</p><p>e</p><p>P</p><p>h</p><p>o</p><p>to</p><p>L</p><p>ib</p><p>ra</p><p>ry</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>Mosquito do gênero Culex, vetor do parasita causador da filariose.</p><p>R</p><p>e</p><p>im</p><p>a</p><p>r/</p><p>A</p><p>la</p><p>m</p><p>y</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>Ao picar uma pessoa, os mosquitos depositam as larvas infectantes do verme no local da</p><p>picada. Posteriormente, pela circulação sanguínea, essas larvas atingem os vasos linfáticos, onde</p><p>se transformam em adultos cerca de um ano após a penetração no corpo humano. Na fase adul-</p><p>ta, o parasita tem de 2 a 6 centímetros.</p><p>Os adultos causam inflamação no local, obstruindo os vasos linfáticos e ocasionando edemas</p><p>(acúmulo de líquido nos tecidos).</p><p>Os vermes adultos produzem larvas micro-</p><p>filárias, que circulam no sangue e medem de</p><p>0,2 a 0,3 milímetro. Os mosquitos podem ad-</p><p>quirir as microfilárias ao picar uma pessoa con-</p><p>taminada. No interior do mosquito, as microfi-</p><p>lárias produzem larvas infectantes. Assim, os</p><p>mosquitos se tornam vetores capazes de con-</p><p>taminar inúmeras outras pessoas saudáveis.</p><p>O ser humano é o único reservatório natu-</p><p>ral da doença, mas o verme apresenta dois hos-</p><p>pedeiros, sendo o ser humano o definitivo e o</p><p>mosquito, o intermediário. Trata-se, portanto,</p><p>de um ciclo heteroxeno.</p><p>Após a contaminação, os principais sinto-</p><p>mas estão relacionados a processos inflamató-</p><p>rios dos vasos linfáticos. Por causa dos edemas,</p><p>há aumento exagerado do volume dos membros</p><p>afetados (daí o nome elefantíase), com quera-</p><p>tinização e rugosidade da pele.</p><p>A principal medida de profilaxia da filariose</p><p>é evitar o contato com o mosquito vetor, por</p><p>meio do uso de inseticidas, repelentes e telas</p><p>nas janelas e portas. É essencial também evitar</p><p>o acúmulo de água parada, para que não ocorra</p><p>a formação de novos criadouros do mosquito.</p><p>Inchaço do membro inferior, sintoma típico</p><p>da filariose linfática.</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 37P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 37 12/9/22 4:43 PM12/9/22 4:43 PM</p><p>38</p><p>1 Apresentam somente animais vertebrados no ciclo de vida</p><p>os parasitas causadores de:</p><p>a) malária e esquistossomose.</p><p>b) teníase e doença de Chagas.</p><p>c) dengue e cisticercose.</p><p>d) febre maculosa e esquistossomose.</p><p>e) cisticercose e teníase.</p><p>2</p><p>Grupo é preso suspeito de vender e transportar carne</p><p>clandestina no sul da Bahia</p><p>Caso aconteceu na cidade de Porto Seguro. Dono do</p><p>açougue que teria comprado a carne também foi preso.</p><p>[...]</p><p>Segundo a PM, no compartimento de carga do auto-</p><p>móvel, foi encontrada uma quantidade de couro e carne</p><p>Aula 16</p><p>Oxiurose</p><p>A oxiurose (enterobíase) é uma doença causada pelo nematódeo Enterobius vermicularis, que</p><p>ocorre apenas em seres humanos, ou seja, não há outro hospedeiro ou vetor.</p><p>A contaminação acontece pela ingestão de ovos do verme. No intestino, os ovos eclodem e as</p><p>larvas se desenvolvem em adultos, que se reproduzem sexuadamente. Durante a noite, as fê-</p><p>meas fecundadas migram para a região perianal e liberam os ovos ali e no meio externo. É comum</p><p>a coceira na região anal da pessoa infectada, em razão da presença da fêmea ou dos ovos no</p><p>local. A reinfecção pode ocorrer caso os ovos sejam transportados pelas mãos até a boca, após</p><p>a pessoa coçar a região anal.</p><p>O principal sintoma é o prurido perianal (coceira na região perianal).</p><p>A medida de profilaxia é lavar as roupas de cama com água fervente, para matar os ovos que</p><p>tenham sido eliminados pelos hospedeiros durante a noite, e lavar as mãos.</p><p>Larva migrans cutânea</p><p>A larva migrans cutânea (bicho-geográfico) é causada pelos nematódeos Ancylostoma</p><p>braziliense e Ancylostoma caninum.</p><p>A contaminação acontece pela penetração ativa das larvas na pele. Como o ser humano é um</p><p>hospedeiro atípico desses parasitas, as larvas conseguem se deslocar apenas pelo tecido sub-</p><p>cutâneo, não completando seu ciclo de vida.</p><p>PARA</p><p>SABER MAIS</p><p>E S T U D O O R I E N T A D O – E X E R C Í C I O S</p><p>Representação esquemática do ciclo de vida da Ancylostoma braziliense.</p><p>O principal sintoma é a coceira causada pelo deslocamento da larva pela região subcutânea,</p><p>ação que também provoca uma resposta inflamatória.</p><p>As medidas de profilaxia são evitar locais onde existam fezes de cães e gatos, que são os hos-</p><p>pedeiros dos vermes, e tratar esses animais domésticos com vermífugos.</p><p>Im</p><p>a</p><p>g</p><p>e</p><p>n</p><p>s</p><p>:</p><p>S</p><p>e</p><p>rg</p><p>e</p><p>y</p><p>F</p><p>ra</p><p>n</p><p>c</p><p>is</p><p>h</p><p>k</p><p>o</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>,</p><p>h</p><p>v</p><p>o</p><p>s</p><p>ti</p><p>k</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>,</p><p>A</p><p>lo</p><p>n</p><p>a</p><p>R</p><p>ie</p><p>z</p><p>n</p><p>ic</p><p>h</p><p>e</p><p>k</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>,</p><p>D</p><p>e</p><p>s</p><p>ig</p><p>n</p><p>u</p><p>a</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>kCão com Ancylostoma braziliense no</p><p>intestino delgado</p><p>Fezes</p><p>com</p><p>ovos</p><p>Larvas</p><p>eclodem</p><p>no solo.</p><p>Larvas penetram</p><p>a pele humana.</p><p>Larva migrans</p><p>(bicho-geográfico)</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 38P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 38 12/9/22 4:44 PM12/9/22 4:44 PM</p><p>39</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>0</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>de animais bovinos sem documentação. A quantidade de</p><p>alimento não foi divulgada.</p><p>[...]</p><p>Fonte: GRUPO É preso suspeito de vender e transportar carne clandestina no sul da</p><p>Bahia. G1, 23 jul. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/ba/bahia/</p><p>noticia/2021/07/23/grupo-e-preso-suspeito-de-vender-e-transportar-</p><p>carne-clandestina-no-sul-da-bahia.ghtml. Acesso em: 24 jun. 2022.</p><p>A atuação da PM pode ter evitado a transmissão de doen-</p><p>ças para as pessoas, que poderiam comer a carne de ori-</p><p>gem ilícita, como a:</p><p>a) febre maculosa.</p><p>b) cisticercose.</p><p>c) esquistossomose.</p><p>d) leishmaniose.</p><p>e) teníase.</p><p>Indique a soma das alternativas corretas</p><p>3 (UEM-PR) Sobre a esquistossomose, ou “barriga-d’água”,</p><p>é correto afirmar que</p><p>01) os vermes adultos, causadores da doença, são dioicos</p><p>com dimorfismo sexual e se instalam nas veias do fí-</p><p>gado alimentando-se de sangue.</p><p>02) a coceira na pele é resultante da penetração ativa dos</p><p>miracídios na pele humana, atingindo depois o sistema</p><p>porta-hepático, onde se reproduzem assexuadamente.</p><p>04) o hospedeiro intermediário do parasito é um molusco</p><p>planorbídeo, do gênero Biomphalaria.</p><p>08) esta verminose é causada pelo nematoide Ancylostoma</p><p>duodenale.</p><p>16) o nome barriga-d’água, é devido ao aumento do ta-</p><p>manho do abdômen, decorrente do acúmulo de plas-</p><p>ma nos tecidos.</p><p>4 Campanhas bem planejadas e executadas, com o</p><p>objetivo de reduzir a incidência de casos de doenças, têm</p><p>proporcionado bons resultados no Brasil. No caso da</p><p>doença mencionada no panfleto, a campanha deve ser</p><p>direcionada a criadores de:</p><p>a) peixes.</p><p>b) frangos.</p><p>c) suínos.</p><p>d) cães.</p><p>e) bois.</p><p>5 Diversos estudos indicam que a variabilidade climática</p><p>atual está associada a um aumento de eventos de chuvas</p><p>intensas, que, juntamente com as deficiências nos sistemas</p><p>de drenagem e limpeza urbana, resultam nas inundações,</p><p>principalmente em áreas urbanas de baixa renda. Nos</p><p>eventos de inundação, as populações ficam altamente</p><p>expostas ao risco de contrair doenças relacionadas com</p><p>a água contaminada, como:</p><p>a) leptospirose, amebíase e esquistossomose.</p><p>b) caxumba, malária e cisticercose.</p><p>c) tuberculose, hepatite e doença de Chagas.</p><p>d) giardíase, teníase e cisticercose.</p><p>e) peste negra, malária e esquistossomose.</p><p>6 (Famema-SP)</p><p>A esquistossomose – também conhecida como es-</p><p>quistossomíase, barriga-d’água, bilharziose e xistosa – é</p><p>decorrente da infecção humana pelo parasita Schistosoma</p><p>mansoni. A transmissão do parasita depende da presen-</p><p>ça de espécies suscetíveis de hospedeiros intermediários</p><p>pertencentes ao gênero Biomphalaria. Embora a doença</p><p>apresente manifestações graves, na maioria das vezes é</p><p>assintomática. A gravidade da doença depende da carga</p><p>parasitária adquirida nos contatos com os ambientes con-</p><p>taminados e de exposições sucessivas aos focos. Os esta-</p><p>dos das regiões Nordeste e Sudeste são os mais afetados</p><p>pela doença. Em alguns estados, como São Paulo, a trans-</p><p>missão é focal.</p><p>(Adaptado de https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/</p><p>saudede-a-a-z/e/esquistossomose)</p><p>Sobre a esquistossomose, responda aos itens a seguir.</p><p>I) O parasita causador da esquistossomose pertence a</p><p>que filo do reino Animalia? Como deve ser classificado</p><p>este filo em relação ao número de folhetos embrionários</p><p>e em relação à presença ou não do celoma?</p><p>II) Descreva o ciclo de vida do parasita Schistosoma</p><p>mansoni.</p><p>7</p><p>Alguns estudos desenvolvidos descrevem os fatores</p><p>de risco associados à cisticercose, como acesso do gado</p><p>a fontes de água não controladas, presença de pescado-</p><p>res nas redondezas da fazenda, presença de estradas ou</p><p>parques de estacionamento adjacentes a pastagens, bem</p><p>como</p><p>lugares recreativos e alimentos contaminados.</p><p>VITORINO, Josemar A. N. Perdas econômicas relacionadas à cisticercose bovina</p><p>rastreada a partir de informações epidemiológicas, 2018 (Adaptado). Locus UFV.</p><p>Disponível em: https://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21692.</p><p>Acesso em: 6 dez. 2022.</p><p>a) A cisticercose pode ser transmitida de uma pessoa</p><p>diretamente para outra? Justifique.</p><p>b) Por que o acesso de animais a fontes de água não con-</p><p>troladas pode ser considerado fator de risco para a</p><p>cisticercose?</p><p>E S T U D O O R I E N T A D O – E X E R C Í C I O S</p><p>R</p><p>e</p><p>p</p><p>ro</p><p>d</p><p>u</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>/P</p><p>re</p><p>fe</p><p>it</p><p>u</p><p>ra</p><p>M</p><p>u</p><p>n</p><p>ic</p><p>ip</p><p>a</p><p>l</p><p>d</p><p>e</p><p>A</p><p>m</p><p>a</p><p>m</p><p>b</p><p>a</p><p>i,</p><p>M</p><p>S</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 39P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 39 12/9/22 4:44 PM12/9/22 4:44 PM</p><p>https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2021/07/23/grupo-e-preso-suspeito-de-vender-e-transportar-carne-clandestina-no-sul-da-bahia.ghtml</p><p>https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2021/07/23/grupo-e-preso-suspeito-de-vender-e-transportar-carne-clandestina-no-sul-da-bahia.ghtml</p><p>https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2021/07/23/grupo-e-preso-suspeito-de-vender-e-transportar-carne-clandestina-no-sul-da-bahia.ghtml</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saudede-a-a-z/e/esquistossomose</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saudede-a-a-z/e/esquistossomose</p><p>40</p><p>8 (IFMG) Analise a seguinte ilustração.</p><p>A parasitose que pode ter sua incidência reduzida por</p><p>esse simples hábito é a</p><p>a) filariose.</p><p>b) cisticercose.</p><p>c) toxoplasmose.</p><p>d) ancilostomose.</p><p>e) esquistossomose.</p><p>9 (UEFS-BA) As protozooses são doenças causadas por</p><p>protozoários parasitas que envolvem, basicamente, dois</p><p>locais de parasitismo: o sangue e o tubo digestório. No</p><p>entanto, a pele, o coração, os órgãos do sistema genital e</p><p>o sistema linfático também constituem locais em que os</p><p>parasitas podem se instalar. Essas doenças envolvem, em</p><p>seu ciclo, hospedeiros, isto é, organismos vivos em que os</p><p>parasitas se desenvolvem.</p><p>Das parasitoses mais frequentes em nosso país, aquela</p><p>que não é causada por um protozoário é</p><p>a) Giardíase.</p><p>b) Tricomoníase.</p><p>c) Calazar.</p><p>d) Tripanossomíase.</p><p>e) Filariose.</p><p>10 (Uece) Relacione, corretamente, as verminoses humanas</p><p>com suas características, numerando a Coluna II de acor-</p><p>do com a Coluna I.</p><p>Coluna I</p><p>1. Ancilostomose</p><p>2. Ascaridíase</p><p>3. Teníase</p><p>4. Esquistossomose</p><p>Coluna II</p><p>( ) Conhecida como amarelão, por poder desencadear</p><p>anemia.</p><p>( ) Popularmente conhecida como barriga-d’água, é uma</p><p>verminose causada pelo Schistosoma mansoni.</p><p>( ) Causada pelo Ascaris lumbricoides adquirido pela in-</p><p>gestão de seus ovos presentes em água ou alimento.</p><p>( ) Pode ser causada pela Taenia solium ou pela Taenia</p><p>saginata presentes em carnes contaminadas.</p><p>A sequência correta, de cima para baixo, é:</p><p>a) 4, 1, 3, 2.</p><p>b) 3, 2, 1, 4.</p><p>c) 2, 3, 4, 1.</p><p>d) 1, 4, 2, 3.</p><p>11 (UFJF/Pism-MG) Após um levantamento da saúde da po-</p><p>pulação em um município brasileiro, a Equipe Municipal</p><p>de Saúde identificou um aumento considerável dos casos</p><p>de parasitoses. Assim foi sugerida ao prefeito a implemen-</p><p>tação das seguintes medidas para controle dessas para-</p><p>sitoses, além do tratamento das pessoas doentes:</p><p>I - Instalação de telas nas portas e janelas residenciais.</p><p>II - Implantação de um programa de inspeção sanitária</p><p>nos matadouros e açougues do município.</p><p>III - Realização de uma campanha de esclarecimento sobre</p><p>os perigos de banhos em lagoas.</p><p>É correto afirmar que essas medidas, identificadas em I,</p><p>II e III, teriam sucesso se as parasitoses diagnosticadas</p><p>nesse município fossem, respectivamente:</p><p>a) Ascaridíase – Doença de Chagas – Ancilostomose</p><p>b) Filariose – Ancilostomose – Esquistossomose</p><p>c) Ancilostomose – Ascaridíase – Malária</p><p>d) Doença de Chagas – Teníase – Esquistossomose</p><p>e) Teníase – Malária – Ancilostomose</p><p>12 (Unifesp)</p><p>Em 1866, o médico Otto Edward Henry Wucherer</p><p>(1820-1873), nascido em Portugal e formado na Alema-</p><p>nha, descobriu numerosas microfilárias do parasito hoje</p><p>conhecido como Wuchereria bancrofti em pacientes com</p><p>hematúria e quilúria na Bahia, nordeste do Brasil. O para-</p><p>sito é amplamente distribuído na África subsaariana e, até</p><p>recentemente, encontrado também em focos urbanos no</p><p>Brasil, especialmente na costa do Nordeste. O tratamento</p><p>da doença causada pelo W. bancrofti geralmente é fei-</p><p>to com alguns anti-helmínticos e, também, com alguns</p><p>antibióticos.</p><p>(Marcelo Urbano Ferreira. Parasitologia contemporânea, 2021. Adaptado.)</p><p>Aula 17</p><p>E S T U D O O R I E N T A D O – E X E R C Í C I O S</p><p>R</p><p>e</p><p>p</p><p>ro</p><p>d</p><p>u</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>/C</p><p>e</p><p>fe</p><p>t-</p><p>M</p><p>G</p><p>,</p><p>2</p><p>0</p><p>1</p><p>5</p><p>.</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 40P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 40 12/9/22 4:44 PM12/9/22 4:44 PM</p><p>41</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>0</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>a) Qual é o hospedeiro definitivo do W. bancrofti? Na natureza, qual a principal forma de transmissão da doença causada</p><p>pelo W. bancrofti aos seres humanos?</p><p>b) Os antibióticos têm a função de eliminar alguns microrganismos endossimbióticos presentes no W. bancrofti. Cite o tipo</p><p>de interação ecológica interespecífica que há entre esse parasito e os tais microrganismos endossimbióticos. Por que o</p><p>uso de antibióticos auxilia no tratamento da parasitose causada pelo W. bancrofti?</p><p>13 (Uece) Quanto às verminoses humanas, é correto afirmar que</p><p>a) a esquistossomose é reconhecida como um dos causadores da diarreia dos viajantes em zonas endêmicas.</p><p>b) oxiuríase é adquirida pela ingestão de carne malcozida contendo cisticercos.</p><p>c) a teníase tem como característica principal coceira retal, frequentemente noturna, que causa irritabilidade, desassossego,</p><p>desconforto e sono intranquilo.</p><p>d) ancilostomose é uma infecção intestinal, causada por nematódeos, que pode apresentar-se assintomática em caso de</p><p>infecções leves.</p><p>14 (FGV-SP) Em um estudo científico, 30 pessoas acometidas por verminoses foram examinadas para a presença (+) ou au-</p><p>sência (–) de ovos e de larvas livres no sangue e de ovos nas fezes. Os resultados dos exames apontaram três verminoses</p><p>diferentes, de modo que cada pessoa apresentava apenas uma delas. As 30 pessoas foram divididas em três grupos 1, 2 e 3</p><p>conforme a verminose que apresentaram. A tabela mostra os resultados obtidos para cada grupo de pessoas.</p><p>Grupo Número de</p><p>pessoas</p><p>Sangue Fezes</p><p>Ovos Larvas livres Ovos</p><p>1</p><p>6 + – +</p><p>2 – + –</p><p>2 12 – – +</p><p>3 10 – + +</p><p>As pessoas dos grupos 1, 2 e 3 apresentavam, respectivamente,</p><p>a) esquistossomose, cisticercose e teníase.</p><p>b) ascaridíase, filariose e cisticercose.</p><p>c) teníase, ascaridíase e filariose.</p><p>d) esquistossomose, teníase e ascaridíase.</p><p>e) cisticercose, filariose e ascaridíase.</p><p>15 (EBMSP-BA)</p><p>A V Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses e Tracoma, realiza-</p><p>da nas escolas públicas de todo o país, tem como público-alvo os escolares</p><p>de 5 a 14 anos de idade. O objetivo é esclarecer sobre a cura, ensinar a se pro-</p><p>teger dessas doenças e auxiliar na identificação de sinais e sintomas, favore-</p><p>cendo o diagnóstico precoce e o tratamento imediato.</p><p>As verminoses são infecções causadas por parasitas que se instalam</p><p>no interior do corpo. Podem causar dores abdominais, diarreias frequentes,</p><p>anemia, palidez excessiva, perda de peso, barriga inchada e sangramentos</p><p>intestinais. Em crianças, pode haver dificuldade de aprendizagem e retardo</p><p>no crescimento.</p><p>Disponível em: .</p><p>Acesso em: out. 2017. Adaptado.</p><p>Com base nessa informação e nos conhecimentos sobre verminoses e outras doenças que acometem os humanos,</p><p>. identifique o reino a que pertence cada agente etiológico das doenças combatidas por essa Campanha.</p><p>. apresente uma diferença e uma semelhança nos ciclos de vida dos agentes causadores da ancilostomose e da esquistos-</p><p>somose.</p><p>E S T U D O O R I E N T A D O – E X E R C Í C</p><p>I O S</p><p>R</p><p>e</p><p>p</p><p>ro</p><p>d</p><p>u</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>/E</p><p>B</p><p>M</p><p>S</p><p>P</p><p>-B</p><p>A</p><p>,</p><p>2</p><p>0</p><p>1</p><p>8</p><p>.</p><p>P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 41P4_019a041_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod10.indd 41 12/9/22 4:44 PM12/9/22 4:44 PM</p><p>42</p><p>Módulo previsto para uma aula.</p><p>M Ó D U L O</p><p>Moluscos e anelídeos:</p><p>importantes organismos na</p><p>dinâmica dos ecossistemas</p><p>OBSERVATÓRIO DE FENÔMENOS BIOLÓGICOS A</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>. Objetivo 1: compreender a morfofisiologia dos moluscos e o papel ecológico do grupo.</p><p>. Objetivo 2: analisar as principais características fisiológicas e morfológicas dos anelídeos e</p><p>compreender suas relações ecológicas mais relevantes. Aula 18</p><p>Aula 18</p><p>Como o modo de vida de um molusco bivalve pode</p><p>estar relacionado com a intoxicação alimentar em</p><p>humanos por metais pesados?</p><p>A artista canadense Gillian Genser (1958-) sempre gostou do contato com a vida selvagem</p><p>e, principalmente, com os seres marinhos. Ela decidiu, então, utilizar conchas de moluscos bivalves</p><p>em suas obras de arte. No entanto, em 2013, a artista começou a sentir dores de cabeça, vomitar</p><p>e até ter problemas de memória de curto prazo. Depois de muita investigação, os médicos che-</p><p>garam ao diagnóstico: intoxicação por metais pesados, como arsênico e chumbo, vindos de suas</p><p>próprias esculturas.</p><p>Uma situação que você já pode ter vivenciado, se tem o hábito de comer frutos do mar, é a</p><p>intoxicação alimentar após a ingestão de ostras e mexilhões. Nesse caso, pode haver a manifes-</p><p>tação de uma infecção gastrointestinal, com sintomas como diarreia, febre, cólicas abdominais</p><p>e vômito.</p><p>Qual é a relação entre as conchas de bivalves utilizadas por Genser e o acúmulo de metais</p><p>pesados em seu organismo? Quais características da fisiologia dos moluscos fazem com que eles</p><p>estejam mais susceptíveis aos problemas apresentados? De que maneira os moluscos podem ser</p><p>indicadores de poluição?</p><p>EMBARQUE</p><p>Peixes e frutos do mar podem</p><p>sofrer contaminação por metais</p><p>pesados como cobre, chumbo,</p><p>mercúrio, arsênio e cádmio, que, se</p><p>consumidos em altas quantidades,</p><p>podem ser letais para seres humanos.</p><p>Aula 18</p><p>11</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>P</p><p>la</p><p>te</p><p>re</p><p>s</p><p>c</p><p>a</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>EMIFCNT03</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 42P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 42 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>43</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>1</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>NESTE MÓDULO</p><p>1 Moluscos</p><p>. Os moluscos (Mollusca, do latim molluscus, mole) são animais de corpo mole não seg-</p><p>mentado.</p><p>. Têm hábitat aquático (marinho ou dulcícola) ou terrestre úmido.</p><p>. São animais de vida livre e podem se deslocar livremente pela coluna d’água ou viver nos</p><p>substratos (bentônicos).</p><p>Aula 18</p><p>Os caramujos (A), os polvos (B) e</p><p>as ostras (C) são representantes</p><p>do filo Mollusca.</p><p>A B</p><p>C</p><p>. Apresentam sistema digestório unidirecional, ou seja, presença de boca e ânus.</p><p>. A respiração pode ser branquial ou realizada por meio de um saco pulmonar.</p><p>. O sistema circulatório é aberto em gastrópodes e bivalves e fechado em cefalópodes.</p><p>. Apresentam nefrídios como estruturas excretoras.</p><p>. O sistema nervoso é formado por gânglios que se estendem pelo corpo do animal. As</p><p>lulas e os polvos apresentam um cérebro primitivo, formado pela fusão de gânglios.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>1.1 Morfologia e fisiologia</p><p>. Os moluscos são animais celomados com simetria bilateral e pele altamente permeável.</p><p>. O corpo é geralmente composto de três partes: cabeça, pé e massa visceral.</p><p>A BCabeça com</p><p>tentáculos</p><p>Pé muscular</p><p>repleto de</p><p>glândulas</p><p>mucosas</p><p>Cabeça com</p><p>olhos bem</p><p>desenvolvidos</p><p>Tentáculos</p><p>Braços</p><p>Massa visceralMassa visceral é</p><p>(protegida pela</p><p>concha)</p><p>Morfologia externa de um caracol</p><p>(A) e de uma lula (B). Na lula, os</p><p>tentáculos e os braços são o pé</p><p>modificado.</p><p>K</p><p>o</p><p>n</p><p>d</p><p>ra</p><p>tu</p><p>k</p><p>A</p><p>le</p><p>k</p><p>s</p><p>e</p><p>i/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>E</p><p>u</p><p>g</p><p>e</p><p>n</p><p>e</p><p>_</p><p>im</p><p>a</p><p>g</p><p>e</p><p>s</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>b</p><p>li</p><p>c</p><p>k</p><p>w</p><p>in</p><p>k</p><p>e</p><p>l/</p><p>H</p><p>a</p><p>rt</p><p>l/</p><p>A</p><p>la</p><p>m</p><p>y</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>JIA</p><p>NG H</p><p>ONGYAN/S</p><p>hutte</p><p>rs</p><p>to</p><p>ck</p><p>A</p><p>le</p><p>k</p><p>s</p><p>a</p><p>n</p><p>d</p><p>a</p><p>r</p><p>D</p><p>ic</p><p>k</p><p>o</p><p>v</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 43P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 43 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>44</p><p>. A reprodução pode ocorrer por fecundação interna ou externa. O desenvolvimento pode</p><p>ser direto ou indireto.</p><p>. Há três principais classes de moluscos: os gastrópodes (caracóis, caramujos e lesmas), os</p><p>cefalópodes (polvos, lulas e náutilos) e os bivalves (mariscos, ostras e mexilhões).</p><p>1.2 Aspectos econ™mico e ecol—gico</p><p>. Os moluscos são parte de complexas teias alimentares nos mais diversos ambientes.</p><p>. São importantes também porque podem ser hospedeiros intermediários de parasitoses</p><p>de grande importância para a saúde pública, como a esquistossomose.</p><p>. Alguns são utilizados na gastronomia, como ostras, lulas e polvos.</p><p>. Diversas espécies de moluscos exóticos invasores são responsáveis pela diminuição da</p><p>diversidade biológica de espécies nativas, além de causar prejuízos econômicos.</p><p>2 Anelídeos</p><p>. Os anelídeos (do grego annelus, anel) são animais cilíndricos de corpo segmentado (ou</p><p>metamerizado).</p><p>. Têm hábitat aquático (marinho ou dulcícola) ou terrestre úmido.</p><p>. A maioria é de vida livre e há espécies ectoparasitas de vertebrados, como as sanguessugas.</p><p>Representação</p><p>esquemática de um</p><p>molusco gastrópode</p><p>em corte longitudinal,</p><p>mostrando os órgãos que</p><p>formam os sistemas</p><p>digestório, circulatório,</p><p>nervoso, excretor e</p><p>reprodutor. Em destaque,</p><p>a língua raspadora</p><p>chamada de r‡dula.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>A B C</p><p>Minhocas (A), poliquetas (B) e sanguessugas (C) são representantes de anelídeos.</p><p>Cabeça</p><p>Glândula</p><p>digestiva</p><p>Estômago</p><p>Gônada</p><p>Coração</p><p>Celoma</p><p>Intestino</p><p>Nefrídio (órgão</p><p>excretor)</p><p>Manto</p><p>Ânus</p><p>PéBrânquiaSistema nervoso</p><p>Boca</p><p>Rádula</p><p>Massa visceral</p><p>M</p><p>a</p><p>rt</p><p>in</p><p>P</p><p>e</p><p>la</p><p>n</p><p>e</p><p>k</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>R</p><p>e</p><p>in</p><p>h</p><p>a</p><p>rd</p><p>D</p><p>ir</p><p>s</p><p>c</p><p>h</p><p>e</p><p>rl</p><p>/A</p><p>la</p><p>m</p><p>y</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>p</p><p>h</p><p>o</p><p>to</p><p>s</p><p>te</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Concha</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 44P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 44 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>45</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>1</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>2.1 Morfologia e fisiologia</p><p>. São animais celomados, apresentam simetria bilateral, sistema digestório unidirecional e</p><p>respiração principalmente cutânea – mas também pode ser branquial.</p><p>Morfologia de uma minhoca, indicando as principais estruturas externas.</p><p>Note os segmentos bem evidentes e a pele pouco queratinizada.</p><p>Representação esquemática do sistema circulatório de uma minhoca (A) e dos corações</p><p>laterais (B), mostrando a conexão de um coração com os vasos sanguíneos.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>. Apresentam nefrídios como estruturas excretoras.</p><p>. O sistema nervoso é ganglionar.</p><p>. Como novidade evolutiva, apresentam sistema circulatório fechado. As minhocas dispõem</p><p>de hemoglobina como pigmento respiratório.</p><p>. A reprodução dos anelídeos pode ser de dois tipos:</p><p>. Sexuada: as minhocas e as sanguessugas são hermafroditas (monoicas), com fecunda-</p><p>ção cruzada e desenvolvimento direto. Já maioria das espécies de poliquetas tem fecun-</p><p>dação externa e desenvolvimento indireto (larva trocófora).</p><p>. Assexuada: alguns poliquetas realizam regeneração ou fragmentação corporal</p><p>(cissiparidade).</p><p>. A classificação dos anelídeos está associada à presença de clitelo e à quantidade de cerdas</p><p>no corpo do animal. Eles podem ser classificados em: poliquetas (muitas cerdas),</p><p>oligoquetas (poucas cerdas) ou aquetas (ou hirudíneos, ausência de cerdas).</p><p>2.2 Papel econ™mico e ecol—gico</p><p>. As minhocas favorecem entrada de água, aeração e ciclagem da matéria orgânica no solo.</p><p>. Algumas espécies de sanguessugas</p><p>são utilizadas em processos de regeneração de tecidos</p><p>e produzem a hirudina (substância anticoagulante). Elas são colocadas diretamente na</p><p>pele afetada.</p><p>Coração</p><p>Capilares</p><p>Vaso Vaso</p><p>B</p><p>Corações laterais</p><p>A</p><p>ir</p><p>in</p><p>-k</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Boca</p><p>Segmentos do corpo</p><p>Ânus</p><p>Clitelo</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 45P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 45 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>46</p><p>1 Os bivalves são capazes de se fixar nas rochas por meio de um feixe de filamentos proteicos resistentes que se estende da</p><p>base do pé até o substrato. Esses animais são economicamente importantes como fonte de alimento para seres humanos,</p><p>além de fazerem parte de diversas cadeias alimentares, tanto aquáticas quanto terrestres. Os bivalves conseguem filtrar</p><p>grandes volumes de água em poucas horas e, por esse motivo, são considerados organismos filtradores. Em consequência</p><p>disso, podem acumular no seu trato digestivo e, posteriormente, em seus tecidos, elevadas concentrações de microrganismos</p><p>patogênicos e compostos químicos tóxicos presentes na água.</p><p>Aula 18</p><p>DESENVOLVENDODESENVOLVENDO HABILIDADESDESENVOLVENDODESENVOLVENDO</p><p>A classe apresentada é a dos bivalves.</p><p>A pele permeável dos moluscos permite a entrada de substâncias tóxicas e de poluentes não biodegradáveis no organismo. Na respiração branquial, a água passa</p><p>através de uma superfície extremamente permeável à entrada de oxigênio e de outras moléculas, como metais pesados. Além disso, a capacidade de filtragem</p><p>de alguns moluscos pode gerar acúmulo de poluentes em suas células. Essas características tornam os moluscos bons indicadores da qualidade da água e da</p><p>presença de poluentes nela.</p><p>Como esses organismos realizam o processo de filtração da água, os poluentes podem acabar se acumulando no corpo desses animais. Assim, a ingestão desses</p><p>organismos pode gerar contaminações e infecções alimentares.</p><p>a) Qual é a classe dos moluscos apresentada no texto?</p><p>b) Como a forma de vida dos moluscos apresentados nos permite afirmar que são organismos indicadores de poluição?</p><p>c) Explique por que a qualidade das águas em que os moluscos se desenvolveram pode estar relacionada com maiores in-</p><p>cidências de infecções alimentares.</p><p>Filtração da água por um bivalve em ambiente natural. Destaque para os sifões inalante e exalante</p><p>(setas vermelhas).</p><p>Sifão inalante</p><p>Filtra•‹o</p><p>Sifão exalante</p><p>D</p><p>a</p><p>v</p><p>id</p><p>M</p><p>a</p><p>s</p><p>s</p><p>e</p><p>m</p><p>in</p><p>/B</p><p>io</p><p>s</p><p>p</p><p>h</p><p>o</p><p>to</p><p>/A</p><p>F</p><p>P</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 46P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 46 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>47</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>1</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>DESENVOLVENDODESENVOLVENDO HABILIDADESDESENVOLVENDODESENVOLVENDO</p><p>2 Espalhadas pelas profundezas oceânicas, as fontes hidrotermais, fumarolas ou chaminés submarinas são como um intenso</p><p>fluxo de fluido, resultado de atividades vulcânicas. As fontes hidrotermais são regiões de grande diversidade de invertebra-</p><p>dos, que vivem em um ambiente com temperaturas elevadas, baixa concentração de oxigênio, alta acidez e alta concentra-</p><p>ção de metais pesados. Entre os animais que vivem nas fontes, estão os poliquetas, como os representantes tubícolas da</p><p>espécie Riftia pachyptila.</p><p>Representante de anelídeo tubícola da espécie Riftia pachyptila.</p><p>a) Quais características permitem incluir esses animais no filo dos anelídeos e na classe dos poliquetos?</p><p>b) Além dos poliquetos, quais são as outras duas classes de anelídeos? Apresente ao menos uma característica de cada</p><p>classe que as diferencie dos poliquetos.</p><p>c) Os anelídeos e os nemátodas têm uma organização corporal que pode ser comparada a “um tubo dentro do outro”. Com</p><p>base nessa informação, compare a anatomia corporal interna e externa de um nemátodo com a de um poliqueto.</p><p>Esses animais são considerados anelídeos porque são cilíndricos de corpo segmentado. Além disso, podem ser classificados como poliquetos porque têm</p><p>muitas cerdas.</p><p>As outras classes são: oligoquetas e aquetas. Os oligoquetas, como as minhocas, apresentam poucas cerdas, e os aquetas, como as sanguessugas, não apresentam</p><p>parapódios ou cerdas, mas têm ventosas.</p><p>Os nemátodos não têm segmentação corpórea e apresentam pseudoceloma (a cavidade corpórea é parcialmente revestida pela mesoderme). Já os anelídeos</p><p>apresentam o corpo segmentado, externa e internamente, por septos que separam os metâmeros, e são celomados (a cavidade corpórea é completamente</p><p>revestida pela mesoderme).</p><p>jo</p><p>h</p><p>n</p><p>s</p><p>o</p><p>lo</p><p>s</p><p>e</p><p>n</p><p>s</p><p>a</p><p>ti</p><p>o</p><p>n</p><p>s</p><p>/i</p><p>S</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>p</p><p>h</p><p>o</p><p>to</p><p>/G</p><p>e</p><p>tt</p><p>y</p><p>I</p><p>m</p><p>a</p><p>g</p><p>e</p><p>s</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 47P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 47 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>48</p><p>Material de consulta: Estudo orientado – Capítulo 11 – Moluscos e anelídeos</p><p>Objetivo de</p><p>aprendizagem</p><p>Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio</p><p>1</p><p>• Leia o item 1 da seção Neste</p><p>módulo.</p><p>• Faça as questões 1 e 2 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>• Leia o item 1 da seção Estudo</p><p>orientado – Aprofundando o</p><p>conhecimento.</p><p>• Faça a questão 5 da seção</p><p>Estudo orientado – Exercícios.</p><p>• Faça a questão 7 da seção</p><p>Estudo orientado – Exercícios.</p><p>2</p><p>• Leia o item 2 da seção Neste</p><p>módulo.</p><p>• Faça as questões 3 e 4 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>• Leia o item 2 da seção Estudo</p><p>orientado – Aprofundando o</p><p>conhecimento.</p><p>• Faça a questão 6 da seção</p><p>Estudo orientado – Exercícios.</p><p>• Faça a questão 8 da seção</p><p>Estudo orientado – Exercícios.</p><p>Orientação de estudo Sugestão de divisão aula a aula:</p><p>Aula 18: objetivos 1 e 2.</p><p>RETOMANDO...</p><p>Objetivo de aprendizagem 1</p><p>Listar as principais características fisiológicas dos moluscos?</p><p>Relacionar os hábitats com a fisiologia desses animais?</p><p>Descrever a importância dos moluscos?</p><p>Objetivo de aprendizagem 2</p><p>Caracterizar a morfologia e a fisiologia de um anelídeo?</p><p>Listar seus principais representantes?</p><p>Descrever a importância ecológica e médica do grupo?</p><p>Pensando nos conhecimentos adquiridos ao longo do módulo, você consegue:</p><p>1 Lis e Clara, alunas do Ensino Médio, estavam estudando Zoologia e verificaram que, ao contrário dos gastrópodes marinhos,</p><p>que apresentam respiração branquial, os gastrópodes dulcícolas apresentam um pulmão primitivo localizado na cavidade</p><p>paleal, que é ricamente vascularizada. Nesse momento uma dúvida surgiu: “Se são aquáticos, por que esses animais respiram</p><p>por meio de sacos pulmonares?”.</p><p>Elabore uma hipótese para explicar por que os gastrópodes dulcícolas</p><p>não respiram por brânquias.</p><p>2 As imagens A e B ao lado mostram duas situações diferentes: a imagem</p><p>A mostra um local onde a fertilidade do solo e a diversidade biológica</p><p>é menor; a imagem B mostra a biodiversidade maior.</p><p>Aula 18</p><p>E X T R AS!</p><p>a) Explique como a presença das minhocas no solo favoreceu o au-</p><p>mento da biodiversidade na imagem B.</p><p>b) As minhocas são organismos monoicos. Explique como ocorre</p><p>sua reprodução. Cite uma vantagem da reprodução sexuada,</p><p>apresentada pelos anelídeos, em relação à reprodução assexuada.</p><p>Solo compactado</p><p>(sem minhocas).</p><p>Solo aerado e rico em</p><p>nutrientes (com minhocas).</p><p>A B</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 48P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 48 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>49</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>1</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>1 Moluscos</p><p>O filo Mollusca (do latim molluscus,</p><p>mole) é o segundo maior filo em número</p><p>de espécies descritas no reino Animalia,</p><p>ficando atrás somente dos artrópodes.</p><p>Seus representantes incluem os caramujos,</p><p>as lesmas, os polvos, as lulas, as ostras e os</p><p>mexilhões. Estimativas apontam que exis-</p><p>tem mais de 100 mil espécies viventes, além</p><p>de 70 mil fósseis. A ocorrência de tantos</p><p>registros fósseis se dá pela presença, nesses</p><p>animais, de uma concha mineralizada que</p><p>facilita os processos de fossilização.</p><p>Aula 18</p><p>Moluscos</p><p>e anelídeos</p><p>E S T U D O O R I E N TA D O – A P R O F U N D A N D O O C O N H E C I M E N T O</p><p>11C</p><p>A</p><p>P</p><p>Í</p><p>T</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1.1 Estrutura corporal</p><p>Esses animais apresentam simetria bi-</p><p>lateral, são celomados, têm corpo mole,</p><p>pele muito permeável e rica em glândulas</p><p>mucosas. Por esses motivos, conseguem</p><p>sobreviver apenas em ambientes onde a</p><p>disponibilidade de água é grande, como os</p><p>ambientes aquáticos (marinhos e dulcíco-</p><p>las) ou terrestres úmidos. São predominan-</p><p>temente aquáticos, com a maioria das es-</p><p>pécies bentônicas, isto é, vivem sobre os</p><p>substratos.</p><p>Apesar de as várias espécies de molus-</p><p>co apresentarem grandes diferenças entre</p><p>si, elas apresentam a mesma estrutura cor-</p><p>poral básica: um corpo mole não segmen-</p><p>tado, formado por cabeça, pé muscular e</p><p>massa visceral.</p><p>Fóssil de amonite, um molusco que viveu há</p><p>aproximadamente 180 milhões de anos.</p><p>A cabeça concentra os órgãos sensoriais e os gânglios cerebroides. O pé é formado por um</p><p>conjunto muscular encontrado na região ventral do animal. Já a massa visceral é a composição</p><p>dos órgãos internos e, em muitas espécies, essa região está protegida por uma concha externa.</p><p>As conchas apresentam grande variedade de formas, cores e padrões de construção. Além</p><p>de proporcionar proteção mecânica, a concha atua como barreira contra a desidratação.</p><p>Morfologia externa de um caracol.</p><p>ANGLO_EM3_C2_BIO_A_</p><p>CA_M11_F012</p><p>Massa visceral</p><p>(protegida pela</p><p>concha)</p><p>Cabeça</p><p>Pé muscular</p><p>D</p><p>re</p><p>a</p><p>m</p><p>s</p><p>ti</p><p>m</p><p>e</p><p>/E</p><p>a</p><p>s</p><p>y</p><p>p</p><p>ix</p><p>B</p><p>ra</p><p>s</p><p>il</p><p>A</p><p>le</p><p>k</p><p>s</p><p>a</p><p>n</p><p>d</p><p>a</p><p>r</p><p>D</p><p>ic</p><p>k</p><p>o</p><p>v</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 49P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 49 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>50</p><p>Sua composição é calcária e sua pro-</p><p>dução ocorre com o auxílio de células</p><p>secretoras que compõem uma dobra</p><p>de tecido epitelial, que cobre a massa</p><p>visceral, denominada manto. Em mui-</p><p>tos moluscos, há uma cavidade entre</p><p>o manto e as vísceras, a cavidade do</p><p>manto (cavidade paleal), onde geral-</p><p>mente ficam as brânquias, o ânus e os</p><p>poros excretores. É nessa região que</p><p>a água circula, permitindo a respiração</p><p>branquial.</p><p>1.2 Fisiologia</p><p>Os moluscos apresentam tubo digestó-</p><p>rio unidirecional (completo) e a maioria das</p><p>espécies se alimenta de algas e vegetais.</p><p>Algumas espécies vivem no substrato, onde</p><p>se alimentam por filtração da água, tanto no</p><p>ambiente marinho quanto no dulcícola. Ou-</p><p>tras espécies têm uma estrutura conhecida</p><p>como rádula, que funciona como uma língua</p><p>raspadora e auxilia na alimentação. Essa es-</p><p>trutura é usada, por exemplo, para captar o</p><p>alimento disponível em superfície</p><p>rochosa.</p><p>Diversidade de conchas que</p><p>protegem a massa visceral em</p><p>muitas espécies de moluscos.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>O sistema circulatório é aberto na maioria das espécies; nesse caso, a hemolinfa (fluido cir-</p><p>culatório) é transportada por vasos, mas também banha as células do corpo. Os cefalópodes,</p><p>como polvos, lulas e sépias, apresentam um sistema circulatório fechado (o sangue circula apenas</p><p>dentro dos vasos), o que lhes proporciona maior pressão e velocidade no fluxo sanguíneo. Essa</p><p>característica possibilita um desenvolvimento maior de alguns desses animais, que podem alcan-</p><p>çar alguns metros de comprimento.</p><p>Representação esquemática de um gastrópode</p><p>terrestre se alimentando com o auxílio da rádula.</p><p>Mergulhador ao lado de uma lula da</p><p>espécie Dosidicus gigas, que pode</p><p>atingir 1,5 metro de comprimento.</p><p>v</p><p>v</p><p>o</p><p>e</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Dentes R‡dula</p><p>L</p><p>o</p><p>u</p><p>is</p><p>e</p><p>M</p><p>u</p><p>rr</p><p>a</p><p>y</p><p>/S</p><p>c</p><p>ie</p><p>n</p><p>c</p><p>e</p><p>P</p><p>h</p><p>o</p><p>to</p><p>L</p><p>ib</p><p>ra</p><p>ry</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 50P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 50 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>51</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>1</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>A maioria dos moluscos aquáticos apresenta respiração branquial. As brânquias são estrutu-</p><p>ras vascularizadas nas quais a hemolinfa recebe oxigênio do fluxo de água que passa por elas. Há</p><p>gastrópodes, terrestres e aquáticos, cuja cavidade do manto é muito vascularizada e funciona</p><p>como um pulmão rudimentar.</p><p>O sistema excretor é constituído por estruturas denominadas metanefrídios, responsáveis</p><p>por remover os resíduos metabólicos tóxicos da cavidade do corpo.</p><p>O sistema nervoso é formado por gânglios cerebrais e diversos outros gânglios que se es-</p><p>tendem para as regiões do pé, do manto e da massa visceral. Os órgãos sensoriais típicos são os</p><p>olhos, os tentáculos, os estatocistos (órgãos de equilíbrio) e os osfrádios (órgãos quimiorrecep-</p><p>tores). As lulas e os polvos apresentam um elevado desenvolvimento do sistema nervoso, pois os</p><p>diversos gânglios se fundem e formam um cérebro primitivo, o que lhes confere grande destre-</p><p>za de movimentos e alta capacidade sensorial.</p><p>Representação esquemática da anatomia interna de um bivalve. A água entra no corpo do animal pelo sifão inalante</p><p>e sai pelo sifão exalante. Os músculos adutores são responsáveis por fechar as conchas desses animais.</p><p>1.3 Reprodu•‹o</p><p>A maioria dos moluscos apresenta sexos separados (dioicos), porém há representantes ter-</p><p>restres, como os caracóis de jardim, que são hermafroditas. A fecundação pode ser interna ou</p><p>externa, e o desenvolvimento pode ser indireto, que inclui um estágio larval (larva véliger é carac-</p><p>terística desse grupo), ou direto, o que varia de acordo com a espécie.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Caracóis hermafroditas realizando</p><p>reprodução sexuada. Nesse grupo,</p><p>a fecundação é interna, e o</p><p>desenvolvimento é direto.</p><p>ANGLO_EM3_C2_BIO_A_</p><p>CA_M11_IR005</p><p>Fonte: REECE, Jane B. et al.</p><p>Biologia de Campbell. 10. ed.</p><p>Porto Alegre: Artmed, 2015.</p><p>ANGLO_EM3_C2_BIO_A_</p><p>CA_M11_IR005</p><p>Sifão</p><p>exalante</p><p>Sifão</p><p>inalante</p><p>Pé</p><p>MantoConcha</p><p>Intestino</p><p>Brânquia</p><p>Ânus</p><p>Estômago</p><p>Gônada</p><p>Boca</p><p>Musculatura adutora</p><p>Coração</p><p>Musculatura</p><p>adutora</p><p>v</p><p>n</p><p>li</p><p>t/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 51P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 51 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>52</p><p>1.4 Classificação</p><p>Os moluscos se dividem em sete classes principais, porém serão abordadas apenas três delas</p><p>neste material, por serem as que reúnem o maior número de espécies: Gastropoda (gastrópodes),</p><p>Cephalopoda (cefalópodes) e Bivalvia (bivalves).</p><p>Gastrópodes</p><p>Apresentam uma cabeça diferenciada,</p><p>com tentáculos sensoriais e boca com rá-</p><p>dula. Possuem também um pé muscular</p><p>bem desenvolvido, que auxilia no desloca-</p><p>mento desses animais. A base do pé é rica</p><p>em glândulas secretoras de muco, que di-</p><p>minui o atrito entre o pé e a superfície so-</p><p>bre a qual ele se desloca. A maioria dos</p><p>gastrópodes, como os caramujos e cara-</p><p>cóis, apresenta uma concha externa rígida</p><p>que protege a massa visceral. A lesma é</p><p>um exemplo de gastrópode que não tem</p><p>concha, assim como os nudibrânquios, co-</p><p>nhecidos como lesmas-marinhas.</p><p>Cefalópodes</p><p>Os representantes dessa classe são as lulas, os polvos e os náutilos. Esses animais têm eleva-</p><p>da capacidade sensorial quando comparados aos representantes das demais classes. Da cabeça</p><p>saem os braços e os tentáculos (pé modificado) repletos de ventosas, que auxiliam na captura de</p><p>presas. Os polvos não têm a massa visceral revestida por uma concha; as lulas têm uma concha</p><p>interna reduzida chamada pena, que fornece sustentação ao corpo do animal; e os náutilos têm</p><p>concha externa.</p><p>Algumas espécies de cefalópodes apresentam gl‰ndula de tinta, que libera uma substância</p><p>escura na água que confunde os predadores, aumentando a chance de sobrevivência do animal.</p><p>Bivalves</p><p>Apresentam a massa visceral revestida</p><p>por duas conchas ou valvas — por isso, são</p><p>conhecidos como bivalves. Não têm cabe-</p><p>ça diferenciada, mas possuem um pé bem</p><p>desenvolvido que os auxilia a enterrar na</p><p>areia ou em outros substratos. São exem-</p><p>plos de bivalves as ostras,</p><p>as vieiras, os</p><p>mexilhões e os mariscos.</p><p>Lesma-marinha (Goniobranchus geminus) se deslocando</p><p>no fundo do mar.</p><p>Morfologia externa de uma lula.</p><p>À esquerda, uma vieira com a concha fechada e, à</p><p>direita, outra com a concha aberta. As vieiras são</p><p>muito apreciadas na culinária.</p><p>D</p><p>iv</p><p>e</p><p>S</p><p>p</p><p>in</p><p>.C</p><p>o</p><p>m</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>A</p><p>le</p><p>x</p><p>C</p><p>o</p><p>a</p><p>n</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Massa visceral</p><p>Cabeça com olhos</p><p>bem desenvolvidos</p><p>Braços</p><p>Tentáculos</p><p>JIA</p><p>NG H</p><p>ONGYAN/S</p><p>hutte</p><p>rs</p><p>to</p><p>ck</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 52P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 52 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>53</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>1</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Há bivalves que vivem fixos a um substrato e outros que se locomovem na água. Os mexilhões,</p><p>por exemplo, conseguem se fixar ao substrato com o auxílio de uma secreção proteica viscosa</p><p>produzida por glândulas localizadas no pé. Essa secreção origina estruturas em forma de filamen-</p><p>tos que são facilmente observadas quando um desses moluscos é retirado do seu substrato. Alguns</p><p>bivalves, como as vieiras, podem se deslocar por meio de jatopropulsão, contraindo e relaxando</p><p>alternadamente seus músculos internos. Esse movimento é utilizado principalmente para fugir de</p><p>predadores e de outras condições ambientais desfavoráveis.</p><p>A maioria dos bivalves se alimenta por meio da filtração da água, obtendo partículas em</p><p>suspensão na água.</p><p>1.5 Papel ecol—gico, mŽdico e econ™mico</p><p>Os moluscos são parte integrante e fundamental de diversas teias alimentares, tanto aquáti-</p><p>cas quanto terrestres. Um exemplo da participação dos moluscos em teias alimentares é o do</p><p>caramujo-gigante-africano (Achatina fulica), espécie exótica que foi introduzida no Brasil com o</p><p>objetivo de ser usada na alta gastronomia. Em razão de sua baixa aceitação pela população bra-</p><p>sileira, os animais foram intencionalmente liberados no meio ambiente.</p><p>Como esse caramujo tem grande capacidade reprodutiva, não apresenta predadores naturais</p><p>no Brasil e é um herbívoro capaz de se alimentar de mais de 500 tipos de vegetal, encontrou no</p><p>país condições favoráveis ao seu desenvolvimento. Essas condições permitiram o crescimento</p><p>descontrolado de sua população e, como consequência, a espécie causa diversos prejuízos am-</p><p>bientais e econômicos, principalmente à agricultura.</p><p>Além da importância ecológica, alguns moluscos são de interesse de saúde pública, uma vez</p><p>que podem atuar como hospedeiros intermediários de parasitoses humanas, como a</p><p>esquistossomose.</p><p>Muitas espécies, como as ostras, os mexilhões, as vieiras, os polvos, as lulas e os escargots,</p><p>são utilizados na gastronomia. Além disso, existem diversas espécies de bivalves que produzem</p><p>pŽrolas como resultado de um processo de defesa. Esse processo pode ser iniciado quando um</p><p>corpo estranho — um grão de areia, por exemplo — penetra no espaço entre a concha e o manto</p><p>(dobra da epiderme). O molusco reveste o corpo estranho com o mesmo material que secreta</p><p>para fazer a concha, para se proteger, isolando o material estranho de seu corpo. Assim, forma</p><p>uma pérola. Para que ocorra a formação de uma pérola de valor comercial, são necessários cerca</p><p>de quatro anos de produção.</p><p>Considerada uma espécie invasora, o caramujo-gigante-africano (Achatina fulica) causa muitos prejuízos ambientais.</p><p>R</p><p>e</p><p>a</p><p>l_</p><p>li</p><p>fe</p><p>_</p><p>p</p><p>h</p><p>o</p><p>to</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 53P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 53 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>54</p><p>Bioinvasão</p><p>O estudo de espécies invasoras aumentou muito</p><p>nos últimos anos. O prejuízo causado por essas</p><p>invasões não é apenas econômico, mas também</p><p>ecológico e social. As espécies de bivalves intro-</p><p>duzidas em diversas partes do mundo são ótimos</p><p>exemplos de organismos que podem influenciar</p><p>as relações ecológicas entre as espécies nativas</p><p>e modificar a estrutura e o desenvolvimento das</p><p>comunidades locais.</p><p>O mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei), por</p><p>exemplo, é originário da Ásia e foi trazido ao Bra-</p><p>sil pela água de lastro (água recolhida e armaze-</p><p>nada em tanques nos porões dos navios). Esse</p><p>animal infestou o continente sul-americano e se</p><p>reproduziu livremente em razão das condições</p><p>ambientais altamente favoráveis e da ausência de</p><p>predadores naturais. Por causa dessa espécie, a</p><p>usina hidrelétrica de Itaipu precisa interromper</p><p>periodicamente seu funcionamento para que seja</p><p>feita a limpeza de turbinas infestadas pelos me-</p><p>xilhões. A presença desses animais danifica canos,</p><p>dutos de água e de esgoto, além de aumentar a</p><p>competição com os moluscos nativos.</p><p>PARA</p><p>SABER MAIS</p><p>Mexilhões-dourados (Limnoperna fortunei) introduzidos</p><p>acidentalmente no Brasil.</p><p>2 Anelídeos</p><p>O filo Annelida (do latim annulus = anel) tem aproximadamente 15 mil espécies que compar-</p><p>tilham como principal característica o corpo alongado e segmentado. A maioria dos anelídeos é</p><p>de vida livre em hábitat terrestre úmido e aquático, porém há grupos de parasitas, como as san-</p><p>guessugas. Suas dimensões são bastante variadas: algumas espécies têm cerca de 1 mm de</p><p>comprimento, enquanto outras podem alcançar mais de 2 metros.</p><p>2.1 Estrutura corporal</p><p>A segmentação ou metamerização é observada tanto externa quanto internamente e está</p><p>relacionada ao funcionamento dos músculos, do sistema circulatório, do sistema excretor e do</p><p>sistema reprodutor. Além disso, são animais celomados e com simetria bilateral.</p><p>Morfologia externa de uma minhoca.</p><p>H</p><p>e</p><p>li</p><p>s</p><p>s</p><p>a</p><p>G</p><p>ru</p><p>n</p><p>d</p><p>e</p><p>m</p><p>a</p><p>n</p><p>n</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>ir</p><p>in</p><p>-k</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Boca</p><p>Segmentos do corpo</p><p>Clitelo</p><p>ånus</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 54P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 54 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>55</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>1</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Boca</p><p>Esôfago</p><p>Papo</p><p>Moela</p><p>Intestino</p><p>Ânus</p><p>Tiflossole</p><p>Lúmen (espaço) do</p><p>intestino</p><p>Faringe</p><p>A respiração dos anelídeos é realizada predominantemente através da superfície da pele, em</p><p>um processo denominado respiração cutânea. As espécies que vivem em ambientes aquáticos</p><p>podem apresentar também respiração branquial.</p><p>Representação esquemática do sistema digestório de uma minhoca.</p><p>Representação esquemática da respiração cutânea de anelídeos.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Apresentam sistema circulatório fechado, ou seja, o sangue flui por vasos sanguíneos, e</p><p>todas as trocas gasosas com as células são realizadas por difusão. Uma das vantagens do sistema</p><p>circulatório fechado é que a velocidade no transporte de substâncias pelo corpo do animal é mais</p><p>alta, o que favorece a atividade celular e o funcionamento do organismo de modo geral.</p><p>2.2 Fisiologia</p><p>Os anelídeos apresentam tubo digestório unidirecional (completo). A minhoca, principal re-</p><p>presentante do grupo, é detritívora, ou seja, alimenta-se de resíduos orgânicos vegetais contidos</p><p>no solo. As minhocas apresentam algumas especializações no tubo digestório, como o papo e a</p><p>moela, que auxiliam na digestão do alimento. O papo é usado para o armazenamento do alimen-</p><p>to, enquanto na moela ocorre a sua trituração. Há outros anelídeos com hábito alimentar carní-</p><p>voro, filtrador e hematófago (que se alimenta de sangue), como as sanguessugas. O intestino de</p><p>alguns anelídeos, como a minhoca, apresenta uma estrutura especial responsável pelo aumento</p><p>da superfície de absorção de nutrientes, conhecida como tiflossole.</p><p>ANGLO_EM3_C2_BIO_A_</p><p>CA_M11_IR008 Células</p><p>O</p><p>2</p><p>CO</p><p>2</p><p>Epiderme</p><p>Vaso sanguíneo</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 55P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 55 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>56</p><p>Nefrídio</p><p>Nefróstoma Nefridióporo</p><p>Nas minhocas, há alguns pares de vasos com grande capacidade de contração, que comuni-</p><p>cam o vaso dorsal ao ventral e são conhecidos</p><p>como corações laterais. Eles impulsionam o san-</p><p>gue com mais força.</p><p>O sangue das minhocas apresenta hemoglobina como molécula transportadora de gases,</p><p>como o oxigênio, que se liga ao átomo de ferro.</p><p>Representação esquemática do sistema circulatório de uma minhoca.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>O sistema excretor dos anelídeos é formado por</p><p>um par de nefrídios por segmento; pela sua dispo-</p><p>sição, eles são denominados metanefrídios. Os ne-</p><p>frídios são responsáveis por eliminar os resíduos</p><p>metabólicos tóxicos, como a amônia, do corpo do</p><p>animal. Uma das aberturas dessa estrutura (nefrós-</p><p>toma) se localiza no interior do celoma e a outra</p><p>(nefridióporo), na superfície corpórea do animal. O</p><p>líquido celomático penetra pelo nefróstoma, passa</p><p>por todo o nefrídio, onde algumas substâncias são</p><p>reabsorvidas e outras são secretadas (para elimina-</p><p>ção), e os resíduos são eliminados pelo nefridióporo.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática de um metanefrídio em anelídeo.</p><p>Representação esquemática da molécula de hemoglobina, proteína presente no sangue de minhocas.</p><p>Grupo heme</p><p>Cadeia proteica</p><p>Átomo</p><p>de ferro:</p><p>local de</p><p>ligação da</p><p>molécula</p><p>de O</p><p>2</p><p>Fluxo sanguíneo</p><p>Capilares sanguíneos</p><p>Vaso sanguíneo dorsalVaso sanguíneo ventral</p><p>Corações</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 56P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 56 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>57</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>1</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>O sistema nervoso é formado por dois gânglios cerebrais, localizados na região anterior do</p><p>corpo do animal, conectados a um longo cordão nervoso ventral. Além disso, cada metâmero tem</p><p>um par de gânglios unidos entre si. O sistema nervoso ganglionar dos anelídeos permite receber,</p><p>interpretar e responder a estímulos do meio de uma maneira muito eficiente.</p><p>2.3 Reprodu•‹o</p><p>As minhocas são organismos hermafroditas (monoicos) que realizam fecundação cruzada.</p><p>Durante o período reprodutivo e em condições ambientais adequadas, as minhocas se deslocam</p><p>até a superfície para encontrar um parceiro reprodutivo. Nesse encontro, elas emparelham os</p><p>corpos em sentidos opostos e trocam gametas masculinos.</p><p>Representação esquemática do sistema nervoso de anelídeos. As setas indicam o sentido do fluxo sanguíneo pelo sistema circulatório.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Os gametas masculinos recebidos são armazenados em uma estrutura denominada receptá-</p><p>culo seminal. Em seguida, um casulo de muco é formado ao redor do clitelo, e os óvulos são ali</p><p>depositados. Após sua formação, o casulo mucoso se desloca ao longo do corpo da minhoca, em</p><p>direção à cabeça do animal, até chegar ao receptáculo seminal, onde recebem os espermatozoi-</p><p>des. Depois do encontro dos gametas, os óvulos fertilizados permanecem dentro do casulo e são</p><p>posteriormente liberados, formando novos indivíduos. As minhocas não passam por estágio larval,</p><p>portanto apresentam desenvolvimento direto.</p><p>As sanguessugas são hermafroditas e a reprodução sexuada é realizada de maneira seme-</p><p>lhante à reprodução das minhocas. Já os poliquetas, em sua maioria, apresentam fecundação</p><p>externa, com liberação de gametas na água e desenvolvimento indireto (larva trocófora). Diferen-</p><p>temente das minhocas e das sanguessugas, a reprodução assexuada é comum em poliquetas,</p><p>que, para isso, realizam regeneração ou fragmentação corporal.</p><p>Representação</p><p>esquemática de</p><p>reprodução cruzada</p><p>de minhocas, com</p><p>troca de gametas</p><p>masculinos.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Gânglios nervosos</p><p>Vaso sanguíneo</p><p>dorsal</p><p>Tubo</p><p>digestório Corações</p><p>Boca</p><p>Cordão nervoso</p><p>ventral</p><p>Vaso sanguíneo</p><p>ventral</p><p>Receptáculo seminal</p><p>Troca de espermatozoides</p><p>Clitelo</p><p>Casulo</p><p>Casulo</p><p>Minhoca jovem</p><p>Liberação de óvulos</p><p>União de óvulos e espermatozoides</p><p>na região do receptáculo seminal.</p><p>Liberação de casulo já com ovos</p><p>Ovos</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 57P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 57 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>58</p><p>2.4 Classificação</p><p>Para fins didáticos, utili-</p><p>zaremos a classificação mais</p><p>atual para Annelida, segundo</p><p>a qual o filo está dividido em</p><p>duas classes, Polychaeta e</p><p>Clitellata, esta última formada</p><p>pelas subclasses Oligochaeta</p><p>e Hirudinea.</p><p>O critério para a classificação adotada está relacionado à presença de uma região glandular</p><p>denominada clitelo, que exerce papel fundamental no processo de reprodução. Além disso, a</p><p>classificação também leva em conta a presença e a quantidade de cerdas no corpo. As cerdas</p><p>são formadas por quitina, um polissacarídeo muito resistente e impermeável à água. Essas estru-</p><p>turas servem principalmente para auxiliar a fixação do animal ao substrato e para a sua locomoção.</p><p>Poliquetos</p><p>Os Polychaeta (do grego polys = muito; chaite = cerda) são anelídeos com muitas cerdas pelo</p><p>corpo. Cerca de 65% de todas as espécies de anelídeos são poliquetos; a grande maioria desses</p><p>animais vive em ambiente marinho. Na região anterior do corpo, os poliquetos podem apresentar</p><p>estruturas sensoriais, como olhos e tentáculos. Apresentam com frequência uma série de projeções</p><p>laterais, denominadas parapódios, nas quais estão localizadas as cerdas de quitina. Os parapódios</p><p>podem auxiliar o deslocamento do animal, sua fixação no substrato e, por serem extremamente</p><p>vascularizados, auxiliam a realização de trocas gasosas.</p><p>Representação do cladograma simplificado</p><p>dos principais grupos de anelídeos.</p><p>Destaque para os parapódios com</p><p>função locomotora em poliqueto</p><p>errante Alitta virens (A) e parapódios</p><p>diferenciados em “penachos</p><p>branquiais” , que realizam trocas</p><p>gasosas e filtram partículas de</p><p>alimento (B) em Spirobranchus</p><p>giganteus.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>A B</p><p>Polychaeta Oligochaeta Hirudinea</p><p>Clitellata</p><p>Ancestral</p><p>Oligoquetas</p><p>Os Oligochaeta (do grego oligos, pou-</p><p>co; chaite, cerda) são anelídeos com pou-</p><p>cas cerdas no corpo. Existem cerca de 4</p><p>mil espécies de oligoquetos, das quais</p><p>menos de 10% são espécies marinhas; as</p><p>demais vivem em ambiente aquático dul-</p><p>cícola ou terrestre úmido. O representante</p><p>mais conhecido é a minhoca.</p><p>Fotomicrografias eletrônicas de varredura de minhoca (A)</p><p>e de detalhe das cerdas no corpo de uma minhoca (B).</p><p>Aumentos de aproximadamente 10 000 vezes e</p><p>120 000 vezes, respectivamente. Colorida artificialmente.</p><p>A</p><p>B</p><p>R</p><p>e</p><p>in</p><p>h</p><p>a</p><p>rd</p><p>D</p><p>ir</p><p>s</p><p>c</p><p>h</p><p>e</p><p>rl</p><p>/A</p><p>la</p><p>m</p><p>y</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>A</p><p>le</p><p>x</p><p>a</p><p>n</p><p>d</p><p>e</p><p>r</p><p>S</p><p>e</p><p>m</p><p>e</p><p>n</p><p>o</p><p>v</p><p>/S</p><p>c</p><p>ie</p><p>n</p><p>c</p><p>e</p><p>P</p><p>h</p><p>o</p><p>to</p><p>L</p><p>ib</p><p>ra</p><p>ry</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>S</p><p>te</p><p>v</p><p>e</p><p>G</p><p>s</p><p>c</p><p>h</p><p>m</p><p>e</p><p>is</p><p>s</p><p>n</p><p>e</p><p>r/</p><p>S</p><p>c</p><p>ie</p><p>n</p><p>c</p><p>e</p><p>P</p><p>h</p><p>o</p><p>to</p><p>L</p><p>ib</p><p>ra</p><p>ry</p><p>/</p><p>F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>S</p><p>IM</p><p>O</p><p>N</p><p>S</p><p>H</p><p>IM</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>kzww/ShutterstockPavaphon Supanantananont/</p><p>Shutterstock</p><p>Gregory S. Paulson/C</p><p>ultu</p><p>ra C</p><p>re</p><p>a</p><p>tiv</p><p>e</p><p>/A</p><p>F</p><p>P</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 58P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 58 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>59</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>1</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Hirudíneos</p><p>Os Hirudinea ou Achaeta (do grego: a, negação, ausên-</p><p>cia; chaite, cerda) são anelídeos sem cerdas no corpo. Há</p><p>cerca de 700 espécies descritas e a maioria tem hábitat</p><p>terrestre úmido ou aquático dulcícola. Como acontece com</p><p>os oligoquetos, o plano corporal básico pouco varia entre</p><p>as espécies. O representante mais conhecido é a sangues-</p><p>suga, um ectoparasita de vertebrados que se locomove</p><p>sobre superfícies sólidas usando suas ventosas (anterior e</p><p>posterior) como pontos adesivos de fixação.</p><p>As sanguessugas apresentam o corpo segmentado desprovido de cerdas.</p><p>fr</p><p>a</p><p>n</p><p>k</p><p>6</p><p>0</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>2.5 Papel ecológico e médico</p><p>As minhocas, em razão de sua constante movimentação</p><p>e da ingestão de solo, criam túneis e galerias que favorecem</p><p>a entrada</p><p>de água e a aeração do solo. Além disso, a libe-</p><p>ração de resíduos de sua digestão aumenta a quantidade</p><p>de matéria orgânica no solo, tornando-o mais fértil para o</p><p>cultivo de diversos tipos de planta de interesse ambiental</p><p>e econômico.</p><p>Algumas espécies de minhoca podem também servir</p><p>de indicadores de poluição. Isso porque elas apresentam</p><p>grande sensibilidade a alterações de uso e manejo do solo,</p><p>como o emprego de agrotóxicos.</p><p>Algumas espécies de sanguessuga são utilizadas na</p><p>medicina alternativa para auxiliar processos de regeneração</p><p>de tecidos com problemas relacionados à falta de irrigação</p><p>sanguínea. As sanguessugas produzem uma substância an-</p><p>ticoagulante, a hirudina, que facilita o processo de sucção</p><p>de sangue no momento de sua alimentação. Essa substân-</p><p>cia pode ser muito útil em diversos tipos de tratamento</p><p>médico que visam à dissolução de coágulos sanguíneos, à</p><p>diminuição de varizes e à prevenção de ataques cardíacos</p><p>e de acidentes vasculares cerebrais.</p><p>Minhocas auxiliam o processo de aeração e fertilização do solo.</p><p>Sanguessugas sendo utilizadas em tratamento médico.</p><p>K</p><p>ri</p><p>t</p><p>L</p><p>e</p><p>o</p><p>n</p><p>iz</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>k</p><p>a</p><p>s</p><p>e</p><p>r2</p><p>2</p><p>1</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 59P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 59 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>60</p><p>1 (UFRGS-RS) Observe a tira abaixo.</p><p>Aula 18</p><p>E S T U D O O R I E N T A D O – E X E R C Í C I O S</p><p>Assinale com V (Verdadeiro) ou F (Falso) as afirmações abaixo, sobre anelídeos.</p><p>( ) A minhoca e os outros anelídeos têm sistema circulatório fechado.</p><p>( ) A absorção de gás oxigênio e a eliminação de gás carbônico pelas minhocas são efetuadas pela superfície corporal,</p><p>caracterizando a respiração cutânea.</p><p>( ) A excreção da minhoca e de outros anelídeos é realizada por metanefrídeos, e o principal produto de excreção é a ureia.</p><p>( ) Os anelídeos têm reprodução sexuada.</p><p>A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é</p><p>a) F – V – V – F. b) V – F – V – F. c) F – V – F – V. d) F – F – V – V. e) V – V – F – V.</p><p>c) São crustáceos – considerados predadores ativos das</p><p>cadeias tróficas –, capazes de metabolizar e excretar</p><p>elevadas taxas de arsênico e chumbo.</p><p>d) São crustáceos – considerados bentônicos filtradores</p><p>– tolerantes à poluição e capazes de bioacumular ele-</p><p>vadas taxas de arsênico e chumbo.</p><p>3 (Uece) Em relação aos moluscos, escreva V ou F con-</p><p>forme seja verdadeiro ou falso o que se afirma nos itens</p><p>abaixo.</p><p>( ) Na boca dos moluscos, com exceção dos bivalves,</p><p>existe a rádula que é formada por dentículos quitino-</p><p>sos com os quais raspam o alimento.</p><p>( ) Os cefalópodes respiram por brânquias e apresentam</p><p>cabeça muito desenvolvida e tentáculos.</p><p>( ) A característica principal dos bivalves é a presença</p><p>de concha externa e articulada, formada por duas</p><p>valvas articuladas que protegem o animal.</p><p>( ) Os gastrópodes constituem o grupo mais diversifica-</p><p>do de moluscos e possuem representantes como ca-</p><p>racóis, caramujos, polvos e lesmas.</p><p>Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:</p><p>a) V, V, V, F.</p><p>b) V, F, V, F.</p><p>c) F, V, F, V.</p><p>d) F, F, F, V.</p><p>R</p><p>e</p><p>p</p><p>ro</p><p>d</p><p>u</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>/U</p><p>F</p><p>R</p><p>G</p><p>S</p><p>,</p><p>2</p><p>0</p><p>2</p><p>2</p><p>.</p><p>2 (Unicamp-SP)</p><p>“Eu estava tão fraca, meu corpo estava tão debilitado,</p><p>que pensava: só quero terminar a obra antes de morrer”, re-</p><p>latou a artista plástica Gillian Genser durante a confecção</p><p>da escultura que representaria Adão. Nessa obra, a artista</p><p>utilizou conchas de mexilhão-azul, que vive nas águas da</p><p>costa Atlântica do Canadá. Mas durante a criação da obra,</p><p>a artista apresentou sintomas de demência severa, dores</p><p>que a imobilizavam, problemas de fala, desorientação es-</p><p>pacial, perda de memória. Foi diagnosticada com envene-</p><p>namento por arsênico e por chumbo, apesar de dizer aos</p><p>especialistas que não trabalhava com materiais tóxicos,</p><p>apenas naturais.</p><p>(Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-46908197.</p><p>Acessado em 11/06/2021.)</p><p>Considerando o relato da reportagem e seus conhecimen-</p><p>tos, assinale a alternativa correta sobre os mexilhões.</p><p>a) São moluscos bivalves – considerados predadores ati-</p><p>vos das cadeias tróficas –, capazes de metabolizar e</p><p>excretar elevadas taxas de arsênico e chumbo.</p><p>b) São moluscos bivalves – considerados bentônicos fil-</p><p>tradores – tolerantes à poluição e capazes de bioacu-</p><p>mular elevadas taxas de arsênico e chumbo.</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 60P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 60 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>61</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>1</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>4 (Famerp-SP) Os moluscos formam um dos maiores e mais</p><p>diversificados filos de animais. Analise o cladograma que</p><p>mostra as relações hipotéticas entre algumas classes de</p><p>Mollusca.</p><p>b) raspam com a rádula a superfície do substrato mari-</p><p>nho.</p><p>c) trituram com dentes calcários outros animais menores.</p><p>d) filtram partículas de alimento na água circundante.</p><p>e) circulam a água pelos canais do sistema ambulacrário.</p><p>7 (FCMSCSP) A figura ilustra uma parte do corpo de um</p><p>animal que vive em terra úmida. Em destaque estão as</p><p>estruturas importantes para a osmorregulação.</p><p>E S T U D O O R I E N T A D O – E X E R C Í C I O S</p><p>Gastropoda Cephalopoda Bivalvia Scaphopoda</p><p>Sistema circulatório</p><p>fechado</p><p>Cabeça bem</p><p>desenvolvida</p><p>Cabeça reduzida</p><p>Perda da rádula</p><p>Rádula</p><p>Pé muscular</p><p>Manto</p><p>a) Os moluscos apresentam que tipo de simetria? Cite um</p><p>animal que pertence à classe Cephalopoda.</p><p>b) Qual a função da rádula nos moluscos que apresentam</p><p>esse órgão? A rádula é considerada um órgão homólo-</p><p>go ou análogo entre os grupos do cladograma? Justi-</p><p>fique sua resposta com base no cladograma.</p><p>5 (Faculdade Albert Einstein – Medicina) Um garoto montou</p><p>dois ecossistemas em recipientes fechados, ambos com</p><p>terra úmida e um pequeno pé de alface. Em um deles foram</p><p>colocadas também algumas lesmas e no outro, algumas</p><p>minhocas. Os recipientes foram mantidos em ambientes</p><p>com temperatura, umidade e luminosidade adequadas à</p><p>sua manutenção. Depois de algumas semanas, verificou-se</p><p>que o pé de alface</p><p>a) foi beneficiado no ecossistema com lesmas e prejudi-</p><p>cado no ecossistema com minhocas.</p><p>b) foi beneficiado pelos animais nos dois ecossistemas.</p><p>c) foi prejudicado pelos animais nos dois ecossistemas.</p><p>d) foi beneficiado no ecossistema com minhocas e preju-</p><p>dicado no ecossistema com lesmas.</p><p>e) não foi impactado pela presença dos animais em ne-</p><p>nhum dos ecossistemas.</p><p>6 (Unesp-SP)</p><p>Os microplásticos representam aproximadamente</p><p>92,4% da contagem global de partículas de lixo plástico.</p><p>Estes pequenos plásticos de até 5 mm de tamanho estão</p><p>entrando no ambiente marinho, contaminando um siste-</p><p>ma já vulnerável.</p><p>(www.arocha.org. Adaptado.)</p><p>Os mexilhões estão entre os invertebrados marinhos dire-</p><p>tamente afetados pela presença de partículas de micro-</p><p>plásticos nas águas, uma vez que, para se alimentarem,</p><p>a) capturam micropartículas batendo os flagelos dos</p><p>coanócitos.</p><p>a) Cite o filo a que pertence o animal dessa figura. Como</p><p>se denomina a condição da organização interna, que</p><p>se repete ao longo do eixo anteroposterior, do corpo</p><p>desse animal?</p><p>b) Cite o nome do líquido apontado na figura pela letra X.</p><p>Qual a vantagem desse líquido no corpo do animal em</p><p>questão?</p><p>8 (UEM-PR) Sobre os animais, assinale o que for correto.</p><p>01) Os animais do filo Porifera apresentam digestão ex-</p><p>tracelular na espongiocele, que ocorre por meio de</p><p>enzimas produzidas pelos nematocistos.</p><p>02) As principais novidades evolutivas apresentadas pelos</p><p>nematoides, em comparação com os platelmintos,</p><p>foram uma cavidade interna denominada “pseudoce-</p><p>loma” e um sistema digestório completo.</p><p>04) Os animais do filo Mollusca não apresentam sistema</p><p>digestório completo, de forma que a sua digestão é</p><p>processada por meio de uma bolsa enzimática.</p><p>08) Poliquetos são artrópodos,</p><p>caminham e se conta-</p><p>minam pela invasão de larvas na pele.</p><p>A fim de facilitar a familiarização a respeito dos parasitas e seu ciclos, recomendamos que reproduza</p><p>ou utilize como referência, para a esquematização na lousa ou para projetar, as ilustrações do Caderno do</p><p>Aluno.</p><p>Em outro boxe Para saber mais, na seção Estudo orientado – Aprofundando o conhecimento, é apre-</p><p>sentada a história de Jeca Tatu. Sugerimos fazer referências a ela quando tratar da ancilostomose, abor-</p><p>dando a questão histórica e literária que envolve a doença no Brasil.</p><p>Os vídeos indicados no boxe a seguir apresentam diferentes formas de linguagem empregadas em</p><p>campanhas de educação e prevenção de parasitoses. Recomendamos sugerir aos estudantes que assistam</p><p>aos vídeos e avaliem as campanhas, dando atenção à linguagem falada e visual, à caracterização dos per-</p><p>sonagens, à capacidade de atingir os públicos-alvo, entre outros aspectos.</p><p>#cultura_digital</p><p>Vídeo didático, produzido pela Universidade de Pernambuco, que ensina o que é o amarelão, o ciclo da</p><p>doença e sua profilaxia.</p><p>EDUCAÇÃO em saúde (Parasitologia) – Ancilostomose. Vídeo (3min6s). Publicado pelo canal UPE nas</p><p>Redes. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yX-TUarBavs. Acesso em: 24 jun. 2022.</p><p>Em uma praça do Brasil, um repentista, uma dupla de médicos e uma senhora animada sacam seus pandeiros,</p><p>viola e sanfona para mostrar, em um cordel musicado, como combater doenças negligenciadas que atingem</p><p>as populações mais pobres do país. As rimas mostram atitudes cotidianas que ajudam a evitar a disseminação</p><p>da filariose linfática.</p><p>FILARIOSE. Vídeo (3min30s). Publicado pelo canal VídeoSaúde, da Fiocruz. Disponível em: https://www.</p><p>youtube.com/watch?v=2CdON45EAH8. Acesso em: 24 jun. 2022.</p><p>Conheça uma maneira eficiente de reduzir a transmissão da filariose por meio de um programa de prevenção</p><p>contra a filariose na Nigéria.</p><p>LYMPHATIC Filariasis Elimination Program: Alleviating Suffering, Ending Shame. Vídeo (4min38s). Publicado</p><p>pelo canal The Carter Center. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=pw7TSYLRrmQ. Acesso</p><p>em: 24 jun. 2022.</p><p>A N O T A Ç Õ E S</p><p>P5_007a009_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod10.indd 9P5_007a009_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod10.indd 9 12/12/2022 17:56:5312/12/2022 17:56:53</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=yX-TUarBavs</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=2CdON45EAH8</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=2CdON45EAH8</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=pw7TSYLRrmQ</p><p>10</p><p>Sugestão de roteiro de aula</p><p>Aula Descrição Anotações</p><p>18</p><p>Moluscos</p><p>Anelídeos</p><p>Desenvolvendo habilidades: 1 e 2</p><p>TM: 1 a 4</p><p>TC: 5 e 6</p><p>TD: 7 e 8</p><p>Extras!: 1 e 2</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>11 O B S E R V A T Ó R I O D E F E N Ô M E N O S B I O L Ó G I C O S A</p><p>Moluscos e anelídeos:</p><p>importantes organismos na</p><p>dinâmica dos ecossistemas</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao fim desta aula, o aluno deve ser capaz de:</p><p>. Objetivo 1: compreender a morfofisiologia dos moluscos e o papel ecológico do grupo.</p><p>. Objetivo 2: analisar as principais características fisiológicas e morfológicas dos anelídeos e com-</p><p>preender suas relações ecológicas mais relevantes.</p><p>Encaminhamento</p><p>Embarque</p><p>O tema desta seção foi inspirado em uma questão do vestibular da Unicamp de 2022, que abordou a</p><p>intoxicação da artista plástica canadense Gillian Genser por metais pesados. Durante anos, a artista utilizou</p><p>conchas de moluscos bivalves para a composição de suas obras. O contato prolongado com os bivalves</p><p>filtradores proporcionou um lento processo de intoxicação, que foi descoberto somente quando o quadro</p><p>de contaminação já estava consolidado. A seguir, há alguns links que explicam a intoxicação sofrida pela</p><p>artista plástica:</p><p>. https://www.washingtonpost.com/nation/2018/12/03/an-artist-suffered-mysterious-symptoms-years-</p><p>then-she-realized-her-sculpture-was-poisoning-her/. Acesso em: 5 out. 2022.</p><p>. https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2018/12/artista-canadense-se-envenena-sem-</p><p>querer-com-propria-obra.html. Acesso em: 5 out. 2022.</p><p>Sugerimos que os trabalhos sejam iniciados com a inusitada situação da artista plástica. Esse fato</p><p>ilustra para os estudantes parte da integração dos processos de poluição ambiental e a vida dos organis-</p><p>mos. Pode ser um bom momento para levantar questões sobre ecologia e poluição ambiental.</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>EMIFCNT03</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>P4_010a012_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod11.indd 10P4_010a012_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod11.indd 10 12/9/22 4:55 PM12/9/22 4:55 PM</p><p>11</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>1</p><p>1</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Aula 18</p><p>Nesta aula, são trabalhados dois grupos de invertebrados, os moluscos e os anelídeos. Para que a aula</p><p>seja plenamente contemplada, há necessidade de uma boa preparação. Devido ao grande volume de con-</p><p>teúdo, sugerimos iniciar com uma breve discussão sobre a resposta da questão envolvendo a artista plás-</p><p>tica intoxicada.</p><p>Após essa discussão inicial, sugerimos explicar aos estudantes que os bivalves são organismos filtra-</p><p>dores e, por esse motivo, acabam retendo muitos tipos de substâncias tóxicas e patógenos, que se acu-</p><p>mulam em seu organismo. Na sequência, podem ser apresentados alguns representantes de moluscos,</p><p>começando com as características morfológicas e, depois, com as fisiológicas. Recomenda-se que se</p><p>passe rapidamente pelos sistemas digestório, respiratório, excretor, nervoso e reprodutor. Os diversos</p><p>modos de reprodução dos moluscos devem ser apenas citados, exatamente devido à grande diversidade</p><p>e especificidade característica de cada classe.</p><p>Sugerimos abordar rapidamente a importância dos moluscos, em tópicos como os elencados a seguir:</p><p>. Alguns moluscos, como os gastrópodes, têm importante papel no ciclo biológico de algumas parasi-</p><p>toses humanas, servindo como hospedeiros intermediários de vermes, como os da esquistossomose.</p><p>. Muitos moluscos são utilizados como organismos bioindicadores de poluição devido às suas carac-</p><p>terísticas morfofisiológicas, como a pele permeável e a respiração branquial. Algumas espécies são</p><p>muito suscetíveis a alterações ambientais.</p><p>. Muitos moluscos, como as ostras, os mexilhões, os polvos, as lulas e os escargots, são utilizados para</p><p>a alimentação humana e têm alto valor gastronômico.</p><p>. Esses animais são parte integrante e fundamental de diversas cadeias alimentares, tanto aquáticas</p><p>quanto terrestres, em várias regiões do mundo.</p><p>. Um exemplo interessante de participação dos moluscos em relações tróficas é a do caramujo-gigan-</p><p>te-africano (Achatina fulica), espécie exótica invasora que foi introduzida no Brasil com o objetivo de</p><p>ser usada para o consumo de escargot, mas não foi bem aceita e acabou tendo muitos indivíduos</p><p>soltos, o que resultou em um problema de bioinvasão.</p><p>. A produção de pérolas pode também ser citada. O boxe a seguir explica de maneira simplificada o</p><p>seu processo de produção.</p><p>A produção de pérolas</p><p>Existem diversas espécies de bivalves que produzem pérolas como resultado de um mecanismo de defesa.</p><p>Esse processo pode ser iniciado quando um corpo estranho, como um grão de areia, penetra no espaço</p><p>entre a concha e o manto (órgão de revestimento). O molusco reveste o corpo invasor com o mesmo mate-</p><p>rial que secreta para fazer a concha (camadas de nácar) e, assim, forma uma pérola. Para atingir um tamanho</p><p>que tenha valor comercial, uma pérola leva cerca de quatro anos para ser formada, dependendo da espécie</p><p>de bivalve.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática da formação de uma pérola no interior de um bivalve.</p><p>Para dar continuidade aos assuntos desta aula, sugerimos apresentar alguns representantes do filo dos</p><p>anelídeos. Se perguntar aos estudantes quais exemplos eles conhecem, provavelmente a minhoca será o</p><p>mais citado. Nesse momento, cabe mostrar o esquema de um oligoqueta, que pode ser projetado ou</p><p>Manto</p><p>Epitélio do</p><p>manto</p><p>Corpo</p><p>estranho</p><p>Concha</p><p>Camada</p><p>e a centopeia é um anelí-</p><p>deo com exoesqueleto. Ambos apresentam circulação</p><p>aberta.</p><p>16) A digestão nas cobras é mais lenta, e isso fornece</p><p>energia aos poucos para seu corpo. Os gaviões, por</p><p>sua vez, por terem a taxa metabólica mais elevada,</p><p>possuem fornecimento de energia mais rápido, resul-</p><p>tante de uma tomada mais frequente de alimento.</p><p>(https://learninglink.oup.com. Adaptado.)</p><p>R</p><p>e</p><p>p</p><p>ro</p><p>d</p><p>u</p><p>•</p><p>‹</p><p>o</p><p>/F</p><p>c</p><p>m</p><p>s</p><p>c</p><p>s</p><p>p</p><p>,</p><p>2</p><p>0</p><p>2</p><p>2</p><p>.</p><p>P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 61P4_042a061_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod11.indd 61 12/9/22 4:53 PM12/9/22 4:53 PM</p><p>62</p><p>Módulo previsto para duas aulas.</p><p>M Ó D U L O</p><p>Artrópodes: o grupo animal</p><p>com maior biodiversidade</p><p>OBSERVATÓRIO DE FENÔMENOS BIOLÓGICOS A</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>. Objetivo 1: conhecer os artrópodes, com ênfase na presença de apêndices articulados e pre-</p><p>sença de exoesqueleto. Caracterizar a morfofisiologia do subfilo Hexapoda (insetos). Aula 19</p><p>. Objetivo 2: caracterizar a morfofisiologia dos subfilos Crustacea, Myriapoda (quilópodes e</p><p>diplópodes) e Chelicerata (classe Arachnida). Aula 20</p><p>Que características permitiram</p><p>o sucesso evolutivo dos</p><p>artrópodes?</p><p>EMBARQUE</p><p>Os zoólogos estimam que existam</p><p>cerca de um bilhão de bilhão (1018) de</p><p>artrópodes vivendo no planeta Terra.</p><p>Aulas 19 e 20</p><p>12</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>Investigação científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>EMIFCNT03</p><p>ANGLO_EM3_C1_BIO_A_</p><p>CA_M12_I001</p><p>Na evolução dos seres vivos, os apêndices dos artrópodes se modificaram e se especializaram</p><p>em diversas funções diferentes, como locomoção, alimentação, captura de presas, inoculação de</p><p>veneno, recepção sensorial, reprodução, defesa, entre outras. A diversidade de formas e estrutu-</p><p>ras especializadas proporcionou ao grupo dos artrópodes uma enorme diversificação em ambien-</p><p>tes variados. Além das espécies aquáticas, os artrópodes se diversificaram no ambiente terrestre,</p><p>seguindo a colonização das plantas terrestres no início do Paleozoico. Registros fósseis indicam</p><p>a presença de artrópodes terrestres há aproximadamente 450 milhões de anos. Mas como esses</p><p>animais foram capazes de atingir tamanho sucesso adaptativo? Quais são suas principais carac-</p><p>terísticas? Quais seus maiores obstáculos para o aumento de sua diversidade biológica?</p><p>Cerca de 85% de todas</p><p>as espécies de animais</p><p>são artrópodes.</p><p>Puttachat Kumkrong/</p><p>Shutterstock</p><p>k</p><p>a</p><p>m</p><p>n</p><p>u</p><p>a</p><p>n</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>R</p><p>H</p><p>J</p><p>P</p><p>h</p><p>to</p><p>to</p><p>s</p><p>/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>O</p><p>lg</p><p>y</p><p>s</p><p>h</p><p>a</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>J</p><p>o</p><p>c</p><p>h</p><p>e</p><p>n</p><p>T</p><p>a</p><p>c</p><p>k</p><p>/A</p><p>la</p><p>m</p><p>y</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>85%</p><p>Artrópodes</p><p>Outros filos</p><p>15%</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 62P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 62 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>63</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>2</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>NESTE MÓDULO</p><p>1 Aspectos gerais dos artrópodes</p><p>. Os artrópodes (Arthropoda, do grego: arthron, articulação e podos, pés) têm corpo</p><p>segmentado, além de pernas e outros apêndices articulados.</p><p>. Moscas, caranguejos, lacraias, centopeias e carrapatos são exemplos de artrópodes.</p><p>Aula 19</p><p>. Os artrópodes habitam todos os tipos de ambiente, como desertos, áreas alagadas, am-</p><p>bientes marinho e dulcícola, interior de cavernas, entre outros.</p><p>2 Estrutura e fisiologia</p><p>. Apresentam um exoesqueleto rígido e impermeável composto de quitina.</p><p>. Apresentam crescimento condicionado ao exoesqueleto,</p><p>que é regulado pela atividade hormonal.</p><p>. Para que artrópodes possam crescer em tamanho, é ne-</p><p>cessária a ecdise, que é a troca periódica de exoesqueleto.</p><p>. Apresentam tubo digestório unidirecional.</p><p>. Sistema circulatório aberto.</p><p>. Sistema nervoso ganglionar ventral.</p><p>Mosca (A), caranguejo (B),</p><p>lacraia (C), centopeia (D) e</p><p>carrapato (E) são exemplos</p><p>de artrópodes.</p><p>Representação esquemática da anatomia de um</p><p>inseto, mostrando o tubo digestório e os sistemas</p><p>circulatório e nervoso.</p><p>Gráfico mostrando o crescimento</p><p>descontínuo dos artrópodes.</p><p>A B C</p><p>Tempo</p><p>Crescimento</p><p>Mudas ou ecdises</p><p>Tamanho do</p><p>artr—pode</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Tubo digestório</p><p>Sistema circulatório</p><p>Sistema nervoso</p><p>D E</p><p>D</p><p>i-</p><p>T</p><p>ia</p><p>ra</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>fr</p><p>a</p><p>n</p><p>k</p><p>6</p><p>0</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>K</p><p>P</p><p>ix</p><p>M</p><p>in</p><p>in</p><p>g</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>E</p><p>ri</p><p>c</p><p>V</p><p>a</p><p>le</p><p>n</p><p>n</p><p>e</p><p>g</p><p>e</p><p>o</p><p>s</p><p>to</p><p>ry</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>a</p><p>o</p><p>d</p><p>a</p><p>o</p><p>d</p><p>a</p><p>o</p><p>d</p><p>a</p><p>o</p><p>d</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 63P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 63 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>64</p><p>3 Classificação</p><p>. O filo pode ser dividido em cinco subfilos: Trilobitomorpha (extinto), Hexapoda (insetos),</p><p>Crustacea (crustáceos), Myriapoda (quilópodes e diplópodes) e Chelicerata (aracnídeos).</p><p>Aula 20</p><p>. A seguir estão listadas as principais características fisiológicas dos subfilos estudados.</p><p>Insetos Crustáceos Quilópodes Diplópodes Aracnídeos</p><p>Grupo</p><p>Exemplos</p><p>Abelhas, moscas,</p><p>piolhos, baratas,</p><p>borboletas,</p><p>formigas,</p><p>pernilongos</p><p>Caranguejos, siris,</p><p>camarões,</p><p>lagostas, cracas,</p><p>tatuzinhos-de-jardim</p><p>Lacraias Piolhos-de-cobra</p><p>Aranhas, escorpiões,</p><p>ácaros, carrapatos</p><p>Divisões do</p><p>corpo</p><p>Cabeça, tórax e</p><p>abdome</p><p>Cefalotórax e</p><p>abdome</p><p>Cabeça e tronco</p><p>Cabeça, tórax e</p><p>abdome</p><p>Cefalotórax e</p><p>abdome</p><p>Número de</p><p>pernas</p><p>3 pares de pernas 5 pares de pernas</p><p>1 par de pernas por</p><p>segmento do tronco</p><p>2 pares de pernas</p><p>por segmento do</p><p>abdome</p><p>4 pares de pernas</p><p>Presença de</p><p>antenas</p><p>1 par de antenas 2 pares de antenas 1 par de antenas 1 par de antenas Antenas ausentes</p><p>Respiração Traqueal Branquial Traqueal Traqueal</p><p>Traqueal e</p><p>filotraqueal</p><p>Excreção Túbulos de Malpighi</p><p>Glândulas antenais</p><p>ou verdes</p><p>Túbulos de Malpighi Túbulos de Malpighi</p><p>Túbulos de Malpighi</p><p>e glândulas coxais</p><p>Reprodução</p><p>Dioicos, com</p><p>fecundação interna</p><p>e desenvolvimento</p><p>direto ou indireto</p><p>Maioria dioica, com</p><p>fecundação interna</p><p>e desenvolvimento</p><p>indireto</p><p>Maioria dioica com</p><p>fecundação interna</p><p>Maioria dioica com</p><p>fecundação interna</p><p>Dioicos, com</p><p>fecundação interna</p><p>e desenvolvimento</p><p>direto</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cladograma mais aceito atualmente da relação filogenética dos subfilos de Arthropoda.</p><p>Trilobitomorpha</p><p>(extinto) Chelicerata Myriapoda Crustacea Hexapoda</p><p>Quelíceras</p><p>Cabeça</p><p>e tronco</p><p>Larva</p><p>náuplio Cabeça, tórax</p><p>e abdome</p><p>Mandíbula</p><p>Ancestral</p><p>ir</p><p>in</p><p>-k</p><p>/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>O</p><p>z</p><p>g</p><p>u</p><p>r</p><p>C</p><p>o</p><p>s</p><p>k</p><p>u</p><p>n</p><p>/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>SUCHARUT CHOUNYOO/</p><p>Shutterstock</p><p>k</p><p>a</p><p>m</p><p>n</p><p>u</p><p>a</p><p>n</p><p>/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>A</p><p>n</p><p>to</p><p>n</p><p>K</p><p>o</p><p>z</p><p>y</p><p>re</p><p>v</p><p>/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>G</p><p>u</p><p>il</p><p>le</p><p>rm</p><p>o</p><p>G</p><p>u</p><p>e</p><p>ra</p><p>o</p><p>S</p><p>e</p><p>rr</p><p>a</p><p>/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>ir</p><p>in</p><p>-k</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Joanna Zopoth-Lipiejko/</p><p>Shutterstock</p><p>Vitalii Hulai/Shutterstock</p><p>wacpan/Shutte</p><p>rstock</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 64P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 64 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>65</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>2</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>4 Aspectos econômico, ecológico e médico</p><p>. Diversas espécies de insetos atuam como polinizadores e participam de cadeias alimentares.</p><p>. Espécies de abelhas e mariposas são responsáveis pela produção de mel e seda. Muitas</p><p>são pragas agrícolas e podem gerar prejuízos às lavouras. Além disso, são muito utilizados</p><p>na gastronomia de diversas culturas.</p><p>. Vários artrópodes são peçonhentos e muitos outros são capazes de transmitir doenças</p><p>aos seres humanos.</p><p>1 Cerca de 85% de todas as espécies animais conhecidas atualmente fazem parte do filo Arthropoda, ou seja, a arquitetura</p><p>corporal dos animais desse grupo é a mais comumente encontrada em todo o reino animal. Os artrópodes são organismos</p><p>que habitam praticamente todos os ambientes e regiões do planeta.</p><p>a) Descreva duas adaptações dos artrópodes que permitiram seu grande sucesso evolutivo.</p><p>Os artrópodes têm exoesqueleto de quitina, um polissacarídeo estrutural insolúvel em água e muito resistente, que confere proteção e resistência aos artrópodes.</p><p>Além disso, apresentam diversos apêndices articulados, como as pernas e as peças bucais, que permitem que os artrópodes explorem diferentes ambientes e</p><p>fontes de alimento.</p><p>b) Aponte e justifique ao menos dois pontos negativos associados aos aspectos morfofisiológicos dos artrópodes.</p><p>Por possuírem um exoesqueleto rígido, os artrópodes dependem de ecdises periódicas para crescer. Dessa maneira, seu crescimento é descontínuo, regulado pela</p><p>atividade do hormônio ecdisona. Durante a ecdise, o novo exoesqueleto se apresenta menos rígido e, nesse momento, o artrópode se torna vulnerável ao ataque</p><p>de predadores. Outro aspecto que pode ser considerado negativo é a presença de sistema circulatório aberto, no qual a velocidade de circulação da hemolinfa é</p><p>baixa. Essa característica limita o aumento das dimensões corpóreas desses animais.</p><p>c) O esquema a seguir ilustra o processo de metamorfose em um inseto. Julgue a frase a seguir: A metamorfose proporcio-</p><p>na chances maiores de manutenção e perpetuação dos indivíduos de determinada espécie de insetos.</p><p>A frase está correta. No caso das borboletas e mariposas, durante a metamorfose completa há uma série de alterações morfológicas e fisiológicas, entre elas a</p><p>mudança do hábito alimentar. Enquanto as larvas se alimentam de folhas, os adultos se alimentam de néctar. A ocupação de diferentes nichos ecológicos impede a</p><p>competição entre a larva e o adulto. Dessa maneira, as chances de sobrevivência são maiores.</p><p>Aula 19</p><p>D</p><p>a</p><p>ri</p><p>a</p><p>U</p><p>s</p><p>ti</p><p>u</p><p>g</p><p>o</p><p>v</p><p>a</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>DESENVOLVENDODESENVOLVENDO HABILIDADESDESENVOLVENDODESENVOLVENDO</p><p>Representação esquemática da</p><p>metamorfose de uma borboleta.</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 65P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 65 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>66</p><p>DESENVOLVENDODESENVOLVENDO HABILIDADESDESENVOLVENDODESENVOLVENDO</p><p>2 Segundo o entomólogo Thomas Eisner, da Universidade</p><p>de Cornell: “os insetos não vão herdar a Terra. Eles já a</p><p>possuem, então devemos tratar de ficar em paz com os</p><p>proprietários”.</p><p>Essa frase deixa evidente que muitas vezes nossa relação</p><p>com os insetos e outros artrópodes pode não ser a mais</p><p>harmoniosa possível. Porém, esses organismos desempe-</p><p>nham diversos serviços ambientais que auxiliam outras</p><p>espécies, inclusive a humana.</p><p>a) Descreva dois benefícios ambientais promovidos pelos</p><p>insetos.</p><p>Os insetos polinizam diversas espécies de angiospermas. Podem também</p><p>ser aplicados em técnicas de controle biológico, diminuindo, dessa forma,</p><p>o uso de pesticidas.</p><p>b) Descreva dois prejuízos ocasionados pelos insetos, com</p><p>destaque para os danos aos humanos e a outras espé-</p><p>cies. Na sequência, aponte duas alternativas para a</p><p>solução dos possíveis problemas.</p><p>O crescimento de insetos considerados pragas em áreas de lavouras pode</p><p>causar prejuízos aos agricultores. Outro problema possível é o aumento da</p><p>quantidade de insetos vetores de diversas doenças, como dengue, febre</p><p>amarela, malária e doença de Chagas. As soluções seriam, inicialmente, o</p><p>emprego de espécies nativas predadoras das pragas e a diversificação das</p><p>culturas agrícolas (reduzindo a monocultura). Esse procedimento</p><p>certamente reduz a incidência de pragas na agricultura.</p><p>A diminuição do desmatamento e do desflorestamento também ajuda a</p><p>reduzir a quantidade de insetos vetores de diversas doenças. Não deixar</p><p>água parada, utilizar telas e mosquiteiros, além de repelentes e inseticidas,</p><p>também são métodos que contribuem para controlar os vetores</p><p>artrópodes.</p><p>c) Classificados em mais de 30 ordens diferentes, os in-</p><p>setos possuem uma grande variedade de formas e pa-</p><p>drões. Descreva como o processo de trocas gasosas</p><p>permite o desenvolvimento dos insetos com elevada</p><p>taxa metabólica e dimensões que podem atingir cerca</p><p>de 30 cm de comprimento.</p><p>Os insetos apresentam um sistema respiratório traqueal. Esse tipo de</p><p>sistema é formado por um conjunto de túbulos, que se ramificam pelo</p><p>corpo do animal. O gás oxigênio entra nos ramos da região abdominal</p><p>através de aberturas denominadas espiráculos e se difunde diretamente</p><p>para os tecidos corpóreos, sem a participação do sistema circulatório. Isso</p><p>permite que as trocas gasosas sejam feitas diretamente com as células,</p><p>o que mantém as altas taxas metabólicas desses animais.</p><p>O besouro Titaneus giganteus pode atingir até 30 cm de comprimento.</p><p>P</p><p>e</p><p>tr</p><p>M</p><p>u</p><p>c</p><p>k</p><p>s</p><p>te</p><p>in</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 66P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 66 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>67</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>2</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>3 O acompanhamento da biodiversidade de regiões pertur-</p><p>badas é importante para garantir a preservação da comu-</p><p>nidade de seres vivos que vivem no local. Um grupo de</p><p>pesquisadores realizou o levantamento da biodiversidade</p><p>de artrópodes em um fragmento de Mata Atlântica. O</p><p>período de coleta durou dois dias e, ao final desse perío-</p><p>do, foram capturados: 12 besouros, 6 aranhas, 4 libélulas,</p><p>5 besouros, 7 escorpiões, 3 lacraias, 8 piolhos-de-cobra,</p><p>4 tatuzinhos-de-jardim e 21 carrapatos.</p><p>a) Um dos pesquisadores encontrou um exemplar bem</p><p>interessante. Ele possuía 6 pernas articuladas, não tinha</p><p>antenas e apresentava o corpo dividido em cefalotórax</p><p>e abdome. Cite a subordem a que esse animal perten-</p><p>ce e apresente o aspecto discordante em relação aos</p><p>aspectos morfológicos presentes nessa subordem. Crie</p><p>uma hipótese para tal discordância.</p><p>A subordem é a dos aracnídeos. O aspecto discordante é o número de</p><p>pernas articuladas, pois os aracnídeos possuem 4 pares. Uma hipótese</p><p>possível seria a perda de duas pernas por luta com um predador ou com</p><p>uma presa.</p><p>b) Dos animais encontrados, apenas um pertence ao sub-</p><p>filo dos crustáceos. Escreva como esses organismos</p><p>conseguem realizar suas trocas gasosas fora do am-</p><p>biente aquático.</p><p>O único crustáceo capturado é o tatuzinho-de-jardim. Esse animal respira</p><p>por meio de brânquias e vive em ambiente terrestre úmido.</p><p>c) A partir da soma da quantidade de insetos coletados,</p><p>indique quantos pares de pernas articuladas os pesqui-</p><p>sadores conseguiram analisar.</p><p>Os pesquisadores conseguiram analisar 63 pares de pernas.</p><p>Os 12 besouros, 4 libélulas e 5 besouros totalizam 21 exemplares, sendo</p><p>que cada um deles possui 3 pares de pernas, totalizando, portanto,</p><p>63 pares.</p><p>4 Os carrapatos são ectoparasitas que podem transmitir aos</p><p>seres humanos uma doença conhecida como febre ma-</p><p>culosa. Essa doença é causada pela bactéria Rickettsia</p><p>rickettsii e, se não for tratada, pode levar à morte o indi-</p><p>víduo contaminado. Aranhas e escorpiões são responsá-</p><p>veis por diversos tipos de acidentes com seres humanos.</p><p>A seguir, estão os dados fornecidos pelo governo do</p><p>Distrito Federal e neles fica evidente que a maior parte</p><p>dos acidentes é provocada por escorpiões.</p><p>a) Apresente o nome do grupo no qual os escorpiões</p><p>estão classificados. Cite duas características observá-</p><p>veis em um escorpião que permitem chegar a essa</p><p>conclusão.</p><p>Esse animal pertence à classe dos aracnídeos. A presença de 4 pares de</p><p>pernas e a ausência de antenas são características que permitem</p><p>classificá-lo como um aracnídeo.</p><p>b) Apresente duas condições que contribuem para a ocor-</p><p>rência de escorpiões em ambientes urbanos. Explique</p><p>também de que forma os escorpiões utilizam o</p><p>aguilhão.</p><p>Ambientes escuros, presença de buracos, frestas em paredes, janelas,</p><p>portas e ralos oferecem hábitat para os escorpiões; locais onde existe</p><p>entulho e sem limpeza adequada favorecem a presença de insetos, que</p><p>servem de alimento para os escorpiões. Os escorpiões utilizam o aguilhão</p><p>em reação de defesa, rituais de cortejo e na captura de seu alimento,</p><p>imobilizando</p><p>sua presa.</p><p>c) Em algumas espécies de escorpião, os machos cuidam</p><p>dos ovos. Em experimentos laboratoriais, quando fê-</p><p>meas foram colocadas em situação de escolha de um</p><p>macho para cópula, elas escolheram aqueles que esta-</p><p>vam cuidando de ovos. Qual seria a vantagem adapta-</p><p>tiva desse comportamento de escolha de machos cui-</p><p>dadores de ovos?</p><p>A cópula com machos que cuidam dos ovos aumenta a chance de</p><p>sobrevivência dos filhotes, possibilitando maior sucesso reprodutivo da</p><p>espécie.</p><p>Aula 20</p><p>DESENVOLVENDODESENVOLVENDO HABILIDADESDESENVOLVENDODESENVOLVENDO</p><p>Cartaz de conscientização</p><p>em relação aos acidentes</p><p>com animais</p><p>peçonhentos.</p><p>S</p><p>e</p><p>c</p><p>re</p><p>ta</p><p>ri</p><p>a</p><p>d</p><p>a</p><p>S</p><p>a</p><p>ú</p><p>d</p><p>e</p><p>/G</p><p>o</p><p>v</p><p>e</p><p>rn</p><p>o</p><p>d</p><p>o</p><p>D</p><p>is</p><p>tr</p><p>it</p><p>o</p><p>F</p><p>e</p><p>d</p><p>e</p><p>ra</p><p>l</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 67P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 67 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>68</p><p>E X T R AS!</p><p>1 (Unicamp-SP)</p><p>Na cidade de Yogyakarta (Indonésia), foi aplicado um método que usa bactérias Wolbachia em mosquitos. Com isso, re-</p><p>duziram em 77% os casos de dengue. Estudos preliminares com o mesmo método, realizados pela Fundação Oswaldo Cruz</p><p>(Fiocruz), demonstraram resultados promissores com “redução de até 77% dos casos de dengue [...] nas áreas que receberam</p><p>os Aedes aegypti com Wolbachia, quando comparado com áreas que não receberam”. Os resultados sugerem que a bactéria</p><p>Wolbachia compete por recursos e dificulta a replicação do vírus da dengue, sendo, então, menos provável que o mosquito</p><p>cause a infecção quando pica alguém.</p><p>(Fonte: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2021/06/11/infeccao-por-dengue-cai-77percent-em-teste-com-bacteria-em-mosquito-aedes-aegypti.ghtml. Acessado em 13/09/2021.)</p><p>a) Considerando as informações apresentadas no enunciado, qual é o nome do método de controle de vetores utilizado em</p><p>Yogyakarta para redução dos casos de dengue? Cite duas vantagens desse método.</p><p>b) A malária é transmitida pela picada do mosquito do gênero Anopheles e sabe-se que 99% dos casos são registrados na região</p><p>amazônica*. Explique um fator ambiental que favoreça a manutenção do ciclo de transmissão nessa região. Assim como</p><p>muitos outros insetos, os mosquitos dos gêneros Anopheles e Aedes possuem uma característica morfológica que lhes per-</p><p>mitiu a colonização e a ampla distribuição geográfica. Qual é essa característica morfológica? Justifique a sua resposta.</p><p>(*Fonte: http://portal.fiocruz.br/noticia/malaria-regiao-amazonica-concentra-99-dos-casos-no-brasil. Acessado em 17/09/2021.)</p><p>2 (Famema-SP) Analise o cladograma que relaciona os principais grupos de artrópodes.</p><p>a) Todos os animais representados realizam a muda ou ecdise. Em que consiste a muda e qual a importância desse fenôme-</p><p>no para esses animais?</p><p>b) Em relação ao cladograma, qual número melhor indicaria o surgimento da grande variação em tipos de apêndices bucais?</p><p>Justifique por que esses artrópodes constituem um grupo com grande biodiversidade.</p><p>3 (UEL-PR) Leia o texto a seguir.</p><p>“O carrapato estrela (Amblyomma cajennense), o mesmo que transmite a febre maculosa, também é vetor da bactéria Bor-</p><p>relia burgdorferi, que causa a Síndrome de Baggio-Yoshinari (SBY), uma doença infecciosa que foi registrada pela primeira vez</p><p>na região de Londrina, popularmente chamada de Doença de Lyme.” Os possíveis casos de doença de Lyme, em 2017, deixaram</p><p>a população de Londrina em alerta sobre a presença de carrapatos em animais domésticos.</p><p>(Adaptado de: Folha de Londrina. Folha Saúde. 22 maio 2017. Disponível em: . Acesso em: 14 jun. 2017).</p><p>Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, responda aos itens a seguir.</p><p>a) Os carrapatos pertencem a qual filo animal? Cite duas características desse filo.</p><p>b) Informe qual é o agente etiológico, o vetor e o hospedeiro da doença de Lyme, nesse texto.</p><p>Aula 19</p><p>(James Morris et.al. Biology How</p><p>Life works, 2013. Adaptado.)</p><p>Aula 20</p><p>R</p><p>e</p><p>p</p><p>ro</p><p>d</p><p>u</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>/F</p><p>a</p><p>m</p><p>e</p><p>m</p><p>a</p><p>-S</p><p>P,</p><p>2</p><p>0</p><p>1</p><p>9</p><p>.</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 68P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 68 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>69</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>2</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Indique a soma das alternativas corretas</p><p>4 (UEPG-PR) Ao lado está representada a morfologia externa de</p><p>uma aranha. Analise as afirmações e assinale o que for correto.</p><p>01) Em 3, podemos observar a quelícera, uma estrutura afiada</p><p>a qual participa da captura de alimento. As aranhas que</p><p>inoculam a peçonha possuem um par de ferrões conectados</p><p>às glândulas produtoras de veneno localizados na quelícera.</p><p>02) O corpo das aranhas está dividido em cefalotórax ou pro-</p><p>soma 1 e abdome ou opistosoma 2. Apresentam quatro pa-</p><p>res de pernas e não têm antenas.</p><p>04) O pedipalpo 4 ajuda na manipulação da presa e também</p><p>atua como apêndice sensorial.</p><p>08) Na extremidade do opistosoma localiza-se uma estrutura 5</p><p>onde desembocam as glândulas produtoras de seda para</p><p>confecção da teia.</p><p>E X T R A S !</p><p>Material de consulta: Estudo orientado – Capítulo 12 –</p><p>Artrópodes: o grupo animal com maior biodiversidade</p><p>Objetivo de</p><p>aprendizagem</p><p>Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio</p><p>1</p><p>• Leia os itens 1 e 2 da seção</p><p>Neste módulo.</p><p>• Faça as questões 1 a 3 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>• Leia os itens 1, 2 e 2.1 da seção</p><p>Estudo orientado –</p><p>Aprofundando o conhecimento.</p><p>• Faça as questões 4 e 5 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>• Faça as questões 6 e 7 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>2</p><p>• Leia os itens 3 e 4 da seção</p><p>Neste módulo.</p><p>• Faça as questões 8 a 10 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>• Leia os itens 2.2 a 2.4, 3 e 4 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Aprofundando o conhecimento.</p><p>• Faça as questões 11 e 12 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>• Faça as questões 13 e 14 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>Orientação de estudo Sugestão de divisão aula a aula:</p><p>Aula 19: objetivo 1; Aula 20: objetivo 2.</p><p>RETOMANDO...</p><p>Objetivo de aprendizagem 1</p><p>Citar as principais características morfológicas dos artrópodes?</p><p>Descrever as principais dificuldades adaptativas desses organismos?</p><p>Objetivo de aprendizagem 2</p><p>Reconhecer as características que diferenciam os crustáceos dos aracnídeos?</p><p>Descrever os principais aspectos ecológicos dos artrópodes?</p><p>Listar os aspectos importantes para a medicina e para a saúde?</p><p>Citar os principais representantes dos miriápodes?</p><p>Pensando nos conhecimentos adquiridos ao longo do módulo, você consegue:</p><p>Adaptado de: AMABIS, JM; MARTHO, GR. Biologia dos organismos.</p><p>2a ed. Volume 2. Editora Moderna, São Paulo. 2004.</p><p>R</p><p>e</p><p>p</p><p>ro</p><p>d</p><p>u</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>/U</p><p>E</p><p>P</p><p>G</p><p>-P</p><p>R</p><p>,</p><p>2</p><p>0</p><p>1</p><p>7.</p><p>P5_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 69P5_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 69 12/12/2022 18:18:4012/12/2022 18:18:40</p><p>70</p><p>1 Características gerais</p><p>Os artrópodes (Arthropoda, do grego: arthron, articulação e podos, pés) constituem o filo</p><p>mais diverso de todo o reino animal. São organismos cosmopolitas, pois habitam praticamente</p><p>todas as regiões do planeta. Além disso, vivem em todos os tipos de ambiente, como desertos,</p><p>interiores de cavernas, áreas alagadas, ambientes marinhos e dulcícolas. A maioria é de vida livre,</p><p>porém alguns são parasitas, inclusive de seres humanos.</p><p>Esse grupo soma aproximadamente 1 milhão de espécies catalogadas, número que supera</p><p>todos os demais grupos animais reunidos. São representantes de artrópodes a abelha, o mosqui-</p><p>to, a joaninha, a borboleta, a formiga, o camarão, o caranguejo, a aranha, o escorpião e tantos</p><p>outros.</p><p>Todos os artrópodes compartilham as seguintes características: pernas e outros apêndices</p><p>(antenas, asas e peças bucais) articulados. É importante notar que algumas dessas características,</p><p>como asas e antenas, não necessariamente estão presentes em</p><p>todos os grupos, mas o nome do</p><p>filo está relacionado à característica dos apêndices articulados. Os artrópodes apresentam o</p><p>exoesqueleto de quitina, um polissacarídeo, e o corpo segmentado. Esse conjunto de caracte-</p><p>rísticas contribuiu para o sucesso adaptativo desses organismos em diferentes tipos de ambiente,</p><p>o que é evidenciado pelo grande número de espécies.</p><p>Aula 19</p><p>Artrópodes: o grupo animal com</p><p>maior biodiversidade</p><p>E S T U D O O R I E N TA D O – A P R O F U N D A N D O O C O N H E C I M E N T O</p><p>12C</p><p>A</p><p>P</p><p>Í</p><p>T</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>Representação artística</p><p>fazendo uma analogia entre</p><p>a diversidade de apêndices</p><p>articulados dos artrópodes e</p><p>a diversidade de funções de</p><p>um canivete suíço.</p><p>R</p><p>e</p><p>p</p><p>ro</p><p>d</p><p>u</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>/S</p><p>h</p><p>a</p><p>p</p><p>e</p><p>o</p><p>f</p><p>L</p><p>if</p><p>e</p><p>/S</p><p>e</p><p>a</p><p>S</p><p>tu</p><p>d</p><p>io</p><p>s</p><p>F</p><p>o</p><p>u</p><p>n</p><p>d</p><p>a</p><p>ti</p><p>o</p><p>n</p><p>R</p><p>e</p><p>p</p><p>ro</p><p>d</p><p>u</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>/S</p><p>h</p><p>a</p><p>p</p><p>e</p><p>o</p><p>f</p><p>L</p><p>if</p><p>e</p><p>/S</p><p>e</p><p>a</p><p>S</p><p>tu</p><p>d</p><p>io</p><p>s</p><p>F</p><p>o</p><p>u</p><p>n</p><p>d</p><p>a</p><p>ti</p><p>o</p><p>n</p><p>R</p><p>e</p><p>p</p><p>ro</p><p>d</p><p>u</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>/S</p><p>h</p><p>a</p><p>p</p><p>e</p><p>o</p><p>f</p><p>L</p><p>if</p><p>e</p><p>/S</p><p>e</p><p>a</p><p>S</p><p>tu</p><p>d</p><p>io</p><p>s</p><p>F</p><p>o</p><p>u</p><p>n</p><p>d</p><p>a</p><p>ti</p><p>o</p><p>n</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 70P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 70 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>71</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>2</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Apesar de proporcionar diversas vantagens adaptativas, o exoesqueleto rígido limita o cres-</p><p>cimento dos artrópodes. Portanto, para crescer, são necessárias a eliminação do antigo exoes-</p><p>queleto e a produção de outro, inicialmente menos rígido, caracterizando um processo de mudas</p><p>periódicas ou ecdise. O hormônio ecdisona atua na regulação desse processo.</p><p>Tempo</p><p>Crescimento</p><p>Mudas ou ecdises</p><p>Tamanho do</p><p>artrópode</p><p>A</p><p>Gráfico mostrando o padrão de crescimento descontínuo em artrópodes (A) e fotografia mostrando o momento em que uma cigarra</p><p>sai do seu antigo exoesqueleto (B).</p><p>A B</p><p>A presença de corpo segmentado (metamerizado), entre outras vantagens, facilita a movi-</p><p>mentação do animal em diversos tipos de ambiente.</p><p>Os ancestrais dos artrópodes apresentavam uma estrutura corporal muito semelhante ao</p><p>padrão encontrado nos anelídeos, ou seja, um corpo segmentado. Ao longo de milhões de anos,</p><p>ocorreu um processo de fusão de segmentos, gerando regiões diferenciadas e muitas vezes es-</p><p>pecializadas na realização de certas funções. Essas regiões recebem o nome de tagma e o pro-</p><p>cesso de fusão dos segmentos, tagmatização. Assim, um inseto possui o corpo dividido em três</p><p>tagmas: cabeça, tórax e abdome; já os crustáceos e os aracnídeos apresentam apenas dois tagmas:</p><p>cefalotórax e abdome.</p><p>Os artrópodes também compartilham algumas características fisiológicas, como sistema di-</p><p>gestório completo (unidirecional), sistema circulatório aberto (a hemolinfa que circula nos vasos</p><p>também banha as células) e sistema nervoso ganglionar ventral.</p><p>O modo como os artrópodes realizam as trocas gasosas, a eliminação de excretas e a repro-</p><p>dução varia de acordo com a espécie.</p><p>2 Classificação</p><p>As interpretações filogenéticas para o filo dos artrópodes variam entre os zoólogos e, por</p><p>isso, diferentes classificações já foram propostas para o grupo. Neste material adotaremos a pro-</p><p>posta que divide os artrópodes em cinco subfilos, que compartilham um ancestral comum:</p><p>Trilobitomorpha (trilobitos, extintos), Hexapoda, Crustacea, Myriapoda e Cheliceriformes. Desses</p><p>subfilos, estudaremos os seguintes clados: parte dos Hexapoda (insetos), os crustáceos, dois</p><p>grupos de Myriapoda (diplópodes e quilópodes) e parte dos Cheliceriformes (aracnídeos).</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática da</p><p>anatomia de um inseto, mostrando</p><p>o tubo digestório e os sistemas</p><p>circulatório e nervoso.</p><p>Tubo digestório</p><p>Sistema circulatório</p><p>Sistema nervoso</p><p>T</p><p>a</p><p>c</p><p>io</p><p>P</p><p>h</p><p>il</p><p>ip</p><p>S</p><p>a</p><p>n</p><p>s</p><p>o</p><p>n</p><p>o</p><p>v</p><p>s</p><p>k</p><p>i/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 71P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 71 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>72</p><p>Crustáceos: camarão, krill, lagosta, paguro (caranguejo-ermitão).</p><p>Observe no esquema a seguir alguns representantes de cada subfilo.</p><p>2.1 Insecta</p><p>Este é o grupo de animais com o maior número de espécies descritas; estima-se que existam</p><p>mais de 900 mil espécies de insetos já catalogados. Os insetos são predominantemente terrestres,</p><p>porém muitas espécies são encontradas em ambientes aquáticos. São representantes dessa clas-</p><p>se: formigas, libélulas, baratas, abelhas, gafanhotos, entre outros.</p><p>Estrutura e fisiologia</p><p>Os insetos apresentam o corpo dividido em cabeça,</p><p>tórax e abdome. Possuem três pares de pernas e um par de</p><p>antenas. Muitas espécies têm asas, o que lhes confere uma</p><p>vantagem na obtenção de alimentos, na fuga de predadores</p><p>e na rápida dispersão em grandes áreas.</p><p>Nutrição e digestão</p><p>Apresentam sistema digestório completo (unidirecio-</p><p>nal) e grande diversidade de aparelhos bucais, o que possi-</p><p>bilita a ingestão de diversos tipos de alimento. Baratas, ga-</p><p>fanhotos, besouros e cupins, por exemplo, possuem peças</p><p>bucais adaptadas para a mastigação. Já as borboletas têm uma longa estrutura enrolada em</p><p>espiral, que possibilita a elas sugar o néctar das flores. Outros insetos, como os barbeiros (trans-</p><p>missores da doença de Chagas), os borrachudos e os mosquitos, têm o aparelho bucal especia-</p><p>lizado em perfurar e sugar.</p><p>Respiração e circulação</p><p>Mesmo tendo um sistema circulatório aberto, no qual a hemolinfa circula em baixa velocida-</p><p>de e baixa pressão, os insetos apresentam uma alta atividade metabólica. Isso é possível em de-</p><p>corrência de um sistema respiratório traqueal, formado por um conjunto de túbulos, que se ra-</p><p>mificam no corpo do animal. O gás oxigênio entra nos ramos da região abdominal e se</p><p>Insetos: besouro, piolho, vespa, formiga.</p><p>Quilópodes: lacraia.</p><p>Diplópodes: piolho-de-cobra.</p><p>Aracnídeos: escorpião, aranha, carrapato.</p><p>w</p><p>a</p><p>c</p><p>p</p><p>a</p><p>n</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>k</p><p>a</p><p>m</p><p>n</p><p>u</p><p>a</p><p>n</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>S</p><p>U</p><p>C</p><p>H</p><p>A</p><p>R</p><p>U</p><p>T</p><p>C</p><p>H</p><p>O</p><p>U</p><p>N</p><p>Y</p><p>O</p><p>O</p><p>/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>y</p><p>a</p><p>rr</p><p>b</p><p>u</p><p>s</p><p>h</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>M</p><p>a</p><p>c</p><p>ro</p><p>n</p><p>a</p><p>tu</p><p>ra</p><p>.e</p><p>s</p><p>/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>AbdomeTóraxCabeça</p><p>Morfologia externa de uma formiga.</p><p>A</p><p>n</p><p>d</p><p>re</p><p>y</p><p>P</p><p>a</p><p>v</p><p>lo</p><p>v</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 72P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 72 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>73</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>2</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>difunde diretamente para os tecidos corpóreos, sem a participação do sistema circulatório. Isso</p><p>permite que as trocas gasosas sejam feitas de forma rápida e que sejam mantidas as altas taxas</p><p>metabólicas desses animais.</p><p>Excreção</p><p>A excreção é feita pelos túbulos de Malpighi, que retiram as excretas nitrogenadas da hemo-</p><p>linfa, presente na cavidade do corpo, e as descarregam no intestino.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática de um gafanhoto em vista lateral externa (A) e interna (B) com espiráculos no abdome, com destaque ao</p><p>sistema traqueal (C).</p><p>Espiráculos</p><p>Espiráculo Células dos tecidos</p><p>Traqueia</p><p>O</p><p>2</p><p>CO</p><p>2</p><p>A</p><p>B</p><p>C</p><p>Sistema nervoso</p><p>O sistema nervoso dos insetos é formado basicamente por gânglios ce-</p><p>rebrais (cérebro) localizados na região dorsal e um cordão nervoso ventral,</p><p>com gânglios em cada segmento corporal.</p><p>Os insetos apresentam órgãos sensoriais bastante desenvolvidos, como</p><p>os olhos compostos, formados por muitas unidades cilíndricas e longas, com</p><p>capacidade para a detecção de luz. Diferentemente dos ocelos, que permitem</p><p>a percepção da intensidade e da direção da luz, os olhos compostos possibi-</p><p>litam a formação de imagens. Os olhos dos insetos também são muito eficien-</p><p>tes na percepção de movimento, o que aumenta as chances de sobrevivência</p><p>do animal em situações de ataque e fuga. Os insetos possuem também um</p><p>par de antenas com capacidade de percepção química, além de receptores</p><p>auditivos, denominados órgãos timpânicos.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática de um gafanhoto em vista lateral, mostrando seu sistema excretor (A) e a excreção por túbulos de</p><p>Malpighi (B).</p><p>Olhos compostos de uma mosca.</p><p>B</p><p>Túbulos de Malpighi Intestino</p><p>Sais, água e excretas</p><p>nitrogenadas</p><p>Túbulo de</p><p>Malpighi</p><p>Intestino</p><p>Fezes e urina</p><p>Ânus</p><p>A</p><p>K</p><p>a</p><p>s</p><p>ik</p><p>u</p><p>n</p><p>_</p><p>K</p><p>a</p><p>m</p><p>o</p><p>l/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P5_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 73P5_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 73 12/12/2022 18:27:1812/12/2022 18:27:18</p><p>74</p><p>Reprodução</p><p>Em geral, os insetos são dioicos, têm fecundação interna e as fêmeas depositam os ovos em</p><p>diferentes ambientes. Além disso, podem apresentar diferentes tipos de desenvolvimento.</p><p>Tipos de desenvolvimento em insetos</p><p>Insetos ametábolos</p><p>(sem metamorfose)</p><p>Ex.: traças-</p><p>-do-livro.</p><p>Insetos metábolos</p><p>(com metamorfose)</p><p>Hemimetábolos (metamorfose gradual ou incompleta)</p><p>Ex.: baratas,</p><p>percevejos,</p><p>gafanhotos,</p><p>grilos,</p><p>louva-a-deus,</p><p>cigarras e</p><p>libélulas.</p><p>Holometábolos (metamorfose completa)</p><p>Ex.: moscas,</p><p>mosquitos,</p><p>borboletas,</p><p>besouros,</p><p>abelhas,</p><p>formigas</p><p>e pulgas.</p><p>2.2 Crustacea</p><p>A maior parte das espécies de crustáceos habita o ambiente aquático marinho e dulcícola.</p><p>Inúmeras espécies de microcrustáceos e animais de outros filos constituem o zooplâncton, parte</p><p>fundamental das teias alimentares aquáticas. Os crustáceos encontrados em ambiente terrestre,</p><p>como os tatuzinhos-de-jardim, apresentam estratégias fisiológicas e comportamentais que evitam</p><p>a desidratação.</p><p>Aula 20</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>O caranguejo é um habitante típico de ecossistemas como o manguezal.</p><p>O eufausídeo é um crustáceo cujo</p><p>conjunto de espécimes é chamado</p><p>krill. Esses animais são importantes</p><p>constituintes do zooplâncton.</p><p>T</p><p>a</p><p>rp</p><p>a</p><p>n</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Ovo</p><p>Adulto</p><p>(imago)</p><p>Ovo Larva Pupa Adulto</p><p>(imago)</p><p>Ovo</p><p>Ninfas Adulto (imago)</p><p>a</p><p>o</p><p>d</p><p>a</p><p>o</p><p>d</p><p>a</p><p>o</p><p>d</p><p>a</p><p>o</p><p>d</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P5_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 74P5_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 74 12/12/2022 18:27:3712/12/2022 18:27:37</p><p>75</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>2</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Cefalotórax Abdome</p><p>Estrutura e fisiologia</p><p>Nos crustáceos, a cabeça e o tórax são fundidos em uma estrutura chamada cefalotórax, e</p><p>o abdome apresenta apêndices que auxiliam no deslocamento do animal. Cinco pares de pernas</p><p>e dois pares de antenas estão presentes na região do cefalotórax.</p><p>Nutrição e digestão</p><p>Apresentam sistema digestório completo (unidirecional) e podem se alimentar de algas, de</p><p>restos de outros animais mortos e detritos em geral.</p><p>Respiração e circulação</p><p>As brânquias dos crustáceos se localizam sob a carapaça cefalotorácica. Diversos apêndices</p><p>modificados criam uma corrente de água contínua que possibilita as trocas gasosas na superfície</p><p>permeável das brânquias do animal. Após se difundir para a hemolinfa, o gás oxigênio é transpor-</p><p>tado em solução ou se associa com a hemocianina (proteína transportadora de gases).</p><p>Morfologia externa de uma lagosta.</p><p>Excreção</p><p>A excreção é feita por meio de glândulas localizadas na base das antenas, conhecidas como</p><p>glândulas antenais ou glândulas verdes, ao longo das quais as moléculas de interesse são reab-</p><p>sorvidas. A filtração da hemolinfa ocorre com o auxílio de células da parede do saco terminal; o</p><p>armazenamento da urina ocorre na bexiga e a sua liberação se dá pelo poro excretor, localizado</p><p>na base das antenas. Em geral, a amônia é a principal molécula tóxica eliminada pelos crustáceos.</p><p>Poro excretor</p><p>Saco</p><p>terminal</p><p>Bexiga</p><p>Glândulas antenais</p><p>ou verdes</p><p>A B</p><p>Representação</p><p>esquemática de um</p><p>crustáceo aquático</p><p>com apêndices</p><p>articulados (A), com</p><p>destaque para as</p><p>trocas gasosas nas</p><p>brânquias (B).</p><p>Representação</p><p>esquemática da</p><p>localização das glândulas</p><p>antenais em crustáceo (A)</p><p>e ampliação mostrando</p><p>detalhes da estrutura (B).</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>A B</p><p>Brânquias sob a carapaça</p><p>Brânquias</p><p>Hemolinfa</p><p>Água com oxigênio</p><p>Com oxigênio Sem oxigênio</p><p>L</p><p>ig</p><p>h</p><p>ts</p><p>p</p><p>ri</p><p>n</p><p>g</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P5_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 75P5_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 75 12/12/2022 18:27:4512/12/2022 18:27:45</p><p>76</p><p>Sistema nervoso</p><p>O sistema nervoso dos crustáceos é ganglionar e eles possuem órgãos sensoriais extrema-</p><p>mente eficientes, como os olhos compostos e as antenas.</p><p>Reprodução</p><p>A maioria das espécies de crustáceos apresenta sexos separados (dioicos), fecundação in-</p><p>terna e desenvolvimento indireto com metamorfose completa.</p><p>A B</p><p>Larva de camarão marinho (P. vannamei), em A, e larva de caranguejo (Carcinus maenas), em B.</p><p>2.3 Miryapoda</p><p>Os miriápodes apresentam o corpo alongado com muitos segmentos. Essa característica é</p><p>um diferencial em relação aos outros artrópodes.</p><p>Os quilópodes (Chilopoda, do grego chilo = mil e podos = pé) mais conhecidos são as lacraias</p><p>ou centopeias. Os representantes desse clado possuem corpo achatado e dividido em cabeça e</p><p>tronco. Apresentam também um par de pernas em cada segmento e estruturas inoculadoras de</p><p>veneno na região anterior do corpo. Têm hábitos noturnos e são carnívoros predadores.</p><p>Os representantes mais conhecidos dos diplópodes (Diplopoda, do grego diplo = duplo e</p><p>podos = pé) são os piolhos-de-cobra ou gongolôs. Os animais desse clado apresentam corpo</p><p>cilíndrico dividido em cabeça, tórax e abdome. No abdome, eles têm dois pares de pernas por</p><p>segmento. Habitam locais úmidos e escuros, locomovem-se lentamente e alimentam-se de resí-</p><p>duos vegetais do solo.</p><p>Os representantes de ambos os clados apresentam um par de antenas na cabeça.</p><p>Os miriápodes apresentam respiração traqueal, por meio da qual as trocas gasosas são rea-</p><p>lizadas diretamente nos tecidos, sem a participação do sistema circulatório. A eliminação dos</p><p>resíduos metabólicos tóxicos (excretas) ocorre por meio dos túbulos de Malpighi. O processo</p><p>reprodutivo ocorre por fecundação interna, sendo que a maioria das espécies é dioica.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Morfologia externa de uma lacraia (A) e de um piolho-de-cobra (B).</p><p>A</p><p>Cabeça</p><p>Tro</p><p>nco</p><p>B Cabeça</p><p>Abdome Tórax</p><p>S</p><p>c</p><p>e</p><p>n</p><p>ic</p><p>s</p><p>&</p><p>S</p><p>c</p><p>ie</p><p>n</p><p>c</p><p>e</p><p>/A</p><p>la</p><p>m</p><p>y</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>M</p><p>a</p><p>ti</p><p>N</p><p>it</p><p>ib</p><p>h</p><p>o</p><p>n</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Teim/Shutterstock</p><p>SUCHARUT C</p><p>HOUNYOO/S</p><p>hutte</p><p>rsto</p><p>ck</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>P5_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 76P5_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 76 12/12/2022 18:27:5212/12/2022 18:27:52</p><p>77</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>2</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>2.4 Arachnida</p><p>O grupo contém diversos repre-</p><p>sentantes, como os escorpiões, os</p><p>carrapatos, os ácaros e as aranhas. A</p><p>maior parte dos aracnídeos vive em</p><p>hábitat terrestre, sendo muito co-</p><p>muns em regiões quentes e secas.</p><p>Muitos têm tamanho reduzido, po-</p><p>rém algumas aranhas, quando adul-</p><p>tas, podem atingir cerca de 30 cm</p><p>de uma extremidade até a outra.</p><p>Os representantes desse grupo podem ser predadores ou parasitas. As espécies predadoras</p><p>em geral se alimentam de insetos ou pequenos vertebrados, e apresentam estruturas de inocula-</p><p>ção de veneno. As glândulas produtoras de veneno liberam suas secreções para um ducto inocu-</p><p>lador e a ação do veneno imobiliza as presas do aracnídeo. Exemplos de aracnídeos peçonhentos</p><p>no Brasil são a aranha-marrom e a viúva-negra, além dos escorpiões marrom e amarelo. Nas</p><p>aranhas, a inoculação de veneno ocorre pelas quelíceras, enquanto nos escorpiões ocorre pelo</p><p>aguilhão (ferrão).</p><p>Quanto aos aracnídeos parasitas, muitos apresentam modificações nas peças bucais que</p><p>possibilitam a perfuração e a sucção de sangue ou de seiva, como ocorre em algumas espécies</p><p>de ácaros. Muitas espécies de carrapato são responsáveis pela transmissão de doenças como a</p><p>febre</p><p>maculosa e a doença de Lyme, ambas causadas por bactérias.</p><p>Estrutura e fisiologia</p><p>O corpo dos aracnídeos é dividido em cefalotórax e abdome. Esses animais apresentam</p><p>quatro pares de pernas cefalotorácicas e não têm antenas. Eles possuem, na região da cabeça,</p><p>pedipalpos, que são estruturas sensíveis utilizadas para manipulação, reprodução, alimentação</p><p>ou defesa; e quelíceras, estruturas inoculadoras de veneno (em aranhas) ou mastigadoras (em</p><p>escorpiões), ambas valiosas para espécies predadoras.</p><p>As aranhas apresentam também uma estrutura denominada fiandeira, que produz a teia.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Morfologia externa de uma aranha (à esquerda) e de um escorpião (à direita).</p><p>Aranha-caranguejeira-</p><p>-rosa-salmão-brasileira (Lasiodora arahybana)</p><p>tem comprimento médio de 20 cm.</p><p>to</p><p>ro</p><p>o</p><p>k</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Pedipalpo</p><p>Pedipalpo</p><p>Quelícera Quelícera</p><p>Olhos</p><p>Cefalotórax</p><p>Cefalotórax</p><p>Abdome</p><p>Abdome</p><p>4 pares</p><p>de pernas</p><p>Pré-abdome</p><p>Pós-abdome</p><p>Aguilhão</p><p>abdominalFiandeira</p><p>if</p><p>o</p><p>n</p><p>g</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>N</p><p>y</p><p>n</p><p>k</p><p>e</p><p>v</p><p>a</p><p>n</p><p>H</p><p>o</p><p>lt</p><p>e</p><p>n</p><p>/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P5_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 77P5_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 77 12/12/2022 18:28:0112/12/2022 18:28:01</p><p>78</p><p>Nutrição e digestão</p><p>Aracnídeos apresentam sistema digestório completo (unidirecional). As aranhas e os escor-</p><p>piões são basicamente animais carnívoros e podem se alimentar de insetos, de outros aracnídeos</p><p>e até mesmo de filhotes de aves e pequenos mamíferos.</p><p>Respiração e circulação</p><p>A respiração é realizada por meio de dois tipos de estrutura: as traqueias, semelhantes às dos</p><p>insetos; e as filotraqueias (pulmões foliáceos). As filotraqueias estão localizadas na região ventral</p><p>do abdome e são constituídas por lâminas de tecido que são irrigadas pela hemolinfa. O ar entra</p><p>por aberturas (estigmas) no exoesqueleto do aracnídeo e, por difusão, atravessa as lâminas das</p><p>filotraqueias e atinge a hemolinfa, que leva o oxigênio para os tecidos.</p><p>Excreção</p><p>A excreção é feita pela ação dos túbulos de Malpighi e das glândulas coxais. Os túbulos de</p><p>Malpighi funcionam de maneira semelhante aos dos insetos. Já as glândulas coxais funcionam de</p><p>maneira bem semelhante às glândulas verdes dos crustáceos. A hemolinfa presente no espaço</p><p>extracelular é recolhida e filtrada. A eliminação de resíduos tóxicos (guanina, bioquimicamente</p><p>relacionada ao ácido úrico) é realizada por meio de pequenas aberturas localizadas na base das</p><p>coxas dos animais.</p><p>Sistema nervoso</p><p>O sistema nervoso dos aracnídeos é ganglionar e possui estruturas sensoriais bem desenvol-</p><p>vidas, como os oito olhos simples das aranhas, que formam imagens relativamente nítidas.</p><p>Algumas espécies apresentam cerdas sensoriais, que percebem vibrações e auxiliam o animal</p><p>no processo de captura de presas e fuga de predadores.</p><p>Reprodução</p><p>Todos os aracnídeos são dioi-</p><p>cos e muitos apresentam dimor-</p><p>fismo sexual (diferenças entre</p><p>machos e fêmeas). A fecundação</p><p>é interna e o desenvolvimento, di-</p><p>reto, isto é, sem fase larval.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática da localização da filotraqueia em aranha (A) e ampliação da estrutura (B).</p><p>Filotraqueia</p><p>Filotraqueia</p><p>Capilar sanguíneo</p><p>A B</p><p>Casal de aranhas-do-fio-</p><p>-de-ouro (Trichonephila</p><p>clavipes). Em geral, as</p><p>fêmeas de aranhas</p><p>são bem maiores do</p><p>que os machos.</p><p>D</p><p>e</p><p>n</p><p>to</p><p>n</p><p>R</p><p>u</p><p>m</p><p>s</p><p>e</p><p>y</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Estigma</p><p>P5_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 78P5_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 78 12/12/2022 18:28:0812/12/2022 18:28:08</p><p>79</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>2</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Os aracnídeos e o ser humano</p><p>Aranhas e escorpiões são animais pe-</p><p>çonhentos e, por isso, podem causar</p><p>acidentes graves ou até fatais. Vale lem-</p><p>brar que esses animais se alimentam</p><p>basicamente de insetos e, assim, promo-</p><p>vem um papel importante nos diversos</p><p>ambientes em que vivem.</p><p>Os ácaros e os carrapatos também po-</p><p>dem causar prejuízos aos seres huma-</p><p>nos. Os carrapatos são ectoparasitas</p><p>(parasitam a parte externa do corpo)</p><p>que podem transmitir uma doença co-</p><p>nhecida como febre maculosa, causada</p><p>pela bactéria Rickettsia rickettsii, que, se</p><p>não tratada, pode levar à morte. Muitas</p><p>espécies de ácaros são capazes de viver</p><p>nos folículos pilosos de humanos, e o</p><p>Sarcoptes scabiei provoca a sarna em</p><p>humanos, levando a diversos danos e</p><p>lesões na epiderme.</p><p>PARA</p><p>SABER MAIS</p><p>Carrapato sobre a pele humana.</p><p>O escorpião-amarelo</p><p>(Tityus serrulatus) é</p><p>encontrado em todos os</p><p>estados do Sudeste</p><p>brasileiro.</p><p>3 Comparação das características dos</p><p>grupos de artrópodes</p><p>Grupo Divisão do corpo</p><p>Número de</p><p>pernas</p><p>Asas Antenas Exemplos</p><p>Insetos</p><p>Cabeça, tórax e</p><p>abdome</p><p>3 pares</p><p>1 ou 2 pares.</p><p>Há exceções</p><p>1 par</p><p>Abelhas, moscas,</p><p>piolhos, baratas,</p><p>borboletas, formigas,</p><p>pernilongos</p><p>Crustáceos</p><p>Cefalotórax e</p><p>abdome</p><p>5 pares ou mais Ausentes 2 pares</p><p>Caranguejos, siris,</p><p>camarões, lagostas,</p><p>cracas,</p><p>tatuzinhos-de-jardim</p><p>Quilópodes Cabeça e tronco</p><p>1 par por</p><p>segmento</p><p>do tronco</p><p>Ausentes 1 par Lacraias</p><p>Diplópodes</p><p>Cabeça, tórax e</p><p>abdome</p><p>2 pares por</p><p>segmento</p><p>do abdome</p><p>Ausentes 1 par Piolhos-de-cobra</p><p>Aracnídeos</p><p>Cefalotórax e</p><p>abdome</p><p>4 pares Ausentes Ausentes</p><p>Aranhas, escorpiões,</p><p>ácaros, carrapatos</p><p>F</p><p>M</p><p>P</p><p>o</p><p>rt</p><p>e</p><p>ll</p><p>a</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>K</p><p>P</p><p>ix</p><p>M</p><p>in</p><p>in</p><p>g</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 79P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 79 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>80</p><p>Alface</p><p>Cigarrinha</p><p>Aranha</p><p>Grama</p><p>Pulgão Libélula Louva-a-deus</p><p>Pássaro</p><p>Grilo</p><p>4 Aspectos econômico, alimentar, ecológico e médico</p><p>4.1 Aspectos ecológicos</p><p>Os artrópodes participam de inúmeras teias alimentares em diversos níveis tróficos. Muitos</p><p>atuam como agentes detritívoros, isto é, animais que se alimentam de tecidos orgânicos mortos.</p><p>Diversas espécies de abelhas, em busca de néctar para suprir a colmeia, ao tocar nos estames</p><p>das flores, carregam no corpo grãos de pólen que serão levados para outras flores e, assim, auxi-</p><p>liam o processo de polinização. Existem os xilófagos, que se alimentam de madeira e celulose;</p><p>os coprófagos, que se alimentam de fezes; e também os necrófagos, que se alimentam de cadá-</p><p>veres. Vale destacar que a participação dos insetos em diferentes tipos de teias alimentares é</p><p>fundamental para a manutenção do fluxo de energia e matéria nos ecossistemas.</p><p>4.2 Aspectos alimentares</p><p>Crustáceos, insetos e aracnídeos são utilizados em pratos típicos em todo o mundo. Em alguns</p><p>países da Ásia, da África e da América Latina, existe o hábito de consumir insetos e aracnídeos</p><p>de maneira mais frequente se comparado com o restante do planeta. Um dos pratos típicos da</p><p>Tailândia, por exemplo, é o espetinho de escorpião.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática da teia alimentar composta de diversas espécies de artrópodes.</p><p>Espetinhos de escorpião (A) são um prato típico na Tailândia, e receitas feitas com siri (B) são bastante populares no Brasil.</p><p>A B</p><p>C</p><p>a</p><p>c</p><p>io</p><p>M</p><p>u</p><p>ri</p><p>lo</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>O</p><p>S</p><p>T</p><p>IL</p><p>L</p><p>i</p><p>s</p><p>F</p><p>ra</p><p>n</p><p>c</p><p>k</p><p>C</p><p>a</p><p>m</p><p>h</p><p>i/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 80P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 80 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>81</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>2</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>4.3 Aspectos econômicos</p><p>Há artrópodes que trazem benefícios econômicos, como as abelhas, que produzem mel e,</p><p>com isso, fornecem condições para a geração de renda. Outro exemplo é o bicho-da-seda</p><p>(Bombyx mori), que é capaz de produzir fios de seda de alto valor comercial. No entanto, muitas</p><p>espécies de artrópodes são consideradas pragas e podem causar enormes prejuízos para a pro-</p><p>dução agrícola.</p><p>4.4 Aspectos médicos e de saúde</p><p>Muitas classes de artrópodes</p><p>possuem integrantes peçonhentos, que incluem as vespas, as</p><p>lacraias, as aranhas e os escorpiões. Esses animais podem provocar acidentes graves ou até fatais.</p><p>Inúmeros outros artrópodes, principalmente os insetos, atuam como vetores de doenças, como</p><p>a malária, a doença de Chagas, a dengue e a febre amarela.</p><p>Região abdominal de uma vespa, com destaque para o ferrão inoculador de veneno (A). Inseto percevejo conhecido como barbeiro,</p><p>vetor da doença de Chagas (B).</p><p>A B</p><p>E S T U D O O R I E N T A D O – E X E R C Í C I O S</p><p>1 (Fuvest-SP) Qual das curvas representa o crescimento de um inseto hemimetábolo, desde seu nascimento até a fase adulta?</p><p>Aula 19</p><p>Tempo</p><p>(dias)</p><p>adulto</p><p>Tamanho do</p><p>corpo (mm)</p><p>Tempo</p><p>(dias)</p><p>adulto</p><p>Tamanho do</p><p>corpo (mm)</p><p>Tempo</p><p>(dias)</p><p>adulto</p><p>Tamanho do</p><p>corpo (mm)</p><p>Tempo</p><p>(dias)</p><p>adulto</p><p>Tamanho do</p><p>corpo (mm)</p><p>Tempo</p><p>(dias)</p><p>adulto</p><p>Tamanho do</p><p>corpo (mm)</p><p>N</p><p>E</p><p>R</p><p>Y</p><p>X</p><p>C</p><p>O</p><p>M</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>L</p><p>u</p><p>b</p><p>o</p><p>m</p><p>ir</p><p>D</p><p>a</p><p>jc</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Elementos fora</p><p>de propor•‹o</p><p>a)</p><p>b)</p><p>c) e)</p><p>d)</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 81P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 81 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>82</p><p>2 (FMP-RJ)</p><p>Os insetos conseguiram modificar o próprio corpo</p><p>em variações quase infinitas. Só uma limitação é aparen-</p><p>te: o tamanho. Os maiores insetos conhecidos não medem</p><p>mais de 30 cm. (...) Por que os besouros e as mariposas não</p><p>atingem o tamanho de texugos ou gaviões?</p><p>ATTENBOROUGH, David. A vida na Terra. São Paulo: Martins Fontes;</p><p>Ed. Universidade de Brasília, 1981.</p><p>O sistema respiratório dos insetos, fator restritivo para o</p><p>seu crescimento, é do tipo</p><p>a) alveolar.</p><p>b) traqueal.</p><p>c) cutâneo indireto.</p><p>d) cutâneo.</p><p>e) branquial.</p><p>3</p><p>A curcumina, uma das substâncias que confere a cor</p><p>alaranjada ao açafrão, pode auxiliar no combate à dengue</p><p>quando adicionada à água de criadouros do mosquito</p><p>transmissor. Essa substância acumula-se no intestino do</p><p>inseto após ser ingerida com a água do criadouro e, quan-</p><p>do ativada pela luz, induz a produção de espécies reativas</p><p>de oxigênio que danificam de forma fatal o tecido do tubo</p><p>digestório.</p><p>TOLEDO, K. Corante extraído do açafrão pode ser útil no combate à dengue.</p><p>Disponível em: http://agencia.fapesp.br.</p><p>Acesso em: 25 abr. 2015 (adaptado).</p><p>A forma de combate relatada tem como atividade o(a)</p><p>a) morte do indivíduo adulto.</p><p>b) redução da eclosão dos ovos.</p><p>c) comprometimento da metamorfose.</p><p>d) impedimento do desenvolvimento da larva.</p><p>e) repelência da forma transmissora da doença.</p><p>4 (Uema)</p><p>Os insetos reúnem o maior número de espécies ani-</p><p>mais conhecidas. Assim, é o grupo mais diversificado de</p><p>artrópodes, e consequentemente, entre todos os animais.</p><p>O grande sucesso desse grupo no meio terrestre é atribuí-</p><p>do especialmente a seu exoesqueleto quitinoso e à evolu-</p><p>ção do voo, características que permitiram deslocamento</p><p>eficiente e rápido, fuga de predadores e busca de novas</p><p>formas de alimento. Além disso, os insetos têm sexos se-</p><p>parados, sua fecundação é interna e são ovíparos.</p><p>LOPES, Sônia; ROSSO, Sérgio. BIO: volume único. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2013.</p><p>Pode-se afirmar que os insetos têm desenvolvimento</p><p>I – ametábolo, direto, sem metamorfose. Do ovo eclode</p><p>um indivíduo jovem semelhante ao adulto. Exemplo:</p><p>traça-dos-livros.</p><p>II – hemimetábolo, indireto, com metamorfose incomple-</p><p>ta. Do ovo eclode uma ninfa semelhante ao adulto, mas</p><p>não tem asas desenvolvidas. A ninfa origina o adulto.</p><p>Exemplo: percevejo.</p><p>III – holometábolo, indireto, com metamorfose completa.</p><p>Do ovo eclode uma larva distinta do adulto, passa por</p><p>uma fase de pupa, podendo formar casulo. Daí ocor-</p><p>re a metamorfose onde a larva se transforma no jovem</p><p>que emerge completamente formado e origina o adul-</p><p>to. Exemplo: moscas.</p><p>Estão corretas as seguintes afirmativas:</p><p>a) I e II, apenas.</p><p>b) I, II e III.</p><p>c) I e III, apenas</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) III, apenas.</p><p>Indique a soma das alternativas corretas</p><p>5 (UEM-PR)</p><p>Em junho de 2020, uma nuvem de gafanhotos se for-</p><p>mou no Paraguai e atravessou várias regiões da Argentina,</p><p>rumo à fronteira do Brasil com o Uruguai. Fenômeno inco-</p><p>mum, a infestação massiva desses insetos é uma ameaça</p><p>às lavouras e pastagens, que são as paisagens predomi-</p><p>nantes no trajeto percorrido pelo bando de gafanhotos,</p><p>em distâncias de até 150 quilômetros por dia.</p><p>(https://economia.uol.com.br/noticias/redaçao/2020/06/25/nuvem-de-gafanhotos-</p><p>como-e-por-que-se-forma-riscosagricultura-saude.htm#:~:text=U...).</p><p>Sobre o assunto, e outros correlatos, assinale o que for</p><p>correto.</p><p>01) A região sul do Brasil faz fronteira com o Uruguai, a</p><p>Argentina e o Paraguai, e apresenta formações vege-</p><p>tais características dos Pampas e da Mata Atlântica.</p><p>02) Os gafanhotos são artrópodos, hexápodes; possuem</p><p>corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen; aparelho</p><p>bucal mastigador composto por mandíbulas; maxilas</p><p>adaptadas à mastigação e à ingestão de alimento</p><p>sólido.</p><p>04) A rápida eliminação desses gafanhotos deve ser me-</p><p>diada, pois, por serem consumidores secundários,</p><p>alimentam-se diretamente das pastagens e consti-</p><p>tuem-se em pragas para a agricultura.</p><p>08) Um dos motivos para a formação dessas nuvens pode</p><p>ser a alteração do clima subtropical úmido da região</p><p>sul, que deveria estar muito frio, mas estava quente e</p><p>seco.</p><p>16) A medida mais correta de combate é o uso de inseti-</p><p>cidas e de agrotóxicos, pois a nuvem de gafanhotos</p><p>se dissipará rapidamente, sem causar alterações na</p><p>cadeia alimentar.</p><p>E S T U D O O R I E N T A D O – E X E R C Í C I O S</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 82P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 82 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>83</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>2</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>6 (UEG-GO) Leia o texto a seguir.</p><p>Disponível em: https://editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV056_MD1_</p><p>SA10_ID8774_15082016113727.pdf. Acesso em: 1o nov. 2019.</p><p>O trabalho transposto na imagem teve como objetivo sensibilizar pessoas quanto à importância biológica das abelhas e a</p><p>relação delas com o homem. Sobre isso, verifica-se que:</p><p>a) a principal importância das abelhas é na cadeia de produção melífera.</p><p>b) a educação ambiental objetiva a formação de biólogos mais atuantes.</p><p>c) o ferrão e as listras pretas caracterizam a estrutura corporal desses insetos.</p><p>d) a migração intercontinental ocorre sazonalmente por estação climática.</p><p>e) o uso agrícola indiscriminado de pesticidas agride polinizadores naturais.</p><p>7 (Unesp-SP) Os artrópodes apresentados nas imagens de 1 a 4 são os vetores da doença de Chagas, da peste bubônica, da</p><p>leishmaniose e da febre maculosa, não necessariamente nessa ordem.</p><p>No cladograma, as letras A, B, C e D representam as relações filogenéticas entre os artrópodes das figuras, não necessaria-</p><p>mente na mesma ordem em que aparecem nas imagens.</p><p>E S T U D O O R I E N T A D O – E X E R C Í C I O S</p><p>R</p><p>e</p><p>p</p><p>ro</p><p>d</p><p>u</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>/U</p><p>E</p><p>G</p><p>-G</p><p>O</p><p>,</p><p>2</p><p>0</p><p>2</p><p>0</p><p>.</p><p>R</p><p>e</p><p>p</p><p>ro</p><p>d</p><p>u</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>/U</p><p>n</p><p>e</p><p>s</p><p>p</p><p>-S</p><p>P,</p><p>2</p><p>0</p><p>2</p><p>0</p><p>.</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 83P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 83 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>84</p><p>a) Quais imagens apresentam, respectivamente, os artró-</p><p>podes vetores da doença de Chagas, da peste bubôni-</p><p>ca, da leishmaniose e da febre maculosa? Qual dessas</p><p>doenças não é transmitida pela picada do respectivo</p><p>vetor?</p><p>b) Sabendo que, no cladograma apresentado, a letra B</p><p>corresponde ao artrópode representado na figura 3, a</p><p>quais números correspondem, respectivamente, as le-</p><p>tras A, C e D? Considerando as classes taxonômicas às</p><p>quais pertencem as espécies de artrópodes apresen-</p><p>tadas nas imagens, justifique a posição da espécie re-</p><p>presentada pela letra A no cladograma.</p><p>8 Aranhas, escorpiões, carrapatos e ácaros são re-</p><p>presentantes da classe dos Aracnídeos. Esses animais</p><p>são</p><p>terrestres em sua grande maioria e ocupam os mais varia-</p><p>dos hábitats, tais como montanhas altas, pântanos, deser-</p><p>tos e solos arenosos. Podem ter sido os primeiros repre-</p><p>sentantes do filo Arthropoda a habitar a terra seca.</p><p>A característica que justifica o sucesso adaptativo desse</p><p>grupo na ocupação do ambiente terrestre é a presença de</p><p>a) quelíceras e pedipalpos que coordenam o movimento</p><p>corporal.</p><p>b) excreção de ácido úrico que confere estabilidade ao</p><p>pH corporal.</p><p>c) exoesqueleto constituído de quitina que auxilia no con-</p><p>trole hídrico corporal.</p><p>d) circulação sanguínea aberta que impede a desidratação</p><p>dos tecidos corporais.</p><p>e) sistema nervoso ganglionar que promove a coordena-</p><p>ção central do movimento corporal.</p><p>9 O animal conhecido popularmente como guaiamu ou</p><p>guaiamum (Cardisoma guanhumi) é um caranguejo da</p><p>família dos gecarcinídeos. Essa espécie de crustáceo é</p><p>muito comum em quase todo o litoral brasileiro. Assinale</p><p>a alternativa que apresenta somente animais que com-</p><p>põem o subfilo dos crustáceos.</p><p>a) Craca, ostra e camarão.</p><p>b) Siri, lagosta e piolho-de-cobra.</p><p>c) Craca, tatuzinho-de-jardim e lagosta.</p><p>d) Centopeia, lacraia e pulgão.</p><p>e) Carrapato, lagostim e caranguejo.</p><p>10 (Unioeste-PR) Os ácaros, animais microscópicos perten-</p><p>centes ao filo Arthropoda, são reconhecidos como fonte</p><p>alergênica, relacionada a algumas doenças alérgico-res-</p><p>piratórias como rinite e asma. Em relação a esses animais</p><p>é CORRETO afirmar que:</p><p>a) pertencem ao subfilo Unirânia, ao qual também perten-</p><p>cem os insetos e, assim como as traças, apresentam</p><p>desenvolvimento direto, sem metamorfose.</p><p>b) pertencem ao subfilo Crustacea, assim como o tatuzi-</p><p>nho-de-jardim, e dependem de um ambiente quente e</p><p>úmido para sobreviver.</p><p>c) pertencem ao subfilo Chelicerata, assim como aranhas,</p><p>escorpiões e carrapatos, são caracterizados pela pre-</p><p>sença de apêndices articulados na região bucal.</p><p>d) são insetos sem asas, assim como as pulgas, e alimen-</p><p>tam-se de sangue, sendo considerados parasitas.</p><p>e) são exclusivamente terrestres, apresentando o corpo</p><p>dividido em cefalotórax e abdome, além de possuírem</p><p>exoesqueleto quitinoso.</p><p>11 Assinale a alternativa correta a respeito dos crustáceos:</p><p>a) Possuem exoesqueleto quitinoso e suas trocas gasosas</p><p>são realizadas por meio de traqueias, assim como ocor-</p><p>re com os insetos.</p><p>b) Possuem o corpo dividido em cefalotórax e abdome,</p><p>assim como ocorre com os diplópodes.</p><p>c) Possuem dois pares de antenas, característica também</p><p>encontrada nos quilópodes.</p><p>d) Possuem brânquias como estruturas responsáveis pe-</p><p>las trocas gasosas e eliminam os resíduos tóxicos por</p><p>meio de glândulas verdes, como ocorre nas espécies</p><p>de insetos aquáticos.</p><p>e) Possuem sistema nervoso ganglionar ventral e apêndi-</p><p>ces articulados, assim como ocorre com os quilópodes,</p><p>diplópodes e insetos.</p><p>Indique a soma das alternativas corretas</p><p>12 (UEM-PR) Aranhas e escorpiões são temidos porque al-</p><p>gumas espécies possuem peçonhas muito poderosas.</p><p>Com base em conhecimentos sobre esses artrópodes,</p><p>assinale o que for correto.</p><p>01) Aranhas e escorpiões são ectoparasitos.</p><p>02) Aranhas e escorpiões pertencem ao mesmo Subfilo e</p><p>à mesma Classe, possuem quatro pares de patas e o</p><p>corpo dividido em cefalotórax e abdome.</p><p>A B C D</p><p>Aula 20</p><p>E S T U D O O R I E N T A D O – E X E R C Í C I O S</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 84P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 84 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>85</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>2</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>04) A distribuição dos nutrientes no corpo das aranhas e dos escorpiões é feita pelo sistema circulatório, que é do tipo</p><p>aberto.</p><p>08) As aranhas-caranguejeiras, quando ameaçadas, assumem postura agressiva, armando-se para o ataque. Sua picada pode</p><p>causar fortes dores musculares.</p><p>16) As aranhas injetam a peçonha na presa por meio das fiandeiras, enquanto os escorpiões utilizam um pedipalpo caudal.</p><p>13 (Famerp-SP) As cidades oferecem um excelente ambiente para os escorpiões, que encontram abrigo nos esgotos, água,</p><p>muita comida e poucos predadores. Os escorpiões, assim como as baratas que eles comem, são insetos que apresentam</p><p>várias adaptações ao ambiente urbano. Além de o ambiente mais quente das cidades estimular o aumento dessa população,</p><p>outro fator que contribui para a proliferação desses animais é que uma fêmea de escorpião amarelo se reproduz por parte-</p><p>nogênese, gerando rapidamente mais descendentes sem precisar se acasalar.</p><p>a) O texto apresenta um equívoco quanto à classificação biológica dos escorpiões. Cite o erro apresentado e indique a cor-</p><p>reção que deve ser feita.</p><p>b) Como os escorpiões formam descendentes por partenogênese? Em abelhas, qual descendente de uma rainha se origina</p><p>por partenogênese?</p><p>Indique a soma das alternativas corretas</p><p>14 (UFSC) O gráfico abaixo apresenta os números mensais de acidentes causados por animais peçonhentos, em Santa Catarina</p><p>no ano de 2017, registrados no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN). Quanto à sazonalidade, possui um</p><p>padrão semelhante ao das ocorrências de anos anteriores (2012-2016).</p><p>Sobre os animais citados e os dados apresentados, é correto afirmar que:</p><p>01) uma provável razão do aumento do número de acidentes causados por animais peçonhentos no verão é o fato de eles</p><p>serem animais ectotérmicos.</p><p>02) há apenas representantes de artrópodes e cordados.</p><p>04) são celomados, triblásticos e protostômios.</p><p>08) possuem o desenvolvimento direto, portanto são denominados ametábolos.</p><p>16) aranhas e escorpiões possuem quelíceras, estruturas que participam da captura de alimento.</p><p>32) em acidentes causados por animais peçonhentos, deve-se administrar uma vacina específica o mais rápido possível.</p><p>64) entre os meses de janeiro e julho, ocorreu uma redução de aproximadamente 30% no número de acidentes causados</p><p>por aranhas.</p><p>E S T U D O O R I E N T A D O – E X E R C Í C I O S</p><p>Escorpião</p><p>Serpente</p><p>Lagarta</p><p>Abelha</p><p>Aranha</p><p>R</p><p>e</p><p>p</p><p>ro</p><p>d</p><p>u</p><p>ç</p><p>ã</p><p>o</p><p>/U</p><p>F</p><p>S</p><p>C</p><p>,</p><p>2</p><p>0</p><p>1</p><p>9</p><p>.</p><p>P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 85P4_062a085_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod12.indd 85 12/9/22 5:18 PM12/9/22 5:18 PM</p><p>86</p><p>Módulo previsto para uma aula.</p><p>Investigação científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>EMIFCNT03</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>13</p><p>M Ó D U L O</p><p>Equinodermos e cordados</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>. Objetivo 1: compreender a morfofisiologia dos equinodermos. Aula 21</p><p>. Objetivo 2: analisar as principais características dos representantes do filo dos cordados.</p><p>Qual é a relação entre o esqueleto humano e o da</p><p>estrela-do-mar?</p><p>Caminhar por uma praia ou mergulhar próximo a um costão rochoso pode ser uma excelen-</p><p>te oportunidade para encontrar animais marinhos, entre eles diversas espécies de equinodermos.</p><p>Estrelas-do-mar, ouriços-do-mar e pepinos-do-mar são apenas alguns exemplos de animais que</p><p>pertencem ao filo dos equinodermos. Apesar da enorme diferença anatômica entre uma estrela-</p><p>-do-mar e um ser humano, será que existe algum tipo de semelhança embrionária, fisiológica ou</p><p>até mesmo genética entre os cordados e os equinodermos? Ao analisar os esqueletos abaixo,</p><p>alguma semelhança pode ser observada?</p><p>EMBARQUE</p><p>Aula 21</p><p>Aula 21</p><p>As questões anteriores podem ser solucionadas por meio do estudo das características dos</p><p>filos apresentados a seguir.</p><p>Representação esquemática de esqueleto humano e de uma estrela-do-mar.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>K</p><p>le</p><p>tr</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P</p><p>o</p><p>ta</p><p>p</p><p>o</p><p>v</p><p>A</p><p>le</p><p>x</p><p>a</p><p>n</p><p>d</p><p>e</p><p>r/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>OBSERVATÓRIO DE FENÔMENOS BIOLÓGICOS A</p><p>P5_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 86P5_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 86 12/12/2022 19:31:2112/12/2022 19:31:21</p><p>87</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>3</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>NESTE MÓDULO</p><p>1 Equinodermos</p><p>. Os equinodermos (do grego: echino,</p><p>espinho; e derma, pele) são animais com espinhos na</p><p>epiderme. Todos são marinhos.</p><p>Aula 21</p><p>Estrela-do-mar</p><p>Pepino-do-mar</p><p>Ouriço-do-mar</p><p>Bolacha-da-praia</p><p>Serpente-do-mar</p><p>Lírio-do-mar</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Alguns representantes dos equinodermos.</p><p>Representação esquemática de um ouriço-do-mar em corte (A), com destaque para o espinho móvel e o endoesqueleto calcário (B).</p><p>1.1 Estrutura e fisiologia</p><p>. Apresentam endoesqueleto calcário (esqueleto interno revestido por uma fina camada de</p><p>epiderme) e simetria pentarradial. São celomados e deuterostômios.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Brânquia</p><p>DentePedicelária</p><p>Boca</p><p>Canal</p><p>radial</p><p>Intestino</p><p>Pés</p><p>ambulacrais Ânus</p><p>Placa</p><p>madrepórica</p><p>Gônada</p><p>Espinho</p><p>móvel</p><p>Base do</p><p>espinho</p><p>A</p><p>Ampolas</p><p>B</p><p>Músculos que</p><p>movem o espinho</p><p>Endoesqueleto</p><p>calcário Células da</p><p>epiderme</p><p>A</p><p>l</p><p>C</p><p>a</p><p>rr</p><p>e</p><p>ra</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Ir</p><p>y</p><p>n</p><p>a</p><p>R</p><p>a</p><p>s</p><p>k</p><p>o</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>A</p><p>le</p><p>k</p><p>s</p><p>e</p><p>i</p><p>A</p><p>le</p><p>k</p><p>h</p><p>in</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>a</p><p>q</p><p>u</p><p>a</p><p>p</p><p>ix</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>J</p><p>a</p><p>y</p><p>a</p><p>K</p><p>e</p><p>s</p><p>a</p><p>v</p><p>a</p><p>n</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>S</p><p>e</p><p>rg</p><p>ii</p><p>B</p><p>a</p><p>te</p><p>c</p><p>h</p><p>e</p><p>n</p><p>k</p><p>o</p><p>ff</p><p>/A</p><p>la</p><p>m</p><p>y</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>P6_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 87P6_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 87 12/13/22 2:52 PM12/13/22 2:52 PM</p><p>88</p><p>. O filo dos equinodermos é considerado, evolutivamente, o mais próximo do filo dos</p><p>cordados em razão do compartilhamento de duas características: endoesqueleto e</p><p>deuterostomia.</p><p>. Apresentam respiração branquial, tubo digestório unidirecional (completo) e sistema ner-</p><p>voso não centralizado.</p><p>. Apresentam sistema vascular aquífero, o sistema ambulacral, que realiza a distribuição de</p><p>nutrientes pelo corpo do animal e auxilia na movimentação e na eliminação de excretas.</p><p>Os pés ambulacrais atuam nas trocas gasosas e têm função sensorial.</p><p>Representação esquemática de anfioxo em corte longitudinal.</p><p>Representação esquemática de sistema vascular aquífero, também denominado</p><p>sistema ambulacral, de uma estrela-do-mar.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>. Reprodução: sexuada – são animais dioicos, a fecundação é externa e o desenvolvimento</p><p>é indireto; assexuada – alguns têm alta capacidade de regeneração, como as estrelas-do-</p><p>-mar e as bolachas-da-praia.</p><p>1.2 Aspectos ecol—gico e econ™mico</p><p>. Atuam principalmente como consumidores nas cadeias alimentares.</p><p>. Muitas espécies de ouriços são consumidas por seres humanos em pratos típicos de algu-</p><p>mas regiões do mundo.</p><p>2 Cordados</p><p>. O filo dos cordados (Chordata) compreende os animais vertebrados (peixes, anfíbios, rép-</p><p>teis, aves e mamíferos) e outros menos conhecidos, como o anfioxo, a ascídia e a lampreia.</p><p>. Os animais desse filo apresentam as seguintes características em pelo menos uma fase de</p><p>seu desenvolvimento: tubo nervoso dorsal (ou tubo neural dorsal), notocorda, fendas fa-</p><p>ringianas (ou branquiais) e cauda pós-anal.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Placa madrepórica</p><p>Pés ambulacrais</p><p>Canal circular</p><p>Canal radial</p><p>Notocorda</p><p>Tubo nervoso dorsal</p><p>Fendas branquiais faringianas Cauda pós-anal</p><p>P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 88P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 88 12/9/22 11:16 AM12/9/22 11:16 AM</p><p>89</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>3</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>2.1 Estrutura corporal</p><p>Cauda pós-anal: cauda que se prolonga além do ânus.</p><p>Em muitos cordados, ela permanece na idade adulta; em</p><p>outros, como nos seres humanos, é presente apenas</p><p>em fases iniciais do desenvolvimento embrionário.</p><p>Tubo nervoso dorsal: origina o sistema nervoso central</p><p>dos cordados. A posição dorsal é típica desse grupo.</p><p>Notocorda: bastão resistente e flexível que sustenta</p><p>o corpo do animal. Nos vertebrados é substituída</p><p>pela coluna vertebral.</p><p>Fendas faringianas (ou fendas branquiais): funcionam</p><p>como um filtro de partículas alimentares. Em animais</p><p>com respiração branquial, é o local em que as</p><p>brânquias ficam alojadas.</p><p>Estrutura</p><p>corporal dos cordados</p><p>2.2 Classifica•‹o</p><p>Representação esquemática de uma das propostas de relações de parentesco entre os grupos de cordados.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Cordado</p><p>ancestral</p><p>Reptilia</p><p>Protochordata Agnatha</p><p>Tetrapoda</p><p>Gnathostomata</p><p>Craniata</p><p>Vertebrata</p><p>Chordata</p><p>Uro</p><p>chord</p><p>ata</p><p>(a</p><p>sc</p><p>íd</p><p>ia</p><p>)</p><p>Cephalo</p><p>chord</p><p>ata</p><p>(a</p><p>nfio</p><p>xo</p><p>)</p><p>M</p><p>yxin</p><p>i</p><p>(f</p><p>eiti</p><p>ceira</p><p>)</p><p>Petro</p><p>m</p><p>yzo</p><p>ntid</p><p>a</p><p>(la</p><p>m</p><p>pre</p><p>ia</p><p>)</p><p>Chondric</p><p>hth</p><p>yes</p><p>O</p><p>st</p><p>eic</p><p>hth</p><p>yes</p><p>A</p><p>m</p><p>phib</p><p>ia</p><p>Te</p><p>st</p><p>udin</p><p>es</p><p>Lepid</p><p>osa</p><p>uria</p><p>Cro</p><p>codylia</p><p>Aves</p><p>M</p><p>am</p><p>m</p><p>alia</p><p>Amniotas</p><p>Tetrápodes</p><p>Endoesqueleto ósseo</p><p>Mandíbula</p><p>Coluna vertebral</p><p>Crânio</p><p>P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 89P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 89 12/9/22 11:16 AM12/9/22 11:16 AM</p><p>90</p><p>1 O termo equinodermo é uma referência à epiderme com espinhos (do grego: echinos, espinho; derma, pele). Os animais</p><p>desse grupo são exclusivamente marinhos e, em geral, são encontrados no fundo oceânico ou nos costões rochosos. Eles</p><p>são triblásticos, celomados, deuterostômios, com endoesqueleto calcário e, geralmente, apresentam simetria pentarradial.</p><p>A estrela-do-mar é um exemplo de equinodermo.</p><p>Aula 21</p><p>DESENVOLVENDODESENVOLVENDO HABILIDADESDESENVOLVENDODESENVOLVENDO</p><p>a) A palavra deuterostômio deriva do grego, em que deuteros significa segundo ou secundário, e stoma significa boca.</p><p>Que característica justifica classificar os equinodermos como deuterostômios? Que outro filo animal também apre-</p><p>senta essa característica?</p><p>Os equinodermos são deuterostômios porque, no desenvolvimento embrionário, o blastóporo dá origem ao ânus. Também são deuterostômios os animais</p><p>pertencentes ao filo dos cordados.</p><p>b) Durante o desenvolvimento dos equinodermos, observa-se a transição de simetria bilateral, nas larvas, para simetria radial,</p><p>nos adultos. Essa transição de simetria é compartilhada ao longo da evolução dos outros grupos de animais invertebrados?</p><p>Justifique sua resposta.</p><p>Não. O processo evolutivo mostra que as esponjas são assimétricas, os cnidários têm simetria radial e outros filos, como platelmintos, nemátodas,</p><p>moluscos, anelídeos e artrópodes, apresentam simetria bilateral durante a fase adulta. A mudança no padrão de simetria em equinodermos é uma</p><p>característica que os difere dos outros grupos de animais.</p><p>2 O processo evolutivo indica que organismos com um elevado nível de parentesco evolutivo compartilham certas caracterís-</p><p>ticas herdadas de seus ancestrais. Análises filogenéticas podem agrupar organismos que parecem ser morfologicamente</p><p>diferentes, mas que compartilham determinadas características; por exemplo, seres humanos, sapos, tubarões e anfioxos são</p><p>agrupados no filo dos cordados.</p><p>Com base nos seus conhecimentos sobre esse filo, cite as quatro características compartilhadas por todos os cordados e</p><p>indique em que fase da vida essas características são encontradas.</p><p>Os animais do filo dos cordados apresentam, em alguma fase de seu desenvolvimento, tubo neural dorsal, notocorda, fendas faringianas e cauda pós-anal. Essas</p><p>características surgem durante a organogênese (neurulação) e podem não persistir durante toda a vida do animal.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Tubo digestório</p><p>Madreporito</p><p>Canal circular</p><p>Pés ambulacrais</p><p>Canal radial</p><p>A</p><p>le</p><p>x</p><p>a</p><p>n</p><p>d</p><p>e</p><p>r</p><p>S</p><p>e</p><p>m</p><p>e</p><p>n</p><p>o</p><p>v</p><p>/</p><p>S</p><p>P</p><p>L</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 90P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 90 12/9/22 11:16 AM12/9/22 11:16 AM</p><p>91</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>3</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>1 Nas imagens abaixo, observam-se representantes de dois grupos de animais. Embora pertencentes a filos distintos, eles</p><p>compartilham algumas características que os aproximam filogeneticamente.</p><p>E X T R AS!</p><p>Indique os nomes das estruturas apontadas pelos números 1 a 3 e explique suas funções.</p><p>Aula 21</p><p>Sobre</p><p>esses organismos indicados pelas letras A e B:</p><p>a) Cite duas características que aproximam filogeneticamente esses dois grupos animais.</p><p>b) Indique a que filo cada um deles pertence e apresente duas características do filo representado pelo animal B.</p><p>2 A imagem abaixo mostra o esquema de um anfioxo adulto.</p><p>A B</p><p>Material de consulta: Estudo orientado – Capítulo 13 – Equinodermos e cordados</p><p>Objetivos de</p><p>aprendizagem</p><p>Tarefa Mínima Tarefa Complementar Tarefa Desafio</p><p>1</p><p>• Leia o item 1 da seção Neste</p><p>módulo.</p><p>• Faça as questões 1 e 2 da seção</p><p>Estudo orientado – Exercícios.</p><p>• Leia o item 1 da seção Estudo orientado –</p><p>Aprofundando o conhecimento.</p><p>• Faça a questão 4 da seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>• Faça a questão 6 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>2</p><p>• Leia o item 2 da seção Neste</p><p>módulo.</p><p>• Faça a questão 3 da seção</p><p>Estudo orientado – Exercícios.</p><p>• Leia o item 2 da seção Estudo orientado –</p><p>Aprofundando o conhecimento.</p><p>• Faça a questão 5 da seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>• Faça a questão 7 da</p><p>seção Estudo orientado –</p><p>Exercícios.</p><p>RETOMANDO...</p><p>Objetivo de aprendizagem 1</p><p>Reconhecer as principais características dos equinodermos?</p><p>Determinar as características que aproximam evolutivamente os equinodermos dos cordados?</p><p>Objetivo de aprendizagem 2 Identificar as principais características dos cordados?</p><p>Pensando nos conhecimentos adquiridos ao longo do módulo, você consegue:</p><p>Orientação de estudo Sugestão de divisão aula a aula:</p><p>Aula 21: objetivos 1 e 2.</p><p>Cirros bucais</p><p>Musculatura segmentada</p><p>Cauda</p><p>pós-anal</p><p>1 2</p><p>3</p><p>N</p><p>o</p><p>s</p><p>y</p><p>re</p><p>v</p><p>y</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>B</p><p>jo</p><p>e</p><p>rn</p><p>W</p><p>y</p><p>le</p><p>z</p><p>ic</p><p>h</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>P5_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 91P5_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 91 12/12/2022 19:59:4312/12/2022 19:59:43</p><p>92</p><p>Equinodermos e cordados</p><p>E S T U D O O R I E N TA D O – A P R O F U N D A N D O O C O N H E C I M E N T O</p><p>13C</p><p>A</p><p>P</p><p>Í</p><p>T</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>O filo contém cerca de 6 mil espécies conhecidas e</p><p>representa um dos poucos grupos de invertebrados deu-</p><p>terostômios.</p><p>Na fase adulta, os equinodermos podem viver fixos ao</p><p>substrato, como os lírios-do-mar, ou podem se locomover</p><p>bem lentamente, como fazem as estrelas-do-mar.</p><p>A formação de larvas livre-natantes é a principal forma</p><p>de dispersão dos representantes desse grupo; quando adul-</p><p>tos, a capacidade de deslocamento é reduzida ou nula.</p><p>1 Equinodermos</p><p>O filo dos equinodermos (Echinodermata, do grego: echino 5 espinho, e derma 5 pele) inclui a</p><p>estrela-do-mar, o ouriço-do-mar, a bolacha-da-praia, o pepino-do-mar, o lírio-do-mar, entre outros.</p><p>Todas as espécies são exclusivamente marinhas e apresentam grande variedade de formas e tamanhos.</p><p>Aula 21</p><p>E</p><p>th</p><p>a</p><p>n</p><p>D</p><p>a</p><p>n</p><p>ie</p><p>ls</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>O</p><p>lg</p><p>a</p><p>L</p><p>is</p><p>s</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>A</p><p>S</p><p>a</p><p>n</p><p>d</p><p>iw</p><p>il</p><p>d</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>C</p><p>a</p><p>g</p><p>e</p><p>fo</p><p>to</p><p>s</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>/A</p><p>la</p><p>m</p><p>y</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>E</p><p>A</p><p>le</p><p>k</p><p>s</p><p>e</p><p>i</p><p>A</p><p>le</p><p>k</p><p>h</p><p>in</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>F</p><p>c</p><p>b</p><p>im</p><p>a</p><p>g</p><p>e</p><p>s</p><p>/A</p><p>la</p><p>m</p><p>y</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>B</p><p>L</p><p>y</p><p>n</p><p>d</p><p>s</p><p>e</p><p>y</p><p>D</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>D</p><p>Estrela-do-mar sobre um substrato rochoso.</p><p>Representantes de equinodermos: estrela-do-mar Fromia monilis, mede até 30 cm de diâmetro (A); pepino-do-mar Thelenota ananas, mede até 70 cm de comprimento (B);</p><p>ouriço-do-mar Echinothrix diadema, com cerca de 20 cm de diâmetro (C); bolacha-da-praia Mellita quinquiesperforata, mede entre 5 cm e 10 cm de diâmetro (D);</p><p>serpente-do-mar Ophiopholis aculeata, com disco central de aproximadamente 2 cm de diâmetro (E); lírio-do-mar Comanthina schlegelii, mede até 70 cm de comprimento (F).</p><p>P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 92P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 92 12/9/22 11:16 AM12/9/22 11:16 AM</p><p>93</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>3</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Zigoto</p><p>Clivagem</p><p>Estágio de oito células</p><p>Clivagem</p><p>Blástula</p><p>Blastocela</p><p>Secção da</p><p>blástula</p><p>Gastrulação</p><p>Arquêntero</p><p>(intestino primitivo)</p><p>Blastóporoó</p><p>Origina o ânus do animal</p><p>Cordado</p><p>Deuterostômios</p><p>Equinodermo</p><p>1.1 Estrutura e fisiologia</p><p>Os equinodermos são organismos deuterostômios, ou seja, durante o desenvolvimento em-</p><p>brionário, o blastóporo, resultante do processo de gastrulação, origina o ânus do animal. Essa</p><p>característica é exclusiva dos equinodermos e dos cordados, os quais, por esse motivo, são con-</p><p>siderados grupos evolutivamente próximos.</p><p>Blastóporo: abertura localizada na</p><p>extremidade do arquêntero que</p><p>originará a boca ou o ânus do</p><p>animal, dependendo do grupo.</p><p>Gastrulação: em animais</p><p>triblásticos, é o processo</p><p>embrionário de formação de</p><p>folhetos germinativos, ou seja,</p><p>momento de diferenciação dos</p><p>tecidos em endoderme, mesoderme</p><p>e ectoderme. Nessa fase do</p><p>desenvolvimento embrionário,</p><p>ocorre a formação do</p><p>tubo digestório.</p><p>Os equinodermos apresentam endoesqueleto calcário envolvido por uma fina camada de</p><p>epiderme, que mantém a forma do animal e protege seus sistemas nervoso, reprodutor e diges-</p><p>tório. Esse esqueleto possui espinhos em sua superfície, o que proporciona proteção contra</p><p>predadores. Algumas espécies apresentam apenas protuberâncias espinhosas, mas não espinhos</p><p>pontiagudos.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática do desenvolvimento embrionário de um animal deuterostômio.</p><p>Esqueletos de equinodermos: bolacha-da-praia (cerca de 5 cm de diâmetro) (A), ouriço-do-mar (mede cerca de 10 cm de diâmetro)</p><p>(B) e estrela-do-mar (cerca de 14 cm de diâmetro) (C).</p><p>A B C</p><p>9</p><p>7</p><p>7</p><p>_</p><p>R</p><p>e</p><p>X</p><p>_</p><p>9</p><p>7</p><p>7</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>S</p><p>a</p><p>n</p><p>it</p><p>F</p><p>u</p><p>a</p><p>n</p><p>g</p><p>n</p><p>a</p><p>k</p><p>h</p><p>o</p><p>n</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>h</p><p>a</p><p>ra</p><p>ld</p><p>m</p><p>u</p><p>c</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>P5_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 93P5_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 93 12/12/2022 20:01:4012/12/2022 20:01:40</p><p>94</p><p>São animais com simetria bilateral durante a fase larval (simetria primária) e radial ou pentar-</p><p>radial quando adultos (simetria secundária). A simetria pentarradial ocorre quando cinco planos</p><p>de corte dividem o animal em partes iguais, como raios de uma circunferência.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática de ouriço-do-mar, que se locomove</p><p>lentamente pelo substrato e tem a boca voltada para baixo.</p><p>Representação</p><p>esquemática dos planos</p><p>de corte da simetria</p><p>pentarradial em uma</p><p>estrela-do-mar.</p><p>Os equinodermos apresentam sistema digestório unidirecional; a região que se encontra</p><p>voltada para o substrato é onde se localiza a boca e é, por isso, chamada superfície oral. Já a face</p><p>oposta, na qual se localiza o ânus, é chamada superfície aboral.</p><p>A maioria das espécies se alimenta de moluscos, crustáceos, anelídeos e outros equinodermos.</p><p>A boca de ouriços-do-mar e de bolachas-da-praia apresenta cinco fortes dentes ligados a uma</p><p>estrutura complexa, denominada lanterna de Aristóteles, que auxilia no processo de raspagem e</p><p>trituração de alimentos. Esses animais se alimentam de algas, plantas marinhas, pequenos animais</p><p>fixos aos substratos e vários tipos de detrito.</p><p>1</p><p>2</p><p>34</p><p>5</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Ânus (superfície aboral)</p><p>Boca (superfície oral)</p><p>B</p><p>o</p><p>d</p><p>o</p><p>r</p><p>T</p><p>iv</p><p>a</p><p>d</p><p>a</p><p>r/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>ck</p><p>Boca de ouriço-do-mar com cinco dentes raspadores.</p><p>Boca Dentes</p><p>A</p><p>C</p><p>ra</p><p>b</p><p>tr</p><p>e</p><p>e</p><p>s</p><p>O</p><p>th</p><p>e</p><p>rE</p><p>d</p><p>e</p><p>n</p><p>/A</p><p>la</p><p>m</p><p>y</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 94P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 94 12/9/22 11:16 AM12/9/22 11:16 AM</p><p>95</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>3</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Os equinodermos apresentam sistema ambulacral ou hidrovascular, um sistema exclusivo</p><p>desse grupo que consiste em uma série de tubos preenchidos por líquido de composição seme-</p><p>lhante à da</p><p>de nácar</p><p>Pérola</p><p>Nácar</p><p>P4_010a012_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod11.indd 11P4_010a012_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod11.indd 11 12/9/22 4:55 PM12/9/22 4:55 PM</p><p>12</p><p>desenhado na lousa. Utilizar a minhoca como representante do filo pode ser uma boa estratégia para a</p><p>compreensão dos estudantes. É importante evidenciar as principais características externas dos anelídeos,</p><p>como o corpo segmentado, além das características e estruturas internas, o que será fundamental para</p><p>que os estudantes possam realizar os exercícios propostos. Pode-se comentar sobre os ambientes onde</p><p>os anelídeos vivem e o motivo pelo qual não encontramos espécies de anelídeos em ambientes secos.</p><p>É interessante mostrar a imagem de um anelídeo em corte para que determinadas características in-</p><p>ternas sejam retomadas, como a presença do celoma, característica que continuará presente em todos os</p><p>filos que ainda serão estudados. É possível utilizar esse momento para abordar também os aspectos fisio-</p><p>lógicos, como a respiração, a circulação, a excreção e a reprodução dos anelídeos.</p><p>#cultura_digital</p><p>Vídeo didático sobre a diversidade de moluscos e aspectos morfofisiológicos.</p><p>MOLUSCOS (Zoologia - EP6). Vídeo (32min54s). Publicado pelo canal Biokrill. Disponível em: https://www.</p><p>youtube.com/watch?v=XJK69ObPkZU. Acesso em: 27 jun. 2022.</p><p>Vídeo que mostra algumas estratégias alimentares dos moluscos.</p><p>LA SEPIA y el pulpo: dos cefalópodos fascinantes. Vídeo (2min20s). Publicado pelo canal National Geographic</p><p>España. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rYVbh2S_4h0. Acesso em: 27 jun. 2022.</p><p>PROFESSOR polvo. Direção: Pippa Ehrlich, James Reed. África do Sul: 2020. Documentário vencedor do</p><p>Oscar, é uma produção com elevada qualidade visual. Mostra a relação de um mergulhador com o ambiente</p><p>marinho e sua biodiversidade.</p><p>Artigo da Revista Fapesp que mostra a presença de parasitas na criação de ostras no Brasil.</p><p>MOON, Peter. Um verme ameaça a produção de ostras em cativeiro no Brasil. Agência Fapesp, 28 jul. 2016.</p><p>Disponível em: https://agencia.fapesp.br/um-verme-ameaca-a-producao-de-ostras-em-cativeiro-no-</p><p>brasil/23655/. Acesso em: 27 jun. 2022.</p><p>Reportagem que aborda a poluição com microplástico em ambientes aquáticos.</p><p>AMBIENTES MARINHOS e de água doce no Brasil sofrem com poluição por microplásticos. Portal Ambiente</p><p>Legal. 19 jul. 2017. Disponível em: https://www.ambientelegal.com.br/ambientes-marinhos-e-de-agua-doce-</p><p>no-brasil-sofrem-com-poluicao-por-microplasticos. Acesso em: 27 jun. 2022.</p><p>Vídeo didático sobre a diversidade de anelídeos e aspectos morfofisiológicos.</p><p>ANELÍDEOS (Zoologia - EP5). Vídeo (28min15s). Publicado pelo canal Biokrill. Disponível em: https://www.</p><p>youtube.com/watch?v=K-W4B-Tck7U. Acesso em: 27 jun. 2022.</p><p>Nos últimos anos, diversos artigos científicos têm discutido as diferentes classificações dos anelídeos.</p><p>Neste material, optamos por apresentar a classificação mais tradicional, que os classifica em Oligochaeta,</p><p>Polichaeta e Hirudinae, sendo que os dois últimos formam o grupo dos Clitellata. Essa é a classificação que</p><p>costuma aparecer nas questões de vestibular. Porém, há fortes evidências de que os Polichaeta não formam</p><p>um grupo monofilético. Análises genéticas indicaram que os Clitellata evoluíram de ancestrais poliquetos.</p><p>Esse assunto ainda não foi cobrado em vestibulares, mas é sempre bom estar atento.</p><p>Outro assunto que pode ser abordado para finalizar a aula são os aspectos ecológicos e econômicos</p><p>dos anelídeos. É possível destacar o processo de produção de húmus, a aeração do solo e a criação de</p><p>galerias, que tornam o solo mais produtivo e mais adequado para o cultivo de diversas espécies de plantas</p><p>de interesse econômico. Inclusive, um dos exercícios da seção Extras! aborda a ação das minhocas no</p><p>processo de aeração e produção de húmus.</p><p>É muito importante a realização dos exercícios da seção Desenvolvendo habilidades. Vale lembrar aos</p><p>estudantes de que realizem os exercícios da seção Extras!, além das tarefas propostas.</p><p>P4_010a012_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod11.indd 12P4_010a012_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod11.indd 12 12/9/22 4:55 PM12/9/22 4:55 PM</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=XJK69ObPkZU</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=XJK69ObPkZU</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=rYVbh2S_4h0</p><p>https://agencia.fapesp.br/um-verme-ameaca-a-producao-de-ostras-em-cativeiro-no-brasil/23655/</p><p>https://agencia.fapesp.br/um-verme-ameaca-a-producao-de-ostras-em-cativeiro-no-brasil/23655/</p><p>https://www.ambientelegal.com.br/ambientes-marinhos-e-de-agua-doce-no-brasil-sofrem-com-poluicao-por-microplasticos/</p><p>https://www.ambientelegal.com.br/ambientes-marinhos-e-de-agua-doce-no-brasil-sofrem-com-poluicao-por-microplasticos/</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=K-W4B-Tck7U</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=K-W4B-Tck7U</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=XJK69ObPkZU</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=K-W4B-Tck7U</p><p>13</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>1</p><p>2</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>12 O B S E R V A T Ó R I O D E F E N Ô M E N O S B I O L Ó G I C O S A</p><p>Artrópodes: o grupo animal</p><p>com maior biodiversidade</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao fim destas aulas, o aluno deverá ser capaz de:</p><p>. Objetivo 1: conhecer os artrópodes, com ênfase na presença de apêndices articulados e presença de</p><p>exoesqueleto. Caracterizar a morfofisiologia do subfilo Hexapoda (insetos).</p><p>. Objetivo 2: caracterizar a morfofisiologia dos subfilos Crustacea, Myriapoda (quilópodes e diplópodes)</p><p>e Chelicerata (classe Arachnida).</p><p>Encaminhamento</p><p>Embarque</p><p>Com quase 1 milhão de espécies catalogadas, os artrópodes, indiscutivelmente, adaptaram-se à vida</p><p>nos mais diversos ambientes. Alguns possuem o corpo dividido em cefalotórax e abdome, outros apresen-</p><p>tam cabeça, tórax e abdome. Existem espécies com quelíceras, outras com peças bucais lambedoras, pi-</p><p>cadoras, além de espécies com um par de asas, outras com dois pares. Devido à grande diversidade de</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>EMIFCNT03</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>Sugestão de roteiro de aula</p><p>Aula Descrição Anotações</p><p>19</p><p>Aspectos gerais dos artrópodes</p><p>Estrutura e fisiologia</p><p>Desenvolvendo habilidades: 1 e 2</p><p>TM: 1 a 3</p><p>TC: 4 e 5</p><p>TD: 6 e 7</p><p>Extras!: 1 e 2</p><p>20</p><p>Classificação</p><p>Aspectos econômico, ecológico e médico</p><p>Desenvolvendo habilidades: 3 e 4</p><p>TM: 8 a 10</p><p>TC: 11 e 12</p><p>TD: 13 e 14</p><p>Extras!: 3 e 4</p><p>P4_013a016_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod12.indd 13P4_013a016_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod12.indd 13 12/9/22 5:03 PM12/9/22 5:03 PM</p><p>14</p><p>formas e funções de seus apêndices e de um exoesqueleto impermeável e rígido, os artrópodes formam</p><p>o grupo de animais mais diversificado em todo o reino animal.</p><p>Sugerimos utilizar a seção Embarque para apresentar aos alunos as principais características do filo</p><p>dos artrópodes, além de contextualizar a presença e a importância dos artrópodes nos diversos serviços</p><p>ambientais.</p><p>Aula 19</p><p>Para abordar o filo dos artrópodes, disponibilizamos duas aulas para que os principais aspectos fisio-</p><p>lógicos, morfológicos e ecológicos possam ser trabalhados. Esta aula está preparada para que o aluno</p><p>consiga verificar os principais aspectos morfofisiológicos dos artrópodes de maneira geral e, além disso,</p><p>será o momento de explicar como os artrópodes, mais precisamente os insetos, conseguiram tamanho</p><p>sucesso adaptativo nos mais diversos ambientes da Terra. A aula 20 será o momento de estudar os crus-</p><p>táceos, miriápodes e aracnídeos.</p><p>Para iniciar a aula 19, sugerimos dividir a turma em pequenos grupos para que os alunos consigam, em</p><p>um tempo máximo de 10 minutos, aproximadamente, listar alguns artrópodes conhecidos, descrever suas</p><p>principais características e alguns aspectos ecológicos e econômicos dos exemplares apresentados. Se</p><p>achar conveniente, é possível pedir aos grupos que resolvam o exercício 1 da seção Desenvolvendo habili-</p><p>dades. Isso será um grande desafio para eles. Após o término do breve trabalho, os grupos poderão ler</p><p>rapidamente</p><p>água do mar. Esses tubos se ramificam pelo corpo e se projetam para fora do endo-</p><p>esqueleto, na forma de pés ambulacrais.</p><p>A água entra pela placa madrepórica e se espalha pelos</p><p>canais radiais até chegar aos pés ambulacrais. A variação</p><p>de pressão que a água sofre no interior dos canais ambu-</p><p>lacrais é responsável pela capacidade de fixação e de des-</p><p>locamento desses animais. Além de atuar na locomoção, o</p><p>sistema ambulacral realiza a distribuição dos nutrientes</p><p>ingeridos pelo animal para todo o corpo, através dos canais</p><p>radiais, e auxilia na eliminação de excretas (realizada por</p><p>difusão). Os pés ambulacrais também desempenham fun-</p><p>ção sensorial.</p><p>A respiração dos equinodermos pode ser realizada por</p><p>meio de brânquias, que, no caso dos ouriços, se localizam</p><p>ao redor da boca. Os pés ambulacrais também estão rela-</p><p>cionados às trocas gasosas.</p><p>A excreção é realizada por difusão, sendo o principal produto da excreção a amônia, resíduo</p><p>nitrogenado extremamente tóxico e muito solúvel em água.</p><p>Com exceção dos lírios-do-mar, o sistema nervoso é formado por um anel nervoso ao redor</p><p>da boca, a partir do qual partem cinco nervos que se ramificam pelo corpo do animal.</p><p>1.2 Reprodu•‹o</p><p>A maioria das espécies de equinodermos é dioica, isto</p><p>é, apresenta sexos separados. Os óvulos e espermatozoides</p><p>são liberados diretamente na água, onde ocorre a fertiliza-</p><p>ção externa. O desenvolvimento é indireto, com formação</p><p>de larvas que apresentam simetria bilateral. Em seu desen-</p><p>volvimento, essas larvas sofrem metamorfose e passam a</p><p>apresentar simetria radial ou pentarradial, característica do</p><p>animal adulto.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática de sistema ambulacral de uma estrela-do-mar.</p><p>Larva de serpente-do-mar.</p><p>Detalhe dos pés ambulacrais utilizados na locomoção de uma estrela-do-mar.</p><p>Pés ambulacrais</p><p>Ampolas</p><p>Canal radial</p><p>Canal circular</p><p>Placa madrepórica</p><p>Canal pétreo</p><p>D</p><p>a</p><p>n</p><p>B</p><p>a</p><p>g</p><p>u</p><p>r/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>D</p><p>r.</p><p>D</p><p>.</p><p>P.</p><p>W</p><p>il</p><p>s</p><p>o</p><p>n</p><p>/S</p><p>c</p><p>ie</p><p>n</p><p>c</p><p>e</p><p>S</p><p>o</p><p>u</p><p>rc</p><p>e</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 95P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 95 12/9/22 11:16 AM12/9/22 11:16 AM</p><p>96</p><p>Processo de</p><p>regeneração de</p><p>estrela-do-mar.</p><p>Ouriços-do-mar frescos.</p><p>Alguns representantes do filo, como as estrelas-do-mar, são capazes de regenerar qualquer</p><p>parte do braço ou do disco central. Portanto, algumas espécies, ao se fragmentarem em duas</p><p>partes, são capazes de formar um novo indivíduo de maneira assexuada.</p><p>1.3 Aspectos ecológico e econômico</p><p>Os equinodermos fazem parte de diversas cadeias alimentares, atuando principalmente como</p><p>consumidores.</p><p>Várias espécies de ouriço-do-mar são muito apreciadas e consumidas pelos seres humanos</p><p>em diversos pratos típicos de algumas regiões do mundo, principalmente na culinária oriental.</p><p>1.4 Classificação</p><p>O equinodermos são classificados em cinco classes principais: Asteroidea, Echinoidea,</p><p>Holothuroidea, Crinoidea e Ophiuroidea.</p><p>Asteroidea: seus principais representantes são as estrelas-do-mar.</p><p>Possuem braços múltiplos e boca voltada para o substrato. Apresen-</p><p>tam elevada capacidade de regeneração.</p><p>Echinoidea: os ouriços-do-mar são classificados como equinoides</p><p>regulares, possuem corpo esférico e apresentam simetria radial. Já as</p><p>bolachas-da-praia são classificadas como equinoides irregulares e</p><p>possuem a forma de um disco achatado.</p><p>R</p><p>o</p><p>b</p><p>e</p><p>rt</p><p>o</p><p>L</p><p>a</p><p>R</p><p>o</p><p>s</p><p>a</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>m</p><p>o</p><p>rk</p><p>o</p><p>v</p><p>k</p><p>a</p><p>p</p><p>iy</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>A</p><p>Q</p><p>_</p><p>ta</p><p>ro</p><p>_</p><p>n</p><p>e</p><p>o</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>D</p><p>o</p><p>m</p><p>in</p><p>ic</p><p>R</p><p>o</p><p>b</p><p>in</p><p>s</p><p>o</p><p>n</p><p>/A</p><p>la</p><p>m</p><p>y</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 96P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 96 12/9/22 11:16 AM12/9/22 11:16 AM</p><p>97</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>3</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Holothuroidea: os pepinos-do-mar são os exemplares típicos. Pos-</p><p>suem corpo alongado e cinco fileiras de pés ambulacrais. Apresentam</p><p>esqueleto reduzido e não possuem espinhos.</p><p>Crinoidea: muitas espécies de lírios-do-mar vivem fixas ao subs-</p><p>trato e apresentam braços ao redor da boca, voltada para o lado</p><p>oposto do substrato.</p><p>Ophiuroidea: seus representantes são também conhecidos como</p><p>serpentes-do-mar, pois possuem um disco central evidente e braços</p><p>longos e flexíveis que realizam movimentos serpentiformes quando o</p><p>animal se desloca.</p><p>Veja a filogenia dos equinodermos com as relações de parentesco mais aceitas atualmente.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Ancestral</p><p>Crinoidea</p><p>Asteroidea</p><p>Ophiuroidea</p><p>Echinoidea</p><p>Holothuroidea</p><p>P</p><p>a</p><p>n</p><p>a</p><p>io</p><p>ti</p><p>d</p><p>i/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P</p><p>a</p><p>n</p><p>a</p><p>io</p><p>ti</p><p>d</p><p>i/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P</p><p>ic</p><p>tu</p><p>L</p><p>a</p><p>n</p><p>d</p><p>ra</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P</p><p>ic</p><p>tu</p><p>L</p><p>a</p><p>n</p><p>d</p><p>ra</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>J</p><p>u</p><p>li</p><p>a</p><p>F</p><p>a</p><p>ra</p><p>n</p><p>c</p><p>h</p><p>u</p><p>k</p><p>/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>J</p><p>u</p><p>li</p><p>a</p><p>F</p><p>a</p><p>ra</p><p>n</p><p>c</p><p>h</p><p>u</p><p>k</p><p>/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>m</p><p>o</p><p>rk</p><p>o</p><p>v</p><p>k</p><p>a</p><p>p</p><p>iy</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>A</p><p>Q</p><p>_</p><p>ta</p><p>ro</p><p>_</p><p>n</p><p>e</p><p>o</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 97P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 97 12/9/22 11:16 AM12/9/22 11:16 AM</p><p>98</p><p>Recapitulando os principais filos de invertebrados</p><p>Antes de iniciar o estudo dos cordados, relembre as principais características dos principais grupos dos invertebrados.</p><p>Grupos de invertebrados e suas principais características</p><p>Filo Exemplo representativo do grupo Características principais</p><p>Porifera</p><p>Animais filtradores, possuem poros na superfície</p><p>do corpo. Não têm tecidos verdadeiros,</p><p>apresentam células especializadas denominadas</p><p>coanócitos (células flageladas que auxiliam na</p><p>captura e na digestão de alimento).</p><p>Cnidaria</p><p>Possuem células urticantes, denominadas</p><p>cnidoblastos. São diblásticos, com simetria radial,</p><p>apresentam uma cavidade gastrovascular (apenas</p><p>com boca).</p><p>Platyhelminthes</p><p>Achatados dorsoventralmente, triblásticos,</p><p>acelomados, com tubo digestório bidirecional</p><p>(incompleto) e simetria bilateral.</p><p>Nematoda</p><p>Pseudocelomados, cilíndricos, sem segmentação,</p><p>triblásticos, apresentam tubo digestório</p><p>unidirecional (completo), cutícula quitinosa e</p><p>simetria bilateral.</p><p>H</p><p>u</p><p>s</p><p>s</p><p>m</p><p>a</p><p>n</p><p>n</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>E</p><p>rn</p><p>ie</p><p>C</p><p>o</p><p>o</p><p>p</p><p>e</p><p>r/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>J</p><p>D</p><p>S</p><p>c</p><p>u</p><p>b</p><p>a</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>J</p><p>o</p><p>la</p><p>n</p><p>ta</p><p>W</p><p>o</p><p>jc</p><p>ic</p><p>k</p><p>a</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>m</p><p>o</p><p>rk</p><p>o</p><p>v</p><p>k</p><p>a</p><p>p</p><p>iy</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 98P4_086a105_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CA_Mod13.indd 98 12/9/22 11:16 AM12/9/22 11:16 AM</p><p>99</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>3</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Mollusca</p><p>Celomados, maioria com concha dura de</p><p>carbonato de cálcio. O corpo apresenta três partes</p><p>principais: cabeça, pé e massa visceral, que podem</p><p>se modificar em cada uma das classes.</p><p>Annelida</p><p>Celomados, corpo com segmentação externa e</p><p>interna. Somente o tubo digestório não apresenta</p><p>segmentação.</p><p>Arthropoda</p><p>Celomados, apresentam corpo segmentado,</p><p>exoesqueleto quitinoso e apêndices articulados</p><p>(pernas, peças bucais, antenas, asas, etc.).</p><p>Crescimento descontínuo com mudas/ecdises. Filo</p><p>com a maior diversidade de espécies conhecidas.</p><p>Echinodermata</p><p>Celomados, simetria bilateral (na fase larval) e</p><p>pentarradial (na fase adulta). Possuem</p><p>endoesqueleto e espinhos no corpo. São</p><p>deuterostômios e apresentam sistema</p><p>hidrovascular exclusivo (sistema ambulacral).</p><p>2 Cordados</p><p>O filo dos cordados (do grego chorda 5 cordão) compreende a maioria dos grandes animais</p><p>viventes. Os cordados ocupam diversos ambientes aquáticos (marinho e dulcícola) e terrestres. Todo</p><p>cordado apresenta, em pelo menos uma fase de seu desenvolvimento (seja na vida embrionária,</p><p>imatura ou adulta), as seguintes características, que os distinguem dos demais grupos de animais:</p><p>. Notocorda: estrutura</p><p>o resultado da atividade para que todos possam comparar suas respostas.</p><p>Após o trabalho realizado pelos alunos, sugerimos utilizar os exemplos fornecidos para que as princi-</p><p>pais características dos artrópodes possam ser detalhadas. Sugere-se iniciar apresentando alguns dados</p><p>que contextualizam o sucesso evolutivo dos artrópodes. Pode-se explicar aos alunos que existem fósseis</p><p>de artrópodes de aproximadamente 530 milhões de anos e que existem cerca de 1 milhão de espécies</p><p>descritas atualmente. Esses dados são uma grande evidência do sucesso evolutivo desse grupo.</p><p>É importante, neste momento, destacar a presença do exoesqueleto quitinoso e dos apêndices articu-</p><p>lados (pernas, apêndices bucais, asas), mencionando que estes foram extremamente vantajosos para que</p><p>os artrópodes conquistassem os diversos ambientes. Vale destacar que os insetos foram os primeiros</p><p>animais capazes de voar. É interessante mostrar também a capacidade de proteção do exoesqueleto, in-</p><p>dicando aos alunos que um esqueleto rígido e impermeável auxilia na proteção mecânica dos animais, além</p><p>de atuar contra a desidratação. Se for possível, levar um exoesqueleto de alguma espécie de artrópode</p><p>para a sala de aula seria bem interessante.</p><p>Após a apresentação dos aspectos estruturais, sugerimos que sejam apresentadas aos alunos as ca-</p><p>racterísticas fisiológicas comuns a diversos grupos de artrópodes, tais como: sistema digestório completo</p><p>(unidirecional), sistema circulatório aberto e sistema nervoso ganglionar ventral. Na sequência da explica-</p><p>ção, sugere-se falar sobre os insetos. Uma forma de iniciar essa abordagem é mostrar um exemplo de sua</p><p>preferência e apresentar as divisões do corpo, o número de pernas e de antenas. Apresentar fotografias e</p><p>vídeos de insetos para a sala de aula pode ser motivador. Recomenda-se comentar também sobre a res-</p><p>piração traqueal, destacando a função de estruturas como o espiráculo e a traqueia, que são importantes</p><p>características adaptativas desse grupo. É importante deixar claro que as trocas gasosas são realizadas</p><p>diretamente nos tecidos, sem a participação do sistema circulatório. É necessário falar rapidamente sobre</p><p>a excreção e comentar que o ácido úrico é pouco tóxico e pouco solúvel em água. Essas características</p><p>promovem a economia de água durante a excreção, condição importante para a sobrevivência dos insetos</p><p>no ambiente terrestre.</p><p>Para finalizar, sugerimos abordar a reprodução dos insetos e, se possível, a metamorfose. Para o fecha-</p><p>mento da aula, pode-se falar também sobre os aspectos ecológicos dos insetos, explicando a importância</p><p>desses animais no processo de polinização e na manutenção e no equilíbrio de teias ecológicas.</p><p>É importante a realização dos exercícios da seção Desenvolvendo habilidades. Vale lembrar aos alunos</p><p>que realizem também os exercícios da seção Extras!.</p><p>Aula 20</p><p>As principais características morfofisiológicas do grupo dos artrópodes já foram apresentadas na aula</p><p>19. Portanto, nesta segunda aula, a sugestão é fazer uma análise comparativa dos subfilos que ainda não</p><p>foram trabalhados. As características devem ser apresentadas de maneira sucinta, com foco maior nos</p><p>aspectos econômicos dos crustáceos e aracnídeos.</p><p>Para que a apresentação dos subfilos possa acontecer de maneira ágil e eficiente, a sugestão é utilizar</p><p>o quadro apresentado no item 3 da seção Neste m—dulo. Uma estratégia interessante é abordar da seguin-</p><p>te maneira:</p><p>P4_013a016_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod12.indd 14P4_013a016_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod12.indd 14 12/9/22 5:03 PM12/9/22 5:03 PM</p><p>15</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>1</p><p>2</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>. Características morfológicas: divisão do corpo, número de pernas e antenas.</p><p>. Características fisiológicas que seguem a mesma sequência apresentada no quadro: sistemas respi-</p><p>ratório, excretor e reprodutor.</p><p>Para concluir, recomendamos comentar os aspectos ecológico e econômico dos crustáceos e dos</p><p>aracnídeos, que estão elencados a seguir:</p><p>. Crustáceos: foco nas relações tróficas e na alimentação humana. Uma opção é falar sobre a crescen-</p><p>te exploração dos recursos marinhos e destacar a coleta indiscriminada de crustáceos nos manguezais</p><p>e pelos barcos pesqueiros de camarões em larga escala.</p><p>. Aracnídeos: papel nas diversas teias alimentares e acidentes causados por aranhas e escorpiões. Se</p><p>houver tempo disponível, é possível abordar as diversas espécies de aracnídeos peçonhentos e mui-</p><p>tas outras capazes de transmitir doenças aos seres humanos. O quadro a seguir mostra de maneira</p><p>didática uma lista de algumas espécies de aracnídeos de interesse médico no Brasil, principalmente</p><p>em virtude dos acidentes relacionados a eles.</p><p>Informação da espécie Distribuição geográfica Fotografia para identificação</p><p>Aranha-armadeira</p><p>(Phoneutria nigriventer)</p><p>Comprimento do corpo:</p><p>4 cm</p><p>Largura: 15 cm a 18 cm</p><p>Hábito: noturno</p><p>Aranha-marrom</p><p>(Loxosceles gaucho)</p><p>Comprimento do corpo:</p><p>1 cm a 1,5 cm</p><p>Largura: 3 cm a 4 cm</p><p>Hábito: noturno</p><p>Viúva-negra</p><p>(Latrodectus curacaviensi)</p><p>Comprimento do corpo:</p><p>1 cm a 1,5 cm</p><p>Largura: 3 cm</p><p>Hábito: diurno e noturno</p><p>Escorpião-marrom</p><p>(Tityus bahiensis)</p><p>Comprimento do corpo:</p><p>6 cm a 7 cm</p><p>Hábito: noturno</p><p>Escorpião-amarelo</p><p>(Tityus serrulatus)</p><p>Comprimento do corpo:</p><p>6 cm a 7 cm</p><p>Hábito: noturno</p><p>Fonte: MUSEU INSTITUTO BUTANTAN. Principais aracn’deos de import‰ncia mŽdica. Disponível em:</p><p>http://labs.icb.ufmg.br/lbcd/prodabi3/grupos/grupo3/1/aranhas.pdf. Acesso em: 30 jun. 2022.</p><p>J</p><p>o</p><p>ã</p><p>o</p><p>B</p><p>u</p><p>ri</p><p>n</p><p>i/</p><p>A</p><p>la</p><p>m</p><p>y</p><p>/F</p><p>o</p><p>to</p><p>a</p><p>re</p><p>n</p><p>a</p><p>V</p><p>in</p><p>ic</p><p>iu</p><p>s</p><p>R</p><p>.</p><p>S</p><p>o</p><p>u</p><p>z</p><p>a</p><p>/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>R</p><p>H</p><p>J</p><p>P</p><p>h</p><p>to</p><p>to</p><p>s</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>S</p><p>a</p><p>ri</p><p>O</p><p>N</p><p>e</p><p>a</p><p>l/</p><p>S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>V</p><p>in</p><p>ic</p><p>iu</p><p>s</p><p>R</p><p>.</p><p>S</p><p>o</p><p>u</p><p>z</p><p>a</p><p>/S</p><p>h</p><p>u</p><p>tt</p><p>e</p><p>rs</p><p>to</p><p>c</p><p>k</p><p>P4_013a016_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod12.indd 15P4_013a016_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod12.indd 15 12/9/22 5:03 PM12/9/22 5:03 PM</p><p>http://labs.icb.ufmg.br/lbcd/prodabi3/grupos/grupo3/1/aranhas.pdf</p><p>16</p><p>#cultura_digital</p><p>ARTRÓPODES II (Zoologia – EP8). Vídeo didático sobre artrópodes com foco nos insetos. Vídeo (9min49s).</p><p>Publicado pelo canal BioKrill. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=tI4pYXRmeJY. Acesso em:</p><p>30 jun. 2022.</p><p>CRUSTÁCEOS PAULISTAS ganham espaço em banco mundial de DNAs. Jornal da USP, 8 jan. 2018. Disponível</p><p>em: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/ciencia-crustaceos-paulistas-ganham-espaco-em-</p><p>banco-mundial-de-dnas/. Acesso em: 30 jun. 2022.</p><p>DEPARTAMENTO de Entomologia e Acarologia. Site do departamento de entomologia e acarologia da Esalq</p><p>traz muitas informações sobre pesquisa e ensino de insetos, além das últimas notícias sobre o tema. Escola</p><p>Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo. Disponível em: http://www.lea.esalq.</p><p>usp.br/. Acesso em: 30 jun. 2022.</p><p>GERAQUE, Eduardo. O mais antigo escorpião da América do Sul. Revista Pesquisa Fapesp, ago. 2020.</p><p>Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/o-mais-antigo-escorpiao-da-america-do-sul/?utm_</p><p>source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=Ed294. Acesso em: 30 jun. 2022.</p><p>ICMBio. Atlas dos Manguezais do Brasil. Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade -</p><p>ICMBio, 2018. Disponível em: https://ava.icmbio.gov.br/pluginfile.php/4592/mod_data/content/14085/</p><p>atlas%20dos_manguezais_do_brasil.pdf. Acesso em: 30 jun. 2022.</p><p>INSETOS. Museu de Biodiversidade. Coleção Entomológica do Departamento de Sistemática e Ecologia da</p><p>Universidade Federal da Paraíba. Página do museu da biodiversidade da Universidade Federal da Paraíba</p><p>traz informações em textos e vídeos sobre os insetos, com curadoria do professor doutor Marcio Bernardino</p><p>da Silva. Disponível em: http://www.ccen.ufpb.br/museubiologia/insetos/. Acesso em: 30 jun. 2022.</p><p>LIRA-DA-SILVA, Rejâne M. Biota Bahia: Acervo impresso e digital dos Répteis e Aracnídeos da Bahia, Brasil.</p><p>Acervo com</p><p>material didático sobre répteis e aracnídeos da Bahia. Núcleo Regional de Ofiologia de Animais</p><p>Peçonhentos, Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Federal da Bahia. Disponível</p><p>em: http://www.noap.ufba.br/biotabahia/aracnideos.html. Acesso em: 30 jun. 2022.</p><p>TUNES, Suzel. Insetos comestíveis. Revista Pesquisa Fapesp, abr. 2020. Disponível em: https://revistapesquisa.</p><p>fapesp.br/insetos-comestiveis/. Acesso em: 30 jun. 2022.</p><p>A N O T A Ç Õ E S</p><p>P4_013a016_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod12.indd 16P4_013a016_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod12.indd 16 12/9/22 5:03 PM12/9/22 5:03 PM</p><p>https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/ciencia-crustaceos-paulistas-ganham-espaco-em-banco-mundial-de-dnas/</p><p>https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/ciencia-crustaceos-paulistas-ganham-espaco-em-banco-mundial-de-dnas/</p><p>http://www.lea.esalq.usp.br/</p><p>http://www.lea.esalq.usp.br/</p><p>https://revistapesquisa.fapesp.br/o-mais-antigo-escorpiao-da-america-do-sul/?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=Ed294</p><p>https://revistapesquisa.fapesp.br/o-mais-antigo-escorpiao-da-america-do-sul/?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=Ed294</p><p>https://ava.icmbio.gov.br/pluginfile.php/4592/mod_data/content/14085/atlas%20dos_manguezais_do_brasil.pdf</p><p>https://ava.icmbio.gov.br/pluginfile.php/4592/mod_data/content/14085/atlas%20dos_manguezais_do_brasil.pdf</p><p>http://www.ccen.ufpb.br/museubiologia/insetos/</p><p>http://www.noap.ufba.br/biotabahia/aracnideos.html</p><p>17</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>1</p><p>3</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Sugestão de roteiro de aula</p><p>Aula Descrição Anotações</p><p>21</p><p>Características e principais aspectos dos</p><p>equinodermos e cordados.</p><p>Desenvolvendo habilidades: 1 e 2</p><p>TM: 1 a 3</p><p>TC: 4 e 5</p><p>TD: 6 e 7</p><p>Extras!: 1 e 2</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>13</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao fim desta aula, o aluno deve ser capaz de:</p><p>. Objetivo 1: compreender a morfofisiologia dos equinodermos.</p><p>. Objetivo 2: analisar as principais características dos representantes do filo dos cordados.</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>EMIFCNT03</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>Encaminhamento</p><p>Embarque</p><p>Para discutir a pergunta do Embarque, “Qual é a relação existente entre o esqueleto humano e o da</p><p>estrela-do-mar?”, pergunte aos alunos se eles já viram ou encontraram um esqueleto de estrela-do-mar</p><p>(ou de ouriço-do-mar ou bolacha-da-praia). A proposta é mostrar-lhes que o esqueleto desses animais,</p><p>assim como o dos cordados, é interno. Após essa informação, outras questões podem ser trabalhadas,</p><p>como: quais características aproximam evolutivamente esses dois grupos de animais? Apesar das muitas</p><p>diferenças anatômicas, somos evolutivamente próximos das estrelas-do-mar, dos ouriços-do-mar e de</p><p>outros equinodermos. Características como deuterostomia e simetria bilateral em estágio larval podem ser</p><p>destacadas neste início de aula.</p><p>Se achar pertinente, sugerimos levar para a sala de aula esqueletos de equinodermos ou fragmentos</p><p>de esqueletos para que os alunos possam analisá-los e para que consigam responder às questões iniciais.</p><p>Aula 21</p><p>Nesta aula, trabalharemos dois grupos: os equinodermos e as características gerais dos cordados.</p><p>Valer destacar que os grandes grupos de cordados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) serão es-</p><p>tudados nas próximas aulas.</p><p>O B S E R V A T Ó R I O D E F E N Ô M E N O S B I O L Ó G I C O S A</p><p>Equinodermos</p><p>e cordados</p><p>P5_017a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod13.indd 17P5_017a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod13.indd 17 13/12/2022 10:47:1513/12/2022 10:47:15</p><p>18</p><p>Para iniciar a aula, sugerimos ressaltar que todos os representantes do filo dos equinodermos são marinhos</p><p>e apresentam espinhos na superfície do corpo. Após as informações introdutórias, pode-se responder à ques-</p><p>tão inicial e explicar que os equinodermos são considerados evolutivamente mais próximos do filo dos corda-</p><p>dos em razão do compartilhamento de duas características: endoesqueleto e deuterostomia. Se achar</p><p>conveniente, mostre de maneira simples e clara como ocorre a formação do blastóporo e, na sequência, o</p><p>desenvolvimento do ânus e da boca. A deuterostomia é característica exclusiva de equinodermos e cordados.</p><p>Blastóporo</p><p>Deuterostômio</p><p>Ânus</p><p>Apresente, na sequência, a imagem de um representante de equinodermos em corte, para evidenciar</p><p>aos alunos a presença da boca e do ânus. Após a caracterização do filo, sugere-se explicar a simetria pen-</p><p>tarradial e discutir as principais características do sistema ambulacral, ressaltando sua importância para o</p><p>transporte de substâncias e para a locomoção.</p><p>Após a explicação sobre o sistema ambulacral, sugerimos iniciar o estudo dos cordados. Diga aos</p><p>alunos que nós, seres humanos, pertencemos a esse filo. Inicialmente, ressalte que os cordados apresentam</p><p>as seguintes características em ao menos uma fase de desenvolvimento (embrionária, larval ou adulta):</p><p>notocorda (que se diferencia em coluna vertebral nos vertebrados), tubo nervoso dorsal, fendas branquiais</p><p>faringianas e cauda pós-anal.</p><p>Após a apresentação das características típicas dos cordados, pode-se ilustrar um anfioxo como exem-</p><p>plo de cordado que apresenta essas quatro características quando adulto.</p><p>Optamos por manter na seção Neste módulo as características gerais dos cordados e a estrutura e a</p><p>classificação dos membros desse filo. O detalhamento sobre os protocordados e vertebrados está presen-</p><p>te na seção Aprofundando o conhecimento.</p><p>Se houver tempo disponível, sugerimos abordar brevemente a importância da alteração do processo</p><p>de captura de alimento em animais com maxila, explicando que os gnatostomados são capazes de captu-</p><p>rar alimentos grandes por meio da rápida abertura e fechamento da boca. Essa característica possibilitou</p><p>um estilo de vida predatório comum nos grupos de vertebrados mandibulados.</p><p>Ressalte aos alunos que os representantes da superclasse dos peixes e das classes de anfíbios, répteis,</p><p>aves e mamíferos serão estudados nas aulas subsequentes.</p><p>Para encerrar a aula, é importante fazer com os alunos os exercícios da seção Desenvolvendo habi-</p><p>lidades. A questão 1 aborda o filo dos equinodermos e destaca, além da deuterostomia, a simetria radial.</p><p>Já a questão 2 explora as características dos cordados e suas respectivas fases de desenvolvimento.</p><p>Estimule-os a realizar os exercícios Extras! e as tarefas mínima, complementar e desafio.</p><p>#cultura_digital</p><p>Reportagem didática da revista Pesquisa Fapesp que mostra o trabalho dos museus de Zoologia no Brasil.</p><p>Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/uma-fauna-engavetada/. Acesso em: 5 jul. 2022.</p><p>Vídeo didático sobre a diversidade e principais características dos cordados. Canal BioKrill. Disponível em:</p><p>https://youtu.be/LKeTqoyECH8. Acesso em: 5 jul. 2022.</p><p>Vídeo didático sobre as principais características dos cordados. Canal Khan Academy Brasil. Disponível em:</p><p>https://youtu.be/SR3uifR4XQI. Acesso em: 5 jul. 2022.</p><p>Elementos fora</p><p>de proporção</p><p>Cores fantasia</p><p>Representação esquemática do blastóporo originando o ânus, na deuterostomia.</p><p>P4_017a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod13.indd 18P4_017a018_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod13.indd 18 12/9/22 11:20 AM12/9/22 11:20 AM</p><p>19</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>1</p><p>4</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Sugestão de roteiro de aula</p><p>Aula Descrição Anotações</p><p>22</p><p>Características morfofisiológicas dos peixes.</p><p>Desenvolvendo habilidades: 1 e 2</p><p>TM: 1 a 3</p><p>TC: 4 e 5</p><p>TD: 6 e 7</p><p>Extras!: 1 a 3</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>14</p><p>A superclasse dos peixes</p><p>Objetivo de aprendizagem</p><p>Ao fim desta aula, o aluno deve ser capaz de:</p><p>. Objetivo 1: compreender a morfofisiologia dos peixes cartilaginosos e ósseos.</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>EMIFCNT03</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>Encaminhamento</p><p>Embarque</p><p>A questão da seção Embarque, “Como a morte dos recifes de coral pode afetar a diversidade de</p><p>peixes?”, tem a finalidade de auxiliar os alunos a perceber as relações entre</p><p>os processos ecossistêmicos.</p><p>Os cnidários foram estudados em módulos anteriores e, por esse motivo, os alunos já devem ter uma base</p><p>teórica sobre a importância dos recifes de corais.</p><p>Uma sugestão é dividir rapidamente a sala em pequenos grupos de quatro ou cinco alunos para</p><p>que consigam, em poucos minutos, elaborar uma resposta para a questão proposta. Após a finali-</p><p>zação do tempo estipulado, os grupos poderão responder em voz alta para que os outros colegas</p><p>também possam ouvir. Será um momento de integração, em que os alunos poderão discutir diversos</p><p>conceitos de Ecologia para que a explicação sobre a fisiologia dos peixes possa ser a mais interes-</p><p>sante possível.</p><p>As respostas devem seguir a linha de que a perda da qualidade dos recifes de corais afeta diretamen-</p><p>te a base da cadeia alimentar marinha e, consequentemente, todas as relações tróficas. A perda de diver-</p><p>sidade biológica está intimamente relacionada com a qualidade ambiental e a disponibilidade de alimen-</p><p>to e abrigo, elementos fornecidos de maneira direta e indireta pelos recifes de coral.</p><p>Além de impactar os recifes de coral, as ações antrópicas têm como consequências a poluição do</p><p>ambiente marinho (causada pelo descarte inadequado de resíduos sólidos e pelo despejo de esgoto,</p><p>principalmente), a perda de diversidade por sobrepesca, a contaminação e o assoreamento de rios e a</p><p>perda de mata ciliar por desmatamento, entre outras.</p><p>A discussão não deve se estender por muitos minutos, visto que os principais aspectos morfológicos</p><p>e fisiológicos dos peixes deverão ser abordados em apenas uma aula.</p><p>O B S E R V A T Ó R I O D E F E N Ô M E N O S B I O L Ó G I C O S A</p><p>P4_019a020_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod14.indd 19P4_019a020_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod14.indd 19 12/12/22 15:5412/12/22 15:54</p><p>20</p><p>Aula 22</p><p>Nesta aula, trabalharemos a superclasse dos peixes. Vale destacar que peixe é um termo usado para</p><p>designar os representantes dos grupos Condrichthyes e Osteichthyes. Essa designação, porém, não tem</p><p>valor taxonômico, já que esses animais não formam um grupo monofilético, ou seja, não compartilham um</p><p>ancestral comum. Alguns autores incluem os ágnatos (feiticeiras e lampreias) no grupo dos peixes. Neste</p><p>material, incluímos na superclasse dos peixes apenas os condrictes e os osteíctes.</p><p>Após a possível discussão com os alunos sobre a importância da manutenção dos recifes de coral para</p><p>a sobrevivência e a manutenção da diversidade de peixes, sugerimos dizer que esses animais apresentam</p><p>enorme diversidade, de modo que o número de espécies de peixes conhecido é maior do que o de todas</p><p>as espécies de outros vertebrados juntos. A informação anterior pode ser seguida de uma breve discussão</p><p>sobre pesca indiscriminada e diminuição do estoque pesqueiro em todos os mares e oceanos do mundo.</p><p>Uma reportagem bem interessante da National Geographic Brasil (https://www.nationalgeographicbrasil.</p><p>com/meio-ambiente/2022/02/como-a-sobrepesca-ameaca-o-oceano-e-por-que-ela-pode-ser-catastrofica)</p><p>discute como décadas de exploração dos recursos marinhos afetaram a dinâmica ecossistêmica e agora</p><p>ameaçam a diversidade de peixes e outros animais aquáticos. Apresentar essa reportagem pode ser uma</p><p>boa estratégia para fazer com que os alunos se interessem pelo assunto.</p><p>Outra sugestão é propor uma atividade de pesquisa para os alunos. A sala poderá ser dividida em</p><p>grupos que realizarão uma pesquisa sobre a sobrepesca e os impactos dessa atividade na vida dos orga-</p><p>nismos aquáticos. A apresentação pode ser na forma de vídeo, áudio, banners, ou outro meio que estiver</p><p>de acordo com a proposta da escola. Esse tipo de atividade pode favorecer o interesse pelo conteúdo</p><p>estudado e pelos problemas e soluções ambientais.</p><p>Depois da discussão inicial, inicie a apresentação dos peixes. Comece com as características gerais,</p><p>como o corpo hidrodinâmico e a presença de nadadeiras, escamas e glândulas mucosas, características</p><p>que facilitam o deslocamento na água. Em seguida, é interessante apresentar os dois grupos de peixes –</p><p>condrictes e osteíctes –, citando exemplos que podem partir dos próprios alunos. Caracterize e diferencie</p><p>esses dois grupos de peixes quanto ao esqueleto, à posição da boca e à presença de opérculo e de vesí-</p><p>cula gasosa. Nesse momento, convém utilizar o quadro comparativo da seção Neste módulo. Se julgar</p><p>oportuno, comente que os condrictes podem ser ovíparos, ovovivíparos ou vivíparos, enquanto os osteíctes</p><p>são, na maioria, ovíparos</p><p>É fundamental explicar o funcionamento da linha lateral como um órgão dos sentidos muito eficiente</p><p>no meio aquático, aprofundando esse conteúdo, caso julgue necessário. Também convém citar os outros</p><p>sentidos dos peixes, como olfato, visão etc. Optamos por inserir o processo de regulação osmótica dos</p><p>peixes ósseos e cartilaginosos apenas na seção Aprofundando o conhecimento.</p><p>Para finalizar a aula, sugerimos a discussão sobre a introdução de espécies exóticas de peixes em</p><p>comunidades naturais. Por ser a segunda maior causa de perda de diversidade biológica nos ecossistemas,</p><p>trata-se de um tema relevante para ser comentado em sala de aula, e o seu estudo pode ser bastante en-</p><p>riquecedor e interessante para os alunos.</p><p>É muito importante a realização dos exercícios da seção Desenvolvendo habilidades. Vale lembrar os</p><p>alunos de que realizem os exercícios da seção Extras!, além das tarefas propostas.</p><p>#cultura_digital</p><p>Informações sobre a qualidade dos corais em todo o mundo. Organização das Nações Unidas (ONU). Dis-</p><p>ponível em: https://www.unep.org/pt-br/explore-topics/oceans-seas/o-que-fazemos/proteger-os-recifes</p><p>-de-corais. Acesso em: 8 jul. 2022.</p><p>Material informativo sobre os corais. Disponível em: http://www.zonacosteira.bio.ufba.br/recifes.html. Aces-</p><p>so em: 8 jul. 2022.</p><p>Site com informações atuais sobre sobrepesca. Disponível em: https://brasil.oceana.org/campanhas/</p><p>acabar-com-a-sobrepesca/. Acesso em: 8 jul. 2022.</p><p>Vídeo didático sobre peixes cartilaginosos. Disponível em: https://youtu.be/mdru6fxwQ78. Acesso em:</p><p>22 jul. 2022.</p><p>Vídeo didático sobre peixes ósseos. Disponível em: https://youtu.be/OVFBlF0R_7M. Acesso em: 22 jul. 2022.</p><p>P4_019a020_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod14.indd 20P4_019a020_ANGLO_EM3_AC_C2_BIO_A_CP_Mod14.indd 20 12/12/22 15:5412/12/22 15:54</p><p>https://www.unep.org/pt-br/explore-topics/oceans-seas/o-que-fazemos/proteger-os-recifes-de-corais</p><p>https://www.unep.org/pt-br/explore-topics/oceans-seas/o-que-fazemos/proteger-os-recifes-de-corais</p><p>http://www.zonacosteira.bio.ufba.br/recifes.html</p><p>https://brasil.oceana.org/campanhas/acabar-com-a-sobrepesca/</p><p>https://brasil.oceana.org/campanhas/acabar-com-a-sobrepesca/</p><p>https://youtu.be/mdru6fxwQ78</p><p>https://youtu.be/OVFBlF0R_7M</p><p>21</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>1</p><p>5</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Sugestão de roteiro de aula</p><p>Aula Descrição Anotações</p><p>23</p><p>Características gerais dos anfíbios e répteis</p><p>Adaptações desses grupos ao ambiente</p><p>terrestre</p><p>Desenvolvendo habilidades: 1 e 2</p><p>TM: 1 a 3</p><p>TC: 4 e 5</p><p>TD: 6 e 7</p><p>Extras!: 1 e 2</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>15 O B S E R V A T Ó R I O D E F E N Ô M E N O S B I O L Ó G I C O S A</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao fim desta aula, o aluno deve ser capaz de:</p><p>. Objetivo 1: conhecer a morfofisiologia e os aspectos ecológicos dos anfíbios.</p><p>. Objetivo 2: conhecer a morfofisiologia e os aspectos ecológicos dos répteis.</p><p>Encaminhamento</p><p>Embarque</p><p>A questão da seção Embarque,“Por que serpentes e lagartos colocam a língua para fora da boca?”, tem</p><p>a finalidade de instigar a curiosidade dos alunos e levantar alguns conhecimentos prévios acerca dos répteis.</p><p>A observação da imagem, associada aos conhecimentos científicos e empíricos dos estudantes, é a base</p><p>para que elaborem hipóteses para responder à questão norteadora. O conhecimento de que a língua é um</p><p>órgão sensitivo pode suscitar a ideia de que esses animais sentem o sabor de substâncias químicas no ar</p><p>ou sobre objetos, como folhas</p><p>e galhos, o que os ajudaria a localizar presas, predadores e/ou parceiros se-</p><p>xuais. Talvez alguns se lembrem dos estudos da 2ª série da Formação Geral, comentem sobre o órgão vo-</p><p>meronasal (órgão de Jacobson) e apresentem a resposta fundamentada nesses conhecimentos. O mais</p><p>importante é abrir espaço na aula para que estudantes sejam agentes do aprendizado.</p><p>Aula 23</p><p>O estudo dos anfíbios pode ser iniciado apresentando-os como descendentes de peixes ósseos ancestrais</p><p>e explicando que eles existem há cerca de 300 milhões de anos, e que constituem hoje um grupo bastante</p><p>diversificado, com representantes em diferentes hábitats terrestres, desde florestas úmidas a desertos. Essa</p><p>apresentação tem grande valor para que não se estabeleça a impressão (ou para que ela seja desfeita) de que</p><p>eles não são adaptados ao ambiente terrestre; afinal, ocupam esse ambiente há milhões de anos, inclusive</p><p>áreas secas, como a Caatinga e os desertos, tratando-se, portanto, de um grupo com sucesso fora da água.</p><p>Anfíbios e répteis</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:</p><p>P4_021_022_Anglo_3EM_AC_C2_BIO_A_CP_Mod15.indd 21P4_021_022_Anglo_3EM_AC_C2_BIO_A_CP_Mod15.indd 21 12/9/22 6:10 PM12/9/22 6:10 PM</p><p>22</p><p>A apresentação das características dos anfíbios, acompanhada de ilustrações projetadas, de filmes ou</p><p>de pesquisas feitas durante as aulas pelos estudantes, pode aumentar a familiaridade deles com esse gru-</p><p>po de animais, que não é muito comum em áreas com alto índice de urbanização.</p><p>Para a compreensão do fenômeno de respiração cutânea nos anfíbios, é importante ressaltar a alta</p><p>vascularização da pele, bem como os pulmões relativamente simples e com pouca superfície de trocas</p><p>gasosas, quando comparados aos de outros tetrápodes.</p><p>O número de cavidades do coração e o tipo de circulação são citados no resumo da aula; no entanto,</p><p>a abordagem detalhada desses temas será feita nas aulas de fisiologia animal.</p><p>Ressalte que, embora o ciclo de vida com fecundação externa, fase larval aquática e metamorfose esteja</p><p>presente na maioria dos anfíbios, as cecílias e as salamandras apresentam fecundação interna (mas não têm</p><p>órgão copulador). Os machos das cecílias, por exemplo, liberam seus gametas no interior das fêmeas, proje-</p><p>tando parte da cloaca masculina (chamada de falodeu). Além disso, esses animais não têm fase larval.</p><p>A questão 1 da seção Extras! aborda a ocorrência de sapos na Caatinga, bem como as adaptações que</p><p>possibilitam essa ocorrência.</p><p>As excretas nitrogenadas demandam atenção especial, já que os girinos (fase larval aquática) excretam</p><p>amônia, assim como os peixes ósseos, e a fase adulta, em ambiente terrestre, excreta ureia, o que é mais</p><p>vantajoso, pela menor disponibilidade hídrica.</p><p>Para introduzir os répteis, sugere-se abordar as mudanças na classificação desse grupo, ressaltando</p><p>que, embora eles não sejam mais considerados um grupo monofilético, esse agrupamento ainda é reco-</p><p>nhecido por tradição acadêmica.</p><p>Durante a exposição das características gerais desses animais, é importante destacar que é comum</p><p>ainda nos referirmos aos répteis como um grupo, pois:</p><p>. são independentes da água para a reprodução, já que apresentam órgão copulador, ovo amniótico e</p><p>ausência de fase larval aquática;</p><p>. são independentes da água para a respiração, pois sua respiração é pulmonar. Apresentam pele seca e</p><p>rica em queratina (os anfíbios têm pouca), o que não possibilita as intensas trocas gasosas cutâneas</p><p>observadas nos anfíbios.</p><p>O ovo amniótico e seus anexos serão detalhadamente abordados na aula 25. Portanto, nesta aula, sugere-se</p><p>abordar o tema de maneira introdutória, mencionando que o ovo amniótico proporciona proteção, sustentação</p><p>(casca membranosa ou calcária), hidratação, trocas gasosas e retenção de excretas do tipo ácido úrico (excreção</p><p>mantida após o nascimento na maioria das espécies, embora muitas tartarugas excretem ureia).</p><p>A questão 2 da seção Desenvolvendo habilidades aborda a fecundação interna e o desenvolvimento</p><p>direto dos lagartos, bem como a funcionalidade da língua bífida e do órgão vomeronasal.</p><p>A questão 2 da seção Extras! explora a relação entre a temperatura e a determinação sexual em que-</p><p>lônios, com a apresentação de gráficos que evidenciam diferentes possibilidades de resultados.</p><p>É muito importante a realização dos exercícios da seção Desenvolvendo habilidades. Vale lembrar os</p><p>alunos de que realizem os exercícios da seção Extras!, além das tarefas propostas.</p><p>#cultura_digital</p><p>ASPECTOS Ecológicos da Determinação Sexual em Tartarugas. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aa/a/</p><p>bzSXL9CpfzFq4qHRGtb9ppF/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>DETERMINAÇÃO do sexo dependente da temperatura em répteis. Disponível em: https://embryo.asu.edu/</p><p>pages/temperature-dependent-sex-determination-reptiles. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>FILO Chordata Super Classe Tetrapoda Classe Amphibia. Disponível em: https://www.fcav.unesp.br/Home/</p><p>departamentos/biologia/MARIACELIAPORTELLA/12t.-aula-amphibia-2014.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>O GRUPO dos Cordados. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/176648/2/Livro</p><p>_Ciencias%20Biologicas_Zoologia%20dos%20Cordados.PDF. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>ZOOLOGIA de Cordados. Disponível em: https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Zoologia-de-Corda</p><p>dos.pdf. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>ZOOLOGIA dos Vertebrados – Aula 10 – Anfíbios. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hXs</p><p>5G7Eb5zg. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>ZOOLOGIA dos Vertebrados – Aula 11 – Répteis. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jTkoBs</p><p>l7rPI. Acesso em: 22 ago. 2022.</p><p>P4_021_022_Anglo_3EM_AC_C2_BIO_A_CP_Mod15.indd 22P4_021_022_Anglo_3EM_AC_C2_BIO_A_CP_Mod15.indd 22 12/9/22 6:10 PM12/9/22 6:10 PM</p><p>https://www.scielo.br/j/aa/a/bzSXL9CpfzFq4qHRGtb9ppF/?lang=pt&format=pdf</p><p>https://www.scielo.br/j/aa/a/bzSXL9CpfzFq4qHRGtb9ppF/?lang=pt&format=pdf</p><p>https://embryo.asu.edu/pages/temperature-dependent-sex-determination-reptiles</p><p>https://embryo.asu.edu/pages/temperature-dependent-sex-determination-reptiles</p><p>https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/biologia/MARIACELIAPORTELLA/12t.-aula-amphibia-2014.pdf</p><p>https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/biologia/MARIACELIAPORTELLA/12t.-aula-amphibia-2014.pdf</p><p>https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/176648/2/Livro_Ciencias%20Biologicas_Zoologia%20dos%20Cordados.PDF</p><p>https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/176648/2/Livro_Ciencias%20Biologicas_Zoologia%20dos%20Cordados.PDF</p><p>https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Zoologia-de-Cordados.pdf</p><p>https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Zoologia-de-Cordados.pdf</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=hXs5G7Eb5zg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=hXs5G7Eb5zg</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=jTkoBsl7rPI</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=jTkoBsl7rPI</p><p>23</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>LO</p><p>1</p><p>6</p><p>O</p><p>B</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>A</p><p>T</p><p>Ó</p><p>R</p><p>IO</p><p>D</p><p>E</p><p>F</p><p>E</p><p>N</p><p>Ô</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>IO</p><p>L</p><p>Ó</p><p>G</p><p>IC</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>Sugestão de roteiro de aula</p><p>Aula Descrição Anotações</p><p>24</p><p>Características gerais das aves</p><p>Características gerais dos mamíferos</p><p>Desenvolvendo habilidades: 1 e 2</p><p>TM: 1 a 4</p><p>TC: 5 e 6</p><p>TD: 7 e 8</p><p>Extras!: 1 e 2</p><p>M</p><p>Ó</p><p>D</p><p>U</p><p>L</p><p>O</p><p>16 O B S E R V A T Ó R I O D E F E N Ô M E N O S B I O L Ó G I C O S A</p><p>Investigação</p><p>científica</p><p>EMIFCNT01</p><p>EIXO</p><p>ESTRUTURANTE:Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao fim desta aula, o aluno deve ser capaz de:</p><p>. Objetivo 1: conhecer as características gerais das aves.</p><p>. Objetivo 2: conhecer as características gerais dos mamíferos.</p><p>Encaminhamento</p><p>Embarque</p><p>A questão da seção Embarque, “Qual é a relação entre a abertura corporal na região dorsal do boto-</p><p>-cor-de-rosa e as redes de pesca na bacia Amazônica?”, tem a finalidade de instigar a curiosidade dos</p><p>alunos acerca dos botos-vermelhos (botos-cor-de-rosa), que são mamíferos fluviais e vítimas acidentais</p><p>frequentes das redes de pesca nos rios da região amazônica. Sugere-se complementar essa reflexão com</p><p>a seguinte questão: Considerando que são espécies adaptadas ao ambiente</p>

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