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<p>Direito Internacional Público NP2</p><p>Professor Doutor Marcelo José Grimone</p><p>Artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional</p><p>a) as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;</p><p>b) o costume internacional, como prova de uma prática geral aceite como Direito;</p><p>FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL</p><p>c) os princípios gerais de Direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;</p><p>d) As decisões judiciais e a doutrina dos publicistas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de Direito.</p><p>Fontes do Direito Internacional</p><p>Ao contrário do que ocorre no âmbito interno dos Estados, não existe um poder constitucional do qual se possa extraí-las, logo, a validade de uma norma como fonte de direito dependerá da forma com que é elaborada e de como se torna obrigatória no plano internacional.</p><p>Princípios Gerais de Direito</p><p>Princípios gerais de direito reconhecidos pelas nações civilizadas: não são tão facilmente identificáveis, mas a maioria da doutrina ensina que são aqueles princípios aceitos por todos os ordenamentos jurídicos sem grandes dificuldades, como o princípio da boa-fé, da proteção da confiança, da coisa julgada, entre outros.</p><p>Assim, se são princípios reconhecidos pela maioria dos Estados, passam também a fazer parte do Direito Internacional, já que este rege as relações entre os Estados.</p><p>Princípios Gerais do Direito</p><p>São ainda uma importante ferramenta que auxilia na atividade interpretativa do juiz, o qual não está adstrito à letra da lei, mas deve buscar o sentido da lei. A classificação dos princípios como uma fonte do Direito demonstra que o juiz não é um mero aplicador da lei.</p><p>Alguns exemplos de Princípios Gerais de Direito Internacional são princípio da autodeterminação dos povos, princípio da não intervenção e princípio da cooperação internacional.</p><p>Costume Internacional</p><p>É considerada uma das mais importantes fontes do Direito Internacional, tendo em vista que a maioria das normas internacionais são de origem consuetudinária, ou seja, derivam do costume internacional já que não existe um órgão responsável pela produção de normas jurídicas, e são criadas pela manifestação de vontade dos Estados.</p><p>COSTUME INTERNACIONAL</p><p>Por costume internacional, como o próprio nome já sugere, entende-se a prática reiterada de determinada conduta pelos sujeitos de Direito Internacional.</p><p>Costume Internacional</p><p>Considerada como costume, há a necessidade da constatação de dois elementos: o elemento material, que diz respeito à repetição da conduta reiteradas vezes; e o elemento subjetivo, que diz respeito à aceitação pelos sujeitos internacionais desta conduta como necessária e justa, logo, o entendimento de que é uma prática jurídica.</p><p>COSTUME INTERNACIONAL</p><p>É justamente a existência do elemento subjetivo, ou seja, do sentimento de obrigatoriedade, que diferencia o costume de uma simples prática rotineira, de um hábito ou de uma mera cortesia.</p><p>Costume Internacional</p><p>Para se configurar como costume, o uso deverá estar em conformidade com a moral e com a ordem pública, confundindo-se mesmo com a própria ideia de justiça.</p><p>Nas relações internacionais, o costume é muito mais amplo, sendo capaz, inclusive, de vincular partes não co-pactuantes, desde que internacionalmente reconhecido.</p><p>Costume e tratado: a questão hierárquica.</p><p>Não há desnível hierárquico entre normas costumeiras e normas convencionais.</p><p>O Estatuto da Corte da Haia não tencionou ser hierarquizante ao mencionar os tratados antes do costume.</p><p>Tratados e convenções internacionais</p><p>São apontados pela doutrina internacionalista com a principal fonte, porquanto que regulam as matérias mais importantes no âmbito internacional.</p><p>Em sua essência, nada mais são do que acordos internacionais resultantes da convergência de vontade de dois ou mais sujeitos internacionais, diferenciando-se tratados e convenções apenas pela extensão da sua abrangência.</p><p>Fontes</p><p>Não há uma hierarquia entre as fontes primárias do Direito Internacional elencadas no art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça.</p><p>1</p><p>Desta forma, todas elas merecem igual atenção e respeito, podendo, por exemplo, um tratado internacional, revogar uma norma consuetudinária, ou vice-versa.</p><p>2</p><p>FONTES</p><p>No entanto, tem sido mais comum que os Tribunais Internacionais deixem prevalecer o conteúdo das normas constante dos Tratados, tendo em vista que os mesmos são uma expressão da vontade dos Estados.</p><p>Jurisprudência e Doutrina</p><p>A jurisprudência e doutrina, no âmbito do Direito Internacional, não são consideradas como verdadeiras fontes do direito, mas apenas como meios auxiliares para a determinação das normas.</p><p>Há também quem as denomine de fontes auxiliares, mas ainda assim a Jurisprudência não dá origem ao direito, pelo contrário, ela advém de um ponto controvertido do mesmo.</p><p>DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA</p><p>Todavia, ainda que não consideradas tecnicamente como fontes, pois delas não emana o direito, cumprem um papel muito importante no que toca a definição do conteúdo das normas, por essa razão são mencionadas no Estatuto da Corte Internacional de Justiça.</p><p>Jurisprudência</p><p>Por jurisprudência entende-se o conjunto de decisões em um mesmo sentido, proferidas reiteradas vezes por um determinado Tribunal.</p><p>Atos Unilaterais</p><p>• Atos Unilaterais dos Estados: os Estados são os sujeitos originários do Direito Internacional Público, logo, seus atos influenciam sobremaneira na formação deste Direito, gerando consequências jurídicas internacionais.</p><p>Por atos unilaterais, entende-se todo aquele que é cometido apenas por um Estado, sem a necessidade de consentimento dos demais.</p><p>Atos Internacionais; Exemplos</p><p>a) Protesto: quando um Estado manifesta expressamente a sua discordância com determinada prática que viole normas internacionais, objetivando resguardar os seus direitos.</p><p>b) Renúncia: quando um Estado desiste expressamente de um direito que lhe assiste.</p><p>Atos Internacionais; Exemplos</p><p>c) Denúncia: quando um Estado rescinde um Tratado Internacional, deixando de ser signatário do mesmo.</p><p>d) Ruptura das relações diplomáticas: quando um Estado declaradamente suspende as relações internacionais com outro Estado.</p><p>Resoluções/Decisões</p><p>Resoluções/Decisões das organizações internacionais:</p><p>As organizações internacionais são os sujeitos derivados de Direito Internacional Público, assim, da mesma forma que os atos praticados pelos Estados, seus atos também impactam no Direito Internacional Público, gerando consequências jurídicas internacionais, e, por isso, são considerados como fontes desse ramo jurídico.</p><p>Resoluções/Decisões</p><p>Em regra, as organizações internacionais possuem personalidade jurídica internacional derivada, eis que são uma criação dos Estados.</p><p>A sua capacidade vem estipulada no seu Estatuto, no qual são previstos os todos os atos que a organização poderá praticar, como editar resoluções.</p><p>Decisões das Organizações Internacionais</p><p>É importante observarmos que as decisões das organizações internacionais podem ser de caráter vinculante ou não, o que será estipulado pelo respectivo estatuto de cada organização.</p><p>Alguma parcela da doutrina aduz que, somente quando forem atos vinculantes aos Estados membros serão considerados como fonte do Direito Internacional Público.</p><p>Quando forem atos de mera orientação, apesar da sua importância, não devem ser considerados como fonte do Direito, uma vez que não criam uma norma.</p><p>Decisões das Organizações Internacionais</p><p>Por exemplo, a Carta da ONU refere-se aos atos da Assembleia Geral como recomendações da mesma forma que se refere às decisões do Conselho de Segurança, todavia, o art. 25 da Carta das Nações torna as recomendações do Conselho de Segurança obrigatórias, enquanto que não há igual previsão para as emitidas pela Assembleia Geral.</p><p>Decisões das Organizações Internacionais</p><p>Diante disso, as recomendações da Assembleia</p><p>Geral da ONU seriam vinculantes ou facultativas? Para que seja vinculante é preciso que esteja expresso no Estatuto? Ainda que não esteja expresso, podem existir exceções?</p><p>Existe uma interessante discussão sobre o tema.</p><p>Responsabilidade Internacional</p><p>a) ato ilícito;</p><p>b) imputabilidade;</p><p>c) prejuízo ou dano.</p><p>Responsabilidade Internacional</p><p>Quanto ao denominado ato ilícito, necessário frisar-se que a ilicitude do ato há que ser demonstrada frente a regras de direito internacional público, não aos olhos de normas internas do Estado que alegue a lesão.</p><p>Responsabilidade Internacional</p><p>Especificamente à imputabilidade, nos mesmos moldes com que se verifica quando da análise da prática de ato ilícito levado a cabo no ambiente interno e diante de normas próprias do Estado, no âmbito internacional, há que se demonstrar, efetivamente, que o ato pratica assim fez-se realizar por sujeito determinado reconhecido como tal pelo direito internacional público.</p><p>Responsabilidade Internacional</p><p>Logo, apenas os Estados e, eventualmente, os organismos internacionais estariam aptos à prática destes atos.</p><p>Responsabilidade Internacional</p><p>A responsabilidade pode ser também direta, quando o ato é imputável ao próprio Estado nacional, ou indireta, quando se atribui a uma dependência do Estado ou uma unidade subnacional, como as entidades componentes de uma federação, ou a atos de particulares</p><p>Responsabilidade Internacional</p><p>Os atos de particulares ou de empresas nem sempre podem ser imputados aos Estados.</p><p>Ensina REZEK que “ este incorrerá em ilícito somente quando faltar a seus deveres elementares de prevenção e repressão</p><p>Responsabilidade Internacional</p><p>Foi esse o entendimento que prevaleceu na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em 1980, quando do julgamento do caso Pessoal Diplomático e Consular dos Estados Unidos em Teerã.</p><p>No caso Damião Ximenes Lopes vs. Brasil, o Estado brasileiro foi responsabilizado internacionalmente pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por violação da Convenção de 1969, por atos imputáveis a dirigentes e funcionários de uma clínica de saúde conveniada ao SUS</p><p>Responsabilidade Intercionacional</p><p>Com relação ao elemento efetivo prejuízo ou dano, requisito essencial à responsabilização internacional de um Estado, cabe ressaltar a necessidade de sua verificação em face de sujeito de direito internacional público, já que, acaso levado a termo o prejuízo em face de particular ou empresa, o instituto a ser suscitado outro será.</p><p>Responsabilidade Internacional</p><p>O desenvolvimento do direito internacional do meio ambiente produziu importantes mudanças no campo da responsabilidade internacional dos Estados, passando a admitir-se a responsabilidade Objetiva do Estado por danos ambientais, no plano internacional</p><p>Responsabilidade Internacional</p><p>Tal como no direito Civil, quem pratica ato ilícito internacional também está obrigado a repará-lo</p><p>A aprovação em 1998 do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional ( TPI) sedimentou a possibilidade de responsabilização internacional do indivíduo.</p><p>O TPI funciona desde de 2002 em Haia</p><p>Atos ilícitos decorrentes de atos ilícitos dos Estados</p><p>O dever internacional de solução pacífica dos conflitos é uma matéria correlata à da responsabilização dos Estados, uma vez que o Estado “vítima” pode reagir ao ato ilícito de potência estrangeira de variadas formas, como mediante o emprego de retorsão ( resposta mediante ato ilícito</p><p>Atos ilícitos decorrentes de atos ilícitos dos Estados</p><p>represália ( resposta mediante ato ilícito de não cumprimento de deveres internacionais;</p><p>ou retaliação econômica no sistema da OMC, que são formas de autotutela</p><p>DOMÍNIO PÚBLICO INTERNACIONAL</p><p>Conceito. São regiões, localizadas no globo terrestre e espaciais, em que nenhum Estado detém soberania, podendo ser utilizadas pelo sociedade internacional, atendidos preceitos estabelecidos nas relações exteriores.</p><p>São domínio público internacional:</p><p>Antártida.</p><p>Polo Norte.</p><p>Mares Internacionais</p><p>Fundos Marinhos</p><p>Estreitos Internacionais</p><p>Espaço extra-atmosférico.</p><p>NACIONALIDADE</p><p>Os direitos da nacionalidade</p><p>06 - Conceito da nacionalidade</p><p>Nacionalidade pode ser definida como o vínculo jurídico-político que liga um indivíduo a determinado Estado, fazendo com que esse indivíduo passe a integrar o povo daquele Estado e, por consequência, desfrute de direitos e submeta-se a obrigações.</p><p>NACIONALIDADE</p><p>Povo: conjunto de pessoas que fazem parte do Estado – o seu elemento humano – unido ao Estado pelo vínculo jurídico-político da nacionalidade;</p><p>População: conjunto de residentes no território, nacionais ou estrangeiros ( bem como os apátridas )</p><p>DEFINIÇÕES</p><p>Nação: conjunto de pessoas nascidas em um território, com a mesma língua, cultura, costumes, tradições, adquirindo uma mesma identidade sociocultural. São os nacionais que diferem dos estrangeiros. São os brasileiros natos ou naturalizados.</p><p>Nacionalidade: é o vínculo jurídico-político que liga um indivíduo a determinado Estado.</p><p>Cidadania: tem por pressuposto a nacionalidade, caracterizando-se como a titularidade de direitos políticos de votar e ser votado. O cidadão é o nacional que goza de direitos políticos.</p><p>NACIONALIDADE</p><p>Espécies de Nacionalidade</p><p>A doutrina costuma apresentar duas espécies de nacionalidade:</p><p>Primária ou originária ( involuntária)</p><p>Secundária ou adquirida (voluntária)</p><p>PRIMÁRIA</p><p>A nacionalidade primária é imposta, de maneira unilateral, independentemente da vontade do indivíduo, pelo Estado, no momento do nascimento.</p><p>Secundária</p><p>A nacionalidade secundária é aquela que se adquire por vontade própria, depois do nascimento, normalmente pela naturalização, que poderá ser requerida tanto por estrangeiros como pelos apátridas.</p><p>Brasileiro Nato</p><p>IUS SANGUINIS</p><p>Os critérios de atribuição de nacionalidade originária, são:</p><p>=> IUS SANGUINIS ( origem sanguínea) – por esse critério será nacional todo o descendente de nacionais, independentemente do local de nascimento.</p><p>IUS SOLI</p><p>IUS SOLI ( origem territorial ) – por esse critério será nacional o nascido no território do Estado, independentemente da nacionalidade de sua ascendência. A constituição adotou-o em regra</p><p>BRASILEIRO NATO</p><p>Como regra geral prevista no artigo 12, I, da CF o Brasil, país de imigração, adotou o critério do ius solis.</p><p>Esta regra, porém, é atenuada em diversas situações ( adoção do ius sanguinis somado a determinados requisitos).</p><p>TERRITÓRIO</p><p>Artigo 12 da Constituição Federal:</p><p>ius solis: artigo 12, I, letra “a”,</p><p>os nascidos na República Federativa do Brasil, desde que estes não estejam a serviço de seu país;</p><p>TERRITÓRIO</p><p>Território: terras delimitadas pelas fronteiras geográficas; os navios e as aeronaves de guerra brasileiros, onde quer que se encontrem; os navios mercantes brasileiros em alto mar ou de passagem em mar territorial estrangeiro; as aeronaves civis brasileiras em voo sobre o alto mar ou de passagem sobre águas territoriais ou espaços aéreos estrangeiros.</p><p>NACIONALIDADE</p><p>ius sanguinis + critério funcional ( serviço do Brasil): artigo 12, I, letra “b”,</p><p>os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;</p><p>NACIONALIDADE</p><p>Ius sanguinis + critério residência + opção confirmativa: artigo 12, I, letra “c”,</p><p>segunda parte, decorre a possibilidade de filho de pai brasileiro ou de mãe brasileiro, que não estejam a serviço do Brasil, vier a residir no Brasil e optar, a qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. Aqui a nacionalidade depende da exclusiva vontade do filho.</p><p>Nacionalidade</p><p>Brasileiro Naturalizado:</p><p>Como forma de aquisição da nacionalidade secundária, a Constituição prevê o processo de naturalização que dependerá tanto da manifestação de vontade do interessado com da aprovação do Estado brasileiro, que através de ato de soberania, de forma discricionária, poderá ou não</p><p>atender à solicitação do estrangeiro ou apátrida.</p><p>Nacionalidade</p><p>A naturalização pode ser: ( lei de imigração: Lei 13445/2017)</p><p>I - ordinária;</p><p>II - extraordinária;</p><p>III - especial; ou</p><p>IV - provisória.</p><p>Naturalização Ordinária: CONDIÇÕES</p><p>I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira;</p><p>II - ter residência em território nacional, pelo prazo mínimo de 4 (quatro) anos;</p><p>III - comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando; e</p><p>IV - não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos termos da lei.</p><p>O prazo de residência fixado no ITEM II será reduzido para, no mínimo, 1 (um) ano se:</p><p>II - ter filho brasileiro;</p><p>III - ter cônjuge ou companheiro brasileiro e não estar dele separado legalmente ou de fato no momento de concessão da naturalização;</p><p>V - haver prestado ou poder prestar serviço relevante ao Brasil; ou</p><p>VI - recomendar-se por sua capacidade profissional, científica ou artística.</p><p>Parágrafo único. O preenchimento das condições previstas nos incisos V e VI do caput será avaliado na forma disposta em regulamento.</p><p>NATURALIZAÇÃO EXTRAORDINÁRIA</p><p>A naturalização extraordinária será concedida a pessoa de qualquer nacionalidade fixada no Brasil há mais de 15 (quinze) anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeira a nacionalidade brasileira.</p><p>A naturalização especial poderá ser concedida ao estrangeiro que se encontre em uma das seguintes situações:</p><p>I - seja cônjuge ou companheiro, há mais de 5 (cinco) anos, de integrante do Serviço Exterior Brasileiro em atividade ou de pessoa a serviço do Estado brasileiro no exterior; ou</p><p>II - seja ou tenha sido empregado em missão diplomática ou em repartição consular do Brasil por mais de 10 (dez) anos ininterruptos.</p><p>São requisitos para a concessão da naturalização especial:</p><p>I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira;</p><p>II - comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando; e</p><p>III - não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos termos da lei.</p><p>NATURALIZAÇÃO PROVISÓRIA</p><p>A naturalização provisória poderá ser concedida ao migrante criança ou adolescente que tenha fixado residência em território nacional antes de completar 10 (dez) anos de idade e deverá ser requerida por intermédio de seu representante legal.</p><p>Perda da NACIONALIDADE</p><p>Art. 75. O naturalizado perderá a nacionalidade em razão de condenação transitada em julgado por atividade nociva ao interesse nacional, nos termos do inciso I do § 4º do art. 12 da Constituição Federal</p><p>Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:</p><p>I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;</p><p>II – fizer pedido expresso de perda da nacionalidade brasileira</p><p>Apátrida</p><p>O risco de geração de situação de apátrida será levado em consideração antes da efetivação da perda da nacionalidade.</p><p>Da Reaquisição da Nacionalidade</p><p>Vide parágrafo quinto do artigo 12</p><p>Naturalização tácita ou grande naturalização</p><p>Aconteceu na Constituição de 1891.</p><p>Todos aqueles que se achavam no território brasileiro em 15 de novembro de 1889 e não declararam, dentro de seis meses, a sua opção de conservar a nacionalidade de origem foram naturalizados.</p><p>Brasileiro Nato e Naturalizado</p><p>Brasileiro Nato e Naturalizado</p><p>A regra geral é que não se pode diferenciar o brasileiro nato do naturalizado. A diferenciação poderá ser feita somente nas hipóteses taxativamente previstas na Constituição:</p><p>Brasileiro Nato e Naturalizado</p><p>Cargos Artigo 12, § 3°</p><p>Função Artigo 89, VII</p><p>Extradição Artigo 5°, LI</p><p>fim</p><p>image1.jpeg</p><p>image2.jpeg</p><p>image3.jpg</p><p>image4.png</p><p>image5.svg</p><p>.MsftOfcThm_Accent1_Fill_v2 {</p><p>fill:#4472C4;</p><p>}</p><p>.MsftOfcThm_Accent1_Stroke_v2 {</p><p>stroke:#4472C4;</p><p>}</p><p>image6.png</p><p>image7.svg</p><p>.MsftOfcThm_Accent1_Fill_v2 {</p><p>fill:#4472C4;</p><p>}</p><p>.MsftOfcThm_Accent1_Stroke_v2 {</p><p>stroke:#4472C4;</p><p>}</p><p>image8.jpeg</p><p>image9.jpeg</p><p>image10.jpeg</p><p>image11.jpeg</p><p>image12.jpeg</p><p>image13.jpg</p>