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<p>Professora Mestra Thais Regina Ravazi de Souza</p><p>PRÁTICA COMO COMPONENTE</p><p>CURRICULAR IV</p><p>REITORIA Prof. Me. Gilmar de Oliveira</p><p>DIREÇÃO ADMINISTRATIVA Prof. Me. Renato Valença</p><p>DIREÇÃO DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Me. Daniel de Lima</p><p>DIREÇÃO DE ENSINO EAD Profa. Dra. Giani Andrea Linde Colauto</p><p>DIREÇÃO FINANCEIRA Eduardo Luiz Campano Santini</p><p>DIREÇÃO FINANCEIRA EAD Guilherme Esquivel</p><p>COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Profa. Ma. Luciana Moraes</p><p>COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo</p><p>COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Profa. Ma. Luciana Moraes</p><p>COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Me. Jeferson de Souza Sá</p><p>COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal</p><p>COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E PROCESSOS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento</p><p>COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA EAD Profa. Ma. Sônia Maria Crivelli Mataruco</p><p>COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS Luiz Fernando Freitas</p><p>REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling</p><p>Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante</p><p>Caroline da Silva Marques</p><p>Eduardo Alves de Oliveira</p><p>Jéssica Eugênio Azevedo</p><p>Marcelino Fernando Rodrigues Santos</p><p>PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Bruna de Lima Ramos</p><p>Hugo Batalhoti Morangueira</p><p>Vitor Amaral Poltronieri</p><p>ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz</p><p>DE VÍDEO Carlos Firmino de Oliveira</p><p>Carlos Henrique Moraes dos Anjos</p><p>Kauê Berto</p><p>Pedro Vinícius de Lima Machado</p><p>Thassiane da Silva Jacinto</p><p>As imagens utilizadas neste material didático</p><p>são oriundas do banco de imagens</p><p>Shutterstock e Freepik .</p><p>2024 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2024. Os autores. Copyright C Edição 2024 Editora Edufatecie.</p><p>O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva</p><p>dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da</p><p>obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la</p><p>de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.</p><p>https://www.shutterstock.com/pt/</p><p>3</p><p>AUTOR</p><p>Professor Ma. Thais Regina Ravazi de Souza</p><p>● Doutoranda em Práticas sociais pela UEM - Universidade Estadual de Maringá.</p><p>● Mestra em Ensino: Formação Docente Interdisciplinar pela Unespar – Universidade</p><p>Estadual do Paraná, campus Paranavaí.</p><p>● Graduada em Educação Física pela Fafipa - Faculdade Estadual de Educação, Ciên-</p><p>cia e Letras de Paranavaí.</p><p>● Graduada em Letras (Português e Inglês) pela Unespar – Universidade Estadual do</p><p>Paraná, campus Paranavaí.</p><p>● Especialista em Educação Especial pela Faculdade Iguaçu.</p><p>● Coordenadora dos cursos de Educação Física na UniFatecie.</p><p>● Professora Orientadora do TCC – Trabalho de Conclusão de Curso na UniFatecie.</p><p>● Atuou como professora da Facinor – Faculdade Intermunicipal do Noroeste do Paraná,</p><p>Loanda</p><p>Ampla experiência no Ensino Superior nos cursos de Educação Física, Letras - Por-</p><p>tuguês/Inglês com várias disciplinas específicas do curso incluindo as de produção textual.</p><p>CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/4235186666283161</p><p>4</p><p>APRESENTAÇÃO DO MATERIAL</p><p>Plano de Estudo:</p><p>• A Pesquisa, o Ensino e a Extensão na Educação</p><p>• Principais aspectos da Pesquisa na Licenciatura</p><p>• Ensino e suas possibilidades de aprendizado</p><p>Objetivos de Aprendizagem:</p><p>• Conhecer a importância da Pesquisa nas licenciaturas;</p><p>• Compreender a relação do Ensino e o processo de aprendizagem;</p><p>• Entender a relevância da Extensão na formação;</p><p>• Analisar a Pesquisa, o Ensino e a Extensão no âmbito da Educação.</p><p>5</p><p>Ensino e suas Possibilidades de Aprendizado</p><p>TÓPICO 3</p><p>Principais Aspectos da Pesquisa na Licenciatura</p><p>TÓPICO 2</p><p>A Pesquisa, O Ensino e a Extensão na Educação</p><p>TÓPICO 1</p><p>SUMÁRIO</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>6TÓPICO 1</p><p>Caro(a) aluno(a),</p><p>Iniciamos neste momento o material didático da disciplina de Prática como Compo-</p><p>nente Curricular IV e nesta apostila estudaremos acerca dos principais aspectos da tríade</p><p>educacional “Pesquisa, Ensino e Extensão” enquanto elemento eficaz na Educação. Aqui</p><p>faremos uma viagem geral, minuciosa pelas características das três grandes áreas mos-</p><p>trando a relação destas para com a licenciatura. Para isso exploraremos em cada tópico</p><p>com bases teóricas, uma área específica que temos como objetivo.</p><p>No primeiro tópico desta apostila, analisaremos a Pesquisa como uma ferramenta</p><p>importante nas práticas pedagógicas dos cursos de Licenciatura. Compreenderemos o que</p><p>é uma Pesquisa e qual a sua serventia para o processo de formação.</p><p>Definir o que é o Ensino e quais suas funções didáticas na graduação, é o assunto</p><p>do segundo tópico desta unidade de estudo. Conhecer os principais preceitos do Ensino</p><p>se faz necessário para uma melhor compreensão, com isso o leque de conhecimentos terá</p><p>um aumento considerável e o aluno estará apto a realizar suas ações futuras profissionais.</p><p>Por último, veremos a Extensão e como esta se relaciona com os distintos aspectos</p><p>educacionais. Vamos juntos nessa jornada com o intuito de oferecer suporte à atividade dos</p><p>futuros professores de Licenciatura nesse incrível universo do ensino e da aprendizagem.</p><p>Bons estudos!</p><p>A PESQUISA, O ENSINO E A EXTENSÃO NA EDUCAÇÃO</p><p>A PESQUISA, O ENSINO E A</p><p>EXTENSÃO NA EDUCAÇÃO1</p><p>TÓPICO</p><p>7TÓPICO 1</p><p>FIGURA 1 – PESQUISAR</p><p>Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/mulher-jovem-com-camisa-e-colete-no-fundo-roxo-se-divertindo-com-</p><p>uma-lupa-na-mao_21729258.htm#query=pesquisa&position=30&from_view=search&track=sph</p><p>É notório que na história da humanidade até mesmo as pessoas iletradas possuem</p><p>conhecimento, neste caso entendido como conhecimento popular, pois um camponês que</p><p>nunca estudou, precisa ter conhecimentos sobre adubos, sobre o momento certo de plantar,</p><p>sobre irrigação e outros métodos para produzir. Já o científico distingue-se do popular mais</p><p>pelo contexto metodológico e não somente pelo conteúdo, pois os dois podem utilizar o</p><p>mesmo conteúdo, mas com objetivos e métodos diferentes (MARCONI E LAKATOS, 2022).</p><p>Para Marconi e Lakatos (2022), o conhecimento científico é aquele que analisa os</p><p>fatos e as ideias sistematicamente, como vemos no excerto abaixo:</p><p>A PESQUISA, O ENSINO E A EXTENSÃO NA EDUCAÇÃO</p><p>https://br.freepik.com/fotos-gratis/mulher-jovem-com-camisa-e-colete-no-fundo-roxo-se-divertindo-com-uma-lupa-na-mao_21729258.htm#query=pesquisa&position=30&from_view=search&track=sph</p><p>https://br.freepik.com/fotos-gratis/mulher-jovem-com-camisa-e-colete-no-fundo-roxo-se-divertindo-com-uma-lupa-na-mao_21729258.htm#query=pesquisa&position=30&from_view=search&track=sph</p><p>8TÓPICO 1 A PESQUISA, O ENSINO E A EXTENSÃO NA EDUCAÇÃO</p><p>É sistemático, já que se trata de um saber ordenado logicamente, formando</p><p>um sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos e descone-</p><p>xos. Possui a característica da verificabilidade, a tal ponto que as afirmações</p><p>(hipóteses) que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da</p><p>ciência. Constitui-se em conhecimento falível, em virtude de não ser defini-</p><p>tivo, absoluto ou final; por esse motivo, é aproximadamente exato: novas</p><p>proposições e o desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de</p><p>teoria existente (MARCONI e LAKATOS, 2022, p.06).</p><p>O conhecimento científico é parte essencial da formação acadêmica e neste ce-</p><p>nário a Pesquisa, o Ensino e a Extensão formam a tríade que possibilita a vivência de</p><p>experiências múltiplas no âmbito</p><p>educacional e este fato dará uma base mais sólida a sua</p><p>carreira futura profissional. São também pilares fundamentais no contexto acadêmico, con-</p><p>tribuindo de maneira essencial para o desenvolvimento e progresso da sociedade, por isso</p><p>é necessário um cuidado maior que “[...] é a base da pesquisa científica de qualidade, e a</p><p>definição do tipo de estudo a ser utilizado constitui uma etapa fundamental nesse processo</p><p>(ESTRELA, 2018, p. 109).</p><p>Para um estudo de qualidade é necessário definir qual o método de pesquisa que</p><p>será utilizado, sendo que, dois métodos básicos são destacados: o qualitativo e o quantita-</p><p>tivo. Tradicionalmente, como ressalta Estrela (2018, p.109) os estudos costumavam adotar</p><p>o método quantitativo, que se originava da filosofia positivista e priorizava a objetividade na</p><p>prática científica. A busca por explicações objetivas dos fenômenos frequentemente resul-</p><p>tava na ênfase em dados numéricos, que constituem a base da pesquisa quantitativa. Por</p><p>outro lado, o método qualitativo se fundamentava em uma perspectiva naturalista e ganhou</p><p>ampla aceitação nas ciências sociais. Esse método visa a compreensão da realidade por</p><p>meio da análise de conceitos, comportamentos, percepções e avaliações das pessoas.</p><p>Marconi e Lakato (2022) destacam que em relação a ciências, todas incorporam</p><p>métodos científicos em suas abordagens. Entretanto, é importante notar que a mera apli-</p><p>cação desses métodos não confere automaticamente o status de ciência a uma área de</p><p>estudo. A partir dessas observações, podemos inferir que a utilização de métodos científicos</p><p>não está restrita apenas ao âmbito da ciência, mas é fundamental para a prática científica,</p><p>sem a qual não se pode verdadeiramente afirmar que algo seja uma ciência.</p><p>A pesquisa é o motor do conhecimento científico. Ela envolve a investigação sis-</p><p>temática e o estudo de fenômenos naturais, sociais ou conceituais. Por meio da pesquisa,</p><p>novas descobertas são feitas, teorias são desenvolvidas e a compreensão da realidade</p><p>é aprofundada. A pesquisa gera o conhecimento científico, que é compartilhado com a</p><p>comunidade científica e a sociedade em geral. A pesquisa representa a busca incessan-</p><p>9A PESQUISA, O ENSINO E A EXTENSÃO NA EDUCAÇÃOTÓPICO 1</p><p>te pelo conhecimento e pela inovação, impulsionando a descoberta de novas soluções,</p><p>tecnologias e teorias que moldam a compreensão do mundo ao nosso redor. Por meio</p><p>da pesquisa, acadêmicos exploram fronteiras desconhecidas, aprofundam em questões</p><p>complexas e promovem avanços que impactam diversas áreas, desde a medicina até a</p><p>tecnologia espacial, sendo utilizado ricamente para finalidades diversificadas como “[...]</p><p>criar novos sistemas e produtos; resolver problemas econômicos e sociais; situar-se no</p><p>mercado, elaborar soluções e até avaliar se fizemos algo corretamente ou não” (SAMPIERI,</p><p>2013, p. 210).</p><p>O ensino, por sua vez, desempenha um papel vital na transmissão do conhecimento</p><p>acumulado ao longo dos anos. Professores e educadores têm a responsabilidade de</p><p>guiar e inspirar as mentes jovens, cultivando a paixão pelo aprendizado e fornecendo as</p><p>ferramentas necessárias para que os alunos se tornem cidadãos informados e críticos.</p><p>Através do ensino, os valores acadêmicos são compartilhados, preparando a próxima</p><p>geração de profissionais, pesquisadores e líderes capazes de enfrentar os desafios do</p><p>mundo contemporâneo e as transformações no ensino se efetivaram devido às novas</p><p>necessidades da sociedade e do mercado (DURHAM, 1989).</p><p>A extensão universitária completa esse tríplice compromisso, ao conectar a aca-</p><p>demia com a comunidade em que está inserida (SEVERINO, 2007). Por meio da exten-</p><p>são, o conhecimento produzido na pesquisa e ensino é levado para além dos muros da</p><p>instituição, beneficiando diretamente a sociedade em questões como saúde, educação,</p><p>desenvolvimento sustentável e inclusão social. Dessa forma, a universidade se posiciona</p><p>como um agente ativo de transformação, oferecendo soluções práticas e relevantes para</p><p>os problemas enfrentados pela comunidade em geral.</p><p>Severino (2007, p.25) destaca que:</p><p>A extensão se torna exigência intrínseca do ensino superior em decorrência</p><p>dos compromissos do conhecimento e da educação com a sociedade, uma</p><p>vez que tais processos só se legitimam, inclusive adquirindo sua chancela éti-</p><p>ca, se expressarem envolvimento com os interesses objetivos da população</p><p>como um todo (SEVERINO, 2007, P. 25).</p><p>Santos e Passaglio (2016) evidenciam que, por meio da extensão, o estudante</p><p>se envolve em contextos nos quais o conhecimento, inicialmente adquirido de maneira</p><p>passiva, transita para uma abordagem ativa. Nesse processo interativo, o aluno desenvolve</p><p>diversas habilidades, tais como estímulo à reflexão entre teoria e prática, compreensão do</p><p>campo profissional, cultivo de uma postura ética e crítica, e a troca de conhecimento em</p><p>contraposição à mera transmissão. Dessa forma, a extensão universitária resulta em uma</p><p>10A PESQUISA, O ENSINO E A EXTENSÃO NA EDUCAÇÃOTÓPICO 1</p><p>expansão do aprendizado intrínseco transformado em ação extrínseca, transformando o</p><p>estudante de mero receptor em um agente transportador do saber.</p><p>Para as licenciaturas, a pesquisa, o ensino e a extensão são elementos cruciais</p><p>que se entrelaçam para formar uma base sólida de preparação e aprimoramento dos fu-</p><p>turos professores. A compreensão do tripé nem sempre se estabelece de maneira sólida,</p><p>uma vez que, ao ingressarem em um curso de graduação superior, os alunos enfrentam</p><p>diversas dificuldades. Essas incluem a adaptação a um novo sistema de ensino, a dinâmica</p><p>nas relações entre professor e aluno, a familiarização com a grade curricular do curso</p><p>desejado, entre outros aspectos (OLIVEIRA et al., 2014). Com isso, o ensino proporciona</p><p>uma compreensão mais profunda dos conteúdos que serão ensinados, permitindo que os</p><p>professores em formação desenvolvam expertise em suas áreas de atuação. Além disso, a</p><p>pesquisa ajuda a incorporar abordagens inovadoras e atualizadas no ensino, mantendo os</p><p>educadores informados sobre as últimas tendências e descobertas educacionais.</p><p>O ensino, é a essência das licenciaturas. Através do processo de ensino, os futuros</p><p>professores aprendem a transmitir o conhecimento de forma clara, acessível e envolvente.</p><p>Eles têm a oportunidade de praticar métodos pedagógicos, adaptar estratégias de ensino</p><p>às necessidades dos alunos, desenvolver habilidades de comunicação interpessoal, enfim,</p><p>“[...] a criação de condições, dimensões e fatores para a oferta de um ensino de qualidade</p><p>social deve desenvolver-se em sintonia com ações direcionadas à superação da desigual-</p><p>dade socioeconômica-cultural [...]” (DOURADO e OLIVEIRA, 2009, p. 201). O ensino não</p><p>apenas prepara os licenciados para compartilhar informações, mas também os capacita a</p><p>serem mentores, orientadores e facilitadores do crescimento intelectual dos estudantes.</p><p>A extensão em licenciaturas desempenha um papel fundamental ao estabelecer</p><p>uma conexão crucial entre o ambiente acadêmico e a realidade das salas de aula. Ao</p><p>participarem de atividades de extensão, os estudantes de licenciatura têm a oportunida-</p><p>de de aplicar seus conhecimentos em situações práticas, envolvendo-se com escolas,</p><p>comunidades e desafios educacionais reais. Esse envolvimento prático proporciona uma</p><p>compreensão mais profunda dos obstáculos enfrentados pelos sistemas educacionais,</p><p>incentivando o desenvolvimento de soluções concretas. Além disso, a extensão promove</p><p>a responsabilidade social e a conscientização das questões educacionais mais amplas,</p><p>preparando os futuros professores para se tornarem agentes de mudança e contribuírem</p><p>de maneira significativa para a melhoria da educação (DURHAM, 1989).</p><p>No contexto da inter-relação entre sociedade e universidade, Durham (1989)</p><p>destaca a "relativa independência da universidade", ressaltando que a instituição goza de</p><p>autonomia na prestação de serviços e na formulação de propostas de ensino</p><p>de maneira</p><p>11A PESQUISA, O ENSINO E A EXTENSÃO NA EDUCAÇÃOTÓPICO 1</p><p>independente. No entanto, essa autonomia não implica exclusividade na elaboração de</p><p>projetos que atendam apenas aos interesses internos da universidade. Pelo contrário, tais</p><p>atividades são legitimadas pela inclusão da sociedade, indicando uma interconexão na qual</p><p>a sociedade se beneficia dos serviços prestados pela instituição de ensino.</p><p>FIGURA 2 – A PESQUISA, O ENSINO E A EXTENSÃO</p><p>Fonte: https://www.freepik.com/free-photo/crop-shot-people-studying_1249846.htm#query=pesquisa%20</p><p>ensino%20e%20extens%C3%A3o&position=14&from_view=search&track=ais&uuid=0c0cd39b-9f6a-441f-aa7d-</p><p>190aa4836bfe</p><p>Em conclusão, a harmoniosa integração entre pesquisa, ensino e extensão na</p><p>educação estabelece as bases essenciais para um desenvolvimento acadêmico e social</p><p>enriquecedor. O professor, segundo Severino (2007) deve ser um propagador de incentivo</p><p>diário nas dinâmicas propostas pela tríplice acadêmica. Essa abordagem holística não</p><p>apenas fortalece a teia de conhecimento, mas também promove um compromisso ativo</p><p>com as necessidades da sociedade. À medida que exploramos os principais aspectos da</p><p>pesquisa na licenciatura, convido você a mergulhar mais profundamente na interconexão</p><p>dinâmica entre a busca pelo conhecimento, sua aplicação prática e o impacto tangível na</p><p>comunidade. Vamos juntos explorar como a pesquisa na licenciatura se torna um motor</p><p>propulsor para o avanço educacional e como ela contribui para moldar o futuro da aprendi-</p><p>zagem e do ensino.</p><p>https://www.freepik.com/free-photo/crop-shot-people-studying_1249846.htm#query=pesquisa ensino e extens%C3%A3o&position=14&from_view=search&track=ais&uuid=0c0cd39b-9f6a-441f-aa7d-190aa4836bfe</p><p>https://www.freepik.com/free-photo/crop-shot-people-studying_1249846.htm#query=pesquisa ensino e extens%C3%A3o&position=14&from_view=search&track=ais&uuid=0c0cd39b-9f6a-441f-aa7d-190aa4836bfe</p><p>https://www.freepik.com/free-photo/crop-shot-people-studying_1249846.htm#query=pesquisa ensino e extens%C3%A3o&position=14&from_view=search&track=ais&uuid=0c0cd39b-9f6a-441f-aa7d-190aa4836bfe</p><p>12TÓPICO 2</p><p>PRINCIPAIS ASPECTOS DA</p><p>PESQUISA NA LICENCIATURA2</p><p>TÓPICO</p><p>FIGURA 3 – A PESQUISA</p><p>Fonte: https://br.freepik.com/vetores-gratis/projeto-do-molde-do-infografico_1000214.htm#query=A%20PESQUISA%20</p><p>ACAD%C3%8AMICA&position=12&from_view=search&track=ais</p><p>A pesquisa desempenha um papel crucial nas licenciaturas, contribuindo para</p><p>a formação abrangente e aprimoramento dos futuros educadores. Alguns dos principais</p><p>aspectos da pesquisa na licenciatura incluem: Aprofundamento de Conteúdo: A pesquisa</p><p>permite que os estudantes de licenciatura aprofundem seus conhecimentos em suas áreas</p><p>de especialização. Isso os capacita a ter uma compreensão mais completa dos temas que</p><p>PRINCIPAIS ASPECTOS DA PESQUISA NA LICENCIATURA</p><p>https://br.freepik.com/vetores-gratis/projeto-do-molde-do-infografico_1000214.htm#query=A PESQUISA ACAD%C3%8AMICA&position=12&from_view=search&track=ais</p><p>https://br.freepik.com/vetores-gratis/projeto-do-molde-do-infografico_1000214.htm#query=A PESQUISA ACAD%C3%8AMICA&position=12&from_view=search&track=ais</p><p>13TÓPICO 2 PRINCIPAIS ASPECTOS DA PESQUISA NA LICENCIATURA</p><p>ensinarão, o que é essencial para transmitir informações com clareza e autoridade, Oliveira</p><p>(2021, p. 51) ressalta que “toda pesquisa ou investigação deve ser realizada buscando</p><p>alcançar algum objetivo, isto é, deve ter uma razão para ser realizada”.</p><p>Atualização e Inovação: A pesquisa mantém os futuros educadores atualizados</p><p>com os avanços mais recentes em suas disciplinas. Isso é particularmente importante em</p><p>campos como a educação, onde as práticas pedagógicas e as teorias de aprendizagem</p><p>estão em constante evolução. A pesquisa ajuda a incorporar métodos de ensino inovadores</p><p>e eficazes, neste sentido “[...] a pesquisa é vista aqui como uma informação que agregamos</p><p>à prática de ensino” (FARIA, 2021, s/p).</p><p>Desenvolvimento de Habilidades Críticas: A pesquisa desenvolve habilidades</p><p>analíticas e críticas nos estudantes de licenciatura. Eles aprendem a avaliar informações,</p><p>identificar fontes confiáveis, analisar evidências e tomar decisões informadas. O pesqui-</p><p>sador resolve um problema científico não apenas com a investigação, mas também com a</p><p>redação clara sobre ele (ALEXANDRE, 2021). Essas habilidades são valiosas para guiar os</p><p>alunos em suas próprias jornadas de aprendizado.</p><p>Aplicação Prática: A pesquisa na licenciatura não se limita apenas à teoria, mas</p><p>também envolve a aplicação prática. A pesquisa se origina de estímulos motivacionais</p><p>intensos fornecidos em sala de aula, os quais, acima de tudo, incentivam descobertas</p><p>que ultrapassam os limites do ambiente escolar. A abordagem educacional demanda o</p><p>reconhecimento e a promoção da prática da pesquisa tanto dentro quanto fora da sala de</p><p>aula (VASCONCELLOS, 1999). Os estudantes podem realizar projetos de pesquisa que</p><p>têm relevância direta para a sala de aula, como desenvolver materiais didáticos, analisar</p><p>estratégias de ensino ou investigar desafios educacionais específicos.</p><p>Preparação para a Carreira: A pesquisa prepara os futuros educadores para en-</p><p>frentar uma variedade de situações complexas que podem surgir em ambientes de ensino.</p><p>É necessário, como cita Demo (2000), partirmos da ideia de que a pesquisa não está des-</p><p>vinculada da prática educativa, neste sentido os alunos aprendem a buscar respostas para</p><p>perguntas desafiadoras, a lidar com a diversidade de perspectivas dos alunos e a adaptar</p><p>suas abordagens de ensino às necessidades individuais.</p><p>Desenvolvimento de Autonomia: A pesquisa na licenciatura incentiva os estudantes</p><p>a serem independentes e autodidatas. Eles aprendem a definir questões de pesquisa,</p><p>coletar dados, analisar resultados e tirar conclusões. Essa autonomia é valiosa tanto na</p><p>sala de aula quanto no desenvolvimento contínuo como educadores ao longo de suas</p><p>carreiras. Para Alexandre (2021) a autonomia da pesquisa refere-se a ”superação da posse</p><p>14PRINCIPAIS ASPECTOS DA PESQUISA NA LICENCIATURATÓPICO 2</p><p>da pesquisa”, pois por meio do que se escreve se esclarece as respostas das perguntas</p><p>questionadas no estudo.</p><p>Contribuição para a Educação: A pesquisa dos estudantes de licenciatura pode</p><p>resultar em novos insights e abordagens para a educação. Suas descobertas podem ser</p><p>compartilhadas com colegas e contribuir para a melhoria dos métodos de ensino, influen-</p><p>ciando positivamente o campo da educação como um todo. Portanto como ressalta Lozada</p><p>e Nunes (2019, p. 50) “A pesquisa científica tem como objetivo maior servir para a constru-</p><p>ção do conhecimento”, sobre isso os autores ainda argumentam que:</p><p>Ela ratifica algo que já é conhecido ou busca novos conhecimentos. A ideia é</p><p>procurar a verdade e oferecer avanços que permitam colocar o conhecimento</p><p>a serviço da humanidade e de sua evolução. Buscando servir à resolução de</p><p>problemas, a pesquisa consiste em uma atividade intelectual, metódica. Mas</p><p>ela também necessita ser colocada em prática para que se possa atribuir</p><p>confiança a seus resultados (LOZADA e NUNES, 2019, p. 50).</p><p>Em resumo, a pesquisa desempenha um papel integral na formação de futuros</p><p>educadores, capacitando-os com conhecimento, habilidades e mentalidade crítica neces-</p><p>sários para enfrentar os desafios em constante mudança no campo da educação. Segundo</p><p>Demo (2000), a pesquisa científica começa na escola e requer, como condição primordial,</p><p>que o profissional da educação assuma o papel de pesquisador, sendo capaz de empre-</p><p>gar a pesquisa como um princípio científico. É essencial que ele se equipe com métodos</p><p>específicos e procedimentos cientificamente reconhecidos, a fim de evitar o risco de con-</p><p>duzir uma pesquisa baseada no senso comum. O manejo competente dessas abordagens</p><p>metodológicas contribui para a qualidade e a validade dos resultados obtidos, promovendo</p><p>uma abordagem mais rigorosa e fundamentada na busca por conhecimento no âmbito</p><p>educacional.</p><p>(...) a pesquisa educacional não pode ser definida pela referência aos obje-</p><p>tivos apropriados a atividades de pesquisa envolvidas com a resolução de</p><p>problemas teóricos, mas, ao invés disso, deve operar com um quadro de</p><p>referência de fins práticos em nome dos quais as atividades educacionais são</p><p>conduzidas. (Carr e Kemmis 1986, p. 108).</p><p>Segundo Estrela (2018) a ética na pesquisa é um assunto de extrema importância</p><p>e está intimamente ligada a Filosofia constitui o domínio do conhecimento dedicado à refle-</p><p>xão sobre o saber. Ao indagar sobre sua própria existência, o ser humano se ampara nessa</p><p>vertente do entendimento, trilhando por percursos incertos e obscuros, e revela a Ética</p><p>como um elemento essencial no cenário universal. Inserida profundamente na trajetória</p><p>histórica do homem, a Ética se revela como um princípio supremo, incumbido de analisar</p><p>de maneira crítica os valores que permeiam o comportamento humano.</p><p>15PRINCIPAIS ASPECTOS DA PESQUISA NA LICENCIATURATÓPICO 2</p><p>Aristóteles, Kant, Hume e Bentham foram alguns dos pensadores que elabo-</p><p>raram teorias edificadoras da Ética clássica. Evolutivamente, os princípios éti-</p><p>cos se transformaram, conforme os valores estabelecidos pelas sociedades.</p><p>Uma das exigências da contemporaneidade é a incorporação irreversível da</p><p>análise ética à pesquisa científica. A justificativa está na ligação, estabelecida</p><p>até recentemente, da pesquisa em seres humanos ao abuso e até à mutila-</p><p>ção (ESTRELA, 2018, p. 257)</p><p>A ética clássica ou contemporânea desempenha um papel fundamental na inte-</p><p>gridade e validade do conhecimento científico. A condução ética da pesquisa não apenas</p><p>respeita os direitos e a dignidade dos participantes, mas também assegura a confiabilidade</p><p>e credibilidade dos resultados obtidos. A adoção de princípios éticos no processo de pes-</p><p>quisa é essencial para preservar a confiança do público na comunidade científica e garantir</p><p>que as descobertas contribuam de maneira significativa para o avanço do conhecimento</p><p>(LÜDKE, 2022).</p><p>A ética na pesquisa abrange diversos aspectos, desde a obtenção adequada de</p><p>consentimento informado até a divulgação honesta dos resultados, pois como Severino</p><p>(2007, p. 15) ressalta que a pesquisa “[...] em uma dimensão social, o que confere o seu</p><p>sentido político”. Garantir a proteção dos participantes, a imparcialidade na coleta e análise</p><p>de dados, bem como a transparência nas práticas metodológicas são imperativos éticos</p><p>que sustentam a integridade da pesquisa. Além disso, a responsabilidade ética estende-se</p><p>à utilização ética de recursos, à atribuição de autoria de maneira justa e à consideração</p><p>dos impactos potenciais da pesquisa na sociedade e no meio ambiente. Em última análise,</p><p>a ética na pesquisa não apenas fortalece a validade científica, mas também promove uma</p><p>cultura de responsabilidade e respeito no desenvolvimento do conhecimento.</p><p>Quando se trata de pesquisa utilizando sites e plataformas na internet, a rápida</p><p>acessibilidade a uma vasta gama de informações online demanda uma abordagem ética</p><p>para garantir a integridade da pesquisa. A proteção da privacidade dos participantes, a</p><p>veracidade das fontes e a transparência na coleta e uso de dados tornam-se elementos</p><p>essenciais. É fundamental que os pesquisadores exerçam cautela ao navegar pelos vastos</p><p>recursos online, adotando práticas responsáveis para evitar a disseminação de informações</p><p>enganosas e respeitar os princípios éticos que orientam a pesquisa, assegurando a cre-</p><p>dibilidade e confiabilidade dos resultados obtidos. Sobre a pesquisa na internet, Severino</p><p>(2007) adverte que é preciso saber pesquisar.</p><p>16PRINCIPAIS ASPECTOS DA PESQUISA NA LICENCIATURATÓPICO 2</p><p>Como se trata de uma enorme rede, com um excessivo volume de informa-</p><p>ções, sobre todos os domínios e assuntos, é preciso saber garimpar, so-</p><p>bretudo dirigindo-se a endereços certos. Mas quando ainda não se dispõe</p><p>desse endereço, pode-se iniciar o trabalho tentando exatamente localizar os</p><p>endereços dos sites relacionados ao assunto de interesse. [...] De particular</p><p>interesse para a área acadêmica são os endereços das próprias bibliotecas</p><p>das grandes universidades, que colocam à disposição informações de fontes</p><p>bibliográficas a partir de acervos documentais (SEVERINO, 2007, p. 140).</p><p>A internet proporciona uma gama de conteúdos em acervos documentais, além de</p><p>outros trabalhos sobre diversos assuntos que Yin (2010, p. 24) argumenta que escolher</p><p>o tema depende do que se quer pesquisar e “[...] quanto mais suas questões procuram</p><p>explicar alguma circunstância presente (por exemplo, “como” ou “por que” algum fenômeno</p><p>social funciona), mais o método do estudo de caso será relevante [...]”. Além disso, quando</p><p>se trata de assuntos ou fenômenos sociais, o método se torna ainda mais importante.</p><p>Conforme destacado por Lakatos e Marconi (1991, p. 15), a pesquisa é entendida</p><p>como o ato minucioso de investigar algo. As autoras salientam que o significado do termo</p><p>"investigação" não é uniforme, uma vez que diferentes campos de conhecimento apresen-</p><p>tam várias definições. No entanto, apontam que o ponto de partida da pesquisa está no</p><p>problema que precisa ser definido, avaliado e analisado, antes de se buscar uma solução</p><p>(LAKATOS; MARCONI, 1991, p. 15).</p><p>Ao encerrar este capítulo sobre os principais aspectos da pesquisa na licenciatura,</p><p>é fundamental destacar a perspectiva de Gil (2002), que ressalta a importância de uma</p><p>abordagem equilibrada entre pesquisa pura e aplicada. A compreensão da pesquisa como</p><p>um processo que não apenas busca o conhecimento intrínseco, mas também valoriza as</p><p>contribuições práticas resultantes desse conhecimento, destaca a relevância de nossos</p><p>esforços acadêmicos. Nesse sentido, a busca pelo saber na licenciatura não deve ser</p><p>dissociada da aplicação prática, pois a ciência aspira tanto à ampliação do conhecimento</p><p>em si mesma quanto aos benefícios tangíveis que esse conhecimento pode proporcionar</p><p>à sociedade. Este princípio fundamenta não apenas a pesquisa acadêmica, mas também</p><p>ressalta o papel crucial dos licenciados na promoção de uma educação que seja não apenas</p><p>teórica, mas também enraizada na resolução de desafios práticos do cotidiano educacional.</p><p>ENSINO E SUAS POSSIBILIDADES</p><p>DE APRENDIZADO3</p><p>TÓPICO</p><p>17UNIDADE 3 ENSINO E SUAS POSSIBILIDADES DE APRENDIZADO</p><p>FIGURA 4 – NOVAS TECNOLOGIAS</p><p>Fonte: https://www.freepik.com/free-photo/one-person-typing-laptop-office-generated-by-ai_42663866.</p><p>htm#query=pesquisa&position=16&from_view=search&track=sph&uuid=9e0f7bbb-7f61-4e52-8132-d70d2572751d</p><p>O ensino é um processo multifacetado que abre um mundo de possibilidades de</p><p>aprendizado, capacitando indivíduos a explorar, compreender e crescer em uma variedade</p><p>de campos. No coração do ensino está a transferência de conhecimento e habilidades,</p><p>mas suas implicações vão muito além disso. Desde as salas de aula tradicionais até as</p><p>plataformas de ensino online inovadoras, o ensino oferece um espaço para a descoberta, a</p><p>solução de problemas, a colaboração e o desenvolvimento pessoal e profissional (GOMES</p><p>HECK et al., 2012).</p><p>https://www.freepik.com/free-photo/one-person-typing-laptop-office-generated-by-ai_42663866.htm#query=pesquisa&position=16&from_view=search&track=sph&uuid=9e0f7bbb-7f61-4e52-8132-d70d2572751d</p><p>https://www.freepik.com/free-photo/one-person-typing-laptop-office-generated-by-ai_42663866.htm#query=pesquisa&position=16&from_view=search&track=sph&uuid=9e0f7bbb-7f61-4e52-8132-d70d2572751d</p><p>18ENSINO E SUAS POSSIBILIDADES DE APRENDIZADOTÓPICO 3</p><p>A clareza com a qual os estudantes percebem que podem solucionar pro-</p><p>blemas contextuais com a utilização do método científico proporciona aos</p><p>alunos um impacto emocional positivo, o que certamente corrobora um bom</p><p>aprendizado. Por se deterem em raciocínios sobre os processos necessários</p><p>ao método científico na resolução de questões de ordem prática, mesmo que</p><p>pontuais, os estudantes adquirem as ferramentas necessárias para solucio-</p><p>nar problemas futuros, mesmo que diferentes do contexto inicial (GOMES</p><p>HECK et al., 2012, p.453).</p><p>As possibilidades de aprendizado através do ensino são vastas e abrangem di-</p><p>versas dimensões. Primeiramente, o ensino proporciona a aquisição de conhecimentos</p><p>fundamentais, que formam a base para o entendimento do mundo ao nosso redor. Além</p><p>disso, o ensino promove o desenvolvimento de habilidades críticas, como pensamento</p><p>analítico, resolução de problemas e comunicação eficaz. Sobre isso, Wainerman (2015)</p><p>destaca a relevância da formação de professores como pesquisadores. Muitos educadores</p><p>universitários enfrentam desafios ao buscar capacitação em cursos de metodologia cientí-</p><p>fica. Essa dificuldade, por sua vez, impacta diretamente na qualidade da formação de seus</p><p>alunos. As habilidades não apenas capacitam os alunos a prosperar academicamente, mas</p><p>também a se tornarem cidadãos engajados e pensadores independentes.</p><p>O ensino também fomenta a interação social e a colaboração, pois “A busca do</p><p>saber, ou seja, a busca do conhecimento, tem sido a preocupação maior do ser humano"</p><p>(SANTOS e FILHO, 2012, p. 81). Nas salas de aula, os alunos têm a oportunidade de se</p><p>envolver em discussões, debates e atividades em grupo, o que enriquece sua compreen-</p><p>são por meio da troca de ideias e perspectivas. Além disso, a diversidade de experiências</p><p>e origens presentes nas salas de aula enriquece o aprendizado, expandindo horizontes e</p><p>desafiando preconceitos, neste momento a revolução tecnológica tem um papel importante.</p><p>A revolução tecnológica trouxe novas dimensões ao ensino, com a educação online</p><p>permitindo que pessoas ao redor do mundo acessem conteúdo educacional de qualidade.</p><p>Perfeito (2020) destaca que a incorporação crescente de tecnologias no ambiente educa-</p><p>cional representa uma realidade incontestável, demandando uma atenção cada vez mais</p><p>aprimorada por parte dos educadores e das instituições de ensino. O cenário contemporâ-</p><p>neo da sala de aula está intrinsecamente ligado à presença dessas ferramentas inovadoras</p><p>como as mídias digitais, as quais não apenas oferecem novas possibilidades pedagógicas,</p><p>mas também desafiam os métodos tradicionais de ensino.</p><p>Conforme destacado por Bento e Belchior (2016), a integração de mídias digitais</p><p>no contexto educacional assume uma relevância significativa, dada a velocidade constante</p><p>com que as tecnologias evoluem. Nesse contexto, torna-se crucial direcionar uma atenção</p><p>especial para alinhar o ambiente tecnológico às necessidades dos estudantes, indo além</p><p>19ENSINO E SUAS POSSIBILIDADES DE APRENDIZADOTÓPICO 3</p><p>da mera transmissão de conteúdo. O emprego de mídias digitais não se resume apenas à</p><p>entrega de informações, mas compreende a imperativa consideração das demandas espe-</p><p>cíficas dos alunos no processo de ensino, incorporando-as de forma ativa e significativa.</p><p>Essa abordagem reconhece não apenas a importância do conteúdo, mas também a essen-</p><p>cialidade das mídias digitais como ferramentas facilitadoras do aprendizado, adaptadas às</p><p>dinâmicas contemporâneas e ao perfil dos estudantes e isso é frequentemente encontrado</p><p>nas plataformas online.</p><p>Plataformas de aprendizado online oferecem flexibilidade e personalização, permi-</p><p>tindo que os alunos escolham o ritmo e o estilo de aprendizado que melhor se adequa a</p><p>eles. Essa abordagem inclusiva também cria oportunidades para indivíduos que talvez não</p><p>tenham acesso fácil à educação tradicional. Bento e Belchior (2016, p. 08) ainda salientam</p><p>que “concordamos que ao usá-los como ferramenta de trabalho favorece para a formação</p><p>de uma geração mais atuante, presente e inovadora, que pode aprender muito mais.”</p><p>Diante desse panorama dinâmico, é imperativo que os professores estejam não</p><p>apenas familiarizados, mas também capacitados a integrar essas tecnologias de maneira</p><p>eficaz, aproveitando ao máximo seu potencial para promover um ambiente de aprendizado</p><p>estimulante e alinhado às demandas do século XXI. Ao mesmo tempo, as instituições edu-</p><p>cacionais devem desempenhar um papel proativo na criação de infraestruturas adequadas,</p><p>na formação contínua dos profissionais da educação e na implementação de políticas que</p><p>incentivem a adoção responsável e inovadora dessas ferramentas, garantindo, assim, uma</p><p>educação contemporânea e eficiente (SILVA, PRATES E RIBEIRO, 2016).</p><p>Conforme apontado por Silva, Prates e Ribeiro (2016), não basta apenas incorporar</p><p>novas tecnologias digitais ao ambiente escolar para aprimorar o processo de ensino-apren-</p><p>dizagem. É igualmente essencial que os professores estejam conscientes da necessidade</p><p>de aprimoramento pessoal, capacitação e aprimoramento na interação com esses disposi-</p><p>tivos. Isso implica que os educadores devem não apenas adquirir habilidades práticas no</p><p>manuseio dessas ferramentas, mas também compreender profundamente como aplicá-las</p><p>de maneira eficaz, alinhadas aos objetivos específicos de seu planejamento de aula.</p><p>Essa abordagem enfatiza a importância não apenas da presença das tecnologias, mas da</p><p>integração consciente e competente por parte dos professores, promovendo assim uma</p><p>sinergia efetiva entre as ferramentas digitais e as metas educacionais. Para isso o currículo</p><p>deve contemplar a tecnologia como ressalva Moran (2004) no excerto a seguir:</p><p>20ENSINO E SUAS POSSIBILIDADES DE APRENDIZADOTÓPICO 3</p><p>É fundamental hoje pensar o currículo de cada curso como um todo e plane-</p><p>jar o tempo de presença física em sala de aula e o tempo de aprendizagem</p><p>virtual. A maior parte das disciplinas pode utilizar parcialmente atividades a</p><p>distância. Algumas que exigem menos laboratório ou menos presença física</p><p>podem ter uma carga maior de atividades e tempo virtuais. A flexibilização</p><p>de gestão de tempo, espaços e atividades é necessária, principalmente no</p><p>ensino superior ainda tão engessado, burocratizado e confinado à monotonia</p><p>da fala do professor num único espaço que é o da sala de aula (MORAN,</p><p>2004, p. 08).</p><p>Matos (1996) destaca a importância de uma perspectiva curricular que não apenas</p><p>integre, mas fundamenta de maneira significativa a relação entre a educação e as novas</p><p>tecnologias. Essa abordagem vai além de simples adições ao currículo, implicando, na</p><p>verdade, uma consideração profunda que transcende a mera introdução de tecnologias no</p><p>ensino. O autor enfatiza a necessidade de condicionar o uso dessas tecnologias a metas</p><p>educativas claras, incorporando-as de maneira expressiva e operacional em relação a con-</p><p>teúdos significativos e relevantes. Isso implica a adaptação dessas tecnologias a esquemas</p><p>de trabalho didático que facilitem experiências inovadoras de aprendizagem, promovendo</p><p>interação e contribuindo para a construção do conhecimento. Em suma, a proposta de</p><p>Matos abraça uma abordagem holística, na qual as novas tecnologias são integradas de</p><p>maneira intrínseca e funcional, enriquecendo o ambiente educacional de forma coerente e</p><p>eficaz.</p><p>FIGURA 5 – SALA DE AULA INFORMATIZADA</p><p>Fonte: https://www.freepik.com/free-photo/we-can-ask-our-teacher-whenever-we-want_12468533.</p><p>htm#query=tecnologia%20em%20sala%20de%20aula&position=8&from_view=search&track=ais&uuid=c3bd1f58-</p><p>01ae-41a0-9dc2-6a7d1d5796f9</p><p>https://www.freepik.com/free-photo/we-can-ask-our-teacher-whenever-we-want_12468533.htm#query=tecnologia em sala de aula&position=8&from_view=search&track=ais&uuid=c3bd1f58-01ae-41a0-9dc2-6a7d1d5796f9</p><p>https://www.freepik.com/free-photo/we-can-ask-our-teacher-whenever-we-want_12468533.htm#query=tecnologia em sala de aula&position=8&from_view=search&track=ais&uuid=c3bd1f58-01ae-41a0-9dc2-6a7d1d5796f9</p><p>https://www.freepik.com/free-photo/we-can-ask-our-teacher-whenever-we-want_12468533.htm#query=tecnologia em sala de aula&position=8&from_view=search&track=ais&uuid=c3bd1f58-01ae-41a0-9dc2-6a7d1d5796f9</p><p>21ENSINO E SUAS POSSIBILIDADES DE APRENDIZADOTÓPICO 3</p><p>Segundo Prensky (2010), a função da tecnologia reside em proporcionar suporte</p><p>a novos paradigmas de ensino, desempenhando um papel</p><p>singular ao apoiar o processo</p><p>de aprendizado dos alunos. Por meio de sua utilização adequada, os estudantes têm a</p><p>capacidade de conduzir seu próprio aprendizado, embora sob a orientação dos professores.</p><p>Entretanto, conforme observa o autor, a tecnologia não respalda, nem pode respaldar, a</p><p>tradicional abordagem pedagógica centrada no professor que ministra palestras. Seu papel</p><p>nesse contexto é limitado, podendo, no máximo, ser aplicado de maneira mínima, como</p><p>na apresentação de slides e vídeos. Estes recursos, muitas vezes empregados de forma</p><p>excessiva pelos educadores, não se alinham de maneira eficaz com as potencialidades</p><p>mais amplas que a tecnologia oferece para transformar o processo educacional.</p><p>A instituição de ensino sem os professores devidamente capacitados, ainda</p><p>que possua infraestrutura e condições de implantação tecnológica no am-</p><p>biente escolar, não terá bons resultados, pois os docentes não saberão como</p><p>utilizar devidamente os recursos (PERFEITO, 2020, p. 17).</p><p>A instituição de ensino deve então antecipar-se à implementação de inovações</p><p>tecnológicas na educação, adaptando seus ambientes educacionais e integrando essas</p><p>tecnologias de forma efetiva nos currículos dos cursos. Para alcançar esse objetivo, é cru-</p><p>cial que a instituição invista na infraestrutura adequada e promova a capacitação contínua</p><p>dos professores, capacitando-os para explorar plenamente o potencial dessas ferramentas.</p><p>Os docentes, por sua vez, devem demonstrar abertura e habilidade para incorporar as</p><p>novas tendências tecnológicas em suas práticas pedagógicas, buscando constantemente</p><p>evoluir em relação aos métodos educacionais contemporâneos que envolvem o uso de</p><p>tecnologias (PERFEITO, 2020).</p><p>O autor ainda ressalta que os professores devem integrar a didática com tecnologias</p><p>nos planos de curso e aulas que elaboram, reconhecendo o valor dessas ferramentas como</p><p>facilitadoras do processo de aprendizado. Quanto aos alunos, é essencial que utilizem as</p><p>tecnologias fornecidas de maneira responsável, discernindo entre o entretenimento e os</p><p>estudos. Esta consciência sobre o uso equilibrado dessas ferramentas contribui não ape-</p><p>nas para o seu desenvolvimento acadêmico, mas também para a formação de habilidades</p><p>cruciais na era digital (PERFEITO, 2020).</p><p>Conforme salientado por Arendt (1966), a nobre missão do educador transcende</p><p>a mera transmissão de conhecimento; ela reside na capacidade de inserir os sujeitos no</p><p>complexo tecido do mundo, assumindo a responsabilidade por este mundo e proporcionan-</p><p>do uma apresentação autêntica aos educandos. Mesmo diante de um cenário em que o</p><p>mundo contemporâneo muitas vezes corrói verdades, desestabiliza valores estabelecidos</p><p>22ENSINO E SUAS POSSIBILIDADES DE APRENDIZADOTÓPICO 3</p><p>e exalta a velocidade e quantidade de informações, o educador enfrenta o desafio de não</p><p>apenas orientar os estudantes através dessas complexidades, mas também cultivar neles</p><p>a capacidade de discernir, analisar criticamente e, acima de tudo, compreender o contexto</p><p>em constante transformação ao seu redor. Essa perspectiva ampliada do papel do educador</p><p>enfatiza não apenas a transmissão de conhecimentos, mas o desenvolvimento de cidadãos</p><p>pensantes e responsáveis, capazes de enfrentar as incertezas e dinâmicas desafiadoras do</p><p>mundo contemporâneo.</p><p>Em resumo, o ensino transcende a simples transmissão de informações, evoluindo</p><p>para um ecossistema rico em possibilidades de aprendizado. Ele não apenas capacita os</p><p>indivíduos com conhecimento e habilidades, mas também os desafia a explorar, questionar</p><p>e crescer de maneiras que moldam suas perspectivas e influenciam suas trajetórias de</p><p>vida. Seja nas salas de aula presenciais ou no ambiente virtual, o ensino continua a ser</p><p>uma jornada emocionante de descoberta e desenvolvimento ao longo da vida, formando</p><p>a si próprio, pessoal ou profissional e sua relação com o outro e também como citado por</p><p>Nóvoa (2004, p. 16) “[..] o formador forma-se através das coisas (dos saberes, das técnicas,</p><p>das culturas, das artes, das tecnologias) e da sua compreensão crítica (eco-formação)”.</p><p>23TÓPICO 3</p><p>Correlação entre conhecimento popular e conhecimento científico</p><p>O conhecimento vulgar ou popular, às vezes denominado senso comum, não se distingue do conhecimento</p><p>científico nem pela veracidade nem pela natureza do objeto conhecido: o que os diferencia é a forma, o</p><p>modo ou o método e os instrumentos utilizados para conhecer. Saber que determinada planta necessita</p><p>de uma quantidade X de água e que, se não a receber de forma natural, deve ser irrigada pode ser um</p><p>conhecimento verdadeiro e comprovável, mas, nem por isso, científico. Para que isso ocorra, é necessário</p><p>ir mais além: conhecer a natureza dos vegetais, sua composição, seu ciclo de desenvolvimento e as particu-</p><p>laridades que distinguem uma espécie de outra. Dessa forma, patenteiam-se dois aspectos:</p><p>A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade.</p><p>Um mesmo objeto ou fenômeno (uma planta, um mineral, uma comunidade ou relações entre chefes e</p><p>subordinados) pode ser matéria de observação tanto para o cientista quanto para o homem comum; o que</p><p>leva um ao conhecimento científico e outro ao conhecimento vulgar ou popular é a forma de observação.</p><p>Para Bunge (1976, p. 20), a descontinuidade radical entre a ciência e o conhecimento popular, em numero-</p><p>sos aspectos (principalmente, no que se refere ao método), não nos deve levar a ignorar certa continuidade</p><p>em outros aspectos, principalmente quando limitamos o conceito de conhecimento vulgar ao bom-senso.</p><p>Se excluirmos o conhecimento mítico (raios e trovões como manifestações de desagrado da divindade</p><p>pelos comportamentos individuais ou sociais), verificaremos que tanto o bom-senso quanto a ciência al-</p><p>mejam ser racionais e objetivos: “são críticos, aspiram à coerência (racionalidade) e procuram adaptar-se</p><p>aos fatos em vez de permitir especulações em controle (objetividade)”.</p><p>O ideal de racionalidade, compreendido como sistematização coerente de enunciados fundamentados e</p><p>passíveis de verificação, entretanto, é obtido muito mais por intermédio de teorias, que constituem o nú-</p><p>cleo da ciência, do que pelo conhecimento comum, entendido como acumulação de partes ou “peças” de</p><p>informação frouxamente vinculadas. Por sua vez, o ideal de objetividade, isto é, a construção de imagens</p><p>da realidade, verdadeiras e impessoais, não pode ser alcançado se não ultrapassar os estreitos limites da</p><p>vida cotidiana, assim como da experiência particular. É necessário abandonar o ponto de vista antropo-</p><p>cêntrico, para formular hipóteses sobre a existência de objetos e fenômenos além da própria percepção</p><p>de nossos sentidos, submetê-los à verificação planejada e interpretada com o auxílio de teorias. Por esse</p><p>motivo é que o senso comum, ou o bom-senso, não pode conseguir mais do que uma objetividade limitada,</p><p>assim como é limitada sua racionalidade, pois está estreitamente vinculado à percepção e à ação.</p><p>Fonte: MARCONI, Marina de A.; LAKATOS, Eva M. Metodologia Científica. Barueri: Atlas, 2022. Disponível</p><p>em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559770670/. Acesso em: 18 nov. 2023.</p><p>ENSINO E SUAS POSSIBILIDADES DE APRENDIZADO</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559770670/</p><p>24ENSINO E SUAS POSSIBILIDADES DE APRENDIZADOTÓPICO 3</p><p>A inteligência artificial é um campo da ciência da computação que se dedica ao estudo e ao desenvolvimento</p><p>de máquinas e programas computacionais capazes de reproduzir o comportamento humano na tomada de</p><p>decisões e na realização de tarefas, desde as mais simples até as mais complexas. É comumente referida</p><p>pela sigla IA ou AI (em inglês, artificial intelligence).</p><p>Com maior desenvolvimento a partir da década de 1950, a inteligência artificial já faz parte da vida cotidiana</p><p>das pessoas por meio dos assistentes de voz, dos mecanismos de pesquisa, dos carros autônomos e das</p><p>redes sociais. Apesar de trazerem inúmeros benefícios e avanços</p><p>importantes em diversas áreas, muito se</p><p>debate a respeito dos limites éticos da inteligência artificial e do papel que elas desempenham na nossa</p><p>sociedade atual.”</p><p>Na pesquisa vemos uma certa resistência na utilização da inteligência artificial, alguns defendem como uma</p><p>ferramenta de criatividade e de auxílio, outros acreditam que com a utilização de algumas inteligências, as</p><p>pessoas utilizarão menos a capacidade intelectiva. O que não podemos negar é que a ferramenta está</p><p>disponível para que qualquer pessoa a utilize em prol de seus objetivos.</p><p>Fonte: GUITARRARA, Paloma. Inteligência Artificial. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/</p><p>informatica/inteligencia-artificial.htm. Acesso em: 18 Nov. 2023.</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/informatica/inteligencia-artificial.htm</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/informatica/inteligencia-artificial.htm</p><p>25</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>ENSINO E SUAS POSSIBILIDADES DE APRENDIZADOTÓPICO 3</p><p>Caro(a) aluno(a),</p><p>Concluímos aqui a unidade do nosso material didático e o objetivo principal foi</p><p>oferecer a vocês subsídios norteadores que possibilitem a ação de aprimorar os conheci-</p><p>mentos sobre a Prática como Componente Curricular.</p><p>Acredito que independente da área de atuação que você escolha trabalhar após a</p><p>finalização do curso de formação inicial na Licenciatura, em algum momento você possa</p><p>utilizar os conhecimentos adquiridos nesta unidade, visto que, além de se trabalhar profis-</p><p>sionalmente com a Pesquisa, Extensão e o Ensino, você tenha em mãos conhecimentos</p><p>para o seu próprio crescimento científico.</p><p>A pesquisa, o ensino e a extensão na educação desempenham papéis interconec-</p><p>tados e fundamentais no desenvolvimento do conhecimento, na formação de indivíduos e</p><p>no fortalecimento das comunidades, contribuindo para a construção de uma sociedade mais</p><p>informada, inovadora e justa. Quando essas dimensões são integradas de forma eficaz, as</p><p>instituições de ensino desempenham um papel crucial na promoção do desenvolvimento</p><p>humano e social, preparando os indivíduos para enfrentar os desafios e oportunidades</p><p>do século XXI. É por meio dessa integração que a educação se torna uma ferramenta</p><p>poderosa para a transformação e o progresso da sociedade.</p><p>A partir de agora, acredito que você tenha conhecimentos básicos para dar continui-</p><p>dade em nosso processo didático com a Prática como Componente Curricular. Finalizamos</p><p>aqui a primeira unidade de estudo e nos vemos numa próxima oportunidade.</p><p>Até lá. Muito obrigado!</p><p>26</p><p>LEITURA COMPLEMENTAR</p><p>TÓPICO 3 ENSINO E SUAS POSSIBILIDADES DE APRENDIZADO</p><p>A pesquisa “acadêmica” e as críticas à racionalidade técnica</p><p>Uma consequência que vale a pena destacar é a impossibilidade de, em nome das</p><p>ideias de Schön, tomar a crítica à “racionalidade técnica” como uma espécie de panaceia</p><p>ante os obstáculos para o desenvolvimento do professor pesquisador. Esses obstáculos</p><p>são, em geral, ressaltados como estando ancorados em concepções mais tradicionais de</p><p>conhecimento, pesquisa e teoria, por um lado, e profissão, ação e prática, por outro, e são</p><p>radicalmente criticados por Schön: grande separação entre pesquisa e prática; valorização</p><p>da pesquisa básica em detrimento da ciência aplicada, e dessas duas em detrimento da</p><p>prática; caráter simultaneamente ideológico e institucional desta hierarquização; seu refle-</p><p>xo no currículo normativo dos cursos profissionalizantes, incluindo o fato de que o ensino</p><p>teórico ocorre sempre antes do ensino prático, coerente com uma concepção de prática</p><p>como aplicação de conhecimentos etc. Entretanto, Schön fala explicitamente do perigo que</p><p>significaria cair no extremo oposto de negar o valor de teorias desenvolvidas nesse modelo</p><p>mais tradicional (como afirma também Zeichner, em vários momentos, em 1993, pp. 16,</p><p>57 e 70, e em 1998). A própria prática reflexiva envolve, para Schön, características vul-</p><p>garmente associadas à pesquisa universitária supostamente desenvolvida nos moldes da</p><p>racionalidade técnica: observação, registro e desenvolvimento teórico rigorosos. Segundo</p><p>Schön, “a crítica radical não pode substituir (embora possa desafiar) a auto-reflexão crítica</p><p>do profissional qualificado” (ibidem, p. 290, grifo nosso). Esta questão se torna ainda mais</p><p>delicada num contexto de precária formação “tradicional”.</p><p>Já no trabalho pioneiro de Stenhouse, realizado na década de 1970, encontramos</p><p>essas duas questões: a importância de um modelo de interação pesquisador/professor</p><p>(Stenhouse 1975, p. 162) e o problema do lugar da cientificidade em sua concepção de</p><p>desenvolvimento curricular e de pesquisa. Stenhouse pensou e trabalhou o desenvolvimen-</p><p>to curricular e a pesquisa como processos que devem integrar num todo teoria e prática,</p><p>formulação de problemas e experimentação ou teste das soluções propostas, além de</p><p>outros aspectos inovadores para a perspectiva do professor como pesquisador. Entretanto,</p><p>é interessante chamar a atenção para a presença, em seus textos, de uma cientificidade</p><p>popperiana aparentemente estranha ao caráter muitas vezes exploratório e radicalmente</p><p>27TÓPICO 3</p><p>“contextual” da pesquisa ação. Em An introduction to curriculum research and development,</p><p>de Lawrence Stenhouse, publicado originalmente em 1975, a pesquisa e o desenvolvi-</p><p>mento curricular aparecem tendo como pano de fundo uma preocupação com os limites</p><p>de amplas perspectivas interacionistas e analíticas de propostas inovadoras sobre temas</p><p>problemáticos, como relações raciais.</p><p>Fonte: LÜDKE, Menga (Coord.). O professor e a pesquisa. 1. ed. Campinas:</p><p>Papirus Editora, 2022. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 18</p><p>nov. 2023.</p><p>ENSINO E SUAS POSSIBILIDADES DE APRENDIZADO</p><p>https://plataforma.bvirtual.com.br</p><p>28</p><p>MATERIAL COMPLEMENTAR</p><p>ENSINO E SUAS POSSIBILIDADES DE APRENDIZADOTÓPICO 3</p><p>LIVRO</p><p>• Título: Fundamentos de Metodologia Científica</p><p>• Autor: Marina de Andrade Marconi e Eva Maria Lakatos</p><p>• Editora: Atlas</p><p>• Sinopse: Datado em 2017, este livro, agora revisado e expandido,</p><p>tem sido amplamente bem recebido tanto por pesquisadores</p><p>quanto por professores no campo da metodologia científica. Sua</p><p>recepção positiva entre o público o transformou em um clássico,</p><p>especialmente devido à abordagem consistente e abrangente, bem</p><p>como à abundante exemplificação de uma variedade de conceitos.</p><p>Todas as modificações efetuadas nesta edição foram implementadas</p><p>com o objetivo de modernizar o conteúdo e proporcionar aos</p><p>leitores uma obra que possa satisfazer suas demandas de estudo</p><p>e pesquisa na criação de textos de excelência científica.</p><p>FILME/VÍDEO</p><p>• Título: A teoria de tudo</p><p>• Ano: 2014</p><p>• Sinopse: O filme explora o contexto de diversas teorias, incluindo</p><p>a Teoria de Tudo e a Teoria do Peixe no Aquário Redondo, além de</p><p>abordar o funcionamento dos buracos negros. Um aspecto fascinante</p><p>da trama é a oportunidade de aprofundar o conhecimento sobre a</p><p>personalidade de Hawking e desvendar os estágios da Esclerose</p><p>Lateral Amiotrófica (ELA), uma patologia pouco compreendida nos</p><p>anos 1900. "A Teoria de Tudo" coloca em foco a vida de Stephen</p><p>Hawking, um dos físicos mais importantes do século passado. A</p><p>narrativa acompanha a jornada de Hawking desde suas primeiras</p><p>investigações até a convivência com a ELA, uma condição que o</p><p>acompanhou desde os seus 21 anos de idade.</p><p>29ENSINO E SUAS POSSIBILIDADES DE APRENDIZADOTÓPICO 3</p><p>WEB</p><p>O Google Scholar, também conhecido como Google Acadêmico em</p><p>português europeu ou Acadêmico em português brasileiro, é uma</p><p>plataforma virtual de pesquisa de acesso livre que organiza e lista</p><p>textos completos ou metadados da literatura acadêmica em uma</p><p>ampla variedade de formatos de publicação. Lançado em versão</p><p>beta em 2004, o Google Scholar inclui a maior parte de revistas e</p><p>livros online revisados por pares, artigos de conferência, pré-im-</p><p>pressões, teses e dissertações, resumos, relatórios técnicos, bem</p><p>como outras formas de literatura acadêmica, incluindo pareceres</p><p>de tribunais e patentes.</p><p>Embora o Google não divulgue o tamanho exato do banco de</p><p>dados do Google Scholar, pesquisadores cientométricos estimam</p><p>que ele contém aproximadamente 389 milhões de documentos,</p><p>tornando-se o maior mecanismo de pesquisa acadêmica do mundo</p><p>em janeiro de 2018. Em maio de 2014, o acervo era estimado em</p><p>cerca de 160 milhões de documentos.</p><p>Fonte: Google Acadêmico. Disponível em: https://scholar.google.</p><p>pt/schhp?hl=pt-BR&as_sdt=0,5. Acesso em: 18 nov. 2023.</p><p>https://scholar.google.pt/schhp?hl=pt-BR&as_sdt=0,5</p><p>https://scholar.google.pt/schhp?hl=pt-BR&as_sdt=0,5</p><p>30</p><p>CONCLUSÃO GERAL</p><p>Prezado (a) aluno (a),</p><p>A disciplina de Prática como Componente Curricular IV foi um verdadeiro campo de</p><p>aprendizado e crescimento, proporcionando uma experiência abrangente e enriquecedora</p><p>nos pilares fundamentais da academia: Pesquisa, Ensino e Extensão. Ao longo desta disci-</p><p>plina, pudemos mergulhar profundamente nas intricadas nuances da pesquisa acadêmica,</p><p>explorando métodos, técnicas e abordagens que ampliaram nosso entendimento sobre os</p><p>temas pertinentes à nossa área de estudo.</p><p>A vertente do Ensino foi um aspecto central desta disciplina, permitindo-nos de-</p><p>senvolver habilidades pedagógicas, compreender a importância da comunicação eficaz e</p><p>adotar estratégias inovadoras para transmitir conhecimento. A interação com colegas e a</p><p>orientação dos professores contribuíram para a construção de uma base sólida, essencial</p><p>para a formação de futuros profissionais comprometidos e qualificados.</p><p>A abordagem da Extensão proporcionou uma valiosa oportunidade de aplicar o</p><p>conhecimento adquirido em sala de aula em contextos do mundo real. Participar ativa-</p><p>mente de projetos e iniciativas voltados para a comunidade fortaleceu nossa conexão com</p><p>a sociedade, destacando a relevância e a responsabilidade social inerentes ao papel do</p><p>acadêmico.</p><p>Em síntese, a disciplina de Prática como Componente Curricular IV desempenhou</p><p>um papel integral em nossa formação acadêmica, promovendo uma visão holística e inte-</p><p>grada da pesquisa, ensino e extensão. Estamos gratos pela experiência e confiantes de</p><p>que as habilidades e perspectivas adquiridas aqui continuarão a influenciar positivamente</p><p>nossa trajetória profissional e contribuição para o avanço do conhecimento em nossa área</p><p>de estudo.</p><p>Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigada!</p><p>31</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>ALEXANDRE, Agripa Faria. Metodologia científica: princípios e fundamentos. 3. ed. São</p><p>Paulo: Blucher, 2021. E-book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso</p><p>em: 27 nov. 2023.</p><p>ARENDT, Hannah. A Crise na Educação. In: ARENDT, Hannah. Entre o Passado e o</p><p>Futuro. Barcelona: Península, 1966.</p><p>BENTO, L. e BELCHIOR, G. Mídia e educação: o uso das tecnologias em sala de aula.</p><p>Revista de Pesquisa Interdisciplinar, Cajazeiras, v. 1, Ed. Especial, set./dez. 2016.</p><p>CARR, Wilfred e KEMMIS, Stephen. Becoming critical: Education, knowledge and action</p><p>research. Londres: Falmer Press, 1986.</p><p>DEMO, P. Pesquisa: princípio científico e educativo. São Paulo: Cortez, 2000.</p><p>DOURADO, L. F. e OLIVEIRA, J. F. A qualidade da educação: Perspectivas e desafios.</p><p>Cad. Cedes, Campinas, vol. 29, n. 78, p. 201-215, maio/ago. 2009. Disponível em: http://</p><p>www.cedes.unicamp.br/. Acesso em: 30 nov. 2023</p><p>DURHAM, Eunice Ribeiro. A autonomia universitária: o princípio constitucional e suas</p><p>implicações. NUPES e Departamento de Antropologia – FFLCH, Universidade de São</p><p>Paulo, 1989. Disponível em: http://nupps.usp.br/downloads/docs/dt8909.pdf. Acesso em:</p><p>23 nov. 2023.</p><p>ESTRELA, Carlos. Metodologia científica: ciência, ensino, pesquisa. Porto Alegre:</p><p>Artes Médicas, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/</p><p>books/9788536702742/. Acesso em: 22 set. 2023.</p><p>GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.</p><p>GOMES HECK, Thiago. et al. Iniciação científica no ensino médio: um modelo de apro-</p><p>ximação da escola com a universidade por meio do método científico. Revista Brasileira</p><p>de Pós-Graduação, v. 8, n. 2, 2012.</p><p>https://plataforma.bvirtual.com.br</p><p>http://www.cedes.unicamp.br/</p><p>http://www.cedes.unicamp.br/</p><p>http://nupps.usp.br/downloads/docs/dt8909.pdf</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536702742/</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536702742/</p><p>32</p><p>LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina Andrade. Técnicas de Pesquisa. São Paulo:</p><p>Atlas, 1991.</p><p>LÜDKE, Menga (Coord.). O professor e a pesquisa. 1. ed. Campinas: Papirus Editora,</p><p>2022. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 18 nov. 2023.</p><p>LOZADA, Gisele; NUNES, Karina S. Metodologia científica. Porto Alegre: Sagah, 2019.</p><p>Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595029576/. Acesso</p><p>em: 28 nov. 2023.</p><p>MARCONI, Marina de A. e LAKATOS, Eva M. Metodologia Científica. Barueri, Atlas,</p><p>2022. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559770670/.</p><p>Acesso em: 22 set. 2023.</p><p>MATOS, M. M. F. R. M. Novas tecnologias, novas pedagogias? Universidade do</p><p>MINHO, outubro, 1996.</p><p>MORAN, J. M. OS Novos espaços de atuação do professor com as tecnologias.</p><p>Revista Diálogo Educacional, Pontifícia Universidade Católica do Paraná. vol. 4, n. 12,</p><p>maio/ago., 2004;</p><p>NÓVOA, António. Prefácio. In: JOSSO, Marie-Christine. Experiências de Vida e Forma-</p><p>ção. São Paulo: Cortez Editora, 2004.</p><p>OLIVEIRA, Ana Paula Weinfurter Lima Coimbra de. Metodologia científica. 1. ed. São</p><p>Paulo: Contentus, 2021. E-book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso</p><p>em: 27 nov. 2023.</p><p>OLIVEIRA, Clarissa Tochetto; WILES, Jamille Mateus; FIORIN, Pascale Chechi; DIAS</p><p>Ana Cristina Garcia. Percepções de estudantes universitários sobre a relação pro-</p><p>fessor-aluno. Psicol. Esc. Educ.[online]. 2014, vol.18, n.2, pp.239-246. ISSN 2175-3539.</p><p>Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/2175-3539/2014/0182739. Acesso em: 23 nov.</p><p>2023.</p><p>PERFEITO, Artur Ericsson. O Uso de Novas Tecnologias na Educação. Ipameri, 2020.</p><p>Disponível em: https://repositorio.ifgoiano.edu.br/bitstream/prefix/1373/3/TCC%20-%20</p><p>ARTUR%20corrigido%20vers%c3%a3o%20final%20com%20ata-convertido.pdf. Acesso</p><p>em: 29 nov. 2023.</p><p>https://plataforma.bvirtual.com.br</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595029576/</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559770670/</p><p>https://plataforma.bvirtual.com.br</p><p>http://dx.doi.org/10.1590/2175-3539/2014/0182739</p><p>https://repositorio.ifgoiano.edu.br/bitstream/prefix/1373/3/TCC - ARTUR corrigido vers%c3%a3o final com ata-convertido.pdf</p><p>https://repositorio.ifgoiano.edu.br/bitstream/prefix/1373/3/TCC - ARTUR corrigido vers%c3%a3o final com ata-convertido.pdf</p><p>33</p><p>PRENSKY, M. O papel da tecnologia no ensino e na sala de aula. Conjectura, Marc</p><p>Prensky, v. 15, n. 2, maio/ago., 2010.</p><p>SAMPIERI, Roberto H.; COLLADO, Carlos F. e LUCIO, María D. P B. Metodologia de</p><p>pesquisa. Porto Alegre: Penso, 2013. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.</p><p>com.br/#/books/9788565848367/. Acesso em: 22 set. 2023.</p><p>SANTOS, João Henrique de; ROCHA, Bianca Ferreira; PASSAGLIO, Kátia Tomagini.</p><p>Extensão universitária e formação no ensino superior. Revista Brasileira De Extensão</p><p>Universitária, v. 7, n. 1, p. 23-28, 2016. Disponível em: https://periodicos.uffs.edu.br/index.</p><p>php/RBEU/article/view/3087. Acesso em: 23 nov. 2023.</p><p>SANTOS, João A.; FILHO, Domingos P. Metodologia Científica. São Paulo: Cengage</p><p>Learning Brasil, 2012. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/</p><p>books/9788522112661/. Acesso em: 29 nov. 2023.</p><p>SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez,</p><p>2007.</p><p>SILVA, I. C. S; PRATES, T. S; RIBEIRO, L. F. S. As novas tecnologias e aprendizagem:</p><p>desafios enfrentados pelo professor na sala de aula. Revista Em Debate (UFSC): Floria-</p><p>nópolis, v. 16, 2016</p><p>VASCONCELLOS, C. S. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo:</p><p>Libertad, 1999.</p><p>WAINERMAN, Catalina. La trastienda de la investigación. 2ª ed. Buenos Aires:</p><p>Manatial,</p><p>2015.</p><p>YIN, Robert K. Estudo de Caso: planejamento e métodos; 4 ed. Porto Alegre: Bookman,</p><p>2010.</p><p>https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/RBEU/article/view/3087</p><p>https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/RBEU/article/view/3087</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522112661/</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522112661/</p><p>ENDEREÇO MEGAPOLO SEDE</p><p>Praça Brasil , 250 - Centro</p><p>CEP 87702 - 320</p><p>Paranavaí - PR - Brasil</p><p>TELEFONE (44) 3045 - 9898</p><p>Shutterstock</p><p>Site UniFatecie 3:</p>