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<p>Direitos Humanos e Cidadania</p><p>Profª Ma. Ana Moser</p><p>ana.moser@uniasselvi.com.br</p><p>1</p><p>Ser a melhor solução de educação para a construção da sua própria história.</p><p>Ser líder nas regiões onde atua, referência de ensino para a melhoria de vida dos nossos alunos, com rentabilidade e reconhecimento de todos os públicos.</p><p>MISSÃO</p><p>VISÃO</p><p>VALORES</p><p>Ética e Respeito: Respeitar as regras sempre, com transparência e respeito, é a base do nosso relacionamento com alunos, funcionários e parceiros.</p><p>Valorização do Conhecimento: Não basta saber, é preciso saber fazer. Valorizamos o conhecimento como forma de inspirar e aproximar as pessoas.</p><p>Vocação para Ensinar: Nossos profissionais têm prazer em educar</p><p>e contribuir para o crescimento dos nossos alunos.</p><p>Atitude de Dono: Pensamos e agimos como donos do negócio.</p><p>Simplicidade e Colaboração: Trabalhamos juntos como um time, com diálogo aberto e direto.</p><p>Foco em Resultado e Meritocracia: Nossa equipe cresce por mérito através da superação de metas e dedicação de cada um.</p><p>3</p><p>UNIDADE 3</p><p>RECONHECIMENTO DA CIDADANIA COMO PROCESSO DE PARTICIPAÇÃO NA SOCIEDADE</p><p>A Cidadania, a Participação e a Garantia de Direitos</p><p>O Processo Participativo como Estratégia do Exercício da Cidadania a partir dos Conselhos</p><p>O Papel dos Conselheiros e suas Atribuições Éticas</p><p>UNIDADE 3</p><p>RECONHECIMENTO DA CIDADANIA COMO PROCESSO DE PARTICIPAÇÃO NA SOCIEDADE</p><p>TÓPICO 1 – A CIDADANIA, A PARTIPAÇÃO E A GARANTIA DE DIREITOS TÓPICO 2 – O PROCESSO PARTICIPATIVO COMO ESTRATÉGIA DO EXERCÍCIO DA CIDADANIA A PARTIR DOS CONSELHOS TÓPICO 3 – O PAPEL DOS CONSELHEIROS E SUAS ATRIBUIÇÕES ÉTICAS</p><p>O conceito de cidadania vem se transformando, segundo Melo (2014, p. 4):</p><p>O conceito de cidadania passou a ser vinculado não apenas à participação política, representando um direito do indivíduo, mas também o dever do Estado em ofertar condições mínimas para o exercício desse direito, incluindo, portanto, a proteção ao direito à vida, à educação, à informação, à participação nas decisões públicas.</p><p>A participação da sociedade civil nas decisões políticas se efetivou com a instauração dos conselhos de direito, que são instâncias deliberativas de ações de fortalecimento e participação, seja na formulação, na execução e na fiscalização. Os conselhos são setorializados, sendo que a cada um deles existem ações e públicos-alvo específicos que precisam ser analisados. Outra grande conquista é a possibilidade de a sociedade civil participar das decisões, o que antes era atividade exclusiva dos gestores.</p><p>Cidadania</p><p>A cidadania passa por uma perspectiva em que o cidadão não é apenas aquele que vota, mas que possui todos os meios para exercer o voto de forma consciente e participativa.</p><p>A cidadania é a condição de acesso aos direitos sociais(educação, saúde, segurança e previdência) e econômicos (salário justo, emprego)[...]</p><p>A participação da sociedade no planejamento, execução e fiscalização das</p><p>ações das políticas públicas torna os cidadãos corresponsáveis, portanto, parte</p><p>importante para a continuidade da democracia.</p><p>Fonte: Disponível em:https://www.draelainealves.com.br/mais-um-departamento-sucateado-em-itapoa/. Acesso em 20 set 2018.</p><p>8</p><p>• A participação da sociedade no planejamento, execução e fiscalização das ações das políticas públicas torna o cidadão corresponsável.</p><p>A cidadania é reconhecida como o acesso à satisfação de necessidades individuais e coletivas, estas nem sempre são acessadas de maneira natural, existem situações onde é necessária uma intervenção profissional, por isso que se entende que o profissional de Serviço Social deve atuar em defesa e garantia de direitos.</p><p>Para que haja a efetivação das atribuições dos conselhos é necessário:</p><p>• A titularidade e a suplência dos membros.</p><p>• Nas decisões sugere-se a votação dos titulares e, na ausência, pelos suplentes.</p><p>• Que as decisões sejam a partir da maioria simples de votos.</p><p>• Que as decisões sejam descritas em ata ou resolução.</p><p>• Que todas as deliberações sejam com o consentimento dos interesses do conselho, discutidas em colegiado.</p><p>• Todos os conselhos devem conter uma equipe diretiva: presidente, vice-presidente, secretaria, vice-secretário e demais membros de interesse do conselho.</p><p>• O conselho deve ter um regimento interno que norteie suas ações. • Para que as reuniões sejam consideradas válidas existe a questão do quórum, em que se necessita da presença de 50% + 1 para ter o poder de deliberação.</p><p>• Havendo questões específicas a serem analisadas, é possível estabelecer comissões que agilizam os trabalhos para apresentar e discutir no grande grupo.</p><p>A Constituição Federal de 1988 foi outro marco na questão do acesso aos direitos, pois foi esse documento que normatizou e regulamentou todo o processo político e administrativo do Brasil.</p><p>Com a impossibilidade do Estado em responder a todas as demandas sociais, a sociedade civil passa a responder por várias expressões da questão social, como uma estratégia de minimizar e superar algumas situações vivenciadas na sociedade.</p><p>Nesse sentido é possível destacar que o funcionamento dos conselhos de políticas públicas em todas as suas esferas tem como primazia a defesa e a garantia de direitos (RAICHELIS, 2000).</p><p>Essa participação nos conselhos oportuniza à sociedade civil reconhecer os movimentos de formulação e reformulação das políticas públicas, bem como ampliar e estabelecer novos objetivos.</p><p>Situação reconhecida também por Gomes (2000, p. 166), o qual afirma que</p><p>os conselhos são</p><p>Considerados condutos formais de participação social,</p><p>institucionalmente reconhecidos, com competências definidas em</p><p>estatuto legal, com o objetivo de realizar o controle social de políticas</p><p>públicas setoriais ou de defesa de direitos de segmentos específicos. Sua</p><p>função é garantir, portanto, os princípios da participação da sociedade</p><p>no processo de decisão, definição e operacionalização das políticas</p><p>públicas, emanados da Constituição. Ou seja: são instrumentos criados</p><p>para atender e cumprir o dispositivo constitucional no que tange ao</p><p>controle social dos atos e decisões governamentais.</p><p>Os conselhos de direitos, também denominados conselhos de políticas públicas ou conselhos gestores de políticas setoriais, são órgãos colegiados, permanentes e deliberativos, incumbidos, de modo geral, da formulação, supervisão e da avaliação das políticas públicas, em âmbito federal, estadual e municipal (DHNET, 1995c). A própria Constituição de 1988 estabelece como princípio a participação da sociedade na gestão pública, pois esse espaço é destinado para o controle, fiscalização e deliberação sobre assuntos de interesse coletivo.</p><p>RECONHECENDO O PAPEL DOS CONSELHOS EM NÍVEL</p><p>NACIONAL, ESTADUAL E MUNICIPAL</p><p>Maior esclarecimento à sociedade civil sobre as ações do poder</p><p>público.</p><p>Muitos conselhos existem de maneira fragilizada, o que faz com que o</p><p>poder decisório seja único e exclusivo do Estado.</p><p>Avanços</p><p>&</p><p>Desafios</p><p>Colegiado</p><p>Paritário</p><p>Deliberativo</p><p>Vamos falar do Conselho Tutelar?</p><p>O Conselho Tutelar é um órgão municipal responsável pela garantia dos direitos da criança e do adolescente. De acordo com o que determina o Estatuto da Criança e do Adolescente, tem a missão de orientar, analisar e encaminhar todas as situações referentes à violação de direito da criança e do adolescente.</p><p>O Conselho Tutelar deve cumprir as diretrizes do Artigo 227 da Constituição Brasileira de 1988. Sendo definido como órgão permanente e autônomo, ou seja, ele é quem decide, não jurisdicionalmente, mas é encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos das crianças e dos adolescentes, em seus artigos 131 a 140 da Lei Federal 8.069/90.</p><p>Você sabe quais são as atribuições do Conselho Tutelar?</p><p>Os conselheiros tutelares devem pensar na questão do menor dano e a</p><p>preservação da integridade da criança e do adolescente, sua atuação deve pautar-se na ética e na legitimidade de proteção.</p><p>Destacamos, segundo</p><p>o ECA, algumas atribuições do Conselho Tutelar:</p><p>• Atender crianças e adolescentes e aplicar medidas de proteção.</p><p>• Atender e aconselhar os pais ou responsável e aplicar medidas pertinentes</p><p>previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.</p><p>• Promover a execução de suas decisões, podendo requisitar serviços públicos e</p><p>entrar na Justiça quando alguém, injustificadamente, descumprir suas decisões.</p><p>• Levar ao conhecimento do Ministério Público fatos que o Estatuto tenha como</p><p>infração administrativa ou penal.</p><p>• Encaminhar à Justiça os casos que a ela são pertinentes.</p><p>• Tomar providências para que sejam cumpridas as medidas socioeducativas</p><p>aplicadas pela Justiça a adolescentes infratores.</p><p>• Expedir notificações em casos de sua competência.</p><p>Requisitar certidões de nascimento e de óbito de crianças e adolescentes, quando necessário.</p><p>• Assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamental para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente.</p><p>• Entrar na Justiça, em nome das pessoas e das famílias, para que estas se defendam de programas de rádio e televisão que contrariem princípios constitucionais, bem como de propagandas de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.</p><p>• Levar ao Ministério Público casos que demandam ações judiciais de perda ou suspensão do pátrio poder.</p><p>• Fiscalizar as entidades governamentais e não governamentais que executem programas de proteção e socioeducativos.</p><p>Sempre que houver suspeita ou violação de direitos contra crianças e adolescentes, o Conselho Tutelar deve observar qual é o tipo de violação. Segundo o art. 98 do ECA: a - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; b - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; c - em razão da conduta da própria criança ou adolescente.</p><p>O Estado ameaça ou viola direito quando as políticas sociais não suprem as necessidades básicas da criança e do adolescente, como: educação, saúde, lazer, esporte, entre outros (ECA, 1990). O Estado também se cerca de legislações que deveriam garantir o mínimo necessário para o desenvolvimento integral das crianças e dos adolescentes. Art. 203 da Constituição Federal descreve que a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - a garantia de um salário-mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.</p><p>O PAPEL DOS CONSELHEIROS</p><p>Os conselhos devem respeitar a legislação vigente, bem como a</p><p>hierarquização. Por exemplo, o Conselho Municipal não pode estabelecer uma</p><p>resolução que contrarie o Conselho Estadual e/ou Federal.</p><p>Desta forma, podemos destacar alguns requisitos que devem ser atendidos</p><p>pelos diversos conselhos:</p><p>• Estar disponível, tanto pessoal quanto institucional, para exercer esta função de</p><p>relevância pública.</p><p>• Estar na função ou cargo que tenha condições legais para tomada de decisão,</p><p>bem como, ter acesso às informações sobre os órgãos que representa.</p><p>• Ter a capacidade política e técnica em relação a: direitos humanos, políticas e</p><p>programas de garantias de direitos e orçamento público.</p><p>DESCENTRALIZAÇÃO/MUNICIPALIZAÇÃO/PARTICIPAÇÃO SOCIAL</p><p>DESCENTRALIZAÇÃO Com a abertura da descentralização, da municipalização, e da participação social, o processo de articulação de ações passou a ter um significado importante para a realidade da vida pública na construção e efetivação de políticas na defesa dos direitos.</p><p>MUNICIPALIZAÇÃO O processo de municipalização se apresenta como um modelo</p><p>crucial na busca e conquista de melhorias na qualidade das execuções das políticas públicas no Brasil.</p><p>PARTICIPAÇÃO SOCIAL É fundamental a observação dos princípios da participação e da</p><p>descentralização, que ficaram instituídos na “Constituição Cidadã” de 1988, que prevê a participação do cidadão na gestão, fiscalização e controle das políticas públicas.</p><p>Direitos Humanos</p><p>Controle social: notas em torno de uma noção polêmica</p><p>Marcos César Alvarez</p><p>Disponível em: http://www.redalyc.org/html/742/74260103/.</p><p>Desafios do controle social na atualidade</p><p>Maria Inês Souza Bravo</p><p>Maria Valéria Costa Correia</p><p>Disponível em http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/55U3krpFYD79NVb8HV10.pdf</p><p>Material de apoio para a Unidade</p><p>30</p><p>image1.png</p><p>image2.jpeg</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p>