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<p>Arte Contemporânea</p><p>Você verá o percurso da arte contemporânea após a Segunda Guerra Mundial, sua expansão, seus</p><p>desdobramentos e a descoberta de novos espaços.</p><p>Profa. Alexandra Cristina Moreira Caetano</p><p>1. Itens iniciais</p><p>Propósito</p><p>Entender o conceito de arte contemporânea como ponto de partida para a compreensão dos movimentos</p><p>artísticos que aconteceram após a Segunda Guerra Mundial é imprescindível para uma adequada atuação</p><p>profissional.</p><p>Objetivos</p><p>Identificar as características da Arte contemporânea e os fatores que levaram ao seu surgimento a</p><p>partir de 1946.</p><p>Distinguir os principais movimentos artísticos após a Segunda Guerra Mundial para a representação da</p><p>expansão do campo da arte.</p><p>Reconhecer as interseções que se tornaram possíveis mediante processos disruptivos que ocorreram</p><p>no espaço da arte.</p><p>Introdução</p><p>Você já parou para pensar que os historiadores da Arte contemporânea viveram os momentos em que</p><p>registravam os movimentos da arte? Como disse Gombrich (1995), a proximidade em que estava de seu</p><p>próprio tempo, enquanto escrevia sobe a história da arte, tornava para ele mais difícil distinguir o que era</p><p>passageiro das realizações duradouras.</p><p>Este, talvez, seja o conceito mais representativo da Arte contemporânea: o efêmero que se tornou duradouro;</p><p>o inacabado e imperfeito que se tornou obra-prima. Existe certa subversão de conceitos para apresentar a</p><p>arte que transcende o instante. Começa a imaginar? Um pouco confuso? Vontade de entender? Então você</p><p>está pronto! Seja bem-vindo à Arte contemporânea!</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>1. Arte contemporânea: primeiras experimentações</p><p>O surgimento da Arte contemporânea</p><p>Marcada pela ressignificação de materiais e objetos, a Arte contemporânea expande os contornos antes</p><p>rígidos da arte. Certamente, você poderá se deparar com uma estranheza, principalmente vinda do senso</p><p>comum que reconhece na pintura, no desenho e na escultura, a arte autêntica.</p><p>Beethoven, de Andy Warhol, 1987.</p><p>Michael Archer (2012) afirmou que de início parece que quanto mais olhamos, menos certeza podemos ter</p><p>quanto àquilo que, afinal, permite que as obras sejam qualificadas como arte, pelo menos do ponto de vista</p><p>tradicional. Qualquer material pode ser transformado em arte, assim, ser “arte” não é mais privilégio de poucas</p><p>obras.</p><p>A partir de 1946, assistimos a um desfile de movimentos artísticos iniciados com a Op art, ainda no período da</p><p>Segunda Guerra Mundial. E a arte seguiu abrindo novos caminhos com as instalações, a Pop art, a Arte</p><p>conceitual, a Arte povera, o Minimalismo, entre outros.</p><p>Exemplo de Arte povera: Igloo, de Mario Merz, 1985.</p><p>Exemplo de Pop art: Double Mona Lisa, de Andy Warhol, 1963.</p><p>Observamos as tecnologias emergentes ganharem terreno e prestígio dentro das artes. Presenciamos a</p><p>ascensão da arte fotográfica, da videoarte, da arte computacional e da arte digital.</p><p>A arte foi para as ruas com a arte urbana e as performances, invadiu territórios com a Land art e fez do corpo</p><p>uma tela, reconhecendo, na tatuagem, uma de suas formas de expressão.</p><p>Nesse contexto, muitas vezes, o artista se torna parte da obra, quando não é a própria obra. Perde-se o seu</p><p>sentido utilitário, pragmático, é óbvio. Se para o senso comum, inicialmente, o reconhecimento da arte se</p><p>torna complexo, com o passar das décadas, a arte ganha propósito, incorpora movimentos sociais e se torna</p><p>também causa.</p><p>Blek Le Rat, de Blek le Rat, 2008.</p><p>Propomos um sobrevoo para que você possa compreender a riqueza dos movimentos da Arte contemporânea</p><p>e a liberdade de expressão conquistada. Vamos lá!</p><p>Conceitos</p><p>Até meados dos anos 1940, a arte era dotada de privilégios, mas para poucos iniciados. A ideia de que a arte</p><p>poderia ser popular era, inclusive, mal vista; apreciada por cineastas, o espaço da aristocracia artística deveria</p><p>ser preservado. Uma obra literária poderia até circular, mas sua essência era para clube de especialistas. As</p><p>artes plásticas e afins definitivamente não eram para o grande público. Ocupavam lugares específicos,</p><p>admiradas por meio de uma aura e criadas a partir de materiais próprios destinados à pintura e à escultura.</p><p>O que você verá é que a Arte contemporânea vai na direção contrária. Isso porque ela rompeu com alguns</p><p>aspectos da Arte moderna; chegou a hora de reconstruir, mudar a forma de pensar e experimentar a arte.</p><p>Comentário</p><p>Contemporâneo é um adjetivo que faz referência ao que é do mesmo tempo, que viveu na mesma época.</p><p>Designa quem ou o que partilha ou partilhou o mesmo tempo, o mesmo período. Seguindo a lógica do</p><p>conceito, Arte contemporânea pertence ao tempo em que ela acontece. Caracterizada por representar o</p><p>presente. Traz consigo todo o turbilhão que caracteriza o momento social, político, econômico, cultural</p><p>de sua época.</p><p>Imagine que no período do pós-guerra predominasse o sentimento de reconstrução da sociedade, das</p><p>cidades e dos valores. A arte estabelece uma comunicação direta com o público ao trazer para as obras</p><p>elementos retirados da cultura de massa e do cotidiano. Torna-se assim representativa da</p><p>contemporaneidade, carregada de signos e símbolos.</p><p>A Arte contemporânea representa a comunhão entre arte e vida, indo, por isso, em sentido contrário aos</p><p>padrões do que seria arte. Os artistas buscam, a partir de então, inovar em materiais e processos,</p><p>incorporando diferentes formas de se expressar. Nesse período, observamos ainda o desenvolvimento</p><p>tecnológico, com o surgimento de novas mídias; e os artistas, em busca do novo, apoiaram-se nessas</p><p>tecnologias.</p><p>Babel, de Cildo Meireles, 2018.</p><p>Os materiais estão por todos os lugares: madeira, metal, pedra, papel, tecido, tinta, e outros, como ar, luz,</p><p>som, pessoas, comida e o que se puder imaginar. O difícil passou a ser identificar o que é ou não é arte.</p><p>Identificar o artista, que, muitas vezes, confunde-se com a própria obra. E se a Arte contemporânea está na</p><p>linha tênue do que pode representar ou não arte, isso significa que todas as ideias anteriores caíram por terra.</p><p>Inmensa, de Cildo Meireles, 1982-2002 (Obra criada em 1982 e reproduzida em</p><p>Inhotin, Brumadinho).</p><p>O que você compreende como Arte contemporânea?</p><p>A Arte contemporânea é de natureza subjetiva. A obra é valorizada pelo seu conceito, pela ideia que lhe deu</p><p>origem e não pelo resultado apresentado. As obras contemporâneas não existem para serem simplesmente</p><p>observadas; são peças para reflexão, interação, intervenção, ação.</p><p>A contemporaneidade é uma singular relação com o próprio tempo, que adere a este e,</p><p>simultaneamente, dele toma distâncias [...]. Aqueles que coincidem muito plenamente com uma época,</p><p>que em todos os aspectos a esta aderem perfeitamente, não são contemporâneos porque, exatamente</p><p>por isso, não conseguem vê-la [...].</p><p>(Agaben, 2010)</p><p>Por ser contemporânea, a arte trata de questões presentes, vividas no momento em que acontecem. Não há</p><p>distanciamento histórico, os acontecimentos em profusão não deixam que o artista se distancie do seu objeto.</p><p>A Arte contemporânea se mistura ao seu próprio tempo e a todos os acontecimentos. Reflete os conflitos, as</p><p>instabilidades, as incertezas e todo o espectro da realidade.</p><p>Big Campbell’s Soup Can 19c, de Andy Warhol, 1962.</p><p>Já pensou em como é estar imerso nos diferentes aspectos de tudo o que acontece? Questões existenciais,</p><p>violência, sexualidade, consumo, informações em excesso... tudo o que diz respeito ao indivíduo e à</p><p>sociedade? É isso que torna a Arte contemporânea intensa e visceral, representando todo esse emaranhado</p><p>de razões e emoções.</p><p>O que você faria com tanta informação?</p><p>Os artistas decidiram também criar em profusão. Eis por que vemos tantos artistas, com tantas linhas e tantos</p><p>pensamentos distintos, orientações artísticas diversas, cada um buscando, a seu modo, uma maneira de</p><p>representar esse momento.</p><p>Assim, vemos os artistas se dirigirem ao mundo e direcionarem a arte para a natureza, para as questões</p><p>urbanas, para as tecnologias, para todas as nuances do mundo. Fazem surgir obras que exploram diferentes</p><p>linguagens - pintura, escultura, teatro, dança, música, literatura</p><p>- e muitas outras que fogem às convenções e</p><p>classificações tradicionais.</p><p>Broken Circle, arte ambiental de Robert Smithson, 1971.</p><p>A Arte contemporânea cria suas representações artísticas e a própria definição de arte. Seus representantes</p><p>são críticos, questionadores do mercado e do sistema que valida a arte.</p><p>Arte contemporânea: práticas e experimentações</p><p>Entenda neste vídeo como a arte contemporânea trouxe, através da experimentação, novos materiais e</p><p>estímulos para a criação artística.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Características da arte contemporânea</p><p>Você percebe como a Arte contemporânea representa um vulcão em erupção? Tudo bem, a imagem em si</p><p>pode até ser um pouco exagerada! E o exagero é uma característica desse momento, no qual se vai do mínimo</p><p>ao máximo.</p><p>Toda essa diversidade está presente nos variados tipos de obras e nas características apresentadas pela Arte</p><p>contemporânea. Veja a seguir.</p><p>Tipos de obra:</p><p>Obras abertas Obras interativas</p><p>Obras em processo</p><p>Obras que questionam a definição de</p><p>arte</p><p>Obras que se aproximam da cultura</p><p>popular</p><p>Características:</p><p>Transitoriedade.</p><p>Liberdade de estilos.</p><p>Mistura de estilos artísticos.</p><p>Uso das novas tecnologias e mídias.</p><p>Combinação de processos de produção.</p><p>Fusão entre arte e vida.</p><p>Liberdade e efemeridade artística.</p><p>Abandono dos suportes tradicionais.</p><p>Uso de diferentes materiais para a produção das obras.</p><p>Se você olhar o conjunto das obras que representam a Arte contemporânea, perceberá cada uma dessas</p><p>características no todo. Outras poderão ser identificadas, afinal, Arte contemporânea é validada por meio de</p><p>críticas, discussões, questionamentos e pelo olhar dos próprios artistas e seus pares.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Contingent, de Eva Hesse, 1968.</p><p>Artistas e movimentos</p><p>Antes de falarmos dos principais movimentos que integram a Arte contemporânea e como atravessam as</p><p>décadas e se transformaram, apresentaremos pontualmente alguns representantes dessa linha histórica para</p><p>que você possa olhar para a diversidade.</p><p>Alguns artistas estiveram presentes em diferentes movimentos. Fazem parte das interseções que a Arte</p><p>contemporânea proporciona. Confira a seguir.</p><p>Expressionismo abstrato</p><p>Artistas: Mark Rothko, Jackson Pollock.</p><p>Pintura figurativa europeia</p><p>Artistas: Lucian Freud, Francis Bacon, Georg Baselitz.</p><p>Pop art</p><p>Artistas: Andy Warhol, Roy Lichtenstein.</p><p>Arte fotográfica</p><p>Artistas: Cindy Sherman, Robert Mapplethorpe.</p><p>Novo realismo</p><p>Artistas: Pierre Restany, Yves Klein, Jean Tinguely.</p><p>Arte conceitual</p><p>Artistas: Marcel Duchamp, Sol LeWitt, Piero Manzoni, Joseph Kosuth.</p><p>Instalações</p><p>Artistas: Olafur Eliasson, Christo e Jeanne-Claude, Ed Kienholz.</p><p>Happennings</p><p>Artista: Allan Kaprow.</p><p>Arte performática</p><p>Artistas: Grupo Fluxus, Marina Abramović, Vito Acconci.</p><p>Arte povera</p><p>Artistas: Mario Merz, Jannis Kounellis, Michelangelo Pistoletto.</p><p>Minimalismo</p><p>Artistas: Carl Andre, Dan Flavin, Donald Judd, Frank Stella.</p><p>Fayga Ostrower mostrando sua obra.</p><p>Op art</p><p>Artistas: Victor Vasarely, Bridget Riley, Tadasky, Almir da Silva Mavignier.</p><p>Videoarte</p><p>Artistas: Bill Viola, Nam June Paik, Matthew Barney, Shirin Neshat.</p><p>Land art</p><p>Artistas: Robert Smithson, Nancy Holt, Richard Serra.</p><p>Hiper-realismo</p><p>Artistas: Denis Peterson, Duane Hanson, Richard Estes.</p><p>Arte digital</p><p>Artistas: Harold Cohen, Thomas Ruff, Jeff Wall, Christopher Bruno.</p><p>Arte urbana</p><p>Artistas: Keith Haring, Jean-Michel Basquiat, Banksy.</p><p>Por onde devemos começar a falar da Arte contemporânea?</p><p>Fayga Ostrower (2004), ao ministrar o curso de</p><p>artes para os operários de uma fábrica,</p><p>escolheu começar trazendo o Dadaísmo. O</p><p>movimento que começou em 1916, teve adesão</p><p>de artistas de todas as áreas - teatro, música,</p><p>artes plásticas, literatura -, e suas obras</p><p>subverteram as formas tradicionais.</p><p>O Dadaísmo criou a arte do absurdo, os artistas</p><p>queriam chocar. E, para isso, substituíam</p><p>materiais nobres por outros artesanais,</p><p>trabalhavam processos demorados de criação</p><p>das obras como as colagens realizadas na</p><p>pintura. Revolucionário por reformular a</p><p>linguagem da arte, a atitude dos artistas e os conceitos, o Dadaísmo foi, na fala de Ostrower (2004), um ponto</p><p>de partida para várias tendências da arte no século XX. No Dadaísmo, encontramos a Roda de bicicleta (1913)</p><p>de Marcel Duchamp (1887-1968), artista com presença marcante na Arte conceitual. E ainda manifestações</p><p>inusitadas e, por vezes, grosseiras, dariam origem aos happenings e às performances. Porém, antes dos</p><p>movimentos da Arte contemporânea ganharem corpo, teríamos mais uma guerra mundial por vários anos.</p><p>Happenings</p><p>O happening é uma expressão das artes visuais que, de certa forma, apresenta características das artes</p><p>cênicas. Nesse tipo de obra, quase sempre planejada, incorpora-se algum elemento de espontaneidade</p><p>ou improvisação, que nunca se repete da mesma maneira a cada nova apresentação.</p><p>Roda de bicicleta, de Marcel Duchamp, 1913.</p><p>Veremos outros movimentos fazerem parte do período de transição entre o Modernismo e a Arte</p><p>contemporânea. Escutamos falar do Expressionismo abstrato pela primeira vez nos idos de 1920, em</p><p>referência às pinturas de Wassily Kandinsky (1866-1944), seguido pouco depois por Kazimir Malevich</p><p>(1878-1935). Outros representantes desse período, em que o abstrato aparece como elemento encerrando em</p><p>si mesmo seu significado como expressão mística ou emocional, são Paul Klee (1879-1940), Piet Mondrian</p><p>(1872-1944), Franz Kline (1910-1962) e Pierre Soulages. Mesmo que muitos dos artistas desse movimento</p><p>tenham iniciado suas carreiras na década de 1930, eles representam os antecedentes do Expressionismo</p><p>abstrato que presenciamos após 1946.</p><p>Composition VI, de Wassily Kandinsky, 1913.</p><p>Seu próximo passo é escolher alguns artistas e pesquisar sobre suas obras. O pioneirismo é uma das</p><p>características presentes nos trabalhos dos artistas contemporâneos. Cada artista escolheu seu estilo,</p><p>colocou sua marca em sua arte, tornando-os pioneiros no traçado, no suporte, no material, na leitura.</p><p>Desvende um pouco o contexto que levou a essa diversidade conhecendo a obra desses artistas.</p><p>Arte contemporânea e seus movimentos</p><p>Neste vídeo, explicamos como identificar as características da arte contemporânea e como ela é marcada por</p><p>diversos movimentos. Não perca!</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>(Enem-2018) Observe as imagens e responda:</p><p>Urna funerária marajoara (esquerda - Imagem 1) e Junção Circular, de Norma</p><p>Grinberg, 1988 (direita - Imagem 2).</p><p>As duas imagens são produções que têm a cerâmica como matéria-prima. A obra Junção Circular (à direita) se</p><p>distingue da urna funerária marajoara (à esquerda) ao</p><p>A</p><p>evidenciar a simetria na disposição das peças.</p><p>B</p><p>materializar a técnica sem função utilitária.</p><p>C</p><p>abandonar a regularidade na composição.</p><p>D</p><p>anular possibilidades de leituras afetivas.</p><p>E</p><p>integrar o suporte em sua constituição.</p><p>A alternativa B está correta.</p><p>Na obra escultórica vista na imagem 2, a cerâmica é apresentada como suporte para a arte com</p><p>característica estética e conceitual, sem função utilitária. Já na imagem 1, a urna funerária marajoara possui</p><p>a função de conter os restos mortais de um ser humano, tendo, portanto, um objetivo prático na sociedade</p><p>em que foi produzida.</p><p>Questão 2</p><p>(Enem-2018) Leia o texto a seguir:</p><p>Texto I</p><p>Também chamados impressões ou imagens fotogramáticas […], os fotogramas são, em uma definição</p><p>genérica, imagens realizadas sem a utilização da câmera fotográfica, por contato direto de um objeto ou</p><p>material com uma superfície fotossensível exposta a uma fonte de luz. Essa técnica, que nasceu junto com a</p><p>fotografia e serviu de modelo a muitas discussões sobre a ontologia da imagem fotográfica, foi</p><p>profundamente transformada pelos artistas da vanguarda, nas primeiras décadas do século XX. Representou,</p><p>mesmo ao lado das colagens, fotomontagens e de outros procedimentos técnicos, a incorporação definitiva</p><p>da fotografa à arte moderna e seu distanciamento da</p><p>representação figurativa. (COLUCCI, M. B. Impressões</p><p>fotogramáticas e vanguardas: as experiências de Man Ray. Studium, n. 2, 2000).</p><p>Agora, observe a imagem:</p><p>Texto II</p><p>Rayografia, de Man Ray, 1922. 23,9 x 29,9cm, MOMA, Nova Iorque.</p><p>No fotograma de Man Ray, o distanciamento da representação figurativa a que se refere o texto manifesta-se</p><p>na</p><p>A</p><p>ressignificação do jogo de luz e sombra, nos moldes surrealistas.</p><p>B</p><p>imposição do acaso sobre a técnica, como crítica à arte realista.</p><p>C</p><p>composição experimental, fragmentada e de contornos difusos.</p><p>D</p><p>abstração radical, voltada para a própria linguagem fotográfica.</p><p>E</p><p>imitação de formas humanas, com base em diferentes objetos.</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>A Rayografia surge na história da arte como um processo experimental em que fotógrafos/artistas estavam</p><p>criando novas composições, usando como instrumento os elementos que fazem parte do universo</p><p>fotográfico.</p><p>Jackson Pollock pintando.</p><p>2. Movimentos artísticos e expansão do campo das experimentações</p><p>Os principais movimentos após a Segunda Guerra Mundial</p><p>Expressionismo abstrato</p><p>Aparece no início da Segunda Guerra Mundial, como um dos primeiros movimentos da Arte contemporânea,</p><p>sendo o seu auge logo após o término do confronto. O movimento é baseado em conceitos que expressam o</p><p>inconsciente coletivo da sociedade. Conhecido por expressar emoção e subjetividade, coloca essas</p><p>características ao comunicar verdades sobre a condição humana.</p><p>O Expressionismo abstrato tem um forte caráter</p><p>de vanguarda, carrega aspectos do</p><p>Expressionismo alemão e de movimentos como</p><p>a Arte abstrata, o Futurismo, o Cubismo e o</p><p>Surrealismo. Ficou conhecido como Escola de</p><p>Nova York, originou-se nos Estados Unidos e</p><p>ganhou reconhecimento internacional em seu</p><p>principal representante, Jackson Pollock.</p><p>Jackson Pollock (1912-1956) utiliza a técnica da</p><p>pintura em ação (action painting) associada</p><p>ao dripping (técnica criada por Marx Ernst</p><p>(1871-1976), que tem como base o respingo da</p><p>tinta sobre a superfície da tela.</p><p>As pinturas de Pollock são seu movimento,</p><p>resultam do pingar, do arremessar, do deixar escorrer e do derramar tinta na tela esticada no chão. Ele retira a</p><p>tela do cavalete, da parede e a estica no chão, em grandes dimensões, para que possa andar em volta da tela.</p><p>Os trabalhos criados por Pollock são carregados de emoção e expressão gestual. Suas pinturas dependem</p><p>dos movimentos do artista, de sua interação com a obra, da forma como, utilizando-se do pincel e de outros</p><p>objetos, lança a tinta sobre a tela, revelando a espontaneidade da ação e não previsibilidade do resultado.</p><p>Blue (Moby Dick), de Jackson Pollock, 1943.</p><p>Olhar uma foto de uma das telas de Pollock não dará a você a sensação da força e do movimento, pois falta a</p><p>profundidade. É na textura da obra que encontramos as idas e vindas do artista ao redor da tela, antes</p><p>finalizá-la. Na imagem a seguir, percebemos a fluidez, a liberdade de expressão do artista no meio das linhas</p><p>e dos pontos que compõem as suas obras. São obras que expressam a fundo as emoções do artista em uma</p><p>ação subconsciente, próxima ao êxtase da própria criação.</p><p>Reflection of the Big Dipper, de Jackson Pollock, 1947.</p><p>Escolhemos trazer uma fala do próprio Pollock para dar uma ideia a você de como ele se sentia.</p><p>Quando estou na pintura, não tenho consciência do que estou fazendo. Só</p><p>vejo o que fiz depois de um período de “conscientização”. Não tenho medo</p><p>de fazer mudanças, destruir a imagem etc., porque a pintura tem vida</p><p>própria. É só quando perco contato com a pintura que o resultado é ruim.</p><p>Caso contrário, há pura harmonia, uma troca tranquila, e a pintura fica</p><p>ótima.</p><p>(Pollock, apud Karmel; Varnedoe, 1999)</p><p>Mark Rothko (1903-1970), outro pioneiro do expressionismo abstrato, usa em seus quadros faixas de pouco</p><p>brilho e sutis passagens de tons podem ser vistas como um retorno às origens, como a busca pelas forças</p><p>elementares e emoções primárias. Verificamos também a ausência de modelos, que é base do</p><p>Abstracionismo.</p><p>No Expressionismo abstrato, como veremos também em Willem de Kooning (1904-1997), não querem oferecer</p><p>uma chave de leitura, mas a espontaneidade relacionada do trabalho artístico e o gesto expressivo do pintor</p><p>não impedem a identificação das problemáticas subjacentes às obras produzidas.</p><p>Multiform, de Mark Rothko, 1948.</p><p>Composition, de Willem de Kooning, 1955.</p><p>As principais características do Expressionismo abstrato são:</p><p>Expressividade e simbolismo.</p><p>Rompimento com a pintura tradicional.</p><p>Exploração da pintura automática e do subconsciente.</p><p>Liberdade estilística, subjetivismo, improvisação e espontaneidade.</p><p>Influência da psicanálise e do Existencialismo.</p><p>Uso de formas geométricas básicas, linhas e cores.</p><p>Influência das vanguardas europeias (Surrealismo, Cubismo e Futurismo).</p><p>Se pararmos e pensarmos em como esses artistas se colocaram em seus processos de criação, a intensidade</p><p>com que se despiram para deixar suas obras puras, acabaremos levados para a instauração da Arte efêmera.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Contemporary Art Design Furniture Light Ball Bench, de Manfred Kielnhofer, 2010.</p><p>Projeto de arte e experimentações artísticas</p><p>Neste vídeo, explicamos como construir um projeto de arte com a inclusão de novos materiais e</p><p>experimentações. Não perca!</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Expansão do campo da arte no contexto das</p><p>experimentações e pesquisas</p><p>Se é para ser, que seja agora! Nada é para sempre, a intensidade do momento é que fica. A Arte efêmera</p><p>reúne:</p><p>Happenings Performance</p><p>Instalações</p><p>Por ser efêmera, a arte se prende ao instante, ao contrário da pintura e da escultura. Se o mundo estava em</p><p>transição e nada parecia ter um lugar certo ou definitivo, a Arte efêmera é experimentação, arte como</p><p>experiência. Importa a duração da experiência, o processo e seu progresso, e não a garantia de durabilidade e</p><p>permanência da obra, diferentemente das expressões tradicionais da arte, das quais nos acostumamos a ver o</p><p>objeto acabado, seja um quadro ou uma escultura.</p><p>Quando falamos de efêmera, entendemos a arte em processo, proposta pelo artista, vendo-a como obra</p><p>aberta, como um campo de possiblidades, como reflexão e ação. Os movimentos da Arte efêmera criticam a</p><p>necessidade do objeto acabado como resultado, o que fica são registros, fotografia, vídeo ou áudio, não a</p><p>obra.</p><p>The London Mastaba, Serpentine Lake, Hyde Park (frente), de Christo e Jeanne-</p><p>Claude, 2016-2018.</p><p>The London Mastaba, Serpentine Lake, Hyde Park (lateral), de Christo e Jeanne-</p><p>Claude, 2016-2018.</p><p>O público é, muitas vezes, parte da obra, é quem faz a obra acontecer, quem dá sentido ao processo, quem</p><p>contribui na criação e no processo apresentado. O público deixa de ser observador passivo e ganha lugar com</p><p>sua participação ativa. A obra torna-se um espaço de interação, passando a existir em virtude dessas</p><p>interações.</p><p>Assistimos à saída da arte dos espaços institucionalizados, das galerias e dos museus, e a vimos expandir-se.</p><p>A arte ganha todos os lugares, não importa o espaço, público ou privado, incluindo o corpo do artista e do</p><p>público.</p><p>As principais características da Arte efêmera são:</p><p>Público participante.</p><p>Uso de diferentes espaços.</p><p>Utilização de diferentes materiais e mídias.</p><p>Rompimento com a obra acabada, com o objeto final.</p><p>Transitoriedade, efemeridade.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Allan Kaprow.</p><p>Foco no processo de criação e execução.</p><p>Obra referenciada pelo registro do processo.</p><p>Happening, evento transformado em arte</p><p>Imagine receber o convite para participar de uma virada cultural, ou de um encontro de artistas pelos</p><p>corredores da universidade, ou em uma praça pública.</p><p>O que você faria ao ser convocado a empilhar blocos de gelo, simplesmente para depois abandoná-</p><p>los a fim de que possam derreter?</p><p>Esse foi o convite que vários voluntários receberam de Allan Kaprow em outubro de 1967. Em diferentes</p><p>lugares públicos da Califórnia, Fluids ganhou materialidade, estruturas com cerca de 9 m de comprimento, 3 m</p><p>de largura e 2,4 m</p><p>de altura, usando blocos de gelo como material. Após construídas, as estruturas de gelo</p><p>foram deixadas para derreter.</p><p>Fluids, de Allan Kaprow, 1967.</p><p>Essa é a cara do Happening. Um acontecimento com tudo junto e misturado, em uma tarde ou uma noite,</p><p>montado em um chamado de ocupação coletiva e temporária, transformando o espaço em local de artes.</p><p>O público se coloca em cena. São eventos sem formato definido, sem começo, meio e fim. O Happening</p><p>ocorre em tempo real, em contextos variados como ruas, espaços vazios, galerias de lojas, corredores e</p><p>outros. Livre de convenções artísticas, sem certo ou errado, conduzido por improvisações. Não há separação</p><p>entre o público e o evento.</p><p>O Happening é criado na ação de artistas e público geral. Não tem por objetivo ser reproduzido, aproxima-se</p><p>da vida real e de suas rotinas. Allan Kaprow realizou mais de uma centena de happenings catalogados, tais</p><p>como Garage environment e An apple shrine (1960), e Chicken (1962).</p><p>Allan Kaprow (1927-2006) é o pai</p><p>do Happening. O termo designa a combinação</p><p>de artes visuais, música, dança e teatro sui</p><p>generis, sem texto nem representação. Eventos</p><p>com diferentes artistas que trabalham materiais</p><p>diversos, reunidos com um propósito comum ou</p><p>um tema base, aberto à participação do</p><p>público.</p><p>Por ser a Arte contemporânea um caldeirão de</p><p>movimentos, eles se atravessam e contaminam</p><p>mutuamente. Aqui, veremos a influência do</p><p>trabalho experimental do músico John Cage</p><p>(1912-1992), assim como do Action painting de</p><p>Jackson Pollock, amparados na arte como experiência do filósofo John Dewey (1859-1952).</p><p>•</p><p>•</p><p>Performance, encenação, improviso, ensaio, testando os limites da arte</p><p>Você já teve oportunidade de ir a alguma galeria de arte ou a um museu? E se ao chegar lá, para entrar, você</p><p>tivesse que atravessar uma porta estreita onde um casal nu estivesse posicionado como sendo parte dessa</p><p>porta? Detalhe, você só conseguiria entrar colocando seu corpo em contato com o deles!</p><p>Foi em 1977 que Marina Abramović e Ulay (1943-2020) executaram Imponderabilia, ao se posicionarem nus na</p><p>entrada do museu, em uma passagem estreita; dessa forma, os visitantes, para transitarem pela passagem,</p><p>precisavam enfrentar os corpos do casal. Essa é talvez a performance mais famosa dessa parceria que durou</p><p>12 anos.</p><p>Imponderabilia, de Marina Abramovic e Ulay, 1977.</p><p>A performance dialoga com o Happening, sendo que este último necessariamente tem o público como</p><p>participante ativo, enquanto na primeira não há interação, apenas um ato envolvendo o performer. Ao</p><p>combinar elementos do teatro, da dança, das artes visuais, da literatura e da música, a performance rompe</p><p>com enquadramentos sociais e artísticos, criando experiências, muitas vezes, contaminadas por questões</p><p>cotidianas.</p><p>Com presença marcante no cenário artístico a partir de 1960, a performance se insere em um contexto de</p><p>irrompimentos carregado de movimentos derivados do Surrealismo e do Dadaísmo, em meio à Arte pop, ao</p><p>Minimalismo e à Arte conceitual. Ou seja, a performance se equilibra entre arte e não arte.</p><p>Um dos grandes representantes do movimento é o Grupo Fluxus, a começar pelas intervenções de Georges</p><p>Maciunas (1931-1978), entre 1961 e 1963. Formado por artistas de diferentes países, com diferentes</p><p>formações e atuações, tais como Ben Vautier (França); Robert Watts (1923-1988, EUA), Yoko Ono (Japão);</p><p>Shigeko Kubota (Japão); Joseph Beuys (1912-1986, Alemanha), Nam June Paik (1932-2006, Coreia do Sul)</p><p>entre outros. O Grupo Fluxus marcou o momento das experimentações.</p><p>Cut Piece, de Yoko Ono, 1964.</p><p>More Log in Less Logging, de Nam June Paik, 1993.</p><p>A performance não segue padrões. Veremos trabalhos diferentes, carregados de enfrentamentos,</p><p>questionamentos, ou mesmo contradição. São cheias de experimentações, no espaço, no tempo, ressaltando</p><p>a individualidade do artista ou o grupo coeso ou até caótico, não importa.</p><p>Trabalhos descritos como performances dificultam a delimitação de contornos dessa arte por lidarem com</p><p>extremos. Encontramos em performance as intervenções de um grupo de Viena, o Actionismus, que reúne</p><p>Rudolf Schwarzkogler (1941-1969), Günther Brus, Hermann Nitsch e outros. As esculturas vivas e fotografias</p><p>dos anglo-saxões, Gilbert e George (Gilbert Proesch e George Passmore). Os trabalhos de Bruce Nauman que</p><p>conversam com a Body art. Ou performances de Vito Acconci (1940-2017) como Trappings (1971), onde o</p><p>artista veste o seu pênis com roupas de bonecas, por horas, enquanto “conversa” com ele.</p><p>No Brasil, o pioneirismo nas performances a partir dos anos de 1950 é atribuído a Flávio de Carvalho</p><p>(1899-1973) ao desfilar seu New look (Experiência nº 3) nas ruas de São Paulo. E podemos trazer ainda o</p><p>exemplo dos irreverentes parangolés, de Hélio Oiticica (1937-1980), resultante de suas experiências na Escola</p><p>de Samba Estação Primeira da Mangueira, no Rio de Janeiro, na década de 1960.</p><p>Flávio de Carvalho na rua com traje New Look, 1956.</p><p>José Celso Martinez Corrêa com P 21 Parangolé capa 17 Guevaluta, de Hélio</p><p>Oiticica, 1968.</p><p>Instalações imersivas, interativas, colaborativas, composições</p><p>O termo Instalação é incorporado, nos anos 1960, às artes visuais, designando assemblage ou “ambiente</p><p>construído em espaços de galerias e museus”. O termo assemblage representa uma junção da pintura com a</p><p>escultura, ao trazer para a tela diferentes materiais como papéis, tecidos, madeira, metais colados e</p><p>amontoados. Foi usado pela primeira vez em referência ao trabalho de Jean Dubuffet para a exposição The art</p><p>of assemblage, no Museu de Arte Moderna (MOMA), de Nova York, em 1961.</p><p>Allan Kaprow usou o termo ambientação (environment), em 1958, para descrever os espaços interiores</p><p>transformados por ele. Depois, adotou termos como Arte projeto e Arte temporária para designar esses</p><p>mesmos espaços. E, somente mais tarde, esses espaços modificados passaram a ser chamados de</p><p>Instalação.</p><p>18 Happenings in 6 Parts, de Allan Kaprow, 1968.</p><p>O que é próprio da Instalação é a modificação, a transformação do espaço. O local ocupado pela Instalação é</p><p>tomado como parte integrante da obra. E como era de se esperar, desde o início das montagens das</p><p>instalações, assim como observamos com os happenings e com as performances, seus contornos não foram</p><p>bem definidos.</p><p>Podemos dizer que instalações tiveram origem com os trabalhos intitulados Merz (1919), de Kurt Schwitters</p><p>(1887-1948) e obras de Marcel Duchamp (1887-1968), sobretudo duas que ele cria para exposições realizadas</p><p>em Nova York, em 1938 (em que o artista coloca sacos de carvão no teto e força a mudança de perspectiva</p><p>de observação); e em 1942 (Milhas de barbantes, em que o artista atravessa “milhas” de barbantes pelo</p><p>espaço do museu).</p><p>Merz 460. Two Underdrawers, de Kurt Schwitters, 1921.</p><p>Sixteen Miles of String, de Marcel Duchamp, 1942.</p><p>Observamos que a Instalação cria novos contextos a partir da modificação dos espaços. A apreensão da obra</p><p>depende do envolvimento do público com o espaço da montagem, sendo que, em alguns casos, a obra</p><p>somente acontece a partir da intervenção e da participação desse público, como nas instalações interativas.</p><p>Existe, com isso, o deslocamento do processo de contemplação para o processo de imersão, por inserir a</p><p>instalação em um contexto espaço-temporal próprio e único, envolvendo o espectador, a quem é aberta a</p><p>possibilidade de imersão/interação.</p><p>The Lego Project, de Olafur Eliasson, 2019.</p><p>As instalações podem ser temporárias ou permanentes, construídas em espaços de exposições, tais como</p><p>museus e galerias, bem como os espaços públicos e privados. Por serem espaços modificados, não são peças</p><p>de arte colecionáveis. Afinal, muitas instalações são projetadas para existir apenas no espaço para o qual</p><p>foram criadas. São obras híbridas, por incorporarem ampla gama de objetos do cotidiano e de materiais</p><p>naturais com o intuito de envolver, despertar o interesse e a curiosidade, e causar estranhamento.</p><p>Impossível deixar de pensar no impacto causado ao entrarmos em Desvio para o vermelho, no museu Inhotim-</p><p>MG. A obra do</p><p>brasileiro Cildo Meireles foi montada, pela primeira vez, em 1967, retratando sentimentos, como</p><p>a paixão, a revolta e a violência, relacionados à Ditadura Militar. Você imediatamente se vê cercado de</p><p>vermelho! Em cada um dos três ambientes tudo é vermelho; o primeiro é uma sala na qual todos os objetos</p><p>são vermelhos, criando estranhamento.</p><p>Desvio para o vermelho, de Cildo Meireles.</p><p>Não necessariamente as instalações são construídas como ambientes cenográficos, em espaços geralmente</p><p>fechados, possuindo diversas formas de expressão artística que, em conjunto, buscam estimular os sentidos</p><p>humanos; objetiva-se, assim, envolver o visitante da exposição. O conceito é amplo. Atualmente,</p><p>consideramos a utilização de recursos tecnológicos e mídias digitais como vídeo, som, realidade virtual e</p><p>aumentada, internet, dispositivos não convencionais de interação, podendo ser combinados a performances.</p><p>Desde então, muitos artistas vieram descobrindo maneiras de reinventar o espaço e envolver o público nas</p><p>instalações. Para citar alguns:</p><p>Olafur Eliasson (1967)</p><p>Artista dinamarquês-islandês, cria suas instalações empregando</p><p>materiais elementares, tais como luz, água e temperatura do ar para</p><p>melhorar a experiência do espectador.</p><p>Christo (1935-2020) e Jeanne-Claude (1935-2009)</p><p>Casal de artistas conhecidos mundialmente por suas instalações, viveram</p><p>juntos por 51 anos. A partir de 1994, passaram a usar oficialmente os dois</p><p>nomes juntos, com direitos iguais para as suas obras.</p><p>Anish Kapoor (1954)</p><p>Artista indiano-britânico, traz para suas obras a simplicidade das curvas</p><p>monocromáticas.</p><p>No final, o que importa é o conceito</p><p>Podemos considerar que tudo isso começou com Marcel Duchamp com os ready-mades, desmistificando a</p><p>obra de arte e a figura do artista, transformando objetos industriais em arte. Quando apresentou a Roda de</p><p>bicicleta (1913) e a Fonte (1917), o artista queria que o observador identificasse a singularidade da obra de</p><p>arte. O simples designá-los como obras de arte já os tornava arte?</p><p>A Arte conceitual está no centro da Arte contemporânea. Praticamente, todos os movimentos e todas as</p><p>expressões da arte a que se refere a Arte contemporânea atravessam a Arte conceitual. Ela está além das</p><p>formas, dos materiais ou das técnicas. Observamos o predomínio das ideias, a transitoriedade dos meios, a</p><p>precariedade dos materiais.</p><p>Comentário</p><p>O termo Arte conceitual foi utilizado pela primeira vez, em 1961, por Henry Flynt, artista, escritor e</p><p>filósofo estadunidense, ao referir-se às atividades do Grupo Fluxus.</p><p>Cristina Freire (2006) afirma que a Arte conceitual opera uma análise crítica das condições sociais e</p><p>epistemológicas da prática visual ao revelar a dinâmica dos circuitos ideológicos e institucionais de</p><p>legitimação da arte. Em outras palavras, a Arte conceitual questiona a própria arte em seus aspectos.</p><p>Agora, observe as seguintes obras de Joseph Kosuth:</p><p>One and Three Chairs, de Joseph Kosuth, 1965.</p><p>Pedra de roseta, de Joseph Kosuth.</p><p>A primeira imagem mostra uma cadeira em sala de exposição ao lado de uma fotografia em preto e branco de</p><p>outra cadeira, exposta na parede. A segunda imagem mostra uma reprodução da pedra de roseta criada pelo</p><p>artista e instalada em Figeac, na França, local de nascimento de Jean-François, o primeiro estudioso a decifrar</p><p>hieróglifos.</p><p>Sol LeWitt.</p><p>Pedra de Roseta</p><p>É um fragmento de uma estrutura monolítica erguida no Egito Ptolemaico, cujo texto foi essencial para a</p><p>compreensão moderna dos hieróglifos egípcios e deu início a um novo ramo do conhecimento, a</p><p>egiptologia. Contém um dos chamados Decretos Ptolemaicos, um grupo de textos legislativos</p><p>promulgados pela Dinastia ptolemaica entre os séculos II e III AEC honrando seus faraós reinantes.</p><p>Repare que a ideia ou o conceito é o aspecto mais importante. Tudo é pensado e projetado antecipadamente</p><p>pelo artista, enquanto a execução da obra acaba por ser algo mecânico. Aliás, a execução nem precisa ser</p><p>feita pelo próprio artista. Interessante você pensar que é a ideia originalmente concebida pelo artista que</p><p>valida a obra como obra. Ou ainda, a apreensão e interpretação dada pelo observador valida conceitualmente</p><p>a produção.</p><p>Você entendeu a proposta de Kosuth? É de fácil compreensão para você? Fica claro e evidente por que</p><p>se trata de arte conceitual?</p><p>Certamente que não! Afinal, esse é exatamente o maior problema da Arte conceitual. Fazer com que</p><p>o observador entenda a intenção do artista, a ideia e o conceito que antecedem e resultam na obra</p><p>em si.</p><p>Para Sol LeWitt (1928-2007), a ideia da obra em si não é suficiente, visto que ela só está manifesta depois da</p><p>obra acabada. Esse pensamento contamina a racionalidade com que é vista a Arte conceitual, tornando-a</p><p>também intuitiva.</p><p>Tudo bem que LeWitt era superliteral nos</p><p>nomes que dava para suas obras como Quatro</p><p>tipos básicos de linhas retas e suas</p><p>combinações (1969); à primeira vista, remete a</p><p>uma equação matemática ou a um desenho</p><p>geométrico e não a uma obra, resultado de</p><p>processos criativos. Ao mesmo tempo que</p><p>existe uma racionalidade explícita, ficamos</p><p>reféns do subjetivismo das obras conceituais.</p><p>As principais caraterísticas da Arte conceitual</p><p>são:</p><p>Arte como ideia.•</p><p>Ruptura com a arte clássica e formal.</p><p>Retirada da importância da execução da obra.</p><p>Crítica às instituições ligadas ao mercado da arte.</p><p>Uso de diferentes mídias (fotografias, textos, vídeos).</p><p>Popularização da arte.</p><p>Crítica ao materialismo e ao consumo.</p><p>Rompimento com a arte formal clássica.</p><p>Incorporação de outros movimentos e expressões da Arte contemporânea, tais como instalações</p><p>e performances.</p><p>A Arte conceitual nos leva ao campo das ideias no qual as obras são criadas. Sua execução é processo e</p><p>objeto acabado, e perde a importância diante do que foi pensado para a obra. Se a execução se vê esvaziada,</p><p>os registros ganham também status de arte. Ao considerarmos as obras transitórias, efêmeras e que duram o</p><p>tempo do evento em si, considerar a validação da obra pelos registros torna-se essencial.</p><p>Exposições e experimentações artísticas</p><p>Confira neste vídeo como as exposições de arte se preparam e constroem as narrativas da exposição com um</p><p>universo tão repleto de informações e obras.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>(Enem-2017)</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Cama, de Robert Rauschenberg, 1995. Óleo e lápis em travesseiro, colcha e folha</p><p>em suporte de madeira. 191,1x80x20,3cm. Museu de Arte Moderna, NY.</p><p>No verão de 1954, o artista Robert Rauschenberg (1925-2008) criou o termo combine para se referir as suas</p><p>novas obras que possuíam aspectos tanto da pintura como da escultura. Em 1958, Cama foi selecionada para</p><p>ser incluída em uma exposição de jovens artistas americanos e italianos no Festival dos Dois Mundos, em</p><p>Espoleto, na Itália.</p><p>Os responsáveis pelo festival, entretanto, recusaram-se a expor a obra e a removeram para um depósito.</p><p>Embora o mundo da arte debatesse a inovação de se pendurar uma cama em uma parede, Rauschenberg</p><p>considerava sua obra “um dos quadros mais acolhedores que já pintei, mas sempre tive medo de que ninguém</p><p>quisesse se enfiar nela”</p><p>(DEMPSEY. A. Estilos, escolas e movimentos: guia enciclopédico da arte moderna. São Paulo: Cosac &; Naify,</p><p>2003).</p><p>A obra de Rauschenberg chocou o público na época em que foi feita, e recebeu forte influência de um</p><p>movimento artístico que se caracterizava pela</p><p>A</p><p>dissolução das tonalidades e dos contornos, revelando uma produção rápida.</p><p>B</p><p>exploração insólita de elementos do cotidiano, dialogando com os ready-mades.</p><p>C</p><p>repetição exaustiva de elementos visuais, levando à simplificação máxima da composição.</p><p>D</p><p>incorporação das transformações tecnológicas, valorizando o dinamismo da vida moderna.</p><p>E</p><p>geometrização das formas, diluindo os detalhes sem se preocupar com a fidelidade ao real.</p><p>A alternativa B está correta.</p><p>O ready-made é uma expressão da arte que utiliza objetos do cotidiano produzidos por outras pessoas,</p><p>normalmente com alguma função utilitária.</p><p>No contexto, o artista se apropria de tais objetos,</p><p>ressignificando-os.</p><p>Questão 2</p><p>(Enem 2015) Na exposição A artista está presente, no MoMa, em Nova York, a performer Marina Abramovic</p><p>fez uma retrospectiva de sua carreira. No meio desta, protagonizou uma performance marcante. Em 2010, de</p><p>14 de março a 31 de maio, seis dias por semana, em um total de 736 horas, ela repetia a mesma postura.</p><p>Sentada em uma sala, recebia os visitantes, um a um, e trocava com cada um deles um longo olhar sem</p><p>palavras. Ao redor, o público assistia a essas cenas recorrentes.</p><p>(ZANIN, L. Marina Abramovic, ou a força do olhar. Consultado em meio digital em 4 nov. 2013)</p><p>O texto apresenta uma obra da artista Marina Abramović, cuja performance se alinha a tendências</p><p>contemporâneas e se caracteriza pela</p><p>A</p><p>inovação de uma proposta de arte relacional que adentra um museu.</p><p>B</p><p>abordagem educacional estabelecida na relação da artista com o público.</p><p>C</p><p>redistribuição do espaço do museu, que integra diversas linguagens artísticas.</p><p>D</p><p>negociação colaborativa de sentidos entre a artista e a pessoa com quem interage.</p><p>E</p><p>aproximação entre artista e público, o que rompe com a elitização dessa forma de arte.</p><p>A alternativa D está correta.</p><p>Nessa performance, Marina Abramović busca uma conexão com as pessoas através do olhar. É necessário</p><p>que haja a colaboração do público e a disposição para a troca, que ocorre no âmbito dos sentidos e das</p><p>emoções.</p><p>Walter Benjamin.</p><p>3. Processos disruptivos e noção de espaço na Arte contemporânea</p><p>Interseções que se tornaram possíveis mediante processos</p><p>disruptivos</p><p>De portas abertas para a arte</p><p>Desde a Segunda Guerra Mundial, assistimos a</p><p>um desfilar de movimentos sociais, de</p><p>mudanças econômicas e políticas; vimos a</p><p>globalização promover aproximações</p><p>inimagináveis; presenciamos a arte e a cultura</p><p>saírem das galerias e dos museus e entrarem</p><p>na era da reprodutibilidade técnica, nas</p><p>palavras de Walter Benjamin. A humanidade</p><p>tornou-se campo fértil para o desenvolvimento</p><p>de movimentos disruptivos, na contramão das</p><p>tradições, reinventando espaços, colocando a</p><p>arte definitivamente no campo das</p><p>experimentações.</p><p>A ordem é não ter ordem, nem regras</p><p>predefinidas, é quebrar paradigmas, deixar de</p><p>lado convenções, “seguir o fluxo”. Os artistas,</p><p>cada vez mais ecléticos em suas criações, passaram a tirar inspiração do agora, no “olho do furacão”, na vida</p><p>e nos espaços disponíveis, sejam abertos, fechados, em composições urbanas, em meio à natureza, em</p><p>virtualizações imersivas, em realidade aumentada, impressos no corpo do próprio artista e do público, ou em</p><p>seus espaços mais íntimos. Um prato cheio para filósofos e teóricos que estudam a beleza, a estética e as</p><p>poéticas da criação.</p><p>Neon, de Michelangelo Pistoletto.</p><p>Daqui a pouco, a Arte contemporânea completa um século, tão contemporânea quanto foi em seus primórdios:</p><p>reinventando tendências, absorvendo influências, sendo crítica, questionadora, rebelde, expressão criativa</p><p>dos processos. São os mistérios da Arte contemporânea que fascinam! Aquilo que não somos capazes de</p><p>discernir literalmente, não compreendemos. E o que não compreendemos, causa estranhamento, reflexão,</p><p>rejeição e mesmo paixão.</p><p>Muitos movimentos que surgiram no mesmo caldeirão que a Arte conceitual têm a prerrogativa de causarem</p><p>incômodo, desconforto e incompreensão.</p><p>Victor Vasarely.</p><p>Convidamos você a reconhecer algumas interseções presentes na Arte contemporânea. Movimentos que</p><p>apresentam características bem definidas, permitindo-lhes existirem de forma individualizada e que, no</p><p>entanto, trazem elementos comuns desse período controverso e instigante da arte.</p><p>Nem tudo que vemos é o que parece ser (Op art)</p><p>Optical art (arte ótica) ou, simplesmente Op art, surgiu na década de 1960, nos Estados Unidos, trazendo para</p><p>as obras a precisão matemática nas linhas e formas abstratas, geralmente colocando em contraste o preto e o</p><p>branco. Apesar do rigor com que cada obra é construída, a Op art cria a ilusão de movimento, simbolizando a</p><p>instabilidade do mundo que está em constante mudança.</p><p>As imagens brincam com os processos de percepção visual ao adotarem uma abordagem científica,</p><p>empregando habilidades técnicas e matemáticas. Essa é a forma encontrada pelos artistas da Op art para</p><p>criticar a indústria e os avanços tecnológicos.</p><p>Vonal Stri, de Victor Vasarely, 1975.</p><p>A expressão Optical art foi usada pela primeira vez em outubro de 1964 pela Revista Time. Porém, foi com a</p><p>exposição The responsive eye (1965, MoMA, NY) que a expressão ficou conhecida. O movimento artístico</p><p>ganhou popularidade em comerciais e foi parar nas mãos de estilistas e de artistas gráficos. Posteriormente,</p><p>toda arte que causasse efeitos psicofisiológicos, em função do uso de perspectiva reversível, interferência de</p><p>uma linha, vibração cromática ou contraste de cores causando ilusão e efeitos ópticos passaria a ser chamada</p><p>de Op art.</p><p>Considerado o pai da Op art, Victor Vasarely</p><p>(1908-1997), influenciado pela Arte cinética,</p><p>construtivista e abstrata, e pela Bauhaus cria</p><p>nos anos 1930 trabalhos compostos por listas</p><p>diagonais em preto e branco, curvadas de tal</p><p>modo que dão a impressão tridimensional de</p><p>uma zebra sentada - Zebra (1937).</p><p>Antes dessa data, porém, encontramos</p><p>trabalhos de Piet Mondrian (1872-1944)</p><p>identificados como Op art (Composição em</p><p>linhas, 1917).</p><p>Zebra, de Victor Vasarely, 1937.</p><p>Composition with Lines, de Piet Mondrian, 1917.</p><p>Bridget Riley é a mais conhecida dos artistas da Op art, e certamente a mais emblemática. Inspirada por</p><p>Vasarely, apresentou construções geométricas e combinações de cores calculadas para provocar essa</p><p>sensação de movimento e instabilidade. Sua primeira exposição individual foi em 1962, na Gallery One, EUA.</p><p>Bridget Riley.</p><p>Riley desenvolveu um método próprio para criar</p><p>suas pinturas, elaborando as imagens de forma</p><p>intuitiva em papel quadriculado. Regra geral,</p><p>eram seus assistentes que executavam suas</p><p>obras. O processo produtivo, defendido na Arte</p><p>conceitual, faz-se presente, ou seja, é a</p><p>combinação de conteúdos, as escolhas e a</p><p>concepção da imagem que tornam Riley autora.</p><p>A seguir, veja algumas de suas obras.</p><p>Movement in Squares, de Bridget Riley, 1961.</p><p>Blaze Study, de Bridget Riley, 1962.</p><p>Outros artistas merecem destaque no movimento:</p><p>Homage to the Square, de Josef Albers, 1967.</p><p>A 12, de Tadasky, 1962.</p><p>Concreção, de Luiz Sacilotto, 1992.</p><p>As principais características da Op art são:</p><p>Formas geométricas e linhas.</p><p>Abstração.</p><p>•</p><p>•</p><p>Tridimensionalidade.</p><p>Efeitos óticos e visuais.</p><p>Movimento aparente.</p><p>Contraste de cores.</p><p>Observador participante.</p><p>Tons vibrantes, especialmente preto e branco.</p><p>Quer dizer que toda ilusão de ótica é Op art?</p><p>Certamente não, mas toda obra estática e bidimensional, abstrata, que usa em sua estética recursos que</p><p>confundem a visão por meio de contraste e combinação de linhas, dando a impressão de que a imagem está</p><p>em movimento é Op art.</p><p>Praticamente no mesmo período, veremos nascer a Pop art. Se a Op art critica a sociedade da época a partir</p><p>da adoção de princípios científicos e matemática, para a criação dos trabalhos artísticos a Pop arte lança sua</p><p>crítica por meio da utilização de objetos e imagens símbolos do consumismo.</p><p>Arte contemporânea e o espaço expositivo</p><p>Entenda neste vídeo como a arte contemporânea provocou uma nova forma de pensar o espaço expositivo,</p><p>com destaque para a Op art e os principais artistas deste movimento.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Tudo ou nada: crítica ao consumismo na Pop art e</p><p>minimalismo</p><p>Ao considerarmos as origens da Pop art, fica fácil estabelecer sua relação com o consumo. Para reconstruir a</p><p>economia, nos anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial, era preciso incentivar e popularizar o</p><p>consumo. Ao aproveitar uma brecha deixada pela arte aplicada e a arte comercial, a Pop art preenche um</p><p>lugar de fácil compreensão para os leigos.</p><p>Ela vem para confrontar toda essa ideologia dos padrões de consumo instituídos pelas mídias. Com um toque</p><p>de ironia,</p><p>critica a sociedade cultural por meio da crítica aos objetos de consumo, aqueles mesmos usados no</p><p>cotidiano da população. Por isso, falamos do movimento como uma forma irônica de tratar a massificação de</p><p>gostos e costumes dados pelas mídias de massa, além de fazer uma clara oposição ao Expressionismo</p><p>abstrato, movimento que marca o início da Arte contemporânea.</p><p>Diamond Dust Shoes, de Andy Warhol, 1980.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Andy Warhol, de Andy Warhol.</p><p>O termo Pop art foi utilizado pela primeira vez em 1954, pelo crítico inglês Lawrence Alloway (1926-1990),</p><p>para chamar de arte popular as criações em publicidade, no desenho industrial, nos cartazes e nas revistas</p><p>ilustradas. Lawrence Alloway é considerado um dos precursores do movimento e, como fundador do</p><p>Independent Group, reuniu um grupo de artistas independentes composto por pintores, escritores, escultores</p><p>e críticos, que desafiou as bases do Expressionismo abstrato. Sendo a Inglaterra o berço da Pop art, em</p><p>meados da década de 1950, foi nos Estados Unidos que o movimento ganhou destaque, no início dos anos</p><p>1960, especialmente em Nova York.</p><p>É aqui que um quadrinho de história vira pintura, que o semblante de um ícone pop, repetido várias vezes,</p><p>ganha status de arte, ou que um elemento inflável pode ser chamado de escultura. A Pop art tem referência</p><p>na fotografia, nos quadrinhos, na publicidade, na televisão e no cinema.</p><p>In the car, de Roy Lichtenstein, 1963.</p><p>Até aquele momento, não havia sido considerado fazer peças, que mais carregavam caráter publicitário, arte,</p><p>como as sopas Campbell ou as garrafas de Coca-Cola de Andy Warhol (1927-1987).</p><p>A irreverência de Warhol fez dele o pai da Pop</p><p>art; revolucionou o movimento ao utilizar a</p><p>serigrafia (silk screen) como técnica para</p><p>reproduzir mensagens repetidas e expressar</p><p>sua crítica ao consumismo, à impessoalidade e</p><p>à despersonalização das figuras públicas, à</p><p>massificação e à mecanização da sociedade.</p><p>Ele era uma daquelas figuras cuja imagem já era</p><p>emblemática; ao mesmo tempo em que despia</p><p>os objetos de significado, esvaziava as pessoas</p><p>de sua celebridade; ele se revestia como um</p><p>ícone da própria cultura pop.</p><p>Mais uma vez surge a pergunta: o que merece</p><p>ser chamado de arte?</p><p>A Pop art se aproxima da população que não</p><p>tinha acesso a galerias e museus, estando à margem da aura que cercava a arte. Tudo bem que essa aura já</p><p>Roy Lichtenstein.</p><p>não era tão imaculada quanto antes da Segunda Guerra Mundial. Só que, agora, as formas tradicionais de arte</p><p>foram convertidas a impressões e colagens de elementos incompatíveis dentro de uma estética formal.</p><p>Se a televisão e o cinema ditavam os gostos e o costume, por que não referenciá-los?</p><p>Para gerar modismos que se aproximavam do gosto das massas ou que pelo menos criavam ponto</p><p>entre elementos que eles reconheciam à primeira vista. Sem segundas intenções, uma lata de sopa</p><p>é uma lata de sopa!</p><p>As principais características da Pop art são:</p><p>Linguagem figurativa e realista.</p><p>Reprodução exagerada de objetos do cotidiano.</p><p>Temática urbana das grandes cidades, de seus aspectos sociais e culturais.</p><p>Representação de caráter inexpressivo, preferencialmente frontal e repetitiva.</p><p>Ausência de planejamento crítico.</p><p>Combinação da pintura com colagens de objetos.</p><p>Formas e figuras em escala natural e ampliada.</p><p>Uso de materiais inspirados na indústria e nos objetos de consumo.</p><p>O reconhecimento de Andy Warhol é dado tanto pela sua produção e maneira como esvazia de significado os</p><p>objetos e as pessoas que representa, mas também por ter produzido discos, filmes outros artistas e até uma</p><p>revista. Ou seja, ele se fez presente no cenário cultural e social da época.</p><p>Outros artistas também se destacaram: Jasper Johns e Robert Rauschenberg foram os pioneiros da American</p><p>Pop art. Rauschenberg ficou conhecido pelas pinturas combinadas (introduz o conceito combine painting)</p><p>com objetos de consumo e pelas colagens contaminadas com grossas pinceladas de tinta. Enquanto Johns</p><p>foi, inicialmente, conhecido pelo modo como tratava suas telas, diluindo a tinta em cera quente (técnica</p><p>encáustica), passando a inserir objetos reais aos seus quadros, sendo o único a trazer mapas e bandeiras para</p><p>seus quadros.</p><p>Já Roy Lichtenstein (1923-1997) ganhou</p><p>destaque com as histórias em quadrinhos como</p><p>tema artístico. Em seus quadros a óleo e tinta</p><p>acrílica, trouxe quadrinhos de HQ e de anúncios</p><p>comerciais, realizando uma reprodução fiel em</p><p>pintura dos procedimentos gráficos. O aspecto</p><p>visual chama atenção em suas obras, cores</p><p>brilhantes, planas e limitadas; usou do</p><p>pontilismo para realçar o aspecto gráfico e</p><p>delineou as imagens. Com isso, buscou fazer</p><p>uma reflexão sobre as diferentes linguagens</p><p>artísticas e formas de expressão.</p><p>Veja que ao serem retirados dos contextos das</p><p>histórias, os quadros se tornam uma crítica aos</p><p>símbolos do mundo contemporâneo e às suas</p><p>referências. O resultado é a combinação de arte</p><p>comercial e abstração.</p><p>Se a Arte conceitual torna representativa a ideia da construção da obra e a definição dos processos como</p><p>mais importante que a própria obra, veremos na Pop art um esvaziamento de conceitos, trazendo as peças da</p><p>cultura pop como objetos de consumo. Sem questionamentos, a escolha pela escolha.</p><p>Nosso próximo passo nos leva a pensar e a fazer o máximo com o mínimo, o esvaziamento de emoção, o</p><p>significado das obras.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Modern Art I, de Roy Lichtenstein, 1996.</p><p>Do tudo ao nada</p><p>Em meio à efervescência de movimentos artísticos que aconteceram, em Nova York, entre fins dos anos 1950</p><p>e início dos 1960, nasce o Minimalismo. Imagine que temos o Expressionismo abstrato com Jackson Pollock e</p><p>Willem de Kooning; os movimentos de contracultura regados às experimentações da arte pop com Andy</p><p>Warhol; sem falar nas performances do Grupo Fluxus. E as instalações, que, nesse momento, ainda nem eram</p><p>chamadas e reconhecidas como tal. Mas, já ali, uma presença de valorização da interação da arte marcar de</p><p>formas diversas - na experiência individual, em vez do grande movimento, o menor, o mais específico -, e</p><p>assim proposições, como a do Minimalismo, fazem sucesso.</p><p>O Minimalismo engloba movimentos que dão preferência à utilização mínima de recursos e elementos, e a</p><p>obra é reduzida ao seu essencial. A expressão “Minimalismo” (do inglês, Minimal art) faz referência aos</p><p>movimentos que influenciaram artes visuais, arquitetura, design, música, desenho industrial e programação</p><p>visual. O termo apareceu em 1965, em um ensaio escrito pelo filósofo e crítico de arte Richard Arthur Wollheim</p><p>(1923-2003).</p><p>Untitled, Dan Flavin, 1969.</p><p>Se o objetivo do artista é reduzir ao mínimo os elementos para chegar ao ideal, o Minimalismo refere-se a uma</p><p>expressão da Arte abstrata. Nele, encontraremos elementos de outros movimentos artísticos abstratos: o</p><p>Suprematismo, o Construtivismo, o De Stijl e o Concretismo.</p><p>Comentário</p><p>Ainda que o Minimalismo tenha raízes no suprematismo russo, nesse momento, o foco é trazê-lo para o</p><p>centro da Pop art, que empurra para que haja um esvaziamento de todos os excessos, descartando as</p><p>futilidades em busca da essência.</p><p>O Minimalismo está representado de maneira abstrata crua, despida de significado, e revela sua composição</p><p>material, suas cores, sua disposição de formas. Os trabalhos de arte são simplesmente objetos materiais, não</p><p>carregam ideias, conceitos nem emoções. Traz consigo uma proposta de despojamento, simplicidade e</p><p>neutralidade e, para apresentar a subtração que a obra em si representa, utiliza materiais como vidro, aço,</p><p>acrílico, madeira, lâmpadas, entre outros, em uma combinação de formas e cores.</p><p>As obras minimalistas, regra geral, esculturas, ocupam e se destacam no espaço sem dependerem de um</p><p>observador para completar a obra. E, mesmo aquelas que possibilitam a interação, não têm a interação como</p><p>uma necessidade para que existam como obra. As obras transformam o ambiente em que se inserem, tanto no</p><p>rearranjo de estruturas como na composição de luzes - lâmpadas fluorescentes, como no caso de Dan Flavin</p><p>(1933-1996).</p><p>Untitled (to my dear bitch, Airily), Dan Flavin, 1981.</p><p>Entre os principais artistas do Minimalismo, encontramos: Sol LeWitt (1928-2007), Frank Stella (1936), Donald</p><p>Judd (1928-1994), Dan Flavin (1933-1996), Carl Andre e Robert Smithson (1928-1994).</p><p>De todos os artistas minimalistas, Carl Andre foi o que se manteve mais próximo dos parâmetros declarados</p><p>do movimento. Sobre sua obra, ele diz:</p><p>Minha obra é estética, materialista e comunista. É estética porque não</p><p>possui forma transcendente, nem qualidades intelectuais ou espirituais.</p><p>Materialista porque é feita com seus próprios materiais, sem pretensão de</p><p>empregar outros. E é comunista porque sua forma é acessível a todos os</p><p>homens.</p><p>(Andre apud Farthing, 2010, p. 522)</p><p>As principais características do Minimalismo são:</p><p>Poucas cores.</p><p>Ausência de emoção.</p><p>Reprodução de objetos em série.</p><p>Poucos elementos para fundamentar suas obras.</p><p>Caráter geométrico.</p><p>Estruturas bi ou tridimensionais.</p><p>Redução na quantidade de objetos.</p><p>Formas geométricas simples, puras, simétricas e repetitivas.</p><p>Arte contemporânea, uma reflexão</p><p>Trazer um conceito único para o caldeirão de movimentos que é a Arte contemporânea, pode levar-nos a</p><p>cometer um erro. É fato que acharemos diversas formas de expressar os excessos, assim como</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>encontraremos movimentos que se esvaziaram de todos os possíveis significados para mostrar que apenas</p><p>são o que são.</p><p>Lembre-se de que é um momento no qual foram abertas as possibilidades de se expor, de criticar tudo e</p><p>todos os aspectos possíveis da sociedade, da política, da economia, da cultura e da própria vida. Razão pela</p><p>qual muitos dos movimentos, iniciados nos anos de 1950, persistem até os dias atuais, mesmo que o momento</p><p>histórico tenha mudado, as condições continuam similares em vários aspectos.</p><p>Agora, convidamos você a ouvir um depoimento sobre a importância dos espaços e do contato com as obras</p><p>artísticas como forma de experimentação e descobertas.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para ouvir o áudio.</p><p>A noção de espaço nas exposições de arte contemporânea</p><p>Neste vídeo, apresentamos visualmente um espaço expositivo e a leitura da expografia. Não perca!</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>(Enem-2018) Leia o texto a seguir:</p><p>Stephen Lund, artista canadense, morador em Victoria, capital da Colúmbia Britânica (Canadá), transformou-</p><p>se em fenômeno mundial produzindo obras de arte virtuais pedalando sua bike. Seguindo rotas traçadas, com</p><p>o auxílio de um dispositivo de GPS, ele calcula ter percorrido mais de 10 mil quilômetros.</p><p>O texto destaca a inovação artística proposta por Stephen Lund a partir do(da):</p><p>A</p><p>Deslocamento das tecnologias de suas funções habituais.</p><p>B</p><p>Perspectiva de funcionamento do dispositivo de GPS.</p><p>C</p><p>Ato de guiar sua bicicleta pelas ruas da cidade.</p><p>D</p><p>Análise dos problemas de mobilidade urbana.</p><p>E</p><p>Foco na promoção cultural da sua cidade.</p><p>A alternativa A está correta.</p><p>O GPS é um equipamento eletrônico com função de apontar direcionamentos aos usuários de acordo com</p><p>uma lógica prática e objetiva no que diz respeito à mobilidade. Entretanto, o artista utiliza o GPS como</p><p>ferramenta de criação artística, transformando rotas urbanas em desenhos elaborados e transferidos para</p><p>os mapas das cidades. Portanto, ele desloca as funções originais dessa tecnologia criando uma nova</p><p>função, no caso, o desenho.</p><p>Questão 2</p><p>(Enem-2017)</p><p>Instalação artística da Árvore-mãe de Gaia, do artista brasileiro Ernesto Neto, no hall</p><p>da principal estação ferroviária de Zurique, Suíça, 2018.</p><p>A instalação Árvore-mãe de Gaia, do artista brasileiro Ernesto Neto, transformou o hall principal da estação</p><p>ferroviária de Zurique, Suíça, em um ambiente singular, explorando a</p><p>A</p><p>participação do público na interação lúdica com a obra.</p><p>B</p><p>distribuição de obstáculos no espaço da exposição.</p><p>C</p><p>representação simbólica de objetos oníricos.</p><p>D</p><p>interpretação subjetiva da lei da gravidade.</p><p>E</p><p>valorização de técnicas de artesanato.</p><p>A alternativa A está correta.</p><p>A instalação é um tipo de arte na qual o ambiente é utilizado para abarcar produções artísticas. Nessa obra,</p><p>de Ernesto Neto, podemos observar estruturas de crochê pendendo do teto e ocupando a sala, onde os</p><p>visitantes podem interagir. Nota-se a presença de crianças transitando entre essas estruturas, o que</p><p>evidencia o caráter interativo do trabalho.</p><p>4. Conclusão</p><p>Considerações finais</p><p>Os anos do pós-Segunda Guerra Mundial foram de muitos questionamentos, de ruptura e enfrentamento.</p><p>Assistimos à contaminação da arte a partir da diversidade de movimentos e de experimentos artísticos.</p><p>Passamos pelo deslocamento da arte para fora dos museus e das galerias, emergindo na rua, nos corpos, na</p><p>paisagem. Presenciamos a arte em forma de conceito, rompendo barreiras na utilização de materiais,</p><p>processos, tecnologias e métodos.</p><p>Questionamos, em diferentes momentos, o que é realmente arte e como ela é representada no mundo</p><p>contemporâneo. Vimos a escrita de outra história da arte, híbrida, misturada, que expande a pintura e a</p><p>escultura para se tornar viva, aberta, sensível, experimental, expressão dos momentos conturbados, da busca</p><p>pela identidade e pelo equilíbrio.</p><p>A Arte contemporânea atravessa décadas para chegar aos dias atuais em constante combinação e</p><p>ressignificação. Ela tem muitos nomes e faces, sendo, portanto, múltipla em sua natureza.</p><p>Podcast</p><p>Ouça agora um bate papo com a professora Luana Costa sobre os principais pontos abordados neste</p><p>conteúdo, desde as mudanças ocorridas após a Segunda Guerra Mundial até a relação dos processos</p><p>disruptivos com a arte, com destaque para a Arte urbana e os artistas Banksy e Basquiat.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para ouvir o áudio.</p><p>Explore +</p><p>Se há um tema que é a cara da Arte contemporânea, ele é o ”gosto”. Quem já não ouviu o dito popular: “Gosto</p><p>não se discute, lamenta-se.”? Procure ler o ensaio Marcel Duchamp e o fim do gosto: uma defesa da Arte</p><p>contemporânea, que Arthur C. Danto, professor emérito da Universidade de Colúmbia, escreveu em resposta</p><p>a uma fala de Jean Clair, diretor do Museu Picasso.</p><p>A Arte contemporânea trouxe inúmeros desafios para críticos e artistas por se desprender de regras, de</p><p>materiais e conceitos predeterminados. O artista tem espaço para inventar ou para criar. No texto de Suely</p><p>Rolnik, Subjetividade em obra, especialmente nas páginas 45 e 46, você encontra detalhes de como são</p><p>vistos os elementos da Arte contemporânea.</p><p>Você já ouviu falar que, no Brasil, temos uma longa história de artistas contemporâneos e da participação</p><p>deles em movimentos diferenciados, reconhecidos em diferentes lugares do mundo? Somos ousados,</p><p>inventivos, criativos. Quanto mais conhecemos nossos artistas, mais nos aproximamos dos seus processos e</p><p>afetos, nos quais suas histórias se misturam com sua arte. Por isso, busque ler o texto de Fernando</p><p>Cocchiarale, A (outra) Arte contemporânea brasileira, em que as intervenções urbanas se confundem com as</p><p>regiões, os espaços de formação de redes.</p><p>Por fim, acesse virtualmente os principais museus da atualidade. No site do Solomon R. Guggenheim Museum</p><p>and Foundation, New York, Estados Unidos, você consegue ver e estudar dezenas de obras!</p><p>Referências</p><p>AGAMBEN, G. Medios sin fin: notas sobre la política. Valencia: Pre-textos, 2010.</p><p>ARCHER, M. Arte contemporânea: uma história concisa. 2 ed. Coleção mundo da arte. São Paulo: Martins</p><p>Fontes, 2012.</p><p>BISHOP, C. Installation Art: a critical history. UK: Tate Publishing, 2010.</p><p>FARTHING, S. Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2010.</p><p>FREIRE, C. Arte conceitual. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.</p><p>GOMBRICH, E. H. Uma história sem fim. In: GOMBRICH, E. H. A história da arte. 16 ed. Rio de Janeiro: LTC,</p><p>1995.</p><p>KARMEL, P.; VARNEDOE, K. Jackson Pollock: interviews, articles, and reviews. Museum of Modern Art, 1999.</p><p>OSTROWER, F. Universos da arte. 24. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.</p><p>Arte Contemporânea</p><p>1. Itens iniciais</p><p>Propósito</p><p>Objetivos</p><p>Introdução</p><p>1. Arte contemporânea: primeiras experimentações</p><p>O surgimento da Arte contemporânea</p><p>Conceitos</p><p>Comentário</p><p>O que você compreende como Arte contemporânea?</p><p>O que você faria com tanta informação?</p><p>Arte contemporânea: práticas e experimentações</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Características da arte contemporânea</p><p>Obras abertas</p><p>Obras interativas</p><p>Obras em processo</p><p>Obras que questionam a definição de arte</p><p>Obras que se aproximam da cultura popular</p><p>Artistas e movimentos</p><p>Expressionismo abstrato</p><p>Pintura figurativa europeia</p><p>Pop art</p><p>Arte fotográfica</p><p>Novo realismo</p><p>Arte conceitual</p><p>Instalações</p><p>Happennings</p><p>Arte performática</p><p>Arte povera</p><p>Minimalismo</p><p>Op art</p><p>Videoarte</p><p>Land art</p><p>Hiper-realismo</p><p>Arte digital</p><p>Arte urbana</p><p>Por onde devemos começar a falar da Arte contemporânea?</p><p>Arte contemporânea e seus movimentos</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>Questão 2</p><p>2. Movimentos artísticos e expansão do campo das experimentações</p><p>Os principais movimentos após a Segunda Guerra Mundial</p><p>Expressionismo abstrato</p><p>Projeto de arte e experimentações artísticas</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Expansão do campo da arte no contexto das experimentações e pesquisas</p><p>Happenings</p><p>Performance</p><p>Instalações</p><p>Happening, evento transformado em arte</p><p>Performance, encenação, improviso, ensaio, testando os limites da arte</p><p>Instalações imersivas, interativas, colaborativas, composições</p><p>Olafur Eliasson (1967)</p><p>Christo (1935-2020) e Jeanne-Claude (1935-2009)</p><p>Anish Kapoor (1954)</p><p>No final, o que importa é o conceito</p><p>Comentário</p><p>Você entendeu a proposta de Kosuth? É de fácil compreensão para você? Fica claro e evidente por que se trata de arte conceitual?</p><p>Exposições e experimentações artísticas</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>3. Processos disruptivos e noção de espaço na Arte contemporânea</p><p>Interseções que se tornaram possíveis mediante processos disruptivos</p><p>De portas abertas para a arte</p><p>Nem tudo que vemos é o que parece ser (Op art)</p><p>Arte contemporânea e o espaço expositivo</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Tudo ou nada: crítica ao consumismo na Pop art e minimalismo</p><p>Do tudo ao nada</p><p>Comentário</p><p>Arte contemporânea, uma reflexão</p><p>Conteúdo interativo</p><p>A noção de espaço nas exposições de arte contemporânea</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 2</p><p>4. Conclusão</p><p>Considerações finais</p><p>Podcast</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Explore +</p><p>Referências</p>

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