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<p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 1</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 2</p><p>Governador</p><p>Cid Ferreira Gomes</p><p>Vice Governador</p><p>Domingos Gomes de Aguiar Filho</p><p>Secretária da Educação</p><p>Maria Izolda Cela de Arruda Coelho</p><p>Secretário Adjunto</p><p>Maurício Holanda Maia</p><p>Secretário Executivo</p><p>Antônio Idilvan de Lima Alencar</p><p>Assessora Institucional do Gabinete da Seduc</p><p>Cristiane Carvalho Holanda</p><p>Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC</p><p>Andréa Araújo Rocha</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 3</p><p>1. CURSO TÉCNICO EM FINANÇAS</p><p>1.1.INTRODUÇÃO</p><p>Prepara o profissional para atuar em atividades financeiras, negociações bancárias e orçamentos, executando</p><p>atividades de assessoramento ao processo decisório gerencial. São utilizados conceitos de contabilidade,</p><p>análise de crédito, negociações bancárias para identificar diversos indicadores econômicos e financeiros,</p><p>interpretar demonstrativos financeiros, realizar fluxos de caixa, lançamentos financeiros, ordens de</p><p>pagamento, contas a pagar e a receber e cobranças.</p><p>1.2. GRADE CURRICULAR DO CUSRO TÉCNICO EM FINANÇAS</p><p>ESTADO DO CEARÁ</p><p>SECRETARIA DA EDUCAÇÃO</p><p>ESCOLAS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EEEP</p><p>EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS</p><p>CURSO: TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM FINANÇAS</p><p>COMPONENTES CURRICULARES</p><p>1º ANO 2º ANO 3º ANO</p><p>TOTAL 1º SEM 2º SEM 1º SEM 2º SEM 1º SEM 2º SEM</p><p>DISCIPLINAS S T S T S T S T S T S T</p><p>FO</p><p>R</p><p>M</p><p>A</p><p>Ç</p><p>Ã</p><p>O</p><p>G</p><p>ER</p><p>A</p><p>L</p><p>Língua Portuguesa 4 80 4 80 3 60 3 60 3 60 2 40 380</p><p>Artes 1 20 1 20 40</p><p>Língua estrangeira: Inglês 1 20 1 20 1 20 1 20 1 20 1 20 120</p><p>Língua Estrangeira: Espanhol 1 20 1 20 1 20 1 20 1 20 1 20 120</p><p>Educação Física 1 20 1 20 1 20 1 20 1 20 1 20 120</p><p>História 2 40 2 40 2 40 2 40 2 40 2 40 240</p><p>Geografia 2 40 2 40 2 40 2 40 2 40 2 40 240</p><p>Filosofia 1 20 1 20 1 20 1 20 1 20 1 20 120</p><p>Sociologia 1 20 1 20 1 20 1 20 1 20 1 20 120</p><p>Matemática 4 80 4 80 3 60 3 60 3 60 3 60 400</p><p>Biologia 2 40 2 40 2 40 2 40 2 40 2 40 240</p><p>Física 2 40 2 40 2 40 2 40 2 40 2 40 240</p><p>Química 2 40 2 40 2 40 2 40 2 40 2 40 240</p><p>SUBTOTAL 24 480 24 480 21 420 21 420 21 420 20 400 2620</p><p>FO</p><p>R</p><p>M</p><p>A</p><p>Ç</p><p>Ã</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>FI</p><p>SS</p><p>IO</p><p>N</p><p>A</p><p>L</p><p>Informática Básica 3 60 2 40 100</p><p>Introd. ao Curso Técnico e Ética Profissional 2 40 40</p><p>Noções de Administração 2 40 40</p><p>Introdução a Economia 2 40 40</p><p>Contabilidade Básica 3 60 60</p><p>Contabilidade de Custos 2 40 40</p><p>Matemática Financeira 3 60 60</p><p>Legislação Empresarial e Tributária 3 60 60</p><p>Administração do Capital de Giro 2 40 40</p><p>Mercado de Capitais 2 40 40</p><p>Informática Aplicada à Gestão Financeira 3 60 60</p><p>Administração Financeira 3 60 60</p><p>Contabilidade Gerencial 2 40 40</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 4</p><p>Plano de Negócio 2 40 40</p><p>Finanças Públicas 2 40 40</p><p>Auditoria e Controladoria 2 40 40</p><p>Estágio Curricular 15 300 300</p><p>SUBTOTAL 3 60 11 220 10 200 10 200 6 120 15 300 1100</p><p>P</p><p>A</p><p>R</p><p>TE</p><p>D</p><p>IV</p><p>ER</p><p>SI</p><p>FI</p><p>C</p><p>A</p><p>D</p><p>A</p><p>Horário de Estudo I 3 60 2 40 3 60 3 60 4 80 2 40 340</p><p>Horário de Estudo II 2 40 2 40 2 40 4 80 200</p><p>Projeto de vida 3 60 3 60 1 20 1 20 1 20 180</p><p>Oficina de Redação 1 20 1 20 1 20 60</p><p>Empreendedorismo 2 40 2 40 80</p><p>Formação para a Cidadania 1 20 1 20 1 20 1 20 1 20 1 20 120</p><p>Projetos Interdiciplinares I 3 60 1 20 3 60 3 60 4 80 2 40 320</p><p>Projetos Interdiciplinares II 2 40 2 40 2 40 3 60 180</p><p>Mundo do Trabalho 2 40 1 20 1 20 1 20 100</p><p>Estágio curricular (Complementação) 5 100 100</p><p>SUBTOTAL 18 360 10 200 14 280 14 280 18 360 10 200 1680</p><p>TOTAL GERAL 45 900 45 900 45 900 45 900 45 900 45 900 5400</p><p>Janeiro de 2017</p><p>1.3. EVOLUÇÃO TEÓRICA DAS FINANÇAS</p><p>A área de negócios tem uma ampla gama de estudos, porém todos dependem em vários aspectos da área</p><p>financeira. A perspectiva financeira nas empresas está em primeiro lugar no quesito importância estratégica e</p><p>operacional, pois, as empresas necessitam de ferramentas exclusivas de controle e planejamento financeiro</p><p>que proporcionem uma gestão que resulte em lucros e dividendos para os empresários e acionistas.</p><p>As finanças das empresas, em seus primórdios consideradas como parte das Ciências Econômicas, vêm</p><p>descrevendo ao longo do tempo um processo consistente de evolução conceitual e de técnicas (ASSAF, 2006).</p><p>Nos anos 20 do século XX, já era entendida como uma área independente de estudo, e foi motivada a evoluir</p><p>conforme a complexidade dos negócios e das empresas. Assaf (2006) lembra que até na crise econômica</p><p>mundial de 1929/1930, observava-se uma predominância dos aspectos externos das empresas conhecidas</p><p>como abordagem tradicional.</p><p>As teorias sobre finanças empresariais evoluíram nos últimos 50 anos. Partindo do pressuposto de que toda</p><p>empresa deve ter lucro, as finanças há muitos anos vêm sendo chamadas de “departamento que manda”. É</p><p>necessário destacar que esse pressuposto evoluiu para uma abordagem de sustentabilidade do negócio ou da</p><p>organização. Então o lucro propriamente dito não é mais o lucro de 50 anos atrás, ou seja, não se trata somente</p><p>de um lucro financeiro nem um aspecto em curto prazo.</p><p>Hoje as organizações mais inteligentes sabem que as ferramentas de gestão financeira buscam entender de</p><p>investimentos em longo prazo e que proporcionem lucros sustentáveis e efetivos. Dessa maneira as ações</p><p>individuais das pessoas relacionadas com a empresa devem ter caráter planejado e com intensa busca de</p><p>satisfação de todos os públicos que se relacionam com a empresa e sua cadeia produtiva.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 5</p><p>Dessa maneira, evolui o papel do Gestor Financeiro, passando de uma função estática e especialista, para uma</p><p>função de mobilidade e generalista, ou ainda, o especialista generalista, que entende de finanças (especialista</p><p>em finanças) e entende um pouco de todos os processos da empresa (generalista).</p><p>Menezes (2002) destaca algumas fases históricas das Finanças e refletiu a respeito da sua evolução:</p><p>Markowitz (1952, apud MENEZES, 2002) e a Teoria da Seleção de Carteira</p><p>Existe consenso entre os estudiosos em Finanças a respeito de que o artigo de Harry Markowitz (Portfolio</p><p>Selection, 1952) foi o precursor da moderna teoria de Finanças, ao apresentar de maneira precisa, pela primeira</p><p>vez, os conceitos de risco e retorno. Essa identificação de retorno e risco através de média e variância, tão</p><p>usada por profissionais de finanças hoje em dia, não era tão óbvia naqueles dias. Essa façanha de Markowitz</p><p>tornou possível a utilização da poderosa álgebra de matemática estatística nos estudos de seleção de carteiras.</p><p>William Sharpe (1964, apud MENEZES, 2002) e o CAPM (Capital Asset Pricing Model)</p><p>Alguns anos depois, Sharpe e outros iniciam a criação do seu modelo, imaginando um mundo no qual todo o</p><p>investidor utiliza a teoria da seleção de carteiras de Markowitz através da média e variância. Sharpe supõe</p><p>também que os investidores compartilham dos mesmos retornos esperados,</p><p>Implantação do Senso de Utilização</p><p>1. Quesito Espaço</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Identificar ONDE cada tarefa do seu processo é executada.</p><p>Cuidar para que cada tarefa seja executada em local adequado e preparado para tal. Discutir com</p><p>as pessoas envolvidas.</p><p>IMPLANTAÇÃO</p><p>Definir um Layout (disposição de mobiliário) que seja funcional e seguro.</p><p>Funcional é a disposição em que o fluxo de trabalho se desenvolve sem ocasionar perda de tempo.</p><p>Seguro é aquela disposição onde a movimentação de pessoas, materiais e equipamentos é desimpedida de</p><p>obstáculos.</p><p>MANUTENÇÃO</p><p>Elaborar um croquis (desenho) com as dimensões básicas e disposição dos móveis, dispositivos e</p><p>equipamentos.</p><p>Elaborar um procedimento que oriente as alterações que se fizerem necessárias no futuro.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 25</p><p>2. Quesito Mobiliário</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Identificar cada item do mobiliário, relacionando-os.</p><p>Incluir na relação o número do patrimônio, se houver.</p><p>Avaliar a real necessidade de tê-los. Mantenha apenas o necessário e justificável no local de trabalho. Admita</p><p>adaptações criativas mas não permita improvisações perigosas.</p><p>IMPLANTAÇÃO</p><p>Colocar os excessos à disposição de outras pessoas. Promover a venda</p><p>ou sucateamento do inservível.</p><p>Providenciar a reposição daquilo que estiver faltando.</p><p>Para repor ou adicionar mobiliário, aproveite o descarte das outras áreas e pessoas, em primeiro lugar.</p><p>MANUTENÇÃO</p><p>Elaborar um procedimento que oriente a inclusão/exclusão futura de qualquer mobiliário. Envolva</p><p>todas as pessoas da equipe na elaboração do procedimento.</p><p>3. Quesito Dispositivos</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Relacionar todos os dispositivos.</p><p>Verificar a utilização dos dispositivos, isto é, porque existem, a freqüência de uso, quantas pessoas utilizam</p><p>etc.</p><p>Evitar improvisações que possam comprometer a segurança das pessoas.</p><p>IMPLANTAÇÃO</p><p>Colocar o excesso à disposição de outras áreas.</p><p>Promover a venda ou sucateamento do inservível.</p><p>Repor aquilo que estiver faltando.</p><p>Ao repor ou adicionar dispositivos, aproveite o descarte de outras áreas, em primeiro lugar. Estabelecer forma</p><p>de controle do uso de dispositivos.</p><p>MANUTENÇÃO</p><p>Elaborar procedimentos que orientem a inclusão/exclusão de dispositivos e a localização deles no arranjo geral.</p><p>Definir vida útil, no caso de ferramentas de desgaste e estabelecer procedimentos de reposição.</p><p>Elaborar procedimentos que orientem a inclusão/exclusão de dispositivos e a localização deles no arranjo geral.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 26</p><p>4. Quesito Documentos</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Relacionar todos os documentos existentes e utilizados.</p><p>Verificar a utilização dos documentos, isto é, porque existem, porque estão ali, qual a utilidade deles, a</p><p>freqüência de uso, quantas pessoas utilizam etc.</p><p>Evitar improvisações que possam comprometer a segurança das pessoas.</p><p>IMPLANTAÇÃO</p><p>Eliminar a multiplicidade de documentos.</p><p>Descartar os papéis desatualizados e que não sejam úteis.</p><p>Antes de descartar documentos verifique se não existe legislação específica que determina a necessidade de</p><p>mantê-los em arquivo.</p><p>Definir o destino de cada grupo de documentos (quadro de avisos, arquivo, estante etc).</p><p>Definir o período de permanência de cada grupo de documentos no seu devido local e indicar quem será o</p><p>responsável pela atualização dos mesmos.</p><p>MANUTENÇÃO</p><p>Elaborar procedimentos para recebimento, expedição, guarda e descarte de documentos.</p><p>5. Quesito Matéria-Prima</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Relacionar a matéria-prima existente e consumida na área.</p><p>Verificar a aplicação e consumo.</p><p>Verificar se o uso é compatível com a necessidade (porque ter em estoque?).</p><p>IMPLANTAÇÃO</p><p>Adequar os estoques às necessidades de consumo de cada item relacionado.</p><p>Acompanhar os consumos e custos de estoques no sentido de reduzi-los gradativamente.</p><p>MANUTENÇÃO</p><p>Definir quem, quando e como os itens de consumo serão repostos (Plano de Reposição).</p><p>Estabelecer formas de controle de consumo para construir um histórico e ajustar níveis de consumo. Definir</p><p>nível mínimo e máximo de estoque para cada item de consumo.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 27</p><p>Implantação do Senso de Ordenação</p><p>1. Quesito Dispositivos</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Padronizar os nomes dos dispositivos.</p><p>Agrupar por tipo, natureza, função ou aplicação.</p><p>Discutir amplamente com as pessoas envolvidas a melhor maneira de ordenar, os locais de guarda e a melhor</p><p>forma de acondicionamento.</p><p>IMPLANTAÇÃO</p><p>Colocar em prática a forma de ordenação definida, incluindo a guarda e acondicionamento.</p><p>Sinalizar os locais indicando os grupos, subgrupos e itens.</p><p>Ordenar por tamanho e em ordem seqüencial.</p><p>Educar os usuários para utilizarem corretamente os padrões adotados.</p><p>MANUTENÇÃO</p><p>Elaborar uma folha de verificação (check list) periódica para garantir a ordenação permanente. Definir os</p><p>responsáveis pela verificação, a freqüência e preparar estas pessoas para isto.</p><p>2. Quesito Matéria-prima</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Agrupar os itens por tipo (fios elétricos, parafusos, material de limpeza) e separar por tamanho, finalidade,</p><p>aplicação, características etc.</p><p>Definir uma única forma para dispor materiais: por tamanho, necessidade, característica, facilidade...</p><p>IMPLANTAÇÃO</p><p>Identificar os locais de guarda e os tipos de materiais.</p><p>Dispor os itens de acordo com a forma de agrupamento e disposição definidos.</p><p>Os materiais que requerem cuidados especiais devem obedecer as recomendações de guarda dos fabricantes e,</p><p>se for o caso da legislação ou normas vigentes. Educar os usuários para utilizarem corretamente os padrões</p><p>adotados.</p><p>MANUTENÇÃO</p><p>Elaborar uma folha de verificação (check list) periódica para garantir a ordenação permanente.</p><p>Definir os responsáveis pela verificação, a freqüência e preparar estas pessoas para isto. Adotar</p><p>"mecanismos à prova de bobeira" para garantir a guarda correta de materiais.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 28</p><p>3. Quesito Documentos</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Uniformizar a nomenclatura dos documentos.</p><p>Definir a forma de agrupar (por assunto, origem procedência, finalidade, conteúdo etc.). Estratificar o</p><p>agrupamento de tal forma a facilitar a localização e guarda.</p><p>IMPLANTAÇÃO</p><p>Colocar em prática a forma de agrupamento e estratificação definidos.</p><p>Sinalizar os locais indicando os grupos, subgrupos e itens.</p><p>Observar as características dos documentos e locais de guarda, isto é, livros devem ficar em prateleiras, papéis</p><p>em pastas, pastas em arquivos etc.</p><p>Educar os usuários para utilizarem corretamente os padrões adotados.</p><p>MANUTENÇÃO</p><p>Elaborar uma folha de verificação (check list) periódica para garantir a ordenação permanente.</p><p>Definir os responsáveis pela verificação, a freqüência e preparar estas pessoas para isto. Adotar</p><p>"mecanismos à prova de bobeira" para garantir a guarda correta de documentos.</p><p>Implantação do Senso de Limpeza</p><p>1. Quesito espaço, mobiliário e dispositivos</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Identificar as formas de sujeira.</p><p>Planejar ações para eliminar os efeitos (limpar). Identificar as</p><p>causas e fontes de sujeira.</p><p>Planejar ações para eliminar as fontes e as causas identificadas.</p><p>IMPLANTAÇÃO</p><p>Implantar as ações de bloqueio definidas no Plano de Ação e verificar a sua efetividade.</p><p>MANUTENÇÃO</p><p>Criar procedimentos envolvendo as ações de bloqueio que se mostraram</p><p>eficazes na remoção das causas de</p><p>sujeira.</p><p>Preparar as pessoas para seguir os procedimentos.</p><p>Implantação do Senso de Asseio</p><p>Abordagem</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 29</p><p>Na conceituação do Senso de Asseio, optamos por focalizar a melhoria do ambiente de trabalho</p><p>abordando a higiene industrial. Para a identificação dos riscos, agentes e seus possíveis efeitos</p><p>às pessoas, tomamos por referência o Mapa de Riscos, realizado conforme roteiro estabelecido</p><p>no Anexo IV da NR15 e Portaria 5 do DNSST (atual SSST - Secretaria de Segurança e Saúde do</p><p>trabalhador) do Ministério do Trabalho. Como base do Senso de Asseio buscamos conceituação</p><p>na metodologia do PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, estabelecido pela</p><p>NR9, que se identifica com as diretrizes gerais para implantação de um Programa de Higiene</p><p>Industrial. Esse Senso abrange os quesitos espaço, mobiliário, dispositivos, documentos e</p><p>matéria prima.</p><p>1. Quesito espaço, mobiliário, dispositivos, documentos e matéria prima</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Identificar fatores de risco no ambiente de trabalho.</p><p>Identificar as fontes e possíveis efeitos nocivos às pessoas.</p><p>Identificar os cargos expostos a cada risco.</p><p>Identificar o número de pessoas expostas e o tempo médio de exposição para cada risco.</p><p>Medir os valores dos fatores de risco.</p><p>Identificar necessidade de EPI/EPC.</p><p>Identificar as causas e elaborar um Plano de Ação para bloqueio de causas, eliminação das fontes de risco ou</p><p>atenuação dos seus efeitos.</p><p>IMPLANTAÇÃO</p><p>Adotar medidas para atenuar os efeitos ou eliminar os riscos.</p><p>Elaborar procedimentos para ação em emergências.</p><p>Medir os riscos após ação de bloqueio e avaliar melhoria. Atualizar o</p><p>Mapeamento de Risco da área de trabalho.</p><p>MANUTENÇÃO</p><p>Certifique-se que os procedimentos sejam do conhecimento de todos.</p><p>Simule situações de emergência periodicamente, como forma de treinamento. Institua um</p><p>sistema de verificação periódica do cumprimento dos padrões.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 30</p><p>Implantação do Senso de Auto-disciplina</p><p>Abordagem</p><p>A prática deste senso pode ser constatada observando e avaliando a rotina estabelecida na</p><p>implantação dos 4 outros sensos.</p><p>Portanto, a Implantação do Senso de Autodisciplina consiste na avaliação sistemática, feita pela</p><p>própria equipe, abrangendo os 4 sensos já implantados.</p><p>A prática deste senso assume um papel alavancador da melhoria continua e contribui para</p><p>consolidar os conceitos aprendidos e praticados até então, relativos aos Sensos de Utilização,</p><p>Ordenação, Limpeza e Asseio.</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Criar uma folha de verificação de não-conformidades, baseada nos 4 primeiros sensos.</p><p>Estabelecer uma freqüência de avaliação das áreas a serem submetidas ao quinto Senso. Definir um</p><p>calendário de Avaliação.</p><p>Definir um critério para a formação dos grupos de avaliação.</p><p>IMPLANTAÇÃO</p><p>Seguir criteriosamente o programa de avaliação.</p><p>Utilizar o PDCA para resolver os problemas identificados.</p><p>Utilizar um gráfico de controle para acompanhamento.</p><p>Utilizar o relatório de não-conformidades observadas para alavancar melhorias.</p><p>MANUTENÇÃO</p><p>Alterar os padrões e os procedimentos tão logo tenha sido identificada a causa fundamental dos problemas.</p><p>Divulgar amplamente os novos padrões.</p><p>Promover o treinamento das pessoas envolvidas na utilização dos padrões modificados e atualizados.</p><p>5. ÉTICA PROFISSIONAL</p><p>Os elementos mais importantes da ética profissional são muito semelhantes aos da ética social.</p><p>A ética profissional é o conjunto de práticas que determinam a adequação no exercício de qualquer profissão.</p><p>É através dela que se dão as relações interpessoais no Trabalho, visando, especialmente, o respeito e o bem-</p><p>estar no ambiente profissional.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 31</p><p>É importante lembrar que a ética é indispensável para conviver em sociedade. É através dela que se pratica o</p><p>respeito. Portanto, dentro do ambiente de trabalho ela é ainda mais importante. Afinal, atitudes inadequadas</p><p>podem afetar o desempenho e a reputação de uma empresa.</p><p>5.1. Existe uma ética padrão?</p><p>Algumas profissões possuem conselhos responsáveis pela criação de códigos de ética específicos, como é o</p><p>caso dos médicos, dos advogados, das engenharias etc. No entanto, estes códigos se referem a procedimentos</p><p>e normas padrões das áreas, e são necessários por uma questão de segurança. Eles preveem penas disciplinares</p><p>em lei para violações. No entanto, há comportamentos que devem ser adotados em qualquer que seja a área,</p><p>por contribuírem para o bom funcionamento do trabalho.</p><p>Quais são os principais fatores componentes da ética profissional?</p><p>Os elementos mais importantes da ética profissional são muito semelhantes aos da ética social. São eles:</p><p> Honestidade: É um preceito básico para a convivência tanto pessoal quanto profissional. Falar</p><p>sempre a verdade, não culpar colegas por erros seus e assumir falhas próprias são atitudes honestas e</p><p>de valor para uma vida profissional ética e reta.</p><p> Sigilo: Alguns assuntos são confidenciais por segurança, e não é nada ético sair falando aos quatro</p><p>ventos sobre coisas que não dizem respeito a determinados públicos. Informações sigilosas geralmente</p><p>estão protegidas por lei e, caso algum funcionário quebre este protocolo, a pena é certa.</p><p> Competência: A competência envolve também o compromisso, a organização e a capacidade de</p><p>ajudar os demais, tudo com a finalidade de realizar um bom trabalho de forma geral.</p><p> Prudência: Ter noção da hierarquia, cuidado com comentários, brincadeiras e atitudes que podem</p><p>até mesmo ofender os demais. É importante ainda ter prudência na realização das tarefas, fazer tudo</p><p>da forma mais correta possível, sem “atalhos” ou</p><p> “jeitinhos”.</p><p> Humildade: Perguntar quando há dúvidas, no caso do empregado. É ouvir os subordinados, no caso</p><p>do líder. Ou, para ambos, reconhecer erros e aprender com eles.</p><p> Imparcialidade: Tratar a todos de maneira igual, independentemente do cargo que ocupam. Ser</p><p>imparcial é mais importante ainda para os gestores. É comum as relações profissionais extrapolarem</p><p>os limites do escritório, mas é imprescindível saber separar a relação pessoal da profissional.</p><p>A ética profissional vale para todos, independentemente de cargo. Comportamentos antiéticos praticados por</p><p>líderes invariavelmente abalam o clima organizacional, prejudicando o rendimento da equipe. Seja respeitoso</p><p>e responsável, dessa maneira o sucesso profissional ficará mais próximo de você.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 32</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>Evolução Teórica das Finanças. Disponível em:</p><p>https://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/43132/evolucao-teorica-das-financas</p><p>O Mercado Financeiro Nacional e suas Fases. Disponível em:</p><p>https://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/14288/o-mercado-financeiro-nacional-e-suas-fases#!3</p><p>Apostila do Curso Técnico de M</p><p>https://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/43132/evolucao-teorica-das-financas</p><p>https://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/14288/o-mercado-financeiro-nacional-e-suas-fases#!3</p><p>Hino Nacional</p><p>Ouviram do Ipiranga as margens plácidas</p><p>De um povo heróico o brado retumbante,</p><p>E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,</p><p>Brilhou no céu da pátria nesse instante. Se</p><p>o penhor dessa igualdade</p><p>Conseguimos conquistar com braço forte,</p><p>Em teu seio, ó liberdade, Desafia o nosso</p><p>peito a própria morte! Ó Pátria amada,</p><p>Idolatrada, Salve! Salve!</p><p>Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De</p><p>amor e de esperança à terra desce, Se em</p><p>teu formoso céu, risonho e límpido, A</p><p>imagem do Cruzeiro resplandece. Gigante</p><p>pela própria natureza, És belo, és forte,</p><p>impávido colosso, E o teu futuro espelha</p><p>essa grandeza.</p><p>Terra adorada, Entre</p><p>outras mil, És tu,</p><p>Brasil,</p><p>Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo</p><p>és mãe gentil, Pátria amada,Brasil!</p><p>Deitado eternamente em berço esplêndido,</p><p>Ao som do mar e à luz do céu profundo,</p><p>Fulguras, ó Brasil, florão da América,</p><p>Iluminado ao sol do Novo Mundo!</p><p>Do que a terra, mais garrida,</p><p>Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;</p><p>"Nossos bosques têm mais vida",</p><p>"Nossa vida" no teu seio "mais amores."</p><p>Ó Pátria amada,</p><p>Idolatrada, Salve!</p><p>Salve!</p><p>Brasil, de amor eterno seja símbolo</p><p>O lábaro que ostentas estrelado,</p><p>E diga o verde-louro dessa flâmula</p><p>- "Paz no futuro e glória no passado."</p><p>Mas, se ergues da justiça a clava forte,</p><p>Verás que um filho teu não foge à luta, Nem</p><p>teme, quem te adora, a própria morte.</p><p>Terra adorada,</p><p>Entre outras mil, És tu,</p><p>Brasil,</p><p>Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo</p><p>és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!</p><p>Hino do Estado do Ceará</p><p>Poesia de Thomaz Lopes</p><p>Música de Alberto Nepomuceno</p><p>Terra do sol, do amor, terra da luz!</p><p>Soa o clarim que tua glória conta! Terra, o</p><p>teu nome a fama aos céus remonta Em</p><p>clarão que seduz!</p><p>Nome que brilha esplêndido luzeiro Nos</p><p>fulvos braços de ouro do cruzeiro!</p><p>Mudem-se em flor as pedras dos</p><p>caminhos! Chuvas de prata rolem das</p><p>estrelas... E despertando, deslumbrada, ao</p><p>vê-las Ressoa a voz dos ninhos... Há de</p><p>florar nas rosas e nos cravos Rubros o</p><p>sangue ardente dos escravos. Seja teu</p><p>verbo a voz do coração, Verbo de paz e</p><p>amor do Sul ao Norte! Ruja teu peito em</p><p>luta contra a morte, Acordando a amplidão.</p><p>Peito que deu alívio a quem sofria E foi o</p><p>sol iluminando o dia! Tua jangada afoita</p><p>enfune o pano!</p><p>Vento feliz conduza a vela ousada!</p><p>Que importa que no seu barco seja um nada</p><p>Na vastidão do oceano, Se à proa vão</p><p>heróis e marinheiros</p><p>E vão no peito corações guerreiros? Se, nós</p><p>te amamos, em aventuras e mágoas! Porque</p><p>esse chão que embebe a água dos rios Há</p><p>de florar em meses, nos estios E bosques,</p><p>pelas águas! Selvas e rios, serras e florestas</p><p>Brotem no solo em rumorosas festas! Abra-</p><p>se ao vento o teu pendão natal Sobre as</p><p>revoltas águas dos teus mares! E</p><p>desfraldado diga aos céus e aos mares A</p><p>vitória imortal!</p><p>Que foi de sangue, em guerras leais e francas,</p><p>E foi na paz da cor das hóstias brancas!</p><p>variâncias e covariâncias. Mas ele</p><p>não assume que todo investidor possui o mesmo grau de aversão ao risco. Assim, os investidores sempre vão</p><p>perder a redução do grau de risco, à medida que sejam tomadores de parcelas maiores de ativos livres de risco,</p><p>junto com a combinação de carteiras de ativo de risco. O realismo ou a falta de realismo das suposições</p><p>subjacentes ao CAPM não foi objeto de debates, pois se adotou a visão positivista de Friedman: o que conta</p><p>não é a precisão das suposições, mas as predições do modelo! E as predições deste modelo ainda são as</p><p>melhores, apesar de todas as suas limitações. O CAPM implica que a distribuição dos retornos esperados de</p><p>todos os ativos de risco é uma função linear do risco dos títulos, isto é, de sua covariância com a carteira de</p><p>mercado ou o conhecido Beta. O CAPM não só ofereceu novos e poderosos argumentos na natureza do risco,</p><p>mas permitiu uma investigação empírica necessária para o atual desenvolvimento de finanças. O modelo da</p><p>média e variância de Markowitz e o CAPM de Sharpe e outros foram contribuições que tiveram seu valor</p><p>científico reconhecido pelo comitê do prêmio Nobel de 1990. O CAPM não só ofereceu novos e poderosos</p><p>argumentos na natureza do risco, mas permitiu uma investigação empírica necessária para o atual</p><p>desenvolvimento de finanças.</p><p>- A hipótese da eficiência de mercado</p><p>Esta teoria, intimamente ligada ao modelo anterior, se refere à hipótese de mercados eficientes. Afirma-se que</p><p>não há uma simples regra, baseada nos dados e informações publicamente disponíveis, que possa gerar ganhos</p><p>extraordinários aos investidores; e que os preços das ações se comportam aleatoriamente (randon walk).</p><p>- Proposição de Modigliani e Miller</p><p>Outro dos pilares sobre o qual se baseiam as teorias de Finanças são as proposições de Modigliani e Miller</p><p>(M&M) sobre a estrutura de capital, com a publicação do seu primeiro artigo sobre custo de capital, finanças</p><p>corporativas e teoria de investimentos. Tanto as proposições de M&M como o CAPM e a hipótese de eficiência</p><p>de mercado tratam do equilíbrio no mercado de capitais e de quais forças atuam quando este equilíbrio é</p><p>perturbado.</p><p>- Derivativos e Opções</p><p>Estudos recentes em Finanças, também reconhecidos pelo Comitê do Prêmio Nobel, se situam no campo das</p><p>Opções e de Derivativos, cujos pioneiros foram Merton e Scholes, seguidos de perto por Fischer Black.</p><p>Contrato derivativo é um contrato cujo valor deriva do valor de uma taxa de referência, do valor de um título</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 6</p><p>(ou de uma commodity) ou de um índice. A opção, por sua vez, é um instrumento que dá a seu comprador um</p><p>direito futuro sobre algo, mas não uma obrigação, e ao seu vendedor uma obrigação futura, caso a opção seja</p><p>exercida pelo comprador. A fórmula de Black-Scholes-Merton diz que o preço de uma opção é função do valor</p><p>corrente de mercado do título, do preço futuro, do período até o vencimento e da taxa livre de risco, além da</p><p>variância dos retornos deste título.</p><p>- Perspectivas futuras</p><p>Quais seriam as alternativas para novas pesquisas em Finanças? Sem grandes especulações, poderíamos dizer</p><p>que ainda há muito a se fazer no Brasil sobre esses temas em finanças corporativas. Muitas questões não foram</p><p>totalmente resolvidas, apesar de muitos modelos terem surgido, como a teoria de agência ou governança</p><p>corporativa, capital intelectual e intangível, finanças pessoais, finanças comportamentais, inteligência artificial</p><p>e modelos financeiros, custo e estrutura de capital. No Brasil parece ser muito promissora a questão da</p><p>avaliação dos ativos de renda fixa e seu índice de referência, derivativos e ferramentas para suporte à tomada</p><p>de decisão. As tomadas de decisões econômicas por empresas e indivíduos são inerentes à vida e são</p><p>fortemente influenciadas por aquilo que está acontecendo ou virá a acontecer no ambiente macroeconômico.</p><p>Nesta última década, aconteceu uma verdadeira revolução nas organizações, que estão se transformando para</p><p>competir num mercado cada vez mais exigente.</p><p>Os autores que desenvolveram a chamada moderna teoria de finanças foram Franco Modigliani e Merton</p><p>Miller, que abordaram a irrelevância da estrutura de capital e dividendo sobre o valor de mercado da empresa.</p><p>Nessa primeira abordagem sobre irrelevância é importante destacar que essa abordagem coloca como relevante</p><p>a tomada de decisão sobre a escolha do tipo de estrutura de capital, e a irrelevância sobre a estrutura de capital</p><p>em si. Essas teorias foram desenvolvidas na década de 50 e 60 e os autores ganharam o Prêmio Nobel em 1985</p><p>(Modigliani) e 1990 (Miller) (ASSAF, 2006).</p><p>A literatura sobre finanças empresariais tem se dedicado a elaborar fórmulas matemáticas de controle e</p><p>cálculos de previsões que na prática vem se adaptando com as realidades organizacionais, ao ponto que não</p><p>há uma base única para a tomada de decisão, e sim ferramentas moldáveis para serem adaptadas nos contextos</p><p>organizacionais.</p><p>O conjunto dessas ferramentas será abordado nas próximas unidades e permitirá sua utilização prática nas</p><p>empresas e demais usos. Uma crítica à literatura da área financeira é a pouca divulgação das histórias, ou seja,</p><p>dos casos reais de estudos nessa área, que por um lado pode ser explicado pela importância e sigilo das</p><p>informações financeiras, por outro, temos várias maneiras de utilizar as informações sem prejuízo nenhum e</p><p>com sigilo absoluto. E assim tem-se pouco material empírico que possa ser utilizado como base ou modelo de</p><p>estudo em determinadas áreas e setores organizacionais.</p><p>Cada vez mais temos uma adequação das funções financeiras ligadas com a tecnologia. À proporção que o</p><p>mundo caminha para o uso intensivo e democrático da tecnologia, as finanças andam em paralelo com essas,</p><p>sendo desenhadas e elaboradas cada vez mais ferramentas de análise e planejamento financeiro com recursos</p><p>tecnológicos. Isso também proporciona evolução não somente das ferramentas, mas também do executivo que</p><p>faz parte dessa área, que deve se adaptar aos novos softwares financeiros, as planilhas eletrônicas e aos “docs”</p><p>do Google que vem auxiliando de maneira grandiosa o trabalho individual e de equipes multidisciplinares nas</p><p>organizações.</p><p>Na próxima unidade vamos abordar a economia e quando abordamos a Gestão Financeira como prática</p><p>matemática, ela se aproxima mais dos aspectos conceituais econômicos do que propriamente da gestão, que</p><p>aborda o contexto comportamental e de tomada de decisão estratégica.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 7</p><p>2. PERFIL DO TÉCNICO EM FINANÇAS</p><p>O Técnico em Finanças efetua atividades nas negociações bancárias e nos setores de tesouraria, contabilidade,</p><p>análise de crédito, orçamento empresarial, custos e formação de preços. Identifica os diversos indicadores</p><p>econômicos e financeiros e sua importância para análise financeira.</p><p>Lê e interpreta demonstrativos financeiros. Realiza fluxo de caixa, lançamentos financeiros, ordens de</p><p>pagamento, contas a pagar e receber e cobranças. Coleta e organiza informações para elaboração do orçamento</p><p>empresarial e análise patrimonial.</p><p>A atuação de um técnico em finanças está presente nos principais eixos da economia cearense como: o</p><p>comércio, o turismo, as exportações. Mas não se pode deixar de salientar que o técnico em finanças se faz</p><p>necessário em praticamente todos os setores de uma economia.</p><p>Dentre eles podemos citar alguns ramos como: Hospitalar; Escolar; Bancário; Alimentício; Industrial; Lojista;</p><p>Petroquímico; Financeiro. As instituições públicas e do terceiro setor também absorvem as atividades</p><p>profissionais de um técnico em finanças.</p><p>2.1. O MERCADO FINANCEIRO NA ATUALIDADE</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Mercado Financeiro entende-se por “convenção de compra e venda”, dinheiro/capitais, “mercado em que se</p><p>permuta a oferta e a procura de capitais em longo prazo”. Compra e venda de mercadorias, imóveis, móveis e</p><p>ações. Portanto, “um mecanismo criado para facilitar transações e fazer a moeda corrente circular de uma</p><p>forma direta ou indireta”. “É o mercado voltado para a transferência de recursos entre os agentes econômicos”.</p><p>“Em outra definição, mercado financeiro, é onde são efetuadas transações com títulos de prazos médio, longo</p><p>e indeterminado, geralmente dirigidas ao financiamento dos capitais de giro e fixo”. Segundo a fonte:</p><p>(http://wiki.advfn.com/pt/Mercado_financeiro).</p><p>O mercado financeiro nacional em aproximadamente 30 anos, passou por muitas oscilações e muitas crises</p><p>que consequentemente, sobrevieram, afetando diretamente a vida das pessoas. Mas, o brasileiro sempre</p><p>encontra subterfúgios para driblar as crises que assolam o país de tempos em tempos e o resultado é o</p><p>surgimento de novas tecnologias, ferramentas, e maneiras inovadoras de executar o convencional a fim de</p><p>superar os altos e baixos da economia.</p><p>Os segmentos do mercado e seus componentes, as moedas, os planos financeiros e seus fracassos, os calotes</p><p>internos e externos, e o rodízio de governos. Após relembrarmos um pouco dessa história financeira do Brasil</p><p>de três décadas aproximadamente, serão apresentadas algumas inovações tendo como base a era do</p><p>conhecimento em que vivemos, a venda de informações e as empresas virtuais – as empresas.com.</p><p>Para Mirian Leitão o fato de conseguir sobreviver a tantos solavancos, e a tantas trocas monetárias, se dá,</p><p>graças a determinação e força de vontade do povo de ter enfim, uma moeda forte e estável.</p><p>UM POUCO DE HISTÓRIA</p><p>Às vezes você não se dá conta de tudo o que está se passando com a moeda do seu país, a inflação e seu efeito</p><p>sanfona afetando o custo da produção se refletindo no preço final dos produtos, em deixar passar despercebido</p><p>um campo novo de trabalho que se abre trazendo novas oportunidades, a haja vista o mercado de trabalho</p><p>ainda deixa milhares sem uma chance de obter uma fonte de renda digna e a seguridade social.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 8</p><p>Esse descuido com os fatos econômicos faz com que vivamos numa atmosfera nebulosa, sujeitos a inúmeros</p><p>prejuízos. Pois, sem enxergarmos como o mercado financeiro funciona, como a moeda ainda pode oscilar,</p><p>suas fases nestes trinta anos e as mudanças repentinas, ficamos sujeitos a especulações, e propensos a “cair</p><p>em contos do vigário”.</p><p>Nos últimos trinta anos o brasileiro participou de uma verdadeira “saga” em busca de uma moeda equilibrada</p><p>e sua dedicação e determinação em aprender cada plano proposto, o melhor, imposto foi o que garantiu chegar</p><p>até aqui “vivo”. Os dados a seguir são um tanto chocantes, embora verdadeiros, são frutos do mais novo livro</p><p>da economista Miram Leitão: “A Saga Brasileira”, que se desfecha nos últimos trinta anos. Abaixo uma lista</p><p>de alguns acontecimentos que marcaram a história da moeda brasileira:</p><p>- Dezoito presidentes do Banco Central do Brasil; Cinco moedas implantadas; Dois calotes externos; Um</p><p>calote interno pelo Plano Collor; Uma inflação astronômica; Um empréstimo compulsório (inadimplente até</p><p>os dias atuais); A implantação da URV em apenas dezoito meses restantes de governo - Fernando Henrique</p><p>Cardoso de Melo; Seis planos monetários; Divisão da moeda por 250 (para a implantação da URV); Dezesseis</p><p>Ministros da Fazenda; Nove zeros cortados da moeda nacional.</p><p>Com toda essa turbulência na moeda, o brasileiro tinha o cruzeiro indo e voltando. Em 1964 contava-se com</p><p>o Cruzeiro Novo que em seguida voltou a ser Cruzeiro em 1989 até 1990, quando em 1993 passou a ser</p><p>Cruzeiro Real. Nesta ocasião foram cortados três zeros da moeda por não caber na nota haja vista, havia</p><p>recebido vários cortes foram seis zeros extraídos do dinheiro circulante.</p><p>Sem esquecer o Empréstimo Compulsório do Governo Collor, o qual causou um transtorno irreparável na vida</p><p>de muitas pessoas, ainda hoje é lembrado com tristeza por muitos brasileiros que tiveram de certa forma seus</p><p>“sonhos roubados”, pois houve uma invasão em suas contas correntes, em suas poupanças ou em suas</p><p>aplicações. A promessa era de devolução do “Empréstimo” num prazo de dezoito meses, em doze parcelas,</p><p>mas ainda hoje pessoas têm a esperança de serem restituídas as suas economias. Com tudo isto o brasileiro era</p><p>o maior interessado. Se empenhou em aprender outras regras e utilizar uma nova moeda, imaginária de início,</p><p>a URV era uma referência do Governo, pois, não se sentia seguro em implantar uma nova moeda num curto</p><p>espaço de tempo. Para surpresa geral foi rapidamente entendida pelas pessoas mais simples como um</p><p>“vendedor de coco” na praia quanto pelos próprios profissionais desta área. Então a URV cedeu lugar ao o</p><p>Real que foi aceito e muitas esperanças foram depositadas nesta moeda pelo povo do Brasil.</p><p>“O Mercado Financeiro na realidade faz a ligação entre as pessoas ou empresas que têm dinheiro e as pessoas</p><p>ou empresas que precisam de dinheiro. Para que isto ocorra é preciso intermediários dos mais variados</p><p>seguimentos do mercado financeiro”.</p><p>Mas, investimento nestas áreas específicas nem sempre é igual a lucratividade, pois tudo gira em torno da</p><p>oferta e da procura que são os fatores responsáveis pelo equilíbrio financeiro.</p><p>A produção do campo, a produção industrial dos grandes centros, e até mesmo o mais novo dos investimentos,</p><p>as “empresas.com”, mesmo sendo um seguimento muito instável movimenta milhões por ano, convergem aos</p><p>principais seguimentos do mercado financeiro.</p><p>Seguimentos do Mercado Financeiro Nacional</p><p>Mercado Cambial - O Mercado Cambial é onde são feitas as transações monetárias nacionais, tendo como</p><p>base duas moedas de diferentes economias. É muito comum esse tipo de transação quando compramos a moeda</p><p>de outro país. Por exemplo, você visita outro país e necessita fazer o cambio da moeda do seu local para se</p><p>realizar suas compras, fazer investimentos, manter a sua estadia, e enfim, você faz o câmbio de uma moeda</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 9</p><p>por outra. Para assegurar as operações foi desenvolvida a Assinatura Digital em contratos de Câmbio, os</p><p>procedimentos são descritos na CARTA-CIRCULAR N. 003134.</p><p>https://www3.bcb.gov.br/normativo/detalharNormativo.do?method=detalharNormativo&N=104062827.</p><p>Existe o Projeto de Modernização do Sistema de Câmbio: O Sisbacen/Câmbio, instituído em 1985, foi um</p><p>marco na automatização do Sistema Financeiro Nacional, possibilitando ao Banco Central a captação das</p><p>informações referentes ao mercado de câmbio de forma tempestiva, o que foi fundamental para o adequado</p><p>gerenciamento e efetividade da política cambial, principalmente nos momentos de dificuldades enfrentadas</p><p>pelo País na área externa...</p><p>O que se busca com o projeto é modernizar também o Sisbacen/Câmbio, considerando novos conceitos, novas</p><p>tecnologias atualmente existentes, o cenário econômico atual e as necessidades do Banco Central e do mercado</p><p>como um todo. Será uma oportunidade de se compatibilizar o processo de simplificação e racionalização de</p><p>regras com o sistema informatizado empregado na captação das informações relativas às operações de câmbio,</p><p>por meio da modernização e ajustes do sistema atual. O processo de registro das operações de câmbio no</p><p>Banco Central será mais simples e eficiente, com reflexo esperado na redução de custos administrativos e</p><p>operacionais da administração pública, dos bancos, das corretoras e de seus clientes [...]</p><p>http://www.bcb.gov.br/textonoticia.asp?codigo=3012&IDPAI=NOTICIAS.</p><p>Mercado Monetário</p><p>- Mercado monetário é o mercado onde se concentram as operações para controle da oferta</p><p>de moeda e das taxas de juros de curto prazo com vistas a garantir a liquidez da economia. O Banco Central</p><p>do Brasil atua neste mercado praticando a chamada Política Monetária.</p><p>http://www.portaldoinvestidor.gov.br/Acad%C3%AAmico/EntendendooMercadodeValoresMobili%C3%A1</p><p>rios/OSistemaFinanceiroNacional/tabid/91/Default.aspx?controleConteudo=viewRespConteudo&ItemID=33</p><p>2.</p><p>Mercado de Capitais - O mercado de capitais é o conjunto de mercados, instituições e ativos que viabiliza a</p><p>transferência de recursos financeiros entre tomadores (companhias abertas) e aplicadores (investidores) destes</p><p>recursos. Essa transferência ocorre por meio de operações financeiras que podem se dar diretamente entre</p><p>companhias e investidores ou através de intermediários financeiros. As operações que ocorrem no mercado de</p><p>capitais, bem como seus participantes são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).</p><p>As companhias abertas necessitam de recursos financeiros para realizar investimentos produtivos, tais como:</p><p>construção de novas plantas industriais, inovação tecnológica, expansão da capacidade, aquisição de outras</p><p>empresas ou mesmo o alongamento do prazo de suas dívidas. Os investidores, por outro lado, possuem</p><p>recursos financeiros excedentes, que precisam ser aplicados de maneira rentável e valorizar-se ao longo do</p><p>tempo, contribuindo para o aumento de capital do investidor.</p><p>Existem companhias de diferentes portes, com necessidades financeiras variadas. Ao mesmo tempo,</p><p>investidores podem aplicar com o objetivo de obterem retorno financeiro no curto, médio ou longo prazo, e</p><p>com diferentes níveis de risco.</p><p>Para compatibilizar os diversos interesses entre companhias e investidores, estes recorrem aos intermediários</p><p>financeiros, que cumprem a função de reunir investidores e companhias, propiciando a alocação eficiente dos</p><p>recursos financeiros na economia. O papel dos intermediários financeiros é harmonizar as necessidades dos</p><p>investidores com as das companhias abertas. Por exemplo, uma companhia que necessita captar recursos para</p><p>investimentos, se desejar fazê-lo através do mercado de capitais, deve procurar os intermediários financeiros,</p><p>que irão distribuir seus títulos para serem oferecidos a diversos investidores, possibilitando mobilizar o</p><p>montante de recursos requerido pela companhia.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 10</p><p>E como isso acontece? Primeiro, um intermediário financeiro irá orientar a companhia sobre a melhor</p><p>alternativa de financiamento, isto é, alternativas para que a companhia possa se financiar mediante recursos</p><p>financeiros de terceiros. Caso a companhia decida pelo mercado de capitais, vários procedimentos jurídicos e</p><p>administrativos para a abertura do capital serão necessários. Os primeiros passos para isso é o registro de</p><p>companhia aberta junto à CVM. O intermediário financeiro irá pedir o registro em nome da companhia</p><p>apresentando uma série de documentos que são especificados pela CVM, entre eles os principais atos</p><p>societários, as últimas demonstrações financeiras, parecer de auditor independente, entre outros.</p><p>Uma vez obtido o registro de companhia aberta junto à CVM, a empresa pode, por exemplo, emitir títulos</p><p>representativos de seu capital, as ações, ou representativos de empréstimos tomados via mercado de capitais,</p><p>como debêntures e notas comerciais ("commercial papers"). Outros intermediários financeiros, por sua vez,</p><p>irão oferecer aos investidores, os valores mobiliários emitidos pela companhia aberta. Em geral, os</p><p>intermediários financeiros se associam, em consórcios, num esforço para vender todos os títulos ou valores</p><p>mobiliários emitidos pela companhia. A colocação inicial desses títulos ou valores mobiliários se dá no</p><p>chamado mercado primário, onde as ações e/ou debêntures, por exemplo, são vendidas pela primeira vez e os</p><p>recursos financeiros obtidos são direcionados para a respectiva companhia.</p><p>Finalizada essa primeira etapa, os investidores que adquiriram esses títulos e valores mobiliários podem</p><p>revendê-los no chamado mercado secundário, onde ocorre a sua negociação entre os investidores.</p><p>Os investidores podem negociar diretamente entre si para comprar e vender ações e outros títulos e valores</p><p>mobiliários. Contudo, na maioria dos casos, essa não é a forma mais eficiente porque implica em altos custos</p><p>de transação: como encontrar outro investidor interessado numa determinada ação? Como saber qual é o preço</p><p>justo da ação num determinado momento? Como garantir que outro investidor irá pagar pelas ações ou entregar</p><p>aquelas que foram negociadas?</p><p>Para facilitar a negociação desses títulos no mercado secundário, foram criadas instituições que têm por</p><p>objetivo administrar sistemas centralizados, regulados e seguros para a negociação desses títulos. A função</p><p>básica dessas instituições é proporcionar liquidez maior ou menor facilidade de se negociar um título,</p><p>convertendo-o em dinheiro aos valores de emissão de companhias abertas, ou seja, possibilitar ao investidor</p><p>que adquiriu esses títulos vendê-los de forma eficiente e segura. São exemplos destas instituições as bolsas de</p><p>valores e as entidades administradoras do mercado de balcão organizado.</p><p>A atuação nas bolsas de valores e nos mercados de balcão, organizado e não organizado, é restrita aos</p><p>integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários, dentre estes as instituições financeiras e</p><p>sociedades corretoras e distribuidoras devidamente autorizadas a funcionar pela CVM e pelo Banco Central</p><p>do Brasil, que atuam em nome de seus clientes, os investidores, comprando e vendendo ações, debêntures e</p><p>outros títulos e valores mobiliários emitidos pelas companhias abertas [...]</p><p>http://www.portaldoinvestidor.gov.br/Acad%C3%AAmico/EntendendooMercadodeValoresMobili%C3%A1</p><p>rios/OSistemaFinanceiroNacional/tabid/91/Default.aspx?controleConteudo=viewRespConteudo&ItemID=33</p><p>2.</p><p>Um Novo Cenário – As “Empresas.com”</p><p>Com tudo isto uma área que tem alcançado seu lugar no mercado financeiro é o setor da informação e</p><p>informatização com a entrada das empresas virtuais as chamadas “empresas.com”, que após alcançarem</p><p>índices elevadíssimos na Nasdak despencando logo depois. E necessário, porém, muita atenção e cuidado com</p><p>o frenesi e dinamismo destas empresas, para evitar os riscos de uma bolha, tal qual a relatada abaixo:</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 11</p><p>“Explode a bolha das empresas.com”- As novas empresas baseadas na Internet geram uma forte especulação</p><p>e tendências de altas nas bolsas de valores. O índice Nasdak (a bolsa eletrônica de Nova York), chega a</p><p>alcançar 5.000 pontos e, algum tempo depois despenca. A partir deste dia as empresas denominadas: “.com”</p><p>são vendidas, se fundem ou são reduzidas. Muitas delas quebram e desaparecem.</p><p>http://www.discoverybrasil.com/internet/explode-a-bolha-das-empresas-com.shtml.</p><p>Cada vez mais se pode contar com a Internet para o sucesso profissional. O exemplo são as empresas que</p><p>nasceram na forma convencional trocam o espaço físico por uma janela na grande rede. A tendência foi sendo</p><p>adotada e hoje as desenvolveram-se grandes complexos de vendas onde são encontrados uma variedade imensa</p><p>de produtos de todos os gêneros separados por links que dão acesso ao consumidor a cessão desejada por ele.</p><p>As compras são realizadas com prazos mínimos de entrega e as formas de pagamento as mais variadas</p><p>facilitando a vida dos compradores.</p><p>Embora toda a burocracia, os impostos, os alvarás e a legislação sejam itens obrigatórios, esse mercado virtual</p><p>conta com a vantagem de redução de gastos fixos com infraestrutura e a possibilidade</p><p>de chegar aos lugares</p><p>mais longínquos e atender ao maior número de clientes para os mais variados tipos de demanda garantindo um</p><p>alto índice de vendas aumentando ainda o fluxo de entradas e saídas da empresa.</p><p>[...] Como é exercida a liderança? As administrações continuam a perseguir resultados e a sobrevivência. A</p><p>liderança se dá pelo envolvimento, assim como se observa em uma agência de publicidade. Cada evento é</p><p>único e representa a simbiose de diversos talentos [...] As equipes são mutáveis, às vezes de um dia para outro,</p><p>com alguém pensando como um gerente de projeto, e mantendo acesa a chama da motivação e da busca do</p><p>resultado. Os empregados participam dos lucros, e isso os faz permanecer na equipe por mais tempo, até que</p><p>um dia apareça algo mais atraente e mais recompensador. As gerências desenvolvem comunicação em alto</p><p>grau, e sabem capturar oportunidades. Eles são gerentes de oportunidades mais do que qualquer coisa, porque</p><p>estas podem ser únicas. As empresas virtuais parecem ser o modelo do século XXI, e vão exigir pessoas</p><p>virtuais. Sem dúvida, com responsabilidades e salários reais, mas muito mais criativas.</p><p>http://www.castro.to/artigos/art_empresavirtual.htm.</p><p>Os Estados Unidos lideram o mercado financeiro das “empresas.com”, no Brasil as empresas virtuais</p><p>normalmente são aquelas as quais já possuíam um espaça físico e uma rede de lojas e posteriormente migraram</p><p>para o atendimento on-line, afim de ampliar o mercado aumentando consequentemente o seu capital</p><p>3. TRABALHO</p><p>3.1. O CONCEITO DE TRABALHO</p><p>No dicionário de ciências sociais lemos que o homem se colocou acima do reino animal pelo fato mesmo de</p><p>sua capacidade criadora; foi definido com muito acerto como “o animal que produz”. Mas o trabalho não é</p><p>para o homem apenas uma necessidade inevitável. É também o seu libertador em relação à natureza, seu</p><p>criador como ser social e independente. No processo de trabalho, isto é, no processo de moldar e mudar a</p><p>natureza exterior a ele, o homem molda e modifica a si mesmo.</p><p>Dos primórdios da Humanidade até aos nossos dias o conceito “trabalho” foi sofrendo alterações, preenchendo</p><p>páginas da história com novos domínios e novos valores. Do Egito à Grécia e ao Império Romano,</p><p>atravessando os séculos da Idade Média e do Renascimento, o trabalho foi considerado como um sinal de</p><p>opróbrio, de desprezo, de inferioridade. Esta concepção atingia o estatuto jurídico e político dos trabalhadores,</p><p>escravos e servos. Com a evolução das sociedades, os conceitos alteraram-se. O trabalho-tortura, maldição,</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 12</p><p>deu lugar ao trabalho como fonte de realização pessoal e social, o trabalho como meio de dignificação da</p><p>pessoa.</p><p>Começamos por apresentar alguns significados das palavras «trabalho» e</p><p>«trabalhar» de acordo com o que é definido por um dicionário da língua portuguesa.</p><p>«Trabalho» significa: “exercício de atividade humana, manual ou intelectual, produtiva”;</p><p>“serviço”; “lida”; “produção”; “labor”; “maneira como alguém trabalha”. «Trabalhar» é “exercer alguma</p><p>profissão”; “dar determinada forma a”; “fazer com arte”; “labutar”;</p><p>“empenhar-se”; “executar alguma tarefa”; “desempenhar as suas funções”.</p><p>Com a evolução das sociedades também os conceitos evoluem. Assim o trabalho adquire um novo sentido</p><p>associado à criação de valores úteis. Segundo</p><p>Manuel Carvalho da Silva (2000), “assume-se a problemática do trabalho tomando este como valor, ou seja,</p><p>considerando que a sociedade atual sobre a qual nos debruçamos tem o trabalho como referência estrutural e</p><p>estruturante” (p.39). O mesmo autor considera, ainda, que o conceito «trabalho» é, atualmente, alvo de reflexão</p><p>necessária e profunda, dado que se assiste a uma grande mutação no que diz respeito às formas de prestação</p><p>de trabalho.</p><p>Para a Liga Operária Católica - Movimento de Trabalhadores Cristãos – LOC/MTC “o trabalho humano é a</p><p>chave essencial de toda a questão social” e, por isso, ele constitui o centro das suas prioridades na ação que</p><p>desenvolve.</p><p> Trabalho justo</p><p> Trabalho digno</p><p> Trabalho reconhecido</p><p>Por “trabalho justo” entende-se, geralmente,” salário justo”.</p><p>O salário para ser justo implica ser calculado de forma a permitir uma vida digna para o/a trabalhador/a e sua</p><p>família.</p><p>Quando se refere “trabalho digno”, significa que se fala de “condições de trabalho”. Trabalhar sem quaisquer</p><p>constrangimentos, nem discriminações, em razão do sexo, da etnia ou de qualquer minoria. Significa também</p><p>o exercício pleno da liberdade cívica, como poder reunir-se em associações, sem que daí decorram quaisquer</p><p>prejuízos para quem nelas participe. Implica ainda proteção da saúde, acesso à segurança social, estabilidade</p><p>de emprego e um horário e um ritmo de trabalho que lhe permita ao trabalhador e à trabalhadora sentir-se bem</p><p>e planificar a sua vida.</p><p>O trabalho reconhecido significa que quem trabalha deve poder fazer a experiência de sentir que o seu trabalho</p><p>é reconhecido e valorizado. Isto é válido não só para o trabalho remunerado, mas também para as numerosas</p><p>atividades não remuneradas – tradicionalmente assumidas pelas mulheres - tais como tarefas domésticas,</p><p>prestação de cuidados a crianças, pessoas portadoras de deficiência, pessoas idosas, atendimento a situações</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 13</p><p>de dependência transitória ou prolongada e variadas atividades cívicas e de voluntariado. Daqui surge a</p><p>chamada “tríade do trabalho”:</p><p> Trabalho remunerado, aquele que é geralmente reconhecido e valorizado.</p><p> Trabalho em casa (lides domésticas, educação dos filhos, prestação de cuidados a doentes e idosos)</p><p> Trabalho social (atividades cívicas e de voluntariado), na saúde, na educação, na cultura, no</p><p>desporto, na vida associativa…</p><p>3.2. VALORES E ATITUDES</p><p>Quando não se pode modificar o destino, pode-se tomar uma atitude positiva diante dele. É o que se chama de</p><p>valor de atitude. A ação resulta da atitude. Sempre podemos escolher nossa atitude interior conforme as</p><p>circunstâncias. A personalidade do ser humano é consequência dessa atitude interior. Quantas pessoas topam</p><p>com aquilo que não podem mudar e se derrubam! Se eu não posso mudar as coisas, posso mudar minha atitude</p><p>para com elas. Mas importante que o que nos sucede é o modo como vemos essa situação.</p><p>O homem tem que aprender a “aceitar seu destino” e a “lutar contra ele”, contra as adversidades, a desafiar-</p><p>se. Aceitar não significa estar de acordo com o erro, com a injustiça, etc.; pelo contrário, há de lutar-se contra</p><p>tudo isso. Quantos, por exemplo, jogam por terra anos e anos felizes de obediência religiosa, por não saberem</p><p>sair fortalecidos de uma crise, de um deslize, por se esquecerem do amor e do perdão e fazerem prevalecer o</p><p>seu próprio interesse!</p><p>A conduta humana não é predeterminada pelas condições, se não que depende da opção, do esforço, da</p><p>responsabilidade do próprio homem. Uma senhora fez esta queixa: Não aceitava o fracasso, não aceitava</p><p>também a si mesma como era, não aceitava os demais como são e gostaria que as coisas fossem diferentes.</p><p>Tinha três filhos e queria que estudassem num bom Colégio, e também gostaria de construir uma casa de</p><p>campo, para passar ali as férias, mas como lhe faltasse o dinheiro necessário, não se conformava. Esta atitude</p><p>da própria rebeldia contra a realidade causava-lhe depressão e vazio interior. Mas eu lhe disse que se não</p><p>pudesse evitar esses problemas, ela teria que vencer as resistências de seu egocentrismo: de seu egoísmo, amor</p><p>próprio mal orientado, orgulho, individualismo…, que lhe dificultava o amor a si mesmo, e aceitar-se</p><p>totalmente, a</p><p>aceitar os demais como são e a aceitar a realidade na ordem objetiva de valores. Venceria essas</p><p>resistências e superaria o conflito quando, com uma grande humildade (a que é indispensável), tivesse “a</p><p>coragem de enfrentar a si mesma”: reconhecendo a existência do problema, admitindo que a culpa do mesmo</p><p>pudesse ser sua, aceitando as próprias limitações (todas elas) e as limitações dos outros, aceitando, não o erro,</p><p>mas a quem erra, tentando reconhecer os valores dos outros.</p><p>A possibilidade que tem qualquer pessoa em qualquer situação, por mais desesperada que seja, de transformar</p><p>sua vida em algo positivo por suas próprias forças, por sua vontade decidida. Temos de posicionar-nos livre e</p><p>responsavelmente diante do conflito ou do destino. Porque somos condicionados, às vezes há dificuldades no</p><p>exercício da liberdade com responsabilidade, em tomar as devidas decisões ou atitudes. Mas os</p><p>condicionamentos não podem determinar-nos, ainda que muitos pensem o contrário.</p><p>Não sabemos aguentar, nem aceitar; somos contra tudo e contra todos, reagimos agressivamente, quando temos</p><p>de ceder nas mínimas coisas. É um dom inapreciável ter de aguentar, sofrer um destino e não ser derrotado</p><p>por ele, poder aceitar o que se tem de aceitar. Nos falta coragem para uma forte oposição às nossas debilidades,</p><p>para lutarmos contra nossa insegurança, para combatermos a ambição: para superarmo-nos internamente. Para</p><p>tomar posição e realizar valores e atitudes, a valoração espiritual é muito importante, pois nos faz enfrentar a</p><p>vida de outra maneira, a aceitá-la melhor.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 14</p><p>Um exemplo que nos pode confirmar não ser a conduta humana predeterminada por condicionamentos, senão</p><p>que depende de livre opção, do esforço e da responsabilidade, é o seguinte:</p><p>Um senhor que se sentia inseguro, e era inconstante naquilo que fazia, inclusive na parte afetiva; nenhum</p><p>negócio lhe saia bem, e quando começava um trabalho, desistia sempre, porque encontrava certo bloqueio que</p><p>o impedia de continuar trabalhando, preocupava-se muito, sentia-se com medo, sem forças para trabalhar e era</p><p>muito negativo. Eu lhe respondi que essa insegurança poderia ser devida a algum fracasso profissional ou</p><p>afetivo, ao haver sido pouco considerado pelos outros ou muito controlado pelos pais, e que não sabia o que</p><p>queria, o que acreditava mais na sua incapacidade que nas possibilidades de sua existência. Era necessário</p><p>tomar uma postura: convencer-se de que precisava lutar contra sua insegurança; saber o que queria para não</p><p>entrar em conflito com as diversas opções; valorar-se mais; crer na sua capacidade; confiar em si mesmo, pois</p><p>ao não valorar-se e não confiar ou crer em si estava com medo, se preocupava e tinha um excesso de auto</p><p>reflexão, o que lhe causava cansaço mental, deixando-o sem coragem para enfrentar obstáculos. Ademais</p><p>necessitava dar a cada coisa seu tempo. Pois, o tempo do trabalho, é para pensar e ocupar-se do trabalho. O</p><p>tempo de casa é para pensar e ocupar-se da família, não do trabalho, e assim sucessivamente. Não misturemos</p><p>as coisas. Mantenhamo-nos a certa distância emocional dos problemas, não nos envolvemos emocionalmente</p><p>com eles.</p><p>Resolvamo-los, na hora certa, num horário marcado para isso; entretanto, não esqueçamo-los ou deixemo-los</p><p>de lado:</p><p>Às vezes, a preocupação exagerada, a hiper-reflexão ou o excesso de reflexão sobre si mesmo, além de causar</p><p>cansaço mental e de tirar, por isso, a coragem para enfrentar os conflitos, faz com que se “somatizam” os</p><p>problemas, sentindo-se bater forte o coração, dores no corpo, formigamento, calafrios, tremores nas mãos…</p><p>O confiar e o crer em nós mesmos ajudará também nossa valoração espiritual, pois sabemos que, como somos</p><p>à “semelhança e imagem” de Deus, temos dentro de nós poder para mudar nossa vida: liberdade, vontade,</p><p>capacidade de eleger atitudes e tomar decisões. Se a tudo isto somarmos uns minutos de relaxamento lento e</p><p>profundo ao oxigenar-se o cérebro, eliminaremos as tensões, teremos mais capacidade para confiar em nós</p><p>mesmos; para vermos tudo com mais claridade e, por conseguinte, para podermos tomar atitudes e decisões</p><p>mais corretas. Igualmente isto nos ajudará muito a tomarmos decisões, atitudes durante o relaxamento; de</p><p>forma convincente, damos a nosso inconsciente sugestões como esta: “Eu tenho capacidade para fazer muitas</p><p>coisas, quero e irei realizá-las”.</p><p>3.3. MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO</p><p>O que mais preocupa os executivos na atualidade é atrair, desenvolver e manter talentos. Para as organizações</p><p>modernas, esse desafio consiste não unicamente na busca de captar e desenvolver novos talentos, mas também</p><p>em fazer com que essas pessoas se sintam estimuladas a produzir criativamente, idealizando ao mesmo tempo</p><p>a consecução de metas pessoais e o sucesso organizacional.</p><p>As empresas buscam constantemente ter um quadro de funcionários motivado, que "vista a camisa da</p><p>empresa". Motivado para vender mais, atender melhor e superar metas. É fundamental que as empresas saibam</p><p>qual o tipo de motivação terá mais efeito sobre a equipe. Muitas acreditam e fazem grandes investimentos em</p><p>treinamentos, distribuem prêmios, viagens, bônus, etc., tudo como forma de alcançarem o reconhecimento e</p><p>respeito dos funcionários pela empresa.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 15</p><p>Para Bergamini (1997:34), "quanto mais se aprofunda o estudo do comportamento motivacional humano, mais</p><p>claramente se percebe que a motivação de cada um está ligada a um aspecto que lhe é muito caro, aquele que</p><p>diz respeito à sua própria felicidade pessoal".</p><p>Dessa forma, não é fácil a motivar pessoas, uma vez que necessidades diferentes requerem formas diferentes</p><p>de recompensa e que cada indivíduo já traz consigo, quando ingressa na organização, um conjunto de fatores</p><p>motivacionais próprios de cada um estreitamente relacionados com habilidades e talentos pessoais. Aqui deve</p><p>ressaltar-se que os fatores motivacionais além de variarem de indivíduo para indivíduo, também variam ao</p><p>longo de sua vida e em consequência do ambiente de grupo no qual esteja inserido. O que ontem satisfaria o</p><p>empregado, hoje pode ser motivo para que ele esteja desmotivado. É preciso descobrir de que forma as</p><p>recompensas constituem fator motivador para o trabalhador, para que as tarefas não lhes pareçam tão-somente</p><p>imposições, mas que tenham para ele significado.</p><p>Motivar passa a ser uma tarefa mais abrangente do que apenas recompensar financeiramente. Torna-se uma</p><p>busca diuturna e incessante da satisfação e realização através do trabalho. Já não basta pagar mais e, sim, pagar</p><p>melhor. Pois, uma pessoa motivada é fruto de inúmeros fatores, que somam ou diminuem este sentimento, é o</p><p>que torna o ser humano capaz de superar qualquer desafio, e no ambiente de trabalho, isto não é diferente.</p><p>Desejos, vontades e instintos nascem da integração do ser humano com o ambiente em que vive.</p><p>4. O QUE É 5 “S”</p><p>O 5S ou Programa 5S como também é conhecido, é um conjunto de cinco conceitos simples que, ao serem</p><p>praticados, são capazes de modificar o seu humor, o seu ambiente de trabalho, a maneira de conduzir suas</p><p>atividades rotineiras e as suas atitudes.</p><p>O termo 5S é derivado de cinco palavras japonesas, todas iniciadas com a letra S. Na interpretação dos</p><p>ideogramas que representam essas palavras, do japonês para o inglês, conseguiu-se encontrar palavras que</p><p>iniciavam com a letra S e que tinham um significado aproximado do original em japonês. Porém, o mesmo</p><p>não ocorreu com a tradução para o português. A melhor forma encontrada para expressar a abrangência e</p><p>profundidade do significado desses ideogramas foi</p><p>acrescentar o termo "Senso de" antes de cada palavra em</p><p>português que mais se aproximava do significado original. Assim, o termo original 5S ficou mantido, mesmo</p><p>na língua portuguesa.</p><p>O termo ‘Senso de' significa "exercitar a capacidade de apreciar, julgar e entender". Significa ainda a</p><p>"aplicação correta da razão para julgar ou raciocinar em cada caso particular”.</p><p>Ao conhecer o significado de cada S você poderá avaliar melhor o porque do uso desse termo auxiliar.</p><p>JAPONÊS INGLÊS PORTUGUÊS</p><p>1º S Seiri Sorting Senso de</p><p>Utilização</p><p>Arrumação</p><p>Organização</p><p>Seleção</p><p>2º S Seiton Systematyzing Senso de</p><p>Ordenação</p><p>Sistematização</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 16</p><p>Classificação</p><p>3º S Seisou Sweeping Senso de</p><p>Limpeza</p><p>Zelo</p><p>4º S Seiketsu Sanitizing Senso de</p><p>Asseio</p><p>Higiene</p><p>Saúde</p><p>Integridade</p><p>5º S Shitsuke</p><p>Self-</p><p>disciplining</p><p>Senso de</p><p>Autodisciplina</p><p>Educação</p><p>Compromisso</p><p>Mnemônicos:</p><p>1 - UOLAA - Utilização, Ordenação, Limpeza, Asseio, Auto-disciplina.</p><p>2 - OSZAA - Organização, Sistematização, Zelo, Asseio, Auto-disciplina.</p><p>4.1. A ORIGEM DO 5 “S”</p><p>As atividades de 5S tiveram início no Japão, logo após a 2ª Guerra Mundial, para combater a sujeira das</p><p>fábricas, tendo sido formalmente lançado no Brasil em 1991 através da Fundação Christiano Ottoni. No inicio</p><p>de sua aplicação apenas os três primeiros "S" eram abordados, tendo sido incorporado depois o quarto e o</p><p>quinto. Atualmente, outros 4 conceitos já foram acrescidos, tendo-se portanto conhecimento da existência de</p><p>9 S, conforme abaixo, embora o nome do método permaneça o mesmo.</p><p>Como você deve ter percebido, cada "S" é conhecido por diversas denominações. Porém, neste texto,</p><p>utilizaremos a terminologia de cada "S" da seguinte maneira:</p><p>Senso de Utilização 1º S</p><p>Senso de Ordenação 2º S</p><p>Senso de Limpeza 3º S</p><p>Senso de Asseio 4º S</p><p>Senso de Autodisciplina 5º S</p><p>Senso de Firmeza 6º S</p><p>Senso de Dedicação 7º S</p><p>Senso de Relato com ênfase 8º S</p><p>Senso de Ação simultânea 9º S</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 17</p><p>4.2. SIGNIFICADO DE CADA SENSO</p><p>Significado do Senso de Utilização</p><p>Ter senso de utilização é identificar materiais, equipamentos, ferramentas, utensílios, informações e dados</p><p>necessários e desnecessários, descartando ou dando a devida destinação àquilo considerado desnecessário ao</p><p>exercício das atividades.</p><p>Observe que "guardar" constitui instinto natural das pessoas. Portanto, o Senso de Utilização pressupõe que</p><p>além de identificar os excessos e/ou desperdícios, estejamos também preocupados em identificar "o porquê do</p><p>excesso" de modo que medidas preventivas possam ser adotadas para evitar que o acúmulo destes excessos</p><p>voltem a ocorrer. Na terminologia da Qualidade, denominamos esta ação de "bloqueio das causas".</p><p>Observe que este conceito pode ser aplicado em casa (na cozinha, na despensa, na geladeira, no quarto das</p><p>crianças etc.), na escola, no lazer etc. Como exemplo, basta verificar aquele espaço da casa onde colocamos</p><p>tudo que não serve, os brinquedos quebrados que não usamos mais, a roupa velha que guardamos, as revistas</p><p>e jornais que jamais serão lidos novamente, dentre outros exemplos que você já deve estar imaginando.</p><p>Na sentido mais amplo, o Senso de Utilização abrange ainda outras dimensões. Nesta outra dimensão, ter</p><p>Senso de Utilização é preservar consigo apenas os sentimentos valiosos como amor, amizade, sinceridade,</p><p>companheirismo, compreensão, descartando aqueles sentimentos negativos e criando atitudes positivas para</p><p>fortalecer e ampliar a convivência, apenas com sentimentos valiosos.</p><p>Significado do Senso de Ordenação</p><p>Ter Senso de Ordenação é definir locais apropriados e critérios para estocar, guardar ou dispor materiais,</p><p>equipamentos, ferramentas, utensílios, informações e dados de modo a facilitar o seu uso e manuseio, facilitar</p><p>a procura, localização e guarda de qualquer item. Popularmente significa "cada coisa no seu devido lugar".</p><p>Na definição dos locais apropriados, adota-se como critério a facilidade para estocagem, identificação,</p><p>manuseio, reposição, retorno ao local de origem após uso, consumo dos itens mais velhos primeiro, dentre</p><p>outros.</p><p>Da mesma forma que o Senso de Utilização, este senso se aplica no seu dia-a-dia. Não é incomum para você</p><p>as cenas de correria pela manhã à procura da agenda, dos documentos, dos cadernos, das chaves do carro, dos</p><p>documentos do carro. E na hora de declarar o imposto de renda? É aquela luta para encontrar os documentos,</p><p>os recibos, a declaração do ano anterior. E as idas e vindas ao mercado? Cada hora falta alguma coisa para</p><p>comprar. Estas e outras cenas são evitáveis com aplicação do Senso de Ordenação.</p><p>Na dimensão mais ampla, ter Senso de Ordenação é distribuir adequadamente o seu tempo dedicado ao</p><p>trabalho, ao lazer, à família, aos amigos. É ainda não misturar suas preferências profissionais com as pessoais,</p><p>ter postura coerente, serenidade nas suas decisões, valorizar e elogiar os atos bons, incentivar as pessoas e não</p><p>somente criticá-las.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 18</p><p>Significado do Senso de Limpeza</p><p>Ter Senso de Limpeza é eliminar a sujeira ou objetos estranhos para manter limpo o ambiente (parede,</p><p>armários, o teto, gaveta, estante, piso) bem como manter dados e informações atualizados para garantir a</p><p>correta tomada de decisões. O mais importante neste conceito não é o ato de limpar mas o ato de "não sujar".</p><p>Isto significa que além de limpar é preciso identificar a fonte de sujeira e as respectivas causas, de modo a</p><p>podermos evitar que isto ocorra. (bloqueio das causas).</p><p>No conceito amplo, ter Senso de Limpeza é procurar ser honesto ao expressar, ser transparente, sem segundas</p><p>intenções com os amigos, com a família, com os subordinados, com os vizinhos etc.</p><p>Significado do Senso de Asseio</p><p>Ter Senso de Asseio significa criar condições favoráveis à saúde física e mental, garantir ambiente não</p><p>agressivo e livre de agentes poluentes, manter boas condições sanitárias nas áreas comuns (lavatórios,</p><p>banheiros, cozinha, restaurante etc.), zelar pela higiene pessoal e cuidar para que as informações e</p><p>comunicados sejam claros, de fácil leitura e compreensão.</p><p>Significa ainda ter comportamento ético, promover um ambiente saudável nas relações interpessoais, sejam</p><p>sociais, familiares ou profissionais, cultivando um clima de respeito mútuo nas diversas relações.</p><p>Significado do Senso de Autodisciplina</p><p>Ter Senso de Autodisciplina é desenvolver o hábito de observar e seguir normas, regras, procedimentos,</p><p>atender especificações, sejam elas escritas ou informais. Este hábito é o resultado do exercício da força mental,</p><p>moral e física. Poderia ainda ser traduzido como desenvolver o "querer de fato", "ter vontade de", "se predispor</p><p>a".</p><p>Não se trata pura e simplesmente de uma obediência cega, submissa, "atitude de cordeiro" como pode parecer.</p><p>É importante que seu desenvolvimento seja resultante do exercício da disciplina inteligente que é a</p><p>demonstração de respeito a si próprio e aos outros.</p><p>Ter Senso de Autodisciplina significa ainda desenvolver o autocontrole (contar sempre até dez), ter paciência,</p><p>ser persistente na busca de seus sonhos, anseios e aspirações, respeitar o espaço e a vontade alheias.</p><p>4.3. 5 “S’ E AS ATIVIDADES EMPRESARIAIS E PESSOAIS</p><p>O 5S e os Padrões Operacionais</p><p>Padrões operacionais são descrições que especificam os métodos, procedimentos e condições de trabalho</p><p>de</p><p>tal forma que ao serem adotados, a qualidade requerida do resultado do trabalho possa ser obtida.</p><p>Ao mesmo tempo, tais padrões devem garantir a execução das tarefas de forma fácil, correta e segura, sem</p><p>riscos e num ambiente relaxado.</p><p>Padrões operacionais não descrevem apenas seqüências de tarefas ou ações, mas devem especificar também</p><p>os recursos necessários para sua execução. Isto se torna relevante pois, a partir do conhecimento disto, o</p><p>executante pode controlar a eficiência do seu trabalho em termos de facilidade de execução, qualidade do</p><p>resultado e segurança nas ações.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 19</p><p>Em outras palavras, a repetitividade do resultado das tarefas não é assegurado sem a existência de padrões</p><p>operacionais a serem seguidos, constituindo isto uma das etapas da jornada em busca da produtividade. A</p><p>adoção de padrões operacionais conduz portanto para uma redução de erros e falhas e conseqüente eliminação</p><p>de desperdício, seja de tempo, energia ou materiais.</p><p>Entretanto, é difícil consolidar a adoção de padrões operacionais em ambientes e situação de desordem relativa</p><p>a equipamentos, peças, materiais, ferramentas etc. Da mesma forma, a existência de objetos estranhos, poeira,</p><p>lama, lixo, aparas e outros nos locais de trabalho, podem não somente influenciar negativamente na saúde e</p><p>integridade dos executantes como também causar danos, defeitos e falhas em equipamentos. O resultado disto</p><p>são quebras inesperadas de equipamentos, ferramentas não disponíveis, deterioração de peças e materiais etc.</p><p>Deste modo, o sucesso na adoção de padrões operacionais pode ser obtido somente após estabelecido os</p><p>padrões ambientais de Utilização, Ordenação e Limpeza, bem como o desenvolvimento do Senso de Asseio e</p><p>educação para execução dos padrões, disciplinadamente. Em outras palavras, a adoção dos conceitos de 5 S</p><p>constitui um passo importante e fundamental no desenvolvimento de atitudes positivas na condução da</p><p>padronização de tarefas.</p><p>O 5S e a Eficiência no Trabalho</p><p>Observando a execução de tarefas, normalmente notamos que diversas ações não significam diretamente</p><p>"trabalho produtivo" isto é, não agregam valor. Tais ações improdutivas envolvem manuseio, transporte de</p><p>objetos (materiais, peças, ferramentas etc.), procura de algum item, locomoção, escolha de alguma coisa,</p><p>solicitação de algo, mudança de posição, dentre outros. Certamente, nestas situações, os distúrbios causados</p><p>pelos movimentos de desperdício mencionados, não contribuem para que as pessoas se concentrem na</p><p>execução do serviço, além de significarem perda de tempo.</p><p>Observe que a identificação dos itens necessários no local de execução da tarefa, o descarte dos itens</p><p>desnecessários, a disposição destes itens em locais próximos ao uso ou aplicação, a identificação dos mesmos</p><p>de modo que qualquer pessoa possa reconhecer e localizar facilmente, a facilidade de acesso e retorno ao local</p><p>após uso, a limpeza, a disciplina em manter o ambiente organizado, constituem ações que eliminam este</p><p>desperdício e aumentam a eficiência do trabalho.</p><p>O 5S e a Facilidade de Manutenção</p><p>Defeitos e falhas em máquinas e equipamentos podem ter várias causas. Muitos são resultantes de</p><p>procedimentos impróprios, afrouxamento de parafusos, lubrificação inadequada, riscos em superfícies lisas,</p><p>método inadequado para remoção de materiais estranhos etc.</p><p>Descarte de peças e componentes obsoletos e velhos previne a sua aplicação em máquinas e equipamentos. A</p><p>ordenação de peças, materiais e componentes permite a execução de reparos mais rapidamente. Ordenação de</p><p>óleos lubrificantes, como por exemplo a associação de cores dos tipos de óleo e graxa com as graxeiras e</p><p>pontos de lubrificação pode ajudar a prevenir a utilização de óleo/graxa inadequada. Limpeza tem uma</p><p>profunda associação com manutenção. A identificação de pequenos defeitos durante a limpeza, pode prevenir</p><p>falhas futuras. Lubrificação inadequada assume dois aspectos: a falta dele ou a deterioração de suas</p><p>características. Deste modo, defeitos e falhas podem ser evitados se os níveis de lubrificante estiverem sendo</p><p>verificados periodicamente, pela remoção de sujeira, poeira, água. Materiais estranhos contaminando</p><p>lubrificantes podem ser responsáveis por travamento, arranhões, desgaste prematuro, danos nas superfícies</p><p>deslizantes, ruído e vibração anormais, deterioração do lubrificante com perda de suas propriedades etc.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 20</p><p>O asseio é importante, como por exemplo na prevenção de ferrugem, atentando para seus possíveis agentes</p><p>causadores tais como roupa das pessoas que trabalham em manutenção (roupa molhada, com poeira ou lama,</p><p>suja de óleo), prateleiras construídas com madeira verde (úmida), piso da oficina com lama, poeira, água, ar</p><p>empoeirado, dentre outros.</p><p>Em oficinas, várias peças defeituosas são produzidas pela utilização incorreta de peças, materiais e</p><p>ferramentas. Por exemplo, a furação de uma peça que deveria ser feita em polegada pode ser feita em</p><p>milímetros ou vice-versa, o que significa retrabalho e/ou desperdício.</p><p>O método de estocagem e guarda de instrumentos de medição, peças, materiais, ferramentas etc. tem relação</p><p>direta com a ocorrência de arranhões, distorção de dimensão, oxidação, ruptura e quebra. Como podemos</p><p>perceber, a adoção dos conceitos 5 S pode ser um aliado na melhoria da qualidade da manutenção, na</p><p>facilidade, bem como na prevenção de falhas e defeitos.</p><p>O 5S e a Segurança no Trabalho</p><p>A busca de procedimentos seguros conduzem à elaboração de padrões operacionais ideais. Operação segura é</p><p>garantida quando os padrões operacionais são observados, constituindo o 5 S uma boa ferramenta para</p><p>obtenção de condições ambientais seguras, onde as pessoas podem exercer sua função confortavelmente, além</p><p>de constituir um instrumento poderoso de educação, na adoção de atitudes pró-ativas na busca da melhoria do</p><p>ambiente de trabalho.</p><p>Objetos desnecessários nos locais de trabalho podem ser agentes causadores de acidentes. A definição de área</p><p>para trânsito de pessoas, carga e de materiais indicadas claramente, sinalização adequada de áreas são ações</p><p>de prevenção de acidentes.</p><p>A regulamentação de uso/manuseio de materiais perigosos, avisos de advertência com sinalização visível são</p><p>fundamentais para que cada pessoa possa visualmente reconhecer e conduzir ações seguras nos locais de</p><p>trabalho.</p><p>Obstáculos próximo ou obstruindo saídas de emergência ou extintores de incêndio, devem ser removidos para</p><p>permitir ações rápidas em caso de emergência. A identificação de locais perigosos e riscos no ambiente de</p><p>trabalho é o primeiro passo para adoção de medidas corretivas (eliminação de poeira, fumaça, mau cheiro,</p><p>excesso de umidade e calor etc.) buscando contribuir para a manutenção da saúde e integridade das pessoas.</p><p>O 5S e o Dia-Dia</p><p>A contratação de uma faxineira periodicamente pode nos transmitir a certeza de ter a casa sempre limpa e</p><p>organizada. A faxineira é capaz de dispor adequadamente todo o mobiliário e utensílios da casa, retirar a</p><p>sujeira do chão, do teto, das gavetas, organizar os armários e prateleiras.</p><p>Porém, é fato que algum tempo depois de executado seu trabalho, as vezes horas depois, os chinelos estarão</p><p>novamente espalhados e fora do lugar, o tapete sujo, gavetas desarrumadas, livros e revistas espalhados etc.</p><p>Além da arrumação visível, a faxineira não é capaz de identificar se os remédios devem ficar aqui ou ali. Se</p><p>estão no lugar que deveriam estar, se estão vencidos e devem ser descartados, se os eletrodomésticos estarão</p><p>sempre disponíveis em seus lugares, fáceis de serem encontrados,</p><p>limpos, e em perfeito estado. Se os</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 21</p><p>procedimentos dos membros da família no cotidiano refletem preocupação com a segurança, com economia,</p><p>com o não desperdício, com a afetividade e a compreensão.</p><p>Não é incomum adquirir um novo abridor de lata pois não encontramos o antigo. Os armários e gavetas estarem</p><p>sendo ocupados por objetos sem serventia. Alimentos sendo consumidos com data de validade vencida.</p><p>Crianças se acidentando com facas ou fósforos esquecidos sobre algum móvel.</p><p>Televisão ligada para a sala vazia. Luzes acesas a iluminar o nada para ninguém. A comida feita em excesso</p><p>indo para o lixo. Objetos entulhados nos cantos ocupando espaço desnecessário. Muitas outras cenas como</p><p>estas também não são incomuns. Basta parar e observar.</p><p>Da mesma forma como a faxineira, o trabalho dos garis não impede que haja lixo nas calçadas das cidades e</p><p>que as lixeiras públicas, colocadas estrategicamente, permaneçam vazias ou depredadas. A partir destes</p><p>exemplos, você pode avaliar a aplicação dos conceitos dos 5 sensos na sua vida cotidiana e como podem</p><p>ajudar a melhorar a sua rotina, o seu bolso, o seu ambiente e, constituir um instrumento de educação para o</p><p>convívio com seu dia-a-dia.</p><p>4.4. A PRÁTICA DO 5 “S”</p><p>Há quem diga que praticar o 5S é praticar "Bons Hábitos" ou "Bom Senso". Apesar da simplicidade dos</p><p>conceitos e da facilidade de aplicação na prática, a sua implantação efetiva não constitui uma tarefa simples.</p><p>Isto porque a essência dos conceitos é a promoção de mudança de atitudes e hábitos das pessoas. Hábitos e</p><p>atitudes essas, construídos e incorporados pela convivência e experiência dessas pessoas ao longo de suas</p><p>vidas.</p><p>De repente, ao tomarmos conhecimento destes conceitos tão óbvios, nos sentimos seduzidos a iniciar já a sua</p><p>implantação. Mas certamente, as atitudes e hábitos decorrentes da prática do 5 S vão se chocar com os nossos</p><p>hábitos e atitudes incorporados na nossa maneira de ser e agir.</p><p>Este constitui um aspecto crítico da implantação. É a dificuldade de "romper" com os conceitos e préconceitos</p><p>arraigados em nós. É preciso que seja criado clima adequado e condições de alavancagem desta mudança. É</p><p>preciso dar suporte àqueles que estão conseguindo "romper" e ajudar àqueles que ainda não o fizeram, para</p><p>que possam seguir a mesma direção dos outros. Este rompimento precisa ser espontâneo para que tenha</p><p>condições de se perpetuar, removendo de forma definitiva velhos hábitos e atitudes e substituindo-os por</p><p>outros.</p><p>A prática destes conceitos de maneira forçada, pode promover uma mudança apenas aparente, existente até</p><p>que cesse a força que o impeliu a adotar aquela atitude de falsa mudança. Portanto, a Implantação do Programa</p><p>5 S precisa ser sistematizada e planejada em todos os passos, se quisermos garantir a longevidade da mudança</p><p>incorporada pela adoção daqueles conceitos simples. Quanto maior e mais complexa a organização, maior será</p><p>a necessidade desta estruturação e mais detalhada ela dever ser.</p><p>No ambiente familiar, a implantação é muito mais simples, não somente pelo número de pessoas envolvidas,</p><p>mas principalmente pela natureza das relações entre estas pessoas, onde a credibilidade, a confiança, o respeito</p><p>mútuo e a união estão fortemente sendo exercitados, construídos e compartilhados entre os seus membros.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 22</p><p>Da mesma forma, a natureza e intensidade das relações presentes no ambiente organizacional vão influenciar</p><p>fortemente e podem constituir fator de sucesso ou insucesso na implantação dos 5 S. A implantação será tão</p><p>mais facilitada quanto mais o clima organizacional se aproximar do modelo das relações familiares.</p><p>4.5. IMPLANTAÇÃO DO 5 “S”</p><p>Fases para a Implantação</p><p>FASES DA IMPLANTAÇÃO</p><p>SENSOS PREPARAÇÃO IMPLANTAÇÃO MANUTENÇÃO</p><p>UTILIZAÇÃO</p><p>Identificar o que é</p><p>necessário para</p><p>execução da tarefas e</p><p>por que necessitamos</p><p>daquilo.</p><p>Prover o que é necessário para</p><p>execução das tarefas e</p><p>descartar aquilo julgado</p><p>desnecessário ou em excesso.</p><p>Consolidar os ganhos obtidos</p><p>na fase de implantação de</p><p>forma a garantir que os</p><p>avanços e ganhos serão</p><p>mantidos.</p><p>Padronizar as ações de</p><p>bloqueio que se mostraram</p><p>eficazes na eliminação das</p><p>causas.</p><p>Promover ações de</p><p>bloqueio contra reincidência</p><p>(mecanismo à prova de</p><p>bobeiras).</p><p>ORDENAÇÃO</p><p>Definir onde e como</p><p>dispor os itens</p><p>necessários para a</p><p>execução das tarefas.</p><p>Guardar, acondicionar e</p><p>sinalizar de acordo com as</p><p>definições feitas na fase</p><p>anterior.</p><p>LIMPEZA</p><p>Identificar as fontes de</p><p>sujeira, identificar</p><p>causas, limpar e planejar</p><p>a eliminação das fontes</p><p>de sujeira.</p><p>Eliminar as fontes de sujeira.</p><p>ASSEIO</p><p>Identificar os fatores</p><p>higiênicos de risco nos</p><p>locais de trabalho e</p><p>planejar ações para</p><p>eliminá-los.</p><p>Eliminar os riscos do</p><p>ambiente de trabalho ou</p><p>atenuar seus efeitos.</p><p>AUTO-</p><p>DISCIPLINA</p><p>Identificar</p><p>nãoconformidades com</p><p>os padrões existentes e</p><p>as oportunidade de</p><p>melhorias para os 4</p><p>outros sensos.</p><p>Eliminar as nãoconformidades</p><p>encontradas na fase anterior.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 23</p><p>Passos para a Implantação</p><p>Primeiro Passo</p><p>Para dar início à implantação dos Conceitos 5S é essencial envolver todas as</p><p>pessoas da organização ou da Empresa.</p><p>Vamos discutir como implantar os 5S na Prefeitura de Pinhais.</p><p>Segundo Passo</p><p>Dividir a empresa em áreas físicas onde, a equipe daquela área, pretende implantar os 5 Sensos.</p><p>Exemplos:</p><p>Carpintaria</p><p>Manutenção Civil</p><p>Ferramentaria</p><p>Depósito</p><p>Escritórios</p><p>Restaurante</p><p>Oficina de equipamentos móveis</p><p>Área de arquivos</p><p>Terceiro Passo</p><p>Após definidas as áreas físicas onde serão implantados os 5</p><p>Sensos, deve-se observar cada um dos itens ao lado:</p><p>Estes itens são denominados QUESITOS.</p><p>Espaço</p><p>Local próprio para a execução de tarefas, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais ou área para</p><p>guarda/depósito de ferramentas, materiais, equipamentos, matéria prima e dispositivos.</p><p>Ex: Salas, oficinas, cozinha, depósitos etc.</p><p>Mobiliário</p><p>Bens utilizados para acomodar pessoas, materiais ou equipamentos, decorar ambientes ou ainda guardar</p><p>documentos.</p><p>Ex: Cadeira, mesa, arquivo, armário, estante, porta-clips, escada, quadro etc.</p><p>Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional</p><p>Finanças – Introdução ao Curso Técnico e Ética Profissional 24</p><p>Dispositivos</p><p>Todo equipamento mecânico, elétrico ou eletrônico utilizados na execução de uma tarefa, de forma acessória.</p><p>Ex: Terminal de computador, luminárias, tomadas elétricas, extintor de incêndio, calculadora, ferramentas</p><p>manuais, grampeador etc.</p><p>Documentos</p><p>Toda informação e/ou comunicado que tenha como meio o papel ou registro eletrônico e cuja finalidade seja</p><p>servir de consulta, leitura, fonte de dados ou estudo.</p><p>Ex: Relatórios, gráficos, folha de dados, livros, boletins, manuais, mensagens de correio eletrônico, software</p><p>etc.</p><p>Matéria-Prima</p><p>Material de consumo empregado ou utilizado para:</p><p>Desenvolver as atividades ou executar as tarefas</p><p>- Proteção da equipe - Conforto da equipe</p><p>Ex: Fios, cabos, peças de reposição (componentes mecânicos, elétricos e eletrônicos), material de limpeza e</p><p>higiene, caneta, blocos de papel em branco, clips, borracha, impressos e formulários virgens, EPI</p><p>(Equipamentos de Proteção Individual), copos para café, água etc.</p>

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