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<p>DEFINIÇÃO</p><p>Apresentação do conceito de contabilidade gerencial, assim como da classificação e dos elementos dos custos.</p><p>Departamentalização e custo padrão.</p><p>PROPÓSITO</p><p>Apresentar os principais conceitos da contabilidade gerencial e dos custos, além de sua importância para os</p><p>processos de gestão, tomada de decisão e avaliação de desempenho da empresa.</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>É necessário que você conheça os conceitos básicos de Contabilidade.</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Reconhecer a relevância da contabilidade gerencial na gestão e condução de negócios</p><p>MÓDULO 2</p><p>Identificar as principais classificações dos custos e seus elementos</p><p>MÓDULO 3</p><p>Descrever a apropriação dos custos aos departamentos</p><p>MÓDULO 4</p><p>Distinguir o conceito de custo padrão</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Neste tema, estudaremos os fundamentos da contabilidade gerencial e os conceitos dos custos que sejam</p><p>relevantes para o assunto em questão. Faremos a seguir um breve resumo dos tópicos abordados em cada</p><p>módulo.</p><p>No módulo 1, contextualizaremos, de forma dinâmica, a contabilidade gerencial, estabelecendo sua relevância</p><p>na gestão e condução de negócios. Além disso, apresentaremos os conceitos básicos necessários para o avanço</p><p>nos estudos desse tópico.</p><p>No módulo 2, descreveremos as principais classificações dos custos e os elementos que os compõem. No</p><p>módulo 3, por sua vez, demonstraremos de que forma eles podem ser apropriados aos departamentos. Por fim,</p><p>no módulo 4, estabeleceremos o conceito de custo padrão.</p><p>MÓDULO 1</p><p> Reconhecer a relevância da contabilidade gerencial na gestão e condução de negócios</p><p>IPO</p><p>Initial public offering ou oferta pública inicial.</p><p>COMMODITIES</p><p>Bem em estado bruto produzido em larga escala e que tem características físicas homogêneas.</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Você sabe qual é a importância da identificação dos custos na gestão de negócios? Como a contabilidade</p><p>gerencial pode auxiliar nessa identificação?</p><p>Para entendermos isso na prática, vamos analisar o case da empresa Minérios S.A.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Minérios S.A. é uma empresa brasileira que explora reservas minerais de cobre e níquel, dois dos principais</p><p>metais considerados em um dos setores da indústria de mineração conhecida como metais básicos.</p><p>A companhia iniciou suas operações ainda na década de 1990 como uma empresa familiar e fechada, ou seja,</p><p>sem ações listadas em Bolsa de Valores. Ela realizou um IPO de suas ações em 2020, aproveitando o bom</p><p>momento do mercado mundial de commodities .</p><p>Seguindo a assessoria realizada por bancos de investimentos e consultorias, ela estruturou sua governança,</p><p>seus processos e sua equipe com a contratação de profissionais de relações com investidores (RI) para se tornar</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>uma empresa aberta com ações listadas tanto na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) quanto na Bolsa de</p><p>Valores de Toronto no Canadá (TSX), que é bastante utilizada por empresas de mineração na busca de recursos</p><p>de investidores.</p><p>Essa organização tem um histórico de excelência operacional, lucratividade e de eficiência em gestão</p><p>comparável ao das melhores empresas do setor. Além disso, atua fortemente na contratação de derivativos para</p><p>proteção contra a volatilidade de preços e câmbio, que é tão comum em operações de cobre e níquel.</p><p>O IPO foi um sucesso, atingindo os preços estabelecidos como máximos no intervalo e com uma dispersão entre</p><p>investidores adequada para garantir a liquidez necessária das negociações de suas ações diariamente nos</p><p>mercados. No entanto, após a divulgação do primeiro resultado trimestral como empresa listada, os preços das</p><p>ações começaram a cair.</p><p>Na comparação com seus competidores, a Minérios S.A. possui bons índices de alavancagem financeira e</p><p>margem operacional mais atraente. No entanto, seu diretor de RI era questionado em todas as reuniões</p><p>realizadas com investidores acerca do custo operacional da empresa.</p><p>Os investidores não compreendiam como ela, a despeito de ter a margem operacional melhor que a de seus</p><p>competidores, possuía custos operacionais unitários mais altos, mesmo quando comparados apenas com outras</p><p>empresas brasileiras supostamente expostas aos mesmos custos operacionais.</p><p>Por conta disso, esse diretor iniciou um trabalho com a equipe de controladoria para entender como seu custo</p><p>operacional estava sendo apurado. Uma das descobertas foi que, enquanto ela não possuía as ações listadas,</p><p>não havia uma preocupação adequada com a classificação correta dos gastos, pois os acionistas</p><p>acompanhavam apenas a performance do lucro líquido da empresa.</p><p>Tais processos de classificação contábil não foram revistos no momento anterior ao IPO, e as rotinas dos</p><p>sistemas da empresa foram todas mantidas.</p><p>Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>1. CONSIDERANDO AS INFORMAÇÕES APRESENTADAS E A</p><p>DESCOBERTA REALIZADA PELO TRABALHO CONJUNTO DAS</p><p>EQUIPES DE RI E CONTROLADORIA, QUAL DEVERIA SER A</p><p>ATUAÇÃO DA ÁREA DE CONTROLADORIA PARA CHECAR E</p><p>EVENTUALMENTE AJUSTAR OS PROCESSOS DE</p><p>CLASSIFICAÇÃO DE GASTOS DA EMPRESA? CASO VOCÊ</p><p>FOSSE O DIRETOR DE RI DA MINÉRIOS S.A., QUAL SERIA SUA</p><p>DEMANDA AO DEPARTAMENTO DE CONTROLADORIA? COMO</p><p>VOCÊ AGIRIA PERANTE OS INVESTIDORES E ACIONISTAS?</p><p>RESPOSTA</p><p>O diretor de RI deve demandar que a equipe de controladoria reveja as classificações contábeis de gastos,</p><p>como as despesas, os custos e os investimentos, para analisar se o processo de contabilização e apuração</p><p>de custos está adequado.</p><p>Além disso, ele deve analisar as atividades desempenhadas nas áreas operacionais para checar se</p><p>eventualmente atividades administrativas possam estar sendo desempenhadas nessas áreas e se os gastos</p><p>relacionados a elas estejam sendo contabilizados erroneamente como custos apenas por serem elas</p><p>desempenhadas em áreas operacionais.</p><p>Após essa análise, a área de controladoria deve efetuar ajustes nas demonstrações financeiras e</p><p>reapresentá-las na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Com as novas demonstrações, o diretor de RI</p><p>poderá apresentar os números adequados ao mercado e, mesmo particularmente, aos investidores e aos</p><p>acionistas, demonstrando, com isso, as diferenças entre as informações antigas e as atuais.</p><p>2. IMAGINE QUE, DE FATO, A CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS FEITA PELA EMPRESA</p><p>MINÉRIOS S.A. NÃO ESTEJA ADEQUADA E QUE HAJA UMA APURAÇÃO EQUIVOCADA</p><p>DOS CUSTOS OPERACIONAIS. COM BASE NESSA HIPÓTESE, PARA VOCÊ, É</p><p>PROVÁVEL QUE:</p><p>A) Gastos que representem custos estejam sendo classificados como despesas.</p><p>B) Gastos que representem despesas estejam sendo classificados como custos.</p><p>C) Gastos que representem despesas e/ou investimentos estejam sendo classificados como custos.</p><p>D) Gastos que representem custos e/ou investimentos estejam sendo classificados como despesas.</p><p>E) Gastos que representem investimentos estejam sendo classificados como despesas.</p><p>3. É POSSÍVEL QUE A EMPRESA MINÉRIOS S.A. SEJA OBRIGADA A REFAZER AS</p><p>DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DE DETERMINADO PERÍODO CASO AS</p><p>CLASSIFICAÇÕES DE GASTOS ESTEJAM EQUIVOCADAS. NO ENTANTO, POR</p><p>javascript:void(0)</p><p>RESTRIÇÃO DE RECURSOS E MESMO PELA COMPLEXIDADE ENVOLVIDA, NÃO É</p><p>POSSÍVEL REFAZER TODAS AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS TRIMESTRAIS DOS</p><p>ÚLTIMOS CINCO ANOS.</p><p>NESSE CASO, QUAL FERRAMENTA VOCÊ UTILIZARIA PARA TER ACESSO ÀS</p><p>INFORMAÇÕES CORRETAS DE CUSTOS UNITÁRIOS DESSE PERÍODO?</p><p>A) Os relatórios produzidos pelos livros fiscais e de apuração do imposto de renda.</p><p>B) Os balancetes emitidos pelo enterprise resource planning (ERP) ou sistema de gestão integrada e</p><p>elaborados pela contabilidade financeira.</p><p>C) Os mapas de apontamento de custos das áreas operacionais.</p><p>D) Os relatórios utilizando a contabilidade gerencial com os ajustes identificados a partir da análise dos erros de</p><p>classificação dos gastos.</p><p>E) Os relatórios de vendas produzidos pela área comercial.</p><p>GABARITO</p><p>2. Imagine que, de fato, a classificação dos gastos feita pela empresa Minérios S.A. não esteja adequada e</p><p>que haja uma apuração equivocada dos custos operacionais. Com base nessa hipótese, para você,</p><p>é necessário iniciar o rateio seguindo o critério apresentado e obedecendo à seguinte ordem:</p><p>1º PASSO</p><p>Alocar os custos do departamento de administração para os demais departamentos.</p><p>2º PASSO</p><p>Após distribuir os custos do departamento de administração, ficando ele zerado, o segundo passo é distribuir os</p><p>custos do departamento de manutenção pelos demais (com exceção do departamento de administração).</p><p>3º PASSO</p><p>Por fim, após a distribuição dos custos dos departamentos de administração e de manutenção, ficando eles</p><p>zerados, deve-se distribuir agora os do departamento de almoxarifado pelos demais (com exceção dos</p><p>departamentos de administração e de manutenção).</p><p>VERDE</p><p>Alocação dos custos do departamento de administração aos demais departamentos.</p><p>AZUL</p><p>Alocação dos custos do departamento de manutenção aos demais departamentos.</p><p>LARANJA</p><p>Alocação dos custos do departamento de almoxarifado aos demais departamentos.</p><p>Resolveremos um exercício de apuração de custos por departamento.</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. EM UMA INDÚSTRIA, O CUSTO DE DEPRECIAÇÃO É RATEADO AOS</p><p>DEPARTAMENTOS DE SERVIÇO E DE PRODUÇÃO SEGUNDO ESTE CRITÉRIO DO</p><p>VALOR DAS MÁQUINAS EXISTENTES EM CADA DEPARTAMENTO:</p><p> DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO: R$50.000</p><p> DEPARTAMENTO DE ALMOXARIFADO: R$30.000</p><p> DEPARTAMENTO DE PINTURA: R$150.000</p><p> DEPARTAMENTO DE MONTAGEM: R$165.000</p><p> DEPARTAMENTO DE QUALIDADE: R$105.000<</p><p>OS CUSTOS DE DEPRECIAÇÃO DO PERÍODO FORAM DE R$40.000. DESSA FORMA, O</p><p>CUSTO DE DEPRECIAÇÃO RATEADO AO DEPARTAMENTO DE QUALIDADE FOI DE:</p><p>A) R$2.400</p><p>B) R$4.000</p><p>C) R$8.400</p><p>D) R$10.000</p><p>2. UMA INDÚSTRIA APUROU, NO FINAL DO PERÍODO, UM CUSTO DE MANUTENÇÃO</p><p>DE R$400.000 QUE DEVE SER RATEADO AOS DEPARTAMENTOS COM BASE NA</p><p>SEGUINTE QUANTIDADE DE HORAS-MÁQUINA DE CADA DEPARTAMENTO:</p><p> DEPARTAMENTO DE MONTAGEM: 430 HORAS;</p><p> DEPARTAMENTO DE PINTURA: 390 HORAS;</p><p> DEPARTAMENTO DE ACABAMENTO: 260 HORAS.</p><p>APÓS O RATEIO, O DEPARTAMENTO DE ACABAMENTO REGISTROU A ALOCAÇÃO DE</p><p>UM CUSTO DE MANUTENÇÃO DE:</p><p>A) R$86.245</p><p>B) R$92.596</p><p>C) R$96.296</p><p>D) R$99.732</p><p>GABARITO</p><p>1. Em uma indústria, o custo de depreciação é rateado aos departamentos de serviço e de produção</p><p>segundo este critério do valor das máquinas existentes em cada departamento:</p><p> Departamento de administração: R$50.000</p><p> Departamento de almoxarifado: R$30.000</p><p> Departamento de pintura: R$150.000</p><p> Departamento de montagem: R$165.000</p><p> Departamento de qualidade: R$105.000<</p><p>Os custos de depreciação do período foram de R$40.000. Dessa forma, o custo de depreciação rateado ao</p><p>departamento de qualidade foi de:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>A resposta está demonstrada a seguir:</p><p>2. Uma indústria apurou, no final do período, um custo de manutenção de R$400.000 que deve ser rateado</p><p>aos departamentos com base na seguinte quantidade de horas-máquina de cada departamento:</p><p> Departamento de montagem: 430 horas;</p><p> Departamento de pintura: 390 horas;</p><p> Departamento de acabamento: 260 horas.</p><p>Após o rateio, o departamento de acabamento registrou a alocação de um custo de manutenção de:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Vejamos a resposta demonstrada a seguir:</p><p>MÓDULO 4</p><p> Distinguir o conceito de custo padrão</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>O custo padrão é uma ferramenta importantíssima e simples de ser utilizada para as projeções financeiras, a</p><p>elaboração de orçamentos ou mesmo a análise da viabilidade de negócios.</p><p>Você sabe o quanto a utilização dele pode influenciar ou não na eficiência da tomada de decisões gerenciais?</p><p>Para descobrirmos isso, vamos analisar o case da empresa LubriBrasil S.A.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>A empresa LubriBrasil S.A. é uma indústria de produção de lubrificantes automotivos com sede no estado do</p><p>Espírito Santo e uma das líderes no mercado brasileiro (para o qual destina 100% de sua produção). Ela possui</p><p>instalações logísticas portuárias que lhe conferem uma vantagem competitiva importante, já que, com isso,</p><p>consegue importar diretamente o óleo básico, principal insumo de seus produtos.</p><p>A produção de lubrificantes é relativamente simples, pois eles são a mistura mecânica de um óleo básico, mineral</p><p>ou sintético, com aditivos que conferem a especificação e a qualidade final de cada produto. A formulação de</p><p>cada produto – ou seja, a quantidade de óleo básico e de aditivos e a composição química de cada uma dessas</p><p>matérias-primas – é essencial, sendo geralmente protegida por patentes e propriedade intelectual.</p><p>Aproximadamente 80% dos custos de produção são originados das matérias-primas utilizadas. Do restante, 10%</p><p>referem-se à mão de obra, enquanto os outros 10% dizem respeito aos custos indiretos.</p><p>Das matérias-primas utilizadas, aproximadamente 90% são importadas. Isso implica uma alta exposição dos</p><p>custos à volatilidade cambial.</p><p>O negócio de lubrificantes no Brasil possui uma alta carga tributária e apresenta baixas margens operacionais. O</p><p>volume de vendas e um alto controle de custos são, portanto, imprescindíveis para que o negócio apresente</p><p>lucratividade.</p><p>A LubriBrasil S.A. possui uma das maiores capacidades de produção instaladas no Brasil. No entanto, ela investiu</p><p>pouco em sistemas de apuração de custos, tecnologia e eficiência em processos.</p><p>Basicamente, a empresa mantém uma cultura de processos utilizada por ela para projeções de orçamento e</p><p>metas das áreas comerciais (custos-padrão históricos), além de acompanhar mensalmente as variações e</p><p>identificar suas causas.</p><p>A remuneração variável dos principais executivos, assim como a das áreas comerciais, está atrelada ao</p><p>desempenho orçamentário. No entanto, mesmo com grandes variações identificadas, a empresa não ajusta os</p><p>custos-padrão utilizados durante um ano e mantém o orçamento original.</p><p>Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>1. EM SUA OPINIÃO – E CONSIDERANDO AS CARACTERÍSTICAS</p><p>OPERACIONAIS E DE NEGÓCIO DA LUBRIBRASIL S.A. –, QUAIS</p><p>SÃO OS RISCOS QUE A EMPRESA ESTÁ CORRENDO AO</p><p>MANTER PROCESSOS QUE UTILIZAM O CUSTO PADRÃO?</p><p>RESPOSTA</p><p>javascript:void(0)</p><p>O custo padrão ainda é uma ferramenta bastante utilizada no mercado, principalmente devido à facilidade de</p><p>sua aplicação por empresas que possuem poucos investimentos em tecnologia e em negócios que</p><p>apresentam pouca volatilidade em seus custos.</p><p>Com os recentes avanços de tecnologia e uma exigência cada vez mais urgente de velocidade e</p><p>assertividade na tomada de decisões, a utilização do custo padrão tem sido deixada de lado pelas maiores</p><p>empresas.</p><p>No caso da LubriBrasil S.A., seu negócio impõe uma alta volatilidade nos custos, especialmente a cambial,</p><p>além de operar com margens operacionais baixas. A empresa tem uma grande parcela de seus custos</p><p>nominada em moeda estrangeira, porém conta com receitas 100% em reais.</p><p>Dessa forma, um erro na utilização do custo padrão pode levar a uma precificação incorreta dos preços ou</p><p>até mesmo a uma expectativa de geração de fluxo de caixa que não se concretizará. Além disso, o</p><p>pagamento de remuneração variável com base em um acompanhamento orçamentário realizado a partir de</p><p>custo padrão é capaz de gerar um reconhecimento de performance inexistente, incentivando perversamente</p><p>a tomada de decisão.</p><p>2. NO ORÇAMENTO DO CORRENTE MÊS, A EMPRESA LUBRIBRASIL S.A. PREVÊ QUE,</p><p>PARA PRODUZIR 11.000 LITROS DE LUBRIFICANTES, ELA NECESSITARÁ INCORRER</p><p>EM R$220K DE CUSTOS FIXOS INDIRETOS E R$25,00/L DE CUSTOS DIRETOS</p><p>VARIÁVEIS. CALCULE E INDIQUE A TAXA DE APLICAÇÃO DO CUSTO PADRÃO E A</p><p>TOTALIDADE DE CUSTOS APLICADOS.</p><p>A) a) Taxa de aplicação: R$21,00/l. Custos aplicados: R$490k.</p><p>B) b) Taxa de aplicação: R$45,00/l. Custos aplicados: R$220k.</p><p>C) c) Taxa de aplicação: R$45,00/l. Custos aplicados: R$275 k.</p><p>D) d) Taxa de aplicação: R$25,00/l. Custos aplicados: R$220k.</p><p>E) e) Taxa de aplicação: R$45,00/l. Custos aplicados: R$495 k.</p><p>3. TOMANDO COMO BASE AS INFORMAÇÕES DE CUSTO PADRÃO DA QUESTÃO 1,</p><p>CONSIDERE QUE OS SEGUINTES DADOS NO ENCERRAMENTO DESTE MÊS: A</p><p>EMPRESA LUBRIBRASIL S.A. PRODUZIU 10.100L,</p><p>INCORREU EM R$240K DE CUSTOS</p><p>FIXOS INDIRETOS E TEVE O CUSTO DIRETO VARIÁVEL DE R$21,00/L. CALCULE E</p><p>INDIQUE AS VARIAÇÕES DE CUSTO DEVIDAS AO VOLUME, AO PREÇO, À VARIAÇÃO</p><p>MISTA E À VARIAÇÃO TOTAL.</p><p>A) Volume: R$25,0k. Preço: R$23,0k. Variação mista: R$-4,0k. Variação total: 44,0k.</p><p>B) Volume: R$25,0k. Preço: R$24,0k. Variação mista: R$-3,6k. Variação total: 45,4k.</p><p>C) Volume: R$22,5 k. Preço: R$24,0k. Variação mista: R$-3,6k. Variação total: 42,9k.</p><p>D) Volume: R$20,0k. Preço: R$24,0k. Variação mista: R$-4,0k. Variação total: 40,0k.</p><p>E) Volume: R$24,0k. Preço: R$22,5 k. Variação mista: R$-3,6k. Variação total: 42,9k.</p><p>GABARITO</p><p>2. No orçamento do corrente mês, a empresa LubriBrasil S.A. prevê que, para produzir 11.000 litros de</p><p>lubrificantes, ela necessitará incorrer em R$220k de custos fixos indiretos e R$25,00/l de custos diretos</p><p>variáveis. Calcule e indique a taxa de aplicação do custo padrão e a totalidade de custos aplicados.</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>A taxa de aplicação é a totalidade dos custos diretos e indiretos aplicados dividida pelo volume previsto. Portanto,</p><p>serão aplicados R$220k de custos indiretos e R$275k de diretos (R$25,00 x 11.000), ou seja, R$495k de custos</p><p>totais (R$220k + R$275k). Dessa forma, a taxa de aplicação é de R$45,00/l (R$495k/11.000l).</p><p>3. Tomando como base as informações de custo padrão da questão 1, considere que os seguintes dados</p><p>no encerramento deste mês: a empresa LubriBrasil S.A. produziu 10.100l, incorreu em R$240k de custos</p><p>fixos indiretos e teve o custo direto variável de R$21,00/l. Calcule e indique as variações de custo devidas</p><p>ao volume, ao preço, à variação mista e à variação total.</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Os custos fixos reais são de R$240k; os variáveis reais, de R$212,1k (10.100l x R$21,00). Já os custos totais</p><p>reais são de R$452,1k (R$240k + R$212,1k); a variação total, de R$42,9k (R$495k – R$452,1k).</p><p>A variação de volume é calculada aplicando o volume real e mantendo os preços-padrão. Portanto, os custos</p><p>aplicados são de R$472,5k (R$220k + (10.100l x 25,00)). Já a variação de volume é de R$22,5k (R$495k –</p><p>R$472,5 k).</p><p>A variação de preço é calculada aplicando o preço real e mantendo o volume-padrão. Portanto, os custos</p><p>aplicados são de R$471k (R$240k + (11.000l x 21,00)). Já variação de preço é de R$24k (R$495k – R$471k).</p><p>A variação mista é calculada aplicando as diferenças entre os preços e volumes reais e os preços e volumes-</p><p>padrão. Portanto, a variação mista é de R$-3,6k ((11.000l – 10.100l) x (25,00 – 21,00)).</p><p>Somando as variações de volume, preço e mista, encontramos a variação total: R$22,5k + R$24k + (R$-3,6k) =</p><p>R$42,9k.</p><p>CUSTO PADRÃO</p><p>Ele é amplamente utilizado na contabilidade gerencial, muito embora nem sempre este seja o termo atribuído a</p><p>ele. Trata-se, em suma, do custo “ideal” de fabricação de um produto, utilizando, para isso, as melhores matérias-</p><p>primas disponíveis e a mão de obra mais eficiente, com perdas mínimas e o emprego de 100% da capacidade da</p><p>empresa.</p><p>Entendido como uma excelente ferramenta gerencial para controlar os custos, o custo padrão é predeterminado,</p><p>constituindo, assim, uma meta a ser atingida pela empresa.</p><p>As principais utilidades dele são a:</p><p>Elaboração de orçamentos;</p><p>Avaliação de desempenhos;</p><p>Busca de melhorias contínuas;</p><p>Gestão de custos.</p><p>CUSTO PADRÃO IDEAL X CUSTO PADRÃO CORRENTE X CUSTO</p><p>REAL</p><p>Você sabe a diferença entre estes tipos de custo?</p><p>custo padrão</p><p>corrente</p><p>custo padrão</p><p>ideal</p><p>custo real</p><p>O ---------- é o objetivo da empresa</p><p>em longo prazo. Ele considera os melhores</p><p>fatores de produção, ou seja, aqueles</p><p>idealizados, mesmo que não constituam a</p><p>realidade atual da entidade.</p><p>Já o ---------- é o objetivo em curto</p><p>prazo. Ele considera as ineficiências e os</p><p>fatores de produção reais que a entidade</p><p>tem a seu dispor no momento presente.</p><p>O ---------- , por sua vez, é aquele</p><p>efetivamente alcançado pela empresa em</p><p>determinado período.Trata - se do custo</p><p>incorrido.</p><p>RESPOSTA</p><p>A sequência correta é:</p><p>O custo padrão ideal é o objetivo da empresa em longo prazo. Ele considera os melhores fatores de produção,</p><p>ou seja, aqueles idealizados, mesmo que não constituam a realidade atual da entidade.</p><p>Já o custo padrão corrente é o objetivo em curto prazo. Ele considera as ineficiências e os fatores de produção</p><p>reais que a entidade tem a seu dispor no momento presente.</p><p>O custo real, por sua vez, é aquele efetivamente alcançado pela empresa em determinado período.Trata - se do</p><p>custo incorrido.</p><p>Os conceitos do custo padrão e do real são utilizados para analisar as variações de custo ocorridas.</p><p> EXEMPLO</p><p>Uma empresa tinha estabelecido como custo padrão o valor de R$450/unidade. No entanto, no período</p><p>analisado, ela incorreu em um custo real de R$490/unidade. Ou seja, o que ela incorreu foi desfavorável no valor</p><p>de R$40/unidade.</p><p>MAS QUAL DOS COMPONENTES DOS CUSTOS (MÃO DE</p><p>OBRA DIRETA, MATÉRIA-PRIMA E CUSTOS INDIRETOS</p><p>DE FABRICAÇÃO) FOI RESPONSÁVEL POR ESSA</p><p>VARIAÇÃO? OU SERÁ QUE MAIS DE UM PODE SER</p><p>RESPONSABILIZADO?</p><p>VER RESPOSTA</p><p>Tais variações podem ocorrer em relação a cada um dos componentes dos custos; portanto, devemos decompor</p><p>os valores que formam o custo padrão e o real para que possamos efetivamente analisar as variações ocorridas.</p><p>Seguindo o mesmo exemplo, demonstraremos a seguir um caso de decomposição dos custos:</p><p>Custo padrão Custo real Variação</p><p>Matéria-prima R$200 R$218 R$18</p><p>MOD R$150 R$160 R$10</p><p>CIF R$100 R$112 R$12</p><p>TOTAL R$450 R$490 R$40</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>A partir da decomposição apresentada, pode-se verificar que a matéria-prima foi a principal causa do aumento do</p><p>custo, seguida pelos CIF e, por último, pela MOD.</p><p>No entanto, esse detalhamento ainda não é o menor possível para que possamos analisar os motivos da</p><p>variação. Apenas sabemos quais componentes foram mais ou menos responsáveis pela variação.</p><p>AINDA RESTA, PORTANTO, UMA QUESTÃO: POR QUE</p><p>ISSO OCORREU?</p><p>Variação de matéria-prima</p><p>javascript:void(0)</p><p>O valor deste tipo de variação é composto por unidades e preço de compra (ou custo de aquisição). Dessa forma,</p><p>o custo relativo à matéria-prima pode ter variado em função de terem sido consumidas mais unidades e de a</p><p>empresa ter pagado um preço mais caro que o estimado para sua aquisição – ou ainda uma combinação desses</p><p>fatores (maior quantidade e preço mais caro).</p><p>Seguindo o exemplo anterior, vemos que a indústria decompôs os valores que compõem os custos de matéria-</p><p>prima:</p><p>Matéria-prima Custo padrão Custo real Variação</p><p>Quantidade 20 21 1</p><p>Preço R$10 R$10,38 R$0,38</p><p>TOTAL R$200 R$218 R$18</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Como podemos observar, houve uma variação tanto da quantidade consumida quanto do preço pago pela</p><p>matéria-prima. Devemos analisar, dessa forma, esses dois componentes de forma isolada e, em seguida,</p><p>conjuntamente.</p><p>∆ Quantidade: Para a análise da variação da quantidade, aplicamos esta fórmula:</p><p>(QUANTIDADE REAL - QUANTIDADE PADRÃO) ˛X PREÇO</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Buscamos, assim, analisar somente a variação da quantidade, como se o preço não tivesse variado em relação</p><p>ao padrão. No caso do exemplo, aplicando tal fórmula, teríamos o seguinte resultado:</p><p>(21 - 20) X R$10 = R$10</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Dessa forma, sabemos que, do total de R$18 desfavorável do custo de matéria-prima, R$10 se referem</p><p>exclusivamente ao fato de que houve o consumo de uma quantidade superior (1 unidade) em relação ao padrão</p><p>(ou orçado).</p><p>∆ Preço: Para a análise da variação do preço, aplicamos esta fórmula:</p><p>(PREÇO REAL - PREÇO PADRÃO) X QUANTIDADE PADRÃO</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Queremos agora analisar somente a variação do preço, como se a quantidade não tivesse mudado em relação</p><p>ao padrão. No caso do exemplo, aplicando a fórmula apresentada, teríamos</p><p>o seguinte resultado:</p><p>(10,38 – 10) X 20 = R$7,62</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Dessa forma, sabemos que, do total de R$18 desfavorável do custo de matéria-prima, R$7,62 se referem</p><p>exclusivamente ao fato de que o preço de aquisição da matéria-prima foi superior ($0,33/unidade) em relação ao</p><p>padrão (ou orçado).</p><p>∆ Mista: Para a análise da variação dos dois componentes (preço e quantidade), aplicamos a seguinte fórmula:</p><p>(QUANTIDADE REAL - QUANTIDADE PADRÃO) X (PREÇO REAL -</p><p>PREÇO PADRÃO)</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Seu propósito é buscar somente a análise das duas variações (preço e quantidade) em relação ao padrão. No</p><p>caso do exemplo, aplicando a fórmula, teríamos o seguinte resultado:</p><p>(21 - 20) X (R$10,38 -R$10) = R$0,38</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Dessa forma, sabemos que, do total de R$18 desfavorável do custo de matéria-prima, R$0,38 dizem respeito à</p><p>combinação das duas variáveis.</p><p>Se somarmos todas as variações, chegaremos exatamente à variação total da matéria-prima:</p><p>∆ Quantidade R$10</p><p>∆ Preço R$7,62</p><p>∆ Mista R$0,38</p><p>TOTAL R$18</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Variação de mão de obra direta</p><p>O custo da MOD é composto pelo valor da MOD por unidade de tempo (ou taxa) e pela quantidade de horas</p><p>gastas por esta mão de obra, ou seja, saber quanto tempo demorou a fabricação de cada produto.</p><p>O custo relativo à matéria-prima pode ter variado em função de o custo (taxa) da MOD ter sido maior que o</p><p>estimado ou de ela ter gastado mais ou menos horas que o esperado para fabricar os produtos – ou uma</p><p>combinação desses fatores (taxa e horas).</p><p>Portanto, verificaremos um exemplo em que a indústria decompôs os valores que compõem os custos de MOD:</p><p>MOD Custo padrão Custo real Variação</p><p>Taxa (por hora) R$3 R$3,07 R$0,07</p><p>Horas gastas R$50,0 R$52,1 R$2,1</p><p>TOTAL R$150 R$160 R$10</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Como podemos observar, houve uma variação tanto da taxa/hora paga quanto da quantidade de horas gastas na</p><p>composição da MOD. Portanto, analisaremos seus dois componentes tanto de forma isolada quanto em conjunto:</p><p>∆ Taxa: Para a análise da taxa paga por hora para a MOD, aplicamos esta fórmula:</p><p>(TAXA REAL – TAXA PADRÃO) X TEMPO PADRÃO</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Buscamos analisar somente a variação da taxa, como se a eficiência (horas gastas) não tivesse variado em</p><p>relação ao padrão. No caso do exemplo, aplicando a fórmula apresentada, teríamos o seguinte resultado:</p><p>(3,07-3) X 50 = R$3,50</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Neste caso, sabemos que, do total de R$10 desfavorável do custo de MOD, R$3,50 se referem exclusivamente</p><p>ao fato de que a taxa paga por hora para a MOD foi superior à taxa padrão (ou orçada).</p><p>∆ Horas gastas: Para a análise da quantidade de horas gastas pela MOD, aplicamos esta fórmula:</p><p>(HORAS GASTAS REAL -HORAS GASTAS PADRÃO) X TAXA</p><p>PADRÃO</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Queremos analisar somente a variação das horas gastas, como se a taxa não tivesse variado em relação ao</p><p>padrão. No caso do exemplo, aplicando a fórmula acima, teríamos o seguinte resultado:</p><p>(52,1-50,0) X R$3 = R$6,35</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Sabemos aqui que, do total de R$10 desfavorável do custo de MOD, R$6,35 se referem exclusivamente ao fato</p><p>de que a eficiência da MOD foi pior (2,1 horas/unidade) em relação ao padrão (ou orçado).</p><p>∆ Mista: Para a análise da variação dos dois componentes (taxa e horas), aplicamos a seguinte fórmula:</p><p>(TAXA REAL - TAXA PADRÃO) X (HORA REAL - HORA PADRÃO)</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Desejamos analisar somente as duas variações (taxa e horas) em relação ao padrão. No caso do exemplo,</p><p>aplicando a fórmula acima, teríamos este resultado:</p><p>(R$3,07 - R$3) X (52,1- 50,0) = R$0,15</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Dessa forma, sabemos que, do total de R$10 desfavorável do custo de MOD, R$0,15 se referem à combinação</p><p>das duas variáveis.</p><p>Se somarmos todas as variações, teremos exatamente a variação total da MOD:</p><p>∆ Taxa R$3,50</p><p>∆ Horas gastas R$6,35</p><p>∆ Mista R$0,15</p><p>TOTAL R$10</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Variação de CIF</p><p>O valor do CIF é composto pelo volume de produção e pelos custos propriamente ditos. Dessa forma, os custos</p><p>indiretos de fabricação podem ter variado em função da quantidade produzida ou dos custos indiretos incorridos.</p><p>Vejamos um exemplo no qual a indústria decompôs os valores que compõem os CIFs:</p><p>CIF Custo padrão Custo real Variação</p><p>Produção (qtd.) 50 51 1</p><p>Custo unitário R$2 R$2,20 R$0,20</p><p>TOTAL R$100 R$112,20 R$12</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Como podemos observar, houve, em relação aos CIFs, uma variação tanto da produção quanto da eficiência.</p><p>Verificaremos, portanto, cada um dos dois componentes.</p><p>∆ Produção: Para a análise da variação da quantidade produzida, aplicamos a seguinte fórmula:</p><p>CIF PADRÃO AO NÍVEL PADRÃO - CIF PADRÃO AO NÍVEL REAL</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Queremos analisar qual seria o impacto nos CIFs se apenas o volume de produção tivesse sido diferente, sem</p><p>nenhuma alteração nos custos propriamente ditos. No caso do exemplo, aplicando a fórmula destacada, teríamos</p><p>o seguinte resultado:</p><p>R$100 (= 50X R$2) - R$102 (= 51 X R$2) = R$2</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Dessa forma, sabemos que, do total de R$12 desfavorável dos CIFs, R$2 se referem exclusivamente ao fato de</p><p>que o nível de produção foi maior que o estimado.</p><p>∆ Custo unitário: Para a análise da variação dos custos dos CIFs, aplicamos a seguinte fórmula:</p><p>CIF PADRÃO AO NÍVEL REAL - CIF REAL</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Desejamos analisar somente a variação dos custos, como se a quantidade não tivesse variado em relação ao</p><p>padrão. No caso do exemplo, aplicando a fórmula apresentada, teríamos o seguinte resultado:</p><p>R$102 (= 51 X R$2) - R$112,20 (= 51 X R$2,20) = R$10,20</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Dessa forma, sabemos que, do total de R$12 desfavorável dos CIFs, R$10 se referem exclusivamente ao fato de</p><p>que os custos indiretos foram superiores ao custo padrão (ou orçado).</p><p>∆ Produção R$2</p><p>∆ Custo unitário R$10</p><p>TOTAL R$12</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Verificaremos na prática como a implementação do custo padrão auxilia as empresas em uma tomada de</p><p>decisão.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. UMA INDÚSTRIA VERIFICOU QUE, EM ABRIL DE 2020, A MOD EFETIVAMENTE</p><p>UTILIZADA NA PRODUÇÃO FOI 150 HORAS SUPERIOR AO PADRÃO PREVISTO DE</p><p>1.500 HORAS. ALÉM DISSO, ELA OBSERVOU QUE O CUSTO DESPENDIDO COM ESSA</p><p>MOD FOI DE R$20/HORA, OU SEJA, ABAIXO DO VALOR PADRÃO PREVISTO DE</p><p>R$170/HORA. QUAL É A VARIAÇÃO TOTAL DE HORAS GASTAS OCORRIDA?</p><p>A) 30.000 desfavorável.</p><p>B) 30.000 favorável.</p><p>C) 25.500 desfavorável.</p><p>D) 25.500 favorável.</p><p>2. CONSIDERANDO OS DADOS DA QUESTÃO ANTERIOR, QUAL É A VARIAÇÃO DE</p><p>TAXA RELATIVA À MOD?</p><p>A) 30.000 desfavorável.</p><p>B) 30.000 favorável.</p><p>C) 25.500 desfavorável.</p><p>D) 25.500 favorável.</p><p>GABARITO</p><p>1. Uma indústria verificou que, em abril de 2020, a MOD efetivamente utilizada na produção foi 150 horas</p><p>superior ao padrão previsto de 1.500 horas. Além disso, ela observou que o custo despendido com essa</p><p>MOD foi de R$20/hora, ou seja, abaixo do valor padrão previsto de R$170/hora. Qual é a variação total de</p><p>horas gastas ocorrida?</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Note que, apesar de o sinal da</p><p>equação ter um resultado com sinal positivo, a eficiência, na verdade, foi pior que</p><p>o esperado, já que a empresa gastou mais horas do que estimava. Por isso, o resultado da eficiência foi</p><p>desfavorável:</p><p>2. Considerando os dados da questão anterior, qual é a variação de taxa relativa à MOD?</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>Observe que, apesar de o sinal da equação ter um resultado com sinal negativo, a taxa real, na verdade, foi</p><p>melhor que a esperada, pois a empresa gastou menos por hora do que estimava. Por isso, o resultado da taxa foi</p><p>favorável.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Neste tema, vimos a contextualização e os conceitos básicos de contabilidade gerencial. Em seguida, apontamos</p><p>a classificação dos diversos tipos de custos, assim como dos elementos que os compõem.</p><p>Falamos ainda sobre a departamentalização, que se refere à menor unidade administrativa analisada pela</p><p>contabilidade de custos. Por fim, versamos sobre o custo “ideal” de fabricação de um produto: o custo padrão.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>CHASE, R. B.; JACOBS, F. R.; AQUILANO, N. J. Administração da produção e operações para Vantagens</p><p>Competitivas. São Paulo: McGraw-Hill, 2006.</p><p>IUDICIBUS, S. de; MELLO, G. Análise de custos: uma abordagem quantitativa. São Paulo: Atlas, 2013.</p><p>LIMA, A. Contabilidade de custos para concursos: teoria e questões comentadas da FCC, FGV, Cespe e</p><p>ESAF. São Paulo: Método, 2011.</p><p>MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2010.</p><p>EXPLORE+</p><p>Pesquise mais sobre os livros referenciados e outras obras de Sérgio de Iudicibus, Gilmar Mello, Eliseu Martins e</p><p>Alexandre Lima, pois o trabalho deles é relevante nesta área de conhecimento.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Renata Sol Leite Ferreira da Costa</p><p> CURRÍCULO LATTES</p><p>Orlando Mansur Pereira</p><p> CURRÍCULO LATTES</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>é</p><p>provável que:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Considerando as informações apresentadas, a empresa possui uma margem operacional mais atraente, porém</p><p>conta com custos unitários maiores que seus competidores. O cálculo dessa margem envolve comparar o lucro</p><p>operacional com as receitas de uma empresa; ao levar em conta esse lucro, ele considera custos e despesas.</p><p>Por isso, não haverá impacto na análise do lucro operacional se os custos estiverem classificados como</p><p>despesas ou vice-versa.</p><p>No entanto, a empresa, que possui uma estrutura de gestão eficiente, apresenta custos operacionais unitários</p><p>maiores que os dos competidores, o que leva a entender que despesas ou mesmo investimentos possam estar</p><p>sendo classificados erroneamente como custos.</p><p>3. É possível que a empresa Minérios S.A. seja obrigada a refazer as demonstrações financeiras de</p><p>determinado período caso as classificações de gastos estejam equivocadas. No entanto, por restrição de</p><p>recursos e mesmo pela complexidade envolvida, não é possível refazer todas as demonstrações</p><p>financeiras trimestrais dos últimos cinco anos.</p><p>Nesse caso, qual ferramenta você utilizaria para ter acesso às informações corretas de custos unitários</p><p>desse período?</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>Os relatórios produzidos pelos livros fiscais e de apuração do imposto de renda não terão a informação correta de</p><p>despesas e custos. Portanto, eles não são os mais adequados. Os balancetes emitidos pelo ERP e elaborados</p><p>pela contabilidade financeira também não terão utilidade, já que os lançamentos contábeis não serão refeitos</p><p>para todo o período. Os mapas de apontamento de custos são as informações primárias e não possuem</p><p>nenhuma análise de informação ou de apuração dos custos unitários. Os relatórios de vendas também não</p><p>possuem nenhuma informação sobre custos. Dessa forma, a melhor ferramenta seriam os relatórios utilizando a</p><p>contabilidade gerencial com os ajustes identificados.</p><p>CONTEXTUALIZAÇÃO E CONCEITOS BÁSICOS</p><p>A contabilidade gerencial permite à administração, com base nas informações geradas tanto pelas contabilidades</p><p>de custos e financeira quanto por seus sistemas orçamentários, aprimorar ou modificar os processos do seu</p><p>negócio.</p><p>A informação contábil gerencial é amplamente utilizada pela alta administração para subsidiar o processo de</p><p>tomada de decisões. Portanto, ela deve, na medida do possível, buscar atender às necessidades dos usuários</p><p>envolvidos no processo de gestão e decisão da empresa a fim de que ela possa assegurar sua participação no</p><p>mercado e atingir seus objetivos.</p><p>O gerador dessas informações – usualmente, um contador com uma excelente base de contabilidade de custos –</p><p>deve se relacionar com os diversos níveis da organização, conhecer em profundidade seus processos e saber</p><p>mobilizar as pessoas. Com isso, ele demonstra a importância da geração de informação para se atingir as metas</p><p>e os objetivos da sua instituição.</p><p>Autor: Pikisuperstar/Fonte: Freepik</p><p>Mas quais são essas necessidades dos usuários da contabilidade gerencial?</p><p>RESPOSTA</p><p>RESPOSTA</p><p>Por meio das informações geradas internamente, a administração busca decidir, entre outros assuntos,</p><p>sobre:</p><p>Diversificação ou concentração das operações;</p><p>Compra à vista ou a prazo de materiais e matéria-prima;</p><p>Produção ou aquisição de determinados componentes de sua linha de produção;</p><p>Aumento ou redução de investimentos;</p><p>Aumento ou redução da produção de determinados produtos.</p><p>O objetivo da contabilidade gerencial, portanto, é subsidiar as decisões da alta administração, ou seja, gerar uma</p><p>informação contábil útil à tomada de decisão – e é exatamente neste ponto que ela se diferencia da</p><p>Contabilidade.</p><p>A contabilidade financeira pretende gerar informações padronizadas por uma norma para atender às</p><p>necessidades dos usuários externos – especialmente acionistas e credores – à organização.</p><p>Para exemplificar a diferença entre a necessidade dos usuários internos (apresentada acima) e externos,</p><p>apresentaremos as principais necessidades deste último grupo:</p><p>Autor: Paula Cantanhêde/Fonte: Produzido pelo autor</p><p>Avaliar a liquidez e solvência da empresa.</p><p>javascript:void(0)</p><p>Autor: Paula Cantanhêde/Fonte: Produzido pelo autor</p><p>Analisar a gestão de recursos da administração sobre os recursos econômicos da entidade.</p><p>Autor: Paula Cantanhêde/Fonte: Produzido pelo autor</p><p>Obter informações financeiras sobre a empresa que sejam úteis para uma tomada de decisões referente à</p><p>oferta de recursos à entidade.</p><p>TOMADA DE DECISÕES</p><p>Tais decisões podem ser:</p><p>Comprar, vender ou manter a sua participação na empresa (no caso de acionistas existentes ou</p><p>potenciais);</p><p>Conceder ou liquidar empréstimos;</p><p>Exercer direitos de voto ou, de alguma forma, influenciar as decisões da administração no</p><p>gerenciamento dos recursos da empresa.</p><p>javascript:void(0)</p><p>Note que os objetivos e as necessidades dos usuários externos e internos são bastante distintos. Por isso, existe</p><p>a necessidade de apresentar as informações para atingir tais objetivos de maneiras diferentes.</p><p>A contabilidade financeira busca, por meio de um padrão regulamentado por lei (visando à comparação entre</p><p>empresas e à possibilidade de uma auditoria externa), atender aos objetivos dos usuários externos.</p><p></p><p>Já a gerencial procura, por intermédio de diversas fontes internas da empresa e o auxílio de contabilidade de</p><p>custos, análise de balanços, conceitos de economia, administração, estatística e tecnologia da informação,</p><p>atender às necessidades dos usuários internos.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Apesar de amplamente relacionada à contabilidade de custos e de utilizá-la como fonte de informação, elas não</p><p>são sinônimas.</p><p>A contabilidade de custos é usada para identificar, mensurar, registrar e informar à administração os custos</p><p>incorridos na produção e/ou comercialização dos produtos vendidos, possibilitando, assim, a apuração dos</p><p>resultados e a avaliação dos estoques.</p><p></p><p>A contabilidade gerencial também se preocupa com a produção e os estoques, mas não se limita a isso, sendo</p><p>bem mais amplo o seu escopo de atuação.</p><p>Graças a um sistema de informações, planejamento, métodos e conhecimento da organização, a contabilidade</p><p>gerencial gera informações para atender à necessidade da administração da empresa.</p><p>Ela gera relatórios que demonstram seus resultados – seja o resultado por produtos ou o geral – para se</p><p>estabelecer uma comparação do planejado/orçado com o realizado. Isso subsidia a tomada de decisões,</p><p>auxiliando a empresa a atingir seus objetivos.</p><p>É com base no conhecimento dos custos da empresa, no seu gerenciamento e na análise do mercado e dos seus</p><p>concorrentes que a administração consegue definir a sua estratégia de atuação e seu preço de venda – e,</p><p>consequentemente, sua margem ideal – a fim de atingir o lucro que busca para remunerar seus acionistas.</p><p>Dessa forma, é de suma importância para ela conhecer seus custos com o propósito de saber se o produto ou</p><p>serviço é rentável dado o preço final e, caso não o seja, se é possível reduzir tais custos.</p><p>A contabilidade gerencial utiliza informações geradas pela empresa para a tomada de decisão. A grande maioria</p><p>dessas informações não são públicas. Sigilosas, elas não são passíveis de verificação externa, como, por</p><p>exemplo, a de auditores independentes.</p><p>Dessa forma, é imprescindível a elaboração de controles internos para que a informação gerada – e que será</p><p>usada como subsídio para a tomada de decisão – seja a mais livre possível de erros, omissões ou desvios.</p><p> COMENTÁRIO</p><p>A contabilidade gerencial consiste na preparação, de forma simples e objetiva, de informações para o processo</p><p>de gestão da empresa e não deve estar relacionada com a legislação e as normas contábeis (ambas, como já</p><p>vimos, são necessárias para a contabilidade financeira).</p><p>A contabilidade gerencial deve se preocupar com a melhor forma de levar a informação a gestores e tomadores</p><p>de decisão da empresa. Pois, assim, eles terão informações suficientes para avaliar o desempenho da empresa,</p><p>verificando se a estratégia</p><p>adotada está alinhada aos objetivos da sua instituição e se as metas estabelecidas</p><p>podem ser alcançadas.</p><p>PRINCIPAIS TERMOS UTILIZADOS PELA</p><p>CONTABILIDADE GERENCIAL</p><p>Tanto a contabilidade gerencial quanto a de custos utilizam amplamente seis palavras ou termos que devem ser</p><p>bem compreendidos, pois, muitas vezes, eles são confundidos ou tratados como sinônimos, o que não é o caso.</p><p>Vamos começar compreendendo o que é gasto.</p><p>Gasto é um sacrifício financeiro necessário para a obtenção de um produto ou serviço.</p><p>UM GASTO NECESSARIAMENTE IMPLICA DESEMBOLSO.</p><p>Custos, despesas, investimentos, perda e desembolso são tipos de gastos.</p><p>EXEMPLOS DE GASTOS</p><p>Compra de matéria-prima para o processo produtivo (também considerado, dependendo do estágio de</p><p>produção, investimento e custo);</p><p>Pagamento de salários e seus encargos (também considerado custo, caso seja da mão de obra da</p><p>produção, ou despesa, se for da mão de obra da administração);</p><p>Pagamento de água, energia elétrica, aluguel e seguros (também considerado custo, caso os gastos sejam</p><p>da produção, ou despesa, se eles forem relativos à administração);</p><p>Aquisição de máquinas, equipamentos, prédios (também considerados investimentos);</p><p>Contratação de serviços de terceiros (também considerado custo, caso os gastos sejam da produção, ou</p><p>despesa, se eles forem da administração).</p><p>1. Desembolso</p><p>Trata-se da efetiva saída do dinheiro do caixa ou banco da entidade. Ou seja, é o pagamento referente à</p><p>aquisição de um bem ou serviço. Ele pode ocorrer concomitante (pagamento à vista) ou posteriormente ao gasto</p><p>(a prazo).</p><p>javascript:void(0)</p><p>2. Custo</p><p>Gasto diretamente relacionado a um bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços. Ou seja,</p><p>são todos os gastos relativos à atividade de produção de uma empresa, seja ela uma indústria ou uma</p><p>prestadora de serviços (a produção, neste caso, é do serviço a ser prestado).</p><p>EXEMPLOS DE CUSTOS</p><p>Matéria-prima consumida na produção, mão de obra utilizada, aluguel e manutenção da fábrica, depreciação das</p><p>máquinas e equipamentos utilizados, energia elétrica e água consumidos.</p><p>3. Despesa</p><p>Gasto com bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas não relacionadas</p><p>ao processo de produção. Ou seja, a empresa não incorreria naquela despesa se não esperasse, imediatamente</p><p>ou no futuro, uma receita decorrente dela.</p><p>As despesas necessariamente reduzem o patrimônio líquido da empresa, pois elas são um sacrifício presente da</p><p>empresa para obter receitas (presentes ou futuras).</p><p>EXEMPLOS DE DESPESAS</p><p>Aluguel, água, luz e telefone consumidos pela administração, salários e encargos do pessoal da administração,</p><p>manutenção dos equipamentos e depreciação das máquinas e equipamentos utilizados pela administração.</p><p>4. Investimento</p><p>Gasto que se torna um ativo em função da expectativa de geração futura de caixa para a entidade ou de sua vida</p><p>útil. Ou seja, a empresa investe determinada quantia com o objetivo de que tal aquisição, no futuro, gere fluxos</p><p>de caixa (entrada de dinheiro ou recebíveis) para ela.</p><p>EXEMPLOS DE INVESTIMENTOS</p><p>Aquisição de veículos, imóveis, máquinas, móveis e matéria-prima (enquanto ela estiver no estoque antes de ser</p><p>utilizada na produção).</p><p> ATENÇÃO</p><p>A matéria-prima é considerada um investimento quando é adquirida pela empresa e estocada no seu</p><p>almoxarifado. Enquanto permanecer no local, ela será um investimento. Porém, assim que for retirada do</p><p>almoxarifado para ser utilizada no processo produtivo, a matéria-prima passará a ser um custo da produção (que</p><p>pode ser, dependendo da fase em que ela se encontra, de três tipos: em andamento, acabada ou vendida.</p><p>Veremos isso mais à frente).</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>No momento em que a máquina é adquirida, ela constitui um investimento da empresa, permanecendo com essa</p><p>classificação enquanto estiver gerando fluxos de caixa para a empresa (durante a sua vida útil) até ser</p><p>integralmente baixada (por meio da depreciação ou alienada).</p><p>No momento em que a máquina se encontra pronta para ser utilizada pela empresa no seu processo produtivo</p><p>(ou pela administração), ela já começa a ser depreciada (forma de levar para o resultado esse investimento</p><p>realizado). Essa depreciação vai ser considerada um custo (caso a máquina seja utilizada no processo produtivo)</p><p>ou uma despesa (se ela for usada pela administração).</p><p>A empresa investe em uma máquina para que ela a auxilie a gerar receita futura por meio da produção e</p><p>consequente venda de seus produtos. Ela também pode fazer esse investimento (caso dos computadores, por</p><p>exemplo) para auxiliar a administração no seu processo de gestão.</p><p>5. Perda</p><p>Gasto que ocorre quando bens ou serviços são consumidos de forma anormal em decorrência de fatores</p><p>externos fortuitos sem nenhum tipo de controle ou previsibilidade da empresa.</p><p> EXEMPLO</p><p>Uma empresa que confecciona roupas em geral armazena a sua matéria-prima (tecido) em um almoxarifado.</p><p>Caso esse local pegue fogo e o estoque seja totalmente destruído, toda a matéria-prima é perdida. Essa perda é</p><p>involuntária e desconhecida de antemão pela empresa (se fosse conhecida antes, ela poderia evitar o incêndio e</p><p>a perda não iria ocorrer).</p><p>Tais perdas não incorporam os custos da produção, que, aliás, não pode ser penalizada por algo sem controle da</p><p>administração e que não tem, de fato, relação com a produção. Este tipo de perda é considerado uma despesa,</p><p>afetando diretamente o resultado do período no qual houve a ocorrência do evento que culminou na perda.</p><p>A perda não se confunde com a despesa e o custo exatamente por conta de sua característica de anormalidade e</p><p>involuntariedade. Ela tampouco é um sacrifício feito com a intenção de obter receita.</p><p>No entanto, deve-se destacar a existência de perdas consideradas normais ou previsíveis que decorrem da</p><p>atividade produtiva normal da empresa.</p><p>ENTENDEU? VEJA ESTE EXEMPLO:</p><p> EXEMPLO</p><p>Uma empresa que confecciona roupas em geral convive com perdas de tecido decorrentes do corte de suas</p><p>peças. Consideradas normais ou previsíveis, elas incorporam os custos da produção das roupas. Para</p><p>confeccionar uma camisa, a organização faz o corte do tecido, mas suas sobras são consideradas parte do</p><p>produto, incorporando todo o seu custo.</p><p>MAS O QUE É UM GASTO?</p><p>Gasto é um sacrifício financeiro necessário para obter um produto ou serviço. Como já vimos, ele pode ser:</p><p>GASTO</p><p>Desembolso Efetiva saída do dinheiro da entidade para adquirir um bem ou serviço.</p><p>Custo Gasto relativo à atividade de produção de uma empresa.</p><p>Despesa</p><p>Gasto não relacionado ao processo de produção da empresa. Representa um sacrifício</p><p>presente dela para obter receitas.</p><p>Investimento</p><p>Gasto que se torna um ativo em função da expectativa de geração futura de caixa para</p><p>a entidade ou de sua vida útil.</p><p>Perda Consumo anormal de bens ou serviços pela empresa.</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Neste vídeo, contextualizaremos os conceitos apresentados ao longo deste módulo.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. TODO SACRIFÍCIO DA EMPRESA PARA OBTER UMA RECEITA REVELA O CONCEITO</p><p>DE:</p><p>A) Venda</p><p>B) Perda</p><p>C) Despesa</p><p>D) Desembolso</p><p>2. O SACRIFÍCIO FINANCEIRO REPRESENTADO PELA ENTREGA OU PROMESSA DE</p><p>ENTREGA DE ATIVOS EM QUE UMA ENTIDADE INCORRE PARA OBTER UM PRODUTO</p><p>E/OU SERVIÇO É UM:</p><p>A) Custo</p><p>B) Gasto</p><p>C) Investimento</p><p>D) Desembolso</p><p>GABARITO</p><p>1. Todo sacrifício da empresa para obter uma receita revela o conceito de:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>A empresa realiza uma despesa para obter uma receita futura. A venda não representa para ela um sacrifício, e</p><p>sim uma receita. Já a perda não é um sacrifício voluntário da empresa nem pressupõe a obtenção de receitas. O</p><p>desembolso, por sua vez, é a saída de caixa que pode ser feita para um custo, despesa ou investimento, não</p><p>tendo a finalidade da obtenção de receitas.</p><p>2. O sacrifício financeiro representado pela entrega ou promessa de entrega de ativos em que uma</p><p>entidade incorre para obter</p><p>um produto e/ou serviço é um:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>O gasto é o sacrifício financeiro para se obter um produto e/ou serviço. Ele é representado por uma entrega ou</p><p>uma promessa de entrega de ativos. Já o custo se trata de um gasto alocado à produção, enquanto um</p><p>investimento é um gasto feito em um ativo do qual se espera que os fluxos de caixa futuros sejam revertidos para</p><p>a empresa. O desembolso, por fim, compõe um gasto decorrente da saída efetiva de caixa.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Identificar as principais classificações dos custos e seus elementos</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>O rateio de custos indiretos sempre acaba envolvendo alguma arbitrariedade. Já sabemos que tal arbitrariedade</p><p>em excesso não é desejável para se analisar gerencialmente os custos de um produto.</p><p>Como escolher então o critério de rateio para custos indiretos e tentar reduzir essa arbitrariedade? O case da</p><p>empresa Electronic S.A. vai ajudar você nessa análise.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>A empresa Electronic S.A. foi fundada em 1995 para atuar na produção de equipamentos eletroeletrônicos em</p><p>três áreas industriais diferentes: em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Zona Franca de Manaus.</p><p>Desde sua fundação, a empresa já produziu televisores, equipamentos de som automotivos, aparelhos de CD e</p><p>de rádio e reprodutores de vídeo DVD e blu-ray. Atualmente, com o avanço tecnológico, ela produz apenas TVs e</p><p>aparelhos de DVD e blu-ray, tendo fechado suas filiais em São Paulo e no Rio de Janeiro e mantido apenas a da</p><p>Zona Franca de Manaus pelos incentivos fiscais na produção de seus produtos.</p><p>Nesse momento, sua área comercial projeta uma diminuição no consumo de seus produtos – especialmente os</p><p>reprodutores de vídeo – não apenas pela queda da renda média da população, como também pela competição</p><p>com as empresas de streaming (Netflix, Prime Video e outras).</p><p>Dessa forma, é essencial a organização checar se os preços desses produtos estão adequados ao mercado</p><p>consumidor, ou seja, se os praticados por ela estão em um patamar que o consumidor esteja disposto a pagar.</p><p>A empresa inicia, portanto, uma completa análise dos custos de seus produtos. Ela apura que, mensalmente,</p><p>possui os seguintes custos para dois deles:</p><p>Item de custo Em R$ k</p><p>Consumo de matéria-prima 5.400</p><p>Mão de obra direta (MOD) (inclui encargos sociais) 4.800</p><p>Energia elétrica consumida nas máquinas de produção 630</p><p>Supervisão geral da produção 2.300</p><p>Manutenção preventiva de máquinas comuns de produção 400</p><p>Depreciação de equipamentos de produção 240</p><p>Foi apurado ainda que, na produção de uma TV, são necessárias 1,8 hora de MOD e 1,3 de máquinas, enquanto</p><p>um reprodutor de vídeo demanda 2,4 horas de MOD e 3,8 de máquinas.</p><p>É importante para a empresa decidir como apropriar os custos diretos e ratear os indiretos a fim de que, a partir</p><p>da mensuração adequada de custos, a área comercial possa estimar o preço adequado do produto.</p><p>Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>1. CONSIDERANDO OS CUSTOS INFORMADOS, APONTE QUAIS</p><p>SERIAM OS CUSTOS INDIRETOS IDENTIFICADOS E OS</p><p>CRITÉRIOS DE RATEIO QUE VOCÊ ESCOLHERIA PARA A</p><p>APROPRIAÇÃO DESSES CUSTOS.</p><p>RESPOSTA</p><p>Pela descrição apresentada, o consumo de matéria-prima, a MOD e a energia elétrica são os custos diretos.</p><p>Já a supervisão geral da produção, a manutenção preventiva e a depreciação seriam custos indiretos.</p><p>Os critérios de rateio precisam seguir um racional de alinhamento entre a própria natureza do item de custo e</p><p>a forma como esse custo é consumido. Portanto, a supervisão geral, por se tratar de custo com pessoal,</p><p>deveria ser rateada por horas de MOD; a manutenção preventiva e a depreciação, pelas horas de máquinas.</p><p>javascript:void(0)</p><p>2. CONSIDERANDO OS CUSTOS INFORMADOS, CALCULE E INDIQUE O TOTAL DE</p><p>CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS.</p><p>A) Custos diretos: R$5.430k. Custos indiretos: R$8.340k.</p><p>B) Custos diretos: R$10.200k. Custos indiretos: R$3.570k.</p><p>C) Custos diretos: R$7.100k. Custos indiretos: R$6.670k.</p><p>D) Custos diretos: R$7.500k. Custos indiretos: R$6.270k.</p><p>E) Custos diretos: R$10.830k. Custos indiretos: R$2.940k.</p><p>3. CONSIDERE QUE, NESTE MÊS, FORAM PRODUZIDAS 5.000 TVS E 2.500</p><p>REPRODUTORES DE VÍDEO. APLICANDO OS CRITÉRIOS DE RATEIO ESCOLHIDOS</p><p>POR VOCÊ, QUAIS SERIAM OS CUSTOS INDIRETOS UNITÁRIOS DE AMBOS?</p><p>A) TVs: R$520,00. Reprodutor de vídeo: R$328,00.</p><p>B) TVs: R$463,00. Reprodutor de vídeo: R$308,50.</p><p>C) TVs: R$295,50. Reprodutor de vídeo: R$425,00.</p><p>D) TVs: R$328,00. Reprodutor de vídeo: R$520,00.</p><p>E) TVs: R$308,50. Reprodutor de vídeo: R$463,00.</p><p>GABARITO</p><p>2. Considerando os custos informados, calcule e indique o total de custos diretos e indiretos.</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>São custos diretos o consumo de matéria-prima, a MOD e a energia elétrica. Logo, temos o seguinte cálculo:</p><p>5.400 + 4.800 + 630 = R$10.830k</p><p>São custos indiretos a supervisão geral da produção, a manutenção preventiva e a depreciação. Desse modo,</p><p>vemos que:</p><p>2.300 + 400 + 240 = R$2.940k</p><p>3. Considere que, neste mês, foram produzidas 5.000 TVs e 2.500 reprodutores de vídeo. Aplicando os</p><p>critérios de rateio escolhidos por você, quais seriam os custos indiretos unitários de ambos?</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>Produto Horas de MOD totais Horas de máquina totais</p><p>TV 5.000 x 1,8 = 9.000h 5.000 x 1,3 = 6.500h</p><p>Reprodutor de vídeo 2.500 x 2,4 = 6.000h 2.500 x 3,8 = 9.500h</p><p>Total 15.000h 16.000h</p><p>Produto Supervisão geral</p><p>Manutenção e</p><p>depreciação</p><p>Total de</p><p>custos</p><p>indiretos</p><p>Custos</p><p>indiretos</p><p>unitários</p><p>TV</p><p>2.300k / 15.000h x</p><p>9.000h = R$1.380k</p><p>640k / 16.000h x</p><p>6.500h = R$260k</p><p>1.380k + 260k</p><p>= R$1.640k</p><p>1.640k / 5.000</p><p>= R$328,00</p><p>Reprodutor</p><p>de vídeo</p><p>2.300k / 15.000h x</p><p>6.000h = R$920k</p><p>640k / 16.000h x</p><p>9.500h = R$380k</p><p>920k + 380k =</p><p>R$1.300k</p><p>1.300k / 2.500</p><p>= R$520,00</p><p>Total R$2.300k R$640k R$2.940k</p><p>CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS</p><p>Existem diversas formas de classificar os custos incorridos por uma empresa. As classificações mais utilizadas</p><p>são as seguintes:</p><p>Quanto ao grau de medida (custos totais X custos unitários);</p><p>Quanto ao produto (custos diretos X custos indiretos);</p><p>Quanto ao volume da produção (custos fixos X custos variáveis);</p><p>Quanto à função do custo (custos primários X custos de conversão)</p><p>Quanto ao departamento (custos específicos X custos comuns).</p><p>Vamos entendê-las a seguir.</p><p>QUANTO AO GRAU DE MEDIDA (CUSTOS TOTAIS X CUSTOS</p><p>UNITÁRIOS)</p><p>Os custos totais são os valores finais que a produção alcançou em um determinado período. É o total dos custos</p><p>do período analisado.</p><p>Já os unitários são os valores para a elaboração de cada unidade de produto da empresa. Trata-se da totalidade</p><p>dos custos do período dividida pelo total de unidades produzidas no período.</p><p>QUANTO AO PRODUTO (CUSTOS DIRETOS X CUSTOS</p><p>INDIRETOS)</p><p>Os custos diretos são aqueles diretamente apropriados aos produtos fabricados. Ou seja, a empresa sabe</p><p>exatamente o que e quanto utilizou para elaborar seus produtos.</p><p>Existem dois custos que são sempre diretos: matéria-prima e mão de obra direta. A empresa sabe exatamente</p><p>quanto utilizou de ambos para a elaboração de sua produção. É um critério objetivo, sem espaço para discussões</p><p>ou argumentações.</p><p> COMENTÁRIO</p><p>Se a empresa produz apenas um produto, seus custos são todos diretos.</p><p>Já os indiretos dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem atribuídos aos produtos, pois não são</p><p>diretamente identificáveis ou mensuráveis. Isso tem por base critérios preestabelecidos pela empresa. É um</p><p>critério subjetivo, já que cada empresa tem a prerrogativa de escolher como alocar esses custos à produção.</p><p>QUANTO AO VOLUME DA PRODUÇÃO (CUSTOS FIXOS X</p><p>CUSTOS VARIÁVEIS)</p><p>Custos fixos independem do volume da produção. Ou seja, a empresa vai incorrer neles independentemente da</p><p>quantidade produzida. Se ela produzir 1 milhão, mil, cem unidades ou nenhuma, o custo será o mesmo.</p><p>SÃO EXEMPLOS DE CUSTOS FIXOS:</p><p>A) Aluguel</p><p>B) IPTU</p><p>C) Matéria-prima</p><p>D) Seguro da fábrica</p><p>GABARITO</p><p>São exemplos de custos fixos:</p><p>A alternativa "A ","B ","D " está correta.</p><p>Independentemente de a empresa produzir ou não, tais custos devem ser pagos. Seu valor não é determinado</p><p>em razão da quantidade produzida.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Apesar de terem seus valores totais fixos, estes custos são variáveis em relação ao custo unitário. Isso significa</p><p>que, quanto maior a produção, mais diluídos nos produtos eles ficam.</p><p> EXEMPLO</p><p>Uma fábrica paga R$100 mil de aluguel por mês. O custo fixo total relativo a esse gasto, portanto, é de R$100</p><p>mil. Por outro lado, se uma empresa produz 10 unidades, o custo fixo unitário é de R$10 mil; se faz 1.000</p><p>unidades, ele é de R$100; e se produz 1 milhão de unidades, ele é de R$0,10.</p><p>Já os custos variáveis estão relacionados ao volume da produção. Um exemplo que vem logo à mente é</p><p>matéria-prima consumida. A empresa somente incorre em custos com matéria-prima caso ocorra uma produção.</p><p>Se ela não acontecer, a matéria-prima continua classificada como investimento.</p><p>Apesar de terem seus valores totais variáveis, estes custos são fixos em relação ao custo unitário. Isso significa</p><p>dizer que, quanto maior a produção, maior é o custo variável total. Mas, em relação à unidade produzida, esses</p><p>custos são fixos.</p><p> EXEMPLO</p><p>Para produzir uma cadeira, uma fábrica incorre em R$100 de matéria-prima e R$20 de mão de obra direta (total</p><p>de gastos: R$120). Assim, para produzir uma cadeira, o custo variável total é de R$120; para fazer 100, ele é de</p><p>R$12.000; e, para produzir 10.000, de R$1.200.000. No entanto, o custo unitário de cada uma das cadeiras é</p><p>fixo: R$120.</p><p>EXISTEM AINDA OS CUSTOS SEMIVARIÁVEIS. VOCÊ OS</p><p>CONHECE?</p><p>São os que passam a variar a partir de uma faixa de volume de produção.</p><p> EXEMPLO</p><p>Uma indústria oferece um adicional por produtividade de mão de obra, que é remunerada com um valor fixo, e</p><p>paga um excedente para cada unidade produzida a mais em relação à meta estabelecida.</p><p>A figura a seguir ilustra a diferença entre custos variáveis, fixos e semivariáveis.</p><p> Figura 1: Diferença entre custos variáveis, fixos e semivariáveis.</p><p>Esta figura apresenta, no eixo horizontal, o volume de atividade de uma indústria e, no vertical, o montante dos</p><p>custos.</p><p>Pode-se verificar, ao analisar a figura, que o valor dos custos:</p><p>Fixos permanece constante independentemente do volume de atividade da empresa;</p><p>Variáveis aumenta proporcionalmente à medida que ocorre um aumento no volume de atividade da</p><p>empresa;</p><p>Semivariáveis permanece constante até um determinado volume de produção, passando, a partir deste</p><p>volume, a aumentar proporcionalmente em relação ao de atividade da empresa.</p><p>Observações importantes acerca dos custos:</p><p></p><p>O total de custos variáveis aumentará ou diminuirá na mesma proporção da quantidade produzida.</p><p>O total de custos fixos permanece constante independentemente da quantidade produzida.</p><p></p><p></p><p>Quando a produção aumenta, o custo variável unitário não se altera, mas o fixo unitário diminui.</p><p>Quando ela diminui, o variável unitário não se altera, embora o custo fixo unitário aumente.</p><p></p><p>QUANTO À FUNÇÃO DO CUSTO (CUSTOS PRIMÁRIOS X CUSTOS</p><p>DE CONVERSÃO)</p><p>Custos primários são os materiais diretos e a mão de obra direta. Eles representam o gasto inicial ou os</p><p>primeiros custos da empresa.</p><p>Já os de conversão ou de transformação são a mão de obra direta e os custos indiretos. Ou seja, trata-se de</p><p>todo o esforço da entidade para transformar os materiais diretos no produto.</p><p>QUANTO AO DEPARTAMENTO (CUSTOS ESPECÍFICOS X</p><p>CUSTOS COMUNS)</p><p>Muitas fábricas ou empresas estão divididas em departamentos, que são unidades compostas por pessoas e</p><p>equipamentos nos quais atividades semelhantes são realizadas.</p><p>Custos específicos estão diretamente identificados e objetivamente mensurados em relação a um determinado</p><p>departamento. Ou seja, são aqueles relacionados às atividades elaboradas em determinado departamento para</p><p>ele mesmo.</p><p>Já os comuns não estão diretamente identificados e/ou não são objetivamente mensurados em relação a um</p><p>determinado departamento. Isso ocorre, por exemplo, em departamentos que prestam serviços a outros.</p><p>OS CUSTOS DESSES DEPARTAMENTOS DEVEM SER, DE</p><p>ALGUMA FORMA, COMPARTILHADOS COM OS DEMAIS.</p><p>OUTRAS CLASSIFICAÇÕES</p><p>Além das classificações apresentadas, devemos destacar alguns outros conceitos importantes:</p><p>CUSTOS INCREMENTAIS</p><p>Diferença entre os custos totais de duas ou mais alternativas que estão sendo consideradas pela administração.</p><p>Ou seja, a administração tem duas alternativas (de investimento, por exemplo) e precisa decidir entre ambas,</p><p>verificando qual é a diferença entre elas (denominado custo incremental).</p><p>CUSTO DE OPORTUNIDADE</p><p>Valor do benefício econômico que se deixa de obter ao escolher uma das alternativas. Ou seja, ao optar por uma</p><p>delas, a administração necessariamente abre mão de outra(s) que geraria(m) algum benefício para a empresa –</p><p>e tal benefício desperdiçado configura o custo de oportunidade.</p><p>CUSTOS DE FABRICAÇÃO</p><p>São constituídos por materiais diretos, pela mão de obra direta e pelos custos indiretos. Ou seja, são todos os</p><p>custos que incidem sobre a produção.</p><p>CUSTOS DE PRODUÇÃO DO PERÍODO</p><p>Custos incorridos na fábrica em determinado período. Eles englobam tanto as unidades iniciadas e não</p><p>terminadas no período quanto aquelas que foram finalizadas (sejam elas iniciadas e terminadas no período ou,</p><p>após serem iniciadas em períodos anteriores, terminadas no atual).</p><p>CUSTO DE PRODUTOS ACABADOS</p><p>Custos incorridos na produção acabada no período. Ou seja, uma fábrica incorreu neste tipo de custo para</p><p>acabar a sua produção, que pode ter sido concluída dentro de um período ou em mais de um.</p><p>CUSTO DE PRODUTOS VENDIDOS</p><p>Custos incorridos na produção dos bens vendidos no período. Trata-se daquele relativo às unidades vendidas</p><p>que é levado ao resultado no momento da efetiva venda.</p><p>MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO</p><p>Diferença entre a receita de vendas e os custos e despesas variáveis. Representa o quanto a empresa consegue</p><p>gerar de recursos para pagar seus custos e despesas fixas, obtendo, ainda assim, lucro.</p><p>Quando o valor da margem de contribuição for superior ao valor total dos custos e despesas fixas, a empresa</p><p>estará gerando lucro; quando ele for inferior, o resultado será entendido como um prejuízo.</p><p>ELEMENTOS QUE COMPÕEM OS CUSTOS</p><p>Os custos de produção ou de manufatura são compostos por três elementos: materiais diretos, mão de obra</p><p>direta e custos indiretos de fabricação.</p><p>MATERIAIS DIRETOS</p><p>Podem ser identificados diretamente e mensurados objetivamente em relação ao produto. Contemplam as</p><p>matérias-primas, os materiais de embalagem e os materiais secundários.</p><p>Observemos alguns exemplos:</p><p>Autor: Terekhov Sergey/Fonte: Shutterstock</p><p>Madeira utilizada na fabricação de móveis.</p><p>Autor: Autor: Vadym Stock/Fonte: Shutterstock</p><p>Tecido utilizado na produção de roupas.</p><p>Autor: Odua Images/Fonte: Shutterstock</p><p>Vidro utilizado na produção de óculos de grau etc.</p><p>Alguns materiais e suprimentos são necessários para o processo de produção, podendo (ou não) ser</p><p>prontamente identificados ou ter um custo relativamente insignificante.</p><p>Custos de materiais, como os lubrificantes utilizados nas máquinas, são classificados como custos de materiais</p><p>indiretos, assim como os materiais que, a despeito de fazerem parte do produto acabado, apresentam outros</p><p>relativamente insignificantes, como linhas, parafusos, pregos e cola.</p><p>Todos os gastos incorridos para a colocação do ativo em condições de uso ou de venda devem incorporar o seu</p><p>valor, incluindo-se aqui impostos não recuperáveis, fretes e seguros de transporte. Devem ser deduzidos do custo</p><p>de aquisição tanto os descontos e abatimentos concedidos pelo fornecedor (descontos incondicionais) quanto as</p><p>devoluções de compras.</p><p>EXEMPLO</p><p>Uma indústria adquire a matéria-prima de um fornecedor no exterior. A mercadoria chega de navio ao Porto de</p><p>Santos, devendo ser transportada até o local onde fica estocada a matéria-prima para a produção (em Belo</p><p>Horizonte).</p><p>Além do gasto com a própria matéria-prima (o preço pago pelo material), devem ser incorporados ao seu</p><p>custo</p><p>todos os gastos efetuados pela indústria para trazer a mercadoria do exterior até o local da estocagem (Belo</p><p>Horizonte), como fretes, impostos de importação, seguros etc.</p><p>Se a indústria aluga um galpão para estocá-la, o custo desse aluguel também deve ser incorporado ao custo do</p><p>material.</p><p>Quanto à inclusão ou não dos descontos obtidos, é importante listar os tipos de descontos que podem ocorrer:</p><p>javascript:void(0)</p><p>Desconto financeiro: Redução do valor de aquisição mediante pagamentos antecipados e/ou pontuais. O</p><p>material adquirido deve ser reconhecido pelo seu valor bruto e os descontos, como receita financeira pelo</p><p>comprador. Também é chamado de desconto condicional, já que ele está atrelado a uma condição para que</p><p>possa ocorrer.</p><p> EXEMPLO</p><p>Um fornecedor vende um determinado material pelo valor de R$10 por unidade. Uma indústria resolve fazer uma</p><p>compra de 10.000 unidades, totalizando um gasto de R$100.000. Ele não faz um desconto apesar do valor</p><p>elevado, mas avisa ao comprador que, se ele pagar até o dia 10, terá 5% de desconto.</p><p>Ou seja, pagar até o dia 10 é uma condição para que o cliente tenha desconto. O pagamento nesse prazo pode</p><p>ocorrer ou não: trata-se de uma escolha do cliente. Dessa forma, o valor da matéria-prima deve ser reconhecido</p><p>pelo valor total de R$100.000.</p><p>Caso a indústria pague até o dia 10, o desconto de 5% (R$5.000), conforme está evidenciado a seguir, será</p><p>reconhecido como uma receita financeira:</p><p>b) Desconto comercial: Redução do valor de aquisição mediante negociação no ato da compra quando houver,</p><p>por exemplo, aquisições em quantidades elevadas. Também é denominado desconto incondicional, já que não há</p><p>qualquer condição para que o comprador tenha o desconto.</p><p> EXEMPLO</p><p>Uma indústria resolve fazer uma compra de 100.000 unidades, o que daria um total de R$1.000.000. Como a</p><p>compra é de um valor relevante, o fornecedor e a indústria negociaram um desconto que reduziu o preço unitário</p><p>para R$9,50.</p><p>Dessa forma, o valor total da matéria-prima ficou em R$950.000. Note que não existe qualquer condição posterior</p><p>definida para haver o desconto: ele já ocorreu, é incondicional. Portanto, esse valor deve ser, conforme</p><p>destacamos a seguir, reconhecido pelo valor de R$950.000.</p><p>c) Abatimento: Redução do valor de aquisição posteriormente à compra decorrente de defeitos, atrasos na</p><p>entrega etc.</p><p> EXEMPLO</p><p>Voltemos ao exemplo anterior: a indústria recebeu parte o material com defeito (das 100.000 unidades, 80</p><p>estavam defeituosas). A indústria entrou em contato com o fornecedor; como ele não tinha peças para substitui-</p><p>las, pediu para lhe devolver os defeituosos que faria um abatimento dessas unidades sobre o preço total.</p><p>As 80 unidades defeituosas representam R$760. Dessa forma, o valor total da matéria-prima, que tinha ficado em</p><p>R$950.000, deve sofrer uma redução no montante de R$760:</p><p>OS DESCONTOS COMERCIAIS E OS ABATIMENTOS SÃO</p><p>REDUÇÕES DO PREÇO DE AQUISIÇÃO.</p><p>É pelo valor histórico de aquisição que as matérias-primas, as embalagens e os demais materiais diretos</p><p>utilizados no processo de produção devem ser registrados.</p><p>Valor da compra de materiais bruto</p><p>(-) Impostos recuperáveis</p><p>(-) Abatimentos e descontos sobre as compras (descontos incondicionais)</p><p>(-) Devoluções de compras ou abatimentos</p><p>(+) Fretes e seguros com compras</p><p>(=) Custo de aquisição dos materiais (valor histórico)</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>Os estoques de materiais podem ser de três tipos ou fases de produção:</p><p>1º TIPO</p><p>2º TIPO</p><p>3º TIPO</p><p>ESTOQUE DE MATERIAIS OU MATÉRIA-PRIMA:</p><p>São materiais ou matéria-prima comprados pela empresa que ainda não sofreram qualquer transformação</p><p>decorrente de seu processo produtivo. Eles foram, portanto, simplesmente adquiridos e estocados. Lembre-se de</p><p>que estão incluídos neste tipo todos os custos para trazer o material até o estoque.</p><p>ESTOQUE DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO OU EM PROCESSO:</p><p>Também denominados produtos semiacabados, eles já se encontram em alguma fase do processo produtivo da</p><p>empresa, embora ainda não estejam prontos ou acabados.</p><p>ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS:</p><p>Eles já passaram por todas as fases do processo produtivo da empresa e se encontram prontos para a venda. O</p><p>custo dos produtos acabados compreende todos os gastos realizados para sua elaboração desde a saída do</p><p>estoque até sua conclusão.</p><p>QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE</p><p>ESTOQUES?</p><p>Autor: Paula Cantanhêde/Fonte: Produzido pelo autor</p><p>PEPS (PRIMEIRO QUE ENTRA É O PRIMEIRO QUE SAI)</p><p>O custo é mensurado pelos preços mais antigos, permanecendo em estoque os adquiridos mais recentemente.</p><p>Autor: Paula Cantanhêde/Fonte: Produzido pelo autor</p><p>UEPS (ÚLTIMO QUE ENTRA É O PRIMEIRO QUE SAI)</p><p>O custo é mensurado pelos preços mais recentes, permanecendo em estoque os primeiramente adquiridos.</p><p>Autor: Paula Cantanhêde/Fonte: Produzido pelo autor</p><p>PREÇO MÉDIO</p><p>Considera o preço médio do material em estoque.</p><p>Com base nessas regras, o custo do material utilizado na produção segue a seguinte lógica:</p><p>UEPS</p><p></p><p>PREÇO MÉDIO</p><p></p><p>PEPS</p><p>De forma contrária, o valor final do estoque de material segue a lógica inversa:</p><p>PEPS</p><p></p><p>PREÇO MÉDIO</p><p></p><p>UEPS</p><p> COMENTÁRIO</p><p>É importante destacar que o critério de avaliação dos estoques é uma escolha da administração, porém é</p><p>necessária uma constância na escolha do método para permitir que haja a possibilidade de comparação.</p><p>Os principais impostos que incidem sobre os materiais são os seguintes:</p><p></p><p>ICMS</p><p>De competência estadual, ele é um imposto “por dentro”, pois o seu valor está embutido no das mercadorias e</p><p>compõe o valor total da nota fiscal. O ICMS é calculado mediante a aplicação de uma alíquota que varia de</p><p>acordo com o tipo de mercadoria ou do serviço, sua origem e sua destinação.</p><p>IPI</p><p>De competência federal, ele é exigido principalmente em empresas industriais. Trata-se de um imposto “por fora”,</p><p>pois o seu cálculo é feito sobre o valor total dos produtos e da nota fiscal.</p><p></p><p>Os impostos serão considerados um custo quando a empresa não tiver nenhum tipo de isenção ou suspensão</p><p>do imposto (impostos não recuperáveis) e não o serão quando ela puder se beneficiar do referido imposto</p><p>(recuperáveis).</p><p>MÃO DE OBRA DIRETA (MOD)</p><p>Contempla toda a mão de obra que trabalha diretamente na produção, ou seja, nos produtos em elaboração. É</p><p>possível determinar exatamente o tempo dispendido e quem executou o serviço sem ser necessária a utilização</p><p>de qualquer tipo de rateio.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Nem toda mão de obra que está na produção é MOD: os operários que trabalham na supervisão das diversas</p><p>linhas de produção são uma mão de obra indireta (MOI), já que eles terão seus custos apropriados aos produtos</p><p>por meio de algum tipo de rateio. Afinal, como seu trabalho contempla diversos produtos, não é possível alocar</p><p>diretamente os custos a eles.</p><p>Como exemplos de MOI, temos os salários dos chefes de departamento e do pessoal de almoxarifado (manuseio</p><p>de material e matéria-prima), supervisão e manutenção.</p><p>Estão incluídos na MOD, além dos salários, todos os encargos sociais relacionados e demais direitos</p><p>trabalhistas. Para calcular o custo dela, necessita-se do número de horas efetivamente trabalhadas na atividade e</p><p>do custo por hora do trabalhador.</p><p>A MOD:</p><p></p><p>É considerada um custo variável. Não podemos confundir o custo dela com os gastos com a folha de</p><p>pagamento, a qual, aliás, é um gasto fixo decorrente de lei (Decreto-Lei no452, também conhecido como</p><p>Consolidação das Leis do Trabalho ou CLT) que incorre independentemente de produção;</p><p>Está incluída na folha de pagamento e contempla apenas a parcela de tempo efetivamente empregada de</p><p>forma direta no processo de produção. Assim, o custo da MOD não se confunde com o montante total pago à</p><p>mão de obra da produção, pois tal produção também contempla a MOI.</p><p></p><p>No caso de ociosidade de mão de obra, deve-se verificar seu tipo: se for normal, sendo inerente à produção (falta</p><p>de material, energia e reparo de máquinas, por exemplo), o valor da mão</p><p>de obra no período de ociosidade</p><p>deverá ser rateado à produção como um custo indireto; se for anormal (no caso de greve ou acidentes), esse</p><p>valor precisará ser reconhecido como uma perda, impactando diretamente no resultado do período em que</p><p>ocorreu a ociosidade.</p><p>HÁ AINDA O CASO DE EMPRESAS QUE TÊM UM</p><p>RECESSO DE FIM DE ANO OU FÉRIAS COLETIVAS.</p><p>DEVEMOS TRATÁ-LO COMO DESPESA?</p><p>EXEMPLO</p><p>Uma indústria costuma dar férias coletivas e parar a sua produção todo ano no mês de outubro. O gasto médio</p><p>com a folha de pagamentos neste mês (que é um pouco maior que os demais meses em virtude do pagamento</p><p>de férias) é de R$550.000. Como sobram 11 meses, deve ser alocado, a cada um deles, o valor de R$50.000</p><p>referente a custos da produção, como o de mão de obra.</p><p>De forma resumida, a mão de obra deve ser tratada da seguinte forma:</p><p>a) Mão de obra dos empregados das áreas de produção: alocada ao custo de produção como MOD ou MOI.</p><p>Custo MOD = número de horas trabalhadas X custo por hora</p><p>OU</p><p>Custo MOD = salário + direitos trabalhistas + contribuições sociais</p><p>Número de horas trabalhadas</p><p>b) Mão de obra dos empregados das áreas de administração e comercial: alocada como despesa, ela afeta</p><p>diretamente o resultado do período em que ocorreu.</p><p>CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO (CIF)</p><p>Também denominados custos gerais de fabricação, os CIF constituem todos os demais custos incorridos no</p><p>processo de elaboração dos produtos que não podem ser identificados diretamente ou não podem ser</p><p>mensurados objetivamente em relação à sua produção.</p><p>javascript:void(0)</p><p> EXEMPLO</p><p>Material indireto, mão de obra indireta, seguro da fábrica, aluguel, energia elétrica, serviços de terceiros,</p><p>manutenção da fábrica e depreciação.</p><p>Os custos indiretos devem ser apropriados pela utilização de estimativas ou rateios de forma linear e com a</p><p>utilização de julgamento profissional. São, dessa forma, critérios subjetivos, podendo variar de uma empresa para</p><p>a outra.</p><p> EXEMPLO</p><p>Uma indústria utiliza as mesmas máquinas e equipamentos, a mesma MOI e o mesmo espaço da fábrica para</p><p>produzir dois produtos distintos.</p><p> COMENTÁRIO</p><p>Neste caso, todos os custos indiretos de fabricação (exceto a MOD e a matéria-prima, as quais, como já vimos,</p><p>são sempre custos diretos) devem ser, de alguma forma, apropriados aos dois produtos elaborados.</p><p>Para isso, a administração pode escolher qual dos critérios a seguir – ou ainda outro, caso julgue ser mais</p><p>relevante – irá utilizar a fim de fazer essa apropriação:</p><p>RATEIO COM BASE NA MATÉRIA-PRIMA</p><p>A administração sabe exatamente quanto de matéria-prima utilizou para a fabricação das mesas e cadeiras.</p><p>Dessa maneira, ela pode atribuir esse critério para ratear os custos indiretos.</p><p>Neste caso, esses custos seriam apropriados da seguinte forma:</p><p>Mesas: R$1.500.000 / R$2.000.000 x R$2.200.000 = R$1.650.000</p><p>Cadeiras: R$500.000 / R$2.000.000 x R$2.200.000 = R$550.000</p><p>RATEIO COM BASE NA MÃO DE OBRA DIRETA</p><p>A administração sabe exatamente quanto de MOD ela utilizou para a fabricação das mesas e cadeiras. Com isso,</p><p>ela pode atribuir esse critério para ratear os custos indiretos.</p><p>Neste caso, esses custos seriam apropriados da seguinte forma:</p><p>Mesas: R$90.000 / R$100.000 x R$2.200.000 = R$1.980.000</p><p>Cadeiras: R$10.000 / R$100.000 x R$2.200.000 = R$220.000</p><p>RATEIO COM BASE NOS CUSTOS DIRETOS</p><p>A administração sabe exatamente quais custos diretos (MOD e matéria-prima) utilizou para a fabricação das</p><p>mesas e cadeiras. Assim, ela pode atribuir esse critério para ratear os custos indiretos.</p><p>Neste caso, esses custos seriam apropriados da seguinte forma:</p><p>Mesas: R$1.590.000 / R$2.100.000 x R$2.200.000 = R$1.665.714</p><p>Cadeiras: R$510.000 / R$2.100.000 x R$2.200.000 = R$534.286</p><p>RATEIO COM BASE NAS HORAS-MÁQUINA</p><p>Caso a administração tenha um controle de quantas horas cada máquina gastou na elaboração de cada um dos</p><p>produtos, pode atribuir esse critério para ratear os custos indiretos.</p><p>Neste caso, esses custos seriam apropriados da seguinte forma:</p><p>R$2.200.000 /2.000hm = R$1.100/hm</p><p>Mesas: 1.200hm x R$1.100/hm = R$1.320.000</p><p>Cadeiras: 800hm x R$1.100/hm = R$880.000</p><p>Reparem que, em cada um dos quatro métodos escolhidos, a apropriação dos custos indiretos implica valores</p><p>distintos para os produtos:</p><p>Custos indiretos alocados com base na:</p><p>Matéria-prima Mão de obra direta Custos diretos Horas-máquina</p><p>Mesas R$1.650.000 R$1.980.000 R$1.665.714 R$1.320.000</p><p>Cadeiras R$550.000 R$220.000 R$534.286 R$880.000</p><p>TOTAL R$2.220.000 R$2.220.000 R$2.220.000 R$2.220.000</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Com base neste exemplo e nos diversos valores alcançados, podemos atestar a necessidade de se buscar o</p><p>melhor critério que permita a alocação mais adequada dos custos indiretos com o seguinte propósito:</p><p>determinado produto não ser demasiadamente onerado, enquanto outro recebe poucos custos.</p><p>Uma das formas de a administração optar pelo melhor critério é pela análise da composição dos custos indiretos:</p><p>caso eles sejam, na sua maioria, compostos de depreciação das máquinas, provavelmente o melhor critério será</p><p>o rateio por meio de horas-máquina; no entanto, se forem mão de obra indireta, provavelmente o melhor critério</p><p>será, por exemplo, o rateio por meio de mão de obra direta.</p><p>O mais importante, depois de escolher o critério de alocação dos custos indiretos, é a manutenção e a</p><p>consistência desses custos ao longo do tempo. Isso é fundamental para que a administração consiga ter uma</p><p>base de comparação histórica a fim de poder elaborar os orçamentos e o planejamento de sua produção.</p><p>De forma resumida, apresentaremos a seguir um esquema de apropriação dos custos ao resultado:</p><p> Figura 2: Apropriação dos custos ao resultado.</p><p>Falaremos tanto sobre a classificação dos custos quanto sobre seus elementos, apresentando, para isso,</p><p>um exemplo de rateio de custos.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. UMA INDÚSTRIA FABRICA O PRODUTO X. EM ABRIL DE 2020, SEUS CUSTOS TOTAIS</p><p>(FIXOS E VARIÁVEIS) SOMARAM R$600.000 PARA UMA PRODUÇÃO DE 40.000</p><p>UNIDADES. EM MAIO DO MESMO ANO, SEUS CUSTOS TOTAIS SOMARAM R$700.000</p><p>PARA 50.000 UNIDADES PRODUZIDAS. CONSIDERANDO QUE O CUSTO FIXO É</p><p>ESTÁVEL, APONTE O VALOR DO VARIÁVEL UNITÁRIO.</p><p>A) R$15</p><p>B) R$12</p><p>C) R$10</p><p>D) R$8</p><p>2. UMA INDÚSTRIA PASSA POR UM PERÍODO DE SAZONALIDADE;</p><p>CONSEQUENTEMENTE, HÁ UMA OCIOSIDADE NO DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO.</p><p>PARA NÃO DEIXAR A MÃO DE OBRA PARADA, PARTE DO PESSOAL DESTA ÁREA FOI</p><p>ALOCADA NA ADMINISTRAÇÃO DA INDÚSTRIA POR UMA SEMANA. NESTA SEMANA,</p><p>OS GASTOS COM A MÃO DE OBRA DO PESSOAL DE PRODUÇÃO QUE FOI ALOCADO</p><p>NA ADMINISTRAÇÃO DEVEM SER:</p><p>A) Tratados como despesa do período.</p><p>B) Tratados como custos de produção independentemente de ser ou não período ocioso, pois a mão de obra é</p><p>da produção.</p><p>C) Alocados aos custos indiretos e rateados a todos os produtos, já que se trata de um período de ociosidade.</p><p>D) Alocados aos produtos em que o pessoal deslocado estava trabalhando antes de ser deslocado para a</p><p>administração.</p><p>GABARITO</p><p>1. Uma indústria fabrica o produto X. Em abril de 2020, seus custos totais (fixos e variáveis) somaram</p><p>R$600.000 para uma produção de 40.000 unidades. Em maio do mesmo ano, seus custos totais somaram</p><p>R$700.000 para 50.000 unidades produzidas. Considerando que o custo fixo é estável, aponte o valor do</p><p>variável unitário.</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Observemos a resolução a seguir:</p><p>2. Uma indústria passa por um período de sazonalidade; consequentemente, há uma ociosidade no</p><p>departamento de produção. Para não deixar a mão de obra parada, parte do pessoal desta área foi</p><p>alocada na administração da indústria por uma semana. Nesta semana, os gastos com a mão de obra do</p><p>pessoal de produção que foi alocado na administração devem ser:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>Apesar de a mão de obra ser normalmente da produção, ela, no período em que é alocada para a administração,</p><p>não deve onerar o custo da produção, devendo ser tratada como uma mão de obra da própria administração, ou</p><p>seja, uma despesa.</p><p>MÓDULO</p><p>3</p><p> Descrever a apropriação dos custos aos departamentos</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>A complexidade das etapas de produção em uma indústria implica uma dificuldade de apropriação correta dos</p><p>custos. Como a contabilidade gerencial pode nos ajudar nisso?</p><p>O case da empresa Doces S.A. debate esse assunto e apresenta uma aplicação prática da metodologia da</p><p>departamentalização na apropriação de custos.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>A indústria alimentícia Doces S.A. é uma empresa brasileira destinada à produção de chocolates. Embora possua</p><p>diversas marcas e com públicos-alvo diferentes, seus produtos podem ser classificados, para efeitos de custeio,</p><p>em dois grupos: bombons e barras.</p><p>Até o ano fiscal anterior, a companhia apurava todos os custos por meio de apontamentos feitos diretamente no</p><p>sistema de custeio sem se importar em qual ambiente os custos de fato ocorriam.</p><p>Após uma análise elaborada e utilizando a metodologia da departamentalização, a empresa dividiu seu ambiente</p><p>produtivo e suas atividades de apoio em quatro departamentos:</p><p> Confeitaria</p><p> Embalagem</p><p> Administração da produção</p><p> Manutenção</p><p>Esses departamentos preenchem uma área total de 2.000m2 em uma região no interior de São Paulo. Cada um</p><p>ocupa áreas individualizadas de 880, 720, 180 e 220m2, respectivamente.</p><p>Ao todo, a empresa possui 110 funcionários nesses quatro departamentos:</p><p> 50 lotados no departamento de confeitaria.</p><p> 30 no de embalagem.</p><p> 20 no de manutenção.</p><p> 10 em administração da produção.</p><p>Nesse período fiscal, a Doces S.A. iniciará a apuração de custos utilizando essa nova metodologia. Já no</p><p>primeiro mês, ela produziu 8,1 milhões de bombons de 20g e 1,3 milhão de barras de chocolate de 100g, sendo</p><p>apontados R$972k em custos com matérias-primas (incluindo as embalagens individuais) para a produção de</p><p>bombons e R$780k para a de barras de chocolate.</p><p>A controladoria apontou ainda que o custo de MOD no período foi de R$208k para a produção de bombons e de</p><p>R$112k para a de barras. Além disso, ressaltou que a demanda por recursos dos departamentos de produção</p><p>para se produzir 1kg de produto foi muito semelhante, não importando o produto.</p><p>Ela destacou ainda os custos indiretos de produção comuns aos dois produtos, como aluguel (R$60k), energia</p><p>elétrica (R$120k) e depreciação (R$100k).</p><p>A controladoria também indicou que o consumo de energia elétrica apurado para cada departamento foi o</p><p>seguinte:</p><p> Confeitaria = 1.800MWh</p><p> Embalagem = 1.020MWh</p><p> Administração da produção = 60MWh</p><p> Manutenção = 120MWh</p><p>Nos departamentos de confeitaria e embalagem, a maior parte do consumo de energia elétrica se deve ao</p><p>consumo de horas-máquina: respectivamente 21.600 e 14.400hm para esses departamentos.</p><p>Houve uma análise interna sobre os critérios de rateio dos custos indiretos. Além daqueles custos em que é</p><p>natural a utilização de um critério facilmente identificado, como o aluguel e a energia elétrica, a metodologia</p><p>aprovada indicou que a depreciação deveria ser rateada pelos departamentos com base na área ocupada.</p><p>Além disso, os custos apropriados ao departamento de administração de produção deveriam ser rateados pelos</p><p>outros departamentos conforme o número de funcionários lotados neles, já que a administração da produção</p><p>presta serviços internos aos outros departamentos.</p><p>Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>1. IMAGINE QUE VOCÊ SEJA A PESSOA RESPONSÁVEL POR</p><p>DEFINIR TODO O MAPA DE RATEIOS E A APLICAÇÃO DOS</p><p>CUSTOS INDIRETOS NOS DEPARTAMENTOS UTILIZANDO A</p><p>METODOLOGIA DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO. IDENTIFIQUE OS</p><p>DEPARTAMENTOS DE PRODUÇÃO E DE SERVIÇOS E</p><p>ESTABELEÇA QUAIS PROCESSOS E CRITÉRIOS DE RATEIO</p><p>DEVERIAM OU PODERIAM SER UTILIZADOS ATÉ QUE TODOS OS</p><p>CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS SEJAM APROPRIADOS AOS</p><p>PRODUTOS.</p><p>RESPOSTA</p><p>Conforme apregoa a metodologia de apropriação de custos mediante o emprego da departamentalização,</p><p>primeiramente é necessário identificar os departamentos de produção (confeitaria e embalagem) e de</p><p>serviços (manutenção e administração da produção).</p><p>Depois, basta seguir este passo a passo:</p><p> 1º passo – Apurar os custos indiretos de cada departamento, alocando-os pelos seguintes critérios:</p><p>aluguel (área ocupada), energia elétrica (energia consumida) e depreciação (área ocupada).</p><p>javascript:void(0)</p><p> 2º passo – Decidir qual departamento de serviços será o primeiro a ter seus custos rateados pelos</p><p>demais. Pelo enunciado, é a administração da produção, usando o número de funcionários como</p><p>critério de rateio.</p><p> 3º passo – Somar os custos originais de cada departamento com o rateio recebido.</p><p> 4º passo – Ratear os custos do outro departamento de serviços (manutenção) pelos dois de</p><p>produção usando o critério de horas-máquina consumidas, já que o departamento de manutenção</p><p>provavelmente se dedica à manutenção de máquinas.</p><p> 5º passo – Somar os custos anteriores de confeitaria e embalagem com os rateios recebidos de</p><p>manutenção.</p><p> 6º passo – Ratear os custos indiretos de confeitaria e embalagem apurados no 5º passo por</p><p>bombons e barras usando a produção em quilos (kg), já que a demanda por recursos dos</p><p>departamentos de produção é semelhante.</p><p> 7º passo – Somar os custos diretos (matéria-prima e MOD) informados de cada produto aos</p><p>indiretos de cada produto apurados no 6º passo.</p><p>2. CONSIDERANDO AS INFORMAÇÕES APRESENTADAS E A METODOLOGIA DA</p><p>DEPARTAMENTALIZAÇÃO, CALCULE E INDIQUE OS CUSTOS INDIRETOS DE CADA</p><p>DEPARTAMENTO:</p><p>A) Confeitaria: R$98,4k; embalagem: R$142,4k; administração da produção: R$16,8k; manutenção: R$22,4k.</p><p>B) Confeitaria: R$168,0k; embalagem: R$95,2k; administração da produção: R$11,2k; manutenção: R$5,6k.</p><p>C) Confeitaria: R$142,4k; embalagem: R$98,4k; administração da produção: R$16,8k; manutenção: R$22,4k.</p><p>D) Confeitaria: R$123,2k; embalagem: R$100,8k; administração da produção: R$30,8k; manutenção: R$25,2k.</p><p>E) Confeitaria: R$100,8k; embalagem: R$123,2k; administração da produção: R$30,8k; manutenção: R$25,2k.</p><p>3. CONSIDERANDO AS INFORMAÇÕES APRESENTADAS E A METODOLOGIA DA</p><p>DEPARTAMENTALIZAÇÃO, CALCULE E INDIQUE OS CUSTOS UNITÁRIOS DE</p><p>BOMBONS E BARRAS DE CHOCOLATE:</p><p>A) Bombons: R$0,25/un. Barras: R$0,78/un.</p><p>B) Bombons: R$0,16/un. Barras: R$0,78/un.</p><p>C) Bombons: R$0,20/un. Barras: R$0,70/un.</p><p>D) Bombons: R$0,78/un. Barras: R$0,16/un.</p><p>E) Bombons: R$0,20/un. Barras: R$0,65/un.</p><p>GABARITO</p><p>2. Considerando as informações apresentadas e a metodologia da departamentalização, calcule e indique</p><p>os custos indiretos de cada departamento:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Os custos com aluguel devem ser rateados pelos departamentos segundo o critério da área ocupada:</p><p>Departamento Área (m2) % Aluguel</p><p>Confeitaria 880 44,0% 60k x 44% = 26,4k</p><p>Embalagem 720 36,0% 60k x 36% = 21,6k</p><p>Administração da produção 180 9,0% 60k x 9% = 5,4k</p><p>Manutenção 220 11,0% 60k x 11% = 6,6k</p><p>Total 2.000 100% R$60k</p><p>Já os custos com energia elétrica têm de ser rateados pelos departamentos pelo consumo:</p><p>Departamento Energia (MWh) % Energia elétrica</p><p>Confeitaria 1.800 60,0% 120k x 60% = 72,0k</p><p>Embalagem 1.020 34,0% 120k x 34% = 40,8k</p><p>Administração da produção 60 2,0% 120k x 2% = 2,4k</p><p>Manutenção 120 4,0% 120k x 4% = 4,8k</p><p>Total 3.000 100% R$120k</p><p>Os custos com a depreciação, por fim, precisam ser rateados pelos departamentos segundo o critério da área</p><p>ocupada:</p><p>Departamento Área (m2) % Depreciação</p><p>Confeitaria 880 44,0% 100k x 44% = 44,0k</p><p>Embalagem 720 36,0% 100k x 36% = 36,0k</p><p>Administração da produção 180 9,0% 100k x 9% = 9,0k</p><p>Manutenção 220 11,0% 100k x 11% = 11,0k</p><p>Total 2.000 100% R$100k</p><p>Desse modo, os custos indiretos apropriados a cada departamento são:</p><p>Departamento Aluguel Energia elétrica Depreciação Total</p><p>Confeitaria 26,4k 72,0k 44,0k R$142,4k</p><p>Embalagem 21,6k 40,8k 36,0k R$98,4k</p><p>Administração da produção 5,4k 2,4k 9,0k R$16,8k</p><p>Manutenção 6,6k 4,8k 11,0k R$22,4k</p><p>Total R$60,0k R$120,0k R$100,0k R$280,0k</p><p>3. Considerando as informações apresentadas e a metodologia da departamentalização, calcule e indique</p><p>os custos unitários de bombons</p><p>e barras de chocolate:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>Os custos indiretos de cada departamento de serviços devem ser rateados pelos departamentos de produção</p><p>seguindo esta ordem: primeiramente, da administração da produção para os três restantes; depois, da</p><p>manutenção para a confeitaria e a embalagem.</p><p>O rateio dos custos da administração da produção pelo número de funcionários é calculado da seguinte forma:</p><p>Departamento Funcionários % Custos da administração da produção</p><p>Confeitaria 50 50,0% 16,8k x 50% = 8,40k</p><p>Embalagem 30 30,0% 16,8k x 30% = 5,04k</p><p>Manutenção 20 20,0% 16,8k x 20% = 3,36k</p><p>Total 100 100,0% R$16,80k</p><p>Os novos custos indiretos dos departamentos são:</p><p>Departamento Total 1 Rateio Total 2</p><p>Confeitaria R$142,4k 8,40k 150,80k</p><p>Embalagem R$98,4k 5,04k 103,44k</p><p>Administração da produção R$16,8k (16,8k) 0k</p><p>Manutenção R$22,4k 3,36k 25,76k</p><p>Total R$280,0k R$0k R$280,0k</p><p>Fazendo o rateio dos custos da manutenção por horas-máquina, temos:</p><p>Departamento Horas-máquina % Custos de manutenção</p><p>Confeitaria 21.600 60,0% 25,76k x 60% = 15,456k</p><p>Embalagem 14.400 40,0% 25,76k x 40% = 10,304k</p><p>Total 36.000 100,0% R$25,76k</p><p>Os novos custos indiretos dos departamentos são:</p><p>Departamento Total 2 Rateio Total 3</p><p>Confeitaria 150,80k 15,456k 166,256k</p><p>Embalagem 103,44k 10,304k 113,744k</p><p>Manutenção (25,76k) 25,76k 0k</p><p>Total R$280,0k R$0k R$280,0k</p><p>Aplicando os custos indiretos dos departamentos de produção nos produtos por quilo (kg) de produtos</p><p>produzidos, temos isto:</p><p>Produtos kg %</p><p>Bombons 8,1M x 20g / 1.000g = 162.000kg 55,5%</p><p>Embalagem 1,3M x 100g / 1.000g = 130.000kg 44,5%</p><p>Total 292.000kg 100,0%</p><p>Departamento Total 3 Bombons Barras</p><p>Confeitaria 166,256k 166,256k x 55,5% = 92,272k 166,256k x 44,5% = 73,984k</p><p>Embalagem 113,744k 113,744k x 55,5% = 63,128k 113,744k x 44,5% = 50,616k</p><p>Total R$280,0k R$155,400k R$124,600k</p><p>Com isso, chegamos ao cálculo do custo unitário:</p><p>Produtos</p><p>Custos</p><p>diretos</p><p>Custos</p><p>indiretos</p><p>Custo</p><p>total</p><p>Custos</p><p>unitários (/kg)</p><p>Custos</p><p>unitários (/un)</p><p>Bombons</p><p>972k + 208k =</p><p>1.180,0k</p><p>155,4k 1.335,4k</p><p>1.335,4k /</p><p>162.000kg =</p><p>R$8,24</p><p>R$8,24 /</p><p>1.000g x 20g =</p><p>R$0,16</p><p>Barras</p><p>780k + 112k =</p><p>892k</p><p>124,6k 1.016,6k</p><p>1.016,6k /</p><p>130.000kg =</p><p>R$7,82</p><p>R$7,82 /</p><p>1.000g x 100g</p><p>= R$0,78</p><p>Total R$2.072,0k R$280,0k R$2.352,0k</p><p>APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS AO DEPARTAMENTO</p><p>O QUE É DEPARTAMENTO?</p><p>Trata-se da menor unidade administrativa analisada pela contabilidade de custos. É composta de trabalhadores e</p><p>máquinas nas quais são desenvolvidas atividades homogêneas. Há normalmente uma pessoa responsável pela</p><p>supervisão de cada departamento.</p><p>Os departamentos podem ser divididos em dois grandes grupos:</p><p>A apropriação dos custos aos departamentos deve ser feita em quatro passos:</p><p>1º PASSO</p><p>2º PASSO</p><p>3º PASSO</p><p>4º PASSO</p><p>1º PASSO</p><p>Apropriação dos custos que possam ser diretamente atribuídos a cada departamento de forma clara, direta e</p><p>objetiva.</p><p>2º PASSO</p><p>Os custos que não puderem ser associados diretamente devem ser rateados para os departamentos.</p><p>3º PASSO</p><p>Os custos de cada departamento de apoio precisam ser divididos para todos os departamentos que utilizam seus</p><p>serviços.</p><p>4º PASSO</p><p>Os custos de cada departamento de produção devem ser distribuídos para todos os produtos que passarem por</p><p>eles.</p><p>DEPARTAMENTALIZAÇÃO – EXEMPLO</p><p>Numa indústria automobilística, temos os seguintes custos indiretos de fabricação:</p><p>Materiais indiretos R$100.000</p><p>Energia elétrica R$120.000</p><p>MOI R$400.000</p><p>Depreciação R$80.000</p><p>Aluguel R$200.000</p><p>TOTAL R$900.000</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Materiais indiretos: O custo pode ser mensurado pelas requisições feitas por cada departamento caso</p><p>haja esse controle. Caso ele não exista, a empresa deve utilizar uma forma de rateio para dividir seu custo</p><p>pelos departamentos. No exemplo, a empresa, como podemos averiguar a seguir, tem esse controle:</p><p>Materiais consumidos na montagem R$40.000</p><p>Materiais consumidos na pintura R$25.000</p><p>Materiais consumidos no controle de qualidade R$5.000</p><p>Materiais consumidos na administração R$15.000</p><p>Materiais consumidos na manutenção R$10.000</p><p>Materiais consumidos no almoxarifado R$5.000</p><p>TOTAL R$100.000</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Energia elétrica da fábrica: Caso a empresa tenha medidores para cada departamento, ela pode alocar</p><p>diretamente os custos; se não os tiver, ela deverá utilizar alguma forma de rateio. Vejamos um exemplo em</p><p>que a empresa tem medidores:</p><p>Energia consumida na montagem R$50.000</p><p>Energia consumida na pintura R$40.000</p><p>Energia a ratear R$30.000</p><p>TOTAL R$120.000</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Já no exemplo a seguir, a administração adotou o critério de ocupação de área por cada departamento para o</p><p>rateio dos demais custos com a energia da fábrica:</p><p>Departamento Área total Desconsiderando 2 deptos. Rateio de energia</p><p>Administração 100m2 100m2 20% R$6.000</p><p>Manutenção 200m2 200m2 40% R$12.000</p><p>Almoxarifado 100m2 100m2 20% R$6.000</p><p>Montagem 400m2 n/a n/a R$50.000</p><p>Pintura 300m2 n/a n/a R$40.000</p><p>Controle de qualidade 100m2 100m2 20% R$6.000</p><p>TOTAL 1.200m2 500m2 100% R$120.000</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Mão de obra indireta: O custo pode ser mensurado pela quantidade de pessoas e pelo apontamento de</p><p>horas de cada departamento. O apontamento levantado pela empresa está elencado a seguir:</p><p>MOI consumida na montagem R$100.000</p><p>MOI consumida na pintura R$80.000</p><p>MOI consumida no controle de qualidade R$50.000</p><p>MOI consumida na administração R$150.000</p><p>MOI consumida na manutenção R$10.000</p><p>MOI consumida no almoxarifado R$10.000</p><p>TOTAL R$400.000</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Depreciação das máquinas: O custo pode ser mensurado por intermédio de um controle de imobilizado.</p><p>No caso das máquinas utilizadas em mais de um departamento, deve ser feita a apropriação dos custos por</p><p>meio de algum rateio. Os valores do controle de imobilizado de uma empresa estão apontados a seguir:</p><p>Depreciação das máquinas na montagem R$30.000</p><p>Depreciação das máquinas na pintura R$20.000</p><p>Depreciação das máquinas no controle de qualidade R$10.000</p><p>Depreciação das máquinas na administração R$10.000</p><p>Depreciação das máquinas na manutenção R$5.000</p><p>Depreciação das máquinas no almoxarifado R$5.000</p><p>TOTAL R$80.000</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Aluguel da fábrica: Custo comum de toda a produção. A administração deve utilizar uma forma de rateio</p><p>para dividir seu custo pelos departamentos. No exemplo, a administração adotou o critério de valor total de</p><p>MOI consumida por cada departamento para o rateio dos custos com o aluguel da fábrica:</p><p>TOTAL % Rateio aluguel</p><p>MOI consumida na montagem R$100.000 25,0% R$50.000</p><p>MOI consumida na pintura R$80.000 20,0% R$40.000</p><p>MOI consumida no controle de qualidade R$50.000 12,5% R$25.000</p><p>MOI consumida na administração R$150.000 37,5% R$75.000</p><p>MOI consumida na manutenção R$10.000 2.5% R$5.000</p><p>MOI consumida no almoxarifado R$10.000 2,5% R$5.000</p><p>TOTAL R$400.000 100,0% R$200.000</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Departamentos de produção</p><p>Montagem</p><p>Pintura</p><p>Controle de qualidade</p><p></p><p>Departamentos de serviços</p><p>Administração</p><p>Manutenção</p><p>Almoxarifado</p><p>A distribuição dos custos indiretos dos departamentos de serviço aos de produção foi realizada por meio do</p><p>seguinte critério:</p><p>Departamento Manutenção Almoxarifado Montagem Pintura Qualidade TOTAL</p><p>Administração 5,0% 15,0% 40,0% 30,0% 10,0% 100,0%</p><p>Manutenção 10,0% 40,0% 20,0% 30,0% 100,0%</p><p>Almoxarifado 70,0% 20,0% 10,0% 100,0%</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Considerando as informações apresentadas, a administração quer calcular o total de custo atribuído a cada</p><p>departamento de produção para transferir seus custos aos produtos.</p><p>Para isso,</p>

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