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<p>O BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA NA LOAS: DOS REQUISITOS E DESAFIOS PARA SUA CONCESSÃO</p><p>Valder da Silva Mantuam¹</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>Este estudo considera os direitos sociais e pessoais garantidos na constituição Federal de 1988 ao instituir e garantir direitos relacionados à saúde previdência e assistência social, levando em consideração políticas assistenciais estabelecidas. E terá como objetivo analisar o pagamento continuado como direito social previsto na constituição Federal de 1988 e na lei orgânica de assistência social. Para reduzir as desigualdades sociais e garantir o mínimo possível de dignidade humana e daqueles que vivem em situação de vulnerabilidade e risco social, o Estado brasileiro avançou, especialmente na organização da assistência com um pacote de medidas que visam assegurar materialmente os direitos básicos dos cidadãos que dela necessitam, independentemente do pagamento de contribuições para garantir seu direito.</p><p>E o benefício continuado (BPC) é uma modalidade de previdência social concedida a pessoas idosas e/ou deficientes que não podem se sustentar, nem ser prestadas por suas famílias, a fim de assegurar o mínimo de uma vida digna. Ao longo deste trabalho, será discutida a diferenciação da previdência e da previdência social, distinguindo assim quais são seus principais pontos de diferença e quem pode se beneficiar de cada um desses nichos. Com o objetivo de contribuir para o debate sobre o tema este trabalho busca examinar os principais desafios enfrentados pelos pretendentes solicitantes da BPC por meio de pesquisas bibliográficas e documental.</p><p>Isso faz sentido porque mesmo com todos esses avanços ao longo dos anos, as minorias ainda não gozam de igualdade perante todos na sociedade, pois muitas vezes são preconceituosas por serem “diferentes”, mesmo na sociedade, na prática. Assim, ao longo do trabalho, serão abordados os principais desafios e normas que as pessoas com deficiência precisam enfrentar para efetivar seu direito de serem amparados pelo Estado, e de serem garantidos para conseguirem seu direito de ser amparado pelo Estado, e terem suas garantias asseguradas.</p><p>Esta pesquisa, então, apresentou as seguintes duas etapas metodológicas: Levantamento bibliográfico da literatura sobre o BPC, Assistência Social, Deficiência e Avaliação Social; Análise documental das categorias em análise. E a análise documental, outra técnica utilizada nesse trabalho, é importante para a pesquisa em ciências sociais e humanas porque “é uma das técnicas de maior confiabilidade” (GODOY, 1995, p. 21).</p><p>Verá todas as colocações que envolvam a concessão de benefícios assistenciais entrelaçando direitos sociais e assistenciais visando eliminar por completo as desigualdades sociais e econômicas, o que eu entendo que apenas amenizará a situação e só levará à satisfação dos beneficiários em ter seu poder aquisitivo, garantindo um mínimo de subsistência , mas não o suficiente para sustentar uma família, e mesmo com a ação política atual em nosso território brasileiro buscando erradicar completamente a pobreza, ainda há muito progresso.</p><p>Entendendo realmente que o que se refere ao BPC, trata-se de um benefício assistencial previsto na Lei nº 8.742/93, sua relação com o custeio da seguridade social �� estabelecida por meio dos recursos provenientes das contribuições sociais destinadas à seguridade social. Segundo Vaz e Savaris (2020), o BPC é financiado por meio do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), que recebe recursos provenientes das contribuições sociais, entre outras fontes de financiamento.</p><p>1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA</p><p>O estudo sugerido traz uma motivação técnica consistente devido à importância de compreender os padrões de pobreza e incapacidade no procedimento burocrático de concessão do BPC e na interpretação judicial. Essa avaliação é essencial para melhorar a utilização desses padrões, assegurando a eficácia e equidade na concessão do auxílio.</p><p>Sendo abordo os critérios de pobreza e incapacidade no procedimento de solicitação do Benefício de Prestação Continuada, além da interpretação judicial a respeito. O foco está em entender os requisitos estabelecidos por lei que precisam ser atendidos pelas pessoas interessadas no benefício, considerando a avaliação da situação econômica e das deficiências.</p><p>Visando desvendar as especificidades do Benefício da Prestação Continuada (BPC) como um direito garantido a idosos e deficientes brasileiros. O BPC é a garantia de 01 (um) salário-mínimo as pessoas com deficiências e idosos com mais de 65 anos que comprovem não prover sua subsistência e nem de tê-la provida por sua família. O benefício assistencial trás além de transferência de renda, uma estruturação da proteção social básica aos usuários por meio de acesso a bens e serviços públicos, contribuindo para a superação das desvantagens sociais enfrentadas (CRAVO, 2017).</p><p>E discutir a questão do acesso ao BPC para idosos e pessoas com deficiência nos dias de hoje envolve analisar a situação atual de enfraquecimento da proteção social. É essencial realizar uma avaliação crítica da situação nesse contexto desafiador e, dessa forma, auxiliar na defesa do BPC, que se mostra como um importante mecanismo de proteção social para grupos vulneráveis na luta contra a pobreza e a desigualdade social.</p><p>Em suma a escolha to tema justificou-se na busca mais efetiva em analisar a forma como são considerados os requisitos de concessão do benefício de prestação continuada e buscar, de forma crítica, formas que possam ajudar e ser úteis para implantação mais rápida do benefício, visto ser esta medida pleiteada em caráter de urgência, pois é destinada a pessoas em estado de miserabilidade e que necessitam da quantia para sobrevivência e/ou tratamento de uma enfermidade.</p><p>Logo, a relevância e a justificativa da pesquisa foram validadas diante da constatação das lacunas existentes nos critérios de miserabilidade e deficiência do BPC e uma promoção de uma análise crítica em busca do aprimoramentos desse sistema são fundamentais para garantir a justiça social e a proteção dos direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade.</p><p>1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA</p><p>O objeto do presente estudo vem da abordagem da falha na verificação do critério económico com a finalidade de concessão do benefício, assim, busca evidenciar como é ser mensurada a hipossuficiência para tutelar o direito social de obtenção do benefício oferecido pela LOAS, ou seja, busca evidenciar que o requisito rígido de renda não atende as necessidades da atual conjuntura brasileira se olharmos pelo expecto social que é protegido constitucionalmente, porém, não é aplicado aos casos reais.</p><p>Dessa maneira, a pesquisa visa trazer insights para a discussão e intervenção da Seguridade Social Pública, considerando a importância de debater o assunto e analisar de maneira ampla e construtiva os retrocessos observados no que diz respeito à limitação desse direito. Visto que no campo do direito previdenciário, Horvath Júnior (2022) destaca a relevância do conhecimento técnico-jurídico para a compreensão das normas e regras que regem a seguridade social. O autor enfatiza a necessidade de atualização constante diante das mudanças legislativas e jurisprudenciais que impactam a proteção social.</p><p>1.3 PROBLEMA DA PESQUISA</p><p>Em decorrência da escolha do tema questiona-se: porque os critérios de miserabilidade e deficiência apresentam limitações que podem resultar em exclusões injustas de pessoas em situação de vulnerabilidade?</p><p>1.4 OBJETIVOS</p><p>1.4.1 GERAL</p><p>- Desvendar as especificidades do Benefício da Prestação Continuada (BPC) como um direito garantido a idosos e deficientes brasileiros.</p><p>1.4.2 ESPECÍFICOS</p><p>-Conceituar e descrever as especificidades do Benefício de Prestação Continuada, apresentando os critérios de concessão definidos por lei própria;</p><p>- Conhecer o processo e evolução da política pública de Assistência Social no Brasil;</p><p>-Analisar os critérios de miserabilidade e deficiência no processo administrativo de concessão do Benefício de Prestação Continuada.</p><p>1.4 HIPÓTESE</p><p>- É possível supor que as diretrizes estabelecidas pelos órgãos responsáveis pela análise administrativa sejam baseadas em indicadores socioeconômicos específicos, como renda per capita e condições de vida precárias;</p><p>- É plausível hipotetizar que a avaliação da deficiência seja pautada em critérios médicos e funcionais, a fim de determinar a incapacidade para o trabalho e a autonomia nas atividades diárias.</p><p>2 METODOLOGIA</p><p>Neste trabalho, a metodologia utilizada adota como referência o método materialismo histórico e dialético marxista para compreender a sociedade. Tal concepção apresenta bases materialistas, ou seja, admitindo a hegemonia da matéria, na reprodução das relações sociais de produção, em relação às ideias, nas quais as contradições se transcendem, mas dão origem a novas contradições que passam a requerer solução (GIL, 2000).</p><p>Esta pesquisa, então, apresentou as seguintes duas etapas metodológicas: Levantamento bibliográfico da literatura sobre o BPC, Assistência Social, Deficiência e Avaliação Social; Análise documental das categorias em análise. E a análise documental, outra técnica utilizada nesse trabalho, é importante para a pesquisa em ciências sociais e humanas porque “é uma das técnicas de maior confiabilidade” (GODOY, 1995, p. 21).</p><p>Onde a pesquisa bibliográfica trata-se de uma revisão sistemática da literatura brasileira, que buscou analisar os dados de forma qualitativa. Para Gil (2002), entende-se a pesquisa bibliográfica, como um método científico com a finalidade oferecer respostas aos problemas indicados, sendo utilizada quando não se tem informação necessária para responder determinado problema. Baseada em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Com a vantagem de permitir ao investigador a cobertura de maior número de elementos do que se poderia pesquisar.</p><p>Logo, essa técnica apresenta-se como uma técnica de verificação de dados, visa o acesso às fontes pertinentes, escritas ou não, sendo parte integrante da heurística da investigação. É uma técnica que tanto complementa informações obtidas por outras técnicas, quanto revela aspectos novos de um tema ou problema. A análise documental é uma técnica importante porque a investigação histórica, ao pretender estabelecer sínteses sistemáticas dos acontecimentos históricos, contribui às ciências sociais no sentido da reconstrução crítica de dados que permitam inferências e conclusões (COHEN e MANION, 1990).</p><p>O procedimento adotado para obtenção da reflexão teórica foi levantamento bibliográfico com dados complementares, a fim de buscar informações prévias e condensadas sobre o assunto, bem como trazer questões e indagações (mediante conteúdo de livros, artigos científicos, teses e dissertações) sobre a temática abordada no trabalho. As referências elencadas no trabalho foram pesquisadas no site da Scientific Electronic Library Online -Scielo; Google Acadêmico com a consulta das categorias abordadas.</p><p>E a abordagem adotada foi qualitativa, visando a compreensão e interpretação dos diferentes pontos de vista sobre o tema. A análise dos dados foi conduzida seguindo uma abordagem dialética, que buscou correlacionar categorias antagônicas presentes na literatura. Por meio desse processo, foram identificados contradições, conflitos e tendências nos critérios de miserabilidade e deficiência no processo administrativo e no entendimento judicial do BPC. Essa análise permitiu uma compreensão mais aprofundada das questões envolvidas e contribuiu para o enriquecimento do debate sobre o assunto.</p><p>3 REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é uma política brasileira de assistência social, e é o único benefício garantido constitucionalmente que oferece proteção a idosos e deficientes e destina-se a proteção de pessoas idosas e com deficiência, objetivando a distribuição de renda no valor de um salário mínimo. Os seus objetivos são explícitos de acordo com o que assegura a política assistencial definido no parágrafo único do art. 2 da Lei n. 8.742, de 1993 com intuito de enfrentamento da pobreza, à garantia da proteção social, ao provimento de condições para atender contingências sociais e à universalização dos direitos sociais.</p><p>3.1. O BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.</p><p>A instituição do BPC no Brasil foi realizada pela Constituição Federal de 1988 (CF/1988), artigo 203, inciso V, regulamentada em 1993 pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei n0. 8.742, de 07 de dezembro de 1993), complementada e retificada pelo Decreto Federal n0. 1.744, de 08 de dezembro de 1995, pela Medida Provisória n0. 1.426/1996, posteriormente Lei n0. 9.720, de 30 de novembro de 1998 (BRASIL, 2007d). Hoje, o BPC está regulamentado pelos Decretos n0. 6.214, de 26 de setembro de 2007, e n0. 6.564, de 12 de setembro de 2008. O BPC substituiu a Renda Mensal Vitalícia (RMV) que, no âmbito da previdência social, concedeu entre 1975 e 1996 uma renda a pessoas idosas e com deficiência que comprovassem sua incapacidade para o trabalho. É um benefício operacionalizado pelo INSS e financiado com recursos do Fundo Nacional de Assistência Social – FNAS (BOSCHETTI, 2006).</p><p>O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é o único benefício de assistência social garantido pela Constituição Federal de 1988, presente no artigo 203, inciso V, regulamentado pela Lei nº 8.742/93 - Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS.</p><p>A construção da assistência social se deu após a promulgação da Constituição Federal de 1988, fundamentalmente, no artigo 203, incisos I, II, III, IV, V e VI da, norteado pelo princípio constitucional da solidariedade, expresso no Artigo 3º, I, em que preceitua: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.</p><p>Visto que o princípio constitucional da solidariedade está diretamente vinculado à seguridade social, onde tem por finalidade construir, assistir e proteger todos que dela necessitam, segundo a juíza federal Ana Cristina Monteiro de Andrade Silva da Vara de Joaçaba-SC (2016), o princípio constitucional da solidariedade, em termos de Direito Previdenciário, serve como meio de realização da dignidade da pessoa humana, de modo a atender aos fins da justiça social.</p><p>Quanto ao conteúdo normativo do princípio da solidariedade, há variação quanto aos seus limites e possibilidades. Ocorre que a proteção social deverá ser ministrada até debelar a necessidade resultante de uma contingência social, sendo que o dever do Estado e o direito do indivíduo não abrangem todas as carências nem sua completa extensão (PINHO, 2007, p. 66).</p><p>Logo, verifica-se que, o acesso ao direito constitucionalmente garantido, somente pode ser alcançado, de fato, a partir do ano de 1996, três anos após a edição da lei orgânica. Ao longo dos anos que se sucederam, o benefício sofreu aprimoramentos e foi se adequando aos sistemas governamentais, possibilitando a aplicabilidade plena e imediata, atenuando, assim, a desigualdade social, positivada nos artigos 6º, 194, e 203 da Constituição Federal.</p><p>Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015)</p><p>Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:</p><p>I - universalidade da cobertura e do atendimento;</p><p>II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços</p><p>às populações urbanas e rurais;</p><p>III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;</p><p>IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;</p><p>V - equidade na forma de participação no custeio;</p><p>VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter contributivo da previdência social; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)</p><p>VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)</p><p>Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:</p><p>I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;</p><p>II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;</p><p>III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;</p><p>IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;</p><p>V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.</p><p>Dessa forma, Ingo Wolfgang Sarlet, relata que a Constituição de 1988 foi a primeira na história do constitucionalismo pátrio a prever um título próprio aos princípios fundamentais, o constituinte deixa de forma clara e inequívoca que o Estado existe em função da pessoa humana e não ao contrário (SARLET, 2015).</p><p>Para requerer o BPC, a pessoa idosa ou com deficiência deve procurar um dos postos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), preencher o formulário de solicitação do benefício e de declaração de renda dos membros da família, comprovar residência e apresentar documentos próprios e da família para demonstrar as condições de renda (BRASIL, 2007b). Após a habilitação inicial, a pessoa com deficiência será encaminhada para uma avaliação social a ser realizada por assistente social do INSS e, em seguida, para uma avaliação médica em que terá a deficiência e o grau de incapacidade avaliados (MEDEIROS et. al, 2006; BRASIL, 2007b).</p><p>Vários são os pontos polêmicos da LOAS/1993, como o artigo 20, parágrafo 6º., ao afirmar que a concessão do benefício ficará sujeita a exame médico pericial e laudo realizados pelos serviços de perícia médica do INSS. As maiores controvérsias sobre os critérios de elegibilidade do BPC dizem respeito à avaliação do que seja incapacidade para a vida independente das pessoas com deficiência requerentes do benefício assistencial (MEDEIROS et. al, 2006; SQUINCA, 2007; BRASIL, 2007c).</p><p>Com o objetivo de tornar mais abrangente o conceito de deficiência, utilizado como critério para acessar o BPC, ficou instituído pelo Decreto n0. 6.214/2007, que a concessão do benefício à pessoa com deficiência ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de incapacidade com base nos princípios da Classificação Internacional de Funcionalidades, Incapacidade e Saúde (CIF) e, ainda, que a avaliação da deficiência e do grau de incapacidade será composta de avaliação médica e social que serão realizadas, respectivamente, pela perícia médica e pelo serviço social do INSS (BRASIL, 2007b).</p><p>3.2. O BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA</p><p>Segundo Iamamoto (2008), a política pública de assistência social no marco da seguridade social tem sido um dos âmbitos privilegiados de atuação profissional e um dos temas de destaque no Serviço Social brasileiro recente. O debate sobre as políticas sociais vem oferecendo uma sólida sustentação teórica à qualificação da assistência social no âmbito das relações entre o Estado e a sociedade civil, como direito dos cidadãos que dela necessitam e dever do Estado.</p><p>O BPC é um benefício da assistência social que consiste na transferência mensal e temporária de renda, sem contrapartidas, equivalente a um salário mínimo destinado às pessoas com deficiência1 e também às idosas com 65 anos de idade ou mais, ambas com renda per capita familiar inferior a ¼ de salário mínimo (BRASIL, 1993; 2007a).</p><p>Em conformidade com a Lei Orgânica de Assistência Social nº 8.742 de 1993, o benefício assistencial ao idoso e ao deficiente não é vitalício, e intransferível, extinguindo-se com a morte do beneficiário, não deixando assim direito a pensão por morte ou modificação da situação fática que embasam a concessão do benefício junto ao INSS.</p><p>Art. 21. O benefício de prestação continuada deve ser revisto a cada 2 (dois) anos para avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem. (Vide Lei nº 9.720, de 30.11.1998); § 1º O pagamento do benefício cessa no momento em que forem superadas as condições referidas no caput, ou em caso de morte do beneficiário. § 2º O benefício será cancelado quando se constatar irregularidade na sua concessão ou utilização. § 3o O desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou educacionais e a realização de atividades não remuneradas de habilitação e reabilitação, entre outras, não constituem motivo de suspensão ou cessação do benefício da pessoa com deficiência. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011); § 4o A cessação do benefício de prestação continuada concedido à pessoa com deficiência, inclusive em razão do seu ingresso no mercado de trabalho, não impede nova concessão do benefício, desde que atendidos os requisitos definidos em regulamento.(Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011); § 4º A cessação do benefício de prestação continuada concedido à pessoa com deficiência não impede nova concessão do benefício, desde que atendidos os requisitos definidos em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011); § 5º O beneficiário em gozo de benefício de prestação continuada concedido judicial ou administrativamente poderá ser convocado para avaliação das condições que ensejaram sua concessão ou manutenção, sendo-lhe exigida a presença dos requisitos previstos nesta Lei e no regulamento. (Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021).</p><p>Segundo Augusto Massayuki Tsutiya, a natureza jurídica do benefício da prestação continuada, compõe-se de um benefício de natureza assistencial, que não precisa de contribuição para a seguridade social, tendo como espécies o amparo social ao idoso e o amparo social à pessoa deficiente.</p><p>Válidos são os conceitos de Sergio Ferreira Pantaleão, que descreve:</p><p>[...] a) idoso: aquele com idade de 65 (sessenta e cinco) anos ou mais;</p><p>b) pessoa portadora de deficiência (PPD): é aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho, ou seja, aquela que apresenta perdas ou reduções da sua estrutura, ou função anatômica, fisiológica, psicológica ou mental, de caráter permanente, em razão de anomalias ou lesões irreversíveis de natureza hereditária, congênita ou adquirida, que geram incapacidade para viver independentemente ou para exercer atividades, dentro do padrão considerado normal ao ser humano, consoante estabelece a súmula 29 da Turma Nacional de Uniformização dos JEFs;</p><p>c) incapacidade: fenômeno multidimensional que abrange limitação do desempenho de atividade e restrição da participação, com redução efetiva e acentuada da capacidade de inclusão social, em correspondência à interação entre a pessoa com deficiência e seu ambiente físico e social;</p><p>d) família: o conjunto de pessoas que vivam sob o mesmo teto, assim entendido o cônjuge, o companheiro ou a companheira, os pais, os filhos e irmãos não emancipados de qualquer condição, menores de 21 (vinte e um) anos ou inválidos, e os equiparados a filhos, caso do enteado e do menor tutelado (na forma do art. 16 da Lei nº 8.213/1991);</p><p>e) família incapacitada de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa: aquela cujo cálculo da renda per capita, que corresponde à soma da renda mensal bruta de todos os seus</p><p>integrantes, dividida pelo número total de membros que compõem o grupo familiar, seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo.</p><p>família para cálculo da renda per capita, conforme disposto no§ 1º do art. 20 da Lei nº 8.742/1993: conjunto de pessoas que vivem sob o mesmo teto, assim entendido, o requerente, o cônjuge, a companheira, o companheiro, o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido, os pais, e o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido; [...].</p><p>Dessa forma segundo o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003) no parágrafo único do art. 34, dispõe que a concessão do benefício ora discutido não será contado para o cálculo de renda familiar per capita, a que se refere a LOAS. Desta feita, numa família composta de duas pessoas idosas, as duas terão direito a receber o benefício de prestação continuada, uma vez que não compõe a renda familiar este benefício, estando assim sem renda à família.</p><p>3.3. O RECONHECIMENTO DO DIREITO À ASSISTÊNCIA COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL SOCIAL</p><p>De acordo com Frederico Amado, a seguridade social busca, acima de tudo, por meio de políticas públicas, diminuir os riscos de miséria social, estabelecendo uma sociedade mais justa, onde todos têm seus direitos assegurados para uma vida digna, então vejamos:</p><p>No Brasil, a seguridade social é um sistema instituído pela Constituição Federal de 1988 para a proteção do povo brasileiro (e estrangeiros em determinadas hipóteses) contra riscos sociais que podem gerar a miséria e a</p><p>intranquilidade social, sendo uma conquista do Estado Social de Direito, que deverá intervir para realizar direitos fundamentais de 2ª dimensão (AMADO,2017, p. 19)</p><p>Sobre esse mesmo entendimento o autor Fábio Zambitte Iabrahim explica que “a seguridade social é um sistema que visa a proteção por meio do Estado e</p><p>particulares, buscando proteger os indivíduos que possam sofrer algum risco social e, busca ampliar cada vez mais a eficácia do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana” (IABRAHIM, 2015, p.5). Marisa Santos também defende que a Seguridade Social visa promover e aumentar a dignidade do indivíduo, devendo todas as parcelas da sociedade terem direito a essa garantia (SANTOS, 2016, p. 43).</p><p>Ademais, seguindo o pensamento da autora Marcia Morais Ferreira “O sistema de Seguridade Social brasileiro é composto por três pilares: a Previdência Social, a Saúde e a Assistência Social” (FERREIRA, 2018, p. 12). Como faz referência o autor José Jayme Santoro “resumindo: na Previdência, o que está em questão são as prestações pecuniárias; na Saúde, as medidas gerais de prevenção e as específicas de cura; na Assistência Social, os apoios sociais substitutivos” (SANTORO, 2001, p.12).</p><p>Dentro disso ao avaliarmos a seguridade social, podemos perceber que a Assistência Social está amparada pela Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, sendo um conjunto de serviços sociais que se destinam à proteção da família, da velhice e dos deficientes, visando promover a equidade no tratamento desses grupos. Auxilia-se ainda entender, que a Assistência Social dispõe da garantia do benefício de um salário mínimo para idosos e/ou deficientes que não possuam maneira de prover sua própria subsistência, não sendo necessário o pagamento de nenhum meio contributivo para receber esse benefício.</p><p>Com isso, o benefício em estudo é concedido para aqueles que</p><p>não possuem meios de suprir suas despesas, sendo impossibilitados de exercer</p><p>qualquer atividade laboral. Logicamente, nos casos em que essa condição cessa, podendo o beneficiário se inserir no mercado de trabalho e conseguir suprir suas</p><p>necessidades financeiras, o deferimento do benefício será cessado, uma vez que não possui mais qualidade para ser amparado.</p><p>E busca-se por meio de políticas públicas assistencialistas, como a Assistência Social, tutelar aquelas pessoas que se encontram com alguma dificuldade socioeconômica em razão da sua idade avançada, ou por possuir alguma patologia que lhe impossibilite de trabalhar.</p><p>3.4.REQUISITOS PARA CONCESSÃO DO LOAS.</p><p>Quando foi implementado o amparo social ao deficiente, a pessoa com</p><p>deficiência passou a ser definida pelo artigo 20 da LOAS como aquela incapacitada</p><p>para a vida independente e para o trabalho em razão de anomalias ou lesões</p><p>irreversíveis de natureza hereditária congênita ou adquiridas que impeçam o</p><p>desempenho das atividades da vida diária e do trabalho (BRASIL, 1993).</p><p>No entanto foi apenas em 2011, com a Lei nº 12.435 que se estabeleceu</p><p>que para o recebimento do BPC, é deficiente aquelas pessoas que possuem algum</p><p>impedimento, de longo prazo, sejam de natureza física, intelectual ou sensorial que</p><p>impeçam de gerir os atos da vida. Ressalta-se, ainda, que esse entendimento foi</p><p>extraído diretamente do texto da Convenção Internacional sobre Pessoas com</p><p>Deficiência:</p><p>Para tanto cumpre analisar a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Convenção de Nova York), assinada em Nova York em 30.03.2007, que em seu art. 1º considera pessoa deficiente aquela que possui “impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”. Deve-se considerar que nos termos do art. 5º, § 3º, da CF/88, trazido pela EC 45/04, os tratados e as convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados pelo Brasil observando os critérios formais de aprovação das emendas constitucionais serão equivalentes a estas.</p><p>Assim, as convenções internacionais que versem sobre direitos humanos, “para além de serem materialmente constitucionais, poderão, a partir do § 3º do mesmo dispositivo, acrescer a qualidade de formalmente constitucionais, equiparando-se às emendas à Constituição, no âmbito formal”. E, ainda, que a primeira convenção a seguir este procedimento legislativo foi a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Convenção de Nova York), aprovada pelo Congresso Nacional pelo Decreto Legislativo 186, de 09.07.2008, e internalizada pelo Presidente da República por intermédio do Decreto 6.949, de 25.08.2009. (FOLMANN E MARCELINO, 2012 p. 31)</p><p>No entanto penas o laudo/atestado médico alegando a deficiência não comprova, sozinho, a necessidade do recebimento do BPC, sendo necessário que o requerente do benefício passe por avaliação pericial bem como por processos que atestem sua incapacidade de vida no cotidiano. Essa aferição de incapacidade pode ser dada por dois meios: o social e o biomédico. Como explana Barbosa:</p><p>O modelo biomédico traduz a deficiência como uma tragédia pessoal, transformando o corpo com impedimentos em um objeto de intervenção e normalização. Para os médicos peritos desta pesquisa, a deficiência é resultado dos impedimentos do corpo (BARBOSA et al, 2009, p. 383).</p><p>Diante disso, será necessário que a pessoa com deficiência comprove por</p><p>vários meios diferentes sua incapacidade e sua necessidade de receber um amparo</p><p>assistencial do Governo, visto que, não possui maneira de suprir seu próprio sustento. E ainda precisa ser levado em conta que o deficiente precisa acostar documentação médica, passar por perícia, avaliação social, dentre outros, para que, assim, seja enquadrado dentro dos requisitos necessários para concessão do benefício.</p><p>3.5.DESAFIOS PARA CONCESSÃO DO LOAS</p><p>O BPC, como já foi exposto, consiste em um programa que garante um salário mínimo mensal aos idosos e às pessoas com deficiência no Brasil que não tenham condições de manter a sua sobrevivência e que estejam comportados dentro de determinados critérios como o de idade mínima (no caso dos idosos), renda per capita inferior a ¼ de salário e deficiência que incapacite o sujeito para a vida independente e para o trabalho (BRASIL, 1993; 2007a).</p><p>O Decreto n0. 1.330, de 8 de dezembro de 1994, foi o primeiro instrumento que estabeleceu as regras iniciais para a operacionalização do BPC. O Decreto previa o início da operacionalização</p><p>do benefício para junho de 1995 com a consequente manutenção, no âmbito da previdência social, do pagamento da RMV (BRASIL, 1994).</p><p>Entretanto, o benefício teve seu início protelado para janeiro de 1996. Um mês antes, foi assinado um novo Decreto, o de n0. 1.744, de 8 de dezembro de 1995, que redefinia a data de início da operacionalização do BPC, assim como estabelecia a responsabilidade e a competência de organizar e implementar os meios necessários à consecução da operacionalidade do programa para o INSS.</p><p>O texto inicial da LOAS/1993 estabeleceu alguns itens que deveriam compor os procedimentos operacionais do benefício, como: 1. a compreensão a respeito do conceito de família; 2. a idade mínima para o idoso; 3. a definição de pessoa com deficiência; 4. o patamar financeiro per capita; 5. a proibição do acúmulo do BPC com outro benefício da seguridade social exceto assistência médica; 5. a necessidade do laudo pericial expedido por uma equipe multiprofissional que ateste a deficiência (BRASIL, 1993).</p><p>A LOAS/1993 procurou regulamentar os parâmetros que deveriam ser adotados na organização dos procedimentos operativos do benefício. Alguns autores apontam que os parâmetros de acesso foram muito restritivos, no entanto não podemos deixar de considerar que a lei é produto de correlações de forças políticas em uma dada conjuntura histórica que, no caso, está intimamente associada ao contexto de “contrarreforma” do Estado brasileiro que gerou mudanças sociais e políticas importantes após o período de redemocratização do país (BEHRING, 2003).</p><p>No entanto ,vários são os pontos polêmicos da LOAS/1993, como o artigo 20, parágrafo 6º., ao afirmar que a concessão do benefício ficará sujeita a exame médico pericial e laudo realizados pelos serviços de perícia médica do INSS. As maiores controvérsias sobre os critérios de elegibilidade do BPC dizem respeito à avaliação do que seja incapacidade para a vida independente das pessoas com deficiência requerentes do benefício assistencial (MEDEIROS et. al, 2006; SQUINCA, 2007; BRASIL, 2007c).</p><p>Pesquisas revelam que os médicos-perito responsáveis pela avaliação pericial das pessoas com deficiência possuem critérios diversificados para avaliar a elegibilidade delas ao benefício (DINIZ et. al, 2007; MEDEIROS et. al, 2006). Essa constatação dos pesquisadores aponta para ausência de critérios objetivos na legislação, o que relega a responsabilidade de definir tais critérios somente às práticas individualizadas dos médicos-perito.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BARBOSA, L.; DINIZ, D.; SANTOS, W. R. Diversidade corporal e perícia médica no benefício de prestação continuada. In: ______; ______; ______. (Org.). Deficiência e igualdade. Brasília-DF: Ed. UNB, 2010.</p><p>BARBOSA, A. F. B.; CARVALHO, D. S. Trabalho precário no mundo, na América Latina e no Brasil. Observatório Social. Disponível em:<http://www.observatoriosocial.org.br/arquivos_biblioteca/conteudo/1897er10_27a36.pdf>. Acesso em: 29/10/2022.</p><p>BEHRING, Elaine Rossetti. Brasil em contra-reforma – desestruturação do Estado e perda de direitos. São Paulo: Cortez, 2003.</p><p>BEHRING, E.; BOSCHETTI, I. Política Social: fundamentos e história. São Paulo: Cortez, 2006. (Biblioteca Básica do Serviço Social; v. 2).</p><p>BOSCHETTI, Ivanete; SALVADOR, Evilásio. O financiamento da Seguridade Social no Brasil no período 1999 a 2004: quem paga a conta? Serviço Social e saúde: formação e trabalho profissional, v. 1, p. 49-72, 2006.</p><p>BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Centro Gráfico, 1988.</p><p>BRASIL. Decreto nº 6.214, de 26 de setembro de 2007. Regulamenta o benefício de prestação continuada da assistência social devido à pessoa com deficiência e ao idoso 59 de que trata a Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, acresce parágrafo ao art. 162 do Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, e dá outras providências. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2007/decreto-6214-26-setembro-2007- 560259-normaatualizada-pe.html. Acesso em: 28/07/2024.</p><p>BRASIL. Constituição (1993). Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Lei Orgânica da Assistência Social. 1993, BRASÍLIA.</p><p>COHEN, L.; MANION, I. Métodos de investigación educativa. Madrid: La Muralla, 1990.</p><p>CRAVO, C.A. Análise do Programa Bolsa Família no município de Capão Bonito – SP na perspectiva do beneficiário. [Dissertação]. Universidade Federal de São Carlos. Sorocaba, 2017. Disponível em: https://www.ppgsga.ufscar.br/alunos/bancode-dissertacoes/carlaCravo.pdf. 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