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<p>18/11/14 Os Versos de Ouro de Pitágoras</p><p>www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=25#.VGtRBYfFUZw 1/14</p><p>www.FilosofiaEsoterica.com</p><p>Fraternidade universal, cidadania planetária e busca da sabedoria eterna estão entre as</p><p>ideias centrais que inspiram este website. E-mail para contato: lutbr@terra.com.br .</p><p>Visite, também, www.TheosophyOnline.com e www.Esoteric-Philosophy.com .</p><p>Os Versos de Ouro de Pitágoras</p><p>Carlos Cardoso Aveline</p><p>Gravura reproduzida da obra The Pythagorean Sourcebook and Library,</p><p>Compiled and Translated by Kenneth Guthrie, Phanes Press, Michigan, EUA, 1987, 361 pp.</p><p>Os Versos de Ouro da tradição pitagórica constituem um documento de valor inestimável. Este texto</p><p>breve e único é um mapa preciso do caminho prático para a sabedoria divina.</p><p>É verdade que o documento tem sido mantido em um relativo esquecimento, como tantos outros que</p><p>pertencem à sabedoria tradicional do ocidente. Mas isso só aumenta o valor da sua descoberta pessoal</p><p>por parte do leitor. Por outro lado, o significado desse texto brilha hoje dentro de um contexto maior,</p><p>http://www.theosophyonline.com/</p><p>http://www.esoteric-philosophy.com/</p><p>18/11/14 Os Versos de Ouro de Pitágoras</p><p>www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=25#.VGtRBYfFUZw 2/14</p><p>por parte do leitor. Por outro lado, o significado desse texto brilha hoje dentro de um contexto maior,</p><p>pelo qual as filosofias clássicas grega e romana vêm, desde o século 20, recuperando gradualmente a</p><p>sua visibilidade e a sua popularidade.</p><p>Traduzo os Versos a partir do texto de Hierocles de Alexandria [1], com base na versão inglesa feita por</p><p>N. Rowe em 1707, e adotada hoje pela maior parte dos estudiosos da tradição pitagórica [2]. Examinei</p><p>outras versões dos Versos, em vários idiomas, mas opto por essa versão de Hierocles em inglês,</p><p>cotejada, em alguns casos, com a de Fabre d’Olivet. Acrescento comentários e informações adicionais</p><p>com base na filosofia clássica e na filosofia esotérica.</p><p>Os Versos de Ouro expressam em poucas palavras e com uma clareza definitiva o compromisso de vida</p><p>dos pitagóricos de todos os tempos. Sua mensagem será provavelmente tão atual dentro de 20 ou 25</p><p>séculos como era na Grécia e na Roma antigas. Por outro lado, durante a complexa transição atual para</p><p>uma civilização planetária e democrática, os Versos apontam e sinalizam impecavelmente o caminho da</p><p>autoregeneração de cada indivíduo, que constitui a base fundamental para um renascimento</p><p>coletivo da sabedoria no futuro a médio prazo.</p><p>A seguir, pois, um texto imortal, que se pode e deve ler e reler muitas vezes ao longo do tempo. É um</p><p>mapa, um guia e um tratado completo sobre a vida dos sábios.</p><p>0000000000000000</p><p>1. Honra em primeiro lugar os deuses imortais, como manda a lei.</p><p>Os deuses ou espíritos imortais são personificações das inteligências cósmicas, tal como registradas nas</p><p>lendas dos mitos antigos.</p><p>Por outro lado, são também os grandes instrutores da humanidade, os Adeptos mencionados na</p><p>literatura teosófica clássica, os grandes Rishis da Índia antiga e os Imortais da tradição taoísta.</p><p>Esotericamente, a lei referida nesse verso é a lei da evolução, que guia simultaneamente o cosmo e cada</p><p>ser que vive nele.</p><p>Mas, de acordo com o ponto de vista de Fabre d’Olivet, o primeiro Verso pitagórico fala da lei e dos</p><p>costumes do país em que se vive. Assim, para evitar perseguições em tempos de intolerância, o</p><p>praticante dos Versos de Ouro pode adotar a religião externa do seu país, enquanto segue internamente</p><p>a doutrina esotérica dos pitagóricos.</p><p>2. A seguir, reverencia o juramento que fizeste.</p><p>A decisão de buscar a verdade, manifestada através de um juramento ou voto espiritual, é uma</p><p>expressão dinâmica da nossa conexão interior com o mundo divino. Daí sua importância, a ponto de ser</p><p>colocada na abertura dos Versos de Ouro. Este juramento, no seu aspecto mais profundo,</p><p>é simplesmente a decisão, tomada em nosso próprio coração, de seguir o caminho da sabedoria. (O</p><p>juramento dos pitagóricos é discutido com mais detalhes no Verso 48.)</p><p>3. Depois os heróis ilustres, cheios de bondade e luz.</p><p>Os heróis ilustres são seres de alto grau de evolução, embora possam não ter chegado à libertação</p><p>espiritual alcançada pelos Adeptos ou Imortais. Hércules, uma exceção, era um ser</p><p>reconhecido simultaneamente como um deus e um herói. No entanto, a diferença entre as duas</p><p>situações é clara, no vemos no livro On the Mysteries (Sobre os Mistérios), de Jâmblico. [3]</p><p>18/11/14 Os Versos de Ouro de Pitágoras</p><p>www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=25#.VGtRBYfFUZw 3/14</p><p>situações é clara, no vemos no livro On the Mysteries (Sobre os Mistérios), de Jâmblico. [3]</p><p>4. Homenageia então os espíritos terrestres, e manifesta por eles o devido</p><p>respeito.</p><p>Os espíritos terrestres são os homens bons e sábios.</p><p>5. Honra em seguida a teus pais, e a todos os membros da tua família.</p><p>Cumprir os deveres familiares e ter um comportamento equilibrado no plano emocional garante uma</p><p>boa parte da tranqüilidade básica necessária à busca da sabedoria divina. O desapego é igualmente</p><p>importante. Um instrutor espiritual dos Himalaias escreveu no século 19 para um discípulo leigo, Alfred</p><p>Sinnett: “Parece pouco a você que o ano anterior tenha sido empregado apenas em seus ‘deveres</p><p>familiares’? Não; que melhor causa para recompensa, que melhor disciplina que o cumprimento do</p><p>dever a cada hora e a cada dia? Creia-me, meu ‘aluno’, o homem ou a mulher que é colocado pelo</p><p>Carma no meio de deveres, sacrifícios e amabilidades pequenos e definidos irá, através do fiel</p><p>cumprimento deles, erguer-se à dimensão maior do Dever, do Sacrifício e da Caridade para com toda a</p><p>humanidade. Que melhor caminho, para a iluminação buscada por você, que a vitória diária sobre o Eu,</p><p>a perseverança apesar da ausência de progresso psíquico visível, o suportar da má-sorte com aquela</p><p>serena resistência que a transforma em vantagem espiritual – já que o bem e o mal não podem ser</p><p>medidos por acontecimentos no plano inferior ou físico?” [4]</p><p>6. Entre todos os outros, escolhe como amigo aquele que se distingue por</p><p>sua virtude.</p><p>Na sua obra intitulada “Ditos e Feitos Memoráveis de Sócrates”, Xenofonte conta como Sócrates</p><p>ensinou a Cristóbulo a arte de afastar-se de homens ignorantes. Ao terminar sua exposição, o sábio</p><p>aconselha: “Fica tranqüilo, Cristóbulo: procura fazer-te bom e, uma vez bom, põe-te à caça dos</p><p>corações virtuosos.” [5]</p><p>7. Aproveita sempre suas suaves exortações, e segue o exemplo das suas</p><p>ações virtuosas e úteis.</p><p>8. Mas evita, tanto quanto possível, afastar-te do teu amigo por um</p><p>pequeno erro.</p><p>9. Porque a força é limitada pela necessidade.</p><p>Hierocles comenta: “É para o nosso benefício mútuo que a lei da amizade nos une, para que os nossos</p><p>amigos possam ajudar-nos a crescer em virtude, e para que nós possamos, reciprocamente, ajudá-los</p><p>em seu progresso nesse sentido. Porque, como companheiros de viagem no caminho que leva a uma</p><p>vida melhor, nós deveríamos, para nosso proveito comum, transmitir a eles as coisas boas que</p><p>possamos descobrir, talvez com mais clareza que eles.” E Hierocles faz uma advertência: “Há apenas</p><p>uma coisa que não devemos aceitar em um amigo, que é que ele caia em um comportamento corrupto”.</p><p>Nesse ponto, como sempre, valem mais os atos que as palavras. Mas, acrescenta Hierocles, nessa</p><p>situação “não devemos vê-lo como inimigo, porque já foi nosso amigo, nem devemos vê-lo como nosso</p><p>amigo, por causa do seu comportamento decadente”.</p><p>10. Lembra que todas essas coisas são como eu te disse.</p><p>18/11/14 Os Versos de Ouro de Pitágoras</p><p>www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=25#.VGtRBYfFUZw 4/14</p><p>11. Mas acostuma-te a vencer essas paixões: primeiro, a gula; depois a</p><p>preguiça, a luxúria e a raiva.</p><p>Segundo Hierocles, “essas são as paixões que devemos restringir e manter dominadas, para que elas não</p><p>possam descompor e obstruir a nossa razão.”</p><p>12. Nunca faças junto com outros, nem sozinho, algo que te dê vergonha.</p><p>13. E, sobretudo, respeita a ti mesmo.</p><p>Os versos 12 e 13 recomendam duas coisas inseparáveis: a auto-restrição</p><p>e o auto-respeito, ou, em</p><p>outras palavras, a abstenção do erro e a auto-estima. De fato, só com respeito por nós mesmos – um</p><p>sentimento que na verdade é amor pelo que há de mais puro e elevado em nós – podemos ter uma</p><p>suave disciplina não-repressiva que nos permite abster-nos daquilo que sabemos que é errado.</p><p>14. Pratica a justiça com teus atos e com tuas palavras.</p><p>15. E estabelece o hábito de nunca agir impensadamente.</p><p>16. Mas lembra sempre um fato, o de que o destino estabelece que a</p><p>morte virá a todos;</p><p>17. E que as coisas boas do mundo são incertas, e assim como podem ser</p><p>conquistadas, podem ser perdidas.</p><p>18. Suporta com paciência e sem murmúrios a tua parte, seja qual for,</p><p>19. Dos sofrimentos que o destino determinado pelos deuses lança sobre</p><p>os seres humanos.</p><p>Temos aqui as ideias centrais adotadas mais tarde pelos filósofos estóicos. O filósofo-imperador</p><p>neoestóico Marco Aurélio recomendava: “Vive cada dia da tua vida como se fosse o último”. Os</p><p>estóicos construíram sua filosofia sobre a ideia da indiferença diante da dor e do prazer externos e de</p><p>curto prazo. Essa regra básica da arte de viver ocupa lugar central em Sócrates, Platão, e muitos outros</p><p>filósofos, para não falar em tradições orientais como Raja Ioga e outras.</p><p>Em relação ao Verso 19, Platão escreve em A República que “Deus” – que para os gregos é a</p><p>pluralidade estrutural do mundo divino, a ideia universal – nunca é o causador dos sofrimentos de</p><p>alguém. Ali, Platão faz Sócrates afirmar: “Deus não é a causa de tudo, mas tão-somente do bem”.[6]</p><p>Estaria, então, equivocado o Verso 19? Não. O Verso não é fatalista. O “destino determinado pelos</p><p>deuses” e que é lançado sobre o ser humano foi criado pelo próprio homem. Os “deuses”, as</p><p>inteligências divinas em seu funcionamento coletivo, apenas ordenam e organizam, natural e</p><p>espontaneamente, o carma ou destino que a própria humanidade cria para si. Por isso é errado rezar ou</p><p>pedir favores a deuses ou seres divinos. A solução prática é agir bem e acertadamente, esperando que o</p><p>bom carma amadureça para que os seus resultados possam ser colhidos. No entanto, as orações são</p><p>úteis sempre que servem para que o nosso pensamento se erga acima das angústias. O pensamento</p><p>positivo dá bons frutos, e embora as orações não tenham valor como pedidos, elas funcionam como</p><p>mecanismos de elevação da consciência.</p><p>18/11/14 Os Versos de Ouro de Pitágoras</p><p>www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=25#.VGtRBYfFUZw 5/14</p><p>20. Mas esforça-te por aliviar a tua dor no que for possível,</p><p>21. E lembra que o destino não manda muitas desgraças aos bons.</p><p>O destino, como vimos, é o carma, isto é, o encadeamento de ações e reações da vida. O carma, diz o</p><p>verso 21, não manda muitas desgraças aos bons. Está correto. Porém, a vida é complexa, e é oportuno</p><p>lembrar uma advertência de Helena Blavatsky, que escreveu o seguinte em 1883: “O chela” – isto é, o</p><p>aprendiz da sabedoria eterna – “é levado a enfrentar não só todas as más propensões latentes em sua</p><p>natureza, mas, por acréscimo, todo o conjunto de poder maléfico acumulado pela comunidade e nação</p><p>a que ele pertence. Porque ele é uma parte integral daqueles agregados, e tudo o que afeta tanto o</p><p>homem individual como o grupo (cidade ou nação) reage um sobre o outro. Nesta instância a luta pela</p><p>bondade destoa do conjunto da maldade em seu meio ambiente, e atrai sua fúria sobre si.” [7]</p><p>Esse parece ser o motivo pelo qual grande quantidade de seres que trabalharam pela regeneração</p><p>humana foram severamente perseguidos, ou pelo menos incompreendidos, em seu tempo. Entre eles</p><p>estão Sócrates, Pitágoras, Apolônio de Tiana, São Francisco de Assis, São João da Cruz, Martim</p><p>Lutero, Mahatma Gandhi, Alessandro Cagliostro e a própria Helena Blavatsky. E foram milhares. A</p><p>vida de Jesus, no Novo Testamento, simboliza e retrata esse mesmo processo. Porém, é central o fato</p><p>de que, sendo bons, eliminamos as fontes e a causa do nosso sofrimento. E isso ocorre mesmo que, a</p><p>curto prazo, haja desafios e dificuldades. Não é por acaso que o caminho da libertação espiritual passa</p><p>pelo desapego e pela indiferença à dor e ao prazer.</p><p>Esse verso também sugere que, se formos bons e altruístas, teremos uma quota de felicidade. Mas essa</p><p>felicidade será predominantemente interior e não surgirá de uma vida externamente prazenteira ou</p><p>indulgente.</p><p>22. O que as pessoas pensam e dizem varia muito; agora é algo bom, em</p><p>seguida é algo mau.</p><p>23. Portanto, não aceites cegamente o que ouves, nem o rejeites de modo</p><p>precipitado.</p><p>24. Mas, se forem ditas falsidades, retrocede suavemente e arma-te de</p><p>paciência.</p><p>25. Cumpre fielmente, em todas as ocasiões, o que te digo agora:</p><p>26. Não deixes que ninguém, com palavras ou atos,</p><p>27. Te leve a fazer ou dizer o que não é melhor para ti.</p><p>28. Pensa e delibera antes de agir, para que não cometas ações tolas,</p><p>Um raja iogue dos Himalaias escreveu, no século 19, em uma carta para sua discípula ocidental Laura</p><p>C. Holloway: “Como você pode discernir o real do irreal, o verdadeiro do falso? Só através do</p><p>autodesenvolvimento. Como conseguir isso? Primeiro, precavendo-se contra as causas do auto-engano.</p><p>E isso você pode fazer dedicando-se, em determinada hora ou horas fixas, a cada dia, totalmente só, à</p><p>autocontemplação, a escrever, a ler, a purificar suas motivações, a estudar e corrigir seus erros, ao</p><p>planejamento do seu trabalho na vida externa. Essas horas deveriam ser reservadas como algo sagrado e</p><p>18/11/14 Os Versos de Ouro de Pitágoras</p><p>www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=25#.VGtRBYfFUZw 6/14</p><p>planejamento do seu trabalho na vida externa. Essas horas deveriam ser reservadas como algo sagrado e</p><p>ninguém, nem mesmo o seu amigo ou seus amigos mais íntimos, deveria estar com você naquele</p><p>momento. Pouco a pouco sua visão ficará clara, você descobrirá que as névoas se dissipam (...).” [8]</p><p>29. Porque é próprio de um homem miserável agir e falar de modo</p><p>impensado.</p><p>A expressão “homem miserável” significa aqui “homem que sofre”, um ser que passa por misérias.</p><p>30. Mas faze aquilo que não te trará aflições mais tarde, e que não te</p><p>causará arrependimento.</p><p>31. Não faças nada que sejas incapaz de entender,</p><p>32. Mas aprende tudo o que for necessário aprender, e desse modo terás</p><p>uma vida feliz.</p><p>33. Não esqueças de modo algum a saúde do corpo,</p><p>Uma espiritualidade empobrecida e estreita, baseada em crenças cegas e cerimônias, acabou</p><p>provocando na cultura ocidental um tradicional desprezo pelo corpo, como se só o espírito fosse bom e</p><p>a “carne” fosse má. Esse grave erro tem levado à visão do caminho espiritual como algo distanciado da</p><p>prática concreta. Para a sabedoria eterna, como para a filosofia clássica, o corpo é o templo habitado</p><p>pelo espírito, e deve ser tratado com respeito e consideração. Matéria, energia e espírito são três</p><p>aspectos da mesma Vida Una.[9] Assim, o corpo é um instrumento prático para vivenciar e expressar o</p><p>que é sagrado.</p><p>34. Mas dá a ele alimento com moderação, o exercício necessário e</p><p>também repouso à tua mente.</p><p>Aqui parece ter havido uma contaminação do texto ao longo do tempo. Na versão disponível atribuída a</p><p>Hierocles, lemos, literalmente: “Mas dá a ele bebida e carne na medida certa, e também o exercício que</p><p>ele necessita”. Na verdade, sabe-se que as comunidades pitagóricas eram vegetarianas. Como a menção</p><p>a consumo de carne está fora de contexto, opto, em parte, pela versão de Fabre d’Olivet, que diz,</p><p>literalmente: “Dá, com moderação, alimento ao corpo, e à mente repouso”.</p><p>35. O que quero indicar com a palavra moderação é aquilo que não te</p><p>provocará mal-estar.</p><p>Os extremos devem ser evitados. Essa é uma menção ao caminho do meio e ao avanço gradual a ser</p><p>realizado pelo aprendiz, sem pressa e sem pausa.</p><p>36. Acostuma-te a uma vida decente e pura, sem luxúria.</p><p>37. Evita todas as coisas que causarão inveja.</p><p>Isso nem sempre é possível para o aprendiz. Até mesmo a bondade e a sinceridade de alguém podem</p><p>ser motivos de inveja – por exemplo, por parte daqueles que decidiram fazer ouvidos surdos à sua</p><p>própria consciência.</p><p>Aquele que optou pela astúcia pode sofrer agudamente ao ver as ações corretas e</p><p>as motivações puras de alguém que escuta a voz do coração. Um tal indivíduo poderá invejar e atacar o</p><p>18/11/14 Os Versos de Ouro de Pitágoras</p><p>www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=25#.VGtRBYfFUZw 7/14</p><p>as motivações puras de alguém que escuta a voz do coração. Um tal indivíduo poderá invejar e atacar o</p><p>aprendiz da sabedoria, tentando legitimar e confirmar desse modo, para si mesmo e para os outros, a</p><p>sua decisão de abandonar como algo “impossível” ou “utópico”, a prática da sinceridade. Veja, a</p><p>propósito, o comentário ao Verso 21. Porém, a cautelosa recomendação do Verso 37 é fundamental.</p><p>Servirá para reduzir em boa parte os sofrimentos no caminho do aprendizado.</p><p>38. E não cometas exageros no uso de bens materiais. Vive como alguém</p><p>que sabe o que é honrado e decente.</p><p>39. Não ajas movido pela cobiça ou avareza. É excelente usar a justa</p><p>medida em todas essas coisas.</p><p>40. Faze apenas as coisas que não podem ferir-te, e decide antes de fazê-</p><p>las.</p><p>Os princípios da conduta pitagórica devem ser ponderados uma e outra vez, até que sejam absorvidos</p><p>em cada um dos níveis de consciência e nas práticas da rotina diária do aprendiz. Os caminhantes</p><p>espirituais gradualmente se transformam, eles mesmos, na verdade universal que é tema do seu estudo e</p><p>da sua contemplação. Por isso os Versos 38 a 40 reforçam duas ideias fundamentais sugeridas antes:</p><p>agir moderadamente e nunca atuar de modo impensado. Segundo o Verso 40, devemos antecipar</p><p>mentalmente as conseqüências das nossas ações e evitar aquilo que nos causará mais mal do que bem.</p><p>Quase toda ação causa efeitos contraditórios, alguns agradáveis, outros desagradáveis. Há ações</p><p>altruístas, por exemplo, que implicam um grau de sacrifício relativamente alto a curto ou a médio prazo.</p><p>Mas o saldo das ações deve ser positivo a longo prazo. E a decisão a respeito delas deve ser soberana.</p><p>41. Ao deitares, nunca deixes que o sono se aproxime dos teus olhos</p><p>cansados,</p><p>42. Enquanto não examinares com a tua consciência mais elevada todas</p><p>as tuas ações do dia.</p><p>43. Pergunta: “Em que errei? Em que agi corretamente? Que dever</p><p>deixei de cumprir?”</p><p>44. Recrimina-te pelos teus erros, alegra-te pelos acertos.</p><p>Cada dia da vida é a imagem em miniatura de uma vida inteira. Pela manhã cedo temos a vitalidade de</p><p>uma criança, e à noite sentimos o cansaço de alguém que é muito velho. A revisão pitagórica nos</p><p>permite avaliar o carma plantado e o carma colhido durante aquele dia. Desse modo podemos dormir</p><p>mais completa e profundamente, e com a consciência em paz. O estudante da sabedoria esotérica fica,</p><p>assim, livre para o aprendizado que ocorre durante o sono do seu corpo físico. Porque, como se sabe,</p><p>certos sonhos podem ser fonte importante de ensinamento espiritual.</p><p>O hábito da auto-observação previne alguns erros e corrige outros. Essa prática também prepara a</p><p>revisão do passado que irá ocorrer na fase final da velhice, e mesmo no último minuto da nossa vida</p><p>física. Essas revisões finais do conjunto da existência servem, por sua vez, para antecipar e definir o</p><p>rumo geral da vida após a morte, inclusive os seus dois principais estágios, que são o kama-loka (etapa</p><p>de purificação) e o devachan (etapa divina).</p><p>De modo semelhante, em pequena escala, a revisão ao final de cada dia ajuda a definir o rumo e a</p><p>qualidade de tudo o que irá ocorrer durante o sono e até o novo despertar. Graças à revisão pitagórica</p><p>18/11/14 Os Versos de Ouro de Pitágoras</p><p>www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=25#.VGtRBYfFUZw 8/14</p><p>do final do dia, cada nova manhã traz consigo uma vida mais livre do perigo de repetir os erros do</p><p>passado, e mais aberta para o potencial ilimitado de felicidade que cada ser humano tem sempre diante</p><p>de si.</p><p>45. Pratica integralmente todas essas recomendações. Medita bem nelas.</p><p>Tu deves amá-las de todo coração.</p><p>46. São elas que te colocarão no caminho da Virtude Divina,</p><p>O termo virtude - areté, em grego - não é algo a ser cultivado superficial ou artificialmente, como pode</p><p>ocorrer no contexto de certas teologias cristãs. Areté, explica Platão, é aquela atividade própria e</p><p>específica de uma determinada coisa ou pessoa. A virtude de uma bibicleta é o movimento, a virtude de</p><p>um peixe é nadar, e a virtude de um médico é curar. Assim, também, a virtude divina da alma humana é</p><p>uma característica e uma vocação essencial da parte superior e racional do indivíduo. Ela é o dharma, o</p><p>Tao, aquilo que surge naturalmente de uma alma imortal livre de apegos externos. [10]</p><p>47. Eu o juro por aquele que transmitiu às nossas almas o Quaternário</p><p>Sagrado,</p><p>48. A fonte da Natureza, cuja evolução é eterna.</p><p>O Quaternário Sagrado é a Tétrade ou tetraktys (em grego), o quatro sagrado pelo qual juravam os</p><p>pitagóricos. “Aquele que transmitiu o Quaternário” é o Mestre, cujo nome se evitava pronunciar em</p><p>vão. Esse era o juramento mais inviolável dos pitagóricos. O quaternário sagrado simbolizava a unidade</p><p>que se mostra em quatro aspectos no mundo visível, e também o eu imortal em sua ação concreta.</p><p>Um certo quaternário sagrado aparece também nos escritos esotéricos e reservados de H.P.</p><p>Blavatsky. É verdade que, ao escrever sobre a constituição oculta do ser humano, ela ensinou</p><p>publicamente sobre o quaternário inferior e mortal e a tríade imortal. Nesse seu primeiro esquema, o</p><p>quaternário mortal é constituído de: 1)Sthula-sharira (corpo físico), 2) Prana (princípio vital), 3)</p><p>Linga-sharira (modelo sutil ou arquétipo usado pela vitalidade, o que inclui a herança genética do</p><p>indivíduo), e 4) Kama (o centro dos sentimentos animais). Já a tríade imortal é formada por 5)</p><p>Manas (mente), 6) Buddhi (inteligência espiritual) e 7) Atma (o princípio supremo). Esse enfoque</p><p>permite ao estudante uma primeira aproximação do tema.</p><p>Porém, escrevendo para seus alunos esotéricos em um texto que só foi publicado após sua morte, H.P.</p><p>Blavatsky revelou um outro esquema setenário, traçado do ponto de vista da energia superior. Nele, há</p><p>um quaternário sagrado e uma tríade inferior. Desse ponto de vista o quaternário é formado por 1)</p><p>Ovo Áurico (aparece aqui a aura imortal), 2) Atma, 3) Buddhi e 4) Manas; e há uma tríade inferior</p><p>com 5) Kama, 6) Linga-sharira e 7) Prana. O corpo físico, Sthula-sharira, não aparece nesse</p><p>segundo esquema.[11]</p><p>A tétrade sagrada dos pitagóricos parece ter sido conhecida também pelos chineses. Geometricamente,</p><p>a sua apresentação é a seguinte:</p><p>.</p><p>. .</p><p>. . .</p><p>. . . .</p><p>A primeira linha da figura representa a unidade e o divino. A segunda linha, a dualidade e a</p><p>18/11/14 Os Versos de Ouro de Pitágoras</p><p>www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=25#.VGtRBYfFUZw 9/14</p><p>A primeira linha da figura representa a unidade e o divino. A segunda linha, a dualidade e a</p><p>materialidade. A terceira linha significa a tríade, o eu imortal em evolução, que reúne em si a unidade e</p><p>a dualidade. E a quarta linha simboliza a tétrade ou perfeição, que expressa a vacuidade e a plenitude.</p><p>Presente na figura está também a década, ou dez, a soma total dos pontos, que simboliza o cosmo.</p><p>Desse modo, o quaternário sagrado pelo qual juravam os pitagóricos significa: 1) o conjunto dinâmico</p><p>e cíclico da unidade divina; 2) o processo da manifestação do mundo divino na matéria; e 3) o cosmo</p><p>que tudo contém. [12]</p><p>49. Nunca comeces uma tarefa antes de pedir a bênção e a ajuda dos</p><p>Deuses.</p><p>Essa prática é recomendada em diferentes tradições religiosas orientais e ocidentais. Na França do</p><p>século 17, por exemplo, o irmão Lawrence, usando a técnica da presença divina, orava, ao começar</p><p>cada tarefa: “Oh, ser divino, já que você está comigo, e que para cumprir meu dever devo agora</p><p>concentrar minha mente em uma tarefa concreta, peço-lhe a graça de continuar em Sua Presença.</p><p>E</p><p>peço que, para isso, Você lance sobre mim a bênção da Sua ajuda, receba os frutos do meu trabalho, e</p><p>seja o proprietário de todas as minhas afeições.” [13]</p><p>50. Quando fizeres de tudo isso um hábito,</p><p>51. Conhecerás a natureza dos deuses imortais e dos homens,</p><p>52. Verás até que ponto vai a diversidade entre os seres, e também aquilo</p><p>que os reúne em si e os coloca em unidade uns com os outros.</p><p>53. Verás então, de acordo com a Justiça, que a substância do Universo é</p><p>a mesma em todas as coisas.</p><p>“De acordo com a Justiça”, isto é, “na medida dos teus méritos”. A palavra justiça, neste caso, significa</p><p>a lei do carma. A vida recebe de cada um conforme a sua possibilidade, e dá a cada um conforme os</p><p>seus méritos. A cada ação corresponde uma reação igual, no sentido inverso: “quem planta, colhe”. O</p><p>fato de que a substância do Universo é a mesma em todas as partes, mencionado no Verso 53, também</p><p>expressa a Lei da Justiça e do Equilíbrio Universal. O filósofo pitagórico Thomas Stanley escreveu em</p><p>sua obra sobre a vida e os ensinamentos de Pitágoras que há uma amizade universal unindo todos os</p><p>seres e todas as coisas.[14] E o Mahatma Koothoomi escreveu em uma das suas Cartas: “A Natureza</p><p>uniu todas as partes do seu Império por meio de fios sutis de simpatia magnética, e há uma relação</p><p>mútua até mesmo entre uma estrela e o homem ...”. [15]</p><p>54. Desse modo não desejarás o que não deves desejar, e nada nesse</p><p>mundo será desconhecido de ti.</p><p>A felicidade não consiste em ter o que se deseja, mas em não desejar o que não é adequado. Os desejos</p><p>pessoais distorcem a realidade e mantêm o ser humano na ignorância. Uma das definições de nirvana,</p><p>o estado de êxtase e de libertação espiritual, é “ausência total de desejos”. Essa é a porta que leva à</p><p>lucidez ilimitada do sábio, através da qual ele se conecta com a força do cosmo.</p><p>55. Perceberás também que os homens lançam sobre si mesmos suas</p><p>próprias desgraças, voluntariamente e por sua livre escolha.</p><p>56. Como são infelizes! Não vêem, nem compreendem que o bem deles</p><p>18/11/14 Os Versos de Ouro de Pitágoras</p><p>www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=25#.VGtRBYfFUZw 10/14</p><p>56. Como são infelizes! Não vêem, nem compreendem que o bem deles</p><p>está a seu lado.</p><p>57. Poucos sabem como libertar-se dos seus sofrimentos.</p><p>58. Esse é o peso do destino que cega a humanidade.</p><p>O peso do destino é o aspecto negativo do carma humano; a carga acumulada de erros cometidos pela</p><p>humanidade. O chamado carma positivo, ao contrário, é o peso da carga acumulada dos acertos</p><p>humanos. Os santos e sábios defendem a humanidade das conseqüências mais graves dos seus próprios</p><p>erros – como se ela fosse uma criança – ao mesmo tempo que orientam sua evolução. E poucos</p><p>poderiam duvidar de que a humanidade está em uma etapa relativamente infantil do seu</p><p>desenvolvimento espiritual.</p><p>59. Como grandes cilindros, os seres humanos rolam para lá e para cá,</p><p>sempre oprimidos por sofrimentos intermináveis,</p><p>60. Porque são acompanhados por uma companheira sombria, a desunião</p><p>fatal entre eles, que os lança para cima e para baixo sem que percebam.</p><p>Um ensinamento básico e central da tradição esotérica é o da unidade e da fraternidade universal de</p><p>todos seres.</p><p>A propósito dos versos 59 e 60, Fabre d’Olivet contribui com a seguinte imagem: “indefesos e</p><p>arrastados pelas paixões, lançados para lá e para cá por ondas adversas em um oceano sem praias,</p><p>elesrolam sem nada ver, incapazes de resistir ou de ceder à tempestade”. [16]</p><p>61. Trata, discretamente, de nunca despertar desarmonia, mas foge dela!</p><p>Uma formulação mais estritamente literal deste Verso, na versão de Hierocles, seria: “Ao invés de</p><p>provocar e estimular a desunião, eles deveriam evitá-la cedendo espaço.”</p><p>Mas é oportuno destacar que há pelo menos dois tipos de união ou harmonia. Existe uma harmonia</p><p>aparente, mantida como fachada para evitar e reprimir a liberdade e a independência natural dos seres; e</p><p>há outra harmonia interior, de coração, que é capaz de identificar, respeitar e preservar as diferenças</p><p>naturais entre os seres. Essa verdadeira harmonia não é sinônimo de uniformidade externa, mas nasce</p><p>de uma relação criativa e positiva entre seres e possibilidades diferentes.</p><p>62. Oh, Grande Zeus [17], pai dos homens, você os livraria de todos os</p><p>males que os oprimem, se você mostrasse a cada um o Espírito que é seu</p><p>guia.</p><p>O Espírito que guia cada ser humano é o seu próprio eu imortal, também chamado de mônada, Atma,</p><p>ou Atma-Buddhi.</p><p>63. Porém, tu não deves ter medo, porque os homens pertencem a uma</p><p>raça divina,</p><p>De fato, tanto a origem como o destino da nossa humanidade são divinos. Luz no Caminho,um clássico</p><p>da literatura esotérica, afirma:“A alma humana é imortal e seu futuro é o futuro de algo cujo</p><p>18/11/14 Os Versos de Ouro de Pitágoras</p><p>www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=25#.VGtRBYfFUZw 11/14</p><p>da literatura esotérica, afirma:“A alma humana é imortal e seu futuro é o futuro de algo cujo</p><p>crescimento e esplendor não têm limites”. [18]</p><p>64. E a natureza sagrada revelará a eles os mistérios mais ocultos.</p><p>65. Se ela comunicar a ti os seus segredos, colocarás em prática, com</p><p>facilidade, todas as coisas que te recomendo.</p><p>Quando a disciplina espiritual nos parece difícil, isso ocorre porque ainda não compreendemos bem a</p><p>realidade da vida.A verdade é que a ausência de disciplina traz dificuldades muito maiores.</p><p>66. E ao curar a tua alma a libertarás de todos esses males e sofrimentos.</p><p>67. Mas evita as comidas pouco recomendáveis para a purificação.</p><p>68. E a libertação da alma; usa um claro discernimento em relação a elas,</p><p>e examina bem todas as coisas,</p><p>69. Buscando sempre guiar-te pela compreensão divina que tudo deveria</p><p>orientar.</p><p>70. Assim, quando abandonares teu corpo físico e te elevares no mais</p><p>puro éter,</p><p>O éter é um dos níveis inferiores do Akasha, a substância primordial ou Luz Astral. E a recíproca é</p><p>verdadeira: “O akasha (palavra sânscrita) é a síntese do éter, é o éter superior”, diz Helena Blavatsky.</p><p>No contexto específico do Verso 70, éter significa o mundo da luz astral, as condições da vida após a</p><p>morte, que são determinadas pelo carma produzido em vida.</p><p>71. Serás divino, imortal, incorruptível, e a morte não terá mais poder</p><p>sobre ti.</p><p>Este Verso final simboliza não só o momento em que se alcança a sabedoria em termos gerais, mas</p><p>também a conquista da libertação espiritual, o adeptado – a condição de um Mahatma, um Buda, um</p><p>Arhat, um Rishi ou Imortal. Nesse estágio a alma conhece o Nirvana e não tem mais necessidade de</p><p>renascer.</p><p>NOTAS:</p><p>[1] Hierocles de Alexandria, filósofo neoplatônico e neopitagórico do século 5 da era cristã, foi aluno de</p><p>Plutarco de Atenas antes de começar a ensinar filosofia em Alexandria. Esse filósofo não deve ser</p><p>confundido com outro Hierocles da mesma cidade, um filósofo estóico que viveu nos séculos 1 e 2 da</p><p>era cristã. Veja Encyclopaedia Britannica, 1967.</p><p>[2] Entre as principais versões disponíveis dos Versos estão: 1) Commentaries of Hierocles on the</p><p>Golden Verses of Pythagoras, Theosophical Publishing House, Londres, 1971, 132 pp.; e 2) The</p><p>Golden Verses of Pythagoras, de Fabre d’Olivet, Samuel Weiser, Inc., Nova Iorque, 1975, 164 pp. O</p><p>francês Fabre d’Olivet (1767-1825) foi qualificado por Helena P. Blavatsky como “um gênio de</p><p>18/11/14 Os Versos de Ouro de Pitágoras</p><p>www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=25#.VGtRBYfFUZw 12/14</p><p>francês Fabre d’Olivet (1767-1825) foi qualificado por Helena P. Blavatsky como “um gênio de</p><p>erudição quase miraculosa”. Outras versões importantes dos Versos de Ouro incluem: 1) The</p><p>Pythagorean Sourcebook and Library, Compiled and Translated by Kenneth Guthrie, Phanes Press,</p><p>Michigan, EUA, 1987, 361 pp., ver pp.163-165; 2) Vida Perfeita, Comentários aos Versos de Ouro</p><p>dos Pitagóricos, de Paul Carton, Martin Claret Editores, São Paulo, 1995, 188 pp.; e 3) Pitágoras, Su</p><p>Vida, Sus Símbolos y los Versos Dorados, de A. Dacier, Versión Española de Rafael Urbano, Casa</p><p>Editorial Maucci, Barcelona, edição de cerca de 1920, com 317 pp., ver especialmente</p><p>pp. 173-179.</p><p>Cabe registrar ainda o trabalho realizado no Brasil pelo Instituto Neo-Pitagórico (INP), de Curitiba.</p><p>Fundado em 1909 por Dario Vellozo, o INP tem várias publicações sobre temas pitagóricos. Seu</p><p>endereço é Cx. Postal 1047, 80.001-970 Curitiba, PR.</p><p>[3] On the Mysteries, Iamblichus, tr. Thomas Taylor, Wizards Bookshelf, San Diego, CA, USA, 1997,</p><p>376 pp. Veja a Introdução, de T. Taylor e o capítulo II da obra.</p><p>[4] Veja Cartas dos Mahatmas Para A. P. Sinnett, Ed. Teosófica, Brasília, volume II, Carta 123, pp.</p><p>269-270.</p><p>[5] Sócrates, Coleção Os Pensadores, Nova Cultural, Círculo do Livro, 1996, 300 pp., ver capítulo seis</p><p>do livro II, pp. 105-108.</p><p>[6] A República, Platão, Nova Cultural Ltda., SP, 2000, 352 pp., ver pp. 68-69.</p><p>[7] Veja o texto Chelas and Lay Chelas, em Collected Writings, H.P. Blavastsky, volume IV, TPH,</p><p>Adyar, Índia, 1991, p. 612.</p><p>[8] Cartas dos Mestres de Sabedoria, editadas por C. Jinarajadasa, Ed. Teosófica, Brasília, 295 pp.,</p><p>ver Carta II para Laura Holloway, p. 146.</p><p>[9] Para ler mais a respeito da relação prática entre corpo e mente, matéria e espírito, veja o capítulo</p><p>14, intitulado O Corpo Inseparável da Alma, no livro Três Caminhos Para a Paz Interior, Carlos</p><p>Cardoso Aveline, Ed. Teosófica, Brasília, 2002, 193 pp.</p><p>[10] Veja o termo Areté em História da Filosofia Antiga, de Giovanni Reale, Edições Loyola, São</p><p>Paulo, Volume V, pp. 29-30.</p><p>[11] Veja Os Sete Princípios da Consciência, Carlos Cardoso Aveline, Ação Teosófica, 2002, 44pp.</p><p>[12] Veja o Glossário Teosófico, de H. P. Blavatsky (Ed. Ground), item “Tétrade”. Em torno desse</p><p>tema, há também comentários do Mestre Koothoomi na Carta 111, p. 215, vol. II, de Cartas dos</p><p>Mahatmas Para A.P. Sinnett (Ed. Teosófica, Brasília)sobre o significado arquetípico dos números</p><p>pitagóricos. Sobre a década pitagórica, veja também A Doutrina Secreta, de H. P. Blavatsky, Ed.</p><p>Pensamento, São Paulo, volume IV, Seções X e XI, pp. 143-199.</p><p>[13] Veja Três Caminhos Para a Paz Interior, Carlos Cardoso Aveline, Ed. Teosófica, Brasília, 2002,</p><p>p. 168.</p><p>[14] Pythagoras, His Life and Teachings, de Thomas Stanley, edição facsimilar da edição de 1687,</p><p>The Philosophical Research Society, Los Angeles, EUA, 1970, ver pp. 544-545.</p><p>[15] Cartas dos Mahatmas Para A. P. Sinnett, Editora Teosófica, 2001, ver Carta 47, final da p.217.</p><p>[16] Esse é o Verso 32, na contagem de Fabre d’Olivet.</p><p>[17] Zeus. No original em inglês temos “Júpiter”, o nome romano equivalente ao termo grego Zeus.</p><p>18/11/14 Os Versos de Ouro de Pitágoras</p><p>www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=25#.VGtRBYfFUZw 13/14</p><p>[17] Zeus. No original em inglês temos “Júpiter”, o nome romano equivalente ao termo grego Zeus.</p><p>Hierocles, como vimos, é do século 5 d.C. Daí o uso do termo romano. Zeus era o deus grego que</p><p>chefiava o Olimpo. Na mitologia grega, Zeus era o filho mais novo de Cronos (Saturno), que Zeus</p><p>destronou e substituiu como deus supremo. Zeus é o deus do céu e dos fenômenos atmosféricos.</p><p>[18] Luz no Caminho, de Mabel Collins, Editora Teosófica, Brasília, edição de bolso, 111 pp., ver p.</p><p>67.</p><p>000000000000</p><p>Sobre o mistério do despertar individual para a sabedoria do universo, leia a edição luso-brasileira de</p><p>“Luz no Caminho”, de M. C.</p><p>Com tradução, prólogo e notas de Carlos Cardoso Aveline, a obra tem sete capítulos, 85 páginas, e foi</p><p>publicada em 2014 por “The Aquarian Theosophist”.</p><p>0000000000000000</p><p>Visite sempre www.FilosofiaEsoterica.com, www.TeosofiaOriginal.com e</p><p>www.VislumbresdaOutraMargem.com.</p><p>No Facebook, visite nossas páginas SerAtento, Brasil Atento, Portugal Teosófico,</p><p>FilosofiaEsoterica.com, Vislumbres da Outra Margem e Carlos Cardoso Aveline.</p><p>Siga-nos pelo Twitter.</p><p>http://www.filosofiaesoterica.com/</p><p>http://www.teosofiaoriginal.com/</p><p>http://www.vislumbresdaoutramargem.com/</p><p>https://www.facebook.com/pages/SerAtento/103676599807331?fref=ts</p><p>https://www.facebook.com/BrasAtento?fref=ts</p><p>https://www.facebook.com/PortugalTeosofico?fref=ts</p><p>https://www.facebook.com/pages/FilosofiaEsotericacom/174978012570152?fref=ts</p><p>https://www.facebook.com/vislumbresdaoutramargem?fref=ts</p><p>https://www.facebook.com/CarlosCardosoAveline</p><p>http://twitter.com/FilosofiaEso</p><p>18/11/14 Os Versos de Ouro de Pitágoras</p><p>www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=25#.VGtRBYfFUZw 14/14</p><p>Siga-nos pelo Twitter.</p><p>Para ter acesso a um estudo diário da teosofia original, visite a página do nosso e-grupo SerAtento em</p><p>YahooGrupos e faça seu ingresso de lá mesmo. 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