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<p>UNIDADE III</p><p>LOGÍSTICA E MERCADO</p><p>Prof. Dr. Paula Piva Linke</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM</p><p> Compreender como as variáveis internas e externas afetam a cadeia de</p><p>suprimentos;</p><p> Apresentar o conceito de logística reversa, seu desenvolvimento no</p><p>Brasil e seus custos;</p><p> Compreender a importância do sistema de informação para o setor de</p><p>logística;</p><p> Explicar como funciona a gestão de estoque e sua importância para o</p><p>setor.</p><p>Plano de Estudo</p><p>Nesta unidade, serão abordados os seguintes tópicos:</p><p>1. Avaliação do comportamento do mercado: Ambiente Interno e Externo da</p><p>Cadeia de Suprimento</p><p>2. Logística Reversa</p><p>3. Sistema de informação para apoio logístico</p><p>4. Conceitos Básicos da Gestão dos Estoques; Controle de Estoques</p><p>CONVERSA INICIAL</p><p>Olá, caro aluno. Continuando nossos estudos sobre logística, vamos ver agora</p><p>a relação da mesma com o mercado, ou seja, como o mercado pode afetar o</p><p>processo administrativo dos serviços logísticos.</p><p>Há que se destacar ainda a importância da logística reversa para as cadeias de</p><p>suprimentos, assim como os sistemas de apoio e controle de estoque.</p><p>Podemos dizer que a logística sofre diversas influências não somente do</p><p>mercado, mas também do ambiente interno das empresas, consequentemente,</p><p>há que se estar atento a esse dois aspectos, assim como a gestão de estoque,</p><p>necessária para se manter a produção e mesmo o papel da logística reversa.</p><p>Lembre-se caro aluno, que para que a logística seja eficiente há que existir</p><p>uma integração precisa entre os diversos setores de uma cadeia de</p><p>suprimentos. Isso exige sistemas de suporte e administração de estoques</p><p>eficientes. Não se esqueça que quando falamos de logística estamos também</p><p>falando de gestão de informações, pois são a partir delas que a empresa</p><p>consegue tomar as melhores informações e organizar todas as suas operações</p><p>logísticas.</p><p>Portanto, é essencial que você veja a logística como uma ação em cadeia, que</p><p>depende de vários fatores e empresas para que seja de fato eficiente.</p><p>Assim sendo, veremos nesta unidade os seguintes conteúdos: Avaliação do</p><p>comportamento do mercado: Ambiente Interno e Externo da Cadeia de</p><p>Suprimento. Logística Reversa; Sistema de informação para apoio logístico.</p><p>Conceitos Básicos da Gestão dos Estoques; Controle de Estoques; Curva</p><p>ABC. Boa leitura!</p><p>1. AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO MERCADO: AMBIENTE</p><p>INTERNO E EXTERNO DA CADEIA DE SUPRIMENTO</p><p>Ao nos referirmos ao mercado, temos que entender que a empresa está</p><p>inserida neste meio e que depende do mesmo, visto que ela só poderá existir a</p><p>partir do momento em que existe demanda e aceitação para o seu produto,</p><p>caso contrário, a mesma vai à falência. Portanto, é extremamente importante</p><p>que a empresa esteja atenta as mudanças que ocorrem no mercado. Observe</p><p>a figura a seguir:</p><p>Figura 1: comportamento do mercado</p><p>Fonte: BERTAGLIA, 2003, p., 2003, p.340</p><p>Na figura 1, observa-se que a empresa deve estar extremamente atenta as</p><p>movimentações do mercado, com o intuito de reagir corretamente as</p><p>demandas e flutuações econômicas (BOWERSOX, 2001, BERTAGLIA, 2003).</p><p>Para tanto, é preciso avaliar o mercado de forma completa, quais os agentes</p><p>internos e externos que afetam sua empresa.</p><p>Para fazer essa análise, podemos recorrer à análise SWOT.</p><p>A análise SWOT é uma ferramenta desenvolvida para análise</p><p>de ambiente, a mesma serve para a gestão e planejamento da</p><p>organização que auxilia a posição estratégica da empresa</p><p>dentro do ambiente necessário. A análise de ambiente é</p><p>dividida em duas partes: Ambiente Interno (Forças e</p><p>Fraquezas) e Ambiente Externo (Oportunidades e Ameaças)</p><p>(ARAÚJO et al, 2015, p 04).</p><p>Observa-se, portanto, que a analise SWOT permite observar e conhecer o</p><p>mercado, assim como as deficiências da empresa. Isso é de extrema</p><p>importância, visto que a empresa precisa estar alinhada com o mercado e as</p><p>mudanças que nele ocorrem. Observe no quadro a seguir a definição de</p><p>ambiente interno e externo.</p><p>Mercado e empresa</p><p>Externo – mercado Interno - empresa</p><p>permite que a organização possa</p><p>conhecer e monitorar suas</p><p>oportunidades (pontos positivos da</p><p>organização que auxilia para o</p><p>crescimento da vantagem competitiva)</p><p>e suas ameaças (pontos negativos da</p><p>organização que auxilia para a</p><p>compreensão da vantagem</p><p>competitiva).</p><p>é de suma importância para que a</p><p>organização conheça suas forças (são</p><p>vantagens internas da organização em</p><p>relação aos concorrentes) e suas</p><p>fraquezas(são as desvantagens internas</p><p>da organização em relação aos</p><p>concorrentes), além disso, demanda uma</p><p>avaliação crítica das políticas e</p><p>procedimentos estabelecidos dentro da</p><p>empresa</p><p>Fonte: adaptado de ARAÙJO et al, 20015</p><p>Observa-se, portanto que o ambiente externo é de extrema importância, visto</p><p>que não se trata apenas de economia, mas também de outros fatores que</p><p>podem influenciar uma empresa. Já o ambiente interno está voltado às</p><p>dificuldades que ocorrem dentro da empresa ou aquilo que ela tem de bom.</p><p>Nohara e Acevedo (2005) argumentam que ter um conhecimento detalhado do</p><p>que acontece no mercado permite a empresa se adiantar a algumas situações,</p><p>aproveitar melhores oportunidades de negócio e corrigir suas falhas.</p><p>No que se refere ao mercado é importante analisar o ambiente político, legal,</p><p>sociocultural, tecnológico e econômico, buscando identificar de que forma as</p><p>mudanças que ocorrem podem afetar sua empresa. Isso faz com que a</p><p>empresa seja capaz de fazer um bom planejamento produtivo e se organizar</p><p>com base em programação de demanda, assim como fatores que influenciam a</p><p>decisão de compra dos consumidores. Sejam eles consumidores finais ou</p><p>revendedores (BERTAGLIA, 2003). Assim sendo, devemos presumir que</p><p>conhecer o mercado também se refere a conhecer seu público e suas</p><p>preferências e hábitos de consumo.</p><p>Indicação De Recurso Didático</p><p>Para que você possa entender um pouco mais sobre o mercado e sua</p><p>interação com a logística, recomendo a leitura do material a seguir:</p><p>Autor: Paulo Roberto Bertaglia</p><p>Idioma: Português</p><p>Editora: Saraiva</p><p>Assunto: Logística</p><p>Edição: 3ª</p><p>Ano: 2016</p><p>Trecho para leitura: Capítulo 5: Visão geral e Avaliação do comportamento de</p><p>mercado :p 241 a 251</p><p>Disponível em: Biblioteca Virtual UNIFAMMA</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547208295/cfi/4!/4/4@0.</p><p>00:0.00</p><p>Resumo: Este capítulo discorre acerca do conceito de mercado e como o</p><p>mesmo impacta sobre a tomada de decisão na administração dos processos</p><p>logísticos.</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547208295/cfi/4!/4/4@0.00:0.00</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547208295/cfi/4!/4/4@0.00:0.00</p><p>2. Logística reversa</p><p>No Brasil, a logística reversa é recente e está associada ao processo de</p><p>obtenção de materiais para produção por meio de produtos descartados no</p><p>pós-consumo. Em se tratando da realidade brasileira, esse processo logístico</p><p>ganhou mais força apenas a Lei 12.305 de 2010 que instituiu a Política</p><p>Nacional de Resíduos Sólidos, fazendo com que a responsabilidade pela</p><p>destinação dos resíduos fosse compartilhada (poder público, empresas e</p><p>cidadão). No entanto, apesar desse avanço, Lampert (2016) enfatiza que o</p><p>Brasil ainda não consegue implantar de forma eficiente esse sistema, existindo</p><p>apenas alguns poucos projetos isolados que são cases de sucesso.</p><p>Podemos entender a logística reversa como:</p><p>A logística reversa está ligada ao mesmo tempo, a questões</p><p>legais e ambientais e as econômicas, o que coloca em</p><p>destaque e faz com que seja imprescindível o seu estudo no</p><p>contexto organizacional, porque é o processo por meio das</p><p>quais as empresas podem se tornar ecologicamente mais</p><p>eficiente por intermédio</p><p>da reciclagem, reuso e redução da</p><p>quantidade de materiais usados (SHIBAO et al, 2010. p. 03).</p><p>Ballou (2006) prossegue afirmando que a logística reversa tem como um de</p><p>seus objetivos reutilizar materiais que foram descartados após o consumo e</p><p>recolocá-los em novos ciclos produtivos. Podemos citar como exemplo o caso</p><p>dos pneus e das lâmpadas fluorescentes.</p><p>Isso significa que o produto que foi descartado pelo consumidor deve ser</p><p>recolhido e encaminhado até o fabricante que fará o reuso desse material ou</p><p>mesmo o descarte adequado (PIRES, 2004). Contudo esse processo é custoso</p><p>e exige a participação ativa do poder público, das empresas e do cidadão.</p><p>Observe no esquema a seguir a logística reversa.</p><p>Figura 2: Processo logístico reverso</p><p>Fonte: SHIBAO et al, 2010, p. 05</p><p>Observa-se, portanto que a função da logística reversa é incorporar materiais</p><p>descartados pelo consumidor a outros ciclos, porém, isso requer uma estrutura</p><p>extremamente complexa e eficiente, contudo, em função dos custos e de falta</p><p>de políticas públicas mais estruturantes, ainda há dificuldades em tornar esse</p><p>processo eficiente no Brasil (LAMPERT, 2006). A autora apresenta alguns</p><p>dados para ilustrar essa realidade.</p><p>A obrigação das empresas em gerenciar o retorno de</p><p>embalagens e de produtos descartados, e de garantir a</p><p>destinação adequada destes resíduos ao final de sua vida útil,</p><p>não é tarefa fácil, mas é viável quando todos atores -</p><p>consumidores, poder público e iniciativa privada - compartilham</p><p>da responsabilidade. No entanto, ainda que haja esforços neste</p><p>sentido, pouco se tem avançado no processo de logística</p><p>reversa no País. Ainda que a legislação que norteia as ações</p><p>adequadas esteja em vigor há seis anos, das 78 milhões de</p><p>toneladas de lixo produzidas no Brasil em 2014, 30 milhões</p><p>(41,6%) tiveram destino incorreto (LAMPERT, 2006, p. 01).</p><p>Observa-se que os dados apresentados pela autora expressam as dificuldades</p><p>enfrentadas, embora tenhamos três motivadores, são eles: aspectos</p><p>econômicos (possibilidade de recuperar valor), leis governamentais que forçam</p><p>a sua implantação e o mercado que agrega a pressão dos consumidores,</p><p>gerando uma imagem corporativa (SHIBAO, 2010).</p><p>A eficiência do processo de logística reversa é extremamente importante, pois</p><p>esses materiais considerados lixo, podem ser reaproveitados, inseridos em</p><p>ciclos produtivos e minimizar os impactos ambientais causados pelo sistema</p><p>produtivo e mesmo, economizar recursos, fazendo a indústria se tornar mais</p><p>eficiente e ao mesmo tempo, apresentar a consumidor um produto com valor</p><p>agregado diferenciado, visto que o mesmo é sustentável (SLACK, 2002).</p><p>Indicação De Recurso Didático</p><p>Para que você possa compreender mais a fundo como funciona a logística</p><p>reversa e seus custos recomendo a leitura do seguinte material.</p><p>Artigo científico</p><p>Título: A LOGISTICA REVERSA E A SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL</p><p>Autor: Fábio Ytoshi Shibao, Roberto Giro Moori, Mario Roberto Dos Santos.</p><p>Ano de publicação: 2010</p><p>Revista de veiculação: XIII SEMEAD</p><p>Link para acesso: http://web-</p><p>resol.org/textos/a_logistica_reversa_e_a_sustentabilidade_empresarial.pdf</p><p>3. Sistema de informação para apoio logístico</p><p>Para que o sistema de logística seja eficiente, há que se fazer a correta</p><p>administração do mesmo, ainda mais em um ambiente cada vez mais</p><p>complexo e competitivo. Ballou (2006) enfatiza que a logística deve estar</p><p>atenta as modificações do mercado e a velocidade de fluxo de informações.</p><p>Lembre-se que a mesma só poderá funcionar adequadamente se a empresa</p><p>souber exatamente o que precisa fazer. Em outras palavras, Pires (2004)</p><p>ressalta que a empresa deve estar atenta as seguintes questões:</p><p> Precisão de demanda – para saber quanto deve produzir</p><p> Estoque de insumos – verificar o que tem para comprar somente o</p><p>necessário</p><p> Estoque de produtos acabados – verificar o quanto precisa produzir</p><p> Fornecedores e prazos – escolher a melhor opção de compra e entrega</p><p>de produtos.</p><p> Distribuição – qual a melhor forma de fazer seu produto cegar até seu</p><p>cliente.</p><p>http://web-resol.org/textos/a_logistica_reversa_e_a_sustentabilidade_empresarial.pdf</p><p>http://web-resol.org/textos/a_logistica_reversa_e_a_sustentabilidade_empresarial.pdf</p><p>Observe caro aluno, que para fazer o sistema logístico funcionar, é necessário</p><p>fazer a gestão correta de todas as informações citadas acima. Isso exige um</p><p>controle preciso de dados sobre o mercado, produtos, e tempos de entrega</p><p>(SLACK, 2002). Portanto, para que o sistema logístico seja eficiente, o papel da</p><p>tecnologia da informação é fundamental, pois PE através da alimentação dos</p><p>sistemas voltados a esse setor que a empresa será capaz de realizar uma</p><p>logística competitiva e capaz de reduzir custos.</p><p>Portanto, podemos dizer que sistema de informação logística, é uma</p><p>“ferramenta que interliga as atividades logísticas num processo integrado.</p><p>Estes sistemas proporcionam vantagens para as empresas que os utilizam,</p><p>como redução de custos, melhor prestação de serviços entre outros”</p><p>(ARAGÃO, et al, 2009, p. 05). Observe a seguir os principais sistemas de apoio</p><p>a logística.</p><p>Sistema de apoio a logística</p><p>Sistema de</p><p>Gerenciamento de</p><p>Pedidos (SGP)</p><p>este subsistema conduz o contato inicial com o cliente na</p><p>etapa da procura dos produtos e da colocação dos pedidos,</p><p>sendo a frente do sistema de informação logística. O SGP</p><p>não fica isolado em relação aos outros sistemas de</p><p>informação da empresa, para assim prestar um serviço</p><p>eficiente ao cliente</p><p>Sistema de</p><p>Gerenciamento de</p><p>Armazéns (SGA)</p><p>trata de um subsistema de informação assessorando no</p><p>gerenciamento do fluxo ou armazenamento de produtos nas</p><p>instalações da rede 6logística. Os principais elementos que</p><p>podem ser identificados são: entrada; estocagem;</p><p>gerenciamento de estoques; processamento e retiradas de</p><p>pedidos; e preparação do embarque</p><p>Sistema de</p><p>Gerenciamento de</p><p>Transportes (SGT)</p><p>cuida das atividades de transporte da empresa e para a</p><p>empresa, tendo a função de dar assistência ao</p><p>planejamento e controle dessas atividades, envolvendo a</p><p>seleção de modais, consolidação de fretes, roteirização e</p><p>programação dos embarques, processamento de</p><p>reclamações, rastreamento de embarques e faturamento e</p><p>auditagem dos fretes</p><p>Fonte: Aragão, et al, 2009, p. 06-06</p><p>Devemos levar em consideração ainda, que para fazer a administração de</p><p>todos esses subsistemas precisamos da TI, ou seja, há que se utilizar</p><p>adequadamente as ferramentas de comunicação, que são cada vez mais</p><p>eficientes na atualidade. Observe a seguir alguns softwares que podem ajudar.</p><p>TI na Logística</p><p>Sistemas ERP’s ou</p><p>Sistemas Integrados</p><p>de Gestão</p><p>Empresarial (SIGE)</p><p>módulos de gerenciamento de armazéns, cujo principal</p><p>objetivo é gerenciar o fluxo de informações, através do</p><p>controle de posições e lote, regra First in First out (FIFO)</p><p>que significa primeiro a entrar primeiro a sair, entre outras</p><p>funcionalidades</p><p>Leitores óticos e</p><p>radiofreqüência</p><p>os leitores óticos coletam as informações na fábrica e no</p><p>estoque e se comunicam por radiofreqüência com o sistema</p><p>logístico, atualizando imediatamente as informações</p><p>Roteirizador softwareque elabora rotas otimizadas de distribuição;</p><p>EDI (eletronic data</p><p>interchange)</p><p>significa troca eletrônica de dados, feita por meio de</p><p>comunicação eletrônica de pedidos e entregas</p><p>Rastreamento de</p><p>cargas via satélite</p><p>os mais diversos tipos de transporte (rodoviárias,</p><p>ferroviárias e hidroviárias)podem utilizar esse tipo de</p><p>tecnologia para segurança, já que o sistema permite a troca</p><p>instantânea de mensagens entre os veículos e suas bases</p><p>de operação, e o gerenciamento logístico, que faz o</p><p>monitoramento da carga desde seu embarque até a entrega</p><p>ao consumidor final.</p><p>Fonte: Aragão, et al, 2009, p. 06-06</p><p>Observe que essas são apenas algumas das muitas ferramentas que podem</p><p>ser utilizadas para o monitoramento e planejamento da logística.</p><p>Indicação De Recurso Didático</p><p>Para que você possa compreender mais a fundo como funciona o sistema de</p><p>informação dentro da logística, recomendo a leitura do material a seguir.</p><p>Artigo científico</p><p>Título: Sistema de informação logística (SIL) para o gerenciamento eficiente de</p><p>centros de distribuição – estudo de caso em um Centro de Distribuição do ramo</p><p>varejista</p><p>Autor: Rosângela Venâncio Nunes. Et al.</p><p>Ano de publicação: 2008</p><p>Revista de veiculação: XV Congresso Brasileiro de Custos – Curitiba - PR,</p><p>Brasil, 12 a 14 de novembro de 2008</p><p>Link para acesso:</p><p>https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&ved</p><p>=2ahUKEwjH1oHN6qfjAhWjLLkGHXqpBSIQFjADegQIBBAC&url=https%3A%2</p><p>F%2Fanaiscbc.emnuvens.com.br%2Fanais%2Farticle%2Fdownload%2F1253</p><p>%2F1253&usg=AOvVaw2MGEBvtMau8SlVoZ_IJ2P8</p><p>4. Conceitos Básicos da Gestão dos Estoques</p><p>Sabemos que a logística desempenha uma série de atividades, ela está ligada</p><p>ao processo de</p><p>gerenciamento estratégico da aquisição, movimentação e</p><p>armazenagem de materiais, peças, produtos acabados e</p><p>informações correlatas, através da organização e seus canais</p><p>de marketing. O objetivo principal é maximizar as lucratividades</p><p>presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo</p><p>custo (ANDRADE, 2011, p. 03).</p><p>Sabendo da necessidade de gestão de informação por parte da logística, há</p><p>que se considerar que a mesma desempenha várias funções, tais como:</p><p>Quadro 1: atividades logísticas</p><p>Fonte: Andrade, 2011, p. 03.</p><p>Observe que no quadro acima, temos as diversas atividades desempenhadas</p><p>pela logística e a primeira a ser citada é a gestão de estoque. Devemos</p><p>considerar como estoque a acumulação de recursos materiais em um sistema</p><p>de transformação (SLACK, 2002).</p><p>A partir desse conceito, devemos considerar que a manutenção de estoque</p><p>pode não ser benéfica a empresa. Ballou (2006) ressalta que em função do</p><p>novo modelo de produção, baseado em poucos estoque e eficiência na</p><p>logística, o estoque de materiais representa dinheiro parado e</p><p>https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&ved=2ahUKEwjH1oHN6qfjAhWjLLkGHXqpBSIQFjADegQIBBAC&url=https%3A%2F%2Fanaiscbc.emnuvens.com.br%2Fanais%2Farticle%2Fdownload%2F1253%2F1253&usg=AOvVaw2MGEBvtMau8SlVoZ_IJ2P8</p><p>https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&ved=2ahUKEwjH1oHN6qfjAhWjLLkGHXqpBSIQFjADegQIBBAC&url=https%3A%2F%2Fanaiscbc.emnuvens.com.br%2Fanais%2Farticle%2Fdownload%2F1253%2F1253&usg=AOvVaw2MGEBvtMau8SlVoZ_IJ2P8</p><p>https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&ved=2ahUKEwjH1oHN6qfjAhWjLLkGHXqpBSIQFjADegQIBBAC&url=https%3A%2F%2Fanaiscbc.emnuvens.com.br%2Fanais%2Farticle%2Fdownload%2F1253%2F1253&usg=AOvVaw2MGEBvtMau8SlVoZ_IJ2P8</p><p>https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&ved=2ahUKEwjH1oHN6qfjAhWjLLkGHXqpBSIQFjADegQIBBAC&url=https%3A%2F%2Fanaiscbc.emnuvens.com.br%2Fanais%2Farticle%2Fdownload%2F1253%2F1253&usg=AOvVaw2MGEBvtMau8SlVoZ_IJ2P8</p><p>consequentemente pode representar maiores custos para a empresa, visto que</p><p>o mesmo pode ocorrer por um erro no processo de previsão de demanda. Veja</p><p>a seguir, alguns tipos de estoque.</p><p>Tipos de estoque</p><p> Estoques de Proteção: visa compensar as incertezas de fornecimento e</p><p>demanda;</p><p> Estoques de Ciclo: ocorre quando um ou mais estágios nas operações</p><p>não conseguem fornecer simultaneamente todos os itens que produzem.</p><p> Estoque de Antecipação: utilizado comumente quando as flutuações de</p><p>demanda são significativas, mas relativamente previsíveis ou também quando</p><p>as variações de fornecimento são significantes.</p><p> Estoques de Distribuição: em casos que não se podem transportar</p><p>constantemente os materiais entre o ponto de fornecimento e o ponto de</p><p>demanda, forma-se um estoque em trânsito ou estoque de canal de distribuição.</p><p>Fonte: Andrade, 2011, p. 04</p><p>Cada um desses estoques tem uma função e desempenham um papel</p><p>importante na empresa, de forma geral, é necessário que a empresa considere</p><p>“todos os custos incorridos de qualquer decisão ou metodologia que venha a</p><p>ser empregada na organização. O dinamismo do mercado, sobretudo,</p><p>influencia diretamente nesses meios apresentados” (ANDRADE, 2011, p. 05).</p><p>Considerando esses aspectos, temos que considerar qual o custo de se manter</p><p>um estoque. Esse cálculo é fundamental, pois possibilita a empresa organizar</p><p>sua produção e fazer a gestão adequada daquilo que ela realmente precisa, ou</p><p>seja, isso só é possível por meio de um sistema de controle de estoque</p><p>(BOWERSOX, 2001).</p><p>O objetivo de se fazer o controle de estoque envolve saber o que há disponível</p><p>na empresa, o que vai ser produzido e quais as demandas para cada produto.</p><p>Esse processo de controle evita determinados custos, que podem ser</p><p>desnecessários. Veja o quadro a seguir.</p><p>Custos relacionados ao estoque</p><p>a) Custo de Pedido: custos incorridos nos atos de compra ou abastecimento,</p><p>incluindo de preparação da produção, emissão e execução de ordens de</p><p>compra e transporte. Não inclui valores de itens comprados.</p><p>b) Custo de Armazenagem: referentes à manutenção dos itens em estoque ao</p><p>longo do tempo e ao capital imobilizado em estoque.</p><p>C) Custo de Falta: referem-se aos custos gerados pela falta de itens no instante</p><p>que são demandados, incluindo custos cessantes ou adiados, custos de</p><p>produção urgente, entre outros.</p><p>d) Custo dos Itens Comprados: valor agregado dos materiais comprados ou</p><p>abastecidos</p><p>Fonte: Andrade, 2011, p. 04</p><p>Observa-se, portanto, que uma correta gestão dos estoques é fundamental</p><p>para manter uma empresa competitiva no mercado e que a logística tem um</p><p>papel fundamental nesse processo, desde que executada de forma eficiente,</p><p>buscando minimizar custos.</p><p>Indicação De Recurso Didático</p><p>Para que você possa compreender mais a fundo como funciona o sistema de</p><p>gestão de estoque dentro da logística, recomendo a leitura do material a seguir.</p><p>Artigo científico</p><p>Título: GESTÃO DE ESTOQUES: UMA REVISÃO TEÓRICA DOS</p><p>CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS</p><p>Autor: Rafael Quintao de Andrade</p><p>Ano de publicação: 2011</p><p>Revista de veiculação: XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE</p><p>PRODUCAO</p><p>Link para acesso:</p><p>http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2011_TN_STP_135_857_19270.pdf</p><p>http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2011_TN_STP_135_857_19270.pdf</p><p>Conclusão</p><p>Caro aluno, como você deve ter notado ao longo desta unidade, observamos</p><p>que o processo de gestão é fundamental, mas que o mesmo deve ser feito a</p><p>partir dos dados que obtemos do mercado, de fontes segurar que nos permitam</p><p>alavancar nossas decisões para que as mesmas sejam as mais assertivas</p><p>possível.</p><p>Isso significa estar atento as transformações, por isso conhecer o mercado é</p><p>fundamental, assim como conhecer sua própria empresa. Seus pontos fortes e</p><p>fracos, assim como seu processo de gestão e desempenho nos anos</p><p>passados. É a partir desses dados que você será capaz de fazer a previsão de</p><p>demanda e se preparar para os novos desafios.</p><p>Para auxiliar nesse processo, a logística é fundamental, tanto que para torná-la</p><p>mais eficiente existem diversos sistemas voltados à tecnologia da informação</p><p>(TI), que tem o papel de auxiliar na movimentação de informações e dados, nos</p><p>ajudando a tomar a decisão correta na hora certa e com o custo certo.</p><p>A TI pode contribuir em diversas áreas, inclusive na gestão de estoques,</p><p>fundamental para a manutenção da empresa no mercado. Em se tratando do</p><p>estoque, a empresa deve estar atenta a demanda e a sua capacidade de</p><p>produção, para eu seja capaz de manter um estoque adequado para a situação</p><p>em que se encontra, sem gerar perdas ou investimentos desnecessários.</p><p>Referências</p><p>ANDRADE. Rafael.</p><p>Gestão De Estoques: Uma Revisão Teórica Dos</p><p>Conceitos E Características. In: XXXIENCONTRO NACIONAL DE</p><p>ENGENHARIA DE PRODUCA. Disponível em:</p><p>http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2011_TN_STP_135_857_19270.pdf</p><p>ARAGÃO. Franciely Veloso. Sistema de Informações Logísticas. In: III</p><p>Encontro de engenharia agroindustrial. Fencilcan – Campo Mourão, 2009.</p><p>Disponível em: http://www.fecilcam.br/anais/iii_eepa/pdf/2_03.pdf</p><p>ARAÚJO. Jaqueline et al. Análise de ambiente competitivo na criação de</p><p>uma estratégia empresarial. IN V Encontro científico Unisalesiano, 2015.</p><p>BALLOU, H.R. Gerenciamento de Cadeia de Suprimento: planejamento,</p><p>organização e logística empresarial. 5ª Ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.</p><p>BERTAGLIA, P. R. Logística e o gerenciamento da cadeia de</p><p>abastecimento. 1ed., São Paulo: Saraiva, 2003.</p><p>BOWERSOX, D. J, et al. Logística Empresarial: o processo de integração</p><p>da cadeia de suprimento. 1ed. São Paulo: Atlas – 2001.</p><p>LAMPERT. Adriana. Logística reversa ainda é desafio para o Brasil. Jornal</p><p>do comércio. Publicado em 25/07/2016. Disponível em:</p><p>(https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2016/07/cadernos/empresas_e_</p><p>negocios/510856-logistica-reversa-ainda-e-desafio-para-o-brasil.html). Acesso</p><p>em: 05/07/2019.</p><p>NOHARA, Jouliana Jordan; ACEVEDO, Claudia Rosa Gerenciamento de</p><p>cadeia de suprimentos - conceitos e desafios na implementação. In:</p><p>Encontro da ANPAD - EnANPAD, 2005, BRASÍLIA. ANAIS DO Encontro da</p><p>ANPAD - EnANPAD 2005.</p><p>PIRES, S.R.I. Gestão de Cadeia de Suprimento (Conceitos, estratégias,</p><p>práticas e casos). São Paulo: Atlas, 2004.</p><p>SHIBAO. Fabio. Et al. A logística reversa e a sustentabilidade empresarial.</p><p>In: XIII SEMEAD, 2010.</p><p>SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da</p><p>Produção. São Paulo: Atlas, 2002.</p><p>http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2011_TN_STP_135_857_19270.pdf</p><p>http://www.fecilcam.br/anais/iii_eepa/pdf/2_03.pdf</p><p>https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2016/07/cadernos/empresas_e_negocios/510856-logistica-reversa-ainda-e-desafio-para-o-brasil.html</p><p>https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2016/07/cadernos/empresas_e_negocios/510856-logistica-reversa-ainda-e-desafio-para-o-brasil.html</p>

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