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<p>CURSO DE ADMINISTRAÇÃO</p><p>TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES</p><p>ABORDAGEM SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO</p><p>Como metodologia de estudo adotamos o agrupamento de teorias da administração por afinidade e complementaridade. Vimos, portanto a abordagem Clássica, Comportamental e Neoclássica. Agora, na Abordagem Sistêmica, vamos estudar a teoria Estruturalista, Teoria dos Sistemas e Teoria Contingencial , tendo como aspecto comum a concepção da Organização como um	Sistema Aberto e a Interdependência das partes.</p><p>1-Teoria Estruturalista</p><p>Ao final da década de 1950, a Teoria das Relações Humanas - experiência tipicamente democrática e americana - entrou em declínio. Foi a primeira tentativa de introdução das ciências do comportamento na teoria administrativa através de uma filosofia humanística e participativa. De um lado ela combateu a Teoria Clássica, mas, por outro, não proporcionou bases adequadas de uma nova teoria que a pudesse substituir. A oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas criou um impasse que a Teoria da Burocracia não teve condições de ultrapassar. A Teoria Estruturalista é um desdobramento da Teoria da Burocracia e uma aproximação à Teoria das Relações Humanas. Representa uma visão crítica da organização formal.</p><p>Origens da Teoria Estruturalista</p><p>As origens da Teoria Estruturalista na Administração foram as seguintes:</p><p>• A oposição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas – incompatíveis entre si - tornou necessária uma posição mais ampla e compreensiva que integrasse os aspectos considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa. A Teoria Estruturalista pretende ser uma síntese delas, inspirando-se na abordagem de Max Weber.</p><p>• A necessidade de visualizar "a organização como uma unidade social complexa na qual interagem grupos sociais" que compartilham alguns dos objetivos da organização (como a viabilidade econômica da organização), mas podem se opor a outros (como a maneira de distribuir os lucros). Seu maior diálogo foi com a Teoria das Relações Humanas.</p><p>• A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das organizações. O estruturalismo influenciou a Filosofia, a Psicologia (com a Gestalt), a Antropologia (com Claude Lévi-Strauss), a Matemática (com N. Bourbaki), a Lingüística, chegando até a teoria das organizações· com Thompson, Etzioni e Blau. Na teoria administrativa, o estruturalismo se concentra nas organizações sociais.</p><p>• Novo conceito de estrutura. O conceito de estrutura é antigo. Heráclito; nos primórdios da história da Filosofia, concebia o "logos" como uma unidade estrutural que domina o fluxo ininterrupto do devir e o torna inteligível. É a estrutura que permite reconhecer o mesmo rio, embora suas águas jamais sejam as mesmas devido à contínua mudança das coisas. Estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos e que permanece inalterado seja na mudança, seja na diversidade de conteúdo, isto é, a estrutura mantém-se mesmo com a alteração de um dos seus elementos ou relações. A mesma estrutura pode ser apontada em diferentes áreas, e a compreensão das estruturas fundamentais em alguns campos de atividade permite o reconhecimento das mesmas estruturas em outros campos.</p><p>O estruturalismo está voltado para o todo e com o relacionamento das partes na constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de o todo ser maior do que a soma das partes são as características do estruturalismo.</p><p>A Sociedade de Organizações</p><p>A sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de organizações das quais o homem passa a depender para nascer, viver e morrer. As organizações são diferenciadas e requerem de seus membros certas características de personalidade que permitem a participação simultânea das pessoas em várias organizações nas quais os papéis variam. O estruturalismo ampliou o estudo das interações entre os grupos sociais - Teoria das Relações Humanas - para o estudo das interações entre as organizações sociais. Da mesma forma como os grupos sociais interagem entre si, também interagem entre si as organizações. As organizações passaram por um processo de desenvolvimento, a saber:</p><p>1. Etapa da natureza. É a etapa na qual os fatores naturais - elementos da natureza – constituíam a base única de subsistência da humanidade. O papel do capital e do trabalho é irrelevante nessa etapa da história.</p><p>2. Etapa do trabalho. Surge um fator perturbador que inicia uma revolução no desenvolvimento da humanidade: o trabalho. Os elementos da natureza são transformados por meio do trabalho, o qual conquista o primeiro plano entre os elementos que concorrem para a vida da humanidade. O trabalho passa a condicionar as formas de organização da sociedade.</p><p>3. Etapa do capital. É a terceira etapa na qual o capital prepondera sobre a natureza e o trabalho, tornando-se um dos fatores básicos da vida social.</p><p>4. Etapa da organização. A natureza, o trabalho e o capital se submetem à organização. Esta, sob uma forma rudimentar, já existia desde o início da evolução humana, do mesmo modo que o capital existira antes da fase capitalista, pois desde quando surgiram os instrumentos de trabalho o capital ali estava presente. A organização tem um caráter independente da natureza, do trabalho e do capital e utiliza-se deles para alcançar seus objetivos.</p><p>Para chegar à industrialização, a etapa da organização passou por várias fases:</p><p>• O universalismo da Idade Média e a predominância do espírito religioso.</p><p>• O liberalismo econômico e social dos séculos XVIII e XIX, e o abrandamento da influência estatal pelo desenvolvimento do capitalismo.</p><p>• O socialismo, com o advento do século X, obrigando o capitalismo a enveredar pelo caminho do máximo desenvolvimento possível.</p><p>• A atualidade, que se caracteriza por uma sociedade de organizações.</p><p>Essas quatro fases revelam características políticas e filosóficas. Etzioni vê uma revolução da organização com novas formas sociais que emergem, enquanto as antigas modificam suas formas e alteram suas funções. Essa revolução produz uma variedade de organizações das quais a sociedade passa a depender mais intensamente. Daí o aparecimento de empresas de serviços, associações comerciais, instituições educacionais, hospitais, sindicatos etc., resultante da necessidade de integração cada vez maior das atividades humanas em formas organizacionais envolventes. As organizações não são satélites da sociedade, mas fazem parte integrante e fundamental dela. As organizações complexas em todos os campos da atividade humana não são um fenômeno separado das mudanças sociais: elas fazem parte integrante e fundamental da sociedade moderna.</p><p>As organizações</p><p>As organizações constituem a forma dominante de instituição da sociedade moderna: são a manifestação de uma sociedade especializada e interdependente que se caracteriza por um crescente padrão de vida. As organizações permeiam todos os aspectos da vida moderna e envolvem a participação de numerosas pessoas. Cada organização é limitada por recursos escassos e por isso não pode tirar vantagens de todas as oportunidades que surgem: daí o problema de determinar a melhor alocação de recursos. A eficiência ocorre quando a organização aplica seus recursos na alternativa que produz o melhor resultado.</p><p>As burocracias constituem um tipo específico de organização: as organizações formais. As organizações formais constituem uma forma de agrupamento social estabelecida de maneira deliberada ou proposital para alcançar um objetivo específico. Elas se caracterizam por regras, regulamentos e estrutura hierárquica para ordenar as relações entre seus membros. Reduzem as incertezas decorrentes da variabilidade humana (diferenças individuais entre as pessoas), tiram vantagens dos benefícios da especialização, facilitam o processo decisório e asseguram a implementação das decisões tomadas. Um esquema formal "que regula o comportamento humano para o alcance eficiente de objetivos explícitos torna a organização formal única entre as instituições da sociedade</p><p>moderna e digna de estudo especial".</p><p>A organização formal é criada para atingir objetivos explícitos e é um sistema preestabelecido de relações estruturais impessoais que resulta no relacionamento formal entre pessoas, permitindo reduzir a ambiguidade e a espontaneidade e aumentar a previsibilidade do comportamento. As organizações formais por excelência são as burocracias. Os estruturalistas se iniciaram na teoria da burocracia.</p><p>O homem organizacional</p><p>Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o homo economicus e a Teoria dasRelações Humanas "o homem social", a Teoria Estruturalista focaliza o "homem organizacional", a pessoa que desempenha diferentes papéis em várias organizações. Na sociedade de organizações, moderna e industrializada, avulta a figura do homem organizacional que participa de várias organizações. O homem moderno, ou seja, o homem organizacional, para ser bem-sucedido em todas as organizações, precisa ter as seguintes características de personalidade:</p><p>• Flexibilidade, em face das constantes mudanças que ocorrem na vida moderna e da diversidade de papéis desempenhados nas organizações.</p><p>• Tolerância às frustrações para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito entre necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja mediação é feita através de normas racionais, escritas e exaustivas.</p><p>• Capacidade de adiar as recompensas e poder de compensar o trabalho rotineiro na organização em detrimento de preferências pessoais.</p><p>• Permanente desejo de realização para garantir cooperação e conformidade com as normas organizacionais para obter recompensas sociais e materiais.</p><p>As organizações sociais são consequências da necessidade que as pessoas têm de relacionar-se e juntar-se com outras a fim de poder realizar seus objetivos. Dentro da organização social, as pessoas ocupam certos papéis. Papel significa um conjunto de comportamentos solicitados a uma pessoa; é a expectativa de desempenho por parte do grupo social e consequente internalização dos valores e normas que o grupo, explícita ou implicitamente, prescreve para o indivíduo. O papel prescrito para o indivíduo é reforçado pela sua própria motivação em desempenhá-lo eficazmente. Cada pessoa pertence a vários grupos e organizações, e desempenha diversos papéis, ocupa muitas posições e suporta grande número de normas e regras diferentes.</p><p>Análise das Organizações</p><p>O estudo das organizações requer uma análise organizacional mais ampla que as teorias anteriores, pois os estruturalistas pretendem conciliar a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas baseando-se na Teoria da Burocracia. A análise das organizações é feita a partir de uma abordagem múltipla que leva em conta os fundamentos da Teoria Clássica, da Teoria das Relações Humanas e da Teoria da Burocracia. Vejamos a seguir os aspectos dessa abordagem múltipla.</p><p>Abordagem múltipla: organização formal e informal</p><p>Os estruturalistas estudam o relacionamento entre a organização formal e a informal dentro de uma abordagem múltipla. O estruturalismo é uma síntese da Teoria Clássica (formal) e da Teoria das Relações Humanas (informal): "Encontrar equilíbrio entre os elementos racionais e não-racionais do comportamento humano constitui o ponto principal da vida, da sociedade e do pensamento modernos. Constitui o problema central da Teoria das Organizações". Essa perspectiva ampla e equilibrada que inclui a organização formal e a organização informal conjuntamente encoraja o desenvolvimento de um estudo não-valorativo - nem a favor da administração nem a favor do operário - e amplia o seu campo a fim de incluir todos os elementos da organização.</p><p>Abordagem múltipla: recompensas materiais e sociais</p><p>Os estruturalistas abrangem todas as recompensas utilizadas pela organização para motivar as pessoas. Tanto a abordagem da Teoria Clássica como a das Relações Humanas são fragmentárias e parciais. O significado das recompensas salariais e sociais e os símbolos de posição (tamanho da mesa ou escritório, carros da companhia etc.) são importantes na vida da organização.</p><p>Abordagem múltipla: os diferentes enfoques da organização</p><p>Para os estruturalistas, as organizações podem ser concebidas segundo duas diferentes concepções:</p><p>1. Modelo racional da organização. A organização é um meio deliberado e racional de alcançar objetivos organizacionais. Os objetivos são explicitados - como maximizar os lucros -, e todos os componentes da organização são escolhidos em função de sua contribuição aos objetivos. A estrutura organizacional busca atingir a maior eficiência, os recursos são adequados e alocados de acordo com o plano diretor, todas as ações são apropriadas e seus resultados devem coincidir com os planos. Enfatiza o planejamento e o controle. As partes da organização se submetem a uma rede de controle. A organização funciona como um sistema fechado de lógica que exclui a incerteza. É o caso da Administração Científica, na qual a única incógnita na equação era o operador humano, razão pela qual a administração se concentrava no controle sobre ele. É o caso também do modelo burocrático, no qual toda contingência é prevista e orientada por regras. As influências ambientais sob a forma de clientes são controladas pelo tratamento impessoal da clientela através de regras padronizadas.</p><p>2. Modelo natural de organização. A organização é um conjunto de partes interdependentes que constituem o todo: cada parte contribui com algo e recebe algo do todo, o qual é interdependente com um ambiente mais amplo. O objetivo básico é a sobrevivência do sistema: as partes se vinculam mutuamente em interdependência através de processos evolutivos. No modelo de sistema natural tudo é funcional, e equilibrado, podendo ocorrer disfunções. A auto regulação é o mecanismo que naturalmente governa as relações entre as partes e suas atividades, mantendo o sistema equilibrado e estável frente às perturbações vindas do ambiente externo. Há uma interdependência com um ambiente incerto, flutuante e imprevisível, havendo um equilíbrio das delicadas interdependências dentro do sistema ou entre o sistema e o ambiente. O sistema natural é aberto às influências ambientais e não pode ser abordado sob o aspecto de completa certeza ou pelo controle. Seu comportamento não é governado por uma rede de controle, pois é determinado pela ação do meio ambiente. Obedece a uma lógica de sistema aberto. O modelo de sistema natural traz como consequência o inevitável aparecimento da organização informal nas organizações. Não há nenhuma organização fechada ao ambiente ou inteiramente de acordo com os planos ou, ainda, que consiga completo poder sobre todos os seus membros.</p><p>Abordagem múltipla: os níveis da organização</p><p>As organizações caracterizam-se por uma hierarquia de autoridade, isto é, pela diferenciação de poder, como vimos no modelo burocrático de Weber. Para Parsons, as organizações se defrontam com uma multiplicidade de problemas que são classificados e categorizados para que a responsabilidade por sua solução seja atribuída a diferentes níveis hierárquicos da organização. Assim, as organizações se desdobram em três níveis organizacionais:</p><p>1. Nível institucional. É o nível organizacional mais elevado, composto dos dirigentes e altos executivos. É denominado nível estratégico, pois é o responsável pela definição dos objetivos e estratégias organizacionais, lida com os assuntos relacionados à totalidade da organização e ao longo prazo. É o nível que faz relação com o ambiente externo da organização.</p><p>2. Nível gerencial. É o nível intermediário, situado entre o nível institucional e o nível técnico. Cuida do relacionamento e da integração desses dois níveis. As decisões tomadas no nível institucional são transformadas no nível gerencial em planos e programas para que o nível técnico os execute. O nível gerencial detalha os problemas, capta os recursos necessários para alocá-los na organização e cuida da distribuição e da colocação dos produtos e serviços da organização.</p><p>3. Nível técnico. É o nível mais baixo da organização. É chamado nível operacional</p><p>e é onde as tarefas são executadas, os programas são desenvolvidos e as técnicas são aplicadas. Cuida da execução das operações e tarefas. É focado no curto prazo e segue programas desenvolvidos no nível gerencial.</p><p>2-TEORIA DE SISTEMAS</p><p>A Teoria Geral de Sistemas (T.G.S.) surgiu com os trabalhos do biólogo alemão Ludwig von Bertalanffy. A Teoria Geral de Sistemas não busca solucionar problemas ou tentar soluções práticas, mas sim produzir teorias e formulações conceituais que possam criar condições de aplicações na realidade empírica.</p><p>Bertalanffy criticava a visão que se tem do mundo dividida em diferentes áreas, como física, química, biologia, psicologia, sociologia, etc. São divisões arbitrárias. E com fronteiras solidamente definidas. E espaços vazios entre elas. A natureza não está dividida em nenhuma dessas partes.</p><p>A Teoria Geral dos Sistemas afirma que as propriedades dos sistemas não podem ser descritas significativamente em termos de seus elementos separados. A compreensão dos sistemas somente ocorre quando estudamos os sistemas globalmente, envolvendo todas as interdependências de suas partes.</p><p>Conceito de Sistemas</p><p>Um sistema é um conjunto de elementos interdependentes e interagentes; um grupo de unidades combinadas que formam um todo organizado e cujo resultado (output) é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente.</p><p>Características dos Sistemas</p><p>Dois conceitos retratam duas características básicas de um sistema:</p><p>· Propósito ou objetivo: todo sistema tem um ou alguns propósitos ou objetivos.</p><p>· Globalismo ou Totalidade: todo sistema tem uma natureza orgânica, pela qual uma ação que produza mudança em uma das unidades do sistema, com muita probabilidade deverá produzir mudanças em todas as outras unidades deste.</p><p>Tipos de Sistemas</p><p>Quanto à sua constituição, os sistemas podem ser físicos ou abstratos:</p><p>· Sistemas físicos ou concretos: quando são compostos de equipamentos, de maquinaria e de objetos ou coisas reais. (hardware)</p><p>· Sistemas abstratos: quando compostos de conceitos, planos, hipóteses e ideias (software)</p><p>Quanto à sua natureza, os sistemas podem ser abertos ou fechados.</p><p>· Sistemas fechados: são os sistemas que não apresentam intercâmbio com o meio ambiente que os circunda, pois são herméticos a qualquer influência ambiental.</p><p>· Sistemas abertos: são os sistemas que apresentam relações de intercâmbio com o ambiente, através de entradas e saídas.</p><p>O Sistema Aberto</p><p>O Sistema Aberto mantém um intercâmbio de transações e conserva-se constantemente no mesmo estado (auto regulação), apesar da matéria e energia que o integram se renovarem constantemente (equilíbrio dinâmico ou homeostase). O sistema aberto é influenciado pelo meio ambiente e influi sobre ele, alcançando um estado de equilíbrio dinâmico nesse meio.</p><p>O modelo de sistema aberto é sempre um complexo de elementos em interação e em intercâmbio contínuo com o ambiente. Dentro desse novo posicionamento, a abordagem sistêmica teve profundas repercussões na teoria administrativa.</p><p>A Organização como um Sistema Aberto</p><p>A descrição de sistema aberto é exatamente aplicável a uma organização empresarial. Uma empresa é um sistema criado pelo homem e mantém uma dinâmica interação com seu meio ambiente.</p><p>Influi sobre o meio ambiente e recebe influências dele. É um sistema integrado por diversas partes relacionadas entre si, que trabalham em harmonia umas com as outras, com a finalidade de alcançar uma série de objetivos, tanto da organização como de seus participantes.</p><p>As organizações possuem as características dos sistemas abertos. É importante alinhar algumas características básicas das organizações enquanto sistemas:</p><p>· Comportamento Probabilístico e Não-Determinístico das Organizações: O comportamento humano nunca é totalmente previsível. As pessoas são complexas, respondendo a muitas variáveis, que não são totalmente compreensíveis. Por estas razões, a Administração não pode esperar que consumidores, fornecedores, agências reguladoras e outros tenham um comportamento previsível.</p><p>· As organizações como Partes de uma Sociedade Maior e Constituída de Partes Menores: As organizações são vistas como sistemas dentro de sistemas. Os sistemas são complexos de elementos colocados em interação. Essa interação entre os elementos produz um todo que não pode ser compreendido pela simples investigação das várias partes tomadas isoladamente.</p><p>· Interdependência das Partes: A organização é um sistema social com partes independentes e inter-relacionadas. O sistema organizacional compartilha com os sistemas biológicos a propriedade de uma intensa interdependência de suas partes, de modo que uma mudança em uma das partes provoca um impacto sobre as outras.</p><p>· Morfogênese: A organização pode modificar sua constituição e estrutura por um processo cibernético, através do qual seus membros comparam os resultados desejados com os resultados obtidos e passam a detectar os erros que devem ser corrigidos, para modificar a situação.</p><p>O Homem Funcional</p><p>A Teoria de Sistemas baseia-se no conceito do “homem funcional”, que comporta-se em um papel dentro das organizações, inter-relacionando-se com os demais indivíduos como um sistema aberto.</p><p>· A perspectiva sistêmica trouxe uma nova maneira de ver as coisas. Não somente em termos de abrangência, mas principalmente quanto ao enfoque. O enfoque do todo e das partes, do dentro e do fora, do total e da especialização, da integração interna e da adaptação externa, da eficiência e da eficácia. A visão gestáltica e global das coisas, privilegiando a totalidade e as suas partes componentes, sem desprezar o que chamamos de emergente sistêmico: as propriedades do todo que não aparecem em nenhuma de suas partes.</p><p>A teoria geral dos sistemas e a organização</p><p>Quando discorremos sobre as grandes figuras da perspectiva sistêmica na teoria das organizações, procuramos dar ao leitor uma rápida ideia dos modelos que propuseram. Neste contexto pretendemos detalhar mais o esquema conceitual de Katz e Kahn que nos parece o mais abrangente e complexo.</p><p>O pressuposto básico desse esquema ou modelo é, evidentemente, o de que a organização é um sistema aberto. Como tal, ela apresenta as seguintes características:</p><p>a) Importação de energia</p><p>A organização recebe insumos do ambiente, ou seja: matéria-prima, mão-de-obra etc.</p><p>b) Processamento</p><p>A organização processa esses insumos com vistas a transformá-los em produtos, entendendo-se como tal: produtos acabados, mão-de-obra treinada etc.</p><p>.c) Saída</p><p>A organização coloca seus produtos no ambiente.</p><p>d) Feedback</p><p>É o processo de retorno de informações e percepções a origem realimentando o sistema ou processo</p><p>A energia colocada no ambiente ou informação retorna à organização para a repetição de seus ciclos de eventos.</p><p>e) Entropia negativa</p><p>Entropia é um processo pelo qual todas as formas organizadas tendem à degeneração por perda de energia e, finalmente, à morte. A organização, porém, através da reposição qualitativa de energia pode resistir ao processo entrópico. A esse processo reativo de tentar combater o declínio chamamos de entropia negativa.</p><p>f) Informação como insumo</p><p>Os insumos recebidos pela organização podem ser também informativos, possibilitando a esta o conhecimento do ambiente e do seu próprio funcionamento em relação a ele. O processo de codificação permite à organização receber apenas as informações para as quais está adaptada e o controle por retroalimentação, a correção dos desvios.</p><p>g) Homeostase ou homeostasia</p><p>É a busca do equilíbrio entre o ambiente interno e externo</p><p>Para impedir o processo entrópico, a organização procura manter uma relação constante entre exportação e importação de energia, mantendo dessa forma o seu caráter organizacional. Entretanto, na tentativa de se adaptar, a organização procura absorver novas funções, ou mesmo subsistemas. Tal processo de expansão faz com que ela assuma sequencialmente estados estáveis de níveis diferentes.</p><p>h) Diferenciação</p><p>Em função da entropia negativa, a organização tende à multiplicação</p><p>e à elaboração de funções, o que determina também multiplicação de papéis e diferenciação interna.</p><p>i) Equifinalidade.</p><p>Não existe uma única maneira certa de a organização atingir um objetivo ou estado estável. Tal estado pode ser atingido a partir de condições iniciais e através de meios diferentes.</p><p>j) Morfogênese: A organização pode modificar sua constituição e estrutura por um processo cibernético, através do qual seus membros comparam os resultados desejados com os resultados obtidos e passam a detectar os erros que devem ser corrigidos, para modificar a situação.</p><p>AS DUAS GRANDE IDEIAS DA ORGANIZAÇÃO COMO SISTEMA.</p><p>A) A organização é um grande sistema formada por subsistemas interdependentes e interagentes;</p><p>B) A organização é um sistema aberto e interage com o meio que lhe dá suporte</p><p>Um dos pontos importantes da perspectiva sistêmica da organização é a boa compreensão dos conceitos de papéis, normas e valores, principais componentes de um sistema social. Quanto a papéis basta acrescentar que descrevem formas específicas de comportamento associadas com dadas tarefas. São padrões de comportamento exigidos de todas as pessoas que participam de um dado relacionamento funcional. Normas são expectativas gerais de caráter reivindicativo para todos aqueles que desempenham papéis em um sistema. Valores, finalmente, são justificações e aspirações ideológicas mais gerais. Papéis, normas e valores compõem as bases da integração do sistema.</p><p>Uma vez identificados papéis, normas e valores como principais componentes de um sistema social, torna-se possível o entendimento da organização em termos de três subsistemas que abrangem todos os que foram mencionados, não se baseando em um critério funcional como no primeiro caso, mas no dos principais componentes. Tais subsistemas seriam: técnico, social e cultural. O primeiro compreenderia as tarefas e suas demandas e os papéis a ela associados. O segundo, as normas e as relações sociais a ela associadas e, finalmente, as expectativas sociais mais amplas trazidas pelos insumos humanos que desempenham papéis no subsistema técnico.</p><p>Críticas</p><p>A teoria geral dos sistemas aplicada à teoria das organizações ainda não foi tão criticada quanto outras correntes do pensamento administrativo. Acreditamos que uma das explicações mais relevantes para tal está no fato de que ainda não houve tempo para sua análise mais aprofundada, já que obras mais importantes nessa linha são muito recentes. Além disso, a perspectiva sistêmica parece estar de acordo com a preocupação estrutural-funcionalista que vem caracterizando as ciências sociais nos países capitalistas nos últimos tempos, o que pode explicar em parte uma propensão à sua aceitação, ainda que com restrições, pela maior parte dos cientistas sociais desses países. Finalmente, a teoria geral dos sistemas na teoria das organizações não trata, a rigor, de temas negligenciados pelos behavioristas e estruturalistas, mas apenas procura desenvolver algumas de suas ideias através de um método. Isto faz com que os autores dessa linha fiquem salvaguardados, já que não se firmou ainda uma tradição de crítica metodológica na teoria das organizações.</p><p>De qualquer forma, porém, existem nessa corrente de pensamento alguns pontos críticos que, com o correr dos anos, não poderão deixar de ser explorados pelos espíritos menos conformados, aos quais cabe, em última análise, uma parcela grande da responsabilidade pelo desenvolvimento científico.</p><p>Em primeiro lugar, a teoria geral dos sistemas pode ser responsável por uma ilusão científica. Com isto queremos dizer que o elaborado aparato teórico dessa corrente deu aos cientistas sociais a oportunidade de realizarem uma velha aspiração: tornar os objetos de sua ciência susceptíveis de uma análise tão rigorosa quanto a utilizada pelas ciências físicas. Ocorre, porém, que os instrumentos utilizados por essas últimas foram desenvolvidos a partir do estudo dos seus objetos e não importados de outras ciências. A primeira linha que vislumbramos para a crítica da teoria geral dos sistemas na teoria das organizações está no seu biologismo. Nossa pressuposição é a de que ao analisar as organizações utilizando instrumentos importados da biologia e adaptados à natureza social das organizações, o teórico é vítima do que chamamos ilusão cientifica, isto é, passa a acreditar que o objeto de sua análise tende a tornar-se tão previsível quanto os sistemas biológicos e que seu campo do conhecimento se presta ao rigor cientifico que caracteriza as ciências físicas.</p><p>3-TEORIA CONTINGENCIAL</p><p>A palavra contingência significa algo incerto ou eventual que pode suceder ou não. Refere-se a uma proposição cuja verdade ou falsidade somente pode ser conhecida mediante a experiência ou vivência e não através da razão. Sua ênfase está centrada na importância do ambiente e da tecnologia.</p><p>A Teoria da Contingência sustenta que não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa, isto é: tudo é relativo. Ela defende que existe uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas necessárias para o alcance eficaz dos objetivos da organização. As variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as técnicas administrativas são variáveis dependentes dentro de uma relação funcional.</p><p>Em 1962, Alfred Chandler realizou estudos com respeito às mudanças estruturais relacionadas com as estratégias de negócios, concluindo que ambientes diferentes levam as organizações a adotar formas de atuação igualmente distintas, isto é, moldam as suas estruturas de forma a se adaptarem ao ambiente.</p><p>Burns e Slalker, dois renomados sociólogos, concluíram, por exemplo, que as formas mecanicistas de organização se adaptam melhor às condições ambientais estáveis, ao contrário do que ocorre com as formas orgânicas, mais ajustadas aos ambientes em condições de mudança e inovação constantes.</p><p>Os autores sustentam que existem poucas verdades, conceitos ou princípios universais que realmente possam ser aplicados em todos os casos. Ao invés disso, cada situação na empresa deve ser abordada com uma atitude de: “isso depende”. As organizações precisam ser sistematicamente ajustadas às condições ambientais. A partir daí os teóricos da Abordagem contingencial, procuraram elucidar os estilos de abordagem que podem ser melhor explicados em circunstancias diversas.</p><p>Aspectos Básicos da Teoria da Contingência</p><p>A organização é um sistema aberto, ou seja, de natureza sistêmica;</p><p>1) As características organizacionais apresentam uma interação entre si e com o ambiente;</p><p>2) Chamam-se “variáveis independentes” as características ambientais e “variáveis dependentes” as organizacionais, as quais dependem daquelas;</p><p>A importância do ambiente</p><p>Ambiente é a situação dentro da qual uma empresa está inserida, visto que é um sistema aberto. Ela, portanto, mantém transações e promove o intercâmbio com o ambiente que a cerca. Assim, tudo que acontece do lado de fora, acaba por influenciar sobremaneira a organização.</p><p>Como o ambiente é algo extremamente complexo, esse fato dificulta a análise por parte das empresas que, como vimos, dependem dela para estabelecer suas estratégias. Assim sendo, com o intuito de facilitar esse trabalho, o ambiente passou a ser</p><p>analisado em 2 segmentos, a saber:</p><p>Ambiente Geral; Ambiente de Tarefa.</p><p>Ambiente Geral</p><p>Também chamado de macroambiente é o ambiente comum a todas as organizações, sendo que tudo que acorre nesse ambiente sempre afeta, direta ou indiretamente, a empresa.</p><p>O ambiente geral é constituído pelas seguintes condições:</p><p>a) Tecnológicas;</p><p>b) Legais;</p><p>c) Políticas</p><p>d) Econômicas;</p><p>e) Demográficas;</p><p>f) Ecológicas;</p><p>g) Culturais.</p><p>Ambiente de Tarefa</p><p>Como vimos, o ambiente geral é comum para todas as organizações, ao contrário do ambiente de tarefa que trata do ambiente particular e próprio da empresa; do seu ambiente de operações.</p><p>É constituído por:</p><p>a) Fornecedores de entradas;</p><p>b) Clientes ou usuários;</p><p>c) Concorrentes;</p><p>d) Entidades reguladoras</p><p>O Gráfico abaixo mostra a relação entre ambos.</p><p>AMBIENTE GERAL</p><p>Condições Tecnológicas</p><p>Condições</p><p>Legais</p><p>Condições</p><p>Culturais</p><p>Condições</p><p>Ecológicas</p><p>Condições</p><p>Políticas</p><p>Empresa</p><p>AMBIENTE DE</p><p>TAREFA</p><p>Concorrentes</p><p>Fornecedores</p><p>Clientes</p><p>Entidades</p><p>Reguladoras</p><p>Condições 	Condições</p><p>Econômicas 	Demográficas</p><p>image1.png</p>

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