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Questões resolvidas

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<p>1ª Série</p><p>PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO</p><p>PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual,</p><p>considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:</p><p>LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:</p><p>1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação,</p><p>dispostas da seguinte maneira:</p><p>a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;</p><p>b) Proposta de Redação;</p><p>c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.</p><p>d) ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às</p><p>questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida.</p><p>2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as</p><p>instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência,</p><p>comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.</p><p>3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à</p><p>questão.</p><p>4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.</p><p>5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações</p><p>assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.</p><p>6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.</p><p>7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o</p><p>CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.</p><p>8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação, mas NÃO</p><p>poderá levar seu caderno de questões.</p><p>1º DIA</p><p>Realização:</p><p>A minha voz ainda ecoa versos perplexos.</p><p>Si ª Série</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 2</p><p>Si</p><p>LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>Questões de 01 a 45</p><p>Questões de 01 a 05 (INGLÊS)</p><p>Disponível em: https://mir-s3-cdn-cf.behance.net. Acesso em: 29</p><p>out. 2021 (adaptado).</p><p>(ENEM 2023) Esse cartaz de campanha sugere que</p><p>(A) os lixões precisam de ampliação.</p><p>(B) o desperdício degrada o ambiente.</p><p>(C) a desnutrição compromete o raciocínio.</p><p>(D) os mercados doam alimentos perecíveis.</p><p>(E) as residências carecem de refrigeradores.</p><p>Becoming</p><p>Back in the ancestral homeland of Michelle</p><p>Obama, black women were rarely granted the</p><p>honorific Miss or Mrs., but were addressed by their</p><p>first name, or simply as "gal" or "auntie" or worse. This</p><p>so openly demeaned them that many black women,</p><p>long after they had left the South, refused to answer if</p><p>called by their first name. A mother and father in</p><p>1970s Texas named their newborn "Miss" so that</p><p>white people would have no choice but to address</p><p>their daughter by that title. Black women were meant</p><p>for the field or the kitchen, or for use as they saw fit.</p><p>They were, by definition, not ladies. The very idea of a</p><p>black woman as first lady of the land, well, that would</p><p>have been unthinkable.</p><p>Disponível em: mwv.nytimes.com. Acesso em: 28 dez. 2018</p><p>(adaptado).</p><p>(ENEM 2021) A crítica do livro de memórias de</p><p>Michelle Obama, ex-primeira-dama dos EUA, aborda</p><p>a história das relações na cidade natal da autora.</p><p>Nesse contexto, o uso do vocábulo "unthinkable"</p><p>ressalta que</p><p>(A) a ascensão social era improvável.</p><p>(B) o trabalho feminino era inimaginável.</p><p>(C) a mudança de nome era impensável.</p><p>(D) a origem do indivíduo era irrelevante.</p><p>(E) comportamento parental era irresponsável.</p><p>Disponível em: www.cartoonstock.com. Acesso em: 25 out.</p><p>2021.</p><p>(ENEM 2023) Ao retratar o ambiente de trabalho em</p><p>um escritório, esse cartum tem por objetivo</p><p>(A) indicar um modo de interação.</p><p>(B) destacar a falta de diversidade.</p><p>(C) criticar um padrão de vestimenta.</p><p>(D) salientar o espírito de cooperação.</p><p>(E) elogiar um modelo de organização.</p><p>QUESTÃO 01</p><p>QUESTÃO 02</p><p>QUESTÃO 03</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 3</p><p>Si</p><p>In this life</p><p>Sitting on a park bench</p><p>Thinking about a friend of mine</p><p>He was only twenty-three</p><p>Gone before he had his time.</p><p>It came without a warning</p><p>Didnꞌt want his friends to see him cry</p><p>He knew the day was dawning</p><p>And I didnꞌt have a chance to say goodbye.</p><p>MADONNA. Erotica. Estados Unidos: Maverick, 1992.</p><p>(ENEM 2019) A canção, muitas vezes, é uma forma</p><p>de manifestar sentimentos e emoções da vida</p><p>cotidiana. Por exemplo, o sofrimento retratado nessa</p><p>canção foi causado</p><p>(A) pela morte precoce de um amigo jovem.</p><p>(B) Pela traição por parte de pessoa próxima.</p><p>(C) pela mudança de um amigo para outro país.</p><p>(D) pelo término de um relacionamento amoroso.</p><p>(E) pelo fim de uma amizade de mais de vinte anos.</p><p>I tend the mobile now</p><p>like an injured bird</p><p>We text, text, text</p><p>our significant words.</p><p>I re-read your first,</p><p>your second, your third,</p><p>Look for your small xx,</p><p>feeling absurd.</p><p>The codes we send</p><p>arrive with a broken chord.</p><p>I try to picture your hands,</p><p>their image is blurred.</p><p>Nothing my thumbs press</p><p>will ever be heard.</p><p>DUFFY, C. Disponível em: www.independent.co.uk. Acesso</p><p>em: 27 out. 2021.</p><p>(ENEM 20202) Nesse poema, o eu lírico evidencia</p><p>um sentimento de</p><p>(A) zelo com o envio de mensagens.</p><p>(B) contentamento com a interação virtual.</p><p>(C) mágoa com o comportamento de alguém.</p><p>(D) preocupação com a composição de textos.</p><p>(E) insatisfação com uma forma de comunicação.</p><p>QUESTÃO 04 QUESTÃO 05</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 4</p><p>Si</p><p>Questões de 01 a 05 (opção Espanhol)</p><p>(ENEM 2016) Nesse grafite, realizado por um grupo</p><p>que faz intervenções artísticas na cidade de Lima, há</p><p>um jogo de palavras com o verbo “poner”. Na</p><p>primeira ocorrência, o verbo equivale a “vestir uma</p><p>roupa”, já na segunda, indica</p><p>(A) início de ação.</p><p>(B) mudança de estado.</p><p>(C) conclusão de ideia.</p><p>(D) simultaneidade de fatos.</p><p>(E) continuidade de processo.</p><p>“Caramelos” en sus suelos</p><p>Las tierras de España, tu vista enamoran;</p><p>sus gentes; te amistan; ¿“cocinas”?, ¡“te molan”!</p><p>¿El plato común?, ¡pues «tortilla/patatas»!;</p><p>en bares, figones, o tascas, ¡las «tapas»!;</p><p>“sabor nacional”, ¡el «gazpacho», sus «vinos»,</p><p>«sangría», y «jamón» de sabrosos cochinos!</p><p>(Cual “sellos”, te grabas sus «Típicos Platos»;</p><p>¡sabrás por dó pasas, por sólo tu olfato!,</p><p>¡si en cada lugar, un sabor peculiar,</p><p>“al paso” cautiva tu buen paladar!).</p><p>¡Son más que “recetas”!, ¡será “alegoría”!,</p><p>¡será “identidad”! (¡hay “reserva” en su «Guía»!);</p><p>son platos allende un “timón conductor”,</p><p>¡son mar, ríos, sierras!, ¡son valles, son flor!,</p><p>¡y aportan “Conventos” a gastronomía,</p><p>sus «dulces»! (sabor “celestial”, ¡de ambrosía!).</p><p>QUIROZ Y LÓPEZ, M. Disponível em: https://pt.calameo.com.</p><p>Acesso em: 25 out. 2021.</p><p>(ENEM 2023) Nesse poema, o eu poético enaltece a</p><p>(A) característica amistosa do povo espanhol.</p><p>(B) beleza das paisagens naturais da Espanha.</p><p>(C) variedade de pratos na gastronomia espanhola.</p><p>(D) relação entre os sentidos do paladar e do olfato</p><p>na gastronomia.</p><p>(E) gastronomia como representação da identidade</p><p>cultural de um povo.</p><p>Inestabilidad estable</p><p>Los que llevan toda la vida esforzándose por</p><p>conseguir un pensamiento estable, con suficiente</p><p>solidez como para evitar que la incertidumbre se</p><p>apodere de sus habilidades, todas esas lecciones</p><p>sobre cómo asegurarse el porvenir, aquellos que nos</p><p>aconsejaban que nos dejáramos de bagatelas</p><p>poéticas y encontráramos un trabajo fijo y etcétera,</p><p>abuelos, padres, maestros, suegros,</p><p>de</p><p>sentimentos sinceramente abolicionistas —; faz-</p><p>me até pasmar como se possa sentir, e expressar</p><p>sentimentos escravocratas, no presente século, no</p><p>século dezenove! A moral religiosa e a moral cívica</p><p>aí se erguem, e falam bem alto esmagando a hidra</p><p>que envenena a família no mais sagrado santuário</p><p>seu, e desmoraliza, e avilta a nação inteira!</p><p>QUESTÃO 43</p><p>QUESTÃO 44</p><p>QUESTÃO 45</p><p>https://www.florajunior.com/post/mudancas-climaticas-e-enchentes-no-brasil-qual-sua--relacao</p><p>https://www.florajunior.com/post/mudancas-climaticas-e-enchentes-no-brasil-qual-sua--relacao</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 22</p><p>Si</p><p>Levantai os olhos ao Gólgota, ou percorrei-os</p><p>em torno da sociedade, e dizei-me:</p><p>— Para que se deu em sacrifício o Homem</p><p>Deus, que ali exalou seu derradeiro alento? Ah!</p><p>Então não é verdade que seu sangue era o resgate</p><p>do homem! É então uma mentira abominável ter</p><p>esse sangue comprado a liberdade!? E depois,</p><p>olhai a sociedade... Não vedes o abutre que a</p><p>corrói constantemente!... Não sentis</p><p>a desmoralização que a enerva, o cancro que a</p><p>destrói?</p><p>Por qualquer modo que encaremos a</p><p>escravidão, ela é, e será sempre um grande mal.</p><p>Dela a decadência do comércio; porque o</p><p>comércio e a lavoura caminham de mãos dadas, e</p><p>o escravo não pode fazer florescer a</p><p>lavoura: porque o seu trabalho é forçado.</p><p>REIS, M. F. Úrsula outras obras, Brasília: Câmara dos</p><p>Deputados, 2018</p><p>(ENEM 2022) Inscrito na estética romântica da</p><p>literatura brasileira, o conto descortina aspectos da</p><p>realidade nacional no século XIX ao</p><p>(A) revelar a imposição de crenças religiosas a</p><p>pessoas escravizadas.</p><p>(B) apontar a hipocrisia do discurso conservador</p><p>na defesa da escravidão.</p><p>(C) sugerir práticas de violência física e moral em</p><p>nome do progresso material.</p><p>(D) relacionar o declínio da produção agrícola</p><p>e comercial a questões raciais.</p><p>(E) ironizar o comportamento dos proprietários</p><p>de terra na exploração do trabalho.</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 23</p><p>Si</p><p>INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO</p><p>1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.</p><p>2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 (trinta) linhas.</p><p>3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o</p><p>número de linhas copiadas desconsiderado para a contagem de linhas.</p><p>4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:</p><p>4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”;</p><p>4.2. fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;</p><p>4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto;</p><p>4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.</p><p>TEXTO I</p><p>Disponívem em: https://site.dlc.pt/a-industria-e-a-aprendizagem/. Acesso em agosto de 2024.</p><p>TEXTO II</p><p>“Estamos em pelo renascimento dos serviços</p><p>profissionais. A IA não é mais uma opção: ou nos</p><p>adaptamos e prosperamos ou resistimos e nos</p><p>tornamos obsoletos. A genialidade humana é agora</p><p>mais crucial do que nunca.”</p><p>“Para aqueles que acreditam que a IA faz tudo</p><p>sozinha, ofereço um desafio: tente! A genialidade, a</p><p>criatividade, a visão, ainda dependem exclusivamente</p><p>do ser humano. Em resumo, você tem duas opções:</p><p>aproveitar as ferramentas de IA e melhorar a sua vida</p><p>e a de seus clientes, ou voltar ao passado e usar</p><p>máquinas de escrever para elaborar a escrituração</p><p>contábil. A escolha é sua!”</p><p>(Roberto Duarte Dias)</p><p>TEXTO III</p><p>A inteligência artificial é um ramo de pesquisa</p><p>da ciência da computação que busca, por meio de</p><p>símbolos computacionais, construir mecanismos</p><p>e/ou dispositivos que simulem a capacidade do ser</p><p>humano de pensar, resolver problemas, ou seja, de</p><p>ser inteligente. O estudo e desenvolvimento desse</p><p>ramo de pesquisa tiveram início na Segunda</p><p>Guerra Mundial.</p><p>Disponível em:</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/informatica/inteligencia-</p><p>artificial.htm. Acesso em agosto de 2024.</p><p>PROPOSTA DE REDAÇÃO</p><p>A partir do material de apoio e com base nos</p><p>conhecimentos construídos ao longo de sua</p><p>formação, redija um texto dissertativo-argumentativo,</p><p>em norma padrão da língua portuguesa, sobre o</p><p>tema: “A inteligência artificial e os impactos sociais na</p><p>contemporaneidade”. Apresente proposta de</p><p>intervenção social que respeite os direitos humanos.</p><p>Selecione, organize e relacione, de maneira coerente</p><p>e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto</p><p>de vista.</p><p>https://site.dlc.pt/a-industria-e-a-aprendizagem/</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/informatica/inteligencia-artificial.htm</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/informatica/inteligencia-artificial.htm</p><p>2ª Série Ciência Humanas e suas Tecnologias 24</p><p>Si</p><p>CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>Questões de 46 a 90</p><p>A partir da segunda metade do século XVIII, com a</p><p>primeira Revolução Industrial e o nascimento do</p><p>proletariado, cresceram as pressões por uma maior</p><p>participação política, e a urbanização intensificou-se,</p><p>recriando uma paisagem social muito distinta da que</p><p>antes existia.</p><p>QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. Um</p><p>toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte:</p><p>UFMG, 2002.</p><p>(ENEM 2018) As mudanças citadas foram conduzidas</p><p>principalmente pelos seguintes atores sociais:</p><p>(A) Burguesia e trabalhadores assalariados.</p><p>(B) Igreja e corporações de ofício.</p><p>(C) Realeza e comerciantes.</p><p>(D) Campesinato e artesãos.</p><p>(E) Nobreza e artífices.</p><p>Em Beirute, no Líbano, quando perguntado</p><p>sobre onde se encontram os refugiados sírios, a</p><p>resposta do homem é imediata: “em todos os lugares</p><p>e em lugar nenhum”. Andando ao acaso, não é raro</p><p>ver, sob um prédio ou num canto de calçada, ao</p><p>abrigo do vento, uma família refugiada em volta de</p><p>uma refeição frugal posta sobre jornais como se</p><p>fossem guardanapos. Também se vê de vez em</p><p>quando uma tenda com a sigla ACNUR (Alto</p><p>Comissariado das Nações Unidas para Refugiados),</p><p>erguida em um dos raros terrenos vagos da capital.</p><p>JABER, H. Quem realmente acolhe os refugiados? Le Monde</p><p>Diplomatique Brasil, out. 2015 (adaptado).</p><p>(ENEM 2018) O cenário descrito aponta para uma</p><p>crise humanitária que é explicada pelo processo de</p><p>(A) migração massiva de pessoas atingidas por</p><p>catástrofe natural.</p><p>(B) hibridização cultural de grupos caracterizados</p><p>por homogeneidade social.</p><p>(C) desmobilização voluntária de militantes</p><p>cooptados por seitas extremistas.</p><p>(D) peregrinação religiosa de fiéis orientados por</p><p>lideranças fundamentalistas.</p><p>(E) desterritorialização forçada de populações</p><p>afetadas por conflitos armados.</p><p>Tendo se livrado do entulho do maquinário</p><p>volumoso e das enormes equipes de fábrica, o capital</p><p>viaja leve, apenas com a bagagem de mão, pasta,</p><p>computador portátil e telefone celular. O novo atributo</p><p>da volatilidade fez de todo compromisso,</p><p>especialmente do compromisso estável, algo ao</p><p>mesmo tempo redundante e pouco inteligente: seu</p><p>estabelecimento paralisaria o movimento e fugiria da</p><p>desejada competitividade, reduzindo a priori as</p><p>opções que poderiam levar ao aumento da</p><p>produtividade.</p><p>BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.</p><p>(ENEM 2016) No texto, faz-se referência a um</p><p>processo de transformação do mundo produtivo cuja</p><p>consequência é o(a)</p><p>(A) regulamentação de leis trabalhistas mais rígidas.</p><p>(B) fragilização das relações hierárquicas de</p><p>trabalho.</p><p>(C) decréscimo do número de funcionários das</p><p>empresas.</p><p>(D) incentivo ao investimento de longos planos de</p><p>carreiras.</p><p>(E) desvalorização dos postos de gerenciamento</p><p>corporativo.</p><p>A Polícia Federal projeta que o número de</p><p>imigrantes do país vizinho aumentará – mais de 20</p><p>000 pedidos foram realizados nos quatro primeiros</p><p>meses de 2018. “Tem havido vários picos e este é um</p><p>deles”, disse Rosilene Santiago a jornalistas</p><p>convidados pela Presidência para uma viagem ao</p><p>estado de Roraima. “A tendência geral é de aumento</p><p>do fluxo”.</p><p>(https://exame.abril.com.br, 04.05.2018. Adaptado)</p><p>(VUNESP 2018) Dentre os movimentos migratórios</p><p>mundiais, têm chamado atenção os deslocamentos</p><p>com destino a Roraima, no Brasil. Esses fluxos</p><p>migratórios têm como origem</p><p>(A) o Haiti e são estimulados pela política de</p><p>desvalorização cambial.</p><p>(B) a Venezuela e são motivados pela recente crise</p><p>político-econômica.</p><p>(C) a Bolívia e se devem à instalação de um regime</p><p>ditatorial.</p><p>QUESTÃO 46</p><p>QUESTÃO 47</p><p>QUESTÃO 48</p><p>QUESTÃO 49</p><p>2ª Série Ciência Humanas e suas Tecnologias 25</p><p>Si</p><p>(D) o Haiti e são provocados por elevados índices de</p><p>desemprego.</p><p>(E) a Venezuela e são explicados pelos recorrentes</p><p>casos de desastres naturais.</p><p>Nos últimos anos, tem sido comum reportagens</p><p>sobre a onda de refugiados na Europa, que fogem de</p><p>seus países devido à crescente miséria, fome e as</p><p>guerras civis que parecem infindáveis. Esses graves</p><p>problemas vêm atingindo milhares de cidadãos</p><p>africanos e asiáticos, que arriscam a vida em</p><p>travessias perigosas pelo Mar Mediterrâneo em</p><p>busca de sobrevivência. Vejamos algumas manchetes</p><p>publicadas pelo jornal “El Paris”, sobre a questão dos</p><p>refugiados: CRISE DOS REFUGIADOS NA EUROPA</p><p>“Quase 3.000 imigrantes morreram este ano no</p><p>Mediterrâneo. El Paris, 22/07/2016.” “França constrói</p><p>muro junto à ‘selva’ de Calais para impedir acesso de</p><p>imigrantes”. El Paris, 08/09/2016.</p><p>(IFAL 2016) País asiático em guerra civil desde 2011</p><p>e governado por Bashar al-Assad, é o que mais tem</p><p>contribuído para o aumento de refugiados na Europa.</p><p>Esse país é a</p><p>(A) Turquia</p><p>(B) Iraque</p><p>(C) Coreia do Norte</p><p>(D) Síria</p><p>(E) Israel</p><p>Enormes alto-falantes sul-coreanos instalados</p><p>na fronteira com o Norte costumavam transmitir</p><p>desde canções em estilo K-pop (como é chamado o</p><p>pop sul-coreano) até boletins climáticos e noticiário</p><p>crítico ao vizinho comunista. O Norte costuma</p><p>praticar atividade semelhante, transmitindo por seus</p><p>alto-falantes discursos críticos a Seul e aliados.</p><p>Durante os anos 1980, o governo sul-coreano</p><p>construiu um mastro de 97 metros de altura para</p><p>hastear sua bandeira no povoado de Daesong-dong,</p><p>na fronteira com o Norte. O Norte respondeu com a</p><p>construção de um mastro ainda mais alto (160 m) na</p><p>cidade fronteiriça de Gijung-dong. “Essas</p><p>demonstrações são uma válvula de escape</p><p>competitiva e importante entre os dois lados, fora de</p><p>um possível conflito militar”, diz o analista Ankit</p><p>Panda.</p><p>TAN, Y. Disputa de mastros e alto-falantes com K-pop: as</p><p>pequenas picuinhas do conflito entre as Coreias. Disponível em:</p><p>www.bbc.com. Acesso em: 7 nov. 2021 (adaptado).</p><p>(ENEM 2023) Os atos de competição citados têm</p><p>suas origens históricas vinculadas a um contexto de</p><p>(A) domínio cultural-identitário de atores sociais.</p><p>(B) disputas étnico-raciais de povos tradicionais.</p><p>(C) divergências político-ideológicas de agentes</p><p>estatais.</p><p>(D) imposição econômico-financeira de empresas</p><p>privadas.</p><p>(E) protestos ecológico-sustentáveis de entidades</p><p>ambientais.</p><p>Analise o ciclo do trabalho escravo contemporâneo.</p><p>http://trabalhoescravocontemporaneo.blogspot.com/2017/09/</p><p>trabalho-escravo-contemporaneo.html</p><p>Avalie as assertivas abaixo.</p><p>I) A escravidão chamada de contemporânea é,</p><p>apenas, uma forma de burlar a legislação</p><p>trabalhista, não causando danos nem para o</p><p>empregador nem para o empregado.</p><p>II) A manutenção do trabalho forçado e das</p><p>jornadas exaustivas é necessária para o</p><p>cumprimento das metas de produção</p><p>estabelecidas pelos compradores dos produtos.</p><p>III) Os trabalhadores em situação análoga à</p><p>escravidão são vítimas do desemprego e da falta</p><p>de condições de vida em seus municípios, o que</p><p>os faz aceitar ofertas de trabalho em outras</p><p>regiões.</p><p>IV) o trabalho escravo contemporâneo tem maior</p><p>incidência no setor primário, em região de</p><p>expansão agrícola, sobretudo nas atividades da</p><p>pecuária, da produção de carvão e do cultivo de</p><p>cana-de-açúcar.</p><p>(UEMA 2021) As assertivas corretas sobre trabalho</p><p>análogo à escravidão, retratado na imagem, são,</p><p>apenas,</p><p>(A) II e III.</p><p>QUESTÃO 50</p><p>QUESTÃO 51</p><p>QUESTÃO 52</p><p>2ª Série Ciência Humanas e suas Tecnologias 26</p><p>Si</p><p>(B) III e IV.</p><p>(C) I e II.</p><p>(D) II e IV.</p><p>(E) I e III.</p><p>Leia o segmento abaixo:</p><p>Estas pessoas que estão vindo agora são</p><p>refugiados que não são famintos, sem pão ou água.</p><p>São pessoas que, ontem, tinham orgulho de seus</p><p>lares, de suas posições na sociedade, que,</p><p>frequentemente, tinham um alto grau de educação e</p><p>assim por diante. Mas, agora eles são refugiados.</p><p>Disponível em:<https://222.fronteiras.com/artigos/zygmunt-</p><p>bauman-o-medo- dos-reugiados>. Acesso em: 02 jul. 2019.</p><p>(UFRGS 2019) Sobre o tema refugiados no mundo, é</p><p>correto afirmar que</p><p>(A) parte do grupo de imigrantes consegue obter</p><p>melhores condições de vida nos locais de</p><p>destino e enviar aos seus países de origem</p><p>recursos financeiros importantes.</p><p>(B) os refugiados migram principalmente por</p><p>motivos de insegurança, desastres ambientais e</p><p>destinam-se aos países com baixo Índice de</p><p>Desenvolvimento Humano (IDH).</p><p>(C) a inserção de políticas antimigração nos países</p><p>de destino zerou as taxas de recebimento de</p><p>fluxo migratório.</p><p>(D) a legalização de imigrantes tem ocorrido em</p><p>alguns países da Europa e com regras iguais</p><p>entre as nações, mas a erradicação da</p><p>discriminação contra o imigrante tem sido motivo</p><p>de preocupação entre as autoridades.</p><p>(E) os venezuelanos, na América do Sul, somente</p><p>migram para o Brasil, pois há ausência de vazios</p><p>demográficos em outros países para ocupar e</p><p>povoar.</p><p>A mundialização introduz o aumento da</p><p>produtividade do trabalho sem acumulação de</p><p>capital, justamente pelo caráter divisível da forma</p><p>técnica molecular-digital do que resulta a</p><p>permanência da má distribuição da de refrigerantes</p><p>às portas dos estádios viram sua produtividade</p><p>aumentada graças ao just in time dos fabricantes e</p><p>distribuidores de bebidas, mas para realizar o valor de</p><p>tais mercadorias, a forma do trabalho dos vendedores</p><p>é a mais primitiva. Combinam-se, pois, acumulação</p><p>molecular-digital com o puro uso da força de trabalho.</p><p>OLIVEIRA, F. Crítica à razão dualista e o ornitorrinco. Campinas:</p><p>Boitempo, 2003.</p><p>(ENEM 2016) Os aspectos destacados no texto</p><p>afetam diretamente questões como emprego e</p><p>renda, sendo possível explicar essas transformações</p><p>pelo(a)</p><p>(A) crise bancária e o fortalecimento do capital</p><p>industrial.</p><p>(B) inovação toyotista e a regularização do trabalho</p><p>formal.</p><p>(C) Impacto da tecnologia e as modificações na</p><p>estrutura produtiva.</p><p>(D) estrutura produtiva. emergência da globalização</p><p>e a expansão do setor secundário.</p><p>(E) diminuição do tempo de trabalho e a</p><p>necessidade de diploma superior.</p><p>Em toda essa diversidade de aperfeiçoamentos</p><p>tecnológicos, era evidente o caráter unívoco do</p><p>movimento: a mudança gerava mudança. A oferta</p><p>barata de carvão revelou-se uma dádiva dos céus</p><p>para a indústria do ferro, que estava sendo asfixiada</p><p>pela falta de combustível. Nesse meio tempo, a</p><p>invenção e a difusão de motores a vapor na indústria</p><p>têxtil, criou uma nova procura de combustível, e,</p><p>portanto, de carvão; e esses motores tinham um</p><p>apetite voraz de ferro, o que reclamava mais carvão.</p><p>(David S. Landes. Prometeu desacorrentado, 1994. Adaptado.)</p><p>(VUNESP 2018) O historiador refere-se à primeira</p><p>Revolução Industrial, destacando</p><p>(A) o aspecto particular das inovações tecnológicas</p><p>sustentadas pela eletricidade e pelo aço.</p><p>(B) a facilidade de incorporação efetiva dos novos</p><p>meios de produção pelas nações</p><p>subdesenvolvidas do planeta.</p><p>(C) a autonomia do processo produtivo em relação</p><p>ao mercado consumidor de mercadorias.</p><p>(D) os baixos custos das inovações produtivas em</p><p>uma economia em processo de socialização dos</p><p>lucros.</p><p>(E) a interação do avanço tecnológico nos setores de</p><p>energia e de produção de máquinas.</p><p>No Brasil, assim como em vários outros países,</p><p>os modernos movimentos LGBT representam um</p><p>desafio às formas de condenação e perseguição</p><p>social contra desejos e comportamentos sexuais</p><p>anticonvencionais associados à vergonha,</p><p>imoralidade, pecado, degeneração, doença. Falar do</p><p>QUESTÃO 53</p><p>QUESTÃO 54</p><p>QUESTÃO 55</p><p>QUESTÃO 56</p><p>2ª Série Ciência Humanas e suas Tecnologias 27</p><p>Si</p><p>movimento LGBT implica, portanto, chamar a atenção</p><p>para a sexualidade como fonte de estigmas,</p><p>intolerância, opressão.</p><p>SIMÕES, J. Homossexualidade e movimento LGBT: estigma,</p><p>diversidade e cidadania. In: BOTELHO, A.; SCHWARCZ, L.</p><p>M. Cidadania, um projeto em construção. São Paulo: Claro</p><p>Enigma, 2012 (adaptado).</p><p>(ENEM PPL 2017) O movimento social abordado</p><p>justifica-se pela defesa do direito de</p><p>(A) organização sindical.</p><p>(B) participação partidária.</p><p>(C) manifestação religiosa.</p><p>(D) afirmação identitária.</p><p>(E) formação profissional.</p><p>TEXTO I</p><p>A adesão da Alemanha à Otan</p><p>A adesão da Alemanha Ocidental à</p><p>Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) há</p><p>50 anos teve como pano de fundo o conflito entre o</p><p>Ocidente e o Leste da Europa e o projeto da</p><p>integração europeia. A adesão da República Federal</p><p>da Alemanha foi um passo importante para a</p><p>reconstrução do país no pós-guerra e abriu o</p><p>caminho para a Alemanha desempenhar um papel</p><p>relevante na defesa da Europa Ocidental durante a</p><p>Guerra Fria.</p><p>HAFTENDORN, H. A adesão da Alemanha à Otan: 50 anos</p><p>depois. Disponível em: www.nato.int. Acesso em: 5 out. 2015</p><p>(adaptado).</p><p>TEXTO II</p><p>Otan discute medidas para deter os jihadistas no</p><p>Iraque e na Síria</p><p>O regime de terror imposto pelos islamitas radicais no</p><p>Oriente Médio alarma a Otan tanto ou mais que a</p><p>Rússia, ainda que a estratégia para detê-los ainda</p><p>seja difusa. O avanço do chamado Estado Islâmico,</p><p>que instalou um califado repressor em zonas do</p><p>Iraque e da Síria, comandou boa parte das reuniões</p><p>bilaterais que mantiveram os líderes da organização</p><p>atlântica no País de Gales.</p><p>ABELLÁN, L. Otan discute medidas para deter os jihadistas no</p><p>Iraque e na Síria. Disponível em: http://brasil.elpais.com. Acesso</p><p>em: 5 out. 2015.</p><p>(ENEM PPL 2019) As diferentes estratégias da Otan,</p><p>demonstradas nos textos, são resultantes das</p><p>transformações na</p><p>(A) composição dos países-membros.</p><p>(B) localização das bases militares.</p><p>(C) conformação do cenário geopolítico.</p><p>(D) distribuição de recursos naturais.</p><p>(E) destinação dos investimentos financeiros.</p><p>O trabalhador pode até saber que sua fábrica</p><p>produz aviões ou medicamentos, mas a sua parcela</p><p>de atividade está totalmente subordinada a uma</p><p>estrutura abstrata, diluída numa massa de atividades</p><p>conexas, em muitos casos dividida em diversos</p><p>continentes e em proprietários não visíveis. Ele não se</p><p>reconhece na materialidade final do seu Trabalho,</p><p>que se lhe afigura como obra da “empresa”, e sua</p><p>subordinação parece ser ao “sistema”.</p><p>FONTES, V. Capitalismo em tempo de uberização: do emprego</p><p>ao trabalho. Disponível em: www.niepmarx.blog.br. Acesso em: 6</p><p>out. 2021 (adaptado).</p><p>(ENEM PPL 223) Segundo o texto, a razão para a</p><p>dificuldade do trabalhador em reconhecer o seu labor</p><p>é a</p><p>(A) fragmentação da produção.</p><p>(B) regionalização da economia.</p><p>(C) aglomeração da indústria.</p><p>(D) flexibilização da jornada.</p><p>(E) qualificação da função.</p><p>A Declaração Universal dos Direitos Humanos,</p><p>adotada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU</p><p>na Resolução 217-A, de 10 de dezembro de 1948, foi</p><p>um acontecimento histórico de grande relevância. Ao</p><p>afirmar, pela primeira vez em escala planetária, o</p><p>papel dos direitos humanos na convivência coletiva,</p><p>pode ser considerada um evento inaugural de uma</p><p>nova concepção de vida internacional.</p><p>LAFER, C. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).</p><p>In: MAGNOLI, D. (Org.) História da paz. São Paulo: Contexto,</p><p>2008.</p><p>(ENEM 2019) A declaração citada no texto introduziu</p><p>uma nova concepção nas relações internacionais ao</p><p>possibilitar a</p><p>(A) superação da soberania estatal.</p><p>(B) defesa dos grupos vulneráveis.</p><p>(C) redução da truculência belicista.</p><p>QUESTÃO 57</p><p>QUESTÃO 58</p><p>QUESTÃO 59</p><p>2ª Série Ciência Humanas e suas Tecnologias 28</p><p>Si</p><p>(D) impunidade dos atos criminosos.</p><p>(E) inibição dos choques civilizacionais.</p><p>Uma nova economia surgiu em escala global no</p><p>último quartel do século XX. Chamo-a de</p><p>informacional, global e em rede para identificar suas</p><p>características fundamentais e diferenciadas e</p><p>enfatizar sua interligação. É informacional porque</p><p>depende basicamente de sua capacidade de gerar,</p><p>processar e aplicar de forma eficiente a informação</p><p>baseada em conhecimentos. É global porque seus</p><p>componentes estão organizados em escala global,</p><p>diretamente ou mediante uma rede de conexões</p><p>entre agentes econômicos. É rede porque é feita em</p><p>uma rede global de interação entre redes</p><p>empresariais.</p><p>CASTELLS, M. A sociedade em rede — a era da informação:</p><p>economia, sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra, 1999</p><p>(adaptado).</p><p>(ENEM 2022) Qual mudança estrutural é resultado da</p><p>forma de organização econômica descrita no texto?</p><p>(A) Fabricação em série.</p><p>(B) Ampliação de estoques.</p><p>(C) Fragilização dos cartéis.</p><p>(D) Padronização de mercadorias.</p><p>(E) Desterritorialização da produção.</p><p>Porcentagem de formados que trabalham</p><p>fora do país de origem</p><p>MALI, T. Disponível em: www.ufjf.br. Acesso em: 25 out. 2015</p><p>(adaptado).</p><p>(ENEM 2021 PPL) Uma consequência</p><p>socioeconômica para os países que vivenciam a</p><p>situação apresentada é a</p><p>(A) retração do emprego informal.</p><p>(B) evasão de divisas internacionais.</p><p>(C) redução do custo de produção.</p><p>(D) flexibilização da estrutura social.</p><p>(E) restrição do avanço tecnológico.</p><p>Brasil, Alemanha, Japão e Índia pedem reforma</p><p>do Conselho de Segurança</p><p>Os representantes do G4 (Brasil, Alemanha,</p><p>Índia e Japão) reiteraram, em setembro de 2018, a</p><p>defesa pela ampliação do Conselho de Segurança da</p><p>Organização das Nações Unidas (ONU) durante</p><p>reunião em Nova York (Estados Unidos). Em</p><p>declaração conjunta, de dez itens, os chanceleres</p><p>destacaram que o órgão, no formato em que está,</p><p>com apenas cinco membros permanentes e dez</p><p>rotativos, não reflete o século 21. “A reforma do</p><p>Conselho de Segurança é essencial para enfrentar os</p><p>desafios complexos de hoje. Como aspirantes a novos</p><p>membros permanentes de um conselho reformado,</p><p>os ministros reiteraram seu compromisso de trabalhar</p><p>para fortalecer o funcionamento da ONU e da ordem</p><p>multilateral global, bem como seu apoio às</p><p>respectivas candidaturas”, afirma a declaração</p><p>conjunta.</p><p>Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 7</p><p>dez. 2018 (adaptado).</p><p>(ENEM 2019) Os países mencionados no texto</p><p>justificam sua pretensão com base na seguinte</p><p>característica comum:</p><p>(A) Extensividade de área territorial.</p><p>(B) Protagonismo em escala regional.</p><p>(C) Investimento em tecnologia militar.</p><p>(D) Desenvolvimento de energia nuclear.</p><p>(E) Disponibilidade de recursos minerais.</p><p>A primeira Guerra do Golfo, genuinamente</p><p>apoiada pelas Nações Unidas e pela comunidade</p><p>internacional, assim como a reação imediata ao Onze</p><p>de Setembro, demonstravam a força da posição dos</p><p>Estados Unidos na era pós-soviética.</p><p>HOBSBAWM, E. Globalização, democracia e terrorismo. São</p><p>Paulo: Cia. das Letras, 2007.</p><p>(ENEM 2017) Um aspecto que explica a força dos</p><p>Estados Unidos, apontada pelo texto,</p><p>reside no(a)</p><p>(A) poder de suas bases militares espalhadas ao</p><p>redor do mundo.</p><p>(B) alinhamento geopolítico da Rússia em relação</p><p>aos EUA.</p><p>QUESTÃO 60</p><p>QUESTÃO 61</p><p>QUESTÃO 62</p><p>QUESTÃO 63</p><p>http://www.ufjf.br/</p><p>2ª Série Ciência Humanas e suas Tecnologias 29</p><p>Si</p><p>(C) política de expansionismo territorial exercida</p><p>sobre Cuba.</p><p>(D) aliança estratégica com países produtores de</p><p>petróleo, como' Kuwait e lrã.</p><p>(E) incorporação da China à Organização do</p><p>Tratado do Atlântico Norte (Otan).</p><p>TEXTO I</p><p>Interseccionalidade: intercruzamento de</p><p>desigualdades que gera padrões complexos de</p><p>discriminação.</p><p>TEXTO II</p><p>Disponível em: www.agenciadenoticias.ibge.gov.br. Acesso em:</p><p>2 dez. 2018.</p><p>(ENEM 2022) Considerando o conceito apresentado</p><p>no Texto I e os dados apresentados no Texto II, no</p><p>Brasil, são fatores que intensificam o fenômeno da</p><p>discriminação:</p><p>(A) Raça e gênero.</p><p>(B) Etnia e habitação.</p><p>(C) Idade e nupcialidade.</p><p>(D) Profissão e sexualidade.</p><p>(E) Escolaridade e fecundidade.</p><p>Cargos nas áreas de educação, saúde, arte,</p><p>mídia, gestão, negócios e finanças são os que têm</p><p>maior probabilidade de sobreviver aos avanços da</p><p>tecnologia, aponta estudo da Universidade de Oxford.</p><p>A crescente informatização, porém, continuará a</p><p>eliminar profissões, principalmente aquelas que não</p><p>exigem habilidades criativas, sociais e percepção</p><p>espacial mais sofisticada.</p><p>SCHREIBER, M. Conheça as profissões “mais ameaçadas” pela</p><p>tecnologia. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 11 dez.</p><p>2018 (adaptado).</p><p>(ENEM 2021 PPL) A análise do mundo do trabalho,</p><p>conforme apresentada no texto, assume um caráter</p><p>determinista por restringir a áreas específicas a</p><p>utilização de qual característica?</p><p>(A) Segurança previdenciária.</p><p>(B) Capacidade inventiva.</p><p>(C) Estabilidade funcional.</p><p>(D) Atividade qualificada.</p><p>(E) Formalidade laboral.</p><p>Seu turno de trabalho acabou, você já está em</p><p>casa e é hora do jantar da família. Mas, em vez de</p><p>relaxar, você começa a pensar na possibilidade de ter</p><p>recebido alguma mensagem importante no e-mail</p><p>profissional ou no grupo de WhatsApp da empresa.</p><p>Imediatamente, você fica distante. Momentos depois,</p><p>com alguns toques na tela do celular, você está de</p><p>volta ao ambiente de trabalho. O jantar e a família</p><p>ficaram em segundo plano.</p><p>A simples vontade de checar mensagens do trabalho pós-</p><p>expediente prejudica sua saúde — e a de sua</p><p>família. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 4 dez. 2018.</p><p>(ENEM 2021) O texto indica práticas nas relações</p><p>cotidianas do trabalho que causam para o indivíduo</p><p>a</p><p>(A) proteção da vida privada.</p><p>(B) ampliação de atividades extras.</p><p>(C) elevação de etapas burocráticas.</p><p>(D) diversificação do lazer recreativo.</p><p>(E) desobrigação de afazeres domésticos.</p><p>O escravo tinha de prover diretamente ao</p><p>senhor e a si próprio no ganho de rua. Do ganho</p><p>dependia inclusive sua chance de comprar a</p><p>liberdade. O próprio ganho vinha muitas vezes de</p><p>fontes ocultas, do batuque, da capoeira, da</p><p>adivinhação. Não eram poucos os escravos que</p><p>viviam de adivinhar, curar feitiço ou fabricar amuletos</p><p>muçulmanos, ocupações lucrativas que na Bahia</p><p>favoreceram muitas alforrias.</p><p>REIS, J. J. Greve negra de 1857 na Bahia. Revista USP, n. 18,</p><p>1993 (adaptado).</p><p>QUESTÃO 64</p><p>QUESTÃO 65</p><p>QUESTÃO 66</p><p>QUESTÃO 67</p><p>2ª Série Ciência Humanas e suas Tecnologias 30</p><p>Si</p><p>(ENEM 2023) Conforme descritas no texto, algumas</p><p>práticas culturais afro-brasileiras atuais surgiram em</p><p>nossa história como estratégias para</p><p>(A) denunciar a rigidez da estrutura social.</p><p>(B) expor a riqueza da herança africana.</p><p>(C) aproveitar as frestas do sistema vigente.</p><p>(D) contestar o preconceito da religião dominante.</p><p>(E) incorporar a disciplina do trabalho compulsório.</p><p>Tahuantinsuyu — nome do Império Inca em</p><p>quéchua — era dividido em quatro partes ou suyus:</p><p>Chinchaysuyu (noroeste do Peru e Equador), Antisuyu</p><p>(parte amazônica do império), Collasuyu (atual</p><p>Bolívia) e Condesuyu (costa do Oceano Pacífico) e</p><p>tinha Cuzco, no atual Peru, como sua capital imperial.</p><p>Oficialmente, todas as etnias dominadas pelos incas</p><p>deveriam adotar a língua quéchua, adorar o Sapa Inca</p><p>e o Sol e pagar taxas em forma de horas de trabalhos</p><p>periódicos. No entanto, pode-se dizer que o Império</p><p>Inca era como um mosaico cultural em que vários e</p><p>diferentes grupos étnicos adoravam o Sapa Inca e o</p><p>Sol mas, simultaneamente, continuavam a adorar</p><p>seus deuses locais e também a falar em suas línguas</p><p>nativas.</p><p>MARTINS, C. Os incas e os tahuantinsuyu: apresentação.</p><p>Disponível em: http://antigo.anphlac.org. Acesso em: 6 out. 2021</p><p>(adaptado).</p><p>(ENEM 2023) Ao comparar, no texto, a vertente da</p><p>dominação territorial com os aspectos culturais, os</p><p>incas tinham uma postura</p><p>(A) aceitável no que alude aos direitos humanos.</p><p>(B) admissível no que remete às crenças coloniais.</p><p>(C) tolerável no que se refere aos regimes tributários.</p><p>(D) flexível no que diz respeito aos costumes</p><p>religiosos.</p><p>(E) compreensível no que concerne às normas</p><p>laborais.</p><p>Dizem que Humboldt, naturalista do século XIX,</p><p>maravilhado pela geografia, flora e fauna da região</p><p>sul-americana, via seus habitantes como se</p><p>fossem mendigos sentados sobre um saco de ouro,</p><p>referindo-se a suas incomensuráveis riquezas</p><p>naturais não exploradas. De alguma maneira, o</p><p>cientista ratificou nosso papel de exportadores de</p><p>natureza no que seria o mundo depois da colonização</p><p>ibérica: enxergou-nos como territórios condenados a</p><p>aproveitar os recursos naturais existentes.</p><p>ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros</p><p>mundos. São Paulo: Elefante, 2016 (adaptado).</p><p>(ENEM 2019) A relação entre ser humano e natureza</p><p>ressaltada no texto refletia a permanência da seguinte</p><p>corrente filosófica:</p><p>(A) Relativismo cognitivo.</p><p>(B) Materialismo dialético.</p><p>(C) Racionalismo cartesiano.</p><p>(D) Pluralismo epistemológico.</p><p>(E) Existencialismo fenomenológico.</p><p>Desde o mundo antigo e sua filosofia, que o trabalho</p><p>tem sido compreendido como expressão de vida e</p><p>degradação, criação e infelicidade, atividade vital e</p><p>escravidão, felicidade social e servidão. Trabalho e</p><p>fadiga. Na Modernidade, sob o comando do mundo</p><p>da mercadoria e do dinheiro, a prevalência do</p><p>negócio (negar o ócio) veio sepultar o império do</p><p>repouso, da folga e da preguiça, criando uma ética</p><p>positiva do trabalho.</p><p>ANTUNES, R. O século XX e a era da degradação do trabalho.</p><p>In: SILVA, J. P. (Org.). Por uma sociologia do século XX. São</p><p>Paulo: Annablume, 2007 (adaptado).</p><p>(ENEM 2020) O processo de ressignificação do</p><p>trabalho nas sociedades modernas teve início a partir</p><p>do surgimento de uma nova mentalidade, influenciada</p><p>pela</p><p>(A) reforma higienista, que combateu o caráter</p><p>excessivo e insalubre do trabalho fabril.</p><p>(B) Reforma Protestante, que expressou a</p><p>importância das atividades laborais no mundo</p><p>secularizado.</p><p>(C) força do sindicalismo, que emergiu no esteio do</p><p>anarquismo reivindicando direitos trabalhistas.</p><p>(D) participação das mulheres em movimentos</p><p>sociais, defendendo o direito ao trabalho.</p><p>(E) visão do catolicismo, que, desde a Idade Média,</p><p>defendia a dignidade do trabalho e do lucro.</p><p>Antes que a arte polisse nossas maneiras e</p><p>ensinasse nossas paixões a falarem a linguagem</p><p>apurada, nossos costumes eram rústicos. Não era</p><p>melhor, mas os homens encontravam sua segurança</p><p>na facilidade para se reconhecerem reciprocamente,</p><p>QUESTÃO 68</p><p>QUESTÃO 69</p><p>QUESTÃO 70</p><p>QUESTÃO 71</p><p>2ª Série Ciência Humanas e suas Tecnologias 31</p><p>Si</p><p>e essa vantagem, de cujo valor não temos mais a</p><p>noção, poupava-lhes muitos vícios.</p><p>ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre as ciências e as artes. São</p><p>Paulo: Abril Cultural, 1983 (adaptado).</p><p>(ENEM PPL 2020) No presente excerto, o filósofo</p><p>Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)</p><p>exalta uma</p><p>condição que teria sido vivenciada pelo homem em</p><p>qual situação?</p><p>(A) No sistema monástico, pela valorização da</p><p>religião.</p><p>(B) Na existência em comunidade, pela comunhão</p><p>de valores.</p><p>(C) No modelo de autogestão, pela emancipação do</p><p>sujeito.</p><p>(D) No estado de natureza, pelo exercício da</p><p>liberdade.</p><p>(E) Na vida em sociedade, pela abundância de bens.</p><p>TEXTO I</p><p>Tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra,</p><p>em que todo homem é inimigo de todo homem, é</p><p>válido também para o tempo durante o qual os</p><p>homens vivem sem outra segurança senão a que lhes</p><p>pode ser oferecida por sua própria força e invenção.</p><p>HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1983.</p><p>TEXTO II</p><p>Não vamos concluir, com Hobbes que, por não ter</p><p>nenhuma ideia de bondade, o homem seja</p><p>naturalmente mau. Esse autor deveria dizer que,</p><p>sendo o estado de natureza aquele em que o cuidado</p><p>de nossa conservação é menos prejudicial à dos</p><p>outros, esse estado era, por conseguinte, o mais</p><p>próprio à paz e o mais conveniente ao gênero</p><p>humano.</p><p>ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a origem e o fundamento da</p><p>desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Fontes, 1993</p><p>(adaptado).</p><p>(ENEM 2018) Os trechos apresentam divergências</p><p>conceituais entre autores que sustentam um</p><p>entendimento segundo o qual a igualdade entre os</p><p>homens se dá em razão de uma</p><p>(A) predisposição ao conhecimento.</p><p>(B) submissão ao transcendente.</p><p>(C) tradição epistemológica.</p><p>(D) condição original.</p><p>(E) vocação política.</p><p>TEXTO I</p><p>Os segredos da natureza se revelam mais sob a</p><p>tortura dos experimentos do que no seu curso natural.</p><p>BACON, F. Novum Organum, 1620. In: HADOT, P. O véu de Ísis:</p><p>ensaio sobre a história da ideia de natureza. São Paulo: Loyola,</p><p>2006.</p><p>TEXTO II</p><p>O ser humano, totalmente desintegrado do todo, não</p><p>percebe mais as relações de equilíbrio da natureza.</p><p>Age de forma totalmente desarmônica sobre o</p><p>ambiente, causando grandes desequilíbrios</p><p>ambientais.</p><p>GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação.</p><p>Campinas: Papirus, 1995.</p><p>(ENEM 2019) Os textos indicam uma relação da</p><p>sociedade diante da natureza caracterizada pela</p><p>(A) objetificação do espaço físico.</p><p>(B) retomada do modelo criacionista.</p><p>(C) recuperação do legado ancestral.</p><p>(D) infalibilidade do método científico.</p><p>(E) formação da cosmovisão holística.</p><p>TEXTO I</p><p>Ouve o barulho do rio, meu filho</p><p>Deixa esse som te embalar</p><p>As folhas que caem no rio, meu filho</p><p>Terminam nas águas do mar</p><p>Quando amanhã por acaso faltar</p><p>Uma alegria no seu coração</p><p>Lembra do som dessas águas de lá</p><p>Faz desse rio a sua oração.</p><p>MONTE, M. et al. O rio. In: Infinito particular. Rio de Janeiro:</p><p>Sony; Universal Music, 2006 (fragmento).</p><p>TEXTO II</p><p>O atrativo ecoturístico não é somente o banho de</p><p>cachoeira, sentar e caminhar pela praia, cavalgar,</p><p>mas conhecer a biodiversidade, às vezes</p><p>supostamente em extinção. Observar baleias, nadar</p><p>com o golfinho, tocar em corais, sair ao encontro de</p><p>dezenas de jacarés em seu hábitat natural são</p><p>símbolos que fascinam um ecoturista. A natureza é</p><p>QUESTÃO 72</p><p>QUESTÃO 73</p><p>QUESTÃO 74</p><p>2ª Série Ciência Humanas e suas Tecnologias 32</p><p>Si</p><p>transformada em espetáculo diferente da vida urbana</p><p>moderna.</p><p>SANTANA, P. V. Ecoturismo: uma indústria sem chaminé?</p><p>São Paulo: Labur Edições, 2008.</p><p>(ENEM 2019) São identificadas nos textos,</p><p>respectivamente, as seguintes posturas em relação à</p><p>natureza:</p><p>(A) Exploração e romantização.</p><p>(B) Sacralização e profanação.</p><p>(C) Preservação e degradação.</p><p>(D) Segregação e democratização.</p><p>(E) Idealização e mercantilização.</p><p>O bônus demográfico é caracterizado pelo</p><p>período em que, por causa da redução do número de</p><p>filhos por mulher, a estrutura populacional fica</p><p>favorável ao crescimento econômico. Isso acontece</p><p>porque há proporcionalmente menos crianças na</p><p>população, e o percentual de idosos ainda não é alto.</p><p>GOIS, A. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado).</p><p>(ENEM 2019) A ação estatal que contribui para o</p><p>aproveitamento do bônus demográfico é o estímulo à</p><p>(A) atração de imigrantes.</p><p>(B) elevação da carga tributária.</p><p>(C) qualificação da mão de obra.</p><p>(D) admissão de exilados políticos.</p><p>(E) concessão de aposentadorias.</p><p>O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)</p><p>realizou 248 ações fiscais e resgatou um total de</p><p>1.590 trabalhadores da situação análoga à de</p><p>escravo, em 2014, em todo o país. A análise do</p><p>enfrentamento do trabalho em condições análogas às</p><p>de escravo materializa a efetivação de parcerias</p><p>inéditas no trato da questão, podendo ser</p><p>referenciadas ações fiscais realizadas com o</p><p>Ministério da Defesa, Exército Brasileiro, Instituto</p><p>Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais</p><p>Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de</p><p>Conservação da Biodiversidade (ICMBio).</p><p>Disponível em: http://portal.mte.gov.br. Acesso em: 4 fev. 2015</p><p>(adaptado).</p><p>(ENEM 2019) A estratégia defendida no texto para</p><p>reduzir o problema social apontado consiste em:</p><p>(A) Articular os órgãos públicos.</p><p>(B) Pressionar o Poder Legislativo.</p><p>(C) Ampliar a emissão das multas.</p><p>(D) Limitar a autonomia das empresas.</p><p>(E) Financiar as pesquisas acadêmicas.</p><p>No sistema capitalista, as muitas manifestações</p><p>de crise criam condições que forçam a algum tipo de</p><p>racionalização. Em geral, essas crises periódicas têm</p><p>o efeito de expandir a capacidade produtiva e de</p><p>renovar as condições de acumulação. Podemos</p><p>conceber cada crise como uma mudança do</p><p>processo de acumulação para um nível novo e</p><p>superior.</p><p>HARVEY, D. A produção capitalista do espaço.</p><p>São Paulo: Annablume, 2005 (adaptado).</p><p>(ENEM2019) A condição para a inclusão dos</p><p>trabalhadores no novo processo produtivo descrito no</p><p>texto é a</p><p>(A) associação sindical.</p><p>(B) participação eleitoral.</p><p>(C) migração internacional.</p><p>(D) qualificação profissional.</p><p>(E) regulamentação funcional.</p><p>É difícil imaginar que nos anos 1990, num país</p><p>com setores da população na pobreza absoluta e sem</p><p>uma rede de benefícios sociais em que se apoiar, um</p><p>governo possa abandonar o papel de promotor de</p><p>programas de geração de emprego, de assistência</p><p>social, de desenvolvimento da infraestrutura e de</p><p>promoção de regiões excluídas, na expectativa de</p><p>que o mercado venha algum dia a dar uma resposta</p><p>adequada a tudo isso.</p><p>SORJ, B. A nova sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Jorge</p><p>Zahar, 2000 (adaptado).</p><p>(ENEM 2020) Nesse contexto, a criticada postura dos</p><p>governos frente à situação social do país coincidiu</p><p>com a priorização de que medidas?</p><p>(A) Expansão dos investimentos nas empresas</p><p>públicas e nos bancos estatais.</p><p>QUESTÃO 75</p><p>QUESTÃO 76</p><p>QUESTÃO 77</p><p>QUESTÃO 78</p><p>2ª Série Ciência Humanas e suas Tecnologias 33</p><p>Si</p><p>(B) Democratização do crédito habitacional e da</p><p>aquisição de moradias populares.</p><p>(C) Enxugamento da carga fiscal individual e da</p><p>contribuição tributária empresarial.</p><p>(D) Reformulação do acesso ao ensino superior e do</p><p>financiamento científico nacional.</p><p>(E) Reforma das políticas macroeconômicas e dos</p><p>mecanismos de controle inflacionário.</p><p>Nas últimas décadas, uma acentuada</p><p>feminização no mundo do trabalho vem ocorrendo.</p><p>Se a participação masculina pouco cresceu no</p><p>período pós-1970, a intensificação da inserção das</p><p>mulheres foi o traço marcante. Entretanto, essa</p><p>presença feminina se dá mais no espaço dos</p><p>empregos precários, onde a exploração, em grande</p><p>medida, se encontra mais acentuada.</p><p>NOGUEIRA, C. M. As trabalhadoras do telemarketing: uma nova</p><p>divisão sexual do trabalho? In: ANTUNES, R. et al.</p><p>Infoproletários: degradação real do trabalho virtual.</p><p>São Paulo: Boitempo, 2009.</p><p>(ENEM 2020) A transformação descrita no texto tem</p><p>sido insuficiente para o estabelecimento de uma</p><p>condição de igualdade de oportunidade em virtude</p><p>da(s)</p><p>(A) estagnação de direitos adquiridos</p><p>e do</p><p>anacronismo da legislação vigente.</p><p>(B) manutenção do status quo gerencial e dos</p><p>padrões de socialização familiar.</p><p>(C) desestruturação da herança patriarcal e das</p><p>mudanças do perfil ocupacional.</p><p>(D) disputas na composição sindical e da presença</p><p>na esfera político-partidária.</p><p>(E) exigências de aperfeiçoamento profissional e de</p><p>habilidades na competência diretiva.</p><p>A Divisão Internacional do Trabalho significa</p><p>que alguns países se especializam em ganhar e</p><p>outros, em perder. Nossa comarca no mundo, que</p><p>hoje chamamos América Latina, foi precoce:</p><p>especializou-se em perder desde os remotos tempos</p><p>em que os europeus do Renascimento se</p><p>aventuraram pelos mares e lhe cravaram os dentes na</p><p>garganta. Passaram-se os séculos e a América Latina</p><p>aprimorou suas funções.</p><p>GALEANO, E. As veias abertas da América Latina. São Paulo:</p><p>Paz e Terra, 1978.</p><p>(ENEM 2020) Escrito na década de 1970, o texto</p><p>considera a participação da América Latina na</p><p>Divisão Internacional do Trabalho marcada pela</p><p>(A) produção inovadora de padrões de tecnologia.</p><p>(B) superação paulatina do caráter agroexportador.</p><p>(C) apropriação imperialista dos recursos territoriais.</p><p>(D) valorização econômica dos saberes tradicionais.</p><p>(E) dependência externa do suprimento de</p><p>alimentos.</p><p>As grandes empresas seriam, certamente,</p><p>representação de um exercício de poder, ante o grau</p><p>de autonomia de ação de que dispõem. O que se</p><p>pretende salientar é a ideia de enclave: plantas</p><p>industriais que estabelecem relações escassas com o</p><p>entorno, mas exercem grande influência na economia</p><p>extralocal.</p><p>DAVIDOVICH, F. Estado do Rio de Janeiro: o urbano</p><p>metropolitano. Hipóteses e questões. GeoUERJ, n. 21,2010.</p><p>(ENEM 2021) Que tipo de ação tomada por empresas</p><p>reflete a forma de territorialização da produção</p><p>industrial apresentada no texto?</p><p>(A) Criação de vilas operárias.</p><p>(B) Promoção de eventos comunitários.</p><p>(C) Recuperação de áreas degradadas.</p><p>(D) Incorporação de saberes tradicionais.</p><p>(E) Importação de mão de obra qualificada.</p><p>Houve crescimento de 74% da população</p><p>brasileira encarcerada entre 2005 e 2012. As análises</p><p>possibilitaram identificar o perfil da população que</p><p>está nas prisões do país: homens, jovens (abaixo de</p><p>29 anos), negros, com ensino fundamental</p><p>incompleto, acusados de crimes patrimoniais e, no</p><p>caso dos presos adultos, condenados e cumprindo</p><p>regime fechado e, majoritariamente, com penas de</p><p>quatro até oito anos.</p><p>BRASIL. Mapa do encarceramento: os jovens do Brasil. Brasília:</p><p>Presidência da República, 2015.</p><p>QUESTÃO 79</p><p>QUESTÃO 80</p><p>QUESTÃO 81</p><p>QUESTÃO 82</p><p>2ª Série Ciência Humanas e suas Tecnologias 34</p><p>Si</p><p>(ENEM 2021) Nesse contexto, as políticas públicas</p><p>para minimizar a problemática descrita devem</p><p>privilegiar a</p><p>(A) flexibilização do Código Civil.</p><p>(B) promoção da inclusão social.</p><p>(C) redução da maioridade penal.</p><p>(D) contenção da corrupção política.</p><p>(E) expansão do período de reclusão.</p><p>O uso de novas tecnologias envolve a</p><p>assimilação de uma cultura empresarial na qual haja</p><p>a integração entre as propostas de modernização</p><p>tecnológica e a racionalização. Nem sempre o uso de</p><p>novas tecnologias é apenas um processo técnico na</p><p>medida em que pressupõe uma nova orientação no</p><p>controle do capital, no processo produtivo e na</p><p>qualificação da mão de obra. Dos diversos efeitos que</p><p>derivaram dessa orientação, a terceirização, a</p><p>precarização e a flexibilização aparecem com</p><p>constância como características do paradigma</p><p>flexível, em substituição ao modelo taylorista-fordista.</p><p>HERÉDIA, V. Novas tecnologias nos processos de trabalho:</p><p>efeitos da reestruturação produtiva. Scripta Nova, n. 170, ago.</p><p>2004 (adaptado).</p><p>(ENEM 2021) O uso de novas tecnologias relacionado</p><p>ao controle empresarial é criticado no texto em razão</p><p>da</p><p>(A) operacionalização da tarefa laboral.</p><p>(B) capacitação de profissionais liberais.</p><p>(C) fragilização das relações de trabalho.</p><p>(D) hierarquização dos cargos executivos.</p><p>(E) aplicação dos conhecimentos da ciência.</p><p>Brasileiros levam mais tempo de casa para o</p><p>trabalho</p><p>Pesquisa do IBG aponta que a situação é mais grave</p><p>do Sudeste: 13% das pessoas levam mais de uma</p><p>hora para chegar ao trabalho. Nas regiões</p><p>metropolitanas de São Paulo e do Rio, o IBGE</p><p>registrou os maiores porcentuais de trabalhadores</p><p>que levam mais de uma hora no trajeto até o emprego.</p><p>Quem vê o Marcelo chegar ao trabalho nem imagina</p><p>a maratona que ele enfrenta todos os dias antes das</p><p>5 h "Acordo 4 h 30, saio de casa 5 h, pego trem 5 h</p><p>20, chego na Central umas 6 h 50, pego ônibus e</p><p>chego no trabalho mais ou menos 7 h 10", conta.</p><p>Segundo especialista, são os mais pobres os que</p><p>moram mais longe do emprego.</p><p>Disponível em: www.portaldotransito.com.br. Acesso em: 23nov.</p><p>2021 (Adaptado).</p><p>(ENEM 2022) A pesquisa desenvolvida retrata a</p><p>seguinte dinâmica populacional:</p><p>(A) Fluxo de retorno.</p><p>(B) Migração interna.</p><p>(C) Mudança sazonal.</p><p>(D) Movimento pendular.</p><p>(E) Deslocamento forçado.</p><p>A dublagem é o novo campo a ser explorado</p><p>pela inteligência artificial, e há empresas dedicadas a</p><p>fazer com que as vozes originais de atores sejam</p><p>transpostas para outros idiomas. A novidade reforça</p><p>a tendência da automação de postos de trabalho nas</p><p>mais diversas áreas. Tem potencial para facilitar a vida</p><p>de estúdios e produtoras e, ao mesmo tempo, tornar</p><p>mais escassas as oportunidades para dubladores e</p><p>atores que trabalham com isso.</p><p>GAGLINI, C. Disponível em: www.nexojornal.com.br. Acesso em:</p><p>25 out. 2021.</p><p>(ENEM 2022) A consequência da mudança</p><p>tecnológica apresentada no texto é a</p><p>(A) proteção da economia nacional.</p><p>(B) valorização da cultura tradicional.</p><p>(C) diminuição da formação acadêmica.</p><p>(D) estagnação da manifestação artística.</p><p>(E) ampliação do desemprego estrutural.</p><p>Existe um processo cada vez maior de globalização</p><p>da mão de obra especializada. Isto é, não só da mão</p><p>de obra especializadíssima, mas da mão de obra que</p><p>vem sendo excepcionalmente requisitada no mundo</p><p>inteiro e, portanto, não seguirá as regras normais de</p><p>leis de imigração, do salário e das condições de</p><p>trabalho.</p><p>CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra,</p><p>1999.</p><p>QUESTÃO 83</p><p>QUESTÃO 84</p><p>QUESTÃO 85</p><p>QUESTÃO 86</p><p>2ª Série Ciência Humanas e suas Tecnologias 35</p><p>Si</p><p>(ENEM PPL 2021) De acordo com o texto, na</p><p>globalização, o tratamento ao migrante laboral</p><p>condiciona-se pelo(a)</p><p>(A) origem nacional.</p><p>(B) padrão financeiro.</p><p>(C) pertencimento étnico.</p><p>(D) desemprego estrutural.</p><p>(E) qualificação profissional.</p><p>Diferentes projeções para a população brasileira:</p><p>2010-2100</p><p>ALVES, J. E. D. A nova projeção da população brasileira do</p><p>IBGE. Disponível em: www.ufjf.br. Acesso em: 1 out. 2021.</p><p>(ENEM PPL 2023) A configuração da projeção</p><p>demográfica apresentada é explicada pelo(a)</p><p>(A) ampliação do êxodo campesino.</p><p>(B) aumento da taxa de fecundidade.</p><p>(C) redução do crescimento vegetativo.</p><p>(D) retrocesso no controle de natalidade.</p><p>(E) estagnação da entrada de imigrantes.</p><p>Deputados que participaram da Conferência da</p><p>Organização das Nações Unidas (ONU) sobre</p><p>Mudanças Climáticas, na Escócia, avaliaram a</p><p>participação do Brasil e apontaram o “dever de casa”</p><p>do país a partir de agora. A COP-26 reuniu quase 200</p><p>países em busca de ações efetivas para a redução</p><p>das emissões de gases que aceleram o aquecimento</p><p>global. O Brasil atualizou sua Contribuição Nacional</p><p>Determinada (NDC), ou seja, a meta voluntária de</p><p>redução das emissões de gases que comprometem a</p><p>qualidade do ar: a previsão de corte nas emissões</p><p>passou de 43% para 50% até 2030. O país também</p><p>reafirmou a meta de neutralidade climática até 2050.</p><p>Disponível em: www.camara.leg.br. Acesso em: 24 nov. 2021</p><p>(adaptado).</p><p>(ENEM PPL 2023) Considerando</p><p>os objetivos da</p><p>conferência citada, a indústria brasileira, nos</p><p>próximos anos, deverá</p><p>(A) priorizar a utilização de fontes renováveis.</p><p>(B) ampliar a participação no PIB nacional.</p><p>(C) aumentar a produção de mercadorias.</p><p>(D) concentrar as fábricas poluidoras.</p><p>(E) melhorar as relações trabalhistas.</p><p>Tobias Kuemmerle, acadêmico da Humboldt-</p><p>Universität de Berlim na Alemanha, fez uma pesquisa</p><p>de campo no Chaco, área de mata nativa na fronteira</p><p>da Argentina com Paraguai e Bolívia. “Estudamos</p><p>qual é a mudança ocorrida na região e seu efeito nas</p><p>emissões de CO2 e na diversidade”, diz o</p><p>pesquisador. “E (o impacto) se deve sobretudo a</p><p>grandes companhias internacionais que compram</p><p>áreas para desmatar. Tudo está claramente ligado ao</p><p>consumo de carne na Europa e à importação de soja.</p><p>A Europa protege muito sua agricultura, mas compra</p><p>cada vez mais de regiões onde o impacto ambiental é</p><p>muito grande”.</p><p>ORGAZ, C. Como a elogiada “agricultura verde” da Europa pode</p><p>estar prejudicando o meio ambiente no Brasil. Disponível em:</p><p>www.bbc.com. Acesso em: 17 out. 2021.</p><p>(ENEM PPL 2023) O texto apresenta uma ação da</p><p>Europa na América Latina que ocorre pela</p><p>combinação dos seguintes elementos:</p><p>(A) Garimpos organizados regionalmente e apoio</p><p>político.</p><p>(B) Vegetações convertidas em pastos e foco na</p><p>exportação.</p><p>(C) Maquinários utilizados ilicitamente e base no</p><p>extrativismo.</p><p>(D) Terras transformadas em laboratórios e ênfase na</p><p>ciência.</p><p>(E) Trabalhadores contratados ilegalmente e</p><p>financiamento estatal.</p><p>QUESTÃO 87</p><p>QUESTÃO 88</p><p>QUESTÃO 89</p><p>2ª Série Ciência Humanas e suas Tecnologias 36</p><p>Si</p><p>Quem se mete pelo caminho do pedido de</p><p>perdão deve estar pronto a escutar uma palavra de</p><p>recusa. Entrar na atmosfera do perdão é aceitar</p><p>medir-se com a possibilidade sempre aberta do</p><p>imperdoável. Perdão pedido não é perdão a que se</p><p>tem direito [devido]. É com o preço destas reservas</p><p>que a grandeza do perdão se manifesta.</p><p>RICOEUR, P. O perdão pode curar. Disponível em:</p><p>www.lusosofia.net. Acesso em: 14 out. 2019.</p><p>(ENEM 2023) A reflexão sobre o perdão apresentada</p><p>no texto encontra fundamento na(s)</p><p>(A) rejeição particular amparada pelo desejo de</p><p>poder.</p><p>(B) decisão subjetiva determinada pela vontade</p><p>divina.</p><p>(C) liberdade mitigada pela predestinação do</p><p>espírito.</p><p>(D) escolhas humanas definidas pelo conhecimento</p><p>empírico.</p><p>(E) relações interpessoais mediadas pela autonomia</p><p>dos indivíduos.</p><p>QUESTÃO 90</p><p>2ª Série Folha de Rascunho da Redação 37</p><p>Si</p><p>Transcreva a sua Redação para a Folha de Redação.</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>4</p><p>5</p><p>6</p><p>7</p><p>8</p><p>9</p><p>10</p><p>11</p><p>12</p><p>13</p><p>14</p><p>15</p><p>16</p><p>17</p><p>18</p><p>19</p><p>20</p><p>21</p><p>22</p><p>23</p><p>24</p><p>25</p><p>26</p><p>27</p><p>28</p><p>29</p><p>30</p><p>bancos y</p><p>seguradoras, nos estaban dando gato por liebre.</p><p>Y el mundo, este mundo que nos han creado,</p><p>que al tocarlo en la pantalla creemos estar</p><p>transformando a medida de nuestro deseo, nos está</p><p>modelando según un coeficiente de rentabilidad, nos</p><p>está licuando para integrarnos a su metabolismo</p><p>reflejo.</p><p>(FERNÁNDEZ ROJANO, G. Disponível em: http://diariojaen.es.</p><p>Acesso em: 23 maio 2012.)</p><p>(ENEM 2016) O título do texto antecipa a opinião do</p><p>autor pelo uso de dois termos contraditórios que</p><p>expressam o sentido de</p><p>(A) competitividade e busca do lucro, que</p><p>caracterizam a sociedade contemporânea.</p><p>(B) busca de estabilidade financeira e emocional,</p><p>que marca o mundo atual.</p><p>(C) negação dos valores defendidos pelas gerações</p><p>anteriores em relação ao trabalho.</p><p>(D) necessidade de realização pessoal e profissional</p><p>no sistema vigente.</p><p>(E) permanência da inconstância em uma sociedade</p><p>marcada por contínuas mudanças.</p><p>QUESTÃO 01</p><p>QUESTÃO 02</p><p>QUESTÃO 03</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 5</p><p>Si</p><p>Millennials: Así es la generación que ya no</p><p>recuerda cómo era el mundo sin Internet</p><p>Algunos los llaman generación Y, otros</p><p>“Millennials”, generación del milenio o incluso “Echo</p><p>Boomers”.</p><p>Nacieron y crecieron en una era de rápido</p><p>desarrollo de las nuevas tecnologías, y casi no</p><p>recuerdan cómo era el mundo sin Internet.</p><p>Son idealistas, impacientes y están bien</p><p>preparados académicamente. Muchos de ellos han</p><p>tenido oportunidad de viajar por el mundo a una edad</p><p>temprana, de estudiar en las mejores universidades y</p><p>de trabajar en empresas multinacionales y</p><p>extranjeras.</p><p>La generación Y se compone de este tipo de</p><p>personas que quieren todo a la vez. No están</p><p>dispuestos a soportar un trabajo poco interesante y</p><p>rutinario, no quieren dejar las cosas buenas para</p><p>luego. Lo que sí quieren es dejar su huella en la</p><p>historia, vivir una vida interesante, formar parte de</p><p>algo grande, crecer y desarrollarse, cambiar el mundo</p><p>que les rodea, y no solo ganar dinero.</p><p>Disponível em: https://actualidad.rt.com. Acesso em: 4 dez.</p><p>2018.</p><p>(ENEM 2019) O texto aponta características e</p><p>interesses da “Geração Y”. Nele, a expressão dejar</p><p>su huella refere-se a um dos desejos dessa geração,</p><p>que é o de</p><p>(A) conhecer diferentes lugares.</p><p>(B) fazer a diferença no mundo.</p><p>(C) aproveitar todas as oportunidades.</p><p>(D) obter uma formação acadêmica de excelência.</p><p>(E) conquistar boas colocações no mundo do</p><p>trabalho.</p><p>Pequeño hermano</p><p>Es, no cabe duda, el instrumento más presente</p><p>y más poderoso de todos los que entraron en</p><p>nuestras vidas. Ni la televisión ni el ordenador, no</p><p>hablemos ya del obsoleto fax o de las agendas o los</p><p>libros electrónicos, ha tenido tal influencia, tal</p><p>predicamento sobre nosotros. El móvil somos</p><p>nosotros mismos. Todo desactivado e inerte, inocuo,</p><p>ya les digo. Y de repente, tras un viaje y tres o cuatro</p><p>imprudentes fotos, salta un aviso en la pantalla. Con</p><p>sonido, además, pese a que tengo también todas las</p><p>alertas desactivadas. Y mi monstruo doméstico me</p><p>dice: tienes un recuerdo nuevo. Lo repetiré: tienes un</p><p>recuerdo nuevo. ¿Y tú qué sabes? ¿Y a ti, máquina</p><p>demoníaca, qué te importa? ¿Cómo te atreves a</p><p>decirme qué son o no son mis recuerdos? ¿Qué es</p><p>esta intromisión, este descaro? El pequeño hermano</p><p>lo sabe casi todo. Sólo hay una esperanza: que la</p><p>obsolescencia programada mate antes al pequeño</p><p>hermano y que nosotros sigamos vivos, con los</p><p>recuerdos que nos dé la gana.</p><p>(FERNÁNDEZ, D. Disponível em: www.lavanguardia.com.</p><p>Acesso em: 5 dez. 2018 (adaptado).</p><p>(ENEM 2022) No texto, o autor faz uma crítica ao(à)</p><p>(A) conhecimento das pessoas sobre as tecnologias.</p><p>(B) uso do celular alheio por pessoas</p><p>desautorizadas.</p><p>(C) funcionamento de recursos tecnológicos</p><p>obsoletos.</p><p>(D) ingerência do celular sobre as escolhas dos</p><p>usuários.</p><p>(E) falta de informação sobre a configuração de</p><p>alertas no celular.</p><p>QUESTÃO 04 QUESTÃO 05</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 6</p><p>Si</p><p>LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS</p><p>Questões de 06 a 45.</p><p>Mais iluminada que outras</p><p>Tenho dois seios, estas duas coxas, duas mãos</p><p>que me são muito úteis, olhos escuros, estas duas</p><p>sobrancelhas que preencho com maquiagem comprada</p><p>por dezenove e noventa e orelhas que não aceitam</p><p>bijuterias. Este corpo é um corpo faminto, dentado,</p><p>cruel, capaz e violento. Movo os braços e multidões</p><p>correm desesperadas. Caminho no escuro com o rosto</p><p>para baixo, pois cada parte isolada de mim tem sua</p><p>própria vida e não quero domá-las. Animal da caatinga.</p><p>Forte demais. Engolidora de espadas e espinhos.</p><p>Dizem e eu ouvi, mas depois também li, que o</p><p>estado do Ceará aboliu a escravidão quatro anos antes</p><p>do restante do país. Todos aqueles corpos que eram</p><p>trazidos com seus dedos contados, seus calcanhares</p><p>prontos e seus umbigos em fogo, todos eles foram</p><p>interrompidos no porto. Um homem — dizem e eu</p><p>ouvi e depois também li — liderou o levante. E todos</p><p>esses corpos foram buscar outros incômodos. Foram</p><p>ser incomodados.</p><p>ARRAES, J. Redemoinho em dia quente. São Paulo:</p><p>Alfaguara, 2019.</p><p>(ENEM 2023) Nesse texto, os recursos expressivos</p><p>usados pela narradora</p><p>(A) revelam as marcas da violência de raça e de</p><p>gênero na construção da identidade.</p><p>(B) questionam o pioneirismo do estado do Ceará</p><p>no enfrentamento à escravidão.</p><p>(C) reproduzem padrões estéticos em busca da</p><p>valorização da autoestima feminina.</p><p>(D) sugerem uma atmosfera onírica alinhada ao</p><p>desejo de resgate da espiritualidade.</p><p>(E) mimetizam, na paisagem, os corpos</p><p>transformados pela violência da escravidão.</p><p>Na Idade Média, as notícias se</p><p>propagavam com surpreendente eficácia. Segundo</p><p>uma emérita professora de Sorbonne, um cavalo era</p><p>capaz de percorrer 30 quilômetros por dia, mas o</p><p>tempo podia se acelerar dependendo do interesse</p><p>da notícia. As ordens mendicantes tinham um papel</p><p>importante na disseminação de informações,</p><p>assim como os jograis, os peregrinos e os</p><p>vagabundos, porque todos eles percorriam</p><p>grandes distâncias. As cidades também tinham</p><p>correios organizados e selos para lacrar</p><p>mensagens e tentar certificar a veracidade das</p><p>correspondências. Graças a tudo isso, a</p><p>circulação de boatos era intensa e politicamente</p><p>relevante. Um exemplo clássico de fake news da</p><p>era medieval é a história do rei que desaparece na</p><p>batalha e reaparece muito depois, idoso e</p><p>transformado.</p><p>Disponível em: www.elpais.com.br. Acesso em: 18 jun. 2018</p><p>(adaptado).</p><p>(ENEM 2023) A propagação sistemática de</p><p>informações é um fenômeno recorrente na história e</p><p>no desenvolvimento das sociedades. No texto, a</p><p>eficácia dessa propagação está diretamente</p><p>relacionada ao(à)</p><p>(A) velocidade de circulação das notícias.</p><p>(B) nível de letramento da população marginalizada.</p><p>(C) poder de censura por parte dos serviços</p><p>públicos.</p><p>(D) legitimidade da voz dos representantes da</p><p>nobreza.</p><p>(E) diversidade dos meios disponíveis em uma</p><p>época histórica.</p><p>“São tantas formas de matar um</p><p>preto Que para alguns sua morte é</p><p>justificada Devia tá fazendo coisa</p><p>errada</p><p>Se não era bandido, um dia ia ser</p><p>Por ser PRETO sua morte é</p><p>defendida O PRETO sempre</p><p>merece morrer”.</p><p>A estrofe acima é do poeta e educador social</p><p>Baticum Proletário, que atua na periferia de Fortaleza,</p><p>no Ceará, preparando jovens — em quase sua</p><p>totalidade negros — para enfrentar as dificuldades</p><p>impostas pelo racismo estrutural no país.</p><p>É a partir da arte que Baticum consegue</p><p>envolver a juventude em um projeto de</p><p>fortalecimento dessa população ao promover</p><p>batalhas de rimas, slams e saraus com temáticas que</p><p>discutem os problemas sociais. Não por acaso, o</p><p>QUESTÃO 06</p><p>QUESTÃO 07</p><p>QUESTÃO 08</p><p>http://www.elpais.com.br/</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 7</p><p>Si</p><p>tema mais explorado nas rimas, versos e prosas é a</p><p>violência. De acordo com o mais recente Atlas da</p><p>violência, em 2019, os negros representaram 77%</p><p>das vítimas de homicídios, quase 30 assassinatos</p><p>por 100 mil habitantes, a maioria deles jovens.</p><p>O Atlas revela ainda que um negro tem quase</p><p>2,7 vezes mais chance de ser morto do que um</p><p>branco, o que justifica o movimento de resistência</p><p>crescente no Brasil.</p><p>MENDONÇA, F. Disponível em: www.cartacapital.com.br.</p><p>Acesso em: 22 nov. 2021 (adaptado).</p><p>(ENEM 2023) O uso de citação e de dados estatísticos</p><p>nesse texto tem o objetivo de</p><p>(A) ressaltar a importância da poesia para</p><p>denunciar a morte de negros, que cresce a cada</p><p>dia.</p><p>(B) destacar o crescimento exponencial da temática</p><p>do preconceito na produção literária no Brasil.</p><p>(C) demonstrar o incremento no quantitativo de</p><p>expressões artísticas na discussão de problemas</p><p>sociais.</p><p>(D) evidenciar argumentos que reforçam a ideia de</p><p>que os negros são vítimas em potencial da</p><p>violência.</p><p>(E) salientar o aumento da participação de jovens</p><p>nos movimentos de resistência na área da</p><p>cultura.</p><p>TEXTO I</p><p>Zapeei os canais, como há dezenas de anos</p><p>faço, e pá: parei num que exibia um episódio daquela</p><p>velha família do futuro, Os Jetsons.</p><p>Nesse episódio em particular, a Jane Jetson,</p><p>esposa do George, tratava de dirigir aquele veículo</p><p>voador deles. Meu queixo foi caindo à medida que as</p><p>piadinhas machistas sobre mulheres dirigirem foram</p><p>se acumulando. Impressionante! Que futuro careta</p><p>aqueles roteiristas imaginavam! Seriam incapazes de</p><p>projetar algo melhor, e não apenas em termos de</p><p>tecnologias, robôs e carros voadores? Será que nossa</p><p>máxima visão de futuro só atinge as coisas, e jamais as</p><p>pessoas? Como a Jane, uma mulher de 33 anos no</p><p>desenho, poderia ser o que foram as minhas bisavós?</p><p>O futuro, naquele desenho, se esqueceu de ser</p><p>melhor nas relações entre as pessoas. Aliás... tão</p><p>parecido com a vida.</p><p>Fiquei de cara, como dizemos aqui, ou como</p><p>dizíamos na minha adolescência, pobre adolescência,</p><p>aprendendo, sem querer e sem muita defesa, um</p><p>futuro tão besta quanto o passado.</p><p>RIBEIRO, A. E. Disponível em: www.rascunho.com br. Acesso</p><p>em: 21 out. 2021 (adaptado).</p><p>TEXTO II</p><p>Masculino e feminino são campos</p><p>escorregadios que só se definem por oposição,</p><p>sempre incompleta, um do outro. São formações</p><p>imaginárias que buscam produzir uma diferença</p><p>radical e complementar onde só existem, de fato,</p><p>mínimas diferenças. O resto é questão de estilo. Até</p><p>pelo menos a segunda metade do século 19, o divisor</p><p>de águas era claro: os homens ocupavam o espaço</p><p>público. As mulheres tratavam da vida privada.</p><p>Privada de quê? De visibilidade, diria Hannah Arendt.</p><p>De visibilidade pública. Do que as mulheres estiveram</p><p>privadas até o século 20 foi de presença pública</p><p>manifesta não em imagem, mas em palavra. A palavra</p><p>feminina, reservada ao espaço doméstico, não</p><p>produzia diferença na vida social.</p><p>KHEL, M. R. Disponível em: https://alias.estadao.com.br.</p><p>Acesso em: 19 out. 2021 (adaptado).</p><p>(ENEM 2023) A representação da mulher</p><p>apresentada no Texto I pode ser explicada pelo Texto</p><p>II no que diz respeito à(às)</p><p>(A) censura a formas de expressão femininas.</p><p>(B) ausência da figura feminina na vida pública.</p><p>(C) construções imaginárias cristalizadas na</p><p>sociedade.</p><p>(D) limitações inerentes às figuras femininas e</p><p>masculinas.</p><p>(E) dificuldade na atribuição de papéis</p><p>masculinos e femininos.</p><p>Disponível em: www.portaldapropaganda.com.br. Acesso em: 29</p><p>out. 2013 (adaptado).</p><p>QUESTÃO 09</p><p>QUESTÃO 10</p><p>http://www.cartacapital.com.br/</p><p>http://www.rascunho.com/</p><p>http://www.portaldapropaganda.com.br/</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 8</p><p>Si</p><p>(ENEM 2022) Para convencer o público-alvo sobre</p><p>a necessidade de um trânsito mais seguro, essa</p><p>peça publicitária apela para o(a)</p><p>(A) sentimento de culpa provocado no</p><p>condutor causador de acidentes.</p><p>(B) dano psicológico causado nas vítimas da</p><p>violência nas estradas.</p><p>(C) importância do monitoramento do trânsito</p><p>pelas autoridades competentes.</p><p>(D) necessidade de punição a motoristas</p><p>alcoolizados envolvidos em acidentes.</p><p>(E) sofrimento decorrente da perda de entes</p><p>queridos em acidentes automobilísticos.</p><p>Ora, sempre que surge uma nova técnica, ela</p><p>quer demonstrar que revogará as regras e</p><p>coerções que presidiram o nascimento de todas as</p><p>outras invenções do passado. Ela se pretende</p><p>orgulhosa e única. Como se a nova técnica</p><p>carreasse com ela, automaticamente, para seus</p><p>novos usuários, uma propensão natural a fazer</p><p>economia de qualquer aprendizagem. Como se ela</p><p>se preparasse para varrer tudo que a precedeu, ao</p><p>mesmo tempo transformando em analfabetos todos</p><p>os que ousassem repeli-la.</p><p>Fui testemunha dessa mudança ao longo de</p><p>toda a minha vida. Ao passo que, na realidade, é o</p><p>contrário que acontece. Cada nova técnica exige</p><p>uma longa iniciação numa nova linguagem, ainda</p><p>mais longa na medida em que nosso espírito é</p><p>formatado pela utilização das linguagens que</p><p>precederam o nascimento da recém-chegada.</p><p>ECO, U.; CARRIÈRE, J.-C. Não contem com o fim do livro. Rio</p><p>de Janeiro: Record, 2010 (adaptado).</p><p>(ENEM 2022) O texto revela que, quando a</p><p>sociedade promove o desenvolvimento de uma</p><p>nova técnica, o que mais impacta seus usuários é</p><p>a</p><p>(A) dificuldade na apropriação da nova linguagem.</p><p>(B) valorização da utilização da nova tecnologia.</p><p>(C) recorrência das mudanças tecnológicas.</p><p>(D) suplantação imediata dos conhecimentos</p><p>prévios.</p><p>(E) rapidez no aprendizado do manuseio das novas</p><p>invenções.</p><p>Papos</p><p>— Me disseram...</p><p>— Disseram-me.</p><p>— Hein?</p><p>— O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”.</p><p>— Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”?</p><p>— O quê?</p><p>— Digo-te que você..</p><p>— O “te” e o “você” não combinam.</p><p>— Lhe digo?</p><p>— Também não. O que você ia me dizer?</p><p>— Que você está sendo grosseiro, pedante</p><p>e chato. [...]</p><p>— Dispenso as suas correções. Vê se esquece-</p><p>me. Falo como bem entender. Mais uma</p><p>correção e eu...</p><p>— O quê?</p><p>— O mato.</p><p>— Que mato?</p><p>— Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te.</p><p>Ouviu bem? Pois esqueça-o e para-te. Pronome</p><p>no lugar certo é elitismo!</p><p>— Se você prefere falar errado...</p><p>— Falo como todo mundo fala. O importante é me</p><p>entenderem. Ou entenderem-me?</p><p>VERISSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro:</p><p>Objetiva, 2001 (adaptado).</p><p>(ENEM 2022) Nesse texto, o uso da norma-padrão</p><p>defendido por um dos personagens torna-se</p><p>inadequado em razão do(a)</p><p>(A) falta de compreensão causada pelo choque</p><p>entre gerações.</p><p>(B) contexto de comunicação em que a conversa</p><p>se dá.</p><p>(C) grau de polidez distinto entre os interlocutores.</p><p>(D) diferença de escolaridade entre os falantes.</p><p>(E) nível social dos participantes da situação.</p><p>Ela era linda. Gostava de dançar, fazia teatro em</p><p>São Paulo e sonhava ser atriz em Hollywood. Tinha</p><p>13 anos quando ganhou uma câmera de vídeo — e</p><p>uma irmã. As duas se tornaram suas companheiras</p><p>de experimentações. Adolescente, Elena vivia a</p><p>criar filminhos e se empenhava em dirigir a pequena</p><p>Petra nas cenas que inventava. Era exigente com a</p><p>irmã. E acreditava no potencial da menina para</p><p>satisfazer seus arroubos de diretora precoce. Por</p><p>cinco anos, integrou algumas das melhores</p><p>QUESTÃO 11</p><p>QUESTÃO 12</p><p>QUESTÃO 13</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 9</p><p>Si</p><p>companhias paulistanas de teatro e participou de</p><p>preleções para filmes e trabalhos na TV. Nunca foi</p><p>chamada. No início de 1990, Elena tinha 20 anos</p><p>quando se mudou para Nova York para cursar artes</p><p>cênicas e batalhar uma chance no mercado</p><p>americano. Deslocada, ansiosa, frustrada após</p><p>alguns testes de elenco malsucedidos,</p><p>decepcionada com a ausência de reconhecimento</p><p>e vitimada por uma depressão que se agravava</p><p>com</p><p>a falta de perspectivas, Elena pôs fim à vida no segundo</p><p>semestre. Petra tinha 7 anos. Vinte anos depois, é ela,</p><p>a irmã caçula, que volta a Nova York para percorrer os</p><p>últimos passos da irmã, vasculhar seus arquivos e</p><p>transformar suas memórias em imagem e poesia.</p><p>Elena é um filme sobre a irmã que parte e sobre</p><p>a irmã que fica. É um filme sobre a busca, a perda, a</p><p>saudade, mas também sobre o encontro, o legado, a</p><p>memória. Um filme sobre a Elena de Petra e sobre a Petra</p><p>de Elena, sobre o que ficou de uma na outra e,</p><p>essencialmente, um filme sobre a delicadeza.</p><p>VANUCHI, C. Época, 19 out. 2012 (adaptado).</p><p>(ENEM 2022) O texto é exemplar de um gênero</p><p>discursivo que cumpre a função social de</p><p>(A) narrar, por meio de imagem e poesia, cenas da</p><p>vida das irmãs Petra e Elena.</p><p>(B) descrever, por meio das memórias de Petra, a</p><p>separação de duas irmãs.</p><p>(C) sintetizar, por meio das principais cenas do</p><p>filme, a história de Elena.</p><p>(D) lançar, por meio da história de vida do autor, um</p><p>filme autobiográfico.</p><p>(E) avaliar, por meio de análise crítica, o filme em</p><p>referência.</p><p>Seis em cada dez pessoas com 15 anos</p><p>ou mais não praticam esporte ou atividade física.</p><p>São mais de 100 milhões de sedentários. Esses</p><p>são dados do estudo Práticas de esporte e</p><p>atividade física, da Pnad 2015, realizado pelo</p><p>IBGE. A falta de tempo e de interesse são os</p><p>principais motivos apontados para o</p><p>sedentarismo. Paralelamente, 73,3% das</p><p>pessoas de 15 anos ou mais afirmaram que o</p><p>poder público deveria investir em esporte ou</p><p>atividades físicas. Observou-se uma relação</p><p>direta entre escolaridade e renda na realização</p><p>de esportes ou atividades físicas. Enquanto</p><p>17,3% das pessoas que não tinham instrução</p><p>realizavam diversas práticas corporais, esse</p><p>percentual chegava a 56,7% das pessoas com</p><p>superior completo. Entre as pessoas que têm</p><p>práticas de esporte e atividade física regulares,</p><p>o percentual de praticantes ia de 31,1%, na</p><p>classe sem rendimento, a 65,2%, na classe de</p><p>cinco salários mínimos ou mais. A falta de tempo</p><p>foi mais declarada pela população adulta, com</p><p>destaque entre as pessoas de 25 a 39 anos.</p><p>Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, o principal</p><p>motivo foi não gostarem ou não quererem. Já o</p><p>principal motivo para praticar esporte, declarado por</p><p>11,2 milhões de pessoas, foi relaxar ou se divertir,</p><p>seguido de melhorar a qualidade de vida ou o bem-</p><p>estar. A falta de instalação esportiva acessível ou</p><p>nas proximidades foi um motivo pouco citado,</p><p>demonstrando que a não prática estaria menos</p><p>associada à infraestrutura disponível.</p><p>Disponível em: www.esporte.gov.br. Acesso em: 9 ago. 2017</p><p>(adaptado).</p><p>(ENEM 2022) Com base na pesquisa e em uma</p><p>visão ampliada de saúde, para a prática regular de</p><p>exercícios ter influência significativa na saúde dos</p><p>brasileiros, é necessário o desenvolvimento de</p><p>estratégias que</p><p>(A) promovam a melhoria da aptidão física da</p><p>população, dedicando-se mais tempo aos</p><p>esportes.</p><p>(B) combatam o sedentarismo presente em</p><p>parcela significativa da população no território</p><p>nacional.</p><p>(C) facilitem a adoção da prática de</p><p>exercícios, com ações relacionadas à</p><p>educação e à distribuição de renda.</p><p>(D) auxiliem na construção de mais instalações</p><p>esportivas e espaços adequados para a prática</p><p>de atividades físicas e esportes.</p><p>(E) estimulem o incentivo fiscal para a iniciativa</p><p>privada destinar verbas aos programas</p><p>nacionais de promoção da saúde pelo esporte.</p><p>Naquele tempo, Itaguaí, que, como as</p><p>demais vilas, arraiais e povoações da colônia, não</p><p>dispunha de imprensa, tinha dois modos de</p><p>divulgar uma notícia; ou por meio de cartazes</p><p>manuscritos e pregados na porta da Câmara, e da</p><p>matriz; — ou por meio de matraca.</p><p>Eis em que consistia este segundo uso.</p><p>Contratava-se um homem, por um ou mais dias,</p><p>para andar as ruas do povoado, com uma matraca</p><p>QUESTÃO 14</p><p>QUESTÃO 15</p><p>http://www.esporte.gov.br/</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 10</p><p>Si</p><p>na mão. De quando em quando tocava a matraca,</p><p>reunia-se gente, e ele anunciava o que lhe</p><p>incumbiam, — um remédio para sezões, umas</p><p>terras lavradias, um soneto, um donativo</p><p>eclesiástico, a melhor tesoura da vila, o mais belo</p><p>discurso do ano, etc. O sistema tinha</p><p>inconvenientes para a paz pública; mas era</p><p>conservado pela grande energia de divulgação que</p><p>possuía. Por exemplo, um dos vereadores</p><p>desfrutava a reputação de perfeito educador de</p><p>cobras e macacos, e aliás nunca domesticara um só</p><p>desses bichos; mas tinha o cuidado de fazer</p><p>trabalhar a matraca todos os meses. E dizem as</p><p>crônicas que algumas pessoas afirmavam ter visto</p><p>cascavéis dançando no peito do vereador; afirmação</p><p>perfeitamente falsa, mas só devida à absoluta</p><p>confiança no sistema. Verdade, verdade, nem todas</p><p>as instituições do antigo regímen mereciam o</p><p>desprezo do nosso século.</p><p>ASSIS, M. O alienista. Disponível em:</p><p>www.dominiopubico.gov.br. Acesso em: 2 jun. 2019 (adaptado).</p><p>(ENEM 2021) O fragmento faz uma referência</p><p>irônica a formas de divulgação e circulação de</p><p>informações em uma localidade sem imprensa. Ao</p><p>destacar a confiança da população no sistema da</p><p>matraca, o narrador associa esse recurso à</p><p>disseminação de</p><p>(A) campanhas políticas.</p><p>(B) anúncios publicitários.</p><p>(C) notícias de apelo popular.</p><p>(D) informações não fidedignas.</p><p>(E) serviços de utilidade pública.</p><p>RODRIGUES, S. Acervo pessoal.</p><p>A revolução estética brasiliense empurrou</p><p>os designers de móveis dos anos 1950 e início</p><p>dos 1960 para o novo. Induzidos a abandonar o</p><p>gosto rebuscado pelo colonial, a trocar Ouro Preto</p><p>por Brasília, eles criaram um mobiliário</p><p>contemporâneo que ainda hoje vemos nas lojas e</p><p>nas salas de espera de consultórios e escritórios.</p><p>Colada no uso de madeiras nobres, como o</p><p>jacarandá e a peroba, e em materiais de</p><p>revestimento como o couro e a palhinha,</p><p>desenvolveu-se uma tendência feita de linhas</p><p>retas e curvas suaves, nos moldes da capital no</p><p>Cerrado.</p><p>CHAVES, D. Disponível em: www.veja.abril.com.br. Acesso em:</p><p>29 jul. 2010.</p><p>(ENEM 2021) Na reportagem sobre os 50 anos de</p><p>Brasília, de Débora Chaves, com a reprodução</p><p>fotográfica de cadeiras e poltronas de Sérgio</p><p>Rodrigues, verifica-se que os elementos da estética</p><p>brasiliense</p><p>(A) aparecem definidos nas linhas retas dos objetos.</p><p>(B) expressam o desenho rebuscado por meio das</p><p>linhas.</p><p>(C) mostram a expressão assimétrica das linhas</p><p>curvas suaves.</p><p>(D) apontam a unidade de matéria-prima utilizada</p><p>em sua fabricação.</p><p>(E) surgem na simplificação das informações</p><p>visuais de cada composição.</p><p>Que tal transformar a internet em palco para a</p><p>dança?</p><p>O coreógrafo e bailarino Didier Mulleras se</p><p>destaca como um dos criadores que descobriram a</p><p>dança de outro ponto de vista.</p><p>Mini@tures é uma experiência emblemática</p><p>entre movimento, computador, internet e vídeo.</p><p>QUESTÃO 16</p><p>QUESTÃO 17</p><p>http://www.dominiopubico.gov.br/</p><p>http://www.veja.abril.com.br/</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 11</p><p>Si</p><p>Com os recursos da computação gráfica, a</p><p>dança das miniaturas pode caber na palma da</p><p>mão. Pelo fato de usar a internet como palco, o</p><p>processo de criação das miniaturas de dança</p><p>levou em consideração os limites de tempo de</p><p>download e o tamanho de arquivo, para que um</p><p>número maior de “espectadores” pudesse assistir.</p><p>A graça das miniaturas está justamente na</p><p>contaminação entre mídias:</p><p>corpo/dança/computação gráfica/internet. De</p><p>fato, é a rede que faz a maior diferença nesse</p><p>grupo. Mini@tures explora uma nova dimensão</p><p>que descobre o espaço-tempo da web e conquista um</p><p>novo território para a dança contemporânea. A</p><p>qualquer hora, dança on-line.</p><p>SPANGHERO, M. A dança dos encéfalos acesos. São Paulo:</p><p>Itaú</p><p>Cultural, 2003 (adaptado).</p><p>(ENEM 2021) Considerado o primeiro projeto de</p><p>dança contemporânea concebido para a rede, esse</p><p>trabalho é apresentado como inovador por</p><p>(A) adotar uma perspectiva conceitual como</p><p>contraposição à tradição de grandes</p><p>espetáculos.</p><p>(B) criar novas formas de financiamento ao</p><p>utilizar a internet para divulgação das</p><p>apresentações.</p><p>(C) privilegiar movimentos gerados por</p><p>computação gráfica, com a substituição do</p><p>palco pela tela.</p><p>(D) produzir uma arte multimodal, com o intuito de</p><p>ampliar as possibilidades de expressão estética.</p><p>(E) redefinir a extensão e o propósito do espetáculo</p><p>para adaptá-lo ao perfil de diferentes usuários.</p><p>Tanto os Jogos Olímpicos quanto os</p><p>Paralímpicos são mais que uma corrida por</p><p>recordes, medalhas e busca da excelência. Por trás</p><p>deles está a filosofia do barão Pierre de Coubertin,</p><p>fundador do Movimento Olímpico. Como educador,</p><p>ele viu nos Jogos a oportunidade para que os povos</p><p>desenvolvessem valores, que poderiam ser</p><p>aplicados não somente ao esporte, mas à</p><p>educação e à sociedade. Existem atualmente sete</p><p>valores associados aos Jogos. Os valores olímpicos</p><p>são: a amizade, a excelência e o respeito, enquanto</p><p>os valores paralímpicos são: a determinação, a</p><p>coragem, a igualdade e a inspiração.</p><p>MIRAGAYA, A. Valores para toda a vida. Disponível em:</p><p>www.esporteessencial.com.br. Acesso em: 9 ago. 2017</p><p>(adaptado).</p><p>(ENEM 2018) No contexto das aulas de Educação</p><p>Física escolar, os valores olímpicos e paralímpicos</p><p>podem ser identificados quando o colega</p><p>(A) procura entender o próximo, assumindo</p><p>atitudes positivas como simpatia, empatia,</p><p>honestidade, compaixão, confiança e</p><p>solidariedade, o que caracteriza o valor da</p><p>igualdade.</p><p>(B) faz com que todos possam ser iguais e receber</p><p>o mesmo tratamento, assegurando</p><p>imparcialidade, oportunidades e tratamentos</p><p>iguais para todos, o que caracteriza o valor da</p><p>amizade.</p><p>(C) dá o melhor de si na vivência das diversas</p><p>atividades relacionadas ao esporte ou aos</p><p>jogos, participando e progredindo de acordo</p><p>com seus objetivos, o que caracteriza o valor</p><p>da coragem.</p><p>(D) manifesta a habilidade de enfrentar a dor, o</p><p>sofrimento, o medo, a incerteza e a intimidação</p><p>nas atividades, agindo corretamente contra a</p><p>vergonha, a desonra e o desânimo, o que</p><p>caracteriza o valor da determinação.</p><p>(E) inclui em suas ações o fair play (jogo limpo), a</p><p>honestidade, o sentimento positivo de</p><p>consideração por outra pessoa, o</p><p>conhecimento dos seus limites, a valorização</p><p>de sua própria saúde e o combate ao doping,</p><p>o que caracteriza o valor do respeito.</p><p>Vó Clarissa deixou cair os talheres no prato,</p><p>fazendo a porcelana estalar. Joaquim, meu primo,</p><p>continuava com o queixo suspenso, batendo com o</p><p>garfo nos lábios, esperando a resposta. Beatriz</p><p>ecoou a palavra como pergunta, “o que é lésbica?”.</p><p>Eu fiquei muda. Joaquim sabia sobre mim e me</p><p>entregaria para a vó e, mais tarde, para toda a</p><p>família. Senti um calor letal subir pelo meu pescoço</p><p>e me doer atrás das orelhas. Previ a cena: vó, a</p><p>senhora é lésbica? Porque a Joana é. A vergonha</p><p>estava na minha cara e me denunciava antes mesmo</p><p>da delação. Apertei os olhos e contraí o peito,</p><p>esperando o tiro. [...]</p><p>QUESTÃO 18</p><p>QUESTÃO 19</p><p>http://www.esporteessencial.com.br./</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 12</p><p>Si</p><p>[...] Pensei na naturalidade com que Taís e</p><p>eu levávamos a nossa história. Pensei na minha</p><p>insegurança de contar isso à minha família, pensei</p><p>em todos os colegas e professores que já sabiam,</p><p>fechei os olhos e vi a boca da minha vó e a boca da</p><p>tia Carolina se tocando, apesar de todos os</p><p>impedimentos. Eu quis saber mais, eu quis saber</p><p>tudo, mas não consegui perguntar.</p><p>POLESSO, N. B. Vó, a senhora é lésbica? Amora. Porto Alegre:</p><p>Não Editora, 2015 (fragmento).</p><p>(ENEM 2018) A situação narrada revela uma tensão</p><p>fundamentada na perspectiva do</p><p>(A) conflito com os interesses de poder.</p><p>(B) silêncio em nome do equilíbrio familiar.</p><p>(C) medo instaurado pelas ameaças de punição.</p><p>(D) choque imposto pela distância entre as</p><p>gerações.</p><p>(E) apego aos protocolos de conduta segundo os</p><p>gêneros.</p><p>Disponível em: www.sul21.com.br. Acesso em: 1 dez. 2017</p><p>(adaptado).</p><p>(ENEM 2018) Nesse texto, busca-se convencer o</p><p>leitor a mudar seu comportamento por meio da</p><p>associação de verbos no modo imperativo à</p><p>(A) indicação de diversos canais de atendimento.</p><p>(B) divulgação do Centro de Defesa da Mulher.</p><p>(C) informação sobre a duração da campanha.</p><p>(D) apresentação dos diversos apoiadores.</p><p>(E) utilização da imagem das três mulheres.</p><p>Quebranto</p><p>às vezes sou o policial que me suspeito me</p><p>peço documentos</p><p>e mesmo de posse deles</p><p>me prendo e me dou porrada</p><p>às vezes sou o porteiro</p><p>não me deixando entrar em mim mesmo a</p><p>não ser</p><p>pela porta de serviço [...]</p><p>às vezes faço questão de não me ver e</p><p>entupido com a visão deles</p><p>sinto-me a miséria concebida como um eterno</p><p>começo</p><p>fecho-me o cerco</p><p>sendo o gesto que me nego</p><p>a pinga que me bebo e me embebedo o dedo que</p><p>me aponto</p><p>e denuncio</p><p>o ponto em que me entrego.</p><p>às vezes!...</p><p>CUTI. Negroesia. Belo Horizonte: Mazza, 2007 (fragmento).</p><p>(ENEM 2018) a literatura de temática negra</p><p>produzida no Brasil, é recorrente a presença de</p><p>elementos que traduzem experiências históricas</p><p>de preconceito e violência. No poema, essa</p><p>vivência revela que o eu lírico</p><p>(A) incorpora seletivamente o discurso do seu</p><p>opressor.</p><p>(B) submete-se à discriminação como meio de</p><p>fortalecimento.</p><p>(C) engaja-se na denúncia do passado de</p><p>opressão e injustiças.</p><p>(D) sofre uma perda de identidade e de noção de</p><p>pertencimento.</p><p>(E) acredita esporadicamente na utopia de uma</p><p>sociedade igualitária.</p><p>TEXTO I</p><p>QUESTÃO 20</p><p>QUESTÃO 21</p><p>QUESTÃO 22</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 13</p><p>Si</p><p>ALMEIDA, H. Dentro de mim, 2000. Fotografia p/b. 132 cm x 88</p><p>cm. Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.</p><p>TEXTO II</p><p>A body art põe o corpo tão em evidência e o</p><p>submete a experimentações tão variadas, que sua</p><p>influência estende-se aos dias de hoje. Se na arte</p><p>atual as possibilidades de investigação do corpo</p><p>parecem ilimitadas – pode-se escolher entre</p><p>representar, apresentar, ou ainda apenas evocar o</p><p>corpo – isso ocorre graças ao legado dos artistas</p><p>pioneiros.</p><p>SILVA, P. R. Corpo na arte, body art, body modification:</p><p>fronteiras. II Encontro de História da Arte: IFCH-Unicamp, 2006</p><p>(adaptado).</p><p>(ENEM 2018) Nos textos, a concepção de body art</p><p>está relacionada à intenção de</p><p>(A) estabelecer limites entre o corpo e a</p><p>composição.</p><p>(B) fazer do corpo um suporte privilegiado de</p><p>expressão.</p><p>(C) discutir políticas e ideologias sobre o corpo como</p><p>arte.</p><p>(D) compreender a autonomia do corpo no contexto</p><p>da obra.</p><p>(E) destacar o corpo do artista em contato com o</p><p>expectador.</p><p>Enquanto isso, nos bastidores do universo</p><p>Você planeja passar um longo tempo em</p><p>outro país, trabalhando e estudando, mas o universo</p><p>está preparando a chegada de um amor daqueles de</p><p>tirar o chão, um amor que fará você jogar fora seu</p><p>atlas e criar raízes no quintal como se fosse uma</p><p>figueira.</p><p>Você treina para a maratona mais</p><p>desafiadora de todas, mas não chegará com as</p><p>duas pernas intactas na hora da largada, e a</p><p>primeira perplexidade será esta: a experiência da</p><p>frustração.</p><p>O universo nunca entrega o que promete.</p><p>Aliás, ele nunca prometeu nada, você é que</p><p>escuta vozes.</p><p>No dia em que você pensa que não tem</p><p>nada a dizer para o analista, faz a revelação mais</p><p>bombástica dos seus dois anos de terapia. O</p><p>resultado de um exame de rotina coloca sua rotina</p><p>de cabeça para baixo. Você não imaginava que</p><p>iriam tantos amigos à sua festa, e tampouco</p><p>imaginou que justo sua grande paixão não iria.</p><p>Quando achou que estava bela, não arrasou</p><p>corações. Quando</p><p>saiu sem maquiagem e com</p><p>uma camiseta puída, chamou a atenção. E assim</p><p>seguem os dias à prova de planejamento e</p><p>contrariando nossas vontades, pois, por mais que</p><p>tenhamos ensaiado nossa fala e estejamos</p><p>preparados para a melhor cena, nos bastidores</p><p>do universo alguém troca nosso papel de última</p><p>hora, tornando surpreendente a nossa vida.</p><p>MEDEIROS, M. O Globo, 21 jun. 2015.</p><p>(ENEM 2018) Entre as estratégias argumentativas</p><p>utilizadas para sustentar a tese apresentada nesse</p><p>fragmento, destaca-se a recorrência de</p><p>(A) estruturas sintáticas semelhantes, para</p><p>reforçar a velocidade das mudanças da vida.</p><p>(B) marcas de interlocução, para aproximar o</p><p>leitor das experiências vividas pela autora.</p><p>(C) formas verbais no presente, para exprimir</p><p>reais possibilidades de concretização das</p><p>ações.</p><p>(D) construções de oposição, para enfatizar que</p><p>as expectativas são afetadas pelo inesperado.</p><p>(E) sequências descritivas, para promover a</p><p>identificação do leitor com as situações</p><p>apresentadas.</p><p>O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa</p><p>era a imagem de um vidro mole que fazia uma volta</p><p>atrás de casa.</p><p>Passou um homem e disse: Essa volta que o rio</p><p>faz por trás de sua casa se chama enseada.</p><p>Não era mais a imagem de uma cobra de vidro</p><p>que fazia uma volta atrás de casa.</p><p>Era uma enseada.</p><p>Acho que o nome empobreceu a imagem.</p><p>BARROS, M. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Best</p><p>Seller, 2008.</p><p>(ENEM 2018) O sujeito poético questiona o uso do</p><p>vocábulo “enseada” porque a</p><p>(A) terminologia mencionada é incorreta.</p><p>(B) nomeação minimiza a percepção subjetiva.</p><p>(C) palavra é aplicada a outro espaço geográfico.</p><p>(D) designação atribuída ao termo é desconhecida.</p><p>(E) definição modifica o significado do termo no</p><p>dicionário.</p><p>QUESTÃO 23</p><p>QUESTÃO 24</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 14</p><p>Si</p><p>Disponível em: www.facebook.com/minsaude. Acesso em: 14 fev.</p><p>2018 (adaptado).</p><p>(ENEM 2018) A utilização de determinadas</p><p>variedades linguísticas em campanhas educativas</p><p>tem a função de atingir o público-alvo de forma</p><p>mais direta e eficaz. No caso desse texto, identifica-</p><p>se essa estratégia pelo(a)</p><p>(A) discurso formal da língua portuguesa.</p><p>(B) registro padrão próprio da língua escrita.</p><p>(C) seleção lexical restrita à esfera da medicina.</p><p>(D) fidelidade ao jargão da linguagem publicitária.</p><p>(E) uso de marcas linguísticas típicas da oralidade.</p><p>— Famigerado? [...]</p><p>— Famigerado é “inóxio”, é “célebre”, “notório”,</p><p>“notável”...</p><p>— Vosmecê mal não veja em minha grossaria no não</p><p>entender. Mais me diga: é desaforado? É</p><p>caçoável? É de arrenegar? Farsância? Nome de</p><p>ofensa?</p><p>— Vilta nenhuma, nenhum doesto. São expressões</p><p>neutras, de outros usos...</p><p>— Pois... e o que é que é, em fala de pobre,</p><p>linguagem de em dia de semana?</p><p>— Famigerado? Bem. É: “importante”, que merece</p><p>louvor, respeito...</p><p>ROSA, G. Famigerado. In: Primeiras estórias. Rio de Janeiro:</p><p>Nova Fronteira, 2001.</p><p>(ENEM 2018) Nesse texto, a associação de</p><p>vocábulos da língua portuguesa a determinados</p><p>dias da semana remete ao</p><p>(A) local de origem dos interlocutores.</p><p>(B) estado emocional dos interlocutores.</p><p>(C) grau de coloquialidade da comunicação.</p><p>(D) nível de intimidade entre os interlocutores.</p><p>(E) conhecimento compartilhado na comunicação.</p><p>Reaprender a ler notícias</p><p>Não dá mais para ler um jornal, revista ou</p><p>assistir a um telejornal da mesma forma que</p><p>fazíamos até o surgimento da rede mundial de</p><p>computadores. O Observatório da Imprensa</p><p>antecipou isso lá nos idos de 1996 quando cunhou</p><p>o slogan “Você nunca mais vai ler jornal do mesmo</p><p>jeito”. De fato, hoje já não basta mais ler o que está</p><p>escrito ou falado para estar bem informado. É preciso</p><p>conhecer as entrelinhas e saber que não há</p><p>objetividade e nem isenção absolutas, porque cada</p><p>ser humano vê o mundo de uma forma diferente.</p><p>Ter um pé atrás passou a ser a regra básica</p><p>número um de quem passa os olhos por uma</p><p>primeira página, capa de revista ou chamadas de</p><p>um noticiário na TV.</p><p>Há uma diferença importante entre</p><p>desconfiar de tudo e procurar ver o maior número</p><p>possível de lados de um mesmo fato, dado ou</p><p>evento. Apenas desconfiar não resolve porque se</p><p>trata de uma atitude passiva. É claro, tudo começa</p><p>com a dúvida, mas a partir dela é necessário ser</p><p>proativo, ou seja, investigar, estudar, procurar os</p><p>elementos ocultos que sempre existem numa notícia.</p><p>No começo é um esforço solitário que pode se</p><p>tornar coletivo à medida que mais pessoas</p><p>descobrem sua vulnerabilidade informativa.</p><p>Disponível em: www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso</p><p>em: 30 set. 2015 (adaptado).</p><p>(ENEM 2021) No texto, os argumentos</p><p>apresentados permitem inferir que o objetivo do</p><p>autor é convencer os leitores a</p><p>(A) buscarem fontes de informação</p><p>comprometidas com a verdade.</p><p>(B) privilegiarem notícias veiculadas em jornais de</p><p>grande circulação.</p><p>(C) adotarem uma postura crítica em relação às</p><p>informaçoes recebidas</p><p>(D) questionarem a prática jornalística anterior ao</p><p>surgimento da internet.</p><p>(E) valorizarem reportagens redigidas com</p><p>imparcialidade diante dos fatos.</p><p>QUESTÃO 25</p><p>QUESTÃO 26</p><p>QUESTÃO 27</p><p>http://www.facebook.com/minsaude</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 15</p><p>Si</p><p>Devagar, Devagarinho</p><p>Desacelerar é preciso. Acelerar não é</p><p>preciso. Afobados e voltados para o próprio</p><p>umbigo, operamos, automatizados, falas robóticas e</p><p>silêncios glaciais. Ilustra bem esse estado de espírito</p><p>a música Sinal fechado (1969), de Paulinho da</p><p>Viola. Trata-se da história de dois sujeitos que se</p><p>encontram inesperadamente em um sinal de</p><p>trânsito. A conversa entre ambos, porém, se deu</p><p>rápida e rasteira. Logo, os personagens se</p><p>despedem, com a promessa de se verem em</p><p>outra oportunidade. Percebe-se um registro de</p><p>comunicação vazia e superficial, cuja tônica foi o</p><p>contato ligeiro e superficial construído pelos</p><p>interlocutores: “Olá, como vai? / Eu vou indo, e</p><p>você, tudo bem? / Tudo bem, eu vou indo</p><p>correndo, / pegar meu lugar no futuro. E você? /</p><p>Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono /</p><p>tranquilo, quem sabe? / Quanto tempo… / Pois é,</p><p>quanto tempo… / Me perdoe a pressa / é a alma dos</p><p>nossos negócios… / Oh! Não tem de quê. / Eu</p><p>também só ando a cem”.</p><p>O culto à velocidade, no contexto</p><p>apresentado, se coloca como fruto de um</p><p>imediatismo processual que celebra o alcance dos</p><p>fins sem dimensionar a qualidade dos meios</p><p>necessários para atingir determinado propósito. Tal</p><p>conjuntura favorece a lei do menor esforço a</p><p>comodidade — e prejudica a lei do maior esforço</p><p>a dignidade.</p><p>Como modelo alternativo à cultura fast,</p><p>temos o movimento slow life, cujo propósito,</p><p>resumidamente, é conscientizar as pessoas de que</p><p>a pressa é inimiga da perfeição e do prazer,</p><p>buscando assim reeducar seus sentidos para</p><p>desfrutar melhor os sabores da vida.</p><p>SILVA, M. F. L. Boletim UFMG, n. 1 749, set. 2011 (adaptado).</p><p>(ENEM 2021) Nesse artigo de opinião, a</p><p>apresentação da letra da canção Sinal fechado é</p><p>uma estratégia argumentativa que visa sensibilizar</p><p>o leitor porque</p><p>(A) adverte sobre os riscos que o ritmo acelerado</p><p>da vida oferece.</p><p>(B) exemplifica o fato criticado no texto com uma</p><p>situação concreta.</p><p>(C) contrapõe situações de aceleração e de</p><p>serenidade na vida das pessoas.</p><p>(D) questiona o clichê sobre a rapidez e a</p><p>aceleração da vida moderna.</p><p>(E) apresenta soluções para a cultura da correria</p><p>que as pessoas vivenciam hoje.</p><p>A trajetória de Liesel Meminger é contada</p><p>por uma narradora mórbida, surpreendentemente</p><p>simpática. Ao perceber que a pequena ladra de</p><p>livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e</p><p>rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de</p><p>uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida</p><p>pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio</p><p>pobre de uma cidade alemã, onde um casal se</p><p>dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no</p><p>trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair</p><p>um livro na neve. É o primeiro de uma série que a</p><p>menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único</p><p>vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não</p><p>sabe ler.</p><p>A vida ao redor é a pseudorrealidade criada</p><p>em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela</p><p>assiste à eufórica celebração do aniversário do</p><p>Führer pela vizinhança. A Morte, perplexa diante da</p><p>violência humana, dá um tom leve e divertido à</p><p>narrativa deste duro confronto entre a infância</p><p>perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso</p><p>absoluto – e raro – de crítica e público.</p><p>Disponível em: www.odevoradordelivros.com. Acesso em: 24</p><p>jun. 2014.</p><p>(ENEM 2018) Os gêneros textuais podem ser</p><p>caracterizados, dentre outros fatores, por seus</p><p>objetivos. Esse fragmento é um(a)</p><p>(A) reportagem, pois busca convencer o interlocutor</p><p>da tese defendida ao longo do texto.</p><p>(B) resumo, pois promove o contato rápido do leitor</p><p>com uma informação desconhecida.</p><p>(C) sinopse, pois sintetiza as informações relevantes</p><p>de uma obra de modo impessoal.</p><p>(D) instrução, pois ensina algo por meio de</p><p>explicações sobre uma obra específica.</p><p>(E) resenha, pois apresenta uma produção</p><p>intelectual de forma crítica.</p><p>QUESTÃO 28</p><p>QUESTÃO 29</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 16</p><p>Si</p><p>Dia 20/10</p><p>É preciso não beber mais. Não é preciso</p><p>sentir vontade de beber e não beber: é preciso não</p><p>sentir vontade de beber. É preciso não dar de comer</p><p>aos urubus. É preciso fechar para balanço e reabrir.</p><p>É preciso não dar de comer aos urubus. Nem</p><p>esperanças aos urubus. É preciso sacudir a poeira. É</p><p>preciso poder beber sem se oferecer em holocausto.</p><p>É preciso. É preciso não morrer por enquanto. É</p><p>preciso sobreviver para verificar. Não pensar mais na</p><p>solidão de Rogério e deixá-lo. É preciso não dar de</p><p>comer aos urubus. É preciso enquanto é tempo não</p><p>morrer na via pública.</p><p>TORQUATO NETO. In: MENDONÇA, J. (Org.) Poesia (im)popular</p><p>brasileira. São Bernardo do Campo: Lamparina Luminosa, 2012.</p><p>(ENEM 2018) O processo de construção do texto</p><p>formata uma mensagem por ele dimensionada, uma</p><p>vez que</p><p>(A) configura o estreitamento da linguagem poética.</p><p>(B) reflete as lacunas da lucidez em desconstrução.</p><p>(C) projeta a persistência das emoções reprimidas.</p><p>(D) repercute a consciência da agonia antecipada.</p><p>(E) revela a fragmentação das relações humanas.</p><p>Coincidindo com o Dia Internacional dos</p><p>Direitos da Infância, foram apresentados diversos</p><p>trabalhos que mostram as mudanças que afetam a</p><p>vida das crianças. Um desses estudos compara o</p><p>que sonham e brincam as crianças hoje em relação</p><p>às dos anos 1990. E o que se descobriu é que as</p><p>crianças têm agora menos lazer e estão mais</p><p>sobrecarregadas por deveres e atividades</p><p>extracurriculares do que as de 25 anos atrás. As</p><p>crianças de hoje não só dedicam menos tempo para</p><p>brincar, como também, quando brincam, a maioria</p><p>não o faz com outras crianças no parque, na rua ou</p><p>na praça, mas em casa e muitas vezes sozinhas. E</p><p>já não brincam tanto com brinquedos, mas com</p><p>aparelhos eletrônicos, entre os quais predomina o</p><p>jogo individual com a máquina.</p><p>OLIVA, M. P. O direito das crianças ao lazer… e a crescer sem</p><p>carências. El País, 20 nov. 2015 (adaptado).</p><p>(ENEM 2021) O texto indica que as transformações nas</p><p>experiências lúdicas na infância</p><p>(A) fomentaram as relações sociais entre as crianças.</p><p>(B) tornaram o lazer uma prática difundida entre as</p><p>crianças.</p><p>(C) incentivaram a criação de novos espaços para</p><p>se divertir.</p><p>(D) promoveram uma vivência corporal menos ativa.</p><p>(E) contribuíram para o aumento do tempo dedicado</p><p>para brincar.</p><p>Sinhá</p><p>Se a dona se banhou</p><p>Eu não estava lá</p><p>Por Deus Nosso Senhor</p><p>Eu não olhei Sinhá</p><p>Estava lá na roça</p><p>Sou de olhar ninguém</p><p>Não tenho mais cobiça</p><p>Nem enxergo bem</p><p>Para que me pôr no tronco</p><p>Para que me aleijar</p><p>Eu juro a vosmecê</p><p>Que nunca vi Sinhá</p><p>[…]</p><p>Por que talhar meu corpo</p><p>Eu não olhei Sinhá</p><p>Para que que vosmincê</p><p>Meus olhos vai furar</p><p>Eu choro em iorubá</p><p>Mas oro por Jesus</p><p>Para que que vassuncê</p><p>Me tira a luz.</p><p>CHICO BUARQUE; JOÃO BOSCO. Chico. Rio de Janeiro:</p><p>Biscoito Fino, 2011 (fragmento).</p><p>(ENEM 2021) No fragmento da letra da canção, o</p><p>vocabulário empregado e a situação retratada são</p><p>relevantes para o patrimônio linguístico e identitário</p><p>do país, na medida em que</p><p>(A) remetem à violência física e simbólica</p><p>contra os povos escravizados.</p><p>(B) valorizam as influências da cultura africana</p><p>sobre a música nacional.</p><p>(C) relativizam o sincretismo constitutivo das</p><p>práticas religiosas brasileiras.</p><p>(D) narram os infortúnios da relação amorosa</p><p>entre membros de classes sociais diferentes.</p><p>(E) problematizam as diferentes visões de</p><p>mundo na sociedade durante o período</p><p>colonial.</p><p>QUESTÃO 30</p><p>QUESTÃO 31</p><p>QUESTÃO 32</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 17</p><p>Si</p><p>Estojo Escolar</p><p>Rio de Janeiro — Noite dessas, ciscando</p><p>num desses canais a cabo, vi uns caras oferecendo</p><p>maravilhas eletrônicas, bastava telefonar e eu</p><p>receberia um notebook capaz de me ajudar a</p><p>fabricar um navio, uma estação espacial.</p><p>[…] Como pretendo viajar esses dias,</p><p>habilitei-me a comprar aquilo que os caras</p><p>anunciavam como o top do top em matéria de</p><p>computador portátil.</p><p>No sábado, recebi um embrulho</p><p>complicado que necessitava de um manual de</p><p>instruções para ser aberto. […] De repente, como</p><p>vem acontecendo nos últimos tempos, houve um</p><p>corte na memória e vi diante de mim o meu primeiro</p><p>estojo escolar. Tinha 5 anos e ia para o jardim de</p><p>infância.</p><p>Era uma caixinha comprida, envernizada,</p><p>com uma tampa que corria nas bordas do corpo</p><p>principal. Dentro, arrumados em divisões, havia</p><p>lápis coloridos, um apontador, uma lapiseira</p><p>cromada, uma régua de 20 cm e uma borracha para</p><p>apagar meus erros.</p><p>[…] Da caixinha vinha um cheiro gostoso,</p><p>cheiro que nunca esqueci e que me tonteava de</p><p>prazer. […]</p><p>O notebook que agora abro é negro e, em</p><p>matéria de cheiro, é abominável. Cheira vilmente a</p><p>telefone celular, a cabine de avião, a aparelho de</p><p>ultrassonografia onde outro dia uma moça veio ver</p><p>como sou por dentro. Acho que piorei de estojo e</p><p>de vida.</p><p>CONY, C. H. Crônicas para ler na escola. São Paulo: Objetiva,</p><p>2009 (adaptado).</p><p>(ENEM 2021) No texto, há marcas da função da</p><p>linguagem que nele predomina. Essas marcas são</p><p>responsáveis por colocar em foco o(a)</p><p>(A) mensagem, elevando-a à categoria de objeto</p><p>estético do mundo das artes.</p><p>(B) código, transformando a linguagem utilizada</p><p>no texto na própria temática abordada.</p><p>(C) contexto, fazendo das informações</p><p>presentes no texto seu aspecto essencial.</p><p>(D) enunciador, buscando expressar sua atitude</p><p>em relação ao conteúdo do enunciado.</p><p>(E) interlocutor,considerando-o responsável</p><p>pelo direcionamento dado à narrativa pelo</p><p>enunciador.</p><p>Comportamento geral</p><p>Você deve estampar sempre um ar de alegria</p><p>E dizer: tudo tem melhorado</p><p>Você deve rezar pelo bem do patrão</p><p>E esquecer que está desempregado</p><p>Você merece</p><p>Você merece</p><p>Tudo vai bem, tudo legal</p><p>Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé Se</p><p>acabarem com teu carnaval</p><p>Você deve aprender a baixar a cabeça</p><p>E dizer sempre: muito obrigado</p><p>São palavras que ainda te deixam dizer Por</p><p>ser homem bem disciplinado</p><p>Deve pois só fazer pelo bem da nação</p><p>Tudo aquilo que for ordenado</p><p>Pra ganhar um fuscão no juízo final</p><p>E diploma de bem-comportado</p><p>GONZAGUINHA. Luiz Gonzaga Jr. Rio de Janeiro: Odeon, 1973</p><p>(fragmento)</p><p>(ENEM 2021) Pela análise do tema e dos</p><p>procedimentos argumentativos utilizados na letra</p><p>da canção composta por Gonzaguinha na década</p><p>de 1970, infere-se o objetivo de</p><p>(A) ironizar a incorporação de ideias e atitudes</p><p>conformistas.</p><p>(B) convencer o público sobre a importância dos</p><p>deveres cívicos.</p><p>(C) relacionar o discurso religioso à resolução</p><p>de problemas sociais.</p><p>(D) questionar o valor atribuído pela população às</p><p>festas populares.</p><p>(E) defender uma postura coletiva indiferente aos</p><p>valores dominantes.</p><p>Ela nasceu lesma, vivia no meio das lesmas, mas</p><p>não estava satisfeita com sua condição. Não passamos</p><p>de criaturas desprezadas, queixava-se. Só somos</p><p>conhecidas por nossa lentidão. O rastro que deixaremos</p><p>na História será tão desprezível quanto a gosma que</p><p>marca nossa passagem pelos pavimentos.</p><p>Ela nasceu lesma, vivia no meio das lesmas, mas</p><p>não estava satisfeita com sua condição. Não passamos</p><p>de criaturas desprezadas, queixava-se. Só somos</p><p>conhecidas por nossa lentidão. O rastro que deixaremos</p><p>QUESTÃO 33</p><p>QUESTÃO 34</p><p>QUESTÃO 35</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 18</p><p>Si</p><p>na História será tão desprezível quanto a gosma que</p><p>marca nossa passagem pelos pavimentos.</p><p>A esta frustração correspondia um sonho: a</p><p>lesma queria ser como aquele parente distante, o</p><p>escargot. O simples nome já a deixava fascinada: um</p><p>termo francês, elegante, sofisticado, um termo que as</p><p>pessoas pronunciavam com respeito e até com</p><p>admiração. Mas, lembravam as outras lesmas, os</p><p>escargots são comidos, enquanto nós pelo menos temos</p><p>chance de sobreviver. Este argumento não convencia a</p><p>insatisfeita lesma, ao contrário: preferiria exatamente</p><p>terminar sua vida desta maneira, numa mesa de toalha</p><p>adamascada, entre talheres de prata e cálices de cristal.</p><p>Assim como o mar é o único túmulo digno de um</p><p>almirante batavo, respondia, a travessa de porcelana é a</p><p>única lápide digna dos meus sonhos.</p><p>SCLIAR, M. Sonho de lesma. In: ABREU, C. F. et al. A prosa do</p><p>mundo. São Paulo: Global, 2009.</p><p>(ENEM 2019) Incorporando o devaneio da</p><p>personagem, o narrador compõe uma alegoria que</p><p>representa o anseio de</p><p>(A) rejeitar metas de superação de desafios.</p><p>(B) restaurar o estado de felicidade pregressa.</p><p>(C) materializar expectativas de natureza utópica.</p><p>(D) rivalizar com indivíduos de condição privilegiada.</p><p>(E) valorizar as experiências hedonistas do presente.</p><p>O Instituto de Arte de Chicago disponibilizou</p><p>para visualização on-line, compartilhamento ou</p><p>download (sob licença Creative Commons), 44 mil</p><p>imagens de obras de arte em altíssima resolução,</p><p>além de livros, estudos e pesquisas sobre a história</p><p>da arte.</p><p>Para o historiador da arte, Bendor</p><p>Grosvenor, o sucesso das coleções on-line de acesso</p><p>aberto, além de democratizar a arte, vem ajudando a</p><p>formar um novo público museológico. Grosvenor</p><p>acredita que quanto mais pessoas forem expostas à</p><p>arte on-line, mais visitas pessoais acontecerão aos</p><p>museus.</p><p>A coleção está disponível em seis categorias:</p><p>paisagens urbanas, impressionismo, essenciais, arte</p><p>africana, moda e animais. Também é possível</p><p>pesquisar pelo nome da obra, estilo, autor ou período.</p><p>Para navegar pela imagem em alta definição, basta</p><p>clicar sobre ela e utilizar a ferramenta de zoom. Para</p><p>fazer o download, disponível para obras de domínio</p><p>público, é preciso utilizar a seta localizada do lado</p><p>inferior direito da imagem.</p><p>Disponível em: www.revistabula.com. Acesso em: 5 dez. 2018</p><p>(adaptado).</p><p>(ENEM 2021) A função da linguagem que predomina</p><p>nesse texto se caracteriza por</p><p>(A) evidenciar a subjetividade da reportagem com</p><p>base na fala do historiador de arte.</p><p>(B) convencer o leitor a fazer o acesso on-line,</p><p>levando-o a conhecer as obras de arte.</p><p>(C) informar sobre o acesso às imagens por meio</p><p>da descrição do modo como acessá-las.</p><p>(D) estabelecer interlocução com o leitor,</p><p>orientando-o a fazer o download das obras de</p><p>arte.</p><p>(E) enaltecer a arte, buscando popularizá-la por</p><p>meio da possibilidade de visualização on-line.</p><p>Disponível em: http://epoca.globo.com. Acesso em: 20 mar.</p><p>2014.</p><p>(ENEM 2021) De acordo com esse infográfico, as</p><p>redes sociais estimulam diferentes comportamentos</p><p>dos usuários que revelam</p><p>(A) exposição exagerada dos indivíduos.</p><p>(B) comicidade ingênua dos usuários.</p><p>(C) engajamento social das pessoas.</p><p>(D) disfarce do sujeito por meio de avatares.</p><p>(E) autocrítica dos internautas.</p><p>O que é software livre</p><p>Software livre é qualquer programa de</p><p>computador construído de forma colaborativa, via</p><p>QUESTÃO 36</p><p>QUESTÃO 37</p><p>QUESTÃO 38</p><p>QUESTÃO 39</p><p>QUESTÃO 40</p><p>QUESTÃO 41</p><p>QUESTÃO 42</p><p>QUESTÃO 43</p><p>QUESTÃO 38</p><p>http://www.revistabula.com/</p><p>http://epoca.globo.com/</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 19</p><p>Si</p><p>internet, por uma comunidade internacional de</p><p>desenvolvedores independentes. São centenas de</p><p>milhares de hackers, que negam sua associação com</p><p>os “violadores de segurança”. Esses</p><p>desenvolvedores de software se recusam a</p><p>reconhecer o significado pejorativo do termo e</p><p>continuam usando a palavra hacker para indicar</p><p>“alguém que ama programar e que gosta de ser hábil</p><p>e engenhoso”. Além disso, esses programas são</p><p>entregues à comunidade com o código fonte aberto e</p><p>disponível, permitindo que a ideia original possa ser</p><p>aperfeiçoada e devolvida novamente à comunidade.</p><p>Nos programas convencionais, o código de</p><p>programação é secreto e de propriedade da empresa</p><p>que o desenvolveu, sendo quase impossível decifrar a</p><p>programação.</p><p>O que está em jogo é o controle da inovação</p><p>tecnológica. Software livre é uma questão de liberdade</p><p>de expressão e não apenas uma relação econômica.</p><p>Hoje existem milhares de programas alternativos</p><p>construídos dessa forma e uma comunidade de</p><p>usuários com milhões de membros no mundo.</p><p>BRANCO, M. Software livre e desenvolvimento social e</p><p>económico. In: CASTELLS, M.; CARDOSO, G. (Org). A</p><p>sociedade em rede: do conhecimento à acção política. Lisboa:</p><p>Imprensa Nacional, 2005 (adaptado).</p><p>(ENEM 2023) A criação de softwares livres contribui</p><p>para a produção do conhecimento na sociedade</p><p>porque</p><p>(A) democratiza o acesso a produtos construídos</p><p>coletivamente.</p><p>(B) complexifica os sistemas operacionais</p><p>disponíveis no mercado.</p><p>(C) qualifica um maior número de pessoas para o</p><p>uso de tecnologias.</p><p>(D) possibilita a coleta de dados confidenciais para</p><p>seus desenvolvedores.</p><p>(E) insere profissionalmente os hackers na área de</p><p>inovação tecnológica.</p><p>Rebeca Andrade superou a si mesma, fazendo</p><p>história. Aos 22 anos, entrou para o Olimpo da</p><p>ginástica mundial, ostentando a medalha de prata no</p><p>individual geral feminino e subindo ao topo do pódio</p><p>olímpico na prova de salto. Sua caminhada começou</p><p>graças a uma tia que viu seu talento e a apresentou à</p><p>técnica de ginástica da cidade. Não demorou para</p><p>que ganhasse o apelido de “Daiane dos Santos 2”. A</p><p>atleta dá sequência a um legado iniciado por ginastas</p><p>como Daniele Hypólito e Daiane dos Santos,</p><p>respectivamente, primeira medalhista e primeira</p><p>campeã em campeonatos mundiais. Rebeca tornou-</p><p>se a primeira medalhista e campeã olímpica do Brasil</p><p>na modalidade. Daiane afirmou que admira a jovem</p><p>atleta, cuja vitória é permeada por simbolismos</p><p>importantes. “Durante muito tempo disseram que as</p><p>pessoas negras não podiam fazer alguns esportes, e</p><p>a gente vê hoje a primeira medalha, de uma menina</p><p>negra. Tem uma representatividade muito grande</p><p>atrás de tudo isso”, falou. A ginasta Nádia Comaneci,</p><p>dona da primeira nota 10 na ginástica, parabenizou a</p><p>brasileira em suas redes.</p><p>Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 10 nov.</p><p>2021 (adaptado).</p><p>(ENEM 2023) A relevância social da conquista de</p><p>Rebeca Andrade na ginástica se traduz no(a)</p><p>(A) continuidade de um legado iniciado por outras</p><p>atletas.</p><p>(B) reconhecimento por atletas ícones da</p><p>modalidade.</p><p>(C) ingresso no esporte por intermédio da família.</p><p>(D) visibilidade étnico-racial no esporte.</p><p>(E) medalha de ouro na modalidade.</p><p>Disponível</p><p>em: www.globofilmes.globo.com. Acesso em: 13 dez.</p><p>2017 (adaptado).</p><p>QUESTÃO 39</p><p>QUESTÃO 40</p><p>http://www.globofilmes.globo.com/</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 20</p><p>Si</p><p>(ENEM 2020) A frase, título do filme, reproduz uma</p><p>variedade linguística recorrente na fala de muitos</p><p>brasileiros. Essa estrutura caracteriza-se pelo(a)</p><p>(A) uso de uma marcação temporal.</p><p>(B) imprecisão do referente de pessoa.</p><p>(C) organização interrogativa da frase.</p><p>(D) utilização de um verbo de ação.</p><p>(E) apagamento de uma preposição.</p><p>O avesso da pele adapta Jeferson Tenório para o</p><p>teatro de forma brilhante</p><p>O avesso da pele é um espetáculo</p><p>excepcional. Não apenas porque adapta para o</p><p>teatro o livro também excepcional de Jeferson</p><p>Tenório, vencedor do prêmio Jabuti em 2021,</p><p>mas, sobretudo, porque faz com que as linhas da</p><p>literatura saltem do papel e ganhem vida no palco.</p><p>Já no início o grupo deixa evidente que o</p><p>material literário é o ponto de partida, e não o</p><p>ponto de che- gada da peça. Dito de outro modo, o</p><p>grupo de artistas negros não parece almejar apenas</p><p>ser fiel à narrativa do romance, mas sim fazer dela</p><p>o motor de propulsão do seu teatro.</p><p>TOLEDO, Paulo Bio. Disponível em:</p><p>https://www.acessa.com/cultura/2023/03/138570-o-avesso- da-</p><p>pele-adapta-jeferson-tenorio-para-o-teatro-de-forma-</p><p>brilhante.html. Acesso em fev. 2024</p><p>(SIMULADO ENEM/OBJETIVO) A crítica ao</p><p>espetáculo O avesso da pele, baseada na obra de</p><p>Jeferson Tenório, ressalta a habilidade dos</p><p>artistas em transcender a narrativa original do</p><p>livro, transformando-a em uma experiência teatral</p><p>dinâmica e envolvente. Esse processo de</p><p>adaptação não se limita a uma reprodução fiel do</p><p>texto literário, mas expande sua interpretação ao</p><p>utilizar o teatro como um meio para explorar</p><p>novas possibilidades expressivas. A</p><p>transformação da obra literária em uma</p><p>performance teatral é marcada pela</p><p>(A) fidelidade incondicional ao enredo original,</p><p>assegurando que o texto literário seja mantido</p><p>intacto durante a transição para o teatro.</p><p>(B) concentração exclusiva nos aspectos verbais da</p><p>narrativa, minimizando a importância dos</p><p>recursos cênicos e performáticos na adaptação.</p><p>(C) visão do material literário como ponto de partida</p><p>para a criação artística, que permite a exploração</p><p>de novas dimensões expressivas no palco.</p><p>(D) dependência de efeitos visuais e</p><p>tecnológicos para capturar a essência da</p><p>obra literária, relegando a narrativa e os</p><p>personagens a um segundo plano.</p><p>(E) redução da complexidade dos personagens</p><p>e do enredo para adequar o texto literário ao</p><p>formato mais conciso e direto típico das</p><p>produções teatrais.</p><p>WATTERSON, B. Calvin e Haroldo: O mundo é mágico.Vol. 1.</p><p>Conrad, 2010.</p><p>(SIMULADO ENEM/OBJETIVO) O sensacionalismo</p><p>é uma prática jornalística que apresenta os fatos</p><p>de maneira tendenciosa. Na tira, a manchete</p><p>elaborada pela criança é falaciosa, pois</p><p>(A) utiliza um termo científico, o que evitaria que</p><p>o público leigo percebesse a manipulação do</p><p>fato.</p><p>(B) faz uso do exagero, visando provocar</p><p>sentimentos como surpresa ou revolta.</p><p>(C) omite informações relevantes, buscando</p><p>nortear a interpretação do leitor.</p><p>(D) é apresentada de maneira incompleta, o</p><p>que forçaria o leitor a acessar a matéria.</p><p>(E) julga de maneira preconceituosa o agente do</p><p>fato noticiado, suscitando no leitor o sentimento de</p><p>injustiça</p><p>QUESTÃO 41</p><p>QUESTÃO 42</p><p>https://www.acessa.com/cultura/2023/03/138570-o-avesso-%20da-pele-adapta-jeferson-tenorio-para-o-teatro-de-forma-brilhante.html</p><p>https://www.acessa.com/cultura/2023/03/138570-o-avesso-%20da-pele-adapta-jeferson-tenorio-para-o-teatro-de-forma-brilhante.html</p><p>https://www.acessa.com/cultura/2023/03/138570-o-avesso-%20da-pele-adapta-jeferson-tenorio-para-o-teatro-de-forma-brilhante.html</p><p>2ª Série Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias 21</p><p>Si</p><p>Mudanças climáticas e enchentes no Brasil: qual</p><p>é sua relação?</p><p>Atualmente, muito se ouve falar acerca de</p><p>aquecimento global. O aquecimento global é, em</p><p>resumo, o aumento da temperatura média do</p><p>planeta que se dá por meio do efeito estufa. Esse é</p><p>um fenômeno natural responsável pela</p><p>manutenção da temperatura na Terra, porém,</p><p>devido ao aumento da poluição, das queimadas e</p><p>do desmatamento, o efeito estufa está ocorrendo</p><p>em níveis muito acima do ideal.</p><p>Em razão dos altos níveis do efeito estufa, o</p><p>aquecimento global se intensifica, causando o</p><p>derretimento de calotas polares (regiões cobertas</p><p>por gelo, localizadas nas duas extremidades da</p><p>Terra), aumento no número de queimadas naturais,</p><p>desertificação de áreas e alterações nos níveis de</p><p>chuva por todo o globo terrestre.</p><p>Essas mudanças climáticas causadas pelo</p><p>efeito estufa geram alterações nos níveis de chuva,</p><p>resultando em uma elevação em determinada</p><p>região. Tal aumento, ocorrendo</p><p>concomitantemente à poluição e à falta de</p><p>infraestrutura nas cidades, resulta no aumento de</p><p>enchentes, inundações e alagamentos.</p><p>As enchentes são fenômenos naturais. Elas</p><p>ocorrem a partir do aumento do volume de água</p><p>dos rios. Assim como as enchentes, as inundações</p><p>também são fenômenos naturais e podem ser</p><p>definidas como o transbordamento de água em um</p><p>espaço. Já os alagamentos podem ser descritos</p><p>como um acúmulo de água que não escoou, seja</p><p>em zonas urbanas, acarretado pelo entupimento</p><p>de bueiros, ou em zonas naturais, causado pela</p><p>baixa capacidade de absorção de água pelo solo.</p><p>Em zonas urbanas, as enchentes causam</p><p>danos a casas e comércios, provocando destruição</p><p>da estrutura destes e de outros bens materiais,</p><p>como camas, geladeiras e fogões. Em casos mais</p><p>graves, a força das águas pode acarretar o</p><p>desmoronamento, além de contribuir para a</p><p>proliferação de doenças, como, por exemplo, a</p><p>leptospirose.</p><p>As mudanças climáticas causadas pelo</p><p>efeito estufa e pelo aquecimento global estão cada</p><p>vez mais perceptíveis e prejudiciais a toda a vida</p><p>na Terra. Logo, cabe a nós, cidadãos, tomarmos as</p><p>atitudes necessárias para revertermos essa</p><p>preocupante realidade de forma que possamos</p><p>garantir um futuro melhor para nós e para as</p><p>próximas gerações, visando sempre à</p><p>sustentabilidade e à consciência socioambiental.</p><p>https://www.florajunior.com/post/mudancas-</p><p>climaticas-e-enchentes-no-brasil-qual-sua--relacao .Acesso</p><p>em: 18 jan. 2024. Adaptado.</p><p>(Qconcursos) De acordo com o texto, uma das</p><p>causas dos altos níveis do efeito estufa é o</p><p>(A) alagamento das cidades.</p><p>(B) aumento das chuvas.</p><p>(C) desmatamento das florestas.</p><p>(D) entupimento de bueiros.</p><p>(E) esvaziamento dos rios.</p><p>Notas</p><p>Soluços, lágrimas, casa armada, veludo</p><p>preto nos portais, um homem que veio vestir o</p><p>cadáver, outro que tomou a medida do caixão,</p><p>caixão, essa, tocheiros, convites, convidados que</p><p>entravam, lentamente, a passo surdo, e apertavam</p><p>a mão à família, alguns tristes, todos sérios e</p><p>calados, padre e sacristão, rezas, aspersões d'água</p><p>benta, o fechar do caixão, a prego e martelo, seis</p><p>pessoas que o tomam da essa, e o levantam, e o</p><p>descem a custo pela escada, não obstante os</p><p>gritos, soluços e novas lágrimas da família, e vão</p><p>até o coche fúnebre, e o colocam em cima e</p><p>traspassam e apertam as correias, o rodar do</p><p>coche, o rodar dos carros, um a um... Isto que</p><p>parece um simples inventário eram notas que eu</p><p>havia tomado para um capítulo triste e vulgar que</p><p>não escrevo.</p><p>ASSIS, M Memórias póstumas de Brás Cubas. Disponivel</p><p>em: www.dominiopublico.gov.br Acesso em: 25 jul 2022.</p><p>(ENEM 2022) O recurso linguístico que permite a</p><p>Machado de Assis considerar um capítulo</p><p>de Memórias póstumas de Brás Cubas como</p><p>inventário é a –</p><p>(A) enumeração de objetos e fatos.</p><p>(B) predominância de linguagem objetiva.</p><p>(C) ocorrência de período longo no trecho.</p><p>(D) combinação de verbos no presente e no</p><p>pretérito.</p><p>(E) presença de léxico do campo semântico de</p><p>funerais.</p><p>A escrava</p><p>— Admira-me —, disse uma senhora</p>

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