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<p>DIREITO</p><p>DAS</p><p>OBRIGAÇÕES</p><p>Aula 01</p><p>Professora Leandra de Souza</p><p>Objetivo:</p><p>Objetivo Geral:</p><p>Conceituar obrigações, estudando seus elementos essenciais, identificando suas fontes e modalidades, verificando as consequências do inadimplemento e transmissão das obrigações.</p><p>Objetivos específicos:</p><p>Identificar o que são obrigações e quais as suas fontes; Analisar os elementos da relação obrigacional e sua correspondência com as espécies de obrigações; Verificar as modalidades de transmissão de obrigações e suas peculiaridades; Distinguir modos de extinção e de pagamento das obrigações; Entender o fenômeno do inadimplemento obrigacional e suas consequências tais como: as perdas e danos, vícios redibitórios, etc.</p><p>Conteúdo Programático:</p><p>INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES</p><p>DAS MODALIDADES E TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES</p><p>DO ADIMPLEMENTO, EXTINÇÃO E TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES</p><p>INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADE CIVIL</p><p>Bibliografia:</p><p>Bibliografia Básica:</p><p>GONÇALVES, Carlos. Roberto. Direito Civil: Teoria Geral das Obrigações. vol. 2. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2022</p><p>GAGLIANO, Pablo Stolze.; FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil - Obrigações. Vol. 2. 23. ed. São Paulo: Saraiva, 2022</p><p>Bibliografia Complementar:</p><p>TARTUCE, Flávio. Direito das Obrigações e Responsabilidade Civil Vol. II.. São Paulo: Gripo GEN, 2020</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>No Direito Civil I estudamos a Parte Geral do Código Civil. Neste semestre entramos na Parte Especial;</p><p>As codificações da modernidade têm apresentado uma divisão didática das matérias, estabelecendo uma parte geral (com a regulação genérica das pessoas, bens e negócios jurídicos) e partes especiais, que agrupam regras particulares, sistematizadas em função da natureza peculiar das relações jurídicas a que se destinam;</p><p>A matéria que trata do Direito das Obrigações está prevista no Livro I da Parte Especial do Código Civil. Inicia no artigo 233 e segue até o art. 420.</p><p>CONCEITO</p><p>A palavra ‘obrigação’ tem vários significados. Mas essencialmente, o vocábulo exprime qualquer espécie de vínculo ou submissão da pessoa a uma regra de conduta (pode ser religiosa, moral, social ou jurídica).</p><p>Mas no Direito das Obrigações o sentido é mais estrito, alcançando apenas vínculos jurídicos (relações jurídicas) de conteúdo patrimonial que se formam entre as pessoas, quando se tornam credoras e devedoras uma para com a outra, de forma que o credor pode exigir judicialmente do devedor o cumprimento da obrigação.</p><p>A relação jurídica obrigacional não é integrada por qualquer espécie de direito subjetivo. Somente aqueles de conteúdo econômico (direitos de crédito), passíveis de circulação jurídica, poderão participar de relações obrigacionais, o que descarta, de plano, os direitos da personalidade.</p><p>A obrigação, vista pelo Código Civil, é uma relação jurídica transitória, que existe entre o sujeito ativo (credor) e o sujeito passivo (devedor), quando uma pessoa se compromete a uma prestação, positiva ou negativa, em favor de outra, visando à satisfação de interesses e respondendo com o seu patrimônio, inclusive com execução forçada pelo Poder Judiciário.</p><p>O Direito das Obrigações, neste sentido, é o ramo do Direito Civil que regula as relações jurídicas de ordem patrimonial que têm por objeto prestações (dar, fazer e não fazer) cumpridas por um sujeito em proveito de outro.</p><p>Direito Obrigacional (Pessoal) e Direito Real.</p><p>Direitos reais: definem-se como o poder jurídico, direto e imediato do titular sobre a coisa, com exclusividade e contra todos. O sujeito passivo do direito real é toda a coletividade que deve abster-se de violá-lo, sendo de caráter erga omnes.</p><p>Direitos obrigacionais (pessoais): Relação jurídica pela qual o sujeito ativo (credor) pode exigir do sujeito passivo (devedor) determinada prestação. No direito das obrigações somente se vinculam aqueles que fizeram parte do que contrataram e anuíram para comprometer-se a prestar ou exigir algo.</p><p>Relação Jurídica Obrigacional:</p><p>Sujeito Ativo (credor) relação jurídica obrigacional Sujeito Passivo (devedor)</p><p>Relação Jurídica Real:</p><p>Titular do Direito Real relação jurídica real Bem/Coisa</p><p>Direitos obrigacionais e Direitos da Personalidade</p><p>Os direitos obrigacionais e os da personalidade são espécies do gênero direitos pessoais. Porém, os da personalidade possuem características jurídicas próprias.</p><p>Os direitos da personalidade são oponíveis erga omnes (do Latim, contra, relativamente a, frente a todos - para indicar que os efeitos de algum ato ou lei atingem todos os indivíduos de uma determinada população ou membros de uma organização). São também vitalícios (para a vida inteira) e relativamente indisponíveis (não posso abrir mão deles).</p><p>Enquanto os direitos obrigacionais são inter partes (restrito apenas àqueles que participaram da relação jurídica), transmissíveis, patrimonializados e temporários, já que se resolvem pelo próprio adimplemento da prestação, em regra.</p><p>Estrutura da Obrigação</p><p>A relação jurídica obrigacional é composta por três elementos essenciais.</p><p>Elemento subjetivo ou pessoal - que diz respeito aos sujeitos da relação jurídica, ou seja, o sujeito ativo (credor) e o sujeito passivo (devedor). O sujeito pode ser pessoa jurídica ou física, admitindo-se em algumas situações um sujeito determinável.</p><p>Elemento objetivo ou material - que diz respeito ao objeto da relação jurídica, também conhecido como prestação. A prestação pode ser positiva (dar e fazer) ou negativa (não fazer).</p><p>Elemento espiritual, imaterial ou abstrato - representa o vínculo jurídico, que garante o fiel cumprimento da obrigação, seja espontaneamente ou coercitivamente.</p><p>Elemento Subjetivo:</p><p>SUJEITOS DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL</p><p>É sempre dúplice, pois sempre haverá duplicidade de interesses na relação jurídica;</p><p>O sujeito ativo é o credor, também conhecido por accipiens, aquele a quem o devedor prometeu determinada prestação. Como titular do direito que nasce da obrigação do devedor, o credor pode exigir seu cumprimento.</p><p>O Sujeito passivo ou solvens é o devedor da prestação, podendo ser esta positiva ou negativa. O sujeito passivo é quem deve adimplir a prestação.</p><p>Sem a presença simultânea dos sujeitos ativo e passivo não há de se falar em relação, portanto, não existirá obrigação.</p><p>Os sujeitos da obrigação podem ser pessoas naturais (pessoas físicas) ou pessoas jurídicas.</p><p>Devem ser determinados ou, pelo menos, determináveis. O que não se admite é uma indeterminação absoluta.</p><p>O sujeito ativo e o sujeito passivo da relação obrigacional podem ser compostos por várias pessoas.</p><p>Elemento Objetivo ou Material</p><p>O elemento objetivo consiste no objeto da obrigação, que é sempre uma conduta ou ato humano.</p><p>Tal objeto denomina-se prestação, que pode ser positiva (dar e fazer) ou negativa (não fazer).</p><p>O Objeto pode ser:</p><p>Direto ou imediato – a prestação, a obrigação (dar, fazer, não fazer). Ex.: obrigação assumida em contrato de entregar um veículo mediante pagamento em compra e venda.</p><p>Indireto, mediato ou remoto – é o bem material (bem da vida), se houver, que se insere dentro da prestação. No exemplo acima, o objeto mediato ou indireto é o veículo que deverá ser entregue.</p><p>A prestação, que é o objeto imediato, deve obedecer a certos requisitos, para que a obrigação se constitua validamente. Naturalmente, a prestação deve ser possível, lícita, determinada ou determinável. Portanto, os requisitos do art. 104 e do art. 166 do CC devem estar presentes, a fim de evitar o vício maior da invalidade do negócio jurídico.</p><p>Elemento Objetivo ou Material</p><p>O objeto deve ser lícito, que é aquele que não atenta contra a lei, a moral ou os bons costumes.</p><p>Deve ser possível, também, pois quando impossível o negócio é nulo.</p><p>O objeto deve ser, também, determinado</p><p>ou determinável, admitindo-se, assim, a venda de coisa incerta, desde que indicada pelo gênero e pela quantidade.</p><p>O objeto deve ser economicamente apreciável, embora a doutrina nos apresente controvérsia neste ponto.</p><p>*Parte da doutrina mais atual vem reconhecendo que o direito civil não mais deve ser entendido puramente com foco no patrimônio, mas sim na pessoa. Assim, para estes, a prestação deve ser apenas algo vantajoso, ainda que não patrimonial, a exemplo de uma retratação pública.</p><p>Elemento Espiritual</p><p>O elemento espiritual é vínculo jurídico da relação obrigacional. É o elo que liga sujeito ativo sujeito passivo e que confere ao primeiro o direito de exigir do segundo o cumprimento da prestação.</p><p>Esse nexo entre o sujeito ativo e o sujeito passivo pode ser facilmente identificado no art. 391 do CC, segundo o qual os bens do devedor respondem pelo inadimplemento da obrigação, o que se denomina de responsabilidade patrimonial do devedor.</p><p>O vínculo jurídico divide-se em dois elementos:</p><p>o débito ou dívida em si (vínculo espiritual, imaterial), que une o devedor ao credor exigindo que aquele cumpra a obrigação; e</p><p>responsabilidade (vínculo material), que confere ao credor o direito de exigir judicialmente o cumprimento da obrigação, ou seja, materializar o objeto.</p><p>Elemento Espiritual</p><p>Como se vê, existem dois elementos que compõem elemento espiritual das obrigações: o débito (schuld) e a responsabilidade (haftung).</p><p>“Schuld” e “Haftung”: Em alemão, “Schuld” pode significar culpa ou débito. “Haftung”, por sua vez traduzem responsabilidade.</p><p>O débito é a prestação que deve ser espontaneamente cumprida pelo devedor.</p><p>A responsabilidade é a obrigação que surge ao devedor pelo inadimplemento e recai sobre o patrimônio do devedor, não sobre sua pessoa.</p><p>A responsabilidade é sempre uma OBRIGAÇÃO DERIVADA.</p><p>Havendo responsabilidade, o devedor responderá com todo seu patrimônio para o cumprimento da obrigação, ressalvadas as restrições legais.</p><p>Isso significa que o devedor não pode, em regra, ser preso por inadimplência, pois responderá só com o seu patrimônio. A exceção civil é o inadimplemento nas obrigações de alimentos.</p><p>Pode existir uma obrigação sem responsabilidade ou uma responsabilidade sem obrigação.</p><p>Fontes das Obrigações</p><p>É o elemento gerador ou o fato que faz nascer o direito.</p><p>São os fatos jurídicos dos quais resultam as obrigações, que surgem de relações concretas que dizem respeito ao sujeito ativo e passivo.</p><p>As fontes das obrigações podem ser imediatas (as leis, que dão caráter jurídico aos fatos e relações obrigacionais); ou mediatas (condição determinante do nascimento das obrigações).</p><p>Fontes das Obrigações</p><p>São fontes de obrigações:</p><p>Contrato</p><p>Atos unilaterais (Promessa de Recompensa, Gestão de Negócios, Pagamento Indevido, Testamento)</p><p>Ato ilícito (Responsabilidade Civil)</p><p>Lei</p><p>ATIVIDADE</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p>

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