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<p>INCLUSÃO DOS ALUNOS ESPECIAIS NA ESCOLA E NA SOCIEDADE</p><p>Acadêmico: Catia Consceição dos Santos</p><p>Tutor(a) Externo(a): Renato Gonçalves Oliveira</p><p>Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI</p><p>Pedagogia – (PED 1153)</p><p>05/06/2015</p><p>RESUMO</p><p>A inclusão de pessoas deficientes na sociedade sempre foi e sempre será uma dificuldade na vida de muitas pessoas, a princípio as pessoas deficientes eram excluídas diretamente da sociedade sem ter o direito sequer de tentar se relacionar como uma pessoa normal.</p><p>Mas hoje em dia as coisas já estão um pouco diferente e já é possível ver até mesmo com uma maior frequência a transação e a participação dessas pessoas na sociedade, as empresas devem ter um percentual de vagas reservados para os deficientes, para que se facilite a inclusão dessas pessoas no dia a dia.</p><p>No passado se era tão ignorante quanto as deficiências físicas que em algumas culturas as pessoas que nasciam deficientes eram considerada obras do demônio e muitas das vezes eram sacrificadas quando ainda eram bebes ou a partir do momento que se notasse a deficiência, tanto física quanto mental.</p><p>Mas os tempos mudaram e a aceitação se tornou sinônimo de bom caráter, e as pessoas passaram a ver com outros olhos a permissão da vida dessas pessoas, que ganharam espaço e leis para defendê-los e torná-los seres humanos úteis.</p><p>A inclusão muita das vezes era impedida pela própria família que pelo fato da criança possuir alguma deficiência o privava da vida escolar e futuramente de uma vida profissional, mas de acordo com o estatuto da criança e do adolescente toda criança tem direito ao estudo, inclusive as que possuem deficiência e atualmente é mais comum encontrar pessoas especias nas dependências escolares e também no ambiente de trabalho e social.</p><p>Palavras-Chave: Deficiencia. Família. Educação. Sociedade.</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>O trabalho em questão irá mostrar como são incluídas as pessoas deficientes na escola e na sociedade, muito se sabe das dificuldades que as pessoas deficientes possuem para estar se adequando a sociedade, coisa que deveria ser totalmente o contrário, pois como somos pessoas “normais”deveríamos levar em consideração as dificuldades dos outros, porém não é bem assim que acontece.</p><p>As pessoas deficientes precisam de apoio e de atenção tanto no ambiente escolar como na sociedade, além disso, o apoio da família é totalmente necessário, pois quando se sentem mais seguros os deficientes conseguem ir mais além.</p><p>É de extrema dificuldade a aceitação dessas pessoas, mas como hoje em dia todos temos direitos iguais e muito comum encontrarmos pessoas deficientes ocupando os mais diversos cargos e em diversos setores de trabalho.</p><p>Deficiência não impede ninguém de seguir m frente de manter uma vida normal, seja deficientes de nascença ou deficientes através de doenças ou acidentes podem e devem tentar conviver em total harmonia na sociedade, as oportunidades estão surgindo e nada mais prazeroso do que ver essas pessoas ativas e sendo cada vez mais independentes perante a sociedade.</p><p>2 DEFICIÊNCIA</p><p>Deficiência é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica. Diz respeito à atividade exercida pela biologia da pessoa. A expressão pessoa com deficiência refere-se a qualquer pessoa que vivencie uma deficiência continuamente. O termo deficiente para denominar pessoas com deficiência tem sido considerado por algumas ONGs e cientistas sociais inadequados, pois o termo leva uma carga negativa depreciativa da pessoa, fato que foi ao longo dos anos se tornando cada vez mais rejeitado pelos especialistas da área e em especial pelos próprios indivíduos a quem se refira. Muitos, entretanto, consideram que essa tendência politicamente correta tende a levar as pessoas com deficiência a uma negação de sua própria situação e a sociedade ao não respeito da diferença. Atualmente, porém, esta palavra está voltando a ser utilizada, visto que a rejeição do termo, por si só, caracteriza um preconceito contra a condição do indivíduo.</p><p>A pessoa com deficiência geralmente precisa de atendimento especializado, seja para fins terapêuticos, como fisioterapia ou estimulação motora, seja para que possa aprender a lidar com a deficiência e a desenvolver as potencialidades. A Educação especial tem sido uma das áreas que tem desenvolvido estudos científicos para melhor atender estas pessoas, no entanto, o que inclui pessoas com deficiência além das necessidades comportamentais, emocionais ou sociais.</p><p>Desde a Declaração de Salamanca, surgiu o termo necessidades educativas especiais, que veio a substituir o termo criança especial, anteriormente utilizado em educação para designar a criança com deficiência. Porém, este novo termo não se refere apenas à pessoa com deficiência, pois engloba toda e qualquer necessidade considerada atípica e que demande algum tipo de abordagem específica por parte das instituições, seja de ordem comportamental, seja social, física, emocional ou familiar.</p><p>3 A ESCOLA</p><p>A escola assim como a família é um ambiente que irá abrigar as crianças e jovens especiais por um longo período em suas vidas, os profissionais de educação devem estar capacitados e aptos a darem uma formação para as pessoas que se encontram nessas condições é necessário muito carinho, atenção e acima de tudo compreensão para que possam tornar os dias e o aprendizado das pessoas em questão o mais prazeroso possível.</p><p>As pessoas especiais pensam nelas mesmas como se fossem pessoas inválidas, que não prestam para nada, a escola acima de tudo deve coloca-las em suas atividades, mostrando para elas que são capazes de exercerem atividades como qualquer cidadão de bem, levantando assim a autoestima e a moral deles.</p><p>A escola é como se fosse a preparação para a vida no mundo lá fora, os que possuem necessidades especiais precisam de conhecer o mundo lá fora e se preparem para as dificuldades da vida e das coisas que terão que enfrentar quando se tornarem donos de si mesmos.</p><p>4 A FAMILIA</p><p>O apoio da família e essencial na formação de qualquer cidadão seja rico ou pobre, especialmente para as pessoas deficientes, quando se sentem amparadas e apoiadas a seguir em frente dão o melhor de si próprias e acabam se sobressaindo em suas atividades.</p><p>Todo e qualquer apoio é bem vindo, pois nenhuma carreira é construída sozinha, todos contam com o apoio de alguém e poder contar com o apoio da família é melhor ainda, todos ficam felizes quando tem alguém que apoiem eles e que invistam em seus futuros, aliás todos somos o futuro de uma nação.</p><p>“ O Desenvolvimento de qualquer sujeito está articulado com sua constituição orgânica mas é fundamentado, constituído na vida coletiva” (FERREIRA 2005).</p><p>5 A SOCIEDADE</p><p>O Papel da sociedade e tão importante quanto a participação da família, todos tem que estar cientes que nem todos somos iguais e qualquer um está vulnerável a vir a ser uma pessoa especial. Devemos estar atentos nas construções de calçadas, na sinalização de ruas e demais locais públicos além de terem pessoas especializadas no atendimento de pessoas deficientes físicas, auditivas e oculares.</p><p>Na Esparta, os imaturos, os fracos e os defeituosos eram propositalmente eliminados. “Consta que os romanos descartavam - se de crianças deformadas e indesejadas em esgotos localizados, ironicamente, no lado externo do Templo da Piedade”.</p><p>Mas com a expansão do cristianismo todos os seres humanos são considerados criaturas de Deus e todos são iguais aos seus olhos.</p><p>Há um tempo atrás a exposição ao ridículo e a eliminação das pessoas deficientes não eram vistas como um problema ético ou moral.</p><p>Kanner (1964) relatou que “a única ocupação para os retardados mentais encontrada na literatura antiga é a de bobo ou de palhaço, para a diversão dos senhores e seus hóspedes”.</p><p>Expor essas pessoas e mostrá-las como sendo “Bobas” era algo muito comum, principalmente nos tempos dos senhores feudais que gostavam de se divertirem com as desgraças alheias, o povo já era tratado com indiferença, se imagina então como eram tratadas as</p><p>pessoas especiais naquela época.</p><p>Segundo o próprio Lutero, “o homem é o próprio mal quando lhe faleça a razão ou lhe falte a graça celeste e o intelecto; assim, dementes e amentes são, em essência, seres diabólicos”, considerando a pessoa com deficiência e a pessoa doente mental seres pecadores, condenados por Deus. As ações consequentemente recomendadas eram o castigo, através de aprisionamento e açoitamento, para expulsão do demônio. (Pessoti, 1984)</p><p>Na Medicina, o século XVIII foi um período mais de assimilação e de consolidação do conhecimento já produzido, do que de grandes descobertas. Lentos avanços no conhecimento da fisiologia, da bioquímica e da patologia foram obtidos e assim, sementes foram plantadas para o desenvolvimento do campo da medicina preventiva. A deficiência mental continuava sendo considerada hereditária e incurável e assim, a maioria das pessoas com deficiência mental eram relegadas a hospícios, albergues, asilos ou cadeias locais. Pessoas com deficiência física “ou eram cuidadas pela família ou colocadas em asilos” (Rubin & Roessler, 1978, p. 7).</p><p>Em meados de 1800, Guggenbuhl abriu uma instituição para o cuidado e tratamento residenciais de pessoas com deficiência mental, em Abendberg, Suíça. Os resultados de seu trabalho chamaram a atenção para a necessidade de uma reforma significativa no sistema, então vigente, da simples internação em prisões e abrigos. Embora tenha deteriorado posteriormente, este foi o projeto que deu origem à ideia e à prática do cuidado institucional para pessoas com deficiência mental, inclusive no continente americano.</p><p>A grande diferença de significação entre os termos integração e inclusão reside no fato de que enquanto que no primeiro se procura investir no “apontamento” do sujeito para a vida na comunidade, no outro, além de se investir no processo de desenvolvimento do indivíduo, busca-se a criação imediata de condições que garantam o acesso e a participação da pessoa na vida comunitária, através da provisão de suportes físicos, psicológicos, sociais e instrumentais. A inclusão social, portanto, não é processo que diga respeito somente à pessoa com deficiência, mas sim a todos os cidadãos. Não haverá inclusão da pessoa com deficiência enquanto a sociedade não for inclusiva, ou seja, realmente democrática, onde todos possam igualmente se manifestar nas diferentes instâncias de debate e de tomada de decisões da sociedade, tendo disponível o suporte que for necessário para viabilizar essa participação. Assim, que as pessoas com deficiência disponham dos serviços que necessitem para seu melhor tratamento e desenvolvimento. Mas que a sociedade também se reorganize de forma a garantir o acesso imediato da pessoa, através da provisão das adaptações que se mostrem necessárias. Não adianta prover igualdade de oportunidades, se a sociedade não garantir o acesso da pessoa com deficiência a essas oportunidades. Muitos são os suportes necessários e possíveis de imediato. Outros almejam um maior planejamento a médios e longos prazos. Todos, entretanto, devem ser disponibilizados, caso se pretenda alcançar uma sociedade justa e democrática. Não há modelos prontos, nem receitas em manuais. A sociedade brasileira ainda precisa tornar sua prática consistente com seu discurso legal. Há que buscar soluções para a convivência na diversidade que a caracteriza, enriquece, dá sentido e significado. Há que efetivamente favorecer a convivência e a familiaridade com as pessoas com deficiência, derrubando as barreiras físicas, sociais, psicológicas e instrumentais que as impede de circular no espaço comum. O Brasil mantém ainda, uma certa dificuldade de inclusão social para as pessoas especiais. Em qualquer área da atenção pública, os programas, projetos e atividades são planejados para pessoas não deficientes. Quando abertos para o deficiente são, em geral, desnecessariamente segregados, deixando para a pessoa com deficiência ou sua família quase que a exclusividade da responsabilidade sobre o alcance do acesso. A integração, através da oferta de serviços, na comunidade, que objetivam “melhorar” o nível da pessoa com deficiência. Necessita planejamento, de forma a se identificar o que precisa ser feito em cada comunidade, para garantir o acesso das pessoas com deficiência do local e de outras comunidades aos recursos e serviços nela disponíveis. Não se instala por decreto, nem de um dia para o outro. Mas há que se envolver efetiva e coletivamente, caso se pretenda um país mais humano, justo e compromissado com seu próprio futuro e bem-estar. A democratização da sociedade brasileira passa pela construção do respeito a essa parcela da população, que procura conquistar um espaço ao qual, por lei, tem direito.</p><p>“ essa inserção nem sempre é decente e digna, sendo a grande maioria da humanidade inserida na sociedade através da insuficiência e das privações.” (Sawaia, 2002)</p><p>6 CONSIDERAÇOES FINAIS</p><p>Infelizmente “INCLUSÃO” está longe de ser a palavra do momento é muito difícil à vida de pessoas com necessidades especiais em um país onde a implementação de melhorias para pessoas com estes tipos de dificuldades consigam fazer parte da sociedade.</p><p>Onde tudo é pensado para pessoas que tem condições ao acesso.</p><p>É inútil tentar lutar pela igualdade em um lugar onde as pessoas só pensam em si mesmas, o que resta a fazer é que a nova geração de educadores possa suprir a necessidade de inclusão para as pessoas que necessitam dessa atenção especial.</p><p>É de total satisfação quando se vê uma pessoa especial em meio a sociedade, estudando, trabalhando e levando uma vida totalmente normal.</p><p>Que as dificuldades da vida não possam se refletir em gestos imaturos que muitas das vezes se refletem em consequências.</p><p>A inclusão de pessoas especiais é prevista no código de lei Brasileiro e toda pessoa tem direito ao saber, só nos resta pararmos de pensar como na antiguidade onde os deficientes eram vistos como inválidos e incapazes de realizarem atividades comuns no cotidiano de todas as pessoas.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Maria Salete Fábio Aranha, PARADIGMAS DA RELAÇÃO DA SOCIEDADE COM AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA1-UNESP-Marília.</p><p>Romeu Kazumi Sassaki, TERMINOLOGIA SOBRE DEFICIÊNCIA NA ERA DA INCLUSÃO.</p><p>São Paulo Perspec. vol.14 no.2 São Paulo Apr./June 2000</p>