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CONSTELAÇÃO FAMILIAR E SISTÊMICA 
MÓDULO 1 
 
 
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2 
 
1 - História e Fundamentos da Constelação Familiar e Sistêmica 
 1.1. Quem foi Bert Hellinger? _______________________________________________Pág - 3 
1.2. A essência do Método da Constelação Familiar______________________________Pág – 4 
 1.3. O que é Constelação Familiar Sistêmica?__________________________________Pág – 6 
 1.4. Angústias pessoais e conflitos de relacionamento___________________________Pág - 8 
1.5. A dinâmica de uma sessão de Constelação_________________________________Pág - 9 
1.6. A primeira impressão sobre a Constelação Familiar__________________________ Pág -10 
Questões:____________________________________________________________ __Pág – 16 
 2 - Tipos de Constelação 
 2.1. O que são Ordens do Amor____________________________________________Pág - 19 
2.2. Entrevista de Bert Hellinger____________________________________________Pág – 22 
 2.3. Tipos de Constelações_________________________________________________Pág - 50 
2.3.1. Constelação Educacional_____________________________________________Pág – 52 
 2.3.2. Constelação Individual______________________________________________Pág – 55 
 2.3.3. Constelação Organizacional__________________________________________Pág – 55 
 3. As Bases das Constelações Familiares Sistêmicas____________________________ Pág- 57 
Questões______________________________________________________________ Pág- 58 
 
 
 
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Módulo 1: 1.História e Fundamentos da Constelação Familiar e Sistêmica 
1.1. Quem foi Bert Hellinger? 
Anton "Suitbert" Hellinger, ou como ficou conhecido, Bert Hellinger, nasceu em Leimen, 
na Alemanha em 1925. Na juventude, esteve em um internato católico pois fora seu 
desejo de seguir a vida religiosa. Pelos tempos pesados da guerra, este internato foi 
fechado por ordens do governo de Hitler. Após, frequentou o ginásio em Kassel e 
pertenceu a um pequeno grupo do movimento católico da juventude que estava 
proibido, eram vigiados constantemente pela Gestapo. Ainda no ginásio, Hellinger e 
seus colegas foram incorporados compulsoriamente para prestação de serviços e, 
depois, no exército alemão. Com fim da guerra, ao retomar a vida religiosa, estudou 
Filosofia, Teologia e Pedagogia. Com 29 anos, como membro de uma ordem de 
missionários católicos, estudou, viveu e trabalhou durante 16 anos no sul da África, 
dirigindo várias escolas de nível superior. Um divisor de águas em sua vida foi quando 
conheceu a dinâmica de grupo em 1964, na África do Sul. Esse foi o seu primeiro 
encontro com o mundo da terapia, mais especificamente com a terapia de grupo. No 
final dos anos 1960, abandonou o clero e voltou à Alemanha, onde passou a estudar 
Gestaltterapia. Hellinger viveu dos 20 anos aos 45 anos em uma ordem religiosa. Foi 
para Viena para estudar psicanálise, então conheceu sua primeira esposa, Herta, uma 
psicoterapeuta. Em 1973 se mudou para a Califórnia para estudar Terapia Primal com 
Arthur Janov, também foi o momento em se interessou pela Análise Transacional. Esta 
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mudança foi para Hellinger também em seu divórcio com Herta. Apaixonou-se e casou-
se com Marie Sophie, sua companheira que até hoje desenvolve com ele cursos, oficinas 
e seminários em vários países. 
Com toda sua bagagem vivencial e de estudos, tendo influência na dinâmica de grupos, 
na psicanálise, na terapia primal, na análise transacional e em diversos métodos hipno-
terapêuticos e demais técnicas, Bert Hellinger desenvolveu sua própria Terapia 
Sistêmica e Familiar a qual denominou “Familienaufstellen”, traduzindo: “Colocação do 
Familiar”, aqui no Brasil foi adaptado para Constelações Familiares, método original e 
amplamente difundido em todos os continentes. Bert Hellinger escreveu diversos livros 
que foram traduzidos em muitas línguas, inclusive português. Estes incluem reprodução 
de workshops, ensaios teóricos, pensamentos, poemas e contos. Os desenvolvimentos 
desta técnica tem aplicabilidade para psicoterapia, aconselhamento de casais, 
pedagogia, consultoria de empresas, dramaturgia, política e solução de conflitos sociais. 
1.2. A essência do Método da Constelação Familiar 
A aplicação do método da constelação familiar se baseia no uso de representantes 
neutros para representar membros da família ou grupo social, com a finalidade de 
trabalhar uma questão específica que foi escolhida pelo paciente. Bert Hellinger 
identificou 3 leis que atuam nas relações de família, que podem se estender a outros 
vínculos humanos, como comunidades, empresas, instituições, grupos de amigos, 
equipes de trabalho etc. - a hierarquia, que é definida pela ordem de chegada, - o 
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pertencimento, em suma, as raízes, os vínculos, e - o equilíbrio, que é a equidade, senso 
de justiça e equivalência nas trocas em geral. Quando estas leis são violadas, surgem 
compensações, que atuam em outras pessoas da mesma família, independentemente 
da cronologia, pois isto pode afetar não só outros membros atuais daquele grupo, mas 
também afetar quem não havia nascido quando o problema se iniciou. 
Por exemplo, o rompimento do Equilíbrio em um casal pode ficar presente como 
memória neste casal e, inconsciente, os atos e palavras desse casal podem afetar a 
forma como os filhos (ainda nem nascidos) vão encarar as relações afetivas. Graças à 
representação, o cliente (por vezes também chamado de paciente ou constelado) pode 
perceber: 1. para onde olha o seu amor, 2. como tais leis podem ser novamente 
aplicadas e 3. compreender o próximo passo (uma ação ou uma mudança de 
entendimento) para superar a dor para si e para outros A partir dos pontos 1 e 2 acima, 
o cliente poderá enxergar o próximo passo (ponto 3, acima) para deixar de uma maneira 
menos dolorosa a questão que lhe traz dor e problemas. O cliente realiza a reconstrução 
imaginária de sua árvore genealógica, o que permite localizar e remover bloqueios do 
fluxo amoroso de qualquer geração ou membro da família. Muitas dificuldades 
pessoais, assim como os problemas de relacionamento, são resultado de confusões nos 
sistemas familiares. Esta confusão ocorre quando uma pessoa incorpora o destino de 
outra pessoa da família viva ou que já viveu no passado, sem estar consciente disto, 
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resultando em atos que levam a repetir o destino dos membros familiares que foram 
excluídos, esquecidos ou não reconhecidos no lugar que pertencia a eles. 
1.3 O que é Constelação Familiar Sistêmica? 
A Constelação Familiar é uma abordagem terapêutica que visa a trazer à luz o que está 
oculto nos relacionamentos familiares e interpessoais. Este método coloca em evidência 
a conexão profunda que temos com a nossa família, em uma ou mais gerações. De 
maneira extensiva, a Constelação também é chamadade Sistêmica no sentido de 
ampliar o escopo de análise: não só as famílias podem ser analisadas, como outros 
sistemas interpessoais de relacionamentos (amigos, colegas de trabalho, empresas etc.). 
A Constelação traz à tona os vínculos de amor e lealdade que podem estar emaranhados 
nos nossos destinos. Em uma sessão podem-se trabalhar os problemas familiares, 
transformando o "amor que adoece" em "amor que cura". Quando a família provoca 
doenças é porque atuam destinos dentro dela que influenciam a todos. E, se algo de 
grave aconteceu numa família, isso pode prevalecer ao longo de gerações, o que 
demanda uma necessidade de compensação. O sistema familiar tem uma força tão 
grande (que advém do afeto entre seus membros): quando aprendemos a usar esta 
força para restaurar a ordem, podemos mudar um destino negativo. As Constelações 
Familiares são uma inovadora abordagem psicoterapêutica que promove a identificação 
das “Ordens do Amor”, pondo em evidência os profundos laços que unem uma pessoa 
à sua família, inclusive às gerações mais longínquas. 
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A tese de Hellinger é que estes laços são de tal maneira poderosos que, quando 
membros de uma dada geração deixam situações por resolver, membros das gerações 
posteriores serão forçados a sua resolução, permanecendo prisioneiros de fatos pelos 
quais não tem relação alguma ou são responsáveis. Mas, como entender essa 
hereditariedade? - pelo lado místico: trata-se de um lado mais rejeitado pela academia, 
que pressupõe que a memória seja “transmitida” como um “karma” de uma linha de 
parentesco; - pela atuação inconsciente: os membros mais antigos (que vivenciaram o 
problema ou “trauma”) são afetados pelo evento, o que afeta seu inconsciente, 
fortalecendo uma amargura diante da vida ou outros comportamentos que acabam 
afetando os membros mais novos, que muitas vezes sequer sabem do evento primitivo. 
De toda forma, o evento traumático gera um “clima familiar” (ou organizacional etc.) 
prejudicial, visto como um “sintoma”, que só poderá ser tratado quando identificadas 
as causas. De toda forma, podemos dizer que exista uma transmissão transgeracional 
dos problemas familiares que cria uma cadeia de destinos trágicos. No entanto, este 
amor capaz de criar sofrimento é o mesmo que traz consigo a sabedoria da solução, logo 
que se torna consciente ao emergir no decurso da configuração de uma Constelação 
Familiar, desde que os agentes estejam dispostos à conciliação e ao amor. Uma fala que, 
ao fim de uma constelação, sugere um desfecho favorável, no sentido do que dissemos 
no parágrafo anterior: “Agora compreendo um pouco das razões por meu pai ter agido 
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assim; de certa forma, ele tinha suas razões, e sinto que que preciso entendê-lo e 
perdoá-lo”. 
Primeira parte: “Agora compreendo que…” (entendimento); “... e sinto que…” (ação ou 
mudança de paradigma mental). 
1.4 Angústias pessoais e conflitos de relacionamento 
 Para a teoria da Constelação familiar, a maior parte das angústias pessoais, assim como 
os problemas de relacionamento, são resultado de confusões nos sistemas familiares, 
que ocorrem quando incorporamos em nossa vida o destino de outra pessoa viva ou 
que já viveu no passado. A pessoa pode querer, inconscientemente, suprir uma falta, 
um desprezo ou uma violência do passado. Para isso, ela pode assumir o lugar da figura 
omissa ou agressora. Isso pode ser feito: 
- por semelhança: repetindo comportamento, pensamentos e falas; ou - por oposição: 
buscando “redimir” o antepassado com atos opostos aos deles. Ambos os caminhos 
podem ser dolorosos: - Pela semelhança, o membro mais novo vai repetir o círculo 
vicioso de males. Ex.: o membro pode querer repetir o contexto de omissão ou agressão 
contra seus descendentes, por achar que tal comportamento é “normal”; 
 - Pela oposição, o membro mais novo vai introjetar a culpa e vai exercer sobre si uma 
cobrança excessiva por ser bom, ou por fazer aquilo que seu antecessor não o fez. Ex.: 
o membro cujo pai foi negligente pode acabar sendo superprotetor, ou recair em 
excesso de trabalho na visão de que, assim, suprirá seus descendentes com os bens 
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materiais que lhe faltaram. Por esses caminhos, podemos acabar por repetir o destino 
dos membros familiares que foram excluídos, esquecidos ou não reconhecidos no lugar 
que pertencia a eles. A técnica criada Hellinger baseia-se em "Esculturas Vivas", 
compreendendo e reconstruindo: 
- a árvore genealógica: os constelados revisitam seus antepassados; - a topografia 
familiar: os constelados visualizam o “lugar” de cada um (se é um lugar de proximidade 
ou distância; de convergência ou afastamento etc.). Eles podem localizar e remover 
bloqueios do fluxo amoroso de qualquer geração ou membro da família, para que se 
encontre a harmonia entre as pessoas ou situações. Por exemplo, identificando um 
conflito entre avós, esse conflito pode ser desemaranhado, mesmo os avós não estando 
mais vivos. Isso é possível porque, ao indivíduo, o que contam são as narrativas: as 
construções simbólicas que podem ser reescritas (uma vez compreendidas as razões 
dos antecessores). As constelações familiares são criadas por uma “distribuição” em 
uma “cena” de um conjunto de pessoas, que representam papeis dos membros da 
família e recriam uma situação a resolver. O objetivo é que a “cena” ajude o paciente a 
visualizar as origens dos conflitos e, assim, ele poderá encontrar as respostas aos 
problemas com que se debate. 
1.5. A dinâmica de uma sessão de Constelação 
 Numa constelação, o cliente ou paciente tem a oportunidade de conhecer a "imagem 
interior" que faz sobre sua família (de origem ou atual) ou outro agrupamento social 
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sob análise. Para isso, o cliente escolhe para si e para sua família as pessoas do grupo 
de trabalho (os convidados para participar de uma oficina de constelação) para serem 
representantes, no lugar dos membros familiares reais. 
Então, o cliente posiciona essas pessoas umas em relação às outras como ele sente que 
elas estão ou estiveram. Trata-se de escolha exclusiva do cliente, da forma como ela 
considera mais fidedigna à sua intuição. Desta forma o cliente recria uma constelação 
de acordo com a sua "imagem interior", para que consiga ver e sentir aquilo que está 
errado nos relacionamentos e dessa forma se encontre a melhor solução. 
Frequentemente a pessoa procura dentro de si ou nos outros a razão dos seus 
problemas ou doenças, mas muitas das vezes sem a encontrar. As constelações 
familiares mostram-nos que muitos dos nossos problemas físicos e emocionais não têm 
origem em nós, mas sim em situações que existem ou que existiram na nossa família e 
de que muitas vezes nem temos conhecimento. Por vezes, o trabalho da constelação é 
muito rápido, conseguindo um avanço extraordinário em uma única sessão, isso graças 
à compreensão, pelo cliente, desses elos com o passado: ao tomar consciência desses 
elos, rompem-se com as causas de muitosdos nossos problemas e infelicidades. 
1.6. A primeira impressão sobre a Constelação Familiar 
Vimos uma introdução básica sobre a Constelação Familiar. Obviamente que ainda 
teremos muito a desenvolver, entrando em detalhes em conceitos e na prática da 
Constelação. Abaixo, queremos compartilhar com você um relato da Gabriele ten Hövel. 
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Ela foi responsável por “colocar no papel” os livros mais importantes de Bert Hellinger, 
transformando em livros os conhecimentos que Hellinger ministrava em cursos, 
palestras e oficinas de Constelação. Gabriele figura como co-autora dos livros de 
Hellinger. 
Certamente, você se identificará com parte dos relatos abaixo, de Gabriele. O que 
queremos lhe dizer é que a CF tem um procedimento estrutural que pode ser adaptado 
para diversas realidades. Por exemplo, existem abordagem religiosas (católicos, 
evangélicos, espíritas, judeus, muçulmanos, religiões de matrizes africanas etc.) e não 
religiosas (ateus, agnósticos, acadêmicos, psicólogos, psicanalistas, coaches, juristas 
etc.) que adotam a Constelação Familiar. A moral é área do conhecimento humano: não 
se pode esperar uma uniformidade de compreensão. Assim, há tendência crescente 
entre consteladores de acolher a homossexualidade, por exemplo, ou então de buscar 
uma ressignificação mais laica de conceitos que aparentem estar muito imbuídos de 
valores da moral religiosa mais tradicional. Então, você poderá criar sua trajetória 
pessoal de aplicação da Constelação: seguindo os procedimentos essenciais e 
adaptando os aspectos de conteúdo. 
 PREFÁCIO DO LIVRO “CONSTELAÇÕES FAMILIARES” (BERT HELLINGER e GABRIELE 
TEN HÖVEL) 
 Autora do Prefácio: Gabriele ten Hövel. 
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Bert Hellinger confundiu a minha cabeça e tocou a minha alma. Fez com que eu me 
sentisse insegura, indignada e curiosa. Muitas de suas ideias pareceram-me, à primeira 
vista, terrivelmente familiares: “A maternidade é uma tarefa grandiosa” — Oh, meu 
Deus! “Honrar pai e mãe” — que coisa mais católica! “Não se oponha aos seus pais, 
aceite-os como eles são” — mas eles me fizeram coisas terríveis! “A mulher deve seguir 
o homem!” E justo você considera isso bom? Sim. O trabalho terapêutico de Hellinger 
me deixou absolutamente fascinada. Observei-o durante três dias, enquanto trabalhava 
com doentes, diante de um auditório de 400 pessoas. 
No início parecia uma peça de teatro: excitante, tocante e como se fosse tirada da vida 
real. Entretanto, os espectadores, a princípio neutros, transformaram-se gradual e 
imperceptivelmente em participantes de um drama que se chama “família”. 
Subitamente a história de cada um deles, acontecimentos que pareciam até então 
irrelevantes, adquirem importância: “É mesmo, tenho, na verdade, uma meia-irmã!” 
Inesperadamente as lágrimas rolam pelas faces porque alguém se curva perante a mãe. 
— Que diabos! O que é isso? E à noite chega, inesperado, o esgotamento. 
 — Sabe Deus por quê. “Afinal de contas, eu estava só assistindo!" Por que é que 
palavras piedosas de repente adquirem tanto significado no trabalho terapêutico? 
Mostrar humildade perante os pais, pedir a “bênção” ao pai? O que há de verdadeiro 
em se chamar uma desculpa de “descabida” e o perdão de “presunção”? O que é que 
conduz o pensamento desse homem em seu trabalho terapêutico e como é que ele 
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consegue tocar com precisão os pontos cegos do nosso arraigado pensamento 
racionalista? Por que é que ele vê: 
 • amor em casos de incesto (mas isso é ultrajante!) 
 • a inevitabilidade da culpa no contexto nazista (mas eles deveriam ter percebido isso 
e tentado fazer o que era certo!) 
• a indignação como uma energia que leva à violência (mas é fundamental lutar contra 
a injustiça!) 
• o respeito pelo masculino apesar de toda a emancipação (como ter respeito pelo 
masculino em vista de tanto desrespeito pelo feminino?) 
 • a culpa dos pais adotivos com relação à criança adotada (mas a adoção é um grande 
ato social!) 
 • o vínculo com a família como fonte de liberdade (mas é essencial que os filhos se 
emancipem dos pais!) 
 • a reconciliação com o próprio destino (eu decido sobre o meu destino!) 
Essas questões todas afluíram à minha cabeça! Entretanto, a causa verdadeira da minha 
fascinação pelo trabalho de Hellinger foi simplesmente o modo como ele me comoveu. 
Tanto quando testemunhei seu trabalho como quando folheei seus livros ou, 
posteriormente, nas conversas que com ele travei por horas a fio, sempre senti uma 
estranha sensação de paz, descontração e relaxamento com relação a mim mesma e ao 
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mundo em geral. Por que será? Talvez seja por causa de sua persistente busca pelo 
amor como fonte de emaranhamentos, sofrimentos e doenças. A linguagem de 
Hellinger pode parecer às vezes um tanto antiquada. Quando ele fala de humildade, 
bondade ou misericórdia, da bênção do pai, da vida como uma dádiva ou de 
reconciliação, alcança uma esfera da alma para a qual a psicologia moderna de 
orientação analítica não encontra palavras. E como se ele construísse uma ponte para 
uma realidade da vida que não tem nenhuma linguagem para os movimentos profundos 
da alma. Tudo isso me pareceu incrível. Quem é esse homem que me toca de forma tão 
insólita, transcendendo a minha capacidade de entendimento? Se acha necessário, Bert 
Hellinger pode ser rude com seus clientes, resoluto e, para usar uma expressão suave 
— extremamente enérgico. Alguns dizem autoritário. Ele não receia expressar 
abertamente opiniões duras quando outros ousam, no máximo, pensar nelas! Ele mais 
considera do que tem consideração. Com seu trabalho, esse psicoterapeuta que prefere 
ser chamado de “assistente de almas” parece debochar daqueles que se intitulam 
advogados dos pobres e desamparados, dos viúvos e órfãos, sejam eles terapeutas, 
sacerdotes ou pessoas que se dedicam, de bom grado, às áreas assistenciais. Mas, não 
sei por que, as palavras dessas pessoas bem-intencionadas e dos grandes propósitos da 
educação ou da terapia que objetivam o esclarecimento, parecem pálidas, arrogantes 
e sem força quando comparadas à linguagem simples de Hellinger. E tem mais. Esse 
Hellinger não tem a mínima pretensão de saber muita coisa! Que estranho! 
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Geralmente, é importante para os terapeutas apresentar aos clientes os ângulos mais 
profundos do seu sofrimento pessoal em porções consideradas digeríveis. Hellinger 
pergunta “só” pelos acontecimentos, não pelo que a pessoa está pensando ou sentindo 
“precisamente naquele momento”. 
Não, ele diz: “Siga em frente, monte simplesmente a sua constelação familiar”, 
interrompendo, já de início, lamúrias sobre pais malvados e mães devoradoras. Certa 
vez ele trabalhou com um homem que tinha perdido a mulher eo filho num acidente. 
A descrição dos acontecimentos foi tão terrível que paralisou todo o recinto. E Hellinger, 
de pé em frente a esse homem, ouve-o e sua voz se suaviza: “Agora monte a 
constelação” e, de um modo inigualável, vê com esse homem a morte de seus entes 
queridos, para acompanhá-lo de volta à vida — bem mansamente, com poucas palavras 
e uma segurança bondosa que envolve todos os presentes. Ele é assim também. Um 
homem sensível, com um grande coração, completamente concentrado em sua 
compaixão. E um dia nós nos encontramos frente a frente. A princípio no estúdio de 
uma emissora de rádio, depois em seu escritório, onde tratamos da minha longa lista 
de perguntas. Que bom que ele aceitou! Nem tudo ficou esclarecido até o último 
detalhe, mas foi o suficiente para começar. As conversas com Bert Hellinger convidam 
para uma volta numa montanha-russa de pensamentos e sentimentos. Ele provoca, 
fascina, toca e irrita. Essa mistura alimenta o espírito e estimula um tipo de raciocínio 
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que, do contrário, poderia permanecer inerte e satisfeito dentro de nós. E de alguma 
forma você passa a olhar o mundo com mais indulgência. 
 Gabriele Ten Hövel 
Questões 
Ao final de cada módulo, você responde a 5 perguntas de múltipla escolha. Estude as 
perguntas abaixo. 
Você precisa obter a média 7 ao final dos módulos (a média não é considerada por 
prova). 
1. Sobre a Biografia de Bert Hellinger, é incorreto afirmar: 
a) Nasceu em Leimen, na Alemanha em 1925 e, na juventude, esteve em um 
internato católico, por ser seu desejo seguir a vida religiosa. 
 b) Estudou, viveu e trabalhou durante 16 anos no sul da África, dirigindo várias 
escolas de nível superior; foi na África do Sul seu primeiro encontro com o mundo 
da terapia, mais especificamente com a terapia de grupo. 
 c) Dentre os estudos realizados por Bert Hellinger, incluem-se a Gestalt-terapia, a 
Psicanálise, Análise Transacional e a Terapia Primal. 
d) Bert Hellinger recusou-se a realizar workshops e sessões públicas de Constelação 
Familiar, por considerar que a constelação seja um tipo de terapia sigiloso entre 
terapeuta e cliente. 
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2. Sobre a essência da aplicação do método da constelação familiar é incorreto dizer 
que: 
a) baseia-se no uso de representantes neutros para representar membros da família 
ou grupo social, com a finalidade de trabalhar uma questão específica que foi 
escolhida pelo cliente/paciente. 
b) Para Hellinger, há três leis que atuam nas relações de família, que podem se 
estender a outros vínculos humanos, que são a solidariedade, o pertencimento e o 
equilíbrio. 
 c) A hierarquia é definida pela ordem de chegada, o pertencimento diz respeito aos 
vínculos afetivos, o equilíbrio representa a equidade ou senso de justiça nas trocas 
em geral. 
d) Quando as leis do amor são violadas, surgem compensações, que atuam em 
outras pessoas da mesma família, o que pode afetar não só outros membros atuais 
daquele grupo, mas também afetar quem não havia nascido quando o problema se 
iniciou. 
3.Graças à representação dos posicionamentos e reflexões numa sessão de 
Constelação, o cliente deve: 
I. perceber para onde olha o seu amor 
II. II. entender como as leis das relações podem ser novamente aplicadas; 
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III. III. compreender o próximo passo a ser dado, no sentido de uma ação ou uma 
mudança de entendimento para superar a dor para si e para outros; 
IV. IV. incorporar o destino de outra pessoa da família viva ou que já viveu no 
passado, para livrá-la de seu destino. 
 Está correto o que se afirma em: 
a) todas as alternativas. 
 b) II e IV, apenas. 
 c) I e II, apenas. 
d) I, II e III, apenas 
 4. Sobre os conflitos pessoais e de relacionamento, assinale a INCORRETA, de 
acordo com a Constelação Familiar: 
 
a) A maior parte das angústias pessoais, assim como os problemas de 
relacionamento, são resultado de confusões nos sistemas familiares, que 
ocorrem quando incorporamos em nossa vida o destino de outra pessoa viva 
ou que já viveu no passado. 
b) A pessoa pode querer, inconscientemente e de forma dolorosa para si, suprir 
uma falta, um desprezo ou uma violência do passado, o que pode ser feito 
por ações semelhantes ou opostas às de outro membro do grupo. 
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c) Tarefa essencial em uma sessão de Constelação é localizar e remover 
bloqueios do fluxo amoroso que tenham sido causados especificamente pelo 
cliente. 
d) A técnica criada Hellinger baseia-se em "Esculturas Vivas", compreendendo e 
reconstruindo a árvore genealógica e a topografia familiar. 
5. Marque V ou F, de acordo com a teoria da Constelação Familiar: 
 I. Identificando um conflito entre avós do cliente, esse conflito pode ser 
desemaranhado, mesmo os avós não estando mais vivos. 
 II. As construções simbólicas podem ser ressignificadas, trazendo luz ao 
cliente sobre a forma futura de agir e pensar. 
 III. As constelações familiares são criadas por uma “distribuição” em uma 
“cena” de um conjunto de pessoas, que representam papeis dos membros 
da família e recriam uma situação a resolver. 
 Está correto o que se afirma em: 
a) todas as alternativas. b) I, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. 
 
2: Tipos e Modalidades de Constelação 
 2.1. O que são Ordens do Amor 
Segundo Bert Hellinger, há como desemaranhar os laços afetivos e refazer o 
fluxo do amor com mais consciência e menos ilusão. “É suficiente ter um bom 
parceiro, não precisa ser perfeito, pois o que é perfeito não se desenvolve, já 
está pronto. A imperfeição é estimulante e permite às duas pessoas crescerem 
juntas”, defende Hellinger. O desejo de amar e ser correspondido é universal, 
por isso o método das Constelações Familiares não encontra barreiras culturais 
e desperta interesse em vários países. Nos livros, Hellinger escreveu que o amor 
deve ser troca, deve ser dado e recebido todo o tempo. Em sua terapia dos 
relacionamentos, colocou como imprescindível reconhecer a aceitação do afeto 
experimentado em relações anteriores: um novo amor só poderá ser bem 
sucedido se houver o reconhecimento de tudo o que nos foi dado pelos demais 
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relacionamentos. Não existe um(a) “ex”, quando tiver havido afeto. Obviamente 
que devemos superar relacionamentos passados. Mas o afeto estará sempre 
presente: a carga emotiva positiva ou negativa que esse relacionamento nos 
causou. 
Assim, Hellinger desfaz qualquer imagem de amor baseada em ilusões – ele 
acredita que o amor possa se expandir na medida em que reconhecemos e 
agradecemos o que cada relacionamento acrescentou a nossa vida. 
“Se você amar alguém depois, não poderá agir como se não tivesse vivido outro 
amor antes. Se aceitar o que viveu, com respeito aos antigosparceiros, as 
próximas relações poderão ser mais enriquecedoras do que se você for vivê-las 
como se fosse a primeira. O respeito ao espaço de cada um é outro aspecto 
fundamental para o sucesso de um relacionamento’’. Para amar é preciso 
aceitar duas solidões: a sua própria e a do outro. 
“Numa relação deve haver respeito por segredos. É ridículo querer que se conte 
tudo ao outro. Mas não se pode agir como um intruso na alma da outra pessoa, 
mesmo que o relacionamento seja duradouro”. Além do amor e da 
disponibilidade para a convivência, Hellinger cita o sexo como o terceiro 
elemento essencial na relação de um casal. “É a base de tudo. Você não sente 
amor, vocês não vão ficar juntos, é somente sexo. Não tenho nada contra, mas, 
quando o amor também atua, as pessoas são capazes de ficar juntas e partilhar 
uma vida comum, o que é algo bastante diferente”. Os primeiros laços de amor 
são atados na família, que é uma grande alma comum. Essa consciência coletiva 
comum é transmitida por sucessivas gerações, em uma corrente de influências, 
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incluindo experiências dolorosas vivenciadas pelo grupo. Mesmo tendo 
construído uma teoria estabelecendo determinadas leis comuns a todos os 
relacionamentos, Bert Hellinger define sua terapia como empírica, isto é, 
baseada na observação e na experiência. Ele diz não ter um diagnóstico global 
ou uma fórmula mágica para fazer com que o amor dê certo. Essa é a base da 
terapia das constelações familiares, resultado da experiência e da observação 
de Hellinger em seu trabalho de atendimento individual e a casais e outros 
grupos durante mais de três décadas. 
O trabalho não é focado em questões psicológicas, mas nos padrões de 
comportamento gerados em determinado sistema familiar, pois há uma ordem 
do amor que favorece o fluxo afetivo harmonioso. A reverência essencial é 
cultivar reconhecimento e gratidão aos pais, antepassados e parceiros 
anteriores, isto é fundamental para que o amor do presente dê certo. A ideia de 
“sistema” (casal familiar ou outro agrupamento) tem sua origem nas reflexões 
do estruturalismo, do início do século XX. Um mais um é mais que dois: a junção 
de elementos transforma a individualidade dos membros. Um grupo (família 
etc.) tem uma existência própria, que não é a mera justaposição de indivíduos. 
O relacionamento altera a forma de ser, pensar e agir dos indivíduos. 
 
 
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2.2. Entrevista de Bert Hellinger 
r “Sofrer é mais fácil do que encontrar soluções”, dizia Bert Hellinger. Muitos 
livros de Hellinger são construções conjuntas com Gabriele ten Höver, que 
sistematizou as ideias do autor. O primeiro capítulo do livro “Constelações 
Familaires” de Hellinger & Höver é a transcrição de um programa de rádio. A 
entrevista foi dada por Hellinger à Emissora Südfunk 2, de Stuttgart. Até hoje, 
essa entrevista é considerada como a espinha dorsal para compreender os 
princípios e fundamentos da Constelação Familiar. Recomendamos a leitura do 
livro e do capítulo. Aqui, iremos fazer uma síntese deste entrevista. 
a) O que é uma “terapia familiar sistêmica"? 
É averiguar se no sistema familiar ampliado se existe alguém que esteja 
emaranhado nos destinos de membros anteriores dessa família. 
b) Como isso é feito? Através do trabalho com constelações familiares. 
Trazendo-se à luz os emaranhamentos, a pessoa consegue se libertar mais 
facilmente deles. 
c) Como começa uma sessão? Vamos responder por um exemplo. 
d) Quais os elementos iniciais da sessão? Pessoas estão sentadas num grande 
círculo e cercados por aproximadamente 400 pessoas que participam como 
observadores. Bert Hellinger inicia o trabalho perguntando aos clientes o que 
os aflige . 
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Um jovem sofre, desde os 18 anos de idade, de uma enfermidade que se 
manifesta através de taquicardia e distúrbios vegetativos. Bert Hellinger 
passa a entrevistá-lo: Cliente: Existem muitos conflitos na minha família. 
Minha mãe e meu pai são separados. Minha mãe e meu avô estão brigados. 
Isso cria muitos problemas práticos, por exemplo: Como poderei reuni-los 
todos para o meu casamento? 
Hellinger (para o público): Para este trabalho são importantes apenas 
pouquíssimas informações, isto é, fatos externos e significativos, não o que 
as pessoas pensam ou fazem. Um deles ele já mencionou: seus pais estão 
separados. Outros acontecimentos significativos são, por exemplo, a morte 
de irmãos ou a exclusão ou expulsão de um membro da família. Ou 
hospitalizações em tenra idade ou complicações durante o nascimento de 
uma criança ou quando uma mãe morre de parto. Essas são as coisas nas 
quais estamos interessados. 
Hellinger (para o cliente): Aconteceu algo significativo em sua família? 
Cliente: A irmã gêmea de minha mãe morreu. Hellinger: Isso já me basta. Isso 
é tão significativo que provavelmente encobre todos os outros 
acontecimentos. Posicione, portanto, em primeiro lugar, a sua família de 
origem: a sua mãe, o seu pai — e quantos filhos? Cliente: Tenho ainda uma 
irmã mais nova. Hellinger: Ok. Posicione as quatro pessoas agora. Escolha 
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alguém do público para representar o seu pai, alguém para a sua mãe, para 
a sua irmã e para você. Pegue qualquer pessoa, basta que você as coloque 
em seus lugares. Então vá até cada uma delas, pegue-as com ambas as mãos 
e encaminhe-as para seus lugares — em silêncio. E os representantes 
também não dizem nada. Posicione-os em relação uns aos outros, tal qual a 
imagem interior que você tem da sua família neste exato momento. 
e) O que simboliza o posicionamento inicial da constelação familiar? No 
exemplo, o jovem escolhe entre o público presente representantes para o 
pai, a mãe e a irmã, pessoas totalmente desconhecidas, e as posiciona em 
relação umas às outras, de acordo com a sua imagem interior no momento. 
Neste caso o pai estava afastado e virado de costas para a mãe [o que é bem 
simbólico ao contexto da separação]. A pessoa que representava o cliente 
estava, ao contrário, na frente da mãe. 
f) Como agem os representantes em uma constelação familiar? 
Naquele exemplo, estavam pessoas completamente estranhas, escolhidas ao 
acaso, que não conheciam o cliente e nem a sua história familiar. O que pode 
acontecer então? O que é curioso nessas constelações é que as pessoas 
escolhidas para representar os membros da família se sentem como as 
pessoas reais, tão logo se encontrem na constelação. Algumas vezes 
começam a sentir até os sintomas que os membros dessa família têm, sem 
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sequer saber algo sobre eles. Por exemplo, uma pessoa teve uma vez um 
ataque epiléptico quando representou um epiléptico. Ou frequentemente 
um representante tem taquicardia ou sente que um lado do corpo está frio. 
Sequestionarmos as pessoas reais, verificamos que é realmente o que 
sentem. Não existe uma explicação para esse fato. Mas foi constatado 
milhares de vezes nessas constelações. 
g) Como a constelação atua? Posso ver os relacionamentos entre os 
membros da família. Aqui, por exemplo, é bem significativo que o pai fique 
afastado e virado de costas e o filho fique na frente da mãe. Deixando que 
isso atue dentro de nós, podemos ver onde está o problema. 
h) O que quer dizer “emaranhamento”? Emaranhamento significa que 
alguém na família retoma e revive inconscientemente o destino de um 
familiar que viveu antes dele. Se, por exemplo, numa família, uma criança foi 
entregue para adoção, mesmo numa geração anterior, então um membro 
posterior dessa família se comporta como se ele mesmo tivesse sido 
entregue. 
Sem conhecer esse emaranhamento, o novo membro não poderá se livrar 
dele. 
i) Como se resolve o emaranhamento? A solução segue o caminho 
contrário: a pessoa que foi entregue para adoção (a representação dela na 
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constelação) entra novamente em jogo. É colocada, por exemplo, na 
constelação familiar. De repente, a pessoa que foi excluída da família passa 
a ser uma proteção para aquela que estava identificada com ela. Quando 
essa pessoa volta a fazer parte do sistema familiar e é honrada, ela olha 
afetuosamente para os descendentes. 
 j) Isso não é tão fácil de ser entendido. Uma pessoa repete um destino que 
lhe é desconhecido. O cliente, por exemplo, nem chegou a conhecer a sua 
falecida tia. De onde vem então o emaranhamento? Tem algo a ver com o 
que o senhor denomina de “consciência de clã”? Exato. Obviamente existe 
uma consciência de grupo (ou “de clã”) que influencia todos os membros do 
sistema familiar. A este sistema pertencem os filhos, os pais, os avós, os 
irmãos dos pais e aqueles que foram substituídos por outras pessoas que se 
tomaram membros da família, por exemplo, parceiros anteriores 
(maridos/mulheres) ou noivos(as) dos pais. 
Mas essa forma de repetição nunca coloca nada em ordem. Aqueles que 
devem assumir o destino de um membro excluído da família são escolhidos 
e tratados injustamente pela consciência de grupo. São, na verdade, 
completamente inocentes. Contudo, pode ser que aqueles que se tornaram 
realmente culpados, porque abandonaram ou excluíram um membro da 
família, por exemplo, sintam-se bem. A consciência de grupo não conhece 
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justiça para os descendentes, mas somente para os ascendentes. 
Obviamente, isso tem a ver com a ordem básica dos sistemas familiares. Ela 
atende à lei de que aquele que pertenceu uma vez ao sistema tem o mesmo 
direito de pertinência que todos os outros. Mas, quando alguém é 
condenado ou expulso, isso significa: “Você tem menos direito de pertencer 
ao sistema do que eu”. Essa é a injustiça expiada através do emaranhamento, 
sem que as pessoas afetadas saibam disso. 
k) O senhor poderia dar um exemplo de como isso pode afetar as gerações 
posteriores? Como podemos ter uma ideia disso? 
- Posso dar um exemplo bem terrível. Há algum tempo, um advogado veio a 
mim completamente perturbado. Ele tinha pesquisado em sua família e 
descobrira o seguinte: sua bisavó fora casada e estava grávida quando 
conheceu outro homem. Seu primeiro marido morrera no dia 31 de 
dezembro com 27 anos, e existe a suspeita de que ele tenha sido 
assassinado. Mais tarde, essa mulher acabou por não dar a propriedade que 
herdara do marido ao primeiro filho, mas ao filho do segundo matrimônio. 
Isso foi uma grande injustiça. Desde então, três homens dessa família se 
suicidaram no dia 31 de dezembro, na idade de 27 anos. Quando o advogado 
soube disso, lembrou-se de um primo que acabara de completar 27 anos; e 
o dia 31 de dezembro se aproximava. Ele foi, então, até a casa dele para 
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avisálo. Este já havia comprado um revólver para se matar. Assim atuam os 
emaranhamentos. Posteriormente, esse mesmo advogado voltou a me 
procurar, em perigo iminente de se suicidar. Pedi-lhe que se encostasse 
numa parede, imaginasse o homem morto e dissesse: “Eu o reverencio e 
você tem um lugar no meu coração. Vou falar abertamente sobre a injustiça 
que lhe fizeram para que tudo fique bem”. Assim ele se livrou do seu estado 
de pânico. 
l) Como identificar as emoções e sentimentos vivenciados pelos 
representantes? 
Voltando ao nosso exemplo: em seguida, o jovem que montara a constelação 
familiar senta-se e olha para o que Hellinger está fazendo. Este pergunta para 
os representantes como eles se sentem na constelação. Hellinger: Como se 
sente o pai? [e repete esta pergunta a todos os representantes posicionados] 
Pai: No momento não estou sentindo nada. Mãe: Sinto-me um pouco isolada 
e se este é o meu marido está longe demais. Sinto, de certa forma, uma 
relação especial com meu filho. Hellinger (para o público): Quem é que o filho 
está provavelmente representando? A falecida irmã gêmea da mãe. 
Imaginem o que isso significa para uma criança. Como vai o filho? Filho: 
Percebo que aqui estou fora de lugar. Estou na frente de todos eles. Sinto 
também que existe um forte vínculo com a minha mãe. 
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Hellinger: Como vai a irmã? Irmã: Não muito bem do lado esquerdo. Está 
muito apertado aqui. O meu irmão é a pessoa que mais me interessa. 
m) É possível acrescentar um novo representante na constelação que já se 
iniciou? Sim. 
Hellinger (para o público): Quando se vê numa constelação familiar que uma 
pessoa foi excluída e não aparece, então o próximo passo é colocá-la 
novamente em jogo. Agora, vou trazer um representante para a irmã gêmea 
da mãe. 
(para o cliente): Como ela morreu? 
Cliente: Foi extremamente trágico. Aconteceu depois da guerra. Meu avô 
tinha acabado de voltar e no domingo à tarde tinha que entregar uma 
mercadoria com o seu caminhão. Ele ia levar a minha avó e essa filha. A 
menina estava brincando com a maçaneta da porta do caminhão quando iam 
partir; ela caiu e foi atropelada pelo próprio pai. Foi terrível. Ela tinha 7 anos 
de idade. 
 Hellinger: Escolha uma pessoa para representar a irmã de sua mãe e 
coloque-a bem pertinho dela. (para a mãe): Como está se sentindo agora? 
Mãe: Melhor, mas ela está muito perto. 
Hellinger: É, mas também tem que ser assim. 
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Como vai a irmã falecida? Irmã falecida: Acho muito agradável ficar aqui tão 
perto. 
Hellinger: O que mudou agora para o filho? 
 Filho: Noto agora que o relacionamento com a minha mãe já não é tão forte 
e que ela se volta mais para o meu pai. 
Hellinger (para o público): Exatamente. Ele fica aliviado com a presença dela 
no sistema. Mudou algo para o pai? 
 Pai: Sinto-me isolado na posição em que me encontro, afastado da família. 
Precisofazer um grande esforço para saber o que está acontecendo lá. 
Hellinger: Pois bem, do ponto de vista sistêmico, este homem não tem 
nenhuma chance com esta mulher. A mulher está tão ligada ao seu sistema 
familiar de origem e à irmã gêmea que não pode se dedicar de fato a um 
homem. Portanto, este relacionamento estava fadado a fracassar, Mas os 
filhos devem ficar com o pai. 
n) Reposicionamentos são sugeridos pelo constelador? Sim. 
 (Hellinger coloca o filho e a filha na frente do pai) 
 Hellinger (para o filho): Como se sente neste lugar? 
 Filho: Está mais harmonioso. Sinto agora um relacionamento mais forte com 
o meu pai. De alguma maneira, a minha irmã ao meu lado me dá forças. 
 Hellinger (para a filha): Como está se sentindo agora? 
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Filha: Melhor, também. Mas já comecei a me sentir melhor quando a irmã 
gêmea da minha mãe apareceu. 
Pai: Sinto-me melhor tendo na minha frente alguém que olhe para mim. 
Hellinger: O filho precisa ficar por um certo tempo ao lado do pai. Realmente 
perto. Aqui está a força que pode curá-lo. (para o cliente): Isso faz sentido 
para você? Cliente: Sim, até certo ponto: Durante muitos anos não tive 
contato com meu pai. Agora, nos últimos anos, temos nos visto. Sinto que 
ele tem muitas expectativas que não posso satisfazer. 
Hellinger: Você precisa pedir a bênção dele. (um sinal de reverência, respeito 
e desejo pela companhia). 
 o) Durante o trabalho, o senhor faz, de vez em quando, perguntas ao cliente. 
No final o senhor olha juntamente com o cliente a constelação ou ele toma 
o lugar do seu representante na mesma. O que acontece com ele ao montar 
a constelação? 
Em primeiro lugar, ele vê que tinha uma imagem incompleta da família. 
Nesse caso, por exemplo, a irmã gêmea tinha sido excluída. Ele percebe que 
tinha que substituí-la para a mãe. E vê que seu pai queria partir. Quando a 
pessoa excluída aparece no sistema, a imagem se transforma. Os filhos vão 
para a esfera de influência do pai, em vez de continuar ao lado da mãe, e a 
mãe é deixada sozinha com a irmã gêmea porque elas têm um vínculo. Assim 
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o cliente consegue formar uma nova imagem da família. De repente, ele vê 
que é a mãe que quer se afastar e que o marido se afastou no lugar dela. Isso 
acontece freqüentemente, um parceiro se afasta, embora seja o outro quem 
deva se afastar. Os filhos não estão mais ao lado da mãe, mas ao lado do pai. 
Dele é que vem a força que traz a cura. 
 
 
O cliente que estivera tanto tempo na esfera de influência da mãe e longe do 
pai agora deve mudar para a esfera de influência do pai. Assim, a força 
masculina pode fluir para dentro do filho. Mas isso não é o suficiente. Ele 
estava em conflito com o pai porque estava ao lado da mãe. Agora precisa 
conquistar o pai e receber sua bênção. 
p) A bênção do pai. Bênção, isso tem algo de muito religioso, não é? 
 Sim, é verdade. Para ser exato, o ser humano não vem dos pais, mas por 
intermédio deles. A vida vem de bem longe e nós não sabemos que origem 
é essa. Olhar para essa origem é algo religioso. Não olhamos então para o 
que está perto, mas para a origem, sem denominá-la. 
Por isso, se esse filho se curvar perante o pai e pedir-lhe a bênção, ele se 
submete a essa corrente. Essa bênção também não vem do pai, não só dele, 
ela vem de longe, através do pai, e chega até o filho. Nesse sentido, isso 
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também é religioso. A força dessa bênção não é algo que está nas mãos do 
pai. Quem toma a vida dessa forma está em harmonia com a sua origem, está 
de acordo com o seu destino singular, que é determinado, num sentido 
amplo, pelos pais. Através deles, o filho conhece as possibilidades e 
limitações que tem. Se ele concordar com ambos, é como se se submetesse 
ao mundo tal como ele é. E isso é uma atitude religiosa. De certa forma as 
constelações têm um pouco de liturgia em si; são um ritual de cura. Mas não 
é um ritual imposto de fora; ele resulta da dinâmica da constelação. Por isso 
devemos ser muito prudentes e lidar com elas com grande cautela e respeito. 
q) É um tipo de terapia em que o cliente atua ativamente ou passivamente? 
 Na liturgia, o sacerdote é a figura principal. Nessa espécie de constelação o 
cliente não tem um papel muito ativo. Ele olha como o terapeuta muda a 
disposição da constelação, até que todos os membros da família se sintam 
melhor. Isso é uma maneira bem passiva de submeter-se a uma terapia. O 
cliente monta o seu sistema familiar e portanto ele é bem ativo. Somente 
depois que ele monta a constelação é que eu o ajudo a encontrar a ordem. 
No final, quando se chega à solução, ele torna-se ativo outra vez, por 
exemplo, quando pede ao pai: “Por favor, me abençoe”. Quando o cliente é 
simplesmente passivo, paro imediatamente o trabalho. Quando alguém 
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tenta fazer com que eu faça o trabalho por ele, interrompo imediatamente. 
Não trabalho com esse tipo de pessoa. 
Como terapeuta sinto-me em harmonia com uma ordem maior. E só porque 
estou em harmonia com ela que consigo ver a solução e colocá-la em prática. 
Por isso, um terapeuta que faz esse tipo de trabalho é muito ativo. Muitas 
vezes isso parece assustador para alguns. E como agir com grande 
autoridade. 
r) E agir com autoritarismo? 
 É, ouço isso muitas vezes. Entretanto, essa espécie de autoridade só pode 
ser exercida com extrema humildade, isto é, em harmonia. Eu faço uso dela 
porque me sinto em harmonia com a realidade que se apresenta à minha 
frente. Sinto-me, acima de tudo, em harmonia com os que foram excluídos. 
s) Quem são os excluídos? 
 Os excluídos são aqueles que, por alguma razão, foram deixados de lado por 
uma família. São aqueles a quem se negou o respeito ou o seu direito de 
pertinência ou uma posição de igualdade com relação aos outros membros 
da família. 
t) Portanto, nesse caso seria a irmã gêmea falecida. Mas esse fato era do 
conhecimento de todos nessa família, não era? 
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 Era. Mas o que acontece num caso tão infeliz? Isso provoca um medo tão 
grande no sistema que nenhum membro da família quer saber disso ou 
encarar a realidade. Esse cliente escreveu-me há algumas semanas uma 
carta, em que ficava claro que ele também estava querendo imitar o avô, por 
sentir uma grande compaixão por ele. Devia ter sido uma situação horrível 
para o avô. Eu lhe respondi que deveria confiar que o avô seria capaz de lidar 
com o próprio destino. 
 
O avô foi aquele que causou a morte da irmã gêmea. Ninguém deve consolá-
lo. Isso não é possível. A dignidade desse homem exige que se deixe que ele 
carregue o seu destino sozinho. Ele adquire grandeza dessa forma e ninguém 
deve interferir. Quando digo algo assim, por um lado estou sendo duro; por 
outro, estou sendo respeitoso,e em harmonia com esse avô, porque o 
respeito. Se ajo dessa forma, o neto também fica livre. 
u) Na última parte da constelação o senhor disse: “Neste relacionamento o 
pai não tem nenhuma chance com essa mulher, este relacionamento estava 
fadado ao fracasso". Isso também parece muito categórico, muito duro? 
- Mas isso não é algo que eu tenha imaginado. Se um irmão gêmeo falece 
cedo, principalmente do modo como aconteceu, então o outro quer segui-
lo. Essa mulher não conseguirá livrar-se da irmã gêmea mesmo que queira. 
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Isso parece muito duro. Eu poderia colocá-la agora à direita, ao lado do 
marido, e a irmã gêmea à sua direita, perto dela. Assim, a irmã gêmea estaria 
incluída no sistema. Mas, segundo a minha experiência, sei que neste caso 
isso não iria adiantar. O destino é tão ingrato que a mãe é impulsionada para 
fora do sistema. Convém deixa-la voltar à sua família de origem. Não que ela 
vá se suicidar ou algo parecido; ela só não consegue suportar a ideia de ser 
feliz ao lado de um homem, sendo que a irmã foi tão infeliz. 
 
É um amor muito profundo que atua aqui. Se eu o respeito então a mãe fica 
livre para seguir o próprio destino e sente-se mais leve porque agora está 
ligada à irmã gêmea que fora excluída. Mas a possibilidade de viver feliz ao 
lado do marido é algo que vai contra toda a minha experiência. Não se pode 
subestimar esses vínculos profundos. 
v) Nesse caso, o senhor fez um pequeno exercício com o jovem. 
Hellinger (para o cliente): Vá até a irmã gêmea falecida e lhe faça uma 
reverência bem suavemente, com respeito. Depois faça o mesmo com seus 
avós. Faça isso com respeito e reconhecimento pelo destino deles. 
 (O cliente faz a reverência) Levante a cabeça e olhe para todos eles. Você 
não olhou ainda para a irmã gêmea. Olhe sua tia nos olhos. Respire 
profundamente e faça outra reverência, bem lentamente. Deixe a boca 
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aberta, respire profundamente. Deixe a dor aflorar. E uma dor que honra a 
sua tia. Olhe-a novamente. (Para o público): Agora podemos ver a diferença 
nos dois semblantes, no dela e no dele. Ele não consegue aceitar o que ela 
lhe oferece. Ê mais fácil para ele suportar a doença do que aceitar a bênção 
da tia. 
w) O senhor terminou assim a constelação. Uma pessoa do público fez uma 
pergunta demonstrando preocupação: O que vai acontecer agora ? O senhor 
vai deixar o jovem sair assim? 
 Hellinger (para o público): A pergunta da participante era: O que vai 
acontecer em seguida? Ela acha que algo mais deve acontecer. Não vai 
acontecer mais nada. Ele recusou a solução. 
Assim, algo muito importante vem à tona: O problema e o sofrimento são 
mais fáceis de suportar do que a solução. Isso tem a ver com o fato de que 
sofrer ou manter o problema é algo que está profundamente vinculado a um 
sentimento de inocência e lealdade com relação à família num nível mágico. 
Com isso a pessoa tem a esperança de que o próprio sofrimento possa salvar 
uma outra pessoa da família. O cliente vê agora que a tia não precisa de 
salvação e isso representa para ele uma grande decepção, porque, dessa 
forma, tudo o que ele fizera por ela até então teria sido em vão. Isso não é 
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tão fácil de se reconhecer. Ele prefere manter o problema, mesmo 
conhecendo a solução. 
O terapeuta não deve interferir ou fazer qualquer outra coisa. Eu o entrego 
à sua boa alma. Isso é tudo o que posso fazer. 
x) Como funciona a solução? Aliás, este é um ponto a partir do qual 
normalmente se continua o trabalho terapêutico. O senhor para 
simplesmente aqui? 
 Há algum tempo o cliente escreveu-me uma carta na qual pude ver que a 
sua boa alma tinha continuado a trabalhar. Depois de algum tempo, ficou 
claro para o jovem que ele não foi capaz de aceitar a bênção da irmã gêmea 
da mãe porque estava identificado com o avô. O avô dele não conseguiu 
aceitar o amor da filha morta. O avô que causou a morte da filha. Ele se sente 
tão culpado por ter atropelado a filha que não consegue se sentir aliviado 
com o sorriso amigável dela. Naquele momento, o cliente estava identificado 
com o avô. Pude agora ajudá-lo porque, nesse meio tempo, a alma dele 
continuou a agir. Ficou claro para ele o que se passa com o avô. Eu lhe disse 
que deixasse o sofrimento com o avô: assim ele ficaria livre. 
y) O senhor disse que conseguiu ajudá-lo. O que isso significa 
concretamente? A doença dele melhorou? 
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-Pude ajudá-lo a libertar-se da identificação com o avô. O avô é, certamente, 
alguém que, por causa desse acontecimento, tem necessidade de expiação. 
E a doença é, algumas vezes, uma necessidade de expiação. Pode ser 
também que a doença do cliente sirva de expiação, mas quem sofre é ele no 
lugar do avô. Se o cliente se libertar dessa identificação pode ser que a 
doença também melhore. Mas isso eu não sei. Também não me ocupo disso 
diretamente. 
Eu me interesso pelas forças que atuam, curando a família. Pode ser possível 
curar uma doença quando essas forças positivas são colocadas em ação. Mas 
esse não é o meu objetivo primordial. Meu objetivo está no âmbito da alma 
e da família. Se com isso a doença melhora, fico contente. Mas é uma área 
que prefiro entregar aos médicos. Essa é área da responsabilidade deles. Eu 
não me envolvo em coisas que vão além da minha competência. 
z) Sobre a causa das doenças nas famílias. O senhor trabalha com pacientes 
que estão em tratamento médico. Isso significa que os médicos trazem seus 
pacientes e então vocês trabalham em conjunto. Por um lado, o senhor diz 
que o câncer tem a ver com a falta de uma reverência, ou que distúrbios 
digestivos têm a ver com um relacionamento não- esclarecido com a mãe. 
Por outro lado, o senhor não diz: É possível curar doenças através da 
colocação da constelação familiar. 
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- O que descobri durante o meu trabalho com doentes foi que a mesma 
dinâmica básica resulta em diversas doenças. Trabalho somente com as 
dinâmicas básicas. Nas famílias, existe a possibilidade de que uma criança 
queira repetir o destino de um irmão ou irmã falecidos ou da mãe falecida 
ou do pai falecido. A criança diz em seu íntimo: “Eu irei com você”. Pode ser 
que, nessa situação, ela tente se suicidar ou fique com câncer ou uma outra 
doença. Portanto, a mesma dinâmica básica pode ser expressa de formas 
diferentes. Por isso, não teria sentido se eu tentasse curar o câncer sem 
respeitar essas dinâmicas básicas. Existem, na verdade, somente três 
dinâmicas básicas: 
 
— “Eu o/a acompanho na morte ou na doença ou no destino”; — “Melhor 
eu morrer do que você” ou “Melhor eu partir do que você”; — Expiação por 
uma culpa pessoal. 
Na constelação que demos como exemplo tratava-se provavelmente do caso 
em que o homemdiz: “Melhor eu partir do que você, minha querida esposa”. 
a1) Por que é que ele faz isso? 
-É inconsciente, totalmente inconsciente. As crianças também fazem isso. 
Por exemplo, quando veem que um dos pais quer repetir o destino de 
alguém. Neste exemplo, a mãe quer seguir a irmã gêmea falecida. Então o 
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filho diz: “Melhor eu ficar doente ou morrer do que você”. Essa seria uma 
dinâmica possível. Vamos olhar para um segundo exemplo, que ilustra o 
relacionamento entre pais e filhos. 
 Trata-se do caso de uma mulher que sofre de esclerose múltipla há doze 
anos. Ela contou que o pai tinha sido nazista e fora responsável pela morte 
de dois desertores. Novamente, foram pessoas estranhas escolhidas entre o 
público que fizeram o papel dos membros da família dela. 
b1) Nesse caso, o senhor mandou que o pai saísse do recinto. Por que o 
senhor fez isso? 
 Bem, essa é uma das grandes exceções da terapia familiar. Em geral, os 
assassinos perdem o direito à pertinência. Quem foi responsável pela morte 
de uma pessoa dessa forma culposa perdeu o direito à pertinência. Precisa 
deixar esse sistema. Sair fora da constelação significa que essa pessoa perdeu 
o direito de pertencer a esse sistema. Significa também que ela vai morrer 
ou quer morrer. 
Se a pessoa que perdeu esse direito de pertinência não deixa o sistema, 
então um filho partirá no lugar dela. Por isso, a compaixão pelo agressor não 
leva a nada e só torna as coisas mais difíceis para os inocentes. 
c1) O senhor disse a essa mulher que a dinâmica da constelação dela era a 
seguinte: “É melhor eu desaparecer do que você”. A filha quer ir no lugar do 
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pai. Isso seria a causa da doença dela. Depois dessa explicação, houve um 
pequeno diálogo entre o senhor e a mulher e o senhor perguntou-lhe se isso 
estava claro para ela. 
Cliente: Ficou claro para mim que eu posso parar de carregar qualquer tipo 
de responsabilidade pelo meu pai ou de ser responsável por ele. O que ele 
fez não tinha sido mencionado até dois ou três anos atrás. E contei isso para 
os meus irmãos e irmãs. 
 Hellinger: Você não deveria ter feito isso de forma nenhuma. Não. Você não 
deveria nem sequer ter perguntado isso a ele 
. Cliente: Eu não perguntei, só disse: “Conte-me o que aconteceu durante a 
guerra”. 
 Hellinger: Mas um filho não pode fazer isso. Um filho não deve se imiscuir 
nos segredos dos pais. Pode ser que uma parte de seu sofrimento seja 
expiação por ter feito isso. 
Pergunta do público: Nossos pais não deveriam ter contado nada sobre a 
história do nazismo? 
 Hellinger: Não, não deveriam. Não, se estiveram pessoalmente envolvidos. 
O que fazem então os filhos? Eles dizem: “Olhe o que vocês fizeram!” Assim 
os filhos se tornam tão maus quanto os pais. 
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Pergunta do público: Posso descobrir coisas de meus pais e também 
entender por que se comportaram desse modo e perdoá-los. 
 Hellinger: A uma criança não é permitido nem entender nem perdoar. Que 
presunção! 
d1) A presunção e suas consequências. Neste ponto houve um grande 
burburinho. Uma parte do público ficou muito indignada. As crianças têm um 
senso intuitivo de justiça. E então por que não deveriam perguntar? Elas 
percebem quando os pais têm algo que lhes pesa na consciência. 
Sim, elas podem perceber, mas não devem se envolver. As crianças não são 
adultos. Elas simplesmente fazem perguntas. Com toda a inocência. Só por 
causa disso precisam ser castigadas com uma doença? 
 Depende naturalmente do que se trata. Se tiver relação com uma culpa dos 
pais ou com o relacionamento íntimo deles, qualquer pergunta dos filhos é 
pura presunção. 
 Se se tratar de uma culpa, os filhos vão colocar os pais diante do seu próprio 
tribunal e exigir deles: “Justifiquem-se”. Não existe presunção maior. 
Se os filhos fizerem isso, eles vão castigar a si mesmos. Mesmo que os pais 
contem voluntariamente algo de seu relacionamento conjugal. Por exemplo, 
se uma mulher diz: “O seu pai é impotente” ou “não fazemos sexo” ou algo 
parecido. Ou se o pai fala algo menosprezando a mãe e o filho escuta; este 
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se castiga só pelo fato de ficar sabendo disso. E mais ainda se tiver ido atrás 
dessa informação. Então só existe uma solução para ele. Eu a chamo de 
“esquecimento espiritual”. O filho deve retrair-se totalmente desse 
conhecimento. Os filhos têm os pais que têm. Os pais não podem e nem 
precisam ser diferentes. Pois um homem e uma mulher tornam-se pais não 
porque sejam bons ou ruins, mas porque se unem como homem e mulher. 
Só assim eles se tornam pais. Por isso os filhos devem tomar a vida dos pais 
como eles a dão. Os pais não podem acrescentar nada, nem tirar nada dessa 
vida. Os filhos também não podem acrescentar nada e nem excluir nada dela. 
Devem tomar a vida assim como os pais a deram. 
 
e1) Não deveria ser o contrário? Não deveríamos dizer aos pais: Vocês não 
deveriam dizer nada, deveriam separar a esfera da vida das crianças da dos 
adultos? 
É claro. A criança não tem nenhuma culpa se foi tomada como confidente. 
Entretanto, o efeito é o mesmo. Simplesmente o fato de tomar 
conhecimento faz com que a criança seja colocada numa posição que não lhe 
pertence. Mas eu lhe dou toda a razão: Devemos dizer isso aos pais. 
Antigamente, as esferas entre pais e filhos eram bem mais separadas do que 
hoje em dia. A camaradagem que existe entre pais e filhos, e que podemos 
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observar frequentemente nos dias de hoje, é uma coisa terrível para as 
crianças. Vamos voltar ao exemplo de um seminário. Uma mulher conta: 
Cliente: Aos 25 anos fiz uma operação para me livrar do bócio, há cinco anos 
atrás uma operação abdominal e além disso sofro de bronquite crônica. 
Hellinger: Você é casada? 
Cliente: Não. 
Hellinger: Quantos anos tem? 
 Cliente: 35. 
 Hellinger: Aconteceu algo de especial na sua família de origem? 
 Cliente: Sofri abuso por parte do meu pai. Quando contei isso para minha 
mãe, ela não me deu apoio. Disse-me: “Não conte nada a ninguém, se não 
ele vai para a cadeia”. Então eu me calei. 
Hellinger: Ok. Você tem pai, mãe e quantos irmãos e irmãs? 
Cliente: Dois irmãos e um menino, o primeiro filho de minha mãe, que 
morreu com 3 dias de vida. 
 Hellinger: De quê? Cliente: Ele ficou azul e morreu. 
Hellinger: Bem, agora disponha na constelação a sua família: pai, mãe e os 
filhos. Depois de montar a constelação, a mulher se senta e Bert Hellinger 
pergunta aos representantes dos membros da família: 
Hellinger: Como se sente o pai? 
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 Pai: Não sinto nenhuma mulher ao meu lado; só sinto que tenho uma 
relação com a filha. 
Hellinger: Como se sente a mãe? 
Mulher: Estou perto demais dele e a criança é de certa forma problemática. 
Está tão longe. É desagradável para mim. Quero ficar mais perto dessa 
criança. 
 Hellinger: Como se sente a filha? 
 Filha: Tenho as mãos quentes. Sinto agressividade, medo e raiva. 
Hellinger (para a cliente): Agora vamos acrescentar a criança que morreu. 
Escolha alguém e o posicione. (para a filha): O que mudou para você? 
 Filha: Sinto-me bem melhor, mais protegida. Não estou mais sozinha. 
 Pai: É, sinto que tenho um relacionamento com ela. 
Mulher: Quero simplesmente ir para junto dessa criança. 
 Hellinger: Para a sua filha? Mulher: É. 
Irmão: Eu gostaria de unir a família. 
Hellinger (para a criança morta): Como você se sente? 
Criança morta: Sinto-me morta. 
 Hellinger: É. Exatamente. 
](para a cliente): O que aconteceu na família de sua mãe? 
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 Cliente: Uma irmã dela foi para um país estrangeiro com 8 anos de idade e 
ficou por lá. 
Hellinger: Como uma menina de 8 anos de idade pode ir embora? 
 Cliente: É, foi uma espécie de intercâmbio escolar. 
 Hellinger: Com 8 anos? Estranho. 
 Cliente: É, ela foi para o exterior. Foi uma espécie de intercâmbio escolar 
entre a Hungria e a Suíça. O casal suíço pediu aos meus avós que lhe dessem 
a criança porque ainda lhes restariam outros filhos. Então os meus avós... 
Hellinger: Isso já me basta. Para onde a mãe quer ir? Para junto da irmã. 
Novamente é a mãe que quer sair da família. A irmã foi entregue para adoção 
e a mãe também quer ir embora. Ela quer ir para junto da irmã. Existe um 
amor muito profundo e um vínculo muito grande entre irmãos. Se um deles 
sofre, os outros sofrem também. Por exemplo, se uma das crianças é 
deficiente, os outros, muito frequentemente, comportam-se como se não 
pudessem aceitar totalmente a vida. Esse é o efeito desse amor e lealdade. 
f1) O senhor perguntou o que aconteceu na família da mãe e não na do pai. 
Afinal de contas, foi o pai que abusou da filha. 
Pôde-se ver na constelação que o problema estava com a mãe. Em caso de 
abuso de menores existem, na maioria das vezes, dois agressores. Na 
verdade, um está em primeiro plano, neste caso, o pai, e o outro em segundo 
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plano. Por isso nesses casos não existe solução se não olharmos para ambos 
os agressores. Dizer isso aqui é um pouco arriscado; entretanto, eu diria que 
a mãe quer se afastar do pai para seguir a irmã. Sentindo-se culpada com 
relação ao marido, oferece a filha como substituta. 
g1) Sobre agressores e vítimas. Isso é muito provocativo. Muitas pessoas que 
trabalham com meninas que sofreram abuso sexual certamente ficam 
indignadas quando ouvem que a mãe é, na realidade, a causa do abuso. 
Naturalmente não é que eu tire a culpa do homem. Seria um erro encarar a 
coisa desse modo. Temos simplesmente que ver o quadro completo. Não 
bastaria para a criança ficar zangada com o pai; ela tem de ficar zangada 
também com a mãe. Pelo que pude observar até agora, os pais estão quase 
sempre em conluio, num pacto secreto, quando se trata do abuso de uma 
criança. 
h1) Em todo caso, tudo o que o senhor diz soa muito estranho para ouvidos 
analíticos. Pode-se dizer que o senhor está fazendo toda a sorte de 
afirmações. Como o senhor sabe tudo isso? Observei isso no trabalho com 
os clientes. Observei isso nas constelações familiares. Observei, acima de 
tudo, que simplesmente atacar os agressores tem um efeito terrível. 
i1) Portanto um ataque àqueles que foram culpados? 
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 Sim. Porque a criança permanecerá leal ao agressor que é castigado e se 
castigará também. 
Se ela não fizer isso, um filho seu poderá fazê-lo mais tarde. Isso acontece 
frequentemente ao longo de várias gerações. 
Tive, certa vez, uma experiência muito singular num seminário para 
psiquiatras. Uma psiquiatra disse que tinha uma paciente que sofrera abuso 
do próprio pai. A psiquiatra estava muito indignada. Eu lhe disse para montar 
a constelação dessa família e ela assim o fez. Então eu lhe disse para se 
posicionar, como terapeuta, ao lado da pessoa perto da qual achava certo 
ela ficar. Aí ela se colocou ao lado da cliente. Todos no sistema ficaram 
zangados e ninguém demonstrou confiança nela. Então eu lhe disse: “Agora 
posicione-se ao lado do pai malvado”. Todos no sistema respiraram aliviados 
e passaram a ter confiança nela. 
Através dessa constelação descobri que o terapeuta deve-se ligar ao 
agressor. Só fazendo isso ele pode restabelecer a ordem para os outros. 
Assim que o terapeuta se liga à vítima e fica indignado, provoca um efeito 
negativo em todos os membros do sistema, principalmente na vítima. Esse é 
o resultado das minhas experiências. Não é que eu ache que deva ser assim. 
Essas conclusões surgiram das constelações familiares. No entanto, se uma 
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outra pessoa vir ou tiver uma outra experiência que ajude, volto atrás 
imediatamente. Não quero impor regras de como se deva proceder. 
j1) Então, não é um sistema teórico fixo? 
De jeito nenhum. Não somente nesse contexto como em outro qualquer. Eu 
trabalho fenomenologicamente. Isto é, eu olho para o que ajuda. Também 
experimento. Quando encontro um caminho, crio uma hipótese. Mas ela 
muda de caso para caso. 
k1) E como o senhor percebe o que ajuda? 
 Vejo na expressão do rosto. Logo que a solução é encontrada, as fisionomias 
se iluminam e todos ficam descontraídos. Isso vai contra a expressão muito 
conhecida: “Não se pode agradar a todos”. Na terapia familiar, a solução é 
aquela que satisfaz a todos os membros da família; quando cada um está no 
lugar certo, aceita o lugar que lhe cabe e onde deve ficar, ocupando sua 
posição sem interferir na vida dos outros. Então, todos veem reconhecida a 
própria dignidade e se sentem bem. Essa é a solução. 
( Fim da entrevista de rádio.) 
 
2.3. Tipos de Constelações 
A partir dos conceitos sistêmicos criados por Hellinger, foi possível outros 
psicoterapeutas trabalhar e abordar pontos mais específicos nos quais 
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Hellinger não se aprofundou. Em suma, todos os sistemas interpessoais 
podem ser “constelados”; o terapeuta/constelador pode ser um generalista 
ou se especializar em uma das áreas. Há uma tendência crescente de 
valorização do método da constelação e, no futuro breve, provavelmente 
teremos ainda mais campo de trabalho, mesmo para quem se especializar 
em nichos menores. 
Na verdade, é uma constelação sistêmica toda aquela que trabalha com 
relacionamentos pessoais formados a partir de papeis: 
pais/conjuges/professores/líderes corporativos etc. e que aborde as dores 
de uma pessoa em relação às influênciasdessas relações. Para todos os tipos 
de constelação, quando um dos membros apresenta um sintoma, é sinal de 
que não está inserido de maneira correta. Essa visão geral das relações 
sistêmicas aparece a partir de três perspectivas complementares: - rede 
familiar (entre uma geração e a seguinte, ex : pais e filhos ), - rede social 
(entre diversas gerações, ex : avôs e netos) e a - perspectiva que existe dentro 
das gerações (peculiaridades e influências no contexto educativo, 
profissional e social). 
A seguir, teremos alguns tipos de derivações das Constelações Sistêmicas. 
 
 
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 2.3.1. Constelação Educacional 
 
 Pedagogia sistêmica é uma corrente da psicopedagogia desenvolvida com 
bases no trabalho de Bert Hellinger com as constelações familiares e 
posteriormente desenvolvido por Marianne Franke Gricksh, Angelica Olvera 
e Alfonso Malpica que adaptaram suas percepções para a área educacional. 
A pedagogia sistêmica é um método educativo, uma prática dinâmica que 
está vinculada ao contexto educativo e que denominamos campos de 
aprendizagem. Se algo caracteriza a pedagogia sistêmica é a sua firme 
proposta de inclusão. A Pedagogia Sistêmica se manifesta no contexto 
educativo. Resulta necessariamente em observar como traduzimos e 
integramos os princípios que sustentam as “ordens do amor ” para que nos 
sirvam de orientação e de tarefa escolar como: – A importância da ordem, 
quem veio antes e depois tem a ver com o vínculo entre gerações (tanto para 
os alunos como para os professores ); – A importância do lugar onde cada 
qual tenha a sua correspondência; tem a ver com as funções, quem e como 
é o pai, mãe, professor, diretor, outros (os pais dão e os filhos recebem, os 
professores oferecem e os alunos tomam); – O valor da inclusão em 
contrapartida às implicações da exclusão; em aula, na escola, como um 
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espaço de comunicação em que todos tenham um lugar, ou seja, o 
pertencimento; 
– O peso das culturas de origem, que tem a ver com a fidelidade no contexto 
do qual viemos (o que também podemos chamar de consciência de grupo de 
origem); – O significado das interações; todos os membros de um sistema 
estão vinculados aos outros, irremediavelmente; tal vínculo é especialmente 
interessante no sentido de que (como vimos), quando um desses membros 
mostra algum tipo de sintoma, a razão de ser deste não está tanto na forma 
concreta, mas na informação que dá ao sistema de que haja alguma questão 
que não resulta função para o bem estar coletivo e individual. 
Um dos elementos que caracteriza a perspectiva sistêmica na pedagogia é a 
capacidade de desenvolver com respeito a nossa percepção. Independente 
da maior ou menor complexidade e justificativa, teórico - prático deste 
paradigma, se trata de um planeamento claramente centrado nos objetivos 
fundamentais da escola, gerando um espaço orientado para o aprendizado e 
o bem - estar dos alunos. Para que estes objetivos centrais possam se 
desenvolver é indispensável que os pais dos alunos se sintam reconhecidos 
pela instituição e tenham um lugar de privilégio dentro dela ; deve existir 
uma declaração explícita no sentido de que a área educativa começa pelos 
pais e que eles dão seu consentimento para que a escola possa se ocupar de 
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seus filhos com respeito nos processos de aprendizagem. A escola deve ser 
um espaço educativo, em nenhum momento deve ser um espaço 
terapêutico, apesar de que há certas intervenções sistêmicas com 
movimentos terapêuticos associados à educação. No momento em que 
todos os protagonistas implicados na tarefa educativa (instituição, 
professores e os próprios pais) visarem com responsabilidade à direção da 
tarefa que lhes compete, os alunos aprendem e se desenvolvem sem 
maiores dificuldades. Na Pedagogia sistêmica o que fazemos é ampliar a 
visão, distinguindo essas diferenças, desenvolvendo a capacidade de 
reconhecer a consciência de cada contexto e o quê com ela se manifesta, de 
maneira que através dessa sensibilidade possamos passar pela confrontação 
de “boas e más” consciências, num espaço de interações respeitosas em que 
podemos ver em todas as direções, evitando cair na exclusão e na 
desclassificação, pois no enfoque sistêmico - fenomenológico nos é 
permitido perceber que existem verdades universais, que nada é 
absolutamente perene e que as pessoas atuam desde as boas intenções por 
amor ; apesar de que às vezes ambos sejam motivos suficientemente 
funcionais para o equilíbrio e bem - estar dos próprios sistemas. 
 
 
 
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2.3.2. Constelação Individual 
 
A Constelação Individual é oferecida para atendimento no consultório, numa 
cena em que apenas o cliente e o terapeuta fazem parte do processo. Pode 
ser presencial ou on-line. Para o lugar dos representantes, terapeuta e 
cliente contam com o auxílio de bonecos de constelação (procure exemplo 
na internet) ou de softwares de modelagem 3D (usados também por 
coaches) ou ferramentas virtuais mais simples (como PowerPoint ou filmar 
uma mesa com os personagens). No contato pessoal como cliente, o 
terapeuta pode fazer experiências com a estrutura do processo, como as 
frases e seus efeitos na percepção corporal e nas sensações, a fim de 
encontrar um lugar seguro e boas imagens para o cliente. Este trabalho é 
realizado montando imagens com "bonecos" ou "papéis" no chão ou numa 
tela virtual, substituindo assim os representantes experimentados pelas 
pessoas quando a Constelação é de grupo. 
 
2.3.3. Constelação Organizacional 
 
É uma técnica criada a partir da Constelação Familiar, em que trabalhamos 
para reproduzir e definir situações ligadas a uma empresa. Trata-se de 
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tendência cada vez mais forte: estima-se que, em um futuro próximo, a 
constelação terá o mesmo prestígio que hoje o coaching tem nas empresas. 
A Constelação pode abordar temáticas especialmente relativas às pessoas: 
cultura e clima organizacional, organogramas, definição de funções, 
descrição de tarefas (job description), expectativas sobre as pessoas, metas, 
relacionamento interno à equipe, plano de carreiras e salários, 
responsabilidades, forma de liderança, recrutamento e seleção, questões 
sucessórias, promoções de cargos, empatia e comunicação com o cliente, 
técnicas de vendas, gestão de apoio e de recursos, riscos à saúde do 
trabalhador, motivação, realização pessoal na empresa, orientação de uma 
organização em tarefas, tomadas de decisões estratégicas, foco no cliente ou 
em objetivos etc. 
A Constelação complementa e apoia o trabalho de consultoria de uma 
empresa, mas nada impede que, cada vez mais, a Constelação tenha sua 
atuação única, como técnica independente, não relacionada a outras 
consultorias, mentoringou coaching. A constelação ou colocação 
organizacional pode servir de subsídios para a tomada de decisões 
relevantes. A visão sistêmica aplicada ao contexto organizacional é uma nova 
maneira de pensar e atuar nas empresas. Nesse novo campo do saber 
surgiram as Constelações Sistêmicas (a família como um dos sistemas, mas 
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não só a família; também: escolas, empresas, comunidades e outros grupos 
sociais), metodologia criada na Europa a partir dos trabalhos de Bert 
Hellinger. Oferece subsídios para alcançar metas, estabelecer prioridades e 
estrutura de poder, harmonizar o ambiente nas organizações e fornecer 
perspectivas de atuação nos processos de trabalho. Através deste método 
inovador podemos juntos com a direção e o RH de sua empresa, realizar um 
Diagnóstico Organizacional Sistêmico para solucionar a sua Questão ! Tais 
processos, em geral, trabalham tanto a dinâmica do sistema organizacional 
quanto o sistema humano. Diagnóstico Organizacional – Estudo do clima, das 
necessidades e potencialidades do sistema humano e organizacional. Aponta 
caminhos e orienta as decisões estratégicas e gerenciais da empresa. A 
constelação organizacional pode ser realizada para grupos abertos fora da 
empresa, ou grupos fechados “ in company”. 
 
 
 
 
3. As Bases das Constelações Familiares Sistêmicas 
 
 Bert Hellinger percebeu que três leis regem os relacionamentos humanos. 
Respeitar as leis naturais oferece um caminho para uma vida mais leve e em 
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conformidade com nosso destino. Estas leis naturais são a ordem, o 
pertencimento e o equilíbrio. 
 
 
Questões 
 
1. Assinale a alternativa INCORRETA, de acordo com a teoria de Bert 
Hellinger. 
 a) há como desemaranhar os laços afetivos e refazer o fluxo do amor com 
mais consciência e menos ilusão. 
 b) é suficiente ter um bom parceiro, não precisa ser perfeito, pois o que é 
perfeito não se desenvolve, já está pronto. 
c) a imperfeição é prejudicial e deve ser evitada, pois um casal só tem 
chances de sucesso se uma das pessoas atingiu a perfeição 
 d) o desejo de amar e ser correspondido é universal, por isso o método das 
Constelações Familiares não encontraria barreiras culturais importantes à 
sua prática. 
 
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2. Nos livros, Hellinger escreveu que o amor deve ser troca, deve ser dado e 
recebido todo o tempo. Sobre esta temática, assinale a alternativa 
INCORRETA. 
 a) Um novo amor só poderá ser bem-sucedido se houver a supressão 
completa de lembranças dos relacionamentos passados 
 b) O afeto de um antigo relacionamento estará sempre presente: a carga 
emotiva positiva ou negativa que esse relacionamento nos causou. 
c) O amor pode se expandir na medida em que reconhecemos e 
agradecemos o que cada relacionamento pretérito acrescentou a nossa vida. 
d) Quando se aceita o que viveu, com respeito aos antigos parceiros, as 
próximas relações poderão ser mais enriquecedoras do que se você for vivê-
las como se fosse a primeira. 
3. Assinale a alternativa incorreta, de acordo com Hellinger: 
 a) Além do amor e da disponibilidade para a convivência, Hellinger cita o 
sexo como o terceiro elemento essencial na relação de um casal. 
 b) Os primeiros laços de amor são atados na família, que é uma grande alma 
comum, uma grande consciência coletiva que é transmitida entre gerações, 
em uma corrente de influências, incluindo experiências dolorosas 
vivenciadas pelo grupo. 
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 c) Hellinger define sua terapia como empírica, isto é, baseada na observação 
e na experiência, não sendo possível um diagnóstico global ou uma fórmula 
mágica para fazer com que o amor dê certo. 
 d) A constelação familiar focaliza o contexto familiar atual do cliente, não 
competindo ao terapeuta inquirir sobre membros anteriores dessa família.. 
 
4. "Trazendo-se à luz os emaranhamentos, a pessoa consegue se libertar 
mais facilmente deles". Sobre o funcionamento da sessão de constelação 
familiar, assinale a alternativa incorreta, de acordo com o modelo sugerido 
na Entrevista de Hellinger. 
 a) Uma forma de iniciar o trabalho é perguntando aos clientes (ou à plateia, 
quando não houver um cliente em específico) o que o(s) aflige. 
b) Para a compreensão do emaranhamento, são importantes apenas 
pouquíssimas informações, isto é, fatos externos e significativos que tenham 
alto poder de impacto sobre a personalidade do cliente. 
 c) É importante pedir que o cliente posicione os membros afetivos; os locais 
escolhidos darão insights sobre o funcionamento da contelação, tal qual o 
cliente percebe sua família ou grupo social. 
 d) A escolha das pessoas que farão parte da constelação é feita 
exclusivamente pelo terapeuta, não pelo cliente; 
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5. Sobre a temática do emaranhamento e o papel dos representantes, 
assinale a alternativa incorreta. 
a) Algumas vezes, os representantes começam a sentir os sintomas que os 
membros dessa família têm, sem sequer saber muitos detalhes sobre tais 
membros. 
 b) Não é uma obrigação, mas se trata de uma forte recomendação de Bert 
Hellinger que os representantes na constelação sejam as pessoas reais da 
vida do cliente; sem tal requisito, a constelação não surtirá grande efeito. 
 c) Emaranhamento significa que alguém na família retoma e revive 
inconscientemente o destino de um familiar que viveu antes dele. Sem 
conhecer esse emaranhamento, o novo membro não poderá se livrar dele. 
d) Existe uma consciência de grupo (ou “de clã”) que influencia todos os 
membros do sistema familiar. Se qualquer um desses membros do grupo foi 
tratado injustamente, existirá nesse grupo uma necessidade irresistível de 
compensação. 
 
 
 
 
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