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2 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 3 
2 MEIO AMBIENTE ............................................................................................. 4 
3 POLUIÇÃO DA ÁGUAS E QUALIDADE DAS ÁGUAS ..................................... 4 
4 PADRÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA............................................................ 6 
5 Parâmetros físicos ............................................................................................ 7 
5.1 Parâmetros químicos .................................................................................. 9 
5.2 Parâmetros biológicos .............................................................................. 12 
5.3 Padrão de potabilidade. ............................................................................ 14 
5.4 Padrão de corpos d'água. ......................................................................... 14 
6 FONTES DE POLUIÇÃO ................................................................................ 15 
6.1 Classes de contaminantes emergentes determinadas no Brasil .............. 15 
7 ÁGUAS RESIDUÁRIAS: ESGOTOS DOMÉSTICOS ..................................... 19 
7.1 Constituição das águas residuárias e tipos de efluentes .......................... 20 
7.2 Tratamento das águas residuárias ........................................................... 21 
7.3 Fitodepuração como alternativa de tratamento de águas residuárias ...... 21 
8 ÁGUAS PLUVIAIS .......................................................................................... 23 
8.1 Reuso das águas pluviais em residências e suas vantagens ................... 27 
9 EFLUENTES INDUSTRIAIS ........................................................................... 28 
9.1 Reator anaeróbio UASB ........................................................................... 29 
9.2 Tratamentos físico-químicos .................................................................... 30 
9.3 Lagoas de estabilização ........................................................................... 32 
9.4 Caracterização Quantitativa e Qualitativa. ............................................... 34 
10 CONTROLE DA POLUIÇÃO. ......................................................................... 35 
11 CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO ............................................................... 36 
12 POLUIÇÃO DO AR ......................................................................................... 38 
12.1 Classificação dos poluentes ..................................................................... 38 
12.2 Efluentes .................................................................................................. 39 
12.3 Fontes poluidoras ..................................................................................... 40 
12.4 Histórico da poluição atmosférica - principais episódios .......................... 41 
13 Poluição sonora .............................................................................................. 45 
14 Poluição visual ................................................................................................ 46 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 49 
 
 
3 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as 
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão 
respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
2 MEIO AMBIENTE 
O meio ambiente é o conjunto de condições, leis, influências e interações de 
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas 
as suas formas. Resumidamente, pode-se definir meio ambiente como o 
conjunto de elementos bióticos (organismos vivos) e abióticos (elementos não 
vivos, como a energia solar, o solo, a água e o ar) que integram a fina camada 
da Terra chamada biosfera, sustentáculo e lar dos seres vivos. (BRASIL, 
2014). 
Meio Ambiente diz respeito à qualidade de vida, e é importante frisar que os 
direitos básicos da população, viabilizados pelo Assistente Social, e a própria garantia 
da qualidade de vida, dependem da qualidade do ambiente no qual se está inserido. 
(FREITAS, 2019). 
A Educação Ambiental é um tema que deve ser abordado no currículo 
escolar desde os anos iniciais até os cursos superiores, pois o estímulo e o 
desenvolvimento de ações voltadas para esse tema geram contribuições 
significativas para produzir uma sociedade mais consciente, uma vez que ações 
baseadas nos princípios definidos pela Política Nacional de Educação 
Ambiental(PNEA), favorecem a formação de sujeitos participativos e com senso 
de responsabilidade. A Educação Ambiental é a dimensão da educação formal que se 
orienta para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente através de 
enfoques interdisciplinares, e de uma participação ativa e responsável de cada 
indivíduo e da coletividade. Nessa perspectiva, a Educação Ambiental pode 
contribuir significativamente para aperfeiçoar a relação entre a sociedade e o 
ambiente, porém, esta deve ter um enfoque voltado para a participação ativa e 
prazerosa. A presença, em todas as práticas educativas, da reflexão sobre as 
relações dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com 
seus semelhantes é condição imprescindível para que a Educação Ambiental 
ocorra. A Educação Ambiental deve ir além dos problemas ambientais, visando uma 
formação voltada ao exercício da cidadania e da formação de valores (SILVA, 2019). 
3 POLUIÇÃO DA ÁGUAS E QUALIDADE DAS ÁGUAS 
O crescimento populacional nas últimas décadas provocou o aumento das 
demandas de água, energia e outros recursos naturais utilizados pelas atividades 
humanas. O uso intensivo dos recursos naturais para assegurar o desenvolvimento 
econômico e social gera consequências adversas aos sistemas ambientais, podendo 
 
 
5 
 
 
levar a alterações irreversíveis e comprometer a resiliência natural do planeta 
(STEFFEN et al., 2015). 
 
 
Fonte: encrypted- 
Dentre os desafios atuais na esfera dos problemas socioambientais, destaca-
se a busca pela sustentabilidade hídrica. Essa preocupação ocorre devido ao valor 
social, econômico e cultural dos recursos hídricos, assim como, em função dos altos 
níveis de interferência antrópica na sua disponibilidade qualitativa e o registro de 
conflitos associados (RIBEIRO 2014; SOUZA et al., 2014). 
Entre os recursos naturais mais importantes para o homem destacam-se os 
recursos hídricos, devido à sua importância para a manutenção da biodiversidade e 
por estar presente em qualquer atividade humana. (GRIZZETTI et al., 2016). São 
utilizados para diversos fins, como agricultura, abastecimento urbano, dessedentação 
de animais, indústria,recreação e energia, o que pode comprometer sua 
disponibilidade e qualidade no meio natural, caso não sejam devidamente 
gerenciados. 
Nesse panorama, os estudos que permitam avaliar as condições dos ambientes 
aquáticos são imprescindíveis, já que auxiliam em tomadas de decisão, e possibilitam 
a conservação e proteção dos recursos hídricos, assegurando dessa forma o 
desenvolvimento dos grupos humanos. Especialmente regiões onde apresenta pouca 
disponibilidade hídrica, como o semiárido do Nordeste (SILVA, et al, 2014). 
A segurança hídrica de uma sociedade se caracteriza pela garantia de água 
em termos quantitativos e qualitativos para atender os usos múltiplos da água e, 
 
 
6 
 
 
também, para manter o funcionamento dos ecossistemas naturais, tornando-se assim 
um dos principais desafios socioambientais (PAHL-WOSTL, 2017). 
As principais alterações na qualidade das águas ocorrem em virtude das 
atividades antrópicas, que poluem os ecossistemas aquáticos por meio da liberação 
de substâncias e materiais que podem alterar as características desses ambientes, 
causando mudanças na sua dinâmica e funcionamento (GRIZZETTI et al., 2017). 
A deterioração da qualidade da água ocasiona crescentes aumentos nos custos 
de tratamento das águas destinadas ao abastecimento doméstico, principalmente nos 
custos associados ao uso de produtos químicos. Ao se projetar uma Estação de 
Tratamento de Água (ETA), leva-se em consideração tanto o volume de água a ser 
tratado, como a qualidade dessa água. Quanto melhor forem os parâmetros que 
indicam ser uma água adequada para sofrer o processo de potabilização, mais 
simples será o processo escolhido para se proceder ao tratamento da água e, 
consequentemente, menores serão os custos de implantação e de operação da ETA 
(BRASIL, 2014). 
4 PADRÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA 
 
Fonte:.wp.com/iusnatura.com.br 
O monitoramento da qualidade das águas é um instrumento importante para o 
planejamento e o gerenciamento dos recursos hídricos; permite avaliar a evolução da 
qualidade das águas e identificar áreas prioritárias para a gestão (CETESB, 2017). 
A avaliação contínua ou periódica dos parâmetros físicos, químicos e biológicos 
da água é importante para ter conhecimento sobre as características limnológicas dos 
 
 
7 
 
 
sistemas hídricos; além de possibilitar a identificação de possíveis fontes de poluição 
na bacia hidrográfica, pois a qualidade das águas de um curso hídrico reflete o grau 
de conservação de sua bacia de contribuição (ALILOU et al., 2019). 
No Brasil, os padrões de referência para o monitoramento das águas foram 
estabelecidos pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) 
Nº 357 de 17 de março de 2005, que dispõe sobre a classificação dos corpos hídricos 
de acordo com seus usos preponderantes, estabelece diretrizes ambientais para o 
enquadramento das águas, bem como condições e padrões de lançamento de 
efluentes lançados aos corpos hídricos. A conformidade com os valores de referência 
é um bom indicativo da qualidade de um corpo hídrico (ANJINHO et al, 2020). 
A qualidade da água pode ser representada através de diversos parâmetros, 
que traduzem as suas principais características físicas, químicas e biológicas. 
5 PARÂMETROS FÍSICOS 
Cor 
A cor da água é produzida pela reflexão da luz em partículas minúsculas de 
dimensões inferior a 1 µm – denominadas coloides – finamente dispersas, de origem 
orgânica (ácidos húmicos e fúlvicos) ou mineral (resíduos industriais, compostos de 
ferro e manganês). Corpos d’água de cores naturalmente escuras são encontrados 
em regiões ricas em vegetação, em decorrência da maior produção de ácidos 
húmicos. Um exemplo internacionalmente conhecido é o do Rio Negro, afluente do 
Rio Amazonas, cujo nome faz referência à sua cor escura, causada pela presença de 
produtos de decomposição da vegetação e pigmentos de origem bacteriana 
(Chromobacterium violaceum). 
Turbidez 
A turbidez pode ser definida como uma medida do grau de interferência à 
passagem da luz através do líquido. A alteração à penetração da luz na água decorre 
na suspensão, sendo expressa por meio de unidades de turbidez (também 
denominadas unidades de Jackson ou nefelométricas). A turbidez é provocada por 
partículas em suspensão, sendo, portanto, reduzida por sedimentação. Em lagos e 
represas, onde a velocidade de escoamento da água é menor, a turbidez pode ser 
bastante baixa. Além da ocorrência de origem natural, a turbidez da água pode, 
 
 
8 
 
 
também, ser causada por lançamentos de esgotos domésticos ou industriais. A 
turbidez natural das águas está, geralmente, compreendida na faixa de 3 a 500 
unidades fins de potabilidade; a turbidez deve ser inferior a 1 unidade. Tal restrição 
fundamenta-se na influência da turbidez nos processos usuais de desinfecção, 
atuando como escudo aos micro-organismos patogênicos, minimizando a ação do 
desinfetante. 
Sabor 
A conceituação de sabor envolve uma interação de gosto (salgado, doce, azedo 
e amargo) com o odor. No entanto, genericamente usa-se a expressão conjunta: sabor 
e odor. Sua origem está associada tanto à presença de substâncias químicas ou 
gases dissolvidos, quanto à atuação de alguns micro-organismos, notadamente algas. 
Odor 
O odor, são obtidos odores que podem até mesmo ser agradáveis (odor de 
gerânio e de terra molhada etc.) além daqueles considerados como repulsivos (odor 
de ovo podre, por exemplo). Despejos industriais que contêm fenol, mesmo em 
pequenas concentrações, apresentam odores bem característicos. Vale destacar que 
substâncias altamente deletérias aos organismos aquáticos, como metais pesados e 
alguns compostos organossintéticos não conferem nenhum sabor ou odor à água. 
Para consumo humano e usos mais nobres, o padrão de potabilidade exige que a 
água seja completamente inodora. 
Temperatura 
A temperatura expressa a energia cinética das moléculas de um corpo, sendo 
seu gradiente o fenômeno responsável pela transferência de calor em um meio. A 
alteração da temperatura da água pode ser causada por fontes naturais 
(principalmente energia solar) ou antropogênicas (despejos industriais e águas de 
resfriamento de máquinas). A temperatura exerce influência marcante na velocidade 
das reações químicas, nas atividades metabólicas dos organismos e na solubilidade 
de substâncias. Os ambientes aquáticos brasileiros apresentam, em geral, 
temperaturas na faixa de 20ºC a 30ºC. Entretanto, em regiões mais frias, como no sul 
do país, a temperatura da água em períodos de inverno pode baixar a valores entre 
5ºC e 15ºC, atingindo, em alguns casos, até o ponto de congelamento. Em relação às 
 
 
9 
 
 
águas para consumo humano, temperaturas elevadas aumentam as perspectivas de 
rejeição ao uso. Águas subterrâneas captadas a grandes profundidades 
frequentemente necessitam de unidades de resfriamento, a fim de adequá-las ao 
abastecimento (BRASIL, 2014) 
5.1 Parâmetros químicos 
ph 
O potencial hidrogêniônico (pH) representa a intensidade das condições ácidas 
ou alcalinas do meio líquido, por meio da medição da presença de íons hidrogênio 
(H+). É calculado em escala antilogarítmica, abrangendo a faixa de 0 a 14 (inferior a 
7: condições ácidas; superior a 7: condições alcalinas). O valor do pH influi na 
distribuição das formas livre e ionizada de diversos compostos químicos, além de 
contribuir para um maior ou menor grau de solubilidade das substâncias e de definir o 
potencial de toxicidade de vários elementos. As alterações de pH podem ter origem 
natural (dissolução de rochas, fotossíntese) ou antropogênica (despejos domésticos 
e industriais). Em águas de abastecimento, baixos Manual de Controle da Qualidade 
da Água para Técnicos que Trabalham em ETAS 21 valores de pH podem contribuir 
para sua corrosividade e agressividade, enquanto que valores elevados aumentam a 
possibilidade de incrustações. Para a adequadamanutenção da vida aquática, o pH 
deve situar-se, geralmente, na faixa de 6 a 9. 
Alcalinidade 
A alcalinidade indica a quantidade de íons na água que reagem para neutralizar 
os íons hidrogênio. Constitui-se, portanto, em uma medição da capacidade da água 
de neutralizar os ácidos, servindo, assim, para expressar a capacidade de 
tamponamento da água, isto é, sua condição de resistir a mudanças do pH. Os 
principais constituintes da alcalinidade são os bicarbonatos (HCO3-), carbonatos 
(CO3 2+) e hidróxidos (OH-). Outros ânions, como cloretos, nitratos e sulfatos, não 
contribuem para a alcalinidade. 
Acidez 
A acidez, em contraposição à alcalinidade, mede a capacidade da água em 
resistir às mudanças de pH causadas pelas bases. Ela decorre, fundamentalmente, 
da presença de gás carbônico livre na água. A origem da acidez tanto pode ser natural 
 
 
10 
 
 
(CO2 absorvido da atmosfera, ou resultante da decomposição de matéria orgânica, 
presença de H2 S – gás sulfídrico) como antropogênica (despejos industriais, 
passagem da água por minas abandonadas). De maneira semelhante à alcalinidade, 
a distribuição das formas de acidez também é função do pH da água: pH > 8.2 – CO2 
livre ausente; pH entre 4,5 e 8,2 – acidez carbônica; pH < 4,5 – acidez por ácidos 
minerais fortes, geralmente resultantes Fundação Nacional de Saúde 22 de despejos 
industriais. Águas com acidez mineral são desagradáveis ao paladar, sendo 
desaconselhadas para abastecimento doméstico. 
Dureza 
A dureza indica a concentração de cátions multivalentes em solução na água. 
Os cátions mais frequentemente associados à dureza são os de cálcio e magnésio 
(Ca+2, Mg+2) e, em menor escala, ferro (Fe+2), manganês (Mn+2), estrôncio (Sr+2) 
e alumínio (Al+3). A dureza pode ser classificada como dureza carbonato ou dureza 
não carbonato, dependendo do ânion com o qual ela está associada. Águas de 
elevada dureza reduzem a formação de espuma, o que implica em um maior consumo 
de sabões e xampus, além de provocar incrustações nas tubulações de água quente, 
caldeiras e aquecedores, devido à precipitação dos cátions em altas temperaturas. 
Existem evidências de que a ingestão de águas duras contribui para uma menor 
incidência de doenças cardiovasculares. 
Ferro e manganês 
Os elementos ferro e manganês, por apresentarem comportamento químico 
semelhante, podem ter seus efeitos na qualidade da água abordados conjuntamente. 
Muito embora estes elementos não apresentem inconvenientes à saúde nas 
concentrações normalmente encontradas nas águas naturais, eles podem provocar 
problemas de ordem estética (manchas em roupas, vasos sanitários) ou prejudicar 
determinados usos industriais da água. Altas concentrações destes elementos são 
também encontradas em situações de ausência de oxigênio dissolvido, como, por 
exemplo, em águas subterrâneas ou nas camadas mais profundas dos lagos. Em 
condições de anaerobiose, o ferro e o manganês apresentam-se em sua forma solúvel 
(Fe2+ e Mn2+), voltando a precipitar-se quando em contato com o oxigênio (oxidação 
a Fe3+ e Mn4+). 
Cloretos 
 
 
11 
 
 
Os cloretos, geralmente, provêm da dissolução de minerais ou da intrusão de 
águas do mar, e ainda podem advir dos esgotos domésticos ou industriais. Em altas 
concentrações, conferem sabor salgado à água ou propriedades laxativas. 
Nitrogênio 
No meio aquático, o elemento químico nitrogênio pode ser encontrado sob 
diversas formas: 
Nitrogênio molecular (N2): nesta forma, o nitrogênio está, continuamente, 
sujeito a perdas para a atmosfera. Algumas espécies de algas fixar o nitrogênio 
atmosférico, o que permite o seu crescimento mesmo quando as outras formas de 
nitrogênio não estão disponíveis na massa líquida; 
Nitrogênio orgânico: constituído por nitrogênio na forma dissolvida (compostos 
nitrogenados orgânicos) ou particulada (biomassa de organismos); 
Íon amônio (NH4 +): forma reduzida do nitrogênio, sendo encontrada em 
condições de anaerobiose; serve, ainda, como indicador do lançamento de esgotos 
de elevada carga orgânica; 
Íon nitrito (NO2 -): forma intermediária do processo de oxidação, apresentando 
uma forte instabilidade no meio aquoso; e 
Íon nitrato (NO3 -): forma oxidada de nitrogênio, encontrada em condições de 
aerobiose. 
Além de ser fortemente encontrado na natureza, na forma de proteínas e outros 
compostos orgânicos, o nitrogênio tem uma significativa origem antropogênica, 
principalmente em decorrência do lançamento em corpos d’água de despejos 
domésticos, industriais e de criatórios de animais, assim como de fertilizantes. 
Fósforo 
O fósforo é, em razão da sua baixa disponibilidade em regiões de clima tropical, 
o nutriente mais importante para o crescimento de plantas aquáticas. Quando este 
crescimento ocorre em excesso, prejudicando os usos da água, caracteriza-se o 
fenômeno conhecido como eutrofização. A fração mais significativa no estudo do 
fósforo é a inorgânica solúvel, que pode ser diretamente assimilada para o 
crescimento de algas e macrófitas. A presença de fósforo na água está relacionada a 
processos naturais (dissolução de rochas, carreamento do solo, decomposição de 
matéria orgânica, chuva) ou antropogênicos (lançamento de esgotos, detergentes, 
fertilizantes, pesticidas). 
 
 
12 
 
 
Oxigênio dissolvido 
Trata-se de um dos parâmetros mais significativos para expressar a qualidade 
de um ambiente aquático. É sabido que a dissolução de gases na água sofre a 
influência de distintos fatores ambientais (temperatura, pressão, salinidade). As 
variações nos teores de oxigênio dissolvido estão associadas aos processos físicos, 
químicos e biológicos que ocorrem nos corpos d’água. Para a manutenção da vida 
aquática aeróbica são necessários teores mínimos de oxigênio dissolvido de 2 mg/L 
a 5 mg/L, exigência de cada organismo. A concentração de oxigênio disponível 
mínima necessária para sobrevivência das espécies piscícolas é de 4 mg/L para a 
maioria dos peixes e de 5 mg/L para trutas. Em condições de anaerobiose (ausência 
de oxigênio dissolvido) os compostos químicos são encontrados na sua forma 
reduzida (isto é, não oxidada), a qual é geralmente solúvel no meio líquido, 
disponibilizando, portanto, as substâncias para assimilação pelos organismos que 
sobrevivem no ambiente. Á medida em que cresce a concentração de oxigênio 
dissolvido os compostos vão se precipitando, ficando armazenados no fundo dos 
corpos d’água. 
Matéria orgânica 
A matéria orgânica da água é necessária aos seres heterótrofos, na sua 
nutrição, e aos autótrofos, como fonte de sais nutrientes e gás carbônico. Em grandes 
quantidades, no entanto, podem causar alguns problemas, como cor, odor, turbidez e 
consumo do oxigênio dissolvido pelos organismos decompositores. O consumo de 
oxigênio é um dos problemas mais sérios do aumento do teor de matéria orgânica, 
pois provoca desequilíbrios ecológicos, podendo causar a extinção dos organismos 
aeróbicos. Geralmente, são utilizados dois indicadores do teor de matéria orgânica na 
água: Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio 
(DQO). A diferença entre DBO e DQO está no tipo de matéria orgânica estabilizada. 
Enquanto a DBO refere-se exclusivamente à matéria orgânica mineralizada por 
atividade dos micro-organismos, a DQO engloba, também, a estabilização da matéria 
orgânica ocorrida por processos químicos (BRASIL, 2014) 
5.2 Parâmetros biológicos 
Organismos indicadores 
 
 
13 
 
 
As bactérias do grupo coliforme habitam normalmente o intestino de homens e 
animais, servindo, portanto, como indicadoras da contaminação de uma amostra de 
água por fezes. Como a maior parte das doenças associadas com a água é transmitida 
por via fecal, isto é, os organismos patogênicos, ao serem eliminados pelas fezes, 
atingem o ambiente aquático, podendo vir a contaminar as pessoas que se abasteçam 
de forma inadequada desta água, conclui-seque as bactérias coliformes podem ser 
usadas como indicadoras desta contaminação. Quanto maior a população de 
coliformes em uma amostra de água, maior é a chance de que haja contaminação por 
organismos patogênicos. 
As principais comunidades que habitam o ambiente aquático são: 
Plâncton: organismos sem movimentação própria, que vivem em suspensão na 
água, podendo ser grupados em fitoplâncton (algas, bactérias) e zooplâncton 
(protozoários, rotíferos, crustáceos). A comunidade planctônica exerce um papel 
fundamental na ecologia aquática, tanto na construção da cadeia alimentar, quanto 
na condução de processos essenciais, como a produção de oxigênio e a 
decomposição da matéria orgânica; 
Benton: é a comunidade que habita o fundo de rios e lagos, sendo constituída 
principalmente por larvas de insetos e por organismos anelídeos, semelhantes às 
minhocas. A atividade da comunidade bentônica influi nos processos de solubilização 
dos materiais depositados no fundo de ambientes aquáticos. Além disso, pelo fato de 
serem muito sensíveis e apresentarem reduzida locomoção e fácil visualização, os 
organismos bentônicos são considerados como excelentes indicadores da qualidade 
da água; 
Necton: é a comunidade de organismos que apresentam movimentação 
própria, sendo representada principalmente pelos peixes. Além do seu significado 
ecológico, situando-se no topo da cadeia alimentar, os peixes servem como fonte de 
proteínas para a população e também podem atuar como indicadores da qualidade 
da água (rotíferos, crustáceos). A comunidade planctônica exerce um papel 
fundamental na ecologia aquática, tanto na construção da cadeia alimentar, Manual 
de Controle da Qualidade da Água para Técnicos que Trabalham em ETAS 29 quanto 
na condução de processos essenciais, como a produção de oxigênio e a 
decomposição da matéria orgânica (BRASIL, 2014) 
 
 
14 
 
 
São feitas referências aos seguintes padrões de qualidade da água: 
5.3 Padrão de potabilidade: Portaria de Consolidação Nº 5 Anexo XX do Ministério 
da Saúde e Portaria 2914 (2011) do Ministério da Saúde. 
5.4 Padrão de corpos d'água: Resolução CONAMA 357 (2005), do Ministério do 
Meio Ambiente, e eventuais legislações estaduais. 
Os requisitos de qualidade de água em função do abastecimento doméstico são os 
seguintes: 
 Isenta de substâncias químicas prejudiciais à saúde; 
 Isenta de organismos prejudiciais à saúde; 
 Adequada para serviços domésticos; 
 Baixa agressividade e dureza; 
 Esteticamente agradável (baixa turbidez, cor, sabor e odor, ausência de 
macrorganismos) (SAAE, 2020). 
A qualidade requerida está bem definida nas concentrações máximas 
permitidas para determinadas substâncias, conforme especificado nas Resoluções 
CONAMA 357/05, 396/08 e 430/2011, que dispõem sobre a classificação e diretrizes 
ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e superficiais e 
estabelecem as condições e padrões de lançamento de efluentes. Os principais 
indicadores da qualidade da água são separados sob os aspectos físicos, químicos e 
biológicos (BRASIL, 2014). 
 
 
15 
 
 
6 FONTES DE POLUIÇÃO 
 
Fonte: static.brasilescola 
Os ecossistemas aquáticos têm sido alterados de maneira significativa em 
função de múltiplos impactos ambientais advindos de atividades antrópicas, tais como: 
mineração, construção de barragens e represas, retilinização e desvio de curso 
natural de rios, lançamento de efluentes domésticos e industriais não tratados, 
desmatamento e uso inadequado do solo em regiões ripárias e planícies de 
inundação, superexposição de recursos pesqueiros, introdução de espécies exóticas. 
Tais alterações provocam desestruturação do ambiente físico-químico e alteração da 
dinâmica natural das comunidades biológicas (MARQUES et al, 2017). 
Diversas substâncias têm sido consideradas contaminantes emergentes, tais 
como: fármacos, compostos usados em produtos de higiene pessoal (ex: protetores 
solares), hormônios, alquilfenóis e seus derivados, drogas ilícitas, sucralose e outros 
adoçantes artificiais, pesticidas; subprodutos provenientes de processos de 
desinfecção de águas (DPB, do inglês, Desinfect by Products); retardantes de chama 
bromados; compostos perfluorados; siloxanos; benzotriazóis; ácidos naftênicos; 
percloratos; dioxinas; nanomateriais; líquidos iônicos e microplásticos. Além desses, 
alguns microorganismos e toxinas de algas também são considerados contaminantes 
emergentes (RICHARDSON et al, 2016). 
6.1 Classes de contaminantes emergentes determinadas no Brasil 
Fármacos 
 
 
16 
 
 
Os fármacos pertencem a uma das classes de contaminantes emergentes mais 
estudadas em todo o mundo (sendo a segunda mais estudada no Brasil), pois são 
constantemente lançados no ambiente em grandes quantidades, além de serem 
produzidos com a finalidade de apresentarem efeitos biológicos. Muitos são 
persistentes e lipofílicos, podendo ser bioacumulados, outros são parcialmente 
metabolizados pelo organismo e seus metabólitos, lançados no ambiente, também 
podem causar efeitos à biota e ao homem (MONTAGNER et al, 2017). 
Os fármacos incluem todas as drogas consumidas com ou sem prescrição 
médica, de uso humano ou veterinário, e suplementos alimentares. Nas últimas 
décadas houve um aumento significativo no consumo de medicamentos em todo o 
mundo, inclusive no Brasil, principalmente aqueles vendidos sem prescrição médica, 
como os analgésicos e antitérmicos e aqueles de uso contínuo como os reguladores 
lipídicos, anticoncepcionais e antidepressivos. O mercado farmacêutico mundial 
movimenta bilhões de dólares anualmente, com um crescimento de mercado que tem 
se expandido tanto em quantidade como em variedade de novos princípios ativos72 
As maiores preocupações são com os fármacos de origem hormonal, dado seu 
potencial de interferência endócrina; os fármacos psicoterápicos, que agem 
diretamente no sistema nervoso central; e os antimicrobianos devido ao fato de 
promoverem um aumento na quantidade de bactérias resistentes. Este último, vem 
recebendo grande destaque na Organização Mundial da Saúde (OMS ou WHO, do 
inglês World Health Organization) nos últimos anos e, em 2016 foi lançado um alerta 
mundial sobre esta problemática, a qual países do mundo todo deverão participar com 
ações de grande, médio e pequeno porte com objetivo de minimizar os efeitos da 
resistência aos antimicrobianos. De acordo com a OMS, são necessários inovações e 
investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos 
antimicrobianos, vacinas e instrumentos de diagnóstico (MONTAGNER et al, 2017). 
Produtos de higiene pessoal 
Os produtos de higiene pessoal referem-se aos cosméticos, fragrâncias, 
compostos antimicrobianos, antioxidantes e cremes preservativos, inseticidas 
repelentes e os protetores solares, cujo consumo mundial vem aumentando 
exponencialmente na última década. Muitos compostos usados nestes produtos são 
lipossolúveis e, portanto, possuem alto potencial de bioacumulação (RICHARDSON 
 
 
17 
 
 
et al, 2016), e além disso, alguns são parcialmente removidos pelos processos de 
tratamento convencionais de água e esgoto. Desde 2010, o Brasil ocupa a 3º posição 
no consumo mundial, perdendo apenas para os EUA e Japão, de acordo com a 
Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos 
(Abihpec), o que pode nos remeter a um cenário típico de contaminação ambiental, 
principalmente nas regiões sul e sudeste do país onde a densidade populacional é 
mais alta (LUO et al, 2014). 
 Drogas ilícitas ou drogas de abuso 
Com relação às drogas ilícitas ou drogas de abuso, a preocupação ambiental 
foge do aspecto regulatório uma vez que são ilícitas. Os trabalhos descritos na 
literatura abordam métodos analíticos para a determinação em concentrações traços, 
apresentam dados de ocorrência em esgoto (Feitosa, et al, 2013) em corpos d'água 
superficiais e na água tratada,e buscam por endpoints ecotoxicológicos que 
possibilitem correlacionar um efeito a uma concentração, permitindo que uma 
avaliação do risco tanto para a biota aquática quanto para a saúde humana possa ser 
analisada com clareza (CAMPESTRINI et al, 2016) 
Compostos de uso industrial 
Alguns compostos de uso industrial também são classificados como 
contaminantes emergentes, tendo sido determinado em amostras de esgoto, águas 
superficiais e de abastecimento público no Brasil em concentrações entre 0,04 e 
78250 ng L-1. Dentre eles, pode-se citar o bisfenol A, os alquilfenóis, as bifenilas 
policloradas, os ftalatos, os compostos perfluorados (PFC, do inglês perfluorinated 
compounds) e os retardantes de chama bromados. A maior preocupação está nas 
quantidades em que são lançados ao ambiente, uma vez que a maioria destes 
compostos não possui padrões de emissão e, portanto, não há um valor máximo 
designado especificamente ao lançamento deste tipo de contaminante pelo efluente. 
Alguns países têm adotados valores de referência para a gestão de algumas 
substâncias consideradas mais relevantes do ponto de vista de contaminação 
ambiental, como exemplos, a Directive 2008/105/EC da European Parliament and 
The Council e a Canadian Environmental Protection Act. Muitos são lipossolúveis e 
alguns deles são ainda classificados como poluentes orgânicos persistentes (LUO et 
al, 2014). 
 
 
18 
 
 
Pesticidas 
O cultivo agrícola gera um desequilíbrio biológico na natureza seja pela 
remoção de culturas competitivas, pelo uso de linhagens obtidas por seleção, falta de 
revezamento de culturas numa única área de plantio, adubação, irrigação, poda ou 
controle de pragas. O aumento da população mundial e, consequentemente, o 
aumento pela demanda de alimentos, aliado as práticas modernas de cultivo, 
consolidaram os pesticidas como a principal ferramenta para assegurar a proteção 
contra perdas na produção ou destruição de culturas. Há, portanto, uma disseminação 
de diferentes substâncias químicas desenvolvidas para atuar em um conjunto 
específico de pragas, mas que acabam sendo potencialmente danosas a organismos 
não alvos incluindo a biota e o homem. A preservação da qualidade ambiental é um 
dos principais desafios deste cenário, tendo em vista a grande quantidade de 
pesticidas que são lançados no ambiente (MONTAGNER et al, 2017). 
Dentre os contaminantes emergentes, alguns compostos são ainda 
classificados pelos seus potenciais ou capacidades de alterarem as funções do 
sistema endócrino e, consequentemente, causar efeitos adversos em um organismo 
saudável ou em seus descendentes. São denominados interferentes endócrinos e 
definidos pela USEPA como "um agente exógeno que interfere na síntese, secreção, 
transporte, ligação, ação ou eliminação dos hormônios naturais no corpo que são 
responsáveis pela manutenção da homeostase, reprodução, desenvolvimento e/ou 
comportamento" (MONTAGNER et al, 2017). 
Agências ambientais e organizações não-governamentais classificam os 
interferentes endócrinos em três classes principais: os estrogênios naturais, os 
estrogênios sintéticos e os xenoestrogênios. Os estrogênios sintéticos apresentam 
maior capacidade de interferir no sistema endócrino humano em comparação aos 
demais tipos de estrógenos, enquanto que os xenoestrogênios são menos potentes, 
porém mais prováveis de serem encontrados no ambiente. 
Estrogênios naturais 
Os estrogênios naturais fazem parte de um grupo de vários hormônios 
lipossolúveis produzidos principalmente nos ovários, mas também em quantidades 
consideráveis na placenta e em menores quantidades nos testículos e no córtex 
adrenal. Os hormônios estradiol, estrona e estriol são os três principais estrogênios 
 
 
19 
 
 
endógenos. Além destes, a progesterona e a testosterona são exemplos de outros 
hormônios naturais que, assim como os estrogênios, são excretados diariamente pela 
urina e podem ser determinados nos corpos d'água que recebem grandes aportes de 
esgoto doméstico (Machado et al, 2016). 
Estrogênios sintéticos 
Os estrogênios sintéticos, encontrados em produtos farmacêuticos, são 
esteróides que tiveram suas estruturas moleculares alteradas. Os principais usos 
estão relacionados aos contraceptivos, terapias de reposição hormonal e tratamento 
de neoplasias. São compostos sintetizados para agirem diretamente no sistema 
endócrino, por isso possuem alto potencial estrogênico. 
O termo xenoestrogênio é aplicado a uma série de substâncias químicas 
produzidas pelo homem que confundem os receptores celulares dos estrogênios no 
organismo, interferindo nas mensagens bioquímicas naturais. Podem ou não ser 
compostos do tipo esteroidais, tendo a habilidade de mimetizar ou bloquear a 
atividade dos hormônios endógenos, bem como alterar a forma como os hormônios e 
seus receptores proteicos atuam, são produzidos e/ou metabolizados. O mecanismo 
de ação depende da estrutura química de cada molécula, assim como o potencial 
estrogênico e, consequentemente, os efeitos observados nos organismos 
(MONTAGNER et al, 2017). 
7 ÁGUAS RESIDUÁRIAS: ESGOTOS DOMÉSTICOS 
 
Fonte: encrypted- 
 
 
20 
 
 
As águas residuárias são uma combinação de efluentes domésticos, despejos 
industriais, efluentes de estabelecimentos comerciais e institucionais, águas pluviais 
e de drenagem urbana, assim como efluentes agropecuários (CORCORAN et al., 
2010). 
Quando as águas residuárias permanecem paradas e sem tratamento, a 
decomposição da matéria orgânica nela contida pode produzir gases com odores 
fétidos e conduzir à redução no conteúdo do oxigênio dissolvido que afetará a vida 
aquática; adicionalmente, as águas residuárias podem conter microrganismos 
patogênicos que causam riscos à saúde humana e dos animais. Além dos efeitos da 
matéria orgânica e dos patógenos, e devido às preocupações ambientais são cada 
vez mais comuns os estudos para analisar compostos orgânicos específicos nos 
corpos de água. Entre esses compostos estão inclusos os agrotóxicos, 
potencialmente prejudiciais para a flora e fauna naturais; trihalometanos e outros 
compostos clorados, que podem prejudicar a saúde humana; e compostos químicos 
de origem industrial, que podem danificar a ecologia natural (ORTIZ et al, 2016). 
7.1 Constituição das águas residuárias e tipos de efluentes 
A qualidade das águas residuárias varia de acordo com os tipos de efluentes 
envolvidos, como esgoto sanitário, deposição atmosférica húmida e seca, escoamento 
superficial urbano incluindo poluição advinda do tráfego veicular, escoamento 
agrícola; sendo que a diversidade de contaminantes pode ser ainda maior quando 
incluídos os efluentes industriais (RATOLA et al., 2012). 
De acordo com Shi (2014), existem muitos tipos de efluentes industriais com 
base nos diversos tipos de indústrias e contaminantes, no qual cada setor produz a 
sua própria combinação de poluentes. Dentre os setores industriais que o autor 
destaca estão o de ferro e aço, têxtil e couro, papel e celulose, petroquímica e 
refinarias, química, metais não ferrosos, microeletrônica e o de mineração. 
As águas residuárias domésticas apresentam concentrações típicas na ordem 
de 300 mg/L de DBO, 600 mg/L para DQO, 45 mg/L de nitrogênio total, 7 mg/L de 
fósforo total e 1100 mg/L de sólidos totais (VON SPERLING, 2012). 
Além da caracterização das águas residuárias é necessário estabelecer 
claramente a destinação final do esgoto, seja para reuso urbano, industrial, para 
irrigação, recarga de aquíferos, ou para seu lançamento em um corpo de água 
 
 
21 
 
 
receptor. Neste último caso, é fundamental realizar um modelamento da qualidade da 
água no corpo receptor. Dentre os objetivos do modelamento estão à previsão de 
condições futuras e o planejamento de níveis e eficiências do tratamento dos esgotos 
(ORTIZ et al, 2016). 
7.2 Tratamento das águas residuárias 
As estações de tratamento de esgoto (ETE)são projetadas com diferentes 
propósitos como proteger a saúde pública e vida aquática, assim como preservar o 
melhor uso da água. O tipo de poluente varia de acordo com as fontes das águas 
residuárias. No caso do esgoto sanitário ou doméstico, a água foi utilizada por uma 
comunidade e pode conter todos os materiais adicionados ao líquido durante seu uso, 
como por exemplo, excretas humanas (fezes e urina), produtos de higiene pessoal e 
limpeza. O escasso tratamento das águas residuárias, é um problema no mundo todo, 
pois as tecnologias disponíveis para tal fim são muito custosas em muitos dos casos 
(ORTIZ et al, 2016). 
É certo que algumas empresas já se preocupam em buscar alternativas nesse 
sentido, pode-se citar o sistema convencional de lagoas como um desses 
mecanismos. Porém, atualmente os sistemas de tratamento do tipo wetlands são 
vistos pela comunidade cientifica como uma alternativa viável economicamente para 
locais com amplas áreas, e tem como principais atrativos a independência de energia 
elétrica para o processo, bem como, a não necessidade de produtos químicos além 
forte apelo ambiental e possibilidade de compor o paisagismo local (SILVA JUNIOR 
E ALMEIDA, 2015). 
7.3 Fitodepuração como alternativa de tratamento de águas residuárias 
Fitodepuração refere-se a sistemas de tratamentos de efluentes que utilizam o 
conjunto planta para tratamento. Pode ser definido também como sistemas 
concebidos para tratamento de águas residuárias em zonas úmidas artificiais com o 
objetivo de reproduzir os processos de autodepuração natural em um ambiente 
controlável. Para isso são utilizadas plantas conhecidas como macrófitas aquáticas, 
onde as mesmas possuem a capacidade de absorverem poluentes de água 
contaminada por meio de suas raízes ou folhas. Uma das plantas mais citada em 
estudos como que visa o tratamento de efluentes é o aguapé. O aguapé é uma planta 
com raízes longas (até um metro), rizomas, estolões, pecíolos, folhas e 
 
 
22 
 
 
inflorescências, podendo atingir uma altura variando desde alguns centímetros fora 
d’água, até um metro (DIAS, 2019). 
Uma característica que deve ser notada no caso do aguapé é que, em seu 
processo metabólico, esta espécie pode absorver alguns elementos poluidores da 
água, e os transforma em biomassa fresca, através da fotossíntese; a matéria tóxica 
que é retirada por ele, cerca de 95 a 98%, acumula-se no sistema radicular, 
preservando as folhas da contaminação. As plantas aquáticas aparecem como 
alternativa viável a problemática dos recursos hídricos, desempenham uma função 
importante dentro dos ecossistemas, elas afetam a química da água por meio da 
absorção de substâncias que podem ser nutrientes ou elementos tóxicos presentes 
na composição do fluído o que proporciona circunstâncias favoráveis para a 
sobrevivência de vários espécimes aquáticos, e serve como componente alimentar 
para esses seres (BORBA et al., 2018). 
Eichhornia crassipes, popularmente conhecida como aguapé ou jacinto d’água, 
se caracteriza por ser uma macrófita aquática flutuante livre, nativa da América do Sul, 
pertencente à família Pontederidaceae. Se reproduz de duas formas: sexuadamente 
por sementes, e também de forma assexuada, por estolões (SOUZA, 2016). 
A espécie tem provado possuir elevado potencial econômico e ecológico para 
muitas regiões subtropicais e tropicais do mundo. O aguapé é listado como uma das 
plantas mais produtivas na terra, sendo sua logística de crescimento verificada em 
águas doces de mais de 50 países, nos cinco continentes. É especialmente difundida 
na América do Sul e Central, sudeste asiático, sudeste dos Estados Unidos, África 
central e ocidental (SOUZA, 2016). 
Para a pesquisa a espécie de Eichhornia crassipes (aguapé), foi coletada nas 
margens de um corpo hídrico, localizado na comunidade Calumbi, cerca de 10 km do 
perímetro urbano do município de Corrente Piauí. Para escolha da espécie apropriada 
para o experimento, foi selecionada as amostras mais saudáveis, adultas e com uma 
raiz, caule e folhas mais volumosas e desenvolvidas. Xanthosoma sagittifolium, é uma 
monocotiledônea herbácea, tropical, perene, rizomatosa, que pode atingir até dois 
metros de altura. Possui como características grandes folhas cordiformes encontradas 
em tons de verde e roxo escuro, com enormes limbos cerosos e carnosos e, com 
nervuras marcantes (MARTINEZ, 2018). 
 
 
23 
 
 
 A planta é cultivada em praticamente todas as regiões do Brasil e por ser uma 
espécie tropical, necessita de temperaturas quentes, em torno de 25 a 28 graus 
Celsius. A taioba não tolera geada e em condições climáticas onde as temperaturas 
sejam inferiores a 15 graus Celsius, o crescimento da planta é muito comprometido. 
Para que se desenvolva bem, necessita de solos bem drenados, enriquecidos com 
matéria orgânica e cujo pH esteja entre 6 e 7 (MARTINEZ, 2018). 
As macrófitas exerceram efeito filtrante significativo sobre bactérias indicadoras 
de poluição fecal devido suas raízes ficarem cobertas com material orgânico e 
mucilaginoso permitindo a formação da comunidade periférica conforme o observado 
nas raízes das macrófitas utilizadas neste trabalho (DIAS et al., 2016). 
8 ÁGUAS PLUVIAIS 
 
Fonte: image/jpeg 
O uso de tecnologias de aproveitamento de águas pluviais se deu desde o 
período antes de Cristo. No ano de 850 a.C., a pedra Mohabita, encontrada no Oriente 
Médio, é o primeiro registro feito sobre o tema, onde o rei Mesa sugere que seja criado 
um reservatório em cada casa para uso próprio. Durante o Império Romano foram 
construídas diversas instalações para aproveitamento de águas de chuvas, por toda 
Itália há registros dessas construções. Na cidade portuguesa de Tomar existem 
construções centenárias que ainda são utilizadas, como é o caso da Fortaleza dos 
Templários (OLIVEIRA, 2014) 
Água de chuva é definida como a água resultante de precipitações 
atmosféricas coletada em coberturas, telhados, onde não haja circulação de pessoas, 
 
 
24 
 
 
veículos ou animais. De acordo com a Portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde 
que normatiza a qualidade da água para consumo humano, tal água é considerada 
como não potável por suas características físico-químicas e biológicas. A água 
advinda da chuva vem com o ph alterado devido a várias substâncias encontradas no 
ar e no local de captação, tais como poeira, folhas, fezes de animais entre outros, por 
esse motivo ela é não se enquadra nos requisitos necessário para o consumo 
humano, devendo ser utilizada para usos domésticos entre outros e que não tenha 
contato com a alimentação do ser humano (QUIZA, 2017). 
De acordo com Andrade Neto (2013), para que a utilização de água da chuva 
seja de forma eficiente, é necessário que posteriormente a realização da coleta de 
água a mesma seja direcionada a um reservatório o mais rápido possível, sendo este 
uma cisterna, caixas d'águas, tambores plásticos entre outros da mesma natureza, 
considerando que a cisterna é o meio mais viável, diferente dos outros uma vez que 
são limitados quanto a sua capacidade. 
Em termos de eficiência de reaproveitamento, são necessárias algumas 
etapas que tornem o procedimento mais seguro e de fácil manuseio. Primeiramente 
deve ser feito o dimensionamento do Sistema, o que varia com a necessidade de cada 
usuário, em seguida se define o modelo do sistema que se enquadre da melhor forma 
com o perfil do local a ser implantado, logo após seriam estabelecidos os materiais 
utilizados e a instalação dos mesmos, sendo de suma importância a escolha correta 
do filtro e da bomba em casos em que esta se faça necessário. O sistema de captação 
de água funciona da seguinte maneira: a água pluvial chega no local de captação, 
neste caso o telhado residencial em seguida é conduzida pelas caneletas onde passa 
por um filtro para retira da das sujeiras mais grossas como folhas, galhos, pequenos 
animais, pedrasentre outros, em alguns casos pode-se utilizar o freio d'água, como o 
próprio nome sugere, é um dispositivo com intuito de diminuir a velocidade da água 
ao chegar no reservatório, assim prevenindo a fusão das partículas de impurezas com 
a água já decantada (ANDRADE et al, 2017). 
Conforme (ECV INSTALAÇÕES, 2018). Para a edificação que não possui 
uma devida estrutura de captação, prepõe-se a implantação do respectivo sistema, 
uma vez que todo imóvel exposto ao meio externo está apto a ser canal de captação 
de água pluvial. 
 
 
25 
 
 
 
Fonte: ejeamb.com.br 
É possível efetuar a instalação completa de captação utilizando os seguintes 
materiais: 
 Bacia Coletora ou telhado para captar água da chuva; 
 Calhas horizontais e verticais que direcionam a água captada; 
  Filtro grosso para apreender os resíduos sólidos; 
 Filtro de areia que retém parte das impurezas presente na água; 
 Filtro desferrizador que retira o ferro de manganês presente na água; 
 Separador de águas com função de descartar a primeira chuva; 
  Unidade de desinfecção responsável por garantir a segurança sanitária 
através da adição de cloro ou ozônio; 
  Reservatório para armazenar a água captada; 
 
 
26 
 
 
 Sistema de pressurização para bombas; 
 Sistema de segurança e automação que envia a água armazenada para 
caixas de alimentação reservatório elevado; 
  Tubulação especifica para escoamento da água reservada. 
Destaca-se em Quiza (2017) que deve se descartar a água da primeira chuva 
ou dos primeiros minutos, pois esta fará a limpeza do telhado, com a retirada das 
impurezas. Tomaz (2010) relata que deve se instalar uma torneira na parte final do 
encanamento no intuito de facilitar o escoamento da primeira água captada. 
Posteriormente a esse processo de limpeza do telhado é que se aproveita a água das 
próximas chuvas, que são encaminhadas para o reservatório, este deve conter um 
dispositivo de liberação da água quando atingir seu limite de capacidade de 
armazenagem, o vulgo ladrão. Para reservatórios subterrâneos de grande capacidade 
de armazenagem, tendo este em geral a função de evitar à incidência de luz solar e 
consequentemente a proliferação de micro-organismos, devem ser instalados 
métodos de bombeamento que impulsione a água previamente armazenada para a 
caixa d'água, e esta deverá ser desassociada do reservatório de água potável. 
De acordo com Gestão de água SEBRAE (2015), mesmo que a água captada 
não seja utilizada para fins potáveis, é de grande importância manter o reservatório 
sempre limpo, principalmente no início do período chuvoso para que este esteja apto 
a receber a água captada, o mesmo deve ser bem tampado e sem rachaduras ou 
vazamentos. É necessário que se faça a adição de cloro ou água sanitária, assim 
evitado proliferação de microrganismos e mosquitos Aesdes Aegypti, que tem como 
foco a água parada. 
 Estudos comprovam que cerca de 30% a 40% do consumo de água utilizada 
em uma residência são para fins não potáveis. Portanto a utilização das águas pluviais 
como fonte alternativa de consumo nas demandas menos implacáveis, em domicílios 
se torna uma excelente opção pois converte o que seria um problema nos períodos 
de excesso de chuva devido ao grande escoamento superficial em que alguns casos 
levam a ocasionar inundações, em solução parcial no processo de racionalização da 
água advinda da rede pública (ANDRADE et al, 2017). 
 
 
27 
 
 
8.1 Reuso das águas pluviais em residências e suas vantagens 
Conforme está descrita na Normatização da Fundação Estadual do Meio 
Ambiente – FEAM (2017) destaca se como opções de uso das águas pluviais em 
residências as seguintes aplicações: 
 Irrigação de jardins; 
 Limpeza de pisos; 
 Descargas em vasos sanitários; 
 Abastecimento de sistema de ar condicionado e de combate a incêndio; 
 Lavagem de veículos; 
  Higienização de ambientes externos; 
 Lavagem de roupas. 
Diante do pressuposto considera se fatores benéficos na utilização de águas 
pluviais nas cidades, a diminuição do consumo de água potável e o auxílio na 
distribuição para a drenagem da água precipitada. A princípio a água da chuva 
armazenada tem aspecto de limpa, mais ao contrário do que se parece, 
principalmente em regiões urbanas a mesma contem impurezas provenientes do 
contato da água com a poluição atmosférica, assim sendo esta não é recomendada 
para o consumo humano, ao passo que na região da Bavária na Alemanha esta foi 
liberada para a lavagem de roupas por conclui-se que os agentes patogênicos 
existentes na respectiva água são os mesmos encontrados nas máquinas de lavar e 
nas roupas que seriam lavadas (ANDRADE et al, 2017). 
Em 2005, a ANA – Agência Nacional de Águas, a FIESP – Federação das 
Indústrias do Estado de São Paulo e o SindusCon-SP – Sindicato da Indústria da 
Construção Civil do Estado de São Paulo juntamente com agentes públicos, empresas 
de tecnologia, fabricantes e instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimento 
tecnológico, se reuniram para elaborar um manual de conservação e reuso de água 
em edificações, onde se estabelece padrões necessário para garantir o uso eficiente 
da água não-potável nas residências, sendo estes: 
 Água para rega de jardins, descarga em vasos sanitário e lavagem de 
ambientes e veículos não podem ser abrasivas, nem estar com mau-cheiro ou conter 
componentes que ataquem as plantas, não podendo manchar superfícies, devendo 
ser livre de infecções, vírus ou bactérias nocivas ao homem; 
 
 
28 
 
 
 Refrigeração e sistema de ar condicionado, além dos requisitos dos itens 
anteriores, as águas não devem danificar as peças e nem causar incrustações; 
 Água para lavagem de roupa: deve ser incolor, inodora e livre de algas, vírus, 
bactérias, elementos sólidos, metais e substâncias que danifiquem os metais 
sanitários e as lavadoras. (Revista do CEDS 2014). 
9 EFLUENTES INDUSTRIAIS 
 
Fonte: solucoesindustriais.com.br 
Segundo os autores Giordano; Surerus (2015), efluentes líquidos industriais 
são o conjunto de quaisquer águas descartadas pelas indústrias. A legislação 
ambiental corrobora com a realização da correta gestão ambiental (SANTOS 
PEIXOTO, 2018). Referente a este assunto, a resolução CONAMA n° 357/2005, 
posteriormente alterada para CONAMA n° 430/2011 enfatiza o correto destino dos 
efluentes. A resolução CONAMA n° 430/2011 aponta ainda uma lista com parâmetros 
cujos valores não devem ter seus limites ultrapassados (BRASIL, 2011). 
Existem diferentes tipos de tratamento para efluentes industriais, variando-se 
sua eficiência como: 
 
 
29 
 
 
9.1 Reator anaeróbio UASB 
 
Fonte: researchgate.net 
O reator anaeróbio de manta de lodo de fluxo ascendente (UASB) é composto 
por um manto de lodo, no qual o afluente entra na parte inferior do reator em 
movimento ascendente, e atravessa uma camada de lodo biológico. O efluente é 
então encaminhado para um separador de fases (gás-sólido-líquido) enquanto escoa 
em direção à superfície. A utilização desses reatores apresenta vantagens como baixo 
custo de implantação, simplicidade operacional, menor geração de lodo, menor 
consumo de energia elétrica, dentre outras. Além disso, verifica-se que a maior parte 
do material orgânico biodegradável presente no despejo é convertida em biogás 
(cerca de 70 a 90%), que pode ser aproveitado em diversas aplicações (SANTOS et 
al, 2016). 
Em termos de processo, o dispositivo mais característico do DAFA (como é 
conhecido no Brasil) é o separador de fases. Este é colocado no reator e o divide em 
uma parte inferior, onde há uma manta de lodo, responsável pela digestão anaeróbia, 
e uma parte superior ou zona de sedimentação. A água residuária entra pelo fundo do 
 
 
30 
 
 
reator anaeróbio e segue uma trajetória ascendente, passando pela zona de digestão, 
atravessando uma abertura existente no separador de fases e entrando para a zonade sedimentação. Quando a água residuária entra no reator, ocorre à mistura do 
material orgânico nela presente com o lodo anaeróbio presente na zona de digestão, 
propiciando então a digestão anaeróbia, o que resulta na produção de biogás e no 
crescimento de lodo (GOMIDES et al, 2020). 
Apesar da grande aceitação e de todas as vantagens inerentes aos reatores 
anaeróbios, tipo UASB, permanece nesses sistemas uma grande dificuldade de 
produzir, isoladamente, um efluente dentro dos padrões estabelecidos pela legislação 
ambiental do país. De forma similar à maioria dos processos compactos de 
tratamento, os reatores UASB, ainda que bem adequados à remoção da matéria 
carbonácea dos esgotos, não são eficientes na remoção de nutrientes (N e P), 
eliminação de organismos patogênicos (vírus, bactérias, protozoários e helmintos) e 
efluentes muito recalcitrantes, necessitando, portanto, de uma etapa de pós-
tratamento de seus efluentes, como, por exemplo, tratamentos físico-
químicos (SANTOS et al, 2016). 
9.2 Tratamentos físico-químicos 
O tratamento físico-químico a base de coagulantes orgânicos, em substituição 
aos coagulantes inorgânicos, é uma técnica bastante estudada a fim de tratar o 
efluente dentro dos parâmetros estabelecidos pela legislação e encaminha-lo ao corpo 
hídrico receptor, minimizando impactos ao meio ambiente. Os coagulantes orgânicos 
apresentam vantagens em relação aos coagulantes inorgânicos por não 
apresentarem toxicidade e serem biodegradáveis, além de produzir lodo com menores 
concentrações de metais.No processo de tratamento físico-químico de efluentes, o 
principal objetivo é a remoção de sólidos presentes e a sedimentação utilizando 
produtos químicos ou 28 polímeros coagulantes, seguidos de uma mistura rápida para 
dispersá-los e logo após uma mistura lenta para a formação de flocos sedimentáveis. 
Esse processo se dá em laboratório por meio de um equipamento denominado Jar-
test. Em um estudo para avaliar a eficácia do processo de coagulação e floculação 
como etapa de pré-tratamento de efluentes industriais, estudos obtiveram uma 
eficiência de 99% de remoção dos compostos analisados, sendo alguns deles: sólidos 
em suspensão, demanda química de oxigênio e fósforo (FRAISOLI, 2019). 
 
 
31 
 
 
 
Fonte: slideplayer com.br. 
A coagulação e a floculação são processos físico-químicos usados para 
agregarem colóides e partículas dissolvidas em flocos maiores, que podem ser 
facilmente sedimentados por gravidade e em seguida removidos, podendo ser usado 
no pré ou pós-tratamento biológico. Esse processo utiliza sais de metal hidrolizantes 
de ferro e alumínio que são amplamente usados como coagulantes primários para 
promover a formação de agregados em efluentes e reduzir a concentração de 
corantes e outros compostos orgânicos dissolvidos (NUNES, 2012). 
O tratamento por via da adsorção e precipitação vem sendo eficazmente aceito, 
sobretudo de efluentes que contenham corantes ou outras substâncias solúveis com 
características recalcitrantes. Adsorção é um fenômeno em que o soluto é retirado de 
uma fase e acumulado na superfície da segunda fase. O material adsorvido é 
denominado adsorbato e o meio em que se processa a adsorção é o adsorvente 
(CUNHA et al, 2019). O processo de tratamento de efluentes têxteis envolvendo a 
adsorção é uma das técnicas físico-químicas considerada bem mais eficaz em relação 
aos métodos convencionais e de custos relativamente moderados em relação às 
 
 
32 
 
 
novas técnicas de tratamento de efluentes. Ademais, a adsorção constitui uma 
alternativa tecnológica extremamente importante, principalmente pela possibilidade 
do uso de adsorventes de baixo custo em processos de controle de poluição. Visa-se, 
portanto, medir os mecanismos engendrados nas indústrias têxteis para a redução 
dos impactos originados durante os processos do beneficiamento têxtil (ROSSI, 
2017). 
A adsorção de compostos orgânicos em carvão ativado é uma das tecnologias 
mais relevantes utilizada para tratamento de efluentes industriais. Seu poder 
adsorvente é proveniente da alta área superficial e de uma variedade de grupos 
funcionais em sua superfície (CUNHA et al, 2019). 
9.3 Lagoas de estabilização 
 As lagoas são escavações taludadas que possibilita alto tempo de detenção 
de esgoto sanitário sem necessidade de mecanização. Elas apresentam a vantagem 
de ter um baixo custo para a sua implantação, com projetos simples em sua 
concepção e operação além de baixo custo energético. Como desvantagens pode-se 
mencionar a necessidade de grandes áreas, algas no efluente final e os maus odores 
das lagoas anaeróbicas (MENDONÇA, 2017). 
O tratamento ocorre por meio de processos naturais chamados de 
autodepuração ou estabilização que acontece de forma parcialmente controlada. 
Neste processo, os compostos orgânicos putrescíveis são transformados em 
compostos minerais ou orgânicos com maior estabilidade utilizando-se para tanto 
organismos vivos como: protozoários, algas, bactérias e macroinvertebrados. O 
mecanismo de funcionamento das lagoas para tratamento de esgoto é bastante 
simples, nele ocorre a estabilização das matérias orgânicas pela ação das bactérias 
e tal processo necessita de lagos que possam receber o efluente a ser tratado. O 
tratamento dispensado poderá ser aeróbio ou anaeróbio a depender: da profundidade 
da lagoa; das condições físico-químicas 12 do efluente e também o nível de insolação 
que o local apresenta. O fluxo dos efluentes para as lagoas precisa ser coordenado 
tendo um tempo adequado para a retenção para que a autodepuração seja possível 
(GOMIDES et al, 2020). 
As lagoas podem receber diferentes tipos de classificação, dependendo do tipo 
de atividade biológica. Elas podem ser anaeróbias, aeróbias, facultativas e de 
maturação (UEHARA, VIDAL, 1989). Para Andrade Neto (1997) não existem lagoas 
 
 
33 
 
 
estritamente aeróbias visto que sempre se forma uma camada anaeróbia ao fundo da 
lagoa por mais que tem pouca espessura. Dentro dessa linha de entendimento o 
quadro a seguir apresenta as características de cada tipo de lagoa segundo sua 
função, eficiência e parâmetros do projeto propiciando o funcionamento adequado 
para cada lagoa (GOMIDES et al, 2020). 
Tabela 1 – Principais funções dos principais tipos de lagoa 
 
Em síntese as características que traçam distinção entre os três principais tipos 
de lagoas têm-se os aspectos dos principais tipos de lagos: 
 
As principais vantagens do método residem no fato de que estas produzem 
menor quantidade de lodo e dispensam a necessidade de aeração. Como 
desvantagens pode-se destacar o fato de que a estabilização completa necessitará 
de um processo adicional, o tratamento aeróbico. É interessante utilizar esse método 
 
 
34 
 
 
em situações em que existam maiores níveis de teor orgânico (proteínas e gorduras) 
sem que o esgoto não poderá conter substâncias tóxicas. Suas principais indicações 
estão voltadas ao tratamento de esgotos provenientes de matadouros e frigoríficos 
(MENDONÇA, 2017). 
No caso das lagoas anaeróbias a processo de estabilização se dá através do 
fenômeno de digestão ácida e fermentação metanogênica. A princípio, os micro-
organismos facultativos, em decorrência da ausência do oxigênio dissolvido, passa a 
converter as substancias orgânicas complexas em compostos mais simples, em 
especial, os componentes orgânicos ácidos. Nesta etapa se pode observar que a 
síntese (produção de material celular), os compostos intermediários e o pH cai para 
valores entre 5 e 6 (MENDONÇA, 2017). Na etapa seguinte, aquelas bactérias 
(anaeróbias) responsáveis pela produção do metano convertem os ácidos orgânicos 
em metano e em dióxido de carbono e o pH volta a subir ficando em um nível entre 
7.2 e 7.5 (GOMIDES et al, 2020). 
Vantagens e desvantagens dos sistemas de lagoas: 
 
Para definir um sistema ideal de tratamento sanitário, seriam necessáriosoutros estudos futuros. Estudos mais detalhados, como por exemplo, relacionando os 
custos de construção e operação, a formação de resíduos sólidos e os impactos 
ambientais provocado por cada possibilidade de tratamento exposto nesta pesquisa. 
Com isso, se poderia assegurar uma alternativa, para um processo de tratamento, 
com um melhor embasamento. 
9.4 Caracterização Quantitativa e Qualitativa. 
A avaliação da qualidade das águas de rios, lagos e mares para atividade que 
envolvam o contato primário com as águas, deve atender aos padrões estabelecidos 
pela Resolução CONAMA 274, de 29 de novembro de 2000. De acordo coma referida 
resolução, as condições de uso das águas doces são avaliadas em categorias, 
 
 
35 
 
 
definida de acordo com os teores de coliformes fecais ou Escherichia coli. Este 
trabalho tem por objetivo reunir análises dos vários aspectos da água como seu grau 
de Trofía, salinidade e localização dos pontos de maior lançamento de resíduos 
residenciais e industriais, dentre outros aspectos que permitem o conhecimento da 
qualidade da água em diversos trechos dos rios que compõem a Bacia do Banabuiú 
possibilitando o uso ou não uso dessa água. Nos últimos anos têm sido utilizados 
índices para avaliar a qualidade das águas, o Índice de Qualidade da Água (IQA) da 
National Sanitation Foundation (NSF). Consiste em uma média ponderada no qual o 
resultado de múltiplos testes é representado em um único valor. Os parâmetros 
avaliados são: oxigênio dissolvido (OD), coliformes fecais, potencial hidrogeniônico 
(pH), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), temperatura da água, turbidez, fosforo, 
nitrogênio e sólidos totais (RODRIGUES. 2019) 
10 CONTROLE DA POLUIÇÃO. 
 
Fonte: encrypted- 
Entre as medidas de controle da poluição e de suas consequências, destacam-
se práticas adequadas de destinação dos resíduos sólidos, evitando os depósitos de 
lixo a céu aberto, afastamento adequado entre os aterros sanitários e os recursos 
hídricos, para evitar que líquidos no solo, alcancem a água, execução de sistemas 
sanitários de destinação dos dejetos; devem ser evitados os lançamentos de dejetos 
no solo, a céu aberto e controle dos sistemas de tratamento de esgoto através de sua 
disposição no solo, que devem estar sempre distantes dos recursos hídricos e 
adotando-se medidas de controle da infiltração dos resíduos no terreno. Também tem 
 
 
36 
 
 
relevância controle da aplicação de defensivos agrícolas, incluindo: uso de produtos 
menos persistentes, tais como os inseticidas fosforados e proibição de aplicação 
desses produtos em áreas próximas aos mananciais além de obrigatoriedade do uso 
do receituário agronômico para utilização desses produtos e aplicação de pesticidas 
na dosagem correta e na época adequada (NAIME, 2019). 
O controle da utilização de fertilizantes deve ser realizado, evitando a sua 
aplicação em áreas onde possa haver riscos de poluição da água, sendo 
incrementado o uso de adubos orgânicos, em substituição aos produtos químicos. E 
remoção periódica dos dejetos de animais e destinação adequada para os mesmos. 
O controle da poluição da água deve ser essencialmente preventivo, surgindo como 
medida mais eficaz a execução de sistemas sanitários de coleta e tratamento de 
esgotos domésticos e industriais. Outras medidas devem ser adotadas visando ao 
controle da poluição da água como afastamento adequado entre sistemas de fossas 
e poços, controle do “chorume” produzido em aterros de resíduos sólidos, evitando 
que os mesmos alcancem os recursos hídricos e preservação das áreas vizinhas aos 
recursos hídricos superficiais, por meio da adoção de faixas de proteção marginais 
aos mesmos, as quais devem ser mantidas com vegetação (NAIME, 2019). 
11 CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO 
 
Fonte: image.slidesharecdn.com 
 
 
37 
 
 
Estudos sobre a poluição atmosférica e os efeitos na saúde da população têm 
demonstrado que, mesmo quando os poluentes se encontram abaixo dos níveis 
determinados pela legislação, estes são capazes de provocar efeitos na saúde das 
pessoas (GAVINIER; NASCIMENTO, 2014). Dentre as faixas etárias mais atingidas 
pelos efeitos da poluição do ar estão as crianças e os idosos. Pessoas que já sofrem 
de problemas respiratórios também se tornam mais suscetíveis a sofrer com a 
elevação nos níveis de poluentes atmosféricos (SILVA et al., 2013). 
Além de provocarem efeitos na saúde da população, os problemas causados 
pela poluição do ar também geram impactos negativos no que se refere à perspectiva 
econômica e social. Queda da produtividade agrícola, aumento de custos dos 
sistemas de saúde, maior vulnerabilidade das populações carentes pode ser vista 
como exemplos de problemas causados pela contaminação do ar (INSTITUTO DE 
ENERGIA E MEIO AMBIENTE, 2014). 
Os efeitos dos poluentes causados ao meio ambiente e à qualidade de vida das 
pessoas, além de afetarem as comunidades próximas à fonte de emissão, podem 
viajar milhares de quilômetros pela atmosfera, atingindo locais distantes. Os 
mecanismos pelos quais a poluição do ar interfere na saúde das pessoas ainda não 
são totalmente conhecidos. Diante disso, estudos epidemiológicos que avaliam essa 
questão são fundamentais, considerando-se comprovada morbidade respiratória e o 
efeito negativo que determinados poluentes são capazes de causar na qualidade de 
vida da população, sendo as hospitalizações apenas um dos efeitos gerados pela 
degradação do ar (NEGRISOLI; NASCIMENTO, 2013). 
A água potável é adequada para o consumo pois não contém microrganismos 
nocivos, não é prejudicial à saúde e exibe três características básicas: incolor, insípida 
e inodora. Quando as condições químicas da água são alteradas ela não é adequada 
para o consumo e pode resultar em doenças para as pessoas. As principais doenças 
associadas ao consumo de água contaminada são as infecções gastrointestinais, 
disenteria, leptospirose, cólera e hepatite (MAGALHÃES, 2015) 
https://www.todamateria.com.br/agua-potavel/
 
 
38 
 
 
12 POLUIÇÃO DO AR 
 
Fonte: planetaunimed.com.br 
Eventos críticos de poluição do ar são produtos de vários fatores que incluem 
densidade industrial, condições climáticas e topografia da localidade. Tais eventos 
ocorrem geralmente em regiões de baixas altitudes ou vales. Estes fatores convergem 
com a exacerbação de emissões de gases e partícculas poluentes para ―piora‖ 
aguda da qualidade do ar de determinada localidade, afetando drasticamente a 
qualidade de vida e saúde da população local em curto período de tempo. Um destes 
eventos ocorreu em Gasglow, Escócia, em 1909, quando 1063 mortes foram 
atribuídas a inversão térmica durante o inverno com a formação de intensa neblina 
sobre a cidade. Este evento foi discutido pelo Dr. Harold Antoine Des Voeux, que 
utilizou o termo ―smog, derivado de duas palavras da língua inglesa ―smoke-fog. O 
termo ―smog é utilzado para referência a formação de neblinas originadas de 
poluentes (SILVA et al, 2017). 
 
12.1 Classificação dos poluentes 
O nível de poluição atmosférica é medido pela quantidade de substâncias 
poluentes presentes no ar. A variedade das substâncias que podem ser encontradas 
na atmosfera é muito grande, o que torna difícil a tarefa de estabelecer uma 
classificação. Para facilitar essa classificação, os poluentes são divididos em duas 
categorias: 
 
 
39 
 
 
 
Fonte: CETESB (2020) 
As substâncias poluentes podem ser classificadas da seguinte forma: 
 
Fonte: CETESB (2020) 
 
A interação entre as fontes de poluição e a atmosfera vai definir o nível de 
qualidade do ar, que determina por sua vez o surgimento de efeitos adversos da 
poluição do ar sobre os receptores, que podem ser o homem, os animais, as plantas 
e os materiais. A medição sistemática da qualidade do ar é restrita a um número de 
poluentes, definidos em razão de sua importância e dos recursos disponíveis para seu 
acompanhamento (CETESB,2020). 
12.2 Efluentes 
Segundo a Resolução CONAMA no 03/1990 (BRASIL, 1990, Art. 1º, parágrafo 
único): 
 
 
40 
 
 
Entende-se como poluente atmosférico qualquer forma de matéria ou energia 
com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características 
em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar 
o ar: impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; inconveniente ao bem-estar 
público; danoso aos materiais, à fauna e flora; prejudicial à segurança, ao uso 
e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade. 
 Primários e secundários 
Efluentes primários, emitidos diretamente das fontes na atmosfera e 
secundários, provenientes das reações dos efluentes com compostos da baixa 
atmosfera, geralmente catalisados pela radiação solar. Dentre os principais poluentes 
estão o dióxido de carbono (CO2), o monóxido de carbono (CO), os óxidos de 
nitrogênio (NOx), o dióxido de enxofre (SO2) e os materiais particulados (fuligens, 
fragmentos metálicos e de carvão, névoas ácidas dentre outros). Há ainda outros 
poluentes relevantes provenientes da volatilização e/ou combustão de combustíveis 
fósseis, dentre os principais estão os compostos orgânicos voláteis (COV’s) e os 
hidrocarbonetos poliaromáticos (HPA’s). Ambos apresentam toxicidade e os COV’s 
são altamente reativos e podem participar de reações na atmosfera formando 
poluentes secundários. Um exemplo dessas reações é a formação do ozônio na baixa 
atmosfera, produto da reação fotocatalisada pela luz solar, entre os óxidos de 
nitrogênio e os COV’s (CASELLI, et al.,2010). 
12.3 Fontes poluidoras 
Dentre as principais causas da poluição hídrica, destacam-se as atividades 
agropecuárias e industriais que liberam efluentes direta ou indiretamente aos corpos 
hídricos (TUNDISI ET AL., 2015). Essas atividades têm causado efeitos negativos 
sobre os recursos hídricos. Um dos mais recorrentes é a eutrofização das águas (Le 
Moal et al., 2019), causada pelo enriquecimento da concentração de nutrientes, que 
podem chegar aos ecossistemas aquáticos por meio de formas pontuais e difusas de 
poluição. Os impactos oriundos da eutrofização são de natureza ambiental, 
econômica e social (LE MOAL ET AL., 2019), sendo que a diminuição destes implica 
em grandes gastos para a recuperação dos rios, lagoas e represas. Nesse sentido, 
avaliar a situação dos recursos hídricos por meio de parâmetros de qualidade da água 
é importante para a determinação do seu estado de conservação e para os usos 
múltiplos da água. 
 
 
41 
 
 
As fontes emissoras antrópicas são divididas em duas classes: fontes móveis 
e estacionárias. As principais fontes de emissões móveis são os veículos automotores 
como carros, caminhões, tratores dentre outros. Fontes estacionárias são oriundas de 
processos industriais, geralmente chaminés de caldeiras, fornos, termoelétricas e 
sistemas de exaustão (CASTRO; ARAÚJO e SILVA, 2013). 
12.4 Histórico da poluição atmosférica - principais episódios 
A atmosfera é um sistema dinâmico que está sujeito modificações de suas 
características em níveis locais e globais. Geralmente estas modificações ocorrem por 
fatos naturais como erupções vulcânicas ou queimadas de origem natural. Atualmente 
é consenso que ações humanas podem modificar a composição da atmosfera, seja 
no entorno de grandes concentrações urbanas ou mesmo em esfera global. Tais 
mudanças em nível global podem ter efeitos severos na mudança do clima do planeta, 
especialmente a longo prazo. Em 2015, o Acordo de Paris, celebrado por 195 países, 
reconheceu que mudanças climáticas constituem uma ameaça iminente e com 
potencial irreversibilidade de efeitos sociais e para o planeta (ONU, 2015). 
Ações antrópicas que emitem a atmosfera agentes que podem modificar a 
qualidade do ar tem origem na descoberta do fogo por humanos ancestrais. Ações 
individuais ou de pequenos grupos causavam danos de difícil percepção, mas em 
grandes aglomerações, os efeitos somados tornaram-se mais claros. Na cidade de 
Roma, há dois mil anos, houveram as primeiras reclamações relativas a qualidade do 
ar. Na Idade Média, apesar de doenças como peste bubônica e varíola dizimarem 
parte da população, já era entendido que a poluição causada pelo homem era 
responsável por causar doenças (CAVALCANTE, 2010). 
As emissões de origem antrópica foram intensificadas a partir da Revolução 
Industrial, com o aumento da demanda por fontes energéticas e o uso especialmente 
de combustíveis fósseis. As indústrias eram geralmente concentradas em regiões 
geográficas específicas, tal condição somada a ausência de políticas de controle das 
emissões e preocupação com os impactos de poluentes sobre a sociedade, 
culminaram no surgimento de vários problemas locais relativos a poluição atmosférica 
(SILVA et al, 2017). 
No decorrer do século XX, a intensificação da queima de combustíveis fósseis, 
como carvão mineral e petróleo, para geração de energia, extração e processamento 
de materiais primas como minérios e ainda setores industriaisde base como fundições 
 
 
42 
 
 
e siderugicas, fábricas de cimento, vidro e indústrias químicas tornaram-se as 
principais fontes de emissões de poluição do ar. A partir deste contexto, a atual 
concepção dos danos decorrentes da descarga de poluentes na atmosfera e 
legislações em vários países do mundo são produto de eventos críticos no decorrer 
do século XX (SILVA et al, 2017). 
Efeitos sobre as propriedades químicas e físicas da atmosfera 
A poluição do ar tornou-se um dos principais fatores que afetam a qualidade de 
vida da população causando sérios danos ao meio ambiente (Guarieiro e Guarieiro, 
2013). Uma projeção das emissões consiste em estimativas da evolução das 
emissões de poluentes atmosféricos com base em um conjunto de hipóteses sobre 
mudanças nos parâmetros-chave. A Projeção das emissões pode auxiliar nas 
premissas a serem feitas sobre os futuros níveis de atividades, como produção 
industrial, consumo de combustíveis ou de materiais, bem como a forma como os 
fatores de emissão podem mudar ao longo do tempo, em respostas as mudanças 
tecnológicas, ou a introdução de regulamentação adicional (Uk Naei, 2016). 
Atualmente no Brasil os poluentes atmosféricos padronizados são associados 
aos gases de efeito estuda (GEE): partículas totais em suspensão, fumaça, dióxido 
de enxofre (SO2), partículas inaláveis, monóxido de carbono (CO), ozônio (O3) e 
dióxido de nitrogênio (NO2). A Organização Mundial de Saúde – OMS considera que 
os poluentes atmosféricos são um dos 10 produtos químicos de maior preocupação 
para a saúde pública. As evidências científicas dos efeitos associados à poluição do 
ar estão bem estabelecidas na literatura, mas não há limite para “efeito zero” para os 
contaminantes mais estudados (PM10, PM2.5, NO2, SO2 e O3). Estima-se que para 
cada aumento de 10 mg/m3 de PM10 há um aumento de 0,5% no risco de morte. Os 
padrões vigentes variam muito de país para país, e alguns não estabelecem limites 
para alguns parâmetros ou usam limites maiores do que os recomendados pelas 
diretrizes da OMS (SANTOS et al, 2016). 
Efeito estufa 
 O efeito estufa é o fenômeno que manteve a temperatura média da Terra bem 
maior durante bilhões de anos, tornando possível a evolução da vida como a 
conhecemos. Devido a esse fenômeno, a temperatura da Terra é, em média, 30ºC 
maior do que seria na ausência do efeito estufa. As trocas de energia entre a superfície 
 
 
43 
 
 
e atmosfera mantêm as atuais condições, que proporcionam uma temperatura média 
global, próxima à superfície, de 14ºC (ACS, 2016). 
O sol irradia energia em comprimentos de onda muito curtos, 
predominantemente na parte visível ou quase visível do espectro de luz (por exemplo, 
ultravioleta). Cerca de um terço da energia solar que atinge o topo da atmosfera da 
Terra é refletida diretamente de volta ao espaço. Os dois terços restantes são 
absorvidospela superfície e, em menor escala, pela atmosfera. Para equilibrar a 
energia absorvida, a Terra, em média, irradia a mesma quantidade de energia de volta 
para o espaço. Como a Terra é muito mais fria que o Sol, ela irradia em comprimentos 
de onda muito maiores, principalmente na parte infravermelha do espectro 
eletromagnético (IPCC, 2013). 
O efeito estufa produzido de forma moderada gera resultados positivos, pois 
com isso as temperaturas se mantem positivas e não negativas como ocorreria caso 
não existissem os gases que geram este acontecimento. o dióxido de carbono, que é 
liberado com a queima de combustíveis fosseis, o metano, que além de ser produzido 
pela queima de combustíveis fosseis, advém de fazendas através da digestão dos 
animais e de aterros sanitários, o dióxido de nitrogênio, o oxido nitroso, o hexafluoreto 
de enxofre, os perfluorcarbonos, os hidrocarbonetos e o vapor de água. Eles podem 
ser provocados por ações naturais ou por ações antrópicas. Alguns, mesmo que 
sejam produzidos naturalmente, se intensificam pelas ações humanas (CANEPPELE, 
2019). 
O grande problema é que esses gases de efeito estufa estão se concentrando 
em quantidade maior do que deveriam, e o que poderia ser benéfico está se tornando 
negativo, aumentando demais a temperatura do planeta e por isso sendo alvo de 
diversas preocupações. Pois as indústrias vão crescendo, as fazendas aumentando, 
os carros ligando os motores com mais frequência e a natureza mudando de forma. É 
inegável, o aquecimento global está desenfreado. Apesar de evidências apontarem 
para o surgimento deste aquecimento na Revolução Industrial, as primeiras aparições 
de aquecimento surgiram anteriormente a esse acontecimento, as ações em usinas 
termoelétricas e industriais, além dos vários automóveis em movimento e as casas 
com sistemas de aquecimento fizeram com que a concentração de gases começasse 
a se intensificar (CANEPPELE, 2019). 
 
 
44 
 
 
As geleiras que antes eram belas paisagens de cartões postais, além de ótimos 
pontos turísticos, estão derretendo. Além disso, em 2003, um forte calor na Europa 
matou 35 mil pessoas. Em 2004, quatro furacões atingiram a Florida. No ano de 2005, 
em Las Vegas, Nevada, a temperatura chegou a ser de 47,2 °C. E ainda nesse ano 
de 2005 foram contabilizados 27 furacões nas diferentes regiões. Os resultados dessa 
mudança climática são alarmantes. Os dados são assustadores, porém refletem a 
realidade que o planeta enfrentará. Percebe-se que o problema vai além de mero 
aquecimento, pois conforme os ensinamentos de Rothschild as consequências são 
muito mais graves, como pessoas que não terão água e nem comida para consumir, 
o que leva a pensar em bilhões de mortes. (CANEPPELE, 2019). 
Padrões de qualidade do ar 
Em 28 de junho de 1990, foi publicado a Resolução CONAMA 03, em seu artigo 
primeiro, definiu que os padrões de qualidade do ar, as concentrações de poluentes 
atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o bem-estar 
da população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos materiais e ao meio 
ambiente em geral. 
 Em seu artigo segundo, foram estabelecidos os seguintes conceitos: 
 I - Padrões Primários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes 
que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população. 
 II - Padrões Secundários de Qualidade do Ar são as concentrações de 
poluentes abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da 
população, assim como o mínimo dano à fauna, à flora, aos materiais e ao meio 
ambiente em geral. 
Abaixo a tabela mostra a fixação dos padrões nacionais de qualidade do ar. 
 
Para cada poluente medido é calculado um índice, que é um valor adimensional 
obtido pela razão entre a concentração de um determinado poluente e seu padrão 
primário multiplicado por 100 (valor percentual). Dependendo do índice obtido, o ar 
 
 
45 
 
 
recebe uma qualificação, que é uma nota para a qualidade do ar, além de uma cor, 
conforme mostra a tabela (CETESB, 2013). 
 
13 POLUIÇÃO SONORA 
 
Fonte:i2.wp.com/nossavitoriape.com 
A poluição sonora é um conjunto de sons procedentes de uma ou mais fontes 
sonoras, que se manifestam ao mesmo tempo em um ambiente, seja por transmissão 
aérea ou por vibrações dos elementos. Esse tipo de poluição é considerado, 
atualmente, a terceira maior causa de poluição no mundo moderno (PROACUSTICA, 
2018). Dentre as consequências para a saúde, destacam-se cefaleias, irritabilidade, 
instabilidade emocional, ansiedade, nervosismo, perda de apetite, insônia, fadiga e 
redução de produtividade (KHAFAIE et al. 2016). Contudo, muitos sinais passam 
despercebidos devido à tolerância e aparente adaptação e são de difícil reversão 
(RAASCHOU-NIELSEN et al, 2017). 
O trânsito, mais especificamente o tráfego de veículos representa uma 
importante fonte de ruído em diversos ambientes. Estudos citam o ruído urbano como 
a principal fonte de poluição sonora (VIANNA et al. 2015). 
 
 
46 
 
 
 Estudos indicam efeitos da longa exposição aos ruídos de tráfego associados 
a um pequeno aumento nos riscos de mortalidade por doenças cardiovasculares14 e 
também uma associação positiva com a ocorrência de diabetes (CLARK, et al. 2017). 
A proteção ambiental presente nos trabalhos está sempre restrita ao ambiente 
hospitalar, como os resíduos gerados pelos serviços ou relacionado com os riscos à 
saúde do trabalhador ou da comunidade. Os estudos encontrados referentes as 
questões ambientais e a saúde humana, o que denota uma concepção frágil entre 
meio ambiente e saúde. A conscientização deve começar desde a formação, 
priorizando a interface saúde e ambiente, assim possibilitando o desenvolvimento de 
ações responsáveis com a preservação ambiental, com a tomada de decisão e a 
construção da cidadania, a partir de experiências vividas na comunidade e da reflexão 
individual (PERES et al. 2014). 
A necessidade de uma abordagem socioecológica da saúde, onde a 
comunidade possa escolher por seu potencial de saúde, através do controle dos 
fatores determinantes de sua saúde. Por ser a comunidade, um sistema social 
importante, em que os fatores socioculturais influenciam a relação entre ela e a 
situação de saúde de sua população, é necessário, compreender sua estrutura 
(GOMES, 2016). Por meio do acesso a informações e o encontro de alternativas 
práticas de superação das situações de vulnerabilidade, a participação popular pode 
alcançar melhores condições de vida e saúde, incluindo ainda programas de higiene 
pessoal e o envolvimento das escolas (SOCHARA, 2015). 
14 POLUIÇÃO VISUAL 
 
 
 
47 
 
 
Fonte: s1.static.brasilescola.uol.com.br 
As constantes transformações crescentes nos centros urbanos trazem o 
surgimento de impactos ambientais negativos, como a poluição visual que acomete 
os grandes centros urbanos promovendo, muitas vezes, descaracterização da 
paisagem. Na maioria das vezes a poluição visual acontece de maneira gradativa, 
fazendo com que a população se acostume com a desarmonia visual. O avanço 
desse tipo de poluição nos espaços urbanos deve ser contido, a fim de garantir às 
presentes e futuras gerações a oportunidade de usufruir de um meio ambiente 
artificial mais harmônico (FIORILLO, 2012). 
Assim, a poluição visual pode ser considerada como um elemento de 
depreciação da paisagem que afeta constantemente o cenário das cidades, 
transformando esse ambiente urbano de forma descontrolada e o tornando 
desarmônico. A poluição visual muitas vezes passa despercebida pelas 
pessoas que diariamente convivem com a mesma, logo, tornando-se algo comum 
e integrando-se à paisagem. Diante disso, esse estudo pretende responder como 
a população urbana de Mossoró percebe a poluição visual no centro da cidade 
(GOMES et al, 2019). 
Na pesquisa realizada por Jana eDe (2015), em Bengala, onde foram 
entrevistados os transeuntes da região. A maioria dos participantes da pesquisa 
associou o lixo como um dos principais fatores de poluição visual presente no 
ambiente urbano. Levando em consideração que a problemática da poluição visual é 
relativamente nova, muitos dos entrevistados podem ainda não associar os 
excessos de cartazes, outdoors e propagandas de modo geral também como 
poluentes visuais. Quando indagados se a poluição visual pode afetar a estética 
urbana da cidade, 95,5% afirmaram que sim, enquanto 4,5% acreditam não ter 
interferência. 
Quanto a esse fator estético, a poluição visual muitas vezes está 
associada a questões culturais no casodos excessos de elementos de 
comunicação associado ao turismo, temos o exemplo de grandes metrópoles 
como Nova York e Tóquio, que incorporam a publicidade ao arlivre ao ambiente 
natural, diferentemente do Brasil que não possui nenhum projeto voltado aos 
conteúdos publicitários com potencial turístico nos centros urbanos (SALLES; 
ESCOBAR, 2014). 
 
 
48 
 
 
Já com relação à saúde, 90,9% acreditam que de fato a mesma pode ser 
afetada e 9,1% não veem relação entre esse tipo de poluição com o bem-estar 
da população. A paisagem tem grande importância nas áreas social, cultural e 
ambiental, dessa forma, ela contribui diretamente para a qualidade de vida da 
população. A saúde das pessoas mantém grande dependência com o seu bem-
estar, modo de vida, e com o cenário onde vivem (GOMES et al, 2019). 
Um ambiente visualmente saudável, geralmente ligado a beleza natural 
como áreas verdes, tende a propiciar um alívio do estresse, em contrapartida, 
ambientes visualmente poluídos como é o caso de muitos centros urbanos, 
possui uma influência negativa como aumento da frequência cardíaca,acelerando 
a irritabilidade (KHANAL, 2018; JANA; DE, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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