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<p>UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ</p><p>POLO EAD CABO FRIO</p><p>TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA</p><p>RELATÓRIO DE ESTÁGIO II</p><p>Robson De Azevedo Buccos Filho</p><p>Matrícula: 201901343423</p><p>Araruama/RJ</p><p>2022</p><p>Trabalho apresentado como pré-requisito para avaliação na disciplina Estágio Profissional II do Curso Tecnólogo em Radiologia da Universidade Estácio de Sá, polo EAD Cabo Frio.</p><p>Orientador Profª: Raphael de Oliveira Santos</p><p>Resumo em português</p><p>Este relatório descreve as técnicas praticadas no setor de Raio X pelo aluno do curso de Tecnólogo em Radiologia do 6⸰período, que se encontra em seu primeiro estágio profissional no Centro de Diagnósticos Alfa Imagens de Araruama LTDA. São relatos das vivências e dos aprendizados no dia a dia da clínica, como exames, técnicas radiológicas usadas, gráficos comparativos entre os principais exames.</p><p>Resumo em Inglês:</p><p>This report describes the techniques practiced in the X-Ray sector by the 6th-period Radiology Technologist student, who is in his first professional internship at the Alpha Diagnostic Center for Araruama Imagens LTDA. They are reports of the experiences and learning in the clinic's daily life, such as exams, radiological techniques used, comparative graphs between the main exams.</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>O presente trabalho relata as práticas e as vivências do estágio na área de Radiologia, no setor de Raio X no Centro de Diagnósticos Alfa Imagens de Araruama LTDA, sob a supervisão da técnica em Radiologia Lívia Murtha dos Santos.</p><p>O Estágio teve início 10 de março de 2022, dentro da disciplina de estágio profissional II, pela Universidade Estácio de Sá, com carga horária de 242 horas, sendo 20 horas semanais, de terça a sexta-feira das 8h às 14h.</p><p>O Objetivo do estágio profissional II foi baseado na observação da profissional a qual está realizando os exames, para aprender na prática questões de posicionamentos anatômicos, técnicas utilizadas, postura em ambiente de trabalho, humanização no atendimento, com intuito de visar uma melhor capacitação do profissional a ser ingressado no mercado de trabalho.</p><p>A construção do relatório foi baseada nas relações nas anotações realizadas durante o período de vivencia no campo de estágio, as informações solicitadas ao paciente partem da sua idade até a anamnese, este procedimento é realizado visando o melhor atendimento ao paciente. Para a descrição de cada exame foram realizadas as tabelas indicando o tipo de exame, idade e sexo.</p><p>A presença do estágio supervisionado é de grande importância para o acadêmico do curso de tecnólogo em radiologia, pois nesse período acontece o contato em meio aos estudos.</p><p>2. Preparação da Sala de Exame</p><p>Antes de realizar qualquer exame deve-se preparar a sala de exame de radiologia para receber o paciente e faz necessária a descrição de algumas instruções básicas quanto aos procedimentos e termos radiológicos. Verifica-se o aparelho de radio-x se está funcionando corretamente, se o químico está em condição de uso, em caso de procedimento de revelação digital pela CR-30X verifica se o aparelho está em pleno funcionamento.</p><p>Conferir a solicitação médica e o tipo de incidência solicitada pelo médico para melhor avaliar a estrutura a ser radiografada. Definir o tipo de cassete para a estrutura, o sentido do posicionamento do cassete para a realização do exame, o posicionamento da ampola emissora de radiação e a distância foco filme, seguindo as orientações das tabelas pela norma para cada procedimento.</p><p>Após preparar a sala, o profissional deve se identificar e cumprimentar o paciente. Em seguida é importante explicar os procedimentos que serão adotados, pedindo o paciente para retirar os seus acessórios pessoais, tais como, cordão, pulseira, anéis, para a realização da incidência, após estes passos, inicia-se o posicionamento do paciente junto ao equipamento a ser utilizado no procedimento.</p><p>2.1 Preparo do paciente para o exame</p><p>Paciente ao adentrar a sala de exames é orientado para no caso de uso de adornos que devem ser retirados para não comprometer o estudo radiográfico da região. O paciente deve estar com a bata que se oferece pelo técnico, recobrindo-se com a abertura anterior, para facilitar o exame sem expô-lo. Informando como será o procedimento, esclarecendo ao paciente a finalidade do seu exame, passando sempre a tranqüilidade e a confiança.</p><p>O mesmo será tratado sem indiferença, com cautela e precisão necessária para que o mesmo fique a vontade e entenda todo o procedimento que será realizado até a finalização do exame, ressaltando que nunca o tecnólogo dará informações sobre exames diretamente ao paciente, sendo esta função do médico solicitante, e o mesmo estando resguardado pela constituição de acordo com as limitações dadas a sua função.</p><p>2.2 Proteção Radiológica</p><p>É muito importante na proteção ao paciente no momento da produção da imagem radiográfica. Evitar repetição de exposição excessiva ao paciente, é muito importante repetir o mínimo possível e colimar apenas a área do interesse. Proteger os órgãos e tecidos mais sensíveis, como glândulas de tireóide, mamas e gônadas, através dos equipamentos de proteção individual como: luva plumbífera, avental plumbífero, protetor de tireóide e protetor de gônadas.</p><p>É muito importante garantir a segurança de mulheres grávidas, pois o embrião ´emuito sensível a radiação emitida no exame, sobretudo nos primeiros dois meses. E sempre importante questionar se a mulher está ou suspeita de gravidez.</p><p>3. Práticas e vivências do estágio.</p><p>Iniciou-se o estágio no dia10 de março de 2022 no Centro de Diagnósticos Alfa Imagens de Araruama LTDA, localizada na rua Av. Brasil, n1741 – sala 302/303 bairro centro, na cidade de Araruama. A unidade tem uma estrutura simplificada, com Raio-x e Ultrassonografia.</p><p>No primeiro dia, conheci o espaço em que teria a grande oportunidade de desenvolver meus conhecimentos teóricos ao longo do curso, começando pela sala de exames, onde se encontra o Bucky mural e mesa onde são posicionados os pacientes. O espaço contém os EPIs e é composto também pelo tubo emissor de Raio-x e um vestuário.</p><p>Ao lado tem outro cômodo bem pequeno com a mesa de comando, onde o profissional de técnicas radiológicas seleciona os parâmetros específicos para cada tipo de exame e também se protege da radiação, pois este cômodo é revestido com materiais de chumbo para blindar a radiação secundária.</p><p>Na unidade contém o sistema (CR) radiologia computadorizada; Nesse sistema há uma leitora conectada ao computador, assim que o exame é realizado passamos o chassi no leitor CR e a imagem é automaticamente lida e repassada ao computador, formando uma imagem bem definida e nítida.</p><p>Logo ao lado do corredor de entrada da sala de exames, fica localizado o leitor CR conectado ao computador, onde se faz o cadastramento dos pacientes e, como assim mencionado, é feita a leitura das imagens. Os chassis ficam guardados nessa sala. Todos esses ambientes são climatizados para não haver superaquecimento nos aparelhos.</p><p>Após ter conhecimentos de todas as salas de exames, chassis e aparelhos, iniciei pela parte da informática, aprendendo a fazer o cadastro dos pacientes, organizar fichas por ordem chegada, selecionar cada tipo de exame para registrar no sistema e passar os chassis na leitora CR, fazer edição das imagens e enviar ao PACS (sistema de comunicação e arquivamento de imagens), com a ajuda da supervisora.</p><p>Em uma semana, já dominava toda parte informatizada. Continuei praticando por mais duas semanas, assim pude entender melhor os termos anatômicos usados pelos médicos nos pedidos de exames e a rotina padrão da clínica.</p><p>Após me aperfeiçoar, passei para a fase dos exames, observando atentamente minha supervisora para saber como devo proceder em questão do atendimento ao paciente, posicionamentos, seleção dos parâmetros de quilovoltagem (KV), miliampere (MA), miliampere-segundo (MAS) para cada exame específico.</p><p>A seguir a imagem do aparelho e equipamento utilizado no decorrer do estágio:</p><p>Sistema CR</p><p>3.1 Dez principais</p><p>exames</p><p>1) Exame de tórax em PA e perfil: Pego a ficha do paciente e faço cadastro, chamo pelo nome, dou a orientação para ir até o vestuário e retirar tudo o que for de metal na região axial,como colares,blusas e botões etc.. Então faço o posicionamento do paciente, seleciono os parâmetros, oriento-o a inspirar bem fundo para encher bem os pulmões e fazer apneia, então faço o disparo.</p><p>Nos demais exames, também se procede da mesma forma, se pede para que o paciente tire anéis, brincos, pulseiras, prótese dentária quando houver, pois eles aparecem nas imagens sobrepondo as estruturas de estudo clínico e atrapalhando assim o diagnóstico.</p><p>2) Exame da coluna cervical: oriento o paciente a tirar os brincos ou prendedor de cabelo, uso o chassi 18x24, coloco no Buck mural, posiciono o paciente em frente ao o buck em ortostase. A incidência é feita primeiro em anteroposterior (AP), distancia foco filme 1 metro, angulação cefálica, em seguida faço a incidência em perfil com distância de 1,50m.</p><p>3) Exame de coluna dorsal: Nesta incidência, uso o chassi 35x43 na vertical,oriento ao paciente a tirar tudo o que for de metal, a distancia do filme é de 1 metro. O paciente fica em ortostase anteroposterior (AP), em seguida, faço a incidência em perfil dorsal com 1,50m de distância, oriento ao paciente a não respirar na hora do disparo do raio.</p><p>4) Exame da coluna lombar: oriento ao paciente, se estiver de calça jeans com zíper ou sutiã, ir ao vestuário retirar e vestir uma camisola; uso o chassi 24x30. A marcação do chassi sempre será voltada para o lado direito do paciente. A distância foco filme é de 1 metro, posiciono o paciente no Buck. A incidência é feita em anteroposterior (AP), localizo a crista ilíaca, e o raio central vai 4cm acima da crista ilíaca, em seguida, faço o perfil da lombar a distância de 1,50m.</p><p>5) Exame de joelhos em AP, perfil e axial: Posiciono o paciente em decúbito dorsal (deitado de barriga para cima) na mesa de exame, para incidência bilateral em AP; uso o chassi 35x43. No perfil unilateral, uso a 18x24, o paciente fica em decúbito lateral (deitado de lado). Na axial bilateral, o chassi é o 24x30, o paciente fica em decúbito dorsal com os dois joelhos dobrados para cima. Nessa incidência, o paciente segura nas bordas do chassi e o coloca atras do joelhos.</p><p>6) Exame de ombro em AP (anteroposterior) oblíquo, PA (posteroanterior) oblíquo e axial: Tamanho de chassi é a 24x30 para para todas incidências, distancia de 1 metro para toda também.</p><p>7) Exames de pododáctilos (dedos dos pés) ou pés: Posiciono o paciente em decúbito dorsal na mesa (deitado de barriga para cima), com os joelhos dobrados; coloco o chassi 24x30 em baixo dos dois pés, peço para que o paciente tente não movimentar a placa; a distancia do receptor é de 1 metro.</p><p>8) Exame de seios da face (fronto-naso e mento-naso) ambos em PA: Peço que, se o paciente tiver grampo no cabelo, óculos ou prótese móvel, retire. O tamanho do chassi para essa incidência é 18x24; o paciente é posicionado em frente ao Bucky em PA.</p><p>9) Exame de bacia e coxo femoral (perna de rã e Ferguson): Tamanho do chassi é o 35x43. Se o paciente estiver de calça jeans com zíper, oriento a ir ao vestuários retirar e colocar a camisola; posiciono o paciente em decúbito dorsal (deitado de barriga pra cima). Na primeira incidência, o paciente dobra as pernas e abre como uma rã, por isso a origem do nome perna de rã. Na segunda incidência, o paciente estica as pernas e faz uma rotação interna, essa se chama Ferguson, para visualização do trocanter maior e o trocanter menor, das articulações coxofemorais e da bacia etc.</p><p>10) Exame de punho ou “pulso”: Oriento o paciente a sentar em uma cadeira próximo a mesa de Raio-x, apoiando o braço sobre a mesa, coloco o chassi 18x24 no punho do paciente e realizo os exames de PA e perfil.</p><p>3.2 Avaliação estatística comporativa entre os principais procedimentos que são realizados na rotina no Centro de Diagnósticos Alfa Imagens de Araruama LTDA</p><p>Total de exames realizados: 1760</p><p>3.3 Caso não comum vivenciado no Estágio</p><p>Neste capítulo, citarei um caso não comum que ocorreu na unidade durante meu estágio.</p><p>Certo dia, chegou um paciente criança com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), que no inicio chegou bem tranqüilo e ao decorrer do exame começou a se alterar, se debatendo, com medo e impedindo que o exame fosse realizado. Durante esse tempo houve erros no exame, na segunda tentativa o paciente levantou-se e começou a gritar e danificar os acessórios que na sala estavam, confesso que fiquei nervoso pois nunca havia passado por essa situação, e coloquei a cabeça no lugar e fiquei acalmando-o com o seu responsável e mesmo assim ele não colaborou, tivemos que estão imobiliaza-lo com a autorização de seu responsável para que realiza-se a radiografia em seu braço que estava quebrado.</p><p>Coloquei uma quantidade pequena de Miliamperagem-segundos (mAs) para que o exame fosse realizado rapidamente para não pegar os movimentos da criança e finalizar o raio-x.</p><p>4. Conclusão</p><p>Aprendi com o estágio o exercício da prática na radiologia médica, com trabalho supervisionado, assimilando toda a teoria na prática, desenvolvi a tomada de iniciativa para a resolução de problemas do cotidiano e relacionamentos com colegas e pacientes, habilidades e competências em complemento aos conteúdos teóricos do curso.</p><p>Pude observar a importância do profissional de radiologia em meio a pandemia mundial na qual vivenciamos, com o número de radiografia de tórax crescendo devido as sequelas deixada nos pulmões, que deve se entregar uma imagem de qualidade afim de facilitar o diagnóstico do paciente.</p><p>Conclui-se que com toda experiencia de ter contato com vários tipos de pacientes, diferentes faixas etárias e pedidos radiográficos, pude adquirir todos os conhecimentos práticos e teóricos necessários para me tornar capacitado para o exercício da profissão. Estive acompanhado de uma excelente supervisora, Lívia Murtha, que com toda sua paciência foi capaz de me passar boa parte de seus conhecimentos técnicos.</p><p>Nesta Clínica pude aprender a fazer a radiografia de verdade, pois não era uma área de emergência médica e os pacientes eram casos diferenciados no qual podíamos realizar todos os exames com calma e perfeccionismo.</p><p>5. Referências</p><p>http://www.apicehc.com.br/produtos/ver/sistema-de-digitalizacao-para-raios-x-e-mamografia-monocassete-cr-110hq-radiologia-digital-91</p><p>https://slideplayer.com.br/slide/10667431/</p><p>https://telemedicinamorsch.com.br/blog/exames-radiologicos-na-telerradiologia</p><p>1</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.png</p><p>image10.png</p><p>image11.png</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p>