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METODOLOGIA
DA PESQUISA
METODOLOGIA
DA PESQUISA
M
etodologia da Pesquisa
Elisabete Ana da Silva Elisabete Ana da Silva
Wheslley Rimar Bezerra Wheslley Rimar Bezerra
GRUPO SER EDUCACIONAL
gente criando o futuro
Esta disciplina tem como principal objetivo prepará-la(o) para a elaboração e a apre-
sentação de trabalhos cientí� cos, colocando em evidência as principais característi-
cas dos gêneros acadêmicos, os quais carregam especi� cidades e a necessidade de 
cuidados, de observação de critérios e rigores, já que há normas estabelecidas que 
devem ser compreendidas e seguidas por todos os que pretendem elaborá-los em 
qualquer etapa de sua formação acadêmica. 
As normas aqui mencionadas referem-se não só àquelas que compreendem as estru-
turas textuais, a linguagem predominante, a formatação exigida, mas também aos 
aspectos que fazem parte da comunicação cientí� ca como um todo.
Desde orientações sobre leitura cientí� ca, técnicas de estudo e pesquisa, os gêneros 
textuais relacionados, a organização, até a apresentação de cada um deles, espera-se 
que os métodos expostos tragam a segurança de que poderá oferecer aos seus avalia-
dores trabalhos carregados de qualidade e correção.
SER_METODOLOGIA DA PESQUISA_CAPA.indd 1,3 31/03/2021 11:08:35
© Ser Educacional 2020
Rua Treze de Maio, nº 254, Santo Amaro 
Recife-PE – CEP 50100-160
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. 
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio 
ou forma sem autorização. 
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo 
artigo 184 do Código Penal.
Imagens de ícones/capa: © Shutterstock
Presidente do Conselho de Administração 
Diretor-presidente
Diretoria Executiva de Ensino
Diretoria Executiva de Serviços Corporativos
Diretoria de Ensino a Distância
Autoria
Projeto Gráfico e Capa
Janguiê Diniz
Jânyo Diniz 
Adriano Azevedo
Joaldo Diniz
Enzo Moreira
Elisabete Ana da Silva 
Wheslley Rimar Bezerra
DP Content
DADOS DO FORNECEDOR
Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, 
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão.
SER_METODOLOGIA DA PESQUISA_Completo.indd 2 31/03/2021 11:00:50
Boxes
ASSISTA
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações comple-
mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado.
CITANDO
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa 
relevante para o estudo do conteúdo abordado.
CONTEXTUALIZANDO
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato;
demonstra-se a situação histórica do assunto.
CURIOSIDADE
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto 
tratado.
DICA
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma 
informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado.
EXEMPLIFICANDO
Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto.
EXPLICANDO
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da 
área de conhecimento trabalhada.
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Unidade 1 - Técnicas de estudo, artigo científico, gêneros acadêmicos e apresen-
tação gráfica. 
Objetivos da unidade .......................................................................................................... 13
Técnicas de estudo .............................................................................................................. 14
Leitura científica e redação científica ............................................................................ 18
Estilo da redação técnico-científica ........................................................................... 19
Parágrafo no texto técnico-científico ......................................................................... 22
Textos científicos: leitura, compreensão de contextos e compreensão de intertextos ...23
Trabalhos científicos ........................................................................................................... 24
Gêneros acadêmicos ........................................................................................................... 27
Resumo ............................................................................................................................. 27
Resenha ........................................................................................................................... 28
Esquema ........................................................................................................................... 29
Fichamento ...................................................................................................................... 30
Paper ................................................................................................................................ 30
Artigo científico .............................................................................................................. 31
Ensaio científico ................................................................................................................... 32
Apresentação gráfica .................................................................................................... 33
Normas metodológicas e elementos da estrutura do artigo científico ..................... 35
Elementos pré-textuais .................................................................................................. 36
Elementos textuais ......................................................................................................... 37
Elementos pós-textuais ................................................................................................. 40
Apresentação de ilustrações e tabelas ....................................................................... 41
Sintetizando .......................................................................................................................... 43
Referências bibliográficas ................................................................................................ 44
Sumário
SER_METODOLOGIA DA PESQUISA_Completo.indd 4 31/03/2021 11:00:51
Sumário
Unidade 2 - Seminário, pôster e projeto científicos e referências bibliográficas 
Objetivos da unidade .......................................................................................................... 47
Seminários científicos ........................................................................................................ 48
A prática do seminário em sala de aula ...................................................................... 48
A preparação para o seminário de caráter científico ............................................... 51
O desenvolvimento e a conclusão do seminário ....................................................... 54
Pôster científico .................................................................................................................. 55
A estrutura do pôster científico .................................................................................... 56
Projetos científicos ............................................................................................................. 57
A elaboração de projetos científicos .......................................................................... 58
A apresentação do projeto científico ......................................................................... 59
Referências bibliográficas: NBR 6023 da ABNT ............................................................ 61
Diferença entre referência e bibliografia .................................................................... 62
Estrutura das referências bibliográficas ..................................................................... 64
Sintetizando ...........................................................................................................................70
Referências bibliográficas ................................................................................................. 71
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Sumário
Unidade 3 - Estruturas, abreviações e ética das citações bibliográficas 
Objetivos da unidade .......................................................................................................... 75
Citações bibliográficas: NBR 10520/2002 da ABNT ....................................................... 76
Sistemas de chamadas ................................................................................................. 78
Estrutura de citações ........................................................................................................... 79
Citação direta .................................................................................................................. 80
Citação indireta ................................................................................................................ 83
Citação de citação .......................................................................................................... 84
Vantagens e desvantagens dos sistemas de citação ............................................... 90
Abreviação de títulos: NBR 6032/1989 da ABNT ............................................................. 91
Regras de abreviação .................................................................................................... 92
Regras de abreviação de títulos ................................................................................... 93
Nomes de pessoas .......................................................................................................... 95
O perigo do plágio ................................................................................................................ 96
Ética ................................................................................................................................... 96
Sintetizando .......................................................................................................................... 98
Referências bibliográficas ................................................................................................ 99
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Sumário
Unidade 4 - Modalidades e técnicas da pesquisa científica 
Objetivos da unidade ........................................................................................................ 101
Pesquisa científica ............................................................................................................ 102
Delimitação do tema .................................................................................................... 107
Campo da aplicação científica ................................................................................... 108
A entrada no campo ...................................................................................................... 109
Modalidade de pesquisa................................................................................................... 110
Métodos ......................................................................................................................... 117
Técnicas ............................................................................................................................... 118
Coleta de dados ............................................................................................................ 119
Análise e interpretação de dados .............................................................................. 126
Apresentação dos resultados ..................................................................................... 126
Pesquisa em impresso e on-line (Bireme, Lilacs, SciELO e Google Acadêmico).....127
Bireme e Lilacs .............................................................................................................. 127
SciELO ............................................................................................................................ 128
Google Acadêmico ....................................................................................................... 129
Sintetizando ........................................................................................................................ 130
Referências bibliográficas .............................................................................................. 131
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SER_METODOLOGIA DA PESQUISA_Completo.indd 8 31/03/2021 11:00:52
Esta disciplina tem como principal objetivo prepará-la(o) para a elaboração 
e a apresentação de trabalhos científi cos, colocando em evidência as principais 
características dos gêneros acadêmicos, os quais carregam especifi cidades e 
a necessidade de cuidados, de observação de critérios e rigores, já que há 
normas estabelecidas que devem ser compreendidas e seguidas por todos os 
que pretendem elaborá-los em qualquer etapa de sua formação acadêmica. 
As normas aqui mencionadas referem-se não só àquelas que compreendem 
as estruturas textuais, a linguagem predominante, a formatação exigida, mas 
também aos aspectos que fazem parte da comunicação científi ca como um todo.
Desde orientações sobre leitura científi ca, técnicas de estudo e pesquisa, os 
gêneros textuais relacionados, a organização, até a apresentação de cada um 
deles, espera-se que os métodos expostos tragam a segurança de que poderá 
oferecer aos seus avaliadores trabalhos carregados de qualidade e correção.
METODOLOGIA DA PESQUISA 9
Apresentação
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A todos aqueles que buscam o conhecimento através da pesquisa para seu 
desenvolvimento pessoal e de nossa sociedade.
A professora Elisabete Ana da Silva é 
pós-graduada em Língua Portuguesa – 
Programa de Estudos Pós-graduados em 
Língua Portuguesa – Departamento de 
Português da Pontifícia Universidade Ca-
tólica de São Paulo – PUC – conclusão em 
2002; graduada em Letras – Curso de Lín-
gua Portuguesa e Literatura Portuguesa, 
na Pontifícia Universidade Católica – PUC, 
concluído em 1985.
Trabalha ministrando aulas no Ensino Fun-
damental II, no Ensino Médio e no Curso 
de Magistério (Gramática, Redação, Lite-
ratura e Entendimento de Texto) desde 
1986, junto à rede particular de ensino, em 
São Paulo, capital; é docente nos cursos 
de Pedagogia e Recursos Humanos em 
Centro Universitário, ministrando aulas 
de Leitura e Produção Textual, desde 2017.
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/1186750490003710
METODOLOGIA DA PESQUISA 10
A autora
SER_METODOLOGIA DA PESQUISA_Completo.indd 10 31/03/2021 11:00:52
Dedico esta obra à minha esposa, que sempre me incentivou a buscar 
novos conhecimentos, sendo ela um grande pilar em minha vida, dando 
sustentação em todos os momentos.
O professor Wheslley Rimar Bezerra 
possui especialização em Tecnologias e 
Inovações Web pelo Serviço Nacional de 
Aprendizagem Comercial – SENAC (2019) 
e é bacharel em Ciência da Computação 
pela Universidade Nove de Julho – UNI-
NOVE (2012).
É professor de linguagens de programa-
ção nas disciplinas de Desenvolvimento 
Web, Mobile e Desktop.
Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/1406103899812666
O autor
METODOLOGIA DA PESQUISA 11
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TÉCNICAS DE 
ESTUDO, ARTIGO 
CIENTÍFICO, GÊNEROS 
ACADÊMICOS E 
APRESENTAÇÃO 
GRÁFICA
1
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Conhecer os diversos tipos de trabalhos científicos;
 Compreender as características dos gêneros acadêmicos;
 Conhecer os elementos que compõem a comunicação científica;
 Compreender os elementos que fazem parte da apresentaçãográfica de um 
artigo científico;
 Entender a organização dos elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.
 Técnicas de estudo
 Leitura científica e redação 
científica
 Estilo da redação técnico-cien-
tífica
 Parágrafo no texto técnico-
-científico
 Textos científicos: leitura, 
compreensão de contextos e 
compreensão de intertextos
 Trabalhos científicos
 Gêneros acadêmicos
 Resumo
 Resenha
 Esquema
 Fichamento
 Paper
 Artigo científico
 Ensaio científico
 Apresentação gráfica
 Normas metodológicas e ele-
mentos da estrutura do artigo 
científico
 Elementos pré-textuais
 Elementos textuais
 Elementos pós-textuais
 Apresentação de ilustrações e 
tabelas
METODOLOGIA DA PESQUISA 13
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Técnicas de estudo
O desenvolvimento de um trabalho 
técnico-científi co exige uma postura 
diferenciada no que se refere às suas 
etapas e ela deve ter início desde as 
primeiras decisões. 
A partir da escolha do objeto de es-
tudo, da questão da pesquisa de seu 
interesse, você deve organizar um pla-
no de atividades, pois faz-se necessária 
a máxima organização para que tenha 
sucesso ao fi nal de todo seu empenho. 
Gilberto Andrade Martins, no livro Manual para elaboração de monografi as 
e dissertações, de 2002, propõe um roteiro inicial de pesquisa, visto que a or-
ganização dos passos a serem dados é de extrema importância, e, levando-se 
em conta as características individuais de cada trabalho, podemos observar a 
síntese dos itens desse roteiro como um procedimento de abertura: 
1. Escolha do tema-problema;
2. Identifi cação das limitações sobre o que será abordado;
3. Formulação de objetivos;
4. Levantamento bibliográfi co;
5. Leitura do material selecionado com registros;
6. Análise e interpretação dos dados coletados;
7. Elaboração de conclusões;
8. Elaboração de introdução;
9. Registro de bibliografi as e anexos;
10. Revisão geral;
11. Digitação;
12. Entrega e/ou apresentação. 
No entanto, outras preocupações devem fi car em evidência, entre elas, te-
mos as técnicas de estudo e você pode lembrar-se de ações como grifar tre-
chos lidos, fazer releituras, fazer uso de mnemônicos, elaborar resumos etc.; 
entretanto, não se trata disso neste momento.
METODOLOGIA DA PESQUISA 14
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EXPLICANDO
Mnemônico, segundo Houaiss (2004, p. 500), é relativo à memória, aquilo 
que ajuda a reter na memória; relaciona-se a técnicas para desenvolver 
a memória por meio de processos de combinação e associação de ideias. 
Isso quer dizer que a elaboração de esquemas, mapas mentais, símbolos 
ou frases de efeito, assim como o uso de palavras que permitam essa 
rápida associação e assimilação fazem parte da mnemônica. 
Obviamente, as formas mencionadas são bastante usadas pelos estudan-
tes em geral, porém, é preciso evidenciar que existem diferentes formas de 
pesquisa que geram diferentes tipologias de estudos, pois estamos tratando 
da elaboração de um texto técnico-científico e, de acordo com o seu objeto 
de interesse, podem ser combinadas duas ou mais modalidades, não recaindo 
sobre um único indicativo. 
Temos quatro gêneros de técnicas de estudo, intercomunicados, são eles: 
a) Pesquisa teórica: aquela que se dedica ao estudo de teorias; 
b) Pesquisa metodológica: aquela que se dedica aos modos de fazer-se ciência;
c) Pesquisa empírica: aquela que se dedica a codificar o que é possível ser 
medido dentro da realidade social;
d) Pesquisa prática: aquela voltada para a intervenção na realidade social.
DIAGRAMA 1. TÉCNICAS DE ESTUDO (TIPOS DE PESQUISAS)
Pesquisa 
(técnicas 
de estudo)
Teórica 
(estudo de 
teorias)
Metodológica 
(modos de 
fazer ciência)
Empírica 
(mensuração 
da realidade)
Prática 
(intervenção 
na realidade)
METODOLOGIA DA PESQUISA 15
SER_METODOLOGIA DA PESQUISA_Completo.indd 15 31/03/2021 11:01:22
 Assim, levando em consideração que você deverá observar o objeto de 
estudo de seu trabalho, a seguir, serão evidenciadas algumas modalidades de 
pesquisa geradas a partir dos gêneros mencionados, para que seja possível 
decidir quais os procedimentos mais adequados a esse estudo:
1. Análise de conteúdo: com a ocorrência de análise de conteúdos escritos 
em jornais e revistas e que são usados como fontes de informações;
2. Bibliográfico: estudo das contribuições científicas sobre determinado 
assunto;
3. Censo: levantamento de informações de todos os integrantes do universo 
pesquisado;
4. Clínico: baseado em técnicas de entrevistas, da história de vida, do acon-
selhamento, de psicodiagnósticos;
5. Comparativo: trata-se de um procedimento científico que examina casos, 
fenômenos ou coisas por analogia, descobrindo aspectos em comum, regula-
ridades e princípios;
6. Crítico-dialético: apoia-se na dinâmica da realidade e na relação teoria e 
prática; suas propostas são críticas e com o objetivo de desvendar conflitos de 
interesses;
7. De campo: corresponde à coleta direta de informações em locais nos 
quais acontecem os fenômenos em estudo;
8. Dedutivo: apresenta um conjunto de proposições particulares contidas 
e verdades universais, partindo de uma premissa de valor universal para uma 
particularidade, justifica-se pela verdade, pela coerência e não contradição;
9. Descritivo: tem como objetivo a descrição das características de determi-
nado fenômeno ou população;
10. Documental: reúne, classifica e distribui documentos de todo gênero 
das atividades humanas;
11. Empírico-analítica: faz utilização de técnicas de coleta, analisando dados 
quantitativos para validação de provas científicas;
12. Entrevista: ocorre um processo de interação social, baseada em interlo-
cutores que assumem papéis, respectivamente de entrevistador e de entrevis-
tado; pode ocorrer em profundidade, em grupo ou de forma não diretiva;
13. Estatístico: leva em conta a obtenção, organização, análise e apresenta-
ção de dados numéricos;
METODOLOGIA DA PESQUISA 16
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14. Estudo de caso: refere-se ao estudo de interações ambientais de uma 
unidade social, num recorte temporal;
15. Experimental: é aquele que tenta descobrir relações causais;
16. Fenomenológico: consiste em uma visão intelectual do objeto, com 
base e intuição, propondo uma reflexão contínua sobre a importância dos 
processos adotados;
17. Fenomenológico-hermenêutica: faz utilização de técnicas não quanti-
tativas, trabalhando com estudos teóricos e análise de documentos e textos, 
apresentando propostas críticas, busca processos lógicos de interpretação;
18. Histórica: reconstruindo o passado de forma sistemática, faz-se a ve-
rificação de evidências e delineação de conclusões;
19. Indutivo: parte do particular para a generalização como produto de 
um trabalho de coleta de dados particulares;
20. Laboratório: realizado em recinto fechado, exige instrumentação, ob-
jetivos, manipulação de instrumentos;
21. Levantamento: caracterizado pela interrogação direta das pessoas 
cujo comportamento deseja-se conhecer; 
22. Método redutivo: observam o que, através da ciência, é permiti-
do conhecer, descobrir, descrever e predizer em relação a fenômenos de 
ocorrência real;
23. Observacional: trata-se de procedimentos empíricos, ou seja, baseados 
na experiência;
24. Pesquisa de avaliação: trata-se de um tipo especial de pesquisa aplica-
da, elaborada para avaliar programas de melhoramentos dentro da sociedade;
25. Semiótico: estuda os sinais e seus significados, dando relevância à 
importância e precisão dos símbolos.
Outros procedimentos ainda poderiam ser elencados, tais como correla-
cional, desenvolvimentista, projetivo, psicodrama, sociodrama, história de 
vida, história oral, etnográfico, estudo de mercado, exploratório etc.; entre-
tanto, a enumeração feita engloba a maioria utilizada. 
Assim, as modalidades de estudo podem ocorrerde for-
ma simultânea durante a realização de suas pesquisas, sua 
escolha quanto às técnicas adequadas dependerá do obje-
to de estudo e dos objetivos que desejará alcançar. 
METODOLOGIA DA PESQUISA 17
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Leitura científica e redação científica
A preparação para a elaboração de um texto técnico-científi co exige a lei-
tura de diversos outros textos, alguns apresentando maior ou menor grau de 
difi culdade. Marshall McLuhan, na obra Os meios de comunicação com exten-
são do homem, de 1964, classifi cou como de informação fria ou de informação 
quente ao referir-se aos meios de comunicação, mas conseguimos transpor 
essa classifi cação para quaisquer tipos de textos escritos, pois as noções de 
frio e quente relacionam-se à concentração de informações, respectivamente, 
com baixo grau de tensão e complexidade e com alto grau. 
Evidentemente, essas concentrações exigem menos ou mais do leitor e de 
seu repertório. Estando nessa situação, procure realizar uma leitura global que 
lhe permita uma ideia geral do texto e de como está estruturado. 
Em seguida, preocupe-se em destacar ideias, fazendo anotações, tentando 
observá-las de forma mais crítica, verifi cando, de modo mais refl exivo, como 
aparecem os argumentos que dão base às mesmas, ou seja, como o autor de-
fende os seus pontos de vista. Assim, evite fazer anotações logo de início, seja 
paciente e permita-se a releitura para maior assimilação do que é apresentado.
DIAGRAMA 2. PASSOS DA LEITURA CIENTÍFICA
Leitura científi ca
Leitura global 
(inicialmente)
Leitura
crítico-refl exiva
 A redação científi ca deve ter elaboração que se caracterize pela objetivida-
de, visto que aquilo que se pretende destacar é o conteúdo das afi rmações que 
são feitas, ou seja, o que é enunciado deve ter destaque e não o enunciador; 
isso quer dizer que a subjetividade deve ser deixada de lado, neutralizando a 
presença desse enunciador. 
METODOLOGIA DA PESQUISA 18
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O texto de caráter científi co deve apresentar um discurso de persuasão e, 
nesse caso, torna-se mais convincente quando elaborado de modo a criar efei-
tos de sentido de objetividade, sem a presença de verbos e pro-
nomes que indiquem a primeira pessoa do singular, explorando 
verbos que indicam a certeza e o valor denotativo das palavras, 
além de fazer uso da língua padrão na sua expressão formal.
Estilo da redação técnico-científica
O texto técnico-científi co carac-
teriza-se por abordar temática refe-
rente à ciência, na qual se usa o ins-
trumental teórico com o propósito de 
possibilitar a discussão científi ca na 
área para qual o texto se remete.
É importante notar que o estilo de 
redação usado em artigos científi cos 
não segue as mesmas características 
dos artigos jornalísticos ou até mesmo 
dos textos literários e publicitários.
A linguagem da discussão científi ca 
tem suas próprias características por 
empregar a linguagem técnica em seu 
nível padrão, respeitando as regras gramaticais e com estilo próprio, de acordo 
com a especifi cidade de cada área. 
Sobre o estilo de redação na comunicação científi ca:
[...] um artigo científi co exige que o autor expresse o que sabe 
sobre o tema, utilize a língua vernácula de maneira precisa e ex-
ponha as ideias de maneira simples e com palavras que não se-
jam rebuscadas. Deve-se usar linguagem padrão (por exemplo: 
homem) e não a expressão coloquial (por exemplo: camarada) e 
nunca gíria (por exemplo: cara, careta). Atenção especial ao uso, 
ou não, do jargão (termos técnicos), pois infl uencia a compreen-
são do leitor do periódico em que irá publicar (SECAF, 2004, p. 47).
METODOLOGIA DA PESQUISA 19
SER_METODOLOGIA DA PESQUISA_Unidade 1.indd 19 12/04/2021 10:28:18
Alguns aspectos devem ser observados na redação técnico-científica, como 
ensina Israel Azevedo, no livro O prazer da produção científica (1998), seu texto 
terá de perseguir os princípios básicos de qualquer comunicação, como cla-
reza, concisão, correção, encadeamento, consistência, contundência, precisão, 
originalidade e fidelidade, entre outros compromissos.
Após essas definições teóricas, é importante priorizar algumas característi-
cas na hora de produzir o seu artigo:
a) Coerência:
Via de regra, em cada etapa do artigo científico se imprime uma sequência 
que deve ser repetida. Por exemplo, a sequência de ideias que foi anunciada no 
resumo deve estar detalhada na introdução e seguir o mesmo ordenamento 
no desenvolvimento. Nas considerações finais, deve-se evidenciar os aspectos 
essenciais do artigo, na ordem em que foram apresentados no desenvolvimen-
to. Isso quer dizer que, entre as etapas do texto, não pode ocorrer contradição 
de ideias, elas devem estar organizadas de tal forma que não ocorram trechos 
que apresentem falta de sentido diante de algo que já foi mencionado, por isso, 
a releitura do texto deve ser constante. 
b) Objetividade:
Os assuntos em pauta, na linguagem científica, devem ser abordados de 
maneira simples, evitando expressões evasivas, com significados dúbios e 
palavras de difícil compreensão. Na redação técnico-científica, deve-se perse-
guir com afinco a objetividade, como reforça Antônio Gil, em Métodos e técni-
cas em pesquisa social, de 2002, o texto deve ser escrito em linguagem direta, 
evitando-se que a sequência seja desviada com considerações irrelevantes. A 
argumentação deve apoiar-se em dados e provas e não em considerações e 
opiniões pessoais.
c) Concisão:
Procure dizer o máximo com o menor número de palavras. 
Novamente de acordo com Azevedo (1998, p. 113), a 
concisão se obtém com o exercício de reescrever. 
A cada vez que se faz isso, descobre-se uma re-
petição de ideias ou de palavras, nota-se voca-
bulário supérfluo, encontra-se uma maneira de 
dizer a mesma coisa com menos palavras.
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d) Clareza:
O texto científico deve primar pela redação 
clara, não deixando margem às diferentes in-
terpretações. É fundamental que se evitem co-
mentários irrelevantes e redundantes. 
Um bom teste para a clareza de seu texto é soli-
citar sua leitura por outra pessoa. Se ela fizer alguma 
pergunta, não responda. Tome o texto e o reescreva. Depois, repi-
ta o teste (AZEVEDO, 1998, p. 112).
e) Precisão:
Toda palavra utilizada deve traduzir exatamente a ideia a ser tratada. Um 
vocabulário preciso é aquele que evita linguagem rebuscada, prolixa e atinge 
seu propósito. Deve-se utilizar uma nomenclatura aceita no meio científico de 
cada área.
f) Imparcialidade:
O trabalho científico deve evitar ideias preconcebidas. Todo posicionamen-
to adotado em um texto deve amparar-se em fatos e dados evidenciados pela 
pesquisa. O autor deve primar por manter seu posicionamento e suas escolhas 
de pesquisa sem assumir uma postura unilateral.
g) Encadeamento:
O texto deve ter uma sequência lógica e fluida para não prejudicar o entendi-
mento do público, indicando como deve ser uma boa redação técnico-científica: 
[...] encadeie as frases, os parágrafos, os tópicos e os capítulos 
entre si. Procure tornar cada frase um desenvolvimento do que 
veio antes, numa sequência lógica, tanto para explicar, quanto 
para demonstrar, detalhar, restringir ou negar. Cada parágrafo 
deve estar em harmonia e em tranquila transição com o anterior 
e com o posterior. O mesmo vale para tópicos e capítulos (AZE-
VEDO, 1998, p. 119).
h) Impessoalidade:
O texto deve ser impessoal, por isso é conveniente que seja redigido na 
terceira pessoa e que se evitem afirmações como: “a minha pesquisa”, “o meu 
estudo”, “o meu artigo”. O que se postula é que se use “esta pesquisa”, “este 
estudo”, “este artigo”.
METODOLOGIA DA PESQUISA 21
SER_METODOLOGIA DA PESQUISA_Completo.indd 21 31/03/2021 11:02:27CARACTERÍSTICAS 
DA REDAÇÃO 
TÉCNICO-
CIENTÍFICA
OBJETIVIDADE 
IMPESSOALIDADE 
ENCADEAMENTO 
IMPARCIALIDADE
CONCISÃO 
CLAREZA 
PRECISÃO 
COERÊNCIA
DIAGRAMA 3. CARACTERÍSTICAS DA REDAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA
Parágrafo no texto técnico-científico
Escrever na linguagem exigida pela comunidade científi ca não é nenhum 
bicho de sete cabeças. Mesmo assim, é comum isso gerar desconfortos. 
Como devo iniciar a escrita? Como se deve iniciar um parágrafo? 
De acordo com Victoria Secaf, no livro Artigo cientifi co: do desafi o à conquista, 
publicado em 2004: o parágrafo tem por fi nalidade expressar etapas do raciocí-
nio e, portanto, conter uma única ideia; não se trata de divisões estáticas e sim 
que o parágrafo seguinte tenha uma relação com anterior.
Cada parágrafo tem um objetivo a ser cumprido e cada qual com etapas de 
raciocínio. E cada raciocínio existente no parágrafo deve ter sequência lógica. 
Ou seja, não pode ser disposto de qualquer maneira, pois se isso ocorrer, pode 
levar o leitor a não compreender seu raciocínio ou, até mesmo, levá-lo a se 
perder no raciocínio exposto. 
O parágrafo é uma parte do texto que tem por fi nalidade expressar as eta-
pas do raciocínio. Por isso, a sequência dos parágrafos, seu tamanho e sua 
complexidade dependem da própria natureza do raciocínio.
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Enfi m, pode-se dizer que o parágrafo tem estrutura semelhante 
à de um texto composto por vários parágrafos. Ou seja, é com-
posto por introdução, desenvolvimento e conclusão. Cada pa-
rágrafo contém uma argumentação completa, levando a uma 
conclusão. Após concluir esse argumento, mude de parágrafo. 
EXPLICANDO
O argumento é um tipo de enunciado que fundamenta o ponto de vista 
e aumenta o poder de persuasão do texto, contribui para o trabalho de 
neutralização da figura do enunciador e para o efeito de objetividade 
do texto. Os tipos de argumentos mais usados na redação técnico-
-científica são os argumentos de autoridade, aqueles apoiados na 
consensualidade, os de comprovação pela experiência ou pela obser-
vação e de fundamentação lógica, entre outros encontrados durante a 
realização das pesquisas (FIORIN; PLATÃO, 2005).
Textos científicos: leitura, compreensão de contextos e 
compreensão de intertextos
A leitura de um texto compreende mais do que a mera decodifi cação do 
código vigente, isto é, não basta que o leitor consiga identifi car letras, pala-
vras, frases e períodos; ler signifi ca conseguir apreender e compreender o 
seu conteúdo, ou seja, ocorrem processos cognitivos que permitem que esse 
leitor apodere-se das ideias registradas por outros. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, utilizados para a tomada de deci-
sões sobre os caminhos da educação em nosso país, declaram que:
[...] a leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho 
ativo de construção do signifi cado do texto, a partir dos seus 
objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, 
de tudo o que sabe sobre a língua: características do gênero, 
do portador, do sistema de escrita etc (2001, p. 53).
Assim, precisamos entender que nenhum texto é isolado em si mesmo e tam-
bém não representa uma manifestação da individualidade do seu produtor:
De uma forma ou de outra, constrói-se um texto para, através 
dele, marcar uma posição ou participar de um debate de escala 
mais ampla que está sendo travado na sociedade. Até mesmo uma 
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simples notícia jornalística, sob a aparência de neutralidade, tem 
sempre alguma intenção por trás (FIORIN; PLATÃO, 2005, p. 13). 
Isso quer dizer que uma boa leitura não pode estar baseada em observação 
de fragmentos de um texto, pois determina-se cada parte do mesmo pelo con-
texto em que se encaixa. 
Ainda, aquele que produz o texto tem em mente que encontrará um leitor 
capaz de entender as suas partes e relacioná-las ao todo, assim como relacio-
nar esse texto à sua situação de produção, ou seja, ao seu contexto. 
Entendem-se por contexto as circunstâncias que podem ser relativas aos fatos, 
a recortes num período histórico, a conjunturas específi cas etc.; o produtor do texto 
pressupõe que a leitura conseguirá atingir as informações que estão por trás dele.
Também, em muitos momentos, o leitor tem que lidar com a intertextuali-
dade, isto é, a relação entre textos, ocorrendo citações explícitas ou implícitas, 
exigindo que seu universo cultural e o conjunto de informações que carrega 
permitam-lhe o reconhecimento dessas relações. É, portanto, do repertório do 
leitor, do seu acúmulo de conhecimentos, que depende a sua percepção das 
relações intertextuais e das referências que são feitas de um texto para outro. 
Faz-se necessário, desse modo, que ampliemos nossa capacidade de leitu-
ra, buscando não só a sua prática constante, mas também a aquisição de co-
nhecimentos diversos, para que ampliemos nossa compreensão dos diversos 
contextos e das relações intertextuais. 
Evidentemente, durante a realização de um trabalho de caráter técnico-
-científi co, ressalta-se essa necessidade.
Trabalhos científicos
Na vida acadêmica, o estudante depara-se com diversos tipos de trabalhos 
científi cos, dentre eles: trabalhos de graduação, trabalho de conclusão de cur-
so, monografi a, dissertação e tese. Cada um deles apresenta peculiaridades, 
como a sistemática, a investigação ou a fundamentação. Contudo, mesmo que 
cada trabalho seja elaborado com fi nalidades específi cas, é possível visualizar 
neles um padrão que compreende – de modo geral – introdução, desenvolvi-
mento e conclusão. A seguir, conheceremos algumas características específi cas 
dos trabalhos científi cos.
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Trabalhos de graduação
No decorrer da sua graduação, é 
bem provável que o estudante tenha 
elaborado trabalhos para disciplinas 
diversas. Eles não necessariamente ti-
nham como pretensão atingir o cunho 
científico dos trabalhos de excelência 
da área em que estudou, mas oportu-
nizar o desenvolvimento de um racio-
cínio aos moldes das pretensões cien-
tíficas. É possível mencionar que os 
trabalhos de graduação também têm 
como propósito permitir uma revisão 
bibliográfica ou literária de um deter-
minado assunto ou assimilar conteúdo específico de uma área científica.
Trabalhos de conclusão de curso
O trabalho de conclusão de curso (TCC) é tido como uma monografia 
sobre um assunto específico. Este trabalho possibilita a investigação sobre 
determinados temas ou fenômenos por meio da análise, reflexão e produ-
ção textual, bem como, muitas vezes, da defesa oral da pesquisa perante 
uma banca examinadora. 
Na monografia de graduação, é suficiente a revisão bibliográfica, ou revi-
são de literatura. É mais um trabalho de assimilação de conteúdo, de confec-
ção de fichamentos e, sobretudo, de reflexão. É uma pesquisa bibliográfica, 
o que não exclui a capacidade investigativa de conclusões ou afirmações de 
autores consultados.
Monografia
Como se pode verificar literalmente, monografia é um trabalho intelectual 
concentrado em um único assunto. A monografia, exigida para a obtenção do 
título de especialista em alguns cursos de pós-graduação lato sensu, é seme-
lhante ao TCC, apresentado em cursos de graduação. Por isso, alguns pen-
sadores, acreditam que não há razão para falar em três níveis: monografia, 
dissertação e tese. Todos são trabalhos monográficos, dissertativos, mas com 
características distintas. 
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A diferença entre eles está no grau acadêmico: o graduando faz a mono-
grafia, enquanto quem busca o mestrado faz a dissertação e o doutorando de-
senvolve a tese. Apesar da diferenciação, o texto não deixade ser monografia, 
cada qual com a sua peculiaridade.
Dissertação
A dissertação, que ultimamente se destina aos trabalhos de cursos de pós-
-graduação stricto sensu (mestrado), busca principalmente a reflexão acerca 
de um determinado tema ou problema, o que ocorre pela exposição das ideias 
de maneira ordenada e fundamentada. Dessa forma, como resultado de um 
trabalho de pesquisa, a dissertação deve ser um estudo mais completo possí-
vel em relação ao tema escolhido. 
De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 2), dissertação é um documento que 
representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estu-
do científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, 
com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o 
conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de siste-
matização do candidato. 
Tese
A tese, a exemplo da dissertação dirigida para o mestrado, cumpre o pa-
pel do trabalho de conclusão de pós-graduação stricto sensu (doutorado). 
Caracteriza-se como um avanço significativo na área do conhecimento em 
estudo. De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 4), tese é um documento que 
representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um 
estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com 
base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a 
especialidade em questão. 
A tese tem a finalidade de abordar algo novo em um determinado campo do 
conhecimento, de forma a promover uma descoberta ou dar uma real contri-
buição para a ciência. Para Odilia Fachin, na obra Fundamentos de metodologias, 
publicada em 2003, a tese é entendida como um trabalho científico habitual-
mente exigido nos cursos de pós-graduação e que deve ser defendido oral-
mente em público. A tese deve apresentar um estudo original que traga uma 
contribuição para a sociedade científica, com rigor na argumentação, apresen-
tação de provas das afirmações e profundidade das ideias.
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DIAGRAMA 4. TRABALHOS CIENTÍFICOS
Textos científi cos
Trabalhos 
científi cos 
Trabalho de graduação
Trabalho de conclusão de 
curso (TCC)
Monografi a
Dissertação
Tese
Gêneros acadêmicos
Quando pensamos nos trabalhos referentes à Metodologia da Pesquisa 
Científi ca, outra subdivisão de grande importante é a que defi ne os gêneros 
acadêmicos. São os tipos de trabalhos de curta duração, que servem para o 
aluno desenvolver seu conhecimento sobre determinado assunto durante o 
curso e reforçar seu aprendizado. 
A seguir, você conhecerá as peculiaridades dos gêneros mais utilizados tan-
to durante a graduação como na pós.
Resumo
O resumo é a apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto. 
Seu objetivo é fornecer elementos capazes de permitir ao leitor decidir so-
bre a necessidade de consulta ao texto original e/ou transmitir informações 
de caráter complementar.
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É a condensação de um texto, colocando em destaque os elementos de 
maior interesse e importância. Sua fi nalidade é difundir as informações con-
tidas em livros, artigos ou outros documentos e auxiliar o estudante nos seus 
estudos teóricos, assim como ajudar o profi ssional a relembrar o assunto e 
praticar da melhor forma possível. 
Uma modalidade específi ca desse tipo de trabalho é o resumo crítico. Ele é uma 
redação técnica que avalia de forma sintética a importância de uma obra científi ca 
ou literária. O que difere o resumo do resumo crítico é sua estrutura, que apresenta 
a crítica como quarta etapa, logo após introdução, desenvolvimento e conclusão.
Resenha
A resenha é uma descrição que faculta o exame e o julgamento de um tra-
balho (teatro, cinema, obra literária, experiência científi ca, tarefa manual etc.). 
A apresentação do conteúdo deve ser elaborada de maneira impessoal, sem 
demonstração satírica ou cômica, contendo posicionamentos de ordem técni-
ca diante do objeto de análise, seguidos de um resumo do conteúdo e possível 
demonstração de sua importância. 
Em geral, a resenha crítica é elaborada por um cientista que, além do co-
nhecimento sobre o assunto, tem capacidade de juízo crítico. Mas, naturalmen-
te, como no caso desta disciplina, também pode ser realizada por estudantes, 
como um exercício de compreensão e crítica. A resenha visa apresentar uma 
síntese das ideias fundamentais da obra.
Dicas de como fazer uma resenha:
1. Identifi que a obra: coloque os dados bibliográfi cos essenciais;
2. Apresente a obra: situe o leitor, descrevendo em poucas linhas o conteú-
do do texto;
3. Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre 
o foco narrativo;
4. Descreva o conteúdo: aqui sim, utilize de três a cinco parágrafos para 
resumir claramente o texto;
5. Analise de forma crítica: nessa parte, e apenas nessa parte, você opina. 
Argumente baseando-se em teorias de outros autores e faça comparações. Dê 
asas ao seu senso crítico;
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6. Recomende a obra: você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora 
analise o público que se interessará pela obra;
7. Identifi que o autor: fale brevemente da vida e de algumas outras obras do 
escritor ou pesquisador;
8. Assine e identifi que-se: no último parágrafo você escreve seu nome e 
resume seu currículo.
Esquema
Os esquemas são enunciados de palavras-chave em torno das quais é possí-
vel organizar grandes quantidades de conhecimento. Representam uma enor-
me economia de palavras e oferecem a vantagem de destacar e visualizar o 
essencial do assunto em análise, podendo ainda ser facilmente reformulados.
Sua utilização nos ajuda a compreender e recordar os acontecimentos, a es-
tabelecer relações entre eles ou entre diversos fatores e a entender a infl uência 
que esses acontecimentos ou fatores exercem uns sobre os outros. 
Há vários tipos de esquemas, entre eles: 
• Lineares: quando organizam a informação na horizontal e na vertical;
• Circulares: que organizam a informação em círculo;
• Piramidais: caso a informação dispõe-se em forma hierárquica, de 
pirâmide;
• Sistemáticos: quando a informação se organiza em forma de quadro, re-
presentando as relações de interdependência de um fenômeno.
Para fazer um esquema, a primeira meta deve ser identifi car as ideias-chave 
do texto e ordená-las, escolhendo para isso o modelo mais adequado para a 
situação. Use setas para estabelecer relações entre os conceitos.
Exemplo: esquema para uma história em quadrinhos.
• Pense em alguma história e registre-a no bloco de anotações como se 
fosse um roteiro;
• Crie os diálogos entres os personagens da história;
• Em um papel, desenhe as cenas da história. Desenhe balões e escreva com 
o lápis dentro deles as falas de cada personagem;
• Se for necessário, faça esclarecimentos sobre a cena no rodapé da folha;
• Cole as cópias do seu rosto no espaço reservado;
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• Faça o acabamento com carvão preto e trabalhe os detalhes com nuan-
ces de cinza.
Fichamento
O fi chamento é um valioso recurso de estudo que os pesquisadores lançam 
mão para a realização de uma obra didática, científi ca ou de outra natureza. É 
um recurso de memória, imprescindível, sobretudo na elaboração de mono-
grafi as. É usado, também, em seminários e em aulas expositivas. 
A prática contínua do fi chamento contribui para que o estudante aprimore 
pontos de vista e julgamentos, percebendo que é possível reverter um peque-
no trabalho inicial em ganho de tempo futuro, quando for preciso escrever so-
bre determinado assunto. Os fi chamentos podem ser os seguintes: de citação, 
de resumo, de esboço e de indicaçãobibliográfi ca, entre outros. 
O mais utilizado nas avaliações na universidade é o fi chamento de citação, 
que obedece cinco normas: 
1. Toda citação deve vir entre aspas; 
2. Após a citação, deve constar o número da página de onde foi extraída a 
citação; 
3. A transcrição tem de ser textual; 
4. A supressão de uma ou mais palavras deve ser indicada, utilizando-se, no 
local da omissão, três pontos, precedidos e seguidos por espaços, no início ou 
no fi nal do texto e, entre parênteses, no meio; 
5. A supressão de um ou mais parágrafos deve ser assinalada, utilizando-se 
uma linha completada por pontos.
Paper
É um pequeno texto elaborado sobre um tema pré-determinado, resultado 
de estudos ou de pesquisas científi cas, no qual o aluno irá desenvolver análi-
ses e argumentações, com objetividade e clareza, orientando-se em fatos ou 
opiniões de especialistas. O objetivo do paper é estimular o aluno no aprofun-
damento de um assunto, já exercitando a elaboração de trabalhos sob uma 
linguagem acadêmico-científi ca. Espera-se o desenvolvimento de um ponto de 
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vista acerca de um tema, uma tomada 
de posição defi nida e a expressão dos 
pensamentos de forma original. Deve 
ser escrito em terceira pessoa.
Os propósitos de um paper são 
quase sempre os de formar um pro-
blema, adequar hipóteses, cotejar da-
dos, prover uma metodologia própria 
e, fi nalmente, concluir.
O paper é: 
• uma síntese de suas descobertas sobre um tema e seu julgamento, avalia-
ção, interpretação sobre essas descobertas;
• um trabalho que deve apresentar originalidade quanto às ideias;
• um trabalho que deve reconhecer as fontes que foram utilizadas, que 
mostra que o pesquisador é parte da comunidade acadêmica.
O paper não é: 
• um resumo de um artigo ou livro (ou outra fonte);
• ideias de outras pessoas, repetidas não criticamente;
• um conjunto de citações;
• opinião pessoal não evidenciada, não demonstrada;
• cópia do trabalho de outra pessoa.
Artigo científico
O objetivo principal do artigo científi co é levar ao conhecimento do públi-
co interessado alguma ideia nova ou abordagem diferente sobre determinado 
tema já estudado, sobre a existência de aspectos ainda não explorados em algu-
ma pesquisa ou a necessidade de esclarecer uma questão ainda não resolvida. 
A principal característica do artigo científi co é que suas afi rmações devem 
estar baseadas em evidências, sejam elas oriundas de pesquisa de campo ou 
comprovadas por argumentos que sustentem as conclusões expostas no arti-
go e que passaram pelo crivo da comunidade científi ca. O autor pode expres-
sar seu parecer, desde que demonstre ao leitor qual o processo lógico que o 
levou a chegar à aquela conclusão.
METODOLOGIA DA PESQUISA 31
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Algumas falhas mais comuns na investigação científi ca são:
• falta de clareza dos propósitos;
• falta de originalidade do material;
• má organização no material expositivo;
• repetição de palavras, conceitos e informações;
• desatualização bibliográfi ca;
• excessiva dependência das fontes;
• incorreção ou incoerência no sistema de referenciação das fontes;
• inadequação na defi nição dos termos.
Os artigos podem se apresentar de duas formas, conforme a ABNT (sigla de 
Associação Brasileira de Normas Técnicas, um órgão privado e sem fi ns lucrati-
vos que se destina a padronizar as técnicas de produção feitas no país).
Artigo original: apresenta temas ou abordagens próprias. Via de regra, es-
tes artigos relatam resultados de pesquisa, bem como desen-
volvem e analisam dados não publicados.
Artigo de revisão: tem como propósito resumir, analisar e 
discutir informações já publicadas que, geralmente, resultam 
de revisão de trabalhos já publicados, revisões bibliográfi cas.
ASSISTA
Para a compreensão da importância da ABNT para toda a so-
ciedade, sugerimos que assista ao vídeo 7- Institucional ABNT 
e Sebrae, que expõe o processo de normatização e de elabora-
ção de regras, sendo explicado por analistas que cuidam disso. 
Certamente, compreenderá a relevância do atendimento às re-
gras para acrescentar valor ao seu trabalho técnico-científi co.
Ensaio científico
No seu dia a dia, quando procura artigos científi cos do seu interesse ou da 
área de sua atuação, você deve ter percebido que eles podem, na sua apre-
sentação, formatação e organização, ter pequenas diferenças entre si. Diante 
disso, você poderá pensar de que forma se deve organizar o artigo científi co. 
Por isso, veremos como elaborar um artigo científi co para sua pesquisa ou con-
clusão de curso, respeitando as normas de organização, formatação e caracte-
rísticas do texto técnico-científi co, as quais estão em consonância com a ABNT. 
METODOLOGIA DA PESQUISA 32
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DIAGRAMA 5. OS GÊNEROS ACADÊMICOS
Gêneros 
acadêmicos
Resumo 
Resenha 
Esquema
Fichamento
Paper
Artigo 
científi co
Ensaio 
científi co
Apresentação gráfica
Para a apresentação gráfi ca do artigo científi co, é necessário se atentar às 
seguintes indicações: 
• Papel: folha branca de tamanho A4 (21 cm x 29,7 cm);
• Margens: esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm;
• Espaçamento entrelinhas: 1,5;
• Parágrafo: de 1,25 cm (geralmente 1 tab), com uma linha em branco en-
tre um parágrafo e outro;
• Formato do texto: justifi cado;
• Tipo e tamanho da fonte: Times New Roman, tamanho 12.
METODOLOGIA DA PESQUISA 33
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Importante:
Nas citações longas, notas de rodapé, número 
de página e fontes de ilustrações e tabelas use 
Times New Roman, de tamanho 10.
• Título: tamanho 18 e negrito;
• Subtítulo: tamanho 16 e negrito;
• Paginação: as páginas são numeradas com 
algarismos arábicos, colocados no canto superior 
direito da página, a 2 cm da borda superior:
• A primeira folha, que apresenta a identificação do 
artigo, não é paginada, embora seja contada;
• A paginação é iniciada na segunda folha e segue 
até o final do trabalho, inclusive nos elementos pós-textuais opcio-
nais (apêndices e anexos).
• Extensão do artigo: de 8 a 12 páginas. Veja a proporção dos elementos 
do artigo sugerida no Quadro 1;
• Títulos e subtítulos internos: os títulos de primeiro nível devem ser 
colocados em letras maiúsculas e em negrito (por exemplo: 3 ADMINISTRA-
ÇÃO); subtítulos de segundo nível devem iniciar com a primeira letra maiús-
cula e seguir com letras minúsculas em negrito (por exemplo: 3.1 Administra-
ção científica); e subtítulos de terceiro nível, em letras minúsculas e apenas 
a primeira letra do título maiúscula (salvo nomes próprios) e sem negrito (por 
exemplo 3.1.1 Histórico da administração científica). A numeração de títulos e 
subtítulos deve ser alinhada à margem esquerda;
• Itálico: utiliza-se para grafar as palavras em língua estrangeira, como 
checkin, resumen e workaholic, por exemplo.
A seguir, apresentaremos um exemplo da organização, formato e apre-
sentação do artigo científico:
TÍTULO DO ARTIGO
Subtítulo
Nome do Autor
Nome do Coautor
Resumo
Palavras-chave:
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TITLE
Subtitle
Abstract
Keywords:
1 INTRODUÇÃO
2 ESTRATÉGIAS PARA IDENTIFICAR O PAPEL DO CANDIDATO
2.1 Entrevista
2.2 Testes
2.2.1 Avaliação da entrevista
2.2.2 Avaliação dos testes
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Normas metodológicas e elementos da estrutura do 
artigo científico
O modelo de apresentação do artigo científi co seguirá, por razões de nor-
matização, a estrutura de artigos científi cos apresentada nesta unidade, que 
está em consonância com a NBR 6022 (2003), sendo imprescindível o uso e o 
cumprimento das normas estabelecidas a seguir.
Pré-textuais:
• Título;
• Subtítulo (opcional);• Autores;
• Resumo;
• Palavras-chave.
Textuais:
• Introdução;
• Desenvolvimento;
• Considerações fi nais.
Pós-textuais:
• Referências (obrigatório);
• Apêndice(s) (opcional(is) e não recomendado(s);
• Anexo(s) opcional(is) e não recomendado(s).
METODOLOGIA DA PESQUISA 35
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QUADRO 1. MODELO DE APRESENTAÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO
Elementos pré-textuais
Os elementos pré-textuais são compostos por informações essenciais, con-
forme explicação e modelo a seguir. 
Título do trabalho: letra 18, centralizado, maiúsculas e negrito.
Subtítulo, se houver: letra 16, centralizado, negrito, maiúsculas e minúscu-
las. Após o subtítulo, deixar duas linhas de tamanho 12 em branco.
Estudante: nome do estudante, com letra 12, centralizado, negrito, maiús-
culas e minúsculas, com nota de rodapé indicando a titulação e o e-mail.
Coautor: nome do orientador, com letra 12, centralizado, negrito, maiúscu-
las e minúsculas, com nota de rodapé indicando a titulação (especialista, mes-
tre, doutor) e o e-mail; (deixar duas linhas de tamanho 12 em branco).
Resumo: a palavra “resumo” deve ser em letra 12, negrito, alinhado à esquerda. 
Após a palavra “resumo”, deixar uma linha de tamanho 12 em branco. Esse item deve 
ter apenas um parágrafo de, no máximo, 250 palavras (aproximadamente 15 linhas), 
sem recuo na primeira linha. Use espacejamento simples, justifi cado, tamanho 12.
Palavras-chave: é preciso escolher de três a seis palavras ou termos mais im-
portantes do conteúdo, frequentemente já expressos no resumo. São separados 
entre si, fi nalizados por ponto e iniciados com letra maiúscula. A expressão “Pa-
lavras-chave” deve ser em fonte 12, negrito, alinhada à esquerda. Por exemplo: 
Palavras-chave: Conhecimento. Ciência. Metodologia Científi ca.
Atenção: Após as palavras-chave, deixar duas linhas de tamanho 12 em branco.
Título e subtítulo do trabalho em inglês: utilizar as mesmas regras de 
formatação do texto em português. Após, deixar duas linhas em branco em 
fonte tamanho 12.
Subtítulo (opcional)
Resumo
Título
Autores
Palavras-chave
PRÉ-TEXTUAIS
Introdução
Desenvolvimento
Considerações fi nais
TEXTUAIS
Referências (obrigatório)
Apêndice
Anexo
PÓS-TEXTUAIS
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Abstract (resumo em inglês): escrever “Abstract” em fonte Times New Ro-
man, tamanho 12, negrito, alinhado à esquerda. Deixar uma linha em branco. 
O abstract deve ter a mesma formatação do resumo em português. Deixar 
uma linha em branco.
Keywords: palavras-chave em inglês. Devem ter a mesma formatação do 
resumo em português. Deixar uma linha em branco.
DIAGRAMA 6. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Subtítulo 
(se houver) AbstractCoautor
Título do 
trabalho Estudante KeywordsTítulo e subtítulo 
em inglêsResumo
Palavras-chave
Elementos 
pré-textuais
Elementos textuais
A introdução, o desenvolvimento e as considerações fi nais fazem parte dos 
elementos textuais. Então, leia atentamente o que se postula sobre cada qual.
Introdução
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, a introdução é a 
parte inicial do texto, na qual devem constar a delimitação do assunto tra-
tado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o 
tema do trabalho.
A introdução deve anunciar a ideia central do trabalho, delimitando o ponto 
de vista enfocado em relação ao assunto e à extensão. Deve situar o problema 
ou o tema abordado, no tempo e no espaço, enfocar a relevância do assunto e 
apresentar o objetivo central do artigo.
METODOLOGIA DA PESQUISA 37
SER_METODOLOGIA DA PESQUISA_Completo.indd 37 31/03/2021 11:02:46
[...] na introdução não se deve repetir ou parafrasear o resu-
mo, nem antecipar conclusões e recomendações, mas é um 
convite para a leitura do texto integral. Assim, esta parte é im-
portante para que o leitor penetre na problemática abordada, 
familiarizando-se com os termos e o conteúdo da pesquisa 
(MARTINS, 2002, p. 221).
A finalidade da introdução é situar o leitor no tema, definindo conceitos, 
apresentando os objetivos do artigo e as linhas de pensamento relevantes 
para o estudo do assunto e as possíveis controvérsias, explicitando qual 
dessas linhas o autor seguirá e a justificativa para sua escolha. Também é 
aconselhável que o autor, nos últimos parágrafos da introdução, apresente 
a estrutura do artigo. 
A introdução é a apresentação inicial do trabalho, a qual possibilita 
uma visão global do assunto tratado (contextualização), com definição cla-
ra, concisa e objetiva do tema. E a delimitação precisa das fronteiras do 
estudo em relação ao campo selecionado, ao problema e aos objetivos a 
serem estudados.
Desenvolvimento
O desenvolvimento é a parte principal do texto, que contém a exposição 
ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, 
que variam em função da abordagem do tema e do método. Não existe exa-
tamente uma norma rígida que oriente esta seção do artigo.
O texto, no desenvolvimento, poderá conter ideias de autores, dados da 
pesquisa (caso for pesquisa de campo, colocar gráficos e tabelas auxiliares) 
e interpretações.
O desenvolvimento do assunto é a parte mais importante e 
extensa do texto em que é exigido raciocínio lógico e clare-
za. Seu objetivo é proporcionar uma exposição clara da ideia 
principal, fundamentando-as de modo racional com os resul-
tados da investigação (MARTINS, 2002, p. 221).
O desenvolvimento do trabalho é a parte principal, mais extensa e con-
sistente. São apresentados os conceitos, teorias, citações das autoridades do 
assunto que você está abordando, principais ideias sobre o tema focalizado, 
além de aspectos metodológicos, resultados e interpretação do estudo.
METODOLOGIA DA PESQUISA 38
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Considerações finais
A conclusão é a parte final do texto, na qual se apresentam conclusões cor-
respondentes aos objetivos ou hipóteses. As considerações finais devem limi-
tar-se a uma síntese da argumentação desenvolvida no corpo do trabalho e dos 
resultados obtidos. É importante lembrar que elas devem estar fundamenta-
das nos resultados obtidos na pesquisa:
[...] deve ser breve, clara, objetiva, apresentar visão analítica do 
corpo do trabalho, inter-relacionando-o e levando em conta o 
problema inicial do estudo. É redigida tendo em vista os resulta-
dos obtidos. É decorrente dos dados obtidos ou fatos observa-
dos, portanto não se deve introduzir novos argumentos, apenas 
demonstrar o que foi encontrado no decorrer do estudo (FA-
CHIN, 2003, p. 165).
Nesta parte do trabalho, podem ser discutidas recomendações e sugestões 
para o prosseguimento no estudo do assunto. 
Portanto, neste item, não se deve trazer nada de novo. Ainda, sugere-se que 
não se utilizem citações nesta seção.
As considerações finais devem apresentar deduções lógicas correspon-
dentes aos propósitos previamente estabelecidos do trabalho, apontando o 
alcance e o significado de suas contribuições. Também podem indicar questões 
dignas de novos estudos, além de sugestões para outros trabalhos.
DIAGRAMA 7. ELEMENTOS TEXTUAIS
Elementos 
textuais
Introdução Desenvolvimento Considerações 
finais
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Elementos pós-textuais
Agora, vamos falar um pouco sobre os elementos pós-textuais do artigo 
científi co:
DICA
Sugere-se que os elementos pós-textuais – apêndices e anexos – não 
sejam incluídos no artigo.
Referências
As referências são defi nidas como 
um conjunto padronizado de elemen-
tos descritivos, retirados de um docu-
mento, que permite sua identifi cação 
individual.
As referências fazem parte do todo, 
em virtude de que o corpo do artigo 
está sustentado em informações pes-
quisadas também nas autoridades do 
assunto em questão, os quaisforam 
citados no corpo do trabalho. E, dessa 
forma, as referências permitirão que 
o leitor tenha acesso às obras, aos do-
cumentos e aos artigos científi cos que 
foram citados no interior do trabalho.
Apêndice (opcional)
Texto ou documento elaborado pelo autor que visa complementar o traba-
lho. Os apêndices são identifi cados por letras maiúsculas consecutivas, segui-
das de travessão e respectivo título.
Anexo (opcional)
Texto ou documento não elaborado pelo autor do trabalho, que comple-
menta, comprova ou ilustra o seu conteúdo. Os anexos são identifi cados por 
letras maiúsculas consecutivas, seguidas de travessão e respectivo título. Por 
exemplo: ANEXO B – Estrutura organizacional da Empresa Alfa.
METODOLOGIA DA PESQUISA 40
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DIAGRAMA 8. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Elementos 
pós-textuais
Referências Apêndice 
(opcional)
Anexo 
(opcional)
Apresentação de ilustrações e tabelas
Ao elaborar um artigo, o estudante não fará necessariamente somente o 
uso da argumentação para um enfoque contrário ao já postulado sobre o as-
sunto ou para oferecer soluções para assuntos controversos à sua área de es-
tudo. Também não usará somente citações de autoridades do assunto para 
embasar o que tende a defender ou refutar.
No decorrer do artigo, o aluno pode usar outros elementos para ilustrar ou, 
até mesmo, dar mais credibilidade às ideias que tenciona defender. Para isso, 
poderá fazer o uso de ilustrações, tabelas e até mesmo gráfi cos. Sendo assim, 
veja a seguir como esses itens devem aparecer no artigo científi co.
Formato de apresentação de elementos do texto:
Ilustrações (desenhos, fotografi as, organogramas, quadros e outros)
As ilustrações devem ser centralizadas, com legenda numerada partindo 
de 1. O título da ilustração deve ser precedido pela palavra que a identifi que 
(exemplo: Figura) e pelo seu respectivo número. A posição do título é centrali-
zada e a seguir da ilustração.
METODOLOGIA DA PESQUISA 41
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A fonte ou nota explicativa deve estar centralizada e abaixo da figura, em 
fonte Times New Roman, tamanho 10:
Tabelas
A legenda da tabela deve ser precedida pela palavra “Tabela” e pelo seu 
respectivo número. A posição do título é centralizada e acima da tabela. A fonte 
fica no final da tabela, também centralizada, tamanho 10, espaçamento sim-
ples entrelinhas e seguindo os padrões estabelecidos pelo Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (IBGE).
Gráficos
Os gráficos apresentam dados numéricos em forma gráfica para melhor 
visualização. O mesmo procedimento de títulos deve ser adotado para os gráfi-
cos, ou seja, usar a palavra “Gráfico”, seu respectivo número e seu título. A po-
sição do título é centralizada e acima do gráfico. A fonte fica no final do gráfico, 
também centralizada, tamanho 10 e espaçamento simples entrelinhas.
Notas de rodapé
As notas de rodapé devem ter o propósito de servir como apoio explica-
tivo e devem ficar sempre no pé da página. A nota deverá estar separada do 
resto do texto por uma linha. As notas, a exemplo das figuras, também devem 
ser numeradas partindo de 1. Sugere-se utilizar o recurso de notas do próprio 
Word para inserir notas de rodapé no texto (comando: inserir notas). O próprio 
Word administrará a numeração. A posição do texto da nota no pé da página 
deve ser alinhada à esquerda.
Palavras estrangeiras
Sempre que possível, evite o estrangeirismo. Se for inevitável, use termos 
em língua estrangeira, estes deverão ser escritos usando o modo itálico. 
METODOLOGIA DA PESQUISA 42
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Sintetizando
Muitas são as dificuldades mencionados pelos estudantes diante das exi-
gências estabelecidas para a elaboração de textos técnico-científicos. As nor-
mas que regem a elaboração e a apresentação dessas produções exigem rigor 
em sua observação, por isso os critérios precisam ser compreendidos e a obe-
diência às normas deve prevalecer. 
Sendo assim, iniciamos esta unidade abordando as principais técnicas de 
estudo, expondo detalhes sobre como é feita a leitura e a redação científica 
para que não reste dúvidas quanto aos termos. Na sequência, nos voltamos 
para os textos científicos, com enfoque na leitura e compreensão dos mesmos.
Nos tópicos seguintes, abordamos os gêneros de trabalho acadêmico – re-
sumo, resenha, esquema, fichamento, paper e artigo científico – explorando 
detalhes sobre cada um deles, com informações necessárias para diferenciá-
-los e produzi-los. 
Um dos pontos principais do conteúdo desta unidade também é apresenta-
ção gráfica, na qual expomos os detalhes de formatação exigidos conforme a 
norma ABNT, algo primordial em qualquer conteúdo acadêmico.
Por fim, focamos nas normas metodológicas e elementos estruturais de um 
artigo científico, algo que também denota muita atenção e faz parte das exi-
gências técnicas. 
METODOLOGIA DA PESQUISA 43
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Referências bibliográficas
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METODOLOGIA DA PESQUISA 44
SER_METODOLOGIA DA PESQUISA_Completo.indd 44 31/03/2021 11:03:00
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METODOLOGIA DA PESQUISA 45
SER_METODOLOGIA DA PESQUISA_Completo.indd 45 31/03/2021 11:03:00
SEMINÁRIO,
PÔSTER
E PROJETO 
CIENTÍFICOS E 
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS 
2
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Conhecer as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);
 Conhecer as características da produção e da apresentação do seminário 
científico;
 Conhecer as características da produção e da apresentação do pôster 
científico; 
 Conhecer as especificidades da produção de um projeto científico;
 Compreender a utilização de referências bibliográficas.
 Seminários científicos
 A prática do seminário em sala 
de aula
 A preparação para o seminário 
de caráter científico
 O desenvolvimento e a conclu-
são do seminário
 Pôster científico
 A estrutura do pôster científico
 Projetos científicos
 A elaboração de projetos cien-
tíficos 
 A apresentação do projeto 
científico
 Referências bibliográficas: 
NBR 6023 da ABNT
 Diferença entre referência e 
bibliografia
 Estrutura das referências 
bibliográficas
METODOLOGIA DA PESQUISA 47
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Seminários científicos
O dicionário Larousse da Língua Portuguesa, em sua edição de 2001, defi ne a 
palavra “seminário” como congresso científi co ou cultural, com exposição se-
guida de debates, ou uma aula de nível universitário, com exposição e discus-
são de temas específi cos. Logo, quem participa de um seminário 
espera que aquele que o expõe esteja qualifi cado e preparado 
não somente para expor suas ideias, mas para desfazer dúvidas 
posteriores e debater seus argumentos com outras pessoas.
É preciso ter em mente que a busca por refl exões mais profundas sobre 
uma determinada questão ou um problema é o alvo de um seminário cientí-
fi co. Deste modo, ele é um método importante de estudo, sobretudo quando 
voltado ao mundo universitário.
A prática do seminário em sala de aula
Em outros momentos da vida escolar, antes da graduação, é habitual orga-
nizar seminários. Com o objetivo de que todos os alunos tomem contato com 
determinadas ideias, a atividade é proposta e os temas são escolhidos ou divi-
didos em grupos que se encarregam deles. Feita a divisão de tarefas, na hora 
de iniciar o trabalho relativo aos temas, os estudantes sentem-se desprepara-
dos, realizando exposições orais desorganizadas ou sem aprofundamento. En-
quanto isso, os demais estudantes não se sentem preparados para o momento 
de expor os temas que não lhes cabem. Em síntese, por essas e outras causas, 
nem sempre o seminário atende aos objetivos propostos.
Já na graduação, pelas defi nições de Antônio Joaquim Severino, 
no livro Metodologia do trabalho científi co, publicado em 2002, o 
seminário leva seus participantes a um contato estrei-
to com um texto básico, criando condições de análise 
rigorosa, levando-os à compreensão da mensagem 
central do texto e de seu conteúdo temático, gerando 
condições de interpretar o conteúdo, adotando uma 
postura crítica em relação à sua mensagem, e de discus-
são do problema enfocado, mesmo que ele seja apontado de forma implícita.
METODOLOGIA DA PESQUISA 48
SER_METODOLOGIA DA PESQUISA_Completo.indd 48 31/03/2021 11:03:24
Fonte: SEVERINO, 2002. (Adaptado). 
•Seminário
•Participantes
Contato com 
o texto
Discussão/ 
debate
Análise
•Compreensão
da mensagem
•Compreensão
do conteúdo
•Interpretação
do conteúdo
•Crítica e julgamento
DIAGRAMA 1. OBJETIVOS DO SEMINÁRIO 
É esperado, portanto, que não apenas quem fez o seminário esteja a par 
do tema abordado, mas que os demais participantes estejam preparados 
para a recepção do tema, seu entendimento e discussão. Assim, o seminário 
vai além do conhecimento sobre determinado problema ou do resultado da 
pesquisa.
Como Maria Margarida de Andrade aponta, no livro Como preparar tra-
balhos para cursos de pós-graduação: noções práticas, de 2002, a etimologia 
da palavra “seminário” remonta ao termo latino seminarium, que remete à 
ideia de “semente”. Isso quer dizer que o seminário traz em si o germinar de 
sementes na forma de ideias e pesquisas. Para que isso se efetive, algumas 
condições são exigidas. Dentre elas, a autora elenca:
a) Capacidade de pesquisa;
b) Capacidade de organização, reflexão e análise sistemática de fatos; 
c) Hábito de raciocínio lógico, com interpretação crítica de trabalhos mais 
avançados;
d) Exatidão e honestidade intelectual nos trabalhos.
A pesquisa é a essência do seminário, uma vez que ele leva à discussão e 
ao debate. Para isso, é necessário que as competências que permitem a orga-
nização das ideias, a análise, a interpretação e a crítica sejam desenvolvidas, 
contribuindo para a formação dos participantes.
METODOLOGIA DA PESQUISA 49
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EXPLICANDO
Competência corresponde à habilidade, saber, aptidão e idoneidade. 
Entende-se que é competente aquele que é suficiente e hábil, que se 
desenvolveu e é capaz de, no caso, organizar as ideias, analisá-las, inter-
pretá-las e discuti-las. 
Para a ocorrência de um seminário, os participantes devem ter contato com 
o texto a ser abordado com antecedência, a fim de que se proceda uma leitura 
analítica que possibilite ponderações durante sua apresentação.
Fonte: SEVERINO, 2002. (Adaptado). 
DIAGRAMA 2. CONDIÇÕES EXIGIDAS PARA O SEMINÁRIO
•Capacidade de pesquisa
•Capacidade de organização de ideiasSeminário
•Raciocínio lógico
•Interpretação crítica
Análise e 
reflexão
•Exatidão
•Honestidade intelectualFormação
Por outro lado, o participante deve empregar a escuta dinâmica durante o 
seminário, lembrando que, com base em Hendrie Weisinger, autor de Inteligên-
cia emocional no trabalho, de 1997: 
A maioria de nós nasce sabendo ouvir, mas saber escutar é 
uma técnica que temos que aprender. A escuta dinâmica é uma 
prática da inteligência emocional que traz um alto grau de au-
toconsciência para o processo de compreender e reconhecer a 
METODOLOGIA DA PESQUISA 50
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outra pessoa e responder a ela. A função da autoconsciência é 
observar o modo como permitimos que nossos fi ltros pessoais 
bloqueiem e às vezes transformem as informações que devería-
mos estar recebendo, como também evitar que sejamos conta-
giados pelo subentendido emocional das afi rmações de outrem 
(p. 135).
Desta maneira, para que o sucesso de um seminário seja alcançado, levan-
do à formação de todos os participantes do evento, há que se valer da escuta 
dinâmica, mas sem qualquer tipo de fi ltro pessoal, tais como predileção, sele-
ção de fatos ou distração, visto que são elementos que interferem na análise, 
interpretação e crítica.
A preparação para o seminário de caráter científico
Durante a graduação, alguns professores podem solicitar ao estudante que 
organize um seminário científi co, visto que não apenas quem já exerce a profi s-
são faz esse tipo de atividade. Mas, para elaborar um seminário, não basta rea-
lizar a leitura de determinado texto e apresentá-lo posteriormente. De início, 
com a leitura, o texto é analisado e um fi chamento é produzido.
EXPLICANDO
Maria Lúcia Aranha e Maria Helena Martins, nas páginas 328 e 329 do livro 
Temas de Filosofi a, de 2005, descrevem o fi chamento como uma técnica de 
estudo que se resume a anotações das partes mais relevantes de um texto 
que, num levantamento mais completo sobre certo tema, é separado em 
tópicos. Visto que um assunto apresenta uma sequência de subdivisões, 
é possível ainda fazer uma fi cha separadapara cada ideia, indicando o 
tópico e o subtópico ao qual faz referência. 
Esse tipo de trabalho exige organização e planejamento do percurso e da expo-
sição do seminário, contando com o auxílio de um professor ou coordenador 
que indique uma bibliografi a básica, orientando o estudante após a defi nição 
do tema no que diz respeito à seleção de fontes como livros, revistas, artigos, 
depoimentos, documentos (leis, registros de cartórios ou cartas), teses, insti-
tuições, pesquisas e relatórios, sites específi cos etc.
METODOLOGIA DA PESQUISA 51
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No entanto, cabe ao estudante pesquisar, se aprofundar sobre o tema e 
buscar informações novas em todas as fontes disponíveis, de modo a tomar 
posse do assunto e se tornar uma espécie de autoridade sobre ele, fazendo 
com que as etapas de preparação e comunicação do seminário sejam desem-
penhadas com qualidade.
É importante ressaltar que uma das principais fontes de informação na 
atualidade é a internet, que, através de sites de buscas, permite o levantamen-
to de infinitas possibilidades de fontes sobre temas e assuntos variados. Po-
rém, em geral, sites de confiança pertencem a museus, universidades, jornais, 
revistas, fundações de pesquisa, institutos culturais etc. Logo, é preciso buscar 
fontes fidedignas e que não lancem por terra nossas pesquisas.
Nesse momento, para fins de orientação, a presença do profes-
sor ou coordenador é necessária. Ao final da exposição, ele inter-
medeia os debates e promove uma apreciação orien-
tadora e crítica do trabalho exposto. Entretanto, se 
a situação é a do profissional cujo seminário está 
sob sua total responsabilidade, um roteiro básico 
para seminários é sugerido no livro Como preparar 
trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práti-
cas, publicado em 2002 por Andrade:
a) Escolha do tema;
b) Delimitação do assunto;
c) Pesquisa ampla, principalmente bibliográfica;
d) Anotações, em fichas, do material coletado;
e) Análise e seleção do material;
f) Plano geral do trabalho, bem pormenorizado;
g) Organização do assunto em tópicos;
h) Elaboração de um roteiro a ser distribuído entre os participantes;
i) Redação de fichas-guia para orientar a exposição;
j) Preparação do material de ilustração, como cartazes, slides e projeções;
k) Revisão crítica do conteúdo, com verificação do material de ilustração, do 
roteiro, e das fichas que guiarão a exposição;
l) Fixação de critérios e ensaio para definir o vocabulário a ser empregado, 
uso de ilustrações, tempo para a exposição e espaço para debates.
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DIAGRAMA 3. SÍNTESE DO ROTEIRO DE SEMINÁRIO 
Escolha 
do tema e 
delimitação 
do assunto
Análise e 
seleção do 
material
Anotações, 
fichamento
Preparação 
do material 
de ilustração
Critérios de 
apresentação 
e espaço 
para debates
Pesquisa 
bibliográfica
Plano geral, 
organização 
em tópicos, 
elaboração de 
roteiro e fichas
Revisão crítica 
e verificação 
do que será 
apresentado
Fonte: ANDRADE, 2002, p. 92. (Adaptado). 
Além disso, o tema deve ser interessante para quem executar o trabalho de 
pesquisa, ressaltando o item alusivo à delimitação do assunto. Escolhido o tema, as 
possibilidades de pesquisa podem ser tantas que o encarregado pelo seminário se 
perde diante dos inúmeros caminhos a se tomar. A presença do orientador é vital 
nestes momentos, auxiliando em relação à focalização do tema, levando o olhar de 
quem pesquisa a se concentrar em um determinado ponto. Quando não há quem 
cumpra tal papel, cabe ao pesquisador ficar atento para não se perder frente às 
opções, o que pode incidir em um trabalho superficial e que não contribua para a 
formação dos participantes.
Quanto às ilustrações, Andrade (2002) sugere atenção aos detalhes, devendo-se 
optar pela elaboração de cartazes, slides e material de projeção com poucos dizeres, 
considerando fontes e tamanhos que facilitem a leitura, com desenhos bem feitos, 
simples e claros, acompanhados de legendas (se indispensáveis).
Antes do seminário, outros artigos merecem atenção, como a verificação dos 
meios físicos ou virtuais que servirão de base para a materialização do texto. De 
nada adiantará preparar em detalhes todos os itens se, por exemplo, não houver 
computador e projetor, se uma tomada não estiver funcionando ou se a luminosi-
dade for excessiva e não permitir que os participantes acompanhem a exposição. 
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O desenvolvimento e a conclusão do seminário
Observados todos os itens, é chegada a hora da exposição. A fi m de evitar 
improvisações, surge a obrigação de um novo planejamento de ações, como 
Severino (2002) indica, na página 70 de seu livro:
a) Introdução, feita por um professor ou coordenador;
b) Apresentação, ponderando as obrigações e os procedimentos a serem 
adotados pelos participantes durante o seminário, no caso de seminários fei-
tos em grupo, e cronograma das atividades previstas;
c) Introdução breve sobre o tema do seminário;
d) Eventual revisão da leitura do texto de base do seminário;
e) Execução, de forma coordenada, das atividades previstas;
f) Apresentação, realizada pelo coordenador, introdutória ao momento de 
discussão geral da refl exão feita pelo(s) responsável(eis) pelo seminário;
g) Síntese fi nal, no caso da sala de aula, sob cuidado do professor que, nesse 
momento, orienta, realiza sua crítica e avaliação.
Introdução e 
apresentação
Introdução do tema do 
seminário e esclarecimentos
 sobre texto-base
Tarefas a serem cumpridas, 
procedimentos, cronograma
Execução coordenada das 
atividades programadas 
pelo(s) participante(s)
Apresentação introdutória à 
discussão geral sobre 
refl exão
Síntese
Fonte: SEVERINO, 2002, p. 70. (Adaptado). 
O grau de complexidade varia, dependendo dos diferentes tipos de se-
minários e dos objetivos a serem alcançados. Além do mais, ele também 
deve ser interessante para os participantes, imaginando que as pessoas se 
prepararam para o evento.
DIAGRAMA 4. ROTEIRO DE DESENVOLVIMENTO DO SEMINÁRIO
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Pôster científico
De acordo com a NBR 6022, editada pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT) em 2006, o pôster científi co é um instrumento de comunica-
ção cuja exibição acontece em diversos suportes, sintetizando e divulgando o 
conteúdo de uma pesquisa. Em encontros de caráter científi co ou conferências, 
o uso do pôster científi co é corrente, dado que sua fi nalidade é proporcionar, 
atingindo um grande número de pessoas, dados fundamentais a respeito da 
pesquisa.
Com o pôster científi co, ou pôster acadêmico, é possível mostrar os frutos 
da pesquisa científi ca de forma rápida, diferenciada e com uma exposição de 
maior tempo, se comparada à exposição oral. Para sua elaboração, se conta 
com o auxílio de um designer gráfi co, mas o próprio autor é capaz de executar 
tal tarefa, isto sem contar o entendimento sobre o conteúdo a ser transmitido 
para o público e como a pesquisa resultou em seu trabalho.
O pôster está presente em eventos com vários trabalhos científi cos e, em 
alguns deles, o autor do trabalho fi ca ao lado do pôster, convidando o público, 
o que permite uma troca de ideias individualizada com os interessados sem a 
presença do pesquisador, o que conta como vantagem na divulgação e visua-
lização do conteúdo da pesquisa. O pôster traz tanto linguagem verbal quanto 
imagens e gráfi cos, permanecendo em exposição em locais abertos, conforme 
determinam os organizadores do evento.
Colocados em paredes ou divisórias, nas quais são afi xados com cordões 
em pequenas tiras de madeiras, os pôsteres são confeccionados em papel, 
plástico ou outros materiais. Por isso, a NBR 15437/2006recomenda que suas 
dimensões sejam de 0,60 m a 0,90 m de largura, de 0,90 m a 1,20 m de altura 
e que o pôster seja legível a uma distância de, ao menos, um metro. Todavia, o 
suporte escolhido pode ser o meio eletrônico.
O pôster precisa ter certo impacto visual. Por isso, é necessário se preocu-
par com a escolha de um leiaute, isto é, uma forma de diagramação dos dados 
e das imagens que seja agradável para o leitor. O conteúdo deve ser organiza-
do de forma simples e lógica, concebendo a sequência de elementos do canto 
superior esquerdo para o canto inferior direito. A Associação Brasileira de Lin-
guística – ABRALIN (2019) faz as seguintes recomendações:
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a) Escolha um leiaute simples, colorido, atraente e criativo, mas sem exageros, 
posto que mais de três cores distraem o leitor;
b) No que tange às fontes escolhidas, facilite a legibilidade, escolhendo fontes 
grandes (Arial ou Times New Roman, de 18 a 26, com títulos em caixa-alta e negri-
to, de 40 a 50), prevalecendo o mesmo para as fi guras, devendo-se 
optar pelo contraste (fonte clara sobre fundo escuro, ou vice-versa);
c) Ao usar imagens ou gráfi cos, opte por uma confi guração sim-
ples e bem organizada;
d) Não exagere na quantidade de textos ele é apenas o ponto de partida para o 
desenvolvimento das discussões durante a divulgação de sua pesquisa;
e) Não elimine espaços em branco, a presença deles é signifi cativa para que não 
haja a impressão de excesso de informações;
f) Faça a distribuição do texto em colunas, deixando espaço entre elas;
g) Não escreva parágrafos muito longos, mantendo regularidade no número de 
linhas para cada um e buscando compreensão, concisão e correção gramatical.
A estrutura do pôster científico
Os elementos que fazem parte do conteúdo do pôster cientí-
fico são:
a) Título e, se houver, subtítulo, aparecendo na parte su-
perior do pôster. O subtítulo vem separado por dois-pontos 
(:) ou abaixo do título;
b) Nome completo do autor ou dos autores da pesquisa, abaixo do título e 
do subtítulo. Na sequência, devem aparecer o nome do orientador e elementos 
adicionais, como o nome da instituição na qual foi efetuada a pesquisa, cidade, es-
tado e país, além do endereço eletrônico, em campo separado ao fi nal do pôster;
c) Resumo sobre o problema estudado, os objetivos, a metodologia usada 
e os resultados alcançados, não excedendo cem palavras; palavras-chave são 
colocadas separadamente, após o resumo;
d) O conteúdo é organizado em colunas, considerando os itens: Introdu-
ção, Metodologia, Resultados, Discussão e Conclusão. No conteúdo são in-
seridas tabelas, ilustrações ou gráfi cos;
e) E, por fi m, são apresentadas as Referências, seguindo a NBR 6023.
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DIAGRAMA 5. ESTRUTURA DO PÔSTER (SUGESTÃO) 
TÍTULO (E SUBTÍTULO, SE HOUVER)
NOME COMPLETO DO(S) AUTOR(ES)
NOME COMPLETO DO ORIENTADOR
RESUMO RESULTADOS E DISCUSSÃO
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
INTRODUÇÃO 
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
METODOLOGIA CONCLUSÃO
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
 
Informações complementares (autor e orientador): Instituição, cidade, estado.
(Gráfi cos ou ilustrações)
Se bem organizado, o pôster científi co cumpre seu papel de exibir as partes 
mais notáveis da pesquisa, com indicações sobre quem a realizou e orientou, 
seu processo de realização, os resultados obtidos e sua base de referência. Jun-
te-se a isso uma redação clara e precisa, com boa argumentação, acompanha-
da de ilustrações ou gráfi cos, caracterizados pela clareza e pela simplicidade, e 
uma boa organização visual.
Projetos científicos
O termo “projeto” tem acepções como plano para a realização de um 
ato, uma intenção, um esboço inicial de um trabalho que se pretende de-
sempenhar ou a demonstração de algo que alguém planeja ou pretende 
fazer. Portanto, projetar é um passo básico para a efetivação de uma ideia 
e o início de uma estratégia para a concretização de algo.
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A expressão “projeto científico” diz respeito aos passos iniciais para a 
materialização do trabalho científico, isto é, o momento em que ele come-
ça a tomar vida. Não se pode, porém, confundir o projeto de pesquisa com 
um mero planejamento ou um plano para as pesquisas, nem imaginar para 
ele o detalhamento esperado para o trabalho científico em si.
A elaboração de projetos científicos
Como lembra Andrade (2002), há a necessidade de composição e de de-
monstração de um projeto científi co, por exemplo, nos casos de obtenção de 
bolsa de estudos; para conseguir o patrocínio para uma pesquisa; ao fi nal de 
um curso, para ser mostrado a um orientador; ou para ingressar em um curso 
de pós-graduação, pleiteando a continuidade de estudos em busca de uma es-
pecialização, um mestrado ou um doutorado, deixando o possível orientador a 
par da pesquisa que pretende ampliar.
Projetos dessa natureza oferecem ao examinador inicial não só os aspec-
tos científi cos da pesquisa, como também os aspectos práticos do desen-
volvimento do trabalho, visto que as questões técnicas e as exigências pre-
vistas pelas instituições devem estar explícitas. Conforme Severino (2002) 
defi ne, na página 159 de sua obra, um projeto bem feito acaba desempe-
nhando várias funções, tais como:
a) A defi nição e o planejamento do percurso para o desenvolvimento do 
trabalho do próprio estudante/pesquisador, a fi m de adquirir disciplina com o 
trabalho, sendo fi el aos procedimentos elencados, cumprindo a organização, a 
sequência e os prazos que ele mesmo estabelece no projeto;
b) Possibilitar o atendimento às exigências dos professores no aspecto 
didático;
c) Possibilitar que os orientadores avaliem os aspectos gerais do trabalho 
de pesquisa e as possibilidades de desenvolvimento, facilitando a orientação e 
a apresentação de novas perspectivas de ampliação da análise;
d) Fornecer condições de discussão e avaliação à banca examinadora para 
a qualifi cação do trabalho do estudante;
e) Contribuir para a concretização, no caso de solicitação de bolsa de estu-
dos ou de fi nanciamento de pesquisas;
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f) Embasar a coordenação de programas de pós-graduação para a aceita-
ção de candidatos, em especial nos cursos de doutorado.
A apresentação do projeto científico
Alguns elementos são fundamentais 
para o projeto de pesquisa tais como:
• Folha de rosto – com indicação da 
entidade destinatária do projeto, o título 
do trabalho, sua fi nalidade, autoria, local 
e data;
• Título – mesmo que provisório, seu 
valor está no fato de ele indicar o assunto 
do trabalho. Severino (2002) indica que a 
nomeação da pesquisa deve ter um títu-
lo geral e um título técnico, sendo este 
último apontado como um subtítulo que 
especifi ca o tema abordado;
• Delimitação do assunto – é o item fundamental do projeto, já que delimita 
o tema e o problema da pesquisa. Neste item, o problema e o conteúdo, alvos do 
estudo, são caracterizados e desdobrados;
• Objetivos gerais e específi cos – neste ponto, o autor determina o que pre-
tende com a pesquisa e quais resultados aguarda conseguir, fazendo referência ao 
tema em geral e, em seguida, a pontos específi cos do assunto escolhido;
• Justifi cativa – o autordeclara por qual motivo escolheu o tema e sua impor-
tância;
• Objeto da pesquisa – evidencia a tese ou hipótese do que se pretende de-
monstrar. Tais informações devem estar inequívocas desde o início, tomando-se o 
cuidado de preparar hipóteses sobre algo que ainda precisa ser demonstrado, caso 
contrário, não há avanço de conhecimento com sua pesquisa.
• Metodologia – esse item aborda os métodos utilizados na pesquisa e as técni-
cas escolhidas;
• Cronograma – delimita momentos e etapas do desenvolvimento da pesquisa, 
estabelecendo quantas semanas ou meses serão reservados para cada etapa;
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EXPLICANDO
De acordo com Severino (2002), os métodos são procedimentos mais 
amplos de raciocínio, enquanto as técnicas tratam do funcionamento dos 
métodos. Os métodos de pesquisa são baseados em experiências, como o 
trabalho de campo, ou feitos em laboratórios, através de pesquisa teórica, 
histórica ou uma mescla de maneiras de pesquisa.
• Orçamento – em alguns casos, são indicados os recursos humanos ou 
materiais imperativos para que o projeto seja realizado, mencionando a pre-
visão de custos;
• Bibliografia básica – contém os textos fundamentais em que a proble-
mática escolhida é enfocada. Organizada com base nas normas da Associa-
ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), espera-se que ela seja ampliada 
com o decorrer das pesquisas.
O já mencionado autor Severino, em Metodologia do trabalho científico, pu-
blicado em 2002, faz algumas consideracões sobre delimitação do assunto, 
objetivos e justificativas: 
Esta etapa do projeto pode-se iniciar com uma apresentação 
em que se coloca inicialmente a gênese do problema, ou seja, 
como o autor chegou a ele, explicitando-se os motivos mais 
relevantes que levaram à abordagem do assunto; em seguida, 
pode ser feita uma contraposição aos trabalhos que já versa-
ram sobre o mesmo problema, elaborando-se uma espécie de 
estado de questão, [...]. Esclarecido o tema e delimitado o pro-
blema, o autor deve apresentar as justificativas, não apenas 
mas sobretudo aquelas baseadas na relevância social e científi-
ca da pesquisa proposta. A seguir, o autor expõe os objetivos 
que o trabalho visa atingir relacionados com as contribuições 
que pretende fazer. Após isto, pode explicitar suas hipóteses 
(p. 161). 
O texto, no caso do projeto de pesquisa, deve ser coeso, conciso e sem 
uso de linguagem coloquial, contemplando a gramática normativa, e sem 
linguagem figurada. Para formular os objetivos, são usados verbos no infi-
nitivo. Para a descrição da metodologia, conforme Andrade, os verbos são 
empregados no futuro.
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DIAGRAMA 6. PROJETO DE PESQUISA 
Título Delimitação 
do assunto
Objetivos 
gerais e 
específi cos
Objeto da 
pesquisaJustifi cativa
Metodologia Bibliografi a 
básica OrçamentoCronograma
Fonte: SEVERINO, 2002. (Adaptado).
Desta forma, o projeto de pesquisa organiza todo o trabalho científi co e é um 
instrumento que não só conduz as atividades, mas também a análise, as orienta-
ções e as avaliações que cabem a professores e coordenadores, fornecendo con-
dições para que os orientadores atuem da melhor maneira possível.
Evidentemente, o projeto sofre alterações em vários pontos durante a pesqui-
sa, o que é visto de forma positiva mediante seu aprofundamento. Não obstante, 
ele não é um simples planejamento, pois ele traz a essência da monografi a que 
será produzida.
Referências bibliográficas: NBR 6023 da ABNT 
Na composição de um artigo, são consultados vários documentos, cita-
dos no decorrer do texto. Nesta parte do curso, será abordado como são 
feitas as referências desses documentos. A NBR 6023, da Associação Brasi-
leira de Normas Técnicas (ABNT), estabelece elementos a serem incluídos 
e a sua exposição, contemplando a bibliografia utilizada e as orientações 
sobre as convenções a serem observadas. É primordial que elas sejam ve-
rificadas sempre que produzir um trabalho de caráter técnico-científico, 
bem como suas possíveis atualizações, visto que as fontes de consulta es-
tão a cada dia contando com recursos que passam por mudanças cons-
tantes.
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Entende-se por referências a relação de fontes (livros, artigos, leis...) 
usadas no decorrer da pesquisa e são apresentadas, obrigatoriamente, ao 
final dos textos acadêmicos e científicos. 
Referências são o conjunto de elementos que, retirados de um docu-
mento, possibilitam a sua identificação.
Sua finalidade é dar ao leitor do texto as fontes da pesquisa e compo-
sição do artigo, assim como permitir que ele tenha acesso às obras con-
sultadas. Após as considerações finais do artigo, estão as referências, um 
elemento pós-textual obrigatório e que deve estar em ordem alfabética e 
alinhado à esquerda.
Diferença entre referência e bibliografia
Quando se fala em referências, é preciso entender como o termo é uti-
lizado. Obras de referência são aquelas que dão começo à pesquisa biblio-
gráfica e que ajudam a identificar e localizar as obras de consulta. Para 
Andrade (2002): 
 As obras de referência são constituídas pelos dicionários es-
pecífi cos das várias ciências, enciclopédias thesaurus, catálogos 
de editoras e bibliotecas, abstracts de revistas especializadas, 
repertórios bibliográfi cos etc. Tais obras propiciam informações 
gerais sobre determinado assunto, facilitando a tarefa de loca-
lizar outras, de caráter específi co, que virão a constituir o apoio 
bibliográfi co do trabalho (p. 53).
As obras de referência, no entanto, não constituem a única base bibliográfi ca 
de um trabalho científi co. A partir delas, há uma multiplicação de fontes, uma 
vez que elas geram outras indicações bibliográfi cas. Do mesmo modo, existem 
as referências no corpo do texto. A citação de uma passagem é inserida no texto 
colocando-se ao fi nal desta o nome do autor, o ano e, entre parênteses, a página. 
As referências completas aparecem na bibliografi a fi nal. 
Caso se trate da síntese de um trecho, as referências devem ser colocadas 
acrescentando-se Cf. no início e entre parênteses. As referências bibliográfi cas, 
fontes bibliográfi cas ou apenas bibliografi a designam a bibliografi a levantada du-
rante o trabalho científi co e organizada na parte fi nal do trabalho.
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A princípio, ela é composta durante o fichamento, que traz não apenas 
um relatório organizado de suas leituras, incluindo temas, sínteses, tre-
chos relevantes e justificativas para a seleção desses dados, mas também 
os autores e as obras consultadas, ano de publicação, páginas e editoras.
As referências bibliográficas listam documentos que, como relata An-
drade, na página 54 de sua publicação, são manuscritos, livros, revistas, 
jornais ou qualquer outro impresso, documentos reproduzidos, xeroco-
piados, obtidos em gravações de áudio ou vídeo, mapas, esboços, plantas, 
teses e dissertações não publicadas, palestras, aulas, sites etc.
O propósito das referências bibliográficas é levar o leitor às 
fontes da pesquisa que resultou no trabalho científico e, por 
isso, todos os documentos consultados ou repor-
tados no corpo do trabalho são indicados nas 
referências, de forma que o leitor tenha con-
dições de retomá-los, seja para aprofundar a 
problemática, fazer uma revisão do trabalho 
ou por qualquer outro motivo.
DIAGRAMA 6. PROJETO DE PESQUISA 
Obras de
referência 
Referência no 
corpo do texto
Referências
bibliográficas
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Estrutura das referências bibliográficas
A seguir, estão exemplos de como fazer as referências dosdocumentos 
utilizados para o projeto.
Livros
Os elementos essenciais são:
• Autor: último sobrenome em maiúsculas, seguido dos prenomes ape-
nas iniciados por maiúsculas. Exceções: nomes espanhóis entram pelo pe-
núltimo sobrenome, sobrenomes ligados por traço de união são grafados 
juntos e sobrenomes que indicam parentesco (como Júnior, Filho e Neto) 
acompanham o último sobrenome;
• Título: em negrito, sublinhado ou itálico;
• Subtítulo (se houver): separado do título por dois-pontos, sem des-
taque;
• Edição: a partir da segunda, o número da edição é assinalado seguido 
de ponto e da palavra edição (ed.), no idioma da publicação. Não se anota 
a primeira edição e as demais são anotadas como 2. ed., 3. ed., e assim por 
diante;
• Local da publicação: quando há mais de uma cidade, a primeira é men-
cionada na publicação seguida de dois-pontos;
• Editora: apenas o nome que a identifi que, seguido de vírgula;
• Data: ano de publicação.
Casos específi cos:
• Livro com um autor:
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título do livro. Local da publicação: 
Editora, Ano. Ex.: DRUCKER, Peter Ferdinand. Sociedade pós-capitalista. São 
Paulo: Pioneira, 1999.
• Livro com subtítulo: 
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título do 
livro: subtítulo do livro. Local da publicação: 
Editora, Ano. Ex.: SERRANO, Pablo Jimenez. 
Epistemologia do Direito: para melhor com-
preensão da ciência do Direito. Campinas: Alí-
nea Editora, 2007.
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• Livro com autor espanhol: 
SOBRENOMES DO AUTOR, Prenomes. Título do livro: (subtítulo quando 
houver). Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: SÁNCHEZ GAMBOA, Silvio Anci-
zar. Pesquisa em educação: métodos e epistemologias. Chapecó: Argos, 2007.
• Livro com autor com sobrenome separado por traço: 
SOBRENOMES DO AUTOR, Prenomes. Título do livro. Local da publicação: 
Editora, Ano. Ex.: MERLEAU-PONTY, Maurice. O visível e o invisível. 3. ed. São 
Paulo: Perspectiva, 1992.
• Livro com sobrenome indicando parentesco:
SOBRENOMES DO AUTOR, Prenomes. Título do livro. Local da publicação: 
Editora, Ano. Ex.: DALLEGRAVE NETO, José Affonso. Responsabilidade civil no 
direito do trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr, 2008.
• Livro com sobrenome iniciado com prefixos:
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título do livro. Edição. Local da pu-
blicação: Editora, Ano. Ex.: McDONALD, Ralph E. Emergências em pediatria. 
6. ed. São Paulo: SARVIER, 1993.
• Livro com dois autores: 
SOBRENOME DO PRIMEIRO AUTOR, Prenomes; SOBRENOME DO SE-
GUNDO AUTOR, Prenomes. Título do livro: (subtítulo quando houver). 
Edição. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: WARAT, Luis Alberto; PÊPE, 
Albano Marcos. Filosofia do Direito: uma introdução crítica. São Paulo: 
Moderna, 1996.
• Livro com três autores: 
SOBRENOME DO PRIMEIRO AUTOR, Prenomes; SOBRENOME DO SEGUNDO 
AUTOR, Prenomes; SOBRENOME DO TERCEIRO AUTOR, Prenomes. Título do 
livro: (subtítulo quando houver). Edição. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: 
ARRUDA, Maria Cecília Coutinho de; WHITAKER, Maria do Carmo; RAMOS, José 
Maria Rodriguez. Fundamentos de ética empresarial e econômica. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 2003.
• Livro com mais de três autores: 
SOBRENOME DO PRIMEIRO AUTOR, Prenomes et al. Título do livro: (sub-
título quando houver). Edição. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: ANDERY, 
Maria Amália et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 
6. ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo; São Paulo: EDUC, 1996.
METODOLOGIA DA PESQUISA 65
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• Livro com organizador (Org.), coordenador (Coord.) ou editor (Ed.): 
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. (Org. ou Coord. ou Ed.). Título do livro: 
(subtítulo quando houver). Edição. Local da publicação: Editora, Ano. Ex.: SOUZA, 
Osmar de; LAMAR, Adolfo Ramos (Org.). Educação em perspectiva: interfaces 
para a interlocução. Florianópolis: Insular, 2006.
• Livro cujo autor é uma entidade (quando uma entidade coletiva assu-
me integral responsabilidade por um trabalho, ela é tratada como autor): 
ENTIDADE. Título: (subtítulo quando houver). Edição. Local da publicação: 
Editora, Ano. Ex.: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: 
resumo: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
No caso dos livros citados em parte, as regras são as seguintes:
• Quando o autor do capítulo é o mesmo da obra: 
SOBRENOME DO AUTOR DA PARTE REFERENCIADA, Prenomes. Título da parte 
referenciada. In: ______. Título do livro. Local: Editora, ano. Página inicial e final. 
Ex.: ABRANTES, Paulo. (Org.). Naturalizando a Epistemologia. In: ______. Epistemo-
logia e cognição. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1994. p. 171-215.
• Quando o autor do capítulo não é o mesmo da obra: 
SOBRENOME DO AUTOR DA PARTE REFERENCIADA, Prenome. Título da par-
te referenciada. In: SOBRENOME DO AUTOR OU ORGANIZADOR, Prenomes. 
(Org.). Título do livro. Local: Editora, ano. Página inicial e final. Ex.: SILVA, Rubia 
da; FISCHER, Juliane. Tecendo um diálogo da prática pedagógica: atividades de-
senvolvidas na educação infantil. In: SOUZA, Osmar de; LAMAR, Adolfo Ramos. 
(Org). Educação em perspectiva: interfaces para a interlocução. Florianópolis: 
Insular, 2006. p. 81-94.
Teses, dissertações e trabalhos acadêmicos
SOBRENOME DO AUTOR, Prenomes. Título. Ano. Tese, dissertação ou tra-
balho acadêmico (grau e área) – Unidade de Ensino, Instituição, Local, Data. 
Ex.: SILVA, Renata. O turismo religioso e as transformações socioculturais, 
econômicas e ambientais em Nova Trento – SC. 2004. 190 f. Dissertação 
(Mestrado em Turismo e Hotelaria) – Centro de Educação Balneário Camboriú, 
Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, 2004.
URBANESKI, Vilmar. Epistemologia social, ciências cognitivas e educação. 
2006. 116 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Centro de Ciências da Educa-
ção, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, 2006.
METODOLOGIA DA PESQUISA 66
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Enciclopédias
NOME DA ENCICLOPÉDIA. Local da publicação: Editora, ano. Ex.: ENCI-
CLOPÉDIA TECNOLÓGICA. São Paulo: Planetarium, 1974.
Jornal
• Jornal no todo:
NOME DO JORNAL. Cidade, data. Ex.: FOLHA DE S.PAULO. São Paulo, 11 
jan. 2009.
• Artigo de jornal com autor definido: 
SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Títu-
lo do jornal, Cidade, data (dia, mês, ano). Suplemento, número da página, 
coluna. Ex.: PRATES, Luis Carlos. Quindim com café. Diário Catarinense, 
Florianópolis, 3 fev. 2009. Disponível em: <http://www.clicrbs.com.br/diario-
catarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2390841.xml&tem-
plate=3916.dwt&edition=11632&section=1328http>. Acesso em: 3 fev. 2009.
• Artigo de jornal sem autor definido:
TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título do jor-
nal, Cidade, data (dia, mês, ano). Suplemento, número da página, coluna. Ex.: 
EFEITOS da lei seca. Folha de S.Paulo, São Paulo, 14 mar. 2009. Opinião, p. 2.
Revista
• Revista no todo:
NOME DA REVISTA. Local de publicação: editora (se não constar no títu-
lo), número do volume (v._), número do exemplar (n._), mês. Ano. ISSN. Ex.: 
REVISTA TRIBUNA JURÍDICA. Indaial: Editora Asselvi, v. 1, n. 4, jan./jun. 2008. 
ISSN 1807-6114.
• Coleção de revistas no todo:
TÍTULO DO PERIÓDICO. Local de publicação: editora, data (ano) do pri-
meiro volume e, se a publicação descontinuou, do último. Periodicidade. 
Número do ISSN (se disponível). Ex.: CONTRAPONTOS. Itajaí: Univali, 2001. 
Semestral. ISSN 1519-8227.
• Artigo de revista com autor definido: 
SOBRENOME DO AUTOR DO ARTIGO, Prenomes. Título do artigo. Título da re-
vista, local da publicação, número do volume (v._), número do fascículo (n._), pá-
ginas inicial-final do artigo, mês. Ano. Ex.: PICH, Roberto Hofmeister. Autorização 
epistêmica e acidentalidade. Veritas, Porto Alegre, v. 50, n. 4, p.249-276, dez. 2005.
METODOLOGIA DA PESQUISA 67
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• Artigo de revista sem autor definido:
TÍTULO do artigo (apenas a primeira palavra em maiúscula). Título da 
revista, local da publicação, número do volume, número do fascículo, pá-
gina inicial final do artigo, mês. Ano. Ex.: 20 CENTROS e nenhuma central. 
HSM Management, São Paulo, v. 1, n. 72, p. 39-45, jan./fev. 2009.
Casos específicos:
• Quando a editora não puder ser identificada, utiliza-se a expressão 
sine nomine, abreviada e entre colchetes [s.n.];
• Quando o local de publicação não for identificado, utiliza-se a expres-
são sine loco, abreviada e entre colchetes [s.l.];
• Quando o local e a editora não aparecem na publicação, se indica en-
tre colchetes [s.l.: s.n.];
• Quando o local, a editora e a data não forem identificadas, se indica 
entre colchetes [s.n.t.] (sem notas tipográficas).
Anais
NOME DO EVENTO, Número do evento (se houver), ano de realização, 
local. Título do documento (anais, atas, tópico temático etc.). Local: Edi-
tora, ano de publicação. Número de páginas ou volume (se houver). Ex.: 
REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20., 1997, Poços 
de Caldas. Livro de resumos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 
1997.
Entrevistas
No título, omite-se o nome do entrevistador quando ele é o autor do 
trabalho. Quando a entrevista é concedida em função do cargo ocupado 
pelo entrevistado, acrescentam-se o cargo, a instituição e o local ao título.
• Entrevistas não publicadas: 
SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenome. Título. Local, data (dia, 
mês. ano). Ex.: SUASSUNA, Ariano. Entrevista concedida a Marco Antô-
nio Struve. Recife, 13 set. 2002. 
• Entrevistas publicadas: 
SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenomes. Título da entrevista. Refe-
rência da publicação (livro ou periódico). Nota da entrevista. Ex.: SOUZA, 
Mauricio de. A Mônica quer namorar. Veja, ed. 2.098, ano 423, n. 5, p. 19-23, 
dez. 1999. Entrevista concedida a Duda Teixeira.
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Internet
Nome do autor; título do documento ou da web page (ou do frame). Título 
do trabalho maior contendo a fonte (website); informações sobre a publica-
ção (incluindo a data da publicação e/ou da última revisão); endereço ele-
trônico (URL); data do acesso e outras particularidades dignas de menção 
na fonte. Ex.: GRAYLING. A. C. A epistemologia. The blackwell companhion 
to philosophy. Cambridge, Massachusetts: Blackwell Publishers Ltd, 1996. 
Disponível em: <http://www.geocities.com/marcofk2/grayling.htm>. Acesso 
em: 10 maio 2007.
Jurisdição
Título (especificação da legislação, número e data). Ementa. Dados da 
Publicação. Ex.: BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília: Senado Federal, 1988.
SANTA CATARINA (Estado). Lei n. 5.345, de 16 de maio de 2002. Autoriza 
o desbloqueio de Letras Financeiras do Tesouro do Estado e dá outras pro-
vidências. Diário Oficial do Estado, Poder Executivo, Florianópolis, 16 jun. 
2002. Seção 3, p. 39.
METODOLOGIA DA PESQUISA 69
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Sintetizando
A metodologia é um aspecto de extrema importância em qualquer ativida-
de de caráter científico, se mostrando como uma alavanca que proporciona o 
sucesso em seminários científicos. Os seminários são parte integrante do co-
tidiano das salas de aula, mas ocorrem em simpósios, conferências e congres-
sos nos quais pesquisadores divulgam seus trabalhos e colocam em discussão 
seus resultados. Suas formas de organização resultam em oportunidades de 
formação para todos os envolvidos.
Um dos elementos que promove a exposição de seminários e de pesquisas 
é o pôster científico, cuja função é expor trabalhos científicos de forma rápida e 
visual, colocando-os em evidência de modo resumido, e demonstrando temas, 
metodologias usadas, resultados obtidos, conclusões e referências bibliográfi-
cas utilizadas no processo.
Nesta esfera de atividades, estão os projetos científicos, que oferecem a 
coordenadores e avaliadores a motivação e a organização previstas pelo pes-
quisador para o trabalho científico, permitindo que tenham um panorama do 
que é desejado, promovendo orientações, intervenções e avaliações sobre o 
processo e seus resultados.
Como em qualquer atividade investigativa nesse contexto, cabe a observa-
ção das normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT), o que confere um dos aspectos que dá credibilidade à materialização 
de uma tarefa científica. Certamente, a busca constante por conhecimentos 
que ampliem a formação, bem como a correção das formas de apresentação 
ao difundi-los expande o peso de seus esforços.
METODOLOGIA DA PESQUISA 70
SER_METODOLOGIA DA PESQUISA_Completo.indd 70 31/03/2021 11:03:31
Referências bibliográficas
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6023: Infor-
mação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 
2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10520: Infor-
mação e documentação – Citações em documentos – Apresentação. Rio de 
Janeiro: ABNT, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14724: Traba-
lhos acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 15437: Infor-
mação e documentação – Pôsteres técnicos e científicos – Apresentação. Rio 
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BARROS, A. J. S.; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos de metodologia científi-
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CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 5. ed. São Paulo: 
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COLLIS, J.; HUSSEY, R. Pesquisa em administração: um guia prático para 
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rousse; São Paulo: Ática, 2001.
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São José: USJ, 2008.
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TRIOLA, M. F. Introdução à estatística. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
WEISINGER, H. Inteligência emocional no trabalho. 8. ed. Rio de Janeiro: 
Objetiva, 1997. 
METODOLOGIA DA PESQUISA 73
SER_METODOLOGIA DA PESQUISA_Completo.indd 73 31/03/2021 11:03:31
ESTRUTURAS, 
ABREVIAÇÕES E 
ÉTICA DAS CITAÇÕES 
BIBLIOGRÁFICAS
3
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Conhecer as regras da Agência Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);
 Entender como utilizar de maneira correta citações a partir das regras da 
ABNT;
 Compreender como utilizar as abreviaturas a partir das regras da ABNT em 
periódicos científicos.
 Citações bibliográficas: NBR 
10520/2002 da ABNT
 Sistemas de chamadas
 Estrutura de citações
 Citação direta
 Citação indireta
 Citação de citação
 Vantagens e desvantagens dos 
sistemas de citação
 Abreviação de títulos: NBR 
6032/1989 da ABNT
 Regras de abreviação
 Regras de abreviação de títulos
 Nomes de pessoas
 O perigo do plágio
 Ética
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Citações bibliográficas: NBR 10520/2002 da ABNT
Ao escrever um artigo científi co, 
além de se ter uma série de requisi-
tos a serem respeitados, o aluno não 
irá construir o seu texto baseado so-
mente em suas ideias e experiências 
particulares. Ele precisará, obrigato-
riamente, fazer menção ao que outros 
autores reconhecidos pela comunida-
de científi ca da sua área retratam so-
bre o assunto que está pesquisando 
para elaborar o trabalho. 
Nesta hora, algumas dúvidas po-
dem surgir: de que maneira posso citar outros autores no decorrer do meu 
artigo? Como se fazem as citações desses autores? Aqui você terá acesso a defi -
nição de citação, aos contextos nos quais ela terá serventia, os tipos de citação, 
e como fazê-la ao elaborar um artigo.
Você encontrará também sistemas de chamada, além das formas de citação 
e indicação de autores na citação conforme as regras estabelecidas pela Agên-
cia Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT.
EXPLICANDO
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) defi ne citação 
como a menção de uma informação extraída de outra fonte. Contudo, ou-
tros autores também possuem diferentes defi nições sobre as citações.
Para Colzani (2001 apud SILVA; URBANESKI, 2009, p. 85) “citação é uma inser-
ção, num texto, de informações colhidas de outra fonte, para esclarecimento do 
tema em discussão, para sustentar, para refutar ou apenas para ilustrar o que 
se disse”.
Já para Barros e Lehfeld (2000, p. 107), “as citações ou transcrições de docu-
mentos bibliográfi cos servem para fortalecer e apoiar a tese do pesquisador ou 
para documentar sua interpretação”.
METODOLOGIA DA PESQUISA 76
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Pode-se afirmar que são motivos pelos quais se utilizam citações:
• Permitir ao leitor ir ao texto original do autor citado;
• Possibilitar a identificação do legítimo “autor” das ideias apresentadas no 
trabalho;
• Dar credibilidade e autoridade ao texto;
• Reforçar e fundamentar o texto em outros autores que discutem o assunto em 
questão;
• Corroborar com as ideias expostas no trabalho.
A citação, como já mencionado, é a transcrição de ideias alheias. Santos (2007, p. 
121-122) ensina que:
Textos técnicos e científicos devem lançar mão de citações por dois 
bons motivos. O primeiro é que, normalmente, citam-se autores de 
outros textos já publicados. Isto é, autores cujas ideias já foram pu-
blicamente expostas, submetidas ao juízo e reconhecimento da co-
munidade de leitores e da comunidade científica. Se as ideias perma-
necem (e da forma como permanecem), seu autor merece menção, 
como conhecedor do assunto exposto, como autoridade científica. 
Segundo, ao se referenciar certo autor, fazem-se, a um só tempo, um 
ato de justiça intelectual (atribuir-se a ideia a seu “dono”) e um ato 
de honestidade científico-acadêmica (o autor que cita e referencia 
reconhece que a ideia não é sua).
As citações são de extrema importância para o artigo científico. Mas elas não 
substituem a redação do trabalho.
Os problemas mais comuns quanto à citação são:
• Escassez de citações, atribuindo-se ao autor pensamentos que são de outrem;
• Excesso de citações, o que faz do trabalho uma enorme colcha de retalhos;
• Documentação inadequada (por inexistência, insuficiência ou incorreção) das 
fontes empregadas;
• Presença no texto de informações que poderiam ir para as notas, o que permi-
tiria deixar a redação mais limpa;
• Falta de diálogo com as fontes, usadas, às vezes, apenas para abonar o pensa-
mento do autor, sem discussão;
• Inadequada transição entre o texto do autor e o texto citado, o que dificulta a 
identificação de quem está falando (AZEVEDO, 1998, p. 120).
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Sistemas de chamadas
As citações no texto devem ser feitas de maneira uniforme e de acordo com 
o estilo do pesquisador ou critério adotado pela revista em que o artigo plei-
teará a publicação. Contudo, as citações devem seguir as prescrições da NBR 
10520, de 2002 (Figura 1).
Figura 1. Captura de tela de um documento ofi cial ABNT (NBR 10520/2002).
Ao elaborar o artigo, quanto ao sistema de chamada, a indicação das fontes 
citadas pode ocorrer de duas formas: através do sistema numérico ou do sistema 
autor-data.
Sistema numérico
No sistema numérico, a numeração é única e consecutiva, em algarismos ará-
bicos. Nesse sistema, não deve ser iniciada uma nova numeração a cada nova 
página do trabalho. A fonte é indicada de forma completa em nota de rodapé e 
apresentada de acordo com as normas de referência bibliográfi ca.
Caso seja necessário o uso do sistema numérico, é importante ressaltar que 
as notas de referências contidas nas notas de rodapé devem constar na lista de 
referências. Quando se usa nota de rodapé, não se usa o sistema numérico.
Sistema Autor-data
Nesse sistema, o leitor pode identifi car a fonte completa da citação na lista de 
referências, organizada em ordem alfabética, no fi nal do trabalho. 
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O formato da citação no sistema autor-data é feito pelo sobrenome do autor 
ou pela instituição responsável ou, ainda, pelo título de entrada (caso a autoria 
não esteja declarada), seguido pela data de publicação do documento e página da 
citação, separados por vírgula.
De acordo com a NBR 10520 (2002), se o sobrenome do autor, a instituição, o 
responsável ou o título estiver incluído no texto, a informação deve ser apresenta-
da com letras maiúsculas e minúsculas.
Exemplos:
1.Para Teixeira (1998, p. 35), “a ideia de que a mente funciona como um compu-
tador digital e que este último pode servir de modelo ou metáfora para conceber 
a mente humana iniciou a partir da década de 40”.
2.“A ideia de que a mente funciona como um computador digital e que este 
último pode servir de modelo ou metáfora para conceber a mente humana inicioua partir da década de 40” (TEIXEIRA, 1998, p. 35).
Quando o nome do autor citado estiver entre parênteses, deve ser escrito com 
todas as letras em maiúscula, conforme o exemplo 2.
No caso de uso das citações com dois ou mais documentos de um mesmo 
autor que foram publicados no mesmo ano, estes devem ser diferenciados pelo 
acréscimo de letras minúsculas do alfabeto após o ano, conforme exemplo a se-
guir:
(SILVA, 2008a)
(SILVA, 2008b)
(SILVA, 2008c)
Caso haja dois autores com o mesmo sobrenome e mes-
ma data de publicação, acrescentam-se as iniciais de 
seu prenome, conforme exemplo a seguir:
(SILVA, M., 2004)
(SILVA, C., 2004)
Estrutura de citações
Há alguns modelos distintos de citações que podem ser utilizados pelos 
alunos durante seus projetos. Nesta parte do estudo, você conhecerá os mais 
utilizados. 
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ASSISTA
Para compreender melhor o mecanismo de implementa-
ção das citações, assista ao vídeo Como fazer citações 
ABNT.
Citação direta
A citação direta, de acordo com a NBR 10520 (2002, p. 2), é a “Transcrição 
literal da parte da obra do autor consultado”. Ou seja, nesse tipo de citação 
deve-se respeitar redação, ortografi a, sinais gráfi cos e pontuação do texto ori-
ginal, fazendo uma cópia fi el do autor consultado.
Citação direta curta 
A citação curta é de até três linhas e deve ser inserida entre aspas, no inte-
rior do parágrafo, conforme exemplifi cado na Figura 2.
Deve indicar
a(s) página(s)
Usar aspas duplas
Figura 2. Exemplo de citação direta curta. Fonte: UMESP, 2002. Acesso em: 10/01/2020.
Exemplos:
1. No parágrafo: Sobrenome do autor ou dos autores (data, n. da página).
De acordo com Sabadell (2000, p. 31), “o objeto da ciência jurídica é exami-
nar como funciona o ordenamento jurídico. Como diz Kelsen, o direito é um 
conjunto de normas em vigor [...]”.
2. No fi nal da citação (SOBRENOME DO AUTOR OU AUTORES, data, n. da 
página).
“O objeto da ciência jurídica é examinar como funciona o ordenamento jurí-
dico. Como diz Kelsen, o direito é um conjunto de normas em vigor [...]” (SABA-
DELL, 2003, p. 31).
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Citação direta longa
As citações diretas com mais de três linhas devem aparecer em parágrafo 
distinto, com recuo de 4 centímetros da margem esquerda, espaçamento sim-
ples, sem aspas e em fonte 10, conforme detalhado na Figura 3.
Não usar aspas
duplas
A fonte deverá
 ser menor que
 a do texto
Fazer recuo
de 4 cm
Deve indicar
a(s) página(s)
Figura 3. Exemplo de citação direta longa. Fonte: UMESP, 2002. Acesso em: 10/01/2020.
Exemplos:
1. Para Goldman (2001, p. 58):
Objetivo fundamental da educação, isto é, dos sistemas escolares, em todos 
os níveis, é o de prover os estudantes com conhecimento e desenvolver habilida-
des intelectuais que elevem as suas habilidades de aquisição de conhecimento. 
Isto, de qualquer modo, é a imagem tradicional, e eu não conheço nenhuma boa 
razão para abandoná-la.
2. Objetivo fundamental da educação, isto é, dos sistemas escolares, em to-
dos os níveis, é o de prover os estudantes com conhecimento e desenvolver habi-
lidades intelectuais que elevem as suas habilidades de aquisição de conhecimen-
to. Isto, de qualquer modo, é a imagem tradicional, e eu não conheço nenhuma 
boa razão para abandoná-la (GOLDMAN, 2001, p. 58).
Citação direta: omissão
A omissão é um recurso utilizado quando não é necessário citar integralmen-
te o texto de um autor. Porém, deve-se ter o cuidado para não alterar o sentido 
do texto original. No texto, a omissão é indicada por reticências entre colchetes 
[...]. As omissões podem aparecer no início, no fim e no meio de uma citação.
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Exemplos:
1. De acordo com Reale (1990, p. 554), “os fenomenólogos pretendem des-
crever os modos típicos como as coisas e os fatos se apresentam à consciência 
[...] A fenomenologia não é a ciência dos fatos e sim, ciências das essências”.
2. “Os fenomenólogos pretendem descrever os modos típicos como as coi-
sas e os fatos se apresentam à consciência [...] A fenomenologia não é a ciência 
dos fatos e sim, ciências das essências.” (REALE, 1990, p. 554).
Citação direta: destaque
Quando existe a necessidade de enfatizar alguma palavra, expressão ou 
frase em uma citação direta, pode-se grifá-la. Mas, ao fazer isso, é preciso usar 
o recurso tipográfico negrito na parte do texto a ser destacada e a expressão: 
grifo nosso.
Essa expressão deve vir entre parênteses, após a indi-
cação da página em que foi retirada a citação. Quando já 
existe destaque no texto original, mantém-se este des-
taque indicando sua existência pela expressão grifo do 
autor ou grifo dos autores entre parênteses.
Exemplos:
1. Hoje, equipados com novas ferramentas e novos conceitos, essas discipli-
nas, com um novo quadro de pensadores, denominados cientistas cognitivos, 
investigam muitas das questões que já preocupavam os gregos há aproxima-
damente 2500 anos, conforme Gardner (1995, p. 18, grifo nosso):
Assim como seus antigos colegas, os cientistas cognitivos de 
hoje perguntam o que significa conhecer algo e ter crenças pre-
cisas, ou ser ignorante ou estar errado. Eles procuram entender 
o que é conhecido - os objetos e sujeitos do mundo externo - e 
as pessoas que conhece - seu aparelho perceptivo, mecanismo 
de aprendizagem, [sic] memória e racionalidade. Eles investi-
gam as fontes do conhecimento: de onde vem, como é ar-
mazenado e recuperado, como ele pode ser perdido?
2. Hoje, equipados com novas ferramentas e novos conceitos, essas discipli-
nas, com um novo quadro de pensadores, denominados cientistas cognitivos, 
investigam muitas das questões que já preocupavam os gregos há aproxima-
damente 2500 anos.
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Citação indireta
A citação indireta é a interpretação das ideias de um ou mais autores do 
texto em questão. Porém, deve ser mantido o sentido original do texto. A citação 
indireta não é a transcrição literal das palavras do autor; não deve estar entre 
aspas ou em parágrafo distinto. No entanto, devem ser indicado(s) o(s) autor(es) 
e o ano da obra, conforme Figura 4.
Assim como seus antigos colegas, os cientistas cognitivos de 
hoje perguntam o que signifi ca conhecer algo e ter crenças pre-
cisas, ou ser ignorante ou estar errado. Eles procuram entender 
o que é conhecido - os objetos e sujeitos do mundo externo - e 
as pessoas que conhece - seu aparelho perceptivo, mecanismo 
de aprendizagem, [sic] memória e racionalidade. Eles inves-
tigam as fontes do conhecimento: de onde vem, como é 
armazenado e recuperado, como ele pode ser perdido? 
(GARDNER, 1995, p. 18, grifo nosso).
Usar fonte 
igual ao texto
Não deve indicar 
a(s) página(s)
Não deve 
usar aspas
Figura 4. Exemplo de citação indireta. Fonte: UMESP, 2002. Acesso em: 10/01/2020.
Exemplos:
1. No parágrafo: Sobrenome do autor (data)
Uma das preocupações atuais com o avanço das Ciências Cognitivas é, de 
acordo com Teixeira (2004), que a própria ideia de mente seja dissolvida ou, ain-
da, reduzida à atividade cerebral.
METODOLOGIA DA PESQUISA 83
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2. Ao final do parágrafo: (SOBRENOME DO AUTOR, data)
Uma das preocupações atuais com o avanço das Ciências Cognitivas é 
que a própria ideia de mente seja dissolvida ou, ainda, reduzida à atividade 
cerebral. (TEIXEIRA, 2004).
Citação de informação verbal
Outro tipo de citação é proveniente de informações verbais de pales-
tras, debates, jornais de TV ou documentários, por exemplo. Ao fazer uso 
dessa forma de citação, deve-se indicar, entre parênteses, a expressão “in-
formação verbal” no final da citação, mencionandoos dados disponíveis 
em nota de rodapé. Cite, pelo menos, o autor da frase (cargo ou atividade), 
local (cidade) e data (dia, mês e ano).
Exemplo:
As empresas que queiram manter-se no mercado deverão investir tam-
bém na qualificação humana. (Informação verbal).
Na nota de rodapé:
______________________
1. Paulo Mattos de Azevedo, Diretor Presidente da XXX, em palestra pro-
ferida para empresários do setor metalúrgico, no dia 24 de abril de 2008.
Importante: as informações que forem passadas por meio de entre-
vista só serão utilizadas se o pesquisador tiver uma autorização do en-
trevistado para citar seu nome em nota de rodapé e nas referências; caso 
contrário, o pesquisador indica em rodapé uma informação genérica para 
o leitor.
Citação de citação
Nesse caso, é a citação de parte de um texto encontrado em um deter-
minado autor, referente a outro autor, ao qual não se teve acesso. Utiliza-se 
apenas quando não houver possibilidade de acesso ao documento original. 
Essa citação é indicada pela expressão apud, que signifi ca “citado por”.
No texto, a citação da citação deve seguir a seguinte ordem: autor do 
documento não consultado, seguido da expressão latina apud (citado por), 
em formato normal (sem itálico), e o autor da obra consultada, conforme 
observável no exemplo da Figura 5.
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Fonte não consultada
Significa: citado por
Fonte consultada
Figura 5. Exemplo de citação de citação. Fonte: UMESP, 2002. Acesso em: 10/01/2020.
Exemplos:
1. Para o movimento iluminista, a luz da razão possibilitaria esclarecer as pes-
soas, ou seja, reeducá-las, longe das ideias medievais, das trevas, do preconceito 
e das superstições. Neste sentido, para Kant (1784 apud REALE; ANTISERI, 1990, 
p. 669):
O iluminismo é a saída do homem do estado de menoridade que 
ele deve imputar a si mesmo. Menoridade é a incapacidade de 
valer-se de seu próprio intelecto sem a guia de outro.
Essa menoridade é imputável a si mesmo se sua causa não de-
pende de falta de inteligência, mas sim de falta de decisão e co-
ragem de fazer usos de seu próprio intelecto sem ser guiado por 
outro. Sapere aude! Tem a coragem de servir-te de tua própria 
inteligência! Esse é o lema do iluminismo.
Perceba que o autor está citando Kant, no entanto, como não houve acesso 
à obra original, o filósofo está sendo citado a partir da referência a ele realizada 
por Reale e Antiseri.
2. Para o movimento iluminista, a luz da razão possibilitaria esclarecer as pes-
soas, ou seja, reeducá-las, longe das ideias medievais, das trevas, do preconceito 
e das superstições. Nesse sentido:
O iluminismo é a saída do homem do estado de menoridade que 
ele deve imputar a si mesmo. Menoridade é a incapacidade de 
valer-se de seu próprio intelecto sem a guia de outro. Essa me-
noridade é imputável a si mesmo se sua causa não depende de 
falta de inteligência, mas sim de falta de decisão e coragem de 
fazer usos de seu próprio intelecto sem ser guiado por outro. 
METODOLOGIA DA PESQUISA 85
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Sapere aude! Tem a coragem de servir-te de tua própria inteli-
gência! Esse é o lema do iluminismo (KANT, 1784 apud REALE; 
ANTISERI, 1990, p. 669).
Na citação de citação, a referência se inicia pelo nome do autor não con-
sultado. Desta forma, a ordem das informações é: referência do autor não 
consultado, seguido da expressão apud e referência do autor consultado.
Indicação dos autores na citação
Com se não bastassem as diversas variedades de citações, também é im-
portante ter atenção às diferentes maneiras de citação para trabalhos com 
número variado de autores: 
Citação de trabalhos de um autor:
Para Mclnerny (2004, p. 20), “a ex-
pressão ‘prestar’ atenção é muito efi -
caz. Faz-nos lembrar que atenção tem 
um ‘custo’. Atenção requer uma rea-
ção ativa e enérgica a cada situação, 
às pessoas e aos elementos que dela 
fazem parte”.
Ou
“A expressão ‘prestar’ atenção é 
muito efi caz. Faz-nos lembrar que 
atenção tem um ‘custo’. Atenção re-
quer uma reação ativa e enérgica a 
cada situação, às pessoas e aos ele-
mentos que dela fazem parte” (McINERNY, 2004, p. 20).
Citação de trabalhos de dois autores:
Assim, conforme Warat e Pêpe (1996, p. 50), “Kelsen imagina que o objeto 
de um saber jurídico não pode ser mais do que o conjunto das normas positi-
vas de um Estado, aprendidas do ponto de vista de suas formas”.
Ou
“Kelsen imagina que o objeto de um saber jurídico não pode ser mais do 
que o conjunto das normas positivas de um Estado, aprendidas do ponto de 
vista de suas formas” (WARAT; PÊPE,1996, p. 50).
Veja outro exemplo na Figura 6.
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Sempre usar “e” entre os autores, quando a citação for fora do parêntese
Usar ; (ponto e vígula) entre autores, quando a citação for dentro do parêntese
Figura 6. Exemplo de citação de trabalhos de dois autores. Fonte: UMESP, 2002. Acesso em: 10/01/2020.
Citação de trabalhos de três autores:
Assim, ao refletirem sobre quais condutas devem ser aceitas nos negó-
cios, algumas discussões de cunho ético têm se feito presentes principalmen-
te segundo Arruda, Whitake e Ramos (2003, p. 53) com “o ensino de Ética em 
faculdades de Administração e Negócios tomou impulso nas décadas de 60 e 
70, principalmente nos Estados Unidos, quando alguns filósofos vieram tra-
zer sua contribuição”.
Ou
Assim, ao refletirem sobre quais condutas devem ser aceitas nos negó-
cios, algumas discussões de cunho ético têm se feito presentes principalmen-
te com “o ensino de Ética em faculdades de Administração e Negócios tomou 
impulso nas décadas de 60 e 70, principalmente nos Estados Unidos, quando 
alguns filósofos vieram trazer sua contribuição” (ARRUDA; WHITAKE; RAMOS, 
2003, p. 53).
Confira outros exemplos na Figura 7.
METODOLOGIA DA PESQUISA 87
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Usar ; (ponto e vírgula) entre os autores e usar “e” entre o penúltimo e
último autor quando estiver fora do parêntese
Usar ; (ponto e vírgula) entre os autores quando for
dentro do parêntese
Figura 7. Exemplo de citação de trabalhos de três autores. Fonte: UMESP, 2002. Acesso em: 10/01/2020.
Citação de trabalhos de mais de três autores:
Nesse caso as variações são maiores. O correto é citar apenas o sobreno-
me do primeiro autor, seguido da expressão latina et al.
Wittmann et al. (2006, p. 19) afirmam que “a pós-graduação é uma prática 
social decisiva no processo da (des)alienação das pessoas”.
Ou
“A pós-graduação é uma prática social decisiva no processo da (des)aliena-
ção das pessoas” (WITTMANN et al., 2006, p. 19).
Veja outros exemplos na Figura 8.
Deverá citar apenas 
o 1º (primeiro) autor
Utilize a expressão et al.
Significa: demais autores
Use (ponto) da 
abreviação e a (vírgula), é 
o padrão de apresentação
Figura 8. Exemplo de Citação de trabalhos de mais de três autores. Fonte: UMESP, 2002. Acesso em: 10/01/2020.
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Quando houver coincidência de sobrenomes de autores, acrescentam-se 
as iniciais de seus prenomes. No caso de persistência de coincidência, colo-
cam-se os prenomes por extenso, até que a coincidência seja desfeita, como 
podemos ver a seguir:
• Struve, O Struve, Otto Struve, Otto W.
• Struve, O Struve, Otto Struve, Otto H.
• Struve, F Struve, Friedrich Struve, Friedrich G.
• Struve, F Struve, Friedrich Struve, Friedrich A.
Veja mais exemplos na Figura 9.
Acrescentar as iniciais
de seus prenomes
Se as iniciais forem
iguais, coloque os prenomes
por extenso
Figura 9. Exemplo de citação de autores com mesmo sobrenome. Fonte: UMESP, 2002. Acesso em: 10/01/2020.
As citações indiretas de diversos documentos da mesma autoria, publica-
dos emanos diferentes e mencionados simultaneamente, possuem as suas 
datas separadas por vírgula.
Exemplo:
De acordo com Struve (1996, 2002), uma crença e uma atividade religiosa/ 
espiritual ativa têm um efeito curativo significativo pela mudança de atitu-
des específicas e alterações de comportamento, baseados principalmente em 
uma convicção espiritual.
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Você pode, ainda, deparar-se com citações de diversos documentos de 
um mesmo autor, publicados em um mesmo ano, as quais são diferenciadas 
pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem alfabética, após a data e sem 
espaçamento, conforme a lista de referências.
Exemplo:
Estudos epidemiológicos analisando as possíveis rotas de transmissão de 
hepatite aguda verifi caram que a transmissão por via sexual é a principal rota 
de contaminação, mostrando-se, inclusive, muito mais comum que o uso de 
droga intravenosa. (STRUVE et al., 1992, 1995a, 1995b, 1996a, 1996b, 1996c).
Você poderá encontrar citações indiretas de diversos documentos de vá-
rios autores, mencionados simultaneamente e, nesse caso, devem ser sepa-
radas por ponto e vírgula, em ordem alfabética.
Exemplo:
A função de Struve H1(z) mostrou-se a ferramenta mais efi ciente para mo-
delar o alcance da frequência auditiva de baixa intensidade no cálculo da im-
pedância acústica. (AARTS; JANSSEN, 2003; BOISVERT; VAN BUREN, 2002; KEE-
FE; LING; BULEN, 1992; KRUCKLER et al., 2000; WITTMANN; YAGHJIAN, 1991).
Vantagens e desvantagens dos sistemas de citação
Os sistemas de citação mencionados são muito importantes e devem ser 
utilizados. No entanto, é importante conhecer as vantagens e desvantagens 
contidas nesses sistemas, conforme especifi cado no Quadro 1.
QUADRO 1. VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS SISTEMAS DE CITAÇÃO
Sistema autor-data Sistema numérico 
V
A
N
T
A
G
E
N
S
• Possibilita a inclusão ou exclusão 
de referências da lista geral, a 
qualquer momento.
• Permite a imediata identifi cação 
do autor, sem recorrer à lista de 
referências.
• Permite maior fl exibilidade na citação 
de referências, facilitando a utilização ora 
apenas do número, ora autor e número e 
ora autor, número e ano.
• Facilita, ainda, a citação no texto de 
referências de autores corporativos ou 
autoria indefi nida.
• Causa mínima interrupção na leitura do 
texto, quando se usa somente o número.
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D
E
S
V
A
N
T
A
G
E
N
S
• Quando são muitos os autores 
citados em relação ao mesmo tópico, a 
leitura do texto fi ca prejudicada devido 
às interrupções na leitura inerentes a 
esse sistema.
• O número de regras de pontuação a 
ser observado neste sistema é maior do 
que no sistema numérico.
• Traz difi culdades na citação de 
referências de autores corporativos 
ou autoria indefi nida, exigindo, muitas 
vezes, soluções artifi ciais para a citação.
• Difi culta a inclusão e exclusão de 
referências da lista fi nal, a qualquer 
momento, o que tende a desaparecer 
quando os manuscritos são preparados 
com softwares específi cos.
Fonte: FSP, s.d. Acesso em: 13/01/2020.
Abreviação de títulos: NBR 6032/1989 da ABNT
A NBR 6032/1989 (Figura 10), por sua vez, é uma norma técnica que se 
refere aos padrões que devem ser adotados para a abreviação de títulos de 
periódicos e publicações seriadas, como defi nido no próprio nome da regra.
A ideia deste documento é unifi car o entendimento para a correta aplica-
ção de abreviaturas, de modo a facilitar as citações, referências e legendas 
bibliográfi cas dos documentos acima citados. 
Figura 10. Captura de tela de um documento ofi cial ABNT (NBR 6032/1989).
Nos tópicos a seguir, vamos entender quais são as regras contidas na NBR 6032.
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Regras de abreviação
Para se abreviar palavras, uma das maneiras que mais se utiliza é a supressão da 
parte fi nal da palavra, substituindo-a por um ponto. Conforme exemplos a seguir:
Palavra: abreviatura
Abreviação: abrev.
Palavra: fi losofi a
Abreviação: fi l.
Palavra: impressão
Abreviação: impr.
No entanto, algumas regras precisam ser seguidas para a correta abreviação das 
palavras. São elas:
• Palavras com menos de cinco letras não devem possuir abreviações, exceto as 
palavras mencionadas na NBR 6032. Observe o Quadro 2:
QUADRO 2. EXEMPLOS DE ABREVIATURAS PARA PALAVRAS COM MENOS DE CINCO LETRAS
Palavras com menos de cinco letras Abreviatura
São S.
Sul S.
Obs.: Por coincidência, as duas palavras citadas como exemplo possuem a 
mesma abreviação.
• Em algumas palavras, pode-se utilizar a contração em uma abreviatura (ex: bel, 
para bacharel ou ltda. para limitada);
• As palavras que terminam com os sufi xos “grafi a”, “nomia” e “logia”, podem ser 
abreviadas até as letras iniciais dos sufi xos. São elas: gr para grafi a, n para nomia e l 
para logia. Observe o exemplo a seguir:
Palavra: Radiografi a
Abreviação: Radiogr.
Palavra: Astronomia
Abreviação: Astron.
Palavra: Geologia
Abreviação: Geol.
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Regras de abreviação de títulos
Quanto aos títulos, se forem formados por apenas uma palavra, seja ela 
simples ou composta, precedida ou não de artigo, não devem ser abrevia-
dos. Veja alguns exemplos de títulos que não podem ser abreviados (com e 
sem artigo):
• O princípio;
• O pica-pau;
• Oceanos;
• Guarda-chuva;
• A Constituição.
Além disso, vejamos outras regras muito importantes para a correta apli-
cação de abreviações em títulos:
• A palavra que inicia o título sempre deve ter a primeira letra maiúscula;
• Ao abreviar um título, deve-se manter a ordem das palavras do mesmo 
modo como estão no título original;
• Artigos, preposições e conjunções devem ser suprimidos nas abrevia-
ções, exceto quando não estão no início do título e quando são importantes 
para o entendimento do título;
• Se o título do periódico científi co for composto por uma sigla, ela deve 
ser mantida e abreviam-se as outras palavras do título.
No Quadro 3 você verá uma lista com diversas abreviaturas contidas na 
NBR 6032/1989:
QUADRO 3. LISTA DE ABREVIATURAS DA NBR 6032/1989
Palavra Abreviatura
Abdominal Abdom.
Academia Acad.
Aclimação Aclim.
Açúcar Açúc.
Açucareiro Açuc., açuc.
Acústica Acúst.
Altitude Alt.
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Balanço Bal.
Balística Balíst.
Bancário Banc., banc.
Barômetro Barôm.
Beneficência Benef.
Conselho Cons.
Conservação Conserv.
Constituição Const.
Construção Constr.
Consultoria Consult.
Contabilidade Contab.
Contribuição Contr.
Convenção Conv.
Decisão Decis.
Decoração Decor.
Decreto Dec.
Defesa Def.
Deficiência Defic.
Departamento Depto.
Desenho Des.
Desenvolvimento Desenv.
Diário D.
Diário Oficial D.O.
Difusão Dif.
Direção Dir.
Diretriz Diretr.
Doutor Dr.
Eclético ecl.
Edição Ed.
Educação Educ.
Eletricidade Eletr.
Empresa Emp.
Enciclopédia Encicl.
Energia Energ.
Enfermagem Enferm.
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Nomes de pessoas
Se o título do periódico científi co possuir o nome 
de uma pessoa, esse nome não poderá ser abre-
viado, ou seja, podem ser abreviadas somente as 
outras palavras que compõem o título. Veja um 
exemplo fi ctício de título de periódico com abre-
viaturas:
Título: Memórias de João Cabral de Melo Neto
Abreviação: Mem. João Cabral de Melo Neto
Engenharia Eng.
Ensino Ens.
Equipamento Equip.
Escola Esc.
Escrita Escr.
Especial esp.
Fábrica Fáb.
Faculdade Fac.
Família Fam.
Farmácia Farm.
Fazenda Faz.
Federação Fed.
Federal fed.
Físico Fís., fís.
Floresta Fl.
Floricultura Floric.
Gazeta G.
Generalização Gen.
Genética Genét.
Gráfi caGráf., gráf.
Gramática Gram.
Hospital Hosp.
Humanidade Hum.
Humano hum.
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O perigo do plágio
As normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) são essen-
ciais no apoio à confecção de materiais científi cos, visto que, além de gerar 
padrões, proporcionam credibilidade aos materiais produzidos.
Com isso, podemos afi rmar que a não utilização de suas regras e diretrizes 
pode, por vezes, desprestigiar ou invalidar os documentos.
Ao contrário do que muita gente pensa, não é errado utilizar a ideia de 
um outro autor em sua própria obra. Na verdade, as pesquisas científi cas se 
baseiam em um compilado de ideias de outros autores somados aos seus 
pensamentos.
No entanto, um cuidado que todo pesquisador deve ter, principalmente 
quando falamos em citações de autores, por exemplo, é o de sempre referen-
ciar o autor pesquisado, visto que a transcrição de sua obra, sem as devidas 
referências, caracteriza-se como plágio, ou seja, apropriação indevida de uma 
obra intelectual, o que, inclusive, é crime.
Ou seja, a cópia (transcrição) de parte de uma obra em sua pesquisa aca-
dêmica pode ser feita, mas sempre com a indicação dos autores.
EXPLICANDO
Obra intelectual é tudo aquilo que é criado, produzido ou inventado por 
uma pessoa ou grupo de pessoas. Geralmente atribuímos o conceito de 
obra intelectual para livros e pesquisas científi cas.
Ética
A ética, em uma defi nição geral, pode ser classifi cada e interpretada como 
um conjunto de valores de uma pessoa em sua individualidade, ou de valores 
de um grupo que vive em sociedade. Com isto em mente, podemos dizer que o 
ato de plágio, além de confi gurar-se como crime, pode ser interpretado como 
falta de ética ou um desvio de caráter. Pithan e Vidal (2017) afi rmam que:
A questão ética deve ser levada em conta quando tratamos do 
tema “plágio” no ambiente acadêmico. Na elaboração de mono-
grafi as, dissertações e teses, os acadêmicos têm a oportunidade 
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de exercitar técnicas de elaboração de investigação científica. 
Entretanto, a dimensão ética, notadamente na publicação dos 
resultados da pesquisa, deve estar presente para garantirmos 
o que se tem denominado como “integridade científica” ou “inte-
gridade na pesquisa” (PITHAN; VIDAL, 2017).
A melhor maneira de se evitar plágios sobre o objeto de pesquisa é ter do-
mínio total sobre o assunto. Como então, pode-se adquirir o domínio técnico 
sobre o tema pesquisado?
Ao utilizar um grande número de fontes de pesqui-
sa, alinhadas com a sua dedicação e muito estudo, 
certamente o resultado será relevante e satisfa-
tório, pois assim você terá repertório suficiente 
para obter um material acadêmico totalmente au-
têntico e livre de plágios.
Portanto, tenha em mente que, em qualquer área 
de atuação, seja ela acadêmica ou não, a ética deve ser um pilar de 
sustentação e, com isso, deve prevalecer em todas as situações, pois 
seus valores norteiam o padrão comportamental humano.
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Sintetizando
Querido(a) aluno(a), com a sensação de dever cumprido, concluímos mais 
uma etapa de formação do seu conhecimento. Especificamente nessa unidade, 
você pôde conhecer de maneira bem detalhada as principais regras descritas 
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para a produção de ma-
teriais acadêmicos.
Entendemos como funciona o processo para a inserção de citações de au-
tores em pesquisas e materiais acadêmicos em geral, tais como monografias, 
teses de mestrado ou trabalhos de conclusão de curso (TCC).
Além disso, mais adiante, vimos como devem ser adicionadas as abreviatu-
ras em títulos de periódicos científicos, observando as especificidades da NBR 
6032/1989.
Por conseguinte, mais ao final desta unidade, abordamos um assunto de 
grande importância: o plágio. Com isso, insistimos no cuidado que o pesqui-
sador deve ter na formulação de documentos científicos, afim de evitar cópias 
ilegais.
Por fim, continue se dedicando à compreensão de como devem ser formu-
lados os materiais acadêmicos, de modo a produzi-los de com excelência, se 
valendo do apoio das normas técnicas.
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Referências bibliográficas
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2020.
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MODALIDADES 
E TÉCNICAS DA 
PESQUISA CIENTÍFICA
4
UNIDADE
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Objetivos da unidade
Tópicos de estudo
 Conhecer os conceitos, interesses e motivações da pesquisa científica;
 Compreender os aspectos fundamentais para a delimitação do tema de uma 
pesquisa científica;
 Conhecer o campo de aplicação científica;
 Identificar modalidades, métodos e técnicas de pesquisa;
 Analisar e interpretar dados, bem como apresentar resultados.
 Pesquisa científica
 Delimitação do tema
 Campo da aplicação científica
 A entrada no campo
 Modalidade de pesquisa
 Métodos
 Técnicas
 Coleta de dados
 Análise e interpretação de 
dados
 Apresentação dos resultados
 Pesquisa em impresso e on-
-line (Bireme, Lilacs, SciELO e 
Google Acadêmico)
 Bireme e Lilacs
 SciELO
 Google Acadêmico
METODOLOGIA DA PESQUISA 101
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Pesquisa científica
A pesquisa científi ca é uma ativi-
dade desenvolvida pelos investigado-
res com o intuito de entender melhor 
o mundo à sua volta e propiciar novas 
descobertas, impactando em apri-
moramento da qualidade da vida in-
telectual e refl etindo nos modelos de 
desenvolvimento econômico e social. 
As atividades de pesquisa requerem 
do investigador o planejamento, o co-
nhecimento e a adequação às normas 
científi cas.
O estudo e a pesquisa estão presentes em toda a vida doacadêmico e, 
por isso, é tão importante que o estudante compreenda algumas questões a 
eles relacionadas. O desenvolvimento de estudos científi cos se torna uma ex-
periência prática e teórica do pesquisador e da comunidade científi ca em que 
se insere, pois, assim, é possível refl etir sobre acontecimentos ocorridos na 
sociedade da qual faz parte.
EXPLICANDO
A pesquisa tem por objetivo a produção de novos conhecimentos por 
meio da utilização de procedimentos científi cos. Contribui para o trato 
dos problemas e processos do dia a dia nas mais diversas atividades 
humanas, no ambiente de trabalho, nas ações comunitárias, no processo 
de formação e outros.
Diversos autores já publicaram suas percepções e conceitos sobre pesquisa 
e muitos salientam que é um processo de perguntas e investigação sistemática 
e metódica, e que amplia o conhecimento humano. Sendo assim, é necessário 
compreender que a ciência, desenvolvida por meio da pesquisa, é um conjunto 
de procedimentos sistemáticos baseados nos raciocínios lógico e analítico, 
com o objetivo de encontrar soluções para os problemas propostos, mediante 
o emprego de métodos científi cos e defi nição de tipos de pesquisa. 
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TABELA 1. OBJETIVOS DE UMA PESQUISA
O conhecimento se torna uma premissa para o desenvolvimento do ser hu-
mano e a pesquisa como a consolidação da ciência.
Existe a possibilidade de o aluno pesquisador desenvolver estudos cientí-
ficos para construir e gerar novos conhecimentos, mas, principalmente, para 
contribuir com a evolução de informações em uma determinada área de atua-
ção profissional.
O pesquisador utiliza conhecimentos teóricos e práticos. Para que isso 
ocorra, é necessário ter habilidades para a utilização de técnicas de análise, en-
tender os métodos científicos e os procedimentos com o objetivo de encontrar 
respostas para as perguntas formuladas.
Jill Collis e Roger Hussey ressaltam em sua obra Pesquisa em administração: 
um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação, de 2005, que o obje-
tivo da pesquisa pode ser:
Revisar e sintetizar o conhecimento existente;
Investigar alguma situação ou problema existente;
Fornecer soluções para um problema;
Explorar e analisar questões mais gerais;
Construir ou criar um novo procedimento ou sistema;
Explicar um novo fenômeno;
Gerar novo conhecimento;
Uma combinação de quaisquer dos itens anteriores.
O aluno pesquisador necessita de métodos e procedimentos precisos, pla-
nejamento eficaz, critérios e instrumentos adequados que passem confiança e 
credibilidade tanto aos envolvidos no processo quanto no resultado do trabalho.
O método da pesquisa e outras questões relacionadas ao seu estudo serão de 
acordo com o tipo de trabalho que desenvolve, já que os resultados das investi-
gações podem ser encontrados sob a forma de trabalhos técnico-científicos, pu-
blicados em revistas científicas, em eventos e em instituições de Ensino Superior. 
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É necessário compreender que a pesquisa consolida a ciência de determi-
nada área, divulgando, por meio de trabalhos técnico-científicos nos cursos de 
graduação e pós-graduação, os conhecimentos práticos e teóricos descobertos 
pelos pesquisadores por meio do uso de métodos científicos que impulsionam o 
crescimento humano.
O pesquisador deve se preocupar, então, em estabelecer um planejamento e 
execução da pesquisa, pois essas duas características fazem parte de um proce-
dimento sistematizado que compreende etapas que podem ser definidas como:
1. Definição do tema; 
2. Formulação do problema; 
3. Determinação de objetivos;
4. Justificativa; 
5. Fundamentação teórica; 
6. Metodologia; 
7. Coleta de dados;
8. Análise e discussão dos resultados;
9. Conclusão dos resultados;
10. Redação e apresentação da pesquisa.
Inicialmente, o investigador deve se preocupar com as três primeiras etapas 
(tema, problema e objetivos), que são fundamentais para começar a pesquisa 
e compõem o projeto de trabalho que será abordado mais adiante. As demais 
etapas também serão comentadas ao longo desta disciplina.
Portanto, para o desenvolvimento adequado do estudo científico, são ne-
cessários o planejamento cuidadoso e a investigação, de acordo com as nor-
mas da metodologia científica, tanto aquela referente à forma quanto a refe-
rente ao conteúdo. 
Interesses e motivações de pesquisa
Como dito anteriormente, a pesquisa foca no estudo e na descoberta de no-
vos conhecimentos e assuntos que são importantes para o avanço da humani-
dade. Entretanto, a temática a ser estudada deve ser também importante para o 
pesquisador para que ele tenha real interesse em seu desenvolvimento e que se 
sinta motivado a ler, analisar, testar, relatar e publicar seus estudos. Quanto mais 
interesse o pesquisador tiver em determinado assunto e quanto mais ele quiser 
saber sobre algo, mais prazeroso será seu desenvolvimento.
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A produção do artigo é uma etapa importante na vida acadêmica, portanto, o 
estudante não deve encará-la como uma obrigação. Para que a escrita não se trans-
forme num fardo, basta analisar com atenção alguns fatores antes de começar. É 
fundamental lembrar que a escolha deve fazer com que se sinta realizado ao escre-
ver sobre o assunto. Quando o autor da pesquisa não se motiva com o assunto e não 
se sente instigado em estudar o tema, possivelmente mais ninguém terá interesse. 
É preciso encarar este momento como uma oportunidade de estudar e aprender 
mais sobre um tema que é relevante para o pesquisador e para a sociedade.
É possível selecionar um assunto a partir da análise de alguns aspectos:
Relevância do assunto: Cervo e Bervian apresentam, em Metodologia científica 
(2002, p. 74), que “o assunto de uma pesquisa é qualquer tema que necessita melho-
res definições, melhor precisão e clareza do que já existe sobre o mesmo”.
Deve-se pensar em uma justificativa para a realização do trabalho dentro da-
quele tema escolhido. Para isso, é preciso questionar se o tema é importante, se é 
um novo método ou uma nova forma criada em algum mercado, se apresentará 
soluções mais específicas e que tem relevância para uma determinada comunidade. 
É necessário apresentar ao leitor as contribuições práticas e teóricas geradas por 
meio das formas sugeridas e também apresentar argumentos que convençam o 
leitor sobre a importância do seu tema de pesquisa.
O assunto pesquisado deve ser atual, pois dificilmente alguém terá interesse em 
ler, estudar, analisar e discutir sobre algo ultrapassado e que não irá ajudar na cons-
trução do conhecimento. Por isso, o pesquisador deve se manter sempre atualizado 
sobre o que está sendo estudado em sua área profissional e de pesquisa. 
Existem alguns questionamentos importantes para se pensar durante a escolha 
do tema, como pode ser observado na Tabela 2.
TABELA 2. QUESTÕES PARA AVALIAR NO MOMENTO DA ESCOLHA DO TEMA DA PESQUISA
Relevância 
científica Relevância social Interesse Viabilidade
O que essa 
pesquisa pode 
acrescentar à 
ciência em que se 
inscreve?
Que benefício 
poderá trazer à 
comunidade com 
a divulgação do 
trabalho?
O que levou o 
pesquisador a se 
iniciar e por que 
escolher por este 
tema?
Em termos gerais, 
quais são as 
possibilidades 
concretas dessa 
pesquisa vir a se 
realizar?
Fonte: AZEVEDO, 1998.
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Inclinações e possibilidades da pesquisa: as possibilidades de pesquisa po-
dem ser consideradas quando se tem envolvimento com o tema. Isso porque o 
grau de dificuldade para discuti-lo se torna menor e, assim, o pesquisador conse-
guirá elaborar algumas etapas do trabalho commais rapidez. Ele deve estar ciente 
de que, se escolher um tema com o qual não tem vínculo anterior algum, mesmo 
sendo desafiador e enriquecedor, pode proporcionar frustração, em virtude do 
tempo e dos prazos que devem ser cumpridos.
É importante refletir sobre o conteúdo apresentado nas disciplinas cursadas, 
seja na graduação ou pós-graduação. Possivelmente, o pesquisador encontrará al-
gum assunto interessante a ser discutido e que pode se transformar em um artigo.
Pode-se buscar, também, um tema em seu ambiente profissional, pois, muitas 
vezes, dessa realidade é possível extrair um tópico interessante de estudo. No dia 
a dia é possível, por exemplo, perceber que alguns alunos da turma X têm dificul-
dades de aprendizagem. Então, se pode pesquisar a dificuldade de aprendizagem 
de um determinado grupo de alunos, verificando os aspectos familiares, emocio-
nais ou outros.
Outro exemplo: o pesquisador percebe que, em um determinado setor da em-
presa na qual atua, muitos funcionários desistem do emprego e pedem demissão. 
Então, ele pode pesquisar sobre as causas da alta rotatividade de funcionários no 
setor Y da empresa B.
Lembre-se de que, quando se propõe a produzir conhecimento, deve-se fa-
zê-lo com dedicação, rigor científico, seriedade e comprometimento. Aliás, a 
leitura de publicações da área de estudo em questão (revistas, livros, dissertações, 
teses) pode despertar a curiosidade em aprofundar algum tema.
A escolha do tema da pesquisa geralmente é um momento de angústia para o 
pesquisador. Este deve considerar alguns critérios:
• Conhecimento prévio de autores, temas, assuntos, matérias;
• Disponibilidade de tempo e de recursos para a pesquisa;
• Existência de bibliografia disponível sobre o assunto;
• Possibilidade de orientação e supervisão adequada dentro do assunto;
• Relevância e fecundidade do assunto.
A definição do tema deverá ser guiada não apenas por razões intelectuais, 
mas por questões como a instituição, o nível de conhecimento e a perspectiva 
profissional.
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Delimitação do tema
Após a escolha do assunto a ser pesquisado, uma das tarefas iniciais na 
elaboração do artigo deve ser a delimitação do tema. Nesse processo, é preciso 
levar em conta alguns fatores. Caso o pesquisador não lhes dê atenção, correrá 
o risco de descobrir, no meio do caminho, que a escolha foi equivocada.
Para a realização dessa etapa, não existem regras fi xas. Porém, alguns en-
caminhamentos podem guiar o pesquisador nesse momento:
• Identifi car as publicações mais recentes sobre o tema;
• Verifi car os temas mais importantes para não fi car com muitos temas, mas 
focar em um subtítulo;
• Conversar com orientadores para concentrar-se nas informações mais re-
levantes.
Há outras técnicas que podem ajudar no processo de delimitação, entretan-
to, elas podem não funcionar para alguns assuntos. A primeira é a divisão do 
assunto em suas partes constitutivas; a segunda é a defi nição da compreensão 
dos termos, que implica a enumeração dos elementos constitutivos ou explica-
tivos que os conceitos envolvem. Fixar circunstâncias de tempo (quadro históri-
co, cronológico) e de espaço (quadro geográfi co) também contribui para indicar 
os limites do assunto. Por exemplo, o tema de qualidade total é muito amplo e 
deve ser delimitado. A ideia da delimitação é segmentar o tema, como se fosse 
passá-lo por um funil. 
EXEMPLIFICANDO
Exemplos de delimitação do tema qualidade total:
• Aplicabilidade da qualidade total nas empresas têxteis de Brusque;
• Implantação da qualidade total nas empresas metalúrgicas de São 
Bernardo do Campo;
• Análise da implantação da qualidade total na hotelaria de Salvador.
Ao se especifi carem as informações (onde, em que região, cidade, estado?), 
em que nível (no ensino fundamental, médio ou superior?) e qual o enfoque 
(estatístico, fi losófi co, histórico, psicológico, sociológico?), indicam-se as cir-
cunstâncias para pesquisa e discussão. Ou seja, defi nem-se a extensão e a pro-
fundidade do artigo.
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Campo da aplicação científica
Agora chegou a hora da investigação. O trabalho de campo se apresenta 
como uma possibilidade de conseguirmos não só uma aproximação com aquilo 
que desejamos conhecer e estudar, mas também de criar um conhecimento, par-
tindo da realidade presente no campo. O cientista, em sua tarefa de descobrir 
e criar, necessita, em um primeiro momento, questionar. Esse questionamento 
é que nos permite ultrapassar a simples descoberta para, por meio da criativi-
dade, produzir conhecimentos. Quando defi nimos bem o campo de interesse é 
possível partir para um rico diálogo com a realidade. Assim, o trabalho de campo 
deve estar ligado a uma vontade e a uma identifi cação com o tema a ser estuda-
do, permitindo uma melhor realização da pesquisa proposta.
A relação do pesquisador com os sujeitos a serem estudados também é de 
extrema importância. Isso não signifi ca que as diferentes formas de investigação 
não sejam fundamentais e necessárias. Para muitos pesquisadores, o trabalho 
de campo fi ca circunscrito ao levantamento e à discussão da produção bibliográ-
fi ca existente sobre o tema de seu interesse. Esse esforço de criar conhecimento 
não desenvolve o que originalmente consideramos como um trabalho de campo 
propriamente dito.
Essa forma de investigar, além de ser indispensável para a pesquisa básica, 
nos permite articular conceitos e sistematizar a produção de uma determinada 
área de conhecimento. Ela visa criar novas questões num processo de incorpo-
ração. Além dessas considerações, podemos dizer que a pesquisa bibliográfi ca 
coloca frente a frente os desejos do pesquisador e os autores envolvidos em seu 
horizonte de interesse. Esse esforço em discutir ideias e pressupostos tem como 
lugar privilegiado de levantamento as bibliotecas, os centros especializados e ar-
quivos. Nesse caso, trata-se de um confronto de natureza teórica que não ocorre 
diretamente entre pesquisador e atores sociais que estão vivenciando uma rea-
lidade peculiar dentro de um contexto sócio-histórico.
Após essas observações, é hora de nos aproximarmos mais da ideia de cam-
po que pretendemos explicitar. Pode-se defi nir campo de pesquisa como o re-
corte que o pesquisador faz em termos de espaço, representando uma realidade 
empírica a ser estudada a partir das concepções teóricas que fundamentam o 
objeto da investigação.
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A título de exemplo, podemos citar o seguinte recorte: o estudo da percepção 
das condições de vida dos moradores de uma comunidade. Para esse estudo, a 
comunidade corresponde a um campo empiricamente determinado. Além do 
recorte espacial, ao tratar de pesquisa social, o lugar primordial é o ocupado 
pelas pessoas e grupos convivendo numa dinâmica de interação social. Essas 
pessoas e grupos são sujeitos de uma determinada história a ser investigada, 
sendo necessária uma construção teórica para transformá-los em objetos de es-
tudo. Partindo da construção teórica do objeto de estudo, o campo torna-se um 
palco de manifestações de intersubjetividades e interações entre pesquisador e 
grupos estudados, propiciando a criação de novos conhecimentos.
Defi nido o objeto com uma devida fundamentação teórica, construídos os 
instrumentos de pesquisa, e delimitado o espaço a ser investigado, faz-se neces-
sário concebermos a fase exploratória do campo para que possamos entrar no 
trabalho propriamente dito. Seguindo esses passos, devemos observar alguns 
cuidados relativos à entrada no trabalho de campo. 
A entrada no campo
Vários são os obstáculos que podem difi cultar ou até mesmo inviabilizar 
essa etapa da pesquisa. Portanto, cabem algumas considerações:Buscar aproximação com as pessoas da área selecionada para o es-
tudo: essa aproximação pode ser facilitada por meio do conhecimento de 
moradores ou daqueles que mantêm sólidos laços de intercâmbio com os 
sujeitos a serem estudados. De preferência, deve ser uma aproximação gra-
dual, possibilitando que cada dia de trabalho possa ser refl etido e avaliado 
com base nos objetivos preestabelecidos. É fundamental consolidarmos 
uma relação de respeito efetivo pelas pessoas e pelas suas manifestações 
no interior da comunidade pesquisada.
Apresentar proposta de estudo aos grupos envolvidos: é importante 
estabelecer uma situação de troca. Os grupos devem ser esclarecidos sobre 
aquilo que pretendemos investigar e sobre as possíveis repercussões favo-
ráveis advindas do processo investigativo. É preciso termos em mente que a 
busca das informações que pretendemos obter está inserida num jogo coo-
perativo em que cada momento é uma conquista baseada no diálogo e que 
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foge à obrigatoriedade. Ou seja, os grupos envolvidos não são obrigados a 
uma colaboração sob pressão, até porque isso caracterizaria um processo 
de coerção, que inviabilizaria a efetiva interação.
Dar atenção à postura em relação ao problema a ser estudado: às 
vezes, o pesquisador entra em campo considerando que tudo o que vai en-
contrar serve para confi rmar o que ele considera já saber, ao invés de com-
preender o campo como possibilidade de novas revelações. Esse compor-
tamento pode difi cultar o diálogo com os elementos envolvidos no estudo, 
além de poder gerar constrangimentos entre pesquisador e grupos envolvi-
dos e poder implicar no surgimento de falsos depoimentos.
Ter cuidado teórico-metodológico com a temática a ser explorada: a 
atividade de pesquisa não se restringe ao uso de técnicas refi nadas para ob-
tenção de dados. Assim, a teoria informa o signifi cado dinâmico daquilo que 
ocorre e que buscamos captar no espaço em estudo. Para conseguirmos um 
bom trabalho de campo, há necessidade de se ter uma programação bem 
defi nida de suas fases exploratórias e de trabalho de campo propriamente 
dito. É no processo desse trabalho que são criados e fortalecidos os laços 
de amizade, bem como os compromissos fi rmados entre o investigador e 
a população investigada, propiciando o retorno dos resultados alcançados 
para essa população e a viabilidade de futuras pesquisas.
Modalidade de pesquisa
A pesquisa é uma atividade direcionada para a elucidação de problemas 
por meio da utilização de procedimentos científi cos. Dessa forma, ao desenvol-
ver uma pesquisa, é necessária a compreensão das modalidades 
da pesquisa, bem como das formas de coleta e análise de dados.
Um documento científi co se inicia com uma in-
trodução, seguida pelo desenvolvimento (deli-
mitação do tema, a defi nição dos objetivos de 
estudo, procedimentos metodológicos, funda-
mentação teórica, análise e interpretação das 
informações coletadas), considerações fi nais e 
referências.
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Assim, é comum que o aluno pesquisador questione: quais as caracterís-
ticas do meu estudo? Que tipo de pesquisa pretendo desenvolver? Qual a ne-
cessidade de aplicação de questionários ou entrevistas para esse tema? Como 
devo coletar e apresentar os dados? É necessário fundamentar meu trabalho 
com literaturas?
A elaboração de pesquisas pode ser uma experiência prática, para que bus-
quem refletir, sistematizar e testar os conhecimentos teóricos e instrumentais 
aprendidos durante o ensino formal e de pesquisa.
Portanto, a pesquisa propõe uma reflexão de fatos e dados, estimulando o 
estudante a analisar e julgar, quando oportuno, de forma ética e profissional, 
ampliando seus conhecimentos. Seu espírito crítico e ético lhe possibilitará que 
se destaque na procura de soluções para os problemas da sociedade em que 
vive e aceite suas responsabilidades sociais. Muitos autores já publicaram suas 
percepções e conceitos sobre pesquisa e vários salientam que é um processo 
de perguntas e investigação, é sistemática e metódica e aumenta o conheci-
mento humano.
CITANDO
“A pesquisa parte [...] de uma dúvida ou problema e, com o uso do método 
científico, busca uma reposta ou solução” (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 63).
Assim, o pesquisador utilizará seus conhecimentos teóricos e práticos. Para 
tal, é necessário que tenha habilidades para a utilização de técnicas de análise, 
que entenda os métodos científicos e os procedimentos para que possa atingir 
o objetivo de encontrar respostas para as perguntas formuladas no estudo. É 
importante lembrar que a pesquisa científica é uma atividade que se volta ao 
esclarecimento de situações-problema ou novas descobertas. Dessa forma, é 
indispensável que se use processos científicos que, por sua vez, são 
bem diversos, dependendo do campo de conhecimento.
O artigo científico também deve apresentar os ca-
minhos e formas utilizados no estudo. Assim, é im-
portante citar as modalidades ou tipos da pesquisa 
e características do trabalho. As pesquisas podem ser 
classificadas quanto:
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• Às bases lógicas da investigação (métodos dedutivo, indutivo, hipotéti-
co-dedutivo, dialético ou fenomenológico);
• À natureza da pesquisa (básica ou aplicada);
• À abordagem do problema (qualitativa, quantitativa ou ambas combinadas);
• À realização dos objetivos (descritiva, exploratória ou explicativa);
• Ao propósito da pesquisa (aplicada, avaliação de resultados, avaliação for-
mativa, proposição de planos ou pesquisa-diagnóstico);
• Aos procedimentos técnicos (bibliográfico, documental, levantamento, 
estudo de caso, participante, pesquisa ação, experimental e ex-post-facto).
Do ponto de vista das bases lógicas 
da investigação, pode ser:
Método dedutivo: parte de um co-
nhecimento geral para entender algo 
específico. Nesse caso, a verdade da 
premissa (conhecimento geral) é sufi-
ciente para garantir a verdade da con-
clusão (conhecimento específico).
Método indutivo: parte do pres-
suposto que o conhecimento deve ser 
construído com base na experiência, 
sem levar em conta princípios pree-
xistentes. Desse ponto de vista, cria-
mos generalizações quando fazemos 
observações e experimentos concretos. Ao contrário do dedutivo, o método 
indutivo parte do específico para o geral, tirando conclusões abrangentes com 
base em casos particulares. Como o conteúdo da conclusão geral é maior que 
o conteúdo das premissas, não se pode dizer que a verdade das premissas ga-
rante a verdade da conclusão.
Método hipotético-dedutivo: toda vez que não temos resposta para uma 
pergunta, estamos diante de um problema. Para solucioná-lo, devemos formu-
lar hipóteses, mas será que as hipóteses bastam para acabar com a dúvida? 
Não, elas precisam ser testadas ou falseadas. O cientista deve olhar com sus-
peita para todas as afirmações que escuta por aí. Elas só devem ser considera-
das verdadeiras depois de aprovadas no teste de falseabilidade.
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Método dialético: parte do princípio que não existe uma verdade absoluta 
esperando que algum cientista possa desvendá-la. De acordo com a dialética, as 
teses devem ser sempre colocadas em uma espécie de ringue. A finalidade é fazer 
com que ideias opostas “lutem” uma contra a outra até que tenhamos uma nova 
solução para o problema em estudo. Depois de chegarmos à nova solução (sínte-
se), devemos fazer com que ela “brigue” com sua antítese, e assim por diante. Na 
ótica do método dialético, a construção do conhecimento nunca chega ao fim: o 
importante é manter acesa a chama da reflexão e sempre colocar à prova nossasconclusões. É um método bastante útil em pesquisas qualitativas.
Método fenomenológico: busca descrever o fenômeno do jeito que ele é. 
Isso não é feito por meio da indução nem por meio da dedução, mas com a ajuda 
da interpretação. A ideia não é descobrir uma verdade ou revelar o que antes era 
um mistério para a ciência: o importante é interpretar o mundo à nossa volta, 
refletindo sobre ele. Essa reflexão é um processo bastante subjetivo, que varia 
de pessoa para pessoa, portanto, não devemos esperar que estudos diferentes 
cheguem sempre à mesma conclusão. O método fenomenológico é frequente-
mente utilizado na pesquisa qualitativa.
Do ponto de vista da sua natureza, pode ser:
Pesquisa básica: objetiva produzir conhecimentos novos, úteis para o avan-
ço da ciência, sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses uni-
versais. Assim, o pesquisador busca satisfazer uma necessidade intelectual pelo 
conhecimento, e sua meta é o saber.
Pesquisa aplicada: gera conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à 
solução de problemas específicos. Envolve interesses locais e visa à aplicação de 
suas descobertas na solução de um problema.
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, pode ser:
Pesquisa quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que sig-
nifica traduzir, em números, opiniões e informações para classificá-los 
e analisá-los. Requer o uso de técnicas estatísticas e de 
recursos (percentagem, média, moda, mediana, desvio 
padrão, coeficiente de correlação, entre outros). As-
sim, a pesquisa quantitativa é focada na mensuração 
de fenômenos, envolvendo a coleta e análise de dados 
numéricos e aplicação de testes estatísticos.
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Pesquisa qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mun-
do real e o indivíduo, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e 
a subjetividade do indivíduo, que não pode ser traduzido em números. A inter-
pretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo 
de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O 
ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o ins-
trumento-chave. A pesquisa qualitativa utiliza técnicas de dados, como a obser-
vação participante, história ou relato de vida, entrevista, entre outros. 
Do ponto de vista de seus objetivos, pode ser:
Pesquisa exploratória: proporciona maior proximidade com o problema, vi-
sando torná-lo explícito ou definir hipóteses, e procura aprimorar ideias ou des-
cobrir intuições. Também possui um planejamento flexível, envolvendo, em geral, 
levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências 
práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos similares. Assume as 
formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso. Esse tipo de pesquisa é vol-
tado para pesquisadores que possuem pouco conhecimento sobre o assunto pes-
quisado, pois, geralmente, há pouco ou nenhum estudo publicado sobre o tema.
Pesquisa descritiva: visa descrever as características de determinada popu-
lação, ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. A forma 
mais comum de apresentação é o levantamento, em geral realizado mediante 
questionário ou observação sistemática, que oferece uma descrição da situação 
no momento da pesquisa. Metodologia indicada para orientar a forma de co-
leta de dados quando se pretende descrever determinados acontecimentos. É 
direcionada a pesquisadores que têm conhecimento aprofundado a respeito dos 
fenômenos e problemas estudados.
Pesquisa explicativa: aprofunda o conhecimento da realidade porque ex-
plica a razão, o porquê das coisas e, por isso, é o tipo mais complexo e delicado, 
já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente. Visa identificar os 
fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos acontecimentos. 
Caracteriza-se pela utilização do método experimental (nas ciências físicas ou 
naturais) e observacional (nas ciências sociais). Geralmente, utiliza as formas de 
pesquisa experimental e ex-post-facto. Método adequado para pesquisas que 
procuram estudar a influência de determinados fatores na determinação de 
ocorrência de fatos ou situações.
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Do ponto de vista do propósito da pesquisa, pode ser:
Pesquisa aplicada: é usada para estudar o problema em um contexto, bus-
cando soluções para os desafios enfrentados nesse ambiente específico. Esse 
tipo de pesquisa é bem ligado à prática, mas nem por isso pode deixar de in-
cluir uma reflexão teórica.
Avaliação de resultados: avaliar nada mais é do que atribuir valor. Para 
isso, é preciso escolher critérios para avaliação e, dependendo do caso, a ava-
liação pode incluir uma comparação. O mais indicado é fazer uma avaliação de 
resultados para comparar o antes e o depois de cada etapa.
Avaliação formativa: o objetivo é aperfeiçoar um processo ou um sistema. 
Isso só é possível quando o pesquisador está familiarizado com o objeto de 
estudo e tem condições de mudá-lo. Em primeiro lugar, é necessário fazer um 
diagnóstico do sistema, identificando os problemas e as oportunidades que 
não são aproveitadas. Depois, é hora de traçar um plano para eliminar os pon-
tos fracos e melhorar o sistema como um todo.
Proposição de planos: serve para solucionar os problemas de uma orga-
nização e planejar o que vai ser feito daquele momento em diante. Os planeja-
mentos financeiros e de marketing são exemplos disso.
Pesquisa-diagnóstico: é indicada quando queremos avaliar a situação inter-
na ou externa de uma organização. Você pode, por exemplo, fazer um diagnósti-
co interno sobre o desempenho econômico da empresa ou levantar informações 
sobre os mercados nos quais ela pode entrar no futuro (diagnóstico externo). 
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, pode ser:
Pesquisa bibliográfica: utiliza material já publicado, constituído basica-
mente de livros, artigos de periódicos e, atualmente, com informações dispo-
nibilizadas na internet. Quase todos os estudos fazem uso do levantamento 
bibliográfico e algumas pesquisas 
são desenvolvidas exclusivamente 
por fontes bibliográficas. Sua princi-
pal vantagem é possibilitar ao inves-
tigador a cobertura de uma gama de 
acontecimentos muito mais ampla do 
que aquela que poderia pesquisar di-
retamente.
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Pesquisa documental: elaborada a partir de materiais que não recebe-
ram tratamento analítico, documentos de primeira mão, como: documentos 
oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos, diários, filmes, fotografias, 
gravações etc.; ou, ainda, documentos de segunda mão que, de alguma forma, 
já foram analisados, tais como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, 
tabelas estatísticas, etc.
Levantamento: envolve a interrogação direta de pessoas cujo comporta-
mento em relação ao problema estudado se deseja conhecer para, em seguida, 
mediante análise quantitativa, identificar as conclusões correspondentes aos 
dados coletados. O levantamento feito com informações de todos os integran-
tes do universo da pesquisa origina um censo. Ele usa técnicas estatísticas, 
análise quantitativa, permite a generalização das conclusões para o total da 
população e, assim, para o universo pesquisado, permitindo o cálculo da mar-
gem de erro. Os dados são mais descritivos que explicativos.
Estudo de caso: envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos 
objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. O 
estudo de caso pode abranger análise de exame de registros, observação de 
acontecimentos, entrevistas estruturadas e não estruturadas, ou qualquer ou-
tra técnica de pesquisa.Seu objeto pode ser um indivíduo, um grupo, uma or-
ganização, um conjunto de organizações ou, até mesmo, uma situação. A maior 
utilidade do estudo de caso é verificada nas pesquisas exploratórias. Por sua 
flexibilidade, é sugerido nas fases iniciais da pesquisa de temas complexos para 
a construção de hipóteses ou reformulação do problema.
Pesquisa-ação: concebida e realizada em estreita associação com uma 
ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e par-
ticipantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de 
modo cooperativo ou participativo. Implica o contato direto com o campo de 
estudo, envolvendo o reconhecimento visual do local, a consulta a documentos 
diversos e, sobretudo, a discussão com representantes das categorias sociais 
envolvidas na pesquisa. É delimitado o universo da pesquisa e recomenda-se 
a seleção de uma amostra. É importante a elaboração de um plano de ação 
envolvendo os objetivos que se pretende atingir, a população a ser beneficiada, 
a definição de medidas, procedimentos e formas de controle do processo, e de 
avaliação de seus resultados.
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Pesquisa participante: realizada por meio da integração do investigador, que as-
sume uma função no grupo a ser pesquisado, mas sem seguir a uma proposta pré-de-
fi nida de ação. A intenção é adquirir conhecimento mais profundo do grupo. O grupo 
investigado tem ciência da fi nalidade, dos objetivos da pesquisa e da identidade do 
pesquisador. Permite a observação das ações no próprio momento em que ocorrem. 
Essa pesquisa necessita de dados objetivos sobre a situação da população; isso envol-
ve a coleta de informações socioeconômicas e tecnológicas que são de natureza idên-
tica aos adquiridos nos tradicionais estudos de comunidades. Os dados podem ser 
agrupados por categorias, como: geográfi cos, econômicos, educacionais, entre outros.
Pesquisa experimental: quando se determina um objeto de estudo, selecio-
nam-se as variáveis que seriam capazes de infl uenciá-lo e defi nem-se as formas de 
controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. A pesquisa ex-
perimental necessita de previsão de relações entre as variáveis a serem estudadas e 
o seu controle. Dessa forma, na maioria das situações, é inviável quando se trata de 
objetos sociais. É geralmente utilizada nas ciências naturais.
Pesquisa ex-post-facto: quando o “experimento” se realiza depois dos fatos. 
O pesquisador não tem controle sobre as variáveis; é um tipo de pesquisa experi-
mental, diferindo apenas pelo fato do fenômeno ocorrer naturalmente sem que o 
investigador tenha controle sobre ele, ou seja, o pesquisador é um mero observador 
do acontecimento. Assim, o pesquisador deve citar e explicar os tipos de pesquisa 
que o estudo trata, justifi cando cada item de classifi cação e a relação com o tema e 
objetivos da pesquisa. Deve-se fazer uso de citações para enriquecer a argumenta-
ção. Toda e qualquer fonte deve ser referenciada, precisando data e página, quando 
tratar-se de citação direta.
Métodos
A pesquisa científi ca exige uma organização para que realmente saia do papel e 
atinja seu objetivo fi nal. Para isso, é preciso que o aluno conheça e saiba executar os 
métodos de procedimento. Os métodos mais utilizados nos projetos acadêmicos e 
suas respectivas características são:
• Método histórico: investiga eventos do passado a fi m de compreender os mo-
dos de vida do presente, que só podem ser explicados a partir da reconstrução da 
cultura e da observação das mudanças ocorridas ao longo do tempo;
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• Método estatístico: no campo biológico, verifi ca as variabilidades das popu-
lações; no campo cultural, levanta diversifi cações dos aspectos culturais. Os da-
dos, depois de coletados, são reduzidos a termos quantitativos, demonstrados em 
tabelas, gráfi cos, quadros, etc.;
• Método etnográfi co: refere-se à análise descritiva das sociedades humanas 
e grupos sociais (de pequena escala). Mesmo o estudo descritivo requer alguma 
generalização e comparação, implícita ou explícita. Refere-se a aspectos culturais 
e consiste no levantamento e na descrição de todos os dados possíveis sobre as 
sociedades e grupos, com a fi nalidade de conhecer melhor seus estilos de vida e 
cultura específi cos;
• Método comparativo ou etnológico: permite verifi car diferenças e seme-
lhanças apresentadas pelo material coletado. Compara padrões, costumes, estilos 
de vida, culturas e verifi ca diferenças e semelhanças a fi m de obter melhor com-
preensão dos grupos sociais pesquisados;
• Método monográfi co ou estudo de caso: estudo em profundidade de deter-
minado caso ou grupo humano, sob todos os seus aspectos. Permite a análise de 
instituições, de processos culturais e de todos os setores da cultura;
• Método genealógico: estudo do parentesco com todas as suas implicações 
sociais: estrutura familiar, relacionamento de marido e mulher, pais e fi lhos e de-
mais parentes; informações sobre o cotidiano, a vida cerimonial (nascimento, ca-
samento, morte), etc.
Técnicas 
A técnica se identifi ca com a parte prática da pesquisa. É comum haver 
confusão entre os métodos e as práticas da pesquisa. Mas é pos-
sível defi nir da seguinte maneira: enquanto o método é consti-
tuído de procedimentos gerais, extensivos às 
diversas áreas do conhecimento, a técnica 
abrange procedimentos mais específi cos, 
em determinada área do conhecimento. 
Vários são os itens fundamentais nas técni-
cas de pesquisa. A seguir, vamos conhecer al-
guns deles.
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Coleta de dados
Neste item, é necessário que o aluno pesquisador apresente como foi 
organizada e operacionalizada a coleta dos dados relativos ao processo de 
pesquisa. Todas as formas que usou de coleta devem ser mencionadas (lei-
turas, entrevistas, questionários, documentos, observação), assim como 
quais fontes foram utilizadas na coleta dos dados (identifi cando o ambiente, 
a população e a amostra para a pesquisa).
Os modelos de coleta mais comuns são:
Coletas bibliográfi cas: o aluno precisa apresentar o tema proposto, 
fundamentando-o com uma revisão crítica de fontes de pesquisa relacio-
nadas ao tema macro (área de estudo/tema/delimitação do tema) e micro 
(referente aos objetivos). Para tal, deve relacionar sua visão sobre o tema 
fundamentado a acontecimentos atuais e trabalhos já realizados na área, 
bem como a opiniões de autores.
A fundamentação teórica, revisão da literatura ou revisão bibliográfi ca 
apresenta os conceitos teórico-empíricos que nortearam o trabalho. Pode-
-se pontuar, por meio das referências utilizadas, as ideias com as quais o 
aluno compactua ou não. Entretanto, deve-se utilizar outros autores para 
estabelecer o confronto, se houver. O texto deve ser construído expressan-
do as leituras e diálogos teóricos com os autores pesquisados.
O aluno pode construir seu texto preocupando-se em:
• Produzi-lo a partir do maior número possível de material bibliográfi co 
publicado;
• Usar material e informações de primeira mão, evitando o uso do apud;
• Contemplar, apenas, os trabalhos pertinentes e relacionados ao tema, 
sem desviar do foco de pesquisa;
• Restringir-se não apenas às ideias veiculadas nos livros técnico-cientí-
fi cos;
• Apresentar as publicações de periódicos especializados.
EXPLICANDO
O apud signifi ca citado por material de segunda mão. É uma informação de 
um autor e citado pelo autor que você está pesquisando.
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Coletas documentais: é comum, em algumas 
áreas de conhecimento, a coleta de dados em pre-
feituras, organizações governamentaisou, então, 
em setores específicos de empresas privadas. 
Essas informações devem ser comentadas no 
texto com as mesmas regras metodológicas das 
literaturas, já que possuem autoria. Muitas vezes, a 
pesquisa envolve a utilização de materiais que estão localizados 
internamente em instituições públicas ou privadas.
Exemplos:
1. As informações documentais foram coletadas no projeto pedagógico da 
escola e nos registros dos alunos, arquivados na secretaria da escola;
2. Os dados foram coletados no programa de desenvolvimento da empresa, 
no banco de dados do RH e nos relatórios dos setores.
Questionário
Com essa técnica de investigação, composta por questões apresentadas por 
escrito às pessoas, o aluno pode identificar o conhecimento de opiniões, cren-
ças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas , entre outros.
Para elaborar um questionário, deve-se refletir sobre os objetivos da pes-
quisa e passá-los para questões específicas. São as respostas que apresenta-
rão as informações necessárias para testar as hipóteses ou esclarecer o pro-
blema da pesquisa.
As etapas do questionário podem ser:
1. Pesquisa (análise dos objetivos e problema);
2. Elaboração do questionário;
3. Testagem ou pré-teste;
4. Distribuição e aplicação;
5. Tabulação dos dados;
6. Análise e interpretação dos dados.
Há três tipos de questões em relação à forma: questões fechadas, ques-
tões abertas e questões relacionadas.
No questionário do tipo questões fechadas, apresenta-se ao respondente 
um conjunto de alternativas de resposta para que seja escolhida a que melhor 
representa sua situação ou ponto de vista.
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A pergunta com escala visa medir o grau, não a qualidade e apresenta uma 
gradação nas respostas. A escala pode ser apresentada pela atribuição de 
nota, de preferência, de atitude.
Observações:
• Não se oferece um número muito grande de 
alternativas, pois isso poderá confundir o entre-
vistado e prejudicar a escolha;
• Nas questões com diversas alternativas, 
deve-se sempre colocar a opção “outras” para 
não ter que listar todas as possíveis opções;
• Ter apenas uma resposta para o entrevistado 
assinalar;
• Quando houver necessidade de mais de uma resposta 
(exemplo: quais atividades de lazer você prefere?), deve-se deixar 
claro que pode ser assinalada mais de uma opção na pergunta e ter cuidado 
na tabulação.
Nas questões abertas, apresenta-se a pergunta e se deixa um espaço em 
branco para que a pessoa escreva sua resposta sem qualquer restrição, exem-
plo: como você considera a atual gestão do presidente da república?
Entretanto, questionários com muitas questões abertas retornam com mui-
tas delas não respondidas. Também é conveniente lembrar que, nesse caso, a 
tabulação das respostas se torna mais complexa.
As questões relacionadas são aquelas dependentes da resposta dada a 
outra questão anterior. 
TABELA 3. EXEMPLOS DE QUESTÕES FECHADAS
Qual seu time de futebol?
(_) Flamengo (_) Vasco (_) Fluminense (_) Botafogo (_) Sem Time
(_) Outro _______________________________
Em que medida você concorda com a portabilidade nos serviços de 
telefonia celular?
(_) Concordo plenamente (_) Concordo (_) Não tenho opinião
(_) Discordo (_) Discordo plenamente.
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TABELA 4. QUESTÕES RELACIONADAS
• A pergunta não deve sugerir respostas;
• A questão deve se referir a uma única ideia de cada vez;
• O questionário não deve ultrapassar o número de 30 questões;
• Iniciar pelas questões que definem o perfil do entrevistado (sexo, faixa etária, 
renda, etc.);
• Na sequência, começar pelas questões mais gerais e, depois, apresentar as 
de maior especificidade;
• As perguntas devem ser ordenadas em uma sequência lógica;
• Incluir apenas perguntas que realmente tenham relação com o problema;
• Iniciar com as questões mais fáceis e impessoais, deixando as mais difíceis e 
íntimas para o fim;
• Evitar perguntar o nome, pois as respostas são mais livres e sinceras;
• Não obrigar o entrevistado a fazer cálculos;
• Ter uma boa apresentação gráfica (caracteres, diagramação, espaçamento, 
entrelinhas);
• Apresentar as instruções de preenchimento adequado ao questionário;
• Citar, na apresentação do questionário, o objetivo da pesquisa e os envolvi-
dos (entidade).
Antes de iniciar a aplicação definitiva do questionário, o pesquisador deve rea-
lizar um pré-teste. Ele serve para evidenciar possíveis falhas na redação do ques-
tionário, como complexidade das questões, imprecisão na redação, questões des-
necessárias, constrangimentos aos informantes, exaustão, etc. O pré-teste deve 
ser aplicado de 10 a 20 provas, a elementos pertencentes à população pesquisada.
Para a distribuição do questionário, após a adequação do pré-teste, o pesqui-
sador pode utilizar os seguintes meios: correio, e-mail, telefone, pessoalmente (in-
dividual ou em grupo) ou on-line.
- Você pratica algum esporte?
(_) Sim (responda à questão seguinte)
(_) Não (responda à questão número 11)
- Qual o seu esporte preferido?
(_) Natação (_) Corrida (_) Futebol (_) Outro_________________
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Para todos os meios, é necessário ter precauções com a aplicação, o preenchi-
mento e o retorno dos questionários. Para a delimitação da população/amostra e 
o tratamento estatístico, o aluno deve atender a dois momentos: seleção e defini-
ção do universo, e organização do questionário/tabulação.
O aluno deve compreender que a amostra de uma pesquisa pode ser dividida 
em quatro tipos:
• Amostragem causal ou aleatória simples: sorteio/seleção espontânea 
da amostra;
• Amostragem sistemática: quando a população se encontra ordenada, 
como, por exemplo, em subgrupos. Quando se conhece a proporção e a dis-
persão geográfica;
• Amostragem proporcional estratificada: definida por variáveis (sexo, 
idade, etc.);
• Amostragem probabilística: possibilidade de todos os elementos serem 
pesquisados – aleatoriedade da amostra. Conhecer a probabilidade de ocor-
rência de um evento.
O estudante deve proceder à tabulação de questionários e se voltar à amplitu-
de das variáveis/categorias, ao cruzamento de variáveis, à tabulação manual e o 
processamento eletrônico. Na utilização de gráficos, deve se preocupar com pro-
porcionalidade, título, grandezas numéricas, relações e outros. 
A análise dos dados consiste em relacionar, comparar, medir, identificar, agru-
par, classificar, concluir, deduzir. Os procedimentos de análise são a definição de 
variáveis e a tabulação (adotando uma ou mais variáveis como referência). É ne-
cessário buscar, nos trabalhos publicados em revistas científicas, anais de eventos 
ou sites da área de estudo em questão e verificar se há explicação sobre a técnica 
de questionário e como aconteceu a pesquisa e a análise dos dados. Geralmente a 
estrutura da entrevista é colocada em apêndice no final do trabalho.
Entrevista
O pesquisador pode utilizar uma técnica de coleta de dados que se volte 
diretamente para as pessoas, tendo um contato mais direto, buscando saber a 
opinião delas sobre algo: a entrevista.
Se o aluno utilizar a entrevista em seu estudo, deve saber que é uma técnica 
que também exige planejamento, pois é necessário delinear o objetivo a ser 
alcançado e cuidar de sua elaboração, desenvolvimento e aplicação.
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As entrevistas poderão ser estruturadas (com perguntas definidas) ou 
semiestruturadas (permite maior li-
berdade ao pesquisador).
Nos estudos exploratórios, a 
entrevista informal visa abordar 
realidades pouco conhecidas pelo 
pesquisador. Então, se for o caso, o 
estudante pode usar o tipo de en-
trevista menos estruturadapossível, 
que só se distingue da simples con-
versação porque tem como objetivo 
básico a coleta de dados. Dessa for-
ma, utiliza-se informantes-chave que 
podem ser especialistas no tema em 
estudo, líderes formais ou informais, 
personalidades, entre outros. 
Em situações experimentais, com o objetivo de explorar a fundo alguma 
experiência vivenciada, é interessante que o pesquisador utilize a entrevista 
focalizada. Esse tipo de entrevista é utilizado com grupos de pessoas que pas-
saram por uma experiência específica, como assistir a um filme, presenciar um 
acidente, etc.
A entrevista por pauta apresenta certo nível de estruturação, pois se guia 
por uma relação de pontos de interesse do entrevistador, ordenadas e relacio-
nadas entre si. São feitas poucas perguntas diretas e o entrevistado pode falar 
livremente.
O desenvolvimento de uma relação fixa de perguntas feitas para entrevistar 
alguém, cuja ordem e redação permanecem invariáveis para todos os entre-
vistados (que geralmente são em grande número) é a entrevista estruturada.
Dicas:
• A data da entrevista deverá ser marcada com antecedência e a situação 
em que se realiza deve ser discreta;
• Registrar os dados imediatamente (anotando-os ou utilizando gravador);
• Certificar-se de possuir permissão do entrevistado para registrar os dados 
e utilizá-los na pesquisa;
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• Obter e manter a confiança do entrevistado;
• Deixar o entrevistado à vontade;
• Dispor-se mais a ouvir do que a falar;
• Manter o controle da entrevista (temas);
• Iniciar pelas perguntas que tenham menos possibilidade de provocar re-
cusa;
• Não emitir opinião.
Técnica de observação
Esta técnica é muito comum em várias áreas de pesquisa e é importante 
compreender um pouco mais como funciona. A observação pode ser estru-
turada ou não estruturada. De acordo com o nível de participação do ob-
servador, pode ser participante ou não participante. A observação parti-
cipante tende a utilizar formas não estruturadas, pode-se adotar a seguinte 
classificação, que combina os dois critérios considerados: observação sim-
ples, observação participante e observação sistemática.
Na observação simples, o pesquisador permanece alheio à comunidade, 
grupo ou situação que pretende estudar e observa de maneira espontânea 
os fatos que ocorrem. Nesse caso, ele assume o papel de expectador.
A observação participante ocorre por meio do contato direto do inves-
tigador com o fenômeno observado para recolher as ações dos atores em 
seu contexto natural, considerando sua perspectiva e seus pontos de vista. 
Sendo assim, ele assume o papel de ator, desenvolvendo um papel no grupo 
que está estudando.
Nas pesquisas cujo objetivo é a descrição precisa dos fenômenos ou teste 
de hipóteses, é frequentemente utilizada a observação sistemática. Pode 
ocorrer em situações de campo ou laboratório. Antes da coleta de dados, 
é necessária a elaboração de um plano específico para a organização e o 
registro das informações. Para tal, é preciso estabelecer, 
antecipadamente, as categorias necessárias à análise da 
situação.
A observação se constitui elemento fundamental 
para a pesquisa e é utilizada de forma exclusiva ou con-
jugada a outras técnicas. Pode-se definir a observação como o uso 
dos sentidos com vistas a adquirir conhecimentos do cotidiano.
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Análise e interpretação de dados
Após defi nir as formas de coletar informações e dados para o estudo, é 
necessário refl etir sobre as formas de analisá-los e interpretá-los.
O objetivo da análise é reunir as informações de forma coerente e organi-
zada, visando responder o problema de pesquisa. 
A interpretação proporciona um sentido mais amplo aos dados coletados, 
fazendo a relação entre eles. Esta etapa pode ser de caráter quantitativo ou 
qualitativo, e várias técnicas poderão ser utilizadas para o tratamento dos da-
dos. É conveniente que se realize uma análise descritiva, apresentando uma 
visão geral dos resultados e, na sequência, analise os dados cruzados que 
possibilitam perceber as relações entre as categorias de informação e a aná-
lise interpretativa.
A estatística na análise e interpretação de dados pode ser classifi cada como: 
estatística descritiva (descrição e análise sem inferências e conclusões) e es-
tatística indutiva (inferências, conclusões, tomadas de decisão e previsões). 
A pesquisa deve prezar pela necessidade de apresentação, formal e ofi cial, dos 
resultados do estudo, explicitação dos objetivos, da metodologia e dos resul-
tados e priorizar a fi dedignidade na transmissão das descobertas feitas. Todas 
as informações importantes constatadas na pesquisa são apresentadas em 
forma de texto ou de elementos de apoio ao texto, se for necessário, como 
fi guras, quadros, gráfi cos e tabelas. Pode-se apresentar um quadro compreen-
dendo o período em que se realizaram as atividades da pesquisa.
Apresentação dos resultados
O pesquisador deve apresentar os resultados da pesquisa conforme os pre-
ceitos da ciência, com redação técnico-científi ca e as exigências da área de co-
nhecimento. Assim, os resultados expõem o tema proposto, fundamentando-o 
com uma revisão crítica, de fontes de pesquisa relacionadas ao tema, de forma 
ampla para depois especifi cá-la. É necessário que o investigador relacione sua 
visão sobre o tema fundamentado aos acontecimentos atuais e trabalhos já 
realizados na área, bem como as opiniões de autores. Para tal, é necessário o 
cumprimento das normas ABNT NBR 10520 (2002).
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As informações podem ser apresentadas por meio de 
elementos de apoio ao texto, conforme as regras metodo-
lógicas. O modelo de apresentação do documento deverá 
seguir as regras defi nidas para sua tipologia (monografi a, 
artigo científi co e outros) e a instituição solicitante (universidade, 
revista científi ca, evento, outros).
Pesquisa em impresso e on-line (Bireme, Lilacs, 
SciELO e Google acadêmico)
Agora que já conhecemos e entendemos o mecanismo das técnicas de pes-
quisa, vamos explorar as principais bases de pesquisa que estão disponíveis 
tanto no universo digital (on-line), quanto de modo impresso. Para isso, é pre-
ciso compreender de antemão que estas ferramentas são amplamente reco-
nhecidas e possuem grande valor para a comunidade acadêmica, sobretudo 
quando falamos em pesquisas científi cas.
Decerto, os pesquisadores utilizam mais de um acervo para realizar suas 
pesquisas. Isso é uma grande vantagem, pois as pesquisas fi cam mais ricas, 
contendo informações de inúmeras fontes. Nos tópicos que se seguem, vamos 
conhecer alguns exemplos destas bases de pesquisa.
Bireme e Lilacs
Iniciando nossa lista, temos a Bireme, sigla para Biblioteca Regional de Medici-
na, porém atualmente chamada de Centro Latino-Americano e do Caribe de Infor-
mação em Ciências da Saúde. Esta organização é responsável pela disseminação 
de informações referentes às áreas da saúde. Ligada à OMS (Organização Mundial 
da Saúde) e OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), a Bireme possui um 
acervo físico muito amplo, com milhões de artigos e documentos científi cos.
Além da Bireme, temos a Lilacs, sigla que representa a Literatura Latino-Ame-
ricana e do Caribe em Ciências da Saúde (Figura 1), ferramenta bem conhecida e 
bastante utilizada por pesquisadores também da área da saúde e mantida pela 
(OPAS/OMS). Pode-se dizer que a Lilacs reúne materiais científi cos sobre saúde 
publicados a partir do ano 1982 de autores latino-americanos e do Caribe.
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Dentro do acervo da Lilacs é possível encontrar teses, inúmeros relatórios téc-nico-científi cos, como artigos de revistas renomadas. Todo este conteúdo está co-
nectado à área da saúde.
Figura 1. Captura de tela do site Lilacs. Fonte: Lilacs, 2019. Acesso em: 17/12/2019. 
Figura 2. Captura de tela do site SciELO. Fonte: SciELO. Acesso em: 17/12/2019.
SciELO
Assim como as ferramentas anteriores, a Scientifi c Electronic Library Online 
(SciELO) é uma base de pesquisa on-line que pode ser utilizada na busca de refe-
rências para a produção de materiais científi cos. Por possuir um amplo acervo de 
conteúdos, ela está entre as preferidas dos pesquisadores. Em seu portal (Figura 
2) é possível fazer buscas de artigos por ano de publicação, nome do autor, título 
do artigo, entre outros.
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Google Acadêmico
Para fi nalizar, seguindo a linha dos principais exemplos de ferramentas de pes-
quisa científi ca, podemos também mencionar o Google Acadêmico (Figura 3). Essa 
ferramenta, pertencente à gigante de buscas homônima, está entre as mais utili-
zadas pelos pesquisadores, visto que ela possui um acervo enorme de materiais 
científi cos que, diga-se de passagem, são de alta confi abilidade.
Figura 3. Captura de tela do site Google Acadêmico. Fonte: Google Acadêmico. Acesso em: 17/12/2019.
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Sintetizando
Prezado aluno, é com grande alegria e satisfação que finalizamos essa uni-
dade, bem como a disciplina Metodologia Científica como um todo. Nesse pe-
ríodo de muito aprendizado, tomamos o cuidado de abordar todos os princi-
pais conceitos que permeiam o desenvolvimento de pesquisas científicas, de 
modo a facilitar a sua compreensão sobre o tema, auxiliando-o na produção de 
materiais técnicos cada vez mais consistentes.
Nessa unidade, especificamente, conhecemos em detalhes como é elabo-
rada uma pesquisa científica, desde a delimitação do tema, passando pela 
escolha do método de pesquisa, coleta, análise de dados e apresentação de 
resultados. Além disso, ao final, foram apresentadas as principais bases de 
conteúdo utilizadas por pesquisadores e universitários no desenvolvimento 
de pesquisas científicas, tais como Bireme, Lilacs, SciELO e Google Acadêmico. 
Todos esses acervos, além de muitos outros, são de uso gratuito e podem ser 
acessados a qualquer momento pelos pesquisadores.
Dessa forma, com a sensação de dever cumprido, desejamos que você siga 
firme na busca por conhecimento, tendo sempre em vista o aprimoramento 
constante na produção de materiais científicos, projetados para serem cada 
vez mais técnicos e bem articulados, embasados em pesquisas profundas e 
corretamente referenciadas.
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