Gastrectomia Vertical: Informações e Vantagens

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Gastrectomia Vertical:
SLIDE 1: INFORMAÇÕES GERAIS
● A gastrectomia vertical, também conhecida
como manga gástrica é um procedimento
bariátrico que resulta na remoção da curvatura
maior e do fundo do estômago, sendo
preservados a curvatura menor, o antro e o
piloro. Essa ressecção é orientada
verticalmente, paralelamente à curvatura
menor do estômago.
● Promove a perda de peso ao induzir a
anorexia através da remoção da maioria das
células produtoras de grelina (peptídeo
estimulador do apetite), localizadas no fundo
gástrico, além do aumento do GLP-1 (contribui
para a perda de peso, melhorando o
metabolismo da glicose, aumenta a lipólise,
reduzindo a fome e aumentando a saciedade).
Além disso, a diminuição do volume do
estômago (cerca de 70 a 80%) contribui para
uma sensação precoce de saciedade.
● No geral, resulta em excelente perda de peso
e remissão da maioria das comorbidades
relacionadas à obesidade. Além disso, é
considerada menos eficaz , mas menos
mórbida do que o bypass gástrico em
Y-de-Roux, devido à sua simplicidade técnica
e à sua alteração limitada da anatomia normal.
SLIDE 2: REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
● Esse procedimento geralmente é realizado por
vídeo laparoscopia, onde o cirurgião faz de 4 a
6 pequenas incisões no abdômen e através
das incisões, insere trocartes (geralmente 5 a
6), que são tubos que permitem a introdução
dos instrumentos cirúrgicos e da câmera
laparoscópica. Cerca de 75 a 80% do
estômago é removido utilizando um dispositivo
de grampeamento cirúrgico. A incisão inicia-se
a partir de 4 a 6 cm do piloro e segue em
sentido vertical em direção ao fundo até atingir
o ângulo esofagogástrico.
● A porção removida do estômago é retirada
através de uma das incisões, as quais são
fechadas com suturas ou grampos cirúrgicos.
SLIDES 3: INDICAÇÃO E VANTAGENS DA
GASTRECTOMIA VERTICAL
● As indicações para o procedimento são as
mesmas às do Bypass gástrico em Y-de-Roux:
- IMC > 40 com ou sem comorbidades
associadas
- IMC entre 35 e 40 com pelo menos uma
comorbidade grave relacionada ao peso,
incluindo diabetes, apneia obstrutiva do sono,
hipertensão e doença arterial coronariana
- IMC entre 30 e 35 quando os pacientes
possuem diabetes do tipo 2 não controlada ou
síndrome metabólica.
Vantagens:
● A gastrectomia vertical apresenta um baixo
perfil de complicações, mas a literatura indica
alguns possíveis efeitos colaterais:
● náuseas pós-operatórias, sangramentos
(descrito em até 15% dos casos), estenose
(derivam de edema ou hematomas na linha de
grampeamento) e vazamentos gástricos
(devido à longa linha de grampeamento e alta
pressão intraluminal)
● Também há relatos de refluxo gástrico grave e
intratável como uma complicação tardia da
gastrectomia vertical
SLIDE 4: GASTRECTOMIA VERTICAL E
BIODISPONIBILIDADE DO ESCITALOPRAM:
● Estudo de coorte prospectivo com 5 pacientes
(1,6 e 12 meses após): o principal achado foi
que a gastrectomia vertical não exerceu
qualquer efeito substancial ou previsível nas
concentrações de escitalopram a curto ou
longo prazo, em nível de grupo ou individual.
● Apesar de pouco documentada, a diminuição
da absorção pode ser devida à diminuição da
superfície do estômago é significativamente
reduzida, o que diminui a quantidade de ácido
clorídrico secretado e aumenta o pH gástrico,
levando a uma má dissolução e diminuindo a
quantidade de medicamento disponível para
absorção, uma vez que o excitalopram é
lipossolúveis e depende da acidez estomacal
para ser devidamente absorvidos.
Referências:
https://doi.org/10.1590/S0102-67202011000100011
PUBMED
Effects of Sleeve Gastrectomy and Roux-en-Y Gastric
Bypass on Escitalopram Pharmacokinetics: A Cohort
Study
Georgios Schoretsanitis, MD, PhD; Magnus
Strømmen, RN, PhD; Hege-Merete Krasbeth, MD;
Arne Helland, MD, PhD; Olav Spigset, MD, PhD
Escitalopram metabolism primarily involves
CYP2C19-mediated N-demethylation,22
whereas CYP3A4 and CYP2D6 seem to be
involved to a lesser extent.23,24 Although
CYP2C19, CYP2D6, and CYP3A4 contribute
to hepatic metabolism, only CYP3A4/5 is
highly expressed in the intestinal mucosa.25
https://doi.org/10.1590/S0102-67202011000100011