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1 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda Lista de Questões: Diversidade e Inclusão Professor Renato Lacerda 1. (CESGRANRIO/IPEA/2024) A democracia está intimamente relacionada à ideia de soberania popular e de autogoverno e, por conseguinte, de que todos participem da produção das leis que regerão a comunidade, diretamente ou através de seus representantes. A democracia, contudo, não se reduz ao princípio majoritário. Para que se tenha verdadeiramente uma democracia, não basta assegurar a prevalência da vontade de determinada maioria. É preciso assegurar, igualmente, que o conjunto mais amplo de pessoas possa participar do processo de formação de tal vontade majoritária. Nessa medida, o respeito a direitos fundamentais constitui uma pré- condição para a própria existência do processo democrático. Onde não há direitos políticos iguais para todos os cidadãos, livre circulação da informação ou liberdade de expressão, não haverá democracia, ainda que se respeite um processo de deliberação majoritária. MELLO, P. Proteção à vulnerabilidade na jurisprudência do supremo tribunal federal: a defesa da população LGBTI+. Revista da AGU, Brasília, DF, v. 19, n. 1, p. 21, jan.-mar. 2020. Disponível em: https://revistaagu.agu.gov.br/index.php/AGU/article/view/2631. Acesso em: 27 dez. 2023. Adaptado. Considerando-se a proteção dos direitos de grupos minoritários e vulneráveis, e em consonância com as ideias expostas acima, a relação entre democracia e vulnerabilidade a) supõe a viabilização de políticas públicas de proteção a grupos vulneráveis, as quais devem desconsiderar como critérios válidos a identidade de gênero, etnia, raça ou cor, no momento de sua implantação. b) reitera que a vulnerabilidade, em maior ou menor grau, é uma condição presente em todas as pessoas, sendo, portanto, falsa a premissa de que, em regimes democráticos, existam grupos de pessoas que ostentem uma condição de maior debilidade ou de menor capacidade de autodefesa diante de determinadas violências. c) implica respeito e reconhecimento à existência de grupos vulneráveis, isto é, pessoas que, de modo geral, têm maior dificuldade de se fazer representar nas instâncias de decisão política. d) baseia-se no conceito de minoria enquanto grupo numericamente inferior de pessoas que possuem uma identidade distinta daquela que é tida como a identidade dominante, de forma que os negros não se encaixariam naquilo que em geral se entende por minorias vulnerabilizadas. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 2 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda e) reduz-se, de toda forma, ao princípio majoritário, isto é, para que se tenha verdadeiramente uma democracia, basta assegurar a prevalência da vontade de determinada maioria, de forma que a proteção de grupos minoritários esteja necessariamente a ela submetida. 2. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/2023) No início do mês de setembro de 2023, um jornal de grande circulação no país anunciava o seguinte: Um dos eventos mais aguardados pelo empresariado brasileiro [...] ocorre em meados de setembro em Nova York (EUA) e já conta com empresários como Luiza Trajano (Magazine Luiza), Suelma Rosa (Unilever), Alexandra Pain (C6 Bank) e Reynaldo Goto (BRF). Promovido pelo Pacto da ONU, o evento é disputado porque atrai notáveis pensadores para discutir como a iniciativa das próprias empresas tem peso para o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), metas da Agenda 2030, que prevê, por exemplo, redução de gases estufa e inclusão de minorias. SUSTENTABILIDADE reúne empresários em evento da ONU. Folha de S. Paulo. Coluna Painel S. A. 4 set. 2023. Disponível em: https://www1. folha.uol.com.br/colunas/painelsa/2023/09/sustentabilidade-reune-empresarios-em-evento-da-onu.shtml. Acesso em: 7 set. 2023. Considerando-se que uma gestão ambiental eficiente nas organizações — incluindo a iniciativa privada — é fundamental para o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), constata-se que as diretrizes de governança corporativa devem a)promover iniciativas de desenvolvimento econômico em países em desenvolvimento, buscando contribuir para a geração de riquezas, a despeito de uma distribuição de renda mais equânime, entendendo como secundários, portanto, o consumo e as produções responsáveis e a redução das desigualdades. b) apartar e distinguir diferentes temas no campo do desenvolvimento sustentável, para, com isso, garantir que políticas e iniciativas de erradicação da pobreza e de redução das desigualdades sejam consideradas de forma isolada e desligadas de ações contra a mudança global do clima, e a proteção das vidas marinha e terrestre. c) defender e difundir a ideologia de gênero, impor obstáculos ao desenvolvimento econômico (ao promover o trabalho decente) e interditar permanentemente o uso de combustíveis fósseis em todo o planeta, já no ano de 2025. d) estimular iniciativas de proteção às vidas na terra e nas águas do planeta, sensibilizar as populações de países desenvolvidos e em desenvolvimento para o consumo e a produção consciente de bens e serviços, e estimular o crescimento econômico desigual e o acesso restrito a serviços de saúde e educação. e) estar atentas — em especial levando-se em conta seus princípios de transparência e responsabilidade social — à viabilidade econômico-financeira do negócio na mesma medida em que gerenciam adequadamente os riscos relativos às suas externalidades negativas e os aspectos sócio- trabalhistas do empreendimento, como valorização da diversidade, incluindo gênero, raça, cultura e orientação sexual. 3. (NC UFPR/FUNPAR/2022) Os problemas de diversidade e pluralismo colocados em pauta pelas sociedades multiculturais, a partir da década de 1980, obrigaram-nos a uma nova reflexão sobre o reconhecimento universalista proposto pela Modernidade. Os movimentos sociais organizados por homossexuais, negros, mulheres, entre outros grupos, passaram a reivindicar a efetiva realização da igualdade de oportunidades e o fim dos princípios discriminatórios. Deu-se, então, o estabelecimento de políticas públicas que ficaram conhecidas como políticas de ação afirmativa. (O’DONNEL, Julia et al. Tempos modernos, tempos de sociologia. Rio de Janeiro: Editora do Brasil, 2018.) Com base na argumentação das autoras, pode-se afirmar que: a) em termos práticos, a defesa desse novo tipo de reconhecimento social estimula diferentes ações de inclusão social, com exceção da “política de cotas”. b) as políticas de ação afirmativa constituem uma estratégia ideológica pouco eficaz, correspondendo a uma agenda globalista. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 3 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda c) movimentos sociais organizados por homossexuais, negros e negras (entre outras minorias) estão hiper- representados na sociedade em virtude das recentes políticas públicas de ação afirmativa, gerando grandes distorções e privilégios para estes grupos favorecidos. d) é necessário amplo debate sobre os temas da diversidade e representação social, atitude imperativa para atualização de categorias fundamentadas em pressupostos pré-modernistas. e) ações afirmativas se baseiam em um pressuposto que leva em conta as condições desiguais de determinados grupos sociais para acesso às oportunidades sociais. 4. (CONSULPLAN/Pref. Orlândia/2023) No ordenamento jurídico brasileiro, a garantia à população negra da efetivação da igualdade de oportunidades é viabilizadamediante o estabelecimento de ações afirmativas. Estas ações tratam de iniciativas a) que visam acabar com o preconceito racial. b) contidas exclusivamente no Estatuto da Igualdade Racial, para a população negra. c) presentes em programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais. d) delimitadas, no caso brasileiro, à garantia da concessão de cotas de vagas em concursos públicos e no ingresso em instituições de ensino superior. 5. (IDECAN/PM-CE/2023) Acerca do racismo e das práticas preconceituosas, analise os itens abaixo: I. Discriminar brasileiros que vivem na região Nordeste não é considerado crime no Brasil, mas configura conduta racista passível de responsabilização cível. II. Para que a xenofobia seja considerada crime de preconceito, é necessária que seja praticada contra estrangeiros. III. Como a liberdade de expressão não é absoluta no Brasil, ela, em regra, não impedirá a responsabilização criminal das pessoas que emitem opiniões xenófobas nas redes sociais. Está(ão) correto(s) o(s) item(ns): a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) I, II e III. 6. (CESGRANRIO/IPEA/2024) Considere o texto sobre a Lei Júlio Lancellotti. A Lei 14.489, de 2022, é designada Lei Padre Júlio Lancellotti por uma referência ao religioso que, desde 1986, promove trabalhos sociais na cidade de São Paulo. Coordenador de uma pastoral, Lancellotti usou uma marreta para remover pedras pontiagudas instaladas sob um viaduto pela prefeitura da capital paulista. O gesto já foi repetido em outras ocasiões pelo padre, que usa sua página numa rede social para denunciar a arquitetura hostil em outras cidades. Essa lei altera o Estatuto da Cidade para estabelecer entre suas diretrizes a “promoção de conforto, abrigo, descanso, bem-estar e acessibilidade na fruição de espaços livres de uso público, seu mobiliário e interfaces com espaços de uso privado”. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2022/12/22/lei-padre-julio-lancellotti-que-proibe-arquitetura-hostil-e- promulgada. Acesso em: 20 nov. 2023. Adaptado. Essa recente lei tem como propósito principal evitar a a) especulação imobiliária, discriminando os materiais de construção adequados para os espaços públicos. b) prescrição do Estatuto da Cidade, garantindo a fruição de espaços públicos urbanos livres de arquitetura hostil. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 4 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda c) exclusão social de grupos vulneráveis, garantindo a acessibilidade de pessoas em situação de rua aos espaços públicos. d) permanência de grupos sociais minoritários nos espaços públicos, indicando a prática de uma arquitetura menos hostil. e) utilização popular indiscriminada de praças, calçadas, viadutos e jardins, restringindo o vandalismo nos espaços públicos. 7. (IDECAN/PM-CE/2023) “Discriminação racial é qualquer distinção, exclusão ou restrição baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha o propósito ou o efeito de anular ou prejudicar o reconhecimento, gozo ou exercício em pé de igualdade de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro domínio da vida pública.” Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial de 1965. Nessa temática, analise as proposições abaixo e responda o que se pede. I. A escravidão dos africanos no Brasil se constitui a partir da ideologia racista, de superioridade de uma raça sobre as demais, e continua sendo reproduzida no pós abolição. II. O racismo e as desigualdades raciais no Brasil fazem parte da formação histórica, das dinâmicas da sociedade e de suas estruturas que atuam na produção e manutenção de hierarquias, possibilidades e lugares sociais. III. Racismo institucional é, portanto, qualquer sistema estrutural de desigualdade que se baseia na raça, que somente pode ocorrer em instituições públicas, tais como, órgãos públicos governamentais, descrito como o acesso desigual por conta do pertencimento racial a bens, serviços e oportunidades, sendo normativo, mesmo sem ser legalizado. IV. a raça não é uma condição biológica, mas uma condição social e cultural, criada, reiterada e desenvolvida na trama das relações sociais, envolvendo jogos de forças sociais e progressos de dominação e apropriação. Após analisar as assertivas acima, marque a alternativa certa: a) I e II estão errados b) II e III estão corretos c) III e IV estão errados d) I e IV estão corretos e) II e IV estão errados 8. (FUNDATEC/IFC/2023) Em consonância com a publicação “Relações Raciais: Referências Técnicas para atuação de psicólogas/os” (CFP, 2017), em que se evidencia a pesquisa publicada no Relatório Anual das desigualdades Raciais no Brasil (2007, 2008), na qual se constatou que os brasileiros brancos viviam em “um país” com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) médio equivalente a 44ª melhor posição do mundo, enquanto que os brasileiros negros viviam “em um Brasil” onde o IDH médio é equivalente ao 104º lugar (p. 49). Assim, as Referências Técnicas sobre as relações raciais relacionam tais dados a uma prática que: “(..) pode ser considerada a principal responsável pelas violações de direitos dos grupos raciais subalternizados. Efetivada em estruturas públicas e privadas do país, essa prática é marcada pelo tratamento diferenciado, desigual. Indica, pois, a falha do Estado em prover assistência igualitária aos diferentes grupos sociais” (p. 48). Como essa prática é denominada? a) Branqueamento. b) Racismo pessoal ou internalizado. c) Racismo Institucional. d) Racismo interpessoal ou intersubjetivo. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 5 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda e) Teorias racialistas. 9. (SUSTENTE/DPE-PE/2023) “Na construção da sociedade brasileira, o racismo é o cimento. Ele é o elemento que sustenta a estrutura social, política e econômica da sociedade brasileira.” https://brasildedireitos.org.br/atualidades/o-que-racismo-estrutural O racismo tem classificações diferentes, conforme a forma em que acontece. Analise as afirmativas. I.Acontece quando a discriminação racial é normalizada e faz parte das estruturas da sociedade, nas relações sociais, econômicas, culturais e políticas. Nesses casos, mesmo que pessoas ou instituições sejam punidas por atos racistas, a responsabilização não reduz as desigualdades. II.Acontece quando as instituições públicas ou privadas agem de maneira racista, concedendo privilégios a determinados grupos sociais e desvantagens para outros. III.Se refere a atitudes de discriminação e preconceitos raciais praticadas por indivíduos contra indivíduos. É característica do racismo estrutural o indicado na(s) afirmativa(s): a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III. 10. (FUNDATEC/PROCERGS/2023) Para Fornaziera et al. (2022), deve-se discutir o racismo como constitutivo e ineliminável da questão social no Brasil, reafirmando a necessidade desse debate no âmbito da formação e do trabalho profissional de assistentes sociais. Sobre a temática, assinale a alternativa correta. a) Qualquer análise que se proponha crítica, séria e em uma perspectiva de totalidade histórica pode ser feita descolada das particularidades sócio-históricas brasileiras. b) Não podemos perder de vista que as desigualdades sociais e de classe, no Brasil, são estruturadas e mediadassomente pelas desigualdades raciais. c) Compreender criticamente a realidade na qual intervimos como assistentes sociais pressupõe apreendermos os fundamentos da produção social dessa desigualdade, que assenta raízes no processo de construção social da noção de raça e, a partir disso, instaurou-se uma divisão social do trabalho, sendo a estratégia utilizada para dinamizar o processo de acumulação e desenvolvimento capitalista na Europa. d) O racismo e o sexismo são nexos estruturantes das desigualdades de classe no Brasil, haja vista nossa formação sócio-histórica calcada no escravismo colonial, no racismo e no heteropatriarcado. São as populações socialmente racializadas, em especial os homens, que sofrem diretamente os rebatimentos de todas essas assimetrias. e) O racismo é peça indispensável para o capitalismo, pois é o elemento que une a máquina de exploração e dominação do capital sobre os corpos racializados e também o sustentáculo de profundas iniquidades históricas vivenciadas pela maioria da população no país, que é constituída de negros e negras. 11. (CEBRASPE - adaptada/MPE-SC/2023) Analise as assertivas abaixo quanto à questão étnico- racial: I - Negar ou obstar emprego em empresa privada, em razão da raça do candidato à vaga, constitui racismo institucional. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://brasildedireitos.org.br/atualidades/o-que-racismo-estrutural 6 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda II - O racismo recreativo consiste em ofensas raciais proferidas supostamente como piadas ou brincadeiras, em contexto de descontração, diversão ou recreação. III - Anúncio de emprego para empregada doméstica, em jornal de grande circulação, que contenha como item desejável “pele clara e boa aparência” é considerado uma manifestação de racismo ambiental. IV - Ações afirmativas são políticas públicas que têm por objetivo endossar discriminações étnicas, raciais, religiosas, de gênero, de classe, entre outras, a favor de grupos que sofreram ou sofrem exclusão socioeconômica, sendo exemplo de ação afirmativa, nesse sentido, a atual política de cotas raciais para ingresso em universidades públicas brasileiras. No que se refere às assertivas, é correto dizer que a) todas estão corretas b) todas estão erradas c) I e II estão corretas d) I, II e IV estão corretas e) I, II e III estão corretas 12. (FGV/FHEMIG/2023) A pauta socioambiental está nas mesas de debates e expressões como injustiça ambiental ganham mais espaço nos diálogos. Elas sinalizam a dificuldade de promover adaptação às mudanças climáticas. No Brasil, esse debate teve impulsos recentes: a tragédia no Litoral Norte de São Paulo, durante o Carnaval de 2023, quando um temporal histórico deixou rastro de mais de 60 mortos e quase duas mil pessoas desabrigadas, em uma região que fora negligenciada quanto aos riscos de deslizamentos; e uma enchente histórica que deixou cidades do Acre isoladas e moradores sem acesso aos serviços básicos, em março do mesmo ano. “Programas ambientais precisam levar em conta racismo ambiental e justiça climática”, in https://www.jota.info/ (Adaptado) Com base no trecho e nos exemplos de desastres socioambientais citados, assinale a afirmativa que interpreta corretamente o sentido da expressão injustiça ambiental. a) Os eventos extremos afetam mais as populações historicamente excluídas. b) A vulnerabilidade social, na avaliação dos impactos de desastres ambientais, é uma variável indiferente. c) Os agentes ambientais e climáticos extremos afetam igualmente toda a população da região por eles acometida. d) Os fenômenos naturais penalizam mais os grupos que vivem em áreas rurais do que os que vivem em regiões urbanas. e) As populações marginalizadas são as principais causadoras dos impactos desastrosos da crise climática. 13. (FUNDEP/Pref. Uberlândia/2023) “A crise climática é também humanitária e tem impacto direto na vida das populações negras, quilombolas e indígenas! [...] Uma vez que os mais ricos ocupam zonas arborizadas e cuidadas, [...] para os mais pobres é perversamente destinado ocupar as áreas marcadas por constantes deslizamentos e alagamentos no período chuvoso, escancarando o racismo ambiental presente na cidade (Recife), que culminou nas mais de 130 mortes ano passado (2022) [...].” Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/opiniao/2023/06/05/por-que-a-questao-das- mudancas-climaticas-tem-preocupado-a-juventude.htm. Acesso em: 5 jun. 2023. A afirmativa de que “a crise climática é também humanitária”, conforme apresentado na matéria, indica que a) a crise climática afeta as populações mais pobres, livrando as mais ricas, que ocupam espaços salutares. b) a distribuição dos locais de habitação nas cidades leva em conta o perfil racial dos habitantes. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 7 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda c) as formas de ocupação das cidades têm relação direta com as condições materiais de existência de seus habitantes. d) os desastres que afetam os mais pobres são derivados de escolhas incorretas para os locais de moradia. 14. (FGV/CM Fortaleza/2024) A Constituição Federal dispõe que a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível. Sobre as diversas formas de racismo, analise os itens a seguir: I. Racismo institucional; II. Racismo religioso; III. Racismo reverso; IV. Racismo ambiental. Constitui tipo de racismo o que se apresenta em a) I, III e IV, apenas. b) I, II e III, apenas. c) I e III, apenas. d) I, II e IV, apenas. e) I, II, III e IV. 15. (FGV/CD/2024) No Brasil, racismo estrutura as desigualdades Não há país democrático quando não há direitos humanos para mais da metade da população. Nunca é demais enfatizar o peso, o papel preponderante do racismo na estruturação das imensas desigualdades existentes neste país, que, aliás, se destaca mundialmente nesse quesito. (Trecho de artigo de Cida Bento, em parceria com o jornalista Flávio Carrança, da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial - SP, para o Jornal Folha de São Paulo, 30/08/2023.) Sobre a pauta racial é correto afirmar que a) a Convenção Interamericana contra o Racismo, Discriminação Racial e Formas correlatas de intolerância não tem status formal de emenda à Constituição nº 405. b) não podemos considerar como discriminação odiosa as medidas especiais ou ações afirmativas que têm como objetivo assegurar a igualdade material para pessoas pertencentes à um grupo específico. c) o racismo ambiental é um conceito que não merece respaldo pela doutrina já que desastres e catástrofes ambientais são imprevisíveis e afetam da mesma maneira os cidadãos. d) a Convenção de Durban trouxe avanços sobre as formas de intolerância latu sensu. e) a violência obstétrica e apresenta na mesma proporção entre mulheres negras e brancas. 16. (CESGRANRIO/BANRISUL/2023) Um militante político atua em vários movimentos buscando a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos, independentemente da origem social ou de qualquer outro critério que não considere o mérito pessoal e as qualificações para atuar em qualquer cargo, emprego ou função. Para reforçar seus projetos, organiza um núcleo no setor bancário, responsável por identificar oportunidades de inserção da comunidade negra no mercado financeiro. Nos termos da Lei Federal nº 12.288, de 20 de julho de 2010, os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das desigualdades raciaise para a promoção da igualdade de oportunidades são considerados ações a) Discriminatórias b) Alocativas c) Afirmativas d) Preferenciais e) libertárias https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 8 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda 17. (CESGRANRIO/IPEA/2024) FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Racismo Estrutural e Segurança Pública: caminhos para a garantia do direito às vidas negras. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2023. Nota Técnica, 20 nov. 2023. Disponível em: https:// forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2023/11/nota-tecnica-desigualdade-racial-2023.pdf. Acesso em: 27 dez. 2023. Adaptado. De acordo com dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou 4.944 ocorrências de crimes resultantes do racismo em 2022. Esse valor é 35% maior em relação a 2021, o que indica a necessidade de medidas que possam reverter a tendência de crescimento desses crimes, como indicado na conferência mundial contra o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata, ocorrida em 2001, em Durban na África do Sul. Os conteúdos da declaração e do programa de ação aprovados nessa conferência reconhecem. a) a identidade étnica, cultural, linguística e religiosa dos africanos e afrodescendentes como passível de homogeneização cultural, e afirmam que as pessoas pertencentes a tais grupos devem ser tratadas de modo diferenciado para gozarem dos seus direitos humanos e liberdades fundamentais, livres de racismo e discriminação racial. b) a doutrina de superioridade racial como cientificamente falsa, moralmente condenável e socialmente injusta e perigosa, e afirmam que devem ser consideradas apenas se, juntamente com teorias que determinam a existência de raças humanas distintas, apontar suas peculiaridades e necessidades específicas. c) a discriminação racial, a xenofobia e a intolerância correlata que ocorrem com base na raça, cor, descendência, origem nacional ou étnica, e afirmam que elas independem de múltiplas formas de discriminação calcadas em outros aspectos, como sexo, língua, religião, opinião política ou de origem social, propriedade, nascimento e outros. d) a religião e as crenças como contribuições para a promoção da dignidade e dos valores inerentes à pessoa humana, e afirmam a necessidade de adaptação das crenças religiosas relativas à origem racial ou étnica dos africanos e afrodescendentes para evitar discriminação racial, intolerância religiosa, atos hostis e de violência. e) o valor e a diversidade da herança cultural dos africanos e afrodescendentes, e afirmam a importância e a necessidade de que seja assegurada sua total integração à vida social, econômica e política, visando a facilitar sua plena participação em todos os níveis dos processos de tomada de decisão. 18. (CESGRANRIO/IPEA/2024) O Atlas da Violência é um documento que busca retratar a violência no Brasil principalmente a partir dos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), ambos do Ministério da Saúde. Os dados referentes ao ano de 2021 e divulgados em 2023 mostram que na contramão da diminuição de homicídios no país, em se tratando dos grupos sociais politicamente minoritários, o período recente foi marcado pelo recrudescimento da violência letal contra negros, indígenas e mulheres. [...] Entre 2012 e 2021, a taxa de homicídios de mulheres mortas dentro da residência cresceu 4,72%, ao passo que a taxa de mulheres vítimas de homicídio fora da residência teve queda de 31,1%. [...] Por fim, é importante salientar o recrudescimento recente da desigualdade na letalidade entre https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 9 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda mulheres negras e não negras. A taxa de mortalidade por homicídio de mulheres negras foi de 4,3 por 100 mil mulheres negras, e a taxa entre não negras foi de 2,4 por 100 mil, ou seja, mulheres negras morrem 1,8 vezes mais do que as não negras por homicídio. Entre 2020 e 2021, enquanto a taxa de homicídios para mulheres negras cresceu 0,5%, entre as mulheres não negras houve redução de 2,8%. CERQUEIRA, Daniel; BUENO, Samira (coord.). Atlas da violência 2023. Brasília, DF: Ipea; FBSP, 2023, p. 4; 9-10. DOI: https://dx.doi.org/10.38116/ riatlasdaviolencia2023. Sumário Executivo. Disponível em: https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/12614/1/Livro_RI_Atlas_da_ Violencia_2023_sumario_executivo.pdf. Acesso em: 29 dez. 2023. Adaptado. A partir dos dados do texto, observa-se que a(o) a) violência generalizada, no Brasil, é um problema endêmico, que vitimiza de forma equivalente vários setores da sociedade, de forma que homens e mulheres, negros e não negros, sistematicamente padecem de seus efeitos. b) violência de gênero segue sendo um grande problema no país, ainda que os assassinatos de mulheres ocorridos em suas residências, isto é, perpetrados, em sua maioria, por companheiros ou familiares, tenha decrescido de forma significativa nos últimos anos. c) democracia racial, isto é, o estado de plena igualdade entre as pessoas, independentemente de raça, cor ou etnia, fica evidenciada nos dados do texto, na medida em que não se vê um viés de raça no aumento da vitimização de pessoas no Brasil. d) diminuição de homicídios no país teve efeitos nos grupos sociais politicamente minoritários, que se beneficiaram, no período recente, pela queda da violência letal contra negros, indígenas e mulheres. e) risco aumentado de pessoas negras, se comparado a pessoas não negras, sofrerem violência, relaciona-se com o processo histórico brasileiro, que, marcado pelo colonialismo e a escravidão, concorreu para a deletéria naturalização da exclusão social, da discriminação e da subalternidade dos negros na sociedade em nosso país. 19. (RENATO LACERDA/CNU/2024) Obra consagrada por tratar de questões raciais e populares no século XIX, a tela A Redenção de Cam, de Modesto Brocos (1852-1936), ainda hoje suscita polêmicas, sobretudo no que se refere a sua recorrente utilização como ilustração em teses favoráveis ao branqueamento da população brasileira. Analisando a obra e os temas a ela correlatos no que se refere às questões raciais, é possível destacar discussões contemporâneas como: a) A exclusão social de minorias étnicas em contextos urbanos, como manifestada nas políticas de gentrificação que impactam comunidades tradicionais. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 10 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda b) O êxito das políticas públicas atuais em promover a igualdade racial, refletida na implementação de ações afirmativas como cotas em universidades públicas e concursos públicos. c) A representação de mulheres negras em posições de liderança política, comparando com o papel histórico das mulheres durante o período escravocrata no Brasil. d) O debate sobre a identidade nacional e o multiculturalismo, considerando a diversidade étnica e cultural na formação da sociedade brasileira. e) A influência das teorias eugenistas nas ciências sociais contemporâneas, especialmente em áreas como políticas públicas e ciência política. 20. (CESGRANRIO/SEEC-RN/2024) Nas condições econômicas e sociais favoráveis ao masoquismo e ao sadismo criadas pela colonização portuguesa - colonização,a princípio, de homens quase sem mulher - e no sistema escravocrata de organização agrária do Brasil; na divisão da sociedade em senhores todo-poderosos e em escravos passivos é que se devem procurar as causas principais do abuso de negros por brancos, através de formas sadistas de amor que tanto se acentuaram entre nós; e em geral atribuídas à luxúria africana. FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala. Rio de Janeiro: Editora Record, 1994. p. 321. O texto acima auxilia na desconstrução de uma ideia, comumente atribuída à obra de Gilberto Freyre, e que é apontada por muitos como o mito da(o) a) democracia política b) democracia racial c) harmonia cultural d) equilíbrio de antagonismos e) antagonismo de contrastes 21. (CESGRANRIO/SEAD-AM/2005) O reconhecimento social do Brasil como um país de democracia racial é: a) consensual, pois todos defendem que há igual nível de cidadania entre brancos e negros/pardos. b) consensual, dado que nenhuma esfera de governo reconhece as desigualdades existentes. c) polêmico, porém nada é feito para mudar tais desigualdades. d) polêmico, com discurso antirracista do governo federal e a inclusão de algumas ações de políticas afirmativas. e) inteiramente rejeitado, com ampla consciência das desigualdades raciais/étnicas e adoção ampla de políticas afirmativas. 22. (CESGRANRIO/SEDUC-SP/2010) Cida, uma mulher negra, é contratada para cuidar de Estela,uma velha de 80 anos, que mora sozinha e é extremamente racista. Estela, a patroa, começa tripudiando em cima de Cida por ela ser negra. A relação entre elas fica bastante tumultuada, mostrando rivalidade entre as duas por causa da cor da pele. Cida atura a tudo em silêncio e com humildade, por precisar do dinheiro. Um dia ela decide se vingar de Estela usando o próprio jogo de xadrez, com o qual Estela mostrava sua discriminação, preconceito racial e diversidade cultural e, não raro, dizia: “Presta muita atenção, neguinha, porque só vou te ensinar uma vez. O objetivo desse jogo é tomar o rei do adversário, que é a peça principal. As peças que valem menos são essas daqui,o peão. Peão é a mesma coisa que empregada doméstica,não vale nada.” Seu preconceito se expressava simbolicamente até na escolha das pedras: brancas para ela e pretas para Estela. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 11 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda (O Xadrez das Cores. Filme de Ficção de Schiavon, 2004, 22min.). Tendo como referência o texto, assinale a alternativa que esclarece a noção de racismo como uma doutrina que a) prega a existência de raças humanas, com diferentes qualidades e habilidades, estabelecendo uma hierarquia entre elas com base em qualidades morais, psicológicas, físicas e intelectuais. b) prega a existência de raças humanas com as mesmas qualidades e habilidades, ordenadas de forma a garantir a igualdade entre as pessoas. c) afirma a existência de uma democracia racial. d) reconhece a existência de diferentes qualidades morais, psicológicas, físicas e intelectuais entre as raças. e) discute as minorias étnicas nas representações de classe social. 23. (CESGRANRIO/PETROBRAS/2010) Sabe-se que, no Brasil, há um racismo camuflado, o que é uma mentalidade tão perigosa quanto aquela que é assumida e declarada. O racismo camuflado é traiçoeiro e pode se manifestar tanto nos regimes autoritários quanto nas democracias. De forma geral, no Brasil, as desigualdades sociais diminuíram, mas persistem as disparidades raciais. Por exemplo, pelos dados do IBGE, em 2008, 20,8% de estudantes brancos de 18 a 25 anos estavam matriculados no ensino superior, enquanto os negros eram apenas 7,7%. A associação das informações entre os quadros acima, considerando o ponto de vista antropológico e social, aponta para a conclusão de que, no Brasil, a) a índole do brasileiro eliminou a discriminação racial. b) em todos os segmentos sociais, há igualdade de oportunidades. c) a propalada democracia racial, no país, confirma o sucesso da mestiçagem. d) o mito da democracia racial é uma realidade associada às desigualdades sociais. e) as ações afirmativas contra o racismo não trazem mudanças na redução de desigualdades. 24. (CESGRANRIO/EPE/2010) É dramática a situação das comunidades quilombolas brasileiras. [...] Para resgatar a dívida histórica da nação com essas comunidades e garantir para as presentes e futuras gerações a preservação da sua cultura, a Constituição assegurou aos remanescentes dos quilombos o direito à propriedade das terras que ocupam (art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). [...] As forças hegemônicas têm conseguido sabotar a aplicação da Constituição nesse tema. [...] No Supremo Tribunal Federal (STF) está em julgamento uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, [...] que, se acolhida, poderá agravar ainda mais o quadro. A ação questiona o Decreto 4887/03, que disciplinou o procedimento de reconhecimento das terras quilombolas. [...] O quadro é desalentador. A Constituição rompeu com a invisibilidade dos quilombolas, [...] mas só isso não basta. SARMENTO, Daniel. Os Deserdados. Jornal O Globo, 29 dez. 2013, p.18. A partir do texto, considerando que o rompimento com a invisibilidade dos quilombolas não basta para assegurar a cidadania plena a esses deserdados da terra, é fundamental que o(s) a) Supremo Tribunal Federal considere inconstitucional o Decreto 4.887/03. b) executivo crie instrumentos para inibir os avanços na legislação sobre o tema. c) quilombolas criem condições de luta pela terra por meio de invasões. d) poderes do Estado atuem para concretizar os direitos já estabelecidos em lei. e) parlamentares legislem contra a legalidade dos direitos das minorias étnicas do país. 25. (CESGRANRIO/IPEA/2024) Considere o texto a seguir sobre a situação dos quilombolas. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 12 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda A Constituição Federal de 1988 estabelece o direito à propriedade aos remanescentes das comunidades de quilombos que ocupem suas terras, cabendo ao Estado o dever de emissão dos títulos de propriedade. Essas terras ficaram conhecidas como Territórios Remanescentes de Comunidades Quilombolas. [...] De fato, apenas em 2003, o processo de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos foi regulamentado, tendo como órgão responsável na esfera federal o Incra. GONÇALVES, G. Acesso à água de famílias quilombolas inscritas no cadúnico e aspectos associados. Dissertação de Mestrado. Brasília: Ipea, 2021. p. 6. Adaptado. Pela primeira vez na história, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) investigou integrantes dos povos e comunidades tradicionais. De acordo com dados do Censo 2022, a população quilombola do país é de 1,32 milhão de pessoas, ou 0,65% do total de habitantes do país. A elaboração de uma política pública voltada à comunidade quilombola deve incorporar o seguinte dado socioespacial: a) todas as unidades federadas contêm territórios quilombolas. b) a maioria da população quilombola reside em terras tituladas. c) o Nordeste concentra mais da metade do total de quilombolas. d) a maioria quilombola vive em territórios oficialmente delimitados. e) o Norte detém a maioria de quilombolas em territórios delimitados. 26. (CESGRANRIO/EPE/2012) Há um processo que, na prática, se reflete na monoculturização ambiental e social do espaço,e que pode ser gerado quando o Estado se alia aos segmentos do capital contra grupos, como, por exemplo, os dos quilombolas e os dos indígenas. Tal processo é denominado a) acumulação de capital b) acumulação por espoliação c) mão invisível d) mais-valia e) mais-valia discriminatória 27. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/2012) No Brasil, os povos e as comunidades tradicionais correspondem aos grupos culturalmente diferenciados, que possuem formas próprias de organização social e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica. As populações tradicionais, cujo estilo de vida é baseado em atividades de pesca, na faixa litorânea do sudeste e sul do Brasil, compostas principalmente por mestiços de indígenas e colonizadores europeus, são denominadas a) caboclos b) caipiras c) caiçaras d) varjeiros e) quilombolas 28. (CESGRANRIO/EPE/2014) Além das populações indígenas e dos quilombolas, há, no Brasil, uma diversidade enorme de povos tradicionais. Observe as características de dois deles nos quadros abaixo. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 13 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda Quadro I - Comunidades formadas pela miscigenação dos colonizadores portugueses com os indígenas que viviam à beira-mar, no Sudeste e no Sul. - São povos do litoral que vivem entre o mar e a floresta, alimentam-se da pesca artesanal , do plantio de algumas espécies vegetais e do extrativismo. - Atualmente, a população está perdendo sua identidade e cultura, principalmente pelo turismo e a especulação imobiliária. Quadro II - São descendentes de portugueses e se estabeleceram no litoral de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, a partir de meados do século XVIII. - Desenvolveram traços culturais próprios, resultados da miscigenação com negros e índios. - Ao se fixarem, começaram a combinar a pesca e a agricultura como modo de vida. - Desenvolveram a pesca de baleias, que passou a ser importante suporte da economia do litoral do sul do Brasil As informações apresentadas nos Quadros I e II correspondem, respectivamente, aos a) caiçaras e aos açorianos b) povos de terreiro e aos cipozeiros c) apanhadores de flor e aos jangadeiros d) faxinalezes e aos marisqueiros e) geraizeiros e aos caipiras 29. (CESGRANRIO/SEDUC-TO/2009) O contato entre indígenas e europeus durante a colonização da América tem sido recentemente alvo de novas abordagens historiográficas. De acordo com a pesquisadora Maria Regina Celestino, “Em nossos dias, as novas propostas teóricas da antropologia e da história, disciplinas que ao se aproximarem desenvolvem e ampliam a noção de cultura, têm permitido uma outra compreensão das relações de contato entre índios e europeus, de suas experiências no interior dos aldeamentos e, consequentemente, da própria história indígena do Brasil.” CELESTINO, Maria Regina. Identidades étnicas e culturais: novas perspectivas para a história, In: Martha Abreu e Rachel Soihet (orgs.). Ensino de história: temática, conceitos e metodologia. Rio de Janeiro. Casa da Palavra. 2002. p. 28. Considerando essa perspectiva, a política portuguesa de formação das aldeias resultou em a) relativa integração dos indígenas à sociedade colonial. b) total independência e controle dos índios sobre seus territórios. c) extermínio dos povos nativos pelos jesuítas. d) política dirigida ao esvaziamento das comunidades quilombolas. e) estímulo da Coroa às atividades bandeirantes. 30. (CESGRANRIO/UNEMAT/2024) No Brasil, a violação dos direitos humanos se expressa por meio de homicídios, chacinas, sequestros e desaparecimentos, atingindo integrantes de movimentos dos trabalhadores sem-terra, sem-teto, crianças, adolescentes, mulheres, negros, travestis, transgêneros, quilombolas, indígenas, ou seja, por vários tipos de violências. Com isso, crescem os movimentos que lutam contra todas as formas de exploração, dominação, opressão e discriminação. Sob a perspectiva do projeto ético-político vigente, o debate sobre os direitos humanos deve https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 14 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda a) conceber o homem como um ser universal abstrato e portador de direitos destituídos de seus condicionantes históricos. b) considerar que a constituição dos direitos é determinada por uma essência metafísica ou natural que transcende a história. c) encarar os direitos como naturais e com particularidades históricas imunes às determinações de classe. d) compreender os direitos como parte de uma essência humana universal, imutável e predeterminada à história. e) tomar os direitos como valor ético-político e forma histórica de realização de valores e necessidades. 31. (CESGRANRIO/EPE/2014) A questão indígena é, historicamente, um problema de Estado. Guerra, escravização, confinamento territorial, miscigenação forçada, aculturação, tutela de direitos. Formas com que os estados nacionais foram lidando com o seu problema. Inimigos da Coroa, desprovidos de alma, traidores do imperador, óbices aos objetivos nacionais permanentes, ameaça à integridade do território e à soberania do Brasil. Todas essas qualificações e muitas outras foram atribuídas pelo Estado aos índios. SANTILLI, Márcio. Os Brasileiros e os Índios. São Paulo: Senac, 2000, p.11-12. De acordo com o texto, no Brasil, a relação com os índios, além de ser um problema de Estado, é também um problema na relação com a(o) a) sociedade nacional b) atuação da política local c) diversidade cultural regional d) complexidade na identidade continental e) desempenho econômico dos estados 32. (FGV/Pref.SP/2023) “Qualquer pessoa familiarizada com os manuais de sociologia clássica é capaz de recitar de cor os pensadores canônicos apontados como os pais fundadores das ciências sociais. Os autores que compõem esse cânone, apesar de pequenas variações, têm uma característica comum: todos são homens”. Adaptado de DAFLON & SORJ (org.s). Clássicas do pensamento social: mulheres e feminismos no século XIX. RJ: Rosa dos Tempos, 2021, p. 9. Para as autoras, a ausência de mulheres entre os pensadores que delimitaram o campo teórico da teoria social no século XIX deve ser explicada: a) pela subordinação e opressão das mulheres na sociedade patriarcal, impedindo-as de se apropriarem dos meios necessários para produzir teoria social. b) pelo desinteresse feminino por temas epistemológicos relativos às grandes transformações socioeconômicas, preferindo temas da vida privada. c) pela posição subalterna ocupada pelas mulheres na sociedade, confinando-as ao lar, à função de esposa e mãe e ao trabalho precarizado. d) pelo modo como as ciências sociais foram institucionalizadas por sociólogos homens, elegendo autores e temas que excluíram investigações ligadas à questão de gênero. e) pela dificuldade de investigar a produção intelectual feminina, estando ausente dos arquivos públicos que privilegiavam testemunhos oficiais. 33. (IBFC/SEC-BA/2023) A contínua elevação dos índices de violência contra a mulher e a privação de direitos legais demonstram que ainda é grande a necessidade de uma política pública de igualdade de gênero no Brasil que trate de forma desigual aos desiguais, na medida de suas desigualdades. Leia as afirmações abaixo: https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso15 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda I. “Pobreza menstrual” é um conceito que compreende desde a falta de absorventes higiênicos, até a falta de conhecimento sobre o ciclo menstrual e de infraestrutura sanitária necessária à higiene íntima. II. Um dos pilares dos Movimentos pela Igualdade de Gênero em todo o mundo é a reinvindicação por isonomia salarial. No Brasil, apesar da garantia de igualdade estar disposto em lei desde 1952 ainda se verifica, em 2022, que mulheres recebem, em média, 22% à menos do que os homens. III. A população LGBTQIA+ têm sido historicamente vítima de discriminação estrutural, estigmatização, violência e violação de seus direitos fundamentais. Com o intuito de minimizar o constrangimento e possibilitar o direito à construção de identidade, o uso do Nome Social está garantido em lei desde 2016. Assinale a alternativa que não apresenta o entendimento correto sobre política pública de igualdade de gênero. a) Políticas públicas de igualdade de gênero devem possuir capacidade para enfrentar a injustiça socioeconômica, expressada na distribuição injusta de bens e recursos b) Políticas públicas de igualdade de gênero devem combater as injustiças legais e culturais que se manifestam no domínio social c) Políticas públicas de igualdade de gênero devem promover proporcionalidade representativa nos órgãos legislativos e normativos d) A elaboração de políticas públicas de igualdade de gênero deve garantir a ampla participação popular na identificação e definição dos problemas, na formulação, na implementação e na avaliação das políticas implantadas e) Políticas públicas de igualdade de gênero devem garantir a igualdade total entre homens e mulheres no que diz respeito aos aspectos da vida cotidiana, do tratamento legal e profissional 34. (CESGRANRIO/PREF.MANAUS/2004) A professora Vânia costuma circular pela escola com seus alunos distribuídos em duas filas: uma de meninos e outra, de meninas. Em sala de aula, quando realiza um jogo didático, a competição se faz também entre meninas e meninos. Quando precisa dar um exemplo prático sobre algum conteúdo, se for um aspecto que evoque fragilidade e ternura, vale-se de situações da vida das meninas; se evocar vigor e agressividade, utiliza-se de situações que acredita serem do universo dos meninos. Práticas cotidianas comuns, como as descritas no caso acima, ilustram um tipo de discussão sobre o currículo que questiona a forma como as diferenças de gênero são tratadas na escola. Esta discussão, caracteristicamente crítica, aponta que o currículo escolar vivido desta forma: a) desfaz as práticas e concepções sexistas e competitivas, enfatizando a necessária igualdade entre os gêneros. b) estimula que os alunos explicitem suas dúvidas acerca da sexualidade e expõe o debate sobre as diferentes opções neste campo. c) constrói destinos sociais e produz identidades de gênero marcadas por diferenciação hierárquica, pouco contribuindo para a formação de vínculos de solidariedade. d) respeita a pluralidade cultural e evita a exclusão de alunos dos ambientes onde forçosamente seriam discriminados. e) demonstra que os problemas sociais advindos das diferenciações de gênero já foram superados no interior da escola, a partir da introdução de um currículo crítico. 35. (FGV/Pref. SP/2023) Segundo a filósofa Judith Butler, o gênero é performático. “Esses atos, gestos e realizações são performativos no sentido de que a essência ou a identidade que pretendem afirmar são invenções fabricadas e preservadas mediante signos corpóreos e outros meios discursivos. O fato de que o corpo com gênero seja performativo mostra que não tem uma posição ontológica distinta dos diversos atos que conformam sua realidade”. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 16 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda Adaptado de BUTLER, J. El género en disputa. El feminismo y la subversión de la identidad. Barcelona: Paidós, 2007, p. 266. Com base no trecho, analise as afirmativas a seguir a respeito do conceito de “performatividade de gênero” e assinale F para a falsa e V para a verdadeira. ( ) Questiona a suposição de existir uma essência para os gêneros e refuta a adoção de modelos substancialistas de identidade. ( ) Sustenta a edificação do gênero mediante a repetição de atos regulados por uma normatividade que pressupõe uma continuidade entre gênero, sexo e desejo. ( ) Afirma que homens e mulheres se comportam de modo específico em função de sua natureza masculina e feminina, para marcar a própria subjetividade por gestos, falas e comportamentos. Assinale a opção que indica a sequência correta, na ordem apresentada. a) V – V – F. b) V – F – V. c) F – V – V. d) F – V – F. e) V – V – V. 36. (AOCP/SED-MS/2022) Judith Butler é reconhecida como uma das mais importantes autoras sobre os estudos de gênero. Assinale a alternativa que corresponde às proposições teóricas dessa autora. a) A ideia de performatividade de gênero. b) A ideia do ciborgue, uma criatura pós-gênero. c) A ideia do contrato heterossexual. d) A ideia de mulheres redefinindo a diferença. e) A ideia do espírito da autodefinição. 37. (FGV/CSJT/2023) Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no segundo trimestre de 2022, enquanto os homens não negros (= brancos + amarelos + indígenas) receberam a remuneração mensal média de R$ 3.708,00, as mulheres não negras (= brancas + amarelas + indígenas) receberam R$ 2.774,00, os homens negros (= negros + pardos) receberam R$ 2.142,00 e as mulheres negras (= negras + pardas), R$ 1.715,00. Com base nesses dados, é correto afirmar que: a) a igualdade salarial entre homens e mulheres não é objeto de convenções internacionais de direitos humanos; b) as diferenças de remuneração são resultantes de escolhas pessoais quanto aos estudos e à profissão escolhida ao longo das gerações e, por isso, não importam aos direitos humanos sociais; c) as desigualdades no mercado de trabalho vão se diluir com o decorrer do tempo em razão do princípio da igualdade formal e, por isso, não há necessidade de outros mecanismos jurídicos para enfrentá-las; d) as diferenças de remuneração apenas refletem o número de horas trabalhadas por integrantes de cada grupo social, o que demonstra o mérito de cada um, afastando a legitimidade de políticas especiais e ações afirmativas; e) a desigualdade salarial pode ser melhor compreendida a partir do conceito da discriminação múltipla ou agravada, que encontra fundamento na Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 17 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda 38. (CESGRANRIO/SEDUC-TO/2009) Em uma conversa, uma mãe reproduziu para sua filha uma frase célebre da filósofa francesa Simone de Beauvoir: — Filha, “ninguém nasce mulher: torna-se mulher”. Estudiosos do conceito de gênero, ao ouvirem a fala da mãe, apresentaram as reflexões abaixo. I - O pensamento de Beauvoir é um reflexo dos estudos de gênero empreendidos pela fenomenologia ao final do século XIX. II - A frase é produto de um inventário, empreendido pelos humanos, a respeito da história das relações de produção e distribuição nas sociedades, manifestada na forma da luta de classes. III - Por meio da autora os princípios do existencialismoforam aplicados à experiência de vida da mulher, dando relevo ao feminismo. É(São) condizente(s) com os estudos do conceito de gênero a(s) reflexão(ões): a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 39. (CESGRANRIO/IPEA/2024) O feminismo dos anos 80 se centra no tema da diversidade entre as mulheres. Esse feminismo se caracteriza por criticar o uso monolítico da categoria “mulher” e se centra nas implicações práticas e teóricas da diversidade de situações em que vivem as mulheres. Essa diversidade afeta as variáveis que interatuam com a de gênero, tais como país, etnia e preferência sexual. GARCIA, C. C. Breve história do feminismo. São Paulo: Claridade, 2011. p. 94. A interseccionalidade aludida no trecho acima caracteriza a(o) a) chamada “primeira onda” do feminismo, com reivindicações como direito ao trabalho, ao voto e à ocupação de cargos públicos. b) dita “segunda onda” do feminismo, com a ideia central de que a condição feminina é cultural e não natural. c) referida “terceira onda” do feminismo, que busca abranger um olhar multicultural para os vários modos de pertencer à condição feminina. d) feminismo liberal de Betty Friedan, com seu diagnóstico do mal-estar ocasionado às mulheres pela “mística feminina”. e) momento de falência da militância feminista, que perde relevância nas dinâmicas políticas contemporâneas. 40. (CESGRANRIO/IBGE/2013) As geografias feministas buscam superar os marcos da exclusão das mulheres dos altos escalões da disciplina geográfica organizada e da agenda de pesquisa que durante longo tempo ignorou a existência dessas geografias. A teoria feminista e a geografia feminista cresceram juntas. Um dos tipos de feminismos incorporado à geografia está centrado em concepções neopositivistas da objetividade as quais eliminam, supostamente, interesses sociais, valores e emoções de suas considerações, bem como se alinha a teorias produzidas por um observador racional e que são universalmente aplicáveis. Muitas das vezes, tal feminismo é criticado como uma ideologia burguesa. PEET, R. Modern geographical thought. Oxford: Blackwell, 2006, p. 247 e 251. Adaptado. No texto acima, menciona-se o seguinte tipo de feminismo: a) Liberal b) Radical https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 18 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda c) Marxista d) Socialista e) Pós-moderno 41. (INEP/ENEM/2015) Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino. BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. Na década de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir contribuiu para estruturar um movimento social que teve como marca o(a) a) ação do Poder Judiciário para criminalizar a violência sexual. b) pressão do Poder Legislativo para impedir a dupla jornada de trabalho. c) organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero. d) oposição de grupos religiosos para impedir os casamentos homoafetivos. e) estabelecimento de políticas governamentais para promover ações afirmativas. 42. (IAUPE/Pref. SJCG/2023) Heleieth Iara Bongiovani Saffioti foi uma socióloga marxista, professora, estudiosa da violência de gênero e militante feminista brasileira. Escreveu diversas obras sobre gênero, classe, violência e relações de poder na sociedade capitalista. Uma de suas obras bastante difundida, intitulada “Gênero, Patriarcado e Violência” discorre sobre as violências perpetradas contra as mulheres no Brasil, realizando algumas análises conceituais. Nesse sentido, analise as afirmativas abaixo quanto aos conceitos/categorias gênero, sexismo e patriarcado, de acordo com a autora: I. O sexismo não é somente uma ideologia; reflete, também, uma estrutura de poder, cuja distribuição é muito desigual, em detrimento das mulheres. II. O conceito de gênero explicita, em sua totalidade, as igualdades entre homens e mulheres. III. Cada feminista enfatiza determinado aspecto do gênero, havendo um campo, ainda que limitado, de consenso: o gênero é a construção social do masculino e do feminino. IV. O patriarcado refere-se a milênios da história mais próxima, nos quais se implantou uma hierarquia entre homens e mulheres, com primazia masculina. Está CORRETO o que se afirma em a) I, II e III, apenas. b) I, III e IV, apenas. c) III e IV, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II, III e IV. 43. (UFPA/FAPESPA/2014) Em sociologia, entende-se por relações de gênero as interações socialmente padronizadas entre homens e mulheres como reflexo das diferentes posições de status, poder e prestígio na sociedade. Sobre as relações de gênero, assinale a alternativa CORRETA. a) As diferenças entre homens e mulheres manifestam-se no plano social como característica de predisposições genéticas, o que se reflete, por exemplo, no mercado de trabalho em que há grande desigualdade de renda entre mulheres e homens. b) O desenvolvimento psicológico das mulheres e as condições sociais em que são socializadas favorecem a integração ao seu sexo. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 19 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda c) A violência masculina contra as mulheres tende a ser alta quando os homens são socialmente menos poderosos do que as mulheres e baixa quando existe maior igualdade. d) Com as conquistas recentes pelo movimento feminista, as mulheres deixaram de ser vítimas de preconceitos e discriminações reforçadas por papéis de gênero culturalmente estabelecidos. e) As responsabilidades desproporcionais assumidas pelas mulheres, na esfera doméstica, e a concentração das mesmas em ocupações com baixa remuneração influencia diretamente na desigualdade de renda entre homens e mulheres. 44. (INEP/ENEM/2022) O ápice da ilustração se traduz por uma conduta social caracterizada pela a) cultura do cancelamento. b) prática do feminicídio. c) postura negacionista. d) ação involuntária. e) defesa da honra. 45. (FGV/SEDUC-TO/2023) Um docente propõe abordar sociologicamente o estudo do movimento feminista a partir da análise da Marcha das Vadias, um protesto feminista que ocorre em várias cidades do mundo desde 2011. Ele foi criado em Toronto, em resposta à declaração de um policial de que as mulheres poderiam evitar ser estupradas se não se vestissem como sluts (vagabundas). Já em 2012, 23 cidades, de todas as regiões do Brasil organizaram marchas usando ferramentas como Facebook, Twitter, Youtube, blogs e e-mails. Com base no fenômeno da Marcha das Vadias, analise as afirmativas a seguir a respeito do corpo, da identidade e do ativismo feminista contemporâneo. I. O movimento defende o fim da violência sexual e da culpabilização da vítima, reafirmando a liberdade e a autonomia das mulheres sobre seus corpos. II. O corpo é objeto de reivindicação e é também o principal instrumento de protesto, uma vez que as manifestantes usam roupas sensuais e topless para expressar empoderamento. III. O feminismo não se define exclusivamente pela identidade sexual e biológica da mulher, por isso a marcha conta com público LGBT e homens envolvidos no debate sobre gênero. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 20 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda 46. (FGV/CM Taubaté/2022) “O que ela na verdade quer dizer é que...”. Cena de campanha da Gilette sobre mansplaining: quando um homem explica algo que foi dito por uma mulher, assumindo que ela não é capaz de dissertar sobre o assunto. Em 2019, a marca de aparelhos de barbear Gilette divulgou um novo vídeo publicitário em que fazia referência ao seu slogan clássico, The Best a Man Can Get (O melhor que um homem pode ter), reformulando-o em uma indagação: Is this the best a man can get? (É isto o melhor que um homem pode ser?). Enquanto a primeira campanha fortalecia os ideais de uma certa masculinidade – ter êxito no esporte e na carreira e formar uma família heterossexual –, a de 2019 retratou cenas de um mundo masculino intoxicado por violências: sexismo no ambiente de trabalho, assédio sexual e bullying, por exemplo. Com base no debate sobre masculinidade proposto pela campanha da Gilette, avalie as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa. ( ) A campanha aborda criticamente qualidades tradicionalmente valorizadas nos homens, como a resolução de conflitos pela força e a não demonstração de fragilidades. ( ) A campanha reconhece que as masculinidades são construídas com base em normas culturais, sociais e contextuais e que, portanto, podem ser mudadas. ( ) A campanha reflete a tendência de associar marcas a causas do ativismo social, de modo a forjar uma identidade entre o produto e um setor de consumidores. As afirmativas são, respectivamente, a) V, V e F. b) V, F e V. c) F, V e V. d) F, F e V. e) V, V e V. 47. (FGV/SES-MT/2024) Fany está noiva de Gustavo, mas seus familiares são contrários ao relacionamento porque percebem que o rapaz manipula e distorce informações, de forma a negar os acontecimentos que a moça sabe que existiram, levando-a a duvidar de si mesma, de sua memória, da sua percepção e até da sua sanidade. Os comportamentos de Gustavo são sugestivos de a) Síndrome de Burnout. b) Gaming disorder. c) Gaslighting. e) Violência patrimonial. 48. (INSTITUO ACESSO/SEDUC-AM/2018) Leia o texto, avalie as afirmações e assinale a alternativa correta. A questão de Gênero é um tema emergente de fundamental importância para a Sociologia. Mas se percebe que esse tema ainda não se tornou hegemônico na sociedade e na escola. Historicamente, o espaço público foi restrito aos homens como cidadãos, tendo sido as mulheres excluídas durante muitos séculos, confinadas ao mundo doméstico. A oposição "rua x casa" é particularmente interessante para percebermos como os gêneros masculino e feminino estão associados a cada uma dessas instâncias, conformando a divisão entre o mundo da produção (masculino) e o da reprodução (feminino). E pensar nos valores que estão vinculados a cada uma destas designações é fundamental para as discussões sobre gênero. Décadas passadas, o mercado de trabalho era um espaço de hegemonia masculina. Mas os estudos indicam que essa realidade mudou bastante, sendo que ainda distante do que se espera de um mundo melhor para todos. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 21 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda Diante do exposto, analise os trechos abaixo e assinale a alternativa que não condiz com as afirmações do texto. a) Na atualidade há uma alteração na concepção de espaço público e privado, as mulheres não são vistas de forma preconceituosa porque saem para trabalhar... A rua não é mais um espaço majoritariamente masculino. Contudo o espaço do mundo do trabalho ainda tem uma perspectiva hegemonicamente masculina. b) As mulheres passaram a organizar melhor o fluxo da vida cotidiana familiar e a ter novas aspirações restritas à vida doméstica e ao cuidado com a prole. Hoje, todas as mulheres, sem exceção, exercem esses direitos e usufruem dessas mudanças, pois possuem autonomias financeiras e/ou culturais. c) Hoje a presença das mulheres no mercado é expressiva e há também um contingente significativo de mulheres que sustentam a casa, os filhos e, às vezes, também os maridos, embora sofram muitas discriminações se comparadas aos homens. d) As mulheres são responsáveis pela reprodução e devido essa transformação do corpo da mulher, muitas vezes esse fato restringiu seu campo de ação aos espaços domésticos, exercendo uma considerável influência na divisão sexual do trabalho e na estruturação dos lugares sociais ocupados por homens e mulheres. e) O contexto social e político tem se alterado desde o surgimento da pílula anticoncepcional na segunda metade do século XX com esse fato às mulheres passaram a controlar sua reprodução e fazerem da maternidade algo não necessariamente compulsório. A pílula viabilizou dissociar a atividade sexual da reprodução, com muitas transformações sociais daí decorrentes... 49. (FGV/CVM/2024) Uma profissional branca, de 33 anos, após 5 anos de empresa, ao longo dos quais conciliou a carreira com o nascimento de seu filho, recebeu sua quarta progressão horizontal. A ela foi oferecida a oportunidade de enriquecimento de tarefas e incorporação de novos desafios, em um novo setor, em uma posição de mesmo nível decisório e remuneratório. Mesmo diante da oportunidade, a profissional mostrou-se muito frustrada por possuir, ao longo do período, indicadores de desempenho similares aos de um colega (homem branco) que ingressou no mesmo concurso público que ela. A esse colega foi oferecida uma progressão vertical, para o cargo de gerência do setor em que hoje atuam. A situação de promoção descrita envolve um tipo de discriminação de gênero explicado pelo conceito de: a) abuso psicológico; b) interseccionalidade; c) objetificação; d) sororidade; e) teto de vidro. 50. (VUNESP/PM-SP/2022) Bancada feminina do Senado brasileiro conquista direito a banheiro feminino no Plenário. A conquista se deu graças à reivindicação das senadoras, que questionavam há anos o tratamento desigual. Até dezembro de 2015, o banheiro das parlamentares era o do restaurante anexo ao Plenário, disponível desde 1979, quando foi eleita a primeira senadora, Eunice Michilis. Para a procuradora Vanessa Grazziotin, a construção do banheiro “muda a estrutura física da Casa para que receba melhor as mulheres”. (www.senado.leg.br, 06.01.2016. Adaptado.) A ausência do banheiro feminino no Senado até 2016 pode ser considerada um reflexo a) da transformação sociocultural. b) da prática de violência simbólica. c) da mudança na composição do Poder Legislativo. d) da contínua construção da cidadania. e) da apatia política dos brasileiros. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 22 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda 51. (CONSULPLAN/SEAS-RO/2023) Violência contra mulheres: A desigualdade de gênero é a base de onde todas as formas de violência e privação contra mulheres estruturam-se, legitimam-se e perpetuam-se. (Euler Ribeiro – 10/10/2022 às 22:43) “Violência contra a mulher” foi expressão cunhada pelo movimento social feminista há pouco mais de vinte anos. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o Brasil está em quinto lugar na posição de homicídios de mulheres numa lista de 83 países, com 4,8 homicídios por 100 mil mulheres, estando abaixo apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia. A expressão refere-se a situações tão diversas como a violênciafísica, sexual e psicológica cometida por parceiros íntimos, o estupro, o abuso sexual de meninas, o assédio sexual no local de trabalho, a violência contra a homossexualidade, o tráfico de mulheres, o turismo sexual, a violência étnica e racial, a violência cometida pelo Estado, por ação ou omissão, a mutilação genital feminina, a violência e os assassinatos ligados ao dote, o estupro em massa nas guerras e conflitos armados. (Disponível em: https://emtempo.com.br/98956/opiniao/violencia-contra-mulheres/.) Quando se fala em violência, não apenas contra a mulher, mas qualquer tipo de violência, temos que ter em mente que não nos referimos apenas aos aspectos físicos da situação. Pierre Bourdieu, considerado um grande pensador das ciências humanas do século XX, filósofo por formação, desenvolveu importantes trabalhos de etnologia, no campo da antropologia, e conceitos de profunda relevância no campo da sociologia; ele relata sobre a “violência simbólica”, ou seja: a) Violência cometida pelo Estado, por ação ou omissão e que, na verdade, não deve ser considerada como tal. b) Àquela ligada especificamente às questões socioculturais de gênero tão em pauta na sociedade contemporânea. c) Corresponde ao poder de impor um processo de submissão pelo qual os dominados percebem a hierarquia social como legítima e natural. d) Uma expressão que se refere a situações diversas como a violência física, sexual e psicológica cometida por parceiros íntimos, sem tanta repercussão social. e) Tipo de violência que desestrutura os signos culturais de uma sociedade, a ponto de fazer com que seus membros percam a referência imposta pela coletividade. (CEBRASPE/SEDUC-AL/2021) Desigualdades no plural. Porque nosso sistema concentra poder político e tudo aquilo que é produzido pela sociedade nas mãos de grupos pequenos, e bem determinados, de acordo com as combinações dos marcadores sociais como gênero, raça e classe. Em um mundo cada vez mais urbanizado, as cidades são um dos principais produtos das nossas sociedades. Sua distribuição, contudo, é segregada e extremamente desigual, e faz com que as pessoas vivenciem o cotidiano de formas muito diferentes, principalmente no contexto de pandemia. Internet: <www.nexojornal.com.br>. Tendo o texto apresentado como referência inicial e considerando os aspectos a ele pertinentes, julgue o item a seguir. 52. As mulheres, por possuírem um status social inferior na organização social atual, estão mais suscetíveis a violências. Esse quadro foi agravado durante a pandemia, quando houve um aumento da violência doméstica sofrida pelas mulheres. 53. A violência de gênero reflete, sobretudo, a fragilidade das mulheres na sociedade. 54. O feminicídio se apresenta como uma tipificação dessa forma específica de violência, qualificada a partir do gênero de quem a sofre. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 23 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda 55. (UNEB/CBM-MA/2019) Nos últimos anos muito tem se falado sobre o feminicídio. A imensa quantidade de crimes cometidos contra as mulheres justificou a implantação da lei 13.104/15. Sobre esse tema, está correta a alternativa: a) Hoje verificamos que a Lei supriu as necessárias de políticas públicas que promovam a igualdade de gênero por meio da educação e da valorização da mulher, reduzindo o numero de crimes. b) O Mapa da Violência, de 2018, aponta que o aumento de ocorrência de faminicídios no Brasil se deveu a implantação da Lei e seu discurso misogino. c) Como afirmam algumas teorias feministas a mídia é a grande responsável pelo aumento do feminicídio. d) A manutenção da violência contra a mulher está baseada na cultura patriarcal e ao ódio contra as mulheres ainda transfixa pela sociedade brasileira, em 2019. e) Dados do IBGE e do Mapa da Violência, de 2018, afirmam que o numero de os crimes cometidos contra as mulheres no Brasil faz do país o menos violento do mundo. 56. (CESGRANRIO/IPEA/2024) Os dados levantados pela 10a edição da pesquisa Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher demonstram que 30% das mulheres do país já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar provocada por um homem. Estima-se que mais de 25,4 milhões de brasileiras já tenham sofrido violência doméstica provocada por homem em algum momento da vida. Constitui violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial em vários âmbitos, sendo um deles o âmbito da a) comunidade, mediante violência cometida, perpetrada ou tolerada, estritamente, pelo Estado ou seus agentes, onde quer que ocorra. b) unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, excluindo-se aquelas esporadicamente agregadas. c) família, compreendida como a comunidade formada, exclusivamente, por indivíduos que são aparentados e unidos por laços naturais e consanguíneos. d) relação íntima de afeto, qualquer que seja, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. e) relação pessoal que, dependendo da orientação sexual da vítima, lhe constranja a manter conduta e/ou praticar atos sem a sua vontade expressa. 57. (DES/IFSUL/2018) Leia o trecho da música: Bruto, Rústico e Sistemático Tudo que dá na TV minha muiéquéfazê Não mede as consequências Fez um tar de topless Quando vi me deu um stress Perdi minha paciência Por mim faltaram respeito Na muié eu dei um jeito Corretivo do meu modo No quarto deixei trancada Quinze dias aprisionada... (composição: João Carreiro e Capataz) https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 24 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda Considerando as constatações sociológicas sobre as relações de gênero, qual é a afirmação que mais se aproxima do trecho da música? a) As diferenças de gênero são reforçadas por diferentes expectativas implícitas na socialização de homens e mulheres. b) As expectativas de gênero estão atreladas às necessidades da sociedade de consumo. c) A violência contra a mulher é uma consequência das desigualdades de gênero. d) A objetificação da mulher é uma expressão das desigualdades de gênero. (CEBRASPE/SEDUC-AL/2018) Ainda existe uma resistência muito grande no sistema de justiça em incorporar o paradigma da Lei Maria da Penha. Persiste uma construção da imagem das vítimas. O comportamento delas é submetido a um escrutínio moral no tribunal do júri. Por outro lado, há uma tendência à desumanização do autor dos crimes — que pode ter tido “um lapso”, “uma forte emoção”, ou pode ter bebido ou usado drogas, ou ser efetivamente um pervertido sexual, alguém que tem um comportamento monstruoso. Nunca o criminoso é o homem racional para quem a lei é dirigida. E isso oculta o conteúdo político da discussão sobre a desigualdade de gênero na sociedade. O discurso que é feito é sempre o de que aquele caso é pontual, uma tragédia individual, e não um episódio que é recorrente na sociedade. Fernanda Matsuda. A violência doméstica fatal: o problema do feminicídio íntimo no Brasil. Cejus/FGV, 2014. Internet: <www.agenciapatriciagalvao.org.br> (com adaptações). Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte a respeito de gênero e violência. 58. Constitui objetivo do estudo das questões de gênero nas aulas de sociologia evidenciar aos alunos as desigualdades sociais que sedisfarçam em diferenças biológicas. 59. (VUNESP/PM-SP/2023) A prevenção da violência contra a mulher será incluída nos currículos da educação básica. É o que determina a Lei 14 164/21, que cria a Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher em instituições de ensino básico. A semana promoverá o conhecimento da legislação, a fim de abordar os mecanismos de assistência à mulher em situação de violência, as medidas protetivas e os meios para o registro de denúncias. (“Nova lei inclui combate à violência contra a mulher no currículo escolar”. www12.senado.leg.br, 11.06.2021. Adaptado.) A aprovação da lei abordada no excerto expressa a) a inexistência da organização de um currículo escolar em nível nacional. b) a forma como o legislativo culpa as mulheres pelas agressões que sofrem. c) a confiança na escola como aliada no enfrentamento da violência de gênero. d) a ausência de legislação brasileira que trata da violência doméstica. e) a evidência da escola como principal local de ataques contra as mulheres. 60. (FGV/CD/2023) No campo da representação política, a desigualdade material e simbólica de gênero continua desanimadora. Em 2023, apenas 26,8% dos assentos em parlamentos nacionais, em todo o mundo, são atualmente ocupados por mulheres. Essa disparidade na representação política reflete desafios persistentes em relação à igualdade de gênero e à participação das mulheres nas esferas de poder. No Brasil, a situação é ainda mais aguda: as mulheres ocupam apenas 17,5% das cadeiras na Câmara dos Deputados e 18,5% dos assentos no Senado Federal, ficando na 132ª posição – de um total de 185 países – no Monthly ranking of women in national parliaments. PERLIN, Giovana Dal Bianco e FERREIRA, Cristiano. Dinheiro, ideologia e gênero: o papel das cotas de financiamento nas eleições de 2022. (Adaptado). https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 25 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda A respeito das iniciativas brasileiras para tornar mais equitativa a relação entre gênero, poder e representação política, analise as afirmativas a seguir: I. Nos anos 1990, para reduzir a sub-representação feminina, criou-se uma legislação que premiava os partidos que aderissem a um programa de cotas, estipulando um percentual de candidaturas de mulheres nas eleições. II. Em 2009, tornou-se obrigatório o preenchimento de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo nas listas eleitorais dos partidos, com penalidades e sanções econômicas em caso de descumprimento da normativa. III. Em 2018, estabeleceu-se que a distribuição de recursos do Fundo Partidário para financiar as campanhas eleitorais de candidatas mulheres deve ser feita na exata proporção das candidaturas de ambos os sexos, respeitado a percentagem mínima de candidatas mulheres prevista por lei. Está correto o que se afirma em: a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 61. (UNESP/VUNESP/2022) Nenhum grupo de mulheres brancas conheceu melhor a diferença entre seu próprio status e o status das mulheres negras do que o grupo de mulheres brancas politicamente conscientes e ativistas na luta pelos direitos civis. Ainda assim, várias dessas mulheres deslocaram-se das lutas pelos direitos civis para as lutas pela libertação da mulher e lideraram um movimento feminista em que suprimiram e negaram a consciência sobre as diferenças que viram e ouviram. Elas entraram para o movimento feminista apagando e negando a diferença, sem pensar em raça e gênero juntos, mas eliminando raça do cenário. (bell hooks. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras, 2018. Adaptado.) Ao abordar aspectos do Movimento pelos Direitos Civis nos Estados Unidos da década de 1960, o excerto a) aponta o insucesso das reivindicações de igualdade de raça e gênero e a persistência de padrões históricos de desigualdade na sociedade norte-americana. b) lamenta a ausência de uma história de mobilizações feministas e negras e de uma disposição das mulheres brancas para atuar em defesa das conquistas de direitos sociais. c) identifica a ocorrência em paralelo de ações afirmativas das mulheres e dos negros e a falta de conexão entre esses dois campos de reivindicação de direitos. d) caracteriza a mudança radical por que passou a sociedade norte-americana no período e o nascimento de interconexões entre os movimentos negro e feminista. e) enfatiza a importância da estratégia política do ativismo feminista e sua influência sobre as mobilizações posteriores de reivindicação de direitos da população negra. 62. (IDECAN/PM-CE/2023) “Reconhecemos a necessidade de se adotarem medidas especiais ou medidas positivas em favor das vítimas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata, com o intuito de promover sua plena integração na sociedade. As medidas para uma ação efetiva, inclusive as medidas sociais, devem visar corrigir as condições que impedem o gozo dos direitos e a introdução de medidas especiais para incentivar a participação igualitária de todos os grupos raciais, culturais, linguísticos e religiosos em todos os setores da sociedade, colocando a todos em igualdade de condições.” Declaração de Durban, 2001. Nessa linha de raciocínio, marque a alternativa correta. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 26 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda a) As relações de gênero estruturam a vida social e política das mulheres, resumindo-se a categoria analítica, contudo, não regulando somente a relação entre homem-mulher mais também homem-homem e mulher-mulher. b) As desigualdades gênero e raciais se assemelham, pois estão pautadas nas relações sociais e estruturadas pelas relações de poder entre pessoas, de acordo com as representações na sociedade. Gênero, assim como raça, é uma categoria social. c) Para analisar as relações de gênero, desnecessário articulá-las a outras categorias analíticas, estruturantes e históricas vez que elas não podem ajudar a compreender a opressão, a exemplo da raça e da classe social. d) A divisão sexual do trabalho é um importante marcador que produz e reproduz as desigualdades de gênero historicamente, definindo o que é trabalho de mulher, competência de mulher e lugar de mulher. No entanto, ela incide igualmente entre as mulheres, pois se dá de forma racializada e atende as dinâmicas de classe. e) Em média, as mulheres têm menos tempo de educação formal do que os homens, passando a ser minoria entre as pessoas matriculadas no ensino superior. 63. (INEP/ENEM/2022) Pensar o corpo como algo produzido pela cultura é, simultaneamente, um desafio e uma necessidade. Um desafio porque rompe, de certa forma, com o olhar naturalista sobre o qual muitas vezes o corpo é observado, explicado, classificado e tratado. Uma necessidade porque, ao desnaturalizá-lo, revela, sobretudo, que o corpo é histórico. Isto é, mais do que um dado natural cuja materialidade nos presentifica no mundo, o corpo é uma construção sobre a qual são conferidas diferentes marcas em diferentes tempos, espaços, conjunturas econômicas, grupos sociais e étnicos. LOURO, G. L.; FELIPE, J.; GOELLNER, S. V. (Org.). Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. Petrópolis: Vozes, 2013 (adaptado). A que valor da contemporaneidade o entendimento sobre o corpo expresso no texto é correlato? a) Individualidade. b) Fraternidade. c) Diversidade. d) Igualdade. e) Liberdade. 64. (CESGRANRIO/TJ-RO/2008) Ao abordar o tema da adoçãoem famílias homoafetivas, Maria Cristina d’Ávila de Castro afirma que “... a visibilidade que vem adquirindo a homoafetividade tem levado cada vez mais pessoas a assumirem a sua verdadeira orientação sexual. Gays e lésbicas buscam a realização do sonho de estruturarem uma família com a presença de filhos, e é frequente crianças e adolescentes viverem em lares homoafetivos.” (Castro, 2008:25). A razão para que a sociedade brasileira não dê reconhecimento legal a famílias homoafetivas está calcada nos seguintes aspectos: I - crença generalizada de que essa configuração familiar poderá ser prejudicial ao desenvolvimento “normal” das crianças; II - apreensão quanto à possibilidade de a criança ser alvo de repúdio no meio que freqüenta, ou ser vítima de escárnio por parte de colegas e vizinhos; III - problemas de ordem social, jurídica e política que se manifestam em todas as situações de mudança na instituição familiar; IV - confusão que se estabelece entre a sexualidade e a função parental, como se a orientação sexual das figuras parentais fosse determinante na orientação sexual dos filhos. Estão corretos os aspectos a) I e II, apenas. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 27 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda b) I e IV, apenas. c) II e III, apenas. d) I, III e IV, apenas. e) I, II, III e IV. 65. (QUADRIX/CRA-BA/2021) A dimensão primária da diversidade é a que trata das características em que o indivíduo possui pequeno ou nenhum controle, mas que influenciam fortemente as atitudes, expectativas e suposições sobre os outros, tais como gênero, idade e orientação sexual. 66. (FGV/Pref. Paulínea/2021) A respeito do conceito de identidade de gênero, leia os depoimentos a seguir. I - Eu acredito que esses esforços para definir a família em sua forma restrita, heterossexual e matrimonial, para fazer com que crianças sejam derivadas biológica ou legalmente do casal heterossexual, é uma tentativa de frear movimentos sociais e novas formas de parentesco que estão lentamente se tornando a norma. Tais definições estabelecem obstáculos para que todo tipo de pessoa, casada ou solteira, hétero, gay, lésbica, bissexual ou trans consiga estabelecer laços íntimos dentro dos termos da lei. Judith Butler (filósofa). II - A expressões gênero ou orientação sexual referem-se a uma ideologia que procura encobrir o fato de que os seres humanos se dividem em dois sexos. Segundo essa corrente ideológica, as diferenças entre homem e mulher não correspondem a uma natureza fixa, mas são resultado de uma construção social. Os que adotam o termo gênero não estão querendo combater a discriminação, mas sim desconstruir a família. Dom Fernando Arêas Rifan (Bispo). Com base nos depoimentos, assinale a afirmativa correta. a) No texto I, identidade de gênero, orientação sexual e sexo biológico são diferentes. b) Nos textos I e II, o cérebro e os genitais têm funcionamentos distintos na construção da identidade. c) No texto II, o sexo se refere ao aspecto fisiológico, enquanto o gênero está ligado a aspectos culturais, sociais e históricos. e) Nos textos I e II, identidade de gênero é o padrão de comportamento masculino e feminino esperado pela sociedade. e) No texto I, gênero e sexo são modos de classificar homens, mulheres e hermafroditas, com base na genitália. 67. (CEV/UECE/2019) Chama-se “Diversidade Sexual” as infinitas formas de vivência e expressão da sexualidade humana. Disponível em: https://lgbtseniores.wordpress.com/2017/08/29/afi nal-o-que-e-diversidade-sexual/. Acesso em 07.07.2019. Considerando o enunciado acima, é correto afirmar que a) de acordo com o conceito de diversidade sexual, existem três tipos de orientação sexual: o heterossexual, o homossexual e o bissexual, sendo natural apenas o padrão heterossexual. b) a sexualidade humana é formada por uma múltipla combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais, e compõe-se por três elementos: sexo biológico, orientação sexual e identidade de gênero. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://lgbtseniores.wordpress.com/2017/08/29/afi%20nal-o-que-e-diversidade-sexual/.%20Acesso%20em%2007.07.2019 https://lgbtseniores.wordpress.com/2017/08/29/afi%20nal-o-que-e-diversidade-sexual/.%20Acesso%20em%2007.07.2019 28 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda c) orientação sexual é a atração afetiva e/ou sexual que uma pessoa manifesta em relação a outra, a quem se direciona, opcionalmente, para o sexo oposto. d) a homossexualidade é considerada como patologia pela Organização Mundial da Saúde, que ainda a considera como doença, um distúrbio e uma perversão. 68. (CEV/UECE/2019) No Brasil atual, o chamado “Movimento Escola Sem Partido” procura erradicar, por meio de mecanismos legais (projetos de lei), temáticas referentes ao conceito de “gênero” aplicadas ao ensino de crianças e jovens. Esse movimento se pauta por valores religiosos, tradicionais e de fundo patriarcal na defesa das relações heterossexuais, entendidas como sagradas e as únicas moralmente corretas. Diferentemente, as Ciências Sociais demonstram como o “gênero” é constituído por aspectos socioculturais, históricos e psicológicos diversos. Em termos simples, “ser homem”, “ser mulher” ou “ser transgênero” depende da cultura e da subjetividade individual. Além disso, desde o início do século XXI, entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) têm aprovado resoluções diretivas para que se considere a “identidade de gênero” e a “orientação sexual” como parte dos Direitos Humanos (REIS e EGGERT, 2017). REIS, T. e EGGERT, E., Ideologia de Gênero: uma falácia construída sobre os planos de educação brasileiros, Educação e Sociedade, vol. 38, nº 138, janeiro-março 2017. Tomando como referência o entendimento acima, é correto concluir que a) o Movimento Escola Sem Partido defende a “ideologia de gênero” e orienta que os gêneros masculino e feminino são uma construção sociocultural. b) grupos feministas e os LGBTI concordam com o “Escola Sem Partido” quanto à valorização da autonomia das pessoas sobre seus corpos e sua sexualidade. c) as diretrizes institucionais a favor da promoção da diversidade sexual atendem princípios próprios da Declaração Universal dos Direitos Humanos. d) o Movimento Escola Sem Partido é fruto de um discurso religioso favorável ao entendimento do termo “gênero” como conceito próprio da cultura. 69. (DES/IFSUL/2019) Leia o trecho a seguir: “As estatísticas de gênero devem refletir, segundo informações do Manual de Gênero da Divisão de Estatísticas das Nações Unidas (United Nations Statistics Division - UNSD), as questões relacionadas aos aspectos da vida de mulheres e homens, incluindo as suas necessidades específicas, oportunidades ou contribuições para a sociedade. Em todas as sociedades existem diferenças entre o que é esperado, permitido e valorizado em uma mulher e o que é esperado, permitido e valorizado em um homem. Estas diferenças têm um impacto específico sobre mulheres e homens em todas as fases da vida, e podem determinar, por exemplo, diferenças na saúde, educação, trabalho, vida familiar e no bem-estar geral de cada um.” Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101551_informativo.pdf Acesso em: 07 mar. 2019. A partir dos estudos sobre gênero, é INCORRETO afirmar que a) gênero, para a sociologia, é utilizado para classificar o masculino e o feminino fundamentado numa construção sociale não em princípios biológicos. b)transgênero designa uma orientação sexual e um gênero específico que altera característica distinta do nascimento. c) identidade de gênero é um conjunto de características que orienta a relação de um indivíduo com o masculino ou o feminino. d) um exemplo de relações de dominação baseado em gênero é o patriarcado. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 29 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda 70. (FGV/Pref. SP/2023) A palavra queer, cujo sentido original era bizarro, excêntrico, estranho, passou a designar depreciativamente os homossexuais a partir do século XIX. Nos anos 1980, porém, a palavra foi ressignificada positivamente por grupos e ativistas LGBT+. Com essa transformação de sentido, o termo começou a ser usado no sintagma “teoria queer” para indicar a) a classificação dos indivíduos em categorias universais como “homossexual” ou "heterossexual". b) o conceito clássico de gênero, que distingue o “heterossexual” socialmente aceito do “anômalo” (queer). c) o espectro amplo de identidades sexuais e políticas não normativas e de gênero. d) a segmentação das identidades sociais em função do sexo, ao invés dos critérios de classe social ou de etnia. e) o binarismo que fundamenta as hierarquias sociais e as relações de poder no passado e no presente. 71. (INEP/ENEM/2015) O reconhecimento da união homoafetiva levou o debate à esfera pública, dividindo opiniões. Apesar da grande repercussão gerada pela mídia, a população ainda não se faz suficientemente esclarecida, confundindo o conceito de união estável com casamento. Apesar de ter sido legitimado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o reconhecimento da união homoafetiva é fruto do protagonismo dos movimentos sociais como um todo. ARÊDES, N.; SOUZA, I.; FERREIRA, E. Disponível em: http://reporterpontocom.wordpress.com. Acesso em: 1 mar. 2012 (adaptado). As decisões em favor das minorias, tomadas pelo Poder Judiciário, foram possíveis pela organização desses grupos. Ainda que não sejam assimiladas por toda a população, essas mudanças a) contribuem para a manutenção da ordem social. b) reconhecem a legitimidade desses pleitos. c) dependem da iniciativa do Poder Legislativo Federal. d) resultam na celebração de um consenso político. e) excedem o princípio da isonomia jurídica. 72. (CESGRANRIO/IPEA/2024) Considere o texto referente à comunidade LGBT. A Constituição Federal elenca em seu artigo 3o os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. Entre eles, promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. No entanto, o Brasil é considerado um dos países que mais discrimina e mata pessoas LGBT no mundo. Relatório da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais, ILGA, aponta que o país é o primeiro lugar nas Américas em quantidade de homicídios de pessoas LGBT. Também é o líder em assassinato de pessoas trans no mundo. Segundo dados do Grupo Gay da Bahia, GGB, a cada 19 horas, uma pessoa LGBT é morta no Brasil. Conforme a Rede Trans Brasil, a cada 26 horas, aproximadamente, uma pessoa trans é assassinada. A expectativa de vida dessas pessoas é de 35 anos. Disponível em: https://editoraforum.com.br/noticias/7-direitos-lgbtqia-para-conhecer-e-respeitar/. Acesso em: 01 dez. 2023. Adaptado. Nesse contexto, com relação à luta por direitos dessa comunidade, a) a adoção de crianças por casais homoafetivos permanece proibida em todo o país. b) a homofobia é considerada um crime passível de prisão, e a transfobia uma contravenção. c) o Supremo Tribunal Federal reconheceu o uso do nome social restrito a trabalhadores do setor privado. d) o Supremo Tribunal Federal reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo. e) as presidiárias transexuais femininas permanecem restritas aos presídios masculinos. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 30 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda 73. (CESGRANRIO/IBGE/2013) Em certo país, a participação na população total do grupo formado pelas pessoas maiores de 60 anos e pelas menores de 15 anos diminuiu durante um certo período. Tal fato tem uma influência sobre o crescimento da economia, sendo conhecido como a) efeito Pigou b) divisor demográfico c) externalidade demográfica d) bônus demográfico e) aumento da dependência 74. (CESGRANRIO/IPEA/2024) Considere o gráfico sobre a demografia no Brasil., A análise do comportamento demográfico, no período 2020-2025, conduz à seguinte conclusão: a) o crescimento vegetativo está em elevação, decorrente da alta fecundidade. b) o bônus demográfico está em pleno curso, face às condições históricas. c) o saldo migratório está em estagnação, em virtude das crises econômicas. d) a taxa de natalidade está em alta, devido à urbanização acelerada. e) a taxa de mortalidade está em declínio, com o fim da pandemia de Covid-19. 76. (COPEVE/UFMG/2015) “Os idosos constituem um recurso considerável para as famílias e comunidades em que se situam e não devem ser desconsiderados inclusive no mercado de trabalho formal e informal, pois são um repositório de conhecimentos e experiência” (COSENZA e MALLOY-DINIZ, 2013, p. 438). Em relação a essa assertiva, é CORRETO afirmar que a) o preconceito etário, ou “ageísmo”, é uma barreira à implementação das mudanças e limita os idosos aos serviços, à educação e ao trabalho. b) são critérios para o envelhecimento bem-sucedido, conforme Rowe e Kahn (1997): ausência de doença, incapacidade e fatores de risco (ex: obesidade e hipertensão); a manutenção da alta capacidade física e cognitiva; a diminuição de atividades produtivas e de engajamento social. c) deve ser evitada a interação intergeracional na aprendizagem ao longo da vida. d) as pessoas envelhecem de forma diversa e não sofrem influência dos hábitos de vida e dos fatores econômicos e psicossociais. 77. (COCP/IFMT/2023) O etarismo corresponde à discriminação por idade contra indivíduos ou grupos etários com base em estereótipos. [...] https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 31 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda A ofensa também é conhecida como idadismo ou ageísmo (do inglês: aging), ou seja, é o preconceito com relação à idade, definido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) como aquele que “surge quando a idade é usada para categorizar e dividir as pessoas por atributos que causam danos, desvantagens ou injustiças, e minam a solidariedade intergeracional”, afirma Leonardo Pantaleão, especialista em Direito e Processo Penal, mestre em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Disponível em: https:/Avww.terra.com.br/nos/etarismo-ou-velhofobia-em-universidade-entenda-o-que-e-esse-tipo-de-discriminaca. Adaptado. Acesso em: 14 mar. 2023. Acerca do conceito de etarismo contido no texto, analise as assertivas: I. O etarismo ocorre apenas em relação a pessoas idosas. II. O etarismo é um preconceito que não ocorre em relação a faixas etárias. III. Estereótipos em relação à idade de um indivíduo ou de grupos de determinada faixa etária baseiam o etarismo. IV. A interação entre membros de diferentes gerações é prejudicada pelo etarismo. Está correto o que se afirma em: a) I, II e IV. b) II,III e IV. c) I, II e III. d) III e IV. e) Todas estão incorretas. 78. (FGV/MPE-SP/2023) A legislação brasileira busca assegurar e promover o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais pela pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e ao exercício pleno da cidadania. Hugo é um rapaz de 28 anos, com paralisia cerebral, graduado em Ciência da Computação. Sobre a inserção de Hugo no mercado de trabalho, pode-se afirmar que a) constitui crime negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção a Hugo em razão de sua deficiência. b) Hugo tem direito a tratamento diferenciado focado no capacitismo e em suas aptidões profissionais. c) Hugo tem direito à remuneração compensatória na forma de adicional por insalubridade ou invalidez. d) Hugo só poderá se candidatar à vaga em empresa que apresente condições de acessibilidade e inclusão. e) será garantido o acesso de Hugo à tecnologia assistiva e à reabilitação física no próprio ambiente de trabalho. 79. (CESGRANRIO/BB/2023) Um deficiente visual foi contratado por determinada instituição financeira para realizar serviços administrativos. Para realizar suas tarefas com eficiência, indagou sobre a existência de equipamentos e de metodologia adequados para o seu trabalho. Nos termos da Lei no 13.146, de 06 de julho de 2015, equipamentos e metodologia relacionados à atividade e à participação da pessoa com deficiência constituem a) assistência laboral b) incentivos trabalhistas c) tecnologia assistiva d) bens necessários e) organização indicada https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 32 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda 80. (CESGRANRIO/SEDUC-TO/2008) No Brasil, uma das políticas de Estado que vêm sendo discutidas de forma ampla e polêmica na sociedade diz respeito à questão racial na educação, gerando a Lei no 10.639/03. R ecentemente, em março de 2008, esta lei foi modificada, recebendo um acréscimo, e se transformando na Lei no 11.645/08. Além da valorização das culturas de origem africana, esta lei visa à inclusão do(a) a) combate ao preconceito quanto ao gênero nos Temas Transversais dos PCN. b) estatuto contra a homofobia nos estabelecimentos de ensino. c) educação para a paz nas práticas escolares. d) temática da terceira idade nos currículos escolares. e) história dos povos indígenas nos currículos escolares. 81. (CEBRASPE/TJ-SC/2023) De acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, barreiras são qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa com deficiência, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros. Para fins desse estatuto, as barreiras existentes nas vias e nos espaços públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo são denominadas a) tecnológicas. b) urbanísticas. c) arquitetônicas. d) capacitistas. e) atitudinais. 82. (FGV/SEDUC-TO/2023) O Estatuto da Pessoa com Deficiência considera as barreiras que limitam ou impedem a participação social da pessoa, além do exercício dos seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, entre outros. Relacione os tipos de barreiras listados a seguir às suas respectivas características. 1. Urbanísticas 2. Arquitetônicas 3. Atitudinais 4. Comunicações e Informações ( ) Qualquer obstáculo, atitude ou comportamento que impossibilite a expressão ou recebimento de mensagens. ( ) Existentes nas vias e nos espaços públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo. ( ) Atitudes ou comportamentos que impedem ou prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas. ( ) Existentes nos edifícios públicos e privados. Assinale a opção que indica a relação correta, na ordem apresentada. a) 1 – 2 – 3 – 4. b) 2 – 1 – 4 – 3. c) 4 – 1 – 3 – 2. d) 2 – 1 – 3 – 4. e) 2 – 3 – 4 – 1. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 33 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda 83. (CESGRANRIO/BANRISUL/2023) Um bancário exerce suas funções regularmente em agência localizada em município de pequeno porte no Estado K. A agência está localizada em prédio adequado, construído segundo as modernas exigências da engenharia, com rampas de acesso e elevadores especiais. Em determinado momento, esse bancário é acometido por doença e perde parte dos seus movimentos, sendo que, concomitantemente, é promovido a gerente e transferido para município de médio porte. Ao assumir o novo posto, verifica que o prédio ocupado pela agência não possui qualquer mecanismo previsto em lei para assegurar o desempenho de pessoas com deficiência. Nos termos da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, toda forma de distinção, restrição ou exclusão, que tenha o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência é considerada a) omissão b) quantificação c) valoração d) colaboração e) discriminação 84. (VUNESP/CAMPREV/2023) A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) destina-se a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais desse segmento. Determina essa Lei que a pessoa com deficiência será protegida de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou degradante. Conforme o artigo 5o (parágrafo único), para os fins da proteção mencionada, a criança, o adolescente, a mulher e o idoso, com deficiência, são considerados especialmente a) aptos. b) sensíveis. c) interessados. d) potentes. e) vulneráveis. 85. (CESGRANRIO/BB/2023) Duas amigas pleiteiam vaga em instituição financeira que inaugurou processo seletivo para jovens profissionais de nível superior. Após receber as duas inscrições, o responsável pela seleção verificou que ambas possuíam necessidades especiais e lhes ofereceu parâmetros mais singelos de avaliação. As amigas, no entanto, recusaram a oferta e optaram por participar do evento nas mesmas condições dos demais pleiteantes. Nos termos da Lei no 13.146/2015, a) a discriminação das pessoas com deficiência para participar de seleção com parâmetros gerais está vedada. b) a seleção de ampla concorrência somente admite pessoas com deficiência, caso autorizada por comitê interno especial. c) a instituição financeira deve solicitar à autoridade judiciária competente autorização para a seleção envolvendo pessoas com deficiência. d) as pessoas com deficiência não estão obrigadas à fruição dos benefícios decorrentes de ação afirmativa. e) o responsável pela seleção deve aplicar avaliação própria para os portadores de deficiência, compulsoriamente. 86. (FCC/DPE-SP/2023) Acerca de racismo e homotransfobia, o Supremo Tribunal Federal entende que a) é constitucional a lei estadual que veda a realização de sacrifícios de animais em rituais de religiões de matriz africana, uma vez que tais práticas configuram submissão de animais a atos de https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 34 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube:@relacerda crueldade, cuja natureza perversa não permite sejam eles qualificados como manifestação religiosa. b) o direito à liberdade religiosa não é alcançado, nem restringido ou limitado, pela criminalização da homotransfobia, não havendo que se falar em discurso de ódio quando a opinião se reveste de liberdade de pensamento durante cultos, missas ou outras liturgias. c) é constitucional o uso de ações afirmativas étnico-raciais na seleção para ingresso no ensino superior público ou para incentivo a candidaturas de pessoas negras para cargos eletivos, sendo obrigatório que as metodologias de seleção levem em consideração critérios étnico-raciais e socioeconômicos. d) a pessoa transgênero tem direito fundamental subjetivo à alteração de seu prenome e de sua classificação de gênero no registro civil, independentemente de cirurgia de redesignação, sendo vedada a expedição de certidão de inteiro teor, em qualquer situação, que permita a constatação de que houve a alteração de prenome e gênero. e) é lícito a um hospital recusar a doação de sangue de um homem que relata ter habitualmente relações sexuais com outros homens sem proteção, ainda que não se possa tratar os homens que fazem sexo com outros homens e/ou suas parceiras como sujeitos perigosos, inferiores, restringindo deles a possibilidade de serem como são e de serem solidários. 87. (CESGRANRIO/SEDUC-SP/2010) “Na indústria da música brasileira, a prática de uma gravadora pagar dinheiro para a transmissão de músicas em uma rádio (ou TV) é chamada jabaculê, ou jabá. Em alguns países esta prática só é permitida quando a rádio explicitamente indica que a transmissão é patrocinada. No Brasil há um projeto de lei para que esta mesma restrição seja efetivada, no entanto a prática do jabá é responsável por boa parte do faturamento das emissoras de rádio”. Wikipedia, Suborno. Esta informação a) não deve ser considerada, por proceder de fonte duvidosa. b) mostra o quanto a diversidade da indústria cultural é alcançada com sua comercialização. c) mostra que a diversidade cultural é ameaçada tanto pela comercialização como pela não regulamentação. d) mostra que a diversidade cultural é ameaçada tanto pela comercialização como pela regulamentação. e) mostra que a indústria cultural é ameaçada tanto pela comercialização como pela regulamentação. 88. (CESGRANRIO/Pref. Manaus/2004) O professor Antônio iniciou uma unidade de trabalho com seus alunos sobre a religiosidade do povo brasileiro, enfocando aspectos presentes na cultura cabocla da Amazônia. O papel dos Pajés, a fé nos santos católicos e nas entidades espirituais que povoam rios e matas tornaram-se objetos de estudos, realizados na perspectiva da fenomenologia da religião. Uma vez partindo das tradições culturais e religiosas do povo amazonense, o professor Antônio reconhece que as tradições religiosas são elementos indissociáveis das culturas. Nesta perspectiva, pode-se afirmar que a(s): a) religião acontece dentro de um universo cultural, ora influenciando, ora sendo influenciada pela cultura, fazendo com que só seja possível contemplar o mundo segundo as lentes da própria cultura ou da própria religião. b) religiões são uma produção cultural humana que corresponde a uma neurose obsessiva universal que precisa ser tratada através de um Ensino Religioso que promova a libertação dessas práticas alienantes. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 35 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda c) religiões são o mais antigo sistema simbólico de desagregação de pessoas numa mesma cultura, o que implica compreendê-las como expressão cultural inferior que precisa ser suplantada, tendo em vista a paz universal. d) diferentes religiões se submetem à diversidade cultural, pois várias culturas não apresentam expressão religiosa, o que comprova a não-universalidade do fenômeno religioso. e) culturas estão submetidas às religiões, que delineiam exclusivamente o comportamento humano em qualquer tempo e lugar, sendo esta uma realidade constatada pela antropologia desde os primórdios da humanidade. 89. (CESGRANRIO/UNEMAT/2024) Portugal sem plano definido para devolver bens culturais Governo de Portugal ainda não inventariou o espólio cultural dos países africanos patente há décadas nos museus portugueses, nem definiu um plano para os restituir. Rei do Bailundo vai pedir a Lisboa a devolução de bens. Disponível em: https://www.dw.com/pt-002/portugal-sem-plano-definido-para-devolver-bens-culturais/a-67487810. Acesso em: 20 nov. 2023. De um modo geral, os objetos cujo retorno é reivindicado foram musealizados, isto é, estão desterritorializados e encontram-se sob a guarda de uma instituição museológica. Tais objetos reclamados não necessariamente adquiriram um traço diaspórico no momento em que foram adquiridos. [...] É, portanto, no entrelaçamento de diversos processos de patrimonialização que se pode pensar a restituição na chave da reparação. CHUVA, M. Restituição e reparação: refletindo sobre patrimônios em diáspora. In: NOGUEIRA, A. G. R. (org.) Patrimônio, resistência e direitos: histórias entre trajetórias e perspectivas em rede. Espírito Santo: Milfontes, 2022. p. 348. A restituição e a repatriação dos objetos são processos diretamente vinculados aos debates sobre diversidade cultural e patrimônio diaspórico. Dessa forma, conclui-se que a) diáspora de tais objetos é uma construção das lutas decoloniais, e não como algo dado desde o momento em que foram retirados dos seus locais de origem. b) repatriação de patrimônio diaspórico é a forma reivindicada por nações ou grupos subnacionais, e a restituição é reivindicada apenas por nações. c) repatriação e restituição de patrimônios diaspóricos é um consenso na comunidade internacional, sendo que um dos argumentos comuns aos museus que detêm a guarda dos objetos é que, em geral, os países dos quais as peças vieram têm condições de expô-las da melhor maneira. d) repatriação ou restituição dos objetos apresenta a mesma situação de patrimonialização no momento de sua reivindicação, visando recompor valores que são, em geral, fruto das mesmas comunidades de sentido presentes no interior das nações. e) objetos tornam-se patrimônios em diáspora na medida em que no processo de aquisição pelos museus permanecem integrados em seus territórios. 90. (CESGRANRIO/UNEMAT/2024) Considere os trechos a seguir. A diversidade “é a representação, em um determinado sistema social, da multiplicidade de diferenças e similaridades que existem entre os indivíduos ou os grupos que os representam. [Esta noção] está, portanto, associada aos conceitos de pluralidade (...), multiplicidade ou heterogeneidade, dizendo respeito à miríade de ideias, características ou elementos distintos que distinguem os indivíduos sobre um determinado assunto, contexto ou ambiente. É (...) um vocábulo ‘incorrigivelmente plural’ e (...) incontornavelmente associado à multiplicidade de identificações culturais de cada grupo social”. Disponível em: http://www.periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/39632/98931. Acesso em: 23 nov. 2023. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 36 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda A proteção e a promoção da diversidade das expressões culturais pressupõem o reconhecimento da igual dignidade e o respeito por todas as culturas, incluindo as das pessoas pertencentes a minorias e as dos povos indígenas. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Convencao_protecao_promocao_diversidade_das_expressoes_culturais_2005.pdf. Acesso em: 23 nov. 2023. No que tange aos museus, a promoção da diversidade cultural é um dos seus propósitos na contemporaneidade. No escopo desse debate e no que se refere aos povos indígenas, conclui- se que a) a colaboração é um dos caminhos para a indigenização dos museus, porém ela não se caracteriza como elemento metodológico nos museus tradicionais, posto que os indígenas vêm reivindicando e participando de ações e de debates museológicos no Brasil e no mundo. b) a expressão indigenização dos museus refere-se ao movimento indígena que consiste na conquista da cena museológica pelos indígenas e nos processos ativados pela atuação desses grupos nos museus, estando associada à expressão hibridização, processo que conjugaria a soma de museus dominantes aos conteúdos indígenas. c) o entendimento de que os povos indígenas defendem a necessidade de desconstruir visões estereotipadas e de que mantêm o interesse de produzir conhecimentos sobre si próprios e de apresentar suas narrativas sobre o passado e sobre as suas culturas é indispensável. d) a objetificação dos indígenas, o conhecimento e a incorporação de seus interesses e, a partir disso, a construção, individual de oportunidades para que sejam agentes e curadores de suas próprias memórias em museus são absolutamente necessários. e) as transformações no universo museal ocorreram a partir dos anos de 1940 e 1950, primeiramente na Inglaterra e, depois, em outros países de colonização inglesa, e foram articuladas a movimentos sociais em defesa dos direitos culturais de grupos minoritários, principalmente, negros e indígenas. 91. (CESGRANRIO/MEC/2009) A Declaração de Nova Delhi, de 16 de dezembro de 1993, da qual o Brasil é signatário, reconhece que: “a educação é o instrumento preeminente da promoção dos valores humanos universais, da qualidade dos recursos humanos e do respeito pela diversidade cultural, e os conteúdos e métodos da educação precisam ser desenvolvidos para servir às necessidades básicas de aprendizagem dos indivíduos e das sociedades, proporcionando-lhes o poder de enfrentar seus problemas mais urgentes (...) e permitindo que assumam seu papel por direito na construção de sociedades democráticas e no enriquecimento de sua herança cultural”. D’AMBROSIO, Ubiratan. Educação Matemática: da teoria à prática. Campinas: Papirus, 1996, p. 111. Dessa afirmação decorre que o(s) a) Estado tem obrigação de garantir educação para todos. b) currículo deve ser o mesmo em todo o território brasileiro. c) professor deve ser portador de uma cultura diversificada. d) foco principal da educação no Brasil deve ser a melhoria das condições de vida. e) conteúdos programáticos devem atender à diversidade cultural brasileira. 92. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/2023) No Brasil, ainda é muito desafiador elaborar, implantar e cumprir as políticas públicas inclusivas para a educação. Uma política nacional para a inclusão deve considerar a a) dignidade humana, sem que haja segregação ou distinção entre as crianças e os jovens e adultos nas escolas. b) diferença existente entre as pessoas, para enaltecer a homogeneização de atitudes. c) diversidade cultural como um conteúdo acessório do currículo, que deve ser ensinado e perpetuado nas escolas. d) padronização de ações dos sujeitos afetos pelo processo educacional. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 37 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda e) experiência humana como fator inibidor das potências capazes de ser reveladas no cotidiano escolar. 93. (CESGRANRIO/ALE-TO/2005) Diante da realidade social, marcada tanto pela diversidade cultural quanto pela imensa quantidade dos que são excluídos das possibilidades de conquistar mínimas condições de vida com dignidade, apresentam-se, hoje, processos educativos em uma perspectiva intercultural, que tem como critérios básicos: a) valorização das diferenças culturais e reconhecimento do direito à educação como direito de todos. b) atenção prioritária aos grupos étnicos e mudanças curriculares que sobreponham narrativas de etnias subjugadas. c) realização de atividades desenvolvidas em áreas curriculares específicas e transformação da cultura institucional. d) introdução de políticas afirmativas na gestão da educação pública e manutenção da cultura hegemônica. e) desenvolvimento de políticas educacionais etnocêntricas e atenção às diferentes identidades. 94. (CESGRANRIO/UNIRIO/2016) A convivência de pessoas de diferentes religiões é uma característica da diversidade cultural da realidade brasileira. Em respeito a isso, o psicólogo deve sustentar diante da equipe multidisciplinar e dos usuários do serviço hospitalar que a) a qualidade e a eficácia dos serviços prestados são independentes da consideração de questões pertinentes à relação do paciente com a espiritualidade. b) a naturalização do funcionamento do organismo, ao promover a impessoalidade, facilita lidar com a inevitável intrusão dos cuidados médicos. c) o funcionamento do corpo é laico e que o hospital é um lugar onde esse corpo deve ser tratado de forma técnica e independente das crenças de pacientes e profissionais. d) o respeito ao diferente valor dado à privacidade, à alimentação, à sexualidade e aos rituais em cada fé favorece o restabelecimento da saúde. e) as questões de foro íntimo precisam se manter privadas, uma vez que as rotinas do hospital não poderiam ser adaptadas às peculiaridades de cada credo. 95. (CESGRANRIO/CMB/2005) Sexo, raça, preferência sexual, nacionalidade, idade são alguns dos elementos que compõem a diversidade cultural presente nas organizações, e são fontes, na maioria das vezes, de preconceitos e conflitos que dificultam a integração e produção organizacional. Segundo Torres & Pérez-Neha, in Zanelli et alli (2002), para enfrentar este desafio é necessária a adoção de programas e estratégias organizacionais que estimulem a tolerância e: a) valorizem as diferenças. b) promovam a igualdade. c) respeitem os mais fracos. d) eliminem as hierarquias. e) punam os preconceitos. 96. (FUNPAR/Pref. Tamandaré/2024) De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2021, uma em cada duas pessoas é etarista, ou seja, tem preconceito contra os mais velhos. Um levantamento feito pela Universidade de Michigan corrobora a tese, ao informar que 80% das pessoas acima dos 50 anos já experimentaram algum tipo de ageísmo, outra expressão para esse tipo de preconceito. Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/2023/08/22/e-possivel-educar-as-pessoas- contra-o-etarismo.ghtml. Adaptado. Com base no trecho, as expressões “etarismo”, “preconceito contra os mais velhos” e “ageísmo”: https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 38 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda a) são nomes dados às pessoas idosas. b) foram criadas pela OMS, em 2021. c) significam o mesmo tipo de preconceito. d) são usadas por 80% das pessoas. e) são usadas pelas pessoas com mais de 50 anos. 97. (RENATO LACERDA/CNU/2024) O Projeto de Lei 504/2020, de autoria da deputada estadual Marta Costa (PSD), propõe proibir publicidade que faça alusão à orientação e diversidade sexual relacionadas a crianças no Estado de São Paulo. Em síntese, o PL pretende proibir propagandas em qualquer veículo de mídia ou comunicação que “contenha alusão a preferências sexuais e movimentos sobre diversidade sexual relacionado a crianças”. No texto, a parlamentar estipula multae fechamento do estabelecimento que contenha essas referências. Se aprovado, fica proibida qualquer propaganda que faça alusão ao tema. Como exemplo mais prático, ficaria proibida qualquer propaganda ou publicidade com pessoas ou famílias LGBTQIA+ no estado de São Paulo. O projeto gerou grande mobilização na internet, com oposição de marcas como Ambev e Coca-Cola e de grandes agências de publicidade. A deputada Erica Malunguinho (PSol), a primeira transsexual na Assembleia Legislativa de São Paulo, liderou a oposição ao projeto, utilizando suas redes sociais para informar e mobilizar a população. A emenda de Malunguinho, apoiada por 32 deputados e pela sociedade civil através de campanhas de e-mail, foi aprovada, demonstrando o impacto da participação social e da comunicação na política. No que se refere à diversidade de sexo, gênero e sexualidade, é incorreto dizer que a) a proposta da deputada estadual Marta Costa vai de encontro aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) no que se refere à inclusão, igualdade e não discriminação. b) a expressão “preferências sexuais” não é amplamente reconhecida ou utilizada em contextos científicos ou acadêmicos, pois o adequado é “orientação sexual”, que se refere à atração romântica e sexual de uma pessoa por outras, que inclui categorias como heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade e pansexualidade. c) contra o PL podem ser evocados os princípios da liberdade de expressão e da dignidade da pessoa humana, bem como o princípio da igualdade e da não discriminação, que se estende às questões de identidade de gênero e orientação sexual. d) segundo a Constituição Federal, a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão devem atender aos valores éticos e sociais da família, conceito jurídico que, a partir do entendimento mais moderno da Suprema Corte, corrobora com as motivações da deputada Marta Costa contra a ideologia de gênero. e) o Projeto de Lei 504/2020 não é uma iniciativa isolada e dentre outros fatores, decorre da maior visibilidade, do reconhecimento de direitos e da crescente inclusão da comunidade LGBTQIAP+, uma espécie de reação contrária de grupos religiosos e conservadores com grande representatividade no cenário político contemporâneo. 98. (RENATO LACERDA/CNU/2024) De acordo com o Censo da População em Situação de Rua de 2020 realizado pela Prefeitura de São Paulo, o número de pessoas vivendo nas ruas aumentou 60% em relação a 2015. As principais causas apontadas incluem o desemprego, a falta de moradia acessível e a fragilidade das redes de apoio social. A despeito destes dados, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em primeira votação, um projeto de lei que estabelece multa de R$ 17 mil para quem não cumprir os requisitos ao doar alimentos a pessoas em situação de rua na capital. Tanto pessoas físicas quanto ONGs e entidades devem seguir uma série de regras para doar alimentos, que mobiliza a burocracia estatal e seus serviços, gerando entraves e custos públicos. Para pessoas físicas, por exemplo, é preciso limpar a área onde ocorrerá a distribuição https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 39 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda dos alimentos e fornecer tendas, mesas, cadeiras, talheres, guardanapos e outras ferramentas necessárias para a alimentação segura e obter autorização da Secretaria Municipal de Subprefeituras, bem como da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS). Por fim, todos os voluntários presentes na ação devem ser cadastrados junto à SMADS. No que se refere aos desafios da inclusão de pessoas em situação de rua, é correto dizer que a) A arquitetura hostil e a aporofobia são exemplos de práticas e atitudes que dificultam ainda mais a vida das pessoas em situação de rua, ao invés de resolver o problema de maneira estrutural. b) A gentrificação tem sido um processo benéfico para pessoas em situação de rua, pois resulta na revitalização de áreas urbanas e na criação de novas oportunidades de emprego. c) A exigência de equipamentos e autorizações específicas para a distribuição de alimentos, como tendas, mesas e talheres, é uma medida que facilita a inclusão social e o acesso a serviços básicos por parte das pessoas em situação de rua. d) As iniciativas do Padre Júlio Lancelotti, que promovem a distribuição de alimentos e apoio às pessoas em situação de rua, estão em total conformidade com as exigências do projeto de lei e não enfrentam nenhum obstáculo político. e) O aumento da população em situação de rua está diretamente relacionado ao crescimento econômico da cidade, que atrai mais pessoas em busca de oportunidades, resultando em um aumento natural dessa população. 99. (RENATO LACERDA/CNU/2024) O Estado possui os meios legítimos para o uso da força, tendo dela o seu monopólio. Contudo, mesmo o Estado, na figura de seus representantes, pode manifestar abusos e ações desproporcionais e desarrazoadas, que na maior parte das vezes acentua preconceitos e discriminações históricas. Em outras vezes, o uso da força ao assombro da democracia, por regimes de exceção que afastam os direitos humanos e caçam as liberdades em suas mais diversas formas. No que se refere à memória, violência de Estado e autoritarismo, é correto dizer que: a) A criação do Memorial da Anistia é um consenso político dos governos atuais por representar um marco na preservação da memória histórica e na busca por justiça para as vítimas do regime militar, contribuindo para a conscientização sobre os direitos humanos e a importância da verdade histórica. b) A Lei de Anistia facilitou a punição de torturadores e outros agentes do Estado responsáveis por violações durante o regime militar, promovendo a reconciliação nacional e a reparação das vítimas. c) A violência de Estado impacta de forma equitativa todas as camadas sociais, independentemente de raça ou classe social, refletindo um problema estrutural e não discriminatório nas práticas policiais brasileiras. d) As comunidades pobres e de maioria negra são as mais afetadas pela violência de Estado, sofrendo com a militarização das favelas e a aplicação seletiva da lei, conforme evidenciado pelo aumento das mortes por intervenção policial. e) A memória histórica tem pouco impacto na prevenção de violações de direitos humanos, sendo mais eficaz a aplicação de políticas de segurança pública baseadas na repressão e no controle rigoroso de favelas e regiões dominadas pelo narcotráfico. 100. (RENATO LACERDA/CNU/2024) A despeito de o Brasil ainda ser um dos países mais desiguais do mundo, ou talvez por causa disso, o combate às desigualdades aos poucos tem se firmado como um valor caro ao brasileiro, valor que – ouso dizer – se consolidou ao longo dos trinta anos que se seguiram à promulgação da Constituição Federal de 1988 (CF/1988). Ecoando um dos princípios do Estado moderno, a Carta Magna assinala a igualdade como um dos propósitos do https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 40 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda Estado democrático e um dos valores supremos da sociedade que se deseja para o Brasil. Portanto, a atual Constituição cria as condições para que o combate às desigualdades seja encarado como objeto de políticas de Estado no Brasil – apesar de os indicadores internos de desigualdade somente terem começado a cair anos após a promulgação da Carta. PINHEIRO, M.M.S. Desenvolvimento, planejamento e combate às desigualdadesno Brasil: notas sobre o papel das instituições a partir das contribuições teóricas de Celso Furtado e Amartya Sen. In: MAGALHÃES, L.C.G; PINHEIRO, M.M.S. Instituições e desenvolvimento no Brasil: diagnósticos e uma agenda de pesquisa para políticas públicas. Rio de Janeiro: Ipea, 2020. Quanto à diversidade e inclusão da sociedade, bem como quanto ao papel do Estado para reduzir as desigualdades e eliminar a discriminação, não se pode dizer que a) há sérios problemas distributivos relacionados a desvantagens pessoais (baixa renda, baixo nível de alfabetização, condições de saúde precárias, baixa autoestima etc.) que se reforçam mutuamente, criando a tendência de que certos grupos permaneçam excluídos dos principais benefícios dos mercados e do crescimento econômico em geral. b) na Constituição brasileira, a igualdade é assinalada como um dos propósitos do Estado e um dos valores supremos da sociedade almejada pelo povo, o que no plano interno ressalta a redução das desigualdades tanto sociais quanto regionais e, no plano externo, a igualdade entre os Estados como objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. c) uma das facetas da igualdade de direitos de cidadania na Constituição (vida, liberdade, segurança e propriedade) é o sufrágio universal, tendo o mesmo valor os votos de cada cidadão e, no mesmo diapasão, a “sociedade conjugal”, base da família, que atribui direitos e deveres iguais ao homem e à mulher. d) a Constituição prescreve a articulação da ação administrativa da União no espaço geoeconômico e social brasileiro com vistas ao desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais, o que é uma das funções do orçamento público. e) a ideia de desigualdade social e regional é desdobrada na Constituição em seus aspectos (renda, riqueza, resultados, oportunidades e outros), com claras distinções entre igualdade, equidade, homogeneidade e universalidade, ressaltando as diferenças entre desigualdade, inequidade, heterogeneidade e diversidade. 101. (RENATO LACERDA/CNU/2024) O Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 do governo federal estabelece diretrizes para o desenvolvimento do país nos próximos quatro anos. No contexto da inclusão social, o PPA tem como objetivo fortalecer a equidade de gênero, raça, etnia e garantir a inclusão de idosos e pessoas com deficiência. Além disso, o PPA inova ao definir indicadores- chave nacionais e metas, permitindo que o progresso seja acompanhado com transparência pela população. A visão de futuro expressa no PPA é a seguinte: “Um país democrático, justo, desenvolvido e ambientalmente sustentável, onde todas as pessoas vivam com qualidade, dignidade e respeito às diversidades.” No que se refere aos desafios sociopolíticos da inclusão de grupos vulnerabilizados e minorias, analise I – Ao propor como objetivos específicos do Programa de Atenção Especializada à Saúde a ampliação da oferta de Serviços de Reabilitação às Pessoas com Deficiência, no âmbito da atenção especializada do SUS, com vista à redução das desigualdades regionais e dos vazios assistenciais, o governo destaca a transversalidade de suas políticas públicas na agenda da diversidade. II – De acordo com dados oficiais que subsidiaram a formulação do PPA, nota-se que a situação é ainda mais desfavorável para mulheres negras, que possuem mais dificuldades de inserção no https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2024/01/resultado-de-participacao-e-dialogo-ppa-2024-2027-e-sancionado-sem-vetos-pelo-presidente-lula https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2024/01/resultado-de-participacao-e-dialogo-ppa-2024-2027-e-sancionado-sem-vetos-pelo-presidente-lula https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2024/01/resultado-de-participacao-e-dialogo-ppa-2024-2027-e-sancionado-sem-vetos-pelo-presidente-lula 41 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda mercado de trabalho, o que se confirma pela taxa de desemprego de 13,9% em 2022, a mais alta entre os grupos, evidenciando a intersetorialidade da exclusão nos problemas de raça e gênero. III – O Programa Nacional de Promoção dos Direitos da População em Situação de Rua tem como objetivo geral desenvolver ações voltadas para a implementação de polícas públicas e projetos intersetoriais e transversais, pois a problemática vai além das questões habitacionais e de renda, envolvendo ainda indicadores sociais de educação, saúde e emprego. Quanto às assertivas, é correto dizer: a) Todas estão erradas. b) Todas estão corretas. c) Apenas a II está errada. d) Apenas a I e a II estão erradas. e) Apenas a II e a III estão erradas. 102. (RENATO LACERDA/CNU/2024) Considere os versos da música abaixo, de composição de Lúcio Barbosa dos Santos, consagrada pela interpretação de Zé Ramalho, cantor, compositor e poeta brasileiro nascido na cidade de Brejo da Cruz, localizada na Paraíba, em 1949. Cidadão 'Tá vendo aquele edifício, moço? Ajudei a levantar Foi um tempo de aflição Era quatro condução Duas pra ir, duas pra voltar Hoje depois dele pronto Olho pra cima e fico tonto Mas me vem um cidadão E me diz, desconfiado Tu 'tá aí admirado Ou 'tá querendo roubar? Meu domingo 'tá perdido Vou pra casa entristecido Dá vontade de beber E pra aumentar o meu tédio Eu nem posso olhar pro prédio Que eu ajudei a fazer 'Tá vendo aquele colégio, moço? Eu também trabalhei lá Lá eu quase me arrebento Fiz a massa, pus cimento Ajudei a rebocar Minha filha inocente Vem pra mim toda contente Pai, vou me matricular Mas me diz um cidadão Criança de pé no chão Aqui não pode estudar Essa dor doeu mais forte Por que é que eu deixei o norte? Eu me pus a me dizer Lá a seca castigava Mas o pouco que eu plantava Tinha direito a comer 'Tá vendo aquela igreja, moço? Onde o padre diz amém Pus o sino e o badalo Enchi minha mão de calo Lá eu trabalhei também Lá foi que valeu a pena Tem quermesse, tem novena E o padre me deixa entrar Foi lá que Cristo me disse Rapaz deixe de tolice Não se deixe amedrontar Fui eu quem criou a terra Enchi o rio, fiz a serra Não deixei nada faltar Hoje o homem criou asa E na maioria das casas Eu também não posso entrar Fui eu quem criou a terra Enchi o rio, fiz a serra Não deixei nada faltar Hoje o homem criou asas E na maioria das casas Eu também não posso entrar Composição: Lucio Barbosa Dos Santos Intérprete: Zé Ramalho Considerada a diversidade brasileira, bem como os desafios sociopolíticos da integração nacional, inclusão e diminuição das desigualdades inter-regionais, identifique a alternativa correta: a) Dissociada do elitismo, a xenofobia brasileira tem raízes históricas e culturais, que reconfigurarem os espaços urbanos, definem quais são as formas mais eruditas da manifestação artística, limitando seu eixo de produção ao eixo Rio – São Paulo. b) As diferenças inter-regionais brasileiras são suavizadas pela promoção de políticas públicas inclusivas, com grande aceitação da força de trabalho migratória, o que ressalta o efeito sinérgico da solidariedade das elites urbanas, que recebem sem óbice os trabalhadores da região nordeste. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 42 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda c) O estereótipo do “paraíba” evidencia e acentua o caráter discriminatório das elites urbanas, que enxerga os nordestinos como uma ameaça à estabilidade econômica e socialdas comunidades receptoras, o que tem pouca ou nenhuma relação com os governos central e local. d) Combater a xenofobia requer não apenas a conscientização sobre suas causas e manifestações, mas também políticas públicas e ações educativas que promovam a tolerância, o respeito à diversidade e a inclusão social, sem que se desconsiderem as intervenções locais do governo federal para a geração de desenvolvimento econômico e social. e) O preconceito e a discriminação contra nordestinos combinam fatores históricos e socioeconômicos, com pouca influência de fatores culturais, dada a ampla aceitação e valorização da cultura nordestina. 103. (RENATO LACERDA/CNU/2024) Governos vêm e vão. Com eles e sua ideologia, ao chegarem, reconfiguram-se as arenas política e os espaços de discussão, com pautas, prerrogativas e privilégios de certos grupos em detrimento de outros. Não raro, vê-se a sucessão de governos que negligenciam o impacto ideológico de suas filiações partidárias nos direitos humanos, ainda que internacionalmente consagrados, mesmo sendo o Brasil signatário destes direitos no plano internacional. Nesse contexto, minorias desprivilegiadas historicamente sofrem de certa asfixia política, com perda de voz e representatividade e com sérias afrontas a direitos até então tutelados. Importante dizer que tais direitos constam na Constituição segundo premissas de uma democracia que é legal e política, mas que está muito longe de ser uma democracia social. Considerando a importância da institucionalização das políticas públicas de direitos humanos e sua na proteção da diversidade e inclusão social, marque a alternativa correta a) A institucionalização das políticas públicas como políticas de governo garante a efetividade dos direitos humanos em favor de minorias e grupos vulnerabilizados a exemplo dos indígenas, dos negros, das pessoas com deficiência e dos membros da comunidade LGTIAP+. b) A proteção dos direitos das comunidades remanescentes dos quilombos foi reconhecida pela Constituição Federal, além de outras legislações específicas, que visam garantir a titulação de suas terras e o reconhecimento definitivo de sua posse e propriedade, o que ocorre sem óbice de empresas agropecuárias, mineradoras e especuladores imobiliários. c) Para que uma política pública tenha mais força, resistindo às mudanças ideológicas da transição do poder, é necessário que ela se institucionalize como política de Estado, o que requer tanto a transversalidade de uma determinada política pública em várias áreas ou setores governamentais quanto a intersetorialidade, cooperação e articulação entre diferentes setores do governo e da sociedade. d) Ações afirmativas são políticas públicas permanentes, orientas à diminuição das desigualdades historicamente estabelecidas nas estruturas da sociedade. e) As políticas públicas e as ações afirmativas sofrem pouca influência das elites religiosas brasileiras, uma vez que a laicidade do Estado é garantida pela própria Constituição Federal. 104. (RENATO LACERDA/CNU/2024) “Não se nasce mulher: torna-se mulher” – esta célebre frase é uma síntese do pensamento de Beauvoir sobre a construção social do gênero e a condição da mulher na sociedade. Ao afirmar que "não se nasce mulher", Beauvoir está rejeitando a ideia de que a identidade feminina é determinada apenas pela biologia ou pela natureza. Em vez disso, ela argumenta que a feminilidade é moldada por normas sociais, valores culturais e expectativas impostas às mulheres desde o nascimento. Para além das questões de gênero, analisadas pela dicotomia entre o feminino e o masculino, diversas outras nuanças e aspectos são discutidos pela sociedade contemporânea. Quanto ao tema de sexo, gênero e sexualidade, aponte a alternativa correta: https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 43 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda a) A inserção de letras e o caráter aberto da sigla que representa as comunidades LGBTQIAP+ tem relação com a necessidade de inclusão e representatividade de pessoas ou grupos que são tradicionalmente invisibilizados e vulnerabilizados, de modo que seu caráter extensivo, além de simbólico, reconhece o amplo espectro das questões da identidade de gênero, apartas da orientação sexual. b) A opção sexual refere-se ao padrão de atração emocional, afetiva e sexual de uma pessoa em relação a outras, o que é preponderante em sua identidade e pode se manifestar de diversas maneiras, a exemplo das mulheres e dos homens trans. c) Além das categorias binárias tradicionais de homem e mulher, há uma ampla gama de identidades de gênero, incluindo não-binário, gênero fluido, agênero, bigênero, cisgênero e transgênero, que identifica a percepção subjetiva de uma pessoa sobre seu próprio gênero. d) A garantia dos direitos das comunidades LGBTQIAP+ não sofre influência do governo, pois são preocupação do Estado, que garante o cumprimento da Constituição, afastando a possibilidade de políticas públicas discriminatórias. E) O Estado garante a igualdade e a inclusão de pessoas trans no contexto social, seja quanto à sua integridade de sua vida, quanto à vida com dignidade, com acesso ao sistema único de saúde e ao mercado de trabalho. 105. (RENATO LACERDA/CNU/2024) A pesquisa “Nascer no Brasil: inquérito nacional sobre parto e nascimento” fez um estudo em 2014 coordenado pela FIOCRUZ, que investigou as práticas de parto e nascimento no Brasil. Embora o estudo não se concentre especificamente na violência obstétrica, os resultados destacam desigualdades no acesso a cuidados de saúde materna entre diferentes grupos raciais e étnicos. De acordo com os dados do estudo, mulheres negras e indígenas têm maior probabilidade de passar por intervenções médicas desnecessárias durante o parto, como cesarianas desnecessárias e episiotomias, em comparação com mulheres brancas. Além disso, mulheres negras relataram experiências mais negativas durante o parto, incluindo falta de respeito, discriminação e violência obstétrica. Considerando as questões de gênero e raça, bem como as formas estruturais da discriminação e afronta a direitos fundamentais, o conceito que se aplica para o agravamento da exclusão de grupos vulnerabilizados pelo efeito cumulativo é o a a) interseccionalidade b) transversalidade c) interseccionalidade d) complementariedade e) subsidiariedade 106. (FCC/DPE-SP/2023) Considere o texto abaixo: Enquanto categoria de resistência, a amefricanidade nasce como uma tentativa de oferecer caminhos para pensar e intervir de forma imbricada sobre todas as formas de opressão. Congrega disputas que decorrem dos atravessamentos que o racismo, sexismo, cis-heterossexualidade compulsória, capitalismo, cristianismo, capacitismo e imperialismo impõem aos corpos e experiências moídos pela colonialidade. (PIRES, Thula. Direitos humanos e Améfrica Ladina: por uma crítica amefricana ao colonialismo jurídico, 2019) A construção dos direitos humanos a partir da categoria da “amefricanidade”, abordada no texto, consiste numa a) crítica ao eurocentrismo dos direitos humanos que busca dar visibilidade ao sistema africano de proteção e à experiência negra transnacional. b) racialização do debate sobre os direitos humanos a partir de uma nova linguagem, que visa incluir formalmente pessoas e experiências negras nas grandes declarações de direitos humanos. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 44 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda c) crítica ao discurso hegemônico dos direitoshumanos, baseado na afirmação da universalidade do sujeito de direito forjada pela exclusão material subjetiva e epistêmica dos povos subalternizados. d) releitura dos direitos humanos, buscando a inclusão de categorias referentes a opressões nos tratados produzidos atualmente na América Latina e na África. e) crítica à colonialidade do poder jurídico, buscando a inclusão dos povos subalternizados no sistema universal de direitos humanos. 107. (FGV/Paulínea/2021) Ageísmo se refere aos estereótipos, aos preconceitos e à discriminação dirigidos às pessoas, com base em sua idade. Sobre o ageísmo, é correto afirmar que a) é um fenômeno somente presente nas relações interpessoais. b) pode ser institucional, interpessoal ou autodirigido. c) a interação entre ageísmo, racismo e sexismo suaviza o impacto no bem-estar dos indivíduos. d) o contato intergeracional não reduz o risco do estabelecimento de ageísmo. e) ser mais velho, ser dependente de cuidados ou ter uma expectativa de vida saudável menor, reduz o risco de ser alvo de ageísmo. 108. (VUNESP/PM-SP/2019) Ainda que as transformações demográficas tenham cada vez mais repercutido no aumento da proporção e do número de idosos na sociedade de maneira global, se observa que certos estereótipos com relação à velhice seguem prevalecendo como visões parciais e confusas dessa etapa da vida. Um conjunto de atitudes, em geral negativas e que se expressam de diferentes maneiras, no que diz respeito ao envelhecimento, ainda que nem sempre de modo intencional, caracteriza a gerofobia (do grego gero = velho ou idoso fobos = temor, medo), a qual, atrás do rascismo e sexismo, é a terceira forma mais comum de discriminação. O termo se refere a visões e atitudes depreciativas para com os idosos, a exemplo da discriminação pela idade ou da imposição da perda de protagonismo, que se observa a partir de uma lógica marginalizadora, respaldada socialmente na “ditadura” da idade. (Neilson Santos Meneses. Gerofobia. Universidade Federal de Sergipe. Disponível em: http://www.ufs.br/conteudo/20100-gerofobia. Adaptado) Em conformidade com o texto, podemos perceber que diversas formas de preconceito – como gerofobia, racismo e sexismo – contribuem para a desumanização e coisificação do outro. Desse modo, conclui-se que a) as atitudes que expressam preconceitos são intencionais e podem ser revertidas ao coisificar o outro. b) os processos de coisificação do outro ocorrem como resultado de atitudes positivas de respeito pela diferença. c) a perda de protagonismo das pessoas discriminadas é superada por meio de processos de desumanização. d) os preconceitos em geral se baseiam em uma lógica de marginalização e coisificação do outro. e) os estereótipos que servem de base a atitudes preconceituosas adotam uma lógica de humanização do outro. 109. (VUNESP/Pref. Taubaté/2024) De acordo com uma análise elaborada pela Organização Mundial de Saúde, realizada com mais de 83 mil pessoas em 57 países, o preconceito em razão da idade é fenômeno universal e transcultural, sendo que a maioria das pessoas desconhecem os estereótipos subconscientes que possuem em relação às pessoas idosas. No trabalho com famílias de diferentes faixas etárias, esse dado é relevante. Denomina-se preconceito em relação à idade: a) Antissemitismo. b) Capacitismo. c) Homofobia. https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 45 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda d) Xenofobia. e) Ageísmo. 110. (IBADE/Pref. Vila Velha/2020) A figura a seguir revela a estrutura etária brasileira, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a partir da construção de pirâmides etárias absolutas. Analisando os gráficos, observamos uma tendência de ampliação do número de pessoas idosas (com 60 anos ou mais), alterando o formato da pirâmide etária em relação ao ano de 1980, com alargamento do topo e estreitamento da base. A estimativa do IBGE é de que em 2060, aproximadamente 1/3 da população brasileira será de pessoas idosas. Sendo assim, torna-se necessário pensar em estratégias para promover um envelhecimento ativo, saudável, cidadão e sustentável da população brasileira. Nesse sentido, foi instituída a Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa, por meio do Decreto nº 9.328, de 3 de abril de 2018. I. Oferta de oportunidades para a convivência das pessoas idosas com pessoas de diferentes idades, como forma de evitar o isolamento social. II. Ambientes físicos e relacionais mais favoráveis ao envelhecimento, livres de barreiras arquitetônicas e urbanísticas e de discriminação por idade. III. Combate ao abuso financeiro, psicológico ou físico e à violência contra a pessoa idosa. IV. Eliminação da perda de autonomia e de dependência. V. Erradicação de fragilidades e doenças crônicas, alcançada por ações de promoção da saúde e do bem-estar; VI. Superação total de vulnerabilidades e de desigualdades sociais. Baseando-se nessa estratégia, assinale a seguir a alternativa que apresenta apenas os resultados esperados por ela: a) I, II e III. b) I, IV e V. c) II, III e IV. d) II, IV e V. e) I, III e IV. Gabarito 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 C E E C C C D C A E C A C D D C E E A B 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 D A D D C B C A A E A D D C A A E C C A 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 C B E B E E C B E B C C E C D D C C C D https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso 46 Instagram: @renatolacerdaprof Youtube: @relacerda 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 C B C E C A B C B C B D D B A A D A C E 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 B C E E D E C A A C E A A D A C D A D E 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 C D C C A C B D E A https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://www.instagram.com/renatolacerdaprof/ https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso https://youtube.com/@relacerda?si=_70mwxihAEYHMyso