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Aula 09
Arquitetura para Concursos - Curso
Regular - 2022
Autor:
Moema Machado
03 de Abril de 2022
12190866731 - Vinícius Felix
 
 
 
 
 
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1 - Introdução ....................................................................................................................2 
2 - Som ..............................................................................................................................5 
2.1 – Propriedades do Som ............................................................................................................... 7 
2.2 – Natureza ondulatória do Som ................................................................................................ 18 
2.2 - Transmissão x Absorção ......................................................................................................... 29 
3 - NBR 16313:2014 – Acústica – Terminologia ................................................................ 31 
4 - NBR 10152:2017 – Acústica – Níveis de Pressão Sonora em Ambientes Internos a 
Edificações ...................................................................................................................... 42 
5 - NBR 12179 – Tratamento Acústico em Recintos Fechados .......................................... 49 
6 - NBR 10151 – Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas Visando o Conforto Acústico 
(ABNT, 2000) ................................................................................................................... 59 
7 - Manual Pro Acústica sobre a Norma de Desempenho................................................. 61 
7.1 - Instalações, Equipamentos Prediais Sistemas Hidrossanitários ............................................ 62 
7.2 - Sistemas de Pisos .................................................................................................................... 63 
7.3 - Sistemas de Vedações Verticais Internas | Paredes ............................................................... 66 
7.4 - Sistemas de Vedações Verticais Externas | Fachadas ............................................................ 69 
7.5 - Sistemas de Coberturas .......................................................................................................... 70 
8 - Como Atingir o Conforto Acústico? ............................................................................. 71 
8.1 – Influências na Propagação do Som ao Ar Livre ..................................................................... 74 
8.2 – Procedimentos para controlar o ruído ................................................................................... 86 
8.3 – Materiais e Sistemas .............................................................................................................. 88 
8.4 - Geometria interna dos recintos .............................................................................................. 90 
9 – Resolução de Questões .............................................................................................. 92 
10 – Lista de Questões ................................................................................................... 154 
11 – Gabarito ................................................................................................................ 162 
12 – Bibliografia ............................................................................................................ 163 
 
 
 
 
 
Moema Machado
Aula 09
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Oi!!!!! Preparados para mais uma aula? Vamos aprender muito! Parabéns por estarem correndo 
atrás dos seus sonhos! 
Esse tema, quando cobrado, normalmente, só apresenta uma questão, no máximo, duas. O custo-
benefício não é tão grande, mas, vale a pena estudar! 
1 - INTRODUÇÃO 
Para fecharmos esse assunto sobre conforto ambiental, vamos tratar sobre o conforto acústico. E 
abordar também, o desempenho acústico das edificações, assim como a questão do ruído e o 
desenvolvimento sustentável. 
Mas, de uma forma bem breve, pois não é um assunto tão cobrado em provas e quando cobrado, 
normalmente, é a respeito de projetos de auditórios e as principais definições e conceitos acerca 
do som. 
“O ruído das grandes cidades é considerado a terceira maior poluição ambiental: ar, água 
e ruído. Efeitos conhecidos do ruído: distúrbio do sono, interferência na fala, desconforto 
geral e efeitos cardiovasculares. 
Os efeitos adversos iniciam a partir de 45-50 dB. Atualmente mais de 50% da população 
mundial vive em cidades. Na Europa, o nível de ruído ambiental (Leq,24h) atinge 60 a 65 
dB, produzido por veículos que obedecem a normas de ruído. Em algumas cidades 
brasileiras a situação é bem pior, provocada principalmente pela manutenção 
insuficiente das vias e dos veículos, aliada ao uso incorreto de buzinas e amplificadores 
de som. Redução destes efeitos requer diversas ações em várias áreas, envolvendo 
autoridades e indivíduos. 
Incentivos para modernização de frota, manutenção apropriada de vias e veículos, 
educação para o trânsito e planejamento urbano apropriado, dependem de decisões de 
governos.” (Simões, 2011) 
Atualmente, vêm sendo discutidas temáticas que abordam a preocupação com o aumento dos 
níveis de ruído e queda da qualidade de vida nas grandes cidades. 
Quantas vezes fechamos as janelas e ligamos o ar condicionado para evitar a entrada de ruído em 
nossos ambientes de trabalho ou repouso? 
Aumentamos nosso consumo de energia para obter conforto acústico, mas não seria melhor 
diminuir a emissão de ruídos incômodos, atuando nas fontes sonoras? 
Fica evidente a incompatibilidade entre conforto térmico (ventilação) e conforto acústico em 
grandes centros urbanos. 
Fontes responsáveis pelo ruído urbano: 
 Fontes estacionárias: equipamentos urbanos (discotecas, restaurantes, templos, parques, 
bares...), construção civil, fábricas, eletrodoméstico, esportes, diálogos... 
 Fontes que provêm do tráfego ferroviário. 
Moema Machado
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 Fontes provenientes de aeronaves em sobrevoo às áreas habitadas. 
 Fontes de ruído que compõem o tráfego viário: automóveis, utilitários, motocicletas, ônibus, 
caminhões, etc. 
Atualmente o ruído é uma das perturbações que mais afetam os seres vivos, tanto de dia quanto 
de noite, e tanto no exterior quanto no interior das residências e locais públicos. 
 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
Moema Machado
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Já o Desempenho Acústico das Edificações está ligado aos fenômenos de Absorção Acústica e 
Transmissão de sons entre ambientes. A Norma de Desempenho ABNT NBR 15575 limita o ruído no 
interior dos edifícios. O seu cumprimento é OBRIGATÓRIO e impacta a todos os novos EDIFÍCIOS 
RESIDENCIAIS (a partir de julho de 2013). 
 
(Simões, 2011) 
O Conforto Acústico envolve aspectos psicológicos e fisiológicos na recepção, como os sons são 
percebidos, o que são os Graves e os Agudos e a inteligibilidade das mensagens orais. 
Para a obtenção do Conforto Acústico, serão abordadas a produção, a propagação e a recepção dos 
sons audíveis para a orelha humana, estudando as características dos materiais de construção, seu 
desempenho e sua correta especificação. 
Para alcançarmos o conforto acústico no projeto, devemos nos preocupar com as condições 
acústicas externas e internas do edifício projetado. Lembrando que, dependendo do uso da 
edificação, essa poderá ser fonte de ruído para o entorno ou ficar fragilizada por sua interferência. 
O projeto acústico melhora a qualidade do ambiente construído e proporciona edificações 
adequadas às suas finalidades.A Acústica é a ciência que estuda o som. O som é um fenômeno que tem grande predominância em 
nossa vida cotidiana. Em forma de palavra, de música, de ruído, é o principal sistema de transmissão 
de mensagens. 
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Este fenômeno físico, cuja característica mais relevante é a imaterialidade possui um 
forte componente subjetivo: pode tanto provocar sensações prazerosas, como ser uma 
fonte de incômodo. 
A Acústica se aplica a diversas áreas do conhecimento, mas, vamos focar na arquitetura. 
 
(Bistafa, 2012) 
A Acústica Arquitetônica estuda o fenômeno sonoro que consiste na produção, propagação e 
recepção do som no espaço construído, abrangendo os conhecimentos da acústica física (estudos 
da produção e propagação do som) e da psicoacústica (estudo da recepção do som, que define 
como o homem percebe o som em seu entorno). 
2 - SOM 
Um som é, muitas vezes, a única informação possível para o que ocorre fora do nosso campo visual. 
No entanto, enquanto podemos desviar o olhar, para evitar uma visão desagradável, é impossível 
selecionar – de forma precisa – o que nos interessa ouvir. A audição complementa a visão na 
identificação dos elementos externos do entorno. 
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Vamos entender, primeiramente, a diferença entre som e ruído. 
Segundo Sylvio Bistafa, o som é a sensação produzida no sistema auditivo, e ruído é um 
som indesejável, em geral de conotação negativa. 
Sons são vibrações das partículas do ar que se propagam a partir de estruturas vibrantes, mas nem 
toda estrutura que vibra gera som. As cordas de um violino só produzem som, se estiverem 
instaladas de forma adequada, devendo estar presas, e as vibrações serem introduzidas de forma 
correta. Também, caso sejam colocadas em vibração por alguém que não é músico, vão produzir 
sons musicais, provavelmente, sem harmonia. Dessa forma, ruído pode ser também definido como 
um som sem harmonia. 
Considerando ruído como som indesejável, insinua-se o julgamento da serventia do som, um 
julgamento que depende do contexto. Sons que, para todos os efeitos, seriam qualificados como 
ruído podem, no entanto, transmitir informações úteis. (exemplos: alarmes e sirenes de ambulância 
e de veículos policiais, percepção de algum problema no carro ou eletrodoméstico, etc.) 
Há aplicações, inclusive, em que um ruído é utilizado no combate a outro mais perturbador, 
fazendo-se uso da técnica de mascaramento sonoro. 
No entanto, na maioria das vezes, os ruídos geram diversos efeitos indesejáveis, como: em níveis 
suficientemente elevados, a perda da audição e aumento da pressão arterial (efeitos fisiológicos), 
incômodos (efeitos psicológicos), como perturbação do sono, stress, tensão, queda do 
desempenho, interferência com a comunicação oral, irritação e, por fim, efeitos mecânicos, como 
danos e falhas estruturais. 
Alguns problemas causados pelo ruído em recintos: 
 Risco de perda de audição em uma indústria. 
 Redução da inteligibilidade da fala em uma sala de aula. 
 Dificuldade de concentração em uma biblioteca. 
 Perturbação do sono em um dormitório. 
 Dificuldade de comunicação oral em um restaurante, em uma sala de estar, etc. 
O controle do ruído é uma tecnologia multidisciplinar que visa obter um nível de ruído aceitável em 
determinado ambiente, de acordo com aspectos econômicos, operacionais, legais, médicos, 
psicológicos e culturais. 
O som é caracterizado por grandezas físicas, enquanto as sensações são caracterizadas por 
grandezas psicoacústicas. 
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(Bistafa, 2012) 
2.1 – PROPRIEDADES DO SOM 
Já sabemos que o som é uma onda. Mas, o que é uma onda? É uma perturbação, abalo 
ou distúrbio propagado através de um meio gasoso, líquido ou sólido, ou no caso de 
algumas ondas, no vácuo. 
A principal característica do movimento ondulatório é a propagação. Onda é algo que se movimenta 
pelo espaço, transportando energia, sem que, a rigor, haja deslocamento de matéria. 
As ondas, quanto a sua natureza, podem ser mecânicas ou eletromagnéticas: 
 Mecânicas: produzida pela vibração (deformação) do meio material. (ondas na corda, ondas 
sonoras, ondas na água); 
 Eletromagnéticas: Produzidas por variação dos campos elétrico e magnético (ondas de rádio, 
micro-ondas, infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios-x e raios-gama). Não dependem do 
meio para se propagar. 
Elementos de uma onda: 
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 Amplitude (A): é o deslocamento máximo vertical da onda; (W/cm2, W/m2, mV, V, m, cm, 
mm, etc). 
 Período (T): corresponde ao tempo necessário para que a onda percorra um ciclo completo 
(segundo). 
 Frequência (f): corresponde ao número de ciclos por unidade de tempo (Hertz). 
 Fase (φ): corresponde à diferença da posição inicial de vibração da onda em relação à posição 
zero no instante inicial. 
 
 Comprimento de Onda (  ): É a distância que uma onda percorre durante o tempo de um 
período T. Pode ser entendida como a distância entre dois pontos consecutivos do meio que 
vibram em fase. 
 
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Ondas periódicas: “Quando a perturbação que produz a onda se repete periodicamente, ou seja, 
produz ondas com mesmo período ao longo do tempo.” 
O som é uma onda mecânica caracterizada por 3 grandezas físicas: Pressão (P), Intensidade (I) e 
Potência (W) Sonoras. 
Abaixo, trago trecho do livro “Bê-á-bá da acústica arquitetônica “ (Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
“A acústica só se torna um dado de projeto a partir do momento em que se entende o 
que é o fenômeno chamado som e como ele se propaga, pois este é um conhecimento 
elementar para promover a qualidade acústica do ambiente. 
Como uma definição simplificada, pode-se dizer que, na maioria dos casos, o som tem 
sua origem na vibração de um objeto, provocando a vibração de partículas do meio e 
sendo capaz de ser captado pelo ouvido humano. Nessa definição, limita-se o tipo de 
vibração aqui estudada, pois nem toda vibração é percebida pelo ouvido humano. Além 
disso, quando se fala em “partículas do meio”, para a construção civil, esse meio refere-
se basicamente ao ar e aos materiais de construção. 
A voz humana ou o som de um instrumento, para chegar a ser captados pelo ouvido 
humano, têm como meio de propagação o ar. Por outro lado, se o som pode ser percebido 
através de dois ambientes, que contam com uma superfície de separação entre eles 
(exemplo: uma parede), isso significa que a superfície é um meio vibrante, por menor que 
seja essa vibração (Figura 18). 
 
As vibrações sonoras propagam-se pelo ar em razão de pequenas alterações provocadas 
na pressão atmosférica, configurando-se como ondas sonoras. Ao sofrer um estímulo 
sonoro (vibração), as partículas do ar são submetidas a sucessivas compressões e 
rarefações (Figuras 19 e 20), de forma que o movimento de uma partícula provoca a 
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vibração da partícula vizinha, resultando na propagação sonora. Em outras palavras, as 
partículas não se deslocam se o meio não estiver em movimento, mas sim vibram em 
torno de seu centro de equilíbrio, transmitindo energia sonora até se extinguir a flutuação 
da pressão sonora. 
 
 
A grandezada pressão exercida sobre a atmosfera determina o máximo deslocamento 
da partícula em relação ao seu centro de equilíbrio. Esse pequeno deslocamento é 
chamado de amplitude (Figura 20). 
 
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O número de vezes que uma partícula completa um ciclo de compressão e rarefação em 
determinado intervalo de tempo ao redor de seu centro de equilíbrio, ou seja, o número 
de vezes que ela passa por uma mesma fase de vibração, é denominado frequência. 
Normalmente a frequência é uma grandeza medida em Hertz (Hz), que representa o 
número de ciclos por segundo (c.p.s.). 
A maioria das fontes sonoras contém várias frequências, determinando a percepção 
sonora da característica chamada tom. O tom puro caracteriza-se por uma única 
frequência (diapasão), no entanto, normalmente, as fontes sonoras apresentam um tom 
complexo (mais de uma frequência). A frequência mais baixa de uma fonte é chamada 
fundamental ou primeiro harmônico. 
Para que seja audível ao ouvido humano, as frequências devem se situar entre 20 e 
20.000 Hz. As frequências mais altas, com maior número de oscilações temporais, 
correspondem aos sons agudos, enquanto as frequências mais baixas, com menor 
número de oscilações temporais, aos sons mais graves.” (Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
 
 
Pausa: Mas, professora, por que preciso saber sobre sons agudos e sons graves? Por um acaso isso 
aqui virou aula de música? (Não! Mas, um músico irá levar vantagem nessa aula. Rs) 
Porque os sons agudos se caracterizam por frequências altas, logo, menor comprimento de onda, 
enquanto os sons graves se caracterizam por frequências baixas e maior comprimento de onda. O 
comprimento da onda é característica de importância fundamental para o desempenho acústico, 
revelando se as superfícies têm dimensões adequadas para que ocorra a distribuição sonora 
desejada no ambiente. 
Os sons com frequência mais altas são mais fáceis de serem absorvidos e de serem refletidos por 
uma barreira. 
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Além da amplitude, do comprimento de onda e da frequência, a maioria das fontes 
sonoras caracteriza-se por apresentar direcionalidade. 
 
 
 
O comportamento da onda sonora, considerando apenas o som direto (raio sonoro sem 
influências das superfícies ou obstáculos), tende a propagar-se esfericamente. Portanto 
a intensidade do som (W/m2) decai à medida que se afasta da fonte, pois a área de 
distribuição da energia sonora aumenta. 
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(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
Para fixarmos bem, vamos ver, abaixo, as propriedades do som à luz do Guia Procel Edifica. 
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Acústica Arquitetônica – Guia Procel Edifica 
 
3 PROPRIEDADES DO SOM 
 
Definição: O som é a sensação auditiva produzida por uma variação da pressão 
atmosférica a partir de vibração mecânica, que se propaga em forma de ondas, através 
de meio elástico e denso. Portanto, para que haja propagação de som, é necessário que 
haja um meio, um canal de transmissão. O mais comum dos meios de propagação é o Ar. 
No vácuo não existe som. O som também pode se propagar em meios sólidos como a 
estrutura dos edifícios, a terra, etc., e até mesmo em meios líquidos como a água, por 
exemplo. 
Produção do Som: Para que se produza som é preciso que uma superfície qualquer saia 
do repouso através de estímulo mecânico e vibre. A superfície vibrante é chamada de 
Fonte Sonora. A vibração é transmitida pelo ar na forma de ondas esféricas, que 
produzem uma pequena variação periódica da pressão atmosférica. 
Propagação do Som: A propagação, variação periódica em forma de ondas, tem 
características determinadas: 
• Frequência F = o número de ciclos que a onda sonora completa em um segundo chama-
se de cps ou Hertz, abreviatura Hz, que nos dá a sensação de graves (baixas frequências) 
e agudos (altas frequências). 
As Normas Internacionais indicam que se analisem principalmente os sons 
compreendidos nas faixas de frequência de 125 Hertz e seus múltiplos, 250, 500, 1.000, 
2.000 e 4.000 Hz. 
• Velocidade de propagação c 
No Ar, c λ 340 m/s (metros por segundo) 
• Comprimento de onda λ (lambda) = distância entre frentes de máxima energia 
c/F = λ, proporciona comprimentos de ondas de 2,72 m em 125 HZ, até 0,08 m em 4.000 
Hz. 
As notas musicais de um piano, por exemplo, têm frequências fundamentais de 27,5 Hz 
(baixa frequência, som grave) a 4.400 Hz (alta frequência, som agudo). 
A velocidade de propagação c depende principalmente do meio em que o som se produz. 
Quanto mais rígido o material maior a velocidade de propagação, como se observa na 
tabela 1. 
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Quando o som se propaga pelo ar, a velocidade é influenciada também por sua umidade 
relativa e pela temperatura. A absorção sonora varia em função da frequência e do grau 
de umidade relativa do ar. Quanto mais alta a frequência (mais agudo), maior será a 
absorção acústica. Por isso, ao aproximar-se de uma festa, ouve-se primeiro os sons 
graves, que possuem mais energia, e à medida que se aproxima da fonte sonora, começa-
se a se ouvir os sons médios e posteriormente os sons agudos. 
Como os sons graves têm mais energia, eles se transmitem com maior facilidade através 
dos materiais de construção, sendo necessário o conhecimento do espectro do ruído para 
dimensionar adequadamente o isolamento acústico. 
A intensidade ou volume do som é chamado de Nível de Pressão Sonora e pode ser medida 
em Pascal, em bar ou em deciBell. Esta última leva o nome do grande inventor do telefone 
Graham Bell, em reconhecimento por sua contribuição à ciência. Como um Bell é muito 
grande, utiliza-se o deciBell, dB, ou decibel, um décimo de Bell. 
 
 
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O NPS diminui em 6 (seis) dB cada vez que dobra a distância da fonte, facilmente 
compreendida pela observação da figura 1, acima. A uma distância L1 da fonte, tem-se o 
NPS P1. Dobrando esta distância, L1 x 2 = L2, teremos o nível P1 divido por quatro, P1 / 4 
= P2. Como a escala deciBell (ou decibel) é uma escala logarítmica, onde a metade da 
pressão sonora representa uma diminuição de 3 (três) dB, um quarto da pressão sonora 
representaria uma diminuição de 6 (seis) dB no nível medido. 
Apresenta-se na tabela 2 a escala decibel, logarítmica, na sua ponderação mais usual, 
em dBA, com exemplos de níveis de ruído. 
 
Nosso sistema auditivo não responde de modo linear aos estímulos que recebe, mas sim 
de forma logarítmica. Dessa forma, o uso do decibel, em escala logarítmica, simplifica a 
avaliação dos níveis de pressão. 
 
Adição de Níveis Sonoros: 
Os níveis sonoros são grandezas logarítmicas, portanto, não podem ser adicionados 
aritmeticamente. 
 
Qualquer situação acústica envolve, necessariamente, três elementos: fonte sonora, meio de 
propagação e receptor. 
O nível sonoro percebido pelo receptor depende da quantidade de energia sonora emitida pela 
fonte e das características do meio de propagação – o chamado campo sonoro. 
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CONCEITOS BÁSICOS 
• SOM: TODAE QUALQUER VIBRAÇÃO OU ONDA MECÂNICA EM UM MEIO ELÁSTICO DENTRO DA 
FAIXA DE AUDIO FREQUÊNCIA 
• PARAMETRAGEM DA ONDA SONORA: 
– PERÍODO, tempo de um ciclo completo, (s) 
– FREQUÊNCIA, número de ciclos no tempo (cps, Hz) 
– AMPLITUDE, deslocamento máximo em relação ao ponto de equilíbrio (fração de metro) 
– COMPRIMENTO DE ONDA, distância percorrida em um ciclo completo (fração de metro) 
• GRANDEZAS SONORAS 
– PRESSÃO SONORA, diferença entre determinada pressão e a normal atmosférica (N/m², P) 
– INTENSIDADE SONORA, quantidade de energia transportada por unidade de superfície normal ao 
deslocamento, (W/m²) 
– POTÊNCIA SONORA, capacidade de energia possível de ser liberada por uma fonte, (W) 
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Pessoal, repeti os conceitos de várias formas para que vocês possam assimilar melhor, já que são 
conceitos básicos. Eu, particularmente, gosto de entender o porquê das coisas, pois assim, consigo 
assimilar o conhecimento, sem esquecer e poder resolver qualquer questão a respeito. 
Agora, vamos entender a natureza ondulatória do som: reflexão, refração, difração, interferência, 
superposição e ressonância. 
2.2 – NATUREZA ONDULATÓRIA DO SOM 
2.2.1 - Reflexão do Som 
O comportamento do som sobre uma superfície assemelha-se ao da luz, sendo que os 
comprimentos de onda da luz são bem menores. 
O som que nosso ouvido percebe é a composição do som direto da fonte e as subsequentes 
reflexões sofridas pela onda sonora. 
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(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
A reflexão do som pode dar origem ao reforço, à reverberação ou ao eco, dependendo do intervalo 
de tempo entre a percepção do som direto e do refletido. 
 Reforço: ocorre quando a diferença entre os instantes de recebimento do som refletido e do 
som direto é praticamente nula. O ouvinte apenas percebe um som mais intenso (maior 
quantidade de energia); 
 Reverberação: ocorre quando a diferença entre os instantes de recebimento dos dois sons, 
propagando-se no ar, é pouco inferior a 0,1 segundos. Ou seja, o obstáculo deve estar a uma 
distância menor de 17 metros; 
 Eco: ocorre quando os dois sons, direto e refletido, são recebidos num intervalo de tempo 
superior a 0,1 segundos. Ou seja, o obstáculo que refletirá o som, no ar, deve estar a uma 
distância maior de 17 metros; 
 
(Goulard & al) 
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Beranek, Music, acoustic and architecture (Wiley, 1962) 
 Eco palpitante: Eco resultante de sucessivas reflexões entre paredes paralelas muito 
próximas. 
O ouvido humano só consegue distinguir dois sons que chegam a ele com um intervalo de tempo 
superior a um décimo de segundo (0.1 s). Se, em algum ponto de uma sala, a diferença de caminhos 
entre o som direto e o refletido for muito grande, a audição será confusa, pois o receptor receberá 
dois sons. 
 
(Costa, 2003) 
Acima, temos a utilização de superfícies refletoras no forro, com orientação tal que as ondas 
refletidas atinjam os ouvintes, com intervalos de tempo reduzidos em relação ao som direto. 
Na prática, o tempo de reverberação corresponde a uma queda de 60 dB no nível sonoro, queda 
suficiente para que o som não seja mais ouvido. Ao cessar a emissão da fonte sonora, as sucessivas 
reflexões ainda podem ser percebidas como um prolongamento do som. 
 
O tempo ótimo de reverberação varia conforme o uso e o volume do ambiente. Reverberações em 
tempos longos geram a sobreposição de sons, enquanto os curtos tendem ao desaparecimento do 
som. Temos então que, quanto maior for o volume, maior deverá ser o tempo ideal de 
reverberação. Para um tempo de reverberação de 500Hz são encontrados os valores de tempos 
ótimos de reverberação conforme o volume do ambiente prescrito pelo gráfico abaixo presente na 
NBR 12179. Para uma sala de concerto, por exemplo, é interessante que o som se prolongue por 
mais tempo fazendo com que as pausas sejam preenchidas com o som reverberante. 
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Fonte: Bolk Beranek and Newman. 
 
 
(Soler & Kowaltowski) 
O controle do tempo de reverberação pode se dar com a adequada instalação de materiais 
refletivos e absorventes. Paredes que estejam a mais de 17 metros de distância da fonte sonora 
devem ser revestidas com material absorvente. 
A queda de intensidade sonora não ocorre apenas em decorrência da distância, mas também em 
função da absorção sonora dos materiais. Ao incidir sobre uma superfície, parte da energia sonora 
é refletida, enquanto outra parte é absorvida pelo material. Normalmente, quanto mais poroso o 
material, maior a absorção. Cada vez que o raio sonoro sofre uma reflexão, tende a perder energia, 
em uma porcentagem que varia conforme o coeficiente de absorção do material da superfície. 
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Do mesmo modo que a luz, os “raios sonoros” têm seu ângulo de reflexão igual ao de incidência, 
como se sua origem fosse um espelho. 
 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
A figura a seguir apresenta um método gráfico para traçar os raios refletidos, determinando a 
localização da fonte imagem e, a partir dela, traçando o caminho inverso do raio sonoro refletido. 
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(Simões, 2011) 
Para que a reflexão sonora ocorra, é necessário que o espelho acústico tenha sua superfície maior 
que o comprimento de onda do som emitido. 
 
A reflexão, quando explorada arquitetonicamente, por meio de formas e direcionamento 
apropriados de espelhos acústicos, é um excelente instrumento para permitir o reforço e a 
distribuição sonora, aumentando a intensidade e a homogeneidade do som no ambiente. Em 
auditórios, esse recurso é muito utilizado, pois como o som perde sua intensidade à medida que se 
distancia da fonte, os espelhos acústicos colaboram na intensificação do som dos locais mais 
afastados da fonte. 
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2.2.2 - Refração 
A refração em uma onda ocorre quando ela passa de um meio para outro com índice de refração 
diferente, ocorrendo, dessa forma, a variação da velocidade de propagação e a variação do 
comprimento de onda, mas nunca a variação da frequência, pois se trata de uma característica da 
fonte que está emitindo a onda. 
Quando uma onda que se propaga num dado meio encontra uma superfície que separa esse meio 
de outro (interface), essa onda pode retornar ao meio em que estava se propagando (reflexão) e/ou 
propagar-se no outro meio (refração). 
 
Ao ar livre, a alteração da velocidade do som, na atmosfera, por variações de temperatura, pode 
provocar a refração das ondas sonoras, ocasionando um ligeiro desvio na trajetória original. 
Quanto mais quente o ar, menos denso, e maior velocidade do som. O ar a 0° C transporta o som a 
1180 km/h; à temperatura de uma sala (20° C) o som viaja a 1250 km/h. Desse modo, quando as 
ondas do som se movem do ar frio para o ar quente, ganham velocidade. Se entrarem na camada 
quente em ângulo, a parte superior de cada onda é a primeira a mover-se mais depressa, cada onda 
é curvada. 
A figura abaixo ilustra a refração do som numa sala deconcerto. A maior temperatura na região 
superior em relação a plateia, refrata o som e favorece a sua propagação. 
 
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2.2.3 - Difração 
A difração é a propriedade que as ondas têm de contornar obstáculos e que depende do 
comprimento da onda que está se propagando. Através da razão entre o comprimento de onda e a 
largura do obstáculo podemos calcular o grau de difração de uma onda específica, 
matematicamente podemos escrever: 
r = λ/d 
Quanto maior for a razão, maior será a extensão da curva de difração. Esse é o fenômeno que explica 
o fato de podermos ouvir atrás da porta quando uma pessoa fala do outro lado dela, além de ser 
um acontecimento largamente aplicado nas montagens de sistemas de alto-falantes. (SANTOS, 2017) 
As ondas sonoras apresentam valores elevados para o comprimento de onda (2cm - 20 m) para 
ondas audíveis no ar. Por isso, elas se difratam com relativa facilidade, contornando muros, 
esquinas, etc. 
Pelo contrário, a difração da luz é pouca acentuada, por que o comprimento de ondas luminosas é 
muito pequena (ordem de 10 m), só ocorrendo quando as dimensões dos obstáculos são 
pequenas. 
 
Ao passarem o obstáculo, as ondas sofrem um desvio de propagação, transpondo o obstáculo. 
 
Se a largura da fenda for menor ou igual ao comprimento de onda incidente, ela transpõe o 
obstáculo. 
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Ondas planas num tanque de onda, incidindo 
sobre uma barreira que tem uma abertura 
pequena frente ao comprimento de onda, 𝝀. 
Depois de superada a barreira, as frentes de 
onda são circulares, centradas na abertura. 
Este encurvamento da frente de onda é a 
difração. 
 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
Reparem bem nessa figura acima. Temos o som passando quando a barreira é menor que o 
comprimento de onda, temos a sombra acústica quando a barreira é maior que o comprimento de 
onda, temos a reflexão, a difração, ... 
Difração é o fenômeno que explica o funcionamento das barreiras acústicas, muito importantes 
para o controle de ruído urbano. 
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2.2.4 - Interferência ou Superposição 
As ondas sonoras são formadas de zonas alternadas de pressão alta (compressões) e baixa 
(rarefações). Quando ondas de fontes diferentes se chocam, ocorre a interferência. Este fenômeno 
pode ser observado num tanque de ondas na água. 
 
Suponha que você e um colega mantenham uma corda esticada, cada um segurando uma das 
extremidades. 
Se cada um produzir uma onda, elas irão se propagar pela corda e acabarão inevitavelmente por se 
encontrar. 
No ponto em que ocorre a superposição de duas ou mais ondas, o efeito resultante é a soma dos 
efeitos que cada onda produziria sozinha nesse ponto. 
Após a superposição, cada onda continua sua propagação através do meio, como se nada tivesse 
acontecido. 
Interferência construtiva: durante o cruzamento, 
houver um reforço das ondas. 
Interferência destrutiva: durante o cruzamento, houver 
um cancelamento total ou parcial entre as ondas. 
 
 
 
 
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As ondas estacionárias são resultantes da superposição de duas ondas de mesma frequência, 
comprimento de onda e mesma amplitude, que se propagam ao longo de uma direção, mas de 
sentidos opostos. É um caso particular de interferência de ondas. 
 
Nesse caso, ao serem sobrepostas resultam em uma onda com amplitude nula. 
2.2.5 - Ressonância 
Todas as estruturas mecânicas têm uma ou mais frequências naturais de oscilação. Se a estrutura 
for submetida a uma força externa periódica cuja frequência coincida com uma das frequências 
naturais, a amplitude da oscilação atingirá valores elevados que podem levar ao colapso da 
estrutura. Este fenômeno é denominado ressonância. 
O fenômeno de ressonância é muito importante na compreensão das propriedades dos 
instrumentos musicais e o modo como eles produzem seu som característico. 
O ar contido numa cavidade possuirá uma série de frequências de ressonância associadas aos 
modos normais de vibração, constituindo uma cavidade acústica ressonante. 
Nos teatros antigos e nas igrejas da idade média se encontram cavidades, chamadas de vasos 
acústicos. Nos teatros, estes ressonadores serviam para amplificar a voz dos atores. Nas igrejas eles 
tinham uma função de absorção, contribuindo para atenuar a reverberação na região de baixas 
frequências (a frequência de ressonância destes vasos é da ordem de 200 Hz). 
Os painéis acústicos atuam como absorvedores de baixas frequências. Montados à frente de uma 
parede, funcionam como um sistema massa/mola. Se a frequência da onda incidente for igual à 
frequência própria do dispositivo ressonante, haverá a máxima transferência de energia, 
diminuindo a onda refletida. 
 
Já vimos os aspectos da natureza ondulatória do som e alguns fenômenos a ela relacionados e, 
agora, vamos a mais alguns fenômenos relativos ao som que são cobrados em prova. 
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2.2.6 - Efeito Doppler 
Ocorre quando há movimento relativo entre a fonte sonora e o receptor. Por exemplo, a sirene de 
uma ambulância passando por um ouvinte parado na calçada. Nota-se que, à medida que a fonte 
se aproxima, o som vai se tornando mais agudo e, à medida que a fonte se afasta, o som vai se 
tornando mais grave. 
Explicação do fenômeno: 
Quando há aproximação da fonte sonora do receptor, há um número maior de frentes de ondas na 
unidade de tempo. Portanto, há um aumento de frequências ouvidas. 
Quando há afastamento, há um número menor de frentes de ondas na unidade de tempo. Portanto, 
há uma diminuição da frequência ouvidas. 
Ocorre quando a velocidade de movimento da fonte (vF) é menor que a velocidade do som (vS) no 
meio. 
2.2.7 - Difusão 
Irregularidades na superfície refletora podem provocar a difusão – as ondas sonoras se espalham 
em diversas direções, promovendo uma distribuição mais uniforme da pressão sonora e um ganho 
no conforto acústico. Embora haja fórmulas para cálculos precisos, de forma geral, um elemento 
arquitetônico (viga, balcão, pilar) será mais eficiente para provocar a difusão se sua largura for igual 
ao comprimento da onda sonora e a profundidade das irregularidades de sua superfície igual à 
sétima parte desse comprimento. 
2.2 - TRANSMISSÃO X ABSORÇÃO 
O desempenho acústico das edificações depende, basicamente, de dois fenômenos acústicos, 
independentes e que devem ser estudados separadamente: 
• Absorção sonora: determinante da qualidade acústica interna do local analisado. Fonte e receptor 
encontram-se no mesmo ambiente. 
• Transmissão sonora: determinante do nível de ruído que se transmite através de esquadrias, 
paredes, lajes e forros. Fonte e receptor encontram-se em ambientes distintos. 
Quando o som atinge uma superfície, como uma parede de alvenaria, parte da energia sonora 
reflete de volta ao ambiente; parte da energia é retida pela parede, que se transforma em calor e é 
dissipado no ambiente; e parte se transmite ao outro lado da parede. 
Para aumentar o isolamento acústico da parede deve-se aumentar a sua massa, aplicando a Lei de 
massa para calcular seu desempenho ou deve-se criar outra parede, transformando-a em parede 
dupla (executar a outra parede, deixando uma câmara de ar entre elas) e nesse caso aplicando a Lei 
de massa-mola-massa para calcular seu desempenho.Moema Machado
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A instalação de material fonoabsorvente na superfície da parede ajuda a controlar a parcela de 
energia refletida para o ambiente, influindo no Condicionamento Acústico desse ambiente, mas a 
energia que se transmite (Isolamento) permanece praticamente a mesma. 
 
(Simões, 2011) 
A transmissão da energia sonora entre ambientes pode ser classificada em dois tipos conforme o 
meio em que o ruído se propaga, sendo estes: ruído aéreo e ruído estrutural. 
Chama-se ruído aéreo, todo ruído que se propaga pelo ar. A velocidade de transmissão no ar é de 
aproximadamente 340 m/s (metros por segundo). 
O ruído estrutural se propaga pela estrutura das edificações, sendo gerado pelas vibrações de 
máquinas e equipamentos ou por impactos que atingem a estrutura do prédio. O ruído estrutural 
possui uma velocidade de propagação maior do que a do ar, sendo da ordem de: 4.000 a 6.000 m/s. 
Vamos nos aprofundar mais no controle no nosso último item sobre como atingir o conforto 
acústico. 
 
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3 - NBR 16313:2014 – ACÚSTICA – TERMINOLOGIA 
Esta Norma foi elaborada com o propósito de harmonizar termos e definições a serem adotados em 
normas brasileiras de acústica. 
 
 
 
 
 
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(ABNT, 2014) 
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4 - NBR 10152:2017 – ACÚSTICA – NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA EM 
AMBIENTES INTERNOS A EDIFICAÇÕES 
A norma intitulada “Acústica — Níveis de pressão sonora em ambientes internos a edificações” 
versa sobre: 
 O procedimento para execução de medições de níveis de pressão sonora em ambientes 
internos a edificações; 
 O procedimento para determinação do nível de pressão sonora representativo de um 
ambiente interno a uma edificação; 
 O procedimento e os valores de referência para avaliação sonora de ambientes internos a 
edificações, em função de sua finalidade de uso; 
 E os valores de referência de níveis de pressão sonora para estudos e projetos acústicos de 
ambientes internos a edificações, em função de sua finalidade de uso. 
“Na prática, a primeira edição da ABNT NBR 10152:1987 possuía apenas 4 páginas e 1 
anexo. Esta segunda edição possui 21 páginas e 4 anexos. São 30 anos de distância entre 
as duas edições. Logo, é possível perceber que houve uma mudança completa de 
conteúdo”. (Krisdany Cavalcante, Coordenador da ABNT/CB-02/CE-02:135.01) 
Krisdany Cavalcante frisa a importância de que todos os profissionais de acústica adquiram a norma 
e a apliquem em projetos e avaliações de ambientes internos a edificações. “Esperamos que com 
essa publicação o Ministério do Trabalho revise a NR-17, assim como o Conselho Nacional do Meio 
Ambiente – CONAMA revise sua Resolução 01 de 1990, já que ambos normativos legais referenciam 
essa Norma”, salienta. 
Abaixo, trago os trechos principais da NBR 10152:2017: (ABNT, 2017) 
Acústica — Níveis de pressão sonora em ambientes internos a edificações 
 
Introdução 
Esta Norma estabelece os procedimentos técnicos a serem adotados na execução de 
medições de níveis de pressão sonora em ambientes internos a edificações, bem como os 
valores de referência para avaliação dos resultados em função da finalidade de uso do 
ambiente. 
O ruído em ambientes internos a edificações deve ser avaliado conforme prescrito nesta 
Norma. 
Os valores de referência apresentados nesta Norma são estabelecidos de acordo com a 
finalidade de uso do ambiente no local onde a medição for executada, visando a 
preservação da saúde e do bem-estar humano. 
Recomenda-se aos construtores, empreendedores, incorporadores, projetistas, usuários 
e ao poder público a adoção de tais valores de referência para o adequado uso dos 
diferentes ambientes internos de uma edificação. 
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A revisão desta Norma foi motivada pela necessidade de harmonizar os procedimentos 
técnicos a serem adotados nas seguintes aplicações: 
—— medições dos níveis de pressão sonora em ambientes internos a edificações, 
independentemente das fontes sonoras contribuintes; 
—— determinação do nível sonoro representativo de um ambiente interno de uma 
edificação; 
—— avaliação de um ambiente interno de uma edificação, em função de sua finalidade 
de uso, sem ocupação; 
—— orientação à elaboração de projetos acústicos de ambientes internos de uma 
edificação. 
 
3 Termos e definições 
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 16313 
e os seguintes. 
3.1 ajuste 
conjunto de operações efetuadas no sistema de medição, de modo que ele forneça 
indicações prescritas correspondentes aos valores da grandeza a ser medida 
3.2 verificação 
confirmação de que as propriedades relativas ao desempenho ou aos requisitos legais 
são satisfeitas pelo sistema de medição 
NOTA 1 Convém não confundir a calibração com o ajuste de um sistema de medição nem 
com a verificação da calibração. 
NOTA 2 Definições adaptadas do vocabulário internacional de metrologia [1]. 
 
4 Símbolos 
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os símbolos da Tabela 1. 
O nível de pressão sonora é expresso em decibels. 
O acréscimo de um pós-escrito para indicar a ponderação em frequência, por exemplo, 
dB(A), é incorreto. Esta informação deve ser incluída no símbolo de grandeza, por 
exemplo, LAeq,T e o seu resultado expresso em decibels (dB). 
NOTA 1 Esta orientação está em conformidade com a ISO 80000-8:2007 (8-22a) – “NOTE: 
The addition of a postscript to indicate the frequency weighting, e.g. dB(A), is incorrect. 
This information should be carried by quantity symbol”. [9] 
NOTA 2 Esta representação está conforme ao Quadro Geral de Unidades – QGU [7]. 
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5 Instrumentação 
(...) 
 
6 Calibração 
(...) 
 
7 Procedimento de medição 
(...) 
 
8 Incerteza de medição 
(...) 
 
9 Procedimento de avaliação 
A avaliação sonora de um ambiente interno de uma edificação é realizada pela 
comparação de seus níveis de pressão sonora representativos com os respectivos valores 
de referência para ambientes internos de uma edificação, de acordo com suas finalidades 
de uso. 
Quando o ambiente avaliado for considerado inadequado pelo método simplificado, não 
há necessidade de aplicação do método detalhado. 
Havendo suspeita de ocorrência de som tonal ou sons predominantes nas bandas de 
frequências sonoras inferiores a 250 Hz, mesmo no caso do ambiente avaliado ser 
considerado adequado pelo método simplificado, deve-se aplicar o método detalhado. 
(...) 
 
10 Valores de referência para avaliação, estudo e projeto 
Para fins de avaliação sonora, elaboração de estudos e de projetos, na Tabela 3 são 
apresentados valores de referência para diferentes finalidades de uso de ambientes 
internos de uma edificação. 
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Para fins de elaboração de estudos e projetos acústicos de ambientes internos a 
edificações os valores de referência de níveis de pressão sonora, em função de sua 
finalidade de uso, são aqueles estabelecidos na Tabela 3. 
Para fins de avaliação sonora, considera-se adequado para uso o ambiente cujos níveis 
de pressão sonora representativos sejam iguais ou inferiores aos valores de referência 
apresentados na Tabela 3, admitindo-se uma tolerância de até 5 dB para RLAeq e 
RLASmax e até 5 para RLNC. Os valores de RLASmax devem ser considerados apenas 
quando a fonte sonora – objeto de avaliação for parte integrante da própria edificação 
onde situa-se o ambiente avaliado. 
 
 
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11 Relatório de medição e avaliação 
O relatório de medição e avaliação deve conter no mínimo as seguintes informações: 
a) características das fontes sonoras e o seu funcionamento durante as medições; 
b) descrição do ambiente durante a medição: mobiliário, revestimento do ambiente e 
quantidade de pessoas presentes; 
c) ilustração ou descrição detalhada do local de medição, sua área, volume e posição dos 
pontos de medição; 
d) incerteza expandida de medição (U); 
e) informações sobre a instrumentação e respectiva calibração: 
—fabricante e modelo; 
— identificação unívoca com número de série; 
—IEC atendidas; 
—número e data dos certificados de calibração; 
f) local, data e horário das medições; 
g) método de medição utilizado; 
h) objetivo da medição; 
i) parâmetros ambientais registrados quando em condições ambientais adversas; 
j) referência a esta Norma; 
k) resultados das medições e correções (quando aplicáveis); 
l) tempo das medições e integrações; 
m) valores de referência utilizados para a avaliação dos resultados. 
 
Anexo A 
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(normativo) 
Método objetivo para a avaliação da ocorrência de som tonal 
(...) 
 
Anexo B 
(normativo) 
Certificados de calibração 
(...) 
 
Anexo C 
(informativo) 
Expressão da incerteza expandida de medição 
 
 
 
A tabela 3 é a parte mais cobrada nos concursos! 
 
 
 
 
 
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5 - NBR 12179 – TRATAMENTO ACÚSTICO EM RECINTOS FECHADOS 
Esta Norma fixa os critérios fundamentais para execução de tratamentos acústicos em recintos 
fechados. (ABNT, 1992) 
NBR 12179:1992 
DEFINIÇÕES 
Tratamento acústico 
Processo pelo qual se procura dar a um recinto, pela finalidade a que se 
destina, condições que permitam boa audição às pessoas nele presentes. 
Nota: Este tratamento compreende o isolamento acústico e o 
condicionamento acústico. 
Som 
Toda e qualquer vibração ou onda mecânica que se propaga num meio 
dotado de forças internas (P.ex.: elástico, viscoso, etc.), capaz de 
produzir no homem uma sensação auditiva. 
Faixa de audiofrequencia 
Faixa de frequência correspondente às ondas ou vibrações normalmente 
audíveis pelo homem. 
Nota: Esta faixa acha-se compreendida entre 15Hz a 20.000 Hz. 
Tom puro Energia vibratória sonora, cuja propagação no meio elástico, obedece a 
uma variação senoidal no tempo. 
Tom 
Atributo de sensação auditiva, função da frequência dos sons. 
Notas: a) Para uma mesma frequência, o tom é suscetível de apresentar 
ligeiras variações com a pressão acústica. 
b) O tom pode ser caracterizado pela comparação a um tom puro de 
determinada frequência e pressão acústica, que ocasionem ao ouvinte 
normal médio a mesma sensação de altura (frequência). 
Ruído 
Mistura de sons cujas frequências não seguem nenhuma lei precisa, e 
que diferem entre si por valores imperceptíveis ao ouvido humano. 
Todo som indesejável. 
Isolamento acústico 
Processo pelo qual se procura evitar a penetração ou a saída, de ruídos 
ou sons, em um determinado recinto. O isolamento acústico 
compreende a proteção contra ruídos ou sons aéreos e ruídos ou sons 
de impacto. 
Condicionamento acústico Processo pelo qual se procura garantir em um recinto o tempo ótimo de 
reverberação e, se for o caso, também a boa distribuição do som. 
Ruído aéreo e som aéreo Ruído ou som produzido e transmitido através do ar. (P. ex..: buzinas, 
vozes, alto-falantes, etc.) 
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Ruído de impacto e som de 
impacto 
Ruído ou som produzido por percussão sobre um corpo sólido e 
transmitido através do ar. P. ex.: queda de objetos, ruídos de passos, 
marteladas, instrumentos de percussão, etc. 
Tempo de reverberação 
Tempo necessário para que um som deixe de ser ouvido, após a extinção 
da fonte sonora, e expresso em segundos. 
O tempo de reverberação é medido como o tempo necessário para que 
o som sofra um decréscimo de intensidade de 60 dB. 
Tempo de reverberação 
ótimo 
Tempo de reverberação considerado ótimo para um determinado 
recinto e determinada atividade, e expresso em segundos. 
Decibel (db) 
Unidade de intensidade física relativa do som. O número de decibéis de 
um som é expresso pela fórmula: 
i= 10 log10 I 
I0 
Onde: 
i= intensidade física relativa, expressa em decibéis. 
I= intensidade física absoluta do mesmo som. 
Io= intensidade do correspondente ao limiar de percepção. 
I= 10 W/cm² para 1.000 Hz. 
Nota: Como existe na propagação das ondas sonoras uma relação entre 
a intensidade do som e sua pressão sonora, o nível de intensidade pode, 
consequentemente, ser deduzido através de uma medida de nível de 
pressão acústica (sonora). Para os casos que na prática não permitem a 
citada relação, não se pode consequentemente referir a uma medida de 
nível de pressão acústica como representativa de intensidade sonora. 
Nível de som 
Nível de pressão acústica (sonora) compensado, obtido pelo uso de 
medidores que obedecem às características e calibragem contidas na 
NBR 7731, e expresso por três escalas denominadas A, B e C. 
Nível de pressão acústica 
(intensidade sonora) 
Aquele expresso em decibéis, igual a 20 vezes o logaritmo decimal de 
uma pressão acústica (sonora) a medir, com relação a uma outra pressão 
acústica (sonora), denominada de referência.Nota: A menos que explicitamente indicado, fica entendido que o nível 
de pressão acústica é o efetivo (rms) 
Nível de pressão acústica Pressão convencionalmente escolhida e igual a 2 x 10 Pa (0,0002 
microbars). 
O tratamento acústico, destinado ao conforto humano, implica o conhecimento de valores das 
condições locais, em função do conjunto de condições do recinto: 
 Nível de som exterior. (dB) 
 Nível de som do recinto. (dB) 
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 Planta de situação do imóvel. 
 Plantas e cortes (longitudinal e transversal) do recinto. 
 Especificações dos materiais empregados no recinto. 
 Roteiro para desenvolvimento do tratamento acústico: 
 Isolamento acústico. 
 Condicionamento acústico. 
 Estudo geométrico-acústico. 
 Cálculo do tempo de reverberação. 
 Isolamento acústico: 
 Com o nível de som do recinto, fixado de acordo com a NBR 10152, e o nível de som exterior, 
obtém-se por diferença a queda de nível de som (Δ), em dB. 
 Seleção de materiais isolantes acústicos (Tabela 1 – Anexo) 
 Pode ser utilizada uma combinação de materiais isolantes, para o caso de queda de nível de 
som (Δ) elevada; e deve-se levar em conta a natureza dos ruídos ou sons a isolar (aéreos ou 
de impactos). 
 Condicionamento acústico: 
 Estabelecido o nível de som do recinto deve ser feito o estudo geométrico-acústico e 
determinado o tempo de reverberação. 
 Estudo geométrico-acústico: 
 Visa conhecer a distribuição dos sons diretos ou refletidos, de modo a serem conseguidas 
em todo o recinto as melhores condições de audibilidade. 
 Para auditórios, teatros, cinemas, etc., devem ser examinadas as plantas e cortes do recinto 
em conjunto com os materiais a serem empregados, considerando uma ou mais fontes 
sonoras, previamente localizadas. 
 Deve-se utilizar as superfícies do teto para obter o reforço sonoro necessário à boa 
audibilidade e ainda, eventualmente, as superfícies das paredes. Para tanto deve utilizar 
defletores (reflexão do som orientada) ou difusores (distribuição do som em todos os 
sentidos). 
 Sendo assim, a forma geométrica do recinto pode sofrer modificações, em planta e/ou corte, 
necessárias à boa distribuição do som. 
 Cálculo do tempo de reverberação: 
 Terminado o estudo geométrico-acústico do recinto, o cálculo do tempo de reverberação é 
feito pela fórmula de Sabine ou fórmula de Eyring, quando se tratar de recintos nos quais o 
som é difuso. 
 Após, compara-se o valor obtido com o tempo de reverberação ótimo, devendo a diferença 
ser a menor possível. 
 Aceitação: 
 Comprovação de cálculo segundo esta Norma + resultados dentro de uma tolerância de 10%= 
Aceitação. 
A seguir, segue Norma na íntegra. 
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6 - NBR 10151 – AVALIAÇÃO DO RUÍDO EM ÁREAS HABITADAS VISANDO 
O CONFORTO ACÚSTICO (ABNT, 2000) 
1 Objetivo 
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído em comunidades, 
independente da existência de reclamações. 
1.2 Esta Norma especifica um método para a medição de ruído, a aplicação de correções nos níveis medidos se 
o ruído apresentar características especiais e uma comparação dos níveis corrigidos com um critério que leva 
em conta vários fatores. 
1.3 O método de avaliação envolve as medições do nível de pressão sonora equivalente (LAeq), em decibels 
ponderados em "A", comumente chamado dB(A), salvo o que consta em 5.4.2. 
3 Definições 
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições: 
3.1 nível de pressão sonora equivalente (LAeq), em decibels ponderados em “A” [dB (A)]: Nível obtido a partir 
do valor médio quadrático da pressão sonora (com a ponderação A) referente a todo o intervalo de medição. 
3.2 ruído com caráter impulsivo: Ruído que contém impulsos, que são picos de energia acústica com duração 
menor do que 1 s e que se repetem a intervalos maiores do que 1 s (por exemplo martelagens, bate-estacas, 
tiros e explosões). 
3.3 ruído com componentes tonais: Ruído que contém tons puros, como o som de apitos ou zumbidos. 
3.4 nível de ruído ambiente (Lra): Nível de pressão sonora equivalente ponderado em “A”, no local e horário 
considerados, na ausência do ruído gerado pela fonte sonora em questão. 
Os equipamentos de medição são o medidor de nível de pressão sonora e o calibrador acústico., os 
quais devem ser certificados pela Rede Brasileira de Calibração (RBC) ou pelo Instituto Nacional de 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), com renovação, no mínimo, a cada 
dois anos. 
Procedimentos de medições – condições gerais: 
 No levantamento de níveis de ruído deve-se medir externamente aos limites da propriedade 
que contém a fonte. 
 Na ocorrência de reclamações, as medições devem ser efetuadas nas condições e locais 
indicados pelo reclamante. 
 Em alguns casos, para se obter uma melhor avaliação do incômodo à comunidade, são 
necessárias correções nos valores medidos dos níveis de pressão sonora, se o ruído 
apresentar características especiais. 
 Todos os valores medidos do nível de pressão sonora devem ser aproximados ao valor inteiro 
mais próximo. 
 Não devem ser efetuadas medições na existência de interferências audíveis advindas de 
fenômenos da natureza (por exemplo: trovões, chuvas fortes etc.). 
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 O tempo de medição deve ser escolhido de forma a permitir a caracterização do ruído em 
questão. A medição pode envolver uma única amostra ou uma sequência delas. 
Procedimentos de medições – no exterior de edificações: 
 Deve-se prevenir o efeito de ventos sobre o microfone com o uso de protetor, conforme 
instruções do fabricante. 
 Devem ser efetuadas em pontos afastados aproximadamente 1,2 m do piso e pelo menos 2 
m do limite da propriedade e de quaisquer outras superfícies refletoras, como muros, 
paredes etc. Na impossibilidade de atender alguma destas recomendações, a descrição da 
situação medida deve constar no relatório. (tanto no exterior das edificações que contêm a 
fonte, quanto no exterior da habitação do reclamante). 
Procedimentos de medições – no interior de edificações: 
 As medições em ambientes internos devem ser efetuadas a uma distância de no mínimo 1 m 
de quaisquer superfícies, como paredes, teto, pisos e móveis. 
 Os níveis de pressão sonora em interiores devem ser o resultado da média aritmética dos 
valores medidos em pelo menos três posiçõesdistintas, sempre que possível afastadas entre 
si em pelo menos 0,5 m. 
 Caso o reclamante indique algum ponto de medição que não atenda as condições acima, o 
valor medido neste ponto também deve constar no relatório. 
 As medições devem ser efetuadas nas condições de utilização normal do ambiente, isto é, 
com as janelas abertas ou fechadas de acordo com a indicação do reclamante. 
O método de avaliação do ruído baseia-se em uma comparação entre o nível de pressão sonora 
corrigido Lc e o nível de critério de avaliação NCA, estabelecido conforme a tabela 1. 
 
Considerações: 
 Os limites de horário para o período diurno e noturno da tabela 1 podem ser definidos pelas 
autoridades de acordo com os hábitos da população. Porém, o período noturno não deve 
começar depois das 22 h e não deve terminar antes das 7 h do dia seguinte. Se o dia seguinte 
for domingo ou feriado o término do período noturno não deve ser antes das 9 h. 
 O nível de critério de avaliação NCA para ambientes internos é o nível indicado na tabela 1 
com a correção de - 10 dB(A) para janela aberta e - 15 dB(A) para janela fechada. 
 Se o nível de ruído ambiente Lra, for superior ao valor da tabela 1 para a área e o horário em 
questão, o NCA assume o valor do Lra. 
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7 - MANUAL PRO ACÚSTICA SOBRE A NORMA DE DESEMPENHO 
Esse é um guia prático sobre cada uma das partes relacionadas à área de acústica nas edificações 
da Norma ABNT NBR 15575:2013 - Edificações habitacionais – Desempenho elaborado pela 
Associação Brasileira para a Qualidade Acústica. (Akkerman, 2013) 
http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/proacustica_manualnorma_nov_2013.pdf 
Vou resumir para vocês. Vamos lá! 
 
A partir da publicação da norma ISO 6241 – Performance standards in building - Principles for their 
preparation and factors to be considered, em 1980, o desempenho acústico das edificações, em 
vários países, acabou se tornando exigência de leis e códigos de obras, tendo em vista seu impacto 
sobre a saúde humana. 
Porém, da segunda metade da década de 80 em diante o contexto econômico do Brasil foi 
desfavorável a uma evolução no desempenho das edificações. 
Com a escassez de recursos para financiar a produção de edificações, em especial habitacionais, o 
foco em toda a cadeia produtiva, face à baixa escala de produção diante das necessidades do País, 
foi a racionalização e redução de custos. 
Essa racionalização, traduzida em redução de espessuras de paredes, pisos, ausência de algumas 
soluções construtivas e não no caminho para uso de sistemas construtivos industrializados, resultou 
numa perda do desempenho acústico que, ainda que intuitivamente, os sistemas tradicionalmente 
usados até os anos 1980 tinham. 
A NBR 15575 veio definir, a partir dos níveis admissíveis previstos na NBR 10152, os níveis de 
desempenho que os sistemas construtivos devem ter para atenuar a transmissão dos ruídos gerados 
externa e internamente nas edificações habitacionais. 
Regulam-se assim os níveis de desempenho acústico das paredes externas, das esquadrias utilizadas 
em dormitórios, das paredes internas que separam duas unidades, das paredes internas que 
separam as unidades das áreas comuns, do conjunto de paredes e portas que separam duas 
unidades, e dos sistemas de pisos com relação ao ruído aéreo e de impacto. 
De forma não obrigatória a NBR 15575 também estabelece parâmetros para os ruídos de 
equipamentos. Estes parâmetros explícitos em um anexo informativo visam estabelecer referência 
para o empreendedor dar tratamento aos ruídos gerados por equipamentos sem, no entanto, 
serem parâmetros obrigatórios. 
No atendimento destes requisitos, o empreendedor deve definir o nível de critério a atender, sendo 
o mínimo o nível obrigatório para qualquer padrão de empreendimento, em função da tecnologia 
viável para cada nível - mínimo, intermediário ou superior – e em função das características de 
mercado do empreendimento. 
Conforme definido nas incumbências dos intervenientes previstos na NBR 15575, cabe aos 
fabricantes de sistemas construtivos de vedações internas (paredes de alvenaria, drywall, etc) ou 
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externas (paredes de alvenaria, chapas cimentícias, painéis pré-moldados, esquadrias de 
dormitórios e portas de entrada, que tenham um hall e parede de geminação com outra unidade) 
apresentar ao projetista e ao empreendedor o desempenho de seus sistemas quando medidos em 
laboratório. E cabe ao empreendedor analisar estes dados quanto à capacidade de atenderem a 
condição de desempenho em campo exigida do incorporador/construtor. 
A especificação precisa se basear nestes dados e o incorporador/construtor deve saber, de 
antemão, as condições de execução e instalação necessárias para atender aos requisitos e critérios 
estabelecidos. 
Qualquer sistema utilizado deve ser passível de demonstração, para que, quando necessário, se 
possa efetivamente obter evidências de que os níveis exigidos pela NBR 15575 são atendidos. Estas 
evidências devem estar registradas por resultados de ensaios realizados pelo fabricante. 
O usuário, por sua vez, precisa ser informado sobre como suas ações de uso, operação e 
manutenção podem alterar o desempenho acústico que recebeu, tais como alterações de paredes, 
pisos, portas e esquadrias. 
Este Manual esclarece aos agentes de especificação, projeto e construção o que fazer para cada 
requisito. 
7.1 - INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS PREDIAIS SISTEMAS HIDROSSANITÁRIOS 
Os requisitos de níveis de ruído deste tópico são relativos à: 
 ABNT NBR 15575-1:2013 Edificações habitacionais - Desempenho Parte 1: Requisitos gerais 
(Anexo E5) 
 ABNT NBR 15575-6:2013 Edificações habitacionais - Desempenho Parte 6: Requisitos para os 
sistemas hidrossanitários (Anexo B1) 
 
 
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 Requisitos: 
A NBR 15575-1 (E.5.2) e NBR 15575-6 (B.1.2) estabelecem os limites de ruído em dormitórios para 
instalações e equipamentos prediais, assim como para sistemas hidrossanitários, classificados em 
três níveis de desempenho informativos, Mínimo (M), Intermediário (I) e Superior (S). 
Existem requisitos tanto para os ruídos integrados durante um período de tempo correspondente 
ao ciclo de operação do equipamento (Laeq,nt) como para os níveis sonoros máximos produzidos 
instantâneos (Lasmax,nt). Recomenda-se que sejam observados simultaneamente para atender a 
um nível de desempenho. 
 
7.2 - SISTEMAS DE PISOS 
Os requisitos de isolamento acústico deste tópico são relativos à: 
 ABNT NBR 15575-3:2013 Edificações habitacionais - 
Desempenho Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos 
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Os sistemas de pisos, que separam unidades habitacionais autônomas em diferentes andares, 
devem garantir um desempenho adequado de isolamento acústico aéreo (conversações, TV, 
música, etc.) e de isolamento acústico ao ruído de impacto (passos, queda de objetos, arrastar de 
móveis, etc.). 
 
Os sistemas de pisos estão compostos pelos seguintes elementos: 
Camada estrutural: 
1. Laje: 
 Diversas morfologias: pré-moldada (concreto, EPS, cerâmica, etc.), ou concreto armado “in 
loco”. Seu desempenho de isolamento ao ruído aéreo (DnT,w) e de impacto (L’nT,w) 
dependem das suas propriedades (densidade, espessura, dimensões e características 
estruturais de contorno). 
Elementos opcionais: 
2. Contrapiso: 
 Normal de argamassa de cimento/areia. 
 Contrapisoflutuante: Interpondo um material resiliente entre a laje e o contrapiso, o que 
melhora consideravelmente o isolamento ao ruído aéreo e de impacto da laje, podendo-se 
atingir índices Intermediário ou Superior, dependendo da tipologia. 
 Requisitos: 
A NBR 15575-3 estabelece os limites mínimos de isolamento acústico ao ruído aéreo e de impactos 
(Item 12.3): 
 
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 Transmissão de ruído de impacto 
A transmissão de ruído de impacto entre duas unidades habitacionais sobrepostas em uma 
edificação se produz através do próprio sistema de piso (1 via de transmissão direta) e os elementos 
laterais ou paredes (4 vias de transmissão indireta). Essas transmissões dependem das propriedades 
das soluções construtivas, as uniões entre elas e a geometria dos recintos. 
 
 
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RUÍDO DE IMPACTO RUÍDO AÉREO 
 
 Transmissão de ruído aéreo 
A transmissão de ruído aéreo entre duas unidades habitacionais sobrepostas em 
uma edificação se produz através do próprio sistema de piso (1 via de transmissão 
direta) e os elementos laterais ou paredes (12 vias de transmissão indireta). Essas 
transmissões dependem das soluções construtivas, das uniões entre elas e da 
geometria dos recintos. 
7.3 - SISTEMAS DE VEDAÇÕES VERTICAIS INTERNAS | PAREDES 
Os requisitos de isolamento acústico deste tópico são relativos à: 
 ABNT NBR 15575-4:2013 Edificações habitacionais – Desempenho Parte 4: Requisitos para 
os sistemas de vedações verticais internas e externas SVVIE. 
 
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Os sistemas de vedação vertical interna são as paredes que separam as diferentes unidades 
habitacionais autônomas. Estes devem garantir nas edificações um desempenho adequado de 
isolamento acústico ao ruído aéreo (conversações, TV, música, etc.). 
 Sistema 
Os sistemas de vedações verticais internas estão compostos pelos seguintes elementos: 
 Elemento base: 
1. Parede: Diversas morfologias: 
 Massivos: Alvenaria (bloco de concreto, cerâmico ou de gesso), concreto pré-moldado 
ou moldado “in loco”. Seu desempenho de isolamento ao ruído aéreo (Dnt,w) depende 
fundamentalmente da sua densidade superficial para paredes simples. 
 Leves: Sistemas drywall. Seu desempenho de isolamento ao ruído aéreo depende de 
sua composição (número de placas, perfis, banda acústica perimétrica), espessura da 
cavidade e presença de material absorvente na cavidade. 
Elementos opcionais: 
1. Revestimentos: De gesso, argamassa ou cerâmicos aplicados sobre as paredes. 
 Requisitos: 
A NBR 15575-4 estabelece os limites mínimos de isolamento acústico ao ruído aéreo (Tabela 
18 Item 12.3.2.2.), assim como define níveis de desempenho informativos, Intermediário (I) e 
Superior (S) que proporcionam um maior conforto (Anexo F.6.1.2). 
 
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 Transmissão de ruído aéreo 
A transmissão de ruído aéreo entre duas unidades habitacionais separadas por uma parede ocorre 
através da própria parede (1 via de transmissão direta) e dos elementos laterais, como paredes, 
fachadas ou pisos (12 vias de transmissão indireta). Essas transmissões dependem das propriedades 
das soluções construtivas, uniões entre elas e da geometria dos recintos. 
 
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7.4 - SISTEMAS DE VEDAÇÕES VERTICAIS EXTERNAS | FACHADAS 
Os requisitos de isolamento acústico deste tópico são relativos à: 
 ABNT NBR 15575-4:2013 Edificações habitacionais – Desempenho Parte 4: Requisitos para 
os sistemas de vedações verticais internas e externas SVVIE. 
 
Os sistemas de vedação vertical externa (fachadas) que separam dormitórios do exterior devem 
garantir um desempenho adequado de isolamento acústico ao ruído aéreo (tráfego, aviões, trens, 
etc.). O desempenho mínimo adequado é exigido em função do ruído exterior existente no entorno 
do empreendimento. 
 Sistema 
Os sistemas de vedações verticais externas estão geralmente compostos pelos seguintes elementos: 
1. Parede: Diversas morfologias. 
2. Esquadrias: É o ponto mais fraco de isolamento acústico de uma fachada. 
 Requisitos 
A NBR 15575-4 estabelece os limites normativos de isolamento acústico ao ruído aéreo 
(Tabela 17 Item 12.3.1.2.), assim como define níveis de desempenho informativos, Intermediário 
(I) e Superior (S) que proporcionam um maior conforto (Anexo E, tabela F.9). 
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7.5 - SISTEMAS DE COBERTURAS 
Os requisitos de isolamento acústico deste capítulo são relativos à: 
 ABNT NBR 15575-5:2013 Edificações habitacionais - 
Desempenho Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas 
 
O conjunto de fachada/cobertura das edificações deve garantir um desempenho adequado de 
isolamento acústico ao ruído aéreo proveniente do exterior (tráfego, ferrovias, etc.) e, no caso de 
ter uma cobertura acessível de uso coletivo, também devem garantir um isolamento acústico ao 
impacto (passos, queda de objetos, arrastar de móveis, etc.). 
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 Requisitos 
 
 
8 - COMO ATINGIR O CONFORTO ACÚSTICO? 
As características do ambiente construído – interior e exterior – são responsáveis pela qualidade 
acústica do espaço resultante. De fatores como forma, dimensão, volumetria, revestimento e 
material de vedação depende o som percebido pelo receptor. O tratamento acústico de um 
ambiente deve conciliar o isolamento quanto aos ruídos externos com a inteligibilidade para os sons 
desejados. 
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Para isso é necessário que o ambiente não apresente acidentes acústicos (ecos, focos) e que o ruído 
de fundo e o Tempo de Reverberação sejam adequados às atividades a que o espaço se destina. 
Para tanto, primeiramente, é necessário que se levantem os dados acústicos (níveis de ruído e 
tempos de reverberação) e os dados do sistema construtivo da edificação ou projeto em estudo, 
para posterior análise e elaboração dos projetos de isolamento e condicionamento acústico. 
As necessidades podem estar divididas em duas modalidades básicas: 
• Condicionamento acústico: adequar a acústica interna ao tipo de atividade realizada (cultos, 
musicais, palestras, etc.); 
• Isolamento acústico: adequar os níveis sonoros emitidos ou imitidos do meio ambiente, conforme 
Normas e leis de cada município. 
O projeto de condicionamento acústico contempla quatro parâmetros acústicos básicos, sendo 
estes: 
• Tempo de Reverberação 
• Acústica Geométrica 
• Inteligibilidade da Palavra 
• Ruído de Fundo 
O isolamento acústico consiste em dificultar a transmissão sonora. Um bom isolante deve ser rígido, 
compacto, pesado. A capacidade que um elemento de vedação (parede, divisória, esquadria, ...) 
tem de se opor à transmissão do ruído depende de seu Índice de Redução Sonora. 
Além desses passos, deve-se checar prioridades em demais áreas de conforto (higrotérmico, 
lumínico, qualidade do ar, ...) que possam interferir no comportamento acústicoesperado e 
administrá-las em conjunto. 
A tabela abaixo já nos ajudar a seguir por um caminho: 
 
(Simões, 2011) 
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Um dos primeiros passos é identificar e localizar possíveis fontes e possíveis receptores, 
estabelecendo relações desejáveis e indesejáveis. 
A fonte sonora é o elemento responsável pela emissão do som e pode ser classificada como: 
 Desejável, indiferente ou incômoda: de acordo com o desejo e posição do receptor; 
 Fixas (indústrias, canteiros de obra e boates) ou móveis (veículos); 
 Direcional (o som emitido é mais intenso em uma determinada direção) ou omnidirecional 
(o som emitido se distribui uniformemente em todas as direções); 
 Pontual, linear ou de superfície: dependendo da distância fonte/ receptor e da escala do 
problema analisado. 
o Pontual: as dimensões da fonte são insignificantes em relação à sua distância ao 
receptor. Exemplos: um veículo – isoladamente; uma fábrica, no contexto da cidade; 
o Linear: uma de suas dimensões é significativa em relação à distância fonte/ receptor. 
Exemplo, uma via de tráfego de veículos; 
o De superfície: quando as ambas as dimensões são significativas. Exemplo: uma fábrica, 
no contexto da quadra. 
 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
Dito isso, trago, abaixo, os mecanismos mais significativos da atenuação sonora ao ar livre segundo 
Sylvio Bistafa. 
 
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8.1 – INFLUÊNCIAS NA PROPAGAÇÃO DO SOM AO AR LIVRE 
8.1.1 - Vento 
Vamos falar um pouco sobre a influência das características climáticas do ambiente às quais o som 
está sujeito quando se fala na sua propagação ao ar livre. 
O vento tem influência marcante na propagação e determinação da área de alcance sonoro e, 
secundariamente, a temperatura. 
Quando o vento está na mesma direção do som, a velocidade do som fica acrescida da velocidade 
do vento. 
 
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(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
8.1.2 - Temperatura 
 
A velocidade do som é maior no ar quente. Como a frequência do som não se altera, o comprimento 
de onda λ aumenta. A frente de onda se inclina e altera a direção de propagação. 
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Segundo Léa et. Al, o gradiente de temperatura do ar pode apresentar-se sob duas condições: 
positivo e negativo. O gradiente negativo, mais comum durante o dia, é aquele para o qual o ar se 
mostra mais aquecido nas regiões mais próximas ao solo, apresentando menores temperaturas à 
medida que aumenta a altitude. Essa situação pode causar deflexão do som para a região superior, 
de forma a criar sombras acústicas próximas ao solo. Para o gradiente positivo, o oposto se verifica, 
tendendo a intensificar o som próximo ao solo. Isso ocorre porque quanto maior a temperatura, 
maior a velocidade de propagação da onda no ar. 
8.1.3 – Perfil do solo e seu revestimento 
O perfil do solo e seu revestimento também influenciam na propagação do som no ar. Um solo 
revestido com grama ou elementos vegetais tenderá a atenuar mais o som refletido do que a 
pavimentação impermeável. 
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(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
8.1.4 - Entorno 
Da mesma maneira que a conformação topográfica, as edificações do entorno interferem no campo 
acústico do local, gerando sombras acústicas ou intensificando o som. 
Corredor de fachadas paralelas propiciam o desenvolvimento de inúmeras reflexões, enquanto 
descontinuidade de fachadas, permitindo espaçamento entre elas, possibilita menor concentração 
dos raios refletidos. 
 
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8.1.5 - Barreiras acústicas 
 
 
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==1a111b==
 
 
 
 
 
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A eficiência de uma barreira acústica depende da: 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
• Frequência dos sons – são eficazes para os sons de alta frequência, porque estes tendem 
a se refletir, enquanto para os sons de baixa frequência a tendência é que ocorra difração 
no topo da barreira acústica, diminuindo sua eficiência; 
• Proximidade desta em relação à fonte ou ao receptor – quanto mais próxima da fonte 
ou do receptor, melhor será o desempenho acústico; 
• Altura do elemento utilizado – quanto mais alta a região existente entre a projeção do 
raio sonoro direto incidido sobre o receptor e o topo do elemento de barreira, maior sua 
eficiência; 
• Massa da estrutura – elementos mais sólidos, com menor capacidade de vibração, são 
mais eficazes. Quanto maior a espessura de uma barreira, menor sua capacidade de 
vibração; 
• Estanqueidade – como os sons de baixa frequência propagam-se facilmente por 
pequenas aberturas, a barreira acústica deve ser estanque para evitar esse tipo de 
propagação; 
• Consideração de aspectos subjetivos – o acesso visual à fonte sonora, apesar de difícil 
comprovação numérica, parece influenciar na percepção do ruído. A eliminação de 
barreiras que numericamente não são eficientes aumenta a percepção do incômodo 
sonoro por parte do ouvinte. Este é o caso da utilização de vegetação como elemento de 
barreira acústica, pois, a não ser que se constitua de extensa massa vegetativa, a 
vegetação, apesar de diminuir a reflexão sonora que retorna à fonte, não é uma barreira 
eficiente; 
Segundo Régio Carvalho, as barreiras acústicas são anteparos posicionados entre a fonte produtora 
do ruído e a recepção, e são muito utilizadas em escritórios, autoestradas, cabeceiras de pistas de 
decolagem de aviões à jato, em vários tipos de atenuadores de ruídos, etc. Sua massa deve ser 
considerada de acordo com a necessidade de isolamento e, para seu dimensionamento, aplica-se o 
princípio da difração. 
 
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8.2 – PROCEDIMENTOS PARA CONTROLAR O RUÍDO 
Achei essa publicação “Sistemas de Controle das Condições Ambientais de Conforto”, do Ministério 
da Saúde, de grande valia para nosso estudo. A mesma trata sobre estabelecimentos de saúde, 
porém issonão fará diferença para nós e vou sintetizá-la abaixo no que tange ao conforto acústico. 
Segue link para baixar a publicação, para quem quiser e puder se aprofundar: (Oliveira & Ribas, 1995) 
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/conforto.pdf 
Contra o ruído exterior, o arquiteto dispõe dos seguintes meios de proteção: 
 distância; 
 não utilização de zonas de som dirigido; 
 utilização de barreiras contra os ruídos; 
 posicionamento das aberturas e utilização de materiais isolantes. 
Para os ruídos gerados dentro do edifício os mesmos autores listam as seguintes medidas 
a serem consideradas: 
 redução na fonte do ruído; 
 isolamento da fonte através de barreira absorvente; 
 zoneamento das atividades, 
 redução dos ruídos produzidos por impacto; 
 utilização de superfícies absorventes; 
 utilização de construções herméticas com isolamento acústico; 
 redução da transmissão sônica pelas estruturas mediante descontinuidades. 
Medidas consideradas uma a uma: 
a) distância: edificações situadas em interstícios urbanos estão mais sujeitas ao ruído, 
sobretudo se próximas a vias de tráfego intenso. Nesse caso, o edifício deve situar-se o 
mais distante possível dessa fonte sonora. A duplicação da distância reduz o nível de ruído 
em 6 dB. 
 
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b) não utilização de zonas de ruído dirigido: as paradas de ônibus e/ou semáforos 
constituem locais pontuais geradores de ruídos. Caso a área do estabelecimento de saúde 
(ES) esteja situada próxima a estes locais, esses deverão ser remanejados ou o edifício 
localizar-se o mais distante possível deles. A diferença desse exemplo com o do item 
anterior (via de tráfego intenso como fonte sonora) reside no fato de ser mais fácil 
remanejar mobiliários urbanos do que todo um sistema de circulações de veículos. 
 
c) utilização de barreiras como telas de proteção contra o ruído: os croquis seguintes 
ilustram o efeito das telas de proteção produzido por determinadas barreiras. 
 
 
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• As três trajetórias acima apresentam o mesmo grau de difração do som; 
• A melhor posição da barreira é a mais próxima da fonte; 
• Pior posição: ser equidistante da fonte ou do receptor. 
O próprio layout do edifício pode propiciar barreiras a fontes de ruído externo. Zonas 
menos sensíveis ao ruído podem ser utilizadas como barreiras entre fontes externas e as 
zonas sensíveis. 
d) posicionamento das aberturas: deverão estar voltadas para locais menos ruidosos. As 
aberturas normalmente são os pontos mais frágeis à penetração do ruído. 
e) isolamento sonoro para o edifício: a utilização de materiais isolantes acústicos, pelo 
custo que acarretam (ou mesmo por gerarem condições de desconforto térmico em 
alguns casos)não devem ter prioridade sobre os sistemas de controle mais passivos, como 
os apresentados anteriormente. Para o caso de uma necessária utilização de materiais 
como isolantes acústicos, deve-se consultar relação de materiais utilizados em paredes, 
janelas, portas e entrepisos com os respectivos níveis de redução da intensidade dos 
ruídos (em dB). 
f) redução da fonte do ruído: os ruídos produzidos por alguns equipamentos 
(compressores, motores, geradores) podem ser reduzidos através do amortecimento de 
suas vibrações mecânicas. São utilizados para tal fim os seguintes materiais: tecidos, 
feltros, linóleos, lã de vidro, placas, de eucatex, isopor, poliestireno, neoprene etc. 
De Carvalho (1967) extraiu-se o exemplo, ilustrado a seguir, onde através da utilização de placas 
isolantes foi observada uma redução de vibração no compressor da ordem de 90%: 
 
8.3 – MATERIAIS E SISTEMAS 
8.3.1 - Materiais e sistemas isolantes acústicos 
Como já vimos, os ruídos em um ambiente interno podem ser decorrentes de atividades externas 
ou de atividades internas à edificação. Sendo ruído de fundo, os gerados no próprio ambiente e o 
ruído ambiente, os gerados por atividades externas ao ambiente considerado. Para ambientes mais 
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comuns, isolar é reduzir a intensidade sonora transmitida para dentro dos ambientes, sem que isso 
represente a extinção total do ruído. 
Segundo Régio Carvalho, isolar acusticamente um recinto fechado consiste em bloquear os ruídos 
externos a patamares compatíveis com a atividade desenvolvida no seu interior. 
A variação da pressão acústica de um determinado ambiente induz os anteparos/superfícies nas 
imediações a vibrarem. É esse processo vibratório que gera, do outro lado da superfície, uma fonte 
sonora secundária. 
Quanto maior a massa da superfície, menor a probabilidade de ela vibrar e, consequentemente, de 
transmitir. (lei de massa) 
A lei de massa se adequa mais às frequências mais altas de ondas. Pois, para interromper uma onda 
sonora de baixa frequência (comprimento de onda muito grande), precisar-se-ia de um aumento de 
massa muito grande. 
Por isso, o efeito massa/mola/massa é de grande valia. 
 
Percebe-se, pela figura acima, que ao gerarmos espaços vazios ou preenchidos com material 
absorvente acústico, melhoramos muito o desempenho, sem termos que aumentar a massa da 
estrutura, otimizando o peso da mesma. Dois aspectos relevantes: 
 Quanto maior a massa da mola, maior a capacidade de isolamento acústico do sistema. 
 Quanto maior o afastamento entre as placas externas, melhor o isolamento acústico às 
baixas frequências. 
8.3.2 - Materiais e sistemas absorventes acústicos 
A absorção acústica consiste em atenuarmos os efeitos dos sons em ambientes. Os materiais duros, 
refletem muito e absorvem pouco, e os macios, absorvem mais que refletem. 
Com a aplicação de materiais absorventes, podemos controlar o tempo de reverberação do 
ambiente, como já foi visto. 
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Bons absorventes acústicos são necessariamente materiais macios, porosos ou fibrosos, que têm 
capacidade de absorver sons que neles incidem: 
 
Os materiais absorventes têm seu desempenho conforme a frequência do som, sendo, de forma 
geral, melhores absorventes às altas frequências. 
O comportamento acústico dos materiais também varia em função da sua aplicação, como, 
diretamente sobre superfície rígida ou elástica, afastados de superfícies, afastamento entre apoios, 
etc. 
8.4 - GEOMETRIA INTERNA DOS RECINTOS 
São essenciais para o condicionamento acústico adequado do recinto. Em conjunto com a aplicação 
de materiais absorventes, adequam o tempo de reverberação do ambiente, contribuem para a 
inteligibilidade da palavra e distribuição uniforme do som. 
Aspectos importantes a serem considerados: 
 Superfícies muito próximas e paralelas podem gerar eco palpitante. 
 Distância muito grandes entre as paredes podem ocasionar ecos. 
 Afastamentos muito grandes entre o palco e as últimas fileiras prejudicam a audibilidade. 
 Diferenças de percursos dos sons diretos e os refletidos, superiores a 17m, comprometem a 
boa audibilidade. 
 O volume deve ser adequado à atividade. Volumes impróprios às destinações dos ambientes 
dificultam a correção do tempo de reverberação, requerendo o uso substancial de materiais 
absorventes e/ou refletores, elevando dessa forma o custo final do investimento; deve-se 
buscar uma relação coerente do volume per capita em função da destinação do recinto: 
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163Carvalho, Regio Paniago. Acústica Arquitetônica (Página 99).. Edição do Kindle. 
 
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9 – RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
 
 (FGV – ALERJ/RJ - 2016) 
No projeto de um auditório destinado a múltiplos usos, tendo como fonte sonora tanto a 
palavra falada como a música, o arquiteto, para alcançar a qualidade acústica no ambiente, 
independentemente do custo, deve optar por superfícies: 
(A) móveis; 
(B) convexas; 
(C) paralelas; 
(D) fixas; 
(E) côncavas. 
 
Comentários 
Guia Procel Edifica – Acústica Arquitetônica: 
É praticamente impossível propor um espaço que atenda a todos os usos (palestras, teatro, música, 
etc.). 
Para um projeto de auditório de uso múltiplo, a flexibilidade do espaço é um grande definidor do 
projeto inicial. 
Em espaços multiusos, onde apresentações artísticas de diversos tipos acontecem, deve-se prever 
algum sistema que permita variar o tempo de reverberação, com o fim de obter o melhor 
desempenho acústico do local para cada atividade. 
 
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No exemplo da figura 14, a flexibilidade acústica é atingida utilizando-se triffusor 
(www.rpginc.com), um prisma giratório de base triangular, módulos de 1,20 x 0,60 m, composto de 
três faces diferentes, uma com absorção, outra refletiva e outra com o difusor de resíduo quadrático 
(QRD). Este mecanismo, controlado por controle remoto, permite a variação contínua do tempo de 
reverberação da sala, adaptando o seu comportamento acústico a cada função musical. 
Ao estudo das reflexões do som no ambiente chamamos de Acústica Geométrica. O ângulo de 
reflexão do raio sonoro é sempre igual ao ângulo de incidência, em relação à tangente no ponto 
dado. 
Na figura 15, observa-se a dispersão do som produzida por uma superfície convexa e a concentração 
produzida por uma superfície côncava, comparadas com as reflexões produzidas por uma superfície 
plana e lisa. 
 
Vamos ao livro “Bê-á-bá da acústica arquitetônica” 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
Em geral, os requisitos necessários para que o bom desempenho acústico de uma sala 
ocorra correspondem a: boa inteligibilidade do som, ausência de interferência de ruídos 
externos sobre o som de interesse, distribuição sonora uniforme, difusão sonora e tempo 
de reverberação adequado. Para casos em que a fonte sonora de interesse é de potência 
limitada em relação ao volume da sala, como no caso de auditórios e teatros com grandes 
audiências, o reforço sonoro por meio de equipamentos de amplificação também 
corresponde a um requisito indispensável. 
Enquanto salas destinadas a auditórios, conferências, aulas ou peças teatrais têm como 
fonte sonora a palavra falada, para salas de concerto, orquestras e óperas, a fonte sonora 
é a música. Essas fontes diferenciam-se pela potência, frequência e intensidade, 
determinando diferentes prioridades e níveis para os requisitos citados. Enquanto para a 
palavra falada a propagação e o decaimento sonoros são importantes, para a música, o 
crescimento e a sequência das reflexões sonoras também são essenciais. 
(...) 
Muitas vezes, no entanto, o espaço é destinado a múltiplos usos, tendo como fontes tanto 
a palavra falada como a música. Caberá ao arquiteto estabelecer a melhor forma de 
abordagem para o problema, uma vez que as fontes exigem do espaço características 
diferentes entre si. Para esse tipo de problema, a previsão de superfícies móveis, de forma 
que possam ser alterados o volume, a planta e os materiais do ambiente, representa uma 
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solução, porém de custo elevado. Outra alternativa é estabelecer a atividade prioritária 
e favorece-la em detrimento da outra. Uma terceira alternativa é compatibilizar as 
atividades por meio de uma solução intermediária, ou seja, satisfazer os critérios que são 
comuns, porém estando ciente de que existirão aspectos acústicos que não serão 
contemplados para nenhuma das atividades. 
 
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Gabarito: alternativa A 
 
 (FGV – TJ/BA - 2014) 
No campo da acústica, a forma dos ambientes deve evitar o desenvolvimento de erros 
acústicos, como ecos, ondas estacionárias e ponto de intensidade sonora insuficiente. Um dos 
cuidados que deve ser tomado pelo arquiteto no projeto das superfícies internas de um 
auditório é: 
(A) utilizar, abundantemente, superfícies côncavas, porque promovem a distribuição uniforme 
dos sons; 
(B) empregar arestas, que formam ângulos agudos ou retos, que evitam reflexões sonoras; 
(C) aplicar materiais de baixa absorção sobre as superfícies refletoras, para atenuar a energia 
sonora, evitando-se o eco; 
(D) utilizar elementos difusores em paredes paralelas que compõem o ambiente, para não 
gerar ondas estacionárias; 
(E) optar por plantas de seção quadrada, porque são melhores que as plantas mais alongadas, 
no tocante à direcionalidade da fonte. 
 
Comentários 
(A) As superfícies côncavas promovem a focalização dos sons e as convexas, a dispersão. As 
focalizações se produzem quando o som refletido se concentra numa região, provocando 
uma excessiva energia sonora no local. A causa principal é a existência de superfícies 
côncavas: cúpulas parabólicas ou circulares, plantas elípticas, etc. 
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G.R. Vilarroig, J.M. Marzo Diez Tectónica, vol. 14: Acústica (ATC ediciones, Madrid, 1995) 
(B) Errada. Arestas que formam ângulos agudos ou retos não evitam as reflexões sonoras. 
A reflexão do som pode dar origem ao reforço, à reverberação ou ao eco, dependendo 
do intervalo de tempo entre a percepção do som direto e do refletido. 
Neste exemplo, figura 17, pode-se observar a localização da fonte e do receptor, o raio 
direto e as diversas reflexões nas superfícies da sala. 
As reflexões chamadas curtas, que chegam à orelha dentro do intervalo de 50 
milissegundos, são as que contribuem para uma melhor compreensão das palavras e são 
as que devem ser buscadas no projeto arquitetônico. Normalmente, as reflexões laterais 
são as mais adequadas. 
Para música, dependendo do autor e do tipo de composição, aumenta-se esse limite para 
80 ou 100 ms. 
 
(Simões, 2011) 
(C) Errada. A adição de materiais com maior absorção acústica nas frequências necessárias 
contribui para baixar o tempo de reverberação a níveis ótimos. Ou seja, ajudam a evitar 
o eco, já que haverá uma porção absorvida maior e, consequentemente uma porção 
refletiva menor. 
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163 
Eco é o som secundário, gerado por reflexão, que chega ao ouvido do receptor com um 
atraso de 1/15 segundos em relação ao som direto. Considerando uma temperatura de 
22° C, este percurso corresponde a, aproximadamente, 22 metros. Os ecos podem ser 
evitados pelo uso de materiais absorventes ou pela colocação de anteparos 
intermediários quando a distância entre a fonte e a superfície refletora for superior a 11 
metros. 
 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
Para que haja eco duas condições devem ser cumpridas: 
1- A reflexão deve ser forte, isto é, deve refletir em superfícies com baixos coeficientes 
de absorção sonora; 
2- A reflexão deve ser atrasada em mais de 50 milissegundos em relação ao raio direto. 
Para facilitar esta verificação podemos transformaros 50 milissegundos em distância: se 
o percurso do raio refletido menos o percurso do raio direto for igual ou maior que 17 
metros, teremos eco. 
 
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163 
Na figura 19 estão indicadas as reflexões do som na parede dos fundos de um auditório e 
qual o procedimento para a eliminação do eco nas primeiras filas e obtenção de melhor 
audibilidade nas últimas filas. 
(a) A parede vertical e o forro refletem o som de volta para a fonte, criando o eco nas 
primeiras filas; 
(b) Uma pequena inclinação da parede dos fundos torna a reflexão inofensiva; 
 
 
(Simões, 2011) 
 
(D) Certa. A existência de paralelismo entre as paredes opostas pode acarretar o surgimento 
de ondas estacionárias, diminuindo o desempenho acústico interno. Lembrando que 
ondas estacionárias são resultantes da superposição de duas ondas de mesma 
frequência, comprimento de onda e mesma amplitude, que se propagam ao longo de 
uma direção, mas de sentidos opostos, gerando, no seu encontro, amplitude zero. 
A difusão ou reflexão difusa consiste na reflexão em uma superfície irregular, fazendo 
com que as ondas sonoras se espalhem em diversas direções, promovendo uma 
distribuição mais uniforme da pressão sonora e um ganho no conforto acústico. Embora 
haja fórmulas para cálculos precisos, de forma geral, um elemento arquitetônico (viga, 
balcão, pilar) será mais eficiente para provocar a difusão se sua largura for igual ao 
comprimento da onda sonora e a profundidade das irregularidades de sua superfície igual 
à sétima parte desse comprimento. 
(E) Errada. A maioria das fontes sonoras caracteriza-se por apresentar direcionalidade. 
Tomando-se como exemplo a voz humana, enquanto as médias e baixas frequências 
distribuem-se mais uniformemente, com ângulos mais abertos em relação à fonte, as 
altas tendem a se concentrar no eixo longitudinal da fonte. 
Em ambientes com fonte sonora de interesse (auditórios, por exemplo), os melhores 
lugares para a recepção do som direto são aqueles localizados próximos ao eixo 
longitudinal. 
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163 
Logo, podemos concluir que as plantas quadradas não são adequadas. 
 
 
 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
 
 
As formas de auditórios e teatros mais indicadas na composição de suas plantas baixas 
são as trapezoidais alongadas ou as retangulares construídas segundo a proporção áurea 
(1,618). A forma trapezoidal ou em leque como é chamada, promove uma boa 
audibilidade e visibilidade, já que reduz as distâncias ao ouvinte, promove melhor 
visibilidade e evita problemas decorrentes do eco palpitante gerado por superfícies 
paralelas muito próximas. Outro problema advindo de plantas retangulares é o 
acontecimento de ecos, que resultam de grandes distâncias ou superfícies paralelas 
muito próximas. (FAURO & ROCHA) 
 
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Vamos ao livro “Bê-á-bá da acústica arquitetônica” 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
 
 
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163 
 
Gabarito: alternativa D 
 
 (FGV – TJ/RO - 2015) 
A composição de paredes duplas pode se apresentar como solução mais apropriada para fins 
de conforto acústico. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir: 
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163 
I. Quanto maior o espaço de ar entre elas, maior o isolamento acústico, podendo melhorar um 
pouco a faixa de abrangência das baixas frequências. 
II. Para que uma parede dupla ofereça o isolamento apropriado, é necessário que suas paredes 
estejam o mais acopladas possível entre si. 
III. O uso de elementos estruturais inflexíveis para amarração entre as paredes duplas tendem 
a aumentar a eficiência do isolamento acústico dessas paredes. 
Está correto o que se afirma em: 
(A) somente I; 
(B) somente II; 
(C) somente III; 
(D) somente I e III; 
(E) I, II e III. 
 
Comentários 
I. Correta 
II. Incorreta 
 
(Simões, 2011) 
III. Incorreta. Seria o uso de elementos estruturais flexíveis. A rigidez pode gerar pontes 
acústicas. 
Vamos ao livro “Bê-á-bá da acústica arquitetônica” 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
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163 
A importância da massa do material, no entanto, varia com a frequência sonora. Para 
sons de baixa frequência, o aumento da massa é menos eficiente do que para sons de 
alta frequência. Portanto, os sons de baixa frequência são mais difíceis de serem isolados 
do que os de alta frequência. 
 
Algumas vezes, a solução mais apropriada pode ser a composição de paredes duplas. Em 
geral, quanto maior o espaço de ar entre elas, maior o isolamento sonoro, podendo 
melhorar um pouco a faixa de abrangência do isolamento das baixas frequências. Para 
as médias e altas frequências, o isolamento é maior. 
Para que uma parede dupla ofereça o isolamento apropriado, é necessário que suas 
partes estejam o mais isoladas possível entre si. Elementos estruturais para amarração 
entre as paredes duplas tendem a diminuir a eficiência do isolamento acústico dessas 
paredes, e quanto mais inflexíveis ou rígidos esses elementos, menor é a atenuação do 
ruído. De preferência, os dois panos da parede não devem ser solidários. Na tabela 7 são 
mostradas várias soluções construtivas e seus respectivos isolamentos sonoros. 
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Gabarito: alternativa A 
 
 (FGV – SUSAM/AM - 2014) 
As barreiras acústicas são elementos arquitetônicos que promovem a queda de intensidade 
sonora. Com relação à eficiência de uma barreira acústica, assinale a opção correta. 
(A) Quanto mais afastada da fonte ou do receptor, melhor será o desempenho acústico. 
(B) Quanto maior a espessura da barreira, maior sua capacidade de vibração. 
(C) Quanto mais alta a região existente entre a projeção do raio sonoro direto incidido sobre 
o receptor e o topo da barreira, maior sua eficiência. 
(D) A incidência do vento sobre a barreira acústica pode aumentar sua eficiência pela 
penetração do som na região de sombra acústica. 
(E) Para sons de baixa frequência a tendência é que ocorra difração no topo da barreira 
acústica, aumentando sua eficiência. 
 
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163 
Comentários 
(A) Errada. A melhor posição da barreira é a mais próxima da fonte. 
 
 
 As três trajetórias acima apresentam o mesmo grau de difração do som; 
 A melhor posição da barreira é a mais próxima da fonte; 
 Pior posição: ser equidistante da fonte ou do receptor. 
(B) Errada. Quanto menor a espessura da barreira, maior sua capacidade de vibração, pois oferece 
menos resistência. Para aumentar o isolamento acústico da parede deve-se aumentar a sua 
massa, aplicando a Lei de massapara calcular seu desempenho; ou deve-se criar outra parede, 
transformando-a em parede dupla (executar a outra parede, deixando uma câmara de ar entre 
elas), e nesse caso aplicando a Lei de massa-mola-massa para calcular seu desempenho. 
(C) Correta. 
(D) A incidência do vento sobre a barreira acústica pode diminuir sua eficiência pela penetração do 
som na região de sombra acústica. 
(E) Para sons de baixa frequência a tendência é que ocorra difração no topo da barreira acústica, 
diminuindo sua eficiência. 
As barreiras acústicas são mais eficazes para os sons de alta frequência, visto que esses tendem 
a refletir, por possuírem comprimento de onda menor e, portanto, mais fáceis de serem 
“barrados”. 
A barreira acústica deve ser maior que o comprimento de onda. 
 
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163 
 
 
 
 
 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
 
Vamos ao livro “Bê-á-bá da acústica arquitetônica” 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
A eficiência de uma barreira acústica depende da: 
 Frequência dos sons – são eficazes para os sons de alta frequência, porque estes 
tendem a se refletir, enquanto para os sons de baixa frequência a tendência é que 
ocorra difração no topo da barreira acústica, diminuindo sua eficiência; 
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 Proximidade desta em relação à fonte ou ao receptor – quanto mais próxima da 
fonte ou do receptor, melhor será o desempenho acústico; 
 Altura do elemento utilizado – quanto mais alta a região existente entre a projeção 
do raio sonoro direto incidido sobre o receptor e o topo do elemento de barreira, 
maior sua eficiência; 
 
 Massa da estrutura – elementos mais sólidos, com menor capacidade de vibração, 
são mais eficazes. Quanto maior a espessura de uma barreira, menor sua 
capacidade de vibração; 
 Estanqueidade – como os sons de baixa frequência propagam-se facilmente por 
pequenas aberturas, a barreira acústica deve ser estanque para evitar esse tipo de 
propagação; 
 Consideração de aspectos subjetivos – o acesso visual à fonte sonora, apesar de 
difícil comprovação numérica, parece influenciar na percepção do ruído. A 
eliminação de barreiras que numericamente não são eficientes aumenta a 
percepção do incômodo sonoro por parte do ouvinte. Este é o caso da utilização 
de vegetação como elemento de barreira acústica, pois, a não ser que se constitua 
de extensa massa vegetativa, a vegetação, apesar de diminuir a reflexão sonora 
que retorna à fonte, não é uma barreira eficiente; 
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163 
 
 Movimentação do ar – a incidência do vento sobre a barreira acústica pode reduzir 
sua eficiência pela penetração do som na região de sombra acústica. 
 
Gabarito: alternativa C 
 
 (FGV – CÂMARA MUNICIPAL/PE - 2014) 
Considerando o objetivo de propiciar qualidade acústica no projeto de um auditório, analise 
os procedimentos a seguir. 
I. forma convexa na cobertura, a fim de garantir a difusão dos raios por todo o ambiente; 
II. espelhos acústicos difusores com acentuada curvatura, para evitar que a perda de energia 
seja muito acentuada; 
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163 
III. superfícies côncavas, para evitar o efeito de eco, promovendo a concentração de reflexões 
em diferentes pontos. 
O arquiteto deverá empregar o(s) seguinte(s) procedimento(s): 
(A) somente I; 
(B) somente II; 
(C) somente III; 
(D) somente II e III; 
(E) I, II e III. 
 
Comentários 
I. Correta. 
 
II. Errada. Espelhos acústicos difusores sem acentuada curvatura, para evitar que a perda de 
energia seja muito acentuada. 
Os espelhos acústicos difusores, normalmente, são formados por várias superfícies planas, 
orientadas para direcionar as reflexões para a plateia. A difusão ou reflexão difusa consiste na 
reflexão em uma superfície irregular, sendo a direção da dispersão das ondas refletidas 
independente do ângulo de incidência. 
A denominação “Concha Acústica” induz a erros de interpretação, pois as conchas que 
encontramos na natureza são superfícies côncavas. 
Nos espaços ao ar livre, a distância da fonte aos ouvintes mais afastados, e a consequente perda 
de intensidade, são os principais problemas que devemos ter em conta nos estudos acústicos. 
Nestes casos a única opção para reforçar o som direto é dotar o palco com concha acústica ou 
refletores acústicos. 
Na figura, a seguir, é apresentada a concha acústica do Auditório Araújo Vianna, em Porto 
Alegre - RS, que conforme se pode observar, constitui-se de vários planos. 
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III. Errada. As superfícies côncavas focalizam as reflexões fazendo com que se concentrem em uma 
região, e não, em diferentes pontos. 
 
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163 
No exemplo acima, temos concentrações sonoras numa sala hemisférica com teto refletivo. As 
focalizações se produzem quando o som refletido se concentra numa região, provocando uma 
excessiva energia sonora no local. A causa principal é a existência de superfícies côncavas: cúpulas 
parabólicas ou circulares, plantas elípticas, etc. 
Essa configuração também pode ocasionar o eco, pois o raio refletido pode chegar bem depois do 
raio direto. 
Em uma área de esportes na qual a cobertura seja em forma de um domo (abóbada), o ponto focal 
do espelho acústico pode ser o centro do campo, fazendo com que os jogadores, técnicos e árbitros, 
por exemplo, não consigam se comunicar. 
 
Vamos ao livro “Bê-á-bá da acústica arquitetônica” 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
Superfícies côncavas também podem causar o efeito de eco, uma vez que promovem a 
concentração de reflexões num mesmo ponto. Por esse motivo, quando projetadas para 
um ambiente, estas devem ser devidamente analisadas para que não se tornem 
prejudiciais à função acústica do espaço. Normalmente, desde que a área de recepção 
sonora esteja afastada da região de focalização dos raios, o eco não é percebido. Desde 
que nem a fonte nem o receptor estejam dentro da projeção do círculo que contém a 
superfície côncava, a reflexão dessa superfície é acusticamente aceitável e pode agir 
como dispersora do som. 
Analogamente, enquanto os raios sonoros tendem a se concentrar ao serem refletidos 
por uma superfície côncava, as superfícies convexas tendem a difundi-los. A difusão 
corresponde ao espalhamento dos raios sonoros, de forma que a área de abrangência 
dos raios refletidos é maior que aquela promovida por uma superfície plana. Para uma 
onda sonora de mesma intensidade, essa maior abrangência dos refletores convexos, em 
contrapartida, resulta em uma onda sonora refletida de menor intensidade que aquela 
promovida por um refletor plano, porque a área de distribuição da energia sonora torna-
se maior. Trata-se também de valioso instrumento para o arquiteto, uma vez que é 
possível projetar espelhos acústicos difusores, porém sua curvatura nunca deve ser 
exagerada, para que a perda de energia não seja muito acentuada. 
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Forma convexa utilizada por Oscar Niemeyer na Catedral de N. S. Aparecida em Brasília. 
Gabarito: alternativa A 
 
 (FGV – ALMT/MT- 2013) 
Quando explorada arquitetonicamente, por meio de formas e emprego adequado de recursos 
acústicos, a reflexão do som se torna excelente instrumento para permitir o reforço e a 
distribuição sonora, garantindo a intensidade e a homogeneidade do som no ambiente. Com 
relação às propriedades sonoras, assinale a afirmativa correta. 
(A) A queda da intensidade sonora ocorre apenas em decorrência da distância, 
independentemente do tipo de material utilizado. 
(B) Quanto maior é o número de reflexões sofridas por um raio sonoro, maior sua intensidade. 
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163 
(C) Diferentemente dos materiais, as pessoas agem como elementos absorvedores do som. 
(D) No ambiente vazio, são ouvidas reflexões reduzidas, o que torna o som confuso. 
(E) Como o som direto tende a perder sua intensidade, os espelhos acústicos colaboram na 
intensificação do nível sonoro. 
 
Comentários 
(A) Errada. A queda da intensidade sonora ocorre em decorrência da distância, e do tipo de material 
utilizado. Quanto mais absorvente for o material, mais parte do som será absorvido e menos 
será refletivo. 
(B) Quanto maior é o número de reflexões sofridas por um raio sonoro, menor sua intensidade. 
(C) Como os materiais, as pessoas agem como elementos absorvedores do som. 
(D) No ambiente vazio, haverá mais reflexões, o que torna o som confuso. 
(E) Correta. 
Vamos ao livro “Bê-á-bá da acústica arquitetônica” 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
A reflexão, quando explorada arquitetonicamente, por meio de formas e direcionamento 
apropriados de espelhos acústicos, é um excelente instrumento para permitir o reforço e 
a distribuição sonora, aumentando a intensidade e a homogeneidade do som no 
ambiente. Em auditórios, esse recurso é muito utilizado, pois como o som direto tende a 
perder sua intensidade, principalmente para os lugares mais afastados da fonte, os 
espelhos acústicos colaboram na intensificação do nível sonoro. 
 
A queda de intensidade sonora não ocorre apenas em decorrência da distância, mas 
também em função da absorção sonora dos materiais. Ao incidir sobre uma superfície, 
parte da energia sonora é refletida, enquanto outra parte é absorvida pelo material. 
Normalmente, quanto mais poroso o material, maior a absorção. Cada vez que o raio 
sonoro sofre uma reflexão, tende a perder energia, em uma porcentagem que varia 
conforme o coeficiente de absorção do material da superfície. Portanto, quanto maior é 
o número de reflexões sofridas por um raio, menor a sua intensidade. 
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Assim como os materiais, as pessoas também agem como elementos absorvedores 
sonoros; por isso, no caso de espaços como auditórios, grande parte da absorção sonora 
se deve à presença da plateia. 
A absorção sonora dos materiais é nitidamente percebida, quando, por exemplo, 
distribuem-se móveis em um ambiente. Enquanto com o ambiente vazio podem-se notar 
reflexões excessivas, tornando o som confuso, com o ambiente ocupado por móveis essas 
reflexões passam a ser absorvidas por eles, facilitando a inteligibilidade sonora. 
 
Gabarito: alternativa E 
 
 (FCC – TRF 1ª Região – 2014) 
A NBR-10152 fixa as condições exigíveis para a aceitação do ruído num determinado recinto 
de uma edificação conforme a finalidade mais característica de utilização do recinto. Analise a 
listagem em que se apresentam tipos de recintos, e um intervalo de valores em dB(A). 
Auditórios para palestras (sem ocupação) 30-40 
Bibliotecas 35-45 
Escritórios 45-55 
Salas de espera 40-50 
O intervalo a que se refere a listagem acima corresponde aos níveis de 
(A) pressão sonora interferente. 
(B) pressão sonora oscilante. 
(C) ruído ambiente de conforto e aceitável. 
(D) ruído ambiente adequado e inadequado. 
(E) ruído ambiente com picos de energia acústica. 
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Comentários 
Conforme a nota da tabela 1 da referida Norma, o valor inferior da faixa representa o nível sonoro 
para conforto, enquanto que o valor superior significa o nível sonoro aceitável para a finalidade. 
Níveis superiores são considerados de desconforto. 
Analogamente, a resposta é a alternativa (C). 
Vamos à NBR 10152/1987 (cancelada e substituída pela NBR 10152/2017): 
 
Gabarito: alternativa C 
 
 (FCC – TRF 1ª Região – 2014) 
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O tempo de reverberação do som em um ambiente fechado depende 
(A) dos ângulos dos raios incidentes e refletidos em uma mesma superfície independente de 
sua natureza. 
(B) do volume do recinto, do tipo, forma e número de superfícies e da capacidade de absorção 
sonora do ambiente. 
(C) do volume do recinto, do índice de mascaramento da fonte sonora e da capacidade de 
refração sonora do ambiente. 
(D) do pé-direito do recinto, da pressão sonora da fonte emissora e da direção do raio 
refletido. 
(E) da área do recinto, do nível de pressão sonora da fonte e da velocidade de propagação do 
som no ambiente. 
 
Comentários 
O tempo de reverberação é o tempo de permanência do som no ambiente, o qual depende do 
volume do recinto, do tipo, forma e número de superfícies e da capacidade de absorção sonora do 
ambiente. 
Guia Procel Edifica – Acústica Arquitetônica 
No instante em que a fonte para de emitir, a energia sonora do ambiente começa a 
diminuir, absorvida pelos diversos materiais. O tempo que esta energia permanece 
audível, a partir do momento em que a fonte para de emitir, chama-se de tempo de 
reverberação (TR). 
O Tempo de Reverberação de uma sala é o indicador por excelência do seu 
comportamento acústico, ao ser o mais expressivo em termos globais. Ele é determinado 
pelos coeficientes de absorção sonora dos materiais de revestimento e dos equipamentos 
instalados no interior da sala. O ajuste do tempo de reverberação de uma sala dentro do 
intervalo de valores, para cada frequência, é condição indispensável para se conseguir 
uma boa acústica da mesma. 
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Devido ao fato de que o tempo de reverberação adequado para uma melhor 
inteligibilidade das palavras deve ser mais curto, em torno de um segundo, e o tempo de 
reverberação para salas de concertos e igrejas deve ser mais longo, para aumentar a 
sonoridade, de dois ou mais segundos, espaços projetados para uma função não têm bom 
desempenho quando utilizados para usos diferentes do previsto. 
Gabarito: alternativa B 
 
 (FCC – MP-Maranhão – 2013) 
Um escritório aberto ou panorâmico abriga grande número de estações de trabalho, que 
podem ser separadas por divisórias (de diferentes alturas e materiais), que oferecem 
determinado nível de isolamento acústico. Situações: 
1. Divisórias de altura parcial, onde a energia sonora é transmitida através do teto, piso e 
paredes de fechamento da área. 
2. Divisórias de meia altura, onde a energia sonora é transmitida através da própria divisória, 
por cima, por baixo, pelos lados da peça e também pelo teto, piso e paredes de fechamento 
da área. 
3. Divisórias com altura do piso ao teto, onde a energia sonora é transmitida pelos tetos rígidos 
de placas de gesso e luminárias com lentes planas. 
Fenômenos: 
I. Difração. 
II. Reflexão. 
III. Difração e reflexão. 
IV. Refração. 
A correlação entre as situações e seus fenômenos sonoros e suas correções materiaisestá 
correta em 
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(A) 2-III − Proteção das superfícies verticais e horizontais com espumas de poliéster de células 
abertas ou fibras cerâmicas e de vidro, tecidos e carpetes, atenuará o fenômeno sonoro. 
(B) 1-IV − Proteção das paredes com materiais leves, fibrosos ou porosos, aplacará o fenômeno 
sonoro. 
(C) 3-II − Proteção das paredes e pisos com concreto e chumbo, atenuará o fenômeno sonoro. 
(D) 2-I − Proteção das superfícies verticais com espumas de poliéster de células abertas e das 
horizontais, com tecidos e carpetes, reverberará o fenômeno sonoro. 
(E) 1-IV − Proteção das superfícies verticais e das horizontais com tecidos e carpetes, ecoará o 
fenômeno sonoro. 
 
Comentários 
1. Se a divisória tem altura parcial e a energia sonora está sendo transmitida pelo teto, piso e 
paredes de fechamento da área, o som está sendo transmitido por reflexão através desses 
elementos, não havendo som direto. A solução é tratar o teto, piso e paredes com materiais 
absorventes. 
 
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(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
 
2. Nesse segundo caso, além da reflexão, que tratamos na situação 1, temos a transmissão (o 
som passa pela divisória) e temos a difração, pois, o som passa por cima, por baixo e pelos 
lados da mesma, contornando o obstáculo (divisória), característica da difração. Nesse caso, 
além do uso de materiais absorventes, o ideal seria aumentar a superfície da divisória e sua 
altura. 
3. Nesse caso temos a transmissão, pois o teto rígido de placas de gesso forma uma ponte 
acústica, deve-se adotar conexões elásticas. 
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(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
Vamos ao Livro Acústica Arquitetônica de Régio Paniago Carvalho 
 
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Gabarito: alternativa A 
 
 (CONSULPLAN – P.M.N. Santa Madalena – 2010) 
De acordo com a NBR 10152/1987, que fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto 
acústico em ambientes diversos, qual dos valores citados NÃO seria recomendável para uma 
biblioteca em uma escola? 
A) 36 
B) 42 
C) 47 
D) 39 
E) 45 
 
Comentários 
Biblioteca de escola, conforme a NBR 10152 tem 35 dB(A) como nível sonoro de conforto acústico 
e 45 como nível sonoro aceitável. Logo, a resposta é a alternativa (C). 
A norma atualizada também tem esse limite de 45. 
Vamos à NBR 10152/1987 (cancelada e substituída pela NBR 10152/2017): 
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Gabarito: alternativa C 
 
 (CONSULPLAN – CEFET –2006) 
No tratamento acústico de uma sala de testes de som para cinema adotou-se revestimento 
em tapete sobre o piso e paredes com absorção, ante-câmara com absorção e portas especiais. 
O cliente pediu um reforço no tratamento acústico, pois no hall de entrada da sala é possível 
detectar parte do som emitido quando, na exibição, ocorrem explosões, tiros, roncos de 
motores e outros sons de características de baixa freqüência. A correção do problema pode 
ser feita colocando-se sobre as paredes: 
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A) Chapa perfurada metálica, com lã de vidro. 
B) Cortina de veludo. 
C) Placas flexíveis de compensado sobre sarrafos, com lã de vidro no espaço interno. 
D) Lã de rocha abaixo do tapete. 
E) Poliuretano expandido. 
 
Comentários 
Primeiro ponto a ser analisado, fonte e receptor estão em um mesmo ambiente ou em ambientes 
diferentes? 
Nesse caso, fonte e receptor em ambientes diferentes, o fenômeno a ser tratado é o de transmissão 
o qual exige o isolamento acústico. 
O ruído é aéreo ou estrutural? No caso, em questão, é aéreo, pois se propaga pelo ar. Em geral, 
isola-se o ruído aéreo com elementos verticais, tais como paredes, esquadrias e antecâmaras, e o 
ruído estrutural com elementos horizontais, como pisos, lajes e forros. 
O som é de baixa ou alta frequência? O problema em questão está nos sons de baixa frequência. 
Como já foi visto, os sons de baixa frequência (sons graves) são mais difíceis de serem controlados. 
Como os sons graves têm mais energia, eles se transmitem com maior facilidade através dos 
materiais de construção, sendo necessário o conhecimento do espectro do ruído para dimensionar 
adequadamente o isolamento acústico. 
Para o controle do isolamento acústico, é utilizada a lei de massa e a lei de massa-mola-massa. 
Os materiais absorventes controlam a energia sonora refletida, mas, não influem na parcela 
transmitida. 
 
Em contrapartida, como os sons de baixa frequência exigiriam uma massa de parede 
excessivamente grande para reter o som, a técnica de controle mais adequada para esse caso é a 
Lei Massa-Mola-Massa, a qual só tem um exemplo exemplificado na alternativa (C). 
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Guia Procel Edifica – Acústica Arquitetônica 
5 DESEMPENHO ACÚSTICO DOS EDIFÍCIOS 
O desempenho acústico das edificações depende, basicamente, de dois fenômenos 
acústicos, independentes e que devem ser estudados separadamente: 
• Absorção sonora: determinante da qualidade acústica interna do local analisado. Fonte 
e receptor encontram-se no mesmo ambiente. 
• Transmissão sonora: determinante do nível de ruído que se transmite através de 
esquadrias, paredes, lajes e forros. Fonte e receptor encontram-se em ambientes 
distintos. 
Quando o som atinge uma superfície, como uma parede de alvenaria, parte da energia 
sonora reflete de volta ao ambiente; parte da energia é retida pela parede, que se 
transforma em calor e é dissipado no ambiente; e parte se transmite ao outro lado da 
parede. 
Para aumentar o isolamento acústico da parede deve-se aumentar a sua massa, 
aplicando a Lei de massa para calcular seu desempenho; ou deve-se criar outra parede, 
transformando-a em parede dupla (executar a outra parede, deixando uma câmara de 
ar entre elas), e nesse caso aplicando a Lei de massa-mola-massa para calcular seu 
desempenho. 
A instalação de material fonoabsorvente na superfície da parede ajuda a controlar a 
parcela de energia refletida para o ambiente, influindo no Condicionamento Acústico 
desse ambiente, mas a energia que se transmite (Isolamento) permanece praticamente 
a mesma. 
(...) 
Isolamento Acústico: Quando uma onda sonora transmitida pelo ar incide sobre uma 
parede, parte do som é refletida e parte é transmitida à parede. A energia incidente faz 
com que a parede entre em vibração, fazendo com que uma parte da energia seja 
dissipada como calor, e outra parte seja transmitida como som ao outro lado da parede, 
propagando-se pelo ar do outro ambiente. 
Para evitar a reverberação excessiva, deve-sefazer uso de materiais absorventes, porosos 
e elásticos, que impeçam a reflexão sonora; mas, para evitar a transmissão, é necessário 
que se faça uso de materiais com 
elevada massa, que dissipem a energia, sem vibrar com ela. 
Ruído Aéreo: Ao incidir a onda sonora sobre uma parede, uma parcela b do som é refletida 
de volta ao ambiente, uma parte c é retida pelo material da parede, que é a capacidade 
de isolamento acústico da parede, e uma parte d se transmite ao outro lado. 
A capacidade de isolamento acústico de um material é sempre indicada em dB, por 
frequência ou dBA. 
Na figura 31, no centro, tem-se como exemplo uma parede com R (índice de isolamento 
acústico, em dB) igual a 45 dB. Se o NPS (nível de pressão sonora) for de 80 dB no lado 
externo, têm-se um NPS interno de 80 – 45 = 35 dB. Quando o nível externo aumenta para 
100 dB, têm-se um NPS interno de 100 – 45 = 55 dB. 
Portanto a indicação de isolamento em porcentagem não corresponde à realidade. 
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Na figura 31, mais à direita, tem-se outra parede com R igual a 60 dB. Logo, o ruído 
interno diminui para 20 dB, com o nível externo de 80 dB. 
 
1. Lei de Massa: 
Cada vez que se duplica a massa de uma parede, o isolamento acústico aumenta entre 4 
a 5 dB, o que significa um aumento considerável da carga na estrutura das construções. 
2. Lei de Massa-Mola-Massa: 
“Em sistemas com paredes duplas, a incorporação de um espaço de ar de 15 a 200 mm 
fornece um aumento na perda de transmissão de aproximadamente 6 dB acima da soma 
aritmética das perdas de transmissão de cada uma das duas paredes.” 
“... é recomendado o preenchimento deste espaço com material de absorção acústica 
para eliminar as ressonâncias da cavidade.” 
“É também recomendado usar paredes com diferentes espessuras e/ou materiais para 
evitar a excitação das duas paredes simultaneamente.” 
 
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No gráfico da figura 36 é apresentado o isolamento acústico proporcionado por paredes 
de gesso acartonado, sistema massa-mola-massa, em diversas montagens. 
A parede com maior eficiência, na figura 36, é composta por estrutura dupla e 
independente de montantes metálicos, dois painéis de lã de vidro 50 mm e duas placas 
de gesso de 12,5 mm, montadas em cada face da parede. Essa montagem tem densidade 
aparente de 40 kg/m², com Índice de Isolamento acústico Rw = 64 dBA, equivalente a 
uma parede de concreto com 500kg/m². 
 
 
 
 
 
A lã de vidro ou lã de rocha na cavidade aumenta o isolamento acústico da parede dupla 
porque evita a criação de ondas estacionárias no interior da mesma, de diversas ordens: 
n=1, n=2, n=3,... 
A resistência ao fluxo de ar da lã mineral, também colabora no aumento do isolamento 
acústico, dificultando a passagem do som. 
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Mediante a aplicação de uma segunda massa (no caso MDF de 25mm fixado em 
montantes metálicos), com lã de vidro na câmara de ar formada entre as duas massas, 
mudamos da lei de massa da parede original em alvenaria de tijolos cerâmicos, para a lei 
da massa-mola-massa, aumentando o isolamento acústico com o uso do sistema. 
Gabarito: alternativa C 
 
 (CONSULPLAN – CEFET –2006) 
O andar de um prédio de escritórios possuía layout do tipo panorâmico, com divisórias baixas 
entre os postos de trabalho. Em função de necessidades de sigilo de informações, salas 
fechadas devem ser criadas, ocupando aproximadamente um quarto da área útil de escritórios 
do andar. O isolamento acústico entre essas salas e o restante do andar é requisito necessário 
ao seu bom funcionamento. No momento, o andar é dotado de forro acústico absorvente, que 
serve também para ocultar instalações técnicas que correm junto ao teto de concreto. Nessas 
condições, e considerando-se o menor gasto possível na mudança de layout: 
A) É suficiente erguer divisórias com bom isolamento acústico até o nível do forro. 
B) É suficiente erguer divisórias com bom isolamento acústico e boa absorção acústica até o 
nível do forro. 
C) É suficiente erguer divisórias com bom isolamento acústico até o nível do teto de concreto. 
D) É necessário substituir o forro de todo o andar por um outro forro composto que seja bom 
absorvente e com isolamento acústico, erguendo divisórias com boa absorção acústica até o 
nível do forro. 
E) N.R.A. 
 
Comentários 
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A resposta é a letra C, a divisória deve ser erguida até o teto, pois, se for erguida até o forro, o som 
será transmitido entre o forro e o teto de concreto. 
Gabarito: alternativa C 
 
 (CONSULPLAN – P. M. N.S. do Socorro –SE - 2005) 
O som pode ser refletido, absorvido, dispersado, difratado ou transmitido para espaços 
contíguos, dependendo das propriedades acústicas das superfícies. É correto afirmar: 
A) a reverberação está vinculada ao volume e à capacidade de absorção do ambiente com 
ênfase na ressonância. 
B) em salas de espetáculos pequenas, quando a parede oposta ao palco está a mais de 8 (oito) 
metros e revestida com materiais difusores, de superfície irregular, será necessário introduzir 
soluções arquitetônicas para não comprometer a qualidade acústica da sala e a inteligibilidade 
da audição. 
C) o fenômeno acústico que ocorre quando uma onda sonora encontra uma abertura ou 
pequenos objetos se propagando de forma esférica entre estes se chama difusão. 
D) um som é perfeitamente difuso numa sala com pressão igual em todos os pontos e quando 
as ondas sonoras estão se espalhando para todas as direções. A aplicação alternada de 
superfície refletora e superfície absorvente é uma maneira de criar a difusão sonora. 
E) todas as alternativas estão incorretas. 
 
Comentários 
(A) Errada. Com ênfase na reflexão. 
 
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(B) Errada. Não será necessário introduzir soluções arquitetônicas. 
(C) Errada. Chama-se Difração. 
 
Simulação em tanque de ondas. 
 
(D) Correta. 
(E) Incorreta. 
Vamos ao Livro Acústica Arquitetônica de Régio Paniago Carvalho: (Carvalho) 
 
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Gabarito: alternativa D 
 
 (CESPE – TL-AL –2012) 
Com relação a absorção e isolamento acústico, assinale a opção correta. 
A Para um bom isolamento acústico geralmente são utilizados materiais pesados, tais como 
concreto, aço, vidro, chumbo, entre outros. 
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B Os plásticos leves e impermeáveis, por sua baixa densidade, não possuem alto poder de 
absorção sonora. 
C A absorção acústica é a capacidade de manter as ondas sonoras em um mesmo ambiente, 
impedindo-as de passar de um recinto a outro. 
D Os materiais considerados bons isolantes térmicos são também bons isolantes acústicos. 
E Espumas de poliestireno expandido ou extrudado são excelentes isolantes acústicos. 
 
Comentários 
(A) Correta. 
(B) Errada. Materiais leves possuem alto poder de absorção sonora. Para evitar a reverberação 
excessiva,deve-se fazer uso de materiais absorventes, porosos e elásticos, que impeçam a 
reflexão sonora; mas, para evitar a transmissão, é necessário que se faça uso de materiais com 
elevada massa, que dissipem a energia, sem vibrar com ela. 
(C) Errada. A absorção acústica interfere na reflexão no mesmo ambiente, não afetando a 
transmissão para outros ambientes. 
 
(D) Errada. Os bons isolantes acústicos retêm as ondas sonoras as transformando em calor que é 
dissipado para o ambiente. 
(E) Errada. Poliestireno expandido (EPS) = isopor – bom isolante térmico, mas não contribui para o 
isolamento acústico, a não ser quando combinado com outros materiais. 
Poliestireno extrudado (XPS) = espuma rígida de poliestireno (PS) com estrutura celular fechada 
e homogênea. Este fator lhe confere excelentes características de isolação térmica. 
Gabarito: alternativa A 
 
(CESPE – MPE-PI –2012) 
Auditórios de uso múltiplo são áreas nobres dentro do conjunto de espaços em que estão 
inseridos. Assim, o auditório deve, necessariamente, atender a questões técnicas, propiciar 
conforto ambiental ao usuário e apresentar qualidade estética. Conforto em auditórios: proposta de 
procedimento para o projeto. In: Internet: <www.iar.unicamp.br> (com adaptações). 
A partir do trecho acima, julgue os itens subsequentes, acerca dos aspectos referentes a 
projeto de auditório e acústica. 
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Para se mensurar o tempo ótimo de reverberação em um auditório, deve-se considerar que 
seu valor será diretamente proporcional ao volume do auditório, levando-se em conta, 
também, os coeficientes de absorção dos materiais constituintes desse espaço. 
 
Comentários 
Correta! Quanto maior o volume, maior o tempo ótimo de reverberação recomendado. 
Podemos observar essa relação pelo gráfico abaixo: 
 
Também já vimos que, para controlarmos o tempo de reverberação, devemos aumentar o m2 de 
materiais absorventes, diminuindo o número de reflexões. 
As superfícies que ficam próximas da fonte e todas as superfícies próximas do palco devem ser 
reflexivas, para que o som possa chegar às últimas fileiras. Os materiais absorvedores de som, se 
necessário, devem ficar ao fundo da sala. 
Vamos à publicação “Conforto em auditórios: proposta de procedimento para o projeto” 
(Soler & Kowaltowski) 
Desenhar a forma do piso da plateia, considerando a capacidade da sala; 
A concepção do projeto arquitetônico de auditórios inicia-se com o estudo da volumetria 
e da geometria. O formato do auditório é considerado um dos itens mais importantes do 
projeto e está relacionado à qualidade acústica da sala e à visibilidade do palco. Sendo 
assim, o estudo acústico é importante como elemento definidor de questões formais 
dentro de um auditório. Definir a forma para em seguida “encaixar” a função, buscando 
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adequá-las à arquitetura, é um tipo de procedimento que deve ser evitado por 
profissionais que desenvolvem projetos de auditórios e de outros espaços de natureza 
semelhante. 
O volume do auditório deve ser decidido em proporção à intensidade sonora que será 
gerada no ambiente. Para concertos recomenda-se um volume grande, pois assim haverá 
espaço suficiente para a dispersão sonora. Para a palavra falada, caracterizada por sons 
fracos, deve ser usado um espaço menor ou um sistema moderno de amplificadores, 
assim a palavra pode ser compreendida por todo o público presente (WATSON, 1948). 
 
 
 
 
 
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Gabarito: alternativa CERTA 
 
 
No que diz respeito ao isolamento térmico e acústico, esquadrias em alumínio associadas a 
vidros duplos com camadas internas de ar possuem melhor desempenho que sistemas de 
esquadrias de madeira. 
 
Comentários 
As esquadrias em geral são um ponto crítico no isolamento acústico entre ambientes, devido à sua 
pouca massa e falta de uma vedação adequada. 
As esquadrias de vidro duplo são boas para o isolamento térmico, pois, para atingir o isolamento 
acústico, precisam de uma camada de ar grande entre os vidros, vide tabela abaixo. 
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Já a madeira, por ser mais densa, apresenta maior desempenho acústico (lei de massa). A madeira 
é uma boa alternativa para tratamento acústico por apresentar características isolantes e 
absorvedoras. 
As janelas com esquadrias em madeira, também, são termicamente mais vantajosas do que as de 
aço ou alumínio, desde que essas mesmas esquadrias sejam suficientemente espessas. 
Por sua vez, o alumínio, além de ser muito leve, é um material com extrema condutibilidade térmica. 
E isso é muito negativo para o desempenho das janelas, mesmo que o perfil seja muito simples e 
compacto. As esquadrias das janelas transformam-se facilmente numa ponte térmica com o 
exterior. 
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Gabarito: alternativa ERRADA 
 
 
O projeto de auditórios, no que se refere a desempenho acústico de um auditório, é uma 
tarefa multidisciplinar, uma vez que esse desempenho é influenciado não só por materiais e 
acabamentos para revestimento, mas, também, por procedimentos construtivos como 
dimensionamento das espessuras de paredes e projeto de fundações. 
 
Comentários 
Segundo Régio Paniago, o projeto de acústica arquitetônica deixou de ser um tema acadêmico, 
enclausurado entre quatro paredes, para tornar-se real. Passa a ser necessário, simultaneamente 
com o projeto de arquitetura de edifícios, estruturas portantes, instalações prediais, tratamento 
térmico, etc. 
A vibração da estrutura, por exemplo, pode ocasionar fontes secundárias de ruídos. 
São importantes bases elásticas, conexões elásticas, etc... 
Gabarito: alternativa CERTA. 
 
 
Os laminados melamínicos podem substituir com vantagem os revestimentos cerâmicos em 
algumas aplicações, como um sistema de piso elevado, em função da velocidade de instalação 
e manutenção. 
 
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Comentários 
Correta. Mas, vamos aproveitar e trazer o assunto para a acústica, falando sobre pisos flutuantes. 
Vamos ao livro “Bê-á-bá da acústica arquitetônica” 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
 
 
 
Gabarito: alternativa CERTA. 
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Os materiais porosos e fibrosos são os mais indicados para resolver aspectos de acústica em 
um auditório, para qualquer frequência, como reverberação, absorção e reflexão. 
 
Comentários 
Errada. 
Existem no mercado diversos materiais absorventes porosos utilizados para tratamento 
acústico de edifícios, como lã de vidro, lã de rocha, espuma de melamina e de poliuretano. 
Esta capacidade de absorção dos materiais de construção, denominado coeficiente de 
absorção alfa (α), varia de acordo com suas características físicas (porosidade, rigidez, 
forma de instalação, etc.) e também com a frequência do som (graves, médiosou 
agudos). Para comparar e especificar apropriadamente qual material utilizar, onde e em 
que quantidade, foram determinados em normas internacionais ensaios e métodos de 
obtenção do coeficiente de absorção alfa (α). Este coeficiente varia de 0,00 a 1,00, 
indicando a quantidade da energia sonora que o material absorve em cada reflexão, por 
frequência, normalmente em 125, 250, 500, 1.000, 2.000 e 4.000 Hz. 
A maior absorção sonora dos materiais porosos se produz nas altas frequências, os sons 
agudos. Quanto maior a porosidade do material, maior será a absorção dos sons agudos. 
A absorção dos sons graves e médios depende de grandes espessuras do material, o que 
na prática dificilmente se aplica. 
A absorção dos sons graves é mais complexa, pois depende do material e da montagem 
adequada para que seja produzido o efeito desejado, como no exemplo da figura 7 (painel 
vibrante). 
A absorção de graves se produz por transformação de energia sonora em energia 
mecânica. 
As ondas sonoras ao tocarem a placa ou membrana fazem vibrar o material, ocorrendo 
aqui a transformação de energia sonora em energia mecânica, que por sua vez se dissipa 
no ambiente em forma de energia térmica (calor), pelo amortecimento interno e rigidez 
do material. 
 
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A instalação de material absorvente, tipo lã de vidro, na cavidade, aumenta a faixa de 
absorção de sons graves consideravelmente, como se pode observar no gráfico da figura 
8. 
 
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163 
Lembrando que a tabela 2 da NBR traz os índices de absorção de acordo com as faixas de 
frequência: 
 
Vamos ao Livro Acústica Arquitetônica de Régio Paniago Carvalho 
 
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Gabarito: alternativa ERRADA 
 
(CESPE – Banco da Amazônia – 2012) 
Com relação ao desempenho acústico e à geometria de auditórios, bem como à visibilidade 
nesse tipo de ambiente, julgue os itens que se seguem. 
 
Para uma visibilidade adequada em auditórios, recomenda-se uma diferença de 15 cm entre 
uma fileira e outra, medida na altura da cabeça das pessoas sentadas, se a distância entre 
fileiras for de 1,00 m. Tendo como referência essa recomendação, considere os seguintes 
dados, relativos a um auditório hipotético: 
• número de fileiras: 10; 
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• borda do palco como referência visual única; 
• altura do espectador sentado: 1,10 m; 
• altura do piso do palco: 0,90 m; 
• distância entre a frente do palco e a primeira fileira: 3 m. 
Em face dessa situação hipotética, mantendo-se rigorosamente os dados descritos e a 
recomendação que os antecede, é correto afirmar que a última fileira estará a 12 m de 
distância e 60 cm acima do piso do palco. 
 
Comentários 
Vamos lá! Fazendo as contas… 
Posição da última fileira: 3,00 m +(9 x 1,00 m) = 12,00 m. 
Altura da última fileira em relação ao piso: 9 x 0,15 = 1,35 m. 
Altura da última fileira em relação ao palco: 1,35 – 0,90 = 0,45 m. 
“Conforto em auditórios: proposta de procedimento para o projeto” 
(Soler & Kowaltowski) 
O palco deve se situar entre 70 e 90 cm em relação ao piso, uma vez que o espectador da 
primeira fileira tem sua visão a 1,10 m, em média. Um palco muito baixo cria dificuldades 
por exigir uma grande inclinação da plateia, mas a altura excessiva também é obstáculo 
aos bons preceitos de ergonomia. A visão normal, em descanso, tem um ângulo de 
caimento em relação à linha horizontal de 15 graus. Quando o posicionamento do palco 
ou da tela de projeção são definidos em ângulos acima dessa linha, o espectador é 
obrigado a forçar a musculatura do olho ou do pescoço, o que é desconfortável e 
cansativo (MELENDEZ, 1996). 
 
Gabarito: alternativa ERRADA. 
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Um auditório para 125 pessoas, destinado à apresentação de palestras, terá um bom 
desempenho acústico se sua planta tiver a forma trapezoidal e seu volume for adequado. 
Contudo, se esse auditório destinar-se à apresentação de recitais e solos musicais, além do 
volume adequado, sua planta deverá ter forma retangular. 
 
Comentários 
Pessoal! Essa deu trabalho! Fiquei obcecada para descobrir o porquê de as plantas para música 
serem retangulares. 
Já sabia das diferenças de exigências em função da potência da fonte sonora (que é bem maior que 
a da palavra falada), da importância do tempo ótimo de reverberação ser maior (provocando 
prolongamento dos sons), da necessidade de o músico receber o retorno do que está cantando e/ou 
tocando, o que faz a sala dever ter um volume maior, mais reflexões, reflexões para o palco, … 
Também descobri que o melhor formato é shoe box, mas por quê? 
Podemos só entender os conceitos e gravar que, para música, o formato retangular é melhor. 
Mas, para quem é curioso e gosta de entender, trago, abaixo, parte da dissertação que conseguiu 
me elucidar a respeito. 
Vamos à dissertação “Influência das características arquitetônicas na qualidade acústica de salas 
de concerto” 
(Takahashi, 2010) 
 
http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/258533 
3.2. Características das salas 
3.2.1. Geometria das salas 
O fato de salas de concerto, ainda hoje, serem desenhadas em formato retangulares é 
comparável ao desenho de instrumentos musicais, principalmente de violinos. Apesar de 
se ter grande quantidade de informações sobre acústica desses instrumentos, os novos e 
bem sucedidos violinos tem seu desenho baseado nos antigos assim como as salas de 
concerto que se baseiam no formato das que foram bem sucedidas no passado 
(MARSHALL, KEPPLER, 1999). 
Barron (1993) coloca que os aspectos favoráveis do formato caixa de sapato (shoebox) 
são a proximidade dos assentos a superfícies refletoras, a largura das salas não muito 
grande e que juntamente com as reflexões do balcão causam uma impressão espacial, as 
paredes paralelas que produzem uma alta quantidade de reflexões, as superfícies que são 
altamente difusoras e os balcões curtos. O autor ainda coloca que essas características 
proporcionam uma sensação de vivacidade, envolvimento, intimidade e audibilidade 
importantes para a música. 
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Para Siebein e Kinzey (1999) a escolha do formato de caixa de sapato se deve às reflexões 
laterais iniciais que essa forma proporciona e que chegam ao ouvinte nos dois lados da 
cabeça logo depois do som direto, causando sensações no ouvinte que contribuem para 
a qualidade acústica das salas como: envolvimento, intimidade, e impressão espacial. 
Dentre as 15 melhores salas de concerto consideradas no ranking de Beranek (2004) 
como excelentes, dois terços dela possuem uma forma conhecida como “shoebox”, ou 
seja, um formato retangular. Estudos de Marshall, Keppler (1999), Barron (1993), 
Beranek (2004), mostraram que paredes paralelas asseguram reflexões laterais na 
audiência principal, que é de essencial importância para o sentimento de espacialidade 
da plateia. 
Apesar disso Marshall e Keppler (1999) colocam que o sucesso acústico não é garantido 
somente com o formato de uma caixa de sapato, particularmente se uma insuficiente 
difusão for empregada. A caixa de sapato pode ser um bom início por causa de inúmeras 
qualidades, mas outros aspectos acústicosdevem ser considerados como: configuração 
da área de performance, controle de eco, proporção de volume, boa linha de visão e 
adequada difusão. Um exemplo disso é a sala de concertos do Tokyo Opera City (TOC) no 
Japão, que apesar de uma planta retangular traz como uma nova solução arquitetônica 
um teto piramidal, indicando que não é necessário replicar precisamente salas já 
existentes e bem sucedidas para alcançar excelentes resultados. 
É necessário que o arquiteto seja criativo na hora de conceber novas formas para as salas 
de concertos, criando novas experiências e sensações para a audiência. A partir dessa 
necessidade de inovações, como aproximar a plateia da orquestra, ou maximizar o 
espaço da audiência é que surgem salas em formato de leque, e as salas com plateias 
envolventes. 
O formato em leque (fan-shaped) surgiu com a criação do cinema por volta de 1920, onde 
havia a necessidade de maximizar o tamanho da plateia. Logo esse formato foi adotado 
para salas de concerto, mas acabou não fazendo jus a perfomance musical (BARRON, 
1993). 
Barron (1993) coloca que o problema mais óbvio desse formato de sala foi a formação de 
uma parede do fundo curva, que gerava uma focalização sonora no palco. Uma solução 
para esse problema foi a fragmentação da parede com materiais difusores e absorventes 
para diminuir esse grau de focalização, mas mesmo assim as vezes não era o suficiente. 
Outro problema eram as poucas reflexões iniciais laterais que a forma proporcionava 
como pode ser ver na figura 3.10. 
 
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As reflexões laterais provêm das paredes laterais. Nas salas em forma de leque 
(fanshaped) essas reflexões alcançam o ouvinte mais na direção frontal se comparada 
com as salas retangulares, como podemos observar na Figura 3.11 (a) e (b), ou seja, a 
lateralidade do som nas salas de leque é pobre o que não favorece as salas de concerto 
limitando o grau de impressão espacial e o envolvimento. Já as salas em leque invertido 
(reverse fan-shaped) há um aumento dessa lateralidade sonora até mesmo maior que as 
salas retangulares como mostrado na Figura 3.11 (c) (METHA et.al, 1999). 
 
Algumas soluções criadas ao longo dos anos para aumentar essas reflexões laterais e 
colaborar com o aumento da sensação de espacialidade, intimidade e envolvimento 
foram os balcões laterais em balanço (Figuras 3.12 e 3.13) que colaboram para a difusão 
sonora. 
Gabarito: alternativa CERTA 
 
 (CESPE – ABIN –2010) 
Julgue o seguinte item, referente a conforto acústico. 
Um auditório em forma de leque otimiza o binômio área e visibilidade e é adequado para 
palestras, mas para música a melhor forma é a retangular com pé direito alto. 
 
Comentários 
O mesmo da questão anterior. 
Vamos à dissertação “Simulação acústica de uma sala multiuso para a prática musical: 
possibilidades de adaptação ao uso” 
(Lima & Vergara) 
1. INTRODUÇÃO 
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Para que o músico desfrute de uma experiência satisfatória no ambiente de sua prática 
musical, um projeto acústico específico é essencial. 
A experiência satisfatória do usuário em um determinado ambiente está associada a 
diversos fatores, objetivos e subjetivos. No que diz respeito ao ambiente adequado ao 
ensino e prática musical, além dos requisitos mínimos de projeto (como conforto térmico, 
lumínico, ergonômico, acessibilidade), um projeto acústico específico é essencial para a 
performance do músico. Rocha (2012) afirma que a experiência da música não pode ser 
separada da acústica do espaço na qual ela é executada, isso tanto no ensaio e 
aprendizagem, quanto na apresentação. 
O aparente descaso com a funcionalidade do espaço tem resultado em projetos cada vez 
mais multifuncionais, o que pode vir a prejudicar a sonoridade e a qualidade da 
performance artística. As mesmas salas utilizadas para a palavra falada cada vez mais 
têm abrigado também a prática musical, porém essas atividades exigem requisitos 
acústicos distintos (TAKAHASHI, 2010). 
(...) 
5. CONCLUSÕES 
O trabalho permitiu verificar que salas de aula multiuso podem se adequar à prática 
musical com a efetivação de algumas intervenções, desde que um adequado estudo 
acústico seja realizado a fim de garantir padrões aceitáveis de qualidade ao uso para o 
qual a sala se destina. 
A simulação computacional possibilitou criar um modelo computacional para a sala, fiel 
ao real, flexível a testes de diferentes combinações de modelos adaptados da sala com o 
objetivo de propor aquele que melhor se adequasse as necessidades da prática musical, 
permitindo a inserção e remoção de materiais e dispositivos acústicos, conforme os 
resultados mostravam necessários ou não tais elementos. Com o modelo computacional 
resultante, é possível adaptar a sala modelada para diferentes realidades, seja de prática 
musical ou qualquer outro uso que possa vir a ser dado a sala, considerando que com 
esse modelo pode se testar diferentes possibilidades de inserção e/ou remoção de 
materiais acústicos. 
Gabarito: alternativa CERTA 
 
 
Abraço, 
Profa. Moema Machado 
 
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10 – LISTA DE QUESTÕES 
 (FGV – ALERJ/RJ - 2016) 
No projeto de um auditório destinado a múltiplos usos, tendo como fonte sonora tanto a 
palavra falada como a música, o arquiteto, para alcançar a qualidade acústica no ambiente, 
independentemente do custo, deve optar por superfícies: 
(A) móveis; 
(B) convexas; 
(C) paralelas; 
(D) fixas; 
(E) côncavas. 
 
 (FGV – TJ/BA - 2014) 
No campo da acústica, a forma dos ambientes deve evitar o desenvolvimento de erros 
acústicos, como ecos, ondas estacionárias e ponto de intensidade sonora insuficiente. Um dos 
cuidados que deve ser tomado pelo arquiteto no projeto das superfícies internas de um 
auditório é: 
(A) utilizar, abundantemente, superfícies côncavas, porque promovem a distribuição uniforme 
dos sons; 
(B) empregar arestas, que formam ângulos agudos ou retos, que evitam reflexões sonoras; 
(C) aplicar materiais de baixa absorção sobre as superfícies refletoras, para atenuar a energia 
sonora, evitando-se o eco; 
(D) utilizar elementos difusores em paredes paralelas que compõem o ambiente, para não 
gerar ondas estacionárias; 
(E) optar por plantas de seção quadrada, porque são melhores que as plantas mais alongadas, 
no tocante à direcionalidade da fonte. 
 
 (FGV – TJ/RO - 2015) 
A composição de paredes duplas pode se apresentar como solução mais apropriada para fins 
de conforto acústico. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir: 
I. Quanto maior o espaço de ar entre elas, maior o isolamento acústico, podendo melhorar um 
pouco a faixa de abrangência das baixas frequências. 
II. Para que uma parede dupla ofereça o isolamento apropriado, é necessário que suas paredes 
estejam o mais acopladas possível entre si. 
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III. O uso de elementos estruturais inflexíveis para amarração entre as paredes duplas tendem 
a aumentar a eficiência do isolamento acústico dessas paredes. 
Está correto o que se afirma em: 
(A) somente I; 
(B) somente II; 
(C) somente III; 
(D) somente I e III; 
(E) I, II e III. 
 
 (FGV – SUSAM/AM - 2014) 
As barreiras acústicas são elementos arquitetônicos que promovem a queda de intensidade 
sonora. Com relação à eficiência de uma barreira acústica, assinale a opção correta. 
(A) Quanto mais afastada da fonte ou do receptor, melhor será o desempenho acústico. 
(B) Quanto maior a espessurada barreira, maior sua capacidade de vibração. 
(C) Quanto mais alta a região existente entre a projeção do raio sonoro direto incidido sobre 
o receptor e o topo da barreira, maior sua eficiência. 
(D) A incidência do vento sobre a barreira acústica pode aumentar sua eficiência pela 
penetração do som na região de sombra acústica. 
(E) Para sons de baixa frequência a tendência é que ocorra difração no topo da barreira 
acústica, aumentando sua eficiência. 
 
 (FGV – CÂMARA MUNICIPAL/PE - 2014) 
Considerando o objetivo de propiciar qualidade acústica no projeto de um auditório, analise 
os procedimentos a seguir. 
I. forma convexa na cobertura, a fim de garantir a difusão dos raios por todo o ambiente; 
II. espelhos acústicos difusores com acentuada curvatura, para evitar que a perda de energia 
seja muito acentuada; 
III. superfícies côncavas, para evitar o efeito de eco, promovendo a concentração de reflexões 
em diferentes pontos. 
O arquiteto deverá empregar o(s) seguinte(s) procedimento(s): 
(A) somente I; 
(B) somente II; 
(C) somente III; 
(D) somente II e III; 
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(E) I, II e III. 
 
 (FGV – ALMT/MT - 2013) 
Quando explorada arquitetonicamente, por meio de formas e emprego adequado de recursos 
acústicos, a reflexão do som se torna excelente instrumento para permitir o reforço e a 
distribuição sonora, garantindo a intensidade e a homogeneidade do som no ambiente. Com 
relação às propriedades sonoras, assinale a afirmativa correta. 
(A) A queda da intensidade sonora ocorre apenas em decorrência da distância, 
independentemente do tipo de material utilizado. 
(B) Quanto maior é o número de reflexões sofridas por um raio sonoro, maior sua intensidade. 
(C) Diferentemente dos materiais, as pessoas agem como elementos absorvedores do som. 
(D) No ambiente vazio, são ouvidas reflexões reduzidas, o que torna o som confuso. 
(E) Como o som direto tende a perder sua intensidade, os espelhos acústicos colaboram na 
intensificação do nível sonoro. 
 
 (FCC – TRF 1ª Região – 2014) 
A NBR-10152 fixa as condições exigíveis para a aceitação do ruído num determinado recinto 
de uma edificação conforme a finalidade mais característica de utilização do recinto. Analise a 
listagem em que se apresentam tipos de recintos, e um intervalo de valores em dB(A). 
Auditórios para palestras (sem ocupação) 30-40 
Bibliotecas 35-45 
Escritórios 45-55 
Salas de espera 40-50 
O intervalo a que se refere a listagem acima corresponde aos níveis de 
(A) pressão sonora interferente. 
(B) pressão sonora oscilante. 
(C) ruído ambiente de conforto e aceitável. 
(D) ruído ambiente adequado e inadequado. 
(E) ruído ambiente com picos de energia acústica. 
 
 (FCC – TRF 1ª Região – 2014) 
O tempo de reverberação do som em um ambiente fechado depende 
(A) dos ângulos dos raios incidentes e refletidos em uma mesma superfície independente de 
sua natureza. 
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(B) do volume do recinto, do tipo, forma e número de superfícies e da capacidade de absorção 
sonora do ambiente. 
(C) do volume do recinto, do índice de mascaramento da fonte sonora e da capacidade de 
refração sonora do ambiente. 
(D) do pé-direito do recinto, da pressão sonora da fonte emissora e da direção do raio 
refletido. 
(E) da área do recinto, do nível de pressão sonora da fonte e da velocidade de propagação do 
som no ambiente. 
 
 (FCC – MP-Maranhão – 2013) 
Um escritório aberto ou panorâmico abriga grande número de estações de trabalho, que 
podem ser separadas por divisórias (de diferentes alturas e materiais), que oferecem 
determinado nível de isolamento acústico. Situações: 
1. Divisórias de altura parcial, onde a energia sonora é transmitida através do teto, piso e 
paredes de fechamento da área. 
2. Divisórias de meia altura, onde a energia sonora é transmitida através da própria divisória, 
por cima, por baixo, pelos lados da peça e também pelo teto, piso e paredes de fechamento 
da área. 
3. Divisórias com altura do piso ao teto, onde a energia sonora é transmitida pelos tetos rígidos 
de placas de gesso e luminárias com lentes planas. 
Fenômenos: 
I. Difração. 
II. Reflexão. 
III. Difração e reflexão. 
IV. Refração. 
A correlação entre as situações e seus fenômenos sonoros e suas correções materiais está 
correta em 
(A) 2-III − Proteção das superfícies verticais e horizontais com espumas de poliéster de células 
abertas ou fibras cerâmicas e de vidro, tecidos e carpetes, atenuará o fenômeno sonoro. 
(B) 1-IV − Proteção das paredes com materiais leves, fibrosos ou porosos, aplacará o fenômeno 
sonoro. 
(C) 3-II − Proteção das paredes e pisos com concreto e chumbo, atenuará o fenômeno sonoro. 
(D) 2-I − Proteção das superfícies verticais com espumas de poliéster de células abertas e das 
horizontais, com tecidos e carpetes, reverberará o fenômeno sonoro. 
(E) 1-IV − Proteção das superfícies verticais e das horizontais com tecidos e carpetes, ecoará o 
fenômeno sonoro. 
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 (CONSULPLAN – P.M.N. Santa Madalena – 2010) 
De acordo com a NBR 10152/1987, que fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto 
acústico em ambientes diversos, qual dos valores citados NÃO seria recomendável para uma 
biblioteca em uma escola? 
A) 36 
B) 42 
C) 47 
D) 39 
E) 45 
 
 (CONSULPLAN – CEFET –2006) 
No tratamento acústico de uma sala de testes de som para cinema adotou-se revestimento 
em tapete sobre o piso e paredes com absorção, ante-câmara com absorção e portas especiais. 
O cliente pediu um reforço no tratamento acústico, pois no hall de entrada da sala é possível 
detectar parte do som emitido quando, na exibição, ocorrem explosões, tiros, roncos de 
motores e outros sons de características de baixa freqüência. A correção do problema pode 
ser feita colocando-se sobre as paredes: 
A) Chapa perfurada metálica, com lã de vidro. 
B) Cortina de veludo. 
C) Placas flexíveis de compensado sobre sarrafos, com lã de vidro no espaço interno. 
D) Lã de rocha abaixo do tapete. 
E) Poliuretano expandido. 
 
 (CONSULPLAN – CEFET –2006) 
O andar de um prédio de escritórios possuía layout do tipo panorâmico, com divisórias baixas 
entre os postos de trabalho. Em função de necessidades de sigilo de informações, salas 
fechadas devem ser criadas, ocupando aproximadamente um quarto da área útil de escritórios 
do andar. O isolamento acústico entre essas salas e o restante do andar é requisito necessário 
ao seu bom funcionamento. No momento, o andar é dotado de forro acústico absorvente, que 
serve também para ocultar instalações técnicas que correm junto ao teto de concreto. Nessas 
condições, e considerando-se o menor gasto possível na mudança de layout: 
A) É suficiente erguer divisórias com bom isolamento acústico até o nível do forro. 
B) É suficiente erguer divisórias com bom isolamento acústico e boa absorção acústica até o 
nível do forro. 
C) É suficiente erguer divisórias com bom isolamento acústico até o nível do teto de concreto. 
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D) É necessário substituir o forro de todo o andar por um outro forro composto que seja bom 
absorvente e com isolamento 
acústico, erguendo divisórias com boa absorção acústica até o nível do forro. 
E) N.R.A. 
 
 (CONSULPLAN – P. M. N.S. do Socorro –SE - 2005) 
O som pode ser refletido, absorvido, dispersado, difratado ou transmitido para espaços 
contíguos,dependendo das propriedades acústicas das superfícies. É correto afirmar: 
A) a reverberação está vinculada ao volume e à capacidade de absorção do ambiente com 
ênfase na ressonância. 
B) em salas de espetáculos pequenas, quando a parede oposta ao palco está a mais de 8 (oito) 
metros e revestida com materiais difusores, de superfície irregular, será necessário introduzir 
soluções arquitetônicas para não comprometer a qualidade acústica da sala e a inteligibilidade 
da audição. 
C) o fenômeno acústico que ocorre quando uma onda sonora encontra uma abertura ou 
pequenos objetos se propagando de forma esférica entre estes se chama difusão. 
D) um som é perfeitamente difuso numa sala com pressão igual em todos os pontos e quando 
as ondas sonoras estão se espalhando para todas as direções. A aplicação alternada de 
superfície refletora e superfície absorvente é uma maneira de criar a difusão sonora. 
E) todas as alternativas estão incorretas. 
 
 (CESPE – TL-AL –2012) 
Com relação a absorção e isolamento acústico, assinale a opção correta. 
A Para um bom isolamento acústico geralmente são utilizados materiais pesados, tais como 
concreto, aço, vidro, chumbo, entre outros. 
B Os plásticos leves e impermeáveis, por sua baixa densidade, não possuem alto poder de 
absorção sonora. 
C A absorção acústica é a capacidade de manter as ondas sonoras em um mesmo ambiente, 
impedindo-as de passar de um recinto a outro. 
D Os materiais considerados bons isolantes térmicos são também bons isolantes acústicos. 
E Espumas de poliestireno expandido ou extrudado são excelentes isolantes acústicos. 
 
(CESPE – MPE-PI –2012) 
Auditórios de uso múltiplo são áreas nobres dentro do conjunto de espaços em que estão 
inseridos. Assim, o auditório deve, necessariamente, atender a questões técnicas, propiciar 
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conforto ambiental ao usuário e apresentar qualidade estética. Conforto em auditórios: proposta de 
procedimento para o projeto. In: Internet: <www.iar.unicamp.br> (com adaptações). 
A partir do trecho acima, julgue os itens subsequentes, acerca dos aspectos referentes a 
projeto de auditório e acústica. 
 
Para se mensurar o tempo ótimo de reverberação em um auditório, deve-se considerar que 
seu valor será diretamente proporcional ao volume do auditório, levando-se em conta, 
também, os coeficientes de absorção dos materiais constituintes desse espaço. 
 
No que diz respeito ao isolamento térmico e acústico, esquadrias em alumínio associadas a 
vidros duplos com camadas internas de ar possuem melhor desempenho que sistemas de 
esquadrias de madeira. 
 
O projeto de auditórios, no que se refere a desempenho acústico de um auditório, é uma 
tarefa multidisciplinar, uma vez que esse desempenho é influenciado não só por materiais e 
acabamentos para revestimento, mas, também, por procedimentos construtivos como 
dimensionamento das espessuras de paredes e projeto de fundações. 
 
Os laminados melamínicos podem substituir com vantagem os revestimentos cerâmicos em 
algumas aplicações, como um sistema de piso elevado, em função da velocidade de instalação 
e manutenção. 
 
Os materiais porosos e fibrosos são os mais indicados para resolver aspectos de acústica em 
um auditório, para qualquer frequência, como reverberação, absorção e reflexão. 
 
(CESPE – Banco da Amazônia –2012) 
Com relação ao desempenho acústico e à geometria de auditórios, bem como à visibilidade 
nesse tipo de ambiente, julgue os itens que se seguem. 
 
Para uma visibilidade adequada em auditórios, recomenda-se uma diferença de 15 cm entre 
uma fileira e outra, medida na altura da cabeça das pessoas sentadas, se a distância entre 
fileiras for de 1,00 m. Tendo como referência essa recomendação, considere os seguintes 
dados, relativos a um auditório hipotético: 
• número de fileiras: 10; 
• borda do palco como referência visual única; 
• altura do espectador sentado: 1,10 m; 
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• altura do piso do palco: 0,90 m; 
• distância entre a frente do palco e a primeira fileira: 3 m. 
Em face dessa situação hipotética, mantendo-se rigorosamente os dados descritos e a 
recomendação que os antecede, é correto afirmar que a última fileira estará a 12 m de 
distância e 60 cm acima do piso do palco. 
 
Um auditório para 125 pessoas, destinado à apresentação de palestras, terá um bom 
desempenho acústico se sua planta tiver a forma trapezoidal e seu volume for adequado. 
Contudo, se esse auditório destinar-se à apresentação de recitais e solos musicais, além do 
volume adequado, sua planta deverá ter forma retangular. 
 
 (CESPE – ABIN –2010) 
Julgue o seguinte item, referente a conforto acústico. 
Um auditório em forma de leque otimiza o binômio área e visibilidade e é adequado para 
palestras, mas para música a melhor forma é a retangular com pé direito alto. 
 
 
 
 
 
 
Parabéns guerreiros! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Moema Machado
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163 
11 – GABARITO 
 
 
1. A 
2. D 
3. A 
4. C 
5. A 
6. E 
7. C 
8. B 
9. A 
10. C 
11. C 
12. C 
13. D 
14. A 
15. CERTA 
16. ERRADA 
17. CERTA 
18. CERTA 
19. ERRADA 
20. ERRADA 
21. CERTA 
22. CERTA 
 
Parabéns guerreiros! 
Moema Machado
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 163 
163 
12 – BIBLIOGRAFIA 
ABNT. (1992). NBR12179 de 04/1992. Tratamento acústico em recintos fechados - Procedimento. 
Rio de Janeiro. 
ABNT. (Junho de 2000). NBR10151 de 06/2000. Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, 
visando o conforto da comunidade - Procedimento. Rio de Janeiro. 
ABNT. (24 de 11 de 2014). NBR 16313. Acústica - Terminologia. 
ABNT. (24 de Novembro de 2017). ABNT NBR 10152. Acústica — Níveis de pressão sonora em 
ambientes internos a edificações. Rio de Janeiro. 
Akkerman, E. J. (Novembro de 2013). Manual ProAcústica sobre a Norma de Desempenho. Guia 
prático sobre cada uma das partes relacionadas à área de. ProAcústica Associação Brasileira 
para a Qualidade Acústica. 
Bistafa, S. (2012). Acústica aplicada ao controle do ruído. São Paulo: Blucher. 
Carvalho, R. P. (s.d.). Acústica Arquitetônica. 
Costa, E. C. (2003). Acústica Técnica. Blücher. 
FAURO, D., & ROCHA, B. d. (s.d.). A INFLUÊNCIA DA FORMA NO DESEMPENHO ACÚSTICO DOS 
AMBIENTES. Santa Maria, Rio Grande do Sul. 
Goulard, F., & al, e. (s.d.). 
Lima, P. R., & Vergara, E. F. (s.d.). SIMULAÇÃO ACÚSTICA DE UMA SALA MULTIUSO PARA A PRÁTICA 
MUSICAL: POSSIBILIDADES DE ADAPTAÇÃO AO USO. 
Oliveira, T. A., & Ribas, O. T. (1995). Sistemas de Controle das Condições Ambientais de Conforto. 
Brasília. 
SANTOS, M. A. (13 de 12 de 2017). Fonte: Brasil Escola: 
<http://brasilescola.uol.com.br/fisica/reflexao-refracao-som.htm> 
Simões, F. M. (2011). Acústica Arquitetônica - Procel Edifica. 
Soler, C., & Kowaltowski, D. C. (s.d.). CONFORTO EM AUDITÓRIOS: PROPOSTA DE PROCEDIMENTO. 
Souza, L. C., Almeida, M. G., & Bragança, L. (2016). Bê-á-bá da acústica arquitetônica. EdUFSCar. 
 
 
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