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Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
 
HOSPITAL GERAL PRADO VALADARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORIENTAÇÕES DE BIOSSEGURANÇA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CCIH/HGPV 
2013 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
Protocolo: Higiene das mãos 
Elaborado por: Roberta L. G. L. Morais – Coord. da CCIH 
 Dr. Tiana Mascarenhas 
Em: 2009 
Colaboração/ Revisão: Thaísse Andrade – Coordenadora CCIH 
 Roberta Laíse Gomes Leite Morais 
Atualizado em: 
Dezembro/ 2013 
Aprovado pela CCIH: 
 
 
PROTOCOLO DE HIGIENE DAS MÃOS 
 
1. Finalidade 
Instituir e promover a higiene das mãos com o intuito de prevenir e controlar as infecções 
relacionadas à assistência à saúde (IRAS), visando à segurança do paciente, dos 
profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos nos cuidados aos pacientes. 
 
2. Justificativa 
A higiene das mãos, apesar de ser um procedimento simples é importante. Quando 
realizado de forma adequada, diminui a quantidade de microrganismos nas mãos e se 
torna um meio fácil e seguro para se prestar cuidado ao cliente sem o perigo de 
contaminação. 
A higienização das mãos é a principal e mais simples medida para prevenção das 
infecções hospitalares e da multirresistência bacteriana. Portanto, deve se tornar um 
hábito incorporado de forma automática às atividades do profissional de saúde. 
 
3. Conceitos básicos: 
Higiene das mãos – é um termo geral, que se refere a qualquer ação de higienizar as 
mãos para prevenir a transmissão de micro-organismos e consequentemente evitar que 
pacientes e profissionais de saúde adquiram IRAS. O termo engloba a higiene simples, a 
higiene antisséptica, a fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica, definidas 
a seguir, e a antissepsia cirúrgica das mãos, que não será abordada neste protocolo. 
Higiene simples das mãos – é o ato de lavar as mãos com água e sabão comum, 
utilizando técnica adequada, com objetivo de remover mecanicamente a sujidade e a flora 
transitória das mãos. 
Higiene antisséptica das mãos - é o ato de higienizar as mãos com água e sabão 
associado a agente antisséptico, com o objetivo de remover e inativar os microrganismos 
da flora transitória e residente. 
Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica – é o processo da aplicação 
de preparação alcoólica nas mãos para reduzir a carga de microrganismos sem a 
necessidade de enxague em água ou secagem com papel toalha ou outros 
equipamentos. 
Sabonete Líquido Glicerinado – formulação com atividade detergente com o objetivo de 
facilitar a remoção da sujidade através de ação mecânica. 
Antissépticos (PVPI degermante ou Clorexidina degermante) – são formulações 
germicidas de baixa causticidade, hipoalergênicos, destinadas à aplicação na pele e 
mucosa. 
 
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
4. Intervenções 
 
 4.1. Momentos 
As mãos devem ser higienizadas em momentos essenciais e necessários de acordo com 
o fluxo de cuidados assistenciais para prevenção de IRAS causadas por transmissão 
cruzada pelas mãos. 
A ação correta no momento certo é a garantia de cuidado seguro para os pacientes. 
 Antes de tocar o paciente 
 Antes de realizar procedimento limpo/asséptico 
 Após o risco de exposição a fluidos corporais ou excreções 
 Após tocar o paciente 
 Após tocar superfícies próximas ao paciente 
 
4.2 Técnica de Lavagem das Mãos 
4.2.1 Higienizar as mãos com água e sabonete líquido comum 
A higiene das mãos com água e sabonete comum deve acontecer quando estas 
estiverem visivelmente sujas ou manchadas de sangue ou outros fluidos corporais, após 
uso do banheiro, quando a exposição a potenciais patógenos formadores de esporos for 
fortemente suspeita ou comprovada, inclusive surtos de C.Difficile; e em todas as outras 
situações, nas quais houver impossibilidade de obter preparação alcoólica. Seguir a 
técnica abaixo: 
• Abrir a torneira, molhar as mãos e colocar o sabão líquido em quantidade suficiente para 
cobrir toda a superfície das mãos, evitando encostar-se à pia; 
• Ensaboar e friccionar as mãos durante 40 a 60 segundos, em todas as suas faces, 
espaços interdigitais, articulações, unhas e pontas dos dedos. É importante estabelecer 
uma sequência a ser sempre seguida, assim a lavagem completa das mãos ocorre 
automaticamente; 
• Enxaguar as mãos retirando toda a espuma e resíduos de sabão; 
• Enxugar as mãos com papel toalha; 
• Fechar a torneira com o papel toalha, evitando assim recontaminar as mãos. 
• No caso de torneiras de fechamento manual, para fechar sempre utilize o papel toalha. 
 
0 - Molhe as mãos com água; 
1 - Aplique na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda a 
superfície das mãos; 
2 - Ensaboe as palmas das mãos friccionando-as entre si; 
3 - Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os 
dedos e vice-versa; 
4 - Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais; 
5 - Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os 
dedos, com movimentos de vai-e-vem e vice-versa; 
6 - Esfregue o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita utilizando-se de 
movimento circular e vice-versa; 
7 – Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, 
fazendo movimento circular e vice-versa; 
8 – enxague bem as mãos com água; 
9 – Seque a mão com papel toalha descartável. 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
 
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
4.2.2 Fricção antisséptica das mãos com preparação 
alcoólica 
A higienização das mãos deve ser feita com preparação alcoólica (sob a forma de gel) 
quando as mãos não estejam visivelmente sujas, em todas as situações a seguir: 
 Antes e após qualquer contato com o paciente. 
 Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro mais limpo, durante o cuidado 
ao mesmo paciente (obs.: recomenda-se evitar esta situação, procurando manipular 
primeiro o sítio mais limpo e por último o mais contaminado). 
 Antes de calçar luvas e após retirá-las. 
 Antes e após manipular dispositivos invasivos (ex.: cateteres vasculares ou urinários, 
tubo traqueal). 
 Após contato com materiais ou equipamentos contaminados. 
 Após contato com objetos ou superfícies próximos ao paciente (ex.: lençóis, cama, 
bomba de infusão, ventilador mecânico). 
 Antes do manuseio de medicação ou preparação de alimentos. 
 
Seguir a técnica abaixo: 
1 – Aplique uma quantidade suficiente de preparação alcóolica em uma mão em forma de 
concha para cobrir todas as superfícies das mãos. 
2 – Friccione as palmas das mãos entre si; 
3 - Friccione a palma de mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os 
dedos e vice-versa; 
4 – Friccione a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados; 
5 - Friccione o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os 
dedos, com movimento vai-e-vem e vice-versa; 
6 – Friccione o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se de 
movimento circular e vice-versa; 
7 - Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, 
fazendo um movimento circular e vice-versa; 
8 – Quando estiverem secas, suas mãos estarão seguras. 
A fricção das mãos com preparação alcoólica antisséptica deve ter duração de no mínimo 
20 a 30 segundos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2.3 Higiene antisséptica das mãos 
 
A técnica de higienização antisséptica é igual àquela utilizada para a higienização simples 
das mãos, substituindo-se o sabonete líquido comum por um associado a antisséptico, 
como antisséptico degermante. A higienização antisséptica das mãos deve ter duração 
mínima de 40 a 60 segundos. 
É obrigatório o uso de degermantes contendo antissépticos (triclosan, povidine-iodoou 
clorexidina) para higienização das mãos em situações que exigem redução máxima da 
população bacteriana, como: 
• após cuidar de paciente portador de bactéria multirresistente; 
• realização de procedimentos invasivos; 
• situações de surto. 
Degermantes com clorexidina ou povidine-iodo devem está disponíveis em almotolias e 
ser trocados a cada 7 dias. 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
5. Estratégias de monitoramento e indicadores 
 Realizar educação permanente. 
 
5.1. Indicador obrigatório: 
a) Consumo de preparação alcoólica para as mãos: monitoramento do volume de 
preparação alcoólica para as mãos utilizado para cada 1.000 pacientes-dia. 
b) Consumo de sabonete monitoramento do volume de sabonete líquido associado ou 
não a antisséptico utilizado para cada 1.000 pacientes-dia. 
 
5.2. Indicador recomendável: 
c) Percentual (%) de adesão: número de ações de higiene das mãos realizados pelos 
profissionais de saúde/número de oportunidades ocorridas para higiene das mãos, 
multiplicado por 100. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Diário Oficial da União. Seção 1. Resolução - RDC nº 36, de 25 de julho de 
2013. 
______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços 
de Saúde: Higienização das mãos. Brasília: ANVISA, 2009. 
______. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Fiocruz. Protocolo 
integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente. Anexo 01: Protocolo para 
a prática de higiene das mãos em serviços de saúde. ANVISA, 2013. 
______. Ministério da Saúde. Portaria Ministerial nº 2616 de 12 de maio de 1998, que 
dispõe sobre as diretrizes e normas para prevenção e o controle das infecções 
hospitalares. 
______. Bahia. Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Superintendência de regulação, 
Atenção e Promoção de saúde/ Diretoria de Assistência à Saúde/ Coordenação de gestão 
da Qualidade e Avaliação Tecnológica. Manual de Orientação Básica em Qualidade e 
Controle de Infecção Hospitalar. 2ª Ed. Ver. Amp. Bahia: 2004. 
CASSETTARI, V.C.; BALSAMO A.C.&SILVEIRA, I.R. Manual para a prevenção das 
infecções hospitalares 2009. São Paulo: Hospital Universitário da Universidade de São 
Paulo, 2009. 
FERNANDES, Antônio Tadeu. Infecção Hospitalar e suas interfases na área da saúde. 
São Paulo: Atheneu, 2000. 
Fundação Municipal de Saúde. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. 
Teresina: 2003. 
 
CONTROLE DE EMISSÃO 
ELABORADO/REVISADO POR VERIFICADO POR APROVADO POR 
Edna Moreira Barros 
Thaisse Souza de Andrade 
 
Comissão Assistencial 
 
 
 
 
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
Protocolo: Medidas de Precauções e Isolamento 
Elaborado por: Roberta Laíse Gomes Leite Morais 
 Dr. Tiana Mascarenhas 
Em: 2012 
Colaboração/ Revisão: Thaísse Andrade – Coordenadora CCIH 
 Roberta Laíse Gomes Leite Morais 
Atualizado em: 
Dezembro/2013 
Aprovado pela CCIH: 
 
 
MEDIDAS DE PRECAUÇÕES E ISOLAMENTO 
 
 
1- JUSTIFICATIVA 
Desde tempos remotos, apesar de ainda não conhecer as formas e agentes de 
transmissão das doenças, o homem sempre soube que podia adquirir doenças através de 
outras pessoas ou de alguma coisa. 
Com a descoberta dos microorganismos e a introdução dos antibióticos, em 1940, 
inaugura a era da “medicina curativa”. A prevenção das infecções deixa de ser prioridade, 
retomando a sua importância apenas na década de 50, com o surgimento das primeiras 
bactérias resistentes. A transmissão de infecção entre pacientes internados passou a ser 
reconhecida como uma séria consequência da internação. Retoma-se, então, a discussão 
da volta de hospitais de isolamento e a necessidade de alternativas específicas para seu 
controle. 
Essa situação desencadeou o surgimento da epidemiologia hospitalar, que permitiu o 
desenvolvimento de estratégias de controle, através dos programas de controle de 
infecção e saúde ocupacional, com ênfase nas medidas de precaução e isolamento. 
 
2 – OBJETIVO 
Abordar e orientar as condutas indicadas aos profissionais da equipe e/ou serviço de 
saúde para prevenir o risco de transmissão de infecções no ambiente de trabalho para 
profissionais e entre pacientes. 
 
3 - APLICAÇÃO 
Este Protocolo de Medidas de Precaução e Isolamento é destinado a todo e qualquer 
trabalhador desta Instituição, que presta serviços relacionados direto ou indiretamente ao 
paciente. 
 
4 - DESCRIÇÃO DO PROCESSO 
As medidas de precauções podem ser subdivididas em Precauções Básicas/Padrão e 
Medidas de Isolamento ou Precauções Baseadas na Transmissão. As precauções 
básicas se destinam a todos os pacientes e as Medidas de Isolamento se destinam a 
prevenir a propagação de patógenos específicos, fundamentadas em seu modo de 
transmissão. 
 
 
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
 
4.1 PRECAUÇÕES BÁSICAS/ PADRÃO 
 
Aplicar em todas as situações de atendimento a pacientes, independente de suspeita 
de doença transmissível, para prevenir a transmissão de microrganismos inclusive 
quando a fonte é desconhecida. Protegem o profissional, e também previnem a 
transmissão cruzada entre pacientes. 
 
a) Higienização das mãos 
 Realizar Higienização das Mãos com água e sabão ou gel alcoólico: após 
contato com fluidos corpóreos, após manipular materiais e equipamentos 
contaminados, após retirar luvas, antes e após contato com qualquer paciente e 
entre um e outro procedimento, em ocasiões onde existe risco de transferência de 
patógenos para pacientes ou ambientes e entre procedimentos no mesmo paciente 
quando houver risco de infecção cruzada de diferentes sítios anatômicos. 
Obs.: O uso de gel alcoólico ou sabão comum líquido é suficiente para lavagem de rotina 
das mãos, exceto em situações especiais definidas pelas Comissões de Controle de 
Infecção Hospitalar - CCIH (como nos surtos ou em infecções hiperendêmicas). 
 
b) Luvas 
 As luvas funcionam como barreira protetora prevenindo a contaminação grosseira 
das mãos. 
 Trocar as luvas entre procedimentos no mesmo paciente se houver contato com 
secreções contaminantes e entre um paciente e outro. 
 Troque também durante o contato com o paciente se for mudar de um sítio corporal 
contaminado para outro, limpo, ou quando esta estiver danificada. 
 Calçar luvas limpas antes de manipular mucosas ou pele não íntegra. 
 Não tocar superfícies com as luvas (ex: telefone, maçaneta). 
 Retirar as luvas imediatamente após o uso, e higienizar as mãos. 
 Após retirar as luvas, o mesmo par não deve ser recolocado. 
 Utilize-as antes de entrar em contato com sangue, líquidos corporais, membrana 
mucosa, pele não intacta e outros materiais potencialmente infectantes. 
 Troque de luvas sempre que entrar em contato com outro paciente. 
 O uso de luvas não elimina a necessidade de lavagem das mãos. 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
Use luvas somente quando indicado. 
Observe a técnica correta de remoção de luvas para evitar a contaminação das 
mãos. 
Lembre-se: o uso de luvas não substitui a higienização das mãos! 
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
c) Avental 
 Utilizar avental se houver risco de respingo ou contato da pele ou roupas do 
profissional com fluidos, secreções ou excreções do paciente (ex: dar banho, 
aspirar secreção, realizar procedimentos invasivos). 
 Não usar o mesmo avental para cuidados a pacientes diferentes. 
 A retirada do avental deve ser feita o mais breve possível com posterior lavagem 
das mãos. 
d) Máscara, óculos, protetor facial 
 Usar para proteger as mucosas dos olhos, nariz e boca quando houver o risco de 
respingos com sangue, secreções, excreções e outros fluidos corpóreos. 
 O profissional que apresentar infecção das vias aéreas (ex: gripe, resfriado), deve 
utilizar máscara cirúrgica até a remissão dos sintomas. 
e) Higiene respiratória / etiqueta da tosse 
Educar pessoal sobre a importância da contenção das secreções respiratórias, 
principalmente emsurtos sazonais de infecções virais do trato respiratório. 
f) Descontaminação do ambiente 
 Manter a rotina de cuidados de limpeza e desinfecção de superfícies, em especial, 
aqueles que são frequêntemente tocados (grade de camas, criado mudo, mesa de 
refeição e equipamentos próximos ao paciente). 
 Realizar limpeza terminal na alta do paciente. 
 Limpar e desinfetar superfícies sempre que houver presença de sangue ou 
secreções. 
g) Artigos e equipamentos 
Todos os artigos e equipamentos devem ser submetidos à limpeza e desinfecção ou 
esterilização antes de serem usados para outro paciente. 
h) Roupas 
 Manipular, transportar e processar as roupas usadas, sujas de sangue, fluidos 
corpóreos, secreções e excreções de forma a prevenir a exposição da pele e 
mucosa, e a contaminação de roupas pessoais, evitando a transferência de 
microorganismos para outros pacientes e para o ambiente. 
i) Local de Internação do Paciente 
 Quando possível, pacientes com microorganismos altamente transmissíveis e/ou 
epidemiologicamente importantes devem ser colocados em quartos privativos com 
banheiro e pia próprios. 
 Quando um quarto privativo não estiver disponível, pacientes infectados devem ser 
alocados com companheiros de quarto infectados com o mesmo microorganismo e 
com possibilidade mínima de infecção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
4.2 PRECAUÇÕES BASEADAS NA TRANSMISSÃO 
 
4.2.1- PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS 
As infecções de transmissão respiratória podem exigir precauções com gotículas ou com 
aerossóis, a depender da doença. 
 
 GOTÍCULAS 
A transmissão por gotículas ocorre através do contato próximo com o paciente. Gotículas 
de tamanho considerado grande (>5 micras) são eliminadas durante a fala, respiração, 
tosse, e procedimentos como aspiração. Atingem até um metro de distância, e 
rapidamente se depositam no chão, cessando a transmissão. Portanto, a transmissão não 
ocorre em distâncias maiores, nem por períodos prolongados. 
Exemplos de doenças transmitidas por gotículas: Pneumonia de Mycoplasma, 
meningites bacterianas, Influenza, Difteria, Coqueluche, Rubéola, Caxumba. 
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA GOTÍCULAS 
 Quarto privativo 
Obrigatório. 
Pode ser compartilhado entre portadores do mesmo microrganismo. 
 Higiene das mãos 
Antes e após contato com paciente e ambiente do mesmo. 
Nas demais situações descritas no protocolo de higiene das mãos. 
 Máscara 
Usar máscara cirúrgica ao entrar no quarto. 
A máscara deve ser desprezada na saída do quarto. 
 Transporte do paciente 
Evitar. 
Quando for necessário sair do quarto, o paciente deverá usar máscara cirúrgica. 
Comunicar o diagnóstico do paciente à área para onde será transportado. 
 
 AEROSSÓIS 
A transmissão por aerossóis é diferente da transmissão por gotículas. Algumas partículas 
eliminadas durante a respiração, fala ou tosse se ressecam e ficam suspensas no ar, 
permanecendo durante horas e atingindo ambientes diferentes, inclusive quartos 
adjacentes, pois são carreadas por correntes de ar. 
Poucos microrganismos são capazes de sobreviver nessas partículas, podendo ser 
citados como exemplos: M.tuberculosis, Vírus do Sarampo, Vírus Varicela-Zoster, Hepes 
– Zoster discriminado. 
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA AEROSSÓIS 
 Quarto privativo 
Obrigatório, com porta fechada. 
Preferencialmente deve dispor de sistema de ventilação com pressão negativa e filtro de 
alta eficácia (no momento não disponível). 
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
 Higiene das mãos 
Antes e após contato com paciente e ambiente do mesmo. 
Nas demais situações descritas no protocolo de higiene das mãos. 
 Máscara 
É obrigatório o uso de máscara tipo N95 ao entrar no quarto. 
Deve ser colocada antes de entrar no quarto e retirada somente após a saída, podendo 
ser reaproveitada pelo mesmo profissional enquanto não estiver danificada. 
 Transporte do paciente 
Evitar. 
Quando for necessário sair do quarto, o paciente deverá usar máscara cirúrgica. 
Comunicar o diagnóstico do paciente à área para onde será transportado. 
 
 
4.2.2 PRECAUÇÕES DE CONTATO 
Aplicadas na suspeita ou confirmação de doença ou colonização por microrganismos 
transmitidos pelo contato. Indicada para Clostridium defficile, rotavírus, vírus da varicela 
zoster, vírus intersticial respiratório, bronqueolites, bactérias multirresistentes: V.S.R., 
Enterococo (ERV), S. áreus oxacilino-ressistente, gram-negativo MR. 
 Quarto privativo 
Recomendado. 
Pode ser individual, ou compartilhado entre pacientes portadores do mesmo 
microrganismo. 
 Luvas 
Uso obrigatório para qualquer contato com o paciente ou seu leito. 
Trocar as luvas entre dois procedimentos diferentes no mesmo paciente. 
Descartar as luvas no próprio quarto e lavar as mãos imediatamente com degermante 
contendo antisséptico. 
 Avental 
Usar sempre que houver possibilidade de contato das roupas do profissional com o 
paciente, seu leito ou material contaminado. 
Se o paciente apresentar diarréia, ileostomia, colostomia ou ferida com secreção não 
contida por curativo, o avental passa a ser obrigatório ao entrar no quarto. 
Dispensar o avental no “hamper” imediatamente após o uso (não pendurar). 
 Transporte do paciente 
Deve ser evitado. 
Quando for necessário o transporte, o profissional deverá seguir as precauções de 
contato durante todo o trajeto. Comunicar o diagnóstico do paciente à área para onde 
será transportado. 
 Artigos e equipamentos 
Evite compartilhar equipamentos entre pacientes, incluindo termômetro, estetoscópio e 
esfigmomanômetro, se necessário, estes devem ser limpos e desinfetados antes do uso 
em outro paciente. 
 
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
4.3. UTILIZAÇÃO MÁSCARA N95 
 Constitui um importante EPI (Equipamento de Proteção Individual); 
 Não são descartáveis e seu uso é individual; 
 Cada profissional é responsável pela correta utilização e pelo armazenamento da 
sua máscara; 
 Para aumentar a vida útil, elas devem ser acondicionadas, após o uso, em papel 
toalha ou saco de papel, jamais em plástico; 
 Só devem ser utilizadas quando houver indicação para precaução respiratória para 
aerossóis; Ex.: Tuberculose e Varicela; 
 Profissionais de Saúde devem utilizar máscara N95 (equivalente PFF2) ao entrar 
em contato com pacientes ou em ambientes com alto risco de gerar aerossóis; 
 A máscara devera ser colocada antes de entrar no ambiente e retirada somente 
após sair do lugar; 
 As máscaras N95 (PFF2) podem ser reutilizadas por períodos longos pelo mesmo 
profissional enquanto apresentar-se íntegra, seca, limpa e com boa vedação; 
 A máscara não tem uma vida útil preestabelecida e deve ser usada varias vezes 
pelo mesmo profissional. Descartar quando estiver suja, úmida ou com defeito. 
 N95 ou PFF2 tem capacidade de filtrar partículas menores ou iguais a 0,3 μm de 
diâmetro. 
Obs.: Meningite é uma patologia com indicação para precaução respiratória por 
gotículas, portanto o EPI indicado é a máscara cirúrgica. 
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
RECOMENDAÇÕES DE PRECAUÇÃO 
 
GOTÍCULA TEMPO COMENTÁRIOS 
Bronquiolite (crianças e adultos imunocomprometidos) contato/gotícula* durante internamento uso de máscara cirurgica pelos profissionais de saúde 
Vírus sincicial respiratório, parainfluenza, 
 
 
 metapneumovirus, adenovírus*, influenza* 
Difiteria (faríngea) gotícula até cultura negativa se não houver cultura, manter em isolamento até alta 
Epiglotite por Haemophilus B gotícula até 24h de tratamento 
Influenzae 
sazonal, imunocompetente gotícula 5 dias 
sazonal, imunossupresso gotícula durante internamento 
pandêmica gotícula 5 dias 
AEROSOL TEMPO COMENTÁRIOS 
Herpes Zoster 
 
 
disseminada aerossol/contato durante internamento profissionais de saúde: passado de varicela ou vacinação 
localizada em imunossupreso, até excluir disseminação aerossol/contato duranteinternamento 
Varicela aerossol/contato até lesões cicatrizarem profissionais de saúde: passado de varicela ou vacinação 
Sarampo 
 
 
imunocompetente aerossol 
até 4 dias após início do 
rash 
imunossupresso aerossol durante internamento 
Tuberculose 
 
 
pulmonar aerossol Até baciloscopia negativa 
extra-pulmonar, com lesão secretiva aerossol/contato 
até curativo conter 
secreção 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
GOTÍCULA TEMPO COMENTÁRIOS 
Meningite 
Haemophilus B gotícula até 24 horas de tratamento 
Neisseria meningitidis gotícula até 24 horas de tratamento 
Doença Meningocócica (sepse, pneumonia) gotícula até 24 horas de tratamento 
Parotidite gotícula durante 9 dias 
Pneumonia por micoplasma gotícula durante internamento 
Pneumoni viral (adenovírus) contato/gotícula durante internamento 
Eritema infeccioso (parvovirose) gotícula durante internamento se imunossupresso; por 7 dias, se crise aplastica aguda 
Rubéola gotícula durante internamento 
 
 
CONTATO TEMPO COMENTÁRIOS 
Isolamento de microorganismo multidroga-resistente contato durante internamento 
infecção e colonização 
Conjuntivite Aguda Viral (hemorrágica) contato durante internamento 
Herpes simples 
mucocutânea, primária ou disseminada, severa contato até lesões cicatrizarem 
neonatal contato até lesões cicatrizarem RN de mães com lesões em atividade e bolsa rota> 6 horas 
Rubéola congenita contato até 1 ano de idade 
Pneumonia viral (adenovírus) contato/gotícula durante internamento 
Bronquiolite (crianças e adultos imunocomprometidos) contato/gotícula* durante internamento uso de máscara cirurgica pelos profissionais de saúde 
Vírus sincicial respiratório, parainfluenza, 
 
 
 metapneumovirus, adenovírus*, influenza* 
Rotavírus contato durante internamento 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
CONTATO TEMPO COMENTÁRIOS 
Hepatite A com diarréia em paciente incontinente 
contato 
< 3 anos: até alta; 3-14 
anos: 2 semanas; >14 
anos: 1 semana 
Poliomielite contato durante internamento 
Clostridium difficile - gastroenterite contato durante internamento 
Abscesso não contido pelo curativo contato até resolução 
Furunculose Estafilocócica em crianças contato durante internamento 
Síndrome da pele escaldada (Síndrome de Ritter - S. 
aureus) contato durante internamento 
Impetigo/lesão de pele por Strepto grupo A contato até 24h de tratamento 
Escara com secreção não contida pelo curativo contato 
até curativo conter 
secreção 
Escabiose contato 
até 24 horas de 
tratamento 
Piolho contato até 4 horas de tratamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
REFERÊNCIA: 
 
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços 
de Saúde: Higienização das mãos. Brasília: ANVISA, 2009. 
 ______. Bahia. Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. PORTARIA Nº 711/1996. 
Normatiza medidas de biossegurança e precauções de isolamento. Salvador: 1996. 
______. Bahia. Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Superintendência de 
Regulação, Atenção e Promoção de Saúde/ Diretoria de Assistência à Saúde/ 
Coordenação de Gestão da Qualidade e Avaliação Tecnológica. Manual de Orientação 
Básica em Qualidade e Controle de Infecção Hospitalar. 2ª Ed. Rev. Amp. Bahia: 
2004. 
______. Ministério da Saúde. Portaria Ministerial nº 2616 de 12 de maio de 1998, que 
dispõe sobre as diretrizes e normas para a prevenção e o controle das infecções 
hospitalares. 
CASSETTARI, V. C.; BALSAMO, A. C.& SILVEIRA,I. R. Manual para a prevenção das 
infecções hospitalares 2009. São Paulo: Hospital Universitário da Universidade de São 
Paulo, 2009. 
FERNANDES, Antônio Tadeu. Infecção Hospitalar e suas interfases na área da saúde. 
São Paulo: Atheneu, 2000. 
Fundação Municipal de Saúde. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Normas 
em Controle de Infecção Hospitalar. Teresina: 2003. 
LEVIN, Anna Sara S. et al (cood.). Guia de utilização de anti-infecciosos e 
recomendações para a prevenção de infecções hospitalares. 5. ed. São Paulo: 
Hospital da Clínicas, 2011. 
Siegel JD, Rhinehart E, Jackson M, Chiarello L, and the Healthcare Infection Control 
Practices Advisory Committee, 2007 Guideline for Isolation Precautions: Preventing 
Transmission of Ifnectious Agents in Healthcare Settings, June 2007. Disponível em: 
http://www.cdc.gov/ncidod/dhqp/pdf/isolation2007.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
Protocolo: Medidas para identificação, prevenção e controle de infecções 
relacionadas à assistência à saúde por microrganismos multirresistentes 
Elaborado por: Roberta Laíse Gomes Leite Morais 
 Dr. Tiana Mascarenhas 
Em: 2012 
Colaboração/ Revisão: Thaísse Andrade – Coordenadora CCIH 
 Roberta Laíse Gomes Leite Morais 
Atualizado em: 
Dezembro/2013 
Aprovado pela CCIH: 
 
PROTOCOLO DE MEDIDAS PARA IDENTIFICAÇÃO, PREVENÇÃO E CONTROLE DE 
INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE POR MICRORGANISMOS 
MULTIRRESISTENTES 
 
 
1- FINALIDADE 
Orientar conduta para a apropriada identificação, prevenção e interrupção da transmissão 
de microrganismos multirresistente. 
 
2- JUSTIFICATIVA 
A resistência microbiana é um grave problema mundial, estando associada ao aumento 
do tempo de internação, dos custos do tratamento e das taxas de morbidade e 
mortalidade do paciente. O uso indiscriminado e incorreto dos antimicrobianos na 
comunidade e no ambiente hospitalar é reconhecidamente um importante fator de risco 
para o aparecimento e a disseminação da resistência microbiana. 
Segundo infectologistas, a maioria das infecções associadas à enterobactéria produtora 
da enzima KPC, um importante patógeno multirresistente, ocorre em pacientes 
imunodeprimidos hospitalizados e/ou com dispositivos como cateter, sonda, acesso 
venoso periférico ou em outra situação que possa favorecer a infecção bacteriana. 
A prevenção é a arma principal no combate. Desta forma, os trabalhadores da saúde 
devem tomar certos cuidados quanto à higienização das mãos, assim como os visitantes/ 
acompanhantes, além de utilizar luvas e máscaras para uma prevenção mais efetiva. O 
isolamento de paciente com suspeita de contaminação e a preocupação com a limpeza 
dos locais é outra questão importante para evitar a disseminação das bactérias 
multirresistentes. 
 
3- DEFINIÇÕES 
 
 Bactéria multirresistente (BMR): é o termo utilizado para determinar os 
microrganismos resistentes a diferentes classes de antimicrobianos testados em 
exames microbiológicos. São considerados, pela comunidade científica 
internacional, patógenos multirresistentes causadores de infecções/colonizações 
relacionadas à assistência em saúde: Enterococcus spp. resistentes aos 
glicopeptídeos; Staphylococcus spp. resistentes ou com sensibilidade intermediária 
a vancomicina; Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumannii e 
Enterobactérias resistentes carbapenêmicos (ertapenem, meropenem ou 
imipenem). 
 IRAS: Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. 
 
 
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 Paciente com BMR: paciente colonizado e/ou infectado por BMR. 
 Pessoa colonizada: qualquer pessoa que possui cultura positiva para BMR, mas 
não possui sinais ou sintomas de infecção causada pelo microrganismo. Cada 
BMR coloniza, geralmente, sítios específicos. Por exemplo, o MRSA coloniza a 
região anterior das narinas, as lesões cutâneas e, menos frequentemente, o 
períneo, as axilas, o reto e a vagina. Enterococos colonizam intestino grosso e 
região genital. As mãos são provavelmente contaminadas a partir desses sítios. A 
pessoa colonizada pode transferir BMR para outras pessoas, atuando como 
portador transitório ou persistente. 
 Portador persistente: pessoa que está persistentemente colonizada pelo BMR, 
em um ou maissítios. A colonização pode persistir por tempo variável: semanas, 
meses ou anos. 
 Paciente infectado: paciente que apresenta evidência clínica ou laboratorial de 
doença causada por BMR. 
 Descolonização: processo de eliminação do microrganismo de pessoas 
portadoras ou infectadas, com o intuito de erradicá-lo da microbiota autóctone do 
indivíduo. 
 
4- INTERVENÇÕES 
 
4.1 Recomendações para prevenção de bactérias MR 
 Vigilância 
- Manter o sistema de vigilância epidemiológica das Infecções Relacionadas à 
Assistência à Saúde (IRAS) que permita o monitoramento adequado de patógenos 
multirresistentes, em parceria com o laboratório de microbiologia. 
- Calcular e analisar a incidência de microrganismos multirresistentes. 
- Realizar investigação de casos suspeitos, através de culturas de vigilância, 
principalmente de pacientes transferidos de outro hospital. 
- Implantar coleta de culturas de vigilância, para pacientes da UTI e nos pacientes 
das demais unidades que apresentarem sinais de infecção, sem foco definido. 
- Coletar culturas em profissionais de saúde, se houver evidência epidemiológica 
de transmissão. 
OBS.: A realização das culturas de vigilância só poderá acontecer após a 
implantação do laboratório de micribiologia no HGPV. 
 Fortalecer a política institucional de uso racional de antimicrobianos - Diagnosticar 
e tratar a infecção efetivamente, por meio de protocolos clínicos de diagnóstico e 
terapia de infecções. 
 Procedimentos invasivos 
- Utilizar criteriosamente. 
- Enfatizar as medidas gerais de prevenção de IRAS no manuseio de dispositivos 
invasivos. 
 Enfatizar a importância da higienização das mãos para todos os profissionais de 
saúde, visitantes e acompanhantes. 
 
 
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 Manter em funcionamento adequado todas as Unidades de Higiene das Mãos, 
sobretudo os pontos de fricção com álcool. 
 Identificar prontuário e o leito do paciente colonizado/infectado, com informações 
objetivas e claras sobre a colonização/infecção e as respectivas medidas de 
precaução, tendo o cuidado para não induzir à discriminação deste paciente. 
- Assinalar o prontuário do paciente, indicando a “bactéria multirresistente” no 
formulário “Controle de Bactéria Multirresistente”, Anexo 2. Essa formulário deve 
ficar facilmente acessível, possivelmente na contracapa do prontuário. 
 Disponibilizar continuamente Equipamento de Proteção Individual (luvas e 
aventais) para o manejo do paciente e suas secreções, além da correta 
paramentação para lidar com o ambiente em torno do paciente, colonizado ou 
infectado. 
 Aplicar precauções padrão em todas as situações de atendimento a 
pacientes, independente de suspeita de doença transmissível – protegem o 
profissional, e também previnem a transmissão cruzada entre pacientes. Observar 
os seguintes cuidados: 
1. Evitar o contato desnecessário com o paciente, com o leito e com objetos e 
equipamentos próximos. Evitar levar prontuários para as enfermarias. 
2. Higienizar as mãos (seguir protocolo de Higiene das mãos). 
3. Luvas: Usar quando houver possibilidade de contato úmido (sangue, secreções, 
excreções, pele não-íntegra, mucosas ou artigos contaminados com material 
orgânico). 
Trocar as luvas: entre procedimentos no mesmo paciente se houver contato com 
secreções contaminantes, se for mudar de um sítio corporal contaminado para 
outro, limpo; quando esta estiver danificada e entre um paciente e outro. 
Não tocar superfícies com as luvas (ex: telefone, maçaneta). 
Retirar as luvas imediatamente após o uso, e higienizar as mãos. 
 
 
 
4. Avental: Utilizar se houver risco de respingo ou contato da pele ou roupas do 
profissional com fluidos, secreções ou excreções do paciente (ex: dar banho, 
aspirar secreção, realizar procedimentos invasivos). Não usar o mesmo avental 
para cuidados a pacientes diferentes. A retirada do avental deve ser feita o mais 
breve possível com posterior lavagem das mãos. 
5. Máscara, óculos, protetor facial: Usar para proteger as mucosas dos olhos, nariz 
e boca quando houver o risco de respingos com sangue, secreções, excreções e 
outros fluidos corpóreos. 
6. Todos os artigos e equipamentos devem ser submetidos à limpeza e 
desinfecção ou esterilização antes de serem usados para outro paciente. 
IMPORTANTE 
Use luvas somente quando indicado. 
Observe a técnica correta de remoção de luvas para evitar a contaminação das 
mãos. 
Lembre-se: o uso de luvas não substitui a higienização das mãos! 
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
 Aplicar as medidas de precauções de contato, até a alta do paciente, em adição 
às precauções padrão, para os pacientes colonizados/infectados com bactérias 
multirresistentes. Essas medidas devem ser seguidas por todos os que irão entrar 
em contato com o paciente ou seu ambiente (profissionais, visitantes, 
acompanhantes): 
1. Quarto privativo recomendado – pode ser individual, ou compartilhado entre 
pacientes portadores do mesmo microrganismo. 
Definir e identificar a área do paciente. Manter sinalização sobre as precauções de 
contato de forma que a equipe profissional tenha conhecimento. 
 
2. Luvas 
Usar luvas obrigatoriamente quando houver a possibilidade de contato com o 
paciente ou qualquer artigo ou superfície da área do paciente. 
Trocar as luvas entre dois procedimentos diferentes no mesmo paciente. 
Descartar as luvas no próprio quarto e lavar as mãos imediatamente com 
degermante contendo antisséptico. 
3. Avental: indicados para todas as pessoas que prestem cuidados diretos ou 
tenham contato com o paciente ou seu ambiente. Dispensar o avental no “hamper” 
imediatamente após o uso (não pendurar). 
5. Distinguir equipe de cuidados. Na medida do possível, definir em cada turno de 
trabalho uma equipe específica para cuidar dos pacientes em precauções de 
contato, ou pelo menos evitar que todos cuidem de todos. 
6. Limpeza e desinfecção geral (concorrente) da área do paciente. 
7. Transporte do paciente deve ser evitado. Quando for necessário o transporte, o 
profissional deverá seguir as precauções de contato durante todo o trajeto. 
Comunicar o diagnóstico do paciente à área para onde será transportado. 
8. Artigos e equipamentos 
Evitar compartilhar equipamentos entre pacientes, incluindo termômetro, 
estetoscópio e esfigmomanômetro. Se necessário, estes devem ser limpos e 
desinfetados com álcool a 70%, antes do uso em outro paciente. 
9. O paciente, ao sair do quarto, deve colocar roupas e aventais limpos e realizar a 
higiene das mãos. 
 Capacitar todas as equipes da Unidade (equipe médica, de enfermagem, de 
fisioterapia, de higienização, etc.) para a aplicação integral e contínua das 
precauções básicas e adicionais. 
 Visitantes 
- Devem ser orientados sobre higiene das mãos e utilização das precauções de 
contato ao entrar no ambiente individualizado do paciente. 
- Devem ser instruídos para retirarem o equipamento de proteção e lavarem suas 
mãos antes de deixarem o quarto. 
 Acompanhantes 
- Permitir acompanhante para portadores de bactérias multi-resistentes apenas em 
casos de extrema necessidade. 
- Deve ser orientado e observado quanto à aplicação das precauções padrão e de 
contato. 
 
 
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- Orientar que os mesmos não poderão circular pelas enfermarias e a circulação 
pelos corredores deverá ocorrer apenas quando for estritamente necessário. 
 
 
 
 Comunicar, no caso de transferência intra-institucional e inter-institucional, se o 
paciente é infectado ou colonizado por microrganismos multirresistentes. 
 Enfatizar as medidas gerais de higiene do ambiente. A higiene das superfícies 
compreende os processos de descontaminação, limpeza e desinfecção. 
- Quando o paciente está em precauções padrão, realizar a limpeza concorrente 
diária da área do paciente. No mínimo, esta higienização deve compreender a 
limpeza com detergente e pano úmido (de uso único) da grade lateral, das 
manivelas, dosuporte de soro e dos painéis de equipamentos. 
- Quando houver contaminação com matéria orgânica deve se realizar a 
desinfecção com álcool 70%, três aplicações. 
- Quando o paciente está em precauções de contato, inserir a desinfecção (em 
geral, álcool a 70%) sempre após a limpeza, independentemente da contaminação. 
 
 
 
 Manipular, transportar e processar as roupas usadas, sujas de sangue, fluidos 
corpóreos, secreções e excreções de forma a prevenir a exposição da pele e 
mucosa, e a contaminação de roupas pessoais, evitando a transferência de 
microorganismos para outros pacientes e para o ambiente. 
 
4.2 Prevenção de MRSA 
Dentre os microrganismos mais frequentemente implicados na ocorrência das IRAS, 
destaca- -se o Staphylococcus aureus, devido a sua alta virulência e grande prevalência 
nas instituições de saúde. Ainda, com o advento da resistência bacteriana, o 
Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) adquiriu maior repercussão no que 
se refere à gravidade destes agravos, desde os anos de 1990. 
O principal sítio de colonização dos pacientes são as narinas, sendo ainda importante 
citar: a garganta e as regiões perianal, gastrointestinal, além de feridas. 
A transmissão do Staphylococcus aureus ocorre principalmente pelo contato direto (mãos 
contaminadas dos profissionais ou pacientes) ou indireto (através de superfícies 
contaminadas). 
São considerados de risco para colonização: 
1. os pacientes em esquema dialítico; 
2. os portadores de doença dermatológica extensa; 
3. os com tempo de internação prolongada (mais de 15 dias); 
Cada paciente, os objetos e as superfícies em sua volta devem ser 
considerados como uma unidade individualizada, a área do paciente. 
A base da aplicação das precauções é o desenvolvimento de um modelo 
de gestão participativa que permita alcançar a seguinte meta: “100% das 
vezes, 100% da equipe, 100% dos cuidados”. 
 
 
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4. os idosos ( > 65 anos, principalmente provenientes de casas de apoio ou 
"homecare" ); 
5. os com história de internação no último ano que tenham sido submetidos a 
antibioticoterapia múltipla e/ ou métodos diagnósticos / terapêuticos invasivos; 
6. os com história prévia de colonização/ infecção por MRSA; 
7. os pacientes com Síndrome de Imunodeficiência Adquirida. 
 
4.2.1 Recomendações 
 Seguir as recomendações para prevenção das BMR e acrescentar: 
 Vigilância na admissão hospitalar - Tem como objetivo detectar MRSA na admissão 
do paciente. Compreende a pesquisa de MRSA em swab nasal em todos os 
pacientes que preenchem o critério de risco exposto acima. É executada pelos 
profissionais do serviço de enfermagem na admissão hospitalar, através de swab 
comum que deve ser encaminhado ao laboratório imediatamente após a coleta 
 Vigilância semanal - Tem como objetivo a detecção de transmissão nosocomial de 
MRSA. Executada pelo laboratório de microbiologia 1 vez por semana, as 
segundas feiras à tarde, em todos pacientes da UTI e nos pacientes das demais 
unidades que apresentarem sinais de infecção, sem foco definido. 
 Vigilância de pacientes vizinhos de um caso de colonização/infecção por MRSA - 
Tem como objetivo a detecção de transmissão nosocomial. Executada pelo 
laboratório em toda identificação de MRSA, quando houver pacientes suscetíveis 
internados em mesma enfermaria. 
 Vigilância de profissionais de saúde - Não é recomendada rotineiramente, sendo 
avaliada pela CCIH em situações especiais de controle de surto. 
 Em pacientes com feridas extensas deve-se colher também material, da ferida 
através de swab, dentro da técnica adequada, objetivando detectar colonização por 
MRSA. 
 Os pacientes, na admissão, sob a investigação quanto à colonização por MRSA 
deverão ser mantidos restrito ao leito até a liberação do resultado do swab, quando 
então serão implementadas ou não as medidas de isolamento de contato. 
OBS.: A realização das culturas de vigilância só poderá acontecer após a 
implantação do laboratório de micribiologia no HGPV. 
 Profissional: 
- Lavar as mãos com clorexidina degermante a 2% todas as vezes que manipular o 
paciente, antes e após; 
- Utilizar as precauções de contato. 
- Utilizar máscara ao entrar no quarto ou área de isolamento de pacientes com 
MRSA em secreções respiratórias (escarro ou aspirado) ou que esteja sob 
ventilação mecânica. 
 Paciente: 
- Deverá ser mantido sob precauções de contato até ALTA HOSPITALAR; 
- Se a expectoração for positiva para MRSA, ao sair do quarto, o paciente deve 
utilizar máscara. Se o paciente não tolerar a máscara, o profissional de saúde deve 
utilizá-la. 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
- Descolonizar o paciente (em geral somente o MRSA). 
Indicada apenas para pacientes considerados de risco, como aqueles internados 
em unidades de terapia intensiva, pacientes cirúrgicos e pacientes com longa 
permanência. 
Utilizar a mupirocina tópica para descolonização de MRSA, somente quando 
recomendado por especialistas, como em controle de surtos e monitorizar o perfil 
de resistência da cepa para mupirocina. Não utilizar rotineiramente. 
As medidas de descolonização de pacientes e de rastreamento do profissional de 
saúde serão indicadas apenas em situações epidêmicas quando orientadas pela 
CCIH. 
 
1. Banho diário com clorexidina degermante a 2% por 05 dias consecutivos; 
2. Aplicação de mupirocina pomada em narinas (região narina anterior), axilas e 
virilhas, 02 vezes ao dia por 03 dias consecutivos; 
- Nas datas previstas pelo SCIH, solicitar coleta de (cultura de vigilância) swab 
nasal bilateral (coletar amostras em tubos diferentes) e de secreção, se houver, 
(identificar a localização da mesma). Ex.: secreção dreno penrose; 
- Os resultados das culturas após o procedimento de descolonização serão 
avaliados e a repetição dos procedimentos para descolonização poderá ocorrer 
somente após avaliação e autorização do SCIH. 
 Acompanhante: 
- Lavar as mãos com clorexidina degermante a 2% todas as vezes que manipular o 
paciente, antes e após; 
- Usar precauções de contato. 
- Utilizar máscara ao entrar no quarto ou área de isolamento de pacientes com 
MRSA em secreções respiratórias (escarro ou aspirado) ou que esteja sob 
ventilação mecânica. 
 
5- ESTRATÉGIAS DE MONITORAMENTO E INDICADORES 
Notificar pacientes colonizados/infectados por bactérias multirresistentes. 
Mensurar porcentagem de pacientes colonizados/ infectados por bactérias 
multirresistentes que estão em precauções de contato. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
BAHIA. Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar. Módulo Especial VII. Controle de 
bactéria multirresistente. 2009. 
 
BRASIL. Portaria n.º 1589 de 28 de outubro de 2010. Estabelece a obrigatoriedade da 
notificação de suspeita de infecção por microrganismo multirresistente em Serviços de 
Saúde do Estado da Bahia, 2010. 
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
______. Agência de Vigilância Sanitária. Nota Técnica nº01/2013. Medidas de 
prevenção e controle de infecções por enterobactérias multirresistentes. ANVISA, 
2013. 
 
______. Agência de Vigilância Sanitária. Unidade de investigação e prevenção das 
infecções e dos eventos adversos. Gerência geral de tecnologia em serviços de saúde. 
Nota Técnica nº1/2010. Medidas para identificação, prevenção e controle de 
infecções relacionadas à saúde por microrganismos multirresistentes. ANVISA, 
2010. 
 
______. Agência de Vigilância Sanitária. Gerência de investigação e prevenção das 
infecções e dos eventos adversos (GIPEA). Gerência geral de tecnologia em serviços de 
saúde (GGTES). Investigação e controle de bactérias multirresistentes. ANVISA, 
2007. 
 
Motta, Everaldo César; Ramos, Mércia Guadalupe; Souza, Rodrigo Daniel de. Manual de 
procedimentos e condutas para prevenção de infecções relacionadas à assistência 
à saúde 2012/2013. Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz 
de Fora - MG. 2012. 
 
OLIVEIRA,Adriana Cristina de; PAULA, Adriana Oliveira de. Descolonização de 
portadores de Staphylococcus aureus: indicações, vantagens e limitações. Texto 
contexto - enferm., Florianópolis, v.21, n.2, June 2012. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010407072012000200025&lng=
en&nrm=iso>. Acesso em: 27 Nov. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
ANEXO 1 - Caracterização pelo antibiograma das principais bactérias multirresistentes 
BMR isolado antibiograma 
MRSA Staphylococcus aureus R à oxacilina 
Estafilococos resistentes 
ou intermediários à 
vancomicina (VRSA ou 
VISA) 
Staphylococcus aureus R ou I à vancomicina 
Enterococos resistente à 
vancomicina (VRE) 
Enterococcus faecium e, 
menos 
freqüentemente, E. faecalis 
R à vancomicina 
BGN hiperprodutoras de 
beta-lactamases 
(AmpC)2 
 
-Grupo CESP: Citrobacter 
spp.; 
Enterobacter spp.; Serratia 
marcescens.; Providencia 
stuartti; Proteus vulgaris; 
 
-outras BGN: AmpC 
plasmidial 
Difícil caracterização da 
resistência antimicrobiana 
em laboratórios clínicos3. 
R à ceftazidima e/ou à 
cefotaxima, ceftriaxona , 
aztreonam, penicilinas 
antipseudomonas. 
BGN produtoras de 
beta-lactamases de 
espectro estendido 
(ESBL) 
-Eschericia coli e Klebsiella 
spp., 
principalmente 
-outras BGN 
R às cefalosporinas e 
penicilinas em geral 
(também ao aztreonam) 
Enterobactérias 
produtoras de 
carbapenemase (KPC) 
Klebsiella spp. (KPC) e 
outras 
Enterobacteriaceae 
R à imipenem e/ou 
meropenem 
Pseudomonas 
Panresistente 
 
Pseudomonas aeruginosa 
 
R à imipenem e/ou 
meropenem, amicacina, 
ciprofloxacino, 
cefalosporinas em geral. 
Acinetobacter Panresistente 
 
Acinetobacter baumannii/ 
haemolyticus 
R à imipenem e/ou 
meropenem 
Bactérias naturalmente 
multirresistentes 
 
Burkholderia cepacia e 
Stenotrophomonas 
maltophilia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO 2 - Precauções básicas e adicionais de contato para o controle de BMR 
Paciente: 
Bactéria multirresistente (assinalada) Isolado em: / / Material: 
X Bactéria Antibiograma 
 MRSA Staphylococcus aureus R à oxacilina 
 Estafilococos Resistentes a 
Vancomicina (VISA / VRSA) 
Staphylococcus aureus R ou I á vancomicina 
 Enterococos Resistentes a 
Vancomicina (VRE) 
Enterococcus faecium e, menos freqüentemente, E. faecalis R 
à vancomicina 
 ESBL (beta-lactamases de 
espectro estendido) 
Eschericia coli e Klebsiella spp. (e outras BGN) “ESBL” 
 Enterobactérias produtoras de 
carbapenemase 
Klebsiella spp. (KPC) e outras Enterobacteriaceae R à 
imipenem e/ou meropenem 
 BGN hiperprodutoras de betalactamases 
AmpC 
 
Citrobacter; Enterobacter; Serratia marcescens; Providencia 
stuartti; Proteus vulgaris; e outras BGN produtoras de beta-
lactamases AmpC plasmidial12 
 Acinetobacter pan-resistente Acinetobacter spp R a imipenem/meropenem 
 Pseudomonas pan-resistente 
. 
Pseudomonas aeruginosa R à imipenem/meropenem e a outros 
antibacterianos, exceto polimixinas 
 Bactérias naturalmente 
multirresistentes 
Stenotrophomonas maltophilia e Burkolderia cepacia 
 Precauções padrão - aplicar em todas as situações de atendimento a pacientes, independente de suspeita de 
doença transmissível: 
1. Evitar o contato desnecessário com o paciente, com o leito e com objetos e equipamentos próximos. Evitar levar 
prontuários para as enfermarias. 
2. Higienizar as mãos (seguir protocolo de Higiene das mãos). 
3. Utilizar luvas quando houver possibilidade de contato úmido (sangue, secreções, excreções, pele não-íntegra, 
mucosas ou artigos contaminados com material orgânico). Trocar as luvas: entre procedimentos no mesmo paciente se 
houver contato com secreções contaminantes, se for mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo; quando 
esta estiver danificada e entre um paciente e outro. Não tocar superfícies com as luvas (ex: telefone, maçaneta). Retirar 
as luvas imediatamente após o uso, e higienizar as mãos. 
6.Utilizar avental se houver risco de respingo ou contato da pele ou roupas do profissional com fluidos, secreções ou 
excreções do paciente (ex: dar banho, aspirar secreção, realizar procedimentos invasivos). Não usar o mesmo avental 
para cuidados a pacientes diferentes. A retirada do avental deve ser feita o mais breve possível com posterior lavagem 
das mãos. 
7. Máscara, óculos, protetor facial: Usar para proteger as mucosas dos olhos, nariz e boca quando houver o risco de 
respingos com sangue, secreções, excreções e outros fluidos corpóreos. 
 Precauções de contato - aplicar até a alta do paciente. Essas medidas devem ser seguidas por todos os que irão 
entrar em contato com o paciente ou seu ambiente (profissionais, visitantes, acompanhantes): 
1. Quarto privativo recomendado – pode ser individual, ou compartilhado entre pacientes portadores do mesmo 
microrganismo. 
2. Usar luvas obrigatoriamente quando houver a possibilidade de contato com o paciente ou qualquer artigo ou 
superfície da área do paciente. Descartar as luvas no próprio quarto e lavar as mãos imediatamente com degermante 
contendo antisséptico. 
4. Avental: indicados para todas as pessoas que prestem cuidados diretos ou tenham contato com o paciente ou seu 
ambiente. Dispensar o avental no “hamper” imediatamente após o uso (não pendurar). 
5. Na medida do possível, definir em cada turno de trabalho uma equipe específica para cuidar dos pacientes em 
precauções de contato, ou pelo menos evitar que todos cuidem de todos. 
6. Limpeza e desinfecção geral (concorrente) da área do paciente. 
7. Transporte do paciente deve ser evitado. Quando for necessário o transporte, o profissional deverá seguir as 
precauções de contato durante todo o trajeto. Comunicar o diagnóstico do paciente à área para onde será transportado. 
8. Artigos e equipamentos. Evitar compartilhar equipamentos entre pacientes, incluindo termômetro, estetoscópio e 
esfigmomanômetro. Se necessário, estes devem ser limpos e desinfetados com álcool a 70%, antes do uso em outro 
paciente. 
9. O paciente, ao sair do quarto, deve colocar roupas e aventais limpos e realizar a higiene das mãos. 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
ANEXO 3 – Orientações para as precauções adicionais 
PRECAUÇÕES DE CONTATO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Indicações: infecção ou colonização por 
microrganismo multirresistente, varicela, infecções 
de pele e tecidos moles com secreções não contidas 
no curativo, impetigo, herpes zoster disseminado ou 
em imunossuprimido, rotavírus, bronquiolite, etc. 
 Use luvas e avental durante toda manipulação do 
paciente, de cateteres e sondas, do circuito e do 
equipamento ventilatório e de outras superfícies 
próximas ao leito. Coloque-os ao entrar no quarto do 
paciente e retire-os logo após o uso, higienizando as 
mãos em seguida. 
 Quando não houver disponibilidade de quarto 
privativo, a distância mínima entre dois leitos deve 
ser de um metro. 
 Equipamentos como termômetro, esfignomanômetro 
e estetoscópio devem ser de uso exclusivo do 
paciente ou desinfetado após cada uso. 
 Quando transportar o paciente avisar 
aos funcionários do local de destino sobre as 
medidas de prevenção necessárias. 
 
CCIH/HGPV 
 
Q
u
a
rto
 P
riva
tivo
 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
PRECAUÇÕES por aerossóis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Indicações: tuberculose pulmonar e laríngea, sarampo, 
varicela e herpes zoster disseminada ou em pacientes 
imunodeprimidos. 
 Higienize suas mãos antes e após o contato com o 
paciente, ambiente próximo a este e equipamentos. 
 Mantenha a porta do quarto SEMPRE fechada e 
coloque a máscara PFF2 (N95) antes de entrar no 
quarto.Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, 
o paciente pode ser internado com outros pacientes com 
infecção pelo mesmo microrganismo. 
 Pacientes com suspeita de tuberculose resistente ao 
tratamento não podem dividir o mesmo quarto com 
outros pacientes com tuberculose. 
 O transporte do paciente deve ser evitado, mas quando 
necessário o paciente deverá usar máscara cirúrgica 
durante toda sua permanência fora do quarto. Avisar 
aos funcionários do local de destino sobre as medidas de 
prevenção necessárias.
Ccih/hgpv 
Q
u
a
rto
 P
riva
tivo
 
Máscara PFF2 (N95) 
(Profissional) 
Máscara Cirúrgica 
(Paciente durante o 
transporte) 
 
 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
 
PRECAUÇÕES por GOTÍCULA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Indicações: meningites bacterianas, coqueluche, difteria, caxumba, influenza, rubéola, etc. 
 Use máscara cirúrgica quando entrar no quarto do paciente. 
 Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com outros 
infectados pelo mesmo microrganismo. A distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro. 
 O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando necessário, ele deverá usar máscara cirúrgica 
durante toda sua permanência fora do quarto. Avisar aos funcionários do local de destino sobre as medidas 
de prevenção necessárias. 
 
 
Ccih/hgpv 
 
Q
u
a
rto
 P
riva
tivo

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