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Crimes em espécie em Questões 
@simplificandodireitopenal 
 
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CRIMES EM 
ESPÉCIE EM 
QUESTÕES 
Prof. Rafael Lisbôa, do Simplificando Direito Penal 
 
Sumário 
01 CRIMES CONTRA A VIDA ................................................................................................ 2 
02 CRIMES CONTRA A HONRA ........................................................................................... 8 
03 CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL ........................................................ 13 
04 CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO ............................................................................ 17 
05 CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL ............................................................ 39 
06 CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA .............................................................................. 44 
07 CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA ........................................................................... 52 
 
 
 
 
 
Licensed to Jeremias de Oliveira Santos - jeresr15@gmail.com - 230.789.338-57 - HP3679571374
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Crimes em espécie em Questões 
@simplificandodireitopenal 
 
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01 CRIMES CONTRA A VIDA 
 
QUESTÃO 1 
Prova: SELECON - 2023 - Prefeitura de Lucas do Rio Verde - MT - Guarda 
Civil Municipal 
Kipp foi contratado para eliminar fisicamente Wolf, tendo perpetrado o 
crime com eficiência. Isso acarretou investigação policial e foi iniciado o 
devido processo penal. Nos termos do Código Penal, o homicídio cometido 
mediante paga é considerado: 
A) comum 
B) especial 
C) qualificado 
D) privilegiado 
GABARITO: 
Art. 121. Matar alguém - Homicídio qualificado 
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
Letra C 
 
QUESTÃO 2 
Prova: VUNESP - 2023 - MPE-SP - Promotor de Justiça Substituto 
O feminicídio foi incluído como uma forma qualificada do crime de 
homicídio pela Lei nº 13.104/2015. Desde então, várias alterações 
legislativas foram implementadas, e a jurisprudência e a doutrina se 
encarregaram de esclarecer o alcance do dispositivo. Com base na 
legislação e na jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, julgue: 
As qualificadoras do motivo torpe e do feminicídio são incompatíveis entre 
si, já que ambas possuem o mesmo caráter subjetivo, caracterizando bis in 
idem a sua imputação simultânea. 
GABARITO: 
Não caracteriza bis in idem o reconhecimento das qualificadoras de motivo torpe e de feminicídio 
no crime de homicídio praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar. 
Isso se dá porque o feminicídio é uma qualificadora de ordem OBJETIVA - vai incidir sempre que 
o crime estiver atrelado à violência doméstica e familiar propriamente dita, enquanto que a 
torpeza é de cunho subjetivo, ou seja, continuará adstrita aos motivos (razões) que levaram um 
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Crimes em espécie em Questões 
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indivíduo a praticar o delito. STJ. 6ª Turma. 
HC 433898-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 24/04/2018 (Info 625). 
Errado 
 
QUESTÃO 3 
Prova: FGV - 2023 - DPE-RS - Analista - Área Jurídica - Processual 
João, extremamente irritado em razão da derrota do seu time de coração, 
ao encontrar um torcedor do clube rival, acaba por efetuar cinco disparos 
de arma de fogo na direção do último. Não dispondo de outras munições, 
João, arrependido, leva a vítima ao hospital mais próximo. Contudo, o 
ofendido veio a óbito logo após chegar ao nosocômio, visto que foi 
atingido no peito e no rosto. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal João 
responderá pelo crime de: 
A) homicídio tentado, em razão do arrependimento posterior; 
B) homicídio tentado, em razão do arrependimento eficaz; 
C) homicídio tentado, em razão da desistência voluntária; 
D) lesão corporal seguida de morte; 
E) homicídio consumado. 
GABARITO: 
No caso analisado houve a consumação do delito de homicídio, uma vez que a vítima, mesmo 
sendo levada ao hospital, veio a falecer. Ainda, para que o crime fosse consumado, houve a 
intenção de matar, uma vez que, foram desferidos cinco tiros em direção ao rosto e peito da 
vítima e os disparos apenas cessaram, pois, as munições acabaram – art. 121 do Código Penal. 
Assim, não deve ser aplicado o dispositivo do arrependimento eficaz presente no artigo 15, 2ª 
parte, do Código Penal – “O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou 
impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados”. 
Letra E 
 
QUESTÃO 4 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - PC-AL - Delegado de Polícia Civil 
Em relação aos crimes contra a pessoa e contra a fé pública, julgue o item 
a seguir. 
A instigação à prática da automutilação ou a prestação de auxílio material 
para que a vítima o faça configura o crime de lesão corporal, que pode 
variar conforme a gravidade da lesão. 
GABARITO: 
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio 
material para que o faça: 
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Crimes em espécie em Questões 
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(...) 
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou 
gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos 
O referido tipo penal consta no capítulo dos crimes contra a vida. Desta forma, caso a vítima se 
auto mutile, o agente que a instigar ou lhe prestar assistência material, responderá pelo delito 
tipificado no art. 122, podendo incidir a qualificadora do §1º caso resulte em lesão corporal de 
natureza grave ou gravíssima. 
Errado 
 
QUESTÃO 5 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - PC-AL - Delegado de Polícia Civil 
Em relação aos crimes contra a pessoa e contra a fé pública, julgue o item 
a seguir. 
Segundo o Superior Tribunal de Justiça, não caracteriza bis in idem o 
reconhecimento das qualificadoras de motivo torpe e feminicídio no 
homicídio praticado contra mulher em situação de violência doméstica e 
familiar. 
GABARITO: 
Não caracteriza bis in idem o reconhecimento das qualificadoras de motivo torpe e de feminicídio 
no crime de homicídio praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar. 
STJ. 6ª Turma. HC 433.898-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 24/04/2018 (Info 625). 
Certo 
 
QUESTÃO 6 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2023 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Agente Auxiliar 
de Perícia Oficial - Auxiliar de Necropsia - Auxiliar de Perícia 
Uma mulher jovem, 20 anos de idade, com intenção de esconder a gravidez 
dos familiares, expulsa o concepto dolosamente do seu ventre na 25° 
semana de gestação. Perante a lei, como essa situação é caracterizada? 
A) Não é crime devido ao estado puerperal da mulher 
B) Não se pode qualificar como crime antes de uma avaliação 
psiquiátrica da mulher. 
C) Crime de infanticídio. 
D) Crime de homicídio. 
E) Crime de aborto. 
GABARITO: 
No caso em questão a gestante ceifa a vida do feto ainda em seu ventre, logo seria crime de 
ABORTO em sua modalidade AUTOABORTO. 
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Crimes em espécie em Questões 
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Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou 
consentir que outrem lho provoque: 
Pena - detenção, de um a três anos. 
Letra E 
QUESTÃO 7 
Prova: IDECAN - 2023 - Prefeitura de Fortaleza - CE - Guarda Municipal 
Carlos, tomado por um ciúme doentio, motivador de constantes brigas com 
Débora, sua esposa, decidiu que a mataria. Certo dia, ao chegar em casa, 
viu que uma pessoadormia no sofá e, julgando tratar-se de Débora, contra 
ela disparou, causando-lhe a morte. Ao aproximar-se do corpo, constatou 
que matara a própria filha, a quem muito amava. Nesse caso, à luz das 
disposições trazidas pelo Código Penal, é correto afirmar que: 
A) Carlos deverá ser responsabilizado por homicídio culposo. 
B) Carlos praticou o crime de homicídio culposo, mas o juiz poderá 
deixar de lhe aplicar a pena. 
C) Carlos responderá por feminicídio, como se tivesse, em situação de 
violência doméstica, matado a própria mulher. 
D) Carlos é isento de pena, incidindo, na hipótese, uma excludente de 
ilicitude. 
GABARITO: 
Erro sobre a pessoa – art. 20, §3º, CP: 
→ Espécie de erro acidental. 
→ O agente confunde a pessoa que queria atingir e o delito recai sobre pessoa diversa. 
→ Não isenta de pena. Mas na sua punição devem ser consideradas as condições ou qualidades 
da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime (vítima virtual), e não da vítima real - 
ADOTA-SE A TEORIA DA EQUIVALÊNCIA. 
 Ex: uma mãe, sob o estado puerperal, confunde-se e mata outro recém-nascido → mesmo que 
ela não tenha matado seu filho, incide no delito de infanticídio. 
Letra C 
 
QUESTÃO 8 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - Prefeitura de São Cristóvão - SE - 
Guarda Municipal 
O homicídio é considerado qualificado se for praticado 
A) por motivo grave. 
B) com emprego de arma de fogo. 
C) para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem 
de outro crime. 
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Crimes em espécie em Questões 
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D) por domínio de violenta 
emoção, logo após injusta agressão da vítima. 
GABARITO: 
Item (A) - As hipóteses de homicídio qualificado estão previstas nos incisos do § 2º, do artigo 
121, do Código Penal. Dentre elas não se encontra o motivo grave mencionado neste item, razão 
pela qual a presente alternativa está errada. 
Item (B) - As hipóteses de homicídio qualificado estão previstas nos incisos do § 2º, do artigo 
121, do Código Penal. Dentre elas não se encontra o o emprego de arma de fogo mencionado 
neste item. O homicídio será qualificado caso haja o emprego de arma de fogo de uso restrito ou 
proibido, nos termos do inciso VIII, do § 2º, do artigo 121, do Código Penal. Desta feita, a presente 
alternativa está errada. 
Item (C) - A situação descrita neste item configura uma das hipóteses de homicídio qualificado, 
prevista no inciso V, do § 2º, do artigo 121, do Código Penal. Assim sendo, a presente alternativa 
está correta. 
Item (D) - A situação descrita neste item corresponde a uma das hipóteses de homicídio 
privilegiado, prevista na segunda parte do § 1º, do artigo 121, do Código Penal. Assim sendo, a 
presente alternativa está errada. 
Letra C 
 
QUESTÃO 9 
Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Juiz Substituto 
O feminicídio é forma qualificada de homicídio. A pena deve ser objeto de 
acréscimo de 2/3 quando a vítima é menor de 14 (catorze) anos 
A) em menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
B) se cometido mediante tortura. 
C) por não aceitar o rompimento de relação amorosa. 
D) se cometido por empregador. 
GABARITO: 
CP, art. 121, § 2º-B. A pena do homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos é aumentada de: 
(...) 
II - 2/3 (dois terços) se o autor é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, 
companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver 
autoridade sobre ela. 
Letra D 
 
QUESTÃO 10 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito Médico-Legista 
Com referência aos crimes contra a vida, sabe-se que alguns são 
tipificações do descrito como homicídio, no artigo 121 do Código Penal, e 
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que outros estão descritos em 
artigos próprios, também nesse ordenamento jurídico. 
O aborto sentimental pode ser realizado quando o concepto for fruto de 
estupro, desde que exista ocorrência policial e autorização judicial. 
GABARITO: 
O aborto humanitário, sentimental ou piedoso, aceito em nosso ordenamento jurídico nos casos 
em que a mulher for vítima de estupro, está previsto no inciso II, do artigo 128, do Código Penal. 
A sua realização depende apenas do consentimento da gestante e de mais ninguém, não 
necessitando de autorização judicial ou de qualquer outra permissão estatal para que seja 
concretizado. 
Errado 
 
QUESTÃO 11 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito Médico-Legista 
Com referência aos crimes contra a vida, sabe-se que alguns são 
tipificações do descrito como homicídio, no artigo 121 do Código Penal, e 
que outros estão descritos em artigos próprios, também nesse 
ordenamento jurídico. Com base no conhecimento da legislação, julgue o 
item a seguir. 
O crime de infanticídio se caracteriza pela conduta de a mãe, em estado 
puerperal, durante o parto ou logo após ele, matar o próprio filho. 
GABARITO: 
Infanticídio 
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo 
após: 
Pena - detenção, de dois a seis anos. 
Certo 
 
QUESTÃO 12 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito Médico-Legista 
Com referência aos crimes contra a vida, sabe-se que alguns são 
tipificações do descrito como homicídio, no artigo 121 do Código Penal, e 
que outros estão descritos em artigos próprios, também nesse 
ordenamento jurídico. Com base no conhecimento da legislação, julgue o 
item a seguir. 
O crime de aborto qualificado prevê o aumento da pena em caso de lesão 
corporal grave ou morte da mãe em consequências de aborto. 
GABARITO: 
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Crimes em espécie em Questões 
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De acordo com o artigo 127 do Código Penal, 
denominado de forma qualificada do crime de aborto, "as penas cominadas nos dois artigos 
anteriores são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios 
empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são 
duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte". Correto, apesar da 
impropriedade técnica na nomeclatura 
Certo 
 
QUESTÃO 13 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito Médico-Legista 
Com referência aos crimes contra a vida, sabe-se que alguns são 
tipificações do descrito como homicídio, no artigo 121 do Código Penal, e 
que outros estão descritos em artigos próprios, também nesse 
ordenamento jurídico. Com base no conhecimento da legislação, julgue o 
item a seguir. 
O crime de feminicídio corresponde ao homicídio de uma mulher em 
qualquer situação, entendimento tido desde a implantação da Lei do 
Feminicídio em 2015. 
GABARITO: 
Feminicídio 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: 
Feminicídio é o homicídio doloso praticado contra a mulher por “razões da condição de sexo 
feminino”, ou seja, desprezando, menosprezando, desconsiderando a dignidade da vítima 
enquanto mulher, como se as pessoas do sexo feminino tivessem menos direitos do que as do 
sexo masculino. 
Errado 
 
02 CRIMES CONTRA A HONRA 
 
QUESTÃO 14 
Prova: FGV - 2023 - TJ-BA - Juiz Leigo 
João, com o objetivo precípuo de prejudicar o seu desafeto, comunicou o 
delegado de polícia que Tício teria estuprado Petônia, muito embora 
soubesse ser ele inocente. A autoridade policial, tomando ciência dos 
fatos, deflagrou inquérito policial para fins de apuração. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, João 
responderá pelo crime de: 
A) comunicação falsa de crime; 
B) denunciação caluniosa; 
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Crimes em espécie em Questões 
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C) difamação; 
D) calúnia; 
E) injúria. 
GABARITO: 
Denunciação caluniosa 
Art. 339. Dar causa à instauração de inquérito policial, de procedimento investigatório criminal, 
de processo judicial, de processo administrativo disciplinar, de inquérito civil ou de ação de 
improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime, infração ético-disciplinar ou ato 
ímprobo de que o sabe inocente: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. 
Letra B 
 
QUESTÃO 15 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e 
de Registros - Provimento 
Francisco foi vítima de crime contra a honra, de ação penal privada, quatro 
meses antes de seu falecimento. O cônjuge, o filho e a avó, zelosos pela 
imagem da vítima, tinham a intenção de propor ação penal, todavia tinham 
diversos interesses conflitantes entre si. 
Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a opção correta. 
A) Não há como ser proposta a ação penal, haja vista a morte da vítima. 
B) O filho de Francisco terá preferência na propositura da ação penal. 
C) A avó de Francisco terá preferência na propositura da ação penal. 
D) O cônjuge de Francisco terá preferência na propositura da ação 
penal. 
E) Não há qualquer preferência na propositura da ação penal, visto que 
a atuação se dá em nome de terceiro. 
GABARITO: 
De acordo com a regra trazida pelo artigo 31 do Código de Processo Penal, o direito de oferecer 
a queixa ou prosseguir na ação penal é: CADI - Cônjuge, Ascendente, Descente e Irmão. 
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o 
direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente 
ou irmão. 
Letra D 
 
QUESTÃO 16 
Prova: IDECAN - 2023 - Prefeitura de Fortaleza - CE - Guarda Municipal 
Ana, ex-mulher de Marcos, passou a residir na companhia de Pedro, seu 
novo companheiro. Enlouquecido de ciúmes, Marcos espalhou pela 
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vizinhança que o atual parceiro de 
Ana estuprara seu filho, apresentando fotografias em que a criança 
apresentava vermelhidão nas coxas e nádegas, embora soubesse que se 
tratava de reação alérgica e, portanto, da falsidade das graves acusações 
que fazia. A conduta de Marcos caracteriza: 
A) Difamação 
B) Calúnia 
C) Constrangimento ilegal 
D) Importunação ofensiva ao pudor 
GABARITO: 
❌ Difamação ➜ é tirar a boa fama ou o crédito, desacreditar publicamente atribuindo a alguém 
um fato específico negativo, para ocorrer o crime de difamação o fato atribuído não pode ser 
considerado crime. | Art. 139 CP 
✔️ Calúnia ➜ é imputar de forma mentirosa (falsamente) que alguém cometeu crime. | Art. 138 
CP 
❌ Constrangimento Ilegal ➜ constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou 
depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer 
o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda. | Art. 146 CP 
❌ Importunação ofensiva ao pudor ➜ Importunar alguém, em lugar público ou acessível ao 
público, de modo ofensivo ao pudor. | Art. 61 da Lei nº 3.688 | Art. 215-A CP 
Letra B 
 
QUESTÃO 17 
Prova: FCC - 2023 - MPE-PB - Técnico Ministerial - Sem Especialidade 
Marcelo, irritado com Mônica, sua colega de trabalho, durante almoço com 
demais colegas da repartição pública onde trabalham, aproveitando-se da 
ausência de Mônica, espalha a informação de que ela, toda tarde, antes de 
voltar para a casa onde vive com seu marido, passa na casa de um outro 
homem, com quem mantém relações extraconjugais. Diante da situação 
hipotética descrita, Marcelo praticou, em tese, o crime de 
A) rixa. 
B) constrangimento ilegal. 
C) calúnia. 
D) injúria. 
E) difamação. 
GABARITO: 
A) INCORRETA, pois o enunciado retratou um crime contra a honra, não havendo nenhuma 
elementar do crime de rixa, vejamos este tipo penal: “art. 137 - Participar de rixa, salvo para 
separar os contendores: Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa". 
B) INCORRETA, pois neste crime há ofensa a liberdade da vítima, e no enunciado retratou-se 
uma situação de crime contra a honra. Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou 
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Crimes em espécie em Questões 
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grave ameaça, ou depois de lhe haver 
reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, 
ou a fazer o que ela não manda: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
C) INCORRETA, pois não era caso de crime de calúnia, mas sim de difamação. Nos dois crimes 
contra a honra, calúnia e difamação, ocorre a imputação de um FATO DETERMINADO. A 
diferença entre os dois delitos é que na calúnia esse fato é criminoso, e na difamação é qualquer 
fato ofensivo a honra, que não seja criminoso. No caso do enunciado imputou-se a prática de um 
adultério, que não é criminoso no nosso ordenamento jurídico penal, logo, esse fato ofensivo 
configura difamação. 
D) INCORRETA, pois o crime de injúria se caracteriza quando há atribuição de uma característica 
negativa: diferentemente dos outros crimes contra a honra (calúnia e difamação), aqui não se 
atribui um fato à vítima, mas sim uma CARACTERÍSTICA NEGATIVA. Aqui entram os 
xingamentos com expressões insultuosas que ofendem a dignidade ou o decoro. Como no 
enunciado houve a imputação de um FATO, não há crime de injúria. 
E) CORRETA, pois era crime de difamação e não de calúnia. Nos dois crimes contra a honra, 
calúnia e difamação, ocorre a imputação de um FATO DETERMINADO. A diferença entre os dois 
delitos é que na calúnia esse fato é criminoso, e na difamação é qualquer fato ofensivo a honra, 
que não seja criminoso. No caso do enunciado imputou-se a prática de um adultério, que não é 
criminoso no nosso ordenamento jurídico penal, logo, esse fato ofensivo configura difamação. 
Letra E 
 
QUESTÃO 18 
Prova: Quadrix - 2023 - CRO-PB - Fiscal 
Acerca das noções gerais, dos tipos penais e da responsabilidade dos 
profissionais em odontologia, julgue o item. 
Aquele que imputar a alguém a prática de um crime, sabendo‑o inocente, 
incorrerá no crime de difamação e poderá ser responsabilizado penalmente 
por tal conduta. 
GABARITO: 
Essa questão exigia conhecimento acerca dos crimes contra a honra. Somente com a letra de 
lei já era possível constatar que a assertiva está ERRADA, uma vez que a imputação de um fato 
criminoso configura o crime de CALÚNIA, e não de difamação. 
Errado 
 
QUESTÃO 19 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - Prefeitura de Boa Vista - RR - Guarda 
Municipal 
Constitui crime contra a pessoa 
A) o latrocínio. 
B) o estelionato. 
C) o dano. 
D) a calúnia. 
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Crimes em espécie em Questões 
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GABARITO: 
Item (A) - O crime de latrocínio é um crime contra o patrimônio, pois trata-se de um crime de 
roubo qualificado pelo resultado morte, ou seja, quando a violência empregada para a subtração 
da coisa causa o óbito da vítima. Encontra-se previsto no inciso II, do § 3º, do artigo 157, do 
Código Penal, que integra o Título II, da Parte Especial do Código Penal, que trata dos crimes 
contra o patrimônio. Assim sendo, a presente alternativa está incorreta. 
Item (B) - O crime de estelionato é crime contra o patrimônio previsto no artigo 171 do Código 
Penal, que integra o Título II, da Parte Especial do Código Penal, que trata dos crimes contra o 
patrimônio. Assim sendo,a presente alternativa está incorreta. 
Item (C) - O crime de dano é crime contra o patrimônio previsto no artigo 163 do Código Penal, 
que integra o Título II, da Parte Especial do Código Penal, que trata dos crimes contra o 
patrimônio. Assim sendo, a presente alternativa está incorreta. 
Item (D) - O crime de calúnia está tipificado no artigo 138 do Código Penal, que pertence ao 
Título I da Parte Especial do Código Penal, que trata dos crimes contra a pessoa, tratando-se, 
mais especificamente, de um crime contra a honra (Capítulo V do título já apontado). Assim 
sendo, a presente alternativa é a correta. 
Letra D 
 
 QUESTÃO 20 
Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Juiz Substituto 
Nos crimes contra a honra, a pena é aumentada em 1/3 se 
A) o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em 
apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever de 
ofício. 
B) cometido na presença de várias pessoas ou por meio que facilite a 
divulgação do crime. 
C) cometido contra qualquer pessoa em razão de seu trabalho. 
D) a injúria ou difamação é irrogada em juízo, na discussão da causa, 
pela parte ou seu procurador. 
GABARITO: 
As causas de aumento de pena relativas aos crimes contra a honra encontram-se previstas no 
artigo 141 do Código Penal. Confira-se: 
“Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes 
é cometido: 
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; 
II - contra funcionário público, em razão de suas funções, ou contra os Presidentes do Senado 
Federal, da Câmara dos Deputados ou do Supremo Tribunal Federal; 
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da 
difamação ou da injúria. 
IV - contra criança, adolescente, pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou pessoa com deficiência, 
exceto na hipótese prevista no § 3º do art. 140 deste Código. 
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Crimes em espécie em Questões 
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§ 1º - Se o crime é cometido mediante paga 
ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro. 
§ 2º Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da rede 
mundial de computadores, aplica-se em triplo a pena." 
Letra B 
 
QUESTÃO 21 
Prova: Quadrix - 2023 - CRO - SC - Fiscal Cirurgião Dentista 
À luz do Código Penal brasileiro, julgue o item. 
Não há previsão de punibilidade na esfera penal caso o crime de calúnia 
seja imputado aos mortos. 
GABARITO: 
Neste caso, há expressa previsão legal deste crime, conforme se depreende da leitura do 
parágrafo segundo, do artigo 138, do Código Penal. Confira-se: 
"Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
(...) 
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos." 
Errado 
 
03 CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL 
 
QUESTÃO 22 
Prova: IGEDUC - 2023 - Prefeitura de Triunfo - PE - Guarda Municipal 
Julgue o item a seguir. 
As penalidades aplicadas ao crime de perseguição não prejudicam a 
aplicação das demais penas relacionadas à violência sofrida pela vítima. 
GABARITO: 
CÓDIGO PENAL 
Perseguição 
"Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade 
física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, 
invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade. 
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
(...) § 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência." 
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Crimes em espécie em Questões 
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Certo 
 
QUESTÃO 23 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e 
de Registros - Remoção 
 No dia 21 de março de 2022, Bruno perturbou, por acinte, a tranquilidade 
de sua ex-companheira, Kelly, ao fazer, durante o expediente dela, uma 
única ligação para o telefone comercial da empresa em que ela trabalha, 
tendo gritado com ela e lhe exigido coisas relacionadas ao filho do ex-
casal. Kelly ficou nervosa, assustada e preocupada com possíveis 
consequências profissionais contra si dessa conduta de Bruno, que, além 
de baseada no gênero da vítima, ocorreu no âmbito de relação íntima de 
afeto do ex-casal, uma vez que eles haviam sido companheiros e tiveram 
um filho juntos. 
Nessa situação hipotética, conforme o Código Penal (CP), ao efetuar a 
ligação mencionada para Kelly, Bruno praticou 
A) o delito de violência psicológica contra a mulher. 
B) conduta atípica. 
C) o delito de ameaça. 
D) o delito de perseguição (stalking). 
E) contravenção penal de perturbação da tranquilidade. 
GABARITO: 
A) É preciso que a conduta cause dano efetivo psicológico, pois trata-se de crime material. 
Além de ter por fim específico isso, elemento subjetivo especial do tipo, o que não foi o narrado 
no caso em tela. 
B) Gabarito. 
C) A descrição do fato na questão não configurou a promessa de causar mal injusto e grave. 
D) Stalking é um delito que requer habitualidade para a sua configuração, como foi apenas uma 
vez o ocorrido, o tipo penal não se completou (subsunção do fato a norma). 
E) Contravenção penal. Art. 65. Molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade, por acinte ou 
por motivo reprovável: 
Pena – prisão simples, de quinze dias a dois meses, ou multa. - Revogado expressamente pela 
lei 14.132/2021. 
Apesar de a questão ser mal elaborada, não foi anulada pela banca. 
Letra B 
 
 
 
 
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QUESTÃO 24 
Prova: FGV - 2023 - TJ-MS - Juiz Substituto 
Gumercinda, ex-namorada de Hilma, por não se conformar com o fim do 
relacionamento amoroso entre elas, passa a importuná-la reiteradamente, 
ao longo do último mês, seguindo-a em locais públicos, indo a seu local de 
trabalho, telefonando para sua residência e mandando mensagens para 
seu celular. Diante do caso narrado, é correto afirmar que Gumercinda 
cometeu: 
A) a contravenção penal de perturbação da tranquilidade; 
B) o crime de perseguição; 
C) o crime de violência psicológica contra a mulher; 
D) os crimes de perseguição e de violência psicológica contra a mulher; 
E) os crimes de constrangimento ilegal e ameaça. 
GABARITO: 
A) INCORRETA, pois com a criação do crime do art. 147-A, a conduta que era punida como 
contravenção penal pelo art. 65 do Decreto-lei 3.688/41 (Molestar alguém ou perturbar-lhe a 
tranquilidade, por acinte ou por motivo reprovável: Pena – prisão simples, de quinze dias a dois 
meses, ou multa) foi revogada, pois puniu-se, de forma mais severa essa conduta, que pode 
trazer graves consequências psicológicas à vítima. Houve evidente continuidade normativo-
típica. A revogação da contravenção de perturbação da tranquilidade pela Lei nº 14.132/2021 
não significa que tenha ocorrido abolitio criminis em relação a todos os fatos que estavam 
enquadrados na referida infração penal. De fato, a parte final do art. 147-A do Código Penal prevê 
a conduta de perseguir alguém, reiteradamente, por qualquer meio e “de qualquer forma, 
invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade", circunstância que, a toda 
evidência, já estava contida na ação de “molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade, por 
acinte ou por motivo reprovável", quando cometida de forma reiterada, porquanto a tutela da 
liberdade também abrange a tranquilidade. 
B) CORRETA, pois os fatos se enquadram no crime de STALKING, delito criado pela Lei 
14.132/21, que entrou em vigor na data de sua publicação(01/04/21). Tipificou o fenômeno da 
perseguição incessante, que já era estudado pela Criminologia há algum tempo. A palavra em 
inglês deriva do verbo stalk, utilizada na prática de caça, que corresponde a perseguir a presa 
de forma contínua, invadindo repetidamente a sua esfera da vida privada, por meio da reiteração 
de atos que restringem a sua liberdade ou ataquem a sua privacidade ou reputação. O crime tem 
por bem jurídico tutelado a liberdade individual. O crime é bicomum, uma vez que o legislador 
não exigiu nenhuma qualidade especial do autor do fato ou da vítima. Todavia, a pena será 
majorada da metade se a vítima for criança, adolescente, idoso ou mulher perseguida por razões 
da condição do sexo feminino (§ 1º). 
Perseguição: Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-
lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de 
qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade. Pena – 
reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
§ 1º A pena é aumentada de metade se o crime é cometido: I – contra criança, adolescente ou 
idoso; II – contra mulher por razões da condição de sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 
121 deste Código; III – mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de 
arma. 
C) INCORRETA, pois a conduta mencionada no enunciado tem mais adequação típica com o 
stalking, uma vez que apesar de o crime de violência psicológica também limitar o direito de ir e 
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vir da vítima, houve clareza quanto ao ato de 
perseguição, e não de controle de atos, comportamentos e decisões da mulher, com ameaças, 
manipulações e chantagens. 
Violência psicológica contra a mulher: art. 147-B. Causar dano emocional à mulher que a 
prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas 
ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, 
manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer 
outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação: Pena - reclusão, de 
6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime mais grave. 
D) INCORRETA, pois a situação hipotética só trouxe elementos de prática ilícita ao término do 
namoro com atos de perseguição, não demonstrando atos de controle de atos, comportamentos 
e decisões da mulher, com ameaças, manipulações e chantagens. 
E) INCORRETA, pois não houve ameaça de um mal grave. Quanto ao constrangimento ilegal, 
não estão presentes as elementares “violência e grave ameaça", mas sim de importunação, 
perseguição. 
Letra B 
 
QUESTÃO 25 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - AGU - Advogado da União 
Acerca do trabalho em condições análogas às de escravo, julgue os 
seguintes itens considerando, o entendimento adotado pelo STF. 
I O trabalho em condições análogas às de escravo pode ser configurado 
pela_ submissão do trabalhador A jornada exaustiva e a condições 
degradantes de trabalho. 
II É necessária a restrição da liberdade de ir e vir do trabalhador para que 
haja a configuração do trabalho em condições análogas às de escravo. 
IlI Na configuração do trabalho em condições análogas às de escravo, o 
cerceamento de liberdade pode decorrer de constrangimentos económicos 
e não necessariamente físicos. 
Assinale a opção correta. 
A) Apenas o item lI está certo. 
B) Apenas o item III está certo. 
C) Apenas os itens I e lI estão certos. 
D) Apenas os itens I e IlI estão certos. 
E) Todos os itens estão certos. 
GABARITO: 
Item (I) - De acordo com o entendimento atualmente esposado pelo STF, no que tange ao delito 
de redução à condição análoga à de escravo: "(...) II. O Supremo Tribunal Federal, por maioria, 
recebeu a denúncia. Houve debate sobre a necessidade da privação da liberdade para configurar 
o crime, mas a maioria entendeu que a submissão à jornada exaustiva e a sujeição do 
empregado a condições degradantes era suficiente para permitir o prosseguimento do processo. 
(...)" (STF; Inq 2131; Relatora Ministra Ellen Gracie; red. p/ o Ministro Luiz Fux; Publicado no 
DJE de 2012) 
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Assim sendo, a assertiva contida neste 
item é verdadeira. 
Item (II) - De acordo com o entendimento atualmente esposado pelo STF, no que tange ao delito 
de redução à condição análoga à de escravo: "(...) II. O Supremo Tribunal Federal, por maioria, 
recebeu a denúncia. Entendeu-se que a caracterização da escravidão moderna é mais sutil do 
que a do séc. XIX, não sendo necessário haver a coação física da liberdade de ir e vir. Basta que 
a vítima seja submetida a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva ou a condições degradantes 
de trabalho, 'condutas alternativamente previstas no tipo penal'. Haveria privação da liberdade e 
restrição da dignidade ao se tratar alguém como coisa, o que ocorreria nos casos de 'violação 
intensa e persistente de seus direitos básicos, inclusive do direito ao trabalho digno'. Assinalou-
se, contudo, que não é qualquer violação aos direitos trabalhistas que configura trabalho escravo, 
mas apenas aquela intensa, persistente e em altos níveis “e se os trabalhadores são submetidos 
a trabalhos forçados, jornadas exaustivas ou a condições degradantes de trabalho". (STF; Inq 
3412; Relator Ministro Marco Aurélio; red. p/ o ac. Ministra Rosa Weber; Publicado no DJE de 
2-11-2012) 
Assim sendo, a proposição contida neste item é falsa. 
Item (III) - De acordo com o entendimento atualmente esposado pelo STF, no que tange ao delito 
de redução à condição análoga à de escravo: "(...) II. A Ministra Relatora deferiu a medida 
cautelar, para suspender a norma impugnada, considerando que 'o art. 1º da Portaria do 
Ministério do Trabalho nº 1.129/2017, ao restringir indevidamente o conceito de 'redução à 
condição análoga a escravo', vulnera princípios basilares da Constituição, sonega proteção 
adequada e suficiente a direitos fundamentais nela assegurados e promove desalinho em 
relação a compromissos internacionais de caráter supralegal assumidos pelo Brasil e que 
moldaram o conteúdo desses direitos.' Esclareceu, nesse sentido, que, de acordo com a 
evolução do direito internacional, há escravidão quando o cerceamento da liberdade não decorre 
apenas de constrangimentos físicos, mas também daqueles econômicos. Ademais, a reificação 
do indivíduo, por meio da privação de sua liberdade e dignidade, é repudiada pela ordem 
constitucional e pode ocorrer inclusive nas situações em que lhe é limitado o direito ao trabalho 
digno. (STF; ADPF 489 MC; Relatora Ministra Rosa Weber; Publicada na decisão monocrática; 
Publicado no DJE de 26-10-2017) 
Letra D 
 
04 CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
 
QUESTÃO 26 
Prova: FGV - 2023 - TJ-BA - Conciliador 
João compareceu ao pequeno comércio de Joana, idosa de 71 anos de 
idade. Após colocar diversos produtos em um carrinho de compras, o 
agente dirigiu-se ao caixa, ocasião em que entregou à proprietária papel-
moeda grosseiramente falsificado, para fins de pagamento. Em seguida, 
logrando êxito em seu intento, João deixou o estabelecimento e se evadiu. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal e o 
entendimento dominante do Superior Tribunal de Justiça, João incorrerá 
no crime de: 
A) estelionato, persequível mediante ação penal pública 
incondicionada; 
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B) moeda falsa, persequível 
mediante ação penal pública incondicionada; 
C) furto, persequível mediante ação penal pública incondicionada; 
D) moeda falsa qualificado, por se tratar de vítima idosa; 
E) estelionato qualificado, por se tratar de vítima idosa. 
GABARITO: 
Súmula 17 do STJ: “Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é 
por este absorvido. 
A Lei 13.964/2019 introduziu o § 5º no art. 171 do CP, passando a prever que, no crime de 
estelionato, a ação penal é pública condicionada à representação, exceto se a vítima for: 
Administração Direta ou Indireta, 
Criança ou adolescente, 
Pessoa com deficiência mental, 
Maior de 70 anos ou incapaz 
# Causa de aumento de pena um terço ao dobro (não é qualificadora) no art. 171, § 4º: 
a) Se a vítima for pessoa idosa, idade igual ou superior a 60 anos; 
b) Se a vítima for pessoa vulnerável. 
Letra A 
 
QUESTÃO 27 
Prova: FGV - 2023 - TJ-BA - Conciliador 
João subtraiu, para si, o telefone celular de Guilherme, sem empregar 
violência ou grave ameaça. Dois dias depois dos fatos, após refletir sobre 
a sua conduta e antes do recebimento da denúncia, João devolve o 
aparelho celular ao legítimo proprietário. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, é correto 
afirmar que João: 
A) responderá pelo crime de furto, com redução da pena de um a dois 
terços, em razão do arrependimento posterior; 
B) responderá pelo crime de furto, com redução da pena de um a dois 
terços, em razão do arrependimento eficaz; 
C) responderá pelo crime de furto, com redução da pena de um a dois 
terços, em razão da desistência voluntária; 
D) não responderá por qualquer crime, em razão do arrependimento 
posterior; 
E) não responderá por qualquer crime, em razão do arrependimento 
eficaz. 
GABARITO: 
Arrependimento posterior 
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Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência 
ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia 
ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
O arrependimento posterior é uma causa genérica de diminuição de pena e deve ser considerado 
na terceira etapa do cálculo da pena (art. 68 do CP). 
Requisitos: 
Crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa; 
Reparação do dano ou restituição da coisa; 
Ato voluntário do agente; 
Até o recebimento da denúncia ou da queixa. 
Caso a reparação do dano ou a restituição da coisa ocorra após o recebimento da denúncia ou 
queixa, estará configurada apenas uma circunstância atenuante genérica, prevista no art. 65. III, 
b, do Código Penal." 
Letra A 
 
QUESTÃO 28 
Prova: FGV - 2023 - TJ-BA - Juiz Leigo 
Inácio caminhava pela rua XYZ, ocasião em que subtraiu, sem violência ou 
grave ameaça, o telefone celular de Nathália. Na mesma rua, dez minutos 
após os fatos, Inácio subtraiu a carteira de Amanda, sem violência ou grave 
ameaça. Em seguida, alguns minutos depois, Inácio, ainda na rua XYZ, 
subtraiu a bolsa de Joana, sem violência ou grave ameaça. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal e a 
jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores, Inácio incorrerá no 
crime de furto: 
A) por três vezes, em continuidade delitiva, sujeito ao critério da 
exasperação, adotando-se, no caso concreto, a fração de aumento 
de um quinto; 
B) por três vezes, em concurso formal, sujeito ao critério da 
exasperação, adotando-se, no caso concreto, a fração de aumento 
de um quarto; 
C) por três vezes, em concurso material, sujeito ao critério da 
exasperação, adotando-se, no caso concreto, a fração de aumento 
de um quarto; 
D) por três vezes, em concurso material, sujeito ao critério do cúmulo 
material; 
E) uma única vez, em razão da identidade de contexto fático. 
GABARITO: 
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes 
da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras 
semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe 
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a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou 
a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. 
No caso de crime continuado, o art. 71 do CP prevê que o juiz deverá aplicar a pena de um só 
dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de 1/6 a 
2/3. O STJ entende que, em regra, a escolha da quantidade de aumento de pena deve levar em 
consideração o número de infrações praticadas pelo agente com base na seguinte tabela: 
2 crimes — aumenta 1/6 
3 crimes — aumenta 1/5 
4 crimes — aumenta 1/4 
5 crimes — aumenta 1/3 
6 crimes — aumenta 1/2 
7 ou mais — aumenta 2/3 
STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1945790-MS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 
13/09/2022 (Info 749). 
Letra A 
 
QUESTÃO 29 
Prova: FGV - 2023 - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto 
Débora, arquiteta e sem vinculo permanente com a Administração Pública, 
atuando como perita judicial, recebe honorários, mas não realiza o trabalho 
pericial. Intimada pelo juiz da causa para devolver a quantia, não o faz. 
A conduta de Débora se amolda ao crime de: 
A) apropriação indébita (Art.168 do CP); 
B) peculato (Art. 312 do CP); 
C) estelionato (Art. 171 do CP); 
D) advocacia administrativa (Art. 321 do CP); 
E) falsa perícia (Art. 342 do CP). 
GABARITO: 
Art. 312. APROPRIAR-SE o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, 
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou DESVIÁ-LO, em proveito próprio 
ou alheio: 
Apropriação indébita (Art. 168) - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a 
detenção. Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Letra B 
 
 
 
 
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QUESTÃO 30 
Prova: IGEDUC - 2023 - Prefeitura de Triunfo - PE - Guarda Municipal 
Julgue o item a seguir. 
A exigência de quantia de dinheiro a pretexto de “vigiar” carro estacionado 
em local público poderá ser considerada extorsão, dependendo do caso 
em concreto. 
GABARITO: 
“O constrangimento através de grave ameaça para a entrega de dinheiro, porém, decorre 
inequivocamente do depoimento judicial do ofendido. Ele confirmou em linhas gerais os fatos 
descritos na denúncia. Estacionou o veículo no local dos acontecimentos, quando o acusado já 
se aproximou e exigiu dinheiro para cuidar do automóvel. O ofendido disse que não tinha naquele 
momento e que pagaria, se tivesse o numerário, na volta. Ato contínuo, o apelante afirmou: 
“então você vai ver o que vai acontecer com o seu carro”. A vítima deixou o veículo estacionado 
e, ao retornar, avistou a viatura policial e a acionou, pois estava temeroso por conta da ameaça 
pretérita. Reconheceu o acusado sem sombra de dúvidas em juízo. 
(…) Assim, o que se tem nos autos é o bastante para a caracterização da extorsão, vez que 
presentes todas as suas elementares: constrangimento a outrem para que fizesse algo, mediante 
grave ameaça e com o intuito de obter indevida vantagem econômica.” (TJ-SP. Apelação nº 
0059997-80.2008.8.26.0050, j. 13/09/2017) 
Certo 
 
QUESTÃO 31 
Prova: IGEDUC - 2023 - Prefeitura de Triunfo - PE - Guarda Municipal 
Julgue o item a seguir. 
Aquele que clona contas de redes sociais através de informações obtidas 
com a vítima, e se passa por ela a fim de solicitar dinheiro, responderá pelo 
crime deestelionato por fraude eletrônica. 
GABARITO: 
Estelionato 
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou 
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: 
Fraude eletrônica 
§ 2º-A. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a fraude é cometida com 
a utilização de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de 
redes sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer 
outro meio fraudulento análogo. 
Certo 
 
 
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QUESTÃO 32 
Prova: SELECON - 2023 - Prefeitura de Lucas do Rio Verde - MT - Guarda 
Civil Municipal 
Miguel, passando por necessidades físicas, em decorrência de 
dificuldades pessoais, resolver subtrair coisa alheia móvel, ameaçando as 
vítimas com arma de fogo, devidamente municiada. Após o evento, Miguel 
consegue se evadir do local com o produto do ilícito, vindo a ser capturado 
pela polícia, com auxílio de guardas municipais, alguns dias depois. Nos 
termos do Código Penal, os fatos descrevem o crime de: 
A) sequestro 
B) extorsão 
C) roubo 
D) furto 
GABARITO: 
Roubo majorado 
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou 
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de 
resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
 § 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): 
 I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo; 
Letra C 
 
QUESTÃO 33 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e 
de Registros - Provimento 
 José, valendo-se da função de tabelião interino de determinado 
tabelionato de notas e protestos de títulos, desviou, em proveito próprio, 
valores por ele recebidos em protestos de títulos, deixando de repassar, no 
prazo legal, os respectivos valores aos credores, por, pelo menos, sete 
vezes, em continuidade delitiva. 
Na situação hipotética apresentada, José cometeu o delito de 
A) peculato-desvio. 
B) peculato-furto. 
C) estelionato. 
D) apropriação indébita. 
E) corrupção passiva. 
GABARITO: 
PECULATO-DESVIO 
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Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de 
dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão 
do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
O PECULATO-FURTO é previsto no Art. 312, § 1º: 
Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor 
ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-
se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. 
Letra A 
 
QUESTÃO 34 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e 
de Registros - Provimento 
 Valendo-se da situação de calamidade pública decretada em razão da 
pandemia de covid-19, Eduardo, mediante o uso de uma chave falsa, 
subtraiu para si um veículo de propriedade de Mariana. Acionada, a polícia 
militar, após efetuar algumas rondas, prendeu em flagrante Eduardo na 
posse do veículo e da chave usada por ele para ligar o automóvel. 
Nessa situação hipotética, houve o delito de 
A) furto consumado, segundo a teoria da ablatio, devendo haver a 
incidência da agravante genérica relativa à ocasião de calamidade 
pública. 
B) furto consumado, segundo a teoria da concretatio, devendo haver a 
incidência da agravante genérica relativa à ocasião de calamidade 
pública. 
C) furto consumado, segundo a teoria da amotio ou apprehensio, 
devendo haver a incidência da agravante genérica relativa à ocasião 
de calamidade pública. 
D) furto tentado, uma vez que não houve posse desvigiada do veículo. 
E) furto tentado, uma vez que o veículo foi retomado em momento 
imediatamente posterior à sua subtração. 
GABARITO: 
No que tange ao momento consumativo do delito de furto, há quatro teorias principais: 
1- a teoria da "contrectatio", segundo a qual a consumação se dá pelo simples contato entre o 
agente e a coisa alheia; 
2- a teoria da "apprehensio" ou "amotio", de acordo com a qual o crime se consuma quando a 
coisa passa para o poder do agente; 
3- a teoria da "ablatio", segundo a qual a consumação ocorre quando a coisa, além de 
apreendida, é transportada de um lugar para outro; e 
4- a teoria da "illatio", de acordo com a qual, para ocorrer a consumação a coisa deve ser levada 
ao local desejado pelo agente para tê-la resguardada. 
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Tanto o STJ quanto o STF vêm entendendo 
que aplica-se a teoria da "apprehensio" ou "amotio" no que tange ao momento consumativo do 
crime de furto. Neste sentido, confira-se os seguintes trechos do resumo de acórdão proveniente 
o STJ: 
"RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. RITO PREVISTO NO ART. 
543-C DO CPC. DIREITO PENAL. FURTO. MOMENTO DA CONSUMAÇÃO. LEADING CASE. 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO N. 102.490/SP. ADOÇÃO DA TEORIA DA APPREHENSIO (OU 
AMOTIO). PRESCINDIBILIDADE DA POSSE MANSA E PACÍFICA. PRECEDENTES DO STJ E 
DO STF. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 
(...) 
2. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, superando a controvérsia em torno do tema, 
consolidou a adoção da teoria da apprehensio (ou amotio), segundo a qual se considera 
consumado o delito de furto quando, cessada a clandestinidade, o agente detenha a posse de 
fato sobre o bem, ainda que seja possível à vítima retomá-lo, por ato seu ou de terceiro, em 
virtude de perseguição imediata. Desde então, o tema encontra-se pacificado na jurisprudência 
dos Tribunais Superiores. 
(...) 
4. Recurso especial provido para restabelecer a sentença que condenou o recorrido pela prática 
do delito de furto consumado." (STJ; Terceira Seção; REsp 1524450 / RJ; Ministro Nefi Cordeiro; 
DJe 29/10/2015 – Tema Repetitivo 934) 
Ante os elementos acima delineados, depreende-se que a situação hipotética descrita configura 
uma hipótese de crime de furto na modalidade consumada. 
Incide, no caso, a agravante constante da alínea "j", inciso II, do artigo 61, do Código Penal, que 
dispõe sobres as agravantes genéricas. 
Letra C 
 
QUESTÃO 35 
Prova: CS-UFG - 2023 - TJ-GO - Residência Jurídica 
Leia o caso a seguir. 
S. E., aposentado, sofreu estelionato. No dia 25 de abril de 2023, depositou 
o valor de R$ 1.000,00 em conta corrente do estelionatário, localizada na 
agência bancária do Município X, fato autorizado pela instituição bancária, 
com sede no Município Y. Sendo morador do Município Z, S.E. procura a 
Delegacia Especializada em Fraudes da cidade, em que narrou os fatos. 
 
Considerando os critérios para fixação de competência, será competente o 
juízo criminal da comarca do Município 
A) Z, uma vez que a competência para julgar o crime de estelionato 
praticado mediante transferências de valores é o do domicílio da 
vítima. 
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B) X, uma vez que a competência 
é definida pela regra geral do lugar onde aconteceu o efetivo prejuízo 
da vítima, ou seja, no momento do apossamento da vantagem ilícita 
pelo estelionatário. 
C) Y, considerando o fato de que a instituição bancária é quemserá 
considerada a vítima, uma vez que terá que ressarcir o dano sofrido 
por S.E. 
D) Y, uma vez que o foro competente para o processo e julgamento dos 
crimes de estelionato, sob a modalidade de transferência de valores, 
é o do local onde se deu autorização do pagamento. 
E) X, uma vez que a competência regular-se-á pelo domicílio ou 
residência do réu. 
GABARITO: 
CPP- Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a 
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. 
§ 4º Nos crimes previstos no (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante 
emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o 
pagamento frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo 
local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela 
prevenção. 
Letra A 
 
QUESTÃO 36 
Prova: IDECAN - 2023 - Prefeitura de Fortaleza - CE - Guarda Municipal 
Ao perceber que a vizinha Maria esquecera a porta de sua casa aberta, 
Joana adentrou o imóvel, de lá subtraindo inúmeros objetos de valor. Sobre 
a tipificação a ser dada à conduta de Joana, podemos afirmar que se trata 
de: 
A) Furto 
B) Roubo próprio 
C) Apropriação indébita 
D) Violação de domicílio. 
GABARITO: 
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Vale revisar: 
Pelo princípio da consunção o crime fim absorve o crime meio. 
No caso em tela: 
O crime de furto absorveu o de violação de domicílio. 
Letra A 
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QUESTÃO 37 
Prova: FGV - 2023 - TJ-RN - Técnico Judiciário - Área Judiciária 
Joana, às 02 horas e 30 minutos, dirigia o seu veículo automotor pela via 
de rolamento, ocasião em que foi abordada por Tício, o qual, empregando 
uma faca, obrigou-a a pular para o banco do carona. Ato contínuo, Tício 
assumiu a condução do automóvel e encaminhou a vítima à agência 
bancária mais próxima, para que esta efetuasse o saque de valores 
pecuniários. A vítima, amedrontada, obedeceu às ordens de Tício, o qual 
se apossou de R$ 1.000,00, após a ofendida inserir o seu cartão e a senha 
no caixa eletrônico. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, é correto 
afirmar que Tício responderá pelo crime de: 
A) extorsão qualificada, pela restrição da liberdade da vítima, condição 
necessária para a obtenção da vantagem econômica, e majorado 
pelo emprego de arma; 
B) roubo qualificado, pela restrição da liberdade da vítima, condição 
necessária para a obtenção da vantagem econômica, e majorado 
pelo emprego de arma; 
C) roubo duplamente majorado, pelo emprego de arma e pela restrição 
da liberdade da vítima, condição necessária para a obtenção da 
vantagem econômica; 
D) extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, condição 
necessária para a obtenção a obtenção da vantagem econômica; 
E) roubo majorado pela restrição da liberdade da vítima, condição 
necessária para a obtenção da vantagem econômica. 
GABARITO: 
Tício responde por extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima (famoso sequestro 
relâmpago), com aumento de 1/3 até metade pelo emprego da arma. 
Art. 158 – Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter 
para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de 
fazer alguma coisa: 
§ 1º – Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se 
a pena de um terço até metade. 
§3º Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é 
necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 
(doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas 
previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente. 
Letra A 
 
 
 
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QUESTÃO 38 
Prova: FGV - 2023 - TJ-RN - Oficial de Justiça - Judiciária – Direito 
Dexter ingressou em um ônibus e, mediante grave ameaça, consistente em 
emprego de arma de fogo, determinou que os passageiros lhe entregassem 
os seus bens. Nesse contexto, três diferentes passageiros, sem qualquer 
vínculo entre si, entregaram os seus telefones celulares ao autor do delito, 
o qual, ato contínuo, evadiu-se. 
Nesse cenário, considerando o disposto no Código Penal e a 
jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores, é correto afirmar que 
Dexter responderá pela prática de: 
A) três crimes de roubo, qualificados pelo emprego de arma de fogo, 
em continuidade delitiva; 
B) três crimes de roubo, circunstanciados pelo emprego de arma de 
fogo, em concurso material; 
C) três crimes de roubo, circunstanciados pelo emprego de arma de 
fogo, em concurso formal; 
D) um crime de roubo, circunstanciado pelo emprego de arma de fogo; 
E) um crime de roubo, qualificado pelo emprego de arma de fogo. 
GABARITO: 
A) INCORRETA, pois se tratou de uma conduta (ainda que fracionada), e não de pluralidade de 
condutas. Além disso, os crimes foram praticados no mesmo contexto fático, e não em 
continuidade delitiva. 
B) INCORRETA, pois se tratou de uma conduta (ainda que fracionada), e não de pluralidade de 
condutas. Segundo Victor Rios Gonçalves[1] “a jurisprudência tem aplicado o concurso formal 
próprio a esses casos, provavelmente porque a pena ficaria muito alta se houvesse muitas 
vítimas e as penas fossem somadas" (GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito Penal 
Esquematizado: parte especial. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, p. 386) 
C) CORRETA: se o sujeito, no mesmo contexto fático, emprega grave ameaça ou violência contra 
duas ou mais pessoas, e subtrai bens pertencentes a todas elas, a ele serão imputados tantos 
roubos quantos forem os patrimônios lesados. Estará caracterizada uma hipótese de concurso 
formal, pois houve somente uma ação, embora composta de diversos atos e de várias lesões 
patrimoniais. É entendimento do STJ: “o roubo praticado contra vítimas diferentes em um único 
contexto configura o concurso formal (PRÓPRIO) e não crime único, ante a pluralidade de bens 
jurídicos ofendidos" (JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ - EDIÇÃO N. 23: CONCURSO 
FORMAL). 
D) INCORRETA, fundamento explicado na assertiva anterior. Além disso, vários patrimônios 
foram lesados. Se o ladrão utilizasse grave ameaça ou violência simultaneamente contra duas 
ou mais pessoas, mas subtraísse bens pertencentes a apenas uma delas, responderia por um 
só crime de roubo. Agora se o sujeito, no mesmo contexto fático, emprega grave ameaça ou 
violência contra duas ou mais pessoas, e subtrai bens pertencentes a todas elas, a ele serão 
imputados tantos roubos quantos forem os patrimônios lesados. Estará caracterizada uma 
hipótese de concurso formal, pois houve somente uma ação, embora composta de diversos atos 
e de várias lesões patrimoniais. É entendimento do STJ: “o roubo praticado contra vítimas 
diferentes em um único contexto configura o concurso formal (PRÓPRIO) e não crime único, ante 
a pluralidade de bens jurídicos ofendidos" (JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ - EDIÇÃO 
N. 23: CONCURSO FORMAL). 
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E) INCORRETA, totalmente. Essa 
assertiva é parecida com a D, e conforme já explicado, não se trata de crime único. Ademais, o 
emprego de arma de fogo é causa de aumento de pena e não qualificadora, de formaque torna 
o crime “circunstanciado" e “não qualificado". 
Letra C 
 
QUESTÃO 39 
Prova: FGV - 2023 - TJ-RN - Analista Judiciário - Judiciária – Direito 
1º cenário: Caio foi preso em flagrante, em razão da prática do crime de 
tortura. Após a audiência de custódia, Caio foi colocado em liberdade, 
mediante pagamento de fiança. 
2º cenário: João foi condenado, definitivamente, pela prática do crime de 
roubo, a uma pena de quatro anos de reclusão e dez dias-multa, no valor 
mínimo unitário, em razão da subtração de um telefone celular da vítima 
Joana. João, no curso do processo, veio a óbito. 
Considerando os cenários narrados e as disposições constitucionais 
aplicáveis ao Direito Penal, é correto afirmar que: 
A) é juridicamente adequada a decisão que exigiu de Caio, no 1º 
cenário, o pagamento de fiança, considerando que o crime de tortura 
é afiançável. No 2º cenário, considerando o princípio da 
intranscendência da pena, os sucessores de João terão o dever, 
apenas, de reparar o dano causado pelo crime e suportar o 
perdimento de bens, nos termos da lei, até o limite do patrimônio 
transferido; 
B) não se poderia exigir de Caio, no 1º cenário, o pagamento de fiança, 
considerando que o crime de tortura é inafiançável. No 2º cenário, 
considerando o princípio da intranscendência da pena, os 
sucessores de João terão o dever, apenas, de reparar o dano 
causado pelo crime e suportar o perdimento de bens, nos termos da 
lei, até o limite do patrimônio transferido; 
C) não se poderia exigir de Caio, no 1º cenário, o pagamento de fiança, 
considerando que o crime de tortura é inafiançável. No 2º cenário, 
considerando o princípio da intranscendência da pena, os 
sucessores de João terão o dever, apenas, de reparar o dano 
causado pelo crime e suportar a multa fixada em juízo, até o limite 
do patrimônio transferido; 
D) não se poderia exigir de Caio, no 1º cenário, o pagamento de fiança, 
considerando que o crime de tortura é inafiançável. No 2º cenário, 
considerando o princípio da intranscendência da pena, os 
sucessores de João não terão o dever de reparar o dano causado 
pelo crime, tampouco de suportar o perdimento de bens; 
E) é juridicamente adequada a decisão que exigiu de Caio, no 1º 
cenário, o pagamento de fiança, considerando que o crime de tortura 
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é afiançável. No 2º cenário, 
considerando o princípio da intranscendência da pena, os 
sucessores de João não terão o dever de reparar o dano causado 
pelo crime, tampouco de suportar o perdimento de bens. 
GABARITO: 
A) INCORRETA, no primeiro cenário, uma vez que a Constituição Federal, em seu art. 5º, XLIII, 
dispõe que “a lei considerará CRIMES INAFIANÇÁVEIS e insuscetíveis de graça ou anistia a 
prática da TORTURA, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos 
como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo 
evitá-los, se omitirem". Isso significa que não cabe liberdade provisória com fiança. Ao longo dos 
anos sempre prevaleceu o entendimento de que o legislador poderia, consequentemente, 
também vedar a liberdade provisória sem fiança. Mas esse entendimento foi gradativamente 
sendo modificado. O entendimento que vigora hoje é aquele que admite liberdade provisória sem 
fiança, com aplicação de medidas cautelares diversas da prisão. 
Quanto ao segundo cenário está correto, pois de fato, aplica-se o princípio da responsabilidade 
pessoal (intranscendência da pena), segundo o qual a punição, em matéria penal, não deve 
ultrapassar a pessoa do delinquente. Trata-se de conquista do direito penal moderno, impedindo 
que terceiros inocentes e totalmente alheios ao crime possam pagar pelo que não fizeram, nem 
contribuíram para que fosse realizado. A família do condenado, por exemplo, não deve ser 
afetada pelo crime cometido (NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de Direito Penal: parte geral. 
Rio de Janeiro: Forense, 2017, p. 76). Por isso, a Constituição prevê: Art. 5º, XLV, CF – “nenhuma 
pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação 
do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles 
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido". Logo, apenas não se transfere 
sanções com natureza penal. Isso não significa que não haja possibilidade de garantir à vítima 
do delito a indenização civil (no limite do patrimônio transferido pelo autor do crime falecido) ou 
que o Estado não possa confiscar o produto do crime. 
B) CORRETA, nos dois cenários. Quanto o crime de tortura, a Constituição Federal, em seu art. 
5º, XLIII, dispõe que os crimes hediondos e equiparados são inafiançáveis. Isso significa que não 
cabe liberdade provisória com fiança. Ao longo dos anos sempre prevaleceu o entendimento de 
que o legislador poderia, consequentemente, também vedar a liberdade provisória sem fiança. 
Mas esse entendimento foi gradativamente sendo modificado. O entendimento que vigora hoje 
é aquele que admite liberdade provisória sem fiança, com aplicação de medidas cautelares 
diversas da prisão. 
Quanto ao segundo cenário, de fato, aplica-se o princípio da responsabilidade pessoal 
(intranscendência da pena), segundo o qual a punição, em matéria penal, não deve ultrapassar 
a pessoa do delinquente. Trata-se de conquista do direito penal moderno, impedindo que 
terceiros inocentes e totalmente alheios ao crime possam pagar pelo que não fizeram, nem 
contribuíram para que fosse realizado. A família do condenado, por exemplo, não deve ser 
afetada pelo crime cometido (NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de Direito Penal: parte geral. 
Rio de Janeiro: Forense, 2017, p. 76). Por isso, a Constituição prevê: Art. 5º, XLV, CF – “nenhuma 
pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação 
do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles 
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido". Logo, apenas não se transfere 
sanções com natureza penal. Isso não significa que não haja possibilidade de garantir à vítima 
do delito a indenização civil (no limite do patrimônio transferido pelo autor do crime falecido) ou 
que o Estado não possa confiscar o produto do crime. 
C) INCORRETA no segundo cenário. Quanto ao primeiro está correto porque o crime de tortura 
é inafiançável. Em relação ao segundo cenário, o erro está na afirmação de que os sucessores 
de João poderão pagar a MULTA FIXADA. Como a multa é sanção com caráter penal, não pode 
ser transferida para os sucessores, justamente em razão do princípio da intranscendência da 
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pena. Apenas pode ser transferida a reparação 
do dano (porque tem natureza civil) e o Estado pode confiscar o produto do crime. É o art. 5º, 
XLV, CF. 
D) INCORRETA, no segundo cenário. Quanto ao primeiro cenário está correto porque o crime 
de tortura é inafiançável. Já no segundo cenário, conforme vimos na assertiva B, o princípio da 
intranscendência da pena existe apenas para evitar que a PENA seja transferida aos sucessores. 
No que tange à indenização CIVIL, a Constituição Federal permite que recaia sobre os 
sucessores até o limite do patrimônio transferido pelo autor do crime. Também admite o 
perdimento dos bens (Art. 5º, XLV, CF). 
E) INCORRETA, nos dois cenários, nos termos já analisados nas assertivas anteriores, com 
fundamento no artigo 5º, incisos XLIII e XLV, da CF. 
Letra B 
 
QUESTÃO 40 
Prova: FGV - 2023 - TJ-RN - Analista Judiciário - Judiciária – Direito 
João, ao tomar ciência de que os proprietáriosde um imóvel saíram para 
jantar, por volta das 20h, resolve ingressar no local, visando à subtração 
de bens variados. O indivíduo, então, escala o muro da parte de trás da 
casa, ingressando no seu interior por uma janela que estava aberta. João, 
antes de subtrair qualquer bem, ao lembrar dos ensinamentos de sua 
genitora, resolve ir embora. 
No cenário narrado, à luz das disposições do Código Penal, é correto 
afirmar que João responderá pelo crime de: 
A) furto qualificado, na modalidade tentada, considerando que não 
houve a inversão da posse de qualquer bem; 
B) furto simples, na modalidade tentada, considerando que não houve 
a inversão da posse de qualquer bem; 
C) violação de domicílio qualificado, considerando a incidência do 
arrependimento posterior; 
D) violação de domicílio qualificado, considerando a incidência da 
desistência voluntária; 
E) violação de domicílio simples, considerando a incidência do 
arrependimento eficaz. 
GABARITO: 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução (DESISTÊNCIA 
VOLUNTÁRIA) ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. 
Logo, João responderá apenas pelo crime de violação de domicílio qualificado: 
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa 
ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências: 
§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência 
ou de arma, ou por duas ou mais pessoas: 
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Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além 
da pena correspondente à violência. 
Letra D 
 
QUESTÃO 41 
Prova: FUNDEPES - 2023 - Prefeitura de Marechal Deodoro - AL - Guarda 
Civil 
A conduta consistente em subtrair coisa móvel alheia, para si ou para 
outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa, de qual resultado 
morte corresponde ao fato típico do crime de 
A) furto qualificado. 
B) roubo qualificado. 
C) homicídio simples. 
D) extorsão qualificada. 
E) homicídio qualificado. 
GABARITO: 
O roubo qualificado é a hipótese de aumento de pena para o crime de roubo quando, de sua 
violência, resultar lesão grave ou morte. No entanto, nesta segunda hipótese, há o crime de 
latrocínio, que é considerado hediondo. Portanto, não admite pagamento de fiança, além de 
outras medidas. Roubo qualificado pelo resultado morte (Art. 157, § 3º, inciso II). 
Letra B 
 
QUESTÃO 42 
Prova: FCC - 2023 - MPE-PB - Técnico Ministerial - Sem Especialidade 
Fernando, jovem de 19 anos, aproveitando-se do fato de que seu pai, 
Ronaldo, com 48 anos, tirava um cochilo durante a tarde, subtraiu de sua 
carteira, sem que ele percebesse, a quantia de R$ 200,00 em dinheiro, para 
gastar no sábado à noite com seus amigos do colégio. Diante da situação 
hipotética apresentada, 
A) o crime praticado por Fernando somente se procede mediante 
representação de Ronaldo. 
B) muito embora o fato seja típico, Fernando, na hipótese, é isento de 
pena. 
C) Fernando praticou o crime de furto de coisa comum, haja vista a 
relação familiar entre ele e Ronaldo. 
D) Fernando praticou o crime de furto com abuso de confiança. 
E) Fernando praticou o crime de apropriação indébita. 
GABARITO: 
A) INCORRETA, pois a lei prevê isenção de pena na relação entre ascendentes e descendentes 
quando o ascendente possuir menos de 60 anos. Somente se procede mediante representação 
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quando o crime é cometido em prejuízo do 
cônjuge desquitado ou judicialmente separado; de irmão, legítimo ou ilegítimo; de tio ou sobrinho, 
com quem o agente coabita (art. 182, CP). 
B) CORRETA, pois apesar de existir o crime, a lei prevê isenção de pena na relação entre 
ascendentes e descendentes quando o ascendente possuir menos de 60 anos. Veja: 
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: 
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; II - de ascendente ou descendente, seja o 
parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural. 
C) INCORRETA, pois o objeto material do delito pertencia a seu pai, não havendo copropriedade. 
D) INCORRETA, pois não há verificação de qualificadoras por se tratar de caso de isenção de 
pena. A lei prevê isenção de pena na relação entre ascendentes e descendentes quando o 
ascendente possuir menos de 60 anos (art. 181, CP). 
E) INCORRETA, pois se crime existisse era de furto, uma vez que Fernando pegou o dinheiro 
clandestinamente, sem conhecimento da vítima (seu pai). No crime de apropriação indébita o 
ofendido entrega um bem ao agente de forma espontânea, autorizando-o a deixar o local em 
poder deste bem. Ocorre que o sujeito ativo depois de estar na posse ou detenção do bem, 
inverte o seu ânimo em relação ao objeto, passando a se comportar como seu dono. Isto é, a 
vítima entrega a coisa de forma transitória, mas o agente não mais a devolve. No enunciado o 
pai não entrou o dinheiro para o filho, tendo o filho pegado o dinheiro sem que ele percebesse. 
Letra B 
 
QUESTÃO 43 
Prova: FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Uruguaiana - RS - Guarda Civil 
Munucipal 
De acordo com o Código Penal Brasileiro, analise a assertiva abaixo sobre 
um crime no qual o autor tem o seguinte procedimento: 
• Constranger alguém mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito 
de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, 
tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa. 
Com base na referida Lei, essa é a definição de qual conceito? 
A) Furto qualificado. 
B) Usurpação. 
C) Violação pessoal. 
D) Extorsão. 
E) Violência moral. 
GABARITO: 
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter 
para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de 
fazer alguma coisa. 
Letra D 
 
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QUESTÃO 44 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - Prefeitura de Boa Vista - RR - Guarda 
Municipal 
A apropriação pelo funcionário público, em proveito próprio, de bem móvel 
de repartição pública do qual tinha a posse em razão do cargo caracteriza 
crime de 
A) apropriação indébita. 
B) concussão. 
C) prevaricação. 
D) peculato. 
GABARITO: 
Item (A) - O crime de apropriação indébita está previsto no artigo 168 do Código Penal, que 
assim dispõe: "Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção". A conduta 
descrita no enunciado configura o delito de peculato na modalidade peculato-apropriação, 
tipificado no caput do artigo 312 do Código Penal, que assim dispõe: "Apropriar-se o funcionário 
público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse 
em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio". Note-se que se trata de um 
crime especial em relação ao de apropriação indébita, sendo também um crime próprio, uma vez 
que, para que o crime fique configurado, o agente passivo deve deter a condição pessoal de 
funcionário público. Assim sendo, a presente alternativa está incorreta. 
Item (B) - O crime de concussão está tipificado no artigo 316, do Código Penal, que tem a 
seguinte redação: "Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da 
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida". Como visto na análise 
do item (A), o delito descrito no enunciadoconfigura o delito de peculato, motivo pelo qual a 
presente alternativa está incorreta. 
Item (C) - O delito de prevaricação está previsto no artigo 319, do Código Penal, que assim 
dispõe: "Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra 
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal". Como visto na 
análise do item (A), o delito descrito no enunciado configura o delito de peculato, motivo pelo 
qual a presente alternativa está incorreta. 
Item (D) - A conduta descrita no enunciado configura o delito de peculato na modalidade peculato-
apropriação, tipificado no caput do artigo 312 do Código Penal, que assim dispõe: "Apropriar-se 
o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de 
que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio". Assim sendo, 
a presente alternativa está correta. 
Letra D 
 
QUESTÃO 45 
Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Juiz Substituto 
Para caracterizar o crime de roubo impróprio, a grave ameaça ou a 
violência deve ocorrer 
A) antes e depois da subtração da coisa móvel. 
B) antes da subtração da coisa móvel. 
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C) antes e durante a 
subtração da coisa móvel. 
D) depois da subtração da coisa móvel. 
GABARITO: 
Item (A) - No roubo impróprio há o emprego de violência ou grave ameaça após a subtração do 
bem para fins de assegurar o sucesso da conduta ou a impunidade, conforme dispõe o § 1º, do 
artigo 157, do Código Penal, senão vejamos: "na mesma pena incorre quem, logo depois de 
subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a 
impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro". A violência cometida antes 
ou durante a subtração é inerente à figura do roubo próprio, nos termos do caput do artigo 157 
do Código Penal. Assim sendo, a presente alternativa está incorreta. 
Item (B) - A violência ou a grave ameaça cometida antes ou durante a subtração da coisa 
configura o chamado roubo próprio, tipificado no caput do artigo 157 do Código Penal. Confira-
se: 
"Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou 
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de 
resistência". 
Assim sendo, a presente alternativa está incorreta. 
Item (C) - Conforme visto na análise da alternativa (B), quando a violência ou a grave ameaça 
ocorrerem antes ou durante a subtração da coisa, fica configurado do roubo próprio tipificado no 
caput do artigo 157 do Código Penal. Assim sendo, a presente alternativa está incorreta. 
Item (D) - No roubo impróprio há o emprego de violência própria após a subtração da coisa para 
fins de assegurar o sucesso da conduta ou a impunidade, conforme dispõe o § 1º, do artigo 157, 
do Código Penal, senão vejamos: "na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a 
coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do 
crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro". Assim sendo, a presente alternativa está 
correta. 
Letra D 
 
QUESTÃO 46 
Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Juiz Substituto 
O crime de furto é considerado consumado quando 
A) existe a transferência da posse do bem furtado, e essa posse é 
mansa e pacífica por tempo suficiente a permitir que seja 
significativo. 
B) a transferência da posse do bem furtado se dá por tempo suficiente 
a não caracterizar o flagrante. 
C) existe a transferência da posse do bem furtado, da vítima para o 
agente. 
D) o agente pode dispor do bem furtado sem risco de flagrância. 
GABARITO: 
Item (A) - De acordo com o entendimento sedimentado na jurisprudência do STJ e do STF é 
prescindível, para a consumação do crime de furto, a posse mansa e pacífica por determinado 
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tempo da coisa subtraída. Neste 
sentido, confira-se trechos de resumo de acórdão proferido pela Corte Superior: 
"RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. RITO PREVISTO NO ART. 
543-C DO CPC. DIREITO PENAL. FURTO. MOMENTO DA CONSUMAÇÃO. LEADING CASE. 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO N. 102.490/SP. ADOÇÃO DA TEORIA DA APPREHENSIO (OU 
AMOTIO). PRESCINDIBILIDADE DA POSSE MANSA E PACÍFICA. PRECEDENTES DO STJ E 
DO STF. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 
(...) 
2. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, superando a controvérsia em torno do tema, 
consolidou a adoção da teoria da apprehensio (ou amotio), segundo a qual se considera 
consumado o delito de furto quando, cessada a clandestinidade, o agente detenha a posse de 
fato sobre o bem, ainda que seja possível à vítima retomá-lo, por ato seu ou de terceiro, em 
virtude de perseguição imediata. Desde então, o tema encontra-se pacificado na jurisprudência 
dos Tribunais Superiores. 
(...) 
4. Recurso especial provido para restabelecer a sentença que condenou o recorrido pela prática 
do delito de furto consumado." (STJ; Terceira Seção; REsp 1524450 / RJ; Ministro Nefi Cordeiro; 
DJe 29/10/2015 – Tema Repetitivo 934) 
Assim sendo, a presente alternativa está incorreta. 
Item (B) - Como visto na análise do item (A), o crime de furto se consuma com a mera inversão 
da posse, sendo prescindível a duração por determinado tempo. Assim sendo, a presente 
alternativa está incorreta. 
Item (C) - Conforme visto na análise do item (A), para a configuração do furto basta a 
transferência da posse da coisa da vítima para o agente. Desta forma, a presente alternativa está 
correta. 
Item (D) - Conforme visto na análise do item (A), para a configuração do crime de furto é 
prescindível a posse mansa e pacífica do agente sobre a coisa, o que se configura quando o 
agente tem a possibilidade de dispor da coisa subtraída sem risco de ser preso em flagrante. 
Assim sendo, a presente alternativa está incorreta. 
Letra C 
 
QUESTÃO 47 
Prova: VUNESP - 2023 - TCM-SP - Auditor de Controle Externo - 
Especialidade: Ciências Jurídicas 
A interpretação da Súmula 599 do Superior Tribunal de Justiça veda a 
aplicação do princípio da insignificância ao crime de 
A) roubo. 
B) estelionato. 
C) contrabando 
D) falsidade ideológica. 
E) adulteração de sinal identificador de veículo automotor. 
GABARITO: 
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A Súmula nº 599 do STJ, dispõe que "O princípio 
da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública". 
Letra C 
 
QUESTÃO 48 
 João, maior de idade e capaz, e José, com 15 anos de idade, previamente 
acertados, adentraram em um ônibus e, enquanto José distraía Maria, João 
subtraiu da bolsa dela um telefone celular. De posse do celular, João 
dirigiu-se à porta de saída do ônibus, quando foi detido por Manoel, que, 
tendo observado tudo, recuperou o celular de Maria e entregou João e José 
para uma viatura da polícia que por ali passava. Apurou-se que João e José 
praticavam tal conduta rotineiramente em ônibus pela cidade. 
A partir da situação hipotética anterior, assinale a opção correta. 
A) A conduta de João enquadra-se como furto tentado, porque ele não 
teve a posse mansa e pacífica do celular. 
B) O crime de corrupção de menores é crime formal, portanto sua 
configuração depende de prova da corrupção. 
C) A comprovação da menoridade, para efeitos de configuração do 
crime de corrupção de menores, requer a juntada de certidão de 
nascimento do corrompido. 
D) O prontuário civil de José não é prova suficientede sua menoridade. 
E) O furto foi consumado, por ter o celular saído da esfera de vigilância 
da vítima. 
GABARITO: 
A) INCORRETA, pois já há bastante tempo a jurisprudência não exige a posse mansa e pacífica 
do objeto para a consumação do crime. Hoje tem sido adotada a “teoria da INVERSÃO DA 
POSSE para determinar o momento consumativo, exigindo-se apenas que a vítima perca a 
posse e o agente a obtenha. Durante muito tempo, a doutrina e a jurisprudência entenderam que 
essa inversão da posse pressupunha que o bem fosse tirado da esfera de vigilância da vítima e 
o agente obtivesse, ainda que por pouco tempo, sua posse tranquila. Posteriormente, todavia, 
os tribunais superiores modificaram tal entendimento e passaram a decidir que o furto se 
consuma no momento em que cessa a clandestinidade por parte do agente, sendo 
desnecessária a possa mansa e pacífica e a retirada da esfera de vigilância da vítima. Entende-
se que cessa a clandestinidade quando o agente consegue deslocar o bem do local onde se 
encontrava, ainda que seja ele imediatamente perseguido e preso. 
B) INCORRETA, pois a corrupção de menores, por ser crime formal, não depende de prova da 
corrupção para a sua configuração. Assim, como nos crimes formais não é necessária a 
ocorrência de um resultado naturalístico, a simples participação de menor de 18 anos em infração 
penal cometida por agente imputável é suficiente à consumação do crime de corrupção de 
menores (art. 244-B do ECA), sendo dispensada, para sua configuração, prova de que o menor 
tenha sido efetivamente corrompido. 
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando 
infração penal ou induzindo-o a praticá-la: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 
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Súmula 500 do STJ: “A configuração do crime 
do art. 244-B do ECA independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito 
formal. 
Vale ressaltar que este é também o entendimento do STF 
(...) O crime de corrupção de menores é formal, não havendo necessidade de prova efetiva da 
corrupção ou da idoneidade moral anterior da vítima, bastando indicativos do envolvimento de 
menor na companhia do agente imputável. Precedentes. (...) (RHC 111434, Rel. Min. Cármen 
Lúcia, Primeira Turma, julgado em 03/04/2012). 
C) INCORRETA, pois conforme a Súmula 74 do STJ, “para efeitos penais, o reconhecimento da 
menoridade do réu requer prova por documento hábil". Portanto, não é necessário que seja 
certidão de nascimento. 
"Para ensejar a aplicação de causa de aumento de pena prevista no , VI, da Lei 11.343/2006 ou 
a condenação pela prática do crime previsto no da Lei 8.069/1990, a qualificação do menor, 
constante do boletim de ocorrência, deve trazer dados indicativos de consulta a documento hábil 
– como o número do documento de identidade, do CPF ou de outro registro formal, tal como a 
certidão de nascimento." (Tema 1052) 
D) INCORRETA, pois a jurisprudência entende idôneo qualquer documento hábil, qualquer 
registro dotado de fé pública, e o prontuário civil é dotado de fé pública, sendo, portanto, prova 
suficiente da menoridade. 
“O reconhecimento da menoridade, para fins penais, exige prova por documento hábil, nos 
termos do enunciado nº 74 da Súmula do STJ. A jurisprudência entende idôneo qualquer registro 
dotado de fé pública, além da certidão de nascimento ou da carteira de identidade, desde que 
não tenha sido expedido com fundamento unicamente em mera declaração verbal." 
(20181210010098APR, Relatora: NILSONI DE FREITAS CUSTODIO, Terceira Turma Criminal, 
data de julgamento: 23/5/2019, publicado no DJE: 3/6/2019) 
E) CORRETA, pois o crime de furto, quanto ao momento consumativo, segue a mesma lógica do 
crime de roubo. Consuma-se no momento em que o agente se apossa do bem da vítima, com a 
inversão da posse da coisa, ainda que seja preso no local e/ou que seja retomada logo em 
seguida. Os Tribunais Superiores adotam a teoria da amotio, bastando que o bem subtraído 
passe para o poder do agente, sendo até dispensável que o objeto do crime saia da esfera de 
vigilância da vítima. 
Súmula 582 do STJ – “Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem, mediante 
emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição 
imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e 
pacífica ou desvigiada." 
Letra E 
 
QUESTÃO 49 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - DPE-RO - Defensor Público Substituto 
Será necessária representação para que se proceda à ação penal no crime 
de 
A) receptação, cuja vítima seja o irmão do agente. 
B) roubo praticado pelo filho contra o pai. 
C) extorsão praticado pelo pai contra o filho homem. 
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D) furto praticado por 
sobrinho contra o tio que possua, à época dos fatos, sessenta e dois 
anos de idade. 
E) estelionato praticado contra o cônjuge na constância da sociedade 
conjugal. 
GABARITO: 
Item (A) - No que tange à ação penal nos crimes de receptação, como também em grande parte 
dos crimes contra o patrimônio (Título II da Parte Especial do Código Penal), somente se procede 
mediante por representação se o crime for cometido em prejuízo de irmão, de acordo com o 
disposto no inciso II, do artigo 182, do Código Penal. Desta feita, a presente alternativa está 
correta. 
Item (B) - Como visto na análise do item (A) da questão, em algumas hipóteses de crimes contra 
o patrimônio, procede-se mediante representação por força do disposto nos incisos do artigo 
182, do Código Penal. Não é o caso, contudo, do crime de roubo, uma vez que o inciso I, do 
artigo 183, do Código Penal, excepciona o disposto no artigo 182 nos casos de crime de "roubo 
ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa". 
Assim sendo, a presente alternativa está incorreta. 
Item (C) - Não há previsão legal de representação no caso de crime de extorsão praticado pelo 
pai contra o filho homem. Aliás, o inciso I, do artigo 183, do Código Penal, afasta qualquer 
benesse penal quando o crime contra o patrimônio cometido tratar-se de crime de extorsão. 
Assim sendo, a presente alternativa está incorreta. 
Item (D) - Nos termos do disposto no inciso III, do artigo 182, do Código Penal, apenas quando 
houver a coabitação entre o sobrinho e o tio, é que a ação penal relativa ao crime de furto será 
procedida mediante representação. Assim sendo, a presente alternativa está incorreta. 
Item (E) - O estelionato praticado contra cônjuge na constância da sociedade conjugal não pode 
ser processado, uma vez que o agente está albergado pela imunidade penal, nos termos do 
disposto no inciso I, do artigo 181, do Código Penal. Por consequência, não há que se falar em 
ação penal e, por óbvio, em representação, sendo a presente alternativa incorreta. 
Letra A 
 
QUESTÃO 50 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - MPE-PA - Promotor de Justiça 
Substituto 
 Renato, munido de uma faca, deu voz de assalto a Carolina, que 
informou não ter nenhum bem de valor. Ele, como não acreditou em 
Carolina, exigiu que esta esvaziasse os bolsos, momento em que Renato 
percebeu que ela realmente só trazia consigo o documento de 
identificação, o que o levou a sair do local sem levar nada. 
Nessa situação, a conduta de Renato, conforme o Superior Tribunal de 
Justiça (STJ), caracteriza-se como 
A) roubo simples consumado. 
B) atípica, já que houve crime impossível. 
C) roubo simples tentado. 
D) roubo tentado com causa de aumento de pena. 
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E) roubo com causa de aumento 
de pena consumado. 
GABARITO: 
Era caso de roubo circunstanciado (causa de aumento de pena), já que houve emprego de faca. 
Conforme o art. 157, § 2º, do CP, a pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: VII - se a 
violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca. O roubo nesse caso do 
enunciado é TENTADO, pois conforme o STJ, ainda que não exista nenhum bem com a vítima, 
o crime de roubo, por ser delito complexo, tem iniciada sua execução quando o agente, visando 
a subtração de coisa alheia móvel, realiza o núcleo da conduta meio (constrangimento 
ilegal/lesão corporal ou vias de fato), ainda que não consiga atingir o crime fim (subtração da 
coisa almejada). (REsp 1.340.747/RJ, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, 
SEXTA TURMA, julgado em 13/05/2014, DJe 21/05/2014). 
Letra D 
 
05 CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
 
QUESTÃO 51 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e 
de Registros - Remoção 
José, para satisfazer a própria lascívia, passou a mão, de maneira 
superficial e rápida, por baixo da blusa de Júlia, na altura dos seios dela. 
Júlia tem deficiência mental e, por isso, não tinha o necessário 
discernimento sobre a prática do ato. 
Assinale a opção que indica corretamente a tipificação da conduta 
de José na situação hipotética apresentada. 
A) importunação sexual 
B) assédio sexual 
C) estupro de vulnerável 
D) ato obsceno 
E) estupro corretivo 
GABARITO: 
Estupro de vulnerável: 
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 
§ 1 Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por 
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou 
que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência 
Letra C 
 
 
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QUESTÃO 52 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2023 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Agente Auxiliar 
de Perícia Oficial - Auxiliar de Necropsia - Auxiliar de Perícia 
Um adulto jovem, 19 anos e do sexo masculino, tem relação sexual, com 
conjunção carnal, com uma menor de 13 anos de idade com o 
consentimento da menor. Considerando o exposto, o jovem praticou 
A) Ato lícito. 
B) Atentado violento ao pudor. 
C) Sedução de menor. 
D) Estupro 
E) Relação sexual consensual. 
GABARITO: 
Estupro de vulnerável 
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por 
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou 
que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. 
Na minha opinião, a questão deveria ser anulada, pois não é estupro, mas sim estupro de 
vulnerável. Como a banca manteve o gabarito, ficamos com a letra D. 
Letra D 
 
QUESTÃO 53 
Prova: IDECAN - 2023 - Prefeitura de Fortaleza - CE - Guarda Municipal 
Lucas, 25 anos, inicia relacionamento amoroso com Caroline, sua vizinha, 
sabendo que a menina não havia sequer completado a idade de 13 anos, 
com ela mantendo, de forma consentida, atos libidinosos distintos da 
conjunção carnal. A pedido de Caroline, que evitava gravidez, o casal 
jamais manteve cópula vagínica. Nestas circunstâncias: 
A) Lucas não praticou qualquer crime, porque os atos foram mantidos 
com consentimento da vítima. 
B) Lucas praticou o crime de estupro de vulnerável na forma tentada, 
pois não chegou a manter conjunção carnal com Caroline. 
C) Lucas praticou o crime de estupro de vulnerável consumado. 
D) Lucas não praticou o crime porque sua conduta está justificada, na 
medida em que respeitou os limites impostos por Caroline. 
GABARITO: 
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos. 
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O estupro de vulnerável não se limita à 
conjunção carnal. Basta que o agente pratique outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) 
anos. 
Súmula 593 do STJ: o crime de estupro de vulnerável configura-se com a conjunção carnal ou 
prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante o eventual consentimento da 
vítima, para a prática do ato, experiência sexual anterior ou existência de relacionamento 
amoroso com o agente. 
Letra C 
 
QUESTÃO 54 
Prova: FGV - 2023 - TJ-RN - Analista Judiciário - Judiciária – Direito 
Luiz, maior e capaz, conheceu uma adolescente de 12 anos de idade, tendo 
conhecimento dessa informação. Após semanas de conversas, Luiz e a 
adolescente começaram a namorar, com a concordância dos genitores da 
infante. Após alguns meses, vizinhos descobriram os fatos e deram ciência 
às autoridades competentes. Durante as investigações, a adolescente 
narrou que não praticou conjunção carnal com Luiz, mas apenas outros 
atos, como beijos e carícias recíprocas nas partes íntimas. Disse, ainda, 
que todos os atos foram consentidos. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal e a 
jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar 
que Luiz: 
A) responderá pelo crime de estupro de vulnerável, considerando que 
o consentimento da vítima, na espécie, é penalmente irrelevante; 
B) responderá pelo crime de atentado violento ao pudor, considerando 
que o consentimento da vítima, na espécie, é penalmente irrelevante; 
C) não responderá por qualquer crime, considerando que havia o 
consentimento expresso dos genitores da infante, seus 
representantes legais; 
D) responderá pelo crime de importunação sexual, considerando que o 
consentimento da vítima, na espécie, é penalmente irrelevante; 
E) não responderá por qualquer crime, considerando que havia o 
consentimento expresso da vítima. 
GABARITO: 
Súmula 593 do STJ: o crime de estupro de vulnerável configura-se com a conjunção carnal ou 
prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante o eventual consentimento da 
vítima, para a prática do ato, experiência sexual anterior ou existência de relacionamento 
amoroso com o agente. 
O estupro de vulnerável se consuma com a prática de qualquer ato de libidinagem ofensivo à 
dignidade sexual da vítima. Para que se configure ato libidinoso, não se exige contato físico entre 
ofensor e vítima. Assim, doutrina e jurisprudência sustentam a prescindibilidade do contato físico 
direto do réu com a vítima, a fim de priorizar o nexo causal entre o ato praticado pelo acusado, 
destinado à satisfação da sua lascívia, e o efetivo dano à dignidade sexual sofrido pela ofendida. 
STJ. 6ª Turma. HC 478.310, Rel. Min. Rogério Schietti, julgado em 09/02/2021 (Info 685). 
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Letra A 
 
QUESTÃO 55 
Prova: FCC - 2023 - MPE-PB - Técnico Ministerial - Sem Especialidade 
Aquele que constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou 
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de 
superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, 
cargo ou função, pratica, em tese, segundo o Código Penal, o crime de 
A) assédio sexual. 
B) estupro. 
C) violação sexual mediante fraude. 
D) estupro de vulnerável. 
E) importunação sexual.GABARITO: 
É exatamente a conduta de assédio sexual prevista no art. 216-A, do CP: “Constranger alguém 
com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua 
condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou 
função. 
Ocorre nas situações em que o chefe (condição de superior hierárquico ou ascendência) usa a 
sua posição para CONSTRANGER (perseguir com propostas, insistir, importunar a vítima) para 
que com ela obtenha vantagem ou favorecimento sexual (favores sexuais). 
Letra A 
 
QUESTÃO 56 
Prova: FCC - 2023 - MPE-PB - Técnico Ministerial - Sem Especialidade 
Prova: Instituto Access - 2023 - Prefeitura de Ribeirão Preto - SP - Guarda 
Civil Metropolitano 
O crime previsto no Código Penal, de praticar contra alguém e sem a sua 
anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a 
de terceiro é o de 
A) atentado ao pudor mediante fraude. 
B) assédio sexual. 
C) importunação sexual. 
D) violação sexual mediante fraude. 
E) estupro. 
GABARITO: 
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de 
satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave 
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Letra C 
 
QUESTÃO 57 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - DPE-RO - Defensor Público Substituto 
Indivíduo maior e capaz, sob a alegação de que estava doente e precisava 
de material genético humano, praticou atos libidinosos com adolescente 
de 15 anos de idade, o qual consentiu com a prática em razão da 
argumentação do maior. 
A conduta do indivíduo maior e capaz, no caso apresentado, é 
A) estupro de vulnerável. 
B) assédio sexual. 
C) atípica. 
D) violação sexual mediante fraude. 
E) estupro na forma simples. 
GABARITO: 
A) ERRADA, pois o crime de estupro de vulnerável se aplica quando a vítima é menor de 14 
anos ou em razão de enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento 
para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência (art. 217-
A, CP). Não era o caso do enunciado, já que a adolescente tinha 15 anos e não tinha outra causa 
de vulnerabilidade, tendo consentido com o ato libidinoso por ter acreditado na história contada 
pelo agente. 
B) ERRADA, pois no assédio sexual constrange-se a vítima com o intuito de obter vantagem ou 
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou 
ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. No caso da questão não se 
relatou qualquer relação de superioridade hierárquica ou ascendência entre autor do fato e 
vítima. 
C) ERRADA, pois o caso hipotético do enunciado tem adequação típica com o crime de violação 
sexual mediante fraude, não sendo causa, portanto, de lacuna legislativa. 
D) CORRETA, uma vez que nos termos do art. 215 do CP “ter conjunção carnal ou praticar outro 
ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre 
manifestação de vontade da vítima configura crime de violação sexual mediante fraude. Neste 
crime não há emprego de violência ou grave ameaça, mas sim de fraude. A fraude é um meio 
que o agente emprega para enganar a vítima e fazê-la consentir com o ato sexual. É a situação 
do enunciado, uma vez que o indivíduo alegou que estava doente e precisava de material 
genético humano para argumentar e convencer a vítima a praticar com ele os atos libidinosos, 
tendo a vítima apenas concordado com o ato por ter acreditado nessa narrativa. 
E) ERRADA, pois o estupro tem como elementares do crime a violência ou grave ameaça, 
circunstâncias essas que não estão presentes na situação hipotética do enunciado. Veja o tipo 
penal: “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a 
praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso" (art. 213, CP). 
Letra D 
 
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06 CRIMES CONTRA A FÉ 
PÚBLICA 
 
QUESTÃO 58 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e 
de Registros - Provimento 
 Agindo com consciência e vontade de criar documento como se 
verdadeiro fosse, Silvio falsificou sinal público de tabelião, fabricando-o, a 
fim de subscrever, como se tabelião substituto fosse, ato notarial de 
reconhecimento das firmas de Natalia e de Ana apostas em instrumento 
particular de cessão de direitos que tinha por objeto a gleba de terras. 
Assinale a opção que apresenta o tipo penal praticado por Silvio na 
situação hipotética precedente. 
A) falsificação de documento público 
B) falsificação de sinal público de tabelião 
C) falso reconhecimento de firma ou letra 
D) falsificação de papéis públicos 
E) uso de sinal público de tabelião falsificado 
GABARITO: 
CP, Art. 296. Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: 
I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município; 
II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público 
de tabelião: 
Pena: reclusão, de 2 a 6 anos, e multa 
§ 1º - Incorre nas mesmas penas: 
I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado; 
II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito 
próprio ou alheio. 
III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros 
símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública. 
§ 2º Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se 
a pena de sexta parte. 
Letra B 
 
QUESTÃO 59 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - PC-AL - Delegado de Polícia Civil 
Em relação aos crimes contra a pessoa e contra a fé pública, julgue o item 
a seguir. 
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A conduta de atribuir-se falsa 
identidade perante autoridade policial é atípica quando ocorre em evidente 
exercício de autodefesa. 
GABARITO: 
Embora se argumente acerca do princípio da não autoincriminação (nemo tenetur se detegere), 
tal conduta não está abrangida por tal princípio. 
Vejamos o entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça: 
Súmula 522-STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, 
ainda que em situação de alegada autodefesa. 
Errado 
 
QUESTÃO 60 
Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Escrevente 
Com relação ao artigo 308 do CP, desde que o fato não constitua elemento 
de crime mais grave, é correto afirmar: 
A) apenas é punido aquele que utiliza passaporte alheio como próprio, 
não sendo punido aquele que cede passaporte próprio para uso 
alheio. 
B) aquele que utiliza passaporte alheio como próprio e aquele que cede 
o passaporte próprio para uso alheio são igualmente punidos. 
C) aquele que utiliza passaporte alheio como próprio é punido mais 
gravemente do que aquele que cede passaporte próprio para uso 
alheio. 
D) aquele que cede passaporte próprio para uso alheio é punido mais 
gravemente do que aquele que utiliza passaporte alheio como 
próprio. 
E) apenas é punido aquele que cede passaporte próprio para uso 
alheio, não sendo punido aquele que utiliza passaporte alheio como 
próprio. 
GABARITO: 
CP. Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou 
qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize,documento 
dessa natureza, próprio ou de terceiro: 
Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui elemento de crime 
mais grave. 
Portanto, quem usa e quem cede são igualmente punidos. 
Letra B 
 
 
 
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QUESTÃO 60 
Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Escrevente 
É correto dizer que o crime de falsa identidade é um crime subsidiário? 
A) Sim, pois a conduta apenas é punida quando praticada com 
intenção. 
B) Sim, pois a conduta apenas é punida com realização de exame que 
comprove a falsidade. 
C) Sim, pois trata-se de Crime Contra a Fé Pública. 
D) Não. 
E) Sim, pois só é aplicada sua pena se o fato não constitui elemento de 
crime mais grave. 
GABARITO: 
Falsa identidade 
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito 
próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime 
mais grave. 
Portanto, só haverá crime de falsa identidade se o fato não constituir elemento de crime mais 
grave. 
Letra E 
 
QUESTÃO 61 
Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Escrevente 
A falsificação de selo destinado a controle tributário configura crime de 
A) reprodução ou adulteração de selo. 
B) petrechos de falsificação. 
C) falsificação do selo ou sinal público. 
D) falsificação de papéis públicos. 
E) falsificação de cartão. 
GABARITO: 
Falsificação de papéis públicos 
Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: 
I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal 
destinado à arrecadação de tributo; 
Letra D 
 
 
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QUESTÃO 62 
Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário 
No crime de fraude em certames de interesse público, previsto no artigo 
311-A, do Código Penal, é correto afirmar que 
A) o bem jurídico violado é a fé pública, e para restar caracterizado 
exige-se efetivo prejuízo. 
B) há a previsão da modalidade culposa, inadmitindo-se a forma 
tentada. 
C) embora para a caracterização não se exija a ocorrência de dano 
patrimonial à administração pública, exige-se a finalidade de 
beneficiar a si próprio ou a outrem, ou de comprometer a 
credibilidade do certame. 
D) é crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, mas, 
se praticado por funcionário público, a pena aplicar-se-á em dobro. 
E) a ocorrência de prejuízo à Administração Pública é causa de 
aumento da pena. 
GABARITO: 
A) INCORRETA, pois apesar de ser verdade que o bem jurídico violado é a fé pública, este crime 
não exige efetivo prejuízo para a sua caracterização. Se da ação resulta dano (material ou não) 
à Administração Pública, o crime será qualificado (§2º, art. 311-A, CP). 
B) INCORRETA, pois este crime não é punido na forma culposa, mas apenas dolosa. Também 
admite a tentativa, uma vez que é possível o fracionamento do iter criminis. Rogério Greco dá 
como exemplo o caso em que um candidato tenha sido beneficiado com o conhecimento 
antecipado do gabarito oficial de determinado concurso público, mas, antes de começar a 
transferir essas informações para o cartão de respostas, o oficial da sala, percebendo o 
nervosismo do agente, vá até ele e o surpreenda com suas anotações. Nesse caso o doutrinador 
entende que o delito restará tentado, e não consumado, pois o agente ainda não tinha feito a 
utilização efetiva das informações. 
C) CORRETA, conforme vimos na assertiva A, , este crime não exige efetivo prejuízo para a 
Administração pública para a sua caracterização. Se da ação resulta dano (material ou não) à 
Administração Pública, o crime será qualificado (§2º, art. 311-A, CP). Quanto à finalidade, não 
basta apenas o dolo, a conduta deve ser dirigida finalisticamente no sentido de trazer benefício 
a si próprio ou a outrem, ou mesmo de comprometer a credibilidade do certame. 
D) INCORRETA. A primeira parte está certa, uma vez que realmente trata-se de crime comum, 
que pode ser praticado por qualquer pessoa que participa do certame, seja como candidato, seja 
como integrante, direto ou indireto, da estrutura organizadora. O erro está no final. O fato de o 
agente ser funcionário público, de fato, aumenta a pena, mas não em dobro como mencionado 
na assertiva. A pena é aumentada de 1/3. 
E) INCORRETA, pois conforme já mencionado na correção da assertiva A, trata-se de 
qualificadora e não de aumento de pena. Quando há aumento de pena aumentam-se frações de 
pena. Já no caso da qualificadora há nova pena mínima e máxima, o que é exatamente o caso, 
veja: 
Art. 311-A, § 2º. Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública: Pena - reclusão, 
de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. 
Letra C 
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QUESTÃO 63 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - TJ-ES - Analista Judiciário - 
Especialidade: Oficial de Justiça Avaliador 
À luz das disposições legais de direito penal e da jurisprudência correlata, 
julgue o próximo item. 
A conduta do agente que, para não se incriminar, atribui a si a identidade 
de outrem, perante o delegado, é típica e configura o crime de falsa 
identidade. 
GABARITO: 
A conduta descrita não está amparada pela garantia constitucional do silêncio, contida no inciso 
LXIII, do artigo 5º, da Constituição da República, não podendo ser albergada, portanto, pela tese 
de autodefesa. 
Neste sentido vêm se pronunciando os Tribunais Superiores, senão vejamos: 
“EMENTA CONSTITUCIONAL. PENAL. CRIME DE FALSA IDENTIDADE. ARTIGO 307 DO 
CÓDIGO PENAL. ATRIBUIÇÃO DE FALSA INDENTIDADE PERANTE AUTORIDADE POLICIAL. 
ALEGAÇÃO DE AUTODEFESA. ARTIGO 5º, INCISO LXIII, DA CONSTITUIÇÃO. MATÉRIA 
COM REPERCUSSÃO GERAL. CONFIRMAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA DA CORTE NO 
SENTIDO DA IMPOSSIBILIDADE. TIPICIDADE DA CONDUTA CONFIGURADA. O princípio 
constitucional da autodefesa (art. 5º, inciso LXIII, da CF/88) não alcança aquele que atribui falsa 
identidade perante autoridade policial com o intento de ocultar maus antecedentes, sendo, 
portanto, típica a conduta praticada pelo agente (art. 307 do CP). O tema possui densidade 
constitucional e extrapola os limites subjetivos das partes." (STF; Tribunal Pleno; Relator Ministro 
Dias Toffoli; RE 640.139 RG/DF; Publicado no DJe de 14/10/2021 
 E ainda: "A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que 
em situação de alegada autodefesa." (Súmula nº 522 do STJ). 
Certo 
 
QUESTÃO 64 
Prova: FGV - 2023 - MPE-SP - Oficial de Promotoria 
De acordo com o Código Penal, constitui crime a falsificação de documento 
público. 
Nesse contexto, consideram-se documentos públicos, para fins penais, os 
documentos a seguir, à exceção de um. Assinale-o. 
A) O título emitido ao portador. 
B) As ações de sociedade comercial. 
C) O testamento particular. 
D) O instrumento particular de mandato. 
E) Os livros mercantis. 
GABARITO: 
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No que diz respeito aos documentos 
equiparados a documento público por força de lei, assim dispõe o § 2º, do artigo 297, do Código 
Penal: 
"§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade 
paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, 
os livros mercantis e o testamentoparticular". 
Item (A) - O título emitido ao portador é considerado documento público nos termos do § 2º, do 
artigo 297, do Código Penal, sendo a presente alternativa incorreta. 
Item (B) - As ações de sociedade comercial são consideradas documento público nos termos do 
§ 2º, do artigo 297, do Código Penal, sendo a presente alternativa incorreta 
Item (C) - O testamento particular é considerado documento público nos termos do§ 2º, do artigo 
297, do Código Penal, sendo a presente alternativa incorreta. 
Item (D) - O instrumento particular de mandato não é considerado documento público nos termos 
do§ 2º, do artigo 297, do Código Penal, sendo a exceção buscada na questão, sendo a presente 
a presenta alternativa correta. 
Item (E) - Os livros mercantis são considerados documento público, nos termos do§ 2º, do artigo 
297, do Código Pena, sendo a presente alternativa incorreta. 
Letra D 
 
QUESTÃO 65 
Prova: FGV - 2023 - TCE-ES - Auditor de Controle Externo - Direito 
João, servidor público, tem acesso a um testamento particular em razão 
das suas funções. Ao ler o documento, João percebe que um dos 
beneficiários é seu desafeto de longa data, motivo pelo qual altera a 
manifestação de última vontade, retirando, do rol de beneficiários do 
testamento, o seu inimigo. À luz do caso em destaque e considerando as 
disposições do Código Penal, João praticou o crime de: 
A) falsificação de documento particular, majorado por se tratar de 
funcionário público que, prevalecendo-se do cargo, praticou a 
conduta narrada; 
B) falsificação de documento público, majorado por se tratar de 
funcionário público que, prevalecendo-se do cargo, praticou a 
conduta narrada; 
C) falsidade ideológica, majorado por se tratar de funcionário público 
que, prevalecendo-se do cargo, praticou a conduta narrada; 
D) falsificação de documento público, sem majorante; 
E) falsificação de documento particular, sem majorante. 
GABARITO: 
Crime: Falsificação de documento público 
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público 
verdadeiro: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
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§ 1º - Se o agente é funcionário público, e 
comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade 
paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, 
os livros mercantis e o testamento particular. 
Letra B 
 
QUESTÃO 66 
Prova: IDECAN - 2023 - SEFAZ-RR - Técnico de Tributos Estaduais 
Sabe-se que é crime a conduta de falsificar, no todo ou em parte, 
documento público, ou alterar documento público verdadeiro. No entanto, 
se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do 
cargo, aumenta-se a pena de: 
A) sexta parte. 
B) quinta parte. 
C) quarta parte. 
D) terça parte. 
E) dupla parte. 
GABARITO: 
Código Penal: 
Falsificação de documento público 
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público 
verdadeiro: 
Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa. 
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-
se a pena de sexta parte. 
Letra A 
 
QUESTÃO 67 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito Criminal - Especialidade: 
Direito 
Acerca dos crimes contra a fé pública, julgue o item a seguir. 
Para a configuração do crime de falsidade ideológica, é imprescindível a 
ocorrência de dano efetivo mediante a apresentação do documento cuja 
verdade foi juridicamente alterada. 
GABARITO: 
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Tanto a doutrina como a jurisprudência 
classificam o crime de falsidade ideológica como crime formal, porquanto não é imprescindível a 
ocorrência de dano efetivo mediante a apresentação do documento cuja verdade foi 
juridicamente alterada. 
Como leciona Guilherme de Souza Nucci, o crime de falsidade ideológica é um "delito que não 
exige, para a sua consumação, a ocorrência de resultado naturalístico, consistente na efetiva 
ocorrência de um dano para alguém" (Guilherme de Souza Nucci, em Código Penal Comentado; 
Editora Revista dos Tribunais). 
No que tange à jurisprudência, confira-se o seguinte trecho de resumo de acórdão proveniente 
do STJ, in verbis: 
“(...) 2. O delito de falsidade ideológica tem como bem jurídico tutelado a fé pública e não apenas 
a esfera patrimonial de terceiros, sendo o sujeito passivo primário o Estado e, secundário, 
aquele que sofrer ou puder sofrer prejuízo com a falsidade, porquanto visa a proteção da 
presunção de veracidade dada aos atos de um agente público no exercício de suas funções. 
Demais disso, trata-se de crime formal, em que a subsunção da conduta ao tipo se compraz com 
a mera potencialidade lesiva de alterar fato juridicamente relevante, não importando a real 
ocorrência de resultado naturalístico." (STJ, AgInt no REsp 1695546/MG; Relatora Ministra 
MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA; Sexta Turma; DJe de 24/05/2018) 
A falsidade ideológica é crime formal e instantâneo, cujos efeitos podem se protrair no tempo. A 
despeito dos efeitos que possam, ou não, gerar, a falsidade ideológica se consuma no momento 
em que é praticada a conduta. STJ. 3ª Seção. RvCr 5233-DF, Rel. Min. Reynaldo Soares da 
Fonseca, julgado em 13/05/2020 (Info 672). 
Errado 
 
QUESTÃO 68 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - PO-AL - Perito Criminal - Especialidade: 
Direito 
Acerca dos crimes contra a fé pública, julgue o item a seguir. 
Pratica o crime de moeda falsa aquele que, grosseiramente, falsifica papel-
moeda em curso legal no país e com ele efetua compras no comércio, 
obtendo vantagem indevida em prejuízo de terceiros. 
GABARITO: 
Se a falsificação for grosseira, não estará configurado o crime, podendo constituir estelionato, 
eventualmente, a depender do quão grosseira é a falsificação, é possível constituir crime 
impossível por absoluta ineficácia do meio. 
Súmula 73-STJ: A utilização de papel-moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o 
crime de estelionato, da competência da justiça estadual. 
Errado 
 
 
 
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07 CRIMES CONTRA A 
PAZ PÚBLICA 
 
QUESTÃO 69 
Prova: SELECON - 2023 - Prefeitura de Lucas do Rio Verde - MT - Guarda 
Civil Municipal 
Vando, Vagner, Valter e Valdo se unem estável e permanentemente, de 
forma estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas, para a prática de 
infrações penais transnacionais, cuja pena máxima é de quatro anos de 
privação da liberdade, a fim de auferirem lucro com o cometimento dos 
delitos. Considerando que os três primeiros envolvidos são adultos, mas 
Valdo é adolescente: 
A) não há uma organização criminosa, pois somente os participantes 
adultos podem ser contados para atingimento do número mínimo de 
integrantes 
B) não há uma organização criminosa, já que a pena máxima das 
infrações penais praticadas deve ser superior a quatro anos 
C) não há uma organização criminosa, pois o crime associativo 
pressupõe um número mínimo de cinco integrantes 
D) há uma associação criminosa, uma vez que estão presentes todos 
os elementos de sua caracterização 
GABARITO: 
O inimputável é levado à conta para a caracterização de organização criminosa, em sua 
composição em número de agentes (04 ou mais agentes). 
Logo, trata-se de organização criminosa por estarem presentes todos os elementos descritosno 
§1º, do art. 1º da Lei nº 12.850/2013 (Lei de combate às Organizações Criminosas). 
Segundo o artigo 1º, parágrafo 1º, da Lei 12.580/2013, organização criminosa é a associação de 
quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda 
que informal, com o objetivo de obter vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de 
infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a quatro anos, ou que sejam de caráter 
transnacional. 
Letra D 
 
QUESTÃO 70 
Prova: VUNESP - 2023 - MPE-SP - Promotor de Justiça Substituto 
Em relação aos crimes contra a paz pública, assinale a alternativa correta: 
A) Para tipificação do crime de associação criminosa, exige-se a 
associação estável de mais de três pessoas para o fim específico de 
cometer crimes. 
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Crimes em espécie em Questões 
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B) O sujeito que instiga 
animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes 
constitucionais, responde pelo delito de incitação ao crime com a 
pena agravada. 
C) No delito de incitação ao crime, há a necessidade de que o agente 
instigue pessoa determinada ou indeterminada à prática de 
determinada espécie de crime. 
D) No crime de constituição de milícia privada, a pena será aumentada 
em até metade se houver a participação de criança ou adolescente. 
E) A constituição de milícia privada pode ter por finalidade a prática de 
qualquer crime previsto no ordenamento jurídico brasileiro. 
GABARITO: 
(A) Errado - Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer 
crimes 
(B) Errado – Art. 286, Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem incita, publicamente, 
animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as 
instituições civis ou a sociedade. 
(C) Correto 
(D) Errado – Essa previsão só consta no crime de Associação Criminosa 
(E) Errado – Os crimes devem estar previstos no Código Penal - Art. 288-A. Constituir, organizar, 
integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a 
finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código 
Letra C 
 
QUESTÃO 71 
Prova: VUNESP - 2023 - Câmara de Marília - SP - Procurador Jurídico 
O crime de associação criminosa, nos termos do art. 288 do CP configura-
se com a associação de 
A) qualquer número de pessoas, para o fim específico de cometer 
crimes, e tem pena aumentada se a associação é armada ou se 
houver a participação de criança ou adolescente. 
B) no mínimo quatro ou mais pessoas, para o fim específico de cometer 
crimes ou contravenções, e tem pena aumentada se a associação é 
armada ou se houver a participação de criança ou adolescente. 
C) no mínimo quatro ou mais pessoas, para o fim específico de cometer 
crimes ou contravenções, e tem pena aumentada se a associação é 
armada. 
D) no mínimo três ou mais pessoas, para o fim específico de cometer 
crimes, e tem pena aumentada se a associação é armada ou se 
houver a participação de criança ou adolescente. 
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Crimes em espécie em Questões 
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E) no mínimo duas ou mais 
pessoas, para o fim específico de cometer crimes ou contravenções, 
e tem pena aumentada se houver a participação de criança ou 
adolescente. 
GABARITO: 
Associação Criminosa (CP) 
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a 
participação de criança ou adolescente. 
Letra D 
 
08 CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
QUESTÃO 72 
Provas: NC-UFPR - 2023 - UFPR - Auditor 
Assinale a alternativa que corresponde ao crime previsto no Art. 316 do 
Código Penal brasileiro, o qual é assim tipificado: “Exigir, para si ou para 
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de 
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida”. 
A) Concussão. 
B) Peculato. 
C) Corrupção passiva. 
D) Prevaricação. 
E) Condescendência criminosa. 
GABARITO: 
(A) Concussão Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora 
da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 
(dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
(B) Peculato Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro 
bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em 
proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
(C) Corrupção passiva Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem 
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, 
e multa. 
(D) Prevaricação Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou 
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
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(E) Condescendência criminosa Art. 320 - 
Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no 
exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da 
autoridade competente: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. 
Letra A 
 
QUESTÃO 73 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - SEFIN de Fortaleza - CE - Analista 
Fazendário Municipal - Área de Conhecimento: Direito 
Com base na legislação pertinente aos crimes de responsabilidade fiscal, 
julgue o item abaixo. 
Constitui crime de responsabilidade fiscal ordenar, autorizar ou realizar 
operação de crédito, interno ou externo, sem prévia autorização legislativa. 
GABARITO: 
CP. Contratação de operação de crédito 
Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito, interno ou externo, sem prévia 
autorização legislativa: 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos. 
Certo 
 
 
QUESTÃO 74 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - SEFIN de Fortaleza - CE - Analista 
Fazendário Municipal - Área de Conhecimento: Direito 
Acerca dos crimes contra a administração pública, julgue o item a seguir, 
com base no entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ). 
Quando o falso se exaure no descaminho, sem mais potencialidade lesiva, 
é por este absorvido, como crime-fim, condição que não se altera por ser 
menor a pena cominada ao descaminho. 
GABARITO: 
Tema Repetitivo 933 do STJ - Quando o falso se exaure no descaminho, sem mais potencialidade 
lesiva, é por este absorvido, como crime-fim, condição que não se altera por ser menor a pena a 
este cominada. 
Certo 
 
 
 
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QUESTÃO 75 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - SEFIN de Fortaleza - CE - Analista 
Fazendário Municipal - Área de Conhecimento: Direito 
Acerca dos crimes contra a administração pública, julgue o item a seguir, 
com base no entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ). 
A importação não autorizada de cigarros ou gasolina constitui crime de 
contrabando, suscetível de aplicação do princípio da insignificância. 
GABARITO: 
I) A importação não autorizada de cigarros ou de gasolina constitui crime de contrabando, 
insuscetível de aplicação do princípioda insignificância. 
JURISPRUDÊNCIA EM TESES – STJ. 
Errado 
 
QUESTÃO 76 
Prova: FGV - 2023 - Prefeitura de Niterói - RJ - Fiscal de Obras 
Pedro, funcionário público municipal, é competente para apreciar o 
requerimento de concessão de licença para a realização de obras. 
Ao analisar a licença requerida por Maria, ele exigiu a importância de dez 
mil reais para que a licença requerida fosse deferida. Acresça-se que essa 
importância não era prevista em lei e seria direcionada a Pedro. 
A conduta de Pedro configura crime de 
A) concussão. 
B) prevaricação. 
C) corrupção ativa. 
D) corrupção passiva. 
E) excesso de exação. 
GABARITO: 
Trata-se do crime de concussão, previsto no 316, CP. 
É um dos crimes praticados por funcionário público contra a administração. Consiste em exigir, 
para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, 
mas em razão dela, vantagem indevida. A pena prevista é de reclusão, de dois a doze anos, e 
multa (artigo 316 do Código Penal). 
Letra A 
 
QUESTÃO 77 
Prova: SELECON - 2023 - Prefeitura de Lucas do Rio Verde - MT - Guarda 
Civil Municipal 
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Donald é servidor público e exerce a 
função de tesoureiro do órgão em que exerce suas funções, administrando 
valores e realizando pagamentos diversos a fornecedores. Por longo 
período, desviou dinheiro do órgão público para o seu patrimônio 
particular. Nos termos do Código Penal, nesse caso, foi caracterizado o 
crime contra a Administração Pública de: 
A) sonegação 
B) peculato 
C) extravio 
D) exação 
GABARITO: 
Peculato art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem 
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito 
próprio ou alheio: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
Letra B 
 
QUESTÃO 78 
Prova: VUNESP - 2023 - Câmara de Santa Bárbara D'Oeste - SP - Procurador 
Legislativo 
A conduta de se opor à execução de ato legal, mediante violência a 
funcionário competente para executá-lo, configura o crime de 
A) desacato. 
B) resistência. 
C) desobediência. 
D) violência arbitrária. 
E) exercício arbitrário das próprias razões. 
GABARITO: 
DESACATO - Art.331, Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela. 
RESISTÊNCIA - Art.329, Opor-se à execução de ato legal + violência/ameaça. 
DESOBEDIÊNCIA - Art.330, Desobedecer a ordem legal de funcionário público 
VIOLÊNCIA ARBITRÁRIA - Art.322, Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de 
exercê-la: 
EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS RAZÕES - Art.345, Fazer justiça pelas próprias 
mãos. EXCEÇÃO: quando a lei o permite. 
Letra B 
 
 
 
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QUESTÃO 79 
Prova: VUNESP - 2023 - Prefeitura de Piracicaba - SP - Procurador Jurídico 
Mévio é parado na estrada, pela Polícia Rodoviária, em razão de dirigir em 
alta velocidade. Com medo da multa, oferece dinheiro ao policial, que 
aceita, liberando-o prontamente para viagem. Com relação a essa situação, 
é correto afirmar que 
A) Mévio e o policial cometem o crime de concussão, previsto no artigo 
316 do Código Penal. 
B) Mévio e o policial cometem o crime de corrupção passiva, previsto 
no artigo 317 do Código Penal. 
C) somente Mévio pratica o crime de corrupção passiva, previsto no 
artigo 317 do Código Penal. 
D) Mévio pratica o crime de corrupção passiva, previsto no artigo 317 
do Código Penal, e o policial de corrupção ativa, previsto no artigo 
333, do mesmo Estatuto. 
E) Mévio pratica o crime de corrupção ativa, previsto no artigo 333, do 
Código Penal, e o policial o crime de corrupção passiva, previsto no 
artigo 317, do mesmo Estatuto. 
GABARITO: 
CORRUPÇÃO PASSIVA 
Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da 
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de 
tal vantagem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
CORRUPÇÃO ATIVA 
Art. 333. Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a 
praticar, omitir ou retardar ato de ofício: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
Letra E 
 
QUESTÃO 80 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e 
de Registros - Provimento 
 José, valendo-se da função de tabelião interino de determinado 
tabelionato de notas e protestos de títulos, desviou, em proveito próprio, 
valores por ele recebidos em protestos de títulos, deixando de repassar, no 
prazo legal, os respectivos valores aos credores, por, pelo menos, sete 
vezes, em continuidade delitiva. 
Na situação hipotética apresentada, José cometeu o delito de 
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A) peculato- desvio. 
B) peculato-furto. 
C) estelionato. 
D) apropriação indébita. 
E) corrupção passiva. 
GABARITO: 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, 
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio 
ou alheio: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
O PECULATO-FURTO é previsto no Art. 312, § 1º: 
Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor 
ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-
se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. 
Letra A 
 
QUESTÃO 81 
Prova: IBADE - 2023 - Prefeitura de Rio Branco - AC - Procurador Municipal 
Tício, morador da cidade X, está inconformado com o aumento do valor do 
IPTU de sua cidade, e convoca a população para ir às ruas manifestar 
contra a atual gestão. Ao chegar em frente à prefeitura, Tício e os 
manifestantes se deparam com a tropa de choque da polícia militar, que 
determina a sua retirada imediata do local. No entanto, Tício tira do bolso 
um bolo de dinheiro equivalente a R$ 1.000,00, dizendo ao policial que o 
abordou que o pagará para deixá-los continuar com a manifestação. Com 
base nessas informações, é possível afirmar que Tício cometeu o crime de: 
A) corrupção ativa. 
B) tráfico de influência. 
C) descaminho. 
D) peculato. 
E) prevaricação. 
GABARITO: 
A) Corrupção ativa 
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a 
praticar, omitir ou retardar ato de ofício. 
B) Trafico de influência 
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de 
vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função. 
C) Descaminho 
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Art. 334 - Iludir, no todo ou em parte, o 
pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de 
mercadoria. 
D) Peculato 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, 
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio 
ou alheio. 
E) Prevaricação 
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra 
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. 
Letra A 
 
QUESTÃO 82 
Prova: IBADE - 2023 - Prefeitura de RioBranco - AC - Procurador Municipal 
Mévio, Policial Militar, ao se deparar com um bloqueio feito por carros na 
principal avenida de sua cidade, provocado por manifestantes que 
protestam contra o aumento dos preços nos postos de combustíveis, exige 
de um dos manifestantes o valor de R$ 300,00 para não lhe aplicar sanção 
pela infração prevista no Art. 253-A, do Código de Trânsito Brasileiro, que 
diz: “usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper, restringir 
ou perturbar a circulação na via sem autorização do órgão ou entidade de 
trânsito com circunscrição sobre ela”. Desta forma, Mévio estaria 
cometendo o crime de: 
A) prevaricação. 
B) concussão. 
C) corrupção passiva. 
D) peculato. 
E) excesso de exação. 
GABARITO: 
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou 
antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
Letra B 
 
QUESTÃO 83 
Prova: FGV - 2023 - DPE-RS - Técnico - Área Administrativa 
Luiz caminhava pela rua XYZ, momento em que foi abordado por três 
policiais militares. Os agentes da lei, com base em fundada suspeita de 
prática delitiva, iniciaram revista pessoal em Luiz, o qual, mediante ameaça, 
se opôs à execução do ato legal. 
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Nesse cenário, considerando as 
disposições do Código Penal, Luiz responderá pelo crime de: 
A) desobediência, qualificado em razão da pluralidade de agentes 
públicos; 
B) resistência, qualificado em razão da pluralidade de agentes públicos; 
C) desobediência 
D) resistência; 
E) desacato. 
GABARITO: 
Segundo o Código Penal: 
Resistência 
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário 
competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: 
Pena - detenção, de dois meses a dois anos. 
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa: 
Pena - reclusão, de um a três anos. 
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência. 
Letra D 
 
QUESTÃO 84 
Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Escrevente 
Aquele que se acusa, perante a autoridade, de crime inexistente 
A) pratica crime de autoacusação falsa. 
B) pratica crime de fraude processual. 
C) pratica crime de comunicação falsa de crime. 
D) pratica crime de falso testemunho. 
E) não pratica crime algum, pois não há vítima. 
GABARITO: 
Segundo o Código Penal: 
Auto-acusação falsa 
Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem: 
Letra A 
 
QUESTÃO 85 
Prova: VUNESP - 2023 - TJ-SP - Escrevente 
No crime de excesso de exação, o crime é qualificado se 
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A) praticado por funcionário 
público. 
B) cometido por meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza. 
C) resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado. 
D) o funcionário pratica ato de ofício, com infração de dever funcional, 
cedendo a pedido ou influência de outrem. 
E) o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que 
recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos. 
GABARITO: 
O art. 316, § 2º do Código Penal prevê a situação em que o crime de excesso é qualificado. 
Excesso de exação 
§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, 
ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 
§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente 
para recolher aos cofres públicos: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
Letra E 
 
QUESTÃO 86 
Provas: OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Piratininga - SP - Fiscal de Obras 
Em relação aos crimes contra a Administração Pública praticados por 
funcionários públicos, o único que admite a modalidade culposa é: 
A) Peculato. 
B) Emprego irregular de verbas ou rendas públicas. 
C) Abandono de função. 
D) Concussão. 
GABARITO: 
MNEMÔNICO CRIMES QUE ADMITEM MODALIDADE CULPOSA 
REPHIL 
Receptação 
Envenenamento 
Peculato 
Homicídio 
Incêndio 
Lesão corporal 
Letra A 
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QUESTÃO 87 
Prova: FGV - 2023 - TJ-RN - Técnico Judiciário - Área Judiciária 
João conduzia o seu veículo automotor, ocasião em que foi parado por uma 
blitz da Polícia Militar. Após analisar a documentação do condutor, o 
policial Caio exigiu, para si, R$ 2.000,00 para liberar o automóvel. 
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, Caio 
responderá pelo crime de: 
A) excesso de exação; 
B) corrupção passiva; 
C) corrupção ativa; 
D) concussão; 
E) peculato. 
GABARITO: 
Concussão 
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou 
antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
Letra D 
 
QUESTÃO 88 
Prova: Quadrix - 2023 - CRO-MS - Analista Administrativo 
Considerando os crimes contra a Administração Pública previstos no 
Código Penal brasileiro, julgue o item abaixo. 
Configura‑se crime de contrabando iludir, no todo ou em parte, o 
pagamento de direito ou o imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo 
consumo de mercadoria. 
GABARITO: 
Descaminho 
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela 
saída ou pelo consumo de mercadoria 
Errado 
 
QUESTÃO 89 
Prova: Quadrix - 2023 - CRO-MS - Analista Administrativo 
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Considerando os crimes contra a 
Administração Pública previstos no Código Penal brasileiro, julgue o item 
abaixo. 
Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou 
promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por 
funcionário público no exercício da função, configura o crime de corrupção 
ativa. 
GABARITO: 
Tráfico de Influência 
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de 
vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: 
Errado 
 
QUESTÃO 90 
Prova: Quadrix - 2023 - CRO-MS - Analista Administrativo 
Considerando os crimes contra a Administração Pública previstos no 
Código Penal brasileiro, julgue o item abaixo. 
Caso o funcionário público, por indulgência, deixe de responsabilizar o 
subordinado que tenha cometido infração no exercício do cargo ou, 
quando lhe faltar competência, não levar o fato ao conhecimento da 
autoridade competente, configurar‑se‑á o crime de prevaricação. 
GABARITO: 
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA ⇒ Não pune subordinado por Indulgência 
PREVARICAÇÃO ⇒ Retardar OU Não Praticar ato de oficio por Interesse Pessoal 
PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA ⇒ Diretor de penitenciária OU Agente dolosamente não impede 
o acesso a celulares e rádios: 
Errado 
 
QUESTÃO 91 
Prova: Quadrix - 2023 - CRO-MS - Analista Administrativo 
Considerando os crimes contra a Administração Pública previstos no 
Código Penal brasileiro, julgue o item abaixo. 
O servidor público que exigir, para si ou para outrem, vantagem indevida 
em razão de sua função comete o crime de concussão. 
GABARITO: 
Concussão 
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Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta 
ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem 
indevida 
Certo 
 
QUESTÃO 92 
Prova: Quadrix - 2023 - CRO-MS - Auxiliar Administrativo 
No que diz respeito aos crimes de licitações e de contratos administrativos, 
julgue o item. 
Caso o crime de omissão grave de dado ou de informação seja praticado 
com o fim de obtenção de benefício, direto ou indireto, próprio ou de 
outrem, a pena será triplicada. 
GABARITO: 
O delito de omissão grave de dado ou informação está previsto no artigo 337 - O, do Código 
Penal. Nos termos do § 2º do referido artigo, se o crime for praticado com o fim de obtenção de 
benefício, direto, ou indireto, próprio ou de outrem, a pena se aplica em dobro e não é triplicada 
como asseverado no enunciado. Confira-se: 
"Art. 337-O. Omitir, modificar ou entregar à Administração Pública levantamento cadastral ou 
condição de contorno em relevante dissonância com a realidade, em frustração ao caráter 
competitivo da licitação ou em detrimento da seleção da proposta mais vantajosa para a 
Administração Pública, em contratação para a elaboração de projeto básico, projeto executivo 
ou anteprojeto, em diálogo competitivo ou em procedimento de manifestação de interesse: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa. 
§ 1º Consideram-se condição de contorno as informações e os levantamentos suficientes e 
necessários para a definição da solução de projeto e dos respectivos preços pelo licitante, 
incluídos sondagens, topografia, estudos de demanda, condições ambientais e demais 
elementos ambientais impactantes, considerados requisitos mínimos ou obrigatórios em normas 
técnicas que orientam a elaboração de projetos 
§ 2º Se o crime é praticado com o fim de obter benefício, direto ou indireto, próprio ou de outrem, 
aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo". 
Ante essas considerações, a proposição está incorreta. 
Errado 
 
QUESTÃO 93 
Prova: Quadrix - 2023 - CRO-MS - Auxiliar Administrativo 
No que diz respeito aos crimes de licitações e de contratos administrativos, 
julgue o item. 
O crime de violação de sigilo em licitação é punido com detenção de dois 
a três anos e multa. 
GABARITO: 
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O crime de violação de sigilo em licitação está 
previsto no artigo 337-J, do Código Penal, que tipifica a seguinte conduta: 
"Art. 337-J. Devassar o sigilo de proposta apresentada em processo licitatório ou proporcionar a 
terceiro o ensejo de devassá-lo. 
Pena - detenção, de 2 (dois) anos a 3 (três) anos, e multa". 
O preceito secundário do referido artigo prevê a pena mencionada no enunciado da questão, 
estando a proposição nela contida correta. 
Certo 
 
QUESTÃO 94 
Prova: Quadrix - 2023 - CRO-MS - Auxiliar Administrativo 
No que diz respeito aos crimes de licitações e de contratos administrativos, 
julgue o item. 
Reputa‑se crime patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado 
perante a Administração Pública, dando causa à instauração de licitação 
ou à celebração de contrato cuja invalidação seja decretada pelo Poder 
Judiciário. 
GABARITO: 
CUIDADO: CRIME DE ADVOCACIA ADMINISTRATIVA x PATROCÍNIO DE CONTRATAÇÃO 
INDEVIDA (o núcleo penal é bastante semelhante) 
Advocacia administrativa 
 Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, 
valendo-se da qualidade de funcionário 
Patrocínio de contratação indevida 
Art. 337-G. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração 
Pública, dando causa à instauração de licitação ou à celebração de contrato cuja invalidação vier 
a ser decretada pelo Poder Judiciário: 
Certo 
 
QUESTÃO 95 
Provas: Quadrix - 2023 - CRO-MS - Auxiliar Administrativo 
Acerca dos crimes contra a Administração Pública previstos no Código 
Penal brasileiro, julgue o item. 
A pessoa que reinsere, no território nacional, uma mercadoria de origem 
brasileira destinada à exportação incorre na mesma pena aplicada ao 
contrabando. 
GABARITO: 
Contrabando 
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Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria 
proibida: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos. 
§ 1 Incorre na mesma pena quem: 
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando; 
II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou 
utorização de órgão público competente; 
III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação; 
IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito 
próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei 
brasileira; 
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial 
ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira. 
§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de 
comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em 
residências. 
§ 3 A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em transporte aéreo, 
marítimo ou fluvial 
Certo 
 
QUESTÃO 96 
Provas: Quadrix - 2023 - CRO-MS - Auxiliar Administrativo 
Acerca dos crimes contra a Administração Pública previstos no Código 
Penal brasileiro, julgue o item. 
A desobediência a uma ordem legal de um funcionário público configura o 
crime de desacato. 
GABARITO: 
Desobediência 
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: 
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. 
Desacato 
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 
Errado 
 
 
 
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QUESTÃO 97 
Provas: Quadrix - 2023 - CRO-MS - Auxiliar Administrativo 
Acerca dos crimes contra a Administração Pública previstos no Código 
Penal brasileiro, julgue o item. 
O funcionário público que se apropriar de dinheiro, de valor ou de qualquer 
outro bem móvel, público ou particular, cuja posse advenha em razão do 
cargo ocupado comete o crime de peculato. 
GABARITO: 
A situação descrita no enunciado configura o delito de peculato na modalidade peculato-
apropriação, de acordo com a primeira parte do artigo 312, do Código Penal, que assim dispõe: 
"Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, 
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio 
ou alheio". 
Assim sendo, a presente alternativa está correta. 
Certo 
 
QUESTÃO 98 
Prova: OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Sagrada Família - RS - Agente de 
Vigilância Sanitária 
Um servidor público, chefe da certa repartição, por indulgência, deixou de 
responsabilizar seu subordinado que cometeu infração durante o horário 
de trabalho. Considerando-se o exposto, de acordo o Código Penal, é 
CORRETO afirmar que o chefe da repartição cometeu: 
A) Prevaricação. 
B) Corrupção passiva. 
C) Advocacia administrativa. 
D) Condescendência criminosa. 
E) Peculato. 
GABARITO: 
Condescendência criminosa 
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado quecometeu 
infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao 
conhecimento da autoridade competente: 
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. 
Letra D 
 
 
 
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QUESTÃO 99 
Prova: VUNESP - 2023 - Prefeitura de Jaguariúna - SP - Auditor Fiscal 
Tributário 
Imagine que Auditor Fiscal, ao notificar determinado contribuinte, exige 
tributo que deveria saber indevido. Referida conduta 
A) não constitui crime por ausência de dolo. 
B) configura crime de peculato. 
C) configura crime de prevaricação. 
D) configura crime de excesso de exação. 
E) configura crime contra a Ordem Tributária. 
GABARITO: 
Item (A) - A conduta descrita no enunciado da questão configura o delito de excesso de exação, 
previsto no § 1º, do artigo 316, do Código Penal. Com toda a evidência, houve dolo na conduta 
do Auditor Fiscal, que, com vontade livre e consciente, exigiu tributo que sabia indevido. Assim 
sendo, a presente alternativa está incorreta. 
Item (B) - O crime de peculato encontra-se tipificado no artigo 312, do Código Penal, que conta 
com a seguinte redação: 
"Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, 
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio 
ou alheio". 
A conduta descrita, não se enquadra no tipo penal do dispositivo ora transcrito. Configura o crime 
de excesso de exação, como visto na análise do item (A) da questão. 
Assim sendo, a presente alternativa está incorreta. 
Item (C) - O crime de prevaricação encontra-se tipificado no artigo 319, do Código Penal, que 
conta com a seguinte redação: 
"Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra 
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal". 
A conduta descrita, não se enquadra no tipo penal do dispositivo ora transcrito. Configura o crime 
de excesso de exação, como visto na análise do item (A) da questão. 
Assim sendo, a presente alternativa está incorreta. 
Item (D) - O crime de excesso de exação está previsto no § 1º, do artigo 316, do Código Penal. 
Confira-se: 
“Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou 
antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa 
Excesso de exação 
§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, 
ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa." 
A situação descrita, com toda a evidência, subsome-se ao tipo penal ora transcrito, razão pela 
qual a presente alternativa está correta. 
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Crimes em espécie em Questões 
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Item (E) - A conduta descrita no enunciado 
configura o delito de excesso de exação, previsto no § 1º, do artigo 316, do Código Penal, 
conforme visto na análise do item (D). Encontra-se no Capítulo I, do Título XI, da Parte Especial 
do Código Penal, e trata-se, portanto, de crime contra a administração pública. Assim sendo, a 
presente alternativa está incorreta. 
Letra D 
 
QUESTÃO 100 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - Prefeitura de São Cristóvão - SE - 
Guarda Municipal 
 Ronaldo, que é servidor público, recebe a denúncia anônima de que um 
subordinado está utilizando indevidamente bens públicos para fins 
particulares. Apesar de ter competência para tomar alguma medida para 
responsabilizá-lo, Ronaldo decide não agir, por clemência. 
Nessa situação hipotética, Ronaldo praticou o crime de 
A) condescendência criminosa. 
B) advocacia administrativa. 
C) tráfico de influência. 
D) prevaricação. 
GABARITO: 
Item (A) - O crime de condescendência criminosa é crime próprio, em que se exige a condição 
pessoal de funcionário público do agente, e que está previsto no artigo 320 do Código Penal, 
senão vejamos: 
"Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu 
infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao 
conhecimento da autoridade competente". 
A conduta descrita no enunciado da questão enquadra-se de modo perfeito no artigo transcrito, 
razão pela qual a presente alternativa está correta. 
Item (B) - O delito de advocacia administrativa está tipificado no artigo 321 do Código Penal, que 
assim dispõe: "Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração 
pública, valendo-se da qualidade de funcionário". Do cotejo entre a conduta descrita no 
enunciado da questão e a contida no tipo penal ora transcrito, depreende-se que aquela não está 
subsumida a este. Trata-se, como visto na análise do item (A) da questão, do crime de 
condescendência criminosa, razão pela qual a presente alternativa está incorreta. 
Item (C) - O delito de tráfico de influência está tipificado no artigo 332 do Código Penal, que 
assim dispõe: "solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa 
de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da 
função". Do cotejo entre a conduta descrita no enunciado da questão e a contida no tipo penal 
ora transcrito, depreende-se que aquela não está subsumida a este. Trata-se, como visto na 
análise do item (A) da questão, do crime de condescendência criminosa, razão pela qual a 
presente alternativa está incorreta. 
Item (D) - O crime de prevaricação está tipificado no artigo 319 do Código Penal, que assim 
dispõe: "retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra 
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal". A conduta descrita 
Licensed to Jeremias de Oliveira Santos - jeresr15@gmail.com - 230.789.338-57 - HP3679571374
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Crimes em espécie em Questões 
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1
 
no enunciado por evidente não se 
enquadra no tipo penal ora transcrito. Configura o delito de condescendência criminosa como 
visto na análise do item (A) da questão, motivo pelo qual a presente alternativa está incorreta. 
Letra A 
Licensed to Jeremias de Oliveira Santos - jeresr15@gmail.com - 230.789.338-57 - HP3679571374
	01 CRIMES CONTRA A VIDA
	02 CRIMES CONTRA A HONRA
	03 CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL
	04 CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
	05 CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
	06 CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
	07 CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA
	08 CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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