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DIREITO PÚBLICO 
 
 
MÓDULO: DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 
 
TEMA 01 – Teoria do Direito Constitucional 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O Direito Constitucional emerge como um campo de estudo fundamental, cujas 
raízes formais remontam às Constituições escritas e rígidas dos Estados Unidos da 
América, em 1787, e da França, em 1791. Estes documentos inaugurais, forjados na 
esteira da Independência das 13 Colônias e da Revolução Francesa, delinearam os 
alicerces do constitucionalismo ao introduzirem de forma marcante a organização 
estatal e a limitação do poder governamental, fundamentadas na previsão de direitos e 
garantias fundamentais. 
 
 
 
 
 
 
 
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Definição de Direito Constitucional 
 
Afinal, o que é o Direito Constitucional? 
 
O Direito Constitucional é uma área do Direito Público, o qual se destaca por ter 
uma importância fundamental na operação do Estado, configuração, estrutura política e 
harmonização dos seus elementos essenciais. 
 
José Afonso da Silva, assim define: “como o ramo do direito público que expõe, 
interpreta e sistematiza os princípios fundamentais do Estado”. 
 
O foco do Direito Constitucional reside na constituição política do Estado, 
abrangendo a definição da sua organização, a estruturação das instituições e órgãos 
que o compõem, bem como as modalidades de aquisição e restrição do poder. Isso se 
dá, inclusive, por meio da previsão e salvaguarda de diversos direitos e garantias 
fundamentais, que conferem um caráter essencialmente normativo e protetor ao Direito 
Constitucional. 
 
 
Importância da Teoria Geral no Estudo Constitucional 
 
A Teoria Geral do Direito Constitucional assume papel crucial no entendimento 
e aprofundamento desse campo do conhecimento. Além de fornecer uma base teórica 
sólida para a compreensão dos princípios e valores subjacentes, ela lança luz sobre a 
evolução histórica que culminou nas Constituições modernas. Ao explorar as raízes do 
constitucionalismo nos Estados Unidos e na França, a Teoria Geral oferece um contexto 
essencial para a compreensão das bases conceituais que moldaram o Direito 
Constitucional contemporâneo. 
 
 
 
 
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Nesse contexto, a importância da Teoria Geral do Direito Constitucional não 
reside apenas na contextualização histórica, mas também na sua capacidade de 
fornecer uma estrutura conceitual para a análise crítica das Constituições. Ela permite 
uma compreensão profunda das questões relacionadas à limitação do poder estatal e à 
proteção dos direitos fundamentais, consolidando-se como um alicerce indispensável 
para qualquer estudioso ou praticante do Direito Público. 
 
 
CONSTITUIÇÃO 
 
A Constituição é a norma suprema de organização do Estado. 
A Constituição, em sentido amplo, emerge do ato de constituir, estabelecer e 
firmar, representando o processo pelo qual uma entidade, seja ela uma coisa ou um 
grupo de pessoas, se organiza e forma. Contudo, no âmbito jurídico, a Constituição 
assume uma magnitude singular, sendo compreendida como a lei fundamental e 
suprema de um Estado. 
Do ponto de vista jurídico, a Constituição abraça um conjunto de normas que 
delineiam a estruturação do Estado, a formação dos poderes públicos, a natureza do 
governo e os meios pelos quais o poder é adquirido para governar. Ela se estende à 
distribuição de competências entre os órgãos estatais, aos direitos e garantias dos 
cidadãos, bem como os deveres que lhes são impostos. 
Além desses aspectos, a Constituição serve como bússola normativa, 
delineando os limites e competências dos diversos órgãos estatais, proporcionando 
estabilidade e previsibilidade ao ordenamento jurídico. 
 
Canotilho nos ensina o conceito ideal de constituição, assim sendo: 
“este conceito ideal identifica-se fundamentalmente com os postulados 
políticos-liberais, considerando-os como elementos materiais caracterizadores 
e distintivos os seguintes: (a) a constituição deve consagrar um sistema de 
garantias da liberdade (esta essencialmente concebida no sentido do 
reconhecimento de direitos individuais e da participação dos cidadãos nos actos 
do poder legislativo através do parlamento); (b) a constituição contém o 
princípio da divisão de poderes, no sentido de garantia orgânica contra os 
abusos dos poderes estatais; (c) a constituição deve ser escrita (documento 
escrito)” 
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ATENÇÃO! entre todas as leis existentes no país, a Constituição é a 
norma suprema, ou seja, é a mais importante. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 
 
As constituições podem ser classificadas de várias maneiras com base em 
diferentes critérios. Aqui está um quadro que destaca algumas das principais 
classificações das constituições: 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS 
CONSTITUIÇÕES 
Quanto ao Conteúdo 
Materiais 
Formais 
Quanto à forma 
Escritas 
Não escritas 
Quanto ao modo de 
elaboração 
Dogmáticas 
Históricas 
Quanto à origem 
Promulgadas 
Outorgadas 
Quanto à 
estabilidade 
Imutáveis 
Rígidas 
Flexíveis 
Semirrígidas 
Quanto à extensão e 
finalidade 
Analíticas 
Sintéticas 
 
A Constituição Federal de 1988 do Brasil pode ser classificada com base em 
diversos critérios, conforme apresentado na análise a seguir: 
 
1. Escrita: 
• A Constituição de 1988 é escrita, uma vez que está codificada e 
sistematizada em um único documento, proporcionando uma base 
organizacional integral para o Estado brasileiro. 
 
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2. Dogmática: 
• Trata-se de uma constituição dogmática, pois é o resultado de um 
processo de elaboração por um órgão constituinte. Ela reflete princípios e 
ideias fundamentais da teoria política e do direito dominante na época de 
sua promulgação. 
 
3. Promulgada: 
• A Constituição de 1988 é promulgada, o que significa que foi elaborada e 
adotada por uma Assembleia Nacional Constituinte composta por 
representantes do povo, eleitos com o propósito específico de redigir a 
nova constituição. 
 
4. Rígida: 
• Quanto à rigidez, a Constituição de 1988 é rígida, pois sua alteração exige 
um processo legislativo mais solene e dificultoso do que o utilizado para a 
legislação ordinária. Esse processo está delineado no artigo 60 da própria 
Constituição Federal. 
 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do 
Senado Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da 
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus 
membros. 
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção 
federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. 
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, 
em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos 
dos votos dos respectivos membros. 
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
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§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
 
5. Dirigente: 
• É uma constituição dirigente, também conhecida como analítica. Ela 
abrange uma variedade de temas considerados relevantes para o Estado 
brasileiro, indo além do estabelecimento de princípios fundamentais. A 
Constituição Federal de 1988 tem um caráter programático, preocupando-
se com diretrizes e programas futuros. 
 
6. Formal: 
• A Constituição de 1988 é formal, pois está consubstanciada em um 
documento escrito, estabelecidopelo poder constituinte originário, 
refletindo assim a vontade e a organização fundamentais da nação. 
 
Essa análise mostra como a Constituição Federal de 1988 do Brasil incorpora 
diferentes características, refletindo as escolhas e as aspirações da sociedade brasileira 
na época de sua elaboração. 
 
Pedro Lenza nos fala um pouco mais acerca das características da Constituição 
Federal de 1988. 
 
 
Valendo-nos de todos os critérios classificatórios anteriormente expostos e a 
seguir esquematizados, podemos dizer que a Constituição brasileira de 1988 
singulariza-se por ser: promulgada, escrita, analítica, formal (cf. nova 
perspectiva classificatória decorrente do art. 5.º, § 3.º, introduzido pela EC n. 
45/2004, sugerida no item 2.4.4), dogmática, rígida, reduzida, eclética, pretende 
ser normativa, principiológica, definitiva (ou de duração indefinida para o futuro), 
autônoma (autoconstituição ou “homoconstituição”), garantia, dirigente, social e 
expansiva (2022, p. 110). 
 
 
 
 
 
 
 
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ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
 
1. Preâmbulo 
2. Disposições duráveis (artigos 1º ao 250 da Constituição Federal) 
3. Disposições transitórias (artigos 1º ao 144 do ADCT) 
4. Emendas Constitucionais 
 
 
A nossa constituição inicia com o preâmbulo que estudaremos logo em seguida. 
Por segundo, existem as disposições duráveis compostas do corpo constitucional em 
si. Por terceiro, surge as disposições transitórias. Por fim, o texto das emendas 
constitucionais. 
 
Existem dois tipos de emendas constitucionais: 
 
➢ As emendas comuns que se iniciam com a emenda nº 1 do ano de 1992 
até a emenda 131 de 03 de outubro de 2023. Nós temos 131 emendas 
constitucionais ao longo do período de 35 anos de vigência da 
Constituição Federal de 1988. 
➢ Existem ainda as emendas de revisão, que até hoje foram 6. Quando foi 
criada a Constituição, o próprio constituinte estabelece que, no prazo de 
5 anos, após a promulgação em 1988, seria verificado o que estava 
dando certo. Assim, o próprio constituinte estabeleceu uma revisão da 
Constituição. 
 
A revisão foi realizada no ano de 1994, e dela surgiram 6 emendas de revisão. 
Hoje não se faz emenda de revisão, visto que foi estabelecido que ela ocorreria apenas 
uma única vez após cinco anos de promulgação da Constituição Federal de 1988. 
 
Vamos analisar agora toda a estrutura da Constituição Federal de 1988, 
iniciando pelo preâmbulo. 
 
 
 
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❖ PREÂMBULO 
 
A Constituição cidadã de 1988 foi precedida de um preâmbulo, tendo sido 
distribuídos em nove títulos e setenta disposições transitórias. Dessa forma, o título I foi 
dedicado aos princípios fundamentais, afirmando os fundamentos, objetivos e princípios 
e a relações internas e internacionais que devem reger a República Federativa do Brasil. 
 
Seguidamente no título II, enuncia os direitos e garantias fundamentais, 
buscando demarcar a sua primazia na nova ordem constitucional após a Segunda 
Guerra Mundial. Em seguida, existe o título III, denominado “Da Organização do 
Estado”, dispondo acerca da organização político-administrativo dos entes federativos, 
quais sejam, Municípios, Estados, Distrito Federal e União. 
 
No título IV, denominado “Da Organização dos Poderes”, existe a previsão do 
Judiciário, executivo e Legislativo, bem como das funções essenciais da justiça, 
inclusive dispondo sobre o Ministério Público, a Advocacia Privada e a Defensoria 
Pública. No título V, foi criada a “Defesa do Estado e das Instituições Democráticas”, 
estabelecendo o estado de defesa, o estado de sítio, as Forças Armadas e a segurança 
pública. 
 
 
 
 
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Com o título VI, veio como tema a tributação e o orçamento, dispondo sobre o 
sistema tributário nacional e as finanças públicas. Logo depois, o título VII dispõe 
acerca da ordem econômica e financeira, regulando o papel do Estado na Economia, 
as políticas urbanas e agrícola e o sistema financeiro nacional. Na sequência, vem o 
título VIII com os temas ligados à ordem social dispondo sobre ciência, educação e 
família. Finalmente, o último título, o título IX, trouxe as disposições constitucionais 
gerais para concluir o texto constitucional. 
 
Pedro Lenza nos fala um pouco acerca do preâmbulo da Constituição Federal 
de 1988. 
 
Por todo o exposto, podemos sustentar que o preâmbulo não tem relevância 
jurídica, não tem força normativa, não cria direitos ou obrigações, não tem força 
obrigatória, servindo, apenas, como norte interpretativo das normas 
constitucionais. Por essas características e por não constituir norma central, a 
invocação à divindade não é de reprodução obrigatória nos preâmbulos das 
Constituições estaduais e leis orgânicas do DF e dos Municípios. Conforme 
visto, o Brasil é um país leigo, laico ou não confessional, lembrando que Estado 
laico não significa Estado ateu (2022, p. 183). 
 
O governante não pode optar em fazer ou não valer a Constituição, visto que a 
Constituição possui objetivos e impõe aos governantes que eles façam valer os 
dispositivos. Os objetivos estabelecidos na Constituição não são opção para o 
governante, mas um mandado. 
Os direitos e garantias fundamentais tradicionalmente ficavam ao final das 
Constituições. 
 
Contudo, a nossa Constituição de 1988 trouxe para o início do texto, sinalizando 
a importância dos direitos fundamentais. O ponto central da nossa Constituição Federal 
de 1988 é a dignidade da pessoa humana e a proteção dos direitos e garantias 
fundamentais. 
Pedro Lenza nos fala acerca das teorias acerca do preâmbulo, abrangendo a 
tese da irrelevância jurídica, tese da plena eficácia e a tese da relevância jurídica 
indireta. 
 
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Três são as posições apontadas pela doutrina e sistematizadas por Jorge 
Miranda: a) tese da irrelevância jurídica: o preâmbulo situa-se no domínio da 
política, sem relevância jurídica; b) tese da plena eficácia: tem a mesma eficácia 
jurídica das normas constitucionais, sendo, porém, apresentado de forma não 
articulada; c) tese da relevância jurídica indireta: ponto intermediário entre as 
duas, já que, muito embora participe “das características jurídicas da 
Constituição”, não deve ser confundido com o articulado (2022, p. 184). 
 
 
As funções essenciais da justiça não fazem parte dos poderes e possuem 
autonomia. Contudo, são funções sem as quais não se faz justiça. A advocacia é um 
instrumento por meio do qual se chega até o Poder Judiciário. O Ministério Público atua 
como fiscal da lei e no interesse de incapazes. A Defensoria Pública é utilizada no 
acesso à justiça e na promoção dos direitos humanos. 
Continuando com a análise da estrutura da Constituição Federal de 1988, 
vamos analisar agora o texto do preâmbulo. Vejamos o que ele dispõe: 
 
PREÂMBULO 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional 
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o 
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de 
uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia 
social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica 
das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 
 
O preâmbulo traz várias informações sobre escolhas políticas. O preâmbulo 
dispõe que os representantes do povo reunidos em Assembleia Nacional Constituinte 
estavam incumbidos em instituir por meio da Constituição Federal de 1988 um Estado 
Democrático de Direito, visando assegurar o exercício de direitos sociais e individuais, 
bem como a liberdade, segurança e bem-estar. Busca-se ainda o desenvolvimento da 
igualdade e da justiça como valores supremos de uma sociedade pautadana harmonia 
social. 
 
 
 
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Como se sabe, foi promulgado o preâmbulo sob a proteção de Deus. Rodrigo 
Padilha nos fala do termo “Deus”, que foi empregado na Constituição. 
 
Quanto ao termo “Deus” utilizado no preâmbulo constitucional em pleno Estado 
laico (art. 5.º, VIII), cumpre dizer que é uma prática comum das Constituições 
brasileiras. Apesar de o Brasil não ter religião oficial desde 1890, todas as 
Constituições já vigentes no País, à exceção das promulgadas em 1891 e 1937, 
utilizaram “Deus” em seus preâmbulos (2020, p. 46). 
 
 
Pedro Lenza também nos fala sobre o assunto. 
 
O STF também confirmou que a invocação a Deus no preâmbulo não 
enfraquece a laicidade do Estado brasileiro, que, inclusive, nos termos do art. 
5.º, VI, declara ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo 
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a 
proteção aos locais de culto e das suas liturgias (2022, p. 184). 
 
O Supremo Tribunal Federal já se manifestou sobre a obrigatoriedade do termo 
“Deus” no preâmbulo das Constituições Estaduais, afirmando não ser obrigatório. 
 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. CONSTITUIÇÃO: PREÂMBULO. NORMAS 
CENTRAIS. Constituição do Acre. I. - Normas centrais da Constituição Federal: 
essas normas são de reprodução obrigatória na Constituição do Estado-
membro, mesmo porque, reproduzidas, ou não, incidirão sobre a ordem local. 
Reclamações 370-MT e 383-SP (RTJ 147/404). II. - Preâmbulo da Constituição: 
não constitui norma central. Invocação da proteção de Deus: não se trata de 
norma de reprodução obrigatória na Constituição estadual, não tendo força 
normativa. III. - Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. (ADI 
2076, Relator(a): CARLOS VELLOSO, Tribunal Pleno, julgado em 15/08/2002, 
DJ 08-08-2003 PP-00086 EMENT VOL-02118-01 PP-00218) 
 
O preâmbulo não é considerado norma constitucional, sendo uma parte de 
intenções da Constituição, refletindo o momento de inauguração do texto constitucional. 
Instituir um Estado Democrático de Direito significa afirmar a importância da 
participação popular no governo. Alexandre de Moraes nos fala acerca dele: 
 
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O Estado de Direito caracteriza-se por apresentar as seguintes premissas: (1) 
primazia da lei, (2) sistema hierárquico de normas que preserva a segurança 
jurídica e que se concretiza na diferente natureza das distintas normas e em 
seu correspondente âmbito de validade; (3) observância obrigatória da 
legalidade pela administração pública; (4) separação de poderes como garantia 
da liberdade ou controle de possíveis abusos; (5) reconhecimento da 
personalidade jurídica do Estado, que mantém relações jurídicas com os 
cidadãos; (6) reconhecimento e garantia dos direitos fundamentais 
incorporados à ordem constitucional; (7) em alguns casos, a existência de 
controle de constitucionalidade das leis como garantia ante o despotismo do 
Legislativo (2022, p. 14). 
 
O alcance de uma sociedade fraternal e sem preconceitos passa por uma 
sociedade baseada no princípio da dignidade da pessoa humana, na promoção do bem 
de todos e na igualdade sem preconceitos. 
 
Nos fala o Ministro Edson Fachin, na RHC 222.599, acerca da compatibilidade 
com o texto constitucional. 
 
Assim, a delimitação do alcance material para a aplicação do acordo 
“despenalizador” e a inibição da persecução do crime exige a conformidade com 
o texto Constitucional e com os compromissos assumidos pelo Estado brasileiro 
internacionalmente, como limite necessário para a preservação do direito 
fundamental à não discriminação e à não submissão à tortura – seja ela 
psicológica ou física, ao tratamento desumano ou degradante, operada pelo 
conjunto de sentidos estereotipados que circula e que atribui tanta às mulheres 
quanto às pessoas negras posição inferior, numa perversa hierarquia de 
humanidades. (RHC 222.5999, rel. min, Edson Fachin, j. 7-2-2032) 
 
Existe um tópico interessante para ser buscado dentro do site do Supremo 
Tribunal Federal, que se chama “Constituição e Supremo”, servindo para saber sobre 
um julgado específico de algum artigo da Constituição ou do próprio preâmbulo. 
 
 
 
 
 
 
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Vamos ler agora um trecho do voto da ministra Carmen Lúcia no julgamento da 
ADI 2.649: 
 
Este signo desemprenha, aí, função pragmática, porque, com o objetivo de 
‘assegurar’, tem o efeito imediato de prescrever ao Estado uma ação em favor 
da efetiva realização dos ditos valores em direção (função diretiva) de 
destinatários das normas constitucionais que dão a esses valores conteúdo 
específico (...). Na esteira destes valores supremos explicitados no Preâmbulo 
da Constituição brasileiro de 1988 é que se afirma, nas normas constitucionais 
vigentes, o princípio jurídico da solidariedade. (ADI 2.649, voto da rel. min, 
Carmen Lúcia, j. 8-5-52008. P, DJE de 17-10-2008). 
 
 
Ressalta o ministro Carlos Velloso que o preâmbulo não constitui norma central. 
Vejamos: 
 
Preâmbulo da Constituição: não constitui norma central. Invocação da proteção 
de Deus: não se trata de norma de reprodução obrigatória na Constituição 
estadual, não tendo força normativa. (ADI 2.076, rel. min, Carlos Velloso, j. 15-
8-2002. 
 
Continuares agora a nossa análise da estrutura da Constituição Federal de 
1988. Vamos para mais um texto do Barroso que nos fala da relevância jurídica do 
preâmbulo. 
 
Muito se discute a respeito da relevância jurídica do preâmbulo de uma 
Constituição, especialmente quanto à sua eficácia e à possibilidade de uma lei 
ser declarada inconstitucional por contrariar o seu texto. 
A matéria não é pacífica na doutrina. Há três posições doutrinárias sobre o 
tema: (a) a tese da irrelevância jurídica, segundo a qual o preâmbulo não se 
situa no domínio do Direito, mas sim no da política; (b) a tese da plena eficácia, 
que reconhece ao preâmbulo a mesma eficácia jurídica de quaisquer outras 
disposições constitucionais; e (c) a tese da relevância jurídica indireta, segundo 
a qual o preâmbulo desempenha um papel orientador na identificação das 
características da Constituição, mas não se confunda com suas normas. 
 
 
 
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No Brasil, a Constituição do Acre omitiu o nome de Deus no preâmbulo, e 
quando essa questão chegou ao Supremo Tribunal Federal, ocorreu a decisão de que 
as Constituições Estaduais não estão obrigadas a escrever o nome de Deus em seus 
preâmbulos. Vejamos o que nos diz Barroso sobre o tema: 
 
No Brasil, a questão foi enfrentada pelo Supremo Tribunal Federal em 
importante ação, na qual se discutia a constitucionalidade do preâmbulo da 
Constituição do Estado do Acre, pelo fato de haver sido omitida a referência à 
proteção de Deus presente no preâmbulo da Constituição Federal de 1988. 
Para o Tribunal, o preâmbulo da Constituição Federal não se situa no âmbito 
do Direito, mas no domínio da política, refletindo posição ideológica do 
constituinte. Como tal, não possui valor normativo, apresentando-se desvestido 
de relevância jurídica e força cogente. Não constitui o preâmbulo, portanto, 
norma central da Constituição, razão pela qual a invocação da proteção de 
Deus não é norma de reprodução obrigatória na Constituição Estadual. 
 
Continuando no pensamento do Barroso, percebemos que o preâmbulo da 
Constituição não se situa no âmbito do Direito Constitucional, e sim no domínio da 
política. Não constitui norma central da Constituição Federal. 
 
Em outra oportunidade, diante de ação em que congressistas requeriam a 
suspensão da tramitação da proposta que veio a resultar na Emenda 
Constitucional 41 de 2003 (Reforma de Previdência), por ofensa ao texto do 
preâmbulo da Constituição Federal de 1988, a Corte Maior deixou assente, 
também, que o conteúdo do preâmbulo não impõe qualquer limitação de ordem 
material ao poder reformadoroutorgado ao Congresso Nacional. 
Em síntese, podemos concluir que o preâmbulo da Constituição Federal de 
1988: (a) não se situa no âmbito do Direito Constitucional, mas no domínio da 
política; (b) não constitui norma centra da Constituição Federal; (c) não possui 
valor normativo, apresentando-se desvestido de força cogente e relevância 
jurídica. 
 
Continuando na ideia de Barroso acerca do preâmbulo da Constituição, vamos 
acompanhar mais um trecho do seu livro. 
 
 
 
 
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(d) não é norma de observância obrigatória pelos estados-membros, Distrito 
Federal e municípios; (e) não serve de parâmetro para a declaração de 
inconstitucionalidade das leis, vale dizer, não há inconstitucionalidade por 
violação do preâmbulo; e (f) não constitui limitação à atuação do poder 
constituinte derivado, ao modificar o texto constitucional. 
Sem embargo dessas conclusões, a doutrina pátria costuma reconhecer ao 
preâmbulo da Constituição Federal de 1988 a função de diretriz interpretativa 
do texto constitucional, por auxiliar na identificação dos princípios e valores 
primordiais que orientam o constituinte originários na sua elaboração. 
 
 
❖ Ato das Disposições Constitucionais Transitórias 
 
O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias estiveram previstos em 
todas as Constituições Brasileiras, exceto a primeira, a de 1824. 
 
 
 É importante salientar que nas Constituições de 1891, 1934, 1946 e 1988, 
determinados dispositivos foram consistentemente destacados do texto principal. No 
caso específico da Constituição de 1988, o Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias (ADCT) inicialmente compreendia 70 artigos. Entretanto, ao longo do 
tempo, esse número foi ampliado devido a reformas constitucionais. Essas modificações 
refletem a dinâmica do ordenamento jurídico e as adaptações necessárias ao contexto 
social e político do país. 
 
Pedro Lenza nos fala acerca das características do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias. 
 
Outra característica interessante dos textos nos quais o ADCT se apresenta de 
forma destacada (inclusive com promulgação autônoma em relação às 
disposições do corpo) é a particular técnica redacional de se iniciar uma nova 
numeração dos artigos, bem como a inexistência de divisão em títulos, 
capítulos, seções ou subseções (2022, p. 1547). 
 
 
 
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Caminhando na estrutura da constituição, chegamos no Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias, previsto nos artigos 1º ao 123, tendo numeração própria e 
ficando ao final do corpo dogmático do texto de 1988. Apesar disso, essa parte do ADCT 
não deixa de ser norma constitucional. 
A finalidade do ADCT é construir regras de transição que auxiliem na passagem 
do ordenamento jurídico antigo para o novo, evitando os efeitos nocivos que possam 
advir desse momento. 
 
Devemos frisar ainda que muitas constituições de outros países não 
estabelecem regras de transição, principalmente quando o novo regime está quase que 
totalmente desvinculado do anterior. 
Portanto, podemos concluir que o Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias é composto de normas constitucionais dotadas de supremacia. Desse 
modo, qualquer norma infraconstitucional deve respeitá-lo. Não há hierarquia entre 
normas constitucionais, pois todas são dotadas de supremacia e estão no ápice, 
devendo nortear todo o ordenamento jurídico inferior. Todo ordenamento deve ser lido 
à luz do texto constitucional, incluindo a parte dogmática, do ADCT e das emendas 
constitucionais. 
 
O Ato das Disposições Transitórias é composto de normas transitórias que, 
quando cumprida a finalidade para que foram criadas, terá sua eficácia exaurida ou 
esgotada. 
 
Esse ADCT possui dois tipos de normas: 
(1) as que contêm regras necessárias para assegurar uma harmoniosa 
transição do regime constitucional anterior para o novo regime; e 
(2) as normas que não estão relacionadas com essa transição. 
 
Podemos lembrar das normas exauridas como aquelas que já desapareceram 
por terem realizado sua condição. Citamos, como exemplo, o artigo 4º do ADCT. 
Vejamos: 
 
 
 
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Art. 4º. O mandato do atual Presidente da República terminará em 15 de março 
de 1990. 
§ 1º A primeira eleição para Presidente da República após a promulgação da 
Constituição será realizada no dia 15 de novembro de 1989, não se lhe 
aplicando o disposto no art. 16 da Constituição. 
§ 2º É assegurada a irredutibilidade da atual representação dos Estados e do 
Distrito Federal na Câmara dos Deputados. 
§ 3º Os mandatos dos Governadores e dos Vice-Governadores eleitos em 15 
de novembro de 1986 terminarão em 15 de março de 1991. 
§ 4º Os mandatos dos atuais Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores terminarão 
no dia 1º de janeiro de 1989, com a posse dos eleitos. 
 
Existem ainda no ADCT normas dependentes de legislação e de execução, 
como é o caso do artigo 10. Vejamos: 
 
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, 
I, da Constituição: 
I - fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da 
porcentagem prevista no art. 6º, "caput" e § 1º, da Lei nº 5.107, de 13 de 
setembro de 1966 ; 
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: 
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de 
prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após 
o final de seu mandato; 
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses 
após o parto. (Vide Lei Complementar nº 146, de 2014) 
§ 1º Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX, da Constituição, 
o prazo da licença-paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias. 
§ 2º Até ulterior disposição legal, a cobrança das contribuições para o custeio 
das atividades dos sindicatos rurais será feita juntamente com a do imposto 
territorial rural, pelo mesmo órgão arrecadador. 
§ 3º Na primeira comprovação do cumprimento das obrigações trabalhistas pelo 
empregador rural, na forma do art. 233, após a promulgação da Constituição, 
será certificada perante a Justiça do Trabalho a regularidade do contrato e das 
atualizações das obrigações trabalhistas de todo o período. 
 
Existem ainda no ADCT as chamadas normas dotadas de duração temporária 
expressa. É o caso, por exemplo, do artigo 40, que manteve, após 25 anos da 
promulgação da Constituição, a Zona Franca de Manaus. 
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 Art. 40. É mantida a Zona Franca de Manaus, com suas características de área 
livre de comércio, de exportação e importação, e de incentivos fiscais, pelo 
prazo de vinte e cinco anos, a partir da promulgação da Constituição. (Vide 
Decreto nº 7.212, de 2010) 
Parágrafo único. Somente por lei federal podem ser modificados os critérios que 
disciplinaram ou venham a disciplinar a aprovação dos projetos na Zona Franca 
de Manaus. 
 
Podemos falar ainda das normas de recepção, que estão presentes no artigo 
34, § 5º. Vejamos: 
 
Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro dia 
do quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até então, 
o da Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda nº 1, de 1969, e 
pelas posteriores. 
(..) 
§ 5º Vigente o novo sistema tributário nacional, fica assegurada a aplicação da 
legislação anterior, no que não seja incompatível com ele e com a legislação 
referida nos §3º e § 4º. 
 
Existem ainda as normas que versam acerca de benefícios e direitos, como no 
caso do artigo 53. 
 
Art. 53. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações 
bélicas durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 
de setembro de 1967 , serão assegurados os seguintes direitos: 
I - aproveitamento no serviço público, sem a exigência de concurso, com 
estabilidade; 
II -pensão especial correspondente à deixada por segundo-tenente das Forças 
Armadas, que poderá ser requerida a qualquer tempo, sendo inacumulável com 
quaisquer rendimentos recebidos dos cofres públicos, exceto os benefícios 
previdenciários, ressalvado o direito de opção; 
III - em caso de morte, pensão à viúva ou companheira ou dependente, de forma 
proporcional, de valor igual à do inciso anterior; 
IV - assistência médica, hospitalar e educacional gratuita, extensiva aos 
dependentes; 
V - aposentadoria com proventos integrais aos vinte e cinco anos de serviço 
efetivo, em qualquer regime jurídico; 
 
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VI - prioridade na aquisição da casa própria, para os que não a possuam ou 
para suas viúvas ou companheiras. 
Parágrafo único. A concessão da pensão especial do inciso II substitui, para 
todos os efeitos legais, qualquer outra pensão já concedida ao ex-combatente. 
 
Também são exemplos de normas que versam acerca de benefícios e direitos 
o artigo 54 do ADCT. 
 
Art. 54. Os seringueiros recrutados nos termos do Decreto-Lei nº 5.813, de 14 
de setembro de 1943 , e amparados pelo Decreto-Lei nº 9.882, de 16 de 
setembro de 1946 , receberão, quando carentes, pensão mensal vitalícia no 
valor de dois salários mínimos. 
§ 1º O benefício é estendido aos seringueiros que, atendendo a apelo do 
Governo brasileiro, contribuíram para o esforço de guerra, trabalhando na 
produção de borracha, na Região Amazônica, durante a Segunda Guerra 
Mundial. 
§ 2º Os benefícios estabelecidos neste artigo são transferíveis aos 
dependentes reconhecidamente carentes. 
§ 3º A concessão do benefício far-se-á conforme lei a ser proposta pelo Poder 
Executivo dentro de cento e cinqüenta dias da promulgação da Constituição. 
 
 
Podemos falar também das normas de efeitos instantâneos e definitivos, que se 
realizam imediatamente, não dependendo de prazo. Podemos citar aqui o artigo 13, que 
criou o Estado de Tocantins. Vejamos: 
 
Art. 13. É criado o Estado do Tocantins, pelo desmembramento da área descrita 
neste artigo, dando-se sua instalação no quadragésimo sexto dia após a eleição 
prevista no § 3º, mas não antes de 1º de janeiro de 1989. 
§ 1º O Estado do Tocantins integra a Região Norte e limita-se com o Estado de 
Goiás pelas divisas norte dos Municípios de São Miguel do Araguaia, 
Porangatu, Formoso, Minaçu, Cavalcante, Monte Alegre de Goiás e Campos 
Belos, conservando a leste, norte e oeste as divisas atuais de Goiás com os 
Estados da Bahia, Piauí, Maranhão, Pará e Mato Grosso. 
§ 2º O Poder Executivo designará uma das cidades do Estado para sua Capital 
provisória até a aprovação da sede definitiva do governo pela Assembléia 
Constituinte. 
 
 
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Por fim, podemos citar as disposições de efeitos diferidos, que são aquelas que 
sustam a norma até a ocorrência de um evento, como no caso do artigo 16. Vejamos: 
 
Art. 16. Até que se efetive o disposto no art. 32, § 2º, da Constituição, caberá 
ao Presidente da República, com a aprovação do Senado Federal, indicar o 
Governador e o Vice-Governador do Distrito Federal. 
§ 1º A competência da Câmara Legislativa do Distrito Federal, até que se 
instale, será exercida pelo Senado Federal. 
§ 2º A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial 
do Distrito Federal, enquanto não for instalada a Câmara Legislativa, será 
exercida pelo Senado Federal, mediante controle externo, com o auxílio do 
Tribunal de Contas do Distrito Federal, observado o disposto no art. 72 da 
Constituição. 
§ 3º Incluem-se entre os bens do Distrito Federal aqueles que lhe vierem a ser 
atribuídos pela União na forma da lei. 
 
As normas previstas no ADCT são construídas para exercerem um papel de 
acomodação e transição do ordenamento jurídico. Com isso, apresentam uma eficácia 
temporal e se esgotam com a produção dos efeitos, formando normas de eficácia 
exaurida. 
 
Contudo, as funções de normas exauridas do ADCT vêm sendo relativizada por 
muitas emendas que visam incluir normas de caráter permanente. Vejamos o que Pedro 
Lenza nos fala acerca da natureza jurídica do ADCT. 
 
O ADCT, como o nome já induz (Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias), tem natureza jurídica de norma constitucional e poderá, portanto, 
trazer exceções às regras colocadas no corpo da Constituição. Assim como no 
corpo encontramos regras (por exemplo, tratamento igual entre brasileiro nato 
e naturalizado, art. 12, § 2.º) e exceções a essas regras (por exemplo, art. 12, 
§ 3.º, I, que reserva o cargo de Presidente da República somente para 
brasileiros natos), também o ADCT poderá excepcionar regras gerais do 
corpo,96 por apresentar a mesma natureza jurídica delas (2022, p. 1547). 
 
 
 
 
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As regras estabelecidas no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias 
possuem natureza jurídica de norma constitucional. Assim, como possuem natureza 
constitucional, necessitam da manifestação do poder constituinte derivado reformador 
por meio de emenda constitucional para que sejam alteradas. Servem, ainda, para 
análise de constitucionalidade dos demais atos jurídicos, conforme decisão do Supremo 
Tribunal Federal no julgamento do RE 160.486. 
 
PRECATÓRIO - PAGAMENTO PARCELADO - ADCT, ART. 33 - NATUREZA 
JURÍDICA DAS NORMAS INTEGRANTES DO ADCT - RELAÇÕES ENTRE O 
ADCT E AS DISPOSIÇÕES PERMANENTES DA CONSTITUIÇÃO - 
ANTINOMIA APARENTE - A QUESTÃO DA COERÊNCIA DO 
ORDENAMENTO POSITIVO - RECURS O EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO 
E PROVIDO . - Os postulados que informam a teoria do ordenamento jurídico e 
que lhe dão o necessário substrato doutrinário assentam-se na premissa 
fundamental de que o sistema de direito positivo, além de caracterizar uma 
unidade institucional, constitui um complexo de normas que devem manter entre 
si um vínculo de essencial coerência . - O Ato das Disposições Transitórias, 
promulgado em 1988 pelo legislador constituinte, qualifica-se, juridicamente, 
como um estatuto de índole constitucional. A estrutura normativa que nele se 
acha consubstanciada ostenta, em conseqüência, a rigidez peculiar às regras 
inscritas no texto básico da Lei Fundamental da República. Disso decorre o 
reconhecimento de que inexistem, entre as normas inscritas no ADCT e os 
preceitos constantes da Carta Política, quaisquer desníveis ou desigualdades 
quanto à intensidade de sua eficácia ou à prevalência de sua autoridade. 
Situam-se, ambos, no mais elevado grau de positividade jurídica, impondo-se, 
no plano do ordenamento estatal, enquanto categorias normativas 
subordinantes, à observância compulsória de todos, especialmente dos órgãos 
que integram o aparelho de Estado . - Inexiste qualquer relação de antinomia 
real ou insuperável entre a norma inscrita no art. 33 do ADCT e os postulados 
da isonomia, da justa indenização, do direito adquirido e do pagamento 
mediante precatórios, consagrados pelas disposições permanentes da 
Constituição da Republica, eis que todas essas cláusulas normativas, inclusive 
aquelas de índole transitória, ostentam grau idêntico de eficácia e de autoridade 
jurídicas . - O preceito consubstanciado no art. 33 d o ADCT - somente 
inaplicável aos créditos de natureza alimentar - compreende todos os 
precatórios judiciais pendentes de pagamento em 05/10/88, inclusive aqueles 
relativos a valores decorrentes de desapropriações efetivadas pelo Poder 
Público. 
 
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(STF - RE: 160486 SP, Relator: Min. CELSO DE MELLO, Data de Julgamento: 
11/10/1994, Primeira Turma, Data de Publicação: DJ 09-06-1995 PP-17246 
EMENT VOL-01790-06 PP-01223) 
 
 As normas do ADCT podem ser reformadas? Sim. Lembramos que as 
normas eram originariamente compostas de 70 artigos, e hoje contam com 123, 
podendo ser reformadas por meio do poder constituinte derivado reformador. Contudo, 
há de se ressalvar que não nos parece razoável atuarnas normas que já foram 
exauridas. 
 
 Ressaltamos que, para a modificação do ADCT, deve-se observar que as 
normas são compostas por princípios intangíveis e que há limites ao poder de reforma. 
É o que ocorre no caso do artigo 68, que garante aos quilombolas remanescentes de 
terras de quilombos a propriedade definitiva, não podendo ser retirada por meio de 
reforma. Vejamos essa norma: 
 
Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam 
ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado 
emitir-lhes os títulos respectivos. 
 
 No Estado de São Paulo, por muitos anos não existia a Defensoria Pública. 
Então, os procuradores estaduais faziam as vezes dos defensores públicos, tendo em 
vista que era necessária a defesa dos necessitados. 
 
 
Ao longo da criação da Defensoria, também foram criadas regras para definir 
como seriam criadas as defensorias nas cidades e qual seria o critério para 
implementação de maneira menos desigual possível. Critérios constitucionais foram 
postos e as defensorias foram instituídas, não existindo mais razão para que uma norma 
como essa venha a valer nos dias atuais, visto que já cumpriu sua finalidade. 
 
 
 
 
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Art. 98. O número de defensores públicos na unidade jurisdicional será 
proporcional à efetiva demanda pelo serviço da Defensoria Pública e à 
respectiva população. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 80, de 
2014) 
§ 1º No prazo de 8 (oito) anos, a União, os Estados e o Distrito Federal deverão 
contar com defensores públicos em todas as unidades jurisdicionais, observado 
o disposto no caput deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
80, de 2014) 
§ 2º Durante o decurso do prazo previsto no § 1º deste artigo, a lotação dos 
defensores públicos ocorrerá, prioritariamente, atendendo as regiões com 
maiores índices de exclusão social e adensamento populacional. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) 
 
 
 
 
Outro exemplo importante é o artigo 3º do Ato de Disposições Constitucionais 
Transitórias. Dispõe que a revisão constitucional ocorrerá após cinco anos da 
promulgação da Constituição. 
 
Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da 
promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do 
Congresso Nacional, em sessão unicameral. 
 
Lembramos que o Ato de Disposições Constitucionais Transitórias faz parte da 
Constituição e só podem ser alterados por emenda, pois são normas de caráter 
constitucional. 
Além dessas normas que asseguram uma transição harmoniosa entre o texto 
antigo e o de 1988, existem normas criadas para finalizadas específicas. 
 
 
 
 
 
 
 
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❖ Emendas Constitucionais 
 
A nossa Constituição Federal de 1988 é rígida, precisando de um processo mais 
difícil de alteração do que os utilizados na legislação infraconstitucional para ser 
alterada. 
Dessa forma, a emenda constitucional vem para alterar o texto originário de uma 
constituição, devendo respeitar os limites fixados pelo legislador no artigo 60 da 
Constituição Federal. 
 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do 
Senado Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da 
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus 
membros. 
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção 
federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. 
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, 
em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos 
dos votos dos respectivos membros. 
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
 
 
 
Alexandre de Moraes nos fala sobre os limites estabelecidos no artigo 60 para 
as emendas constitucionais. 
 
 
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Tal fato é possível, pois a emenda à constituição é produzida segundo uma 
forma e versando sobre conteúdo previamente limitado pelo legislador 
constituinte originário. Dessa maneira, se houver respeito aos preceitos fixados 
pelo art. 60 da Constituição Federal, a emenda constitucional ingressará no 
ordenamento jurídico com status constitucional, devendo ser compatibilizada 
com as demais normas originárias. Porém, se qualquer das limitações impostas 
pelo citado artigo for desrespeitada, a emenda constitucional será 
inconstitucional, devendo ser retirada do ordenamento jurídico através das 
regras de controle de constitucionalidade, por inobservarem as limitações 
jurídicas estabelecidas na Carta Magna (2020, p. 1042). 
 
Pedro Lenza discorre um pouco mais acerca das emendas constitucionais. 
Vejamos: 
 
Como dissemos, as emendas constitucionais podem ser objeto de controle, 
embora introduzam no ordenamento normas de caráter constitucional. O que 
temos com o processo de emendas é a manifestação do poder constituinte 
derivado reformador, e, como vimos ao estudar a teoria do poder constituinte, a 
derivação dá-se em relação ao poder constituinte originário. Este último é 
ilimitado juridicamente e autônomo. O derivado reformador, por seu turno, deve 
observar os limites impostos e estabelecidos pelo originário, como decorre da 
observância às regras do art. 60 da CF/88. Assim, desobedecendo aos referidos 
limites, inevitável declarar inconstitucional a emenda que introduziu uma 
alteração no texto constitucional (2022, p. 319). 
 
As emendas constitucionais são de dois tipos: as emendas comuns e as 
emendas de revisão. As emendas comuns são aquelas fruto do poder constituinte 
derivado reformador. 
 
 
 
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❖ Constituição de 1988 
 
A Assembleia Nacional Constituinte foi convocada e instalada em 1º de fevereiro 
de 1987. Vejamos o que nos diz Lenza sobre essa Assembleia. 
 
Como anota Barroso, “além das dificuldades naturais, advindas da 
heterogeneidade das visões políticas, também a metodologia de trabalho 
utilizada contribuiu para as deficiências do texto final. Dividida, inicialmente, em 
24 subcomissões e, posteriormente, em 8 comissões, cada uma delas elaborou 
um anteprojeto parcial, encaminhado à Comissão de Sistematização. Em 25 de 
junho do mesmo ano, o relator desta Comissão, Deputado Bernardo Cabral, 
apresentou um trabalho em que reuniu todos estes anteprojetos em uma peça 
de 551 artigos! A falta de coordenação entre as diversas comissões, e a 
abrangência desmesurada com que cada uma cuidou de seu tema, foram 
responsáveis por uma das maiores vicissitudes da Constituição de 1988: as 
superposições e o detalhismo minucioso, prolixo, casuístico, inteiramente 
impróprio para um documento dessa natureza. De outra parte, o assédio dos 
lobbies, dos grupos de pressão de toda ordem, gerou um texto com inúmeras 
esquizofrenias ideológicas e densamente corporativo” (2022, p. 1547). 
 
 
 
 
 
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Após os trabalhos da Assembleia Constituinte, a Constituição de 1988 foi 
promulgada em 5 de outubro de 1988, ampliando direitos civis, concedendo direito ao 
voto, aos analfabetos e aos jovens entre 16 e 17 anos. Em direitos trabalhistas, previu 
redução da jornada de trabalho, seguro-desemprego e férias remuneradas. 
 
Rodrigo Padilha nos fala da importância daConstituição Federal Brasileira de 
1988: 
 
A atual Constituição é, acima de tudo, uma carta de esperança por dias 
melhores. Abarca direitos nunca antes tratados em textos constitucionais 
anteriores, é a carta mais completa da história no tocante aos direitos 
individuais, coletivos e sociais, é a Constituição que mais trouxe ações para 
tutelar esses direitos e também ampliou o âmbito de controle de 
constitucionalidade das leis, com o objetivo de garantir maior segurança ao 
sistema normativo (2020, p. 28). 
 
A Constituição de 1988 redemocratizou o país e trouxe disposições importantes. 
Ulysses Guimarães foi presidente da Assembleia Nacional Constituinte e denominou a 
Constituição de 1988 de Constituição Cidadã, visto o amplo engajamento do povo. 
Tivemos o primeiro plebiscito no Brasil após cinco anos da promulgação da 
Constituição de 1988, em 21 de abril de 1993, para confirmar a manutenção da república 
e do sistema presidencialista no país. 
Outras características que podem ser descritas é que a capital federal continua 
sendo Brasília, o Brasil é um estado laico, leigo sem religião oficial, e a teoria tripartida 
contina a existir quanto aos poderes. 
 
 
❖ Entrada em vigor de uma nova constituição 
 
Agora, iremos caminhar para os fenômenos que ocorrem de acordo com a 
transição entre uma Constituição e outra. 
 
 O que acontece com a entrada em vigor de uma nova Constituição? 
Nós já vivemos essa experiência algumas vezes em nosso país. 
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Com a entrada em vigor de uma nova constituição, devemos analisar os 
seguintes institutos jurídicos. Incialmente, cabe observar a recepção, como também a 
desconstitucionalização, a mutação constitucional e a vacatio. 
 
1 – Recepção 
 
Para analisar se uma lei foi ou não recepcionada, importante notar inicialmente 
se ele é pré-constitucional, ou seja, se foi uma norma criada antes da Constituição de 
1988. Na hipótese de ela ter sido criada após a Constituição, o fenômeno será da 
constitucionalidade ou da inconstitucionalidade. 
Outro detalhe importante é que a lei só será considerada constitucional se tiver 
em vigor no momento da promulgação da nova Constituição, visto que não estamos 
falando de repristinação. 
Alexandre de Moraes nos fala um pouco mais acerca do instituto da recepção. 
Vejamos: 
Recepção consiste no acolhimento que uma nova constituição posta em vigor 
dá às leis e atos normativos editados sob a égide da Carta anterior, desde que 
compatíveis consigo.9 O fenômeno da recepção, além de receber 
materialmente as leis e atos normativos compatíveis com a nova Carta, também 
garante a sua adequação à nova sistemática legal. 
 
Outro requisito para a recepção é que o conteúdo da lei seja compatível com o 
texto novo da Constituição nova. Ainda, é importante perceber se essa norma foi criada 
de forma válida. 
 
2 – Desconstitucionalização 
 
No Brasil, com a entrada em vigor de uma nova Constituição, a antiga é 
totalmente revogada. 
 A teoria da desconstitucionalização faz com que a Constituição antiga não seja 
totalmente revogada, deixando de ser constitucional. Aquilo que era constitucional deixa 
de ser, razão pela qual se chama de desconstitucionalização. 
O fenômeno da desconstitucionalização não é aplicado no Brasil, visto que no 
nosso país uma Constituição nova revoga por completo a antiga. 
 
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Alexandre de Moraes nos fala um pouco mais acerca do instituto da 
desconstitucionalização: 
Desconstitucionalização é nome técnico que se dá à manutenção em vigor, 
perante uma nova ordem jurídica, da Constituição anterior, que porém perde 
sua hierarquia constitucional para operar como legislação comum. Tal 
fenômeno não encontra acolhida em nosso sistema constitucional (2022, p. 
1042). 
 
Rodrigo Padilha nos fala do instituto da desconstitucionalização: 
É a admissão da ordem constitucional anterior como norma infraconstitucional 
naquilo que for materialmente compatível. Isto é, a Constituição anterior 
continua valendo, total ou parcialmente, porém com status hierárquico menor, 
passando a ter hierarquia de lei ordinária. A ideia seria que as normas 
materialmente constitucionais, introduzidas na Constituição anterior, seriam 
revogadas, enquanto as normas formalmente constitucionais continuariam em 
vigor perante a Constituição posterior, com status inferior, podendo ser 
revogadas pela legislação ordinária (2020, p. 64). 
 
A Constituição é fundamento de validade das normas jurídicas quando adotam 
o princípio da supremacia. 
Com a revogação da Constituição antiga e a entrada de uma nova, devemos 
analisar se o ordenamento jurídico infraconstitucional anterior é compatível, sendo 
necessário realizar uma comparação com o novo texto. 
O efeito da não recepção é o mesmo efeito que uma revogação. 
 
 
3 - Mutação constitucional 
 
A mutação constitucional é a mudança informal da Constituição, sendo que o 
texto permanece intacto, de forma que o que altera é a forma de interpretação. Rodrigo 
Padilha nos fala sobre o tema: 
 
A mutação constitucional ocorre quando, sem alterar o texto constitucional, há 
mudança no sentido e alcance do dispositivo da Constituição para atender às 
novas exigências sociais. Na verdade, aparentemente nada acontece, o que 
muda é a interpretação (significado) de determinado dispositivo. Esta espécie 
de poder constituinte é denominada difusa porque não há um órgão 
encarregado desta função. A mutação é usualmente atribuída ao Poder 
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Judiciário, porém tanto a sociedade quanto os demais órgãos estatais também 
podem exercer esta função (2020, p. 81). 
 
 
Podemos destacar dois fatos geradores das mutações constitucionais. O 
primeiro é a nova interpretação de órgãos estatais em geral; por segundo, percebemos 
os usos e os costumes. 
 
4 - Vacatio constitucional 
 
Normalmente, as constituições possuem cláusulas especiais que determinam o 
momento em que o texto começará a vigorar, contudo, não existindo essa cláusula, a 
vigência será imediata a partir da promulgação. 
A Constituição Federal 1988 entrou em vigor no ato de sua promulgação, não 
existindo um período de vacatio. 
A regra no Brasil encontra previsão na Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro. No âmbito nacional, a lei começa a valer quarenta e cinco dias depois de 
oficialmente publicada e de três meses no âmbito internacional. 
 
Art. 1º, LINDB. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o 
país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
§ 1o Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. (Vide Lei nº 
1.991, de 1953) (Vide Lei nº 2.145, de 1953) (Vide Lei nº 2.410, de 
1955) (Vide Lei nº 2.770, de 1956) (Vide Lei nº 3.244, de 1957) (Vide 
Lei nº 4.966, de 1966) (Vide Decreto-Lei nº 333, de 1967) (Vide Lei nº 
2.807, de 1956) (Vide Lei nº 4.820, de 1965) 
§ 2o (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). 
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, 
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores 
começará a correr da nova publicação. 
§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
 
Contudo, vale ressaltar que normalmente as Constituições Brasileiras entram 
em vigor no ato da publicação, mas é possível se estabelecer um prazo quando julgar 
necessário. No caso de uma constituição, é possível estabelecer um período de vacatio 
constitucional. 
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Leitura Complementar 
 
Friede, Reis. "Recepção, repristinação, desconstitucionalização e 
mutação constitucional." Revista Juscontemporânea do TRF2 1.1 
(2019): 17-29. 
 
 
A primeira Constituição – Acesse aqui 
 
 
Legislação 
 
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAISTRANSITÓRIAS 
Art. 1º. O Presidente da República, o Presidente do Supremo Tribunal Federal 
e os membros do Congresso Nacional prestarão o compromisso de manter, 
defender e cumprir a Constituição, no ato e na data de sua promulgação. 
Art. 2º. No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, 
a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo 
(parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País. (Vide 
emenda Constitucional nº 2, de 1992) 
§ 1º Será assegurada gratuidade na livre divulgação dessas formas e sistemas, 
através dos meios de comunicação de massa cessionários de serviço público. 
§ 2º O Tribunal Superior Eleitoral, promulgada a Constituição, expedirá as 
normas regulamentadoras deste artigo. 
Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da 
promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do 
Congresso Nacional, em sessão unicameral. 
Art. 4º. O mandato do atual Presidente da República terminará em 15 de março 
de 1990. 
§ 1º A primeira eleição para Presidente da República após a promulgação da 
Constituição será realizada no dia 15 de novembro de 1989, não se lhe 
aplicando o disposto no art. 16 da Constituição. 
§ 2º É assegurada a irredutibilidade da atual representação dos Estados e do 
Distrito Federal na Câmara dos Deputados. 
§ 3º Os mandatos dos Governadores e dos Vice-Governadores eleitos em 15 
de novembro de 1986 terminarão em 15 de março de 1991. 
§ 4º Os mandatos dos atuais Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores terminarão 
no dia 1º de janeiro de 1989, com a posse dos eleitos. 
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Art. 5º. Não se aplicam às eleições previstas para 15 de novembro de 1988 o 
disposto no art. 16 e as regras do art. 77 da Constituição. 
§ 1º Para as eleições de 15 de novembro de 1988 será exigido domicílio eleitoral 
na circunscrição pelo menos durante os quatro meses anteriores ao pleito, 
podendo os candidatos que preencham este requisito, atendidas as demais 
exigências da lei, ter seu registro efetivado pela Justiça Eleitoral após a 
promulgação da Constituição. 
§ 2º Na ausência de norma legal específica, caberá ao Tribunal Superior 
Eleitoral editar as normas necessárias à realização das eleições de 1988, 
respeitada a legislação vigente. 
§ 3º Os atuais parlamentares federais e estaduais eleitos Vice-Prefeitos, se 
convocados a exercer a função de Prefeito, não perderão o mandato 
parlamentar. 
§ 4º O número de vereadores por município será fixado, para a representação 
a ser eleita em 1988, pelo respectivo Tribunal Regional Eleitoral, respeitados os 
limites estipulados no art. 29, IV, da Constituição. 
§ 5º - Para as eleições de 15 de novembro de 1988, ressalvados os que já 
exercem mandato eletivo, são inelegíveis para qualquer cargo, no território de 
jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes por consangüinidade ou afinidade, 
até o segundo grau, ou por adoção, do Presidente da República, do Governador 
de Estado, do Governador do Distrito Federal e do Prefeito que tenham exercido 
mais da metade do mandato. 
Art. 6º. Nos seis meses posteriores à promulgação da Constituição, 
parlamentares federais, reunidos em número não inferior a trinta, poderão 
requerer ao Tribunal Superior Eleitoral o registro de novo partido político, 
juntando ao requerimento o manifesto, o estatuto e o programa devidamente 
assinados pelos requerentes. 
§ 1º O registro provisório, que será concedido de plano pelo Tribunal Superior 
Eleitoral, nos termos deste artigo, defere ao novo partido todos os direitos, 
deveres e prerrogativas dos atuais, entre eles o de participar, sob legenda 
própria, das eleições que vierem a ser realizadas nos doze meses seguintes a 
sua formação. 
§ 2º O novo partido perderá automaticamente seu registro provisório se, no 
prazo de vinte e quatro meses, contados de sua formação, não obtiver registro 
definitivo no Tribunal Superior Eleitoral, na forma que a lei dispuser. 
Art. 7º. O Brasil propugnará pela formação de um tribunal internacional dos 
direitos humanos. 
 
 
 
 
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Art. 8º. É concedida anistia aos que, no período de 18 de setembro de 1946 até 
a data da promulgação da Constituição, foram atingidos, em decorrência de 
motivação exclusivamente política, por atos de exceção, institucionais ou 
complementares, aos que foram abrangidos pelo Decreto Legislativo nº 18, de 
15 de dezembro de 1961 , e aos atingidos pelo Decreto-Lei nº 864, de 12 de 
setembro de 1969 , asseguradas as promoções, na inatividade, ao cargo, 
emprego, posto ou graduação a que teriam direito se estivessem em serviço 
ativo, obedecidos os prazos de permanência em atividade previstos nas leis e 
regulamentos vigentes, respeitadas as características e peculiaridades das 
carreiras dos servidores públicos civis e militares e observados os respectivos 
regimes jurídicos. (Regulamento) 
§ 1º O disposto neste artigo somente gerará efeitos financeiros a partir da 
promulgação da Constituição, vedada a remuneração de qualquer espécie em 
caráter retroativo. 
§ 2º Ficam assegurados os benefícios estabelecidos neste artigo aos 
trabalhadores do setor privado, dirigentes e representantes sindicais que, por 
motivos exclusivamente políticos, tenham sido punidos, demitidos ou 
compelidos ao afastamento das atividades remuneradas que exerciam, bem 
como aos que foram impedidos de exercer atividades profissionais em virtude 
de pressões ostensivas ou expedientes oficiais sigilosos. 
§ 3º Aos cidadãos que foram impedidos de exercer, na vida civil, atividade 
profissional específica, em decorrência das Portarias Reservadas do Ministério 
da Aeronáutica nº S-50-GM5, de 19 de junho de 1964, e nº S-285-GM5 será 
concedida reparação de natureza econômica, na forma que dispuser lei de 
iniciativa do Congresso Nacional e a entrar em vigor no prazo de doze meses a 
contar da promulgação da Constituição. 
§ 4º Aos que, por força de atos institucionais, tenham exercido gratuitamente 
mandato eletivo de vereador serão computados, para efeito de aposentadoria 
no serviço público e previdência social, os respectivos períodos. 
§ 5º A anistia concedida nos termos deste artigo aplica-se aos servidores 
públicos civis e aos empregados em todos os níveis de governo ou em suas 
fundações, empresas públicas ou empresas mistas sob controle estatal, exceto 
nos Ministérios militares, que tenham sido punidos ou demitidos por atividades 
profissionais interrompidas em virtude de decisão de seus trabalhadores, bem 
como em decorrência do Decreto-Lei nº 1.632, de 4 de agosto de 1978 , ou por 
motivos exclusivamente políticos, assegurada a readmissão dos que foram 
atingidos a partir de 1979, observado o disposto no § 1º. 
 
 
 
 
 
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Art. 9º. Os que, por motivos exclusivamente políticos, foram cassados ou 
tiveram seus direitos políticos suspensos no período de 15 de julho a 31 de 
dezembro de 1969, por ato do então Presidente da República, poderão requerer 
ao Supremo Tribunal Federal o reconhecimento dos direitos e vantagens 
interrompidos pelos atos punitivos, desde que comprovem terem sido estes 
eivados de vício grave. 
Parágrafo único. O Supremo Tribunal Federal proferirá a decisão no prazo de 
cento e vinte dias, a contar do pedido do interessado. 
Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, 
I, da Constituição: 
I - fica limitada a proteção nele referida ao aumento, para quatro vezes, da 
porcentagem prevista no art. 6º, "caput" e § 1º, da Lei nº 5.107, de 13 de 
setembro de 1966 ; 
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: 
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de 
prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após 
o final de seu mandato; 
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidezaté cinco meses 
após o parto. (Vide Lei Complementar nº 146, de 2014) 
§ 1º Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX, da Constituição, 
o prazo da licença-paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias. 
§ 2º Até ulterior disposição legal, a cobrança das contribuições para o custeio 
das atividades dos sindicatos rurais será feita juntamente com a do imposto 
territorial rural, pelo mesmo órgão arrecadador. 
§ 3º Na primeira comprovação do cumprimento das obrigações trabalhistas pelo 
empregador rural, na forma do art. 233, após a promulgação da Constituição, 
será certificada perante a Justiça do Trabalho a regularidade do contrato e das 
atualizações das obrigações trabalhistas de todo o período. 
Art. 11. Cada Assembléia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a 
Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da 
Constituição Federal, obedecidos os princípios desta. 
Parágrafo único. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara 
Municipal, no prazo de seis meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois 
turnos de discussão e votação, respeitado o disposto na Constituição Federal e 
na Constituição Estadual. 
Art. 12. Será criada, dentro de noventa dias da promulgação da Constituição, 
Comissão de Estudos Territoriais, com dez membros indicados pelo Congresso 
Nacional e cinco pelo Poder Executivo, com a finalidade de apresentar estudos 
sobre o território nacional e anteprojetos relativos a novas unidades territoriais, 
notadamente na Amazônia Legal e em áreas pendentes de solução. 
 
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§ 1º No prazo de um ano, a Comissão submeterá ao Congresso Nacional os 
resultados de seus estudos para, nos termos da Constituição, serem apreciados 
nos doze meses subseqüentes, extinguindo-se logo após. 
§ 2º Os Estados e os Municípios deverão, no prazo de três anos, a contar da 
promulgação da Constituição, promover, mediante acordo ou arbitramento, a 
demarcação de suas linhas divisórias atualmente litigiosas, podendo para isso 
fazer alterações e compensações de área que atendam aos acidentes naturais, 
critérios históricos, conveniências administrativas e comodidade das 
populações limítrofes. 
§ 3º Havendo solicitação dos Estados e Municípios interessados, a União 
poderá encarregar-se dos trabalhos demarcatórios. 
§ 4º Se, decorrido o prazo de três anos, a contar da promulgação da 
Constituição, os trabalhos demarcatórios não tiverem sido concluídos, caberá à 
União determinar os limites das áreas litigiosas. 
§ 5º Ficam reconhecidos e homologados os atuais limites do Estado do Acre 
com os Estados do Amazonas e de Rondônia, conforme levantamentos 
cartográficos e geodésicos realizados pela Comissão Tripartite integrada por 
representantes dos Estados e dos serviços técnico-especializados do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística. 
 
 
Jurisprudência 
PRECATÓRIO - PAGAMENTO PARCELADO - ADCT, ART. 33 - NATUREZA 
JURÍDICA DAS NORMAS INTEGRANTES DO ADCT - RELAÇÕES ENTRE O 
ADCT E AS DISPOSIÇÕES PERMANENTES DA CONSTITUIÇÃO - 
ANTINOMIA APARENTE - A QUESTÃO DA COERÊNCIA DO 
ORDENAMENTO POSITIVO - RECURS O EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO 
E PROVIDO . - Os postulados que informam a teoria do ordenamento jurídico e 
que lhe dão o necessário substrato doutrinário assentam-se na premissa 
fundamental de que o sistema de direito positivo, além de caracterizar uma 
unidade institucional, constitui um complexo de normas que devem manter entre 
si um vínculo de essencial coerência . - O Ato das Disposições Transitórias, 
promulgado em 1988 pelo legislador constituinte, qualifica-se, juridicamente, 
como um estatuto de índole constitucional. A estrutura normativa que nele se 
acha consubstanciada ostenta, em conseqüência, a rigidez peculiar às regras 
inscritas no texto básico da Lei Fundamental da República. Disso decorre o 
reconhecimento de que inexistem, entre as normas inscritas no ADCT e os 
preceitos constantes da Carta Política, quaisquer desníveis ou desigualdades 
quanto à intensidade de sua eficácia ou à prevalência de sua autoridade. 
Situam-se, ambos, no mais elevado grau de positividade jurídica, impondo-se, 
no plano do ordenamento estatal, enquanto categorias normativas 
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subordinantes, à observância compulsória de todos, especialmente dos órgãos 
que integram o aparelho de Estado . - Inexiste qualquer relação de antinomia 
real ou insuperável entre a norma inscrita no art. 33 do ADCT e os postulados 
da isonomia, da justa indenização, do direito adquirido e do pagamento 
mediante precatórios, consagrados pelas disposições permanentes da 
Constituição da Republica, eis que todas essas cláusulas normativas, inclusive 
aquelas de índole transitória, ostentam grau idêntico de eficácia e de autoridade 
jurídicas . - O preceito consubstanciado no art. 33 d o ADCT - somente 
inaplicável aos créditos de natureza alimentar - compreende todos os 
precatórios judiciais pendentes de pagamento em 05/10/88, inclusive aqueles 
relativos a valores decorrentes de desapropriações efetivadas pelo Poder 
Público. 
(STF - RE: 160486 SP, Relator: Min. CELSO DE MELLO, Data de Julgamento: 
11/10/1994, Primeira Turma, Data de Publicação: DJ 09-06-1995 PP-17246 
EMENT VOL-01790-06 PP-01223) 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
 
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 23 nov. 2023. 
 
A primeira Constituição. Disponível em: <https://www.migalhas.com.br/depeso/382205/a-
primeira-constituicao>. Acesso em: 23 nov. 2023. 
 
JÚNIOR, Paulo Hamilton S. Direito processual constitucional. [Digite o Local da Editora]: Editora 
Saraiva, 2023. E-book. ISBN 9786555599626. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555599626/. Acesso em: 23 nov. 2023. 
 
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2023. E-book. 
ISBN 9786559774944. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559774944/. Acesso em: 23 nov. 2023. 
 
O que é a Constituição? . [s.l: s.n.]. Disponível em: 
<https://www12.senado.leg.br/jovemsenador/home/arquivos/textos-consultoria/o-que-e-a-
constituicao#:~:text=%C3%89%20a%20norma%20que%20trata>. Acesso em: 23 nov. 2023. 
 
MORAES. Alexandre de. Direito Constitucional. 38 ed. Barueri (SP): Atlas, 2022. 
 
LENZA. Pedro. Direito Constitucional. 26 ed. São Paulo: Saraiva Jur, 2022. 
 
PADILHA, Rodrigo. Direito Constitucional. 6 ed. Rio de Janeiro: Forense: 2020. 
 
BARCELLOS, Ana Paula de. Curso de Direito Constitucional. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 
2023. E-book. ISBN 9786559647828. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559647828/. Acesso em: 23 nov. 2023. 
 
BRASIL. LINDB. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del4657compilado.htm. 
Acesso em: 23 nov. 2023. 
 
BRASIL. Emendas Constitucionais. Disponível em: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/quadro_emc.htm. Acesso em: 23 nov. 
2023. 
 
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