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Preparatório Exame de Ordem

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Mozzyane Sula

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Questões resolvidas

A Constituição permitia que os Estados-membros pudessem legislar sobre processos, ou seja, a Constituição de 1891 deu maior autonomia para os Estados-membros.

a) II and IV are correct.
b) II, III, and IV are correct.
c) I, III, and IV are correct.

4) (XXVII Exame) Após cumprimento de todas as formalidades constitucionais e legais exigíveis, o Estado Alfa se desmembra (desmembramento por formação), ocasionando o surgimento de um novo Estado-membro: o Estado Beta. Preocupados com a possibilidade de isso influenciar nas grandes decisões políticas regionais, um grupo de cidadãos inicia um movimento exigindo a imediata elaboração de uma Constituição para o novo Estado Beta. Os líderes políticos locais, sem maiores conhecimentos sobre a temática, buscam assessoramento jurídico junto a advogados constitucionalistas, sendo-lhes corretamente informado que, segundo a inteligência do sistema jurídico-constitucional brasileiro,
A) com a criação do Estado Beta no âmbito da República Federativa do Brasil, passou este a fazer parte do pacto federativo, subordinando-se tão somente à Constituição Federal, e não a qualquer outra constituição.
B) tendo passado o Estado Beta a ser reconhecido como um ente autônomo, adquiriu poderes para se estruturar por meio de uma Constituição, sem a necessidade desta se vincular a padrões de simetria impostos pela Constituição Federal.
C) pelo fato de o Estado Beta ter sido reconhecido como um ente federado autônomo, passa a ter poderes para se estruturar por meio de uma Constituição, que deverá observar o princípio da simetria, conforme os padrões fixados na Constituição Federal.
D) o reconhecimento do Estado Beta como um ente federado autônomo assegurou-lhe poderes para se estruturar por meio de uma Constituição, cujo texto, porém, não poderá se diferenciar daquele fixado pela Constituição Federal.

5) (XXV Exame) Por entender que o voto é um direito, e não um dever, um terço dos membros da Câmara dos Deputados articula proposição de emenda à Constituição de 1988, no sentido de tornar facultativo a todos os cidadãos o voto nas eleições a serem realizadas no país. Sabendo que a proposta gerará grande polêmica, o grupo de parlamentares resolve consultar um advogado especialista na matéria. De acordo com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, assinale a opção que indica a orientação correta a ser dada pelo advogado.
a) Não é possível sua supressão por meio de Emenda Constitucional, porque o voto obrigatório é considerado cláusula pétrea da Constituição da República, de 1988.
b) Não há óbice para que venha a ser objeto de alteração por via de Emenda Constitucional, embora o voto obrigatório tenha estatura constitucional.
c) Para que a proposta de Emenda Constitucional seja analisada pelo Congresso Nacional, é necessária manifestação de um terço de ambas as Casas.
d) A emenda, sendo aprovada pelo Congresso Nacional, somente será promulgada após a devida sanção presidencial.

6) (VII Exame) As Emendas Constitucionais possuem um peculiar sistema de iniciativa. Assim, revela-se correto afirmar que poderá surgir projeto dessa espécie normativa por proposta de:
a) mais de dois terços das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que, em cada uma delas, deve ocorrer a unanimidade de votos.
b) mais de um terço das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que, em cada uma delas, deve ocorrer a maioria simples de votos.
c) mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que, em cada uma delas, deve ocorrer a maioria relativa de votos.
d) mais de um terço das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que, em cada uma delas, deve ocorrer a unanimidade de votos.

7) (XXXII Exame) Durante pronunciamento em rede nacional, o Presidente da República é alertado por seus assessores sobre a ocorrência de um ataque balístico, em solo pátrio, oriundo de país fronteiriço ao Brasil. Imediatamente, anuncia que tal agressão armada não ficará sem resposta. Após reunir-se com o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicita autorização ao Congresso Nacional para decretar o estado de sítio e adotar as seguintes medidas: I – a população que reside nas proximidades da área atacada deve permanecer dentro de suas casas ou em abrigos indicados pelo governo; II – imposição de restrições relativas à inviolabilidade da correspondência e ao sigilo das comunicações. A partir do enunciado proposto, com base na ordem constitucional vigente, assinale a afirmativa correta.
A) Cabe ao Congresso Nacional decidir, por maioria absoluta, sobre a decretação do estado de sítio, visto que as medidas propostas pelo Presidente da República revelam-se compatíveis com a ordem constitucional.
B) Além de as medidas a serem adotadas serem incompatíveis com a ordem constitucional, a resposta à agressão armada estrangeira é causa de decretação do estado de defesa, mas não do estado de sítio.
C) Embora as medidas a serem adotadas guardem compatibilidade com a ordem constitucional, a decretação do estado de sítio prescinde de prévia aprovação pelo Congresso Nacional.
D) Cabe ao Congresso Nacional decidir, por maioria simples, sobre a instituição do estado de sítio, mas as medidas propostas pelo Presidente apresentam flagrante inconstitucionalidade.

Os procuradores informam ao governador que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, a decretação do estado de defesa:
A) é um meio institucional adequado para o enfrentamento da crise, mas depende de prévia consulta à Assembleia Legislativa do Estado Delta.
B) pode ser promovida pelo governador do Estado Delta, caso o Presidente da República delegue tais poderes ao Chefe do Poder Executivo estadual.
C) não pode se concretizar, pois a ocorrência de calamidade de grandes proporções na natureza não configura hipótese justificadora da referida medida.
D) é competência indelegável do Presidente da República, não sendo constitucionalmente prevista sua extensão aos chefes do poder executivo estadual.

Acerca do caso apresentado, assinale a afirmativa correta:
a) Durante o estado de defesa, podem ser estabelecidas restrições aos direitos de reunião e ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica, mas o referido decreto não poderia estender-se por prazo indeterminado, estando em desconformidade com a ordem constitucional.
b) Ao decretar a medida, o Chefe do Poder Executivo não poderia adotar medidas de restrição ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica, o que denota que o decreto é materialmente inconstitucional.
c) O decreto é formalmente inconstitucional, porque o Presidente da República somente poderia decretar medida tão drástica mediante lei previamente aprovada em ambas as casas do Congresso Nacional.
d) O decreto presidencial, na forma enunciada, não apresenta qualquer vício de inconstitucionalidade, sendo assegurada, pelo texto constitucional, a possibilidade de o Presidente da República determinar, por prazo indeterminado, restrições aos referidos direitos.

Diante do caso hipotético narrado, assinale a afirmativa correta:
A) A fundamentação empregada pelo Presidente da República para decretar o estado de defesa viola a Constituição de 1988, porque esta exige, para tal finalidade, a declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
B) Embora seja admitida a decretação do estado de defesa para restabelecer a ordem pública em locais atingidos por calamidades de grandes proporções da natureza, não pode o Presidente da República, durante a vigência do período de exceção, determinar o uso temporário de bens pertencentes a outros entes da federação.
C) O estado de defesa, no caso em comento, viola o texto constitucional, porque apenas poderia vir a ser decretado pelo Presidente da República caso constatada a ineficácia de medidas adotadas durante o estado de sítio.
D) A União pode determinar a ocupação e o uso temporário de bens e serviços públicos, respondendo pelos danos e custos decorrentes, porque a necessidade de restabelecer a ordem pública em locais atingidos por calamidades de grandes proporções da natureza é fundamento idôneo para o estado de defesa.

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Questões resolvidas

A Constituição permitia que os Estados-membros pudessem legislar sobre processos, ou seja, a Constituição de 1891 deu maior autonomia para os Estados-membros.

a) II and IV are correct.
b) II, III, and IV are correct.
c) I, III, and IV are correct.

4) (XXVII Exame) Após cumprimento de todas as formalidades constitucionais e legais exigíveis, o Estado Alfa se desmembra (desmembramento por formação), ocasionando o surgimento de um novo Estado-membro: o Estado Beta. Preocupados com a possibilidade de isso influenciar nas grandes decisões políticas regionais, um grupo de cidadãos inicia um movimento exigindo a imediata elaboração de uma Constituição para o novo Estado Beta. Os líderes políticos locais, sem maiores conhecimentos sobre a temática, buscam assessoramento jurídico junto a advogados constitucionalistas, sendo-lhes corretamente informado que, segundo a inteligência do sistema jurídico-constitucional brasileiro,
A) com a criação do Estado Beta no âmbito da República Federativa do Brasil, passou este a fazer parte do pacto federativo, subordinando-se tão somente à Constituição Federal, e não a qualquer outra constituição.
B) tendo passado o Estado Beta a ser reconhecido como um ente autônomo, adquiriu poderes para se estruturar por meio de uma Constituição, sem a necessidade desta se vincular a padrões de simetria impostos pela Constituição Federal.
C) pelo fato de o Estado Beta ter sido reconhecido como um ente federado autônomo, passa a ter poderes para se estruturar por meio de uma Constituição, que deverá observar o princípio da simetria, conforme os padrões fixados na Constituição Federal.
D) o reconhecimento do Estado Beta como um ente federado autônomo assegurou-lhe poderes para se estruturar por meio de uma Constituição, cujo texto, porém, não poderá se diferenciar daquele fixado pela Constituição Federal.

5) (XXV Exame) Por entender que o voto é um direito, e não um dever, um terço dos membros da Câmara dos Deputados articula proposição de emenda à Constituição de 1988, no sentido de tornar facultativo a todos os cidadãos o voto nas eleições a serem realizadas no país. Sabendo que a proposta gerará grande polêmica, o grupo de parlamentares resolve consultar um advogado especialista na matéria. De acordo com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, assinale a opção que indica a orientação correta a ser dada pelo advogado.
a) Não é possível sua supressão por meio de Emenda Constitucional, porque o voto obrigatório é considerado cláusula pétrea da Constituição da República, de 1988.
b) Não há óbice para que venha a ser objeto de alteração por via de Emenda Constitucional, embora o voto obrigatório tenha estatura constitucional.
c) Para que a proposta de Emenda Constitucional seja analisada pelo Congresso Nacional, é necessária manifestação de um terço de ambas as Casas.
d) A emenda, sendo aprovada pelo Congresso Nacional, somente será promulgada após a devida sanção presidencial.

6) (VII Exame) As Emendas Constitucionais possuem um peculiar sistema de iniciativa. Assim, revela-se correto afirmar que poderá surgir projeto dessa espécie normativa por proposta de:
a) mais de dois terços das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que, em cada uma delas, deve ocorrer a unanimidade de votos.
b) mais de um terço das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que, em cada uma delas, deve ocorrer a maioria simples de votos.
c) mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que, em cada uma delas, deve ocorrer a maioria relativa de votos.
d) mais de um terço das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que, em cada uma delas, deve ocorrer a unanimidade de votos.

7) (XXXII Exame) Durante pronunciamento em rede nacional, o Presidente da República é alertado por seus assessores sobre a ocorrência de um ataque balístico, em solo pátrio, oriundo de país fronteiriço ao Brasil. Imediatamente, anuncia que tal agressão armada não ficará sem resposta. Após reunir-se com o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicita autorização ao Congresso Nacional para decretar o estado de sítio e adotar as seguintes medidas: I – a população que reside nas proximidades da área atacada deve permanecer dentro de suas casas ou em abrigos indicados pelo governo; II – imposição de restrições relativas à inviolabilidade da correspondência e ao sigilo das comunicações. A partir do enunciado proposto, com base na ordem constitucional vigente, assinale a afirmativa correta.
A) Cabe ao Congresso Nacional decidir, por maioria absoluta, sobre a decretação do estado de sítio, visto que as medidas propostas pelo Presidente da República revelam-se compatíveis com a ordem constitucional.
B) Além de as medidas a serem adotadas serem incompatíveis com a ordem constitucional, a resposta à agressão armada estrangeira é causa de decretação do estado de defesa, mas não do estado de sítio.
C) Embora as medidas a serem adotadas guardem compatibilidade com a ordem constitucional, a decretação do estado de sítio prescinde de prévia aprovação pelo Congresso Nacional.
D) Cabe ao Congresso Nacional decidir, por maioria simples, sobre a instituição do estado de sítio, mas as medidas propostas pelo Presidente apresentam flagrante inconstitucionalidade.

Os procuradores informam ao governador que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, a decretação do estado de defesa:
A) é um meio institucional adequado para o enfrentamento da crise, mas depende de prévia consulta à Assembleia Legislativa do Estado Delta.
B) pode ser promovida pelo governador do Estado Delta, caso o Presidente da República delegue tais poderes ao Chefe do Poder Executivo estadual.
C) não pode se concretizar, pois a ocorrência de calamidade de grandes proporções na natureza não configura hipótese justificadora da referida medida.
D) é competência indelegável do Presidente da República, não sendo constitucionalmente prevista sua extensão aos chefes do poder executivo estadual.

Acerca do caso apresentado, assinale a afirmativa correta:
a) Durante o estado de defesa, podem ser estabelecidas restrições aos direitos de reunião e ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica, mas o referido decreto não poderia estender-se por prazo indeterminado, estando em desconformidade com a ordem constitucional.
b) Ao decretar a medida, o Chefe do Poder Executivo não poderia adotar medidas de restrição ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica, o que denota que o decreto é materialmente inconstitucional.
c) O decreto é formalmente inconstitucional, porque o Presidente da República somente poderia decretar medida tão drástica mediante lei previamente aprovada em ambas as casas do Congresso Nacional.
d) O decreto presidencial, na forma enunciada, não apresenta qualquer vício de inconstitucionalidade, sendo assegurada, pelo texto constitucional, a possibilidade de o Presidente da República determinar, por prazo indeterminado, restrições aos referidos direitos.

Diante do caso hipotético narrado, assinale a afirmativa correta:
A) A fundamentação empregada pelo Presidente da República para decretar o estado de defesa viola a Constituição de 1988, porque esta exige, para tal finalidade, a declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
B) Embora seja admitida a decretação do estado de defesa para restabelecer a ordem pública em locais atingidos por calamidades de grandes proporções da natureza, não pode o Presidente da República, durante a vigência do período de exceção, determinar o uso temporário de bens pertencentes a outros entes da federação.
C) O estado de defesa, no caso em comento, viola o texto constitucional, porque apenas poderia vir a ser decretado pelo Presidente da República caso constatada a ineficácia de medidas adotadas durante o estado de sítio.
D) A União pode determinar a ocupação e o uso temporário de bens e serviços públicos, respondendo pelos danos e custos decorrentes, porque a necessidade de restabelecer a ordem pública em locais atingidos por calamidades de grandes proporções da natureza é fundamento idôneo para o estado de defesa.

Prévia do material em texto

Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
Professor André de Almeida Dafico Ramos 
Curso Proordem – Unidade Goiânia 
www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 
 
1 
Estamos iniciando o curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame da Ordem. Será um período de muita 
dedicação, mas que compensa demais, afinal, você estará preparado até a data da prova e, portanto, será aprovado. 
Encare esse período com o máximo de disciplina possível, abdicando de algumas coisas dispensáveis, ou ao 
menos reduzindo-as a períodos determinados e curtos. 
 
Pode parecer besteira, mas é visível o quanto o uso do celular prejudica. Não raro, muitos acham que é normal e 
perdem momentos valiosos fazendo uso de aplicativos durante a aula ou nos momentos de estudo em casa. Este é 
um erro que pode custar a sua aprovação. Não brinque com coisa séria. Nesse mesmo contexto, precisamos falar 
do Vademecum. Você precisa de algo impresso para olhar. Não é hora de praticidade. É hora de aprendizado. 
Honestamente, olhando a legislação pelo celular, você não adquire memória visual, o que te atrapalha muito na 
realização do seu objetivo, que é a aprovação. 
 
Você já deve ter ouvido falar que eu sou duro demais, terrorista e, talvez, até cruel. Se você nunca fez a prova, eu 
até entendo você acreditar nisso. Para os que já fizeram a prova, você sabe que cruel, de verdade, é a reprovação. 
É dela que eu tento te livrar nesse período que teremos até a prova. Parece muito tempo, não é mesmo? Não é, 
entretanto. Começar a estudar de verdade só na metade do curso reduz sua chance de aprovação em mais de 40%, 
leia-se: um milagre. Para que cometer erros primários como esse, não é mesmo? 
 
Esta apostila não tem o condão de exaurir a matéria, mas servirá de base para que você acompanhe as aulas e 
possa sanar suas dúvidas. É essencial que você promova a leitura dessa apostila, no mínimo, 4 vezes durante o 
curso. Parece coisa de professor terrorista, não parece? Mas não é! É coisa de gente aprovada. Os reprovados, em 
regra, leem 2 vezes, no máximo, o que significa, de forma clara, que estão de Goiânia a Belém, a pé, da 
aprovação. Não cometa esses erros. 
 
Por ser uma apostila que precisa ser lida, no mínimo, quatro vezes, ela é condensada, direta e em linguagem 
simples. Você reparará que, não raro, eu conversarei com vocês por meio dela. Não deixem de promover a leitura 
da legislação aqui indicada. Você vai reparar que eu tento facilitar sua vida ao máximo, colocando a maioria dos 
dispositivos que eu quero que você leia na própria Apostila. 
 
Repare que, nesta apostila, o material tem a sequência que será seguida nas aulas. Os pontos são abordados de 
forma bem sintética e em linguagem simples, sendo que, após o conteúdo, você tem questões já cobradas nos 
Exames anteriores, de modo que você treine o que acabou de ler. São detalhes que fazem a diferença. Essas 
questões sobre o assunto estudado permitirão que você veja o assunto com outros olhos, o que possibilita maior 
memorização, que é o nosso objetivo maior. 
 
O Proordem envida todos os esforços necessários para a sua aprovação. Além de poder fazer perguntas durante a 
aula e após o término, você tem toda uma estrutura disponibilizada para que você estude na unidade, caso não 
http://goiania.proordem.com.br/
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Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
Professor André de Almeida Dafico Ramos 
Curso Proordem – Unidade Goiânia 
www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 
 
2 
consiga (como eu) estudar em casa. Tenho absoluta certeza de que, com dedicação e afinco, sua aprovação é certa. 
Sempre que o desânimo vier, pense na felicidade de ver o seu nome na lista de aprovados. Feche seus olhos e 
imagine as pessoas importantes para você te olhando após você dizer que foi aprovado. É um sonho conquistado. 
Para isso, precisamos nos dedicar neste preparatório. 
 
Não deixe de, após a leitura do material de apoio (apostila), fazer questões relacionadas à matéria que estudou 
naquele dia. Elas estão logo após o conteúdo ministrado. Isso contribui muito para a fixação do conteúdo. Na 
revisão, realizada no sábado ou no domingo, você deve resolver as questões que você errou durante a semana (as 
quais devem ser assinaladas no momento da correção) e, além disso, promover a anotação, em uma folha (apenas 
uma por aula), dos principais pontos de dificuldade, inclusive o que você aprendeu ao corrigir as questões. Tente 
fazer da forma mais resumida possível porque só podemos utilizar uma folha por aula. Isto servirá para que você 
tenha uma otimização na revisão, nas duas semanas que antecedem a prova. 
 
Na semana 1, você terá 5 aulas, devendo, nesses dias, resolver ao menos 40 questões sobre a matéria estudada no 
dia da aula. Lembre-se de que não é resolvendo as questões que se aprende. O que fará efetiva diferença para você 
é a correção. Eu sei que demora, que não é fácil, mas é essencial. 
 
Faça as questões sem o auxílio do Código ou de qualquer material. Na correção, você deve fazer uso do Código, 
utilizando o material complementar (Apostila) como um dicionário, ou seja, apenas para tirar suas dúvidas. A 
correção é a melhor forma de aprendizado, sendo o instrumento mais eficiente para que você alcance o maior 
número de acertos. Tente identificar onde está o erro das assertivas incorretas. Isso incrementa substancialmente o 
seu entendimento sobre a matéria. 
 
Jamais duvidem de vocês, mas fiquem atentos para que a autoconfiança e a preguiça não vos sabotem. Esta prova 
exige muito, mas, entendendo o conteúdo de modo a fixá-lo e, resolvendo questões, com a devida correção, o 
resultado será satisfatório. Contem conosco para o que precisarem. Sanem suas dúvidas em sala, ou após a aula, e, 
por favor, anotem suas dúvidas para não as esquecer. Grande abraço. 
 
 
Professor André Dafico 
andredafico@gmail.com 
@prof.andredafico 
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
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3 
SUMÁRIO 
 
 
 
Aula 1 – Poder Constituinte, Teoria geral da CF............................................................................ 4 
Questões – Aula 1 .......................................................................................................................... 20 
Aula 2 – Organização do Estado, Competência legislativa .......................................................... 36 
Questões – Aula 2 .......................................................................................................................... 52 
Aula 3 – Direitos e garantias, Remédios Constitucionais ............................................................. 72 
Questões – Aula 3 ........................................................................................................................... 87 
Aula 4 – MI, Ação popular, Legislativo, Imunidades Parlamentares e CPI ............................ 107 
Questões – Aula 4 ......................................................................................................................... 127 
Aula 5 – Processo legislativo ......................................................................................................... 144 
Questões – Aula 5 ........................................................................................................................ 155 
Aula 6 – Poder Executivo, Poder Judiciário e Controle difuso ................................................. 170 
Questões – Aula 6 ......................................................................................................................... 191 
Aula 7 – Controle concentradoe Controle em âmbito estadual ............................................... 210 
Questões – Aula 7 ......................................................................................................................... 223 
Súmulas Vinculantes .................................................................................................................. 244 
 
 
 
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
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4 
AULA 1 
 
HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES 
 
Constituição de 1824 
 
A Constituição de 1824 foi outorgada, não popular, que teve como fonte inspiradora a Constituição Francesa 
(1791) e o Constitucionalismo Inglês, sendo a única Constituição do Mundo que adotou a chamada Teoria do 
Poder Moderador. Tínhamos, portanto, 4 poderes, onde o imperador era o poder moderador. 
 
O Executivo era exercido pelo Imperador, auxiliado por um Conselho de Ministros. O Poder Judiciário era 
composto por juízes escolhidos pelo Imperador. O Legislativo era bicameral (Senadores vitalícios escolhidos 
pelo Imperador e representantes – também chamado de deputados – eleitos). Não havia Ministério Público, 
muito menos “controle de constitucionalidade”, sendo omissa ainda em relação aos “habeas corpus” (que em 
1832 surge no CPP do Império). Essa Constituição estabeleceu a monarquia perpétua e hereditária como 
forma de governo, sendo o Estado Unitário (as províncias não tinham capacidade política). Não existia 
portanto, descentralização política. 
 
“Sufrágio restritivo censitário”, ou seja, só tinha direito de votar e ser votado quem tivesse um determinado 
patrimônio, uma vez que se levava em conta uma qualidade econômica. Foi uma Constituição semirrígida ou 
semi-flexível. Ela diferenciava normas materialmente constitucionais e normas formalmente constitucionais, 
uma vez que as primeiras exigiam para sua alteração um processo mais trabalhoso, visto que o processo de 
alteração dessas últimas era menos solene, bem mais facilitado. 
 
Essa Constituição cria um “Estado Confessional”, no qual havia a religião Católica Apostólica Romana 
como religião oficial. Havia liberdade de consciência, liberdade de crença, mas não havia liberdade de culto, 
tendo como consequência a não existência de templos que não fossem católicos. Tal Constituição ainda 
trouxe um elenco de direitos fundamentais, embora fosse contraditória, uma vez que falava em liberdade e 
igualdade, mas permitia a escravidão. Consideravam os escravos como “objetos de direito”, e não como 
“sujeitos de direito”. 
 
Constituição de 1891 
 
Foi uma Constituição promulgada que decorreu de uma Assembleia Nacional Constituinte e teve como fonte 
inspiradora a Constituição Americana de 1787. Ela acabou com o Estado Unitário, estabelecendo a 
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5 
Federação como forma de Estado. As províncias passaram a se chamar Estado, com legislativo próprio. 
Acaba com a monarquia e cria a República como forma de governo. O sistema ou regime de governo passa a 
ser presidencialista. Houve a constitucionalização do habeas corpus, bem como a introdução do controle de 
constitucionalidade pelo sistema difuso. Também houve a constitucionalização do Ministério Público, que 
estava posicionado dentro da estrutura do Poder Judiciário. 
 
Essa Constituição criou o estado laico (estado leigo) não confessional, ou seja, a separação de Estado e 
Igreja. Também trouxe o sufrágio universal (apesar de ser o sufrágio universal, nem a mulher nem o 
mendigo votavam). A Constituição permitia que os Estados-membros pudessem legislar sobre processos, ou 
seja, a Constituição de 1891 deu maior autonomia para os Estados-membros. 
 
Constituição de 1934 
 
A Constituição de 1934 foi uma Constituição promulgada que teve como fonte inspiradora a Constituição 
Alemã de 1919 (Constituição de Weimar). Essa Constituição marca a passagem de um Estado liberal para 
um Estado social. As constituições liberais são apenas constituições jurídico-políticas, traduzindo-se na 
instituição de um estado garantidor, que protege a lei. No Estado social, as Constituições, além de jurídico-
políticas, estabelecem que o Estado, além de ser garantidor, deve ser prestador (contrariando a doutrina de 
Adam Smith que dizia que a mão-invisível resolve tudo, defendendo o Estado liberal). 
 
Ela constitucionaliza o mandado de segurança, a ação popular, o voto da mulher (voto este criado por lei em 
1932 e constitucionalizado em 1934); o voto secreto; o controle de constitucionalidade difuso (apenas 
mantido, visto que já existia na Constituição anterior); a ADI interventiva da União no Estado; a reserva de 
plenário (a inconstitucionalidade só pode ser reconhecida pelo Tribunal com a maioria de votos). 
 
Constituição de 1937 
 
A Constituição de 1937 foi uma Constituição outorgada por Getúlio Vargas e escrita por Francisco Campos, 
apelidado de Chico Ciência. Ela teve como fundamento a Constituição Polonesa de 1935. Houve 
centralização de poder no Chefe do Executivo da União. Getúlio Vargas nomeou interventores nos Estados, 
fechou os parlamentos estaduais e o parlamento nacional passando a legislar através de decreto-lei. Era do 
Presidente da República a última palavra em relação ao controle de constitucionalidade. Havia um estado 
unitário. Também desconstitucionalizou o Ministério Público e o Mandado de Segurança. 
 
 
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Constituição de 1946 
 
A Constituição de 1946 foi uma constituição promulgada. Segundo grande parte da doutrina, foi a 
Constituição mais democrática que já tivemos no Brasil, haja vista a participação de várias correntes 
políticas. Teve como fonte inspiradora a Constituição de 1934 (Constitucionalismo Econômico Social) e 
também teve influência do Constitucionalismo Pós-Segunda Guerra Mundial. Foi uma Constituição 
municipalista, uma vez que atribuiu competência legislativa e administrativa aos municípios. Previu, formal 
e materialmente, a existência de três poderes (Executivo; Legislativo; Judiciário). 
 
Essa Constituição aboliu o “decreto-lei” retirando do Chefe do executivo o poder de inovar a ordem jurídica. 
Tal Constituição retirou, ainda, a atribuição do Presidente da República no que tange ao controle de 
constitucionalidade. O Ministério Público tornou-se independente, não se encontrando posicionado em 
nenhum dos poderes da República. 
 
Houve reconstitucionalização do mandado de segurança e da ação popular. O marco desta Constituição foi a 
redemocratização do nosso Estado e a volta às premissas básicas da Constituição de 1934. 
 
Constituição de 1967 
 
Formalmente, foi uma Constituição promulgada, mas, materialmente, outorgada. Por isso, alguns 
constitucionalistas costumam dizer que ela teria sido uma “Constituição Atípica” (ela foi formalmente 
promulgada, mas sem debates, sem participação popular, uma vez que o Congresso não poderia mudar o 
projeto do Executivo). Ela organizou a previsão dos Atos Institucionais, à exemplo das eleições indiretas 
para Presidente, Governadores e Prefeitos de capitais, da centralização de poder no Chefe do Executivo da 
União, retirando a competência dos Estados-membros, enfraquecendo a federação. Ainda atribuiu ao 
Presidente da República o poder decassar mandatos políticos, além da possibilidade de censurar os meios de 
comunicação. O Ministério Público voltou a ficar dentro da estrutura do Poder Judiciário e o controle de 
constitucionalidade passou a acontecer pela via difusa e concentrada. 
 
Constituição de 1969 
 
No dia 17 outubro de 1969, os Ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica editam a Emenda 
Constitucional 01 à Constituição de 1967. Ela foi outorgada pelos militares (Junta militar), sem qualquer 
legitimidade. Ela centralizou ainda mais os poderes nas mãos do Chefe do Executivo. Trouxe censura, 
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Presidente com o poder de fechar o Congresso Nacional, estado de sítio, proibição de manifestações, eleições 
indiretas, Ministério Público dentro do Poder Executivo. 
 
Constituição de 1988 
 
Foi promulgada em 05 de outubro de 1988, tendo sido elaborada pela Assembleia Nacional Constituinte, a 
qual foi eleita em 15 de novembro de 1986. Será analisada de forma pormenorizada durante a análise dos 
institutos que a integram. 
 
PODER CONSTITUINTE 
 
O poder constituinte originário é ilimitado (não tem limites materiais), incondicionado (não há critérios 
formais à sua elaboração) e autônomo (porque não decorre de nenhum outro poder). Ele foi exercido pela 
Assembleia Nacional Constituinte à época da elaboração da CF/88. 
 
Repare que a atual Constituição revoga integralmente o texto constitucional anterior, já que não é adotada no 
Brasil a teoria da desconstitucionalização, segundo a qual as normas da Constituição anterior que sejam 
materialmente compatíveis com o novo texto constitucional e que não tenham sido previstas, são 
recepcionadas com o status normativo de lei ordinária. Isso não é admitido pelo ordenamento jurídico 
brasileiro, nos termos da nossa CF. 
 
O poder constituinte derivado (deriva do originário, portanto, a ele se subordina) é limitado e condicionado. 
O poder derivado se subdivide em 3: 
 
a) decorrente (autonomia dos Estados. É o Poder que os Estados têm de elaborar sua própria Constituição. É 
o poder de se fazer as Constituições Estaduais. Ele não pode ser exercido de forma aleatória, uma vez que 
esse poder é limitado, afinal, é derivado. A Constituição Estadual deve se pautar pela estrutura da Federal – 
princípio da simetria. (art. 25). 
 
Municípios não tem Constituição, sendo regidos por Lei Orgânica, votada em dois turnos, com o interstício 
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, 
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado. (art. 29). Da 
mesma forma, o DF, nos termos do artigo 32 da CF. 
 
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É possível que a Constituição do Estado de Goiás tenha previsão de que o Governador do Estado pode editar 
medidas provisórias? Claro que sim. Os Estados têm autonomia para elaborar suas Constituições, mas devem 
obediência ao que prevê a Constituição Federal. Como a CF prevê Medida Provisória, é claro que não há 
qualquer problema se na Constituição Estadual também tiver essa previsão. 
 
b) reformador (é o poder de alterar a CF que se manifesta por meio das Emendas Constitucionais – artigo 
60 da CF). Há alguns limites ao poder de reforma: 
 
b1) materiais (cláusula pétrea – art. 60, § 4º - CUIDADO! Não é que não pode ser objeto de emenda. Não 
pode ser suprimido. Pode ser ampliado. LEMBRE-SE: não pode abolir. Um exemplo é o inciso LXXVIII 
(razoável duração do processo) do artigo 5º. Nesse caso, cabe indenização contra o Estado se o processo 
demorar demais. 
 
Forma federativa (Federação – a marca obrigatória é a repartição de competências, não ficando adstrito a um 
ente o poder estatal). 
 
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente 
a abolir: 
 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
 
Preste atenção nisso! Só o que está elencado neste parágrafo é que não poder ser abolido por Emenda 
Constitucional. Logo, tudo que não está neste rol pode ser alterado, bastando, para isso, a edição de uma 
Emenda à Constituição. 
 
b2) formais: 
 
– quanto à iniciativa: 1/3 dos membros da Câmara ou do Senado, Presidente da República, mais da metade 
das Assembleias Legislativas. 
 
Cabe iniciativa popular de emenda constitucional? Não. Só existe previsão constitucional de iniciativa 
popular para edição de lei, não de emenda constitucional. 
 
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 - quanto ao quórum: 3/5, em dois turnos, nas duas Casas do Congresso. Não existe sanção ou veto em se 
tratando de emenda constitucional. Só existe isso no âmbito das leis. 
 
Proposta de emenda à Constituição é apresentada por cerca de 10% (dez por cento) dos Deputados Federais, 
cujo teor é criar novo dispositivo constitucional que determine a submissão de todas as decisões do Supremo 
Tribunal Federal, no controle abstrato de normas, ao crivo do Congresso Nacional, de modo que a decisão do 
Tribunal somente produziria efeitos após a aprovação da maioria absoluta dos membros do Congresso 
Nacional em sessão unicameral. A proposta é discutida e votada nas duas casas do Congresso Nacional, onde 
recebe a aprovação da maioria absoluta dos Deputados e Senadores nos dois turnos de votação. Encaminhada 
para o Presidente da República, este resolve sancionar a proposta, publicando a nova emenda no Diário 
Oficial. Existe alguma inconstitucionalidade nessa questão? Qual? 
 
Há diversas inconstitucionalidades formais. Inicialmente a PEC não poderia ser apresentada por 10% (dez 
por cento) dos Deputados Federais, já que, segundo o Art. 60, I da Constituição, esta só pode ser emendada 
por proposta de, no mínimo, um terço dos membros da Câmara dos Deputados. A proposta deveria ser 
aprovada por três quintos dos membros de cada casa do Congresso Nacional (Art. 60, § 2º da Constituição) e 
não pela maioria absoluta dos Deputados e Senadores. Por fim, não cabe sanção ou veto de proposta de 
emenda à Constituição, pois, conforme Art. 60, § 3º da Constituição, as emendas deverão ser promulgadas 
pelas Mesas da Câmara e do Senado. Materialmente também há inconstitucionalidade, uma vez que o teor da 
proposta, ao submeter todas as decisões do STF, no controle abstrato, ao crivo do Congresso Nacional, é 
atentatório contra a cláusula pétrea da separação dos poderes (Art. 60, § 4º, III da Constituição), pois esta 
cláusula pressupõe um sistema de freios e contrapesos, com controle e vigilância dos poderes constituídos 
entre si, sendo a emenda tendente a abolir tal cláusula. 
 
- quanto à promulgação – É feita pelas Mesas da Câmara e do Senado. 
 
- quanto à reapresentação – PEC rejeitada não pode ser reapresentada na mesma sessão legislativa 
 
Vamos ver agora as diferenças entre sessão legislativa, período legislativo e legislatura. 
 
Legislatura é o período de quatro anos, correspondente ao mandato de um deputado (art. 44, parágrafo 
único). A sessão legislativa é o período de um ano (art. 57), ou seja, cada legislatura compreende quatro 
sessões legislativas. O período legislativoé o de seis meses, ou seja, cada sessão legislativa está dividida em 
dois períodos legislativos (art. 57 - de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro). 
 
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(II Exame – 2010) O Congresso Nacional e suas respectivas Casas se reúnem anualmente para a atividade 
legislativa. Com relação ao sistema constitucional brasileiro, assinale a alternativa correta. 
 
a) Legislatura: o período compreendido entre 2 de fevereiro a 17 de julho e 1º de agosto a 22 de dezembro. 
b) Sessão legislativa: os quatro anos equivalentes ao mandato dos parlamentares. 
c) Sessão conjunta: a reunião da Câmara dos Deputados e do Senado Federal destinada, por exemplo, a 
conhecer do veto presidencial e sobre ele deliberar. 
 
Art. 57, § 3º - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a 
Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão 
conjunta para: 
 
I - inaugurar a sessão legislativa; 
II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços 
comuns às duas Casas; 
III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da 
República; 
IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. 
 
d) Sessão extraordinária: a que ocorre por convocação ou do Presidente do Senado Federal ou do Presidente 
da Câmara dos Deputados ou do Presidente da República e mesmo por requerimento da maioria dos 
membros de ambas as Casas para, excepcionalmente, inaugurar a sessão legislativa e eleger as respectivas 
mesas diretoras. 
 
“Sessão Extraordinária” corresponde àquelas oportunidades em que o Congresso Nacional é convocado para 
se reunir durante o “Recesso Parlamentar” (que ocorre nos intervalos entre os “Períodos” da “Sessão 
Legislativa”) e deve obedecer ao que o art. 57, §§ 6º a 8º, da CF/88. 
 
Essa “Convocação Extraordinária” destina-se apenas a situações excepcionais, que não possam aguardar o 
fim do recesso parlamentar, como ocorre nos casos de decretação de estado de defesa ou de intervenção, de 
pedido de autorização para decretação do Estado de Sítio, para o compromisso e posse do Presidente e do 
Vice-Presidente da República, e demais casos de urgência ou interesse público relevante. 
 
Um dos principais erros dessa alternativa consiste no fato de que a Eleição das Mesas Diretoras de cada Casa 
do Congresso Nacional deve ocorrer em “Sessão Preparatória”, a partir de 1º de fevereiro do primeiro ano da 
legislatura (art. 57, § 4º, da CF/88). Essa “Sessão Preparatória” integra a própria Sessão Legislativa 
Ordinária, não sendo, portanto, motivo capaz de autorizar uma “Convocação Extraordinária”. 
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b3) circunstanciais – A Constituição não pode ser objeto de emenda na vigência de intervenção federal, 
estado de sítio e estado de defesa (art. 60 §1º CF). Assim, na vigência dos mecanismos de defesa para se 
enfrentar situações de crise constitucional (anormalidades constitucionais), a Constituição não pode ser 
emendada, pois eles têm como feito automático a inibição do poder de reforma. 
 
Estado de sítio (artigos 137 a 139) 
 
Leia com atenção como funciona o estado de sítio. É a situação mais grave pela qual pode passar o País. 
 
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República 
e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional 
autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: 
 
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que 
comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; 
 
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada 
estrangeira. 
 
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para 
decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos 
determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria 
absoluta. 
 
Você leu e viu que o estado de sítio só é admitido nessas duas hipóteses (incisos I e II do artigo 137). André, 
se não for uma dessas duas hipóteses? Não cabe estado de sítio. 
 
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas 
necessárias a sua execução e as garantias constitucionais que ficarão 
suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República designará o 
executor das medidas específicas e as áreas abrangidas. 
 
§ 1º O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado 
por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; 
no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a 
guerra ou a agressão armada estrangeira. 
 
§ 2º Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o 
recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, 
convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro 
de cinco dias, a fim de apreciar o ato. 
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§ 3º O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das 
medidas coercitivas. 
 
Nesse artigo, no § 1º, você viu a duração do estado de sítio, que varia consideravelmente, a depender do 
motivo que ensejou sua decretação. Se for decretado o estado de sítio com base no inciso I do artigo 137, ou 
seja, no caso de comoção de repercussão nacional, ou quando já tiver sido declarado estado de defesa (30 
dias) e prorrogado (+30 dias) e a situação ainda continua instável. Nessa hipótese, ele terá duração de 30 
dias, com quantas prorrogações forem necessárias, mas sempre por 30 dias cada. 
 
Se, entretanto, o motivo da decretação for o inciso II do artigo 137, ou seja, em caso de declaração de estado 
de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira, a decretação do estado de sítio perdurará por todo o 
tempo que durar a guerra ou a resposta a agressão. 
 
Vejamos, agora, no artigo 139, quais medidas podem ser adotadas em caso de decretação de estado de sítio: 
 
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 
137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas: 
 
I - obrigação de permanência em localidade determinada; 
 
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por 
crimes comuns; 
 
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao 
sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de 
imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; 
 
IV - suspensão da liberdade de reunião; 
 
V - busca e apreensão em domicílio; 
 
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; 
 
VII - requisição de bens. 
 
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de 
pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, 
desde que liberada pela respectiva Mesa. 
 
 
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Estado de defesa (art. 136) 
 
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República 
e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar 
ou prontamenterestabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem 
pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade 
institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na 
natureza. 
 
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de 
sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos 
termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as 
seguintes: 
 
I - restrições aos direitos de: 
 
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; 
 
b) sigilo de correspondência; 
 
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; 
 
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese 
de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos 
decorrentes. 
 
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta 
dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem 
as razões que justificaram a sua decretação. 
 
§ 3º Na vigência do estado de defesa: 
 
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da 
medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a 
relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de 
delito à autoridade policial; 
 
II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do 
estado físico e mental do detido no momento de sua autuação; 
 
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a 
dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário; 
 
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IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. 
 
§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da 
República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a 
respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria 
absoluta. 
 
§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, 
extraordinariamente, no prazo de cinco dias. 
 
§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados 
de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o 
estado de defesa. 
 
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa. 
 
A anormalidade ocorre em alguns pontos do território nacional. Pode ser decretada por 30 dias, prorrogado, 
uma única vez, por igual período. 
 
Intervenção federal (art. 34) 
 
A União quebra, temporária e excepcionalmente a autonomia dos Estados, por desrespeitarem as regras do 
artigo 34 da Constituição Federal. 
 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, 
exceto para: 
 
I - manter a integridade nacional; 
 
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; 
 
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; 
 
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da 
Federação; 
 
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos 
consecutivos, salvo motivo de força maior; 
 
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b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta 
Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; 
 
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 
 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
 
b) direitos da pessoa humana; 
 
c) autonomia municipal; 
 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos 
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e 
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
 
(X Exame – 2013) A Constituição brasileira não pode ser emendada: 
 
a) na implantação do estado de emergência e durante a intervenção da União nos Estados. 
b) na vigência do estado de sítio e na implantação do estado de emergência. 
c) quando em estado de sítio e durante a intervenção da União nos Municípios. 
d) na vigência de estado de defesa, de estado de sítio e de intervenção federal. 
 
Observe que a resposta correta – alternativa “d” está idêntica à redação do § 1º do artigo 60: 
 
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de 
intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. 
 
b4) implícitos: decorre do próprio sistema constitucional. Ex: uma PEC alterando o quórum de aprovação 
das próximas PEC’s é inconstitucional por ferir limite implícito. 
 
c) revisor – art. 3º do ADCT. 
 
Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, 
contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta 
dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral. 
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A revisão já ocorreu, por maioria absoluta e em sessão unicameral. Não acontecerá de novo já que aquelas 
datas lá estipuladas já passaram, certo? Logo, trata-se de uma norma de eficácia exaurida, ou seja, que já 
gerou todos os efeitos que ela visava a produzir. 
 
Normas Constitucionais Inconstitucionais - Existem? 
 
O Supremo já decidiu e a resposta é não, não se pode falar em norma constitucional inconstitucional. Mas 
quando se fala que não há normas constitucionais inconstitucionais é porque se está referindo a norma 
advindo do poder constituinte originário, vale dizer, é impensável que haja uma norma originária da 
constituição que seja inconstitucional. O que pode haver é o fato de o poder constituinte derivado haver 
trazido para dentro da Constituição uma norma que venha a ser considerada inconstitucional. Seria uma 
norma constitucional inconstitucional, mas advinda do poder constituinte derivado (emendas 
constitucionais). 
 
ESTRUTURA DA CF 
 
1.Preâmbulo: Segundo o STF, o preâmbulo traz princípios que norteiam a interpretação de toda a CF, mas 
não tem força normativa (cogente). Assim, se uma lei violar apenas o preâmbulo, ela não pode ser objeto de 
controle de constitucionalidade. Ex: a Constituição do Acre não trouxe o nome de Deus em seu preâmbulo. 
 
As demais partes da CF só podem ser alteradas por emenda e servem de parâmetro para a declaração de 
inconstitucionalidade. Se uma lei violar o ADCT, ela pode ser declarada inconstitucional, ou seja, não há 
diferença, no que se refere a eficácia normativa, entre as normas constitucionais (arts. 1º a 250) e as normas 
do ADCT (arts. 1º a 137) 
 
2.Disposições permanentes (art. 1 ao 250) 
 
3.ADCT ( art. 1º ao 137) 
 
Não há hierarquia entre as normas do ADCT (normas constitucionais transitórias) e as normas da parte 
permanente. Havendo conflitos entre elas, prevalece a mais específica. Lembre-se que a norma especial 
prevalece em face de norma geral. 
 
Uma norma constitucional pode ser declarada inconstitucional? Depende. Se decorrente do poder 
constituinte originário, nunca, pelo fato de o poder originário ser ilimitado, incondicionado e autônomo. Se 
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17 
se tratar de norma decorrente do exercício do poder constituinte reformador, ou seja, norma decorrente de 
Emenda Constitucional, pode ser declarada inconstitucional, já que o poder reformador é limitado, devendo 
obedecer os limites impostos pela CF. 
 
EFICÁCIA E APLICABILIDADE 
 
As normas constitucionais podem ser de eficácia: 
 
a) plena (art. 18, § 1º ). Não depende de lei, nem admite lei que restrinja seu conteúdo. Tem eficácia desde o 
momento em que a Constituição entra em vigor, não dependendo de norma integrativa infraconstitucional. 
 
O artigo 13 da CF é um exemplo muito claro de norma constitucional de eficácia plena: 
 
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do 
Brasil. 
 
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as 
armas e o selo nacionais. 
 
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios. 
 
b) contida (ou restringível) – A princípio, ela é igual à plena, mas ela deixa aberta a possibilidade de ser 
restringida por atuação do legislador. Ex: art. 5º, inciso XIII. Ela não depende de lei, mas admite lei que 
restringe seu conteúdo. 
 
c) limitada – depende de lei para produzir a plenitude de seus efeitos. Ex: lei de greve dos servidores 
públicos até hoje não foi editada. Se não há a lei regulamentadora e isso inviabiliza o exercício desse direito, 
há inconstitucionalidade por omissão, sanável por meio de dois instrumentos: o mandado de injunção 
(controle difuso) e a ação direta de inconstitucionalidade por omissão (controle concentrado). Outro exemplo 
é o imposto sobre grandes fortunas, que fica na pendência da edição de lei complementar para que possa ser 
instituído pela União. 
 
Só o fato de haver um direito previsto numa norma limitada, há a incidência de dois efeitos: inibidor e 
revogador. Inibe a atuação do legislador, impedindo que ele edite normas que violem o direito 
constitucionalmente previsto e revoga as normas até então existentes. 
 
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CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 
 
1) Quanto à origem: 
 
a) outorgada – imposta de maneira unilateral, por quem estava no comando; 
 
b) promulgada, democrática ou popular – fruto de uma Assembleia Nacional Constituinte, em que houve 
participação popular. 
 
c) cesarista ou bonapartista – elaborada por alguém que está no comando, mas submetida à aprovação 
popular. 
 
 
 
2) Quanto ao processo de mudança (alterabilidade /mutabilidade): 
 
a) rígida – o processo de alteração da CF é mais solene que o processo de alteração das leis. Só existe 
controle de constitucionalidade em países que adotam Constituição rígida. 
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b) semirrígida – é também chamada de semiflexível. Parte é alterada por emenda, e a outra parte é alterada 
pela mesma forma que as leis. 
 
c) flexível – o processo de alteração é o mesmo previsto para alteração da legislação infraconstitucional. 
 
3) quanto à extensão: sintética ou analítica 
 
 
 
4) quanto ao conteúdo: formal e material. Para a formal, qualquer norma que esteja no texto constitucional é 
norma constitucional. Já para a material, só são consideradas normas constitucionais aquelas que tiverem 
conteúdo relacionado ao exercício dos Poderes ou à estipulação dos direitos e garantias, ou seja, apenas 
aquelas normas que são materialmente constitucionais. 
 
 
 
Logo, para uma Constituição material, as normas que tratam do Colégio Pedro II, por exemplo (art. 242, § 
2º), embora estejam no texto constitucional, não seriam tidas como normas constitucionais. 
 
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QUESTÕES - AULA 1 
 
1) (XXV Exame) O constitucionalismo brasileiro, desde 1824, foi construído a partir de vertentes teóricas 
que estabeleceram continuidades e clivagens históricas no que se refere à essência e à interrelação das 
funções estatais, tanto no plano vertical como no horizontal, bem como à proteção dos direitos fundamentais. 
A partir dessa constatação, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A Constituição de 1824 adotou, de maneira rígida, a tripartição das funções estatais, que seriam repartidas 
entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. 
b) A Constituição de 1891 dispôs sobre o federalismo de cooperação e delineou um Estado Social e 
Democrático de Direito. 
c) A Constituição de 1937 considerou o Supremo Tribunal Federal o guardião da Constituição, detendo a 
última palavra no controle concentrado de constitucionalidade. 
d) A Constituição de 1946 foi promulgada e reinaugurou o período democrático no Brasil, tendo 
contemplado um rol de direitos e garantias individuais. 
 
2) (XXVI Exame) Uma nova Constituição é promulgada, sendo que um grupo de parlamentares mantém 
dúvidas acerca do destino a ser concedido a várias normas da Constituição antiga, cujas temáticas não foram 
tratadas pela nova Constituição. Como a nova Constituição ficou silente quanto a essa situação, o grupo de 
parlamentares, preocupado com possível lacuna normativa, resolve procurar competentes advogados a fim de 
sanar a referida dúvida. Os advogados informaram que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, 
 
a) as normas da Constituição pretérita que guardarem congruência material com a nova Constituição serão 
convertidas em normas ordinárias. 
b) as matérias tratadas pela Constituição pretérita e não reguladas pela nova Constituição serão por esta 
recepcionadas. 
c) as matérias tratadas pela Constituição pretérita e não reguladas pela nova Constituição receberão, na nova 
ordem, status supralegal, mas infraconstitucional. 
d) a revogação tácita da ordem constitucional pretérita pela nova Constituição se dará de forma completa e 
integral, ocasionando a perda de sua validade. 
 
3) (XXXV Exame) No Preâmbulo da Constituição do Estado Alfa consta: “Nós, Deputados Estaduais 
Constituintes, no pleno exercício dos poderes outorgados pelo artigo 11 do Ato das Disposições Transitórias 
da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988, reunidos em 
Assembleia, no pleno exercício do mandato, de acordo com a vontade política dos cidadãos deste Estado, 
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dentro dos limites autorizados pelos princípios constitucionais que disciplinam a Federação Brasileira, 
promulgamos, sob a proteção de Deus, a presente Constituição do Estado Alfa.” Diante de tal fragmento e de 
acordo com a teoria do poder constituinte, o ato em tela deve ser corretamente enquadrado como forma de 
expressão legítima do poder constituinte 
 
A) originário. 
B) derivado difuso. 
C) derivado decorrente. 
D) derivado reformador. 
 
4) (XXVII Exame) Após cumprimento de todas as formalidades constitucionaise legais exigíveis, o Estado 
Alfa se desmembra (desmembramento por formação), ocasionando o surgimento de um novo Estado-
membro: o Estado Beta. Preocupados com a possibilidade de isso influenciar nas grandes decisões políticas 
regionais, um grupo de cidadãos inicia um movimento exigindo a imediata elaboração de uma Constituição 
para o novo Estado Beta. Os líderes políticos locais, sem maiores conhecimentos sobre a temática, buscam 
assessoramento jurídico junto a advogados constitucionalistas, sendo-lhes corretamente informado que, 
segundo a inteligência do sistema jurídico-constitucional brasileiro, 
 
A) com a criação do Estado Beta no âmbito da República Federativa do Brasil, passou este a fazer parte do 
pacto federativo, subordinando-se tão somente à Constituição Federal, e não a qualquer outra constituição. 
B) tendo passado o Estado Beta a ser reconhecido como um ente autônomo, adquiriu poderes para se 
estruturar por meio de uma Constituição, sem a necessidade desta se vincular a padrões de simetria impostos 
pela Constituição Federal. 
C) pelo fato de o Estado Beta ter sido reconhecido como um ente federado autônomo, passa a ter poderes 
para se estruturar por meio de uma Constituição, que deverá observar o princípio da simetria, conforme os 
padrões fixados na Constituição Federal. 
D) o reconhecimento do Estado Beta como um ente federado autônomo assegurou-lhe poderes para se 
estruturar por meio de uma Constituição, cujo texto, porém, não poderá se diferenciar daquele fixado pela 
Constituição Federal. 
 
5) (XXV Exame) Por entender que o voto é um direito, e não um dever, um terço dos membros da Câmara 
dos Deputados articula proposição de emenda à Constituição de 1988, no sentido de tornar facultativo a 
todos os cidadãos o voto nas eleições a serem realizadas no país. Sabendo que a proposta gerará grande 
polêmica, o grupo de parlamentares resolve consultar um advogado especialista na matéria. De acordo com o 
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sistema jurídico-constitucional brasileiro, assinale a opção que indica a orientação correta a ser dada pelo 
advogado. 
 
a) Não é possível sua supressão por meio de Emenda Constitucional, porque o voto obrigatório é considerado 
cláusula pétrea da Constituição da República, de 1988. 
b) Não há óbice para que venha a ser objeto de alteração por via de Emenda Constitucional, embora o voto 
obrigatório tenha estatura constitucional. 
c) Para que a proposta de Emenda Constitucional seja analisada pelo Congresso Nacional, é necessária 
manifestação de um terço de ambas as Casas. 
d) A emenda, sendo aprovada pelo Congresso Nacional, somente será promulgada após a devida sanção 
presidencial. 
 
6) (VII Exame) As Emendas Constitucionais possuem um peculiar sistema de iniciativa. Assim, revela-se 
correto afirmar que poderá surgir projeto dessa espécie normativa por proposta de: 
 
a) mais de dois terços das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que, em cada uma 
delas, deve ocorrer a unanimidade de votos. 
b) mais de um terço das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que, em cada uma delas, 
deve ocorrer a maioria simples de votos. 
c) mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que, em cada uma delas, 
deve ocorrer a maioria relativa de votos. 
d) mais de um terço das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, sendo que, em cada uma delas, 
deve ocorrer a unanimidade de votos. 
 
7) (XXXII Exame) Durante pronunciamento em rede nacional, o Presidente da República é alertado por seus 
assessores sobre a ocorrência de um ataque balístico, em solo pátrio, oriundo de país fronteiriço ao Brasil. 
Imediatamente, anuncia que tal agressão armada não ficará sem resposta. Após reunir-se com o Conselho da 
República e o Conselho de Defesa Nacional, solicita autorização ao Congresso Nacional para decretar o 
estado de sítio e adotar as seguintes medidas: I – a população que reside nas proximidades da área atacada 
deve permanecer dentro de suas casas ou em abrigos indicados pelo governo; II – imposição de restrições 
relativas à inviolabilidade da correspondência e ao sigilo das comunicações. A partir do enunciado proposto, 
com base na ordem constitucional vigente, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Cabe ao Congresso Nacional decidir, por maioria absoluta, sobre a decretação do estado de sítio, visto 
que as medidas propostas pelo Presidente da República revelam-se compatíveis com a ordem constitucional. 
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B) Além de as medidas a serem adotadas serem incompatíveis com a ordem constitucional, a resposta à 
agressão armada estrangeira é causa de decretação do estado de defesa, mas não do estado de sítio. 
C) Embora as medidas a serem adotadas guardem compatibilidade com a ordem constitucional, a decretação 
do estado de sítio prescinde de prévia aprovação pelo Congresso Nacional. 
D) Cabe ao Congresso Nacional decidir, por maioria simples, sobre a instituição do estado de sítio, mas as 
medidas propostas pelo Presidente apresentam flagrante inconstitucionalidade. 
 
8) (XXXIV Exame) A zona oeste do Estado Delta foi atingida por chuvas de grande intensidade por duas 
semanas, levando os especialistas a classificar tal situação como de calamidade de grandes proporções na 
natureza, em virtude dos estragos observados. O governador de Delta, ao decidir pela decretação do estado 
de defesa, convoca os procuradores do Estado para que estes se manifestem acerca da constitucionalidade da 
medida. Os procuradores informam ao governador que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, 
a decretação do estado de defesa 
 
A) é um meio institucional adequado para o enfrentamento da crise, mas depende de prévia consulta à 
Assembleia Legislativa do Estado Delta. 
B) pode ser promovida pelo governador do Estado Delta, caso o Presidente da República delegue tais 
poderes ao Chefe do Poder Executivo estadual. 
C) não pode se concretizar, pois a ocorrência de calamidade de grandes proporções na natureza não 
configura hipótese justificadora da referida medida. 
D) é competência indelegável do Presidente da República, não sendo constitucionalmente prevista sua 
extensão aos chefes do poder executivo estadual. 
 
9) (XXVI Exame) Durante ato de protesto político, realizado na praça central do Município Alfa, os 
manifestantes, inflamados por grupos oposicionistas, começam a depredar órgãos públicos locais, bem como 
invadem e saqueiam estabelecimentos comerciais, situação que foge do controle das forças de segurança. 
Diante do quadro de evidente instabilidade social, o Presidente da República, por Decreto, institui o estado 
de defesa no Município Alfa por prazo indeterminado, até que seja restaurada a ordem pública e a paz social. 
No Decreto, ainda são fixadas restrições aos direitos de reunião e ao sigilo de correspondência e 
comunicação telefônica. Acerca do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Durante o estado de defesa, podem ser estabelecidas restrições aos direitos de reunião e ao sigilo de 
correspondência e comunicação telefônica, mas o referido decreto não poderia estender-se por prazo 
indeterminado, estando em desconformidade com a ordem constitucional. 
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b) Ao decretar a medida, o Chefe do Poder Executivo não poderia adotar medidas de restrição ao sigilo de 
correspondência e comunicação telefônica, o que denota que o decreto é materialmente inconstitucional. 
c) O decreto é formalmente inconstitucional, porque o Presidente da República somente poderia decretar 
medida tão drástica mediante lei previamente aprovada em ambas as casas do Congresso Nacional. 
d) O decreto presidencial, na forma enunciada, não apresenta qualquer vício de inconstitucionalidade, sendo 
assegurada, pelo texto constitucional, a possibilidade de o Presidente da República determinar, por prazo 
indeterminado, restrições aos referidos direitos. 
 
10) (XXX Exame) As chuvas torrenciais que assolaram as regiões Norte e Nordeste do país resultaram na 
paralisação de serviços públicos essenciais ligados às áreas de saúde, educação e segurança. Além disso, 
diversos moradores foram desalojados de suas residências, e o suprimento de alimentos e remédios ficou 
prejudicado em decorrência dos alagamentos. O Presidente da República, uma vez constatado o estado de 
calamidade pública de grande proporção, decretou estado de defesa. Dentre as medidas coercitivas adotadas 
com o propósito de restabelecer a ordem pública estava o uso temporário de ambulâncias e viaturas 
pertencentes ao Município Alfa. Diante do caso hipotético narrado, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A fundamentação empregada pelo Presidente da República para decretar o estado de defesa viola a 
Constituição de 1988, porque esta exige, para tal finalidade, a declaração de estado de guerra ou resposta a 
agressão armada estrangeira. 
B) Embora seja admitida a decretação do estado de defesa para restabelecer a ordem pública em locais 
atingidos por calamidades de grandes proporções da natureza, não pode o Presidente da República, durante a 
vigência do período de exceção, determinar o uso temporário de bens pertencentes a outros entes da 
federação. 
C) O estado de defesa, no caso em comento, viola o texto constitucional, porque apenas poderia vir a ser 
decretado pelo Presidente da República caso constatada a ineficácia de medidas adotadas durante o estado de 
sítio. 
D) A União pode determinar a ocupação e o uso temporário de bens e serviços públicos, respondendo pelos 
danos e custos decorrentes, porque a necessidade de restabelecer a ordem pública em locais atingidos por 
calamidades de grandes proporções da natureza é fundamento idôneo para o estado de defesa. 
 
11) (XVII Exame) Pedro, reconhecido advogado na área do direito público, é contratado para produzir um 
parecer sobre situação que envolve o pacto federativo entre Estados brasileiros. Ao estudar mais detidamente 
a questão, conclui que, para atingir seu objetivo, é necessário analisar o alcance das chamadas cláusulas 
pétreas. Com base na ordem constitucional brasileira vigente, assinale, dentre as opções abaixo, a única que 
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expressa uma premissa correta sobre o tema e que pode ser usada pelo referido advogado no 
desenvolvimento de seu parecer. 
 
a) As cláusulas pétreas podem ser invocadas para sustentar a existência de normas constitucionais superiores 
em face de normas constitucionais inferiores, o que possibilita a existência de normas constitucionais 
inconstitucionais. 
b) Norma introduzida por emenda à constituição se integra plenamente ao texto constitucional, não podendo, 
portanto, ser submetida a controle de constitucionalidade, ainda que sob alegação de violação à cláusula 
pétrea. 
c) Mudanças propostas por constituinte derivado reformador estão sujeitas ao controle de 
constitucionalidade, sendo que as normas ali propostas não podem afrontar cláusulas pétreas estabelecidas na 
Constituição da República. 
d) Os direitos e as garantias individuais considerados como cláusulas pétreas estão localizados 
exclusivamente nos dispositivos do Art. 5º, de modo que é inconstitucional atribuir essa qualidade (cláusula 
pétrea) a normas fundadas em outros dispositivos constitucionais. 
 
12) (XXIII Exame) Leonardo matriculou seus dois filhos em uma escola pública municipal, mas foi 
surpreendido ao tomar conhecimento de que ambos estão tendo aulas regulares, como disciplina obrigatória, 
de uma específica religião de orientação cristã. Indignado, ele procura você para, como advogado(a), orientá-
lo sobre a regularidade de tal situação. Sobre tal prática, com base no que dispõe o sistema jurídico-
constitucional brasileiro, assinale a afirmativa correta. 
 
a) É constitucional, pois a força normativa do preâmbulo constitucional auxilia uma interpretação que 
autoriza o ensino de religião, contanto que com viés cristão. 
b) É inconstitucional, pois a laicidade estatal deve garantir que nenhuma religião possa ser preferida a outra 
no âmbito do espaço público-estatal, sendo o ensino religioso facultativo. 
c) É constitucional, posto que o ensino religioso deve ser ministrado, segundo a Constituição de 1988, como 
disciplina obrigatória nas escolas públicas de ensino fundamental. 
d) É inconstitucional, pois a laicidade estabelecida pela Constituição de 1988 pressupõe a vedação a qualquer 
espécie de orientação de ordem religiosa em instituições públicas. 
 
13) (XXI Exame) Carlos pleiteia determinado direito, que fora regulado de forma mais genérica no corpo 
principal da CRFB/88 e de forma mais específica no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – o 
ADCT. O problema é que o corpo principal da Constituição da República e o ADCT estabelecem soluções 
jurídicas diversas, sendo que ambas as normas poderiam incidir na situação concreta. Carlos, diante do 
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problema, consulta um (a) advogado (a) para saber se a solução do seu caso deve ser regida pela norma 
genérica oferecida pelo corpo principal da Constituição da República ou pela norma específica oferecida pelo 
ADCT. Com base na CRFB/88, assinale a opção que apresenta a proposta correta dada pelo advogado: 
 
a) Como o corpo principal da CRFB/88 possui hierarquia superior a todas as demais normas do sistema 
jurídico, deve ser aplicável, afastada a aplicação das normas do ADCT. 
b) Como o ADCT possui o mesmo status jurídico das demais normas do corpo principal da CRFB/88, a 
norma específica do ADCT deve ser aplicada no caso concreto. 
c) Como o ADCT possui hierarquia legal, não pode afastar a solução normativa presente na CRFB/88. 
d) Como o ADCT possui caráter temporário, não é possível que venha a reger qualquer caso concreto, posto 
que sua eficácia está exaurida. 
 
14) (XXXIII Exame) Você, como advogada(o) atuante na defesa dos Direitos Humanos, foi convidada(o) 
para participar de um programa de debate na rádio local sobre a questão da pena de morte. Um dos 
debatedores, em certo ponto do programa, afirmou que, caso fosse aprovada uma Proposta de Emenda 
Constitucional (PEC) suprimindo a vedação da pena de morte presente na Constituição, o Brasil poderia 
adotar esse tipo de pena. Na opinião desse debatedor, tratar-se-ia apenas de vontade política e não de questão 
jurídica. Diante disso, cabe a você esclarecer que 
 
a) essa PEC poderia ser aprovada pelo Congresso Nacional e surtir seus efeitos jurídicos mas, por se tratar de 
uma questão política, o ideal seria que essa decisão fosse precedidade amplo debate popular. 
b) essa PEC poderia ser aprovada pelo Congresso Nacional mas, de acordo com a Constituição da República, 
uma decisão nesse sentido somente poderia ser implementada após aprovação em referendo popular. 
c) essa PEC não é juridicamente adequada, porque tal vedação é cláusula pétrea da Constituição e porque o 
Brasil promulgou o Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre Direitos Humanos referente à 
abolição da pena de morte. 
d) de acordo com a Constituição da República e a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, apenas o 
Supremo Tribunal Federal poderia admitir a pena de morte, porque possui competência para relativizar a 
proteção a um direito fundamental, desde que para proteger outro direito fundamental. 
 
15) (FGV) Em um período no qual a região norte do País estava sendo atingida por uma calamidade de 
grandes proporções da natureza, um grupo de vinte Senadores subscreveu uma proposta de emenda 
constitucional, visando a alterar a sistemática afeta à estruturação dos órgãos de segurança pública. Acresça-
se que proposta idêntica fora apresentada e rejeitada pelo Senado Federal na mesma legislatura, mais 
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especificamente no ano anterior. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que essa proposta 
afronta 
 
a) os limites formais, materiais, circunstanciais e temporais de reforma constitucional. 
b) apenas os limites formais, circunstanciais e temporais de reforma constitucional. 
c) apenas os limites formais e materiais de reforma constitucional. 
d) apenas os limites formais de reforma constitucional. 
 
16) (FGV – Juiz Substituto – TJ/MG – 2022) Sobre os enunciados contidos no preâmbulo da Constituição 
Federal de 1988, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Não têm valor normativo, não podendo ser considerados na interpretação dos dispositivos constitucionais, 
porque não é obrigatório. 
b) Não têm valor normativo e somente podem ser considerados na interpretação dos dispositivos 
constitucionais, se estes admitirem expressamente a interpretação. 
c) Devem ser observados na interpretação das normas constitucionais, por se tratarem de vetores adotados 
pela Constituição. 
d) São promessas do legislador originário para o futuro, e não podem orientar a interpretação, pois dependem 
da mudança gradativa do pensamento da sociedade. 
 
17) (FGV – Auditor Fiscal 2021) Em um momento no qual a Região Norte do país estava assolada por uma 
calamidade de grandes proporções, foi promulgada a Emenda Constitucional nº XX, que modificou o sistema 
brasileiro de seguridade social. A reforma assim aprovada, que tinha sido rejeitada na mesma legislatura, 
mais especificamente no ano retrasado, foi muito comemorada por alguns setores da sociedade, mas somente 
entraria em vigor no primeiro dia do ano seguinte à sua promulgação. Insatisfeito com o teor da reforma, o 
Partido Político XX consultou seu advogado sobre a existência de possíveis infrações aos limites 
constitucionais ao exercício do poder reformador, bem como se poderia ser deflagrado o controle 
concentrado de constitucionalidade. Assinale a opção que apresenta a informação correta dada pelo 
advogado. 
 
a) Não foram infringidos quaisquer dos limites constitucionais ao exercício do poder reformador. 
b) Foram infringidos limites materiais ao exercício do poder reformador, mas não seria possível deflagrar o 
referido controle, pois a emenda ainda não era eficaz. 
c) Foram infringidos limites circunstanciais ao exercício do poder reformador, sendo possível deflagrar o 
referido controle, em razão da promulgação da emenda. 
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d) Foram infringidos limites circunstanciais e temporais ao exercício do poder reformador, sendo possível 
deflagrar o referido controle, em razão da promulgação da emenda. 
 
18) (FGV – Auditor de Controle Externo – 2021) Lucas, estudioso do direito constitucional, chegou à 
conclusão de que o texto constitucional pode sofrer mudanças de significado ainda que não seja objeto de 
qualquer alteração formal. Essas alterações, delineadas a partir de atividade intelectiva conduzida pelo 
intérprete, sob influência das modificações na realidade sociopolítica, não importariam em usurpação de uma 
função própria do Poder Constituinte originário. À luz da compreensão contemporânea a respeito da 
interpretação constitucional, a argumentação de Lucas é: 
 
a) incorreta, pois o texto e a norma constitucional apresentam uma relação de sobreposição, o que impede a 
alteração da última sem a realização de modificações no primeiro; 
b) correta, já que o texto e a norma constitucional não apresentam uma relação de sobreposição, sendo esta 
última delineada a partir da interação entre o primeiro e a realidade; 
c) correta, já que a norma pode se distanciar da sobreposição com o texto caso seja identificada uma situação 
de nulidade parcial deste último; 
d) incorreta, já que a interpretação constitucional é realizada in abstracto, dissociada da realidade subjacente 
ao momento de aplicação da norma; 
 
19) (FGV – Analista legislativo – 2018) Foi apresentada proposta de emenda constitucional subscrita por um 
terço dos Deputados Federais. A proposta almeja criar um imposto e contém disposição expressa 
determinando a sua cobrança em relação a fatos geradores ocorridos no mesmo exercício financeiro, 
excepcionando, com isso, a vedação contida no Art. 150, III, b, da Constituição da República de 1988. À luz 
da sistemática constitucional a respeito dos limites materiais e formais ao exercício do poder reformador, a 
proposta: 
 
a) não afronta os limites materiais, pois somente os direitos e garantias individuais previstos no Título II da 
Constituição não podem ser alterados via emenda; 
b) afronta os limites formais, pois a proposta de emenda deveria ser apresentada, conjuntamente, por um 
terço dos Deputados Federais e um terço dos Senadores; 
c) não afronta os limites materiais, pois a vedação à cobrança de imposto em relação a fatos geradores 
ocorridos no mesmo exercício financeiro não configura direito individual; 
d) afronta os limites materiais, pois quaisquer direitos e garantias individuais previstos na Constituição, 
mesmo fora do Título II, devem ser respeitados pelo poder reformador; 
 
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20) (XVI Exame) O diretor de RH de uma multinacional da área de telecomunicações, em reunião 
corporativa, afirmou que o mundo globalizado vem produzindo grandes inovações, exigindo o 
reconhecimento de novas profissões desconhecidas até então. Feitas essas considerações, solicitou à diretoria 
que alterasse o quadro de cargos e funções da empresa, incluindo as seguintes profissões: gestor de mídias 
sociais, gerente de marketing digital e desenvolvedor de aplicativos móveis. O presidente da sociedade 
empresária, posicionando-se contra o pedido formulado, alegou que o exercício de qualquer atividade 
laborativa pressupõe a sua devida regulamentação em lei, o que ainda não havia ocorrido em relação às 
referidas profissões. Com base na teoria da eficácia das normas c correto afirmar que o presidente da 
sociedade empresária 
 
a) argumentou em harmonia com a ordemconstitucional, pois o dispositivo da Constituição Federal que 
afirma ser livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais 
que a lei estabelecer, possui eficácia limitada, exigindo regulamentação legal para que possa produzir efeitos 
b) apresentou argumentos contrários à ordem constitucional, pois o dispositivo da Constituição Federal que 
afirma se livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais 
que a lei estabelecer, possui eficácia contida, de modo que, inexistindo lei que regulamente o exercício da 
atividade profissional, é livre o seu exercício. 
c) apresentou argumentos contrários à ordem constitucional, pois o dispositivo da Constituição Federal que 
afirma ser livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais 
que a lei estabelecer, possui eficácia plena, já que a liberdade do exercício profissional não pode ser 
restringida, mas apenas ampliada. 
d) argumentou em harmonia com a ordem constitucional, pois o dispositivo da Constituição Federal que 
afirma ser livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais 
que a lei estabelecer, não possui nenhuma eficácia, devendo ser objeto de mandado de injunção para a sua 
devida regulamentação. 
 
21) (XXIV Exame) Edinaldo, estudante de Direito, realizou intensas reflexões a respeito da eficácia e da 
aplicabilidade do Art. 14, § 4º, da Constituição da República, segundo o qual “os inalistáveis e os analfabetos 
são inelegíveis”. A respeito da norma obtida a partir desse comando, à luz da sistemática constitucional, 
assinale a afirmativa correta. 
 
A) Ela veicula programa a ser implementado pelos cidadãos, sem interferência estatal, visando à realização 
de fins sociais e políticos. 
B) Ela tem eficácia plena e aplicabilidade direta, imediata e integral, pois, desde que a CRFB/88 entrou em 
vigor, já está apta a produzir todos os seus efeitos. 
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C) Ela apresenta contornos programáticos, dependendo sempre de regulamentação infraconstitucional para 
alcançar plenamente sua eficácia. 
D) Ela tem aplicabilidade indireta e imediata, não integral, produzindo efeitos restritos e limitados em 
normas infraconstitucionais quando da promulgação da Constituição da República. 
 
22) (FGV) Após uma revolução que culminou com a derrubada do regime anterior, o grupo político 
dominante do País Alfa resolveu solicitar que uma comissão de notáveis elaborasse um projeto de 
Constituição, submetendo-o, ato contínuo, a referendo popular. A Constituição assim elaborada buscou 
conciliar inúmeras correntes políticas aparentemente opostas entre si e direcionar as políticas públicas a 
serem adotadas para a implementação dos direitos sociais, além de ter exigido um procedimento qualificado 
para a reforma de parte de seus comandos, considerados materialmente constitucionais, enquanto a outra 
parte poderia ser alterada com observância do mesmo procedimento afeto à lei ordinária. Por fim, observa-se 
que essa Constituição era demasiado extensa. A Constituição assim descrita é classificada como 
 
a) bonapartista, compromissória, de garantia, rígida e sintética. 
b) cesarista, compromissória, dirigente, semirrígida e analítica. 
c) cesarista, pragmática, dirigente, semirrígida e sintética. 
d) outorgada, eclética, de garantia, flexível e analítica. 
 
23) (XXI Exame) A Constituição de determinado país veiculou os seguintes artigos: 
 
Art. X. As normas desta Constituição poderão ser alteradas mediante processo legislativo próprio, com a 
aprovação da maioria qualificada de três quintos dos membros das respectivas Casas Legislativas, em dois 
turnos de votação, exceto as normas constitucionais que não versarem sobre a estrutura do Estado ou sobre 
os direitos e garantias fundamentais, que poderão ser alteradas por intermédio de lei infraconstitucional. 
 
Art. Y. A presente Constituição, concebida diretamente pelo Exmo. Sr. Presidente da República, deverá ser 
submetida à consulta popular, por meio de plebiscito, visando à sua aprovação definitiva. 
 
Art. Z. A ordem econômica será fundada na livre iniciativa e na valorização do trabalho humano, devendo 
seguir os princípios reitores da democracia liberal e da social democracia, bem como o respeito aos direitos 
fundamentais de primeira dimensão (direitos civis e políticos) e de segunda dimensão (direitos sociais, 
econômicos, culturais e trabalhistas). Com base no fragmento acima, é certo afirmar que a classificação da 
Constituição do referido país seria 
 
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a) semirrígida, promulgada, heterodoxa. 
b) flexível, outorgada, compromissória. 
c) rígida, bonapartista e ortodoxa. 
d) semiflexível, cesarista e compromissória. 
 
24) (XX Exame) O Presidente da República, cumprido todos os pressupostos constitucionais exigíveis, 
decreta estado de defesa no Estado-membro Alfa, que foi atingido por calamidades naturais de grandes 
proporções, o que causou tumulto e invasões a supermercados, farmácias e outros estabelecimentos, com 
atingimento à ordem pública e à paz social. Mesmo após o prazo inicial de 30 dias ter sido prorrogado por 
igual período (mais 30 dias), ainda restava evidente a ineficácia das medidas tomadas no decorrer do citado 
estado de defesa. Sem saber como proceder, a Presidência da República recorre ao seu corpo de 
assessoramento jurídico que, de acordo com a CRFB/88, informa que 
 
a) será possível, cumpridas as exigências formais, uma nova prorrogação de, no máximo, 30 dias do estado 
de defesa. 
b) será possível, cumpridas as exigências formais, prorrogar o estado de defesa até que seja a crise 
completamente debelada. 
c) será possível, cumpridas as exigências formais, decretar o estado de sítio, já que vedada nova prorrogação 
do estado de defesa. 
d) será obrigatoriamente decretada a intervenção federal no Estado Alfa, que possibilita a utilização de meios 
de ação mais contundentes do que os previstos no estado de defesa. 
 
25) (XIV Exame) O estado de defesa e o estado de sítio são tidos como legalidades extraordinárias, 
verdadeiras excepcionalidades que possibilitam inclusive a suspensão de determinas garantias 
constitucionais. As hipóteses de incidência e o procedimento são exaustivamente tratados pela CRFB/88. 
Com base na previsão constitucional dos referidos institutos, assinale a opção correta. 
 
a) O estado de defesa e o estado de sítio podem ser decretados pelo Presidente da República, bastando a 
oitiva prévia do Conselho da República, do Conselho de Defesa Nacional e do Procurador-Geral da 
República. 
b) No estado de defesa, a oitiva do Congresso Nacional é posterior à sua decretação. Por sua vez, no estado 
de sítio, o Congresso Nacional deve ser ouvido previamente à decretação. 
c) Poderá o Presidente da República, à luz da CRFB/88, decretar estado de defesa em resposta a agressão 
armada de país vizinho. 
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d) Em sendo hipótese de estado de sítio, o Congresso Nacional deverá ser fechado até o término das medidas 
coercitivas, parasua salvaguarda. 
 
26) (FGV – 2022) Maria e Joana, estudiosas do Direito Constitucional, travaram intenso debate a respeito da 
força normativa das normas programáticas, concluindo corretamente, ao fim, que normas dessa natureza 
 
a) somente terão força normativa, produzindo algum efeito na realidade, após sua integração pela legislação 
infraconstitucional. 
b) somente adquirem eficácia após sua integração pela legislação infraconstitucional, não ostentando, até 
então, a natureza de verdadeiras normas. 
c) somente podem ser utilizadas, no controle de constitucionalidade, quando inexistir norma de eficácia 
plena que possa ser utilizada como paradigma de confronto. 
d) possuem eficácia, mas de modo limitado, devendo direcionar a interpretação dos demais comandos da 
ordem jurídica, além de revogar as normas infraconstitucionais preexistentes que se mostrem incompatíveis 
com elas. 
 
27) (FGV – 2022) João questionou sua professora de Direito Constitucional a respeito da classificação, 
quanto à aplicabilidade e à eficácia, da norma obtida a partir da interpretação do Art. 91, § 2º, da 
Constituição da República de 1988, preceito que tem o seguinte teor: “a lei regulará a organização e o 
funcionamento do Conselho de Defesa Nacional”. A professora respondeu corretamente que se trata de 
norma de eficácia 
 
a) contida e aplicabilidade direta. 
b) plena e de aplicabilidade direta. 
c) limitada e de aplicabilidade indireta, de princípio institutivo. 
d) limitada e de aplicabilidade indireta, de natureza programática. 
 
28) (FGV – 2022 – TJ/MG – Juiz) Sobre os enunciados contidos no preâmbulo da Constituição Federal de 
1988, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Não têm valor normativo, não podendo ser considerados na interpretação dos dispositivos constitucionais, 
porque não é obrigatório. 
b) Não têm valor normativo e somente podem ser considerados na interpretação dos dispositivos 
constitucionais, se estes admitirem expressamente a interpretação. 
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c) Devem ser observados na interpretação das normas constitucionais, por se tratarem de vetores adotados 
pela Constituição. 
d) São promessas do legislador originário para o futuro, e não podem orientar a interpretação, pois dependem 
da mudança gradativa do pensamento da sociedade. 
 
29) Nos termos do Art. 26, I, da Constituição da República de 1988, estão incluídos entre os bens dos 
Estados “as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, 
na forma da lei, as decorrentes de obras da União”. Esse preceito constitucional dá origem a uma norma de 
eficácia: 
 
a) limitada e princípio institutivo; 
b) plena e aplicabilidade imediata; 
c) contida e aplicabilidade imediata; 
d) limitada e princípio programático. 
 
30) (FGV – 2019) Após um golpe de Estado, o líder do movimento armado vitorioso solicitou que uma 
comissão de apoiadores, sob sua orientação, elaborasse um projeto de Constituição, o qual foi submetido a 
plebiscito popular, sendo, ao final, aprovado e publicado com força normativa. Essa Constituição dispôs que 
parte de suas normas exigiria a observância de um processo legislativo mais rigoroso para a sua alteração, 
com quórum qualificado para a iniciativa e a aprovação, enquanto a outra parte poderia ser alterada conforme 
o processo legislativo da lei ordinária. Essa Constituição deve ser classificada como: 
 
a) outorgada e rígida; 
b) popular e dogmática; 
c) bonapartista e flexível; 
d) cesarista e semirrígida; 
 
31) (XXXVII Exame) Um terço dos membros do Senado Federal apresentou proposta de emenda à 
Constituição da República (PEC), propondo o acréscimo de um inciso ao Art. 5º. Segundo a PEC, o novo 
inciso teria a seguinte redação: “LXXX – é garantida a inclusão digital e o acesso amplo e irrestrito à 
Internet, nos termos da lei.” A proposta foi aprovada pelo plenário da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal por mais de três quintos dos membros em um único turno de votação. Ato contínuo, a PEC foi 
promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Sobre a PEC descrita na narrativa, 
segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, assinale a afirmativa correta. 
 
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a) Apresenta uma inconstitucionalidade material, que vem a ser a violação de cláusula pétrea, haja vista a 
impossibilidade de qualquer alteração no Art. 5º da Constituição da República. 
b) É formalmente inconstitucional, pois o procedimento a ser seguido pelas casas do Congresso Nacional, 
que funcionam como poder constituinte derivado reformador, não foi corretamente observado. 
c) Ostenta um vício de iniciativa, visto que é da competência exclusiva do chefe do Poder Executivo a 
apresentação do projeto de emenda à Constituição. 
d) Apresenta vício formal, pois, em qualquer ato de produção normativa, especialmente no caso de emenda à 
constituição, a competência para o ato de promulgação é do Presidente da República. 
 
32) (XXXVIII Exame) O Presidente da República Federativa do Brasil, após ouvir os Conselhos da 
República e de Defesa Nacional, decretou estado de defesa em parte da Região Centro-Oeste do país, que 
fora atingida por calamidade natural de grandes proporções. O Congresso Nacional, 12 horas após a 
veiculação do decreto presidencial, tomou ciência da justificativa que levou o Presidente a decretar o estado 
de defesa. Sobre a hipótese, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, assinale a afirmativa 
correta. 
 
a) O procedimento apresenta uma inconstitucionalidade formal, pois a decretação do estado de defesa exige 
aprovação prévia das razões do ato pelo Congresso Nacional. 
b) O decreto presidencial encontra-se formalmente correto, pois, diferentemente do estado de sítio, o estado 
de defesa dispensa qualquer manifestação, prévia ou a posteriori, do Congresso Nacional. 
c) O ato de decretação somente poderia passar a vigorar na região apontada após prévia normatização por 
meio de decreto legislativo elaborado exclusivamente pelo Congresso Nacional. 
d) O procedimento utilizado pelo Presidente da República converge com aquele que é constitucionalmente 
exigido, já que a decretação do estado de defesa não exige aprovação prévia do Congresso Nacional. 
 
33) (XXXVIII Exame) Com grande adesão da população, o prefeito do Município Delta, situado no Estado-
membro Alfa, declarou a independência do território municipal, criando um novo país. Assustado com a 
rapidez do processo, o Presidente da República, após ouvir o Conselho de Defesa Nacional, sem perda de 
tempo, decidiu decretar a intervenção federal no Município. Ato contínuo, submeteu o decreto ao Congresso 
Nacional, que o aprovou, também de forma célere, por unanimidade. Sobre o decreto interventivo federal, 
segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A Constituição da República de 1988 veda, de forma cabal, o direito de secessão, sendo o decreto 
constitucional. 
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b) O ato de insurreição traz consigo grave comprometimento à ordem pública, o que aponta para a 
constitucionalidade do decreto. 
c)Como Delta está situado em um Estado-membro, não há previsão constitucional para a decretação de 
intervenção federal. 
d) O fato de a decisão presidencial não ter sido antecedida de requisição pelo Supremo Tribunal Federal 
indica a invalidade do decreto. 
 
34) (LX Exame) Depois da ocorrência de calamidade de grandes proporções, em razão de enchentes 
causadas por chuvas cuja intensidade foi classificada como “sem precedentes”, o Presidente da 
República vislumbra a possível necessidade de decretação de estado de defesa para combater o 
quadro caótico no qual se encontram quatro estados de uma determinada região do país. Depois de 
visitar o local, ele tem dúvidas acerca do prazo de duração da medida e, por isso, submete a 
proposta à apreciação de sua assessoria jurídica. Assinale a afirmativa que, em consonância com o 
sistema jurídico-constitucional brasileiro, deve ser adotada 
 
A) O Presidente da República tem poder discricionário para definir o prazo de duração, desde que 
haja aprovação prévia do Congresso Nacional. 
B) O tempo de duração não será superior a 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado uma vez, por 
igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. 
C) O tempo para a superação da crise que deu origem à decretação pelo Presidente da República 
não pode ultrapassar uma sessão legislativa. 
D) O tempo de duração será definido discricionariamente, em respeito ao princípio da separação de 
poderes, pelo Congresso Nacional. 
 
GABARITO 
 
1.D 2.D 3.C 4.C 5.B 6.C 7.A 8.D 9.A 10.D 11.C 12.B 13.B 
14.C 15.D 16.C 17.A 18.B 19.D 20.B 21.B 22.B 23.D 24.C 25.B 26.D 
27. C 28.C 29.C 30.D 31.B 32.D 33.C 34.B 
 
 
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AULA 2 
 
FENÔMEMOS INTERTEMPORAIS 
 
Recepção: é o fenômeno pelo qual se analisa a compatibilidade das normas que já haviam sido editadas 
antes da promulgação de uma nova Constituição. Se as normas anteriores são materialmente compatíveis, 
elas são recepcionadas e continuam tendo validade. Se não forem materialmente compatíveis, não são 
recepcionadas, estando, portanto, revogadas. Repare que o critério a ser analisado para se saber se a norma 
foi ou não recepcionada é a compatibilidade material com a nova Constituição. Se a norma for 
materialmente compatível, ela é recepcionada, mas com a forma que a nova Constituição exige. Por isso que 
não há qualquer preocupação com a compatibilidade formal para que a norma seja recepcionada. 
 
A recepção tem o poder de alterar a natureza normativa (forma) de alguns atos que não sejam compatíveis 
com a nova CF. Ex. Código Penal que foi editado como Decreto-lei em 1940, foi recepcionado como Lei 
Ordinária, uma vez que a CF de 1988 não prevê a possibilidade de Decreto-lei. O Código Tributário, por sua 
vez, foi editado, em 1966, como lei ordinária (Lei n.º 5.172/66), mas recepcionado como lei complementar, 
uma vez que a CF de 1988 exige, no artigo 146, inciso III, que normas gerais sobre tributos sejam 
regulamentadas por lei complementar. 
 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: 
 
Em resumo: a nova Constituição recepciona todas as leis anteriores, desde que materialmente compatíveis. 
As leis anteriores materialmente incompatíveis não serão recepcionadas, estando, portanto, revogadas. Ex. lei 
de imprensa, de 1967. 
 
Repristinação: é o retorno à vigência de uma lei já revogada quando a lei que a revogou (sua lei revogadora) 
também é revogada. Ex. Lei ‘A’ é revogada pela Lei ‘B’, que, por sua vez, é revogada pela Lei ‘C’. Quando 
esta lei ‘C’ revoga a Lei ‘B’, a Lei ‘A’ voltaria à vigência (Repristina) ou ficaríamos sem lei? Neste caso, 
ficaríamos sem lei, porque não há repristinação automática no Brasil. Há a possibilidade de repristinação 
sim, mas ela tem que ser expressa, ou seja, a lei C, além de revogar a B, teria que determinar que a Lei A 
voltasse à vigência. Aí sim, a lei A, que estava morta, voltaria à vigência, ou seja, repristinaria, mas por força 
da determinação expressa da Lei C. 
 
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Um outro fenômeno que pode ocorrer, que se parece com a repristinação, mas não é, é o chamado efeito 
repristinatório. Ele ocorre quando uma lei já revogada volta à vigência, mas não porque uma lei determinou, 
mas sim por força de uma cautelar em ADI (art. 11, § 2º da Lei 9.868/99) ou por força de uma declaração de 
inconstitucionalidade. 
 
2º A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior 
acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário. 
 
Mutação constitucional: é o fenômeno pelo qual o STF, como guardião da CF, amplia o significado do 
texto constitucional, sem qualquer alteração formal, ou seja, o texto permanece intacto. O que se altera é a 
interpretação. São exemplos o conceito de “família”, que foi ampliado, de modo a adotar o conceito 
eudemonista de família (art. 226 da CF) e o conceito de “casa”, que também sofreu ampliação (artigo 5º, 
inciso XI da CF). 
 
HIERARQUIA DAS NORMAS 
 
Não há hierarquia entre normas constitucionais originárias. Isso significa que, independentemente do 
conteúdo da norma (pode ser até o art. 242, § 2º), todas as normas constitucionais originárias têm o mesmo 
status hierárquico. Quando eu digo TODAS, falo inclusive das normas definidoras de direitos e garantias 
fundamentais e as normas do ADCT. 
 
Também não há hierarquia entre normas constitucionais originárias e normas constitucionais derivadas. A 
diferença entre elas está no fato de que as normas constitucionais originárias não podem jamais ser 
declaradas inconstitucionais, por gozarem de presunção absoluta de constitucionalidade, já que decorrem da 
atuação do poder constituinte originário, que é ilimitado e incondicionado. Já as emendas, por decorrerem da 
atuação do poder constituinte derivado (limitado e condicionado), podem ser objeto de controle de 
constitucionalidade. 
 
Há hierarquia entre a Constituição Federal, as Constituições Estaduais e as Leis Orgânicas dos Municípios. 
As Leis Orgânicas dos Municípios devem observar as normas da Constituição do Estado em que se situam, 
ao passo que as Constituições Estaduais devem observar as normas da Constituição Federal. 
 
Feitas estas observações sobre normas constitucionais, passemos à análise das normas infraconstitucionais. 
 
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As leis federais, estaduais, distritais e municipais possuem o mesmo grau hierárquico, sendo que, em caso de 
eventual conflito entre elas, a solução não será dada pelo critério hierárquico, mas pela repartição 
constitucional de competências (arts. 22, 24 e 30). 
 
As leis complementares, apesar de serem aprovadas por um procedimento mais solene (sendo aprovadas por 
maioria absoluta, nos termos do artigo 69 da CF), têm o mesmo nível hierárquico das leis ordinárias 
(aprovadas por maioria relativa). O que as diferencia é apenas o quórum de aprovação. Todas as demais fases 
do processo legislativo (iniciativa – art. 61, deliberação executiva e promulgação e publicação) são as 
mesmas. 
 
Só haverá lei complementar quando a Constituição exigir(por isso ela se chama complementar, porque 
complementa. Lembre-se de que o nome tem que servir para alguma coisa). Cuidado! Se a CF não estipular 
que determinada matéria seja reservada à lei complementar, ela será tratada por lei ordinária. Entretanto, as 
leis complementares podem tratar de tema reservado às leis ordinárias, já que tudo é igual, menos o quórum, 
que é maior. 
 
Neste caso, a lei complementar será considerada materialmente ordinária, podendo, em razão disso, ser 
revogada ou modificada por uma lei ordinária. André, então uma lei ordinária pode revogar uma lei 
complementar? Em regra, não, até mesmo porque não há hierarquia entre elas. Mas se houve uma alteração 
do Código Civil (que é lei ordinária), por uma lei complementar, ela, formalmente, não é uma lei 
complementar, mas uma lei ordinária, sendo esta a razão pela qual a lei ordinária poderá revogá-la. Não há 
qualquer vício aqui porque se a lei exigia maioria relativa e foi aprovada por maioria absoluta, houve excesso 
de quórum e não falta. Ficou claro? 
 
Então se uma lei complementar for alterada por lei ordinária, eu vou usar a mesma lógica, entendendo-a 
como lei complementar? Não. Muito cuidado. Neste caso, isso não ocorre porque a alteração de lei 
complementar exige lei complementar, que é aprovada por um quórum maior que o da lei ordinária. Logo, 
estaríamos diante de uma lei que exige maioria absoluta e foi aprovada por maioria relativa, sendo, portanto, 
formalmente inconstitucional. 
 
As leis ordinárias não podem tratar de tema reservado às leis complementares. Caso isso ocorra, estaremos 
diante de um caso de inconstitucionalidade formal (nomodinâmica). Os regimentos internos dos Tribunais do 
Poder Judiciário são considerados normas primárias, equiparados hierarquicamente às leis ordinárias. Ex: 
resoluções do CNMP e do CNJ. Já os regimentos internos da Câmara dos Deputados e do Senado, por serem 
Resoluções, também são considerados normas primárias, equiparadas às leis ordinárias. 
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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
 
Forma de governo: República ou Monarquia 
Sistema de governo: Presidencialismo ou Parlamentarismo 
Forma de Estado: Estado unitário ou Federação 
 
 
 
O Brasil adotou a forma republicana de governo, o sistema presidencialista de governo e a forma federativa 
de Estado. A forma e o sistema de governo foram objeto de plebiscito (art. 2º do ADCT), sendo que a forma 
de estado não foi por se tratar de cláusula pétrea (art. 60, § 4º, I). 
 
A federação é um modelo de Estado no qual existe uma grande descentralização, existindo pessoas jurídicas 
autônomas politicamente. Em virtude dessa autonomia política, os entes federados tem capacidade de auto-
organização, ou seja, esses entes criam suas próprias constituições Ex: Constituições Estaduais. Eles também 
tem autolegislação, já que esses entes criam suas leis, ainda que haja normas gerais nacionais sobre o 
processo. Eles têm ainda, autoadministração e autogoverno (cada ente escolhe os seus governantes). 
 
Não confundir Federação (indissolúvel, entes federados autônomos e que tem como fundamento a CF) com 
Confederação (dissolúvel, entes soberanos e que tem como fundamento um acordo internacional). 
 
O presidencialismo é um sistema que anda de mãos dadas com regimes republicanos. Na república, não há 
monarcas, pois é um regime que não se pauta na ideia de que o poder emana de um direito divino destinado a 
uma pessoa ou família específicas. O poder emana da vontade popular. Repúblicas geralmente são 
democracias e possuem a clássica separação de poderes entre Executivo, Legislativo e Judiciário. 
 
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Em sistemas presidencialistas, a distinção entre Chefe de Estado e Chefe de governo não existe claramente. 
Tanto funções de chefe de Estado, quanto de chefe de governo ficam acumuladas para uma pessoa: o 
presidente. Ele é a peça central do presidencialismo, sendo responsável por coordenar a execução das 
políticas públicas, a escolha dos Ministros de Estado, exercer poder de veto em projetos de lei vindos do 
Legislativo, dentre outras coisas. Ele não tem um papel meramente decorativo, como acontece em muitas 
repúblicas parlamentaristas. 
 
Como o poder emana do povo, no presidencialismo, o principal líder do sistema é escolhido pelo voto 
popular, sendo isso que acontece na maior parte das repúblicas presidencialistas. Essa é outra grande 
diferença do presidencialismo em relação ao parlamentarismo. Neste sistema, o chefe de governo 
(normalmente chamado de primeiro-ministro), é escolhido entre os parlamentares. No caso do 
presidencialismo, o presidente não precisa ter qualquer relação com o Poder Legislativo. Ele pode ser eleito 
para o cargo máximo do Poder Executivo sem nunca ter exercido cargos de vereador ou de deputado. O povo 
escolhe, separadamente, seus representantes no Poder Executivo e no Poder Legislativo. Logo, podemos 
concluir que o presidencialismo cria uma distinção mais clara entre os poderes Executivo e Legislativo. 
 
Art. 18. A organização político-administrativa da República 
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta 
Constituição. 
 
O artigo 18 da CF estabelece que a União, Estados, Distrito Federal e Municípios são autônomos. Todos são 
autônomos, mas soberana é a República Federativa do Brasil, nos termos do inciso I do artigo 1º da CF. 
Lembre-se: a soberania é do conjunto formado pela União, Estados, DF e Municípios. 
 
A União possui uma dupla personalidade, pois assume um papel interno e outro internacionalmente. No 
plano interno, ela é pessoa jurídica de direito público interno, integrante da federação e dotada de autonomia, 
assim como os Estados, o DF e os Municípios. No plano internacional, a União representa a República 
Federativa do Brasil, sendo, nesse caso, soberana. 
 
Acerca da organização do Estado, na forma como prevista na Constituição Federal, assinale a opção correta. 
 
a) A Federação é forma de Estado, ao passo que a República é forma de governo. 
 
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b) Viola um princípio sensível, constante da Constituição Federal, o fato de um estado-membro proceder ao 
provimento de cargo efetivo no âmbito da administração pública centralizada sem realizar concurso público. 
Art. 34, VII 
 
c) É cláusula pétrea a regra constitucional segundo a qual a matéria constante de proposta de emenda 
rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Art. 
60, § 4º 
 
d) No âmbito da competência concorrente, a ausência de norma estadual possibilita ao município dispor 
sobre a matéria de forma supletiva. O advento de norma estadual suspende a execução da norma municipal 
com ela incompatível, de forma que, revogada a lei estadual superveniente, a norma municipal volta a viger. 
O artigo 24 não fala em Município, logo, ele não tem competência legislativa concorrente. 
 
Embora todos os entes da Federação sejam, nos termos do artigo 18 da CF, autônomos, eles não são 
soberanos, ou seja, eles devem obediência às regras da CF. Se um Estado Federado, por exemplo,pratica 
qualquer dos atos previstos no artigo 34 da CF, a União vai intervir. É o que chamamos de intervenção 
federal. Da mesma forma, se um Município pratica qualquer dos atos previstos no artigo 35 da CF, o Estado 
vai intervir. É o que chamamos de intervenção estadual. 
 
Em nome de Jesus, não se esqueça: a União intervém nos Estados e os Estados intervém nos Municípios. 
Não existe possibilidade de intervenção da União em Município situado em um Estado. O ente maior 
intervém no menor. Essa regra não se aplica ao estado de defesa (art. 136), podendo o Presidente da 
República decretar estado de defesa em um Município. Se é outro instituto, são outras regras. 
 
Os Estados podem, segundo a Constituição, se desmembrar, se incorporarem, formando novos Estados ou 
novos Territórios Federais. 
 
§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou 
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados 
ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente 
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei 
complementar. 
 
Não confunda isso. Embora os Estados-membros possam desmembrar-se, subdividir-se ou incorporar-se, é 
absolutamente proibido o direito de secessão, que consiste no fato de um dos entes federativos tornar-se um 
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Estado soberano, independente. Isso resta cabalmente provado pelo artigo 1º da Constituição Federal, que 
estabelece a união indissolúvel da União, Estados, DF e Municípios. 
 
Há, também, a previsão de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios: 
 
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de 
Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período 
determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta 
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios 
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, 
apresentados e publicados na forma da lei 
 
Sobre a criação de Municípios, vejamos o artigo 96 do ADCT: 
 
Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e 
desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro 
de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo 
Estado à época de sua criação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 57, de 
2008). 
 
A CF regulamenta, ainda, a formação de regiões, conforme podemos ver no artigo 43: 
 
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um 
mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à 
redução das desigualdades regionais. 
 
§ 1º Lei complementar disporá sobre: 
 
I - as condições para integração de regiões em desenvolvimento; 
 
II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os 
planos regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento 
econômico e social, aprovados juntamente com estes. 
 
§ 2º Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei: 
 
I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de 
responsabilidade do Poder Público; 
 
II - juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias; 
 
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III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais 
devidos por pessoas físicas ou jurídicas; 
 
IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas 
de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas 
periódicas. 
 
§ 3º Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação 
de terras áridas e cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais 
para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de pequena 
irrigação. 
 
Para terminarmos essa parte de Organização do Estado, vejamos dois dispositivos importantes: 
 
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
 
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes 
o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de 
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de 
interesse público; 
 
II - recusar fé aos documentos públicos; 
 
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
 
Não deixe de ler (apenas ler, não precisa memorizar) os bens da União, elencados no artigo 20. Houve 
modificação, por Emenda Constitucional, dos beneficiários dos resultados da exploração de petróleo e outros 
recursos minerais. Veja o § 1º do artigo 20: 
 
Artigo 20, § 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios a participação no resultado da exploração de petróleo ou gás 
natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros 
recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou 
zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019). 
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COMPETÊNCIAS DOS ENTES FEDERADOS 
 
A Constituição elenca competências materiais, que são providências a ser cumpridas pelo Ente Federado, e 
competências legislativas, que são as matérias sobre as quais o Ente federado por legislar. 
 
Quanto às competências materiais, o artigo 21 elenca as da União. Já o artigo 23 elenca a chamada 
competência comum, ou seja, providências que podem ser determinadas por qualquer dos Entes Federados 
(União, Estados, DF e Municípios). O artigo 25, § 2º prevê competência material dos Estados para explorar 
serviços de gás canalizado. Já o artigo 30, incisos III e seguintes tratam da competência material dos 
Municípios. 
 
Veja as novidades acrescidas ao artigo 21, que elenca as competências materiais da União: 
 
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e 
exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e 
reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus 
derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: 
 
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização 
de radioisótopos para pesquisa e uso agrícolas e industriais; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 118, de 2022) 
 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, a comercialização e a 
utilização de radioisótopos para pesquisa e uso médicos; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 118, de 2022) 
 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DA UNIÃO, DOS ESTADOS E DOS MUNICÍPIOS 
 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DA UNIÃO 
 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho; 
 
II - desapropriação; 
 
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de 
guerra; 
 
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; 
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc118.htm#art1
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V - serviço postal; 
 
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; 
 
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; 
 
VIII - comércio exterior e interestadual; 
 
IX - diretrizes da política nacional de transportes; 
 
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e 
aeroespacial; 
 
XI - trânsito e transporte; 
 
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; 
 
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; 
 
XIV - populações indígenas; 
 
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; 
 
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício 
de profissões; 
 
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos 
Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização 
administrativa destes; 
 
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; 
 
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; 
 
XX - sistemas de consórcios e sorteios; 
 
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, 
convocação, mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos 
corpos de bombeiros militares; 
 
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária 
federais; 
 
XXIII - seguridade social; 
 
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; 
 
XXV - registros públicos; 
 
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; 
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XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, 
para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, 
e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 
173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa 
civil e mobilização nacional; 
 
XXIX - propaganda comercial. 
 
XXX - proteção e tratamento de dados pessoais. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 115, de 2022) 
 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre 
questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. 
 
A competência da União pode ser privativa ou concorrente. As competências privativas estão elencadas no 
artigo 22. Cuidado! Competência privativa não é competência exclusiva. Isso significa que, embora as 
matérias do art. 22 sejam da União, pode ela, mediante lei complementar, autorizar os Estados a legislar 
sobre tais matérias, conforme previsão do parágrafo único. 
 
Quanto ao DF, lembre-se que a ele são estendidas as competências atribuídas aos Estados e aos Municípios 
(art. 32, § 1º). 
 
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas 
reservadas aos Estados e Municípios. 
 
(IX Exame – 2012) O Estado ”X” possui Lei Ordinária, que dispõe sobre regras de trânsito e transporte. 
Determina essa lei a instalação de cinto de segurança em veículos de transporte coletivo de passageiros, 
impondo penalidades em caso de descumprimento. Inconformado com este diploma legal, o Governador do 
Estado deseja propor ação direta de inconstitucionalidade. Neste caso, assinale a afirmativa correta: 
 
a) A ação não poderá ser ajuizada pelo Governador sem prévia autorização da Assembleia Legislativa do 
Estado X, já que se trata de ação contra lei do próprio Estado. 
Lei estadual pode ser objeto de ADI no STF e o Governador tem legitimidade. 
 
b) O Governador não poderá propor a ADI, como pretende, pois a lei não possui vício de 
inconstitucionalidade. 
É inconstitucional, por violar o art. 22, XI. (veja o quadro abaixo) 
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c) A lei é inconstitucional, pois viola a competência privativa da União para legislar sobre trânsito. 
Verdadeira 
 
d) Não haveria vício de inconstitucionalidade, caso a lei estadual tivesse status de lei complementar, ao invés 
de lei ordinária. 
 
Questão feita para confundir... cuidado! A competência para legislar sobre trânsito e transporte é privativa da 
união. Desse modo, para que o Estado pudesse legislar sobre a matéria, seria necessária a edição de uma Lei 
complementar PARA FINS DE AUTORIZAR O ESTADO (parágrafo único, art. 22, CF). 
 
 
 
Não confunda a competência legislativa (ou seja, para legislar), prevista no artigo 22, com a competência 
material prevista no artigo 21 da CF. 
 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE 
 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
 
II - orçamento; 
 
III - juntas comerciais; 
 
IV - custas dos serviços forenses; 
 
V - produção e consumo; 
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VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e 
dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; 
 
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e 
paisagístico; 
 
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e 
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 
 
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, 
desenvolvimento e inovação; 
 
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; 
 
XI - procedimentos em matéria processual; 
 
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; (Vide ADPF 672) 
 
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; 
 
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; 
 
XV - proteção à infância e à juventude; 
 
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. 
 
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á 
a estabelecer normas gerais. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) 
 
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a 
competência suplementar dos Estados. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) 
 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a 
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 
(Vide Lei nº 13.874, de 2019) 
 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia 
da lei estadual, no que lhe for contrário. 
 
O artigo 24 define as matérias de competência concorrente da União, Estados e DF (competência 
concorrente). Em relação àquelas matérias, a competência da União se resume à edição de normas gerais. 
Caso a União não edite a lei estabelecendo normas gerais, os Estados eo DF poderão legislar, inclusive 
sobre normas gerais, exercendo, nesse caso, competência legislativa plena. 
 
Um exemplo de competência concorrente é a referente a direito tributário (art. 24, inciso da CF). A União 
estabelece normas gerais (Código Tributário Nacional) e os Estados regulamentam normas específicas 
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(Código Tributário Estadual), obedecendo à regra geral (CTN). Se não existisse normal geral (CTN), os 
Estados exerceriam a competência legislativa plena, o que só não acontece em virtude da existência de 
normas gerais (CTN). 
 
A circulação no Brasil do subtipo 4 do vírus da dengue e o retorno do subtipo 1 podem aumentar o número 
de casos graves da doença no período que, historicamente, já registra o maior contingente de infectados. Para 
tentar conter a epidemia, o Estado com maior índice de contágio elabora lei que obriga os médicos públicos e 
particulares que atuam em seu território a notificarem os casos de dengue à Secretaria de Saúde. A mesma 
lei, mediante outro dispositivo, imputou responsabilidade civil ao médico por falta de notificação. Diante do 
caso, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. 
 
A) É constitucional a obrigatoriedade de notificação dos casos de dengue? (Valor: 0,60) 
 
B) É constitucional a responsabilização dos médicos que não notificarem? (Valor: 0,65) 
 
A) Sim. A necessidade de notificação dos casos de dengue é constitucional, pois a matéria encontra-se no 
âmbito da competência legislativa concorrente dos Estados para legislar sobre defesa da saúde, conforme 
Art. 24, XII, da CF. 
 
B) Não. O dispositivo da lei estadual que atribui responsabilização civil ao médico por falta de notificação é 
inconstitucional; cabe à União legislar sobre essa matéria conforme Art. 22, I, da CF. (ADI2875, 
20/06/2008). 
 
Se a União resolver legislar sobre norma geral, a norma geral que o Estado já havia editado terá sua eficácia 
suspensa (NÃO SE TRATA DE REVOGAÇÃO!) 
 
Não confunda competência concorrente, que é uma forma de competência legislativa (ou seja, para legislar), 
com a competência comum, prevista no artigo 23 da CF, que não tem qualquer relação com competência 
para legislar. 
 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DOS ESTADOS 
 
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam 
vedadas por esta Constituição. 
 
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Aos Estados, a CF não atribui competência legislativa específica, mas reservou a eles a chamada 
competência residual, ou seja, toda competência que sobrar (art. 25, § 1º). 
 
(OAB) A Constituição da República determina, em seu art. 22, inciso XI, que compete privativamente à 
União legislar sobre trânsito e transporte. Se uma emenda à Constituição excluísse do texto constitucional o 
referido inciso XI, a competência para legislar acerca de trânsito: 
 
a) passaria à competência dos estados. 
b) passaria à competência concorrente da União, dos estados e do Distrito Federal. 
c) permaneceria sendo uma competência privativa da União, dado que as normas que fixam as competências 
dos órgãos federativos não podem ser alteradas por emenda constitucional. 
d) permaneceria na competência da União, por ser da União a competência legislativa residual. 
 
Gabarito: “a” 
 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DOS MUNICÍPIOS 
 
Os Municípios têm competência legislativa para legislar sobre assuntos de interesse local, nos termos do 
artigo 30, inciso I da Constituição Federal. Além disso, eles têm competência legislativa suplementar, ou 
seja, podem suplementar legislativa federal ou estadual já existente. Vejamos: 
 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; 
 
Sobre a competência legislativa do Município: 
 
a) É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial. (SV 38) 
b) pode fixar o tempo razoável de espera em fila dos usuários dos serviços prestados pelos cartórios 
extrajudiciais. 
c) pode determinar a instalação de equipamentos destinados a proporcionar conforto e segurança ao usuário 
do serviço bancário. 
d) não pode estabelecer limitadores para a cobrança de estacionamento em propriedades particulares. (Direito 
civil – competência privativa da União - 22, I, CF) 
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e) pode legislar sobre questões relacionadas a edificações ou a construções realizadas em seu território. 
 
E MAIS: 
 
1 - Horário do funcionamento de instituições bancárias = União (matéria civil) Súmula 19 STJ 
2 - Segurança bancária = Município (interesse local) 
3 - Limites para cobrança de estacionamento em propriedade particular = União (matéria civil) 
4 - Tempo de fila no banco = Município. (interesse local) 
5- Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos 
comerciais do mesmo ramo em determinada área. SV 49 STF. (direito econômico - 24, I CF. Lembre-se de 
que o município não possui competência concorrente, somente suplementar.) 
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QUESTÕES – AULA 2 
 
1) (XXV Exame) Todos os dispositivos da Lei Y, promulgada no ano de 1985, possuem total consonância 
material e formal com a Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 1/1969. 
No entanto, o Supremo Tribunal Federal, em sede de recurso extraordinário, constatou que, após a atuação 
do Poder Constituinte originário, que deu origem à Constituição de 1988, o Art. X da mencionada Lei Y 
deixou de encontrar suporte material na atual ordem constitucional. Sobre esse caso, segundo a posição 
reconhecida pela ordem jurídico-constitucional brasileira, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Ocorreu o fenômeno conhecido como “não recepção”, que tem por consequência a revogação do ato 
normativo que não se compatibiliza materialmente com o novo parâmetro constitucional. 
b) Ao declarar a inconstitucionalidade do Art. X à luz do novo parâmetro constitucional, devem ser 
reconhecidos os naturais efeitos retroativos (ex tunc) atribuídos a tais decisões. 
c) Na ausência de enunciado expresso, dá-se a ocorrência do fenômeno denominado 
“desconstitucionalização”, sendo que o Art. X é tido como inválido perante a nova Constituição. 
d) Terá ocorrido o fenômeno da inconstitucionalidade formal superveniente, pois o Art. X, constitucional 
perante a Constituição de 1967, tornou-se inválido com o advento da Constituição de 1988. 
 
2) (XXVI Exame) José leu, em artigo jornalístico veiculado em meio de comunicação de abrangência 
nacional, que o Supremo Tribunal Federal poderia, em sede de ADI, reconhecer a ocorrência de mutação 
constitucional em matéria relacionada ao meio ambiente. Em razão disso, ele procurou obter maiores 
esclarecimentos sobre o tema. No entanto, a ausência de uma definição mais clara do que seria “mutação 
constitucional” o impediu de obter um melhor entendimentosobre o tema. Com o objetivo de superar essa 
dificuldade, procurou Jonas, advogado atuante na área pública, que lhe respondeu, corretamente, que a 
expressão “mutação constitucional”, no âmbito do sistema jurídico-constitucional brasileiro, refere-se a um 
fenômeno 
 
a) concernente à atuação do poder constituinte derivado reformador, no processo de alteração do texto 
constitucional. 
b) referente à mudança promovida no significado normativo constitucional, por meio da utilização de 
emenda à Constituição. 
c) relacionado à alteração de significado de norma constitucional sem que haja qualquer mudança no texto da 
Constituição Federal. 
d) de alteração do texto constitucional antigo por um novo, em virtude de manifestação de uma Assembleia 
Nacional Constituinte. 
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3) (XXII Exame) Parlamentar brasileiro, em viagem oficial, visita o Tribunal Constitucional Federal da 
Alemanha, recebendo numerosas informações acerca do seu funcionamento e de sua área de atuação. Uma, 
todavia, chamou especialmente sua atenção: a referida Corte Constitucional reconhecia a possibilidade de 
alteração da Constituição material - ou seja, de suas normas - sem qualquer mudança no texto formal. 
Surpreendido com essa possibilidade, procura sua assessoria jurídica a fim de saber se o Supremo Tribunal 
Federal fazia uso de técnica semelhante no âmbito da ordem jurídica brasileira. A partir da hipótese 
apresentada, assinale a opção que apresenta a informação dada pela assessoria jurídica. 
 
a) Não. O Supremo Tribunal Federal somente pode reconhecer nova norma no sistema jurídico 
constitucional a partir de emenda à constituição produzida pelo poder constituinte derivado reformador. 
b) Sim. O Supremo Tribunal Federal, reconhecendo o fenômeno da mutação constitucional, pode atribuir ao 
texto inalterado uma nova interpretação, que expressa, assim, uma nova norma. 
c) Não. O surgimento de novas normas constitucionais somente pode ser admitido por intermédio das vias 
formais de alteração, todas expressamente previstas no próprio texto da Constituição. 
d) Sim. O sistema jurídico-constitucional brasileiro, seguindo linhas interpretativas contemporâneas, admite, 
como regra, a interpretação da Constituição independentemente de limites semânticos concedidos pelo texto. 
 
4) (FGV – 2017) Em momento anterior à promulgação da Constituição da República, estavam em vigor as 
Leis X, Y e Z, tendo, essa última, revogado a Lei W. 
 
A Lei X era formal e materialmente compatível com a nova ordem constitucional. 
 
A Lei Y era formalmente incompatível e materialmente compatível com a nova ordem constitucional. 
 
A Lei Z era formal e materialmente incompatível com a nova ordem constitucional, sendo certo que a 
revogada Lei W, caso estivesse vigendo, seria formal e materialmente compatível com a nova ordem 
constitucional. 
 
À luz da narrativa acima, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A Lei X foi recepcionada e as Leis Y e Z foram revogadas, ressalvada a hipótese de a nova ordem 
constitucional ter determinado, expressamente, a permanência em vigor destas últimas. 
b) As Leis X, Y e Z foram revogadas pela nova ordem constitucional, já que a narrativa não faz menção à 
existência de comando constitucional expresso prevendo a sua recepção. 
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c) As Leis X e Y foram recepcionadas pela nova ordem constitucional, em razão de sua compatibilidade 
material, e a Lei W foi repristinada em decorrência da revogação da lei revogadora. 
d) A Lei Z foi revogada e as Leis X e Y foram recepcionadas pela nova ordem constitucional, sendo certo 
que esta última passou a ter a mesma natureza jurídica da espécie legislativa prevista na nova sistemática. 
 
5) (XXIX Exame) Em 2005, visando a conferir maior estabilidade e segurança jurídica à fiscalização das 
entidades dedicadas à pesquisa e à manipulação de material genético, o Congresso Nacional decidiu 
discipliná-las por meio da Lei Complementar X, embora a Constituição Federal não reserve a matéria a essa 
espécie normativa. Posteriormente, durante o ano de 2017, com os avanços tecnológicos e científicos na área, 
entrou em vigor a Lei Ordinária Y prevendo novos mecanismos fiscalizatórios a par dos anteriormente 
estabelecidos, bem como derrogando alguns artigos da Lei Complementar X. Diante da situação narrada, 
assinale a afirmativa correta. 
 
a) A Lei Ordinária Y é formalmente inconstitucional, não podendo dispor sobre matéria já tratada por Lei 
Complementar, em razão da superioridade hierárquica desta em relação àquela. 
b) Embora admissível a edição da Lei Ordinária Y tratando de novos mecanismos a par dos já existentes, a 
revogação de dispositivos da Lei Complementar X exigiria idêntica espécie normativa. 
c) A Lei Complementar X está inquinada de vício formal, já que a edição dessa espécie normativa encontra-
se vinculada às hipóteses taxativamente elencadas pela Constituição Federal de 1988. 
d) A Lei Complementar X, por tratar de matéria a respeito da qual não se exige a referida espécie normativa, 
pode vir a ser revogada por Lei Ordinária posterior que verse sobre a mesma temática. 
 
6) (XXXII Exame) A Constituição do Estado Alfa, em seu Art. 32, dispõe que “os vencimentos dos 
servidores públicos municipais da administração direta e indireta são pagos até o último dia de cada mês, 
corrigindo-se monetariamente seus valores se o pagamento se der além desse prazo”. Considerando os 
termos do preceito mencionado, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Embora a CRFB/88 preconize ser de competência dos Municípios dispor sobre assuntos de interesse local, 
incumbe à União legislar, privativamente, sobre a organização administrativa e financeira dos entes 
federados; logo, o Art. 32 da Constituição do Estado Alfa é inconstitucional. 
b) Apesar de o Art. 32 da Constituição do Estado Alfa não apresentar vício formal de inconstitucionalidade, 
ele apresenta vício de ordem material, pois a CRFB/88 dispõe que os vencimentos dos servidores públicos 
devem ser pagos até o quinto dia útil do mês subsequente. 
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c) O Art. 32 da Constituição do Estado Alfa não padece de vício de inconstitucionalidade, pois a CRFB/88 
autoriza os Estados a dispor sobre a organização administrativa dos entes municipais que se encontram em 
sua circunscrição territorial. 
d) O referido dispositivo da Constituição do Estado Alfa é inconstitucional porque, ao estabelecer regra afeta 
aos servidores municipais, viola, com isso, a autonomia municipal para disciplinar a matéria. 
 
7) (Exame XXXIII) O Município Alfa, situado no Estado Beta, negou-se a apresentar contas anuais de 
numerosos exercícios ao Tribunal de Contas do referido Estado. Convencido de não se tratar de meros 
equívocos, mas sim de tentativa de dissimular uma série de irregularidades administrativas, o Governador do 
Estado Beta encaminhou a questão à Procuradoria do Estado, a fim de saber se a situação ensejaria uma 
intervenção. A Procuradoria de Beta, após análise da Constituição Federal, informou corretamente que o 
caso 
 
a) não admite intervenção em Alfa, pois o fato de os Municípios brasileiros serementes federativos 
autônomos lhes garante total independência no trato de seus recursos, impossibilitando a ingerência de outros 
entes. 
b) pode ensejar intervenção federal no Município Alfa, sendo que o Presidente da República somente poderá 
vir a decretá-la após solicitação formal por parte do Governador de Beta e o devido controle político pelo 
Congresso Nacional. 
c) enseja a intervenção estadual por decreto do próprio Governador de Beta, sendo o referido ato 
necessariamente dirigido, posteriormente, à Assembleia Legislativa de Beta, para que realize o devido 
controle político. 
d) admite a intervenção estadual no Município Alfa, mas o Governador somente poderá decretá-la após a 
devida e formal solicitação por parte da Câmara Municipal de Alfa, que deverá, em seguida, exercer o 
controle político do ato. 
 
8) (XXXV Exame) Um agente público federal, em entrevista a jornal de grande circulação, expressou sua 
insatisfação com o baixo índice de desenvolvimento econômico e social de aproximadamente 25 por cento 
do amplo território ocupado pelo Estado Alfa, mais precisamente da parte sul do Estado. Por entender que a 
autoridade estadual não possui os recursos necessários para implementar políticas que desenvolvam essa 
região, afirma que faz parte da agenda do governo federal transformar a referida área em território federal. O 
Governador de Alfa, preocupado com o teor do pronunciamento, solicita que os procuradores do Estado 
informem se tal medida é possível, segundos os parâmetros estabelecidos na Constituição Federal de 1988. O 
corpo jurídico, então, responde que 
 
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a) embora na atual configuração da República Federativa do Brasil não conste nenhum território federal, 
caso venha a ser criado, constituirá um ente dotado de autonomia política plena. 
b) embora não exista território federal na atual configuração da República Federativa do Brasil, a 
Constituição Federal de 1988 prevê, expressamente, a possibilidade de sua criação. 
c) em respeito ao princípio da autonomia estadual, somente seria possível a criação de território pelo 
Governador de Alfa, a quem caberia a responsabilidade pela gestão. 
d) ainda que o Brasil já tenha tido territórios federais, a Constituição Federal não prevê tal modalidade, o que 
afasta a possibilidade de sua criação. 
 
9) (XXVIII Exame) A população do Estado X, insatisfeita com os rumos da política nacional e os sucessivos 
escândalos de corrupção que assolam todas as esferas do governo, inicia uma intensa campanha pleiteando 
sua separação do restante da Federação brasileira. Um plebiscito é então organizado e 92% dos votantes 
opinaram favoravelmente à independência do Estado. Sobre a hipótese, com base no texto constitucional, 
assinale a afirmativa correta. 
 
a) Diante do expressivo quórum favorável à separação do Estado X, a Assembleia Legislativa do referido 
ente deverá encaminhar ao Congresso Nacional proposta de Emenda Constitucional que, se aprovada, 
viabilizará a secessão do Estado X. 
b) Para o exercício do direito de secessão, exige-se lei estadual do ente separatista, dentro do período 
determinado por Lei Complementar federal, dependendo ainda de consulta prévia, mediante plebiscito, às 
populações dos demais Estados, após divulgação dos estudos de viabilidade, apresentados e publicados na 
forma da lei. 
c) Diante da autonomia dos entes federados, admite-se a dissolução do vínculo existente entre eles, de modo 
que o Estado X poderia formar um novo país, mas, além da aprovação da população local por meio de 
plebiscito ou referendo, seria necessária a edição de Lei Complementar federal autorizando a separação. 
d) A forma federativa de Estado é uma das cláusulas pétreas que norteiam a ordem constitucional brasileira, 
o que conduz à conclusão de que se revela inviável o exercício do direito de secessão por parte de qualquer 
dos entes federados, o que pode motivar a intervenção federal. 
 
10) (XXX Exame) Bento ficou surpreso ao ler, em um jornal de grande circulação, que um cidadão 
americano adquiriu fortuna ao encontrar petróleo em sua propriedade, situada no Estado do Texas. Acresça-
se que um amigo, com formação na área de Geologia, tinha informado que as imensas propriedades de Bento 
possuíam rochas sedimentares normalmente presentes em regiões petrolíferas. Antes de pedir um 
aprofundado estudo geológico do terreno, Bento buscou um advogado especialista na matéria, a fim de saber 
sobre possíveis direitos econômicos que lhe caberiam como resultado da extração do petróleo em sua 
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propriedade. O advogado respondeu que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, caso seja 
encontrado petróleo na propriedade, Bento 
 
a) poderá, por ser proprietário do solo e, por extensão, do subsolo de sua propriedade, explorar, per se, a 
atividade, auferindo para si os bônus e ônus econômicos advindos da exploração. 
b) receberá indenização justa e prévia pela desapropriação do terreno em que se encontra a jazida, mas não 
terá direito a qualquer participação nos resultados econômicos provenientes da atividade. 
c) terá assegurada, nos termos estabelecidos pela via legislativa ordinária, participação nos resultados 
econômicos decorrentes da exploração da referida atividade em sua propriedade. 
d) não terá direito a qualquer participação no resultado econômico da atividade, pois, embora seja 
proprietário do solo, as riquezas extraídas do subsolo são de propriedade exclusiva da União. 
 
11) (Exame XXXIII) A Lei Y do Estado Beta obriga pessoas físicas ou jurídicas, independentemente da 
atividade que exerçam, a oferecer estacionamento ao público, a cercar o respectivo local e a manter 
funcionários próprios para garantia da segurança, sob pena de pagamento de indenização em caso de 
prejuízos causados ao dono do veículo. A Confederação Nacional do Comércio procurou seus serviços, 
como advogado(a), visando obter esclarecimentos quanto à constitucionalidade da referida lei estadual. 
Sobre a Lei Y, com base na ordem jurídico-constitucional vigente, assinale a afirmativa correta. 
 
a) É inconstitucional, pois viola a competência privativa da União de legislar sobre matéria concernente ao 
Direito Civil. 
b) É inconstitucional, pois, conforme a Constituição Federal, compete ao ente municipal legislar sobre 
Direito do Consumidor. 
c) É constitucional, pois versa sobre matéria afeta ao Direito do Consumidor, cuja competência legislativa 
privativa pertence ao Estado Beta. 
d) É constitucional, pois, tratando a Lei de temática afeta ao Direito Civil, a competência legislativa 
concorrente entre a União e os Estados permite que Beta legisle sobre a matéria. 
 
12) (XIX Exame de Ordem) O Governador do Distrito Federal, ao tomar conhecimento de que existe 
jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal Federal a respeito da competência do Município para legislar 
sobre os requisitos de segurança das agências bancárias, solicita à Procuradoria Geral do Distrito Federal que 
se manifeste acerca da possibilidade de lei distrital tratar da matéria. Sobre a hipótese apresentada, de acordo 
com a Constituição Federal de 1988, assinale a afirmativa correta. 
 
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a) Haveria tal possibilidade, pois o Distrito Federal possui competências legislativas reservadas aos Estados e 
aos Municípios. 
b) Haveria tal possibilidade, pois a competência legislativa do Distrito Federal, como sede da União, abarca 
as competências legislativas da União, dos Estados e dos Municípios. 
c) Não seria possível, pois o Distrito Federal tem competências taxativamente expressas, que não podem 
abarcar aquelas concedidas aos Municípios. 
d) Não seria possível, pois as competências legislativas do Distrito Federal seriam apenas aquelas reservadas 
aos Estados-membros da União. 
 
13) (XXVII Exame) O Estado Y, bastante conhecido pela exuberância de suas praias, que atraem milhares de 
turistas todos os anos, edita lei estadual impedindo a pesca de peixes regionais típicos, ameaçados de 
extinção, e limitando o transporte marítimo de passageiros. A partir da hipótese narrada, nos termos da 
Constituição da República Federativa do Brasil, assinale a afirmativa correta. 
 
a) O Estado Y possui competência legislativa concorrente com a União para dispor sobre pesca, mas poderá 
legislar sobre transporte e navegação marítima, caso Lei Complementar federal o autorize. 
b) O Estado Y tem competência comum com os demais entes federados para legislar sobre a matéria; logo, a 
lei estadual é constitucional. 
c) A lei editada pelo Estado Y é inconstitucional, porque compete privativamente à União legislar sobre a 
proteção do meio ambiente e o controle da poluição. 
d) A lei editada pelo Estado Y é inconstitucional, porque trata de pesca e navegação marítima, que são de 
competência exclusiva da União, apesar de o Estado Y ter competência privativa para legislar sobre meio 
ambiente. 
 
14) (XXXV Exame) Diante do desafio de promover maior proteção às florestas, à fauna e à flora, 
reiteradamente atingidas por incêndios e desmatamentos, organizações não-governamentais resolvem 
provocar o Poder Público, a fim de que sejam adotadas providências concretas para manutenção do 
equilíbrio climático. Porém, sem saber quais os entes federativos que seriam constitucionalmente 
competentes para agir na direção almejada, buscam maiores esclarecimentos com competente advogado(a). 
No âmbito da competência comum estabelecida pela Constituição Federal de 1988, assinale a opção que 
apresenta a orientação recebida. 
 
a) A União deve atuar legislando privativamente a respeito da referida proteção, sendo que, aos demais entes 
federativos, restará tão somente cumprir as normas editadas pela União, sem que possam suplementá-la. 
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b) A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são todos competentes para promover a referida 
proteção, sendo os termos dessa cooperação fixados em legislação primária produzida pelo Congresso 
Nacional, com quórum de aprovação de maioria absoluta. 
c) A União e os Estados dividirão, com exclusividade, as responsabilidades inerentes à produção das normas 
e à atuação administrativa, tendo por pressuposto o fato de ter o constituinte originário brasileiro, na 
Constituição de 1988, adotado uma típica federação de 2º grau. 
d) A referida proteção é uma tarefa precípua da União, podendo o Presidente da República, no uso de suas 
atribuições constitucionais, se considerar conveniente, delegar tarefas específicas aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios. 
 
15) (X Exame – 2013) Na ausência de lei federal estabelecendo normas gerais sobre proteção de 
ecossistemas ameaçados, determinado estado da Federação editou, no passado, a sua própria lei sobre o 
assunto, estabelecendo desde princípios e valores a serem observados até regras específicas sobre a 
exploração econômica de tais áreas. Criou, ainda, fiscalização efetiva em seu território e multou empresas e 
produtores que desrespeitaram a lei. Anos depois, a União edita lei contendo normas gerais sobre o tema e 
muitas de suas disposições conflitavam com a anterior lei estadual. Com relação a este caso, assinale a 
afirmativa correta: 
 
a) A União não poderia legislar, uma vez que o assunto é matéria de interesse local, não havendo justificativa 
para lei nacional sobre o tema. Houve invasão de competência privativa dos estados. 
b) No campo das competências legislativas concorrentes, a União deve legislar sobre normas gerais e o 
estado pode editar normas suplementares, mas enquanto inexistir lei federal, a competência do estado é 
plena. A superveniência de lei geral nacional suspende a eficácia das disposições contrárias da lei dos 
estados. 
c) A lei aplicável, no caso concreto, será aquela que estabelecer padrões mais restritivos, em atenção à 
proteção do meio ambiente, não importando se tal norma é a federal ou se a editada pelos estados-membros. 
d) O estado não poderia ter estabelecido normas próprias na ausência de lei nacional com disposições gerais 
que definissem marcos a serem seguidos pelos estados. Em consequência, são nulas todas as multas 
aplicadas anteriormente à publicação da lei editada pela União. 
 
16) (XVII Exame) Determinado Estado da Federação vivencia sérios problemas de segurança pública, sendo 
frequentes as fugas dos presos transportados para participar de atos processuais realizados no âmbito do 
Poder Judiciário. Para remediar essa situação, foi editada uma lei estadual estabelecendo a possibilidade de 
utilização do sistema de videoconferência no âmbito do Estado. Diante de tal quadro, assinale a afirmativa 
que se ajusta à ordem constitucional. 
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a) A lei estadual é constitucional, pois a matéria se insere na competência local dos Estados-membros, 
versando sobre assunto de interesse local. 
b) A lei estadual é inconstitucional, pois afrontou a competência privativa da União de legislar sobre Direito 
Processual Penal. 
c) A lei estadual é constitucional, pois a matéria se insere no âmbito da competência delegada da União, 
versando sobre direito processual. 
d) A lei estadual é inconstitucional, pois comando normativo dessa natureza, por força do princípio da 
simetria, deveria estar previsto na Constituição Estadual. 
 
17) (Exame XXXIII) No Município X, foi editada lei proibindo a queima da palha de cana-de-açúcar e o uso 
do fogo em atividades agrícolas. Tal diploma legal foi, então, impugnado pelo sindicato patronal 
representante dos produtores de álcool da região, ao argumento de que a municipalidade não detém 
competência para dispor sobre o assunto. A partir do caso enunciado, com base no texto constitucional, 
assinale a afirmativa correta. 
 
a) Os Municípios apenas detêm competência para legislar sobre assuntos de interesse local; logo, como a 
proteção do meio ambiente engloba interesse federal e estadual, a lei municipal é inconstitucional. 
b) A lei municipal é constitucional, eis que os Municípios possuem competência para dispor sobre a proteção 
do meio ambiente e o controle da poluição, no limite de seu interesse local e em harmonia com a disciplina 
estabelecida pelos demais entes federados. 
c) Os Municípios têm competência para legislar sobre assuntos de interesse local; mas como o direito ao 
meio ambiente equilibrado demanda tratamento uniforme por todas as unidades da Federação, a lei 
municipal é inconstitucional. 
d) Os Municípios possuem competência exclusiva para legislar sobre assuntos de interesse local e apreservação do meio ambiente, de modo que a lei municipal em questão é constitucional. 
 
18) (XXVII Exame) A Lei X do Município Sigma estabelece que, em certo bairro, considerado área 
residencial, fica vedada a instalação de mais de um centro empresarial de grandes proporções, com área 
superior a 5.000 m² (cinco mil metros quadrados) e que reúna, em suas dependências, mais de 10 (dez) lojas 
distintas. Ante a existência de um estabelecimento comercial com tais características no bairro “Y”, a 
administradora Alfa, visando abrir um shopping center no mesmo bairro, procura você, na qualidade de 
advogado(a), para obter esclarecimentos quanto à viabilidade deste empreendimento. Diante da situação 
narrada, com base na ordem jurídico-constitucional vigente e na jurisprudência dos Tribunais Superiores, 
assinale a afirmativa correta. 
 
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a) Apenas a União tem competência para, por meio de lei e outros atos normativos, organizar o uso e a 
ocupação do solo; logo, apenas por esse motivo, a Lei X do Município Sigma é manifestamente 
inconstitucional. 
b) A Constituição da República de 1988 atribui aos Municípios competência para promover o zoneamento 
urbano, mas a Lei X do Município Sigma, ao impedir a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo 
ramo em determinada área, ofende o princípio da livre concorrência. 
c) A Constituição da República de 1988 dispõe ser competência estadual e distrital promover, no que couber, 
o adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da 
ocupação do solo, não podendo a lei do Município Sigma dispor sobre a matéria. 
d) Compete privativamente à União dispor sobre o zoneamento urbano e legislar sobre Direito Civil e 
Comercial; logo, somente os Estados e o Distrito Federal poderiam ser autorizados, mediante lei 
complementar, a legislar sobre a matéria. 
 
19) (VIII Exame) Sabendo-se que o Município integra a Federação, assinale a afirmativa correta, à luz das 
normas constitucionais. 
 
a) O município será regido por Lei Orgânica própria, votada pela Assembleia Estadual. 
b) A organização municipal conterá previsão de eleições para mandato de cinco anos, sem reeleição. 
c) Um projeto de lei de iniciativa popular, baseado em interesse local, depende de, pelo menos, cinco por 
cento do eleitorado. 
d) O limite máximo de dez vereadores deverá ser observado para localidades com até 15.000 (quinze mil) 
habitantes. 
 
20) (XXIII Exame) A Lei Orgânica do Município “Z”, com 70.000 habitantes, dispõe que o Poder 
Legislativo deverá fixar o número de vereadores para a composição da Câmara Municipal. Resolução da 
Câmara Municipal de “Z” fixou em 13 o número de vereadores para a próxima legislatura. Considerando a 
situação narrada e o sistema constitucional brasileiro, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A Lei Orgânica e a Resolução são inconstitucionais por afrontarem a Constituição da República. 
b) Como ato normativo secundário, a Resolução não pode ser objeto de controle de constitucionalidade. 
c) A resolução é inconstitucional, em razão do número de vereadores estabelecido. 
d) A Lei Orgânica do Município “Z” é inconstitucional, pois viola o princípio da separação dos poderes. 
 
21) (XX Exame – Salvador) O modelo federalista é uma forma de organização e distribuição do poder estatal 
que pressupõe a relação entre as esferas de governo federal e local, compondo os chamados entes 
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federativos, todos dotados de autonomia. Apresenta-se como oposição ao unitarismo, de modo que haja a 
repartição de competências entre os entes que integram o Estado federado. A ordem jurídica estabeleceu 
elementos, no texto constitucional, que caracterizam essa forma de Estado. A partir das características da 
Federação brasileira, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A forma federativa de Estado autoriza a secessão de um ente federativo por meio de plebiscito popular ou 
referendum. 
b) A forma federativa de Estado é estabelecida por um pacto (ou tratado) internacional entre os estados 
soberanos. 
c) A forma federativa de Estado impõe a necessidade de existência de uma cláusula de garantia ao pacto 
federativo, tal como a chamada intervenção federal. 
d) Um vez que, na forma federativa, todos os entes federativos são autônomos, eles estão autorizados a 
representar a soberania do Estado em suas relações internacionais. 
 
22. (XVIII Exame) A Assembleia Legislativa do Estado M, ao constatar a ausência de normas gerais sobre 
matéria em que a União, os Estados e o Distrito Federal possuem competência legislativa concorrente, 
resolve tomar providências no sentido de legislar sobre o tema, preenchendo os vazios normativos 
decorrentes dessa lacuna. Assim, dois anos após a Lei E/2013 ter sido promulgada pelo Estado M, o 
Congresso Nacional promulga a Lei F/2015, estabelecendo normas gerais sobre a matéria. Sobre esse caso, 
assinale a afirmativa correta. 
 
a) A Lei E/2013 foi devidamente revogada pela Lei F/2015, posto não ser admissível, no caso, que norma 
estadual pudesse preservar a sua eficácia diante da promulgação de norma federal a respeito da mesma 
temática. 
b) A Lei E/2013 perde a sua eficácia somente naquilo que contrariar as normas gerais introduzidas pela Lei 
F/2015, mantendo eficácia a parte que, compatível com a Lei F/2015, seja suplementar a ela. 
c) A Lei F/2015 não poderá viger no território do Estado M, já que a edição anterior da Lei E/2013, 
veiculando normas específicas, afasta a eficácia das normas gerais editadas pela União em momento 
posterior. 
d) A competência legislativa concorrente, por ser uma espécie de competência comum entre todos os entes 
federativos, pode ser usada indistintamente por qualquer deles, prevalecendo, no caso de conflito, a lei 
posterior, editada pelo Estado ou pela União. 
 
23) (XVIII Exame) A parte da população do Estado V situada ao sul do seu território, insatisfeita com a 
pouca atenção que vem recebendo dos últimos governos, organiza-se e dá início a uma campanha para 
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promover a criação de um novo Estado-membro da República Federativa do Brasil – o Estado N, que 
passaria a ocupar o território situado na parte sul do Estado V. O tema desperta muita discussão em todo o 
Estado, sendo que alguns argumentos favoráveis e outros contrários ao desmembramento começam a ganhar 
publicidade na mídia. Reconhecido constitucionalista analisa os argumentos listados a seguir e afirma que 
apenas um deles pode ser referendado pelo sistema jurídico-constitucional brasileiro. Assinale-o. 
 
a) O desmembramento não poderia ocorrer, pois uma das características fundamentais do Estado Federal é a 
impossibilidade de ocorrência do chamado direito de secessão. 
b) O desmembramento poderá ocorrer, contanto que haja aprovação, por via plebiscitária, exclusivamente 
por parte da população que atualmente habita o território que formaria o Estado N. 
c) Além de aprovação pela população interessada, o desmembramento também pressupõe a edição de lei 
complementar pelo Congresso Nacional com esse objeto. 
d) Além de manifestação da população interessada,o sistema constitucional brasileiro exige que o 
desmembramento dos Estados seja precedido de divulgação de estudos de viabilidade. 
 
24. (XV Exame) No município de São José dos Cavaleiros, 87% dos atendimentos médicos nas emergências 
hospitalares são decorrências de acidentes automobilísticos ocasionados pelo consumo de bebidas alcoólicas. 
Uma vereadora do município, Sra. X, ciente das estatísticas expostas, apresenta projeto de lei propondo que 
os cidadãos proprietários de veículos automotores, residentes no município, municiem seus veículos com 
equipamento que impeça a partida do carro no caso de o condutor ter consumido álcool. A Câmara 
Municipal, por voto de 2/3 dos vereadores, aprova a lei. Esta legislação deve ser considerada 
 
a) constitucional, por tratar de proteção de direito fundamental. 
b) inconstitucional, por tratar de matéria de competência privativa da União. 
c) inconstitucional, por vício formal relacionado ao quórum mínimo para votação. 
d) constitucional, por tratar de assunto de interesse local e ter sido aprovada por processo legislativo idôneo. 
 
25. (XIII Exame) José é cidadão do município W, onde está localizado o distrito de B. Após consultas 
informais, José verifica o desejo da população distrital de obter a emancipação do distrito em relação ao 
município de origem. De acordo com as normas constitucionais federais, dentre outros requisitos para 
legitimar a criação de um novo Município, são indispensáveis: 
 
a) lei estadual e referendo. 
b) lei municipal e plebiscito. 
c) lei municipal e referendo. 
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d) lei estadual e plebiscito. 
 
26. (XII Exame) A Constituição da República de 1988 adotou elementos de federalismo cooperativo e de 
federalismo dual na repartição de competências entre os entes federados, distribuindo competências 
exclusivas, privativas, comuns e concorrentes. Assim sendo, a respeito da organização do Estado 
estabelecida na Constituição, assinale a afirmativa correta. 
 
a) É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios proteger o meio 
ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas, competindo à lei complementar fixar normas de 
cooperação entre os entes. 
b) É vedado aos Estados criar códigos tributários próprios, uma vez que compete privativamente à União 
legislar sobre direito financeiro e tributário. 
c) É vedado à União decretar intervenção federal em Município localizado em território federal quando este 
não tiver aplicado o mínimo exigido de sua receita na manutenção e desenvolvimento do ensino. 
d) Em relação às competências legislativas concorrentes da União e dos Estados, havendo norma federal e 
estadual divergentes, deve prevalecer a norma federal, que serve de fundamento de validade à norma 
estadual. 
 
27. (IX Exame) O Estado W, governado por dirigente progressista, pretende realizar uma ampla reforma 
agrária no seu território para melhor dividir a terra, incluindo diversos desempregados na vida produtiva, 
apresentando, ainda, amplo programa de financiamento das atividades agrícolas. Com essa proposta política, 
resolve apresentar projeto de lei, criando formas de desapropriação e inovando nos procedimentos, dando 
característica sumária e permitindo o ingresso nos imóveis sem pagar indenização. Quanto ao tema em foco, 
legislação sobre desapropriação, nos termos da Constituição Federal, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Trata-se de competência privativa da União 
b) Trata-se de competência da União em comum com os Estados. 
c) Trata-se de competência privativa dos Estados 
d) Trata-se de competência dos Estados em comum com os Municípios. 
 
28) (Exame II) O município de Aracaju editou lei que obriga todo estabelecimento bancário instalado em seu 
território a pagar multa de R$ 120,00 ao consumidor, toda vez que ele esperar atendimento por mais de 30 
minutos na fila do banco. Em relação à situação hipotética acima, assinale a opção correta. 
a) A lei é inconstitucional porque cabe aos estados legislar sobre as competências residuais da Constituição 
Federal de 1988. 
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b) A lei é constitucional, na medida em que cabe aos municípios dispor sobre o tempo de atendimento nas 
agências localizadas em seu território. 
c) A lei é inconstitucional porque cabe à União legislar sobre instituições bancárias. 
d) A parte da lei que dispõe sobre multa é inconstitucional porque somente lei federal ou o Banco Central 
podem fixar sanção pecuniária e aplicá-la a banco infrator. 
 
29. (V Exame) Lei estadual que regulamenta o serviço de mototáxi é 
 
a) constitucional porque se trata de competência legislativa reservada aos Estados. 
b) constitucional porque se trata de competência legislativa remanescente dos Estados. 
c) inconstitucional porque se trata de competência legislativa dos Municípios. 
d) inconstitucional porque se trata de competência legislativa privativa da União. 
 
30. (V Exame) Os Estados são autônomos e compõem a Federação com a União, os Municípios e o Distrito 
Federal. À luz das normas constitucionais, quanto aos Estados, é correto afirmar que 
 
a) podem incorporar-se entre si mediante aprovação em referendo. 
b) a subdivisão não pode gerar a formação de novos territórios. 
c) o desmembramento deve ser precedido de autorização por lei ordinária. 
d) se requer lei complementar federal aprovando a criação de novos entes estaduais. 
 
31. (IV Exame) A respeito da distribuição de competências adotada pela Constituição brasileira, assinale a 
alternativa correta. 
 
a) A competência material da União pode ser delegada aos Estados, por lei complementar. 
b) À União compete legislar sobre direito processual e normas gerais de procedimentos. 
c) A competência para legislar sobre direito urbanístico é privativa dos Municípios, pois é matéria de 
interesse local. 
d) A competência para legislar sobre defesa dos recursos naturais é privativa da União, pois é matéria de 
interesse nacional. 
 
32. (FGV – 2022) Maria, vereadora do Município Alfa, solicitou que sua assessoria analisasse a 
compatibilidade, com a ordem constitucional, de eventual projeto de lei que estabelecesse uma disciplina 
específica para os contratos de compra e venda de banana, o que derivava da elevada produção local, dos 
períodos de entressafra e da forma específica de comercialização no território do Município, no qual era 
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comum a realização de trocas, sem a utilização da moeda nacional. A assessoria respondeu corretamente que 
eventual projeto de lei seria 
 
a) constitucional, desde que sejam observadas as normas gerais editadas pela União. 
b) inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre a matéria. 
c) constitucional, desde que o Município se limite a suplementar as normas editadas pela União e pelo 
Estado. 
d) constitucional, pois se trata de assunto de interesse local, o que atrai a competência legislativa do 
Município. 
 
33. (FGV – 2022) Pedro, Deputado Estadual, consultou sua assessoria a respeito da constitucionalidade 
formal de um projeto de lei que pretendia apresentar. Após analisá-lo, a assessoria constatou que o projetoincursionava em matéria de competência legislativa privativa da União, concluindo corretamente que 
 
a) é peremptoriamente vedado ao Estado legislar sobre a matéria, o que significa dizer que nem a União pode 
autorizá-lo. 
b) o Estado somente pode legislar sobre a temática caso a lei ordinária da União, que a discipline, o autorize 
de maneira expressa. 
c) é vedado ao Estado legislar sobre a matéria, mas a União pode autorizá-lo, por meio de lei complementar, 
em questões específicas. 
d) o Estado pode apenas complementar as normas editadas pela União no exercício dessa competência, as 
quais sempre terão preeminência. 
 
34. (FGV – 2022) A Constituição do Estado Alfa, com o objetivo de uniformizar e aumentar a eficiência das 
estruturas orgânicas dos Municípios situados em seu território, estabeleceu regras, baseadas na densidade 
demográfica e na arrecadação, para a criação de secretarias municipais, sendo cogente a observância dos 
quantitativos máximos e mínimos ali fixados. Ao tomar conhecimento dessas regras, o Prefeito do Município 
Alfa consultou sua assessoria a respeito da compatibilidade com a Constituição da República. A assessoria 
respondeu corretamente que as referidas regras são 
 
a) constitucionais, pois, na federação brasileira, as normas dos entes federados de ordem superior vinculam 
os de ordem inferior. 
b) constitucionais, pois os Municípios estão vinculados às normas da Constituição Estadual por força do 
princípio da simetria. 
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c) inconstitucionais, pois, ao disporem sobre a organização administrativa dos Municípios, afrontaram a 
autonomia política desses entes. 
d) inconstitucionais, pois a Constituição Estadual não pode veicular nenhuma norma a ser aplicada pelos 
Municípios, entes autônomos em relação ao Estado. 
 
35. (FGV – 2022 – Delegado de Polícia – PC/AM) A Lei nº XX do Estado Alfa, com o objetivo de aumentar 
a eficiência da atuação administrativa, disciplinou a atividade de despachante perante os órgãos públicos, 
tanto do Estado como dos Municípios situados em seu território. Considerando os balizamentos 
estabelecidos, que se estendiam dos requisitos de escolaridade e habilitação a serem preenchidos até a forma 
como os atos deveriam ser praticados, houve grande insatisfação de parte da categoria. Instado a se 
pronunciar, um advogado respondeu corretamente que a Lei nº XX é 
 
a) inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre a matéria. 
b) inconstitucional, já que a matéria deveria ser disciplinada em lei complementar, não em lei ordinária. 
c) inconstitucional, mas apenas na parte em que estende a disciplina aos Municípios, por afrontar a sua 
autonomia política. 
d) constitucional, pois se trata de mera projeção da atividade administrativa, estando absorvida pela 
competência dos Estados. 
 
36. (FGV – 2022 – DPE/MS) O Estado Alfa editou lei dispondo sobre as medidas de proteção à população 
estadual durante o plano de contingência da Secretaria de Estado da Saúde de enfrentamento ao novo 
coronavírus. No referido diploma legal, entre outras previsões, ficou estabelecido que a concessionária de 
serviço público essencial de fornecimento de energia elétrica está proibida de cortar o fornecimento 
residencial de seus serviços por falta de pagamento das respectivas contas dos usuários, enquanto perdurar o 
estado de emergência decorrente da situação de extrema gravidade social da pandemia, no âmbito estadual. 
Maria atrasou o pagamento de sua conta de luz, em março de 2021, no ápice da pandemia no Estado Alfa, e a 
concessionária cortou o fornecimento de energia elétrica. Maria buscou assistência jurídica na Defensoria 
Pública que imediatamente ajuizou a medida judicial cabível e sustentou, de acordo com o entendimento do 
Supremo Tribunal Federal, que a citada lei estadual é: 
 
a) constitucional, por versar, essencialmente, sobre defesa e proteção dos direitos do consumidor e da saúde 
pública, sendo concorrente a competência da União, dos Estados e do Distrito Federal para legislar sobre a 
matéria; 
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b) inconstitucional, mas o corte de energia elétrica foi ilegal, eis que o ordenamento jurídico exige que a 
concessionária proceda ao aviso prévio e que o inadimplemento da usuária Maria seja superior a noventa 
dias; 
c) inconstitucional, por interferir no equilíbrio econômico e financeiro do contrato de concessão, razão pela 
qual somente a União pode legislar sobre o tema, mas o corte de energia elétrica foi ilegal, pois não houve 
motivo de ordem técnica ou de segurança das instalações; 
d) constitucional, por tratar de normas editadas em razão da crise sanitária, que interferem na estrutura de 
prestação do serviço público de energia elétrica, sendo concorrente a competência da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e Municípios para legislar sobre a matéria. 
 
37. (FGV – 2022 – MP/GO) Sensível às longas filas que se formavam nos supermercados do Estado, 
postergando em muito o atendimento daqueles que compareciam a esses locais para a aquisição de gêneros 
em geral, o governador do Estado Gama apresentou projeto de lei para determinar que esses 
estabelecimentos passassem a acondicionar ou embalar as compras. O projeto assim apresentado resultou na 
Lei estadual nº XX. À luz da ordem constitucional vigente, a Lei estadual nº XX é: 
 
a) materialmente inconstitucional, por afronta à livre iniciativa; 
b) materialmente constitucional, pois a medida determinada é direcionada à proteção do consumidor; 
c) formalmente inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre direito do consumidor; 
d) formalmente inconstitucional, pois compete privativamente aos municípios legislar sobre assuntos de 
interesse local. 
 
38. (FGV – 2021 – TCE/AM) Em matéria de competência legislativa concorrente entre a União, os Estados e 
o Distrito Federal, foi identificada a inexistência de qualquer norma editada pela União. Em razão dessa 
constatação, Maria, Deputada Estadual, consultou sua assessoria a respeito da possibilidade de apresentar 
projeto de lei sobre a referida matéria. A assessoria respondeu, corretamente, que o Estado: 
 
a) somente pode legislar sobre a matéria, em caráter suplementar, após a edição de normas gerais pela União; 
b) somente pode legislar sobre a matéria caso a competência lhe seja delegada em lei complementar editada 
pela União; 
c) pode exercer a competência plena, e a posterior edição de normas gerais pela União revoga a lei estadual 
no que lhe for contrário; 
d) pode exercer a competência plena, e a posterior edição de normas gerais pela União suspende a eficácia da 
lei estadual no que lhe for contrário; 
 
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39. (FGV – 2018 – Prefeitura de Niterói) A população do norte do estado Alfa, insatisfeita com a grave crise 
econômica e a notória incompetência do governador do estado, aprovou, em plebiscito, o desmembramento 
do referido território do estado Alfa e sua incorporação ao estado Beta, o que também foi aprovado pela 
população deste último. Ato contínuo, os governadores dos estados Alfa e Beta editaram ato conjunto 
sacramentando o desmembramentoe a correlata incorporação. À luz da sistemática constitucional, o referido 
procedimento está 
 
a) incorreto, pois o princípio da indissolubilidade da Federação afasta qualquer mobilidade interna, de ordem 
territorial, entre os estados. 
b) correto, pois as populações interessadas foram ouvidas, e sua vontade foi chancelada por agentes 
democraticamente legitimados. 
c) correto, desde que, após a aprovação pelas populações interessadas e a edição do ato conjunto, cada 
Assembleia Legislativa edite a lei de sua competência. 
d) incorreto, pois, além da aprovação pela população diretamente interessada, é necessária a aprovação do 
Congresso Nacional, por lei complementar, não dos governadores. 
 
40. (FGV – 2018 – AL/RO) Com o objetivo de uniformizar o atendimento ao público nas agências da rede 
bancária, foi promulgada Emenda à Constituição do Estado Alfa dispondo que o tempo máximo de espera, 
nas agências situadas em todos os Municípios situados na esfera territorial do Estado, não deverá superar 
cinquenta minutos. À luz da divisão de competências estabelecida na Constituição da República, sobre o 
referido comando normativo assinale a afirmativa correta. 
 
a) É inconstitucional, por usurpar competência legislativa da União. 
b) É inconstitucional, por usurpar competência legislativa dos Municípios. 
c) É constitucional, por estar abrangido pela competência legislativa estadual. 
d) É constitucional, desde que lei nacional, editada pela União, não disponha em sentido diverso. 
 
41. (XXXVII Exame) Márcio, deputado estadual do Estado-membro Alfa e líder do governo na Assembleia, 
vem demonstrando grande preocupação com o excessivo número de projetos de lei que chegam à Casa 
Legislativa do Estado e que, segundo ele, se aprovados, trarão muitas inovações e, em consequência, elevado 
grau de insegurança jurídica aos cidadãos. Por isso, ele sugere que o governador proponha uma emenda à 
Constituição do Estado (PEC estadual), no sentido de tornar mais dificultoso o processo legislativo para 
aprovação de lei ordinária. Sua ideia é a de que, ao invés de maioria relativa, a aprovação de lei ordinária 
apenas se configure caso atingido o quórum de maioria absoluta dos membros da Assembleia legislativa de 
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Alfa. Avaliada pelos Procuradores do Estado Alfa, estes informam, acertadamente, que, segundo o sistema 
jurídico constitucional brasileiro, a sugestão de Márcio, acerca da alteração no processo legislativo de Alfa, 
 
a) pode ser levada adiante, já que, no caso, com base no princípio federativo, há total autonomia do Estado-
membro para a elaboração de suas próprias regras quanto ao processo legislativo. 
b) pode ser levada adiante, já que apenas não seria possível a proposta de emenda que viesse a facilitar o 
processo legislativo para a alteração de leis ordinárias. 
c) é inconstitucional, pois, com base no princípio da simetria, o tema objeto da suposta emenda tem de ser 
disciplinado com observância das regras estabelecidas pela Constituição Federal de 1988. 
d) é inválida, pois a Constituição Federal de 1988 veda aos detentores do cargo de Chefe do Poder Executivo 
o poder de iniciativa para propor a alteração no texto constitucional estadual. 
 
42. (XXXVII Exame) Em projeto de lei apresentado pelos próprios Vereadores, a Câmara de Vereadores do 
Município Alfa votou e aprovou a fixação dos subsídios dos referidos agentes, daí resultando a Lei municipal 
nº XX. O padrão remuneratório assim fixado gerou muitos debates em relação à higidez do processo 
legislativo e à necessidade de serem observados certos parâmetros em sua fixação, sendo sustentada uma 
necessária correspondência percentual em relação ao subsídio dos Deputados Estaduais. Sobre o caso 
narrado, com base no texto constitucional, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A fixação dos subsídios dos Vereadores é de competência da Câmara Municipal, não podendo ultrapassar 
determinado percentual do subsídio dos Deputados Estaduais, percentual este que varia conforme a 
população do Município; 
b) A referida lei padece de vício de iniciativa, eis que compete privativamente ao Prefeito do Município Alfa 
dispor sobre os subsídios dos membros dos Poderes Executivo e Legislativo. 
c) Diante do princípio da separação dos poderes, inexiste vedação para que os subsídios dos integrantes do 
Poder Legislativo local superem aqueles recebidos pelo Deputados Estaduais, desde que respeitado o teto 
constitucional. 
d) É de competência comum da Câmara Municipal e do Prefeito Municipal a fixação dos subsídios dos 
Vereadores, os quais não podem ultrapassar o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, excetuadas vantagens pessoais, não tendo vinculação com os Deputados Estaduais. 
 
43. (XXXIX Exame) O Governador do Estado Alfa, recém-empossado, apresentou projeto de lei à 
Assembleia Legislativa no qual propôs políticas de proteção específicas, direcionadas às pessoas com 
deficiência no âmbito do seu Estado, visto ser esta uma de suas pautas durante a campanha eleitoral. Com 
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base na situação hipotética narrada e no sistema jurídico-constitucional brasileiro, em relação ao projeto de 
lei, assinale a opção correta. 
 
A) A competência para legislar sobre a proteção das pessoas com deficiência é matéria de interesse local, de 
competência dos Municípios. 
B) Os Estados podem legislar concorrentemente com a União sobre a matéria. 
C) À União compete, privativamente, legislar sobre a proteção das pessoas com deficiência. 
D) O projeto de lei está de acordo com a CRFB/88, visto que trata de matéria que o texto constitucional 
dispõe, expressamente, ser afeta à competência residual dos Estados. 
 
GABARITO 
 
1.A 2.C 3.B 4.D 5.D 6.D 7.C 8.B 9.D 10.C 11.A 12.A 13.A 
14. B 15. B 16.B 17. B 18.B 19.C 20.A 21.C 22.B 23.C 24.B 25.D 26.A 
27.A 28.B 29.D 30.D 31.B 32.B 33.C 34.C 35.A 36.A 37.A 38.D 39.D 
40.B 41.C 42.A 43.B 
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AULA 3 
 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
 
São irrenunciáveis, relativos e cumulativos e eles não têm caráter absoluto. Eles não têm natureza de regra, 
mas de princípio, por terem uma densidade normativa maior. Por isso, em caso de eventual colisão entre os 
direitos fundamentais, não se pode utilizar o critério utilizado para a antinomia de normas (normas em 
colisão), que consiste no uso dos critérios hierárquico, cronológico e da especialidade. Em caso de colisão de 
direitos fundamentais, deverá ser garantido o máximo de aplicação possível de ambos, mesmo, sendo óbvio, 
que um deles prevalecerá no caso concreto. O que quero dizer é que não se pode, em se tratando de direitos 
fundamentais, desprezar um direito totalmente, porque todos devem ter o máximo de eficácia possível. 
 
ATENÇÃO! A Emenda Constitucional n.º 115, de 10 de fevereiro de 2022, acresceu mais um inciso ao 
artigo 5º da CF: 
 
LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos 
dados pessoais, inclusive nos meios digitais. 
 
Como esse novo direito foi inserido por Emenda Constitucional, ele não está protegido pelas cláusulas 
pétreas, pois elas só protegem normasoriginárias. 
 
Há 3 gerações de direitos: a 1ª tem por objeto o direito de liberdade, tendo conteúdo negativo. Ele limita o 
poder estatal, impedindo que o poder de império seja exercido com abusividade. Os direitos fundamentais de 
2ª geração ligam-se ao valor igualdade, referindo-se aos direitos sociais, econômicos e culturais. Os de 3ª 
geração ligam-se ao valor fraternidade e referem-se aos direitos transindividuais, como os relacionados à 
defesa do meio ambiente e do consumidor. 
 
 
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Cuidado com os direitos fundamentais de segunda dimensão. Eles implicam ao Estado uma “obrigação de 
fazer”, de promover prestações positivas visando concretizar a igualdade material e possibilitar melhores 
condições de vida aos indivíduos. 
 
Note que o direito à alimentação, moradia e transporte foram inseridos por Emendas Constitucionais, não 
estando previstos originalmente. O transporte, por exemplo, veio com a EC no 90/2015. O STF entende que 
o rol de direitos previstos no artigo 6º é exemplificativo, pois há outros direitos sociais espalhados ao longo 
da CF. 
 
Ao tentar obrigar o Estado a garantir esses direitos, ele, em regra, se vale do princípio da reserva do 
possível, que prevê que o Estado deve efetivar os direitos sociais apenas “na medida do financeiramente 
possível”. Esta teoria serve para determinar os limites em que o Estado deixa de ser obrigado a dar 
efetividade aos direitos sociais, devendo o Estado, entretanto, comprovar objetivamente a ausência de 
recursos orçamentários suficientes. 
 
O mínimo existencial é uma limitação à cláusula da reserva do possível, que garante que o Estado deva 
garantir uma proteção social mínima aos indivíduos. Em virtude do mínimo existencial, o Estado até pode 
deixar de promover a concretização de direitos sociais por falta de previsão orçamentária, desde que garanta 
um piso mínimo de direitos. A garantia do mínimo existencial é uma obrigação inafastável do Estado. 
 
O efeito cliquet dos direitos fundamentais, também chamado de princípio da vedação ao retrocesso, impõe 
que o Estado não pode suprimir direitos sociais já incorporados ao patrimônio jurídico dos cidadãos. Eles 
podem ser ampliados, mas não podem ser suprimidos. 
 
Para o STF, a Administração Pública pode ser obrigada, por decisão do Poder Judiciário, a manter estoque 
mínimo de medicamento utilizado no combate a doença grave. O STJ, no mesmo sentido, entente que o juiz 
pode determinar o bloqueio e o sequestro de verbas públicas como forma de garantir o fornecimento de 
medicamentos pelo Poder Público. 
 
Por falar em meio ambiente, não deixe de ler o § 7º do artigo 225 da CF, acrescido pela Emenda 
Constitucional n.º 96, de 2017: 
 
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, 
não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde 
que sejam manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta 
Constituição Federal, registradas como bem de natureza imaterial integrante do 
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patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica 
que assegure o bem-estar dos animais envolvidos."(NR) 
 
Os direitos fundamentais, inicialmente, foram concebidos para limitar o poder do Estado perante os cidadãos. 
O Estado, no exercício de seu poder de império, tinha um poder absoluto, o qual passou a ter limites em 
virtude dos direitos e garantias fundamentais. Nesse período, havia uma eficácia vertical dos direitos 
fundamentais. Fala-se em verticalização porque tínhamos o Estado, de um lado, todo poderoso, forte, e de 
outro lado, os cidadãos, parte fraca e, até então, submetida ao poder absoluto do Estado. 
 
Hoje, entretanto, é cediço que os direitos fundamentais não se aplicam somente às relações entre Estado e 
cidadãos, sendo também aplicados às relações privadas, como por exemplo, a relação entre uma associação 
(pessoa jurídica de direito privado) e os seus associados. Trata-se da denominada eficácia horizontal dos 
direitos fundamentais. 
 
O direito à ampla defesa e ao contraditório, previsto no Art. 5º, LV, da CRFB, consubstancia preceito de 
ordem pública e não pode ser desobedecido, mesmo no âmbito das relações privadas, configurando 
verdadeiro direito subjetivo, já que direitos fundamentais dessa natureza devem ser observados tanto pelo 
Poder Público como pelos particulares. Nessa linha, o sistema jurídico-constitucional brasileiro tem 
reconhecido a possibilidade de aplicação da teoria da eficácia horizontal dos direitos fundamentais. Em 
consequência, as violações aos direitos fundamentais não ocorrem somente no âmbito das relações entre o 
particular e o Estado, mas igualmente nas relações estabelecidas entre pessoas físicas e jurídicas de direito 
privado. 
 
Em regra, não se cobra muito de direitos fundamentais além do que está expresso no artigo 5º, o qual, 
portanto, passa a ser de leitura obrigatória. Veja como as questões são resolvidas só com o texto do artigo 5º: 
 
(OAB 2008) Leia o texto abaixo e responda: 
 
 
 
Esse texto caracteriza, em seu contexto histórico, a: 
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a) primeira geração de direitos fundamentais. 
b) segunda geração de direitos fundamentais. 
c) terceira geração de direitos fundamentais. 
d) quarta geração de direitos fundamentais. 
 
Gabarito “b” 
 
PONTOS ESSENCIAIS NO ARTIGO 5º: 
 
1. Segundo o STF, a eficácia dos direitos fundamentais abrange qualquer pessoa que se encontre em 
território nacional, ainda que seja estrangeiro não residente no país. Verifique que pelo caput do art. 
5º, constam apenas os estrangeiros residentes no país. 
 
2. Segundo o STF, há o direito à gestante de “submeter-se a antecipação terapêutica de parto na 
hipótese de gravidez de feto anencéfalo, previamente diagnosticada por profissional habilitado, sem 
estar compelida a apresentar autorização judicial ou qualquer outra forma de permissão do Estado”. 
Isso foi decidido na ADPF 54. 
 
3. A realização de pesquisas com células-tronco embrionárias, obtidas de embriões humanos 
produzidos por fertilização “in vitro” e não utilizados neste procedimento, não ofende o direito à 
vida nem a dignidade da pessoa humana. 
 
4. O STF considera constitucional as ações afirmativas, como a reserva de vagas em universidades 
públicas para negros e índios. Na mesma linha, o programa concessivo de bolsa de estudos em 
universidades privadas para alunos de renda familiar de pequena monta, com quotas para negros, 
pardos, indígenas e portadores de necessidades especiais. 
 
5. Lembre-se de que apenas a lei ou a própria Constituição podem determinar discriminações entre as 
pessoas. Logo, os atos infralegais (ex: edital de concurso) não podem determinar tais limitações sem 
que haja previsão legal. Atenção.! A realização da igualdade material não proíbe que a lei crie 
discriminações, desde que estas obedeçam ao princípio da razoabilidade. Ex: Concurso para agente 
penitenciário de prisão feminina restrito a mulheres e a adoção de critérios distintos para a promoção 
de integrantesdo corpo feminino e masculino da Aeronáutica. 
 
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6. O STF entende que as denúncias anônimas jamais poderão ser a causa única de exercício de 
atividade punitiva pelo Estado. Logo, as autoridades públicas não podem iniciar qualquer medida de 
persecução (penal ou disciplinar), apoiando-se apenas em peças apócrifas ou em escritos anônimos. 
 
7. O STF considerou inconstitucional qualquer interpretação do Código Penal que possa ensejar a 
criminalização da defesa da legalização das drogas, inclusive através de manifestações e eventos 
públicos. (“marcha da maconha”). Muito cuidado! O que se entendeu constitucional foi a liberdade 
de expressão, ou seja, o direito manifestar-se a favor ou não sobre a legalização. 
 
8. Segundo o STF, as pessoas jurídicas poderão ser indenizadas por dano moral, desde que 
comprovado. Para que haja condenação por dano moral, não é necessária ofensa à reputação do 
indivíduo, bastando a violação a direitos da personalidade. 
 
9. O artigo 206 da CF estabelece a gratuidade do ensino nos estabelecimentos oficiais. Logo, não pode 
ser cobrada mensalidade em Universidades Públicas. 
 
10. inviolabilidade de domicílio (inciso XI) 
 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo 
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante 
delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por 
determinação judicial; 
 
Segundo o STF, o termo “casa” significa qualquer compartimento habitado; aposento ocupado de habitação 
coletiva; privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade pessoal. Alcança também 
escritórios profissionais, consultórios médicos e odontológicos, trailers, barcos e aposentos de habitação 
coletiva (hotel). Não estão abrangidos os bares e restaurantes. 
 
CUIDADO! Embora os escritórios estejam abrangidos pelo conceito de “casa”, não se pode invocar a 
inviolabilidade de domicílio como escudo para a prática de atos ilícitos em seu interior. Por isso, é válida 
ordem judicial que autoriza o ingresso de autoridade policial no estabelecimento profissional, inclusive 
durante a noite, para instalar equipamentos de captação de som (“escuta”). 
 
A regra é a inviolabilidade. Há, todavia, 4 exceções: 
 
a) para prestar socorro; 
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b) desastre; 
c) flagrante delito 
d) durante o dia, por determinação judicial. (das 6 às 6) 
 
 
 
 
Não pode errar questão básica assim. A única que tem restrições de horário é a determinação judicial. 
 
A respeito dos direitos e das garantias fundamentais, assinale a opção correta. 
 
a) No que se refere à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, a 
Constituição Federal assegurou a preferência pelo modelo de reparação em detrimento da prevenção ao dano. 
b) Os direitos e garantias fundamentais, criados como direitos negativos, impedem o poder público, mas não 
a esfera privada, de violar o espaço mínimo de liberdades assegurado pela Constituição Federal. 
c) De acordo com a doutrina majoritária, os direitos de segunda geração, ou direitos sociais, não constituem 
simples normas de natureza dirigente, sendo verdadeiros direitos subjetivos que impõem ao Estado um 
facere. 
d) A casa é o asilo inviolável, nela não se pode penetrar, salvo na hipótese de flagrante delito ou para prestar 
socorro, durante o dia, ou por ordem judicial. 
 
Gabarito “c” 
 
11. direito à propriedade 
 
Nem ele é absoluto, uma vez que deve ser cumprida a função social. (incisos XXII e XXIII) 
 
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para 
fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua 
função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da 
dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, 
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resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de 
sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. 
 
§ 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em 
dinheiro. 
 
§ 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para 
fins de reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de 
desapropriação. 
 
§ 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório 
especial, de rito sumário, para o processo judicial de 
desapropriação. 
 
§ 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da 
dívida agrária, assim como o montante de recursos para atender ao 
programa de reforma agrária no exercício. 
 
§ 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as 
operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de 
reforma agrária. 
 
12) liberdade de associação. 
 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a 
de caráter paramilitar; 
 
Se a regra é a liberdade, não precisa de autorização. Para suspender as atividades, precisa de ordem judicial. 
Para extinguir, precisa-se de decisão judicial transitada em julgado. 
 
13) publicidade das informações 
 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações 
de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que 
serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, 
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da 
sociedade e do Estado; 
 
Todo indivíduo tem direito de certidão e direito de petição (art. 5º, inciso XXXIV, alíneas “a” e “b”). O 
direito de petição serve para corrigir uma ilegalidade ou abuso de poder. Tanto o direito de certidão quanto o 
direito de petição são gratuitos e não dependem de capacidade postulatória. 
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14) princípio da intranscendência da pena 
 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano 
e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e 
contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; 
 
15) direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada. 
 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a 
coisa julgada; 
 
16) Anterioridade penal 
 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; 
 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
 
17) Sigilo das fontes 
 
Art. 5º, XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da 
fonte, quando necessário ao exercício profissional; 
 
Art. 220, § 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena 
liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado 
o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. 
 
TRATADOS INTERNACIONAIS – BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos 
que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em doisturnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. 
 
Considerando-se que os tratados internacionais sobre direitos humanos, votados na forma prevista no § 3º do 
artigo 5º da Constituição Federal, adquirem status normativo de norma constitucional, não há dúvidas de que 
eles podem servir de parâmetro para eventual declaração de inconstitucionalidade. André, é possível a 
existência de norma constitucional que não esteja prevista na Constituição Federal? Sim, os tratados suso 
referidos são um claro exemplo disso. É exatamente por isso que, atualmente, a doutrina fala em bloco de 
constitucionalidade, que pode ser definida como o conjunto de normas que funcionam como parâmetro para 
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a realização do controle de constitucionalidade, isto é, que servem para o confronto de aferição de 
constitucionalidade das demais normas que integram o ordenamento jurídico. 
 
Trata-se de um conceito que permite ao intérprete ampliar o conceito de normas constitucionais para além 
daquelas previstas expressamente na Constituição, não se restringindo mais àquelas prescritas no 
ordenamento jurídico. 
 
Hoje, só há 3 tratados internacionais sobre direitos humanos que foram votados na forma do artigo 5º, § 3º da 
CF: a Convenção de Nova Iorque, o Tratado de Marraqueche e a Convenção Interamericana contra o 
Racismo. Eles foram aprovados pelo Congresso Nacional, por meio de Decreto Legislativo (art. 49, I) e 
promulgados pelo Presidente da República, por meio de Decretos. 
 
Há, ainda, um segundo tipo de tratado internacional, que é aquele que versa sobre direitos humanos, mas não 
foi aprovado nos termos do disposto no § 3º do artigo 5º da Constituição Federal. Esse tipo de tratado, ao 
contrário do primeiro, não tem status de norma constitucional, uma vez que essa posição é reservada apenas 
aos tratados sobre direitos humanos que tenham se submetido ao procedimento previsto no § 3º do artigo 5º 
da CF. André, se ele não tem status de norma constitucional, ele está abaixo da Constituição? Claro que sim, 
uma vez que, se não tem status de norma constitucional, só pode estar acima ou abaixo da CF e nós sabemos 
que, acima da Constituição Federal, só Deus (com todo respeito aos ateus, que são igualmente protegidos 
num Estado Laico, como o nosso). 
 
Certo. Esse tipo de tratado, mesmo sendo de direitos humanos, não tem status de norma constitucional, 
estando, portanto, abaixo (infra) da Constituição. Eles estão, então, no mesmo patamar das leis? Não. Eles 
estão em uma zona intermediária que fica acima das leis (supralegal) e abaixo da Constituição 
(infraconstitucional). Um bom exemplo desse tipo de tratado é o Pacto de San Jose da Costa Rica, a nossa 
Convenção Interamericana de Direitos Humanos. Ela tem que poder sobre as normas da Constituição? 
Nenhuma. Mas, cuidado. Ela tem poder sobre as normas legais, mesmo as que têm respaldo constitucional. 
 
Se uma norma legal violar um tratado internacional sobre direitos humanos, não aprovado nos termos do § 3º 
do artigo 5º da Constituição Federal, não estaremos diante de um controle de constitucionalidade, já que não 
há violação alguma à Constituição Federal (ou a um dos tratados que integram o denominado bloco de 
constitucionalidade). Haverá, neste caso, controle de convencionalidade. 
 
Pense na questão da prisão do depositário infiel. Ela era prevista na lei, tendo respaldo constitucional. Veja o 
inciso LXVII do artigo 5º da CF: 
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LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável 
pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação 
alimentícia e a do depositário infiel; 
 
Ele admite ou não a prisão do depositário infiel? Sim. Ele claramente admite. E o Pacto de San Jose da Costa 
Rica tem que influência sobre essa norma constitucional? Zero. Se o tratado está abaixo da CF, como poderia 
contradizê-la? O Pacto de San Jose da Costa Rica não faz nada em relação à CF, mas revoga a lei (que está 
abaixo dele), por ser norma de hierarquia superior, em sentido contrário. 
 
Por fim, há um terceiro tipo de tratado internacional, que é o tratado que não versa sobre direitos humanos. 
Ele, ao ingressar no ordenamento jurídico pátrio, tem status de lei ordinária. 
 
A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, 
assinados em Nova York, em 30 de março de 2007, foram incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro 
pelo rito do artigo 5º, § 3º, da Constituição da República. Maria Y, portadora de necessidades especiais, 
consulta-o como advogado, indagando: 
 
A) Ao ser incorporada ao ordenamento pátrio com base no artigo 5º, § 3º, da Constituição Federal, qual o 
status hierárquico normativo da referida convenção internacional? (Valor: 0,40) 
 
B) Os demais tratados internacionais sobre direitos humanos incorporados sem a observância do 
procedimento disposto no artigo 5º, § 3º, da Constituição Federal, possuem o mesmo status hierárquico? 
Justifique. (Valor: 0,40) 
 
C) A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, após seu processo de 
internalização, de acordo com o artigo 5º, § 3º, da Constituição Federal, pode servir de parâmetro para 
controle de constitucionalidade? Justifique sua resposta. (Valor: 0,45) 
 
A) A referida convenção internacional possui status de norma constitucional (Emenda Constitucional), pois 
foi aprovada de acordo com o rito de incorporação do artigo 5º, § 3º, da Constituição Federal. 
 
B) Os tratados internacionais de direitos humanos não incorporados segundo o procedimento do artigo 5º, § 
3º, da Constituição Federal, possuem status hierárquico de norma supralegal, conforme restou consolidado na 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 
 
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C) Após sua incorporação conforme o procedimento descrito pelo artigo 5º, § 3º, a convenção possui status 
de norma constitucional. Deste modo, pode vir a ser considerada como parâmetro para controle de 
constitucionalidade, assim como as demais normas da Constituição da República. 
 
Entendeu? De verdade? Vamos ver.... Se uma lei do Estado de Goiás violar um Tratado celebrado entre 
Brasil e Chile para livre exportação de vinho, ela poderá ser objeto de ADI? 
 
Pense, por favor, antes de ler a resposta. Tente, pelo menos. 
 
A reposta é: Não, uma vez que o único tipo de tratado internacional que tem status equivalente ao das 
emendas é o tratado internacional sobre direitos humanos que tenha sido aprovados nos termos do § 3º do 
artigo 5º da CF, e nós sabemos que só temos dois assim: Convenção de Nova York e o Tratado de 
Marraqueche. Logo, apenas esses dois tratados poderiam ser parâmetro para declaração de 
inconstitucionalidade. 
 
E se a mesma lei violasse o Pacto de San José da Costa Rica, poderia? A resposta continua sendo a mesma, 
ou seja, não, e pelos mesmos motivos. 
 
E, por fim, a referida lei violasse o artigo 15 da Convenção de Nova York, ela poderia ser objeto de ADI? 
 
Ah.... Agora sim, porque tendo essa Convenção (tratado internacional sobre direitos humanos) sido aprovadanos termos do § 3º do artigo 5º da CF, ela equivale às emendas constitucionais, ou seja, as normas do tratado 
são normas constitucionais (derivadas, haja vista a equivalência com as emendas), razão pela qual elas 
integram o chamado bloco de constitucionalidade, podendo servir de parâmetro para declaração de 
inconstitucionalidade. 
 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS 
 
Os remédios constitucionais são: 
 
HABEAS CORPUS 
 
Protege a liberdade de locomoção, que pode estar sendo ameaçada (nesse caso, tem-se o HC preventivo, 
pedindo-se um salvo conduto) ou já ter sido violada (nesse caso, HC repressivo, pedindo um alvará de 
soltura). Ele é regido pela informalidade, ou seja, pode-se fazer até no papel de pão. Não se exige capacidade 
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civil ou capacidade postulatória. Logo, pode ser pedida por um menor, por um deficiente mental, 
independentemente de advogado. 
 
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou 
se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
 
Cabe habeas corpus contra entidade privada? Sim. Ex: hospital que não libera o paciente por falta de 
pagamento. Não há requisitos de ordem formal, logo, não se fala em juízo de admissibilidade. 
 
Só pode impetrar HC pessoa física? Não. A pessoa jurídica também pode, mas não pode ser a beneficiária. 
Ela pode, todavia, impetrar em favor de um sócio da sociedade empresária. 
 
Artigo 142, § 2º da CF: 
 
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares. 
 
Não dá pra discutir o mérito, porque ele está sujeito a regras próprias. Se, todavia, a autoridade que decretou 
a prisão era incompetente, pode-se discutir no Judiciário. O HC é uma ação gratuita. 
 
Cuidado com o disposto na Súmula Vinculante n.º 6: 
 
Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário 
mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial. 
 
Precedente Representativo 
 
I – A CF/88 não estendeu aos militares a garantia de remuneração não inferior ao salário 
mínimo, como o fez para outras categorias de trabalhadores. II – O regime a que se submetem os 
militares não se confunde com aquele aplicável aos servidores civis, visto que têm direitos, 
garantias, prerrogativas e impedimentos próprios. III – Os cidadãos que prestam serviço militar 
obrigatório exercem um múnus público relacionado com a defesa da soberania da pátria. IV – A 
obrigação do Estado quanto aos conscritos limita-se a fornecer-lhes as condições materiais para 
a adequada prestação do serviço militar obrigatório nas Forças Armadas. 
RE 570.177, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, P, j. 30-4-2008, DJE 117 de 27-6-2008. 
 
 
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(IX Exame – 2012) A respeito da ação de habeas corpus, assinale a afirmativa incorreta. 
 
a) Pode ser impetrado por estrangeiro residente no país. 
 
Leia o caput do artigo 5º. Ele estabelece os direitos e garantias a brasileiros e estrangeiros residentes no País. 
 
b) É cabível contra punição disciplinar militar imposta por autoridade incompetente. 
 
Art. 142, § 2º - Não caberá "habeas-corpus" em relação a punições 
disciplinares militares. 
 
Embora a CF estabeleça não ser possível o uso do HC, o STF admite seu uso nos casos de ilegalidade (ex: 
autoridade incompetente) - RE 338.840 Rel Min HELEN GRACE 
 
c) Não é meio hábil para controle concreto de constitucionalidade. 
 
O habeas corpus é um dos principais instrumentos do controle concreto de constitucionalidade. 
Diferentemente do controle concentrado que possui ações específicas para o controle de constitucionalidade 
(ADI, ADC, ADO e ADPF), no controle concreto não há ações específicas, sendo utilizadas as ações 
cabíveis em cada caso concreto. Contudo, pela maior celeridade de que desfrutam, é muito comum a 
utilização dos remédios constitucionais (habeas corpus, habeas data, mandado de segurança, mandado de 
injunção etc.) no controle difuso. Deve-se também associar o recurso extraordinário ao controle difuso. 
 
d) A Constituição assegura a gratuidade para seu ajuizamento. 
 
Art. 5º - LXXVII - são gratuitas as ações de “habeas-corpus” e 
“habeas-data”, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício 
da cidadania. 
 
HABEAS DATA 
 
Protege a liberdade de informação relativa à pessoa do impetrante. Não serve para fofoca. Serve para 3 
objetivos: conhecimento, retificação e complementação das informações. Deve-se impetrar um HD para cada 
objetivo. Economia processual zero, mas é esse o entendimento do Supremo. 
 
LXXII - conceder-se-á "habeas-data": 
 
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a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa 
do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de 
entidades governamentais ou de caráter público; 
 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por 
processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
 
LEIAM A LEI 9.507/97. É SUPER PEQUENA. 
 
As informações devem estar em banco de dados de caráter público. As informações podem ser repassadas a 
terceiros, quando solicitadas. Ex: cadastro no SPC, SERASA. 
 
Pessoa física ou jurídica podem requerer a impetração de HD. Lembre-se que a pessoa jurídica pode impetrar 
em seu favor, porque ela tem informações a seu respeito. 
 
É uma ação gratuita, mas deve-se exaurir a via administrativa (Súmula 2 do STJ). Isso significa que, para que 
seja possível o manejo do HD, você precisa demonstrar que já tentou ter conhecimento, retificar ou 
complementar dados seus em um banco de dados de caráter público e não conseguiu. André, eu preciso 
comprovar isso já na petição inicial? Sim. Vejamos o parágrafo único da lei n.º 9.507/97 (essa lei que eu pedi 
para você ler, em negrito, nesta mesma página. Você leu?): 
 
Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova: 
 
I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez 
dias sem decisão; 
II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de 
quinze dias, sem decisão; ou 
III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do 
art. 4° ou do decurso de mais de quinze dias sem decisão. 
 
(X Exame) Em relação aos remédios constitucionais, assinale a afirmativa correta. 
 
a) O habeas data pode ser impetrado ainda que não haja negativa administrativa em relação ao acesso a 
informações pessoais. Súmula 2 do STJ 
b) A ação popular pode ser impetrada por pessoa jurídica. Tem que ser cidadão (inciso LXXIII) 
c) O particular pode figurar no polo passivo da ação de habeas corpus. 
d) O mandado de segurança somente pode ser impetrado quando as questões jurídicas forem incontroversas. 
Súmula 625 do STF 
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MANDADO DE SEGURANÇA 
 
É uma ação residual, só sendo passível sua impetração quandonão for caso de HC ou HD. Protege direito 
líquido e certo (é aquela cuja prova é pré-constituída. Há prova documental pré-constituída, uma vez que não 
admite dilação probatória). 
 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", 
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for 
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de 
atribuições do Poder Público; 
 
O prazo de impetração é decadencial de 120 dias, contados da ciência do ato impugnado (da negativa). O 
prazo é constitucional, segundo o STF. 
 
O mandado de segurança tem custas, mas não tem honorários (o advogado deve cobrar antes, porque ao fim 
do processo não existe condenação em honorários) – Art. 5º, incisos LXIX e LXX e Lei n.º 12. 016/09. 
 
O mandado de segurança pode ser individual ou coletivo. Podem propor mandado de segurança coletivo, os 
entes do inciso LXX. 
 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos 
interesses de seus membros ou associados; 
 
A associação pode impetrar MS individual ou coletivo. Se for para defender interesse próprio, será o 
individual. Se for para defesa de interesses de seus associados, caberá mandado de segurança coletivo, não 
dependendo de autorização dos associados. 
 
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QUESTÕES – AULA 3 
 
1. (Exame XXXIII) O parlamentar José, em apresentação na Câmara dos Deputados, afirmou que os direitos 
à informação e à liberdade jornalística possuem normatividade absoluta e, por esta razão, não podem ceder 
quando em colisão com os direitos à privacidade e à intimidade, já que estes últimos apenas tutelam 
interesses meramente individuais. Preocupado com o que reputou “um discurso radical”, o deputado Pedro 
recorreu a um advogado constitucionalista, a fim de que este lhe esclarecesse sobre quais direitos devem 
prevalecer quando os direitos à intimidade e à privacidade colidem com os direitos à liberdade jornalística e 
à informação. O advogado afirmou que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o parlamentar 
José 
 
a) está correto, pois, em razão do patamar atingido pelo Estado Democrático de Direito contemporâneo, os 
direitos à liberdade jornalística e à informação possuem valor absoluto em confronto com qualquer outro 
direito fundamental. 
b) está equivocado, pois os tribunais entendem que os direitos à intimidade e à privacidade têm prevalência 
apriorística sobre os direitos à liberdade jornalística e à informação. 
c) está equivocado, pois, tratando-se de uma colisão entre direitos fundamentais, se deve buscar a conciliação 
entre eles, aplicando-se cada um em extensão variável, conforme a relevância que apresentem no caso 
concreto específico. 
d) está correto, pois a questão envolve tão somente um conflito aparente de normas, que poderá ser 
adequadamente solucionado se corretamente utilizados os critérios da hierarquia, da temporalidade e da 
especialidade. 
 
2. (Exame XXXI) Preocupado com o grande número de ações judiciais referentes a possíveis omissões 
inconstitucionais sobre direitos sociais e, em especial, sobre o direito à saúde, o Procurador-Geral do Estado 
Beta (PGE) procurou traçar sua estratégia hermenêutica de defesa a partir de dois grandes argumentos 
jurídicos: em primeiro lugar, destacou que a efetividade dos direitos prestacionais de segunda dimensão, 
promovida pelo Poder Judiciário, deve levar em consideração a disponibilidade financeira estatal; um 
segundo argumento é o relativo à falta de legitimidade democrática de juízes e tribunais para fixar políticas 
públicas no lugar do legislador eleito pelo povo. Diante de tal situação, assinale a opção que apresenta os 
conceitos jurídicos que correspondem aos argumentos usados pelo PGE do Estado Beta. 
 
a) Dificuldade contraparlamentar e reserva do impossível. 
b) Reserva do possível fática e separação dos Poderes. 
c) Reserva do possível jurídica e reserva de jurisdição do Poder Judiciário. 
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d) Reserva do possível fática e reserva de plenário. 
 
3. (XXXIV Exame) O perfil de proteção jurídica dos direitos fundamentais já passou e vem passando por 
momentos de avanços e involuções atrelados aos diferentes paradigmas constitucionais. Formam uma 
categoria aberta e dinâmica, que se encontra em constante mutação, em razão do Art. 5º, § 2º, da CRFB/88. 
Nessa perspectiva, em 2017, foi editada a Lei X que regulamentou diversos direitos sociais do rol constante 
do seu Art. 6º. Com isso, incorporou vários direitos sociais ao patrimônio jurídico do povo. No entanto, em 
2019, foi aprovada a Lei Y, que revogou completamente a Lei X, desconstituindo pura e simplesmente o 
grau de concretização que o legislador democrático já havia dado ao Art. 6º da CRFB/88, sem apresentar 
nenhum outro instrumento protetivo no seu lugar. Diante de tal situação e de acordo com o direito 
constitucional contemporâneo, a Lei Y deve ser considerada 
 
a) inconstitucional, pois a revogação total da Lei X, sem apresentação de lei regulamentadora alternativa, 
viola o princípio da “reserva do possível”. 
b) inconstitucional, pois a revogação total da Lei X, sem apresentação de lei regulamentadora alternativa, 
viola o princípio da “proibição de retrocesso social”. 
c) constitucional, pois predomina no direito brasileiro o princípio da “reserva do possível”, cuja interpretação 
garante a onipotência do Poder Legislativo na concretização dos direitos sociais. 
d) constitucional, pois predomina no direito brasileiro o princípio da “proibição do retrocesso social”, de 
modo que os direitos sociais não têm imperatividade, podendo ser livremente regulamentados. 
 
4. (XXIX Exame) O diretor da unidade prisional de segurança máxima ABC expede uma portaria vedando, 
no âmbito da referida entidade de internação coletiva, quaisquer práticas de cunho religioso direcionadas aos 
presos, apresentando, como motivo para tal ato, a necessidade de a Administração Pública ser laica. A partir 
da situação hipotética narrada, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A motivação do ato administrativo encontra-se equivocada, uma vez que o preâmbulo da Constituição da 
República de 1988 faz expressa menção à “proteção de Deus”, também assegurando aos entes federados 
ampla liberdade para estabelecer e subvencionar os cultos religiosos e igrejas. 
b) O ato expedido pelo diretor encontra plena correspondência com a ordem constitucional brasileira, a qual 
veda, aos entes federados, estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los ou firmar qualquer 
espécie de colaboração de interesse público. 
c) A Constituição da República de 1988 dispõe que, nos termos da lei, é assegurada assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internação coletiva, de modo que a portaria expedida pelo diretor viola um 
direito fundamental dos internos. 
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d) Inexiste incompatibilidadeentre a portaria e a Constituição da República de 1988, uma vez que a 
liberdade religiosa apenas se apresenta no ensino confessional, ministrado, em caráter facultativo, nos 
estabelecimentos públicos e privados de ensino, não sendo tal direito extensível aos presos. 
 
5. (XXVIII Exame) Pablo, cidadão espanhol, decide passar férias no litoral do Nordeste brasileiro. Durante 
sua estadia, de modo acidental, corta-se gravemente com o facão que manuseava para abrir um coco verde, 
necessitando de imediato e urgente atendimento hospitalar. Ocorre que o hospital de emergência da 
localidade se recusa a atender Pablo, ao argumento de que, por ser estrangeiro, ele não faria jus aos serviços 
do Sistema Único de Saúde, devendo procurar um hospital particular. Com base na situação fictícia narrada, 
assinale a afirmativa correta. 
 
a) A Constituição da República, no caput do Art. 5º, assegura a igualdade de todos os brasileiros natos e 
naturalizados perante a lei, sem distinções de qualquer natureza, de modo que Pablo, por ser estrangeiro, não 
faz jus ao direito social à saúde. 
b) A saúde, na qualidade de direito social, apenas pode ser prestada àqueles que contribuem para a 
manutenção da seguridade social; diante da impossibilidade de Pablo fazêlo, por ser estrangeiro, não pode 
ser atendido pelos hospitais que integram o Sistema Único de Saúde. 
c) O Sistema Único de Saúde rege-se pelo princípio da universalidade da tutela à saúde, direito fundamental 
do ser humano; logo, ao ingressar no território brasileiro, Pablo, mesmo sendo cidadão espanhol, tem direito 
ao atendimento médico público e gratuito em caso de urgência. 
d) Pablo, apenas pode ser atendido em hospital público que integre o Sistema Único de Saúde caso se 
comprometa a custear todas as despesas com seu tratamento, salvo comprovação de ser hipossuficiente 
econômico, circunstância excepcional na qual terá direito ao atendimento gratuito. 
 
6. (XXIV Exame) Atos generalizados de violência e vandalismo foram praticados nas capitais de alguns 
estados do país, com ações orquestradas pelo crime organizado. Identificados e presos alguns dos líderes 
desses movimentos, numerosos políticos, com apoio popular, propuseram a criação, pela forma 
juridicamente correta, de um juízo especial para apreciação desses fatos, em caráter temporário, a fim de que 
o julgamento dos líderes presos se revele exemplar. Ao submeterem essa ideia a um advogado 
constitucionalista, este afirma que, segundo a ordem jurídico-constitucional brasileira, a criação de tal juízo 
 
a) é constitucional, pois o apoio popular tem o condão de legitimar a atuação do poder público, ainda que 
esta seja contrária ao ordenamento jurídico vigente. 
b) é inconstitucional, em razão de vedação expressa da Constituição da República de 1988 à criação de juízo 
ou tribunal de exceção. 
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c) necessita de previsão legislativa ordinária, já que a criação de juízos é competência do Poder Legislativo, 
após iniciativa do Poder Judiciário. 
d) pressupõe a necessária alteração da Constituição da República de 1988, por via de emenda, de maneira a 
suprimir a vedação ali existente. 
 
7. (XXI Exame) Carlos, contando com 59 (cinquenta e nove) anos de idade, resolve se inscrever em 
concurso público para o cargo de Agente de Polícia, dos quadros da Policia Civil do Estado Beta. Todavia, 
sua inscrição é negada com base no edital, que reproduz a Lei Estadual X, segundo a qual o candidato, no 
momento da inscrição, deve ter entre 18 (dezoito) e 32 (trinta e dois) anos de idade. Inconformado, Carlos 
consulta um advogado a respeito de possível violação do direito fundamental à igualdade. Diante do caso 
concreto, assinale a opção que se harmoniza com a ordem jurídico-constitucional brasileira. 
 
a) Houve violação ao princípio da igualdade, pois o sistema jurídico-constitucional brasileiro veda, em 
caráter absoluto, que a lei estabeleça requisitos de ordem etária para o provimento de cargos públicos. 
b) Não houve violação ao princípio da igualdade, pois o sistema jurídico-constitucional brasileiro permite 
que a lei estabeleça limite de idade para inscrição em concurso público quando tal medida se justificar pela 
natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. 
c) Houve violação ao princípio da razoabilidade, pois as atividades inerentes ao cargo a ser ocupado não 
justificam a previsão do critério etário como requisito para inscrição no concurso público que visa ao seu 
provimento. 
d) Não houve violação ao princípio da igualdade, pois o sistema jurídico-constitucional brasileiro concede 
aos administradores públicos poder discricionário para definir, por via editalícia, independentemente da lei, 
os limites etários para a participação em concursos. 
 
8. (XIX Exame da Ordem) José, internado em um hospital público para tratamento de saúde, solicita a 
presença de um pastor para lhe conceder assistência religiosa. O pedido, porém, é negado pela direção do 
hospital, sob a alegação de que, por se tratar de instituição pública, a assistência não seria possível em face 
da laicidade do Estado. Inconformado, José consulta um advogado. Após a análise da situação, o advogado 
esclarece, com correto embasamento constitucional, que 
 
a) a negativa emanada pelo hospital foi correta, tendo em vista que a Constituição Federal de 1988, ao 
consagrar a laicidade do Estado brasileiro, rejeita a expressão religiosa em espaços públicos. 
b) a direção do hospital não tem razão, pois, embora a Constituição Federal de 1988 reconheça a laicidade do 
Estado, a assistência religiosa é um direito garantido pela mesma ordem constitucional. 
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c) a correção ou incorreção da negativa da direção do hospital depende de sua consonância, ou não, com o 
regulamento da própria instituição, já que se está perante direito disponível. 
d) a decisão sobre a possibilidade, ou não, de haver assistência religiosa em entidades públicas de saúde 
depende exclusivamente de comando normativo legal, já que a temática não é de estatura constitucional. 
 
9. (XXI Exame) A teoria dimensional dos direitos fundamentais examina os diferentes regimes jurídicos de 
proteção desses direitos ao longo do constitucionalismo democrático, desde as primeiras Constituições 
liberais até os dias de hoje. Nesse sentido, a teoria dimensional tem o mérito de mostrar o perfil de evolução 
da proteção jurídica dos direitos fundamentais ao longo dos diferentes paradigmas do Estado de Direito, 
notadamente do Estado Liberal de Direito e do Estado Democrático Social de Direito. Essa perspectiva, 
calcada nas dimensões ou gerações de direitos, não apenas projeta o caráter cumulativo da evolução 
protetiva, mas também demonstra o contexto de unidade e indivisibilidade do catálogo de direitos 
fundamentais do cidadão comum. A partir dos conceitos da teoria dimensional dos direitos fundamentais, 
assinale a afirmativa correta. 
 
a) Os direitos estatais prestacionais, ligados ao Estado Liberal de Direito, nasceram atrelados ao princípio da 
igualdade formal perante a lei, perfazendo a primeira dimensão de direitos. 
b) A chamada reserva do possível fática, relacionada à escassez de recursos econômicos e financeiros do 
Estado, não tem nenhuma influência na efetividade dos direitos fundamentais de segunda dimensão do 
Estado Democrático Social de Direito. 
c) O conceito de direitos coletivos de terceiradimensão se relaciona aos direitos transindividuais de natureza 
indivisível de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato, como ocorre 
com o direito ao meio ambiente. 
d) Sob a égide da estatalidade mínima do Estado Liberal, os direitos negativos de defesa dotados de natureza 
absenteísta são corretamente classificados como direitos de primeira dimensão. 
 
10. (XXIV Exame) Maria, maior e capaz, reside no Município Sigma e tem um filho, Lucas, pessoa com 
deficiência, com 8 (oito) anos de idade. Por ser uma pessoa humilde, sem dispor de recursos financeiros para 
arcar com os custos de um colégio particular, Maria procura a Secretaria de Educação do Município Sigma 
para matricular seu filho na rede pública. Seu requerimento é encaminhado à assessoria jurídica do órgão 
municipal, para que seja emitido o respectivo parecer para a autoridade executiva competente. A partir dos 
fatos narrados, considerando a ordem jurídico-constitucional vigente, assinale a afirmativa correta. 
 
a) O pedido formulado por Maria deve ser indeferido, uma vez que incumbe ao Município atuar apenas na 
educação infantil, a qual é prestada até os 5 (cinco) anos de idade por meio de creches e pré-escolas. Logo, 
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pelo sistema constitucional de repartição de competências, Lucas, pela sua idade, deve cursar o Ensino 
Fundamental em instituição estadual de ensino. 
b) O parecer da assessoria jurídica deve ser favorável ao pleito formulado por Maria, garantindo ao menor 
uma vaga na rede de ensino municipal. Pode, ainda, alertar que a Constituição da República prevê 
expressamente a possibilidade de a autoridade competente ser responsabilizada pelo não oferecimento do 
ensino obrigatório ou mesmo pela sua oferta irregular. 
c) O pleito de Maria deve ser deferido, ressalvando-se que Lucas, por ser pessoa com deficiência, necessita 
de atendimento educacional especializado, não podendo ser incluído na rede regular de ensino do Município 
Sigma. 
d) A assessoria jurídica da Secretaria de Educação do Município Sigma deve opinar pela rejeição do pedido 
formulado por Maria, pois incumbe privativamente à União, por meio do Ministério da Educação e Cultura 
(MEC), organizar e prestar a educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de 
idade. 
 
11. (XXXIV Exame) O governador do Estado Alfa, como represália às críticas oriundas dos professores das 
redes públicas de ensino, determinou cortes na educação básica do referido ente, bem como instituiu a 
necessidade de pagamento de mensalidades pelos alunos de estabelecimentos oficiais de ensino que não 
comprovassem ser oriundos de famílias de baixa renda. Sobre a conduta do governador, com base na 
CRFB/88, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Está errada, pois a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais está prevista na ordem 
constitucional, de modo que o seu não oferecimento ou o oferecimento irregular pode ensejar, inclusive, a 
responsabilização do governador do Estado Alfa. 
b) Está errada, pois o Estado deve garantir a educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de 
idade, de modo que ele apenas poderia restringir sua oferta gratuita em relação àqueles que a ela não tiveram 
acesso na idade própria. 
c) Está certa, pois a gratuidade do ensino público, com a promulgação da Constituição de 1988, deixou de ser 
obrigatória, sendo facultado o exercício das atividades de ensino pela inciativa privada. 
d) Está errada, pois os Estados e o Distrito Federal devem atuar, exclusivamente, no ensino médio e 
fundamental, de sorte que o governador do Estado Alfa não poderia adotar medida que viesse a atingir, 
indistintamente, todos os alunos da educação básica. 
 
12. (XXXV Exame) O Juízo da 10ª Vara Criminal do Estado Alfa, com base nos elementos probatórios dos 
autos, defere medida de busca e apreensão a ser realizada na residência de João. Devido à intensa 
movimentação de pessoas durante o período diurno, bem como para evitar a destruição deliberada de provas, 
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o delegado de polícia determina que as diligências necessárias ao cumprimento da ordem sejam realizadas à 
noite, quando João estaria dormindo, aumentando as chances de sucesso da incursão. Sobre o caso hipotético 
narrado, com base no texto constitucional, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A inviolabilidade de domicílio, embora possa ser relativizada em casos pontuais, não autoriza que as 
diligências necessárias ao cumprimento do mandado de busca e apreensão na residência de João sejam 
efetivadas durante o período noturno. 
b) A incursão policial na residência de João se justificaria apenas em caso de flagrante delito, mas, 
inexistindo a situação de flagrância, o mandado de busca e apreensão expedido pelo Juízo da 10ª Vara 
Criminal do Estado Alfa é nulo. 
c) O cumprimento da medida de busca e apreensão durante o período noturno é justificado pelas razões 
invocadas pelo Delegado, de modo que a inviolabilidade de domicílio cede espaço à efetividade e à 
imperatividade dos atos estatais. 
d) A inviolabidade de domicílio não é uma garantia absoluta e, estando a ordem expedida pelo Juízo da 10ª 
Vara Criminal devidamente fundamentada, o seu cumprimento pode ser realizado a qualquer hora do dia ou 
da noite. 
 
13. (XXXIII Exame) João, considerado suspeito de ter comercializado drogas ilícitas em festa realizada há 
duas semanas em badalada praia do Município Delta, após investigação policial, teve localizado seu 
endereço. Os policiais, sem perda de tempo, resolvem se dirigir para o referido endereço, e lá chegando, às 
22h, mesmo sem permissão, entram na casa de João e realizam uma busca por provas e evidências. Segundo 
o sistema jurídico-constitucional brasileiro, a ação policial 
 
a) respeitou o direito à inviolabilidade domiciliar, já que a Constituição da República dispensa a necessidade 
de mandado judicial em situações nas quais esteja em questão a possibilidade de obtenção de provas para 
investigação criminal em curso. 
b) desrespeitou o direito à inviolabilidade domiciliar, já que, como a Constituição da República não prevê 
explicitamente qualquer exceção a este direito, o ingresso na casa alheia, contra a vontade do morador, 
sempre exige ordem judicial. 
c) respeitou o direito à inviolabilidade domiciliar, já que o sistema jurídico brasileiro considera que a plena 
fruição desse direito somente pode ser relativizada em situações nas quais o seu exercício venha a conceder 
proteção a alguma ação criminosa. 
d) desrespeitou o direito à inviolabilidade domiciliar, já que, embora esse direito não seja absoluto e possua 
restrições expressas no próprio texto constitucional, a atuação dos agentes estatais não se deu no âmbito 
destas exceções. 
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14. (XXVIII Exame) Agentes do Ministério do Trabalho, em inspeção realizada em carvoaria situada na 
zona rural do Estado K, constataram que os trabalhadores locais encontravam-se sob exploração de trabalho 
escravo, sujeitando-se a jornadas de 16 horas consecutivas de labor, sem carteira assinada ou qualquer outro 
direito socialou trabalhista, em condições desumanas e insalubres, percebendo, como contraprestação, valor 
muito inferior ao salário mínimo nacional. Diante da situação narrada, com base na ordem constitucional 
vigente, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Diante da vedação ao confisco consagrada na Constituição de 1988, o descumprimento da função social, 
agravado pela situação de grave violação aos direitos humanos dos trabalhadores, enseja responsabilização 
administrativa, cível e criminal do proprietário, mas não autoriza a expropriação da propriedade rural. 
b) O uso de mão de obra escrava autoriza a progressividade das alíquotas do imposto sobre a propriedade 
territorial rural e, caso tal medida não se revele suficiente, será possível que a União promova a expropriação 
e destinação das terras à reforma agrária e a programas de habitação popular, mediante prévia e justa 
indenização do proprietário. 
c) A hipótese narrada enseja a desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária, uma vez que 
o imóvel rural não cumpre a sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida 
agrária. 
d) A exploração de trabalho escravo na referida propriedade rural autoriza sua expropriação pelo Poder 
Público, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, 
admitindo-se, até mesmo, o confisco de todo e qualquer bem de valor econômico apreendido na carvoaria. 
 
15. (XXIV Exame) Marcos recebeu, por herança, grande propriedade rural no estado Sigma. Dedicado à 
medicina e não possuindo maior interesse pelas atividades agropecuárias desenvolvidas por sua família, 
Marcos deixou, nos últimos anos, de dar continuidade a qualquer atividade produtiva nas referidas terras. 
Ciente de que sua propriedade não está cumprindo uma função social, Marcos procura um advogado para 
saber se existe alguma possibilidade jurídica de vir a perdê-la. Segundo o que dispõe o sistema jurídico-
constitucional vigente no Brasil, assinale a opção que apresenta a resposta correta. 
 
a) O direito de Marcos a manter suas terras deverá ser respeitado, tendo em vista que tem título jurídico 
reconhecidamente hábil para caracterizar o seu direito adquirido. 
b) A propriedade que não cumpre sua função social poderá ser objeto de expropriação, sem qualquer 
indenização ao proprietário que deu azo a tal descumprimento; no caso, Marcos. 
c) A propriedade, por interesse social, poderá vir a ser objeto de desapropriação, devendo ser, no entanto, 
respeitado o direito de Marcos à indenização. 
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d) O direito de propriedade de Marcos está cabalmente garantido, já que a desapropriação é instituto cabível 
somente nos casos de cultura ilegal de plantas psicotrópicas. 
 
16. (XIV Exame) A Sra. Maria da Silva é participante ativa da AMA-X (Associação de Moradores e Amigos 
do bairro X). Todos os dias, no fim da tarde, a Sra. Maria da Silva e um grupo de associados reuniam-se na 
praça da cidade, distribuindo material sobre os problemas do bairro. A associação convocava os moradores 
para esses encontros por meio da rádio da cidade e comunicava, previamente, o local e a hora das reuniões às 
autoridades competentes. Certa tarde, um grupo da Associação de Moradores do bairro Y ocupou o local que 
os participantes da AMA-X habitualmente utilizavam. O grupo do bairro Y não havia avisado, previamente, 
a autoridade competente sobre o evento, organizado em espaço público. A Sra. Maria da Silva, indignada 
com a utilização do mesmo espaço, e tendo sido frustrada a reunião de seu grupo, solicitou aos policiais 
militares, presentes no local, que tomassem as medidas necessárias para permitir a realização do encontro da 
AMA-X. Em relação à liberdade de associação e manifestação, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A AMA-X deve buscar novo local de manifestação, tendo em vista que o local de reunião é público e que 
a associação do bairro Y possui os mesmos direitos de reunião e manifestação. 
b) A associação do bairro Y deve buscar novo local de manifestação, pois não tem o direito de frustrar 
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, já que houve prévio aviso à autoridade competente 
sobre o uso do espaço público pela AMA-X. 
c) A AMA-X deve dividir o espaço com a associação do bairro Y, tendo em vista que o local de reunião é 
público e que o direito à livre manifestação de ideias é garantido. 
d) A associação do bairro Y poderá ser dissolvida por ato da autoridade pública municipal em razão de não 
ter comunicado previamente à Prefeitura a realização de suas reuniões em espaço público. 
 
17. (XXVI Exame) Antônio, líder ativista que defende a proibição do uso de quaisquer drogas, cientifica as 
autoridades sobre a realização de manifestação contra projeto de lei sobre a liberação do uso de 
entorpecentes. Marina, líder ativista do movimento pela liberação do uso de toda e qualquer droga, ao tomar 
conhecimento de tal evento, resolve, então, sem solicitar autorização à autoridade competente, marcar, para o 
mesmo dia e local, manifestação favorável ao citado projeto de lei, de forma a impedir a propagação das 
ideias defendidas por Antônio. Nesse sentido, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, assinale a 
afirmativa correta. 
 
a) Marina pode dar continuidade à sua iniciativa, pois, com fundamento no princípio do Estado Democrático, 
está amplamente livre para expressar suas ideias. 
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b) Marina não poderia dar continuidade à sua iniciativa, pois o direito de reunião depende de prévia 
autorização por parte da autoridade competente. 
c) Marina não poderia dar continuidade à sua iniciativa, já que sua reunião frustraria a reunião de Antônio, 
anteriormente convocada para o mesmo local. 
d) Marina pode dar continuidade à sua iniciativa, pois é livre o direito de reunião quando o país não se 
encontra em estado de sítio ou em estado de defesa. 
 
18. (XXVII Exame) Os produtores rurais do Município X organizaram uma associação civil sem fins 
lucrativos para dinamizar a exploração de atividade econômica pelos associados, bem como para fins de 
representá-los nas demandas de caráter administrativo e judicial. Anderson, proprietário de uma fazenda na 
região, passa a receber, mensalmente, carnê contendo a cobrança de uma taxa associativa, embora nunca 
tivesse manifestado qualquer interesse em ingressar na referida entidade associativa. Em consulta junto aos 
órgãos municipais, Anderson descobre que a associação de produtores rurais, embora tenha sido criada na 
forma da lei, jamais obteve autorização estatal para funcionar. Diante disso, procura um escritório de 
advocacia especializado, para pleitear, judicialmente, a interrupção da cobrança e a suspensão das atividades 
associativas. Sobre a questão em comento, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Anderson pode pleitear judicialmente a interrupção da cobrança, a qual revela-se indevida, pois ninguém 
pode ser compelido a associar-se ou a permanecer associado, ressaltando-se que a falta de autorização estatal 
não configura motivo idôneo para a suspensão das atividades da associação. 
b) As associações representativas de classes gozam de proteção absoluta na ordem constitucional, de modo 
que podem ser instituídas independentemente de autorização estatal e apenas terão suas atividades suspensas 
quando houver decisão judicial com trânsito em julgado.c) A Constituição de 1988 assegura a plena liberdade de associação para fins lícitos, vedando apenas aquelas 
de caráter paramilitar, de modo que Anderson não pode insurgir-se contra a cobrança, vez que desempenha 
atividade de produção e deve associar-se compulsoriamente. 
d) A liberdade associativa, tendo em vista sua natureza de direito fundamental, não pode ser objeto de 
qualquer intervenção do Poder Judiciário, de modo que Anderson apenas poderia pleitear 
administrativamente a interrupção da cobrança dos valores que entende indevidos. 
 
19. (XXIX Exame) Durval, cidadão brasileiro e engenheiro civil, desempenha trabalho voluntário na ONG 
Transparência, cujo principal objetivo é apurar a conformidade das contas públicas e expor eventuais 
irregularidades, apresentando reclamações e denúncias aos órgãos e entidades competentes. Ocorre que, 
durante o ano de 2018, a Secretaria de Obras do Estado Alfa deixou de divulgar em sua página da Internet 
informações referentes aos repasses de recursos financeiros, bem como foram omitidos os registros das 
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despesas realizadas. Por essa razão, Durval compareceu ao referido órgão e protocolizou pedido de acesso a 
tais informações, devidamente especificadas. Em resposta à solicitação, foi comunicado que os dados 
requeridos são de natureza sigilosa, somente podendo ser disponibilizados mediante requisição do Ministério 
Público ou do Tribunal de Contas. A partir do enunciado proposto, com base na legislação vigente, assinale a 
afirmativa correta. 
 
a) A decisão está em desacordo com a ordem jurídica, pois os órgãos e entidades públicas têm o dever legal 
de promover, mesmo sem requerimento, a divulgação, em local de fácil acesso, no âmbito de suas 
competências, de informações de interesse coletivo ou geral que produzam ou custodiem. 
b) Assiste razão ao órgão público no que concerne tão somente ao sigilo das informações relativas aos 
repasses de recursos financeiros, sendo imprescindível a requisição do Ministério Público ou do Tribunal de 
Contas para acessar tais dados. 
c) Assiste razão ao órgão público no que concerne tão somente ao sigilo das informações relativas aos 
registros das despesas realizadas, sendo imprescindível a requisição do Ministério Público ou do Tribunal de 
Contas para acessar tais dados. 
d) Assiste razão ao órgão público no que concerne ao sigilo das informações postuladas, pois tais dados 
apenas poderiam ser pessoalmente postulados por Durval caso estivesse devidamente assistido por advogado 
regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. 
 
20. (XIV Exame) Deise pretende ter acesso a informações pertinentes à atividade estatal que estão em poder 
de específico órgão público, aduzindo que todos os dados de interesse coletivo ou geral devem ser públicos. 
Nos termos da Constituição Federal, o direito de acesso às informações estatais 
 
a) é absoluto, em decorrência da publicidade dos atos. 
b) tem, como limite, o sigilo imprescindível à segurança do Estado. 
c) depende de autorização excepcional do Executivo. 
d) está limitado aos dados constantes nos sítios de informações estatais. 
 
21. (XXVIII Exame) Alisson, cidadão brasileiro, ingressa com requerimento administrativo, perante a 
Secretaria Fazendária do Município Y, pleiteando a revisão do valor do Imposto sobre a Propriedade Predial 
e Territorial Urbana (IPTU), uma vez que não concorda com os cálculos empregados pela autoridade 
fazendária. Alisson, decorridos 90 dias sem qualquer atualização no andamento do feito, retorna à repartição 
administrativa indagando o porquê da demora. Ele obtém como resposta que o trâmite do procedimento é 
sigiloso, mas que seria possível obter uma certidão com as informações postuladas mediante o pagamento de 
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determinada quantia, a título de “taxa”. Diante da situação hipotética apresentada, com base no texto 
constitucional, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A atuação da Secretaria Fazendária revela-se inconstitucional, pois a obtenção de certidões em repartições 
públicas, contendo informações de interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, é direito de todos, 
sem o pagamento de taxa, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado. 
b) Para a obtenção de certidão com informações de direito pessoal, como manifestação do direito de petição 
aos órgãos e poderes públicos, pode ser exigido o pagamento de taxas caso Alisson não demonstre ser 
hipossuficiente econômico. 
c) Embora inexista óbice à cobrança de taxas para cobrir as despesas com a emissão de certidões em 
repartições públicas, ainda que destinadas à defesa e ao esclarecimento de situações de interesse pessoal, 
Alisson poderá utilizar o habeas data para obter as informações relativas ao procedimento administrativo 
instaurado. 
d) Alisson não pode ter acesso ao feito, porque os procedimentos administrativos que versem sobre matéria 
tributária são de natureza sigilosa, somente podendo ser acessados, sem autorização judicial, por advogado 
regularmente constituído pelo contribuinte, bem como por órgãos da administração pública direta e indireta. 
 
22. (XXXIII Exame) A União, com o objetivo de recrudescer o combate aos crimes contra o patrimônio, 
insere, por meio da Lei Ordinária federal X, um novo artigo no Título II da Parte Especial do Código Penal, 
dispondo que “as penas de prestação de serviços à comunidade, se não forem cumpridas em até 10 (dez) dias 
após o trânsito em julgado da condenação, comunicam-se, desde que maiores de 18 (dezoito) e menores de 
60 (sessenta) anos, aos parentes em linha reta dos condenados.” Sobre a hipotética situação narrada, com 
base no ordenamento constitucional vigente, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A Lei X é formal e materialmente constitucional, pois compete à União legislar privativamente sobre 
direito penal e processual. 
b) A Lei X é inconstitucional, porque, apesar de a edição de normas com conteúdo penal estar inserida no rol 
de competências privativas da União, normas que impliquem em situação mais gravosa aos apenados 
demandam lei complementar. 
c) A Lei X é formal e materialmente constitucional, pois o princípio da intransmissibilidade da pena, inserido 
no rol de direitos e garantias fundamentais, restringe-se às sanções que impliquem em privação ou restrição à 
liberdade. 
d) A Lei X é materialmente inconstitucional, pois as penas de prestação de serviços não podem transcender a 
pessoa do condenado, sob pena de ofensa ao princípio da pessoalidade ou intransmissibilidade da pena. 
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23. (Exame XXXI) João dos Santos foi selecionado para atuar como praça prestadora de serviço militar 
inicial, fato que lhe permitirá ser o principal responsável pelos meios de subsistência de sua família. No 
entanto, ficou indignado ao saber que sua remuneração será inferior ao salário mínimo, contrariando o texto 
constitucional, insculpido no Art. 7º, inciso IV, da CRFB/88. Desesperado com tal situação, João entrou no 
gabinete do seu comandante e o questionou, de forma ríspida e descortês, acerca dessa remuneração 
supostamenteinconstitucional, sofrendo, em consequência dessa conduta, punição administrativo-disciplinar 
de prisão por 5 dias, nos termos da legislação pertinente. Desolada, a família de João procurou um advogado 
para saber sobre a constitucionalidade da remuneração inferior ao salário mínimo, bem como da 
possibilidade de a prisão ser relaxada por ordem judicial. Nessas circunstâncias, nos termos do direito 
constitucional brasileiro e da jurisprudência do STF, assinale a opção que apresenta a resposta do advogado. 
 
a) A remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial não viola a 
Constituição de 1988, bem como não cabe habeas corpus em relação às punições disciplinares militares, 
exceto para análise de pressupostos de legalidade, excluída a apreciação de questões referentes ao mérito. 
b) A remuneração inferior ao salário mínimo contraria o Art. 7º, inciso IV, da Constituição de 1988, bem 
como se reconhece o cabimento de habeas corpus para as punições disciplinares militares, qualquer que seja 
a circunstância. 
c) O estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar 
inicial não viola a Constituição da República, mas é cabível o habeas corpus para as punições disciplinares 
militares, até mesmo em relação a questões de mérito da sanção administrativa. 
d) A remuneração inferior ao salário mínimo contraria a ordem constitucional, mais especificamente o texto 
constitucional inserido no Art. 7º, inciso IV, da Constituição de 1988, bem como não se reconhece o 
cabimento de habeas corpus em relação às punições disciplinares militares, exceto para análise dos 
pressupostos de legalidade, excluídas as questões de mérito da sanção administrativa. 
 
24. (XIII EXAME) A ação de habeas data, como instrumento de proteção de dimensão do direito de 
personalidade, destina-se a garantir o acesso de uma pessoa a informações sobre ela que façam parte de 
arquivos ou banco de dados de entidades governamentais ou públicas, bem como a garantir a correção de 
dados incorretos. A partir do fragmento acima, assinale a opção correta. 
 
a) Conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante 
ou de parente deste até o segundo grau, constantes de registro ou banco de dados de entidades 
governamentais ou privadas. 
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b) Além dos requisitos previstos no Código de Processo Civil para petição inicial, a ação de habeas data 
deverá vir instruída com prova da recusa ao acesso às informações ou o simples decurso de dez dias sem 
decisão. 
c) Do despacho de indeferimento da inicial de habeas data por falta de algum requisito legal para o 
ajuizamento caberá agravo de instrumento. 
d) A ação de habeas data terá prioridade sobre todos os atos judiciais, com exceção ao habeas corpus e ao 
mandado de segurança. 
 
25. (VII Exame) O mandado de segurança coletivo NÃO pode ser impetrado por 
 
a) organização sindical. 
b) partido político com representação no Congresso Nacional. 
c) entidade de classe de âmbito nacional. 
d) associações paramilitares. 
 
26. (Exame XXXI) Alfa, entidade de classe de abrangência regional, legalmente constituída e em 
funcionamento há mais de 1 ano, ingressa, perante o Supremo Tribunal Federal, com mandado de segurança 
coletivo para tutelar os interesses jurídicos de seus representados. Considerando a urgência do caso, Alfa não 
colheu autorização dos seus associados para a impetração da medida. Com base na narrativa acima, assinale 
a afirmativa correta. 
 
a) Alfa não tem legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo, de modo que a defesa dos seus 
associados em juízo deve ser feita pelo Ministério Público ou, caso evidenciada situação de vulnerabilidade, 
pela Defensoria Pública. 
b) Alfa goza de ampla legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo, inclusive para tutelar 
direitos e interesses titularizados por pessoas estranhas à classe por ela representada. 
c) Alfa possui legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo em defesa dos interesses jurídicos 
dos seus associados, sendo, todavia, imprescindível a prévia autorização nominal e individualizada dos 
representados, em assembleia especialmente convocada para esse fim. 
d) Alfa possui legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo em defesa dos interesses jurídicos 
da totalidade ou mesmo de parte dos seus associados, independentemente de autorização. 
 
27. (XXI Exame) W, deputado federal pelo Estado Beta, proferindo discurso no Congresso Nacional, fez 
contundentes críticas ao que denominou de “abuso midiático contra a classe política”. Na oportunidade, 
acrescentou estar elaborando um projeto de lei ordinária que tem por objetivo criar regras de licenciamento 
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(por autoridades do poder público), a que deverão se submeter os veículos de comunicação, principalmente 
jornais e revistas. Segundo o referido deputado, a vida privada dos políticos deve ser preservada, devendo, 
por isso, ser estabelecidos limites à mídia jornalística. Com relação ao projeto de lei ordinária idealizado pelo 
deputado federal W, de acordo com a ordem jurídico-constitucional brasileira, assinale a afirmativa correta. 
 
a) É constitucional, pois a preservação da intimidade e da privacidade não pode estar sujeita à influência das 
mídias e deve ser garantida, na máxima extensão possível, pela ordem jurídica. 
b) É inconstitucional, pois matéria referente a controle de informação somente pode ser objeto de iniciativa 
legislativa com o assentimento de dois terços dos membros de qualquer das Casas legislativas. 
c) É constitucional, pois se trata de aplicação de tratamento análogo àquele atualmente concedido às mídias 
jornalísticas que adotam o sistema de radiodifusão e de sons e imagens. 
d) É inconstitucional, pois a Constituição da República garante expressamente que a publicação de veículo 
impresso de comunicação independe de licença de autoridade. 
 
28. (XIX Exame) Você, na condição de advogado, foi procurado por um travesti que é servidor público 
federal. Na verdade, ele adota o nome social de Joana, embora, no assento de nascimento, o seu nome de 
registro seja João. Ele gostaria de ser identificado no trabalho pelo nome social e que, assim, o nome social 
constasse em coisas básicas, como o cadastro de dados, o correio eletrônico e o crachá. Sob o ponto de vista 
jurídico, em relação à orientação a ser dada ao solicitante, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A Constituição Federal até prevê a promoção do bem sem qualquer forma de discriminação, mas não 
existe nenhuma norma específica que ampare a pretensão do solicitante. 
b) Não apenas a Constituição está orientada para a ideia de promoção do bem sem discriminação, como a 
demanda pleiteada pelo solicitante encontra amparo em norma infraconstitucional. 
c) O solicitante possui esse direito, pois assim está previsto na Convenção das Nações Unidas para os 
Direitos LGBT. 
d) Ainda que compreenda a demanda do solicitante, ele não possui o direito de ser identificado pelo nome 
social no trabalho, uma vez que é um homem que se traveste de mulher. 
 
29. (XVI Exame) J.G., empresário do ramo imobiliário, surpreendeu tomar conhecimento de que seu nome 
constava de um banco de dados de caráter público como inadimplente de uma dívida no valor de R$ 
500.000,00(quinhentos mil reais). Embora reconheça a existência da dívida, entende que o não pagamento 
encontra justificativa no fato de o valor a que foi condenado em primeira instância ainda estar sob discussão 
em grau recursal. Com o objetivo de fazer com que essa informação complementar passe a constar 
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juntamente com a informação principal a respeito da existência do débito, consulta um advogado, que sugere 
a impetração de um habeas data. Sobre a resposta à consulta, assinale a afirmativa correta 
 
a) O habeas data não é o meio adequado, já que a ordem jurídica não prevê a possibilidade de sua utilização 
para complementar dados, mas apenas para garantir o direito de acessá-los ou retificá-los. 
b) Deveria ser impetrado, em vez de habeas data, mandado de segurança, ação constitucional adequada para 
os casos em que se faça necessária a proteção de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou 
habeas data. 
c) Deve ser impetrado habeas data, pois, embora o texto constitucional não contemple a hipótese específica 
do caso concreto, a lei ordinária o faz, de modo a ampliar o âmbito de incidência do habeas data como ação 
constitucional. 
d) O habeas data não deve ser impetrado, pois a lei ordinária não pode ampliar uma garantia fundamental 
prevista no texto constitucional, já que tal configuraria violação ao regime de imutabilidade que acompanha 
os direitos e as garantias fundamentais. 
 
30. (XV Exame) Pedro promoveu ação em face da União Federal e seu pedido foi julgado procedente, com 
efeitos patrimoniais vencidos e vincendos, não havendo mais recurso a ser interposto. Posteriormente, o 
Congresso Nacional aprovou lei, que foi sancionada, extinguindo o direito reconhecido a Pedro. Após a 
publicação da referida lei, a Administração Pública federal notificou Pedro para devolver os valores 
recebidos, comunicando que não mais ocorreriam os pagamentos futuros, em decorrência da norma em foco. 
Nos termos da Constituição Federal, assinale a opção correta 
 
a) A lei não pode retroagir, porque a situação versa sobre direitos indisponíveis de Pedro 
b) A lei não pode retroagir para prejudicar a coisa julgada formada em favor de Pedro. 
c) A lei pode retroagir, pois não há direito adquirido de Pedro diante de nova legislação. 
d) A lei pode retroagir, porque não há ato jurídico perfeito em favor de Pedro diante de pagamentos 
pendentes 
 
31. (VI Exame) Durante competição esportiva (campeonato estadual de futebol), o clube “A” foi punido com 
a perda de um ponto em virtude de episódios de preconceito por parte de sua torcida. Com essa decisão de 
primeira instância da justiça desportiva, o clube “B” foi declarado campeão naquele ano. O clube “A” 
apresentou recurso contra a decisão de primeira instância. Antes mesmo do julgamento desse recurso, 
distribuiu ação ordinária perante a Justiça Estadual com o objetivo de reaver o ponto que lhe fora retirado 
pela Justiça arbitral. Diante de tal situação, é correto afirmar que 
 
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a) como o direito brasileiro adotou o sistema de jurisdição una, tendo o Poder Judiciário o monopólio da 
apreciação, com força de coisa julgada, de lesão ou ameaça a direito, é cabível a apreciação judicial dessa 
matéria a qualquer tempo. 
b) as decisões da Justiça Desportiva são inquestionáveis na via judicial, uma vez que vige, no direito 
brasileiro, sistema pelo qual o Poder Judiciário somente pode decidir matérias para as quais não exista 
tribunal administrativo específico. 
c) como regra, o ordenamento vigente adota o Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição (art. 5º, XXXV, da 
CRFB); todavia, as decisões da Justiça Desportiva consubstanciam exceção a essa regra, já que são 
insindicáveis na via judicial. 
d) o Poder Judiciário pode rever decisões proferidas pela Justiça Desportiva; ainda assim, exige-se, 
anteriormente ao ajuizamento da ação cabível, o esgotamento da instância administrativa, por se tratar de 
exceção prevista na Constituição. 
 
32. (VI Exame) João, residente no Brasil há cinco anos, é acusado em outro país de ter cometido crime 
político. Nesse caso, o Brasil 
 
a) pode conceder a extradição se João for estrangeiro. 
b) pode conceder a extradição se João for brasileiro naturalizado e tiver cometido o crime antes da 
naturalização. 
c) não pode conceder a extradição, independentemente da nacionalidade de João. 
d) não pode conceder a extradição apenas se João for brasileiro nato. 
 
33. (XXXVI Exame) Um órgão público, detentor de banco de dados com informações passíveis de serem 
transmitidas a terceiros, possuía informações inexatas a respeito de João. Em razão disso, ele dirige petição 
ao referido órgão solicitando que providenciasse a devida retificação. A petição seguiu acompanhada dos 
documentos que informavam os dados corretos sobre a pessoa de João. Como o órgão público indeferiu tanto 
o pedido inicial quanto o recurso administrativo interposto, João contratou você, como advogado(a), para 
ajuizar a medida judicial cabível. Agindo em conformidade com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, 
você 
 
a) ajuizou um Habeas Data, esclarecendo que o Mandado de Segurança, por ser um remédio de caráter 
residual, não seria o instrumento adequado para aquela situação específica, em que se almejava retificar 
informações pessoais. 
b) ajuizou uma Ação Ordinária, informando a João ser esta a única solução processual passível de atingir os 
objetivos pretendidos, já que a comprovação do direito líquido e certo pressupõe a dilação probatória. 
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c) impetrou Mandado de Segurança, tendo o cuidado de observar que a impetração se desse dentro do prazo 
decadencial de 120 dias do conhecimento, por João, do improvimento do recurso. 
d) informou a João que a situação em tela é uma exceção à possibilidade de resolução no âmbito da esfera 
judicial, sendo que sua solução obrigatoriamente se esgota na esfera administrativa. 
 
34. (XXXVII Exame) Carlos, praticante de religião politeísta, é internado em hospital de orientação cristã e 
solicita assistência espiritual a ser conduzida por um líder religioso de sua crença. Os parentes de Carlos, 
mesmo cientes de que a assistência solicitada se resumiria a uma discreta conversa, estão temerosos de que a 
presença do referido líder coloque em risco a permanência de Carlos no hospital, em virtude de representar 
uma vertente religiosa não aderente à fé adotada pela instituição hospitalar. Os parentes de Carlos o 
procuram, como advogado(a), para conhecer os procedimentos adequados à situação narrada. Você os 
informou que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o hospital 
 
a) pode negar a autorização para a assistência espiritual em religião diversa daquela preconizada pela 
instituição, embora não fosse o caso de Carlos perder a vaga. 
b) não pode negar o apoio espiritual solicitado, mesmo que a assistência seja prestada em bases religiosas 
diversas daquela oficialmente preconizada pelo hospital. 
c) somente está obrigado a autorizar a assistência religiosa caso já tivesse permitido que sacerdote de outra 
religião exercesse atividades religiosasem suas instalações. 
d) tem, como instituição privada, total autonomia para estabelecer regras para situações como esta, podendo 
permitir ou negar o pedido, de acordo com seu regulamento interno. 
 
35. (XXXVII Exame) O poder constituinte derivado reformador promulgou emenda à Constituição, 
inserindo um novo direito fundamental na CRFB/88. No caso, trata-se de norma de eficácia limitada, 
necessitando, portanto, de lei regulamentadora a ser produzida pelo Congresso Nacional. Em razão da total 
inércia do Poder Legislativo, tendo decorrido quatro anos desde a referida emenda, uma associação de classe 
legalmente constituída e em funcionamento há mais de 10 anos, cujo estatuto prevê a possibilidade de atuar 
judicial e extrajudicialmente no interesse de seus associados, que não estariam sendo contemplados em razão 
da referida inércia, procura você, como advogado(a). Com base no sistema jurídico-constitucional brasileiro, 
você, como advogado(a), informa, corretamente, que a fruição dos direitos pelos associados 
 
a) somente poderá ser alcançada com a impetração de Mandado de Injunção por iniciativa individual de cada 
um dos associados, em seus próprios nomes, junto ao Supremo Tribunal Federal. 
b) poderá ser alcançada com a impetração de Mandado de Injunção Coletivo pela referida Associação, em 
seu próprio nome, junto ao Supremo Tribunal Federal. 
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c) somente será alcançada após o Congresso Nacional produzir a lei regulamentadora referente à norma 
constitucional de eficácia limitada. 
d) será possível com o ajuizamento de uma Ação Civil Pública, que tenha como pedido a exigência de que o 
Congresso Nacional produza, imediatamente, a lei regulamentadora. 
 
36. (XXXVIII Exame) Preocupado com a qualidade da educação básica ofertada pela rede de ensino 
municipal do Município Teta, o prefeito da cidade pretende apresentar projeto de lei à Câmara Municipal, no 
qual uma série de melhorias está prevista. No entanto, ciente da ausência de recursos orçamentários e 
financeiros para efetivar o que está previsto no projeto, o Prefeito levantou a hipótese de criar uma taxa de 
serviço, que seria paga por aqueles que viessem a se utilizar dos serviços municipais de educação básica 
(ensinos fundamental e médio) em seus estabelecimentos oficiais. Antes de enviar o projeto de lei, o Prefeito 
consultou sua assessoria sobre a conformidade constitucional do projeto, sendo-lhe corretamente informado 
que a cobrança da referida taxa 
 
a) caracterizaria efetiva violação à ordem constitucional, posto ser o acesso gratuito à educação básica um 
direito subjetivo de todos. 
b) poderia ser exigida, contanto que o valor cobrado como contraprestação pelo serviço de educação não 
afrontasse o princípio da proporcionalidade. 
c) apenas poderia ser exigida daqueles que não conseguissem comprovar, nos termos legalmente 
estabelecidos, a hipossuficiência econômica. 
d) poderia ser exigida dos estudantes do ensino médio, mas não dos estudantes do ensino fundamental, aos 
quais a ordem constitucional assegura a gratuidade. 
 
37. (XXXVIII Exame) A Lei nº YYY do Município Alfa revogou o adicional por tempo de serviços (ATS), 
abolindo-o por inteiro com efeitos retroativos absolutos. Além disso, estabeleceu as regras para que os 
servidores não só deixassem de receber o referido adicional, como também para que devolvessem todas as 
quantias por eles recebidas a título de ATS. A medida foi justificada sob o argumento de que haveria 
significativa economia das despesas públicas e, por isso, seria possível o aumento nos investimentos em 
saúde e em educação. Os servidores, por sua vez, alegaram clara violação ao direito adquirido e ao ato 
jurídico perfeito em relação à determinação de devolução dos valores já recebidos. Sobre a questão em 
discussão, segundo o sistema jurídico-constitucional, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A Lei nº YYY apresenta indiscutível interesse público, portanto, a retroatividade absoluta é válida, 
encontrando-se de acordo com o que determina o sistema jurídico-constitucional. 
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b) A garantia ao direito adquirido não se aplica às normas municipais, que podem, por razões econômicas, 
produzir efeitos retroativos. 
c) A retroatividade absoluta da Lei nº YYY fere o texto constitucional, pois afeta situações já constituídas e 
exauridas em momento pretérito. 
d) O direito adquirido, por determinação constitucional expressa, pode ser desconsiderado nas situações em 
que o seu reconhecimento inviabilize políticas públicas nas áreas de educação e saúde. 
 
38. (LX Exame) Em uma cidade situada no município Gama, José Silva sofreu grave acidente ao ser 
atropelado por um caminhão. Com lesões pelo corpo, ele foi conduzido ao hospital municipal 
situado na cidade e, ao passar pelo setor de identificação, alegou não possuir consigo qualquer 
documento. Na dúvida sobre se José poderia ter acesso aos serviços de saúde do SUS (Sistema 
Único de Saúde), a direção do hospital consultou a Procuradoria do Município. Sobre o caso 
apresentado, em consonância com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, assinale a afirmativa 
que apresenta a resposta correta. 
 
A) Para fazer jus aos serviços de saúde ofertados pelo SUS, José deve comprovar a condição de 
contribuinte do sistema previdenciário brasileiro. 
B) Para fazer jus aos serviços de saúde ofertados pelo SUS, José deve comprovar, formalmente, a 
condição de trabalhador. 
C) Os serviços de saúde ofertados pelo SUS somente são disponibilizados para os brasileiros natos 
ou naturalizados. 
D) O atendimento pelo SUS deve ser realizado, independentemente de José possuir nacionalidade 
brasileira, ser trabalhador ou contribuir com a Previdência Social. 
 
GABARITO 
 
1.C 2.B 3.B 4.C 5.C 6.B 7.B 8.B 9.D 10.B 11.A 12.A 13.D 
14.D 15.C 16.B 17.C 18.A 19.A 20.B 21.A 22.D 23.A 24.D 25.D 26.D 
27.D 28.B 29.C 30.B 31.D 32.C 33.A 34.B 35.B 36.A 37.C 38.D 
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AULA 4 
 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS (continuação) 
 
MANDADO DE INJUNÇÃO 
 
É cabível quando estamos diante de uma norma de eficácia limitada, que não foi regulamentada e que essa 
falta de regulamentação inviabiliza o exercício de liberdades constitucionais e direitos inerentes à 
nacionalidade, soberania e cidadania. 
 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania; 
 
Cuidado com a Lei 13.300/16. Ela regulamenta o mandado de injunção. 
 
A LEITURA DESSA LEI É ESSENCIAL! ESTOU AVISANDO. DEPOIS, NÃO DIGA QUE EU NÃO 
AVISEI... Só para você entender como ajuda a entender: 
 
Art. 8º Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a 
injunção para: 
 
I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição 
da norma regulamentadora; 
 
II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos 
direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for 
o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação 
própria visando aexercê-los, caso não seja suprida a mora 
legislativa no prazo determinado. 
 
Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o 
inciso I do caput quando comprovado que o impetrado deixou de 
atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo estabelecido para 
a edição da norma. 
 
Existem duas espécies de mandado de injunção: 
 
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a) INDIVIDUAL: proposto por qualquer pessoa física ou jurídica, em nome próprio, defendendo interesse 
próprio, isto é, pedindo que o Poder Judiciário torna viável o exercício de um direito, liberdade ou 
prerrogativa seu e que está impossibilitado pela falta de norma regulamentadora. 
 
b) COLETIVO: proposto por legitimados restritos previstos na Lei, em nome próprio, mas defendendo 
interesses alheios. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de injunção coletivo 
são os pertencentes, indistintamente, a uma coletividade indeterminada de pessoas ou determinada por grupo, 
classe ou categoria (art. 12, parágrafo único, da LMI). O mandado de injunção coletivo não foi previsto 
expressamente pelo texto da CF/88, mas mesmo assim sempre foi admitido pelo STF e atualmente encontra-
se disciplinado pela Lei nº 13.300/2016. 
 
MANDADO DE INJUNÇÃO ADI POR OMISSÃO 
Natureza e finalidade 
A finalidade é viabilizar o exercício de um 
direito, afinal, trata-se de processo no qual é 
discutido um direito subjetivo. Há, portanto, 
controle concreto de constitucionalidade. 
Natureza e finalidade. 
A finalidade é declarar que há uma omissão, 
já que não existe determinada medida 
necessária para tornar efetiva uma norma 
constitucional. 
Estamos diante, portanto, de processo 
objetivo, ou seja, controle abstrato de 
constitucionalidade. 
Cabimento 
Cabível quando faltar norma regulamentadora 
de direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania. 
 
Cabimento 
Cabível quando faltar norma regulamentadora 
relacionada com qualquer norma 
constitucional de eficácia limitada. 
Legitimados ativos 
MI individual: pessoas naturais ou jurídicas 
que se afirmam titulares dos direitos, das 
liberdades ou das prerrogativas. 
MI coletivo: estão previstos no art. 12 da Lei 
nº 13.300/2016. 
Legitimados ativos 
Os legitimados da ADI por omissão estão 
descritos no art. 103 da CF 
Competência 
A competência para julgar a ação dependerá 
da autoridade que figura no polo passivo e que 
Competência 
Se relacionada com norma da CF: STF. 
Se relacionada com norma da CE: TJ. 
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possui atribuição para editar a norma. 
 
Efeitos da decisão 
Reconhecido o estado de mora legislativa, 
será deferida a injunção para: 
I - determinar prazo razoável para que o 
impetrado promova a edição da norma 
regulamentadora; 
II - estabelecer as condições em que se dará o 
exercício dos direitos, das liberdades ou das 
prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as 
condições em que poderá o interessado 
promover ação própria visando a exercê-los, 
caso não seja suprida a mora legislativa no 
prazo determinado. 
Obs: será dispensada a determinação a que se 
refere o inciso I quando comprovado que o 
impetrado deixou de atender, em mandado de 
injunção anterior, ao prazo estabelecido para a 
edição da norma. 
Efeitos da decisão 
Declarada a inconstitucionalidade por 
omissão, o Judiciário dará ciência ao Poder 
competente para que este adote as 
providências necessárias. 
Se for órgão administrativo, este terá um 
prazo de 30 dias para adotar a medida 
necessária. 
Se for o Poder Legislativo, não há prazo. 
 
Preste muito atenção na legitimação para o mandado de injunção coletiva. 
 
Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido: 
 
I - pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for 
especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime 
democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis; 
 
II - por partido político com representação no Congresso Nacional, 
para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas 
de seus integrantes ou relacionados com a finalidade partidária; 
 
III - por organização sindical, entidade de classe ou associação 
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, 
para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas 
em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na 
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forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, 
dispensada, para tanto, autorização especial; 
 
IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for 
especialmente relevante para a promoção dos direitos humanos e a 
defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na 
forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal . 
 
Parágrafo único. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas 
protegidos por mandado de injunção coletivo são os pertencentes, 
indistintamente, a uma coletividade indeterminada de pessoas ou 
determinada por grupo, classe ou categoria. 
 
Legitimado Pode ingressar com ação 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
quando a tutela requerida for especialmente relevante 
para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático 
ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis. 
PARTIDO POLÍTICO 
(com representação no Congresso 
Nacional) 
para assegurar o exercício de direitos, liberdades e 
prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a 
finalidade partidária. 
ORGANIZAÇÃO SINDICAL, 
ENTIDADE DE CLASSE OU 
ASSOCIAÇÃO 
(legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos 1 
ano) 
para assegurar o exercício de direitos, liberdades e 
prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus 
membros ou associados, na forma de seus estatutos e 
desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, 
para tanto, autorização especial. 
DEFENSORIA PÚBLICA 
quando a tutela requerida for especialmente relevante 
para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos 
direitos individuais e coletivos dos necessitados, na 
forma do inciso LXXIV do art. 5º da CF. 
 
AÇÃO POPULAR 
 
Ela protege o patrimônio público, o meio ambiente e a moralidade administrativa. Ela é um mecanismo de 
exercício da democracia direta (juntamente com a iniciativa popular, o plebiscito e o referendo). A petição é 
normal, seguindo os requisitos do art. 319 do CPC. 
 
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5lxxiv
 
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LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular 
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de 
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, 
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência; 
 
Ela só pode ser propostapor cidadão (aquele que tem título de eleitor e está no exercício de seus direitos 
políticos). As regras de competência para o processamento e julgamento da Ação Popular estão na Lei 
4.717/65. Você já leu? 
 
A ação popular é uma ação isenta de custas, exceto comprovada má-fé. Lembre-se que não há presunção de 
má-fé. Logo, só existirá má-fé se o juiz, na sentença, reconhecer que o autor popular agiu de má-fé. 
 
Ministério Público pode ingressar com ação popular? Não, mas se o cidadão que entrou não der andamento, 
o MP ou outro cidadão devem assumir o pólo ativo da demanda, uma vez que o patrimônio público é 
indisponível. 
 
(X Exame – 2013) Em relação aos remédios constitucionais, assinale a afirmativa correta.: 
 
a) O habeas data pode ser impetrado ainda que não haja negativa administrativa em relação ao acesso a 
informações pessoais. 
 
Súmula 2, STJ: "Não cabe o habeas data (CF, Art. 5º, LXXII, letra a) se não houve recusa de informações 
por parte da autoridade administrativa". 
 
b) A ação popular pode ser impetrada por pessoa jurídica. 
 
Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente 
e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do 
ônus da sucumbência. 
 
c) O particular pode figurar no polo passivo da ação de habeas corpus. 
 
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O exemplo mais citado pela doutrina de possibilidade de impetração de habeas corpus contra particular é o 
do diretor de hospital ou do médico que, agindo de má-fé, não dá alta ao paciente, sob o pretexto de 
prejudicar o tratamento ou atendendo pedido de terceiro (geralmente um familiar interessado na privação da 
liberdade do paciente). 
 
d) O mandado de segurança somente pode ser impetrado quando as questões jurídicas forem incontroversas. 
 
Não é o questionamento jurídico (lei) que deve ser líquido e certo, mas sim o fato, sobre o qual a norma 
incide. Súmula 625, STF: "Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de 
segurança." 
 
INSTRUMENTOS DA DEMOCRACIA DIRETA 
 
1) AÇÃO POPULAR prevista no inciso LXXIII do artigo 5º da CF. É regulamentada pela Lei 4.717/65. 
Não fique com preguiça. Leia a lei. Prometa que não vai demorar nem 5 minutos. Ela é muito pequena. 
 
2) INICIATIVA POPULAR DE LEIS 
 
Assinatura de um por cento do eleitorado nacional, dividido em pelo menos 5 Estados, com no mínimo 3 
décimos por cento em cada um deles. 
 
Art. 61, § 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela 
apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei 
subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, 
distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de 
três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 
 
Em se tratando de lei estadual ou municipal de iniciativa popular, vale transcrever: 
 
Artigo 27, § 4º: A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. 
 
Artigo 29, inciso XIII: iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade 
ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; 
 
3) PLEBISCITO e REFERENDO 
 
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São formas de consulta popular e que vinculam a atuação do Estado. A diferença se dá quanto ao momento. 
O plebiscito ocorre de forma prévia à atuação governamental, ao passo que o referendo dá-se de forma 
posterior. Ex: estatuto do desarmamento foi objeto de referendo. 
 
PODER LEGISLATIVO 
 
O Poder Legislativo federal é bicameral (Câmara dos Deputados e Senado Federal). A Câmara dos 
Deputados é formada por 513 deputados federais, representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional, 
ou seja, o mandato pertence ao partido, e não ao titular. O número de deputados federais é variável conforme 
a população, sendo fixado por lei complementar, nos termos do artigo 45, § 1º da CF, sendo que o número 
mínimo é 8 e o número máximo é 70. Se houvesse Território federal, cada um elegeria quatro deputados 
federais (art. 45, § 2º). 
 
Já o Senado Federal é integrado por 81 Senadores, sendo 3 de cada Estado e 3 do Distrito Federal. Como eles 
são representantes dos entes federativos, não há que se falar em número variável por Estado. Além disso, se 
houvesse Território Federal, este ente não elegeria senador, já que apenas os Estados e o Distrito Federal o 
fazem, nos termos do artigo 46 da CF. Trata-se do único mandato eletivo no País cuja duração é de 2 
legislaturas, ou seja, 8 anos. 
 
O Poder Legislativo estadual (Assembleia Legislativa) e o municipal (Câmara Municipal) são unicamerais. 
O distrital também é unicameral (Câmara Legislativa). 
 
As funções típicas do Legislativo são legislar e fiscalizar. Essa função de fiscalizar o Executivo (arts. 70 a 
75) é exercida pelo Legislativo com o auxílio dos Tribunais de Contas, nos termos do artigo 71 da CF. Há 
Tribunal de Contas da União, Tribunais de Contas dos Estados e Tribunais de Constas do DF. 
 
Hoje, existem 33 Tribunais de Contas no país, divididos em três níveis: da União (TCU), dos Estados (nas 26 
capitais e no Distrito Federal), dos Municípios do Estado (Bahia, Goiás e Pará) e Tribunais de Contas do 
Município (São Paulo, criado em 20 de novembro de 1968, e Rio de Janeiro, criado em 03 de novembro de 
1980). Os Tribunais de Contas dos Municípios, existentes nos Estados da Bahia, do Pará e em Goiás, 
também foram criados antes da CF/88. Cuidado com esse detalhe: desde a promulgação da CF, não pode 
haver criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de contas municipais, nos termos do artigo 31, § 4º da CF. 
 
Veja os §§ do artigo 31: 
 
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§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de 
Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos 
Municípios, onde houver. 
 
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve 
anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da 
Câmara Municipal. 
 
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de 
qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a 
legitimidade, nos termos da lei. 
 
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. 
 
Ultimamente, a FGV tem cobrado muito sobre Tribunal de Contas. Logo, precisamos nos dedicar ao disposto 
nos artigos 70 a 75 da CF. 
 
Legislatura é o período de 4 anos, que abrange 4 sessões legislativas (período de 1 ano). 
 
Art. 57, § 3º - hipóteses de sessão conjunta - MEMORIZAR 
 
§ 3º - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara 
dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta 
para: 
 
I - inaugurar a sessão legislativa; 
II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços 
comuns às duas Casas; 
III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da 
República;IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. 
 
Tanto na sessão conjunta quanto na sessão unicameral, a reunião dos deputados e senadores ocorre em um 
mesmo instante. A diferença é que na sessão conjunta a votação é simultaneamente feita por casa e os votos 
são computados separadamente (maioria absoluta da Câmara = 257 deputados, e maioria absoluta do Senado 
= 41 senadores - Ex: art. 66, 4º, CF), e na sessão unicameral a votação é conjunta, ou seja, os votos de 
senadores e deputados são contados de forma igual, a atuação é como uma só casa (513 deputados + 81 
senadores = 594 parlamentares, sendo a maioria absoluta 298 congressistas - Ex: art. 3º, ADCT). 
 
Assinale a opção correta acerca da organização do Congresso Nacional: 
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a) Na constituição das mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e na montagem das comissões 
permanentes e temporárias, há de se assegurar, obrigatoriamente, a representação proporcional, de modo que 
nenhum partido ou bloco parlamentar deixe de ser contemplado. 
 
Não há obrigatoriedade. Cuidado! 
 
Art. 58, 1º - Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é 
assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos 
partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva 
Casa 
 
b) O deputado ou senador licenciado para exercer o cargo de ministro de Estado, governador ou secretário 
estadual, ou que estiver licenciado para tratar de interesse particular, poderá optar pela remuneração do 
mandato, desde que, neste último caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias. 
 
Seria o fim dos tempos... Imagine se eles tivessem licença remunerada para tratar de interesse particular! 
Claro que não... 
 
Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: 
 
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para 
tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste 
caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão 
legislativa. 
 
A opção pelo mandato ocorre apenas quando o deputado ou senador for investido em um dos cargos 
referidos no inciso I do artigo 56: 
 
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de 
Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de 
Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática 
temporária; 
 
c) A convocação extraordinária do Congresso Nacional pode ser feita pelos presidentes da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal e pelo presidente da República, nos casos taxativamente previstos na CF. Os 
membros de ambas as casas não têm competência para propor esse tipo de convocação. 
 
Art. 57 - 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-
se-á: 
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I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de 
estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização 
para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse 
do Presidente e do Vice-Presidente- Presidente da República; 
 
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos 
membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público 
relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da 
maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso 
Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) 
 
d) Além de outros casos previstos na CF, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão, em 
sessão conjunta, para a apreciação de veto presidencial a projeto de lei e sobre ele deliberar. 
 
Cuidado com o § 4º do artigo 57. Sua interpretação pode exigir que você se lembre que, no Legislativo, cada 
legislatura é um período independente. Acabou a legislatura, zerou tudo. Esse é o motivo pelo qual o Sarney 
pôde se reeleger como Presidente do Senado, tendo ficado no período de 2009 a 2010 e de 2011 a 2012. 
 
§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a 
partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a 
posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato 
de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição 
imediatamente subseqüente. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 50, de 2006) 
 
IMUNIDADES PARLAMENTARES (art. 53) 
 
São prerrogativas públicas dadas aos parlamentares para que exerçam a função com liberdade. Se tem a ver 
com a função, não é do homem, mas do parlamentar. Logo, a imunidade começa com a diplomação (ato do 
TSE que valida a candidatura e autoriza a posse) e vai até o término do mandato. Essas imunidades podem 
ser de duas espécies: 
 
a) materiais – refere-se a palavras, opiniões e votos proferidas no curso do mandato. Eles têm 
inviolabilidade civil e penal. Se o parlamentar acordar com raiva e xingar a vizinha, ele responde. A 
inviolabilidade é quanto ao exercício do mandato, não importando se dentro ou fora da Casa Legislativa que 
integra. Ela tem previsão no caput do artigo 53: 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc50.htm#art1
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Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e 
penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) 
 
O caput do artigo 53 da CF dá essa imunidade aos Deputados Federais e Senadores, que são os 
Parlamentares da União. Os Parlamentares do Estado também tem essa imunidade? Claro que sim, afinal, no 
27, § 1º, a CF determina que sejam estendidos aos Deputados Estaduais as regras nela contidas sobre 
imunidades. E o vereadores? Eles têm essa imunidade (só essa, inclusive), mas ela é adstrita à circunscrição 
do Município, nos termos do art. 29, inciso VIII da CF. Vejamos: 
 
Art. 27, § 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, 
aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema 
eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de 
mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. 
 
Art 29, VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, 
palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do 
Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda Constitucional nº 
1, de 1992) 
 
b) formais – As imunidades formais são todas as previstas nos §§ do artigo 53, relacionadas ao foro por 
prerrogativa de função, às regras sobre prisão, julgamento e etc. 
 
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão 
submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) 
 
Em razão da amplitude que pode ser extraída do texto literal da Constituição, sempre se considerou que todo 
e qualquer processo criminal a que respondesse o parlamentar deveria ser levado ao Supremo Tribunal 
Federal a partir da diplomação, ou seja, passavam à jurisdição do tribunal eventuais processos por crimes 
cometidos antes da diplomação e nela se iniciava qualquer processopor crime cometido após a diplomação e 
até o fim do mandato parlamentar. O STF, no entanto, por meio de questão de ordem na Ação Penal 937, 
decidiu que: 
 
1) a prerrogativa de foro se limita aos crimes cometidos no exercício do cargo e em razão dele; 
 
2) a jurisdição do STF se perpetua caso tenha havido o encerramento da instrução processual, ou seja, 
a intimação das partes para apresentação das derradeiras alegações – antes da extinção do mandato. 
 
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A aplicação literal do dispositivo constitucional vinha gerando certos problemas em virtude da mudança de 
circunstâncias envolvendo o agente processado. Eram frequentes as modificações de foro porque alguém 
respondia criminalmente em primeira ou em segunda instância, mas, diplomado, passou a desfrutar da 
prerrogativa de ser julgado pelo STF. Da mesma forma, não eram raras as remessas de processos a instâncias 
inferiores porque o agente, por algum motivo, perdeu a prerrogativa. 
 
Para evitar essas modificações de foro – que não necessariamente decorrem de má-fé –, o STF decidiu que o 
foro por prerrogativa fica limitado aos crimes cometidos no exercício do mandato e em razão dele. Dessa 
forma, alguém que tenha cometido um crime originariamente de competência da primeira instância deve ser 
julgado naquele mesmo foro ainda que diplomado parlamentar federal, evitando que a diplomação provoque 
a remessa do processo ao STF e que, uma vez extinto o mandato, haja nova remessa à instância inferior. 
 
Além disso, mesmo um crime cometido no exercício do mandato, mas que não tenha relação com ele, deve 
ser julgado pela primeira instância. É o caso de um deputado que mata outro nas dependências da Câmara, 
por exemplo. 
 
No caso julgado pelo STF (AP 937), o agente é acusado de ter cometido crime relativo à compra de votos 
durante campanha para as eleições municipais de 2008. Com sua eleição para o cargo de prefeito, o processo 
foi remetido ao Tribunal Regional Eleitoral. Findo o mandato, houve a remessa para a primeira instância da 
Justiça Eleitoral. Ocorre que, em 2015, o agente tomou posse no cargo de Deputado Federal porque era um 
dos suplentes de seu partido, o que levou o processo ao STF. Em 2016, afastou-se do cargo de deputado e o 
reassumiu antes de finalmente renunciar ao mandato parlamentar para assumir o cargo de prefeito, para o 
qual havia sido eleito nas últimas eleições municipais. 
 
Esse caso ilustra bem o problema causado pela aplicação irrestrita da prerrogativa de foro. A ação penal 
tramita há anos e, devido a várias mudanças de cargos do acusado, sofreu diversas remessas entre foros e não 
pôde ser concluída, elevando o risco de prescrição. 
 
Em seu voto, o Ministro Barroso sustentou que o sistema do foro por prerrogativa até então adotado, que 
admitia toda e qualquer infração penal cometida pelo parlamentar, mesmo antes da investidura no cargo, era 
altamente disfuncional, muitas vezes impedindo a efetividade da justiça criminal, o que acabava criando 
situações de impunidade que contrariavam princípios constitucionais como equidade, moralidade e 
probidade administrativa, abalando, portanto, valores republicanos estruturais. 
 
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O foro por prerrogativa de função é concebido para conferir a devida proteção ao exercício funcional, não 
para dificultar a persecução penal decorrente da prática de crimes pelo parlamentar. Por isso, há de se fazer 
presente o nexo de causalidade entre o exercício funcional e a conduta criminosa. 
 
Também se estabeleceu que, uma vez publicado o despacho para que as partes apresentem suas 
manifestações finais (art. 11 da Lei nº 8.038/90), a competência do STF deve ser prorrogada para que sejam 
preservadas a efetividade e a racionalidade da prestação jurisdicional. Isso evita inclusive manobras 
processuais como a ocorrida na Ação Penal 396, no curso da qual, prestes a ser julgado, o parlamentar 
renunciou ao mandato para deslocar o processo para a primeira instância. Naquele caso específico, o pleno 
do Supremo decidiu pela ineficácia da renúncia diante – nas palavras da ministra Carmen Lúcia – de uma 
“fraude processual inaceitável”. Estabelecida a perpetuatio jurisdictionis, evitam-se de uma vez por todas 
manobras da mesma natureza. 
 
Há de se atentar, de resto, para o fato de que o Congresso Nacional vem deliberando sobre a aprovação de 
emenda para modificar as disposições constitucionais a respeito do foro por prerrogativa de função. O 
Senado Federal inclusive já aprovou a PEC 10/2013, que restringe a garantia aos chefes dos Poderes e ao 
Vice-Presidente da República. 
 
O principal argumento para a propositura da emenda foi a igualdade de todos perante a lei. Para os senadores 
que endossaram a proposta, não é razoável que, com a justificativa de proteger o desempenho da função, o 
ordenamento jurídico estabeleça prerrogativa de foro para quem agiu justamente contra a dignidade da 
função e abusando dela. 
 
Associaram-se a isso aqueles problemas tratados pelo Supremo Tribunal Federal na questão de ordem na AP 
937. As infindáveis ações penais que tramitam em instâncias superiores, muitas vezes impedindo que autores 
de graves infrações penais sejam punidos, acabaram por sobrepor, perante a sociedade, o conceito de 
proteção da pessoa àquele de proteção do cargo. 
 
A proposta de emenda se lastreia ainda no fato de que a ocupação de cargos superiores por determinados 
indivíduos não torna as instâncias ordinárias menos qualificadas para julgá-los. Também não há risco de que 
prosperem acusações criminais infundadas, que podem ser combatidas – como de fato têm sido mesmo 
quando atingem aqueles que não desfrutam da prerrogativa – pelo habeas corpus. E não se descartam as 
prerrogativas nas quais a emenda não toca, relativas às garantias para o pleno exercício do cargo. 
 
 
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EM SÍNTESE: 
 
O crime do parlamentar pode acontecer antes, durante ou depois do exercício da função parlamentar. Cada 
uma dessas situações conta com uma disciplina jurídica própria. Vejamos: 
 
A) crime cometido antes da diplomação do parlamentar: se havia processo em andamento, ele continuará a 
tramitar perante o Juízo de origem. Note-se que quando o agente é diplomado (ou quando assume funções de 
parlamentar, depois do início da legislatura), não mais se altera o órgão jurisdicional competente. Não há 
modificação da competência. 
 
B) crime cometido após a diplomação, bem como durante o exercício das funções: para esses delitos vale o 
foro especial por prerrogativa de função, desde que o crime tenha relação com o exercício do mandato. Se 
um deputado mata sua esposa, por exemplo, o que justificaria ser processado e julgado no STF? Nada. Mas 
se o crime cometido após a diplomação tiver relação com o mandato, o foro competente é o STF. 
 
C) crime cometido após o exercício das funções: não conta com foro especial (Súmula 451 do STF). O ex-
parlamentar é processado normalmente em primeira instância. 
 
CUIDADO! Vereador não tem imunidade formal. Ele só tem imunidade material, e só por palavras, opiniões 
e votos proferidas no Município. 
 
§ 2º Desde a expediçãodo diploma, os membros do Congresso Nacional 
não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. 
Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas 
à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, 
resolva sobre a prisão. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
35, de 2001) 
 
O parlamentar não pode ser preso, exceto em caso de flagrante de crime inafiançável. Se ele for preso, a Casa 
a que ele está vinculado deve ser comunicada no prazo de 24 horas para que delibere sobre a prisão. Eles não 
vão decidir nada além da prisão. Se mandarem soltar, vai soltar? Claro que sim! Pense comigo: eles foram 
comunicados para decidir exatamente o que? A prisão. Mesmo se mandarem soltar, as investigações podem 
ser feitas normalmente. A decisão da Casa é única e exclusivamente sobre a prisão, não alcançando nada do 
Inquérito. 
 
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime 
ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência 
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à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela 
representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a 
decisão final, sustar o andamento da ação. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 35, de 2001) 
 
O PGR oferta a denúncia, o STF se manifesta sobre recebimento da denúncia. Repare que, por ser o réu um 
parlamentar, oferecida a denúncia, o Ministro do STF poderá recebê-la sem a prévia licença da Casa 
Parlamentar. Assim, poderão ser instaurados inquéritos policiais e processos de natureza civil, disciplinar ou 
administrativa, além do oferecimento da denúncia criminal. 
 
Se o STF receber a denúncia (o que ocorrerá exclusivamente se se tratar de crime ocorrido após a 
diplomação e em função do mandato), dará ciência à Casa respectiva - a razão é para que a Casa respectiva 
se manifeste sobre o sobrestamento da ação penal que é feito mediante votação por maioria absoluta. Com o 
sobrestamento, suspende-se o prazo prescricional, nos termos do § 5º do artigo 53. 
 
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no 
prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela 
Mesa Diretora. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 
2001) 
 
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o 
mandato. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) 
 
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar 
sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do 
mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam 
informações. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 
2001) 
 
§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, 
embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia 
licença da Casa respectiva. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 35, de 2001) 
 
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o 
estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois 
terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados 
fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a 
execução da medida. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 35, de 
2001) 
 
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No que se refere às prerrogativas conferidas aos parlamentares federais, assinale a opção correta. 
 
a) Os delitos de opinião praticados por congressistas, no exercício formal de suas funções, somente poderão 
ser submetidos ao Poder Judiciário após o término do mandato do parlamentar. 
 
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e 
penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. 
 
b) Recebida a denúncia contra senador ou deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o STF dará 
ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa do parlamentar réu ou do partido político a que é filiado, pode 
sustar o andamento da ação. 
 
Art. 53, § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por 
crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará 
ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político 
nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, 
até a decisão final, sustar o andamento da ação. 
 
c) A imunidade parlamentar formal não obsta, observado o devido processo legal, a execução de pena 
privativa de liberdade decorrente de decisão judicial transitada em julgado. 
 
d) As imunidades de deputados e senadores não subsistirão durante o estado de sítio dada a gravidade da 
situação de crise e da excepcionalidade da medida. 
 
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o 
estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois 
terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados 
fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a 
execução da medida. 
 
Gabarito “c” 
 
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FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO 
 
Deputado federal e senador – STF 
Deputado estadual – TJ 
Vereador – não tem regra especial alguma. 
 
Os Chefes do Poder Executivo também têm foro por prerrogativa de função. Veja: 
 
Presidente (STF – crime comum) – artigo 102, I, “b” da CF 
Governador (STJ – crime comum) – artigo 105, I, “a” da CF 
Prefeito (TJ – crime comum) – artigo 29, X da CF. 
 
(XIX Exame de Ordem) Após ampla investigação, os órgãos competentes concluíram que o deputado federal 
X praticara um crime de homicídio, figurando como vítima o também deputado federal Y, seu desafeto 
político. Esse fato, ocorrido dentro das dependências da respectiva Casa Legislativa, despertou intenso 
debate a respeito de qual seria o órgão competente para julgá-lo. À luz da sistemática constitucional, é 
correto afirmar que X deve ser julgado 
 
a) pelo Supremo Tribunal Federal, órgão competente para processar e julgar os Deputados Federais em 
qualquer infração penal comum. 
b) pelo Tribunal do Júri, órgão competente para julgar qualquer pessoa pela prática de crime doloso contra a 
vida. 
c) pelo Superior Tribunal de Justiça, órgão competente para processar e julgar os Deputados Federais no caso 
de crime doloso contra a vida. 
d) pela Câmara dos Deputados, órgão competente para julgar os Deputados Federais por crimes de 
responsabilidade, considerados como tais aqueles que tenham relação com o exercício do mandato. 
 
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Gabarito “a”. CUIDADO! Com o novo entendimento, exposto pelo STF em 03 de maio de 2018, a resposta 
correta não seria a letra “a”, mas a letra “b”. 
 
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO 
 
Art. 58, § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão 
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de 
outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas 
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjuntoou 
separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, 
para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas 
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para 
que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
 
Tem por objetivo a apuração de um fato determinado por um prazo certo. A CPI pode: 
 
a) determinar a quebra de sigilo bancário, fiscal e dos dados telefônicos (a CPI pode ter acesso às contas – 
para quem ligou, duração da chamada). 
 
CPI não pode determinar interceptação telefônica, uma vez que ela só pode ser determinada por ordem 
judicial e só para fins de investigação criminal. 
 
b) convocar pessoas e autoridades para prestarem esclarecimentos (art. 50) 
 
Art. 58, § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, 
cabe: 
 
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre 
assuntos inerentes a suas atribuições; 
 
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; 
 
Se a autoridade convocada não comparecer de forma injustificada e for autoridade diretamente ligada ao 
Executivo (Ex: Ministro de Estado), cometerá crime de responsabilidade. 
 
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de 
suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer 
titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da 
República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto 
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previamente determinado, importando crime de responsabilidade a 
ausência sem justificação adequada. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 2, de 1994) 
 
§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à 
Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, por sua 
iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para 
expor assunto de relevância de seu Ministério. 
 
§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão 
encaminhar pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou 
a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando 
em crime de responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no 
prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 2, de 1994) 
 
c) determinar a produção de provas necessárias à apuração deste fato determinado. 
 
VEDAÇÕES: 
 
Há 3 vedações expressas no texto constitucional. Trata-se de matérias que não podem ser objeto de decisão 
pela CPI, porque são restritas a alguém dotado de jurisdição, ou seja, aos membros do Poder Judiciário. 
Essas matérias que dependem de ordem judicial são chamadas de cláusulas de reserva de jurisdição. 
 
a) quebra de sigilo das comunicações telefônicas. Só para fins de investigação criminal e só por ordem 
judicial. Lembre-se do inciso XII do artigo 5º 
 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações 
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no 
último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei 
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução 
processual penal; 
 
b) busca domiciliar. Só por ordem judicial 
 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo 
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante 
delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por 
determinação judicial; 
 
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c) prisão, exceto prisão em flagrante (que pode ser promovida por qualquer pessoa). 
 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem 
escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo 
nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, 
definidos em lei; 
 
A CPI tem poderes típicos das autoridades judiciais. Isso não significa que ela pode tudo que o juiz pode. 
Leia novamente: poderes de INVESTIGAÇÃO. Isso significa que ela pode determinar a realização de um 
exame grafotécnico para fins de comprovar se a assinatura é ou não daquela pessoa. Se o juiz, no seu poder 
de investigação, pode, a CPI também pode. 
 
Ao fim das investigações, faz-se um relatório, o qual é encaminhado ao Ministério Público que pode, ou não, 
promover a responsabilização dos infratores. A CPI é uma Comissão, aplicando-se a ela as regras das 
Comissões, incluindo o disposto no artigo 58. 
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QUESTÕES – AULA 4 
 
1. (XXIII Exame) As contas do Município Alfa referentes ao exercício financeiro de 2014, apresentadas pelo 
prefeito em 2015, receberam parecer desfavorável do Tribunal de Contas do referido Município, o qual foi 
criado antes da promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. O Presidente da 
Câmara, após o regular trâmite interno, editou resolução e aprovou as referidas contas públicas municipais, 
uma vez que as demonstrações contábeis de exercícios financeiros anteriores deveriam ter sido analisadas em 
consonância com o plano plurianual. Diante da narrativa exposta, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A competência para julgar as contas é do Tribunal de Contas do Município, órgão do Poder Judiciário, não 
podendo, em nenhuma hipótese, o Legislativo local afastá-la, sob pena de violação ao princípio da separação 
e harmonia entre os Poderes. 
b) O parecer do Tribunal de Contas do Município a respeito da rejeição das contas somente não será acatado 
pela Câmara Municipal por decisão de 2/3 (dois terços) dos membros deste órgão. 
c) Considerando que o Tribunal de Contas do Município é órgão do Poder Legislativo e o Presidente da 
Câmara é a autoridade máxima de sua estrutura, é constitucional o afastamento, pelo Chefe do Poder 
Legislativo local, do entendimento de órgão a ele subordinado. 
d) O Presidente da Câmara agiu corretamente, pois a periodicidade para análise das contas públicas do 
Município deve ser de 5 (cinco) anos, e tal disposição não foi observada pelo Tribunal de Contas do 
Município. 
 
2. (XXXIII Exame) Ao apreciar as contas anuais do chefe do Poder Executivo do Município Y, o Tribunal 
de Contas emitiu parecer técnico contrário à sua aprovação, por entender que diversos dispositivos da Lei de 
Responsabilidade Fiscal teriam sido violados. Ainda assim, em contrariedade a tal entendimento, a Câmara 
Municipal, por decisão dos seus membros, com apenas um voto vencido, julgou e aprovou tais contas. À luz 
da hipótese narrada, com fundamento no texto constitucional, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A aprovação das contas do Prefeito do Município Y se deu em conformidade com o disposto no texto 
constitucional, já que parecer prévio do Tribunal de Contas não possui caráter vinculante, deixando de 
prevalecer por voto de, ao menos, dois terços dos membros da Câmara Municipal. 
b) O parecer técnico emitido pelo Tribunal de Contas possui, excepcionalmente, caráter vinculante, de modo 
que, no caso em análise, as contas anuais apresentadas pelo Chefe do Executivo não poderiam ter sido 
aprovadas pela Câmara Municipal. 
c) O Tribunal de Contas, órgão de controle externo auxiliar do Poder Legislativo, tem competência para 
analisar,julgar e rejeitar, em caráter definitivo, as contas anuais apresentadas pelo Chefe do Executivo local; 
portanto, é desnecessária a submissão do seu parecer à Câmara Municipal. 
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d) Como corolário da autonomia financeira e orçamentária inerente aos três poderes, as contas anuais do 
Chefe do Executivo municipal não se submetem à aprovação da Câmara local, eis que tal situação implica 
em indevida ingerência do Poder Legislativo sobre o Poder Executivo. 
 
3. (XX Exame da Ordem) Jovem governador do Estado Alfa, vencedor das eleições com o slogan “A vez dos 
jovens”, propõe projeto de emenda à constituição do Estado a fim de alterar os requisitos para escolha de 
conselheiros no Tribunal de Contas do Estado. A idade mínima, que antes seguia o padrão constitucional 
federal, sendo fixada em 35 anos, passaria a ser de 30 anos. Segundo a ordem jurídico-constitucional 
brasileira, tal norma deveria ser considerada 
 
a) inconstitucional, pois o padrão estabelecido pela CRFB/88, para o caso, configura típica cláusula de 
imposição de simetria. 
b) constitucional, pois a organização dos Tribunais de Contas estaduais está exclusivamente submetida ao 
poder constituinte derivado decorrente. 
c) constitucional, pois está baseada na autonomia dos Estados-Membros, princípio basilar e inflexível que 
sustenta o Pacto Federativo. 
d) inconstitucional, pois a estrutura do Poder Judiciário somente pode ser disciplinada pela Constituição da 
República, não pela Constituição Estadual. 
 
4. (XXI Exame de Ordem) Ricardo é o diretor geral do órgão da administração direta federal responsável 
pela ordenação de despesas. Inconformado com o fato de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter apreciado 
e julgado as contas do órgão que dirige e, por fim, lhe aplicando sanções com fundamento em irregularidades 
apontadas por auditoria realizada pelo próprio TCU, procura um(a) advogado(a). Seu objetivo é saber se o 
referido Tribunal possui, ou não, tais competências. Neste sentido, o(a) advogado(a) responde que, segundo a 
ordem jurídico-constitucional vigente, as competências do TCU 
 
a) abrangem a tarefa referida, já que até mesmo as contas do Presidente da República estão sujeitas ao 
julgamento do referido Tribunal. 
b) não abarcam a tarefa de julgar tais contas, competindo ao Tribunal tão somente apreciá-las, para que, 
posteriormente, os Tribunais Federais venham a julgá-las. 
c) abrangem o julgamento das contas, devendo o TCU aplicar as sanções previstas na ordem jurídica em 
conformidade com os ilícitos que venha a identificar. 
d) não abrangem essa atividade, pois o TCU é órgão responsável pelo controle externo, não podendo, por 
força do princípio hierárquico, julgar contas de órgão da administração direta. 
 
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5. (XXIV Exame) Em observância aos princípios da transparência, publicidade e responsabilidade fiscal, o 
prefeito do Município Alfa elabora detalhado relatório contendo a prestação de contas anual, ficando tal 
documento disponível, para consulta e apreciação, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico 
responsável pela sua elaboração. Carlos, morador do Município Alfa, contribuinte em dia com suas 
obrigações civis e políticas, constata diversas irregularidades nos demonstrativos apresentados, apontando 
indícios de superfaturamento e desvios de verbas em obras públicas. Em função do exposto e com base na 
Constituição da República, você, como advogado de Carlos, deve esclarecer que 
 
a) a fiscalização das referidas informações, concernentes ao Município Alfa, conforme previsto na 
Constituição brasileira, é de responsabilidade exclusiva dos Tribunais de Contas do Estado ou do Município, 
onde houver. 
b) Carlos tem legitimidade para questionar as contas do Município Alfa, já que, todos os anos, as contas 
permanecem à disposição dos contribuintes durante sessenta dias para exame e apreciação. 
c) a impugnação das contas apresentadas pelo Chefe do Executivo local exige a adesão mínima de um terço 
dos eleitores do Município Alfa. 
d) a CRFB/88 não prevê qualquer forma de participação popular no controle das contas públicas, razão pela 
qual Carlos deve recorrer ao Ministério Público Estadual para que seja apresentada ação civil pública 
impugnando os atos lesivos ao patrimônio público praticados pelo prefeito do Município Alfa. 
 
6. (XXIX Exame) O senador João fora eleito Presidente do Senado Federal. Ao aproximar-se o fim do 
exercício integral do seu mandato bienal, começa a planejar seu futuro na referida casa legislativa. Ciente do 
prestígio que goza entre seus pares, discursa no plenário, anunciando a intenção de permanecer na função até 
o fim de seu mandato como senador, o que ocorrerá em quatro anos. Assim, para que tal desejo se 
materialize, será necessário que seja reeleito nos dois próximos pleitos (dois mandatos bienais). Sobre a 
intenção do senador, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Será possível, já que não há limites temporais para o exercício da presidência nas casas legislativas do 
Congresso Nacional. 
b) Não será possível, pois a Constituição proíbe a reeleição para esse mesmo cargo no período bienal 
imediatamente subsequente. 
c) É parcialmente possível, pois, nos moldes da reeleição ao cargo de Presidente da República, ele poderá 
concorrer à reeleição uma única vez. 
d) Não é possível, pois o exercício da referida presidência inviabiliza a possibilidade de, no futuro, vir a 
exercê-la novamente. 
 
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7. (IV Exame) Considere a hipótese de Deputado Federal que cometeu crime (comum) após a diplomação. 
Nesse caso, é correto afirmar que 
 
a) a Câmara dos Deputados pode sustar o andamento da ação penal. 
b) o STF só pode receber a denúncia após a licença da Câmara dos Deputados. 
c) o STF só pode receber a denúncia após a licença do Congresso Nacional. 
d) o Congresso Nacional pode sustar o andamento da ação penal. 
 
8. (XXXI Exame) Josué, deputado federal no regular exercício do mandato, em entrevista dada, em sua 
residência, à revista Pensamento, acusa sua adversária política Aline de envolvimento com escândalos de 
desvio de verbas públicas, o que é objeto de investigação em Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada 
poucos dias antes. Não obstante, após ser indagado sobre os motivos que nutriam as acaloradas disputas 
entre ambos, Josué emite opinião com ofensas de cunho pessoal, sem qualquer relação com o exercício do 
mandato parlamentar. Diante do caso hipotético narrado, conforme reiterada jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal sobre o tema, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Josué poderá ser responsabilizado penal e civilmente, inclusive por danos morais, pelas ofensas proferidas 
em desfavor de Aline que não guardem qualquer relação com o exercício do mandato parlamentar. 
b) Josué encontra-se protegido pela imunidade material ou inviolabilidade por suas opiniões, palavras e 
votos, o que, considerado o caráter absoluto dessa prerrogativa, impede a sua responsabilização por 
quaisquer das declarações prestadas à revista. 
c) Josué poderá ter sua imunidadematerial afastada em virtude de as declarações terem sido prestadas fora 
da respectiva casa legislativa, independentemente de estarem, ou não, relacionadas ao exercício do mandato. 
d) A imunidade material, consagrada constitucionalmente, foi declarada inconstitucional pelo Supremo 
Tribunal Federal, de modo que Josué não poderá valer-se de tal prerrogativa para se isentar de eventual 
responsabilidade pelas ofensas dirigidas a Aline. 
 
9. (OAB – 2010) Segundo a CF, aos membros do Poder Legislativo municipal: 
 
a) são asseguradas apenas as imunidades materiais, visto que lhes é garantida a inviolabilidade por suas 
opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e na circunscrição do município. 
b) é assegurada imunidade formal, não podendo eles sofrer persecução penal pela prática de delitos, sem 
prévia licença da respectiva câmara municipal. 
c) não são asseguradas imunidades formais nem materiais. 
d) são asseguradas, em observância ao princípio da simetria, as mesmas prerrogativas formais e materiais 
garantidas aos membros do Poder Legislativo federal. 
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10. (XXVIII Exame de Ordem) A Mesa da Câmara dos Deputados encaminhou ao Ministro de Estado da 
Saúde pedido escrito de informações acerca da sua participação na formulação da política pública e na 
execução das ações de saneamento básico no território nacional. Passados trinta dias do recebimento do 
documento, não há qualquer resposta por parte do ministério, sendo que o ministro da referida pasta entende 
que as questões suscitadas não demandam resposta ministerial, por não possuírem caráter técnico, mas 
apenas político. Indignado, o Presidente da Mesa da Câmara dos Deputados submete a questão à apreciação 
de sua assessoria jurídica. Sobre o caso narrado, assinale a opção que apresenta, de acordo com o sistema 
jurídico-constitucional brasileiro, a resposta correta. 
 
a) O Ministro de Estado da Saúde, em exercício no âmbito do Poder Executivo, somente está obrigado a 
responder aos pedidos oriundos do Presidente da República, a quem hierarquicamente se submete. 
b) Em razão do princípio da independência entre os poderes da República, a ausência da resposta por parte 
do Poder Executivo não poderá acarretar sanções jurídicas, embora possa gerar uma crise entre os poderes. 
c) A ausência de resposta poderá fazer com que o Ministro responsável pela pasta venha a responder por 
crime, perante o Superior Tribunal de Justiça, caso seja denunciado pelo Ministério Público. 
d) O Ministro de Estado da Saúde poderá vir a responder por crime de responsabilidade, não lhe sendo 
assegurada discricionariedade para deixar de responder ao pedido de informações formulado pela Mesa da 
Câmara dos Deputados. 
 
11. (XXXII Exame) Deputados Federais da oposição articularam-se na Câmara dos Deputados e obtiveram 
apoio de 1/3 (um terço) dos respectivos membros para instaurarem Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), 
visando a apurar supostos ilícitos praticados pelo Presidente da República. Para evitar que integrantes da 
base governista se imiscuíssem e atrapalhassem as investigações, foi deliberado que somente integrantes dos 
partidos oposicionistas comporiam a Comissão. Diante do caso hipotético narrado, com base na ordem 
constitucional vigente, assinale a afirmativa correta. 
 
a) O procedimento está viciado porque não foi atingido o quórum mínimo de maioria simples, exigido pela 
Constituição de 1988, para a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito. 
b) O procedimento encontra-se viciado porque não assegurou a representação proporcional dos partidos ou 
blocos parlamentares que participam da Casa Legislativa. 
c) O procedimento encontra-se viciado em razão da inobservância do quórum mínimo exigido, de maioria 
absoluta. 
d) O procedimento narrado não apresenta quaisquer vícios de ordem material e formal, estando de acordo 
com os preceitos da Constituição de 1988. 
 
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12. (VI Exame) Suponha que a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado tenha convocado o Ministro 
da Fazenda para prestar pessoalmente informações sobre assunto relativo à política econômica adotada pelo 
governo federal. Nesse caso, 
 
a) a convocação só poderia ser feita pelo Senado, e não por uma de suas comissões. 
b) a convocação é inconstitucional, pois a Comissão só poderia encaminhar pedido escrito de informações ao 
Ministro, mas não sua presença pessoal. 
c) a convocação é constitucional, e a ausência injustificada do Ministro importaria crime de 
responsabilidade. 
d) a convocação é constitucional, mas a ausência (mesmo que injustificada) do Ministro não importa crime 
de responsabilidade. 
 
13. (VI Exame) A imunidade formal e a imunidade material consistem em prerrogativas conferidas aos 
ocupantes de determinados cargos públicos. Em relação às referidas imunidades, é correto afirmar que 
 
a) a imunidade formal se aplica inclusive aos Vereadores. 
b) o Governador de Estado goza de imunidade formal e de imunidade material na mesma extensão que o 
Presidente da República. 
c) os Vereadores gozam de imunidade material relativa às suas opiniões, palavras e votos, nos limites 
territoriais do Município a que estejam vinculados. 
d) a imunidade relativa à proibição de prisão impede inclusive a prisão em flagrante por crime inafiançável. 
 
14. (XVII Exame) Ocorreu um grande escândalo de desvio de verbas públicas na administração pública 
federal, o que ensejou a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), requerida pelos 
deputados federais de oposição. Surpreendentemente, os oponentes da CPI conseguem que o inexperiente 
deputado M seja alçado à condição de Presidente da Comissão. Por não possuir formação jurídica e 
desconhecer o trâmite das atividades parlamentares, o referido Presidente, sem consultar os assessores 
jurídicos da Casa, toma uma série de iniciativas, expedindo ofícios e requisitando informações a diversos 
órgãos. Posteriormente, veio à tona que apenas uma de suas providências prescindiria de efetivo mandado 
judicial. Assinale a opção que indica a única providência que o deputado M poderia ter tomado, prescindindo 
de ordem judicial. 
 
a) Determinação de prisão preventiva de pessoas por condutas que, embora sem flagrância, configuram 
crime e há comprovado risco de que voltem a ser praticadas. 
b) Autorização, ao setor de inteligência da Polícia Judiciária, para que realize a interceptação das 
comunicações telefônicas (“escuta”) de prováveis envolvidos. 
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c) Quebra de sigilo fiscal dos servidores públicos que, sem aparente motivo, apresentaram público e notório 
aumento do seu padrão de consumo. 
d) Busca e apreensão de documentos nas residências de sete pessoas supostamente envolvidas no esquema de 
desvio de verba. 
 
15. (XVI Exame) Caio da Silva, Senador da República pelo Estado “Z", no decorrer do recesso parlamentar, 
viaja de férias com a família para um resort situado no Estado “X", a fim de descansar. Todavia, em meio aos 
hóspedes que ali se encontravam, deparou-se com Tício dos Santos, um ferrenho adversário político, com 
quem acabou por travar áspera discussão em tornode temas políticos já discutidos anteriormente no Senado. 
Caio da Silva, durante a discussão, atribuiu ao seu adversário a responsabilidade pela prática de fatos 
definidos como crimes, além de injuriá-lo com vários adjetivos ofensivos. Tício dos Santos, inconformado 
com as agressões públicas a ele desferidas, decidiu ajuizar queixa-crime em face de Caio da Silva. Tendo em 
vista as particularidades da narrativa acima e considerando o que dispõe a Constituição Federal, assinale a 
afirmativa correta 
 
a) Caio da Silva, por estar fora do espaço físico do Congresso Nacional, não é alcançado pela garantia da 
imunidade material, respondendo pelos crimes contra a honra que praticou. 
b) Caio da Silva, mesmo fora do espaço físico do Congresso Nacional, é alcançado pela garantia da 
imunidade material, tendo em vista que as ofensas proferidas estão relacionadas ao exercício da atividade 
parlamentar. 
c) Caio da Silva não está coberto pela garantia da imunidade material, tendo em vista que as ofensas foram 
proferidas em um momento de recesso parlamentar, o que afasta qualquer relação com a atividade de 
Senador. 
d) Caio da Silva não está coberto pela garantia da imunidade material, visto que, durante o recesso 
parlamentar, sequer estava no território do Estado que representa na condição de Senador. 
 
16. (XV Exame) O senador “X” ausentou-se das atividades do Senado Federal para tratar de assunto de 
interesse particular por cento e cinquenta dias ininterruptos e, diante desse fato, enfrenta representação para a 
perda do seu mandato, por não ter comparecido à terça parte das sessões ordinárias da Casa, que foram 
realizadas no período em que esteve ausente. Nessa hipótese, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A perda do mandato do referido senador será decidida pelo Senado Federal, por maioria absoluta, 
mediante provocação da respectiva mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, 
assegurada a ampla defesa. 
b) Não poderá o referido parlamentar perder o mandato, já que o afastamento não ultrapassou cento e oitenta 
dias dentro da mesma sessão legislativa 
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c) A perda do mandato do referido senador poderá ser declarada pela Mesa da Casa Legislativa de ofício ou 
mediante provocação de qualquer dos seus membros, ou de partido político representado no Congresso 
Nacional, assegurada a ampla defesa. 
d) Caso o referido senador venha a renunciar após submetido ao processo que vise ou possa levar à perda do 
seu mandato, haverá o arquivamento do processo pela perda do seu objeto 
 
17. (FGV – 2022 – TJDFT – Analista) Após um acordo entre as lideranças partidárias, a Comissão 
Permanente de Orçamento e Finanças da Assembleia Legislativa do Estado Alfa, com o objetivo de avaliar 
os critérios utilizados na execução orçamentária de determinado programa de trabalho, deliberou, pela 
maioria absoluta de seus membros: (1) convocar o governador do Estado, responsável pela prática dos atos 
analisados; (2) convocar os dirigentes máximos dos entes da Administração Pública indireta, cuja área de 
atuação tangenciava o referido programa de trabalho; (3) solicitar o depoimento de três renomados 
economistas; e (4) quebrar o sigilo bancário dos integrantes do órgão estadual de auditoria, considerando a 
existência de provas de que se omitiram na fiscalização e de que tinham um elevado padrão de vida. À luz da 
sistemática constitucional, são corretas as medidas descritas: 
 
a) apenas no item 3; 
b) apenas nos itens 1 e 2; 
c) apenas nos itens 3 e 4; 
d) apenas nos itens 1, 2 e 3; 
 
18. (FGV – 2022 – Advogado – Prefeitura de Manaus) O Tribunal de Contas do Estado Alfa julgou as contas 
de gestão do Prefeito do Município Beta, situado no interior do Estado. Em razão das graves irregularidades 
detectadas, aplicou-lhe multa e realizou a imputação de débito, determinando o ressarcimento do valor total 
do prejuízo causado ao Erário. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que o proceder do 
Tribunal de Contas do Estado Alfa está 
 
a) certo, salvo se, após a promulgação da Constituição da República de 1988, o Município Beta tiver 
instituído um Tribunal de Contas Municipal. 
b) errado, pois o julgamento das contas do Prefeito Municipal, de gestão ou governo, é de competência 
privativa da Câmara Municipal de Beta, não havendo espaço para a manifestação de um órgão estadual, 
como o Tribunal de Contas. 
c) errado, pois o Tribunal de Contas deveria limitar-se a emitir parecer prévio, e a Câmara Municipal de 
Beta, órgão competente para o julgamento, só poderia decidir em sentido contrário ao parecer pelo voto de 
dois terços dos membros; 
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d) certo, pois é vedada a instituição de Tribunais de Contas pelos Municípios, com exceção daqueles 
preexistentes à Constituição da República de 1988, o que torna o Tribunal de Contas do Estado competente 
para o julgamento das contas. 
 
19. (FGV – 2022 – PC/AM – Delegado de Polícia) A Polícia Civil do Estado Alfa, em uma operação de 
rotina, constatou que o Deputado Federal João estava em situação de flagrância na prática de determinada 
infração penal. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que João 
 
a) não pode ser preso, salvo com autorização prévia da respectiva Casa Legislativa, mas o processo penal não 
carece de autorização para ser iniciado. 
b) deve ser preso em flagrante, qualquer que seja a infração penal, e os autos serão remetidos à Casa 
Legislativa, que resolverá sobre a prisão, devendo ainda autorizar o início de eventual processo penal. 
c) deve ser preso em flagrante, apenas se a hipótese for de crime inafiançável, e os autos serão remetidos à 
Casa Legislativa, que resolverá sobre a prisão, devendo ainda autorizar o início de eventual processo penal. 
d) deve ser preso em flagrante, apenas se a hipótese for de crime inafiançável, e os autos serão remetidos à 
Casa Legislativa, que resolverá sobre a prisão, mas o processo penal não carece de autorização para ser 
iniciado. 
 
20. (FGV – 2022 – CGU) Alguns partidos políticos com representantes no Senado Federal fizeram um 
acordo, com o objetivo de tornar viável a instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), visando a 
apurar uma série de atos praticados no âmbito de uma autarquia federal, relacionados à contratação de 
determinada sociedade empresária sem a prévia realização de processo licitatório. A partir desse acordo, 
foram colhidas 27 assinaturas de senadores, foi indicado o período de funcionamento da CPI e encaminhado 
o requerimento de instauração ao órgão diretivo competente. À luz dessa narrativa, é correto afirmar que: 
 
a) a instauração da CPI depende do juízo de valor do órgão diretivo competente, que irá avaliar a sua 
conveniência para o regular desenvolvimento das atividades da Casa Legislativa; 
b) o requerimento de instauração tem a natureza de comunicação, de modo que a CPI já está instaurada 
apenas com a colheita das assinaturas necessárias para tanto; 
c) a CPI deve ser instaurada, enquanto direito da minoria, o que não pode ser obstado pela vontade da 
maioria parlamentar ou de órgão diretivo da Casa Legislativa; 
d) a CPI não pode ser instaurada, já que o requerimento carece do número mínimo de assinaturas e não 
indica fato certo e determinado a ser apurado. 
 
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21. (FGV – 2021 – PC/RJ – Inspetor) João, deputado federal, foi denunciado pelo Procurador-Geral da 
República, perante o Supremo Tribunal Federal, pela prática de crime contra a Administração Pública. Nesse 
caso, a denúncia: 
 
a) somente poderá ser apreciada mediante prévia autorização da Câmara dos Deputados, o que não afetará o 
exercício do mandato; 
b) pode ser livremente apreciada, independentemente de autorização da Câmara dos Deputados, mas esta 
Casa pode sustar o seu andamento; 
c) uma vez recebida, acarretará o afastamento automático de João, salvo decisão em contrário da Câmara dos 
Deputados, tomada por maioria absoluta de votos; 
d) pressupõe o juízo de admissibilidade da Câmara dos Deputados, o qual, em sendo positivo, permitirá o 
início do processo criminal em desfavor de João; 
 
22. (FGV – 2021 – TJ/RO – Técnico Judiciário) Após diplomação, no exercício da atividade legislativa, o 
Vereador do Município X é flagrado exigindo o repasse de parte dos salários dos integrantes do seu gabinete 
para a conta de uma terceira pessoa a ele vinculada. Em tal situação, a competência para o processo e 
julgamento do fato é do(a): 
 
a) Superior Tribunal de Justiça; 
b) Tribunal de Justiça de Rondônia; 
c) Turma Recursal; 
d) Juízo de Direito estadual de primeiro grau. 
 
23. (FGV – 2021 – FUNSAÚDE/CE) Antônio, deputado estadual, foi denunciado perante o Tribunal de 
Justiça do respectivo Estado, conforme regra de competência estabelecida pela Constituição Estadual. Foi-
lhe imputada a prática de crime estritamente relacionado ao exercício do mandato eletivo. Ao ser cientificada 
do recebimento da denúncia, a Assembleia Legislativa, provocada pelo partido político do referido 
Deputado, decidiu sustar a tramitação da ação penal. Considerando a sistemática constitucional afeta à 
matéria, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A ação penal em face de Antônio não poderia ter sua tramitação sustada, garantia aplicável 
exclusivamente a deputados federais e senadores. 
b) A Assembleia Legislativa agiu no limite de sua competência ao sustar a tramitação da ação penal, decisão 
que suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. 
c) Antônio não poderia ser processado perante o Tribunal de Justiça, já que o foro por prerrogativa de função 
somente pode ser instituído pela Constituição da República. 
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d) A denúncia em face de Antônio não poderia ter sido recebida sem autorização da Assembleia Legislativa, 
que não pode, em momento posterior, sustar a tramitação da ação penal. 
 
24. (FGV – 2021 – TJ/PR – Juiz Substituto) Francisco, que tomou posse como Deputado Federal, a fim de 
exercer livremente o seu mandato como representante do povo, consultou advogado para se informar das 
prerrogativas e imunidades às quais faria jus, em razão do exercício do cargo para o qual foi eleito. Sobre o 
tema, é correto afirmar que: 
 
a) a manifestação oral imune à censura penal e cível deve ter sido praticada pelo congressista, ainda que 
alheia ao exercício do seu mandato e fora do parlamento e, por essa razão, a imunidade parlamentar não se 
estende ao suplente de Francisco; 
b) as imunidades formais garantem a Francisco não ser preso, salvo a prisão civil ou a prisão em flagrante 
por crime inafiançável, desde que haja anuência da Câmara de Deputados, por voto da maioria dos seus 
integrantes, também não sendo autorizada a prisão decorrente de sentença judicial transitada em julgado; 
c) a prerrogativa de foro de Francisco se limita aos crimes cometidos no exercício do cargo e em razão dele, 
e a jurisdição do Supremo Tribunal Federal se perpetua caso tenha havido o encerramento da instrução 
processual antes da extinção do mandato; 
d) as imunidades de Deputados subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o 
voto de dois quintos dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados dentro do recinto do 
Congresso Nacional que sejam incompatíveis com a execução da medida. 
 
25. (FGV – 2021 – TJ/PR – Juiz Substituto) No âmbito da Assembleia Legislativa do Estado Alfa, foi 
instaurada Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), norteada pelas seguintes diretrizes: (1) o objetivo era 
identificar as razões pelas quais as vias terrestres do bairro central da capital estavam constantemente 
engarrafadas, o que, ao ver dos parlamentares, prejudicava sobremaneira a atuação do Poder Legislativo 
estadual; (2) foi ainda determinada a interceptação das comunicações telefônicas dos agentes envolvidos; e 
(3) foi expedido, pela CPI, mandado de busca e apreensão dos documentos objeto da investigação que se 
encontravam em poder de particulares. Considerando que todas as deliberações tomadas pela referida CPI 
foram fundamentadas, é correto afirmar que: 
 
a) apenas o item 1 é compatível com a ordem constitucional; 
b) apenas os itens 1 e 2 são compatíveis com a ordem constitucional; 
c) os itens 1, 2 e 3 são compatíveis com a ordem constitucional; 
d) os itens 1, 2 e 3 são incompatíveis com a ordem constitucional. 
 
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26. (XXI Exame) A Lei nº 13.300/16, que disciplina o processo e o julgamento dos mandados de injunção 
individual e coletivo, surgiu para combater o mal da síndrome da inefetividade das normas constitucionais. 
Nesse sentido, o seu Art. 8º, inciso II, inovou a ordem jurídica positivada ao estabelecer que, reconhecido o 
estado de mora legislativa, será deferida a injunção para estabelecer as condições em que se dará o exercício 
dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclamados, ou, se for o caso, as condições em que o 
interessado poderá promover ação própria visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no 
prazo determinado. Considerando o conteúdo normativo do Art. 8º, inciso II, da Lei nº 13.300/16 e a teoria 
acerca da efetividade das normas constitucionais, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Foi adotada a posição neoconstitucionalista, na qual cabe ao Poder Judiciário apenas declarar formalmente 
a mora legislativa, atuando como legislador negativo e garantindo a observância do princípio da separação 
dos poderes, sem invadir a esfera discricionária do legislador democrático. 
b) Foi consolidada a teoria concretista, em prol da efetividade das normas constitucionais, estabelecendo as 
condições para o ativismo judicial, revestindo-o de legitimidade democrática, sem ferir a separação de 
Poderes e, ao mesmo tempo, garantindo a força normativa da Constituição. 
c) Foi promovida a posição não concretista dentro do escopo de um Estado Democrático de Direito, na qual 
cabe ao Poder Judiciário criar direito para sanar omissão legiferante dos Poderes constituídos, geradores da 
chamada “síndrome da inefetividade das normas constitucionais”, em típico processo objetivo de controle de 
constitucionalidade. 
d) Foi retomada a posição positivista normativista, concedendo poderes normativos momentâneos aos juízes 
e tribunais, de modo a igualar os efeitos da ação direta de inconstitucionalidade por omissão (modalidade do 
controle abstrato) e do mandado de injunção (remédio constitucional). 
 
27. (XXX Exame) O Supremo Tribunal Federal reconheceu a periculosidade inerente ao ofício 
desempenhado pelos agentes penitenciários,por tratar-se de atividade de risco. Contudo, ante a ausência de 
norma que regulamente a concessão da aposentadoria especial no Estado Alfa, os agentes penitenciários 
dessa unidade federativa encontram-se privados da concessão do referido direito constitucional. Diante disso, 
assinale a opção que apresenta a medida judicial adequada a ser adotada pelo Sindicato dos Agentes 
Penitenciários do Estado Alfa, organização sindical legalmente constituída e em funcionamento há mais de 1 
(um) ano, em defesa da respectiva categoria profissional. 
 
a) Ele pode ingressar com mandado de injunção coletivo para sanar a falta da norma regulamentadora, 
dispensada autorização especial dos seus membros. 
b) Ele não possui legitimidade ativa para ingressar com mandado de injunção coletivo, mas pode pleitear 
aplicação do direito constitucional via ação civil pública. 
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c) Ele tem legitimidade para ingressar com mandado de injunção coletivo, cuja decisão pode vir a ter eficácia 
ultra partes, desde que apresente autorização especial dos seus membros. 
d) Ele pode ingressar com mandado de injunção coletivo, mas, uma vez reconhecida a mora legislativa, a 
decisão não pode estabelecer as condições em que se dará o exercício do direito à aposentadoria especial, sob 
pena de ofensa à separação dos Poderes. 
 
28. (XXXII Exame) Ante a ausência de norma regulamentadora de direito social na Constituição da 
República, cuja edição é de competência da União, ao que se soma a constatação de que a mora legislativa já 
fora reconhecida em diversas decisões do tribunal competente, o Sindicato dos Radiologistas do Estado Alfa, 
organização sindical regularmente constituída e em funcionamento há mais de 1 (um) ano, ingressa com 
Mandado de Injunção Coletivo perante o Supremo Tribunal Federal, pugnando pelo estabelecimento das 
condições necessárias à fruição do referido direito, de interesse de todos os servidores públicos lotados no 
Hospital de Diagnóstico por Imagem do respectivo ente, uma fundação pública estadual. A partir do caso 
apresentado, com base na Constituição vigente e na Lei nº 13.300/16, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A petição inicial do Mandado de Injunção Coletivo deverá ser indeferida desde logo, eis que 
manifestamente incabível, pois o autor não tem legitimidade ativa para a sua propositura. 
b) Ainda que reconhecido o estado de mora legislativa, o Supremo Tribunal Federal não pode estabelecer as 
condições para o exercício de um direito social. 
c) O Mandado de Injunção Coletivo deveria ter sido proposto perante o Tribunal de Justiça do Estado Alfa, 
pois a decisão abrangerá apenas os servidores da fundação pública estadual do respectivo ente. 
d) Com o trânsito em julgado da decisão do Supremo Tribunal Federal, julgando procedente o pedido 
formulado, seus efeitos podem ser estendidos a casos análogos por decisão monocrática do relator. 
 
29. (XXIX Exame) O Município X, visando à interligação de duas importantes zonas da cidade, após o 
regular procedimento licitatório, efetua a contratação de uma concessionária que ficaria responsável pela 
construção e administração da via. Ocorre que, em análise do projeto básico do empreendimento, constatou-
se que a rodovia passaria em área de preservação ambiental e ensejaria graves danos ao ecossistema local. 
Com isso, antes mesmo de se iniciarem as obras, Arnaldo, cidadão brasileiro e vereador no exercício do 
mandato no Município X, constitui advogado e ingressa com Ação Popular postulando a anulação da 
concessão. Com base na legislação vigente, assinale a afirmativa correta. 
 
a) A Ação Popular proposta por Arnaldo não se revela adequada ao fim de impedir a obra potencialmente 
lesiva ao meio ambiente. 
b) A atuação de Arnaldo, na qualidade de cidadão, é subsidiária, sendo necessária a demonstração de inércia 
por parte do Ministério Público. 
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c) A ação popular, ao lado dos demais instrumentos de tutela coletiva, é adequada à anulação de atos lesivos 
ao meio ambiente, mas Arnaldo não precisaria constituir advogado para ajuizá-la. 
d) Caso Arnaldo desista da Ação Popular, o Ministério Público ou qualquer cidadão que esteja no gozo de 
seus direitos políticos poderá prosseguir com a demanda. 
 
30. (X Exame) Cristina, cidadã brasileira comprometida com a boa administração, descobre que determinada 
obra pública em sua cidade foi realizada em desacordo com as normas que regem as licitações públicas, com 
vistas a beneficiar um particular amigo do prefeito. De posse de cópias do processo administrativo que 
comprovam a situação, pretende ingressar com medida judicial para a proteção do patrimônio público. Para 
combater tal situação, Cristina deverá: 
 
a) ingressar com ação civil pública, que é o meio apto a sanar a lesividade ao patrimônio público. 
b) propor ação penal privada subsidiária da pública para condenar o prefeito e o particular beneficiado e 
reparar os prejuízos causados aos cofres públicos. 
c) impetrar mandado de segurança coletivo para amparar direito liquido e certo seu e de todos os cidadãos 
aos princípios da legalidade e moralidade. 
d) ingressar com ação popular apta a proteger o patrimônio público indevidamente lesado. 
 
31. (XXX Exame) Giuseppe, italiano, veio ainda criança para o Brasil, juntamente com seus pais. Desde 
então, nunca sofreu qualquer tipo de condenação penal, constituiu família, sendo pai de um casal de filhos 
nascidos no país, possui título de eleitor e nunca deixou de participar dos pleitos eleitorais. Embora tenha se 
naturalizado brasileiro na década de 1990, não se sente brasileiro. Nesse sentido, Giuseppe afirma que é 
muito grato ao Brasil, mas que, apesar do longo tempo aqui vivido, não partilha dos mesmos valores 
espirituais e culturais dos brasileiros. Giuseppe mora em Vitória/ES e descobriu o envolvimento do Ministro 
de Estado Alfa em fraude em uma licitação cujo resultado beneficiou, indevidamente, a empresa de 
propriedade de seus irmãos. Indignado com tal atitude, Giuseppe resolveu, em nome da intangibilidade do 
patrimônio público e do princípio da moralidade administrativa, propor ação popular contra o Ministro de 
Estado Alfa, ingressando no juízo de primeira instância da justiça comum, não no Supremo Tribunal Federal. 
Sobre o caso, com base no Direito Constitucional e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale 
a afirmativa correta. 
 
a) A ação não deve prosperar, uma vez que a competência para processá-la e julgá-la é do Supremo Tribunal 
Federal, e falta legitimidade ativa para o autor da ação, porque não possui a nacionalidade brasileira, não 
sendo, portanto, classificado como cidadão brasileiro. 
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b) A ação deve prosperar, porque a competência para julgar a ação popular em tela é do juiz de primeira 
instância da justiça comum, e o autor da ação tem legitimidade ativa porque é cidadão no pleno gozo de seus 
direitos políticos, muito embora não faça parte da nação brasileira. 
c) A ação não deve prosperar, uma vez que a competência para julgar a mencionada ação popular é do 
Supremo Tribunal Federal, muito embora não falte legitimidadead causam para o autor da ação, que é 
cidadão brasileiro, detentor da nacionalidade brasileira e no pleno gozo dos seus direitos políticos. 
d) A ação deve prosperar, porque a competência para julgar a ação popular em tela tanto pode ser do juiz de 
primeira instância da justiça comum quanto do Supremo Tribunal Federal, e não falta legitimidade ad 
causam para o autor da ação, já que integra o povo brasileiro. 
 
32. (XIV Exame) Isabella promove ação popular em face do Município X, por entender que determinados 
gastos realizados estariam causando graves prejuízos ao patrimônio público. O pedido veio a ser julgado 
improcedente, por total carência de provas. Inconformada, Isabella apresenta a mesma ação com fundamento 
em novos elementos, e, mais uma vez, o pedido vem a ser julgado improcedente por carência de provas. Nos 
termos da Constituição Federal e da legislação de regência, assinale a opção correta. 
 
a) Sendo o pedido julgado improcedente, haverá condenação em honorários advocatícios. 
b) A improcedência por ausência de provas caracteriza a má-fé do autor popular. 
c) A reiteração na propositura da mesma ação acarreta o pagamento de custas pelo autor popular. 
d) As custas serão devidas se declarada, expressamente, a má-fé do autor popular. 
 
33. (XX Exame – Salvador) José, brasileiro de dezesseis anos de idade, possuidor de título de eleitor e no 
pleno gozo dos seus direitos políticos, identifica, com provas irrefutáveis, ato lesivo do Presidente da 
República que atenta contra a moralidade administrativa. Com base no fragmento acima, assinale a opção 
que se coaduna com o instituto jurídico da Ação Popular. 
 
a) José, desde que tenha assistência, é parte legítima para propor Ação Popular em face do Presidente da 
República perante o Supremo Tribunal Federal. 
b) José, ainda que sem assistência, é parte legítima para propor Ação Popular em face do Presidente da 
República perante o juiz natural de primeira instância. 
c) José, ainda que sem assistência, é parte legítima para propor Ação Popular em face do Presidente da 
República perante o Supremo Tribunal Federal. 
d) José não é parte legítima para propor Ação Popular em face do Presidente da República, porque ainda não 
é considerado cidadão. 
 
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34. (XXXVI Exame) Roberto, cidadão brasileiro, toma conhecimento que um órgão público federal está 
contratando uma conhecida empreiteira do Estado Delta para a realização de obras sem promover o regular 
procedimento licitatório. A fim de proteger o interesse público, busca obter maiores informações junto aos 
setores competentes do próprio órgão. Sem sucesso, passa a considerar a hipótese de ajuizar uma Ação 
Popular a fim de anular os atos de contratação, bem como buscar o ressarcimento dos cofres públicos por 
eventuais danos patrimoniais. Antes de fazê-lo, no entanto, quer saber as consequências referentes ao 
pagamento de custas judiciais e do ônus de sucumbência, caso não obtenha sucesso na causa. Você, como 
advogado(a), então, explica-lhe que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, caso não obtenha 
sucesso na causa, 
 
a) não terá que arcar com as custas judiciais e com o ônus de sucumbência, posto que o interesse que o move 
na causa é revestido de inequívoca boa-fé, em defesa do interesse público. 
b) somente terá que arcar com as custas judiciais, mas não com os ônus sucumbenciais, posto se tratar de um 
processo de natureza constitucional que visa a salvaguardar o interesse social. 
c) terá que arcar com as custas judiciais e com o ônus de sucumbência, como ocorre ordinariamente no 
âmbito do sistema processual brasileiro. 
d) não terá que arcar com qualquer custo, considerando que a Constituição Federal de 1988 concede aos 
brasileiros isenção de custas em todos os chamados remédios constitucionais. 
 
35. (XXXVIII Exame) José foi eleito deputado estadual por determinado Estado da Federação. Uma semana 
após a sua posse e fora do recinto da Assembleia Legislativa do seu respectivo Estado, o deputado encontra 
João, candidato não eleito e seu principal opositor durante a campanha eleitoral, vindo a agredi-lo, causando-
lhe lesões corporais gravíssimas, cuja persecução em juízo é iniciada mediante denúncia oferecida pelo 
Ministério Público. Diante de tal contexto, levando em consideração as imunidades do parlamentar estadual, 
de acordo com o Direito Constitucional brasileiro, assinale a opção correta. 
 
a) Em relação à imunidade formal de processo, recebida a denúncia oferecida contra o deputado estadual 
José, por crime cometido após a posse, a Casa legislativa a que pertence o parlamentar denunciado poderá 
apenas sustar a tramitação da ação penal. 
b) Por gozar da mesma imunidade material (inviolabilidade parlamentar) de deputados federais e senadores, 
o deputado estadual José não poderá ser responsabilizado por qualquer tipo de crime praticado durante o seu 
mandato eletivo. 
c) Em relação à imunidade formal de processo, o deputado estadual José está sujeito a julgamento judicial 
pelo crime comum cometido, desde que a análise da denúncia oferecida contra ele seja autorizada pela 
respectiva casa legislativa. 
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d) Por não possuir as mesmas imunidades formais de deputados federais e senadores, mas apenas a 
imunidade material relativa aos atos praticados em razão do seu mandato, o deputado estadual José será 
julgado pelo crime comum cometido, não sendo possível que seja sustada a tramitação da ação penal. 
 
36. (XXXIX Exame) Emenda à Constituição inseriu novo direito social na Constituição Federal de 1988. Da 
análise do dispositivo normativo extraiu-se que a fruição do direito ali previsto somente seria possível com 
sua devida disciplina legal. Passados sete anos sem que o Congresso Nacional tivesse elaborado a referida 
regulamentação, mesmo após decisões do Supremo Tribunal Federal que reconheciam a mora e 
determinavam prazo razoável para a edição da norma regulamentadora, Fernando, que entende fazer jus a tal 
direito, procurou você, como advogado(a), a fim de saber se há alguma providência judicial a ser tomada 
para que possa usufruir do direito constitucionalmente previsto. Sobre a hipótese, de acordo com o sistema 
jurídico-constitucional vigente, assinale a afirmativa que apresenta, corretamente, sua orientação. 
 
A) A via judicial não é cabível, posto que, com base no princípio da separação de poderes, somente a 
produção de lei regulamentadora pelo Congresso Nacional viabilizará a fruição do referido direito social. 
B) Fernando poderá ingressar com mandado de injunção perante o Superior Tribunal de Justiça, o qual, 
reconhecendo a existência de mora por parte do Congresso Nacional, poderá determinar que este Tribunal 
edite a lei regulamentadora imediatamente. 
C) O mandado de injunção, a ser impetrado por Fernando perante o Supremo Tribunal Federal, pode ser 
utilizado para requerer que o Tribunal estabeleça as condições em que se dará o exercício do referido direito 
social, de modo a permitir a sua fruição. 
D) Fernando tem a possibilidade de ajuizar uma ação direta de inconstitucionalidade por omissão perante o 
Supremo Tribunal Federal, requerendo que o Tribunal promova sua implementação imediata para todos que 
façam jus ao direito social. 
 
GABARITO 
 
1.B 2.A 3.A 4.C 5.B 6.B 7.A 8.A 9.A 10.D 11.B 12.C 13.C 14.C 
15.B 16.C 17.A 18.C 19.D 20.C 21.B 22.D 23.B24.C 25.D 26.B 27.A 28.D 
29.D 30.D 31.B 32.D 33.B 34.A 35.A 36.C 
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AULA 5 
 
PROCESSO LEGISLATIVO 
 
Trata-se do procedimento formal e solene previsto na CF para elaboração dos atos normativos. Cada um dos 
atos normativos previstos no artigo 59 terão peculiaridades, mas obedecerão uma sequência lógica, 
distribuída em 4 fases. Nem todas as espécies terão as 4 fases. 
 
FASES: 
 
1) INICIATIVA 
 
Trata-se de dar início, ou seja, quem pode apresentar a Proposta de Emenda, ou uma lei, ou uma Medida 
Provisória, por exemplo. Veja a das leis: 
 
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a 
qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao 
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-
Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição. 
 
Já a da Emenda é bem mais restrita: 
 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou 
do Senado Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da 
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de 
seus membros. 
 
A iniciativa pode ser parlamentar (por Deputado Federal e por Senador). Se iniciada por um deputado, o 
projeto de lei começa sua tramitação na Câmara e o Senado funciona como Casa Revisora. Se iniciado por 
um senador, começa no Senado e a Câmara funciona como Casa Revisora. 
 
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A regra é que o projeto comece na Câmara, uma vez que além de o projeto iniciado por deputado, lá 
começam os projetos de iniciativa do Presidente da República, do Procurador-Geral da República, e dos 
Tribunais Superiores. 
 
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do 
Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais 
Superiores terão início na Câmara dos Deputados. 
 
O Presidente da República pode solicitar urgência nos projetos de lei de sua iniciativa. Veja os §§ do artigo 
64: 
 
§ 1º - O Presidente da República poderá solicitar urgência para 
apreciação de projetos de sua iniciativa. 
 
§ 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal 
não se manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em 
até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais 
deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que 
tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a 
votação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
 
§ 3º A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos 
Deputados far-se-á no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o 
disposto no parágrafo anterior. 
 
§ 4º Os prazos do § 2º não correm nos períodos de recesso do 
Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de código. 
 
Artigo 61, § 1º - projetos de iniciativa privativa do Presidente da República (CUIDADO!) 
 
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: 
 
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; 
 
II - disponham sobre: 
 
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e 
autárquica ou aumento de sua remuneração; 
 
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, 
serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios; 
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146 
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento 
de cargos, estabilidade e aposentadoria; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 18, de 1998) 
 
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem 
como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria 
Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; 
 
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, 
observado o disposto no art. 84, VI; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 32, de 2001) 
 
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, 
promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. 
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) 
 
Essas regras se aplicam, por simetria, aos Governadores e Prefeitos, por ser algo atribuído ao Presidente da 
República como Chefe de Governo. Lembre-se de que o que é dado ao Presidente da República por ele ser 
Chefe de Estado (artigo 86 e seus §§ da CF), não é aplicável, por simetria, aos Governadores e Prefeitos, já 
que eles não são Chefes de Estado. 
 
Se um deputado inicia um projeto de lei de iniciativa privativa do Presidente da República, e, posteriormente, 
ele sanciona a lei, essa lei é válida? NÃO... o vício de iniciativa não é sanado por posterior sanção. 
 
2) DELIBERAÇÃO LEGISLATIVA 
 
Nesta fase, o projeto de lei é discutido e votado pelas duas Casas do Congresso Nacional. Passa na CCJ, nas 
Comissões temáticas e é levado à votação. Em alguns casos, previstos no Regimento Interno das Casas, o 
projeto pode ser aprovado pela própria Comissão temática, sem precisar ser aprovada pelo Plenário. Veja o 
disposto no artigo 58, § 2º, inciso I da CF. 
 
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: 
 
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, 
a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos 
membros da Casa; 
 
3) DELIBERAÇÃO EXECUTIVA 
 
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Aprovado pelo Legislativo, o projeto de lei é enviado ao Presidente da República, o qual pode sancionar ou 
vetar. Se ele quiser vetar, ele deve fazê-lo no prazo de quinze dias úteis (art. 66 da CF) e comunicar os 
motivos do veto em até 48 horas. Se ele não fizer nada, haverá sanção tácita. 
 
Embora ele possa vetar parcialmente, deve o veto compreender o texto integral, ou seja, não pode ser de 
parte de artigo, de parágrafo, de inciso ou de uma alínea. 
 
Se houver veto, o Presidente deve comunicar ao Presidente do Senado, no prazo de 48 horas, os motivos do 
veto. Isso porque o Congresso pode, caso queira, promover a derrubada do veto. A derrubada do veto tem 
sessão conjunta, e maioria absoluta. Se houver a derrubada do veto, o projeto volta ao Presidente, para que 
ele possa promulgar. 
 
4. COMPLEMENTAR (PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO) 
 
Promulgar é transformar o projeto em uma lei. É dar um número à lei. É tirar a capa de “projeto” e dar um 
número para ela, ou seja, é transformar o projeto em uma lei. A promulgação não gera a eficácia da lei, já 
que se tem que obedecer a vacatio (45 dias no âmbito interno e 3 meses no âmbito externo. CUIDADO! 
NÃO SÃO 90 DIAS.... SÃO 3 MESES). 
 
ESPÉCIES LEGISLATIVAS 
 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
 
I - emendas à Constituição;II - leis complementares; 
 
III - leis ordinárias; 
 
IV - leis delegadas; 
 
V - medidas provisórias; 
 
VI - decretos legislativos; 
 
VII - resoluções. 
 
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, 
redação, alteração e consolidação das leis. 
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LEI COMPLEMENTAR E LEI ORDINÁRIA 
 
As duas diferenças entre a lei complementar e a lei ordinária são: 
 
A lei complementar (se complementa a Constituição) só regula matérias expressamente previstas na CF. Se a 
CF disser que tal assunto será tratado por lei, é claro que ela está se referindo à lei ordinária. Quando a CF 
quiser lei complementar, ela determinará. 
 
A lei complementar é aprovada por maioria absoluta (maioria + 1 do número de membros, logo, o número é 
fixo). Já a lei ordinária é aprovada por maioria relativa (maioria + 1 do número de presentes). 
 
O quórum de instalação (não é de votação, ou seja, é o número mínimo de parlamentares que precisam estar 
presentes em uma sessão para que ela ocorra) é de maioria absoluta. Logo, no caso do Senado, que tem 81 
membros, para se instalar a sessão, é preciso 41 senadores. Se estão presentes 50 membros, o projeto de lei 
complementar será aprovado se obtiver 41 votos. Para aprovar uma lei ordinária, serão necessários 26 votos. 
 
No que se refere à lei, vale lembrar o disposto no artigo 67 da CF, que tem natureza excepcional: 
 
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente 
poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão 
legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de 
qualquer das Casas do Congresso Nacional. 
 
LEI DELEGADA (ART. 68) 
 
É uma excepcionalidade, já que se trata de uma lei elaborada pelo Chefe do Poder Executivo. Ele solicita ao 
Congresso Nacional autorização para elaborar a referida lei. Se o Congresso autorizar, deverá ele expedir 
uma Resolução traçando os limites. O Congresso não está obrigado a autorizar. Se ele autorizar o Presidente, 
temos que analisar se a delegação foi típica ou atípica. 
 
Na delegação típica, o Congresso Nacional, por meio de Resolução (§ 2º do artigo 68, logo abaixo), autoriza 
o Presidente a elaborar o projeto de lei, já promulgá-lo e promover a publicação, ou seja, não há qualquer 
análise prévia do Congresso, que só terá ciência do teor da Lei a partir da sua publicação. 
 
Já na delegação atípica, o Congresso Nacional, por meio de Resolução (§ 2º do artigo 68, logo abaixo), 
autoriza o Presidente a elaborar o projeto de lei e, em seguida, submetê-lo à apreciação do Congresso 
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Nacional (art. 68, § 3º), que não poderá alterar uma vírgula sequer, podendo apenas aprovar ou rejeitar o 
projeto. Se aprovado pelo Congresso, será remetido ao Presidente para fins de promulgação e publicação. Se 
não for aprovado pelo Congresso, o projeto é arquivado. 
 
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da 
República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. 
 
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva 
do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos 
Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei 
complementar, nem a legislação sobre: 
 
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a 
carreira e a garantia de seus membros; 
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e 
eleitorais; 
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
 
§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de 
resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os 
termos de seu exercício. 
 
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo 
Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer 
emenda. 
 
Tanto a lei delegada quanto o decreto regulamentar se submetem à possibilidade de sustação dos efeitos, a 
qual é promovida por meio de Decreto Legislativo (art. 49, V). Repare que “sustar” significa “suspender”. 
Logo, para que isso ocorra, a lei já deve existir. Assim, fica claro que essa sustação ocorre, em regra, na 
delegação típica, na qual o Congresso fica ciente do teor da lei só a partir de sua publicação. 
 
MEDIDA PROVISÓRIA (ART. 62) 
 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República 
poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo 
submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
 
I - relativa a: 
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a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos 
e direito eleitoral;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 
2001) 
 
b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
 
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a 
carreira e a garantia de seus membros; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e 
créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 
167, § 3º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
 
II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular 
ou qualquer outro ativo financeiro; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
 
III - reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
 
IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso 
Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
 
É a norma editada pelo Presidente da República que tem força de lei. Ela entra em vigor como se lei fosse. 
Ela tem dois requisitos: relevância e urgência. O Congresso pode rejeitar a MP se ela não tiver relevância e 
urgência. 
 
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre 
o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o 
atendimento de seus pressupostos constitucionais. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
 
O prazo de validade da MP é de 60 dias, prorrogável por igual período, ou seja, 120 dias. Nos períodos de 
recesso, o prazo fica suspenso. Logo, a MP, na prática, pode vigorar por mais de 120 dias. 
 
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 
perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei 
no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez 
por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por 
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decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
 
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da 
medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recessodo 
Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 
2001) 
 
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de 
medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua 
publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do 
Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 
2001) 
 
Passados 45 dias (do primeiro período de 60), a MP entra em regime de urgência, ou seja, ela tem que ser 
votada imediatamente, sob pena de trancar a pauta da Casa na qual está tramitando (nada mais é votado até 
que a MP seja apreciada). Se ela foi votada na Câmara em 50 dias, ela já chega no Senado trancando a pauta 
do Senado. Ela pode valer por no máximo 120 dias. 
 
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e 
cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de 
urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso 
Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as 
demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
 
Passados os 120 dias sem votação, ou caso ela tenha sido votada e rejeitada, ela perde a eficácia de forma 
retroativa. É como se ela nunca tivesse existido. 
 
Se uma MP cria um plano de financiamento, você adere, paga a primeira parcela e depois ela é rejeitada? 
 
Nesse caso, o Congresso tem que regulamentar... Ele tem que dizer como ficarão as situações jurídicas, por 
meio de Decreto Legislativo. Se o Congresso se mantiver inerte, essas relações jurídicas serão 
regulamentadas pela própria Medida Provisória. 
 
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até 
sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida 
provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos 
praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
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Quanto ao processo legislativo, assinale a opção correta. 
 
a) No Senado Federal, para que um projeto de lei ordinária seja aprovado, é necessário que haja a maioria 
simples, presente a maioria absoluta de seus membros. Dessa forma, como o Senado Federal tem 81 
senadores, referido projeto demandará, no mínimo, 41 votos para que seja aprovado. 
 
b) Um projeto de lei que disponha sobre parcelamento tributário de dívidas do imposto sobre propriedade 
veicular (IPVA) não pode ser apresentado por parlamentar, por ser matéria de competência privativa do 
chefe do Poder Executivo. IPVA está no artigo 61, que elenca as matérias de competência privativa do 
Presidente da República? 
 
c) Considere que o Congresso Nacional já tenha aprovado determinado projeto de lei, agora em fase de 
sanção ou veto, alterando o projeto inicial encaminhado pelo presidente da República. Não satisfeito com a 
referida alteração, poderá o presidente da República editar nova medida provisória (MP) sobre a matéria 
rejeitada. 
 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I - relativa a: 
IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso 
Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 
 
d) A matéria veiculada em MP rejeitada pelo Congresso Nacional não poderá ser reapresentada na mesma 
sessão legislativa, cabendo a esse órgão disciplinar, por meio de decreto legislativo, as relações jurídicas 
decorrentes da edição da MP rejeitada. 
 
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 
perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei 
no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez 
por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por 
decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. 
 
A Medida Provisória Z (MP Z), editada pelo Governador do Estado H com o propósito de diminuir o alto 
grau de evasão escolar, regulou a concessão de bolsas escolares a alunos carentes matriculados em escolas 
públicas estaduais. Em virtude de crise política que surgiu entre o Executivo e o Legislativo, a referida 
Medida Provisória não foi convertida em lei. Ultrapassado o prazo de 60 dias, a Casa Legislativa não 
disciplinou as relações jurídicas surgidas no período em que a MP Z vigorou. João, que se beneficiou por três 
meses da referida bolsa, apreensivo, relatou a Carlos, um amigo, servidor da Assembleia Legislativa, que 
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teme ter de devolver a totalidade do valor recebido. Carlos tranquilizou-o e informou-lhe que a crise política 
fora debelada, de modo que a Assembleia apenas aguarda a reedição da Medida Provisória, a fim de 
convertê-la em lei, ainda no mesmo ano legislativo em que a MP Z perdeu a eficácia. Considerando que a 
Constituição do Estado H regulou o processo legislativo em absoluta simetria com o modelo usado pela 
Constituição Federal, responda aos itens a seguir. 
 
A) João terá de devolver aos cofres públicos o dinheiro recebido a título da bolsa? Fundamente. 
 
B) A informação passada por Carlos a João encontra-se em harmonia com a sistemática constitucional? 
Justifique. 
 
Respostas: 
 
A) Não. João não precisará devolver o valor recebido a título de bolsa, já que, conforme informado na 
questão, a não edição de decreto legislativo que regulamentasse as relações jurídicas estabelecidas pela MP 
Z, no prazo de sessenta dias após a perda de sua eficácia, acabou por implicar o reconhecimento dos efeitos 
jurídicos produzidos no período em que a MP esteve vigente, nos termos do que informa o Art. 62, § 11, da 
CF. 
 
B) Não, pois, no caso em referência, tendo a medida provisória perdido sua eficácia, vedada seria sua 
reedição na mesma sessão legislativa, nos termos do que informa o Art. 62, § 10, da Constituição Federal. 
 
CUIDADO! Antes da edição da Emenda Constitucional n.º 32/2001, as medidas provisórias tinham outra 
regulamentação constitucional. Olhe na sua Constituição e veja no artigo 62 quantas alterações foram 
realizadas por meio desta Emenda. Uma mudança substancial foi o prazo de eficácia. Hoje, nós sabemos que, 
se a MP não for apreciada em até 45 dias, ela entra em regime de urgência. Sendo apreciada, se ela for 
rejeitada, ela perde a sua eficácia desde a edição, como se nunca tivesse existido. 
 
Até a edição da EC 32, não era assim. Era possível ao Presidente da República reeditar MP dentro do seu 
prazo de eficácia que, à época, era de 30 dias. Logo, a MP passava a ser uma espécie normativa com força de 
lei e que poderia ser reeditada indefinidamente, o que descaracterizava a sua provisoriedade, além de violar 
seus requisitos constitucionais de urgência e relevância. 
 
Ademais, havia clara violação à separação dos Poderes, uma vez que o Presidente da República (Poder 
Executivo) tinha um instrumento apto a inovar a ordem jurídica por prazo indeterminado, o que usurparia 
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função legislativa, já que, segundo a CF, a função

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